cultura de paz e não-violência
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cultura de paz e não-violência
CULTURA DE PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA vol. 5 Realização: Apoio: C O L E Ç Ã O D E SUSTENTABILIDADE Apresentação COLEÇÃO DE SUSTENTABILIDADE DA ENSEADA INDÚSTRIA NAVAL CULTURA DE PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA Os programas de Educação Ambiental e Comunicação Social da Enseada Indústria Naval têm como um de seus obje vos trabalhar temas estratégicos considerados de grande relevância para a gestão dos ecossistemas e das pessoas. Como material de apoio aos dois programas, foi criada uma coleção de livros temá cos ilustrados e escritos em linguagem coloquial e acessível aos nossos integrantes, ins tuições locais de ensino, comunidades do entorno e suas lideranças sociais. Os volumes abordam, de maneira didá ca, assuntos da atualidade que estão em pauta e cuja discussão fortalece o sen do de cidadania. Resíduos sólidos, é ca, saúde integral, patrimônio cultural e meio ambiente são algumas das questões apresentadas nesta coleção, a qual pretende aprofundar a compreensão em torno de um dos temas centrais do século XXI: a sustentabilidade das relações entre as pessoas e delas com seu ambiente. Com o lançamento desta coleção, inauguramos mais um canal de comunicação com nossos leitores que esperamos seja mo vador. Ao trazer para o dia a dia temas de interesse global, nossa intenção é que eles es mulem a reflexão de vol. 5 C O L E Ç Ã O D E SUSTENTABILIDADE homens e mulheres sobre seu papel de protagonistas na construção do seu próprio desenvolvimento e o de suas comunidades. A Enseada Indústria Naval, como empresa engajada nas causas contemporâneas da sustentabilidade, tem se empenhado na conservação e na gestão eficiente e eficaz dos ecossistemas e das pessoas sob a sua responsabilidade. Por isso, acredita na atuação diferenciada de seus integrantes e das comunidades locais como agentes de transformação para a construção de uma nova consciência cole va. Guarde com carinho este quinto volume da Coleção de Sustentabilidade da Enseada Indústria Naval. Aproprie‐se de seu conteúdo e assuma o nobre papel de tornar‐se um agente de disseminação desses valores e posturas dentro de sua família, do seu ambiente social e do seu espaço de trabalho. Contamos com você! Humberto Rangel Diretor de Relações Ins tucionais e Sustentabilidade Caroline Azevedo Gerente de Sustentabilidade O QUE SIGNIFICA CULTURA DE PAZ? MUITOS SÃO AQUELES QUE FALAM SOBRE A PAZ. POUCOS AGEM PARA QUE ELA SE CONCRETIZE. 03 MELHOR DO QUE SE PERGUNTAR O QUE É CULTURA DE PAZ É PRATICAR TUDO DE BOM QUE COMPROVE E REAFIRME O DESEJO DE SE CONSTRUIR UMA CULTURA MARCADA PELA PAZ. A construção da CULTURA DE PAZ é tão importante que uma das missões da Organização das Nações Unidas (ONU) é zelar pela harmonia no relacionamento entre os países. Para isso, a ONU proclamou o ano 2000 como o Ano Internacional por uma Cultura de Paz e estabeleceu o período de 2001 a 2010 como a Década Internacional da Promoção da Paz e Não‐Violência, para as crianças de todas as nacionalidades. Nessa década, em vários pontos do planeta, muitas pessoas passaram a discu r esse tema. A Agência das Nações Unidas (UNESCO) apoiou programas que transformaram esses princípios em ações concretas. Foram feitos muitos projetos no campo da jus ça, da saúde, da educação e dos direitos humanos. A UNESCO foi a responsável pela distribuição do documento chamado MANIFESTO POR UMA CULTURA DE PAZ E NÃO‐VIOLÊNCIA. Um dos obje vos da en dade foi recolher 100 milhões de assinaturas de pessoas comprome das a criar um novo mundo, baseado na tolerância, na solidariedade e na não‐violência. 04 O primeiro documento lançado pela ONU foi o MANIFESTO POR UMA CULTURA DE PAZ E NÃO‐VIOLÊNCIA (2000). Foi elaborado, na França, por um grupo de ganhadores do prêmio Nobel da Paz. Esse manifesto usa uma linguagem simples para traduzir as resoluções das Nações Unidas para que todos os povos da terra entendam. No documento estão relacionados valores, a tudes e comportamentos essenciais para tornarem mais saudáveis as nossas relações, nos níveis pessoal, profissional, social e planetário. O Brasil seguiu a orientação da UNESCO e criou o Programa Abrindo Espaços. Em muitos Estados essa inicia va teve sucesso. Nos fins de semana, por exemplo, as escolas públicas de várias cidades abriram suas portas para o lazer, promovendo jogos e reuniões. Com isso, muitos jovens encontraram locais seguros para o entretenimento, ficando, assim, longe das drogas e da marginalidade. Em São Paulo, várias cidades formaram educadores da paz. Na Bahia, o 10 de dezembro passou a ser o Dia Estadual da Cultura de Paz com Jus ça Social, pela Lei nº 9.202, criada em 2004. 05 VAMOS NOS COMPROMETER COM A CONSTRUÇÃO DA PAZ? O QUE VOCÊ TEM FEITO PARA QUE OS PRINCÍPIOS PROPOSTOS PELA ONU, SOBRE A CULTURA DE PAZ, CONTINUEM A SER EXECUTADOS ATÉ HOJE? Para chamar a atenção das pessoas sobre algum assunto importante, Ins tuições escrevem MANIFESTOS. VOCÊ SABE O QUE É UM MANIFESTO? VAMOS CONHECER OS 6 PRINCÍPIOS DO MANIFESTO SOBRE A CULTURA DE PAZ? Respeitar a vida e a dignidade de cada ser humano, sem nenhum po de discriminação. Rejeitar a violência em todas as suas formas. Cul var a generosidade, contribuindo para o fim da exclusão, da injus ça e da opressão polí ca e econômica. Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre o diálogo, sem ceder ao fana smo, à difamação e à rejeição. Promover o consumo responsável e um modo Manifesto é um texto, uma declaração pública sobre princípios e intenções, com a finalidade de alertar a comunidade sobre um problema ou de denunciar publicamente algo de errado que está acontecendo. Por meio do Manifesto convoca‐se o público a par cipar de ações transformadoras. A intenção da ONU, ao publicar o MANIFESTO sobre a CULTURA DE PAZ, foi convidar pessoas e nações a se engajarem no movimento em favor da PAZ. 06 de desenvolvimento que respeite todas as formas de vida e preserve o equilíbrio dos recursos naturais do planeta. Contribuir para o desenvolvimento da comunidade, com a plena par cipação das mulheres e o respeito aos princípios democrá cos, de modo a criarmos, juntos, novas formas de solidariedade. NÃO BASTA, APENAS, FAZER MANIFESTOS É PRECISO CUMPRI‐LOS. 07 AS INICIATIVAS PROPOSTAS PELO MANIFESTO PROVOCARAM UMA AMPLA REFLEXÃO SOBRE AS FORMAS DE COLOCAR EM PRÁTICA A CULTURA DE PAZ. ESSA CULTURA SE BASEIA NA PREVENÇÃO E NA RESOLUÇÃO NÃO‐VIOLENTA DOS CONFLITOS. Ao contrário do que muitos imaginam, não‐violência não tem nada a ver com subserviência ou passividade. Tem a ver com a forma como encaramos os conflitos, que são absolutamente normais em nossa vida. O filho que não quer ir à escola, o namorado que se irrita porque a namorada saiu pra beber com os amigos, as desavenças no trabalho, as divergências polí cas. Como nos ensina o filósofo francês Jean‐Marie Muller, CONFLITO é o confronto da vontade de cada pessoa com a do outro, cada um querendo vencer a resistência do outro. 08 VÁRIAS VEZES POR DIA SOMOS OBRIGADOS A LIDAR COM CONFLITOS, QUE APARECEM PORQUE SOMOS DIFERENTES E PENSAMOS DE MANEIRA DIFERENTE UNS DOS OUTROS. Podemos ser gen s e expor nosso ponto de vista educadamente ou alterar o tom de voz, assumindo uma postura agressiva, sarcás ca ou irônica. Ou seja, podemos reagir de maneira violenta ou não‐violenta. Portanto, é nosso comportamento que determina a forma como serão conduzidos os conflitos. CONVERSAR É ESTAR ABERTO PARA OUVIR ATENTAMENTE O OUTRO, É SE COLOCAR NO LUGAR DELE PARA TENTAR ENTENDER SEU PONTO DE VISTA. 09 O QUE ESTAMOS FAZENDO PARA CULTIVAR A PAZ E DIZER NÃO À VIOLÊNCIA? NÓS TODOS DEVEMOS NOS COMPROMETER A MELHORAR, CADA VEZ MAIS, O NOSSO PLANETA BASEANDO‐NOS NA TOLERÂNCIA, NA SOLIDARIEDADE E NA NÃO‐VIOLÊNCIA. Vivemos numa época em que, diariamente, somos ví mas da violência expressa em diferentes formas. Somos autores ou espectadores da violência em nossas casas, no trabalho e nas ruas. A violência se manifesta de várias maneiras e em diferentes graus: na discussão agressiva entre marido e mulher; na opressão às nossas crianças; na fome imposta a milhões de pessoas no mundo; nos maus‐tratos aos animais e à natureza; na proibição de se pra car determinada religião ou de expressar ideias livremente. NA CULTURA DE PAZ, CONVERSAR É A CONDUTA RECOMENDADA PARA RESOLVER CONFLITOS. 10 11 VIOLÊNCIA, A MAIOR AMEAÇA À PAZ Entramos numa discussão dispostos a “vencer” a qualquer preço, cheios de razão e de verdades absolutas, esquecendo que cada um de nós tem sua lista própria de verdades absolutas. Tentamos impor nossa maneira de resolver problemas ou insis mos em convencer o outro de que nossa opinião é mais “correta” do que a dele. Toda vez que agimos dessa forma, estamos pra cando um pequeno ato de violência. Essa desavença pode evoluir para um bate‐ boca ou, dependendo do grau de intolerância e de agressividade entre os envolvidos, virar uma briga feia. Gandhi inspirou os maiores pacifistas do nosso tempo, valorizando o diálogo como forma de solucionar conflitos. Cada vez que conseguimos vencer nossa raiva, adiando a vontade de “responder à altura”, ou que enfrentamos com calma uma divergência, conseguindo expressar nossos sen mentos, estamos sendo construtores da paz. Assim como Gandhi, vários líderes da humanidade tornaram‐se famosos por semear a paz e personificar a não‐violência, mesmo quando eram ví mas da violência. Esse caminho foi ensinado, entre outros, também por MANDELA E IRMÃ DULCE. 12 13 MAHATMA GANDHI, AQUELE QUE LIBERTOU A ÍNDIA RECORRENDO À NÃO‐VIOLÊNCIA Grande líder indiano, Mahatma Gandhi lutou, PACIFICAMENTE, durante 40 anos para livrar seu país do domínio dos ingleses e tornou‐se famoso por pra car a não‐violência. Um dos conceitos mais abrangentes sobre a não‐violência é da autoria de Gandhi. Ele entende a NÃO‐VIOLÊNCIA como sendo a a tude que renuncia a matar ou a causar danos aos outros seres vivos por meio de pensamentos, palavras ou ações. Para Gandhi, nenhum obje vo, por melhor que seja, jus fica o uso de meios violentos ou contrários à moral. Gandhi nha uma aparência frágil e fala mansa. Ele é o símbolo do pacifismo. Durante 40 anos conduziu o povo indiano em PROTESTOS NÃO‐VIOLENTOS contra os colonizadores ingleses e finalmente, em 1947, a Índia conquistou a independência. O país, então, se dividiu em dois, dando origem ao Paquistão. na África do Sul, onde realizou as primeiras ações de RESISTÊNCIA PACÍFICA contra as injus ças. Mais tarde, de volta à Índia, ele conseguiu mobilizar seu povo a seguir sua doutrina da não‐violência. Ela se baseava em quatro princípios: A VERDADE, O AMOR, A NÃO‐VIOLÊNCIA E A NÃO‐COOPERAÇÃO (com as medidas e as leis impostas pelos ingleses). Gandhi também ficou conhecido por seus pensamentos e sua filosofia. O tulo de Mahatma (que significa alma grande) expressa o respeito e a veneração dos indianos por seu grande líder. Todo 30 de janeiro se comemora O DIA DA NÃO‐VIOLÊNCIA em homenagem a Gandhi, que morreu nessa data, no ano de 1948. Ele foi assassinado a ros por um hindu inconformado com a divisão da Índia. Nascido na Índia em 1869, Gandhi estudou Direito na Inglaterra e começou a trabalhar como advogado, 14 15 Nelson Mandela foi um importante líder polí co da África do Sul, que lutou contra o sistema de apartheid, no seu país. O termo apartheid significa "vida separada". Esse sistema racista se oficializou em 1948, na África do Sul, e obrigava os negros a viverem separados dos brancos. "SONHO COM O DIA EM QUE TODOS COMPREENDERÃO QUE FORAM FEITOS PARA VIVEREM COMO IRMÃOS." Os negros não nham poder, nem direitos polí cos, econômicos ou sociais e eram controlados pelos brancos. A luta de Nelson Mandela contra esse sistema de discriminação foi da como modelo mundial de resistência. NELSON MANDELA 16 Como advogado dos direitos humanos, Mandela dedicou 67 anos de sua vida a essa causa. Mas foi a forma com que enfrentou os brancos que o tornou famoso. Ele sempre seguiu e pregou os princípios da NÃO‐VIOLÊNCIA na defesa dos direitos dos negros. Por isso que ele se tornou o maior líder da África negra e um dos homens mais admirados do mundo. Mandela nasceu numa família de nobreza tribal, mas preferiu deixar seu território para estudar e, depois, atuar poli camente em favor da igualdade entre brancos e negros. Logo se tornou líder da RESISTÊNCIA NÃO‐VIOLENTA da juventude africana. Em 1955 foi o responsável pela “Carta da Liberdade”, documento no qual defendia o fim do apartheid. Era chamado de “madiba” (nome do seu clã) e de “tatá” (pai), porque era do como o pai da moderna nação sul‐africana. Foi perseguido, ficou preso durante 27 anos e, mesmo na prisão, incen vou a luta contra a discriminação racial no país. Em 1994, tornou‐se o primeiro presidente da África do Sul livre. Foi reverenciado por todas as nações e a ONU ins tuiu o 18 de julho, data em que nasceu, como o Dia Internacional Nelson Mandela. Exemplo de luta pela liberdade, pela jus ça e pela democracia. Mandela faleceu em 5 de dezembro de 2013, aos 95 anos, em sua residência, em Johannesburgo. 17 Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce, a Beata Dulce dos Pobres, recebeu do povo baiano o apelido carinhoso de "O ANJO BOM DA BAHIA". Religiosa católica, essa brasileira dedicou a vida às obras de caridade e de assistência aos pobres, enfermos e necessitados. Aos 13 anos, Irmã Dulce começou a manifestar o desejo de ser religiosa, passando a ajudar os mendigos e os doentes. Com a permissão dos seus pais, fez da casa da família um centro de atendimento às pessoas necessitadas. Foi uma a vista do primeiro movimento cristão operário da Bahia. Tempos depois, ajudou a criar o Círculo Operário da Bahia, que nha como foco a defesa dos direitos dos operários. Dedicou‐se, inicialmente, à educação, mas percebeu que sua missão era, realmente, trabalhar para as obras sociais. Depois de muita peregrinação, instalou seus doentes num galinheiro do Convento Santo Antônio, cujo albergue deu origem ao Hospital com o mesmo nome. 18 Pode‐se afirmar que Irmã Dulce era a vista da PAZ, entendida enquanto AMOR incondicional pelo “OUTRO”. Ela dizia: COM AMOR, FÉ E DEDICAÇÃO É POSSÍVEL TRANSFORMAR A REALIDADE EM QUE VIVEMOS. Sua vida foi dirigida pelo respeito e pelo cuidado com o outro. Irmã Dulce costumava dizer, com devoção: “MINHA RELIGIÃO É A DO AMOR E MINHA LINGUAGEM É A DO CORAÇÃO!” IRMÃ DULCE, COM O SEU JEITO AMOROSO, FOI CONTRA A VIOLÊNCIA E A FAVOR DA PAZ, DIZENDO: “AS PESSOAS QUE ESPALHAM AMOR NÃO TÊM TEMPO NEM DISPOSIÇÃO PARA JOGAR PEDRAS”. O "anjo bom da Bahia" morreu aos 77 anos, mas sua obra con nua sendo conduzida por aqueles que nela acreditam. 19 EM SEU TRABALHO EM FAVOR DA NÃO‐VIOLÊNCIA, GANDHI INSISTIA NA IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PARA A PAZ. A educação para a paz é entendida como um processo educa vo con nuo e permanente, baseado em valores humanís cos como o respeito, a solidariedade, a tolerância, a busca pela igualdade. O obje vo é FORMAR CIDADÃOS CONSCIENTES de que todos os povos têm direito à liberdade e à felicidade. É a EDUCAÇÃO PARA A PAZ que ajuda a desenvolver uma cultura capaz de despertar, nas pessoas, um entendimento crí co da realidade. Uma sociedade educada para a Paz é aquela que se empenha na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 20 Todo esse caminho de transformação social depende da cooperação entre as pessoas. E essa cooperação começa pelo entendimento. A COMPREENSÃO DAS FALHAS, FRAGILIDADES E LIMITAÇÕES DAS PESSOAS NOS AJUDA A SER MAIS TOLERANTES COM O OUTRO. Essa a tude, que Gandhi chama de compaixão, é um passo fundamental para evitar que os conflitos se transformem em brigas. O próprio Gandhi considerava os conflitos posi vos, quando incen vavam o diálogo. Ele sabia que, ao expor nossas ideias, temos de abrir espaço para os argumentos de quem não concorda com elas. O DIÁLOGO DEVE SER PACÍFICO. Defender nossos pontos de vista sem nos tornarmos violentos e agressivos é um dos exercícios mais eficazes da educação para a paz. NÃO SE DEVE USAR A FORÇA NEM DISCUTIR COM AGRESSIVIDADE PARA RESOLVER UM CONFLITO. O DIÁLOGO É A EXPRESSÃO MAIOR DA NÃO‐VIOLÊNCIA 21 A EDUCAÇÃO É UM DOS INSTRUMENTOS MAIS EFICIENTES PARA MUDAR O MUNDO. EDUCAÇÃO Por meio da aprendemos que para se viver a Paz é preciso: ter harmonia com a gente mesmo, com o outro e com o meio ambiente; agir não apenas sem violência, mas ter intenções não‐violentas; ter respeito e cuidado pelo OUTRO; pra car a solidariedade e a tolerância. ENFIM, PELA EDUCAÇÃO, BUSCA‐SE A VERDADE E A CONVIVÊNCIA EM HARMONIA COM COM AS AS 22 DIFERENÇAS. 23 A UNESCO CHAMA A NOSSA ATENÇÃO, QUANDO DIZ: COMO AS GUERRAS SE INICIAM NA MENTE DO HOMEM, É TAMBÉM NA MENTE DO HOMEM QUE A DEFESA DA PAZ DEVE SER CONSTRUÍDA. A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA Como nas escolas tradicionais não nos ensinam a dialogar, vários centros de formação humanís ca oferecem cursos de diálogo pacífico. Para lidar com situações de conflito de maneira posi va é preciso aprender algumas técnicas. Conheça algumas delas: são essenciais para a formação da mentalidade das pessoas. Então, podemos dizer que o CONHECIMENTO COLABORA COM A CONSTRUÇÃO DA PAZ. A FALTA DE PAZ É, TAMBÉM, CONSEQUÊNCIA DA FALTA DE UMA EDUCAÇÃO HUMANÍSTICA. 24 Escolha o momento e o lugar certos para falar; Não interrompa o outro; Relaxe e tenha paciência; Esteja atento à sua linguagem corporal (evite gestos agressivos); Escute com interesse, preste atenção, em vez de ficar pensando no seu próximo argumento; Não dê sermão; Faça perguntas do po: "Fulano, essa situação não tá legal. Eu queria saber o que você acha disso tudo. O que está pegando entre nós? Qual a sua opinião?" Ao invés de: "Você não vai com minha cara? Que foi, não gostou? Tá achando ruim?" Cuidado com o "achismo". Não tome decisões a par r do que você acha ou daquilo que você imagina. Ex.: "Eu vou convidar aquela pessoa só por convidar, mas tenho certeza que ela não vai aceitar." "Só pela cara dessa moça, ela deve ser uma chata". Não perca o controle; Não ofenda. 25 DIGA NÃO À VIOLÊNCIA. ANTES DE BRIGAR PROCURE ENTENDER AS RAZÕES DO OUTRO. COLOQUE‐SE NO LUGAR DELE E TENTE ESCUTAR. DIGA COMO SE SENTE E PROCURE CONTER A AGRESSIVIDADE. A palavra violência, apesar de significar vigor, força, rigor, dureza, autoridade e poder, geralmente só é empregada no sen do nega vo de agressão, brutalidade e crueldade. VAMOS MUDAR ESSA SITUAÇÃO TRABALHANDO PARA A PAZ? No Português existem certas palavras que, embora tenham vários significados, acabam se popularizando no seu sen do nega vo. É o caso da palavra VIOLÊNCIA. 26 Apesar de também significar veemência e impetuosidade, VIOLÊNCIA é mais empregada no sen do da VIOLAÇÃO, termo que se aplica bem aos atos de restrição aos direitos humanos. A violência, enquanto violação, pode a ngir os direitos civis (como a invasão da privacidade e proteção desigual para ricos e pobres); os direitos sociais (como dificuldade de acesso aos serviços de saúde, educação, segurança e habitação); os direitos econômicos (expressados pelo acesso desigual a oportunidades de emprego e excesso de poder do sistema bancário); os direitos culturais, religiosos e polí cos (explícitos na restrição à par cipação polí ca e proibição de votar). O termo VIOLAÇÃO é usado, também, no sen do de desrespeito, de negação. É negar ao OUTRO o direito de manifestar seu potencial como ser humano, discriminando, boicotando, inibindo seu comportamento. 27 "A VIOLÊNCIA NÃO É FORÇA, MAS, SIM, UMA FRAQUEZA. ELA NUNCA PODERÁ SER CRIADORA DE COISA ALGUMA; APENAS É DESTRUIDORA DE TUDO." Benede o Croce. "A VIOLÊNCIA NÃO É CAPAZ DE FAZER DESAPARECER A VIOLÊNCIA. A HUMANIDADE NÃO PODE SE LIVRAR DA VIOLÊNCIA A NÃO SER POR MEIO DA NÃO‐VIOLÊNCIA." Gandhi SEMPRE QUE REPRIMIMOS AS IDEIAS DE ALGUÉM OU RIDICULARIZAMOS SUAS OPINIÕES, ESTAMOS VIOLANDO SUA HUMANIDADE. AGINDO ASSIM ESTAMOS SENDO VIOLENTOS. Ah! Você estará enganado ao pensar que a PAZ é, apenas, a ausência de conflitos, a falta de violência ou o estado de harmonia entre as pessoas ou nações. Nada disso! A Paz relaciona‐se, também, com a energia: 28 NO PLANO MENTAL: mediante pensamentos posi vos e a construção do conceito de cidadania planetária. NO PLANO EMOCIONAL: acolhendo os sen mentos de cooperação, fraternidade e alteridade (reconhecimento do outro). A PROMOÇÃO DA PAZ ESTÁ NO RECONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA DE TODOS OS SERES, NA CONTINUIDADE DA VIDA. NA CONSTRUÇÃO DA PAZ, É URGENTE QUE COOPERAÇÃO E AMOR CAMINHEM LADO A LADO. NO PLANO FÍSICO: mediante a experiência da saúde integral. A ideia de paz apresenta‐se como uma necessidade mundial, pois se liberta do significado vinculado à guerra e ganha espaço e importância por se relacionar com as diversas dimensões do ser humano. EXISTEM MUITAS FORMAS DE SE BUSCAR A PAZ. UMA DELAS É COLOCAR‐SE NO LUGAR DO OUTRO, ISTO É, VIVER O PRINCÍPIO DA ALTERIDADE. Alteridade significa ser capaz de aprender com o outro, respeitar seus direitos e, principalmente, respeitar suas diferenças. 29 QUEM BUSCA A PAZ PREOCUPA‐SE COM A DIGNIDADE HUMANA. LOGO, PREOCUPA‐SE COM A VIDA. A BUSCA PELA PAZ COMEÇA EM CASA. Precisamos entender que a violência não acontece com alguém, apenas na rua. Acontece dentro das nossas casas, nas nossas famílias, nos nossos bairros, nas escolas e no trabalho. Ela a nge a cada um de nós quando nos achamos no direito de agredir, xingar, humilhar e até matar, para fazer valer a nossa vontade ou aquilo que acreditamos ser o certo. A falta de Paz começa com a violência familiar. Essa violência se expressa de várias formas: sica, psicológica, sexual ou pela negligência ou indiferença. Alguns pais confundem atos violentos com “forma de educar”. Acham natural bater nos filhos, alegando que esse é um direito dos pais. Ao proceder dessa maneira, agem como se fossem proprietários dos seus filhos. A esse po de abuso se dá o nome de violência intrafamiliar. Ela a nge, de maneira mais frequente, parceiros ín mos (namorados, casais hetero ou homossexuais, ex‐namorados, casais separados), crianças, adolescentes e idosos. 30 A violência, em geral, passa de geração para geração. Com a desculpa de que "o meu pai me criou assim", muitas pessoas insistem em impor aos filhos a sua autoridade pela força sica. Desse modo, no século XXI, ainda existem cas gos severos e surras, em lugar de conselhos e diálogos. Para garan r a integridade sica e moral de crianças e adolescentes, foi sancionada a Lei da Palmada, também chamada de "Menino Bernardo", que proíbe os pais de recorrerem aos tapas como forma de punição. Pais que maltratarem os filhos serão encaminhados a programas oficiais de proteção à família, para receber cursos de orientação e tratamento psicológico. Eles também serão adver dos por um juiz da Vara da Infância. QUANDO SE BATE EM UMA CRIANÇA, ELA APRENDE A BATER TAMBÉM. É COMO EDUCÁ‐LA PARA SER VIOLENTA. A CRIANÇA ENTENDE QUE O CAMINHO PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS É A FORÇA. E APRENDE QUE, QUANDO SENTE RAIVA DE ALGUÉM, PODE BATER. 31 A EDUCAÇÃO NOS ENSINA, AINDA, QUE UMA DAS FORMAS DE DEMONSTRAR RESPEITO PELAS PESSOAS É NÃO TER PRECONCEITO. Falamos tanto em “respeitar as diferenças”, mas temos a maior dificuldade em colocar em prá ca esse princípio básico. QUAL É, ENTÃO, A RELAÇÃO ENTRE PRECONCEITO E VIOLÊNCIA? O PRECONCEITO é uma violência contra o ser humano e uma AMEAÇA À PAZ. Ele se manifesta sempre que não aceitamos as DIFERENÇAS DO OUTRO. Os pos mais comuns de preconceito são aqueles baseados em etnia, classe social, orientação sexual e deficiência. O preconceito social, por exemplo, acontece quando uma pessoa bem sucedida discrimina os mais pobres. A não‐aceitação dos direitos dos homossexuais, na nossa sociedade, tem gerado mais do que discussões: muitos gays têm sido espancados e até mortos por aqueles que não respeitam sua orientação sexual. A intolerância religiosa, que considera a religião dominante como única e verdadeira, também é uma forma de preconceito, assim como considerar uma etnia superior a outra. Hitler, por exemplo, achava que os alemães eram superiores aos outros povos e que a Alemanha era melhor que os outros países. Esse preconceito acabou provocando a Segunda Guerra Mundial. Quantas pessoas ainda consideram um elogio classificar alguém como um “negro de alma branca”? As expressões magia negra e ovelha negra, por exemplo, são entendidas como bruxaria e pessoa de comportamento condenável. A imagem nega va associada às palavras PRETO e NEGRO é reflexo do preconceito e da discriminação. Às vezes, usamos certas expressões tão naturalmente que nem percebemos o quanto elas são ofensivas. Quando alguma coisa é feia, ruim, nos causa cansaço ou desconforto, costumamos dizer que a “coisa está preta”. ESSAS IDEIAS SÃO FALSAS E DEIXAR DE REPRODUZÍ‐LAS É UMA FORMA DE SE POSICIONAR A FAVOR DA PAZ. O tempo passa, falamos sobre a construção da paz, mas con nuamos a u lizar expressões que discriminam, apesar da nossa Cons tuição Federal falar sobre liberdade, direitos e deveres iguais. VOCÊ JÁ PENSOU QUE MUITA COISA QUE VOCÊ DIZ, MESMO SEM A INTENÇÃO DE FERIR, É PRECONCEITO? O PRECONCEITO, QUANDO INCORPORADO À NOSSA FALA, TORNA AS DISCUSSÕES MAIS AGRESSIVAS. 32 33 A FORÇA DOS PROVÉRBIOS Há muitas expressões preconceituosas que, de tão repe das, acabam sendo aceitas como verdades. Estas frases feitas, além de discriminar as mulheres, contribuem para jus ficar atos de violência contra elas: O papel mais importante da mulher é cuidar da casa. Cabe ao homem a úl ma palavra nas decisões importantes da casa. A mulher deve tolerar a agressão do marido, se for para manter a família unida. Não admito que minha parceira me peça pra usar camisinha. Trocar fraldas, dar banho e alimentar as crianças é responsabilidade da mãe. Evitar a gravidez é obrigação da mulher. 34 Quando o agressor se aproxima, a mulher aperta o botão. Uma viatura policial chega imediatamente. Em Minas Gerais, os acusados têm que usar tornozeleiras. Não sei por que estou batendo, mas ela sabe por que está apanhando. Provérbios como “manda quem pode, obedece quem tem juízo” reforçam a crença de que é natural dar a úl ma palavra àqueles que detêm o poder – seja o pai, o chefe ou o namorado ciumento. MUITAS PESSOAS AINDA ACREDITAM QUE, POR DEPENDEREM FINANCEIRAMENTE OU EMOCIONALMENTE DE ALGUÉM, DEVEM ABRIR MÃO DA PRÓPRIA INDIVIDUALIDADE. POR ESSE MOTIVO, MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTINUAM AO LADO DE UM COMPANHEIRO AGRESSOR. IMPORTANTE CONHECER! A LEI MARIA DA PENHA An gamente, os condenados por violência contra a mulher nham apenas de distribuir cestas básicas e fazer trabalho comunitário. A Lei Maria da Penha mudou isso. Diante da certeza da punição, muitos homens violentos agora pensam duas vezes antes de agir. Em alguns Estados, medidas prá cas vêm sendo tomadas para evitar que o agressor chegue perto de sua ví ma. No Espírito Santo, cem mulheres receberam o botão do pânico, com um GPS. Aprovada em 2006, a Lei Maria da Penha ganhou esse nome por causa da farmacêu ca cearense que sofreu duas tenta vas de assassinato por parte do marido. Inconformada porque ele só pegou dois anos de prisão, Maria da Penha lutou durante 19 anos para que ele fosse punido. Para isso, teve de recorrer aos tribunais internacionais, que condenaram o Brasil pelo descaso com a questão. A lei ampliou o conceito de violência domés ca, que durante décadas se resumiu à agressão sica. Consequências da Lei Só irá ocorrer pedido de prisão se o réu for reincidente; O juiz pode determinar que ele saia de casa imediatamente (mesmo que a casa seja dele); Ele pode ser preso caso se aproxime da mulher; A pena máxima de prisão é de 3 anos. 35 AGORA, TODO TIPO DE VIOLÊNCIA É CRIME E QUALQUER HOMEM QUE PRATICAR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA SERÁ PUNIDO. Isso só acontece por causa da existência da Lei Maria da Penha. Essa lei deses mula e previne a violência contra a mulher. No Brasil, durante muitos anos, somente a agressão sica era considerada violência domés ca. Agora, pode ser condenado qualquer homem que pra car violência psicológica (humilhação), moral (chamar a mulher de vagabunda, por exemplo), patrimonial (deixar a mulher sem dinheiro, esconder seus documentos) ou sexual (obrigá‐la a fazer sexo) contra sua mulher, namorada, companheira ou qualquer outra mulher com quem tenha man do um relacionamento. 36 Sempre que for agredida, a mulher deve prestar queixa numa delegacia, para que sejam tomadas medidas legais de proteção à sua integridade sica, psicológica e moral. Um dos fatores que mais colaboram com a violência domés ca é o silêncio. A ví ma fica anestesiada pelo sen mento de vergonha e pela perda de autoes ma. Quando é ofendida, prefere se calar e fica imobilizada pelo terror constante de “provocar” a ira do agressor. DENUNCIAR A VIOLÊNCIA É UMA FORMA DE EXERCER NOSSA CIDADANIA. DIGA NÃO AO SILÊNCIO LIGUE 180. Esse serviço 24 horas presta orientações às mulheres. Ele é gratuito, aceita chamada anônima, informa como a ví ma deve agir e indica os locais mais próximos onde pode procurar ajuda. 37 O ESFORÇO PELA PAZ É UMA BANDEIRA QUE DEVE SER LEVANTADA, DIARIAMENTE, E HASTEADA, SEMPRE, NAS NOSSAS CONSCIÊNCIAS. DIGNIDADE E VIDA VIOLÊNCIA E PRECONCEITO PESSOAS DIGNAS TAMBÉM SÃO ÉTICAS. A palavra “ÉTICA” vem do grego “ethos” que significa “MODO DE SER” ou “CARÁTER”. A moral e a é ca têm finalidades semelhantes: são ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando seu caráter e suas virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade. O PRECONCEITO é um po de VIOLÊNCIA que destrói o que a DIGNIDADE pretende defender. DIGNIDADE é o valor que reveste tudo aquilo que não tem preço. DIGNIDADE é uma qualidade própria do ser humano, porque o homem é a única criatura capaz de se submeter livremente às leis morais – aquele conjunto de valores e princípios que orienta a vida em sociedade. Os dez mandamentos, por exemplo, são leis morais. A pessoa digna é aquela que age com decência e hones dade e cujo comportamento merece o respeito dos seus semelhantes. Já aquele que é 38 maldoso, fofoqueiro, manipulador e preconceituoso ou que gosta de rar vantagem dos outros é uma pessoa indigna. A ÉTICA ESTÁ RELACIONADA COM A JUSTIÇA SOCIAL, COM A VIDA, COM A NÃO‐VIOLÊNCIA E COM A PAZ. O RESPEITO e a SOLIDARIEDADE ao próximo são valores morais e é cos relacionados à dignidade humana, assim como o entendimento de que todos somos iguais. De acordo com os princípios é cos, qualquer sofrimento desnecessário imposto a qualquer membro da sociedade é considerado imoral. Por isso, as pessoas dignas têm o dever é co de lutar contra as injus ças sociais, que provocam as desigualdades entre os homens. Do contrário, não estaremos reconhecendo o legí mo direito de todos os seres humanos a uma vida digna 39 REFERÊNCIAS 40 ABRAMOVAY, Miriam; RUAS, Ma. Das Graças. Violências nas escolas. Brasília: Unesco, 2002. ASSOCIAÇÃO PALAS ATHENA. Disponivem em <h p://www.palasathena.org.br>. Acesso em 23/10/2013. O Princípio de Não‐Violência (Jean‐Marie Muller). Cultura de paz: da Reflexão à Ação, publicação conjunta UNESCO, Associação Palas Athena e Ministério da Jus ça. Cultura de paz, redes de convivência, de Lia Diskin (Senac). 64 maneiras de construir a paz no dia a dia. Associação Palas Athena, adaptado de Season for Non Violence <www.nonviolenceworks.com/snv/programs>. Entrevista com Lia Diskin. ASSMAN, Hugo. (1998) Metáforas Novas para Reencantar a Educação, Epistemologia e Didá ca. 2ª edição. Editora Unicamp, Piracicaba. BAHIA , Governo . 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FICHA TÉCNICA DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E SUSTENTABILIDADE Humberto Rangel GERÊNCIA DE SUSTENTABILIDADE Caroline Azevedo TEXTO Denise Ribeiro (MTb 12379) Marilene Sampaio EDIÇÃO Denise Ribeiro REVISÃO Denise Ribeiro ILUSTRAÇÃO Marilene Sampaio PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Luciano Roba o A Coleção de Sustentabilidade é um projeto desenvolvido pela Enseada Indústria Naval, que detém os direitos autorais de todos os volumes que a compõem. A reprodução parcial ou integral de seu conteúdo precisa ser autorizada pela Enseada Indústria Naval. 1ª Edição, 06 de Outubro/2014 Tiragem: 7.000 unidades