Administração pública na rua contra

Transcrição

Administração pública na rua contra
Director
José Miguel Pereira
Ano
XC
Número
28831
0,75
IVA incluído
QUI.15.ABRIL.10
Pub
Concentração no centro de Braga com marcha ao Governo Civil
Administração pública na rua
contra congelamento salarial
DR
HOJE, com o DM
A “Revista dos 90”
p.9
Instituto de Letras
e Ciências
Humanas da UM
procura
sustentabilidade
:B:: Braga p.5
Os trabalhadores da administração pública manifestaram-se, ontem, no centro de Braga, onde exigiram salários dignos para os funcionários e centraram os seus ataques na decisão do Governo de “aumentos zero” para 2010, uma situação que prevêem que se venha a agravar até pelo menos 2013, com a implementação do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). Os manifestantes concentraram-se na
Arcada, onde fizeram uma sessão pública de denúncia de várias situações, e depois rumaram ao Governo Civil onde entregaram as suas
reivindicações.
Escola
de Economia
e Gestão da UM
precisa de criar
mais receita
O recém-investido presidente da
Escola de Economia e Gestão da
Universidade do Minho avisou ontem que o trabalho produzido naquela unidade não está a gerar as
receitas desejáveis. «Se é verdade
que a EEG atingiu níveis de excelência na investigação e qualidade assinaláveis nos projectos de
ensino, as receitas resultantes dos
projectos e dos serviços à comunidade são modestas se comparadas com as outras Escolas da Universidade», admitiu José António
Oliveira Rocha.
:B:: Braga p.3
Pub
::R:: Região
p.10
Câmara de Vila Verde aprovou relatório de gestão municipal
Contas de 26,5 milhões em 2009
com execução de 75,8 por cento
Meias-finais
da Taça AF Braga
em Amares
e Galegos
As meias-finais da Taça AF Braga
disputam-se no dia 11 de Maio,
com o Vilaverdense a defrontar
o Tadim (Amares) e o Águias da
Graça o Forjães (Galegos).
::D:: Desporto p.25
Pub
ARQUIVO DM
O município de Vila Verde acaba de apresentar o Relatório de Actividades e Conta de Gerência 2009, ano em que foi atingida uma execução de 75,8 por cento, tendo realizado um
total de despesas de 26,5 milhões de euros,
das quais 19,2 milhões são despesa corrente,
um valor que supera a receita corrente municipal, que foi de 18,1 milhões. Para a maioria
social-democrata, que aprovou o documento,
estes valores demonstram que a autarquia vive
«uma situação económico-financeira controlada e tem indicadores que permitem avançar
para o futuro com segurança».
Pub
2
www.diariodominho.pt
Deste lado
Opinião
– Silva Araújo
A carta do Papa, p. 20
– Cristina Sá Carvalho
Portugal dos pequeninos, p. 20
– António Pedras
Um desafio constante
da Igreja e do mundo, p. 21
Ver&Ouvir
p. 30
Lido
«Pela calada da noite, bem resguardados de possíveis intrusos e
bem longe da autoridade, lá começava, primeiro lentamente e depois de forma mais audível, para que todas as pessoas do lugar o
soubessem, o som de uma cornetada. Depois de organizadas em
segredo e situadas num ponto alto, onde não possam ser identificadas, as pessoas sopram um corno e fazem barulho com todo o
tipo de chocalho. O que se torna mais presente é o ruído persistente do som dos cornos, num misto de alerta e censura. Cornetadas há que são acompanhadas de prantos, como a lembrar quem
já morreu e a falta que tanto faz. Trata-se de uma tradição bem presente no passado de Paredes de Coura e que ainda vai persistindo, embora já muito esporadicamente. A quem se faz? Às viúvas
e às mulheres novas. Às viúvas porque deixaram de “guardar respeito” ao seu bom marido defunto e agora o espaço da casa começa a ser rondado por um “atrevido”. A cornetada é, neste caso,
uma forma de vigilância da comunidade, cujas pessoas decidem o
que é pessoal e colectivamente correcto em termos de moralidade. Não me lembro de qualquer cornetada feita a um viúvo, bem
sintomático de que a moralidade é essencialmente masculina. Às
mulheres novas porque arranjaram um homem mais velho, como
se a união entre as pessoas tivesse que ser medida por idades e
por padrões definidos pelos outros. Quando se ouve uma cornetada, logo se pergunta: “A quem é?” Esta forma de vigilância comunitária expressa de modo bem vincado de que modo os valores são
gerados socialmente e quão conservadores podem ser. Embora recorde este episódio como um mero registo, de modo algum posso
concordar com ele. Cada um tem direito à sua privacidade e só as
próprias pessoas podem justificar as escolhas que fazem. Tal censura social deveria fazer parte de um passado, não sendo necessários os guardas de uma moral comunitária profundamente reprovável» (José Augusto Pacheco).
Notícias de Coura (quinzenário), de 13.04.2010
Jornais impressos na Gráfica do DM
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QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
1. Nem de propósito! “O DiáEm frente, no caminho do centenário
rio do Minho deve melhorar
na informação, no grafismo
ou no sítio na internet?” –
3. Continuando a olhar em frente e ajudando a percorrer
esta foi a pergunta colocao caminho do centenário do DM, anuncio hoje que está
da numa das semanas desa ser preparada uma conferência, a realizar em meados
te mês (dias 6 a 13), sendo
de Maio próximo, em Braga, sobre o futuro – contratemesta uma das formas de a
pos e potencialidades – da imprensa regional, e especifiRedacção interagir com os
camente da designada imprensa de inspiração cristã, âmleitores do DM. (A pergunta
bito em que o DM se destaca desde os primeiros dias de
é feita todos os dias na ediexistência. Para essa conferência, que gostaríamos que
ção impressa, nas páginas de
fosse também um ponto de encontro dos leitores des“Opinião”, mas as respostas
te jornal, já está confirmada a presença de um dos orasão dadas no sítio na interdores, faltando o “sim” de outro, igualmente com prestínet do jornal, e os resultagio a nível nacional.
José Miguel Pereira
dos são publicados à terNo caminho para o centenário do DM, também haverá
[email protected]
ça-feira na edição imprestempo para melhorias no aspecto gráfico do jornal – a
sa, aparecendo no dia sepróxima pode até coincidir, e estou apenas a fazer uma
guinte nova pergunta).
sugestão, com o início da aplicação do novo acordo orNesse inquérito, mais de 55 por cento dos leitores res- tográfico, em Janeiro de 2011. Ou seja, com tempo para
ponderam que a melhoria era mais necessária no sítio planear e reunir as condições, pessoais e materiais, para
na internet. Também nós já sentíamos isso, daí a remo- a sua concretização.
delação agora efectuada, que acontece no 91.º aniversário do DM. Um avanço que vai obrigar à reorganização 4. Na senda do centenário, não esquecemos o seu rico
da própria Redacção e do Departamento Comercial, de- passado. No início do 4.º ano de publicação (na edição
safiados a valorizar esta área do jornal, que se deseja em de 15 de Abril de 1922), lê-se no editorial com o título
crescente expansão. Não obstante, continuaremos a pri- “O que deve ser o Diário do Minho”: «Quando na nossa tervilegiar a edição impressa – edição que, embora paga, ra houver mais interesse pela notícia duma futura expotambém pode ser integralmente lida a partir de www. sição industrial, pela constituição duma nova empresa fadiariodominho.pt. (Em três anos, ou seja, desde a últi- bril ou pelas obras de um porto que venha servir a nossa
ma remodelação, neste dia e mês de 2007, foram visua- região, do que pelas palavras ocas dum politicante quallizadas mais de 2 milhões e 200 mil páginas, e as perto quer, nesse dia um grande progresso se terá realizado em
de 870 mil visitas foram efectuadas a partir de 148 paí- Portugal, porque então haverá o amor do trabalho pelo
ses/territórios…).
que ele encerra de nobreza. É pelo progresso intelectual
Os estudos da Marktest para a imprensa escrita regional e económico da nação portuguesa que nesta casa trabacolocam-nos em primeiro lugar no distrito de Braga, há lhamos, e quando digo da nação, digo também da provários anos consecutivos. Todavia, queremos mais, conti- víncia do Minho, a que, duma forma mais especial, dedinuando norteados pelo optimismo, que deve ser uma das camos a nossa actividade».
marcas dos jornais de inspiração cristã – queremos que o Poucos anos depois, na edição do aniversário de 1931, tamleitor continue a fazer parte da aventura do DM, critican- bém se lê: «O Diário do Minho... é obra de todos... e ao esdo (construindo) o nosso trabalho, acompanhando-nos forço de todos se deve que hoje viva uma vida desafogano caminho para o centenário.
da... Atrai simpatias e concita olhares de inveja... Não lhe
O que é novo e o que foi alterado no sítio na internet têm faltado dificuldades no seu caminho. Algumas foram
do DM vai ser explicado no próximo sábado, dia 17, no de tal ordem que pareciam ameaçar-lhe a vida. Mas foram
TICMagazine, o suplemento sobre Tecnologias de Informa- vencidas e serviram de meio admirável para dar-lhe mais
ção e de Comunicação, uma das apostas da actual Direc- robustez e energia, pois que criado e crescendo na provação do DM cujos objectivos estão superados; um suple- ção, enrijou e fortaleceu-se para as dificuldades e aprenmento, recorde-se, pensado para os jovens, mas não só, deu, nos segredos da experiência, a triunfar delas (...). E hoje
leitores do DM – para os infantis, temos o Clube Miminho Braga e a Província gostam de ver o Diário do Minho forte,
(também com presença no sítio na internet) ao domingo, enérgico e esbelto, a pleitear como um homem pela sua
no caderno semanal dedicado à Televisão.
terra, e a defender como um herói os princípios da verdade e da justiça, e os grandes ideais de Deus e da Pátria.
2. Entre as novidades na remodelação do sítio on-line, cons- Haverá quem o julgue um tanto atrevido (...). Talvez.
ta a Minha Revista, que começou a ser publicada no dia Os hábitos comodistas e as situações de meias tintas con15 de Abril de 2009 – no 90.º aniversário do DM –, con- tam grande número de partidários, mesmo entre os que
quistou entretanto autonomia – os números 2, 3 e 4 não por tradição se dizem defensores da ordem (...)».
foram totalmente distribuídos com o jornal –, voltando a Se recupero estes textos dos primórdios do DM, é para
ser parte integrante hoje, no 91.º aniversário, do DM.
afirmar que os avanços e contrariedades de ontem pouco
Continuará a ser uma revista trimestral e com distribuição divergem dos de hoje, mas ao mesmo tempo para, como
gratuita, fazendo a ponte entre a edição impressa do DM também já então se escreveu, testemunhar que se pode
e a on-line. Como no início, queremos que os jornalistas «contemplar cheio de desvanecimento o passado e encado DM, em alguns dias do ano, analisem com mais vagar rar pleno de esperanças o futuro». E ainda para (re)lema realidade quotidiana do Minho, sobretudo, descubram brar a importância de fazermos a digitalização completa do
histórias de vida (ou institucionais) marcantes e as comu- Arquivo do DM – uma obra onerosa, mas imprescindível e,
niquem de forma cativante.
talvez, uma das melhores prendas para o centenário.
Também queremos que a Minha Revista seja para o Departamento Comercial do DM um novo espaço para desenvol- 5. Em fim de mandato como Director (cinco anos, comver e diversificar a sua actividade. E até dar-lhe, à revista, pletados a 9 de Junho próximo), gostaria de dar melhoum novo rumo, pois com ela pretendemos, principalmente, res notícias, hoje, quanto a esta área do jornal – onerosa
assinalar a entrada na década de publicação mais próxima no início, mas vantajosa depois, tanto em termos econódo centenário do DM – por isso, é a revista dos 90.
micos como de marketing, a digitalização do Arquivo do
Esperamos que, depois de folhear esta – a número 5 – e DM é sobretudo o cumprimento do dever de preservar e
de (re)ler as outras, agora disponíveis – com possibilida- divulgar o nosso património. Pouco mais se foi, além da
de de download (descarga) e de impressão – no sítio na intenção. De quem fica e de quem vem a seguir, só se esinternet remodelado –, também o leitor possa dizer: esta pera que melhore. Por isso, em frente, no caminho do cené a Minha Revista.
tenário do DM! Com a ajuda de todos.
Director: José Miguel Pereira (C. P. 5962), [email protected]; [email protected]
Chefe Redacção: Damião Pereira (C. P. 2751), [email protected]; Coord. Geral: Luísa Teresa Ribeiro (C. P. 3851),
[email protected]; Coord. Desporto: José Eduardo (C. P. 2752), [email protected]
Redacção: Álvaro Magalhães (C. P. 3228), Carla Esteves (C. P. 5640), Daniel Lourenço (C. P. 4639), Francisco de Assis (C. P. 4587),
Joaquim Martins Fernandes (C. P. 8472), Jorge Oliveira (C. P. 2753), José Carlos Ferreira (C. P. 3522), José Carlos Lima (C. P. 4822), José Costa Lima,
Luís Filipe Silva (C. P. 5772), Marta Encarnação (C. P. 6414), Pedro Vieira da Silva (C. P. 4155), Rita Cunha, Avelino Lima (fotógrafo, C. P. 3060)
Secretárias da Redacção: Clementina Silva, Helena Areosa; Guimarães: Rui de Lemos (C. P. 7747), [email protected];
Viana do Castelo: Paulo Gomes (C. P. 5876), [email protected]; Colaboradores: Abílio Peixoto, Acácio de Brito, António Pedras,
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Fernando Parente, J. M. Gonçalves de Oliveira, Joaquim Serafim Rodrigues, Lima Duarte, Luís Covas, Manuel Cardoso, Maria Fernanda Barroca,
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Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda., Complexo Industrial da Grundig, Lote 5, fracção A - Lomar - 4710-011 BRAGA
MEMBRO DA
APCT
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Braga
Novo presidente quer aproximar unidade da UM ao tecido empresarial
Escola de Economia e Gestão
precisa de criar mais receita
Jorge Oliveira
Avelino Lima
O recém-investido presidente da Escola de Economia e
Gestão (EEG) da Universidade
do Minho avisou ontem que
o trabalho produzido naquela unidade não está a gerar as
receitas desejáveis.
«Temos uma receita muita
baixa para as potencialidades
que uma escola de economia
e gestão tem e deve ter. Se é
verdade que a EEG atingiu níveis de excelência na investigação e qualidade assinaláveis
nos projectos de ensino, as receitas resultantes dos projectos e dos serviços à comunidade são modestas se comparadas com as outras Escolas da
Universidade», admitiu José
António Oliveira Rocha.
O docente, que acabava de
ser investido no cargo de presidente pelo reitor, disse que
a EEG «não pode viver centrada sobre si própria, devendo
conhecer com exactidão as receitas que gere e as despesas
que faz designadamente em
termos de salários».
Defende uma maior ligação
da unidade com o tecido empresarial, reforço dos projectos
de desenvolvimento e outros
projectos em que os docentes
não se têm envolvido.
«Praticamente o único envolvimento, pelo menos institucional, é o da área da Administração Pública nos Cursos
para dirigentes, tudo o resto
tem passado um bocado ao
lado», lamentou.
José Oliveira Rocha considera que o Contrato de Confiança, estabelecido entre as
Universidades e o Ministério
Pub
José Oliveira Rocha anunciou abertura de três cursos para o próximo ano lectivo
da Ciência e Tecnologia, e a
nova oferta educativa podem
ajudar à estratégia da EEG, embora haja aspectos que não
são pacíficos como a questão
da oferta de cursos em que há
quem considere que «é muito do Politécnico».
A EEG vai abrir três cursos novos de Licenciatura no
próximo ano lectivo, em regime pós-laboral: Contabilidade, Marketing e Ciência
Política. Os cursos, que têm
que ser comunicados ao Ministério até meados de Maio,
já estão criados há mais de
dois anos e não avançaram
mais cedo por impedimento
do Ministério.
Na sessão de investidura, o
presidente da EEG afiançou
que esta nova equipa directiva irá prosseguir a linha herdada, num contexto de mudança
de modelo de gestão universitário, no sentido de manter
a EEG uma escola «equilibrada orçamentalmente e finan-
ceiramente sustentável com
objectivos muito claros: primazia da investigação científica e qualidade dos projectos no ensino».
Contudo, lembrou que a
nova gestão integrada «obriga a reequilíbrios e a reajustamentos e impõe uma nova
cultura», pelo que espera a
«colaboração de todos os órgãos da EEG, designadamente o Conselho de Escola e o
Conselho Científico».
O reitor da UM considerou
que esta Escola tem um quadro de oportunidades «muito
interessante» que «tem vindo
a ser reforçado pelos sinais de
maturidade e de excelência
que vai dando em sede dos
domínios científicos» a nível
nacional e internacional.
Vincou, porém, que a unidade não se pode alhear do contexto regional onde está inserida e deve ser um actor que
ajude a encontrar soluções.
António Cunha considerou
ainda que a EEG soube dar
uma resposta «muito positiva» no âmbito das negociações do Programa Específico
de Desenvolvimento. «Foi um
processo difícil, mas promissor,
um processo que não está fechado, terá certamente ajustes com a nova presidência»,
admitiu, referindo que há disponibilidade institucional para
uma discussão no quadro de
contratações para o próximo
ano lectivo.
Com a investidura do presidente e dos três vice-presidentes da EEG (Orlando Petiz
Pereira, Luís Francisco Gomes
Dias Aguiar Conraria e Delfina Rosa Rocha Gomes), concluiu-se o processo de migração e conformação dos órgãos
das unidades orgânicas e de
investigação no novo quadro
estatutário da UM.
Para o reitor, o dia de ontem abriu um novo ciclo na
UM que espera seja de afirmação e diferenciação.
www.diariodominho.pt
3
Hospital de Braga
assinala Dia da Voz
O Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Braga
assinala amanhã, o Dia Mundial da Voz, promovendo,
pelo segundo ano consecutivo, rastreios gratuitos abertos à comunidade local. Fonte hospitalar adiantou que
a iniciativa tem em conta a crescente prevalência de
problemas vocais e «a necessidade de se promover um
adequado e correcto uso da voz no sentido de manter
uma boa saúde vocal». Os rastreios serão realizados
no Serviço de Otorrinolaringologia durante o período
diurno de expediente normal do Serviço, sem quaisquer
restrições de acesso. Para garantir uma boa gestão no
atendimento dos interessados e uma análise médica
especializada nas melhores condições, – assinala –, «é
aconselhável uma marcação prévia via telefone, no
dia de hoje». O Hospital assinala, ainda, a efeméride
com um espectáculo comemorativo, que terá lugar à
noite no Auditório e que conta com a presença de profissionais que têm na voz o seu principal instrumento
de trabalho e que vão alertar para a importância de
“Amar a sua Voz”, mote da Organização Mundial de
Saúde para este ano. A comemoração prossegue com
um Sarau Cultural que inclui poesia, canto lírico, música
popular e fados, com a colaboração de Camilo Silva,
Daniel Eduardo Gonçalves, Helena Abrantes, Isabel
Dias, José Miguel Braga, Maria João Matos e a Grande
Tuna/Grupo de Fados.
UM recebe amanhã colóquio
“Republicano Republicanismo”
O Anfiteatro de Engenharia II da Universidade do
Minho (UM), no Campus de Gualtar, em Braga, recebe,
amanhã, o colóquio “República e Republicanismo”. Os
investigadores Fernando Catroga e Lúcia Moura são
alguns dos oradores. É sob o signo do tempo – passado e futuro – que se desenha esta iniciativa. É seu
fim, através do cruzamento disciplinar, proporcionar à
comunidade académica um espaço de reflexão crítica e
analítica sobre a república, segundo um duplo olhar: o
das ideias e ideações acerca da nova sociedade a criar
e o mundo dos homens e das práticas políticas que
corporizam, no seu todo, a experiência republicana
portuguesa. O colóquio é organizado pelos Departamentos de Filosofia e de História da UMinho, tendo
apoio do Centro de Estudos Humanísticos do ILCH
(Instituto de Letras e Ciências Humanas) e do CITCEM
(Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço
e Memória) – Instituto de Ciências Sociais da UMinho
e da FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologias). A
cerimónia de abertura está marcada para as 9h30,
com a presença de Vieira de Castro, vice-reitor da UM;
Miguel Bandeira, presidente do ICS/UM; Maria Eduarda
Keating, presidente do ILCH/UM; Vítor Ribeiro, director
do Departamento de Filosofia/UM; Arnaldo Melo, director do Departamento de História/UM; Ana Gabriela
Macedo, directora do CEHUM; Maria Augusta L. Cruz,
directora do PFP/CITCEM, com moderação de Fernando
Machado (CEHUM-UM). A primeira conferência realiza-se às 10h00, com Fernando Catroga. Às 14h30, Lucia
Moura reabre os trabalhos da tarde, com o tema “O
combate pelo domínio das almas”.
4
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Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Braga
www.diariodominho.pt
XIII Jornadas de Comunicação
tiveram casa cheia na abertura
Solução para dificuldades passa por captação de alunos
Instituto de Letras e Ciências Humanas
procura sustentabilidade
DM
A sessão de abertura
das XIII Jornadas de
Comunicação, que decorreu anteontem no
Fórum Fnac, em Braga,
teve direito a casa cheia,
sobretudo de alunos.
A iniciativa é ganizada
pelo Grupo dos Alunos
de Ciências da Comunicação da Universidade
do Minho (GACCUM) e Felisbela Lopes
termina amanhã à tarde.
A cerimónia contou com a presença de Alfredo Cardoso,
em representação da Câmara Municipal de Braga, Felisbela Lopes, pró-reitora para a Comunicação e Imagem,
Helena Pires, directora do Curso de Ciências da Comunicação, e Luís Rodrigues, o presidente da Associação
Académica da Universidade do Minho (AAUM).
Alfredo Cardoso enalteceu o trabalho do GACCUM,
num ano importante para a cidade de Braga e para a
própria Universidade, dado que, no Verão, vai receber
uma Conferência Internacional de Comunicação, em que
se esperam nomes sonantes da área.
Em representação da reitoria, Felisbela Lopes, apelou
à presença dos alunos nas jornadas, por estas significarem uma aprendizagem diferente da adquirida nas
aulas. A investigadora e pró-reitora lembrou ainda
que as jornadas de Comunicação são uma «marca» do
próprio curso.
A directora do curso de Ciências de Comunicação
felicitou o trabalho do GACCUM em toda a organização
do evento, ressalvando que os três temas (Sexo, Violência
e Censura) motivam cada um, por si só, umas Jornadas,
elevando, desta forma, o desafio do núcleo.
O representante dos alunos da academia minhota,
Luís Rodrigues, chamou a atenção para a necessidade
de outros agentes envolvidos na vida universitária
dos alunos apoiarem estas iniciativas de estudantes,
garantindo que a AAUM está disponível para ajudar
os núcleos.
Por sua vez, o presidente do GACCUM, após agradecer
a presença dos seus interlocutores e do apoio que as
instituições que estes representavam haviam conferido
ao núcleo, apelou à presença de todos os alunos neste
importante momento que simboliza o 18.º aniversário
do curso.
José Raposo avançou com dois nomes que fecham o
último painel das Jornadas: Alfredo Maia e Manso Preto,
juntam-se, assim, a Raquel Madureira, do Metro, e Samuel
Silva, correspondente do Público em Braga.
O tema para o dia de hoje é “Violência: choque em
cadeia”. De manhã, no primeiro painel Informação e
Jornalismo, vão estar Luísa Teresa Ribeiro, do Diário do
Minho, Luís Miguel Loureiro, da RTP, Ana Filipe Gomes,
do Porto Canal, num debate moderado por Helena
Sousa, da UM.
Jorge Oliveira
Avelino Lima
O Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho vai propor à
Reitoria um contrato-programa com propostas que permitam convergir para a estabilização do corpo docente e
a sustentabilidade do Instituto num prazo máximo de cinco anos.
A informação foi avançada ontem pela presidente
daquele Instituto depois de
ter sido investida no cargo
pelo reitor.
Maria Eduarda Bicudo de
Azeredo Keating revelou que
o Instituto está a sentir dificuldades, essencialmente a nível
de captação de alunos e a nível de gestão de recursos humanos, sendo necessário diversificar e aumentar a oferta formativa para garantir e aprofundar o papel das Letras e Ciências Humanas na Universidade
do Minho.
Reconheceu que o prestígio
económico e social das Ciências Humanas e das Letras tem
vindo a diminuir na generalidade das universidades, levando à perda de alunos e consequentemente a um excesso de docentes, sendo que a
UM está a tentar evitar a dispensa de professores do ICLH
(tem mais de 70).
O contrato-programa ontem
mencionado preconiza, segundo a docente, uma proposta
de oferta formativa nova, tanto complementar como a nível
de graus (Licenciaturas, etc.),
de maneira a aumentar essa
oferta e diversificá-la, para, por
um lado, manter os docentes,
e por outro lado, dar resposta
a pedidos de sectores profissionais em termos de formação específica.
«O que estamos a tentar fazer é diversificar as áreas de intervenção, diversificar os cursos, criar o Centro de Línguas
(Babelium), propor a formação em línguas, cursos intensivos, explorar novas áreas para,
no fundo, arranjar uma alternativa estrutural que dê resposta para já às necessidades
do mercado», explicou Maria
Eduarda Keating, reconhecen-
Maria Eduarda Keating espera da Reitoria um contrato-programa
do que as ofertas das universidades em termos de Ciências Humanas e de Línguas
«até agora não estão suficientemente adequadas às necessidades do mercado».
No ILCH está previsto, ao
abrigo do Contrato de Confiança, firmado com o Ministério da Ciência e Ensino Superior, o lançamento, no próximo ano lectivo, da Licenciatura em Estudos Culturais em
regime nocturno e o Mestrado em Português Língua não
Materna (para professores de
língua estrangeira).
Em 2011/12 deverá avançar
a Licenciatura de Línguas e Literaturas Eslavas.
Nesse período vão surgir
também cursos de especialização/formação intensiva para
grupos precisos.
Quando discursava na sessão de investidura, o reitor da
UM reconheceu que o ILCH se
depara com uma situação de
«desafios complexos», num
«quadro contraditório», em
que há oportunidades, mas
também uma perda do mercado tradicional em algumas
línguas, mas não se comprometeu com a celebração do
contrato-programa.
Agora que ficou concluído o
novo quadro estatutário da escolas e unidades orgânicas, António Cunha anunciou que vai
convidar todos os dirigentes da
academia para um «exercício
de pensamento estratégico»
e iniciar-se um novo ciclo na
gestão da Universidade.
«É preciso percebermos o
que queremos, é preciso sobretudo ter uma estratégia,
é preciso sermos diferentes.
Uma Universidade como a nossa está mais longe do poder e
dos grandes centros que outras
e a palavra de ordem deve ser
a diferenciação. Temos que ser
tão bons como os outros e diferenciados, porque só com isso
conseguimos afirmar a nossa
identidade e a nossa singularidade», avisou.
Segundo António Cunha, as
escolas e os institutos da UM
«terão que conhecer-se melhor, perceber quais são as
suas fragilidades, as suas forças, perceber onde é que estão no contexto nacional e
internacional, como é que se
comparam, do ponto de vista da estrutura docente, do
ponto de vista da infra-estrutura física, do ponto de vista
do número de alunos, do ponto de vista de resultados e desempenho».
5
«Esse é um trabalho que tem
que ser feito e a partir daí termos que construir os objectivos que queremos para cada
Escola», acrescentou, esclarecendo que para a Reitoria não
há escolas e unidades orgânicas mais importantes e menos
importantes.
Além da presidente, foram
investidos dois dos três vice-presidentes do ILCH: Orlando Alfred Arnold Grossegesse e Álvaro Iriarte Sanromán.
Margarida Isabel Esteves da
Silva Pereira não esteve presente na sessão.
Pub
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6
Braga
www.diariodominho.pt
Gulbenkian distingue investigação
da Escola da Saúde da UMinho
Escola de Ciências da Saúde abriu
laboratórios a alunos do 12.º ano
A Fundação Calouste Gulbenkian, através do Programa
de Investigação na Fronteira das Ciências da Vida, acaba
de premiar a investigação da Escola de Ciências da Saúde
da Universidade do Minho. O projecto “O transcriptoma
da homeoproteína oncogénica HOXA9 em glioblastomas
humanos e células precursoras”, da responsabilidade do
investigador Bruno Filipe Marques da Costa, recebeu um
incentivo financeiro.
Recorde-se que o Programa da Gulbenkian atribui
50 mil euros para apoiar directamente a realização de
projectos de investigação associados a instituições e
centros de investigação portugueses, com o objectivo
de induzir, nos centros de excelência, a capacidade de
apostar e arriscar nos investigadores mais jovens, em
áreas de fronteira.
Assim, nesta edição foram distinguidas o Instituto de
Investigação em Ciências da Vida e da Saúde da UMinho
e o Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de
Medicina da Universidade de Lisboa.
O projecto da equipa do ICVS, orientado por Bruno
Filipe Marques da Costa, é centrado na HOXA9, uma
homeoproteína que actua como factor de transcrição
crítico no normal desenvolvimento embrionário e em
processos patológicos.
Um estudo recente estabeleceu a sobre-expressão
do gene HOXA9 como um potencial novo biomarcador
de pior prognóstico em doentes com glioblastoma,
um tumor cerebral altamente maligno. Apesar da sua
importância, os genes que são regulados pela HOXA9
são amplamente desconhecidos.
Utilizando uma abordagem metodológica integrada,
que combina duas técnicas avançadas de genética
molecular (“expression-arrays” e “chromatin immunoprecipitation-sequencing”), este projecto pretende
precisamente identificar esses genes-alvo da HOXA9,
tanto num contexto normal como tumoral.
Esta investigação poderá identificar os mediadores
biológicos da HOXA9 em células neuronais precursoras
normais, assim como descobrir novos biomarcadores de
prognóstico em glioblastoma, que constituem, simultaneamente, importantes contributos para as áreas das
ciências biológicas básicas e da medicina aplicada.
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Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
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Cerca de 280 alunos participaram em actividades experimentais
Marta Encarnação
Avelino Lima
O Instituto de Ciências da
Vida e da Saúde (ICVS) da Escola de Ciências da Saúde da
Universidade do Minho abriu
ontem os seus laboratórios a
cerca de 280 alunos do ensino secundário.
Nesta iniciativa, que teve
como objectivo divulgar e
sensibilizar os jovens para a
investigação em ciências da
vida e da saúde, os estudantes
puderam testar o efeito nocivo da radiação solar, identificar diferentes DNA e experimentar marcadores de neoplasias.
Nuno Osório, investigador
do ICVS e docente da Escola
de Ciência da Saúde, adiantou que a escola não se limita a divulgar os seus cursos
numa sessão formal, mas cativar os jovens através de experiências feitas pelos próprios. «Escolhemos temas que
se enquadram nas principais
linhas de investigação do ICVS,
que são a microbiologia e infecção, as neurociências e as
ciências cirúrgicas. Houve também a preocupação de apresentar problemas que sejam
comuns na população e com
os quais eles lidem no seu dia-a-dia», justificou.
Na primeira actividade, os
alunos do secundário puderam testar os efeitos nocivos da radiação solar, utilizando diferentes protectores solares.
A popular série televisiva
“CSI” inspirou outra das actividades realizadas, através da
utilização de técnicas de biologia molecular. «Uma das formas utilizadas para tornar o
tema mais apelativo para este
público foi pegar em algo muito popular entre os jovens. Fizemos a ligação à série de tv
e colocámos os jovens a recorrer às técnicas de biologia
molecular que lhes permitiu
identificar o DNA de diferen-
tes pessoas, dentro de um crime simulado», explicou o investigador.
Na outra actividade, na área
da oncobiologia, os alunos experimentaram marcadores de
neoplasias. Nesta experiência,
puderam conhecer os diferentes testes de diagnóstico que
permitem determinar se uma
célula é normal.
Nesta iniciativa do ICVS participaram alunos do 12.º ano
da área de Ciências, provenientes de escolas de Braga,
Vila Verde, Porto, Vila Nova de
Gaia, Viana do Castelo, Guimarães, Famalicão, Póvoa de Lanhoso, Ponte de Lima e Santo Tirso. «Existem vários alunos que têm interesse em
entrar em cursos de medicina e nas outras áreas das
ciências da saúde», acrescentou Nuno Osório.
A abertura dos laboratórios
do ICVS à comunidade acontece duas vezes por ano. Além
dos alunos do ensino secun-
dário, a Escola de Ciências da
Saúde promove diversas iniciativas para crianças e para seniores, à semelhança do que
se realizou recentemente no
âmbito da Semana Internacional do Cérebro.
A Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho
foi criada em 2000. A formação de médicos e outros profissionais de saúde são os objectivos da escola que promove também investigação científica na área das ciências da
saúde, concretamente através do ICVS.
A escola conta com a colaboração de mais de 500 médicos tutores de estabelecimentos de saúde da região,
«que acompanham os alunos
no ensino em contexto clínico,
o que permite oferecer aos futuros médicos uma formação
personalizada». Em 2012, a escola prevê que cerca de 700
alunos frequentem o curso de
medicina da UM.
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Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Braga
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Estudantes do secundário conhecem
novas licenciaturas da EEG
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Jovem suspeito
de abuso sexual de crianças
Um jovem com 24 anos de idade foi detido pelo Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária
(PJ) de Braga por suspeitas da prática de um crime de
abuso sexual de crianças. De acordo com informações da
PJ, os crimes terão ocorrido durante «um largo período
de tempo, em ambiente familiar, tendo sido abusados
dois menores de nove e 14 anos». O detido, natural de
Guimarães mas residente em Braga, foi ontem presente
a Tribunal para primeiro interrogatório judicial.
Rotary Braga-Norte
realiza jantar e palestra
O Rotary Club de Braga-Norte realiza hoje, pelas 20h30,
um jantar e uma palestra intitulada “Em torno do CO2”,
proferida por Adérito Santos. A iniciativa tem início às
20h30, na Casa Val-Flores, em Braga.
Palestra sobre nutrição
em Crespos
A Junta de Freguesia de Crespos promove, amanhã,
uma palestra subordinada ao tema “Nutrição em Idade
Escolar”. Este encontro, com início às 21h00, conta com
a presença de médicas nutricionistas que abordarão a
problemática da alimentação com particular incidência
na criança. O evento terá lugar no anfiteatro da Junta
de Freguesia.
Os alunos conheceram a oferta formativa da EEG para 2010/2011
Marta Encarnação
Avelino Lima
Cerca de 400 alunos de onze
escolas secundárias participaram ontem no “Dia Aberto” da
Escola de Economia e Gestão
(EEG) da Universidade do Minho. Nesta visita à universidade, os estudantes tiveram
a oportunidade de conhecer
os oito cursos de 1.º ciclo, com
destaque para as novas licenciaturas em Contabilidade,
Ciência Política e Marketing.
Eulália Pinto, do Gabinete de Apoio aos Projectos de
Ensino e de Saídas Profissionais da EEG, estrutura responsável pela organização
do “Dia Aberto”, adiantou ao
Diário do Minho que os alunos
têm mostrado muito interesse nos três novos cursos que
a escola irá leccionar no próximo ano lectivo.
Dos três, o curso de Marketing tem sido o mais solicitado. «Temos vindo a receber muitos pedidos de informação sobre os novos cursos, mas em especial sobre o
de marketing», frisou.
Os alunos de escolas de
Braga, Barcelinhos, Amares,
Guimarães, Famalicão, Taipas,
Melgaço, Ponte da Barca, Maia,
Porto e Felgueiras ficaram a conhecer os cursos ministrados
na EEG (Administração Pública, Economia, Gestão, Negócios Internacionais, Relações
Internacionais, Contabilidade, Marketing e Ciências Politicas), as condições de acesso, os planos de estudo e as
saídas profissionais.
Os cursos foram apresentados pelos directores das diferentes licenciaturas, mas os estudantes convidados puderam
também conhecer a perspectiva dos alunos da UM que mostraram outro tipo de actividades que podem ser desenvolvidas na academia, concretamente nas áreas desportivas
e culturais. «Uma coisa é ouvir
os docentes, outra coisa é ouvir os alunos da UM que dão o
testemunho do que é ser estudante nesta academia», acrescentou Eulália Pinto.
Apesar do “Dia Aberto” se
realizar uma vez por ano, Eulália Pinto do Gabinete de Apoio
aos Projectos de Ensino e de
Saídas Profissionais da EEG dá
conta do «efeito positivo» que
a iniciativa tem nos estudan-
tes. «Há alunos que depois
de ingressarem na UM querem participar no Dia Aberto», referiu.
Após a sessão na auditório, os estudantes do secundário tiveram a oportunidade de conhecer as instalações da EEG e todo o campus de Gualtar.
O “Dia Aberto” terminou
com a participação em actividades desportivas no pavilhão universitário, com destaque para a escalada, aula/
/workshop de taekwondo com
a presença da equipa da UM e
do estudante e atleta olímpico
Pedro Póvoa, uma aula aberta
de aeróbica e actividades de
ritmo com os instrutores dos
Serviços de Acção Social da
Universidade do Minho.
“Célula 2000” apresenta
livro sobre gestão de IPSS
A “Célula 2000” apresenta hoje, pelas 16h00, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, um livro sobre gestão de
instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
O livro é da autoria de Filomena Bordado, ex-directora
da Segurança Social, e de Manuela Cruz, administradora
da “Célula 2000”.
Biblioteca Craveiro da Silva
acolhe curso “Think Green”
A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva acolhe, a partir do
próximo dia 21 de Abril, o curso “Think Green – Princípios para uma Vida Sustentável”, dirigido a todos que
têm responsabilidade e interesse no desenvolvimento
sustentável. A formação terá uma duração total de 12
horas, distribuídas por duas sessões semanais, às quartas e sextas-feiras, de uma hora e meia cada. O custo
total da formação, orientada pela formadora Isa Dias,
é de 45 euros. As inscrições poderão ser efectuadas
até ao dia 17 de Abril.
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Deco coloca Braga em sétimo
na gestão de resíduos
Um estudo da Deco sobre
a gestão de resíduos urbanos
coloca o concelho de Braga
em sétimo lugar.
O estudo, que avaliou a satisfação dos cidadãos relativamente ao desempenho dos
seus municípios, consistiu
na realização de inquéritos a
5031 cidadãos de 69 concelhos, representando cerca de
70 por cento da população
portuguesa.
Segundo a Braval, o estudo destaca o projecto “Óleo+”,
implementado em 2008, para
a valorização dos óleos e sua
transformação em biodiesel. A
empresa multimunicipal disponibiliza contentores a grandes produtores e particulares
e efectua recolha porta-a-porta mediante marcação, abrangendo toda a população.
Estão Abertas as inscrições para o curso:
Instrutores do Ensino
de Condução
Outras formações:
Formação Pedagógica Inicial de Formadores
Transporte Colectivo de Crianças – Motorista e Vigilante
Tacógrafos
LOCAL DE INFORMAÇÃO:
Escolas de Condução Bom Jesus
Av. Gen. Norton Matos, n.º 31 – S. Vicente Telf. 253 216446 Tlm. 967570067
Escolas de Condução Bom Jesus Lomar
R. José Lopes da Silva Granja – Lomar Telf. 253 686310 Tlm. 927450221
E-mai: [email protected]; [email protected]
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Braga
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Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Iniciativa decorreu no âmbito do Dia Mundial da Saúde
Idosos aderiram aos rastreios
promovidos pela Academia Sénior
Rita Cunha
Diversos idosos participaram
ontem de manhã nos rastreios
promovidos pela Academia Sénior da Cruz Vermelha Portuguesa de Braga, no âmbito do
Dia Mundial da Saúde.
Apesar da data ter sido comemorada no passado dia 7,
este ano a organização decidiu adiar a acção devido à
proximidade com a Páscoa,
altura em que muitos estariam de viagem, e também
para que «ninguém se assustasse com os níveis de colesterol» que costumam “disparar” após épocas festivas, explicou Isabel Ferreira, em representação da direcção da
Academia Sénior.
Foi precisamente com o objectivo de sensibilizar a população em geral, e sobretudo a
terceira idade, para a importância de efectuar rastreios
de saúde que esta academia
abriu ontem as portas a to-
Rastreios mediram a tensão arterial e os índices de colesterol e açúcar no sangue
dos os interessados em fazer
testes ao colesterol, à tensão
arterial e ao ao nível de açúcar no sangue.
A este propósito, Isabel Ferreira sublinhou que os rastreios
apenas servem para que as
pessoas se lembrem de zelar
pela sua saúde e não substituem uma ida ao médico
caso os resultados não este-
Homem detido em Braga
por permanência ilegal no país
Um homem foi detido pelas 16h00 da passada terça-feira, em Braga, por permanência ilegal no território
nacional, informou a PSP. De acordo com esta fonte,
o detido, com 18 anos de idade, foi presente às 10h00
de ontem nos Serviços do Ministério Público junto do
Tribunal Judicial da Comarca de Braga.
Automobilistas detidos
por não terem carta de condução
A PSP deteve na passada terça-feira, em Braga, dois
indivíduos que conduziam ser possuirem a carta de
condução. Os detidos, com 18 e 22 anos de idade, foram
interceptados pela polícia no Complexo Habitacional
do Picoto e na Rua das Regadinhas, respectivamente.
Ambos foram notificados para comparecerem nos
serviços do Ministério Público junto do Tribunal Judicial de Braga.
Conferência com Fernando Nobre
na Secundária Carlos Amarante
O médico Fernando Nobre, presidente da Fundação
AMI (Assistência Médica Internacional) e candidato a
presidente da República, é convidado da Secundária
Carlos Amarante, para uma conferência com alunos,
hoje, pelas 15h00, no auditório da escola. Nesta iniciativa, Fernando Nobre deverá falar principalmente
sobre as actividades humanitárias que a fundação a
que preside desenvolve um pouco por todo o mundo,
mas não deverá escapar a perguntas sobre a sua candidatura à presidência da República.
jam dentro dos valores considerados normais.
Esta é já a terceira vez que a
Academia Sénior organiza este
tipo de iniciativas, depois de o
ter feito no Dia Mundial da Saúde do ano passado e, no passado mês de Outubro, no âmbito do Dia do Idoso. Quanto à
adesão, esta foi «positiva». «Antes das 10h00 (hora do início
da acção) já tínhamos cá pessoas à espera», explicou a responsável.
O dia de ontem contou ainda com a realização de uma
conferência sobre “Alimentação Sénior”. A iniciativa decorreu na parte da tarde, no Museu Nogueira da Silva, e foi
orientada por Pedro Moreira,
professor catedrático da Fa-
culdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.
Este ciclo de conferências sobre Saúde Sénior termina a 5
de Maio, com o debate “Envelhecer com qualidade através
da actividade física”. De acordo
com a vice-presidente da Cruz
Vermelha Portuguesa, Almerinda Ribeiro, a ideia é juntar
o tema da alimentação sénior
ao do desporto, «fundamental
para que o idoso se mantenha
em forma». Segue-se, no final,
uma aula de ginástica.
A Academia Sénior conta
actualmente com cerca de 70
associados, um número que,
segundo Almerinda Rebelo,
tem vindo sempre a crescer.
A boa afluência às actividades organizadas também tem
sido uma constante, «apesar
da localização ficar um bocadinho fora do centro da cidade, o que faz com que algumas pessoas tenham dificuldade» em lá chegar.
Ao longo do ano, são organizados diversos cursos, entre os quais de artes decorativas e florais, informática, inglês, movimentos de arte contemporânea e sobre as religiões do livro.
«Procuramos ter actividades
sociais dentro da nossa academia», sublinhou a vice-presidente, destacando a importância dos convívios efectuados em alturas festivas como
o Natal e S. Martinho para que
os académicos se conheçam e
criem laços de amizade. «Não
queremos que eles venham
aqui só para aprender mas
também para conviver», disse, a propósito.
Para o final do ano lectivo,
que termina no mês de Julho,
a direcção está a analisar a hipótese de realizar uma viagem
cultural e recreativa. Para além
disso, faz parte dos objectivos
a organização de tertúlias sobre temas que possam interessar a população sénior.
Telas pintadas por alunos da Alfacoop
Galeria do IPJ exibe telas sobre África
Daniel Lourenço
Avelino Lima
O IPJ de Braga inaugurou
ontem ao início da tarde uma
exposição de pintura, tendo
África como tema. A mostra
é composta por 32 acrílicos
sobre tela, pintados por alunos da Cooperativa de Ensino
Alfacoop – Externato Infante
D. Henrique, de Ruílhe.
Esta exposição, que estará
patente até ao dia 4 de Maio
na galeria do IPJ, contou com a
presença dos autores dos trabalhos e foi apadrinhada por
Victor Dias, director regional
do Norte do Instituto da Juventude, que se mostrou impressionado com «a técnica e
a qualidade» patente na generalidade das telas.
Os trabalhos agora expostos no IPJ foram elaborados
durante os últimos meses, por
pequenos artistas, desde o 5.º
Exposição foi inaugurada ontem à tarde
ao 8.º ano de escolaridade, que
frequentam o Clube de Pintura que existe no estabelecimento de ensino. A professora Lurdes Rodrigues, responsável pelo Clube, orientou os
trabalhos. Os alunos que gostam de artes plásticas, dedi-
cam quatro horas por semana ao Clube de Pintura, uma
actividade extra-curricular que
potencia a aprendizagem nas
disciplinas obrigatórias.
«Ao fazerem estas telas sobre África tiveram que pesquisar e, seguramente, apren-
deram coisas que lhes serão
úteis nas matérias obrigatórias», destaca Victor Dias, que
quer fazer da galeria do IPJ um
«espaço de permanente partilha e aprendizagem» através
de exposições, sejam individuais ou colectivas.
Braga
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
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Caminhada na via romana XVII
comemora Dia dos Monumentos
Concentração no centro de Braga e marcha ao Governo Civil
Administração pública protesta
contra congelamento salarial
DR
DR
Trabalhadores marcharam até ao Governo Civil para entregarem reivindicações
José Carlos Lima
Os trabalhadores da administração pública manifestaram-se, ontem, no centro de
Braga, onde exigiram Salários dignos para os funcionários e centraram os seus ataques na decisão do Governo de “aumentos zero” para
2010, uma situação que prevêem que se venha a agravar
até pelo menos 2013, com a
implementação do Plano de
Estabilidade e Crescimento
(PEC). Os manifestantes concentraram-se na Arcada, onde
fizeram uma sessão pública de
denúncia de várias situações,
e depois rumaram ao Governo Civil onde entregaram as
suas reivindicações.
Mais de um centena de trabalhadores do sector público
– Estado, autarquias e empresas municipais – concentraram-se na tarde de ontem
para mostrarem o seu descontentamento com a forma como estão a ser tratados, sobretudo a nível salarial. Em causa está «o congelamento e/ou diminuição
real» dos salários dos funcionários, que «afecta a todos, mas com maior gravida-
de para os que ganham apenas o salário mínimo», como
notou ao DM o dirigente sindical Manuel Mendes.
Além desta iniciativa, estão
já em preparação uma manifestação frente à Câmara de
Guimarães a 23 de Abril, pelo
pagamento da “opção gestionária”, a tradicional “manif” do
1 de Maio e, a 29 de Maio,
uma nova manifestação nacional da administração pública, em Lisboa. Ontem, alguns trabalhadores aproveitaram a “tribuna pública” para
denunciar situações de várias
entidades, mas o denominador comum das queixas foi
«o não aumento salarial», que
os manifestantes consideram
ser a consequência do «efectivo favorecimento do capital
e do patronato à custa do retrocesso dos direitos dos trabalhadores».
Além da questão salarial,
os manifestantes defenderam «uma aposentação digna», sem que sejam retirados
direitos e degradadas as condições gerais de aposentação,
como está a acontecer actualmente; e «a estabilidade no
emprego», contra a destruição do vínculo de nomeação
e a introdução da possibilidade de despedimento na função pública.
Contra avaliação
de quotas
Os trabalhadores mostramse também contra o actual
sistema de avaliação de desempenho na administração
pública (SIADAP), nomeadamente contra o sistema de
quotas que consideram «injusto e irracional» e criado
apenas com «o fim de servir
os objectivos economicistas»,
embora aceitem «um modelo
de avaliação que seja justo e
exequível».
A exigência da «contagem
de todo o tempo de serviço»
e «a defesa de uma administração pública de qualidade e
eficaz, ao serviço das populações» são outras das medidas
defendidas pelos trabalhadores da administração, que se
mostraram também «contra a destruição das carreiras
profissionais, a polivalência e
a colocação em mobilidade
especial».
Os participantes desta acção de luta rumaram depois
da Arcada para o Governo Civil de Braga, numa manifes-
tação pelo centro da cidade,
ostentando diversas faixas a
exigir «salários justos», pelo
«pagamento da opção gestionária» nos municípios de
Guimarães e de Barcelos e
por «uma verdadeira política de esquerda». No palácio
dos Falcões, os representantes dos trabalhadores foram
recebidos pelo vice-governador José Lopes, que, agora, encaminhará as reivindicações para o Governo.
Aos funcionários da administração pública juntou-se
também um grupo de trabalhadores que se queixam
de terem sido “despedidos”
sem quaisquer direitos pela
administração da “Transdev”,
em consequência do processo de aquisição do alvará da
falida Linhares.
Treze dos trabalhadores,
que quiseram apenas manter
os seus direitos, foram incluídos no processo de insolvência da Linhares e «viram-se privados de trabalho, de indemnização e de subsídio de desemprego, enquanto este está
a decorrer», apesar da Transdev ter passado a operar em
substituição daquela empresa,
referiu fonte sindical.
A Câmara de Braga antecipa para sábado, dia 17, a
comemoração do Dia Internacional dos Monumentos
e Sítios, que se assinala oficialmente a 18 de Abril,
promovendo uma caminhada orientada ao longo do
troço inicial da via romana XVII, no caso, entre a cidade
de Braga e o concelho fronteiro da Póvoa de Lanhoso.
A participação nesta caminhada está sujeita a marcação
prévia, que pode ser efectuada junto do Gabinete de
Arqueologia da Câmara Municipal de Braga (253203150
ou [email protected]). A proposta feita pelo
Município, através dos serviços tutelados pelo vereador
Hugo Pires, tem em conta o tema definido para este ano
pelo Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios:
“Património Rural/Paisagens Culturais”.
«Com a evocação deste dia pretendemos potenciar
a ligação das várias realidades do património local,
regional, nacional e internacional e, no caso de Braga,
que sirva para divulgar também a riqueza e diversidade
do património local e o usufruto que, dois mil anos
depois, nos pode ser proporcionado por um caminho
romano, aliás uma bela paisagem cultural», justifica
Hugo Pires.
A Via XVII integrava, à época, a vasta rede viária
iniciada por Octávio Augusto destinada a ligar os núcleos urbanos mais importantes entre Braga (Bracara
Augusta) e Astorga (Asturica Augusta), facilitando o
transporte das riquezas naturais (produtos mineiros e
agrícolas) exploradas nos mais recônditos territórios do
vasto Império Romano, designadamente na Província da
Galaecia, de que Braga era sede.
No sentido Braga/Astorga, a primeira parte da Via XVII
atravessa, a uma cota de 400 metros de altitude, a Serra
do Carvalho, dirigindo-se para o lugar do Pinheiro, onde
se abre uma portela que liga o vale do Cávado ao rio
Ave. Ao longo deste traçado conservam-se ainda vários
tramos de calçada de boa qualidade.
Apesar dos muitos marcos miliários localizados, o
traçado principal desta Via XVII ainda hoje suscita
muitas dúvidas, o que é motivado tanto pelas variantes
equacionadas como pela incerteza sobre a localização
das “mansiones”. O recente levantamento da via no âmbito do projecto “Vias Augustas” está, contudo, a trazer
novas informações sobre o trajecto. Nos alicerces da
enfermaria do Hospital de São Marcos foi identificado
um miliário que se admite relacionado com esta via, tal
como a necrópole de São Lázaro, nos terrenos da Santa
Casa da Misericórdia.
A via XVII deveria partir de próximo do Largo Paulo
Orósio, antigo Forum, seguindo pela Rua do Alcaide,
Rua do Anjo, passando depois pela grande necrópole,
que compreendia todo a área do actual Largo Carlos
Amarante, continuava pela Igreja de São Vítor, Rua dos
Congregados, antiga Cangosta da Palha e Avenida da
Liberdade, onde recentemente foi escavado um troço da
via sob o antigo edifício dos “Correios de Portugal”.
Hoje é necessário seguir pela Rua de São Marcos,
Avenida Central, Rua de São Victor, Rua Padre Manuel
Alaio/Largo do Orfeão – onde, na Quinta das Goladas,
foi localizado um miliário da milha I dedicado a Tibério;
daí acompanha a margem direita do rio Este pela estrada
velha paralela à EN 103, rumo à Serra do Carvalho.
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Fogo em Terras de Bouro
consome dois hectares
Região
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Câmara de Vila Verde aprovou relatório de gestão municipal
Um hectare de mato e outro de eucaliptos arderam
na passada terça-feira à noite em Terras de Bouro.
De acordo com informações dos bombeiros daquela
localidade, o incêndio lavrou entre as 21h25 e as 00h40
em Padrós, na freguesia de Chamoim. No combate
às chamas estiveram sete elementos e uma viatura
daquela corporação de bombeiros.
Contas de 26,5 milhões em 2009
com execução de 75,8 por cento
ARQUIVO DM
Região Norte aumentou
número dormidas em Fevereiro
ARQUIVO DM
“Namorar Portugal” atraiu turismo a Vila Verde
A região Norte do pais registou em Fevereiro um aumento de dormidas na ordem dos 6,7 por cento. Para
a entidade regional do Turismo do Porto e Norte de
Portugal, os dados do Instituto Nacional de Estatística
mostram que o turismo na região continua em alta.
«Fevereiro completa, assim, o terceiro trimestre de
crescimento positivo consecutivo nas dormidas a Norte, a única região com este registo. Este destino teve,
também, uma boa evolução ao nível dos proveitos e
os restantes indicadores mantiveram-se constantes»,
refere a entidade. O Turismo do Porto e Norte de
Portugal acredita que o dinamismo que tem marcado
a agenda cultural nortenha está na base dos bons resultados turísticos. Em Fevereiro, a entidade regional
responsável pela promoção interna do destino Porto
e Norte destaca iniciativas que desafiaram o paladar,
realizaram belezas naturais e divulgaram conhecimento
de tradições, entre as quais os fins-de-semana gastronómicos e a iniciativa “Namorar Portugal”.
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Câmara de Vila Verde apresentou execução de 75,8 por cento, mas teve poupança corrente negativa em 2009
José Carlos Lima
O município de Vila Verde
acaba de apresentar o Relatório de Actividades e Conta de Gerência 2009, ano em
que o executivo atingiu uma
execução de 75,8 por cento,
tendo realizado um total de
despesas de 26,5 milhões de
euros, das quais 19,2 milhões
são despesa corrente, um valor que supera a receita corrente municipal, que foi de
18,1 milhões. Para a maioria
social-democrata, que aprovou o documento, estes valores demonstram que a autarquia vive «uma situação económico-financeira controlada
e tem indicadores que permitem avançar para o futuro com
segurança».
António Vilela assinala a
aposta clara na atracção de
novas empresas e de novos
investimentos, «como atestam a fixação de novas empresas no Parque Industrial
de Gême, nas zonas industriais
de Oleiros e Vila de Prado –
a que se juntou uma unidade alemã, que se instalará em
Atiães, que empregará mais de
80 pessoas; a construção de
novos centros escolares (Pico,
Cabanelas, Vila Verde e Ribeira do Neiva) e o lançamento
da rede de saneamento em
alta e as grandes infra-estruturas públicas, com destaque
para a Casa do Conhecimento. Neste exercício avançou
um conjunto de investimentos de candidaturas aprovadas pelo QREN, cuja execução «teve início no segundo
semestre de 2009 e que conhecerá um maior desenvolvimento em 2010».
De resto, o presidente da
Câmara vinca que «o Município tem vindo a assumir,
cada ano que passa, crescentes encargos resultantes da
assunção de responsabilidades em sectores descentralizados, nomeadamente no capítulo da educação e, em particular, no âmbito da acção social escolar, área de intervenção que representa já uma fatia muito considerável do bolo
orçamental», o que não deixa de «condicionar a realização de investimentos em outras áreas igualmente prioritárias para o desenvolvimento do concelho».
Despesa corrente
supera receita
corrente municipal
O município defende a sustentabilidade da previsão de
despesas e receitas expressa
«na significativa taxa de execução» – de 75,8 por cento
– que o documento de Prestação de Contas evidencia,
«apesar dos constrangimentos resultantes da conjuntura económica. Com base no
documento a que o DM teve
acesso, no capítulo da despesa, dos 26,5 milhões apenas
pouco mais de 7 milhões foram despesas de capital (investimento), enquanto 19,2
milhões de euros foram para
cobrir as despesas correntes
de funcionamento da máquina municipal.
Do lado da receita, dos 26,3
milhões de euros, 18,1 milhões são provenientes de receita corrente (transferências
fixas, impostos e taxas) enquanto mais de 8,1 milhões
são receitas de capital. A análise orçamental revela, assim,
que as despesas correntes
superam as receitas correntes o que revela que o município não foi capaz de gerar “poupança corrente”, um
indicador que teve um saldo
negativo de mais de um milhão de euros.
Em nota de imprensa, a
Câmara realça também que,
em 2009, foram concretizadas obras e actividades que
«permitiram a prossecução
do plano plurianual de investimentos, nomeadamente no
que se refere à consolidação
do esforço que vinha a ser
feito no sentido da melhoria
das condições e equipamentos em sectores como a educação, o lazer e o desporto, assim como no tocante à dinamização cultural e ao investimento em infra-estruturas dos
serviços de abastecimento público de água e de saneamento», acrescenta,.
As intervenções de requalificação e ampliação nas instalações de estabelecimentos de
ensino, a construção de novos
centros escolares e o trabalho
de parceria com os agrupamentos de escolas, tal como
a dinâmica de crescimento
da Escola Profissional Amar
Terra Verde, são «igualmente
estruturantes para a construção de um concelho moderno», apostando na qualificação dos recursos humanos
para preparar para os desafios de uma economia global
e competitiva.
O avanço na instalação da
rede de gás natural, representa
um sinal de abertura de modernização, e o projecto da
Casa do Conhecimento abre
boas perspectivas em matéria
de aproveitamento das potencialidades das novas tecnologias, revelando-se pioneiro nas
áreas da informação e da formação digital.
Região
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
www.diariodominho.pt
PS de Fafe garante
unidade e renovação
Cabeceiras promove sessão
sobre eficiência energética
DR
O Centro de Informação e
Apoio Regional para a Eficiência Energética da AMAVE (Associação de Municípios do Vale
do Ave), com o apoio da Câmara Municipal, promoveu
um workshop em Cabeceiras de Basto sobre boas práticas para economizar, reduzir
e ser mais eficiente no consumo de energia.
Mais de cem participantes,
todas mulheres, a maioria das
quais “donas de casa” participaram, em Cabeceiras de Basto,
naquela sessão de esclarecimento e informação. O Centro de Informação e Apoio Regional para a Eficiência Energética da AMAVE tem vindo a
desenvolver uma série de acções e actividades dirigidas a
toda a comunidade do Vale do
Ave que pretende ir de encontro às necessidades de cada cidadão. Sendo as escolhas efectuadas pelos consumidores finais, determinantes para os investimentos na área da energia,
o CIARE serve de instrumento
para despertar a consciência e
facultar informação aos consumidores de forma a promover
a eficiência energética no sector doméstico. As participantes
ouviram falar da utilização racional de energia, termo associado à eficiência energética que engloba um conjunto
de acções e comportamentos
que visam utilizar a energia
de forma mais eficiente, traduzindo-se na redução da factura mensal de energia eléctrica, na preservação do meio
ambiente, na promoção das
energias alternativas e na re-
exemplo a aprovação pela Câmara de um conjunto de contrapartidas reivindicadas junto da EDP pela construção da
barragem de Fridão, subscritas
também pelos Municípios de
Mondim e Celorico de Basto e
que, entre outras, contempla
a exigência de que a EDP, no
âmbito da promoção da eficiência energética, desenvolva
uma campanha de sensibilização junto dos consumidores,
substituindo todas a lâmpadas
incandescentes existentes por
lâmpadas económicas, assim
como substituindo os balastros ferro-magnéticos e lâmpadas fluorescentes por balastros electrónicos e lâmpadas florescentes de elevada eficiência. Ainda no âmbito daquelas contrapartidas, os municípios pretendem ainda que
sejam implementados três
programas de eficiência energética junto dos respectivos
municípios, um para a redução da factura energética da
iluminação pública com a instalação, por parte da EDP, de
reguladores de fluxo e relógios astronómicos, outro para
a instalação de variadores de
velocidade e arrancadores
suaves em todos os motores
eléctricos existentes nas instalações, bem como a instalação de baterias de condensadores nas instalações que necessitem de correcção do factor de potência.
No final da apresentação,
feita por dois técnicos da AMAVE, as participantes tiveram
a oportunidade de esclarecer algumas dúvidas, nomeadamente relativas ao recurso a contadores bi-horários,
à forma de manter as habitações aquecidas, à substituição de lâmpadas normais
por lâmpadas de baixo consumo, etc.
Celorico realiza
Marcha da Liberdade 2010
A Associação Basto Move.
te promove uma “Marcha da
Liberdade”. A caminhada pedestre está inserida nas comemorações do 25 Abril do Município e pretende celebrar o
espírito de Abril que este ano
comemora o seu 36.º aniversário, proporcionando um li-
vre e jovial passeio pelas imediações da vila.
O ponto de encontro daquela caminhada será no largo da Casa do Agricultor (antigo edifício da Câmara Municipal), pelas 09h00, de onde
os participantes partem, em
liberdade, para a jornada. Na
expectativa das referências
vividas no concelho e na região de Basto, o percurso pedestre caminhará rumo a sul.
O percurso praticamente circular irá rondar as freguesias
de Britelo e Arnóia de modo
a terminar, cerca de 10 Km
depois, na praça Dom Antó-
O vereador Antero Barbosa, recém-reeleito presidente
da Comissão Política do PS de Fafe à frente de uma
“lista única”, considera que as últimas eleições foram
«mais um sinal inequívoco de unidade e renovação»,
tendo a candidatura como principais objectivos «dar
continuidade ao projecto de desenvolvimento sustentado do concelho, que se reflectiu num ciclo de vitórias
eleitorais». Constituída por mais de meia centena de
militantes, a lista, que obteve 164 votos, assenta na
paridade entre homens e mulheres ao nível da representação política, o que segundo o dirigente socialista
representa «uma das apostas da direcção do partido»,
e tem como principais responsáveis pela Assembleia
Geral, Laurentino Dias, actual secretário de Estado do
Desporto e da Juventude, e José Ribeiro, presidente
da Câmara Municipal. Segundo Antero Barbosa, a lista
sufragada pelos militantes da estrutura, conjuga «a experiência da militância activa e a renovação necessária
para a formação de novos quadros através da entrada
de novos militantes para os órgãos do partido». O líder
do PS de Fafe realça ainda a presença de vários presidentes de Junta nos órgãos da Concelhia e a entrada
de novos quadros, com a Juventude Socialista de Fafe
a ter sete representantes na Comissão Política.
Associação Empresarial
desfila moda em Fafe
Cabeceiras ensina a economizar energia
dução da dependência energética de Portugal.
Na abertura da sessão, o vice-presidente da Câmara, Jorge Machado, referiu-se ao conjunto de projectos que estão
em vias de desenvolvimento no concelho, projectos de
energias alternativas a partir
da água (barragens), do aproveitamento da biomassa (central termoeléctrica) e do vento (energia eólica) que algumas empresas se preparam
para concretizar, e chamou a
atenção para a responsabilidade de todos na redução dos
níveis de poluição, redução do
consumo das energias fósseis
e aproveitamento das alternativas limpas, uma vez que todos os indicadores dão como
certo, no futuro, o aumento do
consumo de energia.
O autarca referiu, ainda, a
preocupação do Município
nesta matéria, dando como
11
nio Ribeiro. O percurso tem
um baixo nível de dificuldade, sendo acessível a todos os
populares por 1,5 euros.
Os interessados podem
inscrever-se até ao próximo
dia 21 deste mês, no Posto de Turismo de Celorico
de Basto.
A Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto
e Celorico de Basto vai realizar no próximo dia 24 de
Abril, pelas 21h00, no Pavilhão Multiusos, a 6.ª edição
do Moda Fafe, com a apresentação das ofertas Primavera
/ Verão do comércio local. Com reconhecido sucesso
na organização e realização das anteriores edições, a
Associação Empresarial pretende com aquele evento
dinamizar o comércio local e dar apoio aos seus associados na divulgação da colecção Primavera / Verão
2010. «Estes certames são sempre a melhor montra
para os lojistas mostrarem os seus produtos», sustentam
os promotores. O projecto promocional, com o apoio
do MODCOM – programa de apoio à modernização
do comércio – reune lojistas com peças de vestuário,
artigos desportivos e acessórios, roupa jovem e casual
mas também formal, para adultos e crianças. Nesta
edição, a participação especial caberá ao manequim
Liliana Queiróz, ex-Miss Portugal, sendo que no Moda
Fafe será também, mais uma vez, dada a oportunidade
a muitos jovens para realizarem um dos seus sonhos
na passerelle. A entrada é livre e «espera-se mais uma
noite de magia, cor e alegria para satisfação de todos
os participantes», concluem os promotores.
Cabeceiras de Basto efectua
Festa da Primavera
Música, atelier’s de artes plásticas, dança, actividades
experimentais e de estratégia, concurso de fotografias,
caminhadas urbanas, artes circenses, teatro, oficina
da escrita, contadores de histórias, música tradicional,
jogos de cultura geral, exposições e animação musical
com concertinas e cantigas, são algumas das actividades a desenvolver no concelho de Cabeceiras de Basto
até ao próximo dia 16 deste mês. As iniciativas fazem
parte do programa da Festa da Primavera que decorre
na Praça da República e no Parque do Mosteiro. As
várias acções previstas decorrem durante a manhã e
tarde, terminando diariamente com uma caminhada
urbana no Parque do Mosteiro, acção direccionada à
população em geral. Para o último dia da Festa, dia
16, está previsto um espectáculo de animação musical
promovido pelo Ginásio Companhia Atlética, a partir
das 21h30. No programa vão participar igualmente
os ECL’s – Espaços de Convívio e Lazer – envolvendo
assim várias faixas etárias da população. Festejar a
Primavera e com ela a chegada de melhor tempo, criar
dinâmicas de animação sócio-cutural e convidar a
população a participar, constituem também objectivos
da Festa que sai à rua durante esta semana.
12
Região
www.diariodominho.pt
Presidente da Câmara
de Guimarães de luto
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Capitão de Abril acusa governos de incumprimento
O vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães
comunicou, ontem, o falecimento de Maria Jesus de
Magalhães, mãe do presidente do Município, António
Magalhães. O velório decorre na capela de São Francisco,
em Guimarães, desde as 15h00 de ontem. Hoje, dia 15
de Abril, pelas 16h00, terá início o cortejo fúnebre para
a igreja paroquial de Cavez, em Cabeceiras de Basto,
onde se celebrarão as exéquias fúnebres. Em razão
do funesto acontecimento, ouvidos os membros do
executivo Municipal, a Mesa da Assembleia Municipal
e as forças partidárias representadas, a mesma nota
dá conta do adiamento da reunião da Câmara Municipal prevista para hoje, para as 10h00 da próxima
segunda-feira, dia 19 de Abril. De igual modo, a sessão
extraordinária da Assembleia Municipal sobre a Capital
Europeia da Cultura prevista para amanhã, fica adiada
para as 21h30 do dia 10 de Maio, segunda-feira. O DM
expressa também ao Dr. António Magalhães e a todos
os familiares as mais sentidas condolências.
Hospital de Guimarães
dedica jornadas à voz
O Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar do Alto Ave, em Guimarães, assinala, amanhã,
dia 16 de Abril, o Dia Mundial da Voz. A efeméride
será celebrada com as Jornadas da Voz, que incluem
um vasto programa sobre a temática. Ao longo daquelas jornadas, diversos especialistas darão o seu
contributo para conhecermos melhor várias questões
relacionadas com a voz, assim como serão incluídos
alguns testemunhos profissionais da importância da
voz, como por exemplo o do jornalista Carlos Daniel
da RTP. As Jornadas decorrerão no auditório da sede
do Centro Hospitalar do Alto Ave, entre as 09h00 e as
13h00, abordando diversas patologias, a voz no canto,
técnica vocal, terapia da fala ou o uso profissional
da voz, entre outras matérias. A par das Jornadas,
decorrerá um rastreio de patologia da voz na área de
consultas externas de ORL do Centro Hospitalar, entre
as 09h00 e as 17h00.
Otelo diz que o 25 de Abril
ficou por cumprir
Rui de Lemos
O coronel Otelo Saraiva de
Carvalho afirmou, ontem, em
Guimarães, que «o 25 de Abril
não está totalmente cumprido», sobretudo quando 36
anos depois da Revolução
dos Cravos «dois milhões de
portugueses estão no limiar
da pobreza, temos 600 mil
desempregados e um défice
de 9,4 por cento nas contas
públicas».
«Houve um grande falhanço nesse sentido, porque nem
todas as coisas fundamentais
foram cumpridas, como seria
o melhor desenvolvimento
económico das classes mais
desfavorecidos, o que não se
justifica só pela crise económica internacional, que é apenas uma causa próxima», salientou, ontem, Otelo Saraiva
de Carvalho perante os alunos da Escola EB 2,3 de Briteiros, em Guimarães, no início de um périplo pela região,
que termina hoje na Escola da
Sé, em Braga. A intenção ori-
Capitão de Abril considera pobreza um falhanço de Abril
ginal passava por «transformar uma revolução burguesa
como foi a nossa, dos oficiais
das forças armadas, numa revolução toda ela virada para
o povo, mas isso não foi possível», lamentou. E tudo porque, «quando o processo de
revolução em Portugal começa a avançar num caminho
que não agradava nada ao
mundo ocidental, houve uma
pressão enormíssima», apontou o capitão de Abril aludindo à chantagem dos Estados
Unidos da América e do arco
ocidental europeu, constituído pelo Reino Unido, França,
Alemanha, Itália, Espanha, Holanda e Bélgica.
Aquela chantagem terá sido
feita sobre Melo Antunes, em
Maio de 1975, e quando o secretário de Estado americano
Henry Kissinger e o Grupo dos
Nove conseguiram deitar abaixo Vasco Gonçalves, à data primeiro-ministro de um dos governos provisórios em Portugal. «Foi tudo feito no sentido de travar a Revolução dos
Cravos, o que veio a acontecer
no 25 de Novembro de 1975»,
disse Otelo, referindo-se à acção liderada por Ramalho Eanes, que a partir do Regimento de Comandos da Amadora
travou as movimentações da
extrema esquerda que se faziam sentir em toda a sociedade portuguesa, incluindo as
forças armadas. Depois, «os governos posteriores não cumpriram, 36 anos depois, o programa que tinha sido estabelecido
pela Junta de Salvação Nacional e pelo Movimento das Forças Armadas, nomeadamente
do desenvolvimento industrial
para o país e criar rapidamente
condições de melhor nível económico, social e cultural, sobretudo das classes sociais mais
desfavorecidas», acusou Otelo
Saraiva de Carvalho.
Advogados de Guimarães
lançam revista
A delegação de Guimarães da Ordem dos Advogados vai
realizar a apresentação pública da sua revista, intitulada “Ius Nostrum”, amanhã, sexta-feira. De acordo com
os promotores, aquela será uma publicação semestral
que, como o seu nome indica, versará essencialmente o
Direito, decisões de primeira e segunda Instâncias que,
pela sua relevância, mereçam destaque e publicidade.
«Na “Ius Nostrum” contaremos também com artigos
doutrinários de interesse, notícias várias, comentários e
opiniões de colegas titulares e estagiários, abrindo ainda as suas páginas aos demais operadores judiciários
e à sociedade civil», acrescentam os responsáveis pela
publicação. O primeiro número será excepcionalmente
gratuito e ficará disponível na sala da Delegação do
Tribunal Judicial a partir do próximo dia 19 do corrente
mês. A apresentação da “Ius Nostrum” terá lugar pelas
17h30, num espaço de restauração, na Rua Teixeira de
Pascoaes, em Guimarães.
Sociedade Martins Sarmento
promove visita ao Penedo dos Sinais
A Sociedade Martins Sarmento (SMS), instituição cultural de
Guimarães, assinala, no próximo
dia 18 deste mês, o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
A comemoração da efeméride
– seguindo as recomendações
do Conselho Internacional dos
Monumentos e Sítios (ICOMOS)
– contempla uma visita guiada
ao núcleo de Arte Rupestre do
“Penedo dos Sinais”.
No âmbito daquela comemoração, no próximo dia 18,
pelas 16h00, a SMS promove
uma visita guiada ao núcleo de
Arte Rupestre do “Penedo dos
Sinais”, um conjunto de gravuras na encosta leste da Citânia
de Briteiros, que não se encon-
tra visitável ao público.
A SMS oferece, assim, uma
oportunidade única de conhecer o Penedo dos Sinais, um
dos mais destacados núcleos
de gravuras rupestres dentro
do conjunto arqueológico da
Citânia de Briteiros, detectado
por Francisco Martins Sarmento no século XIX.
A visita, guiada pelos arqueólogos da Sociedade Martins Sarmento, é gratuita, requerendo-se apenas uma inscrição dos interessados, que
pode ser feita para o email
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Região
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
www.diariodominho.pt
Aluna da Escola Benjamim Salgado
vence Concurso Literário da Maia
DR
A aluna Marta Catarina Oliveira Carvalho, do 12.º ano
do curso de Ciências e Tecnologias, da Escola Secundária Benjamim Salgado (ESPBS),
de Joane, conseguiu o primeiro prémio do Concurso Literário Maia 2009, instituído pelo
Pelouro da Juventude da Câmara Municipal da Maia. A Secundária Benjamim Salgado
volta, assim, a ter o seu nome
associado a concursos de literatura, tal como tem acontecido nos últimos anos.
O prémio, no valor pecuniário de 350 euros, foi obtido na modalidade de Conto, Escalão A – dos 13 anos
aos 18 anos, com o conto “O
funeral”. O prémio foi entregue à aluna no passado fimde-semana, numa cerimónia
que decorreu no Fórum Jovem da Maia. Este prémio assume particular relevo tendo em conta o elevado número de concorrentes, visto
Pub
13
Assaltante detido
pela PSP em Famalicão
A PSP de Vila Nova de Famalicão deteve na passada
terça-feira um indivíduo que tinha acabado de roubar
por esticão uma carteira a um idoso com 74 anos de
idade. A detenção ocorreu no Largo Heróis de Monsanto,
pelas 10h30, depois de um vigilante da estação da CP
ter entregue o assaltante aos policiais. Os bens que
tinham sido furtados foram recuperados e entregues à
vítima. O detido, com 49 anos, foi presente no mesmo
dia à tarde nos Serviços do Ministério Público junto do
Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão.
Fogos destroem mato e eucaliptos
em Guimarães e Póvoa de Lanhoso
Dois incêndios deflagraram ao longo do dia de ontem na
Póvoa de Lanhoso e em Guimarães. No primeiro caso, o
fogo decorreu das 10h15 às 13h30 no Lugar do Outeiro,
em Garfe, e destruiu 2500 metros quadrados de mato.
Para o combate às chamas foram mobilizados nove
elementos e três carros da corporação de bombeiros
local. Em Guimarães, um incêndio atingiu uma zona de
mato e eucaliptos na freguesia de Serzedo.
A jovem Marta Catarina (à direita) na cerimónia
que contou com mais de 200
trabalhos, oriundos de todo o
país e do Brasil.
Novas tecnologias
ao serviço
da língua
A ESPBS tem vindo a aderir há já vários anos, no âmbito do projecto Desafios em
Português, a inúmeros concursos relacionados com a Língua Portuguesa, tendo criado e actualizado uma página na plataforma Moodle da
escola e vários blogues educativos.
O blogue CNL na ESPBS (cnlespbs.wordpress.com), por
exemplo, surgiu como for-
ma de divulgação do Concurso Nacional de Leitura, como
incentivo à leitura pelos alunos das obras seleccionadas,
permitindo desenvolver, num
grande número de alunos a
capacidade de reflexão e de
espírito crítico, funcionando
como espaço de intercâmbio,
colaboração e debate.
Tributo a Raúl Solnado
hoje em Santo Tirso
O átrio da Câmara Municipal de Santo Tirso acolhe,
a partir das 21h00 de hoje, mais uma edição de “A
poesia está na rua” que desta vez pretende homenagear o humorista Raúl Solnado. A sessão conta com a
presença de Leonor Xavier e de Nuno Costa Santos,
jornalista e guionista das Produções Fictícias. Sob o
tema “Humor com humor se paga”, esta sétima edição
de “A poesia está na rua” decorre em Santo Tirso até
ao próximo dia 23.
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www.diariodominho.pt
CDS/PP promove debate
sobre agricultura em Barcelos
O CDS/PP de Barcelos organiza no próximo sábado,
dia 17, um colóquio sobre “Agricultura em Barcelos,
que futuro?”. A iniciativa decorre entre as 14h30 e as
17h30, no auditório do Círculo Católico barcelense,
onde espera levar à discussão as potenciais soluções
para o sector. O partido realça que «a agricultura
é uma actividade predominante em Barcelos, onde
contribui para o desenvolvimento económico e social
e garante de um rendimento para muitas famílias
barcelenses». No entanto, actualmente o sector «vive
um período de grandes dificuldades, decorrentes
dos baixos preços praticados na venda de produtos
no mercado, dificuldades de escoamento e ainda o
aumento dos custos de factores de produção, que
tornam a actividade agrícola um desafio constante
na resolução dos problemas».
PCP de Barcelos apoia marcha
contra as portagens nas SCUT
A Comissão Concelhia de Barcelos do Partido Comunista
Português (PCP) apoia a marcha contra as portagens
nas SCUT que decorre no próximo sábado, dia 17. Em
comunicado, fonte do partido considera que «numa
região em que, dia após dia, se agravam as condições
socioeconómicas por acção da política de direita praticada pelo governo do Partido Socialista (PS), a aplicação de portagens nas SCUT será penalizadora para
as populações de vários concelhos». Para o partido,
a situação torna-se ainda mais «injusta» tendo em
conta que, no caso da A28, não há qualquer alternativa viável, quer rodoviária quer ferroviária, para as
populações dos concelhos de Barcelos, Esposende e
Viana do Castelo.
BE de Barcelos
contra portagens na A28
A Direcção Política do Bloco de Esquerda de Barcelos
junta-se na luta contra a introdução de portagens na
A28 e, nessa perspectiva, vai participar na manifestação do próximo sábado, dia 17. Os elementos do
BE Barcelos, conjuntamente com aderentes do BE de
Esposende, integrarão a marcha de protesto em Esposende. Noutro âmbito, as eleições para a Comissão
Concelhia de Barcelos foram adiadas para 8 de Maio,
data coincidente com as eleições para a Comissão
Distrital de Braga.
Jornadas de Saúde
começam amanhã em Barcelos
A 4.ª edição das Jornadas de Educação para a Saúde
começa na próxima sexta-feira, dia 16, no Auditório
Municipal de Barcelos, subordinada ao tema “Estilos
de vida saudáveis e factores de inclusão”. O programa prolonga-se até sábado, sendo que, no primeiro
painel, será debatida “A Educação para a Saúde e
Promoção da Saúde como Factor de Inclusão”, sob a
moderação do adjunto para a Juventude do presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Vasco Real. Os
oradores serão a professora Luísa Ferreira da Silva
e o médico Lima Reis. O segundo painel, “Nascer,
Crescer, Viver com Saúde e Segurança”, tem lugar
às 14h30. O programa de sábado inclui, na parte
da manhã, os painéis “Estilos de Vida Saudáveis e
Tempos Livres... Qualidade de Vida” e “Estilos de Vida
Saudáveis – Programas e Projectos de Intervenção”.
Esta acção realiza-se em parceria com o Agrupamento
de Centros de Saúde Cávado III – Barcelos/Esposende
no âmbito do projecto “Agarra-te à Vida”, promovido
pela Casa da Juventude de Barcelos nas áreas de
educação para a saúde, educação sexual e prevenção
das toxicodependências.
Região
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Projecto de Esposende teve 400 candidatos
Número de inscrições obriga a criar
dois coros de pequenos cantores
DR
Esposende avançou com
dois coros de pequenos cantores e não somente com um,
tal como estava inicialmente previsto, pois o número
de inscrições superou todas
a expectativas. O projecto de
criação do Coro de Pequenos
Cantores de Esposende, lançado através de uma parceria entre a Câmara Municipal
e a Escola de Música de Esposende, teve cerca de 400 candidatos a coralistas.
Desses dois coros, de cerca de 40 elementos cada, um
será considerado o principal
e o outro preparatório. Assim, foi criado um coro com
os melhores candidatos, sendo o outro constituído por
elementos que, de acordo
com o seu trabalho e as capacidades adquiridas, poderão vir a integrar o coro principal. O segundo coro servirá
de preparação para o primeiro e todos os elementos que
o constituem terão a possibilidade de o integrar.
A Câmara Municipal entendeu reforçar a comparticipação financeira do projecto, elevando-a de 3.800 euros para 6.800 euros, uma vez
que a constituição de dois
coros implica um acréscimo
de despesas, nomeadamente
com os honorários do director de Coro, bem como com
a aquisição de partituras, entre outros materiais.
Os trabalhos dos dois coros
Esposende tem um coro principal e outro preparatório
já se iniciaram, sendo que, no
âmbito do Festival Harmos, recentemente realizado, teve lugar uma actividade dirigida às
crianças e seus familiares, que
contou com um pequeno recital de músicos que actuaram
no certame.
De frequência gratuita e dirigido a crianças do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, podendo estas continuar até ao final do 3.º Ciclo, ou seja, com
idades compreendidas entre
os 6 e os 15 anos, o Coro de
Pequenos Cantores de Esposende surge como uma oportunidade para iniciar, desde
tenra idade, uma cultura artística de qualidade e de elevado nível.
Os principais objectivos do
Coro de Pequenos Cantores de
Esposende passam, segundo a
autarquia, por criar «um coro
de excelência ao nível artístico e formativo, estimular o
contacto das crianças e jovens
com a música da mais alta qualidade e valor cultural, permitir
o acesso gratuito a uma formação musical de excelência,
desenvolver iniciativas de formação de públicos, nomeadamente junto dos pais, e proporcionar ao público de Esposende e de outros locais de
apresentação do Coro o contacto com repertório da mais
alta qualidade artística».
Este trabalho artístico percorrerá um vasto repertório
musical, destacando-se as
canções tradicionais infantis, as canções infantis tratadas por compositores portu-
gueses, como Fernando Lopes Graça, enfatizando-se o
conhecimento dos cancioneiros portugueses e das canções tradicionais do concelho de Esposende, e a música sacra, que deverá ter um
peso relevante, devido ao riquíssimo património existente
ao longo dos séculos e pelo
imenso repertório para vozes
brancas, estruturante do ponto de vista formativo.
A edilidade defende que
o coro «poderá representar o Município em diversos
eventos no território nacional e mesmo internacional,
pelo que este projecto constituirá um importante veículo de promoção de Esposende, da sua cultura e actividade artística».
Cursos da ACIB promovem mostra
sobre comércio e património
Os cursos de Práticas Administrativas e Práticas Técnico-Comerciais da Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB) promovem no próximo dia 22 de Abril, com início às 9h00, uma exposição sobre o património local e o comércio tradicional.
Esta iniciativa, que tem lugar no Largo da Porta Nova,
em Barcelos, é organizada pelos Cursos de Educação e For-
mação de Adultos, como actividade integradora.
Segundo fonte da organização, paralelamente à dinâmica pedagógica de formação e às aprendizagens ao
longo da vida, as actividades integradoras enriquecem
o adulto contribuindo para o
desenvolvimento de competências, capacidades, métodos e destreza.
Assim, salienta a mesma fon-
te, sendo a maioria dos formandos naturais de Barcelos
e tendo como base a preocupação no desenvolvimento da
comunidade local, esta actividade tem como principal objectivo a consciencialização sobre a importância da compra
no comércio tradicional e o
fortalecimento da compra no
mesmo, a sensibilização sobre
a preservação do património
local e a importância da sua
promoção e valorização.
Neste sentido, a exposição
vai integrar uma recriação
do comércio tradicional antigo, uma apresentação do património local, a exibição de
um roteiro turístico e comercial, uma mostra de fotografias e de doçaria, a oferta de
marcadores de livros com receitas tradicionais e, às 11h00,
uma encenação da “Lenda do
Galo de Barcelos”.
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Região
15
www.diariodominho.pt
Viana não aumenta taxas
dos parques de estacionamento
Câmara de Viana aprovou
Fundo de Apoio Financeiro
O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo
e a empresa concessionária dos parques da Avenida,
Praça da Liberdade e Estação Shopping, Mercado e
Praça Afonso III, acordaram não aumentar as tarifas
dos parques de estacionamento em Viana do Castelo.
Segundo a edilidade vianense, a decisão foi tomada
depois de uma reunião «em que as partes decidiram
não sobrecarregar ainda mais os orçamentos familiares
dos vianenses, pelo que os tarifários ficam congelados
durante 2010».
ARQUIVO DM
Câmara de Viana moderniza
administração municipal
Cerca de oitenta projectistas e membros de gabinetes técnicos que trabalham com a Câmara Municipal
de Viana do Castelo participaram numa sessão de
esclarecimento sobre o plano de modernização da
administração municipal que, numa primeira fase,
contempla a tramitação digital de toda a operação
urbanística da autarquia até ao final do ano. A iniciativa, que decorreu na Biblioteca Municipal, contou com
a presença do presidente da Câmara e foi a primeira
reunião organizada para discutir esta reorganização
de serviços que será implementado na Câmara Municipal. De acordo com a autarquia, esta medida, «que
irá permitir mais agilidade, maior eficácia, intensificar
a celeridade e dar maior transparência aos serviços da
administração pública, surge na sequência de alterações profundas que têm vindo a ser implementadas
em Viana do Castelo».
Câmara Municipal de Viana do Castelo
A Câmara de Viana do Castelo aprovou, em reunião de executivo, a criação de um Fundo
de Apoio Financeiro ao Investimento, possível com a adesão do município ao Eixo III
do Programa Finicia. A medida foi aprovada por unanimidade e é considerado um bom
instrumento financeiro para
aqueles que queiram investir
no concelho.
O MVC Finicia tem o prazo
de vigência de um ano, prorrogável com um capital inicial
de quinhentos mil euros e conta com a parceria da Associação Empresarial de Viana do
Castelo, do IAPMEI, da Norgarante e da banca.
A medida segue uma linha
de actuação da autarquia, que
criou já um Serviço de Apoio
ao Investidor e à Viabilização
Empresarial e um Gabinete
Municipal de Apoio ao Micro-Empresário, e tem em conta
o apoio à modernização de
empresas e promoção de novas ideias de negócio.
Para tal, foi apreciada a adesão do Município de Viana do
Castelo ao Programa FINICIA –
Eixo III (Iniciativas empresariais
de interesse regional).
O projecto, que vai ser agora protocolada, pretende disponibilizar a quem exerce a sua
actividade em Viana, instrumentos de gestão que permi-
tam «uma saudável manutenção e desenvolvimento do tecido empresarial do concelho»,
através do reforço da sua competitividade e respectiva diferenciação empresarial.
O MVC Finicia destina-se a
apoiar projectos empresariais
desenvolvidos por micro e pequenas empresas do concelho
já existentes ou a criar e pretende promover o alargamento da base de acesso ao crédito, proporcionando às empresas recursos essenciais ao desenvolvimento das suas actividades, através de condições de
financiamento preferenciais.
«Trata-se, por isso, de uma
peça para ajudar as empresas
da região a criar emprego e
melhorar serviços e produtos,
assim como a sua modernização», analisa a autarquia.
Assim, a Câmara vai colocar à disposição das micro e
pequenas empresas do concelho um produto financeiro
inovador e atractivo para as actividades de industrial, comércio, serviços, turismo, energia,
saúde, agricultura e pescas e
construção.
Dos principais benefícios
constam o empréstimo de médio e longo prazo até cem por
cento do investimento, um prazo de reembolso alargado de
três a seis anos, taxa de juro
preferencial, entre outros.
IPVC realiza pós-graduação
em auditoria e controlo de sistemas
A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto
Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC) tem abertas, até ao próximo dia 16 de
Abril, candidaturas para uma
pós-graduação em Auditoria
e Controlo de Sistemas de
Informação (PACSI), que tem
início previsto para o próximo mês de Maio. Os formandos, futuros especialistas nes-
ta área, obterão um conjunto
de conhecimentos e competências para aceder ao controlo interno de sistemas de
informação e desenvolverão
técnicas de auditoria sofisticadas nesses sistemas. Para
isso, foram estabelecidos diversos objectivos formativos,
tais como: desenvolver e compreender as regras e o âmbito da auditoria em Sistemas
de Informação e a sua relação com a organização; desenvolver competências no
planeamento e condução de
auditorias dos Sistemas de Informação; desenvolver capacidade de reportar à gestão da
organização o resultado das
auditorias de Sistemas de Informação. Para obter o diploma, o formando terá que cumprir 60 unidades de crédito ao
longo de três trimestres. O
curriculum do curso foi aprovado com o programa curricular definido pelo ISACA (Information Systems Audit and
Control Association), estando
afixado no seu site, em www.
isaca.org. Os graduados deste curso terão qualificação,
durante um ano, do certificado CISA (Certified Information
Systems Auditor).
Viana do Castelo
Movimento prepara comemorações
do Centenário da República
O Movimento Cívico de Viana do Castelo “Cem Anos
de República” realiza hoje, pelas 21h30, uma reunião
com todos os interessados na temática da República e
nas comemorações do seu centenário. A reunião tem
lugar no salão nobre do Sport Club Vianense, na rua
Manuel Espregueira.
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16
Região
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Ponte de Lima
Portais para sector vitivinícola
apresentados na Agrária
A Escola Superior Agrária de Ponte de Lima promove
amanhã, um seminário sobre portais de informação
para o sector vitivinícola. Henriqueta Nóvoa, mentora
do portal “Infovini.pt”, é a convidada da sessão que
se realiza no âmbito da pós-graduação em marketing
de vinhos. As inscrições para este e/ou outros temas
dos diferentes Seminários a realizar encontram-se disponíveis para profissionais da área e/ou interessados
em geral no portal da instituição em www.pvc.pt ou
www. esa.ipvc.pt.
Teatro Diogo Bernardes
apresenta “O Rosquedo”
O Teatro Diogo Bernardes, em Ponde de Lima, apresenta
nos dias 17 e 18 de Abril, às 21h30, a peça de teatro
“O Rosquedo”. Trata-se de uma adaptação da obra de
Delfim Guimarães, por Domingos Morais. “O Rosquedo” sobe ao palco numa parceria entre o Grupo Dupla
Face e o Gacel – Grupo de Acção Cultura e Estudos
Limianos. “O Rosquedo” conta histórias dos amores e
dissabores das gentes limianas. «É uma peça divertida
para todas as idades».
Ponte de Lima aprova projecto
do Hotel D’Além da Ponte
A Câmara Municipal de Ponte de Lima aprovou, na
última reunião do executivo, entre outros projectos, a
execução do Hotel D’Além da Ponte, com um investimento que ronda os 500 mil euros. A requalificação do
imóvel designado por Casa n.º 9 e adaptação a edifício
de uso turístico e comercial, vem reforçar a rede de
oferta de alojamento em Ponte de Lima. Nesse contexto,
foi também aprovado o projecto de execução do Largo
Hotel D’Além da Ponte, nomeadamente a Casa n.º 24, no
valor de 368 mil 513 euros. Esta intervenção surge na
sequência da estratégia de requalificação urbana e de
valorização ambiental concedida ao Largo da Alegria.
Relativamente ao Parque Industrial do Granito/Pedras
Finas, a Câmara aprovou o projecto de execução cujo
valor previsto é de quase 3,5 milhões de euros, a fim
de dinamizar o futuro parque industrial. De referir
que a indústria pedreira é o maior empregador de
Ponte de Lima, pelo que o apoio municipal para o seu
crescimento, desenvolvimento e internacionalização
é fundamental. Por último, foi ainda aprovada, por
unanimidade, a aquisição de um imóvel no Lugar de
Cerquido, Freguesia de Estorãos, no valor de 14 mil e
500 euros. Integrado no programa de financiamento
PRODER – Aldeias de Montanha, o objectivo passa pelo
desenvolvimento local baseado na oferta de alojamento
turístico com características rurais e venda de produtos
locais, promovendo e dinamizando dessa forma as
zonas onde se verifica maior despovoação.
Ponte de Lima divulga
Feira do Cavalo
DR
A Câmara de
Ponte de Lima
aposta na internacionalização da Feira do
Cavalo, certame
que se realiza
de 24 a 27 de
Junho. Em nota
enviada à imprensa, a Câmara limiana explica que pretende transformar a Feira do Cavalo num evento-âncora
para a promoção do turismo e dos produtos locais. A
campanha promocional do evento já está em marcha
e está a percorrer o país de Norte a Sul num camião
decorado para o efeito. A par da Feira do Cavalo, a
campanha estende-se à Área Protegida de Bertiandos
e S. Pedro de Arcos e à própria vila.
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Mais de 30 ciclistas participaram
na rota dos templos românicos
DR
Mais de 30 amantes do BTT
percorreram a Rota das Capelas e Templos Românicos, que
liga os concelhos de Viana do
Castelo e Caminha, mas só cerca de metade a concluiu, devido ao elevado nível de dificuldade.
O percurso de cerca de 100
quilómetros permitiu visualizar alguns dos mais emblemáticos templos e capelas daquelas localidades, tais como a Sé
Catedral vianense ou as capelas de S. Pedro de Varais ou de
S. João de Arga.
A edição deste ano contou
Os mais resistentes conseguiram subir a calçada romana
com a participação de Rui Lavarinhas, campeão nacional de
maratona e “cross country” na
categoria de veteranos A.
Após saírem de Viana do Castelo, os ciclistas passaram pelo
Templo de Santa Luzia até Senhora da Cabeça, dirigindo-se
depois para S. Pedro de Varais,
templo românico de finais do
século XIII situado em Vila Praia
de Âncora.
O percurso da manhã continuou pela subida até ao miradouro de Nossa Senhora das
Neves, terminando em Dem,
pela altura do almoço. Da parte da tarde, deu-se a subida
até S. João de Arga e a “prova
de fogo”, que foi a subida da
calçada romana até à Senhora do Minho.
Posteriormente, os mais resistentes iniciaram a descida até
S. Lourenço da Montaria.
D3ö apresentam “Exposed”
na Casa das Artes arcuense
Os D3ö apresentam, no
próximo dia 16 de Abril,
na Casa das Artes de Arcos
de Valdevez, o expectáculo
de reposição “Exposed”, inserido no “Sons de Vez!” –
(Mostra de Música Moderna Portuguesa de Arcos de
Valdevez).
Em “Exposed” o grupo
apresenta canções intensas, introduzidas por dois
clássicos: “Junior Daddy”
e “Wanna Hold You”.
Dos novos temas de Toni
Fortuna (a voz dos míticos
Tédio Boys), Tó Rui e Miguel
Benedito (dois ex-Garbage
Catz), destaque ainda para o
refrão cativante de “On The
Phone” e o “groove” frenético de “Yellow Sand”.
A estreia em longa duração
da banda de Coimbra surge
quase sete anos depois da
primeira actuação e da edição de três EP’s, e constitui é
a prova de que o rock é feito de atitude, entrega, suor
e muita estrada.
Segundo Miguel Benedito, baterista do grupo, «é o
mais fiel possível ao original.
Aquilo que ouvimos quando
pomos o disco a tocar na
aparelhagem é aquilo mesmo que aconteceu.
O som dos instrumentos e
das vozes não tem sujidade
por cima».
Nova creche de Ponte de Lima
ficará localizada em Arcozelo
DR
A nova creche a instalar no
concelho de Ponte de Lima
ficará situada na freguesia
de Arcozelo.
Este equipamento, a construir pela Santa Casa da Misericórdia local, encontra-se
em fase de aprovação e integrará várias valências, designadamente uma Unidade
de Cuidados Continuados,
um Lar de Idosos e uma Creche com capacidade para 30
crianças. Integrando um lote
de 40 candidaturas a financiamento, a proposta da Misericórdia limiana é a única para
o concelho, sendo também financiada pelo município.
Entretanto, decorreu a Assembleia Geral ordinária na
Misericórdia aprovou Conta de Gerência de 2009
Santa Casa da Misericórdia,
presidida pelo padre José
Gomes de Sousa.
Da ordem de trabalhos
fez parte a discussão e votação da Conta de Gerência
de 2009. O documento foi
aprovado pela unanimidade
dos Irmãos.
Região
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
www.diariodominho.pt
Paredes de Coura
faz vigília pelo SAP
Duas candidaturas aprovadas
para assinalar ano contra a pobreza
A Europeia Anti-Pobreza
e Câmara Municipal de Vila
Nova de Cerveira viram aprovadas candidaturas para assinalar o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão.
Este anúncio foi feito na XIII
Reunião da Plataforma Supra Concelhia da Rede Social
do Minho-Lima que decorreu
na semana passada, na Casa
das Artes de Arcos de Valdevez. Em cima da mesa esteve
também a avaliação do Plano de Trabalho de 2009 e da
implementação do Plano Estratégico de Intervenção Social do Minho-Lima para os
próximos dois anos. Presidida pelo director do Centro
Distrital de Segurança Social
de Viana do Castelo, António
Correia, a reunião contou com
a presença do presidente da
Câmara de Arcos de Valdevez,
Francisco Araújo, e represen-
As gentes de Paredes de Coura estão a convocar
os courenses para uma vigília de protesto contra o
encerramento nocturno do Serviço de Atendimento
Permanente. A iniciativa está marcada para o dia 17
de Abril, sábado, às 20h30, junto ao Centro de Saúde
local. «Traga uma bandeira nacional e uma vela. Vamos
lembrar à senhora ministra Ana Jorge que Paredes
de Coura ainda é território português, que pagamos
impostos em Portugal e como tal temos direito a ter
um serviço de atendimento permanente nocturno»,
lê-se na convocatória.
DR
Centro Cultural de Paredes Coura
expõe “Memórias que ficam”
O Centro Cultural de Paredes de Coura tem patente,
até ao dia 30 uma exposição de pintura denominada
“Memórias que ficam”, com quadros do artista Alberto
de Sousa Rocha. Nascido em 1938, na cidade do Porto e
actualmente reformado, Alberto Rocha dedica-se de corpo
e alma à pintura. Iniciou-se aos 12 anos, guiado por um
artista plástico e publicista. Nesse ano, participou num
salão organizado pela Mocidade Portuguesa, tendo sido
distinguido com uma menção honrosa. Participou em
exposições colectivas, tais como: ”Encontros com a Arte”
(Vila de Moreira, premiado em 1992); Bienais do Rotary
Club da Maia (sendo também membro da organização),
Rotary Club do Porto – Antas, Rotary Club da Senhora
da Hora, Centro Comercial Brasília – Portam. Pinta principalmente a óleo (paisagem, retrato e ocasionalmente
composições) e também a aguarela (paisagem).
Alto Minho ganha apoios no combate à pobreza
tantes das autarquias do distrito, do Governo Civil de Viana do Castelo, da Direcção Regional da Educação, do Instituto de Emprego e Formação
Profissional, da rede Europeia
Anti-Pobreza, da União Distrital das Instituições Particulares
de Solidariedade Social, bem
como da Unidade Local de
Saúde do Alto Minho. O plenário reúne trimestralmente,
por isso o próximo encontro
realizar-se-á no dia 29 de Junho, em Caminha.
Cerveira incentiva consumo
de fruta nas EB1 do concelho
A Câmara de Cerveira está a incentivar o consumo de
fruta entre os alunos das escolas do 1.º ciclo do ensino
básico do concelho. A medida consiste na distribuição de
frutas pelas escolas e abrange um total de 356 crianças.
Os produtos fornecidos aos estabelecimentos de ensino
(maçã, pêra, clementina, banana e tangerina) obedecem
ao regime público de qualidade certificada de produção
integrada, representando, no mínimo, 50 por cento do
total dos produtos entregues. A promoção de uma alimentação saudável das crianças do 1.º ciclo é um dos
objectivos do município.
Cabrito à Sanfins é prato principal
este fim-de-semana em Valença
O Cabrito à Sanfins será o
prato principal nos 26 restaurantes de Valença que aderiram ao próximo “Fim-deSemana Gastronómico”, que
decorre sábado e domingo.
A acompanhar esta iguaria estarão os Borrachinhos de Valença, uma sobremesa conventual tradicional. A iniciativa é da Entidade Regional
de Turismo do Porto/Norte de
Portugal e do município.
Paralelamente, o programa
inclui ainda animações regionais nos restaurantes aderentes. Para sábado, está ainda
agendada uma visita guiada
ao Convento Românico de
Sanfins, com saída das Portas do Sol – Praça Forte, às
09h30. No domingo, o mu-
nicípio também proporciona
uma visita guiada ao Centro
Histórico, com saída às 10h00
do mesmo local.
Ao longo destes dois dias
será igualmente possível visitar os museus do Bombeiro e Municipal e o Posto de
Turismo.
Fonte da Câmara Municipal sublinha que a restaura-
ção é um dos principais cartazes de afirmação de Valença
como ponto turístico. Actualmente, este município conta
com 60 unidades de restauração que apresentam uma
«ampla oferta gastronómica e em que diversos pratos
de culinária tradicional marcam presença de destaque»,
disse ainda.
Cerveira
Aquamuseu promove curso
de identificação de anfíbios
O Aquamuseu do rio Minho, em Cerveira, realiza a 24
de Abril um curso de iniciação à identificação, biologia
e conservação de anfíbios. A formação é ministrada
por José Teixeira, investigador, biólogo, mestre em
biologia aplicada pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Pub
Misericórdia de Caminha
promove acção de formação
A Santa Casa da Misericórdia de Caminha vai promover
o curso “Empresárias na Acção
Social”, no âmbito do projecto
“Empreendedorismo Feminino”.
As inscrições já estão a decorrer e o prazo final foi alargado
até ao dia 20 de Abril. Esta iniciativa conta com o apoio da
Câmara de Caminha.
Este projecto, refere fonte da
instituição, pretende gerar em-
17
prego, bem como criar soluções
que respondam à necessidade
de prestação de serviços de
apoio às famílias. Assim, o curso “Empresárias na Acção Social” destina-se a 15 mulheres
desempregadas ou à procura
do primeiro emprego, que tenham a ambição de criar o seu
próprio emprego.
Num primeiro período, o projecto inclui 194 horas de forma-
ção em sala, seguindo-se depois 80 horas de consultoria
para a construção de um plano de negócios. Nesta fase, as
formandas podem vir a receber
um prémio de criação de empresa no valor de 412,22 euros.
Por fim, será criada uma rede
de empresas
Pretende-se que, com o curso, sejam facultadas competências para criar uma empre-
sa, para angariar financiamentos e para gerir o negócio e os
recursos humanos.
As 15 formandas seleccionadas vão receber subsídio de alimentação. As interessadas devem dirigir-se à Santa Casa de Misericórdia de Caminha, até ao dia
20 de Abril. Podem ainda contactar pelo telefone 258 921 493, ou
pelo endereço de e-mail [email protected].
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Bispos satisfeitos
com tolerância de ponto
Religião
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Assembleia plenária dos bispos encerra hoje
ARQUIVO DM
Igreja vai renascer purificada
do escândalo de pedofilia
ARQUIVO DM
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) congratulase com a perspectiva de uma tolerância de ponto concedida pelo Governo para todo o país, no próximo dia
13 de Maio, aquando da visita de Bento XVI a Fátima.
Para o secretário da CEP, padre Manuel Morujão, o
gesto do Executivo é um serviço ao povo português,
maioritariamente católico.
«Basta notar que a maioria do povo português é cristã
e até católica, por isso acho que é um serviço àqueles
que queiram participar nesses encontros», afirmou o
padre Manuel Morujão, em Fátima, onde fez o ponto de
situação dos trabalhos da assembleia plenária da CEP.
O Governo decidiu dar tolerância de ponto a todos
os trabalhadores da Administração Pública no dia 13 de
Maio por ocasião da presença do Papa Bento XVI em
Portugal, declarou na terça-feira à Agência Lusa fonte
oficial do executivo.
A mesma fonte adiantou que será também concedida
tolerância de ponto aos funcionários públicos em Lisboa
na parte da tarde do dia 11 de Maio, assim como no
Porto na parte da manhã no dia 14 de Maio.
Para o porta-voz da conferência episcopal, a tolerância
de ponto, da qual os bispos ainda não têm confirmação
oficial, deixou satisfeita a CEP.
«Evidentemente que todos são livres de aparecer ou
não aparecer, mas que o Governo queira ter esse gesto
de serviço ao povo e também de respeito pela autoridade
internacional que tem o Papa, certamente que isso nos
alegra», acrescentou o sacerdote jesuíta.
O responsável referiu que «há um apelo a que as
pessoas participem» na primeira visita apostólica que
Bento XVI fará a Portugal, salientando que «participar
na visita pela comunicação social é uma maneira, mas
sem dúvida de que a presença física neste ou naquele
acto será significativa para todos».
Num encontro com jornalistas, para avaliar os primeiros
dias de trabalho da assembleia plenária da CEP, o padre
Morujão adiantou que a Igreja espera uma colaboração
mútua com a comunicação social aquando da visita de
Bento XVI.
«Só a comunicação pode levar as pessoas ao encontro
com o Papa, para que haja o impacto religioso que se
espera», disse o sacerdote. Para o secretário da CEP, o
Papa é um «profeta das causas humanas e o seu discurso
será para todos, principalmente para os católicos».
Outro ponto de agenda foi a acção social da Igreja,
pelo que na manhã de ontem estiveram presentes em
Fátima três organizações católicas, a Cáritas Portuguesa,
a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) e a Fundação
Evangelização e Culturas (FEC).
O padre Manuel Morujão aproveitou para acrescentar
que o Bispo do Funchal, D. António Carrilho, reconheceu
«toda a ajuda prestada à Madeira, através da Cáritas
Portuguesa, traduzindo-se em mais de um milhão de
euros que muito ajudará à reconstrução da Ilha». «Isto
demonstra que a Igreja não é espectadora, mas que se
encontra a agir», concluiu.
Redacção/Ecclesia e Lusa
O porta-voz da Conferência
Episcopal Portuguesa (CEP),
padre Manuel Morujão, considera que do escândalo de
pedofilia envolvendo o clero
vai renascer uma Igreja mais
purificada. «Tenho a certeza que destes acontecimentos vai renascer uma Igreja
mais purificada. As perseguições na história da Igreja acabaram por ser isso mesmo e,
por isso também, neste caso,
assim o esperamos firmemente», afirmou ontem o sacerdote, à margem da assembleia
plenária da CEP, acrescentando que estes acontecimentos,
que «entristecem a Igreja», devem ser uma «proposta e um
desafio de conversão».
«A Igreja tem vivido na sua
história entre glórias e dificuldades. Entre cruzes e ressurreições», acrescentou o porta-voz da CEP.
Comentando os abusos sexuais cometidos por sacerdotes da Igreja Católica, o responsável defendeu que «a verdade é sempre o melhor», adiantando que há que «encarar
com realismo a verdade, seguindo, ao fim e ao cabo, os
princípios do Papa».
O responsável reiterou que
Bento XVI merece «palmas»
devido às atitudes que classificou como «muito corajosas», de que destacou o facto
de ter encarado as vítimas de
pedofilia nos Estados Unidos,
na Austrália e em Roma.
«Mostra que a verdade para
ele é o que conta e seguramente a purificação da Igreja», acrescentou aquele sacerdote, apontando a necessidade de «distinguir o trigo
do joio» nesta situação.
«Como se tem visto na comunicação social, há muitas
suspeitas que passam a denúncias, denúncias que passam a acusações e, às vezes, em condenações em
tribunal da opinião pública», disse.
Confrontado se teme situações como as que ocorreram em Malta, onde cartazes
Igreja portuguesa está confiante que os crentes sabem separar a fé da polémica instalada
da visita de Bento XVI foram
vandalizados, o sacerdote declarou que a Igreja confia «no
povo português, no bom senso que deve haver nestas ocasiões, independentemente do
credo ou descrença pessoal ou
da orientação ideológica».
«O Papa situa-se acima dos
partidos, das facções, das crenças, das ideologias. Por isso,
nós esperamos que isso não
aconteça, porque o Papa não
quer a confrontação com ninguém», afiançou.
Questionado ainda se o escândalo pode, de alguma forma, desmobilizar os fiéis portugueses na visita apostólica
do chefe de Estado do Vaticano ao país entre 11 e 14 de
Maio, o sacerdote reafirmou
a «confiança no bom senso
do povo, na sabedoria popu-
lar e que sabe distinguir que
nem tudo aquilo que reluz é
oiro ou nem tudo aquilo que
parece lama o é».
Segundo o responsável, a
pedofilia na Igreja deverá ser
abordada nos trabalhos da assembleia plenária, que termina
hoje, sendo que na terça-feira o assunto foi tratado pelos
bispos que integram o conselho permanente da CEP.
Dioceses apostam
numa pastoral em rede
O porta-voz da CEP admitiu ontem que a
iniciativa “Repensar a Igreja em Portugal” poderá levar a uma reorganização territorial dos
seus serviços. O padre Manuel Morujão disse
que «não está de modo algum fechada essa
questão», considerando que tudo dependerá
da abertura das pessoas aos desafios para
«responder cabalmente» ao que é importante
para o serviço da Igreja.
Aquele responsável afirmou que a iniciativa
“Repensar a Igreja em Portugal” tem em conta
que «as dioceses não são ilhas separadas,
mas partes do mesmo corpo» e que, juntamente com os movimentos e outras obras,
«sentem a necessidade de viver mais em
rede» e, respeitando a identidade, «dar-lhes
dinamismo».
O padre Manuel Morujão acrescentou que
o objectivo desta acção passa por ver quais
«os desafios que a sociedade de hoje propõe
à Igreja para que ela se adapte».
Aos jornalistas, o sacerdote explicou que
nunca ouviu falar de uma eventual redução
do número de dioceses, mas no contrário,
insistindo em que uma possível reorganização
territorial terá implicações «mais a nível de
povoações, aldeias, paróquias».
«Actualmente há muitas paróquias que são
levadas por um só pároco», disse, reconhecendo que «às vezes o trabalho até pode não
ser muito, é mais a dispersão e as distâncias»,
salientando que «o fenómeno da desertificação
também preocupa a Igreja».
Neste momento há um grupo de cerca de
40 pessoas de todas as dioceses e de outras
entidades ligadas à Igreja que estão a elaborar
um instrumento de trabalho neste sentido,
documento que vai ser abordado nas próximas
jornadas pastorais do episcopado, em Junho,
para depois regressar às bases e finalmente à
CEP. A forma da linguagem, as comunidades a
que se destina e as metodologias pastorais serão
repensadas para melhor chegar aos crentes.
«Não podemos responder a perguntas de
hoje com respostas de ontem», referiu o padre
Manuel Morujão, sustentando que para «dar
respostas de qualidade» a Igreja tem de estar
atenta à realidade.
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Religião
www.diariodominho.pt
Comunidade ortodoxa em Braga
assinala sete anos de celebrações
ARQUIVO DM
Álvaro Magalhães
A comunidade cristã ortodoxa em Braga assinala, no
próximo domingo, sete anos
desde que se juntou, na pequena igreja da Lapa, na Arcada, para celebrar a Eucaristia nos ritos que lhe são mais
próximos.
Para assinalar a efeméride,
a comunidade liderada pelos padres Dmytro Tkachuk e
Vasyl Bundzyak, da Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Kiev,
na Ucrânia, organizou um programa religioso e social.
Assim, às 10h00, na igreja da
Lapa, é celebrada a eucaristia
dominical. Para as 11h30 é feita a apresentação e bênção de
ícones sagrados, seguindo-se
a homilia (ao contrário do que
acontece no Rito Romano, seguido pelos católicos, o momento de explicação das Escrituras na celebração ortodoxa realiza-se em momento autónomo à Eucaristia).
Após os actos de culto, a
comunidade ortodoxa dirige-se para a Casa de Soutelo, em
Vila Verde, onde às 12h30 está
marcado um almoço/convívio
à base de gastronomia ucraniana. Depois da refeição segue-se um momento de animação cultural com os elementos que integram a comunidade a interpretar cânticos universais.
Para estas comemorações,
Comunidade reúne em maior número em ocasiões de festa
a comunidade ortodoxa convidou diversas personalidades
e instituições. «Convidamos a
Câmara Municipal de Braga,
o Governo Civil de Braga, as
autoridades diplomáticas da
Ucrânia, Rússia, Moldávia entre outros», adiantou ao Diário do Minho o padre Dmytro
Tkachuk.
Aquele sacerdote assim
como o seu colega, padre
Vasyl Bundzyak estão há quase uma década em Portugal,
enviados pelo Arcebispo do
distrito de Ivano-Frankivsk,
D. Ioasaf e acolhidos pela Arquidiocese de Braga.
Para além do apoio espiritual de que são responsáveis,
os presbíteros ortodoxos são
também procurados pelos cidadãos da Europa de Leste
para apoio social. Por diversas
vezes aqueles sacerdotes funcionaram como uma espécie
de agência de emprego para
os que tinham mais dificuldades em encontrar ocupação profissional.
Actualmente, dada a crise
de emprego alguns dos ele-
mentos da comunidade ortodoxa regressaram aos países de origem ou estão a
trabalhar em zonas mais dispersas do País ou mesmo em
Espanha. Por isso, domingo,
o padre Dmytro Tkachuk e
o padre Vasyl Bundzyak esperam a presença de membros da comunidade que residem em Braga mas também nos concelhos de Famalicão, Guimarães, Barcelos e outros locais da região
bem como de outras localidades do País.
Clero da cidade de Braga
estará atento à juventude
O Clero da Zona Pastoral
da Cidade de Braga, reunido
ontem, quarta-feira, no Centro Cultural e Pastoral, decidiu, em próximos encontros,
dedicar particular atenção à
Pastoral de Jovens.
Os presentes consideraram
muito positiva a iniciativa de
se ter feito em cada uma das
igrejas em que se celebrou
o Lausperene Quaresmal um
tempo de oração comunitária às 16h00, pelo que, no
próximo ano, se fará idênti-
co trabalho.
Salientou-se a unidade pastoral que, ao longo dos anos,
se vai, progressivamente, conseguindo.
Foram prestadas informações sobre: a celebração das
Bodas de Diamante de monsenhor José Vaz Pinto, com Missa na basílica dos Congregados às 19h00 do próximo dia
23 do corrente mês de Abril,
seguida de jantar para o qual
deve ser feita inscrição prévia;
a XIV Jornada sobre Questões
Pastorais, a efectuar em Enxomil no dia 26; a realização da
Bênção das Grávidas, na igreja de S. Lázaro, às 18h30 do
dia 28; uma reunião dos elementos do Conselho Arciprestal com o senhor D. Manuel
Linda, no dia 30; um Encontro de Preparação para o Matrimónio (EPM), em S. Lázaro,
no fim-de-semana de 22/23 de
Maio; a celebração do Dia Diocesano da Família, em 23 do
mesmo mês de Maio.
Distribuíram-se notas relati-
vas à próxima visita de Bento XVI a Portugal, a ofertas
formativas do Departamento Arquidiocesano de Educação Cristã, aos funerais dos
sacerdotes.
Orientou os trabalhos o padre António Sérgio Torres e neles participaram 15 sacerdotes.
Principiou com a leitura orante da Palavra de Deus.
A próxima reunião foi marcada para as 11h00 de 19
de Maio.
Silva Araújo
19
Evitar transmitir ideias pessoais
Papa quer padres a falar
o que «Deus revelou de si»
Bento XVI defendeu ontem que as palavras do padre
devem transmitir o que «Deus revelou de si» e não as
ideias pessoais de cada sacerdote. «O “munus docendi”,
ou seja, a função de ensinar, deve ser exercido pelo
sacerdote não como uma apresentação das suas ideias
pessoais, mas como um anúncio daquilo que Deus
revelou de si», disse o Papa falando em português.
A menos de dois meses do termo do Ano Sacerdotal
(agendado para 11 de Junho), o Papa apresentou no
Vaticano uma reflexão sobre o ministério ordenado,
isto é, o serviço à Igreja que exige o sacramento da
Ordem. Bento XVI recordou que, na doutrina católica, os padres actuam na pessoa de Jesus, pelo que
as funções fundamentais dos sacerdotes – ensinar,
santificar e governar – são «acções de Cristo». Para
o Papa, o ensinamento da verdade de Deus deve ser
assumido pelo padre antes de ser transmitido. «O
sacramento da Ordem leva o sacerdote a estar imerso
na Verdade, uma Verdade que é muito mais do que
um conceito; uma Verdade que é uma pessoa: Jesus
Cristo», indicou o Pontífice. Bento XVI afirmou que
«o Povo de Deus precisa de ouvir a genuína doutrina
eclesial», que tem como referências «a Sagrada Escritura, os escritos dos Padres e Doutores da Igreja,
bem como o Catecismo da Igreja Católica». No final
da audiência, o Papa proferiu a seguinte saudação em
língua portuguesa: «Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande
afecto e alegria, de modo especial a quantos vieram
do Brasil e de Portugal com o desejo de encontrar o
Sucessor de Pedro. Desça a minha bênção sobre vós,
vossas famílias e comunidades. Muito obrigado!»
Em polaco, Bento XVI lembrou o luto nacional pela
morte do presidente da Polónia e das pessoas que o
acompanhavam, no passado sábado. Lech Kaczynski
morreu na manhã de 10 de Abril, quando o avião
em que seguia, um Tupolev TU-154, caiu perto do
aeroporto russo de Smolensk.
Viagem a Malta
não suscita receios
O porta-voz do Vaticano admitiu que Bento XVI se
possa encontrar com vítimas de abusos sexuais durante
a sua viagem a Malta, mas afastou receios de que o
Papa venha a ser mal recebido na ilha. A viagem papal
a Malta decorre este fim-de-semana e foi apresentada
terça-feira aos jornalistas, na sala de imprensa da Santa Sé. O padre Federico Lombardi, responsável pelos
serviços de informação do Vaticano, recordou que o
Papa já promoveu encontros com as vítimas de abusos,
em viagens anteriores e «continua a estar disponível»
para o fazer. Tal iniciativa, precisou, decorrerá sempre
«num clima de recolhimento, discrição, para que haja
possibilidade de escuta e comunicação pessoal». O
director da sala de imprensa da Santa Sé disse que
não está em condições de «anunciar ou excluir» se
Bento XVI repetirá em Malta o mesmo gesto que fez
nas viagens aos EUA e à Austrália, em 2008. O Papa,
recorde-se, estará na ilha mediterrânica pouco mais
de 24 horas, com «um programa muito breve e muito
intenso», precisou o padre Lombardi. Este responsável
recusou ainda a ideia de que o Vaticano se sinta «sob
assédio» por causa dos sucessivos casos de pedofilia
envolvendo padres católicos.
Barcelos retoma
catequese de adultos
São retomadas hoje, às 21h30, na cidade de Barcelos,
as sessões de Catequese de Adultos promovidas pela
paróquia de Santa Maria Maior, interrompidas no período da Páscoa. A sessão de hoje tem lugar na igreja
do Terço e conta com a especial presença dos jovens
crismandos que se preparam para receber o Sacramento
da Confirmação no dia 5 de Junho.
20
www.diariodominho.pt
Opinião
Saúde
Serenamente
Cristina Sá Carvalho
Silva Araújo
Psicóloga
Portugal
dos pequeninos
A carta do Papa
1
Com data de 19 de Março p.p.
Bento XVI enviou aos católicos da Irlanda uma carta sobre os abusos sexuais de menores.
Bom seria que todos a lessem, particularmente quantos, de uma forma
aligeirada (ou mal intencionada? Ou
instrumentalizada?) têm andado a arremessar pedras.
Bento XVI começa por afirmar não
poder deixar de partilhar com os
seus destinatários «o pavor e a sensação de traição» que muitos deles
experimentaram «ao tomar conhecimento destes actos pecaminosos e
criminosos e do modo como as autoridades da Igreja na Irlanda os enfrentaram».
Em relação aos sacerdotes e religiosos que abusaram dos jovens, não
hesita em escrever: «Traístes a confiança que os jovens inocentes e os
seus pais tinham em vós. Por isto deveis responder diante de Deus omnipotente, assim como diante de tribunais devidamente constituídos».
Responsabiliza os seus irmãos Bispos, pela forma como trataram dos
casos, escrevendo: «Não se pode negar que alguns de vós e dos vossos
predecessores falhastes, por vezes
gravemente, na aplicação das normas de direito canónico (…)».
Manifesta compaixão, compreensão e solidariedade para com as vítimas e suas famílias.
2. Mas o que me leva a escrever
este texto é muito particularmente o que se encontra nos números 4 e 14.
Numa tentativa de detectar as causas do sucedido, Bento XVI escreve
no número 4:
«Com frequência as práticas sacramentais e devocionais que sustentam
a fé e a tornam capaz de crescer, como
por exemplo a confissão frequente, a
oração quotidiana e os ritos anuais,
não foram atendidas. Determinante
foi também neste período a tendência, até da parte de sacerdotes e religiosos, para adoptar modos de pensamento e de juízo das realidades seculares sem referência suficiente ao
Evangelho. O programa de renovação
proposto pelo Concílio Vaticano II por
vezes foi mal compreendido e na rea-
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
lidade, à luz das profundas mudanças sociais que se estavam a verificar,
não era fácil avaliar o modo melhor
de o realizar. Em particular, houve
uma tendência, ditada por recta intenção mas errada, a evitar abordagens penais em relação a situações
canónicas irregulares».
(…) «Só examinando com atenção os numerosos elementos que
deram origem à crise actual é possível empreender uma diagnose clara das suas causas e encontrar remédios eficazes. Certamente, entre os
factores que para ela contribuíram
podemos enumerar: procedimentos
inadequados para determinar a idoneidade dos candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa; insuficiente formação humana, moral, intelectual e
espiritual nos seminários e nos noviciados; uma tendência na sociedade
a favorecer o clero e outras figuras
com autoridade e uma preocupação
inoportuna pelo bom nome da Igreja
e para evitar os escândalos, que levaram como resultado à malograda
aplicação das penas canónicas em
vigor e à falta da tutela da dignidade de cada pessoa».
3. No número 14 Bento XVI propõe
um conjunto de iniciativas concretas
para enfrentar a situação. «Convido
todos vós a dedicar as vossas penitências da sexta-feira, durante todo o
ano, de agora até à Páscoa de 2011,
por esta finalidade. Peço-vos que ofereçais o vosso jejum, a vossa oração,
a vossa leitura da Sagrada Escritura e
as vossas obras de misericórdia para
obter a graça da cura e da renovação para a Igreja na Irlanda. Encorajo-vos a redescobrir o sacramento
da Reconciliação e a valer-vos com
mais frequência da força transformadora da sua graça.
Deve ser dedicada também particular atenção à adoração eucarística,
e em cada diocese deverá haver igrejas ou capelas reservadas especificamente para esta finalidade. Peço que
as paróquias, os seminários, as casas
religiosas e os mosteiros organizem
tempos para a adoração eucarística,
de modo que todos tenham a possibilidade de participar deles».
(…) «Proponho que se realize uma
Missão a nível nacional para todos os
bispos, sacerdotes e religiosos. Alimento a esperança de que, haurindo
da competência de peritos pregadores e organizadores de retiros quer
da Irlanda como de outras partes, e
reexaminando os documentos conciliares, os ritos litúrgicos da ordenação e da profissão e os recentes ensinamentos pontifícios, alcanceis um
apreço mais profundo das vossas respectivas vocações, de modo a redescobrir as raízes da vossa fé em Jesus
Cristo e a beber abundantemente nas
fontes da água viva que ele vos oferece através da sua Igreja».
4. No número 11 Bento XVI tinha
escrito, referindo-se aos Bispos: «O
povo da Irlanda espera justamente que sejais homens de Deus, que
sejais santos, que vivais com simplicidade, que procureis todos os
dias a conversão pessoal. (…) Exorto-vos, portanto, a renovar o vosso
sentido de responsabilidade diante
de Deus, a crescer em solidariedade
com o vosso povo e a aprofundar a
vossa solicitude pastoral por todos
os membros da vossa grei. Em particular, sede sensíveis à vida espiritual e moral de cada um dos vossos sacerdotes. Sede um exemplo
com as vossas próprias vidas, estai-lhes próximos, ouvi as suas preocupações, oferecei-lhes encorajamento
neste tempo de dificuldades e alimentai a chama do seu amor a Cristo e o seu compromisso no serviço
dos seus irmãos e irmãs».
E acrescentava: «Também os leigos
devem ser encorajados a fazer a sua
parte na vida da Igreja. Fazei com que
sejam formados de modo que possam dizer a razão, de maneira articulada e convincente, do Evangelho
na sociedade moderna (cfr. 1 Pd 3,
15), e cooperem mais plenamente na
vida e na missão da Igreja. Isto, por
sua vez, ajudar-vos-á a ser de novo
guias e testemunhas credíveis da verdade redentora de Cristo».
Dirigidas aos católicos da Irlanda,
estou persuadido de que estas reflexões também têm muito a dizer
a todos os que possuímos a consciência de sermos Igreja.
E
nquanto vigora o clima de
extensiva simpatia que tem
acompanhado a acção da
nova equipa do Ministério da Educação – de quando em vez interrompido por uma ou outra brevíssima nota sindical, televisivamente acompanhada pelo determinado e subtil levantar do sobrolho dirigente – discutem-se e preparam-se decisões relativas aos currículos
do Ensino Básico. É de saudar a extinção da inglória Área de Projecto
e do ineficaz Estudo Acompanhado,
iniciativas importadas de outras culturas por pontuais equipas técnicas,
não só fascinadas pelas estrangeiras
ideias mas desejosas de pagar tributo aos seus bravos orientadores de
estudos profícuos, longos e poderosos, revelando, entretanto, uma
falta de sentido da realidade absolutamente assustadora. Estas duas
áreas pecaram pela inutilidade, tão
difícil de avaliar, e sobretudo, porque contribuíram com uma regularidade metódica, constante e plurisemanal para colocar turmas de alunos observadores diante de um ou
dois professores claramente atrapalhados com processos pedagógicos
que desconheciam, desacreditavam
e não conseguiam resolver.
O efeito nas turmas foi imediato –
pude testemunhá-lo em directo e ao
vivo – que isto de estar horas e horas a conviver com professores que
se sentem sem autoridade para levar as novas tarefas a bom porto e
se desdobram em propostas desarticuladas, ineficazes e patetas, tem
o fantástico efeito pedagógico de
criar imediato à-vontade na rapaziada discente que logo contamina,
e sem remédio, o restante horário,
enfraquecendo definitivamente, pela
via de uma incompetência ocasional
e não escolhida, tanto aqueles professores como os demais membros
do Conselho de Turma.
É extraordinário como ideias que
são tão engraçadas no papel podem
resultar tão calamitosas na prática.
Agora, só falta emendar a mão palerma e controleira das aulas de substituição, que com tanta vantagem política quase destruíram o bom clima
das melhores escolas.
Sem nos adiantarmos, quanto
à consequente calamidade pedagógica da medida, parece-nos de
bem lembrar que nunca é boa gestão aquela que repara as faltas dos
prevaricadores à custa do sacrifício
dos cumpridores.
Dizem ainda as notícias que as
disciplinas com menor carga horária poderão passar a um regime de
gestão semestral.
A luta entre a história, as ciências
e a geografia vem de longe, quase
nunca acompanhada de uma reflexão séria sobre o papel estruturante
no progresso dos alunos, que umas
oferecem e outras não. Neste ponto
facilmente esbarra a nossa esperança de que algo de novo e bom possa acontecer nas escolas, pois o cerne sério da discussão é de imediato
assaltado pelo ruído de fundo produzido pelas eternas lutas dos lóbis
dos horários, o bem mais desejado
e apetecido nas escolas, de quando em quando remetidos ao silêncio, mas nunca rendidos à possibilidade da derrota.
Com o mau estado a que o ensino
chegou, já era tempo de se ver nos
vários parceiros educativos uma firme atitude de decisão quanto a fazer aquilo que realmente faz falta e
não deixar que cada mínima mudança ofereça um novo palco de investidas à conquista de mais “direitos”,
desviando a atenção das dificuldades para aquele patético, pequenino e miudinho papel de funcionário público que sindicatos e associações tanto se esforçam por forçar nos professores.
P.S. – Acabo de chegar da Madeira e recomendo a todos a experiência de verificar, ao vivo e nas belas
cores autóctones, a decidida e gentil capacidade dos ilhéus em dar resposta pronta e discreta à adversidade. Até a forma aparentemente casual com que os arranjos mais lentos estão a produzir-se nos faz pensar que se trata, apenas, de melhoramentos rotineiros. Mas não cedamos já na força generosa de ajudar,
porque no interior da ilha um exercício longo e caro de reconstrução
ainda mal começou.
In Página 1 (jornal on-line
da Rádio Renascença), de 13.04.2010
Opinião
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
www.diariodominho.pt
21
António Pedras
Um desafio constante da Igreja e do Mundo
T
udo o que é demais é moléstia.
E aquilo que se tem passado na
comunicação social acerca do
fenómeno da pedofilia de sacerdotes em muitos lugares da cristandade excede manifestamente o carácter
pedagógico e preventivo das denúncias contra a hierarquia da Igreja Católica pelo silêncio mantido por demasiado tempo sobre casos de abusos sexuais de menores.
Tenho para mim, como um dado
adquirido à luz da ecleseologia do
Vaticano II, que embora a hierarquia
não possa ser tomada pela Igreja, ela
representa uma parte fundamental e
indispensável do todo universal que
representa: se Jesus Cristo é a pedra
angular da construção da sua Igreja,
o Papa, os bispos e os padres são as
traves-mestras da organização eclesial
que se pretende colegial e ao serviço
de todos, mesmo dos não crentes.
Como também tenho por boa a
doutrina de que a santidade da Igreja,
que lhe foi conferida e lhe é garantida
pelo carácter divino do seu fundador,
não exclui a faceta pecadora que também lhe é peculiar, na exacta medida
em que é formada por homens e mulheres que, não obstante a divindade
do seu Criador e a sua semelhança
com Ele, são criaturas frágeis e sujeitas às tentações mundanas.
Nesta perspectiva, como seres pecáveis, têm no entanto os cristãos –
e, entre eles, os seus pastores – uma
especial obrigação de ter consciência das faltas e pecados cometidos,
de por estes mostrarem arrependimento e suportarem penitência, suplicando ao Redentor a graça do seu
perdão, da sua misericórdia e do seu
infinito amor. E tudo isto com um sincero propósito de emenda dos erros
cometidos e da reconciliação com o da verdade dos factos.
do de desculpa. E isto principalmente
Espírito de Cristo.
O bom nome da Igreja não pode quando é já perceptível que por deAssim sendo, como deve compor- sobrepujar-se à honra das crianças trás da campanha excessiva que vem
tar-se quem pretenda pautar a sua vítimas de alguns dos responsáveis sendo orquestrada contra a figura do
vida por uma exigente doutrina reli- daquela. E também porque é dita- actual Papa se perfilam sectores laicisgiosa e moral, por forma a ser olha- me da justiça que pelos erros de al- tas e anticlericalistas, mais interessado como referência social, num mun- guns não paguem os outros: é pre- dos em tentar derrubar a religião cado onde cada vez mais escasseiam os ferível absolver mil culpados do que tólica do que em edificar a sociedavalores éticos e morais?
condenar um só inocente.
de onde os casos de pedofilia e de
Não seguramente através do silênPor isso é que com João Paulo II, outros crimes hediondos se multiplicio e da omissão, varrendo para de- Bento XVI e o Cardeal-Patriarca de Lis- cam sem que tal pareça merecer igual
baixo do tapete crimes hediondos, boa, D. José Policarpo, defendo que a preocupação daqueles sectores.
como o da pedoPedido o perdão,
filia, para mais coexpurgada a “consLavar a roupa suja em público é,
metidos contra sepiração do silêncio”
as mais das vezes, sinal de pouca
res frágeis e indeque envolveu alfesos, por quem
gumas Igrejas, juleducação e incivilidade. Mas há ocasiões
precisamente tigados os prevariem que o nome e a honorabilidade
nha o particular
cadores e ressardas instituições, sobretudo daquelas
dever de os guarcidas as vítimas, é
dar, proteger e entempo de esperana que o nome de Deus está associado,
sinar!...
ça numa Igreja ao
reivindicam a humildade de um público
É claro que, senserviço dos mais
esclarecimento e de um pedido de desculpa.
do a missão da
humildes e excluíE
isto
principalmente
quando
é
já
perceptível
Igreja administrar
dos, das vítimas
o perdão, através
e dos oprimidos,
que por detrás da campanha excessiva
dos seus bispos
que tem de fazer
que vem sendo orquestrada contra a figura
e padres, a quem
do anúncio da resdo actual Papa se perfilam sectores laicistas
procura alívio para
surreição de Cristo
a sua consciência e
e da vivência da
e anticlericalistas.
ajuda para emensua mensagem de
dar comportamentos erráticos, não atitude mais cristã e mais convincen- amor pelo próximo a chave da paz na
se espera dos seus membros a dela- te de encarar a problemática da pe- Terra em nossos dias e da conquista
ção vil de quem quer que seja. Mas dofilia de alguns sacerdotes da Igreja da eternidade.
aguarda-se que, com serenidade, dis- e da ocultação da sua prática é assuA ressurreição de Cristo que há poucrição, celeridade e sentido de justi- mir as respectivas culpas e pedir pú- co acabamos de comemorar é justaça, se investiguem, julguem e punam blico e geral perdão.
mente a garantia da vitória da santios autores de tais crimes, em sede de
Lavar a roupa suja em público é, as dade da Igreja que Ele fundou sobre
processos disciplinares internos que mais das vezes, sinal de pouca edu- a contraface pecadora da comunidareponham a honra das vítimas e sal- cação e incivilidade. Mas há ocasiões de que a integra.
vaguardem os seus legítimos interes- em que o nome e a honorabilidade
Saibamos, pois, nesta hora de tenses, prevenindo novos abusos. E que, das instituições, sobretudo daquelas são, mas simultaneamente de grande
se tal for solicitado, as autoridades ou a que o nome de Deus está associa- desafio, encontrar colectivamente o
tribunais eclesiásticos colaborem com do, reivindicam a humildade de um caminho da santidade e o sentido da
os tribunais comuns no apuramento público esclarecimento e de um pedi- vida em Igreja. A responsabilidade é
Inquérito DM on-line
Todas as semanas, no nosso site, uma pergunta diferente.
Manuel Alegre deve ser o candidato a Presidente
da República apoiado pelo Partido Socialista (PS)?
www.diariodominho.pt
de todos e de cada um de nós.
O bom cristão não é o que não
cai, mas aquele que, caindo, sabe levantar-se.
Por conseguinte, ergamo-nos em reflexão profunda, aproveitando para tal
a visita papal de Bento XVI a Fátima,
no próximo mês de Maio. O seu brilhantismo intelectual e a solidez dos
seus conhecimentos teológicos poder-nos-ão dar pistas para uma vivência
hodierna da doutrina cristã, acertando, definitivamente, o tempo da Igreja e o tempo do Mundo.
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22
Nacional
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Governo rejeita
aumento de impostos
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Para a classe docente
O ministro das finanças, Teixeira dos Santos, rejeitou
ontem a possibilidade de agravar os impostos ou criar
para já medidas adicionais ao Programa de Estabilidade
e Crescimento (PEC), alegando que «neste momento não
se afigura essa necessidade». O governante desvalorizou
as recomendações da comissão europeia sobre o PEC,
ontem conhecidas, afirmando que todos os anos a Comissão Europeia chama a atenção dos Estados membros
para «a incerteza» do futuro e das projeções inscritas no
PEC. «Daí a necessidade estarmos atentos para o evoluir
da situação económica», afirmou Teixeira dos Santos,
salientando que um reforço das medidas contidas no PEC
acontecerá apenas «se necessário». Teixeira dos Santos
referiu ainda que, «até ao final deste mês», o Governo
vai avançar com a tributação das mais valias.
Autarcas do Vale do Sousa
indignados com o Governo
O autarcas do Vale do Sousa dizem-se «indignados», em
comunicado, com «a forma grosseira» como o Governo
está a tratar a região a propósito da introdução de
portagens na A42. No documento enviado ontem às
redacções, os presidentes das câmaras de Felgueiras,
Paredes, Lousada, Paços de Ferreira, Castelo de Paiva e
Penafiel insistem que a região «está a ser discriminada».
«O estudo encomendado pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, no qual o Governo
se baseia para sustentar as suas decisões de introdução
de portagens na A41 e A42, está repleto de incorrecções
técnicas e mesmo omissões graves», pode ler-se no comunicado. As autoestradas A42 e A41, que ligam o Vale
do Sousa à Área Metropolitana do Porto, estão incluídas
no conjunto de autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT) para onde o Governo já anunciou pretender
introduzir portagens. O autarcas reafirmam que «o Vale
do Sousa continua a ser uma das regiões mais pobres
do país, não tendo sido criadas quaisquer alternativas
às autoestradas já existentes». Os seis presidentes de
câmara (quatro do PSD e dois do PS) anunciam que vão
tomar no dia 16 em Lousada, em conferência de imprensa,
uma posição comum sobre esta matéria.
Judiciária realizou
55 buscas a sucatas
A PJ realizou 55 buscas simultâneas no âmbito de uma
investigação ao sector das sucatas, por suspeita de falsificação de documentos, fraude fiscal, associação criminosa
e branqueamento de capitais, que lesaram o Estado em
vários milhões de euros. Segundo um comunicado da
Polícia Judiciária (PJ), as buscas domiciliárias e outras
envolveram, na terça-feira passada, 110 elementos de
várias unidades e departamentos, tendo sido apreendida
«enorme quantidade de documentação, contabilidades,
suportes digitais e computadores, duas armas de fogo e
duzentos mil euros em numerário». Adianta que os suspeitos, desde 2007, com «recurso a diferentes sociedades
comerciais, de cariz familiar e que se sucedem umas às
outras, numa rede com cariz transnacional, dedicam-se à prática de crimes económicos, nomeadamente a
fraude fiscal». Para o efeito, adquiriam «mercadoria a
sociedades não declarantes, efectuando pagamentos
em numerário, auto-facturando-se e, dessa forma,
usurpando a identidade de fornecedores, eximindo-se
assim ao pagamento dos impostos devidos (IRC), em
valores que ascendem a vários milhões de euros». A
denominada “Operação Ferrugem” foi desencadeada
pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC)
da PJ, em colaboração com outras unidades e serviços
aduaneiros e fiscais, no decurso de dois inquéritos em
curso no Departamento Central de Investigação e Acção
Penal (DCIAP). As investigações prosseguem para «cabal
comprovação das actividades do grupo, em Portugal e
noutros países comunitários, com recurso a mecanismos
de cooperação policial e judiciária internacional».
Lusa
Estudo recomenda criação
de organismo auto-regulador
ARQUIVO DM
Um estudo apresentado ontem aponta para a necessidade
da criação de um organismo de
auto-regulação da profissão docente, a «chave de ouro para a
abertura de perspectivas de um
renascimento» da classe.
«Os professores não podem ser verdadeiros profissionais do direito à educação enquanto não forem responsáveis pela sua profissão.
A auto-regulação profissional
permite aos professores tornarem-se os melhores advogados da sua causa e da causa da educação», lê-se no documento.
Em conferência de imprensa realizada ontem à tarde
no Centro Cultural de Belém,
em Lisboa, o autor do estudo, Agostinho Reis Monteiro,
defendeu que uma “Ordem”
não é o modelo de auto-regulação que «convém» à classe, propondo, em alternativa,
um “Conselho Superior”.
«A profissão docente é comparável a outras profissões de
grande relevância social e são
os professores quem está em
melhor posição e mais interesse devem ter em cuidar
do seu valor e dos seu valores, através da sua auto-regulação», defendeu.
João Grancho defende importância de um organismo auto-regulador
Segundo o docente do Centro de Investigação em Educação da Faculdade de Ciências
da Universidade de Lisboa,
a profissão docente «é uma
grande profissão, mas não
tem uma grande profissionalidade», sendo «des-cuidada»
e «frequentemente desconsiderada publicamente».
Para o presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), que encomendou
o estudo, começou a «2.ª etapa» tendo em vista a concretização de um organismo auto-regulador.
Segundo João Grancho, vai
ser proposta às associações
profissionais dos docentes e
aos sindicatos a criação de
uma «comissão inter--associativa» para promover uma
discussão em torno desta
matéria.
«Agora é necessário que a
classe interiorize a importância da criação de um organismo auto-regulador. Este é o
instrumento que faltava para
sustentar uma discussão no
seio da classe docente», afirmou o responsável.
A 20 de Março, durante a
celebração dos 25 anos da
ANP, o secretário de Estado
Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, mostrou-se
favorável à criação de uma
instância de auto-regulação
da profissão de professor e
da elaboração de um código
deontológico.
O governante disse que o
órgão de auto-regulação deve
ser objecto de um debate que
«importa prosseguir no seio
das organizações representativas dos educadores e dos
professores».
Redacção/Lusa
Administradores da Taguspark
agiram por «interesses estranhos»
A acusação aos administradores da Taguspark, Rui Pedro Soares, João Carlos Silva
e Américo Thomati, concluiu
que, no contrato com Luís
Figo, agiram por «interesses
estranhos e contrários» à empresa, «utilizando-a para beneficiar terceiro», num «apoio
político-partidário».
A conclusão consta do despacho do Ministério Público
(MP) que acusou os três administradores da Taguspark de
terem cometido, em co-au-
toria, um crime de corrupção
passiva para ato ilícito.
Segundo a acusação, a que
a Agência Lusa teve ontem
acesso, aqueles administradores, «ao negociarem, prepararem e decidirem realizar o contrato de cedência de direitos
de imagem com a Lunarstar,
sociedade de Luís Figo, determinaram-se por interesses estranhos e contrários à sociedade Taguspark, utilizando-a
para beneficiarem terceiro»,
sem precisar quem.
«Por decisão dos arguidos a celebração do contrato constituiu um expediente
para, através de uma remuneração anual, pelo período de três anos, alcançarem,
da parte do futebolista Luís
Figo, um apoio político-partidário determinado, sendo
o fim constante do contrato,
de utilização da imagem do
ex-jogador para a promoção
institucional do Taguspark, a
indispensável justificação do
mesmo», refere a acusação
do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP)
de Lisboa.
Segundo a acusação, os arguidos, por serem administradores de uma sociedade de
capitais maioritariamente públicos, sabiam que «não podiam interferir, condicionar
ou determinar a sua actuação, de modo que o exercício das suas funções se não
desse de modo livre, isento,
imparcial e objectivo».
Redacção/Lusa
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Economia
Trabalho Temporário
Teixeira dos Santos garante
Pedidos de ajuda
triplicaram em 2009
Tributação das mais-valias
vai avançar «de imediato»
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou ontem que a tributação das mais-valias, uma das medidas inscritas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), vai
avançar «de imediato».
«Vamos já de imediato até
ao final do mês apresentar na
Assembleia da República uma
proposta no sentido de proceder à tributação das mais-valias», disse Teixeira dos Santos aos jornalistas.
O PEC, ontem aprovado pela
Comissão Europeia, previa que
esta medida – que pretende
introduzir uma taxa de 20 por
cento sobre as mais-valias em
bolsa – entrasse em vigor apenas em 2011.
Na terça-feira, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, afirmou que o Governo
entendeu estarem já reunidas as condições para avançar a curto prazo com a tributação das mais-valias bolsistas, acabando com uma
«disputa artificial» em torno
do assunto.
«Tive a informação de que
o Governo vai avançar rapidamente com a aprovação
de uma proposta de lei no
sentido de aplicar a tributação das mais-valias bolsistas
no mais curto prazo de tempo possível», declarou, no final da reunião da direcção da
bancada do PS.
Interrogado sobre o motivo
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que levou o Governo a tomar
já esta medida, que não constou na proposta de Orçamento
do Estado para 2010, Assis respondeu: «a questão [da tributação das mais valias bolsistas]
já se tinha colocado, mas no
momento do Orçamento de
Estado decidiu-se não avançar com a medida, [decisão]
que tinha a ver com a necessidade de se dar alguns sinais
ao sector financeiro».
A Comissão Europeia deu
ontem, em Bruxelas, o seu aval
ao PEC actualizado português
considerando a estratégia do
Governo «adequada», embora
tenha alertado para a existência de «riscos» ligados à concentração da consolidação or-
çamental nos últimos anos do
período 2010-2013.
Bruxelas advertiu no entanto Portugal da possibilidade de
virem a ser necessárias medidas suplementares de consolidação orçamental, em especial
para o corrente ano, caso se
materializem os riscos que pesam sobre a evolução macroeconómica e orçamental.
Questionados pelos jornalistas sobre estas recomendações, o ministro das Finanças rejeitou a possibilidade de
agravar os impostos ou criar
para já medidas adicionais ao
PEC, alegando que «neste momento não se afigura essa necessidade».
Os pedidos de ajuda ao Provedor do Trabalho Temporário triplicaram em 2009 face a 2008, com as questões
relacionadas com a cessação de contratos por iniciativa
do empregador e o pagamento de férias e subsídios a
dominarem os temas.
De acordo com o segundo relatório do Provedor, a que
a Agência Lusa teve acesso, em 2009 foram recebidos
152 pedidos de ajuda, um valor que compara com os
49 pedidos entre Julho de 2007 e o final de 2008.
Em entrevista à Agência Lusa, o provedor Vitalino
Canas explicou que o acréscimo de processos prende-se,
por um lado, com o aumento da notoriedade da figura
do Provedor do Trabalho Temporário, particularmente
após o lançamento do “site”, mas também poderá estar
associado ao facto de este ser um sector particularmente
afectado pela crise.
O segundo relatório de actividade do Provedor do
Trabalho Temporário será divulgado hoje em conferência de imprensa.
O Provedor do Trabalho Temporário foi criado em Julho
de 2007, por iniciativa da Associação Portuguesa das
Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE).
De acordo com os dados da APESPE, as empresas
de trabalho temporário colocaram diariamente, em
média, 45 trabalhadores em Portugal em 2009, quando, em 2008, a média diária era de 55 trabalhadores
colocados.
Lusa
Redacção/Lusa
Tecnologias da informação podem reduzir
em 30% as emissões de CO2 em Portugal
ARQUIVO DM
Portugal vai poder poupar
30 por cento, para 16 milhões
de toneladas, em emissões de
CO2 se utilizar «intensiva e
inteligentemente» as tecnologias da informação no âmbito das energias renováveis,
disse ontem uma especialista do sector.
«Portugal está no caminho
certo, no desenvolvimento das
energias renováveis para reduzir a dependência energética,
mas o país poderá vir a poupar, a partir de 2020, 30 por
cento das emissões de CO2
através do uso integrado das
tecnologias da informação»,
disse à Agência Lusa a directora da divisão europeia de
análise de mercado de energia da consultora internacional IDC.
Roberta Pigliani explicou
também que uma das principais estratégias actualmente
em discussão tem a ver com
as cidades inteligentes (smart
citys) que são servidas por redes de electricidade inteligen-
Tecnologias da informação podem ajudar a aumentar resultados das energias renováveis
te (smart grids), caso da Alemanha e de Austin, no Texas,
experiência que pode ser desenvolvida em Portugal.
A especialista que falava em
Lisboa numa entrevista concedida à Agência Lusa destacou
que a área da energia é a que
apresenta «um maior potencial de redução de emissões
de CO2», por meio da utilização das redes energéticas in-
teligentes.
Nos restantes sectores o desenvolvimento de estratégias
tecnológicas como a dos edi-
fícios inteligentes, a optimização das cadeias de logística, e
a gestão inteligente de equipamentos industriais podem
também originar reduções
significativas na emissão de
gases com efeitos de estufa,
acrescentou.
Roberta Pigliani destacou
que, ao nível da indústria das
tecnologias da informação,
um dos principais contributos
será o da eficiência energética em termos de infra-estruturas informáticas, como sejam
os centros de dados e de comunicações.
A Agência Internacional de
Energia projecta para 2030 um
consumo de energia 50 por
cento superior ao actual, pelo
que a utilização das tecnologias da informação no âmbito das energias renováveis poderá dar um contributo muito
importante para a redução das
emissões de dióxido de carbono e para o combate ao aquecimento global.
Lusa
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Desporto
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Actual técnico dos minhotos reinventou esquema de Jorge Jesus
Domingos Paciência deu mais asas ao 4x4x2
Pedro Vieira da Silva
O Sporting de Braga apresentou um new look no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em
Leiria, onde os guerreiros do
Minho surgiram num 4x4x2,
com dois avançados em cunha
(Meyong e Renteria), dois alas
rápidos (Alan e Paulo César) e
um duplo-pivot no meio-campo, composto por Andrés Madrid e Luís Aguiar.
Na temporada passada, Jorge Jesus apostou, claramente,
num 4x4x2 em losango, com
outros artistas. Vandinho (trinco), Alan (médio/ala-direito),
César Peixoto (médio/ala-esquerdo) e Luís Aguiar (médio-ofensivo) actuavam no miolo
e, no ataque, o actual técnico do Benfica apostou, quase sempre, no camaronês e
no colombiano.
Agora, na cidade do Liz, Do-
DM
mingos Paciência reinventou
o 4x4x2, dando mais asas ao
esquema. Aliás, ante os leirienses, os minhotos actuaram num 4x4x2 puro, com
dois alas bem abertos nos
flancos.
O técnico dos arsenalistas, que no início da temporada apostou num 4x3x3, alternando, depois, entre esse
sistema e o 4x2x3x1 (em alguns jogos utilizou o 4x4x2
mas apenas com um extremo,
Alan, com capacidade para
ir à linha e cruzar). No Estádio do Dragão, os minhotos
jogaram num 4x4x2 híbrido,
com Luís Aguiar e Alan nas
alas, Paulo César e Mossoró
no ataque, sendo este quarteto secundado por Olberdam
e Hugo Viana.
Desde o início da temporada, Domingos Paciência perdeu unidades – primeiro João
Rodriguez no lugar de Paulão
Uma mexida à vista no onze
O técnico do Sporting de Braga, Domingos Paciência, preparase para fazer apenas uma mexida na recepção ao Leixões.
Alberto Rodriguez, que cumpriu castigo diante dos leirienses,
deve voltar ao eixo da defesa, por troca com Paulão, que volta
à condição de suplente.
Sporting de Braga ataca muito... mas remata pouco
Pereira, que rumou ao Sporting, depois Vandinho (castigado) e, mais recentemente, Mossoró, que só regressa à competição na próxima
época após ter sofrido lesão
grave no embate com os encarnados, disputado no Estádio da Luz – e, em Leiria,
o técnico dos minhotos que,
tal como todos os bracarenses, ainda alimenta o sonho
de chegar ao título, apostou
numa equipa com forte pendor ofensivo.
Muitos atacantes
mas poucos
remates
Apesar de actuar com quatro avançados – Alan, Paulo
César, Meyong e Renteria – e
ainda Luís Aguiar, que também
gosta de subir à área contrá-
ria, o Sporting de Braga efectuou apenas 9 remates no jogo
com os leirienses.
O camaronês Meyong, que
voltou a fazer o gosto ao pé
(já leva 10 golos na Liga), foi
o mais rematador, com três
disparos, sendo seguido por
Moisés e Renteria (ambos com
dois), Luís Aguiar e Matheus
(um cada).
A 26.ª jornada, sublinhe-se,
não foi fértil em remates. O Vitória de Guimarães foi o mais
rematador da ronda, com 13
remates, seguido por Marítimo, Rio Ave, Académica, Sporting e Olhanense, ambos com
12, e do Benfica, com 11.
O Sporting de Braga surge,
apenas, mais abaixo, com nove
disparos, menos que o seu adversário do fim-de-semana, a
União de Leiria.
Bilhetes para jogo com Leixões têm saído a bom ritmo
Pedreira pode receber espectador 200 mil
DM
Os jogadores do Sporting
de Braga vão contar com um
apoio importante na recepção ao Leixões, conjunto que
sábado, pelas 21h15, joga no
Estádio AXA.
A SAD bracarense colocou
bilhetes a preços convidativos
(sócios com as quotas em dia
têm entrada gratuita, enquanto os acompanhantes têm de
desembolsar apenas um euro)
e os ingressos têm saído a bom
ritmo, perspectivando-se uma
boa casa no sábado.
O Sporting de Braga continua a lutar pelo título e, à
medida que o campeonato se
aproxima do fim, aumentam
as hipóteses do clube braca-
Estádio AXA prepara-se para mais uma enchente
rense segurar, pelo menos, o
segundo lugar, que dá acesso à pré-eliminatória da Liga
dos Campeões.
Os adeptos estão com a
equipa – no embate com o Lei-
ria, na cidade do Liz, estiveram
mais de seis mil, embora a SAD
tivesse oferecido a maior par-
te dos ingressos – e, sábado à
noite, a pedreira, que este ano
já registou boas assistências –
Olhanense (30.186, entrada livre), Benfica (24.181), FC Porto (17.215), Sporting (14.761)
e Rio Ave (14.614) –, deverá
estar composta.
Esta época, nos 14 jogos
disputados no Estádio Municipal de Braga em jogos a contar para a Liga e Taça da Liga,
já passaram 181.061 pessoas
já passaram na pedreira e, por
isso, faltam 18.939 espectadores para o Sporting de Braga
atingir o número mágico de
200 mil na pedreira.
Nos jogos da Liga, o Benfica lidera o ranking de assis-
tências, com 665.363 pessoas,
seguido de FC Porto (467.971),
Sporting (376.205), Vitória de
Guimarães (212.299) e Sporting de Braga (181.061).
Operação Leixões
continua
à porta fechada
Os elementos que compõem o plantel bracarense realizam, esta manhã, mais uma
sessão de treino, tendo como
pano de fundo a recepção ao
Leixões. O treino, como tem
sido hábito (as últimas três/
quatro sessões têm lugar à
porta fechada), realiza-se longe dos olhares indiscretos de
adeptos e jornalistas.
Desporto
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
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Jogos na noite de 11 de Maio, em Amares e Galegos
Tadim-Vilaverdense e Ag. Graça-Forjães
nas meias-finais da Taça AF Braga
DR
José Eduardo
O FC Tadim defronta o Vilaverdense e o Forjães o Águias
da Graça nas meias-finais da
Taça Associação de Futebol
de Braga, em seniores masculinos, a disputar no dia 11
de Maio (terça-feira), ditou o
sorteio realizado ontem.
Numa competição em que
estão presentes duas equipas
da Divisão de Honra e outras
tantas da I Divisão, o sorteio
ditou a “divisão” entre as mesmas, colocando frente-a-frente adversários de escalões diferentes.
Saiu primeiro o Vilaverdense e depois o Tadim, a que se
seguiu o Águias da Graça e,
por fim, o Forjães. Estava assim feito o acasalamento para
as meias-finais, a disputar na
noite de 11 de Maio (20h30)
e em campo neutro.
Assim, o Tadim-Vilaverdense
terá por palco o Estádio José
Carlos Macedo, em Amares,
enquanto Águias da Graça e
Forjães vão medir forças no
Campo da Devesa, em Gale-
lendário cheio, pelo que lhe
era impossível jogar no dia 5
de Maio, como previamente
estava determinado.
Assim, o seu jogo com o
Águias da Graça foi arrastado
para o dia 12 de Maio, o mesmo acontecendo com o Vilaverdense-Tadim. Porém, como
nesse dia se joga a final da Liga
Europa, então os dois encontros foram antecipados para o
dia 11 de Maio, uma terça-feira, a partir das 20h30.
O encontro entre o Terras de
Bouro e o Forjães, em atraso
da 24.ª jornada da Série A da I
Divisão, vai disputar-se no dia
28 de Abril (quarta-feira).
As duas equipas, que ocupam lugares cimeiros da tabela classificativa, defrontaram-se no passado fim-de-semana, em Forjães, com a vitória a
sorrir a esta equipa por 4-0.
Vítor Silva, Vilaverdense
«Tentar salvar a época»
Os quatro clubes semi-finalistas estiveram presentes no sorteio
gos, Barcelos.
organização dos jogos.
Bilhetes
a quatro euros
Final regressa
a Barcelos
Os adeptos que queiram assistir aos jogos das meias-finais, sejam sócios ou não dos
clubes, pagam quatro euros.
No restante dos jogos, a AF
Braga encarrega-se de pagar o
policiamento e a arbitragem,
pertencendo-lhe igualmente a
Como oportunamente noticiámos, a final da Taça AF Braga e a festa do futebol distrital
regressa este ano ao Estádio
Cidade de Barcelos, no dia 30
de Maio, depois de nos dois
últimos anos ter decorrido no
D. Afonso Henriques.
O Águias da Graça, um dos
semi-finalistas desta temporada, foi o finalista vencido da
edição do ano passado.
Calendário
do Forjães
baralhou as contas
A jogar para os primeiros
lugares da Série A da I Divisão, e ainda com um jogo em
atraso, o Forjães tem um ca-
Vítor Silva foi o representante do Vilaverdense no sorteio e,
no final, reconheceu que «todas as equipas que estão nas meias-finais são complicadas e são todos fortes adversários.
A percentagem será sempre de 50 por cento porque o Tadim é
uma boa equipa e é preciso lembrar que eliminou o Esposende,
líder da Divisão de Honra. Por isso, quem elimina um adversário
destes tem que ter valor.
Com a aposta que fizemos para esta época, vamos tentar
salvá-la com a conquista da Taça», disse Vítor Silva, que reconheceu ser uma boa aposta o campo do Amares para a
realização do encontro.
Augusto Antunes, Tadim
«A vingança»
Para Augusto Antunes, «o Tadim tem valor para estar onde
está e no fundo isto é uma vingança nossa porque na época
passada fomos eliminados da Taça AF Braga na secretaria e este
ano estamos nas meias-finais. O Tadim tem valor para estar
onde está. O Vilaverdense é um forte adversário mas vamos
lutar para ganhar o jogo e marcar presença na final».
Carlos Coutada anunciou decisão
Meias-finais a duas mãos
na próxima temporada
José Luís Dias
«Alguém me deve uma Taça»
DR
Na “apresentação” destas
meias-finais, Carlos Coutada
salientou a intenção de valorizar cada vez mais a Taça AF
Braga e deixou desde já (pendente) a decisão de que, na
próxima temporada, as meias-finais deverão ser disputadas
a duas mãos.
A decisão de fazer esta eliminatória em campo neutro e
num só jogo é recente e, na
altura, ficou a dever-se a problemas surgidos com alguns
jogos das meias-finais. Para
acabar com eles, decidiu-se
então que passariam a jogar-se em campo neutro, relvado
e com boas condições.
«Agora – disse Carlos Cou-
Terras de Bouro-Forjães
dia 28 de Abril
José Luís Dias, presidente do Águias da Graça, salientou que
«as quatro equipas se estão cá é porque têm valor para isso, não
interessa em que escalão estão, interessa é que conseguiram
chegar às meias-finais».
De resto, afirmou, «alguém – e não adianta dizer muito mais
– me ficou a dever uma Taça na época passada e se há justiça
divina, e penso que há, vamos ganhar a Taça 2009/10».
Crispim Carvalho, Forjães
«É para ganhar»
Carlos Coutada anunciou alterações para a próxima edição da Taça AF Braga
tada – que quase todos os
clubes têm boas condições, é
chegada a altura de se pensar
em passar as meias-finais para
duas mãos. Estamos na altura
de fazer essa alteração e nesse
sentido vamos promover uma
assembleia geral para alterar
este figurino», disse o presidente da AF Braga.
De resto, Carlos Coutada salientou «a valorização que esta
Taça tem tido», bem como «a
simpatia que tem conquistado por parte dos clubes e público», e adiantou ser intenção da Associação «valorizála cada vez mais».
Já o presidente do Forjães, não tem dúvidas: «É para ganhar.
Vai ser um jogo difícil tanto para o Forjães como para o Águias,
mas nós já estamos habituados a jogar com equipas da Honra.
Eliminámos o Taipas (fora), o Torcatense e o Apúlia, este numa
eliminatória a duas mãos. Desde que viemos para a AF Braga
estamos este ano a fazer história na Taça. Chegámos às meias-finais e agora o objectivo é vencer o troféu», afirmou.
Já quanto às aspirações da sua equipa para esta época, disse
que «depois do jogo de sábado com o Terras de Bouro (4-0), com
a exibição que fizemos, permite-nos pensar que o Forjães vai
lutar pela subida de divisão e conquistar a Taça AF Braga».
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Desporto
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Cinco baixas e cinco regressos na ementa de Paulo Sérgio
Vitória renovado no Dragão
Carlos Manuel Ruela Santos
DR
Pedro Vieira da Silva
É para isto a polícia?
S
egundo dados recentemente tornados públicos
pelas autoridades policiais,
são cerca de 3.500 os adeptos
de futebol classificados de “risco”, fazendo parte das claques
organizadas do futebol português. Este número é superior
ao total de adeptos registados
nas claques (2490) – número
este que, por sua vez, está bem
longe da realidade: a polícia
acredita que sejam entre 4.000
e 5.000 os membros das claques
do nosso futebol. Diz a polícia
que há ainda 6.000 adeptos em
claques não legalizadas...
Por outro lado (dizem também as autoridades policiais),
em Portugal existem cerca de
800 adeptos considerados perigosos – ou seja, aqueles que
têm a intenção de provocar
confrontos com os adeptos das
equipas contrárias... –, para além
de 7.000 adeptos de risco (ou
seja: os que podem participar
em confrontos).
Apesar destes números verdadeiramente assustadores para
quem aprecia futebol e gosta de
presenciar os jogos “ao vivo”, diz
a polícia que apenas há quatro
adeptos portugueses judicialmente proibidos de entrar em
estádios (todos eles ligados à
investigação policial aos No
Name Boys, do Benfica)!
Há dias, na entrevista que o
presidente do Benfica concedeu
a Miguel Sousa Tavares, na SIC,
Luís Filipe Vieira recusou-se a
apontar as claques como um
foco de violência. Disse ele, ipsis
verbis: “Não são um problema.
Têm os mesmos direitos que eu,
pois são sócios do clube”...
O presidente “encarnado” (ou
qualquer outro presidente de
clube que faça idêntica afirmação) pode ter mil e uma razões,
baseadas na famosa (e louvável)
“presunção de inocência”. Todavia, a verdade é esta: há jogos
de futebol no nosso país que são
de elevado ”risco” para quem, pacifica e desportivamente, deseja
apenas assistir a uma partida sem
qualquer intenção de “armar zaragata” ou de participar em cenas
de violência (que ocorrem com a
frequência que se sabe...).
Há anos atrás, quando um
grupo de adeptos (ainda não
se falava em “claques” organizadas...) transformava as bancadas
num anfiteatro de violência, os
responsáveis pela organização
do campeonato aplicavam sanções que passavam, as mais das
vezes, pela obrigatoriedade de a
equipa da “casa” jogar um deter-
minado número de encontros a
bons quilómetros do seu estádio
– sendo assim penalizados os
adeptos prevaricadores, pois
ficavam a ver navios durante
umas jornadas, ou então tinham
que dispender da sua carteira
uma boa maquia para se deslocarem ao “novo” recinto da
equipa sancionada.
Agora, quando há distúrbios
nos estádios (às vezes até bem
graves, com “petardos” a caírem
perigosamente a centímetros
da cabeça de pacíficos espectadores...), os organizadores
da competição “limitam-se” a
aplicar ao clube uma singela
“coima” (as mais delas de quantia
irrisória...) – e os adeptos que vão
aos estádios unicamente para
“dar paulada” não sofrem nada
e podem continuar a realizar
as suas “proezas” na jornada
seguinte...
Para a final da Taça da Liga,
disputada recentemente no
Estádio do Algarve (opondo
o FC Porto ao Benfica), foram
destacados 1.200 agentes da
autoridade (para além dos “seguranças desportivos” que o Conselho de Justiça da Federação
considera serem simplesmente...
“público”!). Mesmo assim, houve
os desacatos que se conhecem,
com dezenas de pessoas feridas e
grandes “estragos materiais”.
Anteontem, nova “resma” de
agentes policiais foi destacada
para a segurança do jogo entre
o Benfica e o Sporting.
Ora, parece-me ser absolutamente terceiro-mundista que
andemos a “desperdiçar” o trabalho de tantos agentes da
polícia com arruaças desta natureza – quando tais agentes
são tão necessários para outras
tarefas de segurança pública.
E mesmo que sejam os clubes
(ou os organizadores dos jogos)
a pagar esse serviço policial,
a verdade é que, durante esse
tipo de eventos desportivos, as
ruas ficam “desertas” de polícias,
porque estes são canalizados aos
magotes para “segurar” arruaceiros que só vão aos estádios para
provocarem desacatos atrás de
desacatos...
O presidente do Benfica (ou
qualquer outro que pense como
ele) tem o direito de dizer que
os arruaceiros podem ir aos
estádios, por serem sócios do(s)
respectivo(s) clube(s). Pois eu
penso que não! Porque esses
arruaceiros são uma das causas
(porventura a principal...) de os
estádios de futebol estarem por
aí às moscas!
O treinador do Vitória de
Guimarães, Paulo Sérgio, vai
ser obrigado a mexer no onze
diante do FC Porto. As lesões
e castigos que fustigaram a
equipa nas últimas semanas,
com destaque para as ondas
de choque que abalaram o berço após o derby com o Braga,
obrigam o comandante da nau
vitoriana a constantes mexidas
e, domingo à noite (20h15), no
Dragão, os conquistadores vão
apresentar um onze renovado
(Valdomiro, Moreno e Desmarets devem ser promovidos à
titularidade).
As últimas semanas têm sido
atípicas no castelo, devido, sobretudo, a ausências forçadas.
Desmarets, Valdomiro, Andrezinho e João Alves foram expulsos ante o Sporting de Braga e, nesse jogo, Moreno viu
o quinto amarelo da temporada e, por isso, não jogaram
com o Olhanense, tal como
Marquinho, este devido a lesão (o atacante voltou ontem
a não subir ao relvado).
Diante dos algarvios, Leandro Silva, Bruno Teles, Flávio
Meireles, Jorge Gonçalves, Roberto e Douglas foram promovidos à titularidade mas,
diante da turma portuense,
Vitória treina hoje
à porta fechada
Os elementos que compõem o plantel vitoriano queimam, esta tarde, mais uma etapa de preparação do embate
com o FC Porto. A sessão vai
ter lugar, pelas 15h00, no Estádio D. Afonso Henriques, e
vai decorrer longe de olhares indiscretos de adeptos e
jornalistas.
Cláudio pode ser chamado
Serginho encostou às boxes
Custódio
Paulo Sérgio vai ser obrigado a mexer de novo (Roberto e Flávio Meireles vão cumprir castigo).
Ao todo, Paulo Sérgio não
vai poder contar com seis jogadores, a saber: Roberto, Andrezinho, João Alves, Flávio Meireles – castigados – , Targino e
Marquinho (lesionados).
Felício e Custódio
recuperados
Mas nem tudo são más notícias para Paulo Sérgio. Na
cidade invicta, o técnico dos
minhotos já vai poder contar
com o trinco Custódio e Fábio
Felício, que esta semana voltaram a treinar-se sem condicionalismos, estando, à partida, aptos para o embate de
domingo à noite.
O guarda-redes do Vitória de Guimarães, Serginho, habitual
suplente de Nilson, sofreu uma lesão durante a sessão matinal
de ontem, que teve lugar no complexo vitoriano. O habitual
suplente de Nilson levou um toque no polegar da mão esquerda, foi assistido no relvado, mas foi obrigado a recolher mais
cedo aos balneários.
O avançado Marquinho voltou a não marcar presença na sessão, tendo limitado a fazer tratamento, dentro das instalações
do complexo, a uma mialgia na coxa direita.
Ingressos para o Dragão já à venda
500 bilhetes a 15 euros
O Vitória de Guimarães colocou ontem à venda os bilhetes
para o encontro com o FC Porto, que vai ter lugar no domingo, pelas 20h15, no Estádio do Dragão. O emblema da cidade
portuense disponibilizou 500 bilhetes, a 15 euros cada, que
devem esgotar ainda hoje. Os ingressos estarão à venda nos
locais habituais da cidade-berço.
Os responsáveis do emblema vitoriano estão a preparar,
cuidadosamente, a deslocação ao anfiteatro portista, onde, na
época passada, os adeptos do Vitória de Guimarães tiveram
alguns problemas.
Os simpatizantes da turma minhota foram sujeitos a minuciosa
revista (os adeptos foram obrigados a entrar descalços no recinto
dos dragões) e, por isso, o clube quer sensibilizar a PSP para que
este cenário não se repita e os adeptos sejam tratados «com mais
dignidade», destacou, ontem, o vice-presidente do Vitória de
Guimarães, Alberto Oliveira, em declarações à Rádio Santiago.
Gil Vicente recebe hoje líder da Liga de Honra
Yago e Cesinha chamados
O Gil Vicente recebe, esta
noite, pelas 20h15, no Estádio Cidade de Barcelos, o Beira-Mar, líder da Liga de Honra, em jogo a contar para a
27.ª jornada da prova. Paulo Alves, técnico dos gilistas,
que não perde há quatro jogos – Chaves, Oliveirense,
Feirense e Estoril – chamou
os avançados Yago, Cesinha
e José Luís para a recepção
aos aveirenses.
O técnico dos minhotos
deixou de fora João Martins e
Duarte, por opção, e Sandro,
que cumpre castigo. O central, habitual titular no eixo
defensivo, viu o nono amarelo da temporada no encon-
tro disputado no último fimde-semana, em Chaves, e vai
cumprir castigo.
Os convocados: Márcio Ramos, Hugo Marques, Bruno
Madeira, Fredy, João Cardoso, Kiko, Daniel, André Cunha,
Pedro Moreira, Dagil, Cesinha, Alexandre Camargo, José
Luís, Rui Pedro, Rodrigo Galo,
William Owusu, Yago e Paulo Arantes.
Os galos, que em Chaves
perderam a oportunidade de
somar a terceira vitória consecutiva na Liga de Honra, estão
a subir de forma e, por isso,
espera-se um jogo animado,
esta noite, entre barcelenses
e aveirenses.
Kanu e Rui Sampaio
são baixas
no Beira-Mar
O defesa central Kanu, a
cumprir castigo, e o médio Rui
Sampaio, lesionado, são baixas no Beira-Mar para a deslocação ao terreno do Gil Vicente. O técnico Leonardo Jardim não poderá contar, ainda, com o guarda-redes Palatsi, igualmente lesionado.
De fora, mas por opção, ficaram o defesa Jaime, o médio
Filipe e os avançados Fangueiro e Diarra.
A quatro jogos do final do
campeonato o Beira-Mar, que
lidera a Liga de Honra com 47
pontos, quer manter-se na li-
derança, enquanto o Gil Vicente segue na oitava posição, com 33 pontos.
Os convocados do Beira-Mar: Bruno Conceição e Renato; Pedro Moreira, Yohan Tavares, Igor Pita, Hugo, Fabeta
e Pedro Araújo; Djamal, Artur,
Leandro Pimenta, Yartey e Sidnei; Wang, Rui Varela, Mário
Rondon, Fary, Cuco e Élio.
Sócios do Gil
pagam
entre 3 a 5 euros
Os sócios do Gil Vicente
pagam entre 3 e 5 euros, enquanto os ingressos para o
público em geral variam entre os 5 e 10 euros.
Desporto
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
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Técnico do Taipas diz que jogo é «muito importante»
«Peço aos adeptos que compareçam
no jogo com o Torcatense»
Pedro Vieira da Silva
O treinador do CC Taipas,
Ricardo Silva, acredita que a
sua equipa ainda pode chegar ao primeiro lugar da Divisão de Honra da AF Braga,
ocupado pela AD Esposende,
que tem mais um ponto na
tabela (49). No fim-de-semana passado, os taipenses bateram, em casa, o Arões, que
também gravita nas posições
Opinião
Manuel Cardoso
[email protected]
DM
cimeiras da tabela.
«As duas equipas tiveram de
jogar com um calor tremendo, mas os meus jogadores,
com um grande espírito de
sacrifício, acabaram por fazer
a diferença. Na primeira parte, marcámos num momento
crucial e acabamos por ter alguma sorte, mas a sorte protege os audazes», destacou Ricardo Silva logo após o jogo,
agradecendo, ainda, o apoio
A força da razão
E
Este sábado, pelas 16h00, em S. Torcato
Melhor ataque
contra a melhor defesa
O CC Taipas tem, nesta altura, o melhor ataque da prova,
com 58 golos marcados em 25 jogos, seguido de perto pela
AD Esposende (56). O AFC Martim fecha o pódio dos ataques
mais produtivos, com 48 tentos. No capítulo defensivo, os taipenses ocupam a quarta posição, com 27 golos sofridos, sendo
acompanhado por Juventude de Ronfe e GD Prado. Acima do
CC Taipas estão GD Arões (24 tentos encaixados), AFC Martim
(23) e GDU Torcatense, com 22 tentos.
A equipa de S. Torcato tem, nesta altura, a defesa menos batida
da prova e, este sábado, pelas 16h00, no Campo do Arnado, os
comandados de Francisco Branco vão ser postos à prova pelo
CC Taipas, que têm o melhor ataque do campeonato. Um belo
duelo em perspectiva.
O que falta jogar aos três primeiros
Cinco jornadas que prometem
muita animação
A Divisão de Honra entra, este fim-de-semana, na recta final,
estando previstos alguns duelos escaldantes. Eis o calendário
dos três primeiros classificados até à última jornada:
AD Esposende: Pica (f), Porto D’Ave (c), Arões (f), GDU Torcatense (c) e Martim (f)
CC Taipas: Torcatense (f), Martim (c), Apúlia (f), Águias da
Graça (c) e Cabeceirense (f)
AFC Martim: Águias da Graça (c), Taipas (f), Ronfe (c), Santa
Eulália (f) e Esposende (f).
Ricardo Silva, treinador do Taipas
dos adeptos, a quem pede
um «esforço suplementar» no
jogo extramuros, com o Torcatense, aprazado para este sábado à tarde.
«Faço um apelo aos sócios
do CC Taipas para que nos
acompanhem em massa na
nossa deslocação ao terreno
do GDU Torcatense,», vincou
Ricardo Silva, recusando, todavia, apelidar o embate em
S. Torcato como decisivo. «É
importante, muito importante, mas não digo que poderá
ser a chave do campeonato»,
destacou.
«Jogo
com o Martim
poderá
ser a chave»
Depois de jogar extramuros
com o Torcatense, a equipa vimaranense recebe no Campo
do Montinho o AFC Martim,
conjunto que ocupa, actualmente, a terceira posição na
tabela. E, na opinião de Ricardo Silva, o embate com a turma barcelense poderá ser «a
chave do campeonato».
«O próximo jogo, com o
GDU Torcatense, é importante, porque, depois desse fim-de-semana, a AD Esposende
entra num ciclo de quatro jogos difíceis como nós, que começaremos essa fase em casa,
com o AFC Martim. No entanto, em caso de vitória nesse
jogo, com o Martim, ficamos
bem posicionados para conseguirmos uma posição nos
dois primeiros lugares», destacou Ricardo Silva, acreditando que o segundo lugar,
como aconteceu nos últimos
quatro anos – FC Marinhas,
GD Prado, FC Vilaverdense e
FC Famalicão – dará acesso
aos nacionais.
Goleada frente ao Rio Ave
FC Porto finalista
da Taça de Portugal
O FC Porto juntou-se ontem ao Desportivo de Chaves na final da Taça de Portugal em futebol, ao receber e
vencer o Rio Ave por 4-0, em
encontro da segunda mão das
meias-finais da prova, dispu-
tado no Porto.
Depois de já ter vencido na
primeira mão por 3-1, em Vila
do Conde, o FC Porto tinha a
sua tarefa facilitada e começou a goleada aos 21 minutos, com um tento de Bellus-
chi, que fixou o resultado ao
intervalo.
Gurain, aos 79, Ruben Micael, aos 86, e Falcão, no segundo minuto dos descontos, deram expressão ao resultado.
Na final, os “dragões” vão de-
fender o seu título frente ao
Desportivo de Chaves, que milita na Liga de Honra, formação que na terça-feira afastou
a Naval 1.º de Maio.
A final da Taça de Portugal
disputa-se dia 16 de Maio.
stou absolutamente chocado com alguns relatos
que ouvi e li a respeito da
violência utilizada pelas forças
policiais sobre adeptos do
Braga, em Leiria, no passado
sábado.
Não me refiro a conflitos
entre a polícia e claques.
Refiro-me a cargas policiais
que envolveram bastonadas
distribuídas indiscriminadamente a adeptos do SC Braga
na sequência dos festejos da
vitória bracarense. Não vi nem
li quaisquer relatos de actos
de violência ou desordem
provocados pelos adeptos e
que justificassem tão brutal
uso da força. Mas o que eu
vi em vídeos que circulam
na internet e que ouvi de
relatos de quem lá esteve foi
uma carga de bastonadas que
atingiu crianças de cinco anos,
idosos, um adepto de muletas,
senhoras e, enfim, tudo o que
mexia nas proximidades dos
bastões.
Quando o Benfica jogou em
Braga descrevi aqui os graves
incidentes que ocorreram
durante esse desafio: adeptos
insultados, agredidos, vítimas
do arremesso descarado de
objectos como isqueiros e
garrafas, e uma grande quantidade de adeptos que não
conseguiram ver o jogo no
seu lugar por causa desses
desacatos. Foi o meu caso. O
que eu vi nessa altura e que
aqui relatei foi uma grande
quantidade de agentes da
autoridade, com os seus cães,
a assistirem tranquilamente
ao jogo e aos desacatos,
enquanto adeptos do Braga
eram cuspidos, insultados e
agredidos. Vi a mais escandalosa inoperância das forças
“da ordem”. O que se passou
em Leiria terá sido o extremo
oposto: o uso indiscriminado
e completamente desajustado
da força por parte de agentes
da autoridade que são pagos
com o dinheiro dos nossos
impostos.
Meus amigos, isto não é democracia nem Estado de direito. Isto faz-me lembrar outros
tempos. Sim, eu ainda sou do
tempo em que as forças policiais tinham plenos poderes
para usar a força como muito
bem entendessem. Pensei que
esses hábitos estivessem de-
finitivamente ultrapassados.
Tenho sido um fiel e incansável
defensor da democracia e
dos valores do Vinte e Cinco
de Abril porque acredito na
justiça, na tolerância na defesa
da ordem pelo uso da razão.
Nunca, mas nunca, pelo uso
do bastão!
Todos nós conhecemos a
forma fácil como em Portugal se rouba, se agride, se
cometem crimes de toda a
ordem com total impunidade.
Conhecemos os exemplos
que “vêm de cima” e que nos
mostram como compensa ser
criminoso. Mas, neste caso, eu
só queria compreender uma
coisa muito simples: que crime
cometeram aquelas crianças,
mulheres e idosos que levaram
bastonadas a esmo em Leiria?
Terá alguma a coisa a ver com
o facto de serem adeptos do
Braga? Quero acreditar que
não. Mas não vejo em que
outra coisa aqueles 8000 fantásticos adeptos pudessem ter
posto em causa a segurança de
alguém e a ordem pública.
Se há violência e criminalidade na nossa sociedade é
com estas demonstrações de
força que resolvemos alguma
coisa?
Mas, felizmente, nem tudo
foi triste. Ganhámos o jogo e
mostramos ao país que temos
uma cidade preparada para ter
um clube campeão.
No parque da Ponte, pela
uma hora da madrugada de
domingo, aquando da chegada dos autocarros, Braga
parecia ter recebido mais cedo
o S. João, tão festivo era o
ambiente. Devo dizer que me
emocionei. Era a alegria de
uma cidade, era o fervilhar do
orgulho que temos no nosso
emblema, era já o sentimento
de sermos campeões, qualquer que venha a ser a nossa
classificação. Este clube, este
plantel, este treinador, este
presidente, esta SAD têm
sido a honra desta cidade
com dois mil anos de História.
Aconteça o que acontecer, com
bastonadas ou sem elas, com
faixas de campeão ou sem
elas, já ganhámos o nosso
campeonato. O da honra, da
dignidade, do brio.
Parabéns, Enorme Braga!
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Desporto
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Martim sonha com a subida e está a quatro pontos do vice-líder Taipas
«Não nos falta motivação para chegar ao 2.º lugar»
José Costa Lima
É um Martim 2009/10 que
vinha habituando o adepto
de futebol. A saída de Zequinha para o Vilaverdense poderia ter quebrado a essência de uma equipa bastante regular ou a força de um
plantel que se conhece há vários anos, mas tudo não passou de uma agitação passageira. A essa natural preocupação pelo adeus do treinador, a Direcção dos barcelenses respondeu ao eleger um
homem que manteve o clube
no caminho do sucesso, tanto que a subida de divisão começa a ser ecoada no balneário do Martim.
Depois de «algumas dificuldades iniciais», Paulo Faria soube montar uma «equipa motivada, um «novo sistema» e,
mais do que isso, convencê-la
que toda e qualquer finalidade
seria «vencer todos os adversários» que iria encontrar.
Tal como nas temporadas
anteriores, o Martim não deixou de ser... Martim, e Paulo
Faria confinou ao emblema
de Barcelos um êxito inegável – comprovado pelos resultados –, ocupando o último lugar do pódio no campeonato da Divisão de Honra AF Braga.
Pub
DR
«Quando cheguei ao clube
vi que o Martim estava com
dificuldades, com lesões e com
um sistema de jogo que não
era o meu. Quisemos mudar,
mas as lesões também nos limitaram. A mudança foi difícil, mas conseguimos criar um
grupo muito unido onde não
falta motivação», explica o técnico, abordando a sua entrada
à 8.ª jornada até ao momento,
e destacando o embate com
o Taipas como fulcral para a
subida de rendimento.
«Penso que ganhámos uma
equipa em Dezembro, em que
tivemos três semanas para trabalhar e não pensámos em
mais nada. Regressámos bem
à competição, ganhámos ao
Taipas e a equipa acreditou
nela própria. Esse jogo com
o Taipas foi fundamental»,
lembrou.
Subida é motivação
e não preocupação
No 3.º lugar da classificação
(43 pontos), o Martim está a
quatro pontos do vice-líder
Taipas e a cinco do comandante Esposende. Referindo
que «a subida não é uma obsessão», o treinador dos barcelenses garante que a luta do
Martim não vai ser a de preservar o posto que ocupa actualmente, mas antes de che-
Vizinho
Águias da Graça
no Zé da Nora
Paulo Faria, treinador do Martim
gar mais acima, quiçá à subida até aos campeonatos nacionais.
«Esta equipa tem valor, tem
boas individualidades, mas
vale, sobretudo, pelo seu colectivo. O nosso objectivo, neste momento, é chegar ao 2.º
lugar. Se estamos no 3.º não
vamos pensar no 4.º Estamos
a trabalhar bem, sabemos o
que valemos, mas não estamos preocupados com a subida. No entanto, vamos tentar chegar aos lugares de cima
porque não falta motivação
para isso. Claro que a subida
era um sonho, mas os nossos
adversários também são fortes, muitos deles têm outros
orçamentos», disse Paulo Faria, que vê com optimismo os
duelos nas próximas jornadas
com dois adversários que seguem à frente do Martim.
«Ainda bem que vamos jogar com o Taipas e com o
Esposende. Queremos continuar a trabalhar bem e tentar
vencer o que falta até final do
campeonato. Pensar jogo após
jogo e depois logo veremos»,
sublinhou.
Quem viu este Águias da
Graça e o compara ao do início de temporada, tenderá a
abrir a boca de espanto. Do
topo da classificação, os bracarenses caíram a pique e no
domingo vão ao terreno do
vizinho Martim para somar
pontos, com o intuito de conquistar a manutenção e sair
da zona ofegante. Paulo Faria acredita que os seus jogadores podem jogar com a
intranquilidade do adversário
e frisa que «queremos continuar o nosso trabalho».
«Vamos jogar com um opositor que precisa de pontos,
está a pensar na manutenção
e acho que podemos tirar dividendos disso. Com a moral
que temos, com o apoio espectacular dos nossos sócios
que têm sido incansáveis, penso que temos tudo para ganhar e continuar o nosso trajecto», assevera.
Gostava de continuar a treinar na próxima época
Paulo Faria dá prioridade ao Martim
A somente cinco jogos de a
temporada chegar ao seu término, é hora de questionar o
futuro dos treinadores. Paulo
Faria, pela parte que lhe toca,
admite que gostava de continuar em Martim, embora faça
uma ressalva para frisar que
gostava mesmo era de estar
a treinar em 2010/11.
«Eu adoro estar no banco de
suplentes, adoro treinar! Queria estar a trabalhar na próxima temporada, fosse no Martim ou noutro clube. Todavia,
claro que dou prioridade ao
Martim, porque foi um clube
que me acolheu bem, tem uma
Direcção séria e trabalhadora.
Agora, não sei se as pessoas
também gostam do meu trabalho. Tenho de esperar, mas
é evidente que nesta altura o
Martim tem prioridade», testemunhou.
Esta época Paulo Faria voltou a liderar uma equipa de
futebol sénior, regressando à
Divisão de Honra. Diz que é
«um campeonato equilibrado
e onde as equipas estão sempre a perder pontos».
«O Taipas e o Esposende
destacaram-se na primeira
volta, mas na segunda voltou tudo a ser como tem sido,
onde todas as equipas ganham e perdem pontos. Tem
sido um campeonato pautado por muito equilíbrio; não
há ninguém que se destaque
de forma especial», analisou,
lamentando alguns pontos
desperdiçados pelo Martim
durante a temporada no Campo Zé da Nora.
«Foi pena termos empatado com o Louro, em que não
fizemos uma boa exibição em
nossa casa. Depois, o Torcatense, novamente no nosso campo. Mas aqui tivemos um golo
mal anulado pelo árbitro que
intranquilizou a equipa. Mesmo
assim, demos uma boa resposta e empatámos», concluiu.
Cinco jogos até final
Três duelos em casa
Não falta muito para o campeonato acabar e a fé do Martim
em fazer história, alcançado os campeonatos nacionais, continua
no ar. Paulo Faria rejeita a pressão da subida e vê o lado positivo desse cavalo de batalha como uma «boa motivação». Até
final da Divisão de Honra, o Martim vai encontrar adversários
difíceis e que estão em lugares de destaque na classificação, à
excepção do Águias da Graça, próximo adversário, que tenta
fugir à despromoção:
26.ª jornada: Martim-Águias da Graça
27.º jornada: Taipas-Martim
28.ª jornada: Martim-Ronfe
29.ª jornada: Santa Eulália-Martim
30.ª jornada: Martim-Esposende
Última derrota foi em Prado
Sem perder há dois meses
À procura da terceira vitória consecutiva diante do Águias
da Graça, algo que já foi conseguido em 2009/10, o bom momento de forma do Martim ganha mais relevância pelo facto
da equipa de Barcelos não perder para o campeonato desde 14
de Fevereiro último. Nesse encontro com o Prado, que terminou
com 2-1 a favor dos vilaverdenses, a equipa do Martim não
esteve à altura dos acontecimentos, como deixou bem claro
o seu treinador no final da partida. Os jogadores parecem ter
ouvido o líder e de então para cá conseguiram quatro vitórias
e três empates.
Desporto
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
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Entre amanhã e domingo
Nacional de voleibol feminino: infantis
Fafe recebe Mundial de Enduro
Escola de Lamaçães
entra a vencer na 2ª fase
DR
A Escola de Lamaçães entrou a vencer na 2.ª fase do
campeonato nacional de voleibol feminino em infantis, ao
bater o Ala de Gondomar por
3-1, com os parciais de 17:25,
25:23, 17:25, 21:25.
No regresso à competição
após uma pausa de três semanas, Lamaçães realizou um
jogo caracterizado por “altos
e baixos” e fraco ao nível do
1.º toque (sobretudo na defesa). No 1.º set conseguiu uma
vantagem de 10:18, mas foram necessárias mais 5 rotações para fechar o set pelo
parcial de 17:25.
No 2.º set, depois de estar
a perder por 16:11, recupera
para 21:23, mas perde nas vantagens 25:23. No 3.º set, vantagem de 13:22, e novo “ponto
a ponto” até aos 17:25.
O 4.º set foi muito disputa-
Equipa de infantis da Escola de Lamaçãses
do até aos 13 pontos, altura
em que as bracarenses conquistam cinco pontos consecutivos 13:18. O Gondomar
aproximou-se (21:22), fruto
de uma vontade e querer superior às adversárias, mas Lamaçães recuperou o serviço e
dois “ases” da n.º 10, Mariana
Lopes, deram a vitória à jovem
formação bracarense.
Lamaçães esteve representada por: Ana Luís Martins,
Sofia Praça, Sofia Rito, Beatriz
Silva, Vânia Costa, Laura Arroyo, Margarida Barbosa, Ca-
tarina Jantarada, Mariana Lopes, Cátia Vieira, Eliana Pereira, Catarina Mendes.
Na próxima jornada, a realizar sábado, pelas 15H00, Lamaçães recebe a sua congénere do Colégio do Sagrado Coração de Maria (Lisboa).
Pub
Fundado em 1978
Clube de Ténis de Braga
comemora aniversário
O Clube de Ténis de Braga,
uma das referências desportivas da região, prepara-se para
comemorar o 32.º aniversário. Fundado em 14 de Abril
de 1978, o clube actualmente presidido por António Pereira põe em marcha uma série de iniciativas que pretendem marcar mais um ano de
actividade.
Assim, já este fim-de-semana, realiza-se um torneio inter-sócios, nas modalidades
de singulares e pares sorteados, com as inscrições a poderem ser feitas até ao final
do dia de hoje.
No dia 25 de Abril realiza-se
um almoço que, para além de
proporcionar naturais momentos de convívio entre os associados e convidados, acolherá
a entrega de prémios do torneio inter-sócios, bem como
a distinção a atletas do clube que se tenham notabilizado ao longo da época.
Escolas
promoveram
Torneio da Páscoa
O CT Braga levou a efeito
um torneio destinado a todos
os alunos da Escola, que tiveram oportunidade de, durante quatro dias, jogar um torneio em que foram constituídos diferentes quadros, por níveis e por idades.
A competição/convívio decorreu num verdadeiro espírito desportivo, que durante
quatro dias deu ainda mais
vida ao clube, desde as nove
horas da manhã às nove da
noite.
No quadro Fernando Verdasco, João Alves venceu
Bernardo Pires (7-5), enquanto Ana Pereira vencia Isabel
Afonso (7/6 e 8/6) no quadro
Michelle Brito.
No quadro Del Potro, triunfou João Patrão, que venceu
Duarte Viana (6-4), enquanto o
quadro Rafael Nadal foi ganho
por Daniel Costa, que venceu
na final Marc Ortega (7-5).
No quadro de minis o triunfo foi para João Vaz, que na final venceu Marta Carvalho (108 e 10-9). Na “consolação” de
Minis, venceu João Barbosa,
que na final teve pela frente
Luís Lima (10-9 e 10-5).
Michelle Ortega
vence no Algarve
A jogadora do Clube de Ténis de Braga, Michelle Ortega,
venceu o Torneio Juvenil de
Páscoa, sub-12, que decorreu
nas instalações municipais do
Clube de Ténis de Lagos.
A bracarense começou por
vencer Patty Witte, do CCDT,
por 4/2 e 5/3, seguindo-se novo
triunfo frente a Inês Salvador
(CT Lagos), por 5/3, ¼ e 4/1.
No terceiro jogo venceu Matilde Lagoa (OC&LTC) por 4/4, desistência, terminando com um
triunfo sobre Sara Gouveia, do
CT Loulé (4/0 e 4/2).
29
O Motor Clube de Guimarães organiza, entre amanhã e
domingo, a segunda jornada do Mundial de Enduro, que
terá em Fafe o centro da prova. As serras de Fafe vão
ser o palco principal da grande caravana da competição
motorizada e vão colocar à prova os pilotos numa jornada
que, perante as condicionantes do terreno, promete muita
emoção, aliando as dificuldades do terreno às maravilhosas paisagens. As especiais estão delineadas, sendo que
amanhã, pelas 18h00, os pilotos irão disputar a SuperEspecial, realizada nos arredores do Multiusos de Fafe.
Uma prova que será gratuita para os espectadores, que
terão boas condições de visionamento da prova, além de
estacionamento das suas viaturas. A organização revela
que «serão criados vários obstáculos artificiais cheios de
espectacularidade, que prometem um bom desempenho
por parte dos pilotos, visto esta especial não contar para
a classificação geral, mas somente para o espectáculo».
Todas as especiais daquela prova serão disputadas durante
sábado e domingo, sendo o horário das provas o mesmo
durante os dois dias. A Cross Test será percorrida pelas
09h00, 12h00, 13h40 e 16h00, junto ao Multiusos de Fafe,
numa extensão com cerca de 4 quilómetros. A Enduro
Test será disputada pelas 9h40, 12h00 e 14h20, numa
zona do Parque de Merendas do Passadouro, situado na
EM 612 Fafe – Lagoa, tendo 4,5 km de extensão e uma
boa visibilidade de quase todo o percurso. Finalmente,
a Extreme Test será realizada pelas 11h00, 13h20 e
15h40 e o seu trajecto fica situado no lado contrário da
Enduro Test, estando as provas separadas pela estrada
municipal, simplificando as deslocações dos espectadores.
Há já mais de uma centena os pilotos inscritos, destacandose a participação dos portugueses Gonçalo Reis em KTM,
Sandro Marques em Yamaha, Paulo Felícia também em
Yamaha, Diogo Ventura em Suzuki, Gonçalo Bandeira em
Husqvarna, Luís Oliveira em Yamaha e Helder Rodrigues
em Yamaha.
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Ver&Ouvir
GRANDE ENTREVISTA
C.S.I. Nova Iorque
O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, é o convidado de Judite Sousa na “Grande entrevista“ desta semana.
A SIC exibe a terceira temporada desta
série, constituída por uma equipa de detectives que investiga casos de homicídio
na Big Apple, liderada por Mack Taylor,
o cérebro da equipa forense.
série
entrevista
desporto
Futebol
Liga Vitalis
Gil Vicente x Beira-Mar
Sport TV2, 20h15
TELEVISÃO POR CABO
07h00 Bom dia Portugal; 09h00 Notícias; 10h00 Notícias; 11h00 Notícias;
11h15 Antena aberta; 12h00 Notícias; 12h55 Mundo automóvel;
13h00 Directo ao assunto; 14h00 Notícias; 15h00 Notícias; 15h30
Notícias do Atlântico; 16h00 Notícias; 16h30 Janela indiscreta;
17h00 Notícias (síntese); 17h10 Antena aberta; 18h00 Notícias;
19h00 Notícias; 19h55 Mundo automóvel; 20h00 Jornal do
país; 20h30 Gostos e sabores; 21h00 À noite, as notícias; 23h00
Pontapé de saída; 00h00 Notícias; 01h00 Directo ao assunto;
02h00 Notícias; 02h05 Grande entrevista; 02h50 Cuidado com
a língua!; 03h00 Notícias
06h30 Jornal síntese; 07h00 Edição
da manhã; 10h00 Edição do meio-dia;
10h30 Cartaz; 11h00 Noticiário; 11h10
Opinião pública; 12h00 Jornal do meio-dia; 13h00 Noticiário;
13h10 Negócios da semana; 14h00 Jornal das 2; 15h00 Debate
P.E.C. na Assembleia da República; 18h00 Jornal de economia;
18h30 Notícias; 19h00 Jornal das 7; 20h00 Noticiário; 20h05
Daily show; 20h40 Cartaz; 21h00 Jornal das 9; 22h00 Edição da
noite; 23h10 Quadratura do círculo; 00h00 Jornal da meia-noite;
01h00 Primeira página; 01h30 Daily show; 02h00 Noticiário;
02h30 Toda a verdade; 03h00 Noticiário
07h00 Diário da manhã; 09h15 Discurso
directo; 10h00 Notícias; 11h00 Notícias;
11h05 Consultório; 12h00 TVI Jornal;
13h00 Notícias; 13h07 Roda livre; 14h00 TVI Jornal; 15h00
Notícias; 15h05 Discurso directo; 16h00 TVI Jornal; 16h38 Bolsas;
17h00 Diário da tarde; 19h00 Edição das sete; 20h00 Notícias;
20h03 Repórter TVI; 20h33 Livraria ideal; 21h00 Jornal do dia;
22h00 Edição das dez; 23h00 Notícias; 23h07 Contas à vida;
00h00 Última edição; 01h00 Notícias; 01h03 Repórter TVI; 01h33
Livraria ideal; 02h00 Notícias; 02h05 Contas à vida
09h00 Informação: Títulos (directo); 09h10
FIBA World Basketball (magazine); 09h30
Tenis: ATP World Tour 1000: Torneio de Monte-Carlo (directo);
11h00 Informação: Mundial 2010: Sonho africano; 11h10 Tenis:
ATP World Tour 1000: Torneio de Monte-Carlo (directo); 14h00
Informação: Notícias (directo); 14h30 Futebol: Taça de Potugal: FC
Porto x Rio Ave; 16h30 FIFA Futbol Mundial (magazine); 16h50
Informação: Notícias (directo); 17h00 Football’s greatest: Garrincha; 17h30 Futebol: Mundial 2010: Filme oficial Mundial 1974;
19h00 Futebol: Liga Espanhola: Almería x Real Madrid (directo);
21h00 Futebol: Liga Espanhola: Valência x At. Bilbao (directo);
23h00 Informação: Últimas notícias (directo); 23h30 Informação:
Mundial 2010: Sonho africano; 23h40 Futebol: Jogo a definir;
01h30 Futebol: Premier League (magazine); 02h00 Automobilismo: Campeonato Nacional: Rali Serras de Fafe (resumo); 02h30
Campeonato do Mundo de Fórmula 1: Antevisão G.P. da China;
03h00 Campeonato do Mundo de Fórmula 1: G.P. da China: 1.ª
Sessão de Treinos Livres (directo)
13h00 Hipismo: Masters League: Dortmund; 14h00 Ténis: ATP World Tour 1000:
Torneio de Monte-Carlo (directo); 15h30 Ténis: ATP World Tour
Uncovered (magazine); 16h00 Golfe: European Tour (magazine);
16h30 Golfe: PGA Tour: Masters Augusta; 17h30 Motociclismo:
Campeonato do Mundo: Moto GP Qatar (resumo); 18h30 Basquetebol: NBA: Houston Rockets x New Orleans Hornets; 20h15
Futebol: Liga Vitalis: Gil Vicente x Beira-Mar (directo); 22h20
Informação: Futebol de salto alto; 22h50 Rugby: Super 14: Crusaders x Waratahs; 00h40 Informação: Grelha de partida
08h15 Louco por Lila; 10h00 Era uma
vez no México; 11h45 O leão e o vento;
13h45 O boxeur; 15h45 Selena; 18h00 A
minha mulher é doida; 19h30 Star Trek:
Gerações; 21h30 Dias de tempestade; 23h15 O mensageiro;
02h15 Regressa para mim; 04h10 Em queda livre
07h50 Sem rasto; 08h35 Investigação
especial; 09h30 Hospital central; 10h50
C.S.I. Nova Iorque; 11h40 E.R. Serviço de urgêndia; 12h30 Investigação especial; 13h25 Sem rasto; 14h15 Alerta cobra; 15h10
Trauma; 16h00 E.R. Serviço de urgência; 16h50 Alerta cobra;
17h42 Investigação especial; 18h36 Sem rasto (2 episódios);
20h26 FlashForward; 21h20 C.S.I. Nova Iorque; 22h15 Sem rasto; 23h03 FlashForward; 23h50 Hospital central; 01h13 Alerta
cobra; 02h01 C.S.I. Nova Iorque; 02h45 Alerta cobra; 03h33
Hospital central
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
RTP1, 21h00
SIC, 00h55
TELEVISÃO NACIONAL
06h30 Bom dia Portugal
07h11 Zig zag
07h00 Edição da manhã
07h00 Diário da manhã
10h00 Praça da alegria
14h00 Sociedade civil
10h00 Companhia
10h00 Você na TV!
13h00 Jornal da tarde
15h30 Diário câmara clara
14h24 Poder paralelo
15h38 Entre pratos
13h00 Primeiro jornal
14h10 As tardes da Júlia
15h10 Vila Faia
16h06 National Geographic
14h20 A armadilha
16h55 Quem quer ganha
15h59 Portugal no coração
16h58 Zig zag
15h25 Vida nova
18h15 Morangos
18h00 Portugal em directo
18h30 A fé dos homens
17h45 Caras e bocas
18h56 O preço certo
19h01 Iniciativa
19h15 Nós por cá
20h00 Jornal nacional
19h56 Direito de antena
19h48 Zig zag
20h00 Jornal da noite
21h37 Mar de paixão
20h00 Telejornal
20h43 O meu nome é Earl
21h55 Perfeito coração
22h23 Meu amor
21h00 Grande entrevista
21h07 National
das manhãs
13h00 Jornal da uma
com açúcar
23h15 Viver a vida
23h24 Sentimentos
Geographic:
00h15 Notícias em 2.ª mão
00h41 Dr. House
21h32 Super miúdos
Em busca
00h55 C.S.I. Nova Iorque
01h36 Cartaz das artes
22h29 Contra informação
de uma lenda
01h50 Cartaz cultural
02h13 Sempre a somar
22h58 Corredor do poder
– O leopardo negro
02h35 Quando
03h44 Até que a morte
com Francisco Louçã
o telefone toca
23h56 Quarto crescente
22h00 Jornal 2
00h57 Cane
22h45 Elvis: Os primeiros
01h46 A minha vida
por um fio
02h40 Televendas
04h10 Televendas
nos separe
04h04 Bionic woman
05h30 TV shop
anos
00h00 Diário câmara clara
00h21 Noites da 2:
7 Palmos de testa
A programação incluída nesta página é fornecida pelas estações de televisão. O Diário do Minho não se responsabiliza por eventuais alterações efectuadas pelos canais.
CINEMAS
CINEMAX - BRAGASHOPPING
Sala 1 – Fora de controlo
(M/12)
Sessões: 14h50 – 17h05
– 21h50 – 00h05 (sexta-feira,
sábado e véspera de feriado)
Sala 2 – Uma noite
atribulada (M/12)
Sessões: 15h00 – 17h00
– 22h00 – 00h00 (sexta-feira,
sábado e véspera de feriado)
Sala 3 – Estado de guerra
(M/16)
Sessões: 14h40 – 17h15
– 21h40 – 00h15 (sexta-feira,
sábado e véspera de feriado)
CINEMAX - BARCELOS
Sala 6 – Duelo de titãs – 3D
(M/12)
Sessões: 14h55 – 17h05
– 19h20 – 22h00 – 00h10
(sexta-feira, sábado e véspera
de feriado)
Sala 7 – A melodia
do adeus (M/12)
Sessões: 14h50 – 17h00
– 19h10 – 21h50 – 00h00
(sexta-feira, sábado e véspera
de feriado)
Sala 1 – Duelo de titãs – 3D
(M/12)
Sessões: 15h30 – 21h45
(sábado, domingo e feriado)
– 15h00 – 17h30 – 21h45
(sexta-feira, sábado e véspera
de feriado) – 23h55 (especial)
Sala 2 – O livro de Eli (M/16)
Sessões: 15h30 – 21h45
(sábado, domingo e feriado)
– Filme de culto
Sala 4 – Como treinares
o teu dragão – VP (M/6)
Sessões: 15h00 – 17h00
Sala 5 – Pradolongo (M/12)
Sessões: 19h15
Juntos ao luar (M/12)
Sessões: 16h00 – 21h45
Sala 4 – Visto do céu (M/12)
Sessões: 19h00 – 21h45
– 00h20 (sexta-feira, sábado
e véspera de feriado)
– Filmes infantis
Sala 5 – Estão todos bem
(M/12)
Sessões: 15h00 (excepto
sábado) – 17h10
Sala 5 – Lembra-te de mim
(M/12)
Sessões: 21h55 – 00h05
(sexta-feira, sábado e véspera
de feriado)
Um sonho possível (M/12)
Sessões: 14h10 – 17h00
– 21h20 – 00h10
Duelo de titãs – Digital 3D
(M/12)
Sessões: 14h00 – 16h30
– 19h00 – 21h40 – 00h30
Sala 6 – Duelo de titãs – 3D
(M/12)
Sessões: 14h55 (sábado)
– 11h00 (domingo)
Sala 2 – A princesa
e o sapo – VP (M/6)
Sessões: 15h00 (sábado)
– 17h30 (domingo)
LUSOMUNDO - BRAGA PARQUE
Fora de controlo (M/12)
Sessões: 13h15 – 18h45
– 00h25
Sala 5 – A princesa
e o sapo – VP (M/6)
Sessões: 15h00 (sábado)
– 11h00 (domingo)
– 15h00 (excepto sádabo)
– 17h30 (excepto domingos
e feriados) – 21h45 (sexta-feira,
sábado e véspera de feriado)
– 00h00 (especial)
Uma noite atribulada
– Digital (M/12)
Sessões: 14h20 – 16h45
– 19h10 – 21h35 – 23h50
Como treinares
o teu dragão – Dob
– Digital 3D (M/6)
Sessões: 11h00 (domingo)
– 13h40 – 16h05 – 18h40
Alice no país
das maravilhas – Dob
– Digital 3D (M/12)
Sessões: 21h15 – 00h05
Um cidadão exemplar
– Digital (M/16)
Sessões: 13h50 – 16h40
– 19h20 – 22h00 – 00h40
A melodia do adeus
– Digital (M/12)
Sessões: 13h30 – 16h10
– 18h50 – 21h30 – 00h20
De Paris com amor (M/12)
Sessões: 15h00 – 17h20
– 19h40 – 22h10 – 00h35
Dr. Parnassus – O homem
que queria enganar
o diabo
Sessões: 13h20 – 15h50
– 18h30 – 21h10 – 00h00
RÁDIOS
00h00 Meia-noite, José La Féria; 02h00
Tinta Permanente, Inês Carneiro; 07h00
Telefonia, Jorge Peixoto e Cristina A. Almeida; 10h00 Praça Central, Carlos Coutinho; 13h00 Todos à Uma, Aurélio Carlos Moreira; 15h00 Discos Pedidos; 16h00 Aqui D’El Rádio, Teresa Silva; 18h00 Noticiário + Bola
Branca; 18h30 Terço; 19h00 Não é Tarde, Vasco Dinis; 21h00 Aqui
há Luar, Daniel Mogas
Rádio Sim em Braga 101.1FM e 576AM
00h00 BA Soundsystem; 01h00 Nacção XXI, Fernando Miguel; 02h00 Noites Longas; 07h00 RUM Service,
José Reis; 10h00 Som Nascente, Abel Duarte; 13h00
Equador, Elisabete Apresentação; 15h00 Som Poente, Abel Duarte; 17h00 RUM Upload, Sérgio Xavier
e Paulo Sousa; 19h00 Português Suave, Rui Torrinha; 20h00 Pecado
Original, Elisabete Apresentação; 21h00 Livros com RUM, Marie Silva
e António Ferreira; 22h00 Só Jazz, José Carlos Santos
Rádio Universitária do Minho 97.5FM
Pausa
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
palavras cruzadas
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farmácias
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Horizontais: 1 – Dar ou adquirir cor de cinza; Cabo de um
utensílio. 2 – De tom amarelado; Nome masculino. 3 – Dirigir-se; Cada uma das pontas metálicas da fivela que prendem a
correia, etc. 4 – Muito negro. 5 – Bando indisciplinado; Insecto
conhecido também por grilo-toupeira. 6 – É o maior continente; Editores (abrev.); Ouro (s.q.). 7 – Ladrão que espera em
certo sítio a ocasião favorável para roubar. 8 – Bom negócio.
9 – Distância que se percorre na deslocação de um lugar para
outro; Tem leito mas não é cama. 10 – Afastar ou desviar
daquilo que é considerado bom, correcto ou razoável.
Verticais: 1 – Concordar; Itinerário Principal (sigla). 2 – Profissional sem preparação adequada; Nome de letra. 3 – Itália
(abrev.); Soltar a voz (andorinha). 4 – Estupidez. 5 – Raposa
velha e matreira; Dois em num. romana. 6 – Brisa; Nome feminino. 7 – Resposta grosseira e descarada (pop.). 8 – Parte
do ovo; Serra situada a norte do Ribatejo. 9 – Estúpido; Fazer
troça. 10 – És-sueste (abrev.); Parte lateral de um edifício.
5
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7
Encontram-se hoje de serviço as farmácias:
Braga — Lamaçães, Avenida Dr. António Palha, n.º 37;
— Santa Casa da Misericórdia, Largo Carlos Amarante;
Amares — Marques Rego; — Pinheiro Manso; — Sá Couto;
Barcelos — Oliveira; Cabeceiras de Basto — Azevedo
Carvalho (Refojos); Caldas das Taipas — Silvério; Caldas
de Vizela — São Miguel; Celorico de Basto — Alves Dias;
Esposende — Monteiro; Fafe — Albarelos; Guimarães —
Henrique Gomes; Póvoa de Lanhoso — Milénio; Vieira do
Minho — Martins; Vila Nova de Famalicão — Almeida
e Sousa e Cameira; Vila Verde — Fátima Marques; Viana
do Castelo — Almeida; Arcos de Valdevez — Fátima;
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Caminha — Torres; Monção — Vale de Mouro; Paredes
9
de Coura — Calçada; Ponte da Barca — Popular; Ponte
de Lima — São Gonçalo; Valença — Jardim; Vila Praia
10
de Âncora — Brito.
Com o apoio da Diciopédia 2010 da Porto Editora
Soluções do número anterior: Horizontais: 1 – Guita; Acta. 2 – Ultimato. 3 – ET; Ramalho. 4 – Tiracolo. 5 – Omo; Hilo. 6 – Atoucado. 7 – Adulçorar. 8 – Sonhar; Loa. 9 – Dorna. 10 – Abas; Óbvio. Verticais: 1 – Gueto; Asna. 2 – Ultimado. 3 – IT; Rotunda. 4 – Tira-olhos. 5 – Amachucar.
6 – Amo; Corno. 7 – Atalhar; Ab. 8 – Coloidal. 9 – Loro. 10 – Apojo; Avó.
sudoku
humor
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Emergência .................................................................................112
– O senhor foi o único que se salvou do naufrágio?!
– Exactamente!
– E como decorreu a sua salvação?
– Cheguei tarde ao porto e, como o barco já tinha
partido, fiquei na cidade...
Problema 1065 - Dificuldade: fácil
telefones úteis
AMARES
GNR................................................................................... 253 900 070
Centro de Saúde ...............................................................253 909 230
Bombeiros Voluntários .....................................................253 993 162
BARCELOS
PSP ......................................................................................253 802 570
Hospital ..............................................................................253 809 200
Bombeiros Voluntários .....................................................253 802 050
* solução do problema 1064
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REGRAS SUDOKU: O Sudoku é um jogo de lógica muito
simples e cativante. O objectivo é preencher uma grelha
(9x9) com números de 1 a 9, sem repetir números em
cada linha e em cada coluna. Também não se pode repetir
números em cada quadrado de 3x3. Bom jogo!
veja se sabe
No futsal em qual das situações é que a bola está
fora de jogo?
• Tocar na mão de um jogador
• Tocar abaixo dos joelhos
• Tocar no tecto
BRAGA
Hospital de São Marcos ...................................................253
GNR.................................................................................... 253
PSP ......................................................................................253
Cruz Vermelha ..................................................................253
Bombeiros Sapadores .......................................................253
Bombeiros Voluntários .....................................................253
Loja do Cidadão (Informações) .......................................707
209
203
200
208
264
200
241
000
030
420
872
077
430
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ESPOSENDE
GNR.................................................................................... 253 961 233
Hospital ..............................................................................253 965 115
Bombeiros Voluntários .....................................................253 969 110
R: Quando tocar no tecto.
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FAFE
GNR.................................................................................... 253 490 890
Hospital. .............................................................................253 700 300
Bombeiros Voluntários .....................................................253 598 111
quem fala assim
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«A água corre tranquila quando o rio é fundo».
* solução do problema 1064
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confissões
Carmo — Das 8h30 às 9h00 e das 9h30 às 11h00 (de terça-feira a sábado).
Congregados — Todos os dias, excepto aos domingos e
dias santos, conforme o horário afixado nas pautas de avisos da igreja.
Mensageiro — Das 10h00 às 12h00, excepto quartas-feiras,
domingos e feriados.
Pópulo — Todos os dias, excepto terças-feiras e domingos,
das 08h30 às 10h00.
William Shakespeare
calendário
Quinta-feira da semana II do Tempo Pascal
Paramento branco. Ofício da féria.
Missa da féria, com prefácio pascal.
Leituras:
Act 5, 27-33;
Salmo 33 (34), 2. 9. 17-18. 19-20;
Jo 3, 31-36.
[Aclamação antes do Evangelho:] Disse o Senhor a
Tomé: «Porque Me viste, acreditaste; felizes os que
acreditam sem terem visto».
FAMALICÃO
PSP ......................................................................................252 373 375
Hospital ..............................................................................252 300 800
Bombeiros Voluntários .....................................................252 301 110
GUIMARÃES
PSP ......................................................................................253 513 334
Hospital ..............................................................................253 540 330
Bombeiros Voluntários .....................................................253 515 444
TERRAS DE BOURO
Centro de Saúde ...............................................................253 350 030
GNR.................................................................................... 253 391 137
Bombeiros Voluntários .....................................................253 350 110
VIANA DO CASTELO
PSP ......................................................................................258 809 880
Hospital ..............................................................................258 802 100
Bombeiros Voluntários .....................................................258 730 643
VILA VERDE
GNR ................................................................................... 253 311 142
Hospital ............................................................................. 253 310 120
Bombeiros Voluntários .....................................................253 310 390
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Estatuto Editorial
do Diário do Minho
1. O Diário do Minho é um jornal de informação geral, de expansão regional e de inspiração cristã. É propriedade da Empresa do Diário do Minho, Lda.
2. O Diário do Minho está ao serviço de todo o homem e do homem todo e da construção
de uma sociedade cada vez mais justa e mais fraterna, onde cada um seja respeitado na sua
dignidade e nos seus direitos.
3. O Diário do Minho coloca o bem comum acima dos interesses particulares e não privilegia ninguém, procurando, no entanto, ser a voz dos sem voz.
4. O Diário do Minho rejeita quaisquer totalitarismos, quer de direita quer de esquerda.
Rejeita todas as formas de violência e preconiza o diálogo como forma normal de resolver
os diferendos.
5. Como instrumento ao serviço da pessoa humana, o Diário do Minho considera condenável tudo quanto se opõe à vida humana, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio, pena de morte, aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade
da pessoa humana, como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas
para violentar as próprias consciências; tudo quanto ofende a dignidade da pessoa, como
as condições de vida infra-humanas, as prisões arbitrárias, as deportações, a escravidão, a
prostituição, o tráfico de mulheres e jovens, as condições degradantes de trabalho, em que
os operários são tratados como meros instrumentos de lucro e não como pessoas livres e
responsáveis.
6. Como publicação periódica de informação geral e de inspiração cristã, o Diário do Minho
está ao serviço de uma informação o mais possível verdadeira e objectiva, diversificada e
completa. Está aberto ao pluralismo e à diversidade de opiniões, tendo por limites os decorrentes da Doutrina da Igreja.
7. O Diário do Minho é um jornal onde se procura distinguir a informação da opinião e
se actua de acordo com o princípio segundo o qual os factos são sagrados e os comentários
são livres. Vincula-se ao respeito pelos princípios deontológicos e pela ética profissional dos
jornalistas, assim como pela boa fé dos leitores.
8. O Diário do Minho é um jornal independente de qualquer poder político e económico.
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
Necrologia
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO
DE
José Bottão Moreira
Sua esposa, filhos, netos, nora, genros e demais família
cumprem o dever de participar a todas as pessoas de suas
relações e amizade, o falecimento do Sr. JOSÉ BOTTÃO
MOREIRA, natural de Vale Prazeres, Fundão, residente
que foi na Praça do Santo Condestável, n.º 12, 3.º andar,
Maximinos – Braga.
As cerimónias religiosas realizam-se hoje, quinta-feira,
dia 15 de Abril, com missa de corpo presente pelas 15h00,
na igreja paroquial de Maximinos, finda a qual irá a sepultar
no cemitério de Monte d’Arcos.
Antecipadamente se confessam agradecidos a todos quantos se dignem honrar com a sua presença estas cerimónias.
Braga, 15 de Abril de 2010
AFM – Agência Funerária de Maximinos – Tel. 253 261 356 / Tlm: 917 210 155 / 917 736 299
BRAGAPEIXE
PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO
DE
José Bottão Moreira
A gerência participa a todos os seus estimados
clientes, fornecedores e amigos, o falecimento do
Sr. JOSÉ BOTTÃO MOREIRA, sogro do sóciogerente, Sr. José Fernando Martins Coelho.
O seu funeral realiza-se hoje, quinta-feira,
dia 15 de Abril, com missa de corpo presente às
15h00, finda esta irá a sepultar no cemitério de
Monte d’Arcos em jazigo de família.
Braga, 15 de Abril de 2010
www.diariodominho.pt
33
Rua da Barroca, Penso (Santo Estêvão) – Braga
PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO
DE
José Maria Vieira Ferreira
Sua esposa, filhos, mãe, irmãos, cunhados, sogros e demais
família comunicam a todas as pessoas das suas relações e amizade o falecimento do seu ente querido, Sr. JOSÉ MARIA VIEIRA
FERREIRA, de 45 anos de idade, natural de Tenões – Braga.
O corpo do saudoso falecido, encontra-se em câmara-ardente
na igreja paroquial de Penso (Santo Estêvão).
O seu funeral realiza-se hoje, quinta-feira, dia 15, com missa de
corpo presente pelas 19h00 e finda esta irá a sepultar no cemitério
da freguesia de Penso (Santo Estêvão) em jazigo de família.
Antecipadamente agradecem a todos quantos se dignem
honrar com a sua presença as cerimónias fúnebres do saudoso
falecido.
Braga, 15 de Abril de 2010
A FAMÍLIA
Funerária S. Tiago, L.da Telef. 253 263 728 / 964 014 774 / 968 010 801 www.funerária-stiago.com
APEBC
Associação de Pais e Encarregados
de Educação da Escola EB 2,3 de Celeirós
PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO
DE
José Maria Vieira Ferreira
Participa a todo o corpo docente, funcionários, pais, alunos e
amigos o falecimento inesperado do seu elemento e tesoureiro,
Sr. JOSÉ MARIA VIEIRA FERREIRA.
O corpo do saudoso falecido encontra-se em câmara-ardente
na igreja paroquial de Penso (Santo Estêvão).
O seu funeral realiza-se hoje, quinta-feira, dia 15, com missa de
corpo presente pelas 19h00 e finda esta irá a sepultar no cemitério
da freguesia de Penso (Santo Estêvão), em jazigo de família.
Braga, 15 de Abril de 2010
A ASSOCIAÇÃO
AFM – Agência Funerária de Maximinos – Tel. 253 261 356 / Tlm: 917 735 788 / 917 736 299
JUNTA E ASSEMBLEIA
DE FREGUESIA DE MAXIMINOS
PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO
DE
José Bottão Moreira
A Junta e Assembleia de Freguesia de Maximinos vêm
participar o falecimento do Sr. JOSÉ BOTTÃO MOREIRA,
natural de Vale Prazeres, Fundão, residente que foi na Praça
do Santo Condestável, n.º 12, 3.º andar, Maximinos – Braga,
sogro do Sr. Luís Filipe Paiva Mota Pedroso, tesoureiro da
Junta de Freguesia de Maximinos, e endereçar a todos os
seus familiares os mais sentidos sentimentos.
Braga, 15 de Abril de 2010
AFM – Agência Funerária de Maximinos – Tel. 253 261 356 / Tlm: 917 210 155 / 917 736 299
PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO
DE
António Pereira de Sousa
Sua esposa, filhos, netos e demais família cumprem o
doloroso dever de participar a todas as pessoas de suas
relações e amizade, o falecimento do seu ente querido,
Sr. ANTÓNIO PEREIRA DE SOUSA, de 77 anos de idade.
O corpo do saudoso falecido encontra-se exposto em
câmara-ardente na igreja velha de Moure, Vila Verde.
O seu funeral realiza-se hoje, dia 15 de Abril, quintafeira, com missa de corpo presente pelas 16h00, na referida
igreja, finda a qual irá a sepultar no cemitério local em
jazigo de família.
Antecipadamente agradecem a todos quantos se dignem participar nas cerimónias fúnebres do saudoso falecido.
A FAMÍLIA
Agência Funerária Pradense, Lda. Tel.: 253 921 304 / Telm.: 965 411 779 / E-mail: [email protected]
Funerária S. Tiago Lda. Telef. 253 263 728 / 964 014 774 / 968 010 801. www-funeraria-stiago.com
Barcelos
AGRADECIMENTO E MISSAS DE 7.º DIA
DE
Agostinho da Silva Reis
Seus filhos, noras e netos,
vêm por este meio e na impossibilidade de o fazerem
pessoalmente, agradecer profundamente a todas as pessoas que os acompanharam e
lhes manifestaram pesar neste
momento de grande dor.
Participam ainda que as
missas de 7.º dia serão celebradas:
Sexta-feira, 16 de Abril,
pelas 19h00, na igreja de Santo António (Barcelos).
Sábado, 17 de Abril, pelas 19h00, na igreja matriz
de Barcelos.
Domingo, 18 de Abril, pelas 11h00, na igreja paroquial da Lama.
Agradecem, desde já, a todos aqueles que participarem nestes actos religiosos, pelo seu eterno descanso.
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Necrologia
Diário do Minho
QUINTA-FEIRA, 15 de Abril de 2010
PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO
DE
AGRADECIMENTO E MISSA DE 7.º DIA
DE
Francisco da Costa Lima
Maria Flozinda Bacelar
Seus filhos, genro, noras, netos e demais família cumprem o doloroso dever de participar a todas as pessoas de
suas relações e amizade, o falecimento do seu ente querido
Sr. FRANCISCO DA COSTA LIMA, de 97 anos de idade,
viúvo, residente que foi na Rua da Restauração, n.º 243,
desta cidade.
O corpo do saudoso falecido encontra-se em câmaraardente na igreja de S. Vítor.
O seu funeral realiza-se amanhã, dia 16, sexta-feira, com
missa de corpo presente pelas 11h00, finda a qual irá a sepultar
no cemitério de Monte d’Arcos em jazigo de família.
Antecipadamente agradecem a todos quantos se dignem honrar com a sua presença
as cerimónias fúnebres do saudoso falecido.
Braga, 15 de Abril de 2010
A FAMÍLIA
Funerária Macedo & Vilela Lda. Rua de S. Vítor n.º 150. Telefone 253 279 458 – Braga
AGRADECIMENTO E MISSA DE 7.º DIA
DE
Dr. Leonel César Lourenço Reys
Sua esposa, filhas, irmãos, cunhados e demais família profundamente sensibilizados pelas manifestações de pesar e carinho
recebidas quando o falecimento do seu ente querido Sr. LEONEL
CÉSAR LOURENÇO REYS, na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este único meio agradecer a todas as pessoas
que participaram nas cerimónias fúnebres do saudoso falecido.
Aproveitam o ensejo para comunicar que será celebrada missa
de 7.º dia em sufrágio de sua alma, hoje, dia 15, quinta-feira, pelas
18h30, na igreja de S. Vítor.
Antecipadamente agradecem a todos quantos se dignem honrar
com a sua presença este tão piedoso acto religioso.
A FAMÍLIA
Maria Manuela Lopes Reys (esposa)
Filomena Reys (filha)
Lara Prescila Reys (filha)
Braga, 15 de Abril de 2010
A Funerária Macedo & Vilela Lda. Rua de São Vítor, n.º 150 – Telefone 253 279 458 – Braga
PADARIA MACHADO & EIRA
MISSA DE 8.º MÊS DE FALECIMENTO
DE
Daniel Filipe Machado Eira
Seus pais, irmão e demais família participam a todas as pessoas de suas relações
e amizade que será celebrada missa de
8.º mês de falecimento em sufrágio do saudoso falecido hoje, quinta-feira, dia 15, pelas
19h00, no Mosteiro de Mire de Tibães.
Desde já agradecem a todos quantos
participem neste acto religioso.
A FAMÍLIA
MISSAS DE 1.º ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO
DE
João Oliveira de Sá
Sua família participa a todas as pessoas de suas relações e amizade que serão
celebradas missas de 1.º aniversário de falecimento em sufrágio do saudoso falecido,
hoje, dia 15, pelas 16h30, na igreja da Lapa
(Arcada) e às 19h00, na igreja paroquial
de Palmeira.
Desde já agradece a todos quantos participem nestes actos religiosos.
A FAMÍLIA
(Viúva de Abílio António Bacelar Oliveira)
Seus filhos, noras, genros, netos e demais família
vêm por este único meio, na impossibilidade de o
fazerem individualmente, agradecer todas as manifestações de pesar e carinho recebidas aquando
do falecimento da sua ente querida Sr.ª D. MARIA
FLOZINDA BACELAR.
Aproveitam o ensejo para comunicar que em
sufrágio da sua alma será celebrada missa de 7.º dia
amanhã, sexta-feira, dia 16, pelas 20h00, na igreja
paroquial de Cervães – Vila Verde.
Antecipadamente agradecem a todos quantos se
dignem participar neste acto religioso.
A FAMÍLIA
Hilário José Bacelar Oliveira
Maria de Fátima Bacelar Oliveira Ferreira
Maria da Assunção Bacelar Oliveira Soares da Silva
Carlos Manuel Bacelar Oliveira
Mário António Bacelar Oliveira
e restante família
MISSA DE 5.º ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO
DE
Maria Teresa
F. F. Mouta de Castro
Seu marido, filhos e demais família, participam a todas as pessoas
de suas relações e amizade que será celebrada missa de 5.º aniversário
de falecimento em sufrágio da saudosa falecida hoje, dia 15, pelas
18h30, na igreja de S. Victor.
Desde já agradecem a todos quantos participem neste acto
religioso.
A FAMÍLIA
MISSA DE 3.º ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO
DE
Ricardo Jorge Gonçalves Gomes
26-12-1992 – 15-4-2007
Sua mãe e demais família, participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa de
3.º aniversário de falecimento em sufrágio do saudoso falecido
hoje, quinta-feira, pelas 18h00, na igreja de S. Vicente.
Desde já agradecem a todos quantos participem neste
acto religioso.
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VW
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1977
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2001
A100 AVANT S4
1993
318i TOURING
1991
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1971
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1991
M3
12/1993
ESCORT 1.8 TD GHIA
1997
MAVERICK 2.7 GLS
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DA AC ABS VE FC AR CD CB AIRB
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DA, VE, FC, ABGS
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2006
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ACCENT 1.3 3 E 5 PORTAS
2000
DA VE FC AR JLL AIRB
Y ELEFANTINO
1997
DA VE FC AR AIRB
M-3 1.4 5 P
2005
DA AC ABS VE FC AR CD JLL FN CB AIRB
A 140
2004
DA AC ABS VE FC AR CD AL AIRB
VECTRA GTS 1.8
2002
FULL EXTRAS
ASTRA CARAVAN 1.4 16 V
1998
DA AC VE FC AR AIRB
ASTRA 1.4 16 V 5 P
1998
DA VE FC AR CD AIRB
307 SW 1.6 16 V
2002
TODOS EXTRAS
307 1.6 16 V 5 P
2001
TODOS EXTRAS
206 1.1 5 P
2001
DA VE FC AR CD JLL FN TA AIRB
LAGUNA 1.6 PREVIL
2002
FULL EXTRAS
MEGANE 1.4 5 P LUX PREVI 2003
TODOS EXTRAS
SENIC 1.4 16 V
2000
DA AC ABS VE FC AR CD JLL FN CB AIRB
MEGANE 1.4 5 P
1998
DA AC ABS VE FC AR AIRB
MEGANE COUPE
2000
DA AC ABS VE FC AR CD JLL FN CB AIRB
FABIA 1.4 16 V SW
2002
DA AC ABS VE FC AR CD JLL FN CB AIRB
ROADSTER-COUPE 81 CV
2003
TA VE FC AR CD JLL FN CB AIRB
LEON CUPRA 240 CV
2007
TODOS EXTRAS
IBIZA 1.1 5 P
1997
DA VE FC AR CD JLL
IBIZA SIGNO 1.0 5 P
2001
DA VE FC AR CB FN AIRB
IBIZA 1.4 3 P
2000
DA VE FC AR CD JLL AIRB
YARIS SOL 1.0 3 P
2000
DA VE FC AR CD JLL AIRB
POLO 1.0 3 P
1997
DA VE FC AR CD JLL AIRB
GOLF VARIANT 1.4 16 V
2000
TODOS EXTRAS
DISEIS DE CINCO LUGARES
A4 TDI SPORT SW 140 CV
2005
FULL EXTRAS
A4 TDI 130CV SW
2004
TODOS EXTRAS
A4 TDI 110 CV
1999
TODOS EXTRAS
A3 SPORTB. 2.0 TDI SPORT
2005
TODOS EXTRAS
A3 SPORTR. 1.9 TDI
2005
DA AC ABS FX CB SP EP CCT JLL FN AIRB
525 D
2005
TODOS EXTRAS
525 D
2000
TODOS EXTRAS
320D
2005
TODOS EXTRAS
320D TOURING 150 CV
2003
TODOS EXTRAS
320D 150 CV
2002 VE FC AR CD JLL FN CB VM AIRB TA SP AIR
320D 136 CV
2000
TODOS EXTRAS
120D 163 CV 5 P
2007
FULL EXTRAS
C2 1.4HDI
2005
TODOS EXTRAS
C3 1.4HDI
2007
TODOS EXTRAS
G.PICASSO HDI 110 CV AUT 2007
TODOS EXTRAS
G. PUNTO M-JET 5 P
2006 VE FC DA AC ABS TA JLL FN CB AIRB CB VC
S-MAX TITANIO
2006
EP CB JLL FN CB VM VE FC SP SL AIRB
C-MAX TDCI GHIA
2004
TODOS EXTRAS
MONDEO TDCI 130 CV SW
2004
FULL EXTRAS
FOCUS TDCI 109 CV 5 P
2006 DA AC ABS VE FC EP JLL CB CCT AR CD AIR
FOCUS 1.6TDCI SPORT SW
2005
TODOS EXTRAS
FIESTA 1.4TDCI 5 P
2005
DA VE FC AR JLL FN AC ABS AIRB
ACCENT 1.5 CRDI 5 P
2004
TODOS EXTRAS
MUZA 1.3-M-JET
2005
TODOS EXTRAS
M-3 SPORT 1.6D 109 CV 5 P 2004 DA AC ABS VE FC AR CD TA FX CB JLL FN AI
E 220CDI
2005
TODOS EXTRAS
CLS 320CDI
2006
FULL EXTRAS
C 220CDI AVANTGARD
2006
TODOS EXTRAS
C 220CDI AVANTGARD SW 2004
TODOS EXTRAS
C 270CDI ELEGANCE SW
2001
TODOS EXTRAS
L 200 STRAKAR C\D F\BOX
2005DA AC AR CD JLL FN AIRB C\ IVA DEDUTÍVEL
L 200 STRAKAR C\D F\BOX
2000
DA AC ABS VE FC AR CD JLL AIRB
PRIMERA 2.2DDTI
2002
FULL EXTRAS
ZAFIRA 2.2 DTI 7 LUG
2002
TODOS EXTRAS
MERIVA CDTI
2005
TODOS EXTRAS
VECTRA 1.9CDTI 150 CV SW 2006
TODOS EXTRAS
VECTRA 1.9CDTI 120 CV
2006
TODOS EXTRAS
VECTRA GTS CDTI150 CV
2005
GPS VE FC EP CCT SP EP CB JLL FN AIRB
VECTRA 1.9CDTI 120 CV SW 2005
TODOS EXTRAS
ASTRA GTC CDTI 90 CV
2008
TODOS EXTRAS
ASTRA 1.9 CDTI 150 CV SW 2006
TODOS EXTRAS
ASTRA 1.7 CDTI COSMO SW 2005
TODOS EXTRAS
ASTRA 1.7 CDTI 5 P
2005
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ASTRA 1.3 CDTI SW
2006
TODOS EXTRAS
CORSA1.3CDTI 5 P ENJOY
2007
TODOS EXTRAS
CORSA1.3CDTI 5 P ENJOY
2005
TODOS EXTRAS
407 SW HDI 110 CV
2005
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407 2.0 HDI
2005
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307 SW 1.6 HDI 110CV 7 LUG 2007
TODOS EXTRAS
307 SW 1.4 HDI
2002
TODOS EXTRAS
307 CC 2.0 HDI SPORT
2006
FULL EXTRAS
206 CC 1.6HDI 110 CV
2005
FULL EXTRAS
G. ESPACE 2.2DTI 7 LUG
2005
FULL EXTRAS
G.ESPACE 1.9DCI INITIAL
2001
FULL EXTRAS
SCENIC 1.9DCI 120CV LX PRE 2004
TODOS EXTRAS
MODOS 1.5 DCI
2005
TODOS EXTRAS
MEGANE BEAK DCI 105 CV 2006
FULL EXTRAS
MEGANE 1.5 DCI 100 CV 4 P 2004 DA AC ABS VE FC AR EP JLL FN CB SL SC AIR
GRAND VITARA 2.0 TD
2000
FULL EXTRAS
LEON TDI FR 170 CV
2007
TODOS EXTRAS
LEON TDI ECOMOTIVE
2009 DA AC ABS TA VE FC AR CD JLL FN CB AIRB
LEON TDI SPORT 110 CV
2002
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ALTEIA TDI 2.0 SPORT-UP
2004
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OCTAVIA 2.0TDI SW 140 CV 2006
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AVENSIS 2.0 D-4D SW
2006
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COROLLA 1.4 D-4D SOL SW 2005
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COROLLA 1.4 D-4D SOL 5 P 2005
TODOS EXTRAS
COROLLA SW D-4D SOL
2005
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YARIS 1.4 D-4D 5 P
2006
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V 50 2.0D NIVEL 2
2004
TODOS EXTRAS
PASSAT TDI 140 CV SW HIG 2005
FULL EXTRAS
PASSAT TDI 140 CV HIG
2007
FULL EXTRAS
PASSAT TDI 130 CV SW HIG 2003
FULL EXTRAS
PASSAT TDI 110 CV
1997
TODOS EXTRAS
GOLF TDI 1.9 110 CV 5 P
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COMERCIAIS FURGÕES CARRINHAS 9 L E MOTOS
SCARABEO 500
2007
BURGMAN 650
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ER VR CX AUT ABS
C4 VAN HDI 110 CV 5 P
2005 DA AC ABS VE FC JLL AR CD C\ IVA DEDUTÍV
SAXO VAN 1.5D
2003
DA VE FC AR FN C\ IVA DEDUTÍVEL
BERLINGO 1.9D D VAN
2003
DA VE FC AR C\ IVA DEDUTÍVEL
G.PUNTO VAN M-JET
2007
DA AC ABS VE FC AIR C\ IVA DFDUTÍVEL
PUNTO VAN 1.9D
2000
DA VE FC AR AIRB
TRANZIT 2.0TD 7 LUG
2001
DA VE FC AR AIRB
FOCUS SPORT VAN 109 CV
2007 DA AC ABS VE FC AR CD JLL FN CB IVA DED
FOCUS SPORT VAN 109 CV
2006 DA AC ABS VE FC AR CD C\ IVA DEDUTÍVEL
FOCUS SPORT VAN 109 CV
2005 DA AC ABS VE FC ARCD JLL C\ IVA DEDUTÍV
FIESTA VAN 1.4HDI
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FIESTA SPORT VAN 1.4HDI
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Primeira publicação no jornal Diário do Minho n.º 28831 de 15 de
Abril de 2010
TRIBUNAL JUDICIAL
DE MIRANDELA
1.º JUÍZO
Rua dos Távoras – Palácio Justiça
5370-422 Mirandela
Telef. 278201050 Fax: 278 201060
e-mail: [email protected]
ANÚNCIO
Processo: 921/07.0TBMDL
Acção de Processo Ordinário
N/ Referência: 938099
Data: 08-04-2010
Autor: Maria do Rosário Gonçalves Pires
Réu: António João Carvalho Gama Rocha
e outro(s)…
Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e
última publicação do anúncio, citando:
Réu: António João Carvalho Gama Rocha,
filho de Olímpio José da Gama Rocha e de Maria Elisa Martins de Carvalho Rocha, divorciado, nascido em 26-05-1971, NIF – 168073471,
BI – 9482714, domicílio: Rua Cândido Oliveira,
N.º 32, 3.º Esq.º,/Rua Cândido de Oliveira, 1763.º D.to Trás, S. Vítor e/ou Av.a João XXI, 487-5.º
D.to, Braga, com última residência conhecida
nas moradas indicadas para, no prazo de 30
dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de
que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelos autores e que
em substância o pedido consiste em:
1 – A ver declarado e a reconhecerem que
os AA. são os únicos donos e legítimos possuidores do(s) prédio(s) descritos em 1 a), b) e c),
e ainda que a composição de tais prédios é a
indicada em 1, 9 e 7 desta p.i., respectivamente, com as devidas consequências legais, como
a restituição, e a absterem-se de qualquer
acto ofensivo da posse;
2 – Que o registo do prédio referido e/ou
descrito em 45 e 47, descrição 3968/Mirandela, correspondente ao art.º 5253 da matriz
urbana, não assenta em nenhum título e/
ou modo de aquisição válido, mas antes em
documento falso ou consubstanciado em
declarações falsas, sendo nulo e de nenhum
efeito, tal como a aquisição, o acto material
que representam;
3 – A ver declarado e a reconhecerem
que os prédios descritos em 1, mais propriamente em 1a), descrito na Conservatória no
n.º 03529/151001, extractado em ficha e resultante da descrição n.º 45.086 e inscrito na
matriz rústica sob n.º 14, e o prédio penhorado, descrição 3968/Mirandela, art.º 5253 da
matriz urbana, tal como identificado nessas
descrições e/ou na execução judicial acima
identificada, se confundem, física e/ou materialmente, bem como que a indicação desse
prédio à penhora, a penhora em si e demais
actos que se seguiram, como as doutas decisões que ordenam a emissão do título judicial
para venda, além de ofenderem, a posse e
propriedade dos AA., são actos nulos e de
nenhum efeito;
4 – Que seja declarado sem efeito a(s)
venda(s) do dito prédio, com as legais consequências.
5 – A pagar, solidariamente, uma indemnização ao A. marido, em quantia a liquidar em
execução de sentença.
requerem ainda:
6 – Digne ordenar o cancelamento da penhora e dos respectivos registos, e o cancelamento da inscrição na matriz do dito prédio
bem como na Conservatória do Registo Predial, in casu da descrição – 3968/Mirandela – e
inscrições, pois que se trata do mesmo prédio
já inscrito e registado em nome dos AA., a
saber, descrito na Conservatória na ficha n.º
03529/151001, resultante da descrição n.º
45.086 e inscrito na matriz rústica sob n.º 14;
7 – Que seja fixada uma sanção pecuniária compulsória por cada vez e/ou dia que
ocorra ofensa da posse e propriedade dos
AA. por parte dos I e II RR. sobre o(s) prédio(s)
descrito(s) em 1 a), b) e c), na quantia diária
de 1.500,00 €, que se julga justa e adequada a
assegurar a efectividade desta acção
tudo como melhor consta do duplicado da
petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.
Fica advertido de que é obrigatória a
constituição de mandatário judicial.
O Juiz de Direito,
Dr. Jorge Vasco Moreira Jorge Soares
O Oficial de Justiça
Manuel Augusto Rodrigues
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Diário do Minho
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ANÚNCIO
No Tribunal Judicial de Braga, Vara
Competência Mista e nos autos acima
identificados:
Correm éditos de 30 dias, contados
da data da publicação deste anúncio,
citando:
Réu: Fernando Manuel da Silva
Mota, filho(a) de, estado civil: Casado,
domicílio: Estrada Velha – Rua Mourisca,
n.º 35, Gualtar, 4700-000 Braga.
Com última residência na(s)
morada(s) indicada(s) para, no prazo
de 30 dias, decorrido que seja o dos
éditos, contestar, querendo a acção,
com a cominação de que a falta de
contestação importa a confissão dos
factos articulados pelo(s) autor(es) e
que em substância o pedido consiste em
condenar os Réus a pagar a cada um dos
autores a quantia de 30.000.00 €, acrescida de juros desde a citação, tudo como
melhor consta do duplicado da petição
inicial que se encontra nesta secretaria,
à disposição do citando.
Fica advertido de que é obrigatória a
constituição de mandatário judicial.
O prazo é contínuo, suspendendo-se,
no entanto, durante as férias.
Terminando o prazo em dia que
os tribunais estiverem encerrados,
transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil.
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Prédio no centro de Braga
em evidente estado de abandono
AVELINO LIMA
Com o pedido de alguma atenção por parte do Vosso
Jornal, venho pela presente dar conhecimento a V. Ex.cias
da situação de um prédio no centro da cidade de Braga, mais concretamente nos números 109, 111 e 113 da
Avenida Central (contíguo também ao Convento das Convertidas), que se encontra em evidente estado de abandono […].
Sou proprietária do prédio contíguo – número 121 –
e, dado que a degradação do prédio acima referido se
acentua cada vez mais e também já se arrasta há vários
anos, venho manifestar a minha indignação por esta situação.
As janelas estão todas partidas e abertas, as portas não
oferecem segurança nenhuma, o quintal que lhe está anexo mais não é que um enorme matagal e esta casa no centro de Braga tem sido, ao longo dos últimos anos, abrigo de vadios e drogados, com os perigos inerentes a estes habitantes.
O perigo de incêndio é enorme, que se agravará com
a chegada do tempo quente, e como é óbvio a vizinhança sente uma enorme falta de segurança com estes habitantes.
Parece-me inadmissível que numa zona nobre da cida-
Céu geralmente muito nublado.
Aguaceiros, por vezes fortes. Condições favoráveis à ocorrência de trovoada. Possibilidade de queda de
granizo. Vento moderado do quadrante Sul, soprando por vezes forte nas Terras Altas e Litoral a Sul do
Cabo da Roca. No distrito de Braga, aguaceiros e trovoada. Vento fraco de Este. Temperatura entre os 13 ºC e os
20 ºC. No distrito de Viana do Castelo, aguaceiros. Vento
fraco de Sudeste. Temperatura entre os 13 ºC e os 20 ºC.
Ondulação de Noroeste, tornando-se de Sudeste, com 1
a 2 metros de altura, fixando-se a temperatura da água
do mar nos 15 ºC.
Estado do mar:
Costa Ocidental: ondas de Oeste com 1 a 2 metros, passando a ondas de Sudoeste.
Temperatura da água do mar: 15/17 ºC.
Costa Sul: ondas de Sudoeste com 2 a 3 metros, aumentando para 3 a 4 metros.
Temperatura da água do mar: 17 ºC.
Tempestade na Índia
provoca 110 mortos
de as entidades competentes (Câmara Municipal) não resolvam esta situação que se arrasta há vários anos, e também não seja restaurado o bonito Convento das Convertidas, pelo que, solicito a V. Ex.cias, caso entendam oportuno, que a denunciem, no sentido de desencadear alguma
acção de resolução.
Informo V. Ex.cias que cópia desta carta será também enviada para o Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Braga.
Maria Adelaide M. Mexia Salazar Lebre
(Carta recebida por e-mail)
Pelo menos 110 pessoas morreram e 200 ficaram feridas
devido a uma tempestade que danificou mais de 50 mil casas
na Índia, atingindo os estados de Bengala e Bihar, informaram
ontem fontes oficiais.
A tempestade atingiu o distrito de Dinajpur, em Bengala, com
ventos que atingiram 125 quilómetros por hora e que arrastaram
grandes quantidades de areia.
Mais tarde foram afectados os distritos de Araria e Purnia, em
Bihar, e uma pequena zona do estado de Assam.
Pelo menos 67 pessoas morreram em Bihar, 39 em Bengala e
quatro em Assam devido à tempestade, que deixou ainda 200
pessoas feridas, segundo várias fontes citadas pela agência
indiana PTI.
Redacção/Lusa
Sismo na China provoca quase 600 mortos
O número de mortos provocado pelo sismo que atingiu ontem a província chinesa de Qinghai chegou ontem aos 589, indica um balanço divulgado pela televisão estatal chinesa.
O balanço anterior contabilizava 400 mortos e 10 000 feridos e indicava que mais de 900 pessoas tinham sido retiradas
com vida dos escombros.
O sismo teve uma magnitude de 7,1 na escala da Richter
segundo as autoridades chinesa e de 6,9 segundo o Instituto
Geológico dos Estados Unidos.
A província de Qinghai, noroeste da China, é uma região isoPub
lada e montanhosa próxima da região autónoma do Tibete.
Papa apela
à «solidariedade de todos»
Entretanto, o Papa Bento XVI apelou à «solidariedade de todos».
«O meu pensamento vai para a China e para as populações
afectadas pelo violento sismo que causou numerosas perdas
de vidas humanas, (fez numerosos) feridos e danos consideráveis», disse Bento XVI num «apelo» no final da sua audiên-
cia semanal no Vaticano.
«Oro pelas vítimas e estou espiritualmente próximo dos que
passaram por uma catástrofe tão grave», adiantou o Papa, regressado na véspera de Castel Gandolfo, a sua residência ao
sul de Roma onde passou alguns dias de repouso após as cerimónias da Páscoa.
O Papa fez votos para que «Deus» traga às vítimas «reconforto no sofrimento e coragem face à adversidade».
«Espero que não falte a solidariedade de todos», disse ainda.
Redacção/Lusa
Igreja de Seide
(São Miguel),
Vila Nova
de Famalicão
15DEABRILDE2010
Diário do Minho
Este suplemento faz parte
da edição n.o 28831
de 15 de Abril de 2010,
do jornal Diário do Minho,
não podendo ser vendido
separadamente.
DM/Avelino Lima
Mensagem
para a Semana
das Vocações
páginas .
IV-V .
Ordenação
domingo
em Viana
página .
V .
D. António
Barroso e a Lei
da Separação
páginas .
VII-VIII .
II
15DEABRILDE2010
Diário do Minho
ANO C - Domingo IV da Páscoa . 25 de Abril
LEITURA I
Actos 13, 14.43-52
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo e Barnabé seguiram de Perga até Antioquia da Pisídia. A um
sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Terminada a reunião da sinagoga, muitos judeus e prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, que nas suas conversas
com eles os exortavam a perseverar na graça de Deus. No sábado seguinte, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra do Senhor. Ao verem a multidão, os
judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias. Corajosamente, Paulo e
Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus.
Uma vez, porém, que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, voltamo-nos
para os gentios, pois assim nos mandou o Senhor: “Fiz de ti a luz das nações, para
levares a salvação até aos confins da terra”». Ao ouvirem estas palavras, os gentios
encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam
destinados à vida eterna abraçaram a fé e a palavra do Senhor divulgava-se por
toda a região. Mas os judeus, instigando algumas senhoras piedosas mais distintas
e os homens principais da cidade, desencadearam uma perseguição contra Paulo e
Barnabé e expulsaram-nos do seu território. Estes, sacudindo contra eles o pó dos
seus pés, seguiram para Icónio. Entretanto, os discípulos estavam cheios de alegria
e do Espírito Santo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL
Salmo 99 (100), 2.4.5.6.11.12.13b (R. 3c ou Aleluia)
Refrão: Nós somos o povo de Deus,
somos as ovelhas do seu rebanho.
Ou: Nós somos o povo do Senhor;
Ele é o nosso alimento.
Ou: Aleluia.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
O Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.
LEITURA II
Ap 7, 9.14b-17
Leitura do Livro do Apocalipse
Eu, João, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações,
tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,
vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão. Um dos Anciãos tomou a palavra para me dizer: «Estes são os que vieram da grande tribulação, os que lavaram
as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono
de Deus, servindo-O dia e noite no seu templo. Aquele que está sentado no trono
abrigá-los-á na sua tenda. Nunca mais terão fome nem sede, nem o sol ou o vento
ardente cairão sobre eles. O Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor
e os conduzirá às fontes da água viva. E Deus enxugará todas as lágrimas dos seus
olhos».
Palavra do Senhor.
ALELUIA
Jo 10, 14
Refrão: Aleluia.
Eu sou o bom pastor, diz o Senhor:
conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me.
EVANGELHO
Jo 10, 27-30
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as
minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer
e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos
e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só».
Palavra da salvação.
Os judeus de que se fala na I Leitura
representam aqueles que se acomodaram a uma religião “morninha”,
segura, feita de hábitos, de leis, de
devoções, de ritos externos, de fórmulas fixas, mas que não põe verdadeiramente em causa o coração e a consciência, nem tem um impacto real
na vida de todos os dias. É a religião
dos “certinhos” e acomodados, dos
que têm medo da novidade de Deus
(que mexe com os esquemas feitos e,
constantemente, põe tudo em causa,
obriga a arriscar e a converter-se).
Os pagãos de que se fala nesta leitura representam aqueles que, tendo
tantas vezes uma história pessoal
complicada e uma caminhada de fé
nem sempre exemplar, estão abertos
à novidade de Deus e se deixam questionar por Ele. Eles não têm medo de
se desinstalar, de arriscar partir para
uma vida nova e mais exigente, de
procurar novos caminhos, de seguir
Jesus no seu percurso de amor e de
entrega – ainda que seja um caminho
de cruz e de perseguição.
Onde é que eu me situo? Na atitude
de quem nasceu cristão sem ter feito
muito para isso e que vive a sua religião sem riscos, sem exigências de
radicalidade e de autenticidade, ou na
atitude de quem se deixa continuamente desafiar, se deixa questionar
por Deus, aceita viver numa dinâmica
contínua de conversão e sente que
a sua caminhada em direcção à vida
nova nunca está acabada?
A liturgia do passado domingo
apresentava-nos “o cordeiro” (Jesus), o
Senhor da história, que Se preparava
para abrir e ler o livro dos sete selos –
o livro onde, simbolicamente, estava
escrita a história humana.
De acordo com o autor do “Apocalipse”, a abertura dos selos desse livro
vai expor a realidade do mundo: na
caminhada histórica dos homens, está
presente Cristo vitorioso continuamente em combate contra tudo o que
escraviza e destrói o homem (1.º selo
– o cavaleiro branco); mas está também presente a guerra e o sangue (2.º
selo – o cavaleiro vermelho), a fome e
a miséria (3.º selo – o cavaleiro negro),
a morte, a doença, a decomposição
(4.º selo – o cavaleiro esverdeado). No
fundo deste quadro, jazem os mártires
que sofrem perseguições por causa da
sua fé e que, dia a dia, clamam a Deus
por justiça (5.º selo); por isso, prepara-se o “grande dia da ira”, que anuncia a
intervenção de Deus na história para
destruir o mal (6.º selo). A revelação
final apresenta o combate definitivo,
em que as forças de Deus derrotarão
as forças do mal (7.º selo).
O texto da II Leitura deste domingo
situa-nos no contexto do 6.º selo (o
anúncio do “dia do Senhor”). Aos mártires que clamam por justiça, o autor
do “Apocalipse” descreve o que vai resultar da intervenção de Deus: a libertação definitiva, a vida em plenitude.
O texto apresenta-nos uma multidão
imensa, inumerável, universal, pois
pertence a todas as nações. Os que a
compõem estão de pé, em sinal de vitória, pois participam da ressurreição
de Cristo; levam túnicas brancas, o
que indica que pertencem à esfera de
Deus (o branco é a cor de Deus); aclamam com palmas (alusão à festa das
tendas, uma festa celebrada no final
das colheitas, marcada pela alegria e
pelo louvor. Recorda o êxodo – quando os israelitas viveram em “tendas”
– e, por influência de Zacarias 14, 16,
assume claras ressonâncias escatológicas. Na liturgia dessa festa, a multidão entrava em cortejo no recinto do
Templo, agitando palmas e cantando)
e louvam Deus e o “cordeiro”.
Quem são estes? São os que “vieram
da grande tribulação e que branquearam as vestes no sangue do cordeiro”,
isto é, que suportaram a perseguição
mais feroz e alcançaram a redenção
pela entrega de Jesus (v. 14).
Que fazem eles? Estão diante de Deus
tributando-Lhe o culto, dia e noite.
Esse culto não é o somatório de um
conjunto de ritos mas, antes de mais,
a permanente e gozosa presença
diante de Deus e do “cordeiro”.
A “Festa das Tendas” fazia alusão à
marcha do Povo de Deus pelo deserto, desde a terra da escravidão até à
terra da liberdade. A referência a esta
festa neste contexto significa que se
cumpre, agora, o novo e definitivo
êxodo: depois da intervenção final de
Deus na história, a multidão dos que
aderiram ao “cordeiro” e acolheram a
sua proposta de salvação, alcançaram
a libertação definitiva, foram acolhidos na “tenda” de Deus; aí, não os
alcançará mais a morte, o sofrimento,
as lágrimas… Cristo ressuscitado, sentado no trono, é o pastor deste novo
Povo, e que o conduz para “as fontes
de águas vivas” – isto é, em direcção à
plenitude dos bens definitivos, onde
brota a fonte da vida plena.
Em conclusão: aos “santos” que gritam
por justiça, anuncia-se uma mensagem
de esperança. O quadro antecipa o tempo escatológico: da acção de Deus, da
sua definitiva intervenção na história,
resultará a libertação definitiva do Povo
de Deus; nascerá a comunidade escatológica, a comunidade dos libertados,
que estarão para sempre em comunhão
com Deus e que gozarão em plenitude
a vida definitiva.
Na nossa cultura urbana, a imagem do
Pastor é uma parábola de outras eras,
que pouco diz à nossa sensibilidade;
em contrapartida, conhecemos bem a
figura do líder, do presidente, do chefe:
não raras vezes, é alguém que se impõe,
que manipula, que arrasta, que exige…
Mas o Evangelho que nos é hoje proposto convida-nos a descobrir a figura
bíblica do Pastor: uma figura que evoca
doação, simplicidade, serviço, dedicação total, amor gratuito. É alguém que é
capaz de dar a própria vida para defender das garras das feras as ovelhas que
lhe foram confiadas.
Para os cristãos, o Pastor é Cristo: só
Ele nos conduz para as “pastagens
verdadeiras”, onde encontramos vida
em plenitude. Nas nossas comunidades cristãs, temos pessoas que presidem e que animam. Podemos aceitar,
sem problemas, que eles receberam
essa missão de Cristo e da Igreja, apesar dos seus limites e imperfeições;
mas convém igualmente ter presente
que o nosso único Pastor, aquele que
somos convidados a escutar e a seguir
sem condições, é Cristo.
As “ovelhas” do rebanho de Jesus têm
de “escutar a voz” do Pastor e segui-l’O… Isso significa, concretamente,
percorrer o mesmo caminho de Jesus,
numa entrega total aos projectos de
Deus e numa doação total, de amor e
de serviço aos irmãos.
Como distinguimos a “voz” de Jesus,
o nosso Pastor, de outros apelos, de
propostas enganadoras, de “cantos de
sereia” que não conduzem à vida plena? Através de um confronto permanente com a sua Palavra, através da
participação nos sacramentos onde se
nos comunica a vida que o Pastor nos
oferece e num permanente diálogo
íntimo com Ele.
Sugestões
1. Palavra de abertura – Nas palavras
de boas-vindas, o presidente da assembleia procure não fazer deste domingo unicamente um “domingo das
vocações”; é Cristo morto e ressuscitado que é festejado e cantado ao longo de todos os domingos da Páscoa.
Hoje, é-nos apresentado com traços
de Pastor, que nos precede e nos guia
para as fontes de vida. O Ressuscitado
é o Caminho, a Verdade e a Vida.
2. Oração Eucarística – Pode-se escolher a Oração Eucarística III para as
circunstâncias especiais, com a intercessão n.º 1.
3. Palavra para o caminho – Neste Dia
Mundial das Vocações, cada um de
nós é chamado a fazer o ponto da situação: Qual é a minha parte ao serviço das vocações e da missão? Alguns
euros na altura do peditório? Uma
oração uma vez por ano? Ou com
mais frequência? Um compromisso
bem concreto – mesmo pequeno –
num serviço da Igreja? E, se sou pai
ou mãe, que forma de despertar uma
vocação possível nos próprios filhos?
Reflexão preparada
pelos Padres Dehonianos
In www.dehonianos.org
Diário do Minho
A nova paróquia
(2)
EDUARDO CERQUEIRA
A paróquia, parte da diocese
Já vimos que a paróquia como parte
da diocese surgiu a partir do século
III com a entrada massiva na Igreja,
depois da paz de Constantino (314)
e da declaração do Cristianismo
como religião do Império Romano
(280), isto numa época em que se tinha a religião como uma das principais manifestações da vida pública.
O Concílio de Trento (século XVI)
afirmou a natureza territorial da
paróquia e sobretudo a missão do
pároco (cura de almas) de, em nome
do bispo, velar pela vida moral e espiritual dos paroquianos, sobretudo
pela frequência da missa dominical
e pela confissão e comunhão cada
ano, actos estes registados nos livros paroquiais.
A diocese aparece como presença
da Igreja universal em determinado
lugar. O Concílio Vaticano II e o novo
Código de Direito Canónico tratam
a diocese como Igreja particular,
nela se devendo reflectir as quatro
notas da Igreja universal: una, santa,
católica e apostólica.
Por isso, a diocese, além de ser constituída pelas paróquias da sua área
territorial, deverá incluir outras instituições e serviços especializados,
nomeadamente para a formação do
clero, acção evangelizadora, disciplina canónica, acção sócio-caritativa,
etc.
De acordo com tais exigências, o
Concílio Vaticano II (Christus Dominus, 23) menciona sete critérios
que devem presidir à delimitação
das dioceses e que o padre Alphonse Borras resume assim (p.
86): catolicidade interna, lógica
de incarnação, exercício correcto
do ministério, escala suficientemente ampla e adaptada, pessoal
suficiente e competente, equipamento institucional próprio e os
necessários recursos.
A paróquia, por sua vez, sobretudo
desde o Concílio de Trento, é parte
integrante da diocese, tendo como
elementos essenciais o território,
uma comunidade de fiéis residentes
no território e a cura de almas confiada a um sacerdote nomeado pelo
bispo diocesano e actuando em
nome dele.
Estes três elementos eram entendidos, em tempos de Cristandade,
como os que melhor asseguravam
o cuidado pastoral das populações,
que nesse tempo viviam em comunidades relativamente pequenas,
onde todos se conheciam e podiam
ser conhecidos e acompanhados
pelo pároco. Este, por sua vez,
sobretudo nas paróquias maiores,
podia chamar a colaborar no seu
trabalho pastoral outros sacerdotes
e, depois do Concílio Vaticano II,
diáconos permanentes, bem como
leigos/as, para com eles assegurar
os serviços paroquiais, a vida litúrgica, a catequese, o cuidado com os
lugares de culto e a administração
dos bens paroquiais.
Também depois daquele Concílio
(1962-1965), foi possível a constituição de paróquias pessoais, para
determinadas comunidades de
pessoas de naturalidade ou língua
estrangeira, vivendo no mesmo território, de forma a enquadrar pastoralmente todos os fiéis cristãos.
Tenha-se em conta que, nos tempos
de Cristandade, e até na memória
persistente desses tempos, os elementos constitutivos da paróquia
eram o território bem definido, a
cura de almas eficaz e os fiéis que
em princípio constituíam uma
comunidade, isto é, um grupo humano em que todos mais ou menos
se conheciam e, em princípio, eram
conhecidos pessoalmente pelo
pároco.
Como é bem de ver, nas actuais
paróquias, sobretudo das grandes
áreas urbanas, e até mesmo nas
zonas rurais do nosso Ocidente, o
agrupamento humano residente na
área paroquial já não constitui uma
verdadeira comunidade de vida. É
esta nova circunstância que importa
analisar mais pormenorizadamente,
para se poder compreender o que
deverá ser a paróquia nas novas circunstâncias sócio-culturais.
15DEABRILDE2010
CALENDÁRIO LITÚRGICO
25 de Abril de 2010
Domingo IV da Páscoa
Paramento branco. Ofício próprio (Semana IV do Saltério). Te Deum.
Missa própria, com Glória, Credo e prefácio pascal.
Leituras:
Act 13, 14. 43-52;
Salmo 99, 2. 3. 5;
Ap 7, 9. 14b-17;
Jo 10, 27-30.
* Domingo do Bom Pastor.
* Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
* Na Diocese de Bragança-Miranda: ofertório para a Pastoral das Vocações e a Fraternidade
Sacerdotal.
* Na Diocese do Porto: ofertório para as Vocações.
* Na Diocese de Viana do Castelo: ofertório para o Instituto Especial do Clero.
26 de Abril de 2010
Segunda-feira da semana IV do Tempo Pascal
Paramento branco. Ofício da féria.
Missa da féria, com prefácio pascal.
Leituras:
Act 11, 1-18;
Salmo 41, 2-3; 42, 3. 4;
Jo 10, 1-10.
27 de Abril de 2010
Terça-feira da semana IV do Tempo Pascal
Paramento branco. Ofício da féria.
Missa da féria, com prefácio pascal.
Leituras:
Act 11, 19-26;
Salmo 86, 1-3. 4-5. 6-7;
Jo 10, 22-30.
28 de Abril de 2010
Quarta-feira da semana IV do Tempo Pascal
São Pedro Chanel, presbítero e mártir. Memória facultativa (MF).
São Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero. Memória facultativa (MF).
Paramento branco ou vermelho. Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, com prefácio pascal.
Leituras:
Act 12, 24 - 13, 5a;
Salmo 66, 2-3. 5. 6 e 8;
Jo 12, 44-50.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Carlos Pinheiro, Bispo Emérito de Dume (1985).
29 de Abril de 2010
Quinta-feira da semana IV do Tempo Pascal
Santa Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja, Padroeira da Europa. Festa.
Paramento branco. Ofício da féria. Te Deum.
Missa própria, com Glória e prefácio dos Santos.
Leituras:
Act 13, 13-25;
Salmo 88, 2-3. 21-22. 25 e 27;
Jo 13, 16-20.
30 de Abril de 2010
D. Manuel Franco Falcão
Bispo Emérito de Beja
In Notícias de Beja, de 18.03.2010
Vida Ascendente
Vida Ascendente
Movimento Cristão de Reformados
“A CONDIÇÃO DO REFORMADO CRISTÃO
NA SOCIEDADE, NA CULTURA E NA IGREJA”
Intervenções: Marta Melo Antunes (Presidente Nacional do Movimento), D. António
Marcelino (Assistente Nacional), P. Dr. Carlos Nuno Vaz (Assistente Diocesano),
Dr. Élio Abreu, Monsenhor Dr. Domingos Silva Araújo e P. Dr. Jorge Vilaça.
20 DE ABRIL, Terça-feira, 15h30, na Basílica dos Congregados (Avenida Central, Braga)
III
Sexta-feira da semana IV do Tempo Pascal
São Pio V, papa. Memória facultativa.
Paramento branco. Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, com prefácio pascal.
Leituras:
Act 13, 26-33;
Salmo 2, 6-7. 8-9. 10-11;
Jo 14, 1-6.
1 de Maio de 2010
Sábado da semana IV do Tempo Pascal
São José Operário. Memória facultativa (MF).
Paramento branco. Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, com prefácio pascal.
Leituras:
Act 13, 44-52;
Salmo 97, 1. 2-3ab. 3cd-4;
Jo 14, 7-14.
[Ou:
Gen 1, 26 - 2, 3;
Salmo 89, 2. 3-4. 12-13. 14 e 16;
Mt 13, 54-58 (próprio)].
2 de Maio de 2010
Domingo V da Páscoa
Paramento branco. Ofício próprio (Semana I do Saltério). Te Deum.
Missa própria, com Glória, Credo e prefácio pascal.
Leituras:
Act 14, 21b-27;
Salmo 144, 8-9. 10-11. 12-13ab;
Ap 21, 1-5a;
Jo 13, 31-33a. 34-35.
* Dia da Mãe.
IV
15DEABRILDE2010
Diário do Minho
Mensagem do Papa para o 47.º Dia Mu
«Que este Dia Mundial possa oferecer, uma vez mais, preciosa ocasião para muitos jovens reflectirem sobre a própria vocação, abrindo-se a ela com simplicidade, confiança e plena
disponibilidade», diz Bento XVI na sua Mensagem para a Semana de Oração pelas Vocações Consagradas de 2010 (18-25 de Abril), que hoje publicamos,.
Veneráveis Irmãos no Episcopado
e no Sacerdócio, amados Irmãos e
Irmãs!
O 47.º Dia Mundial de Oração pelas
Vocações, que será celebrado no
IV Domingo de Páscoa – Domingo
do “Bom Pastor” – a 25 de Abril de
2010 –, oferece-me a oportunidade de propor à vossa reflexão um
tema que quadra bem com o Ano
Sacerdotal: “O testemunho suscita
vocações”. De facto, a fecundidade
da proposta vocacional depende
primariamente da acção gratuita
de Deus, mas é favorecida também
– como o confirma a experiência
pastoral – pela qualidade e riqueza
do testemunho pessoal e comunitário de todos aqueles que já responderam ao chamamento do Senhor
no ministério sacerdotal e na vida
consagrada, pois o seu testemunho
pode suscitar noutras pessoas o
desejo de, por sua vez, corresponder
com generosidade ao apelo de Cristo. Assim, este tema apresenta-se
intimamente ligado com a vida e a
missão dos sacerdotes e dos consagrados. Por isso, desejo convidar
todos aqueles que o Senhor chamou
para trabalhar na sua vinha a renovarem a sua fidelidade de resposta,
sobretudo neste Ano Sacerdotal que
proclamei por ocasião dos 150 anos
de falecimento de São João Maria
Vianney, o Cura d’Ars, modelo sempre actual de presbítero e pároco.
Já no Antigo Testamento os profetas
tinham consciência de que eram
chamados a testemunhar com a
sua vida aquilo que anunciavam,
prontos a enfrentar mesmo a incompreensão, a rejeição, a perseguição.
A tarefa, que Deus lhes confiara, envolvia-os completamente, como um
«fogo ardente» no coração impossível de conter (cfr. Jr 20, 9), e, por
isso, estavam prontos a entregar ao
Senhor não só a voz, mas todos os
elementos da sua vida. Na plenitude
dos tempos, será Jesus, o enviado do
Pai (cfr. Jo 5, 36), que, através da sua
missão, testemunha o amor de Deus
por todos os homens sem distinção,
com especial atenção pelos últimos,
os pecadores, os marginalizados,
os pobres. Jesus é a suprema Testemunha de Deus e da sua ânsia de
que todos se salvem. Na aurora dos
novos tempos, João Baptista, com
uma vida gasta inteiramente para
preparar o caminho a Cristo, testemunha que, se cumprem, no Filho
de Maria de Nazaré, as promessas
de Deus. Quando O vê chegar ao rio
Jordão, onde estava a baptizar, João
indica-O aos seus discípulos como
«o cordeiro de Deus, aquele que tira
o pecado do mundo» (Jo 1, 29). O
seu testemunho é tão fecundo que
dois dos seus discípulos, «ouvindo o
que ele tinha dito, seguiram Jesus»
(Jo 1, 37).
Também a vocação de Pedro, conforme no-la descreve o evangelista
João, passa pelo testemunho de
seu irmão André; este, após ter
encontrado o Mestre e aceite o seu
convite para permanecer com Ele,
logo sente necessidade de comunicar a Pedro aquilo que descobriu
«permanecendo» junto do Senhor:
«“Encontrámos o Messias” (que quer
dizer Cristo). E levou-o a Jesus» (Jo 1,
41-42). O mesmo aconteceu com
Natanael – Bartolomeu – graças ao
testemunho doutro discípulo, Filipe,
que cheio de alegria lhe comunica a
sua grande descoberta: «Acabámos
de encontrar Aquele de quem escreveu Moisés na Lei e que os Profetas
anunciaram: é Jesus, o filho de José,
de Nazaré» (Jo 1, 45). A iniciativa
livre e gratuita de Deus cruza-se com
a responsabilidade humana daqueles que acolhem o seu convite, e
interpela-os para se tornarem, com
o próprio testemunho, instrumentos
do chamamento divino. O mesmo
acontece, ainda hoje, na Igreja:
Deus serve-se do testemunho de
sacerdotes fiéis à sua missão, para
suscitar novas vocações sacerdotais
e religiosas para o serviço do seu
Povo. Por esta razão, desejo destacar
três aspectos da vida do presbítero,
que considero essenciais para um
testemunho sacerdotal eficaz.
Elemento fundamental e comprovado de toda a vocação ao sacerdócio
e à vida consagrada é a amizade
com Cristo. Jesus vivia em constante
união com o Pai, e isto suscitava
nos discípulos o desejo de viverem
a mesma experiência, aprendendo
d’Ele a comunhão e o diálogo incessante com Deus. Se o sacerdote é o
«homem de Deus», que pertence a
Deus e ajuda a conhecê-Lo e a amá-Lo, não pode deixar de cultivar uma
profunda intimidade com Ele e permanecer no seu amor, reservando
tempo para a escuta da sua Palavra.
A oração é o primeiro testemunho
que suscita vocações. Tal como o
apóstolo André comunica ao irmão
que conheceu o Mestre, assim
também quem quiser ser discípulo
e testemunha de Cristo deve tê-Lo
«visto» pessoalmente, deve tê-Lo conhecido, deve ter aprendido a amá-Lo e a permanecer com Ele.
Outro aspecto da consagração sacerdotal e da vida religiosa é o dom
total de si mesmo a Deus. Escreve o
apóstolo João: «Nisto conhecemos o
amor: Jesus deu a sua vida por nós, e
nós devemos dar a vida pelos nossos
irmãos» (1 Jo 3, 16). Com estas palavras, os discípulos são convidados
a entrar na mesma lógica de Jesus
que, ao longo de toda a sua vida,
cumpriu a vontade do Pai até à entrega suprema de Si mesmo na cruz.
Manifesta-se aqui a misericórdia de
Deus em toda a sua plenitude; amor
misericordioso que derrotou as trevas do mal, do pecado e da morte. A
figura de Jesus que, na Última Ceia,
Se levanta da mesa, depõe o manto,
pega numa toalha, ata-a à cintura e
Se inclina a lavar os pés aos Apóstolos, exprime o sentido de serviço e
doação que caracterizou toda a sua
vida, por obediência à vontade do
Pai (cfr. Jo 13, 3-15). No seguimento
de Jesus, cada pessoa chamada a
uma vida de especial consagração
deve esforçar-se por testemunhar o
dom total de si mesma a Deus. Daqui brota a capacidade para se dar
depois àqueles que a Providência
lhe confia no ministério pastoral,
com dedicação plena, contínua
e fiel, e com a alegria de fazer-se
companheiro de viagem de muitos
irmãos, a fim de que se abram ao
encontro com Cristo e a sua Palavra
se torne luz para o seu caminho. A
história de cada vocação cruza-se
quase sempre com o testemunho
de um sacerdote que vive jubilosamente a doação de si mesmo aos
irmãos por amor do Reino dos Céus.
É que a presença e a palavra de um
padre são capazes de despertar interrogações e de conduzir mesmo a
decisões definitivas (cfr. João Paulo II, Exortação apostólica pós-sinodal
Pastores dabo vobis, n.º 39).
Um terceiro aspecto que, enfim, não
pode deixar de caracterizar o sacerdote e a pessoa consagrada é viver
a comunhão. Jesus indicou, como
sinal distintivo de quem deseja ser
seu discípulo, a profunda comunhão
no amor: «É por isto que todos sa-
Diário do Minho
V
15DEABRILDE2010
undial de Oração pelas Vocações
DR
berão que sois meus discípulos: se
vos amardes uns aos outros» (Jo 13,
35). De modo particular, o sacerdote
deve ser um homem de comunhão,
aberto a todos, capaz de fazer caminhar unido todo o rebanho que
a bondade do Senhor lhe confiou,
ajudando a superar divisões, sanar
lacerações, aplanar contrastes e incompreensões, perdoar as ofensas.
Em Julho de 2005, no encontro com
o Clero de Aosta, afirmei que os jovens, se virem os sacerdotes isolados
e tristes, com certeza não se sentirão
encorajados a seguir o seu exemplo.
Levados a considerar que tal possa
ser o futuro de um padre, vêem aumentar a sua hesitação. Torna-se importante, pois, realizar a comunhão
de vida, que lhes mostre a beleza de
ser sacerdote. Então, o jovem dirá:
«Isto pode ser um futuro também
para mim, assim pode-se viver» (Insegnamenti, volume I/2005, p. 354).
O Concílio Vaticano II, referindo-se
ao testemunho capaz de suscitar
vocações, destaca o exemplo de caridade e de fraterna cooperação que
devem oferecer os sacerdotes (cfr.
Decreto Optatam totius, n.º 2).
Apraz-me recordar o que escreveu
o meu venerado predecessor João
Paulo II: «A própria vida dos padres,
a sua dedicação incondicional ao
rebanho de Deus, o seu testemunho
de amoroso serviço ao Senhor e à
sua Igreja – testemunho assinalado
pela opção da cruz acolhida na
esperança e na alegria pascal –, a
sua concórdia fraterna e o seu zelo
pela evangelização do mundo são
o primeiro e mais persuasivo factor
de fecundidade vocacional» (Pastores dabo vobis, n.º 41). Poder-se-ia
afirmar que as vocações sacerdotais
nascem do contacto com os sacerdotes, como se fossem uma espécie
de património precioso comunicado
com a palavra, o exemplo e a existência inteira.
Isto aplica-se também à vida consagrada. A própria existência dos religiosos e religiosas fala do amor de
Cristo, quando O seguem com plena
fidelidade ao Evangelho e assumem
com alegria os seus critérios de
discernimento e conduta. Tornamse «sinais de contradição» para o
mundo, cuja lógica frequentemente
é inspirada pelo materialismo, o
egoísmo e o individualismo. A sua
fidelidade e a força do seu testemu-
nho, porque se deixam conquistar
por Deus renunciando a si mesmos,
continuam a suscitar nos jovens o
desejo de, por sua vez, seguirem
Cristo para sempre, de modo generoso e total. Imitar Cristo casto, pobre e obediente e identificar-se com
Ele: eis o ideal da vida consagrada,
testemunho do primado absoluto
de Deus na vida e na história dos
homens.
Fiel à sua vocação, cada presbítero,
cada consagrado e cada consagrada
transmite a alegria de servir Cristo, e
convida todos os cristãos a responderem à vocação universal à santidade. Assim, para se promoverem as
vocações específicas ao ministério
sacerdotal e à vida consagrada,
para se tornar mais forte e incisivo o
anúncio vocacional, é indispensável
o exemplo daqueles que já disseram
o próprio “sim” a Deus e ao projecto
de vida que Ele tem para cada um.
O testemunho pessoal, feito de opções existenciais e concretas, há-de
encorajar, por sua vez, os jovens a
tomarem decisões empenhativas
que envolvem o próprio futuro. Para
ajudá-los, é necessária aquela arte
do encontro e do diálogo capaz de
os iluminar e acompanhar sobretudo através do exemplo de vida
abraçada como vocação. Assim fez
o Santo Cura d’Ars, que, no contacto
permanente com os seus paroquianos, «ensinava sobretudo com o testemunho da vida. Pelo seu exemplo,
os fiéis aprendiam a rezar» (Carta de
Proclamação do Ano Sacerdotal, de
16.06.2009).
Que este Dia Mundial possa oferecer, uma vez mais, preciosa ocasião
para muitos jovens reflectirem sobre
a própria vocação, abrindo-se a ela
com simplicidade, confiança e plena
disponibilidade. A Virgem Maria,
Mãe da Igreja, guarde o mais pequenino gérmen de vocação no coração
daqueles que o Senhor chama a
segui-Lo mais de perto; faça com
que se torne uma árvore frondosa,
carregada de frutos para o bem da
Igreja e de toda a humanidade. Por
esta intenção rezo, enquanto concedo a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 13 de Novembro de 2009
Bento XVI
Ordenação domingo
em Viana do Castelo
No próximo domingo à tarde, na Sé de Viana do Castelo,
Ricardo José Vieira Correia, de 23 anos de idade, é ordenado
diácono. O início da celebração – presidida por D. José Augusto Pedreira – está marcado para as 15h30. Ricardo Correia é natural de Santa Leocádia de Geraz do Lima, paróquia
do arciprestado de Viana do Castelo.
Também para o próximo domingo – primeiro dia da Semana
de Oração pelas Vocações – está agendado o encontro dos
familiares dos seminaristas e pré-seminaristas. Na véspera
(sábado, dia 17) à noite, na capela do Seminário Diocesano,
haverá uma vigília de oração organizada e orientada pelos
seminaristas de Teologia.
A concluir esta Semana de Oração, no dia 25, tem lugar em
Monção, no salão paroquial da vila, o Encontro Diocesano de
Animadores Vocacionais. Esta reunião terá como tema de reflexão a figura do Santo Cura d’Ars (São João Maria Vianney),
considerado o patrono dos párocos. O início do encontro
está marcado para as 14h30, com dois temas musicais, interpretados pelo grupo coral de Parada do Monte (Melgaço),
seguindo-se uma conferência. No final haverá troca de ideias
com os participantes.
Nesse dia (25 de Abril), às 15h30, na igreja do Seminário Menor de Braga, serão ordenados dois diáconos, naturais das
paróquias de São Torcato (Guimarães) e Requião (Vila Nova
de Famalicão).
ARQUIVO DM
VI
15DEABRILDE2010
Diário do Minho
Nós e os padres (38)
Vittorino Andreoli
Psiquiatra italiano
O padre de aldeia
EDUARDO CERQUEIRA
O padre de uma paróquia do campo
é uma figura de grande evocação,
com uma história às costas que a
eleva a personagem. Para a mesma
contribuíram obras literárias importantes: Diário de um padre de aldeia,
de G. Bernanos, e Diário de um padre
de aldeia, de Nicola Lisi, mas também
Dom Camillo, de Giovanni Guareschi.
Mas o que sobretudo contribuiu
para marcar e alimentar a lenda foi
o testemunho de uma série de párocos de aldeia que estão nas recordações de cada um de nós. Um perfil
que talvez tenha desaparecido, já
que, hoje, o campo, praticamente,
não existe, pelo menos com as características que lhe eram próprias
e que pareciam imperecíveis, tão
longamente duraram. Agora, o campo já não representa mais o lugar
de uma comunidade bem definida,
mesmo no aspecto religioso, e conotada por aquela particular vivência que liga o homem à terra.
Este esquema sociológico já não
existe mais. Como já não existe o
homem do campo que vive apenas
do trabalho dos campos. Mais do
que nunca, chega hoje às aldeias o
homem da cidade, que procura um
pouco de ar limpo e fresco, e que
leva consigo uma cultura diferente:
ele, com efeito, permanece um
citadino que, na aldeia, estabelece
apenas a residência, e só com o tempo se deixa contagiar pelos ritmos
típicos do ambiente agrícola. Pois
bem, naquele cenário, o padre era o
depositário do saber, e não porque
soubesse necessariamente mais do
que os outros, mas porque conhecia
as coisas que mais contavam, e entre
elas, aquelas que diziam respeito
ao céu e ao eterno. Era aquele que
atingia directamente Deus, e as coisas
de Deus eram as únicas que, naquela
cultura, tinham um verdadeiro significado. Através da sua mediação, chegavam
as ajudas do Senhor, sem as quais a
existência do camponês e da sua família
era praticamente impossível. E então
ocorria a bênção da casa, da terra, dos
animais, e naturalmente, na família,
cada um devia ser temente a Deus,
para poder gozar dos seus benefícios.
Uma visão simples que, todavia,
punha em evidência o sentido do
limite humano. A vida do campo,
mesmo que mecanizada, como o é
actualmente, depende sempre do
imponderável, de qualquer coisa de
incerto, sendo o granizo a demonstração mais cabal: em poucos minutos, o trabalho de um ano inteiro
vai por água abaixo, aniquilando as
esperanças de todo um ano. Tudo
isto, obviamente, falta na civilização
industrializada, condensada na técnica e na computação.
Apesar de tudo, sobrevive a tipo-
logia do padre a quem é confiada
uma paróquia em ambiente agrícola
ou semi-urbano. E onde a igreja é,
geralmente, o ponto geográfico central, e o campanário é a construção
típica daquela localidade, tornando-se visível por toda a parte. Os sinos
ali guardados assinalam as horas e
os dias, chamam à reunião os fiéis,
e assinalam as passagens mais significativas da vida de cada um e da
comunidade. A diferença em relação
ao ambiente urbano é evidente: na
cidade, a paróquia é um aglomerado
de habitações encostadas umas às
outras, com uma alta densidade de
população, e as relações de vizinhança
são quase nulas, porque marcadas
pela indiferença, se não mesmo pelo
incómodo e a conflitualidade.
A vivência citadina tende muitas
vezes para a agressividade que, mesmo controlada, acaba por explodir
de vez em quando e recair talvez sobre quem, naquele momento, é apenas um objecto casual, uma espécie
de pára-raios em que se descarrega
uma tensão destrutiva.
É evidente, aqui, e de maneira nítida,
a importância que o ambiente tem
sobre o comportamento e sobre os
estilos de vida, e certamente que,
num certo tempo, cidade e aldeia
eram experiências comunitárias
antinómicas, e disto se ressentia a figura do padre e a própria percepção
da Igreja. Nas aldeias, as casas são
quase idênticas e, nelas, as famílias
apareciam como núcleos amplos de
pessoas estreitamente ligadas entre
si; nas cidades, pelo contrário, o que
primeiro se capta são os indivíduos
e, depois, os núcleos familiares.
Na primeira situação, a ligação à
casa era também uma ligação à
história familiar, pois que a terra era
transmitida no interior da família e,
portanto, através de um fio condutor que permitia reconhecer mesmo
quem agora já não existia mais. O
padre entrava muitas vezes nestas
casas e muitas vezes tinha conhecido o avô e agora os netos, e acabava
por ser uma garantia da própria continuidade, um elemento que tornava
ainda mais forte a identidade social
e a histórico-familiar.
Outrora, o padre de aldeia fazia
parte do tecido camponês. Era um
sacerdote que permanecia agarrado
ao seu território, muitas vezes para
sempre. Não tinha entrado ainda
como prática habitual a rotação dos
sacerdotes, isto é, a ideia de que era
melhor mudar de tempos a tempos
os párocos, para renovar a pastoral
e dar-lhe mais vida. O factor continuidade era ainda visto como flores-
cente de vantagens, e só depois se
tornou sinónimo de rotina. Naqueles
contextos, a continuidade era sobretudo garantia de participação
do padre nas vivências das várias famílias, que mais não fosse porque o
camponês não se abre com facilidade e necessita, consequentemente,
de um tempo mais bem longo para
lubrificar as relações.
E, de facto, os párocos “a tempo” acabam por só parcialmente entrarem
nas sagas familiares. Os registos paroquias são os mapas principais que
documentam esta realidade e, ao
mesmo tempo, são a fonte que certifica o registo espiritual, indispensável
para reconstruir o emaranhamento de
inteiras árvores genealógicas familiares, o seu relacionamento através dos
matrimónios, a sua renovação graças
aos nascimentos e, por vezes, a sua
extinção pela morte dos últimos representantes de uma dada família.
A tradição era entendida como fidelidade a uma vivência, como perpetuação de escolhas e de comportamentos, a respeito dos quais existia
um vivo sentido de culpa, quando
não se escolhia a conformidade, preferindo a ruptura em vez dos hábitos
enraizados. Nesta gramática de relações se inseriam também as passagens sacramentais, os baptismos, as
primeiras comunhões e os crismas,
para já não falar dos casamentos,
que eram autênticas festas de clãs
inteiros, que se reconheciam e se
honravam mutuamente.
Também eu encontro a minha pequena história dentro de vivências
como estas, e embora não deseje
algum retorno, nem nutra qualquer
nostalgia, não posso deixar de
constatar aquilo que a vida de um
tempo assegurava à estabilidade,
também psíquica, e, de qualquer
forma, existencial das pessoas. E ao
mesmo tempo devemos reconhecer
o prestígio que então teve a figura
do padre de aldeia, um prestígio
que não é comparável ao que este
termo significa hoje, porque, então,
estava baseado na simplicidade e
na dedicação, binómios de um modelo que se propunha como núcleo
central de uma história, que só se
renovava na identidade e na coesão.
Ainda hoje ouço pronunciar aquele
«Recordas-te de Dom….», nome
a que talvez restem ligadas recordações de anedotas estranhas, e
até burlescas, porque evocam o
carácter de personalidades fortes
que, com os seus hábitos, marcaram
inteiros ambientes. Então, o velho
pároco recebia o novo sacerdote
Diário do Minho
designado, mas ele continuava a
estar na residência paroquial, e
conservava o seu lugar de honra na
igreja, onde continuava a desenvolver, quanto lho permitiam as forças,
as próprias funções, respeitado por
todos, até ao final dos seus dias. O
respeito que o circundava tinha sido
granjeado numa vivência marcada
pela essencialidade, senão mesmo
pela pobreza, em contacto com
situações também infelizes, nas
quais as famílias eram mais visitadas
do que hoje pelo anjo da morte,
pelo flagelo das epidemias ou por
escolhas últimas como a emigração.
O padre sentia aquelas dificuldades
como se fossem suas, partilhava-as
concretamente com uma assistência
assídua e, por vezes, também material. A festa do padroeiro local era a
ocasião anual para uma grande festa que reunia os vários parentes.
Com o padre da paróquia, podia
falar-se no dialecto próprio e rezar
como cada um era capaz, enquanto que ao Pai eterno era preciso
dirigir-se em italiano: nasciam assim
expressões belíssimas e criações
que, infelizmente, se perderam, mas
que seriam testemunhos históricos
preciosos, pelo menos para quem
considera a pequena história como
a mais significativa, sem a referir
necessariamente à história das batalhas que enche os livros de História
com um H maiúsculo.
Ao padre de aldeia está normalmente associada uma figura, também
essa actualmente desaparecida,
– a da empregada (a “canónica”) – a
quem se deveria dedicar um verdadeiro monumento. Por vezes, era uma
parente do sacerdote, outras vezes
era simplesmente uma mulher que
se sentia chamada a dedicar-se às
necessidades de um sacerdote. Uma
mulher que, para as pessoas, se tornava especial, pois que estava próxima
do padre, e muitas vezes era o meio e
a via mais rápida para chegar até ele.
Todavia, o padre de aldeia, habitualmente, estava sempre ali presente,
pronto e disposto a escutar, a socorrer
e a ajudar, pronto a entrar nas casas,
cada vez que fosse considerado útil, e
não para dar respostas técnicas, mas
sempre para oferecer aquelas respostas que se encontram já no Evangelho
“traduzido” no dialecto local.
Nos nossos dias, o padre de aldeia
já quase não existe, mas o seu perfil
deve ser recordado porque, no seu
tempo, foi um modelo de grande
integração dentro de uma comunidade. Uma integração baseada nos
factos, nas obras, e não tanto nas
palavras. E mesmo que existisse alguma desafinação aqui e além, isso
não altera a justa memória que se
deve guardar desta figura excepcional e ao mesmo tempo humilíssima.
Se depois, nesta descrição, acabei
por esquecer a actualidade de uma
tal figura, é porque espero que seja
feito por outros. Saber que ainda
persiste – não sei porquê – tornar-me-ia feliz.
Carlos Nuno Vaz (tradução)
15DEABRILDE2010
VII
D. António Barroso
e a Lei da Separação
Filha primogénita dos regimes liberais e republicanos, a Lei da Separação das Igrejas do Estado começou
em França, passou depois para
outros Estados e assentou praça em
Portugal em 20 de Abril de 1911.
Está agora a fazer 99 anos.
Não era novidade de última hora,
uma vez que ela aparece referenciada já em 1891, no programa do
Partido Republicano Português, que
então acabava de nascer, e em que
o tema da separação ocupava lugar
de destaque. Vinte anos depois ela
aparece entre nós, rodeada de um
poder destruidor nunca antes visto.
No tempo em que ela é decretada
votava-se-lhe um receio de morte,
uma vez que a história antecedente
apenas conhecia o sistema de união,
mais ou menos perfeita, entre a Igreja e o Estado. Todavia, ideias novas
iam surgindo neste tempo e neste
campo, sobretudo as ideias da filosofia modernista, que procuravam
combater a Igreja e pô-la ao serviço
do Estado. Esta onda começou em
França e propagou-se, depois, para
outros Estados europeus, nomeadamente os de raiz latina.
A revolução de 5 de Outubro de
1910, realizada por um republicanismo crescente, e com a preciosa
ajuda de uma maçonaria envolvente
e de uma carbonária actuante, é
bem o símbolo de uma nação enfraquecida e temerosa. O governo
provisório, actuando sob a batuta
de Afonso Costa, dá logo a entender
a sua animosidade contra a Igreja
e contra grande parte do clero. As
leis eversivas do dia 8 de Outubro,
pondo em vigor a legislação de 3
de Setembro de 1759 e a de 28 de
Agosto de 1767 contra os jesuítas,
bem como as de 28 de Maio de 1834
contra as ordens religiosas, e ainda
o controverso decreto de Hintze
Ribeiro, de 18 de Abril de 1901, que
permitiu o restabelecimento de algumas congregações religiosas, são
o protótipo da actuação do novo
governo em relação à Igreja e aos
seus serventuários.
Coloca-se, além disso, o acento tónico na futura lei da separação entre
a Igreja e o Estado, à semelhança do
que aconteceu em França, em 1905.
Seria – dizia-se à boca cheia – uma
lei que arrumaria de uma vez para
sempre a Igreja Católica.
Na sua diocese do Porto, D. António
Barroso, profundo conhecedor dos
tempos e dos homens, não só os da
monarquia como os da república, e,
em especial, a índole e a mentalidade de Afonso Costa, dos tempos em
que ele teve banca e actuação no
Porto, resolveu escrever, logo no dia
12 de Outubro de 1910, uma carta
pequena e respeitosa, mas muito esclarecedora, ao ministro da Justiça,
«pedindo que as medidas, que se diz o
Governo Provisório da República Portuguesa tenciona tomar, com respeito
a assuntos eclesiásticos, não sejam
decretadas antes da reunião da Assembleia Constituinte, mas sim sejam
a ela presentes»1.
É um pedido respeitoso, sem dúvida, que teria em mente a anunciada
publicação da lei da separação. Não
teve resposta esta carta, nem ela
conseguiu suster o surto legislativo
que imediatamente se lhe seguiu.
Não se pense que a preocupação
de afastar a legislação eversiva era
exclusiva do Bispo do Porto.
Todo o Episcopado português conhecia perfeitamente as intenções
dos novos ocupantes das cadeiras do
poder, não só pelas leis contundentes
que, em sequência cadenciada, iam
saindo, mas também pela campanha
política anterior, durante a qual os
republicanos manifestavam todo o
seu azedume contra a Igreja e contra a
maior parte do clero.
É certo também que muitos clérigos,
e até bispos, não estavam de acordo
com a situação anterior da Igreja em
face do Estado. Desejava-se uma autêntica separação, humana e justa, em
que cada poder tomasse conta das
suas funções e as exercesse de acordo
e no respeito da parte contrária.
Alguns exemplos desta desejada separação, humana e justa, podemos
vê-los nas palavras de D. Augusto
Eduardo Nunes que, quando aluno
da Universidade de Coimbra, havia
manifestado a Teófilo Braga e a
Afonso Costa, seus colegas de universidade, que o estatuto de que a
Igreja gozava na monarquia não se
podia manter2.
Mais tarde, o padre Manuel José dos
Santos Farinha, católico liberal, em
conferência na Sociedade de Geografia e na presença de Afonso Costa,
recordava o princípio de «Igreja livre
no Estado livre» e asseverava que «não
temos razão para que nos apavore a
separação da Igreja do Estado e muito
menos motivo para que tenhamos saudades da passada situação»3.
Todavia, estas expectativas de uma
separação justa, humana e livre foram completamente baldadas.
Ainda sobre estas expectativas, é de
recordar um telegrama de monsenhor B. Aloisi Masella, responsável
pela Nunciatura Apostólica de Lisboa, na ausência do Núncio Apostólico, ao cardeal Merry del Val, secretário de Estado do Vaticano, no qual
informava que seis ou sete bispos se
tinham reunido para se colocarem
de acordo com o Patriarca de Lisboa,
sobre a futura lei da separação, já
votada em Conselho de Ministros. E
em telegrama posterior perguntava
se o Santo Padre aprovaria o seguinte projecto de lei:
a) Que garanta o livre exercício da
religião católica;
b) Que aceite a Igreja ser governada
por suas próprias leis ou constituições;
c) Que se possa aceitar a abolição do
Padroado;
d) Que se reconheça à Igreja personalidade jurídica e que se deixe na
sua posse os seus próprios bens;
e) Que se autorize uma renda anual,
até que o Governo não consiga obter os seus bens próprios;
f) Que se autorize as corporações locais a subsidiar as despesas do culto;
g) Que para as dioceses ultramarinas
se deva ter em conta as suas circunstâncias específicas4.
Este projecto dos bispos é um exemplo claro da intenção da Igreja de promover uma separação leal e justa.
Cinco dias depois chegou a resposta
do secretário de Estado do Vaticano,
em telegrama a monsenhor B. Aloisi
Masella com as instruções da Santa
Sé, segundo as quais o Patriarca devia
enviar Carta Oficial ao Governo, protestando contra o projecto da separação e defendendo, nomeadamente,
o número 4 do projecto dos bispos,
ou seja, o reconhecimento da personalidade jurídica da Igreja e a posse
legítima dos seus bens. O Patriarca
cumpriu as instruções da Santa Sé e
ficou a saber-se que era intenção do
Governo publicar a lei da separação
dentro de quatro meses.
Todavia, as dissensões no seio do
próprio Governo sobre o conteúdo
da lei atrasaram a sua publicação.
Entretanto, e em face da continuada
legislação eversiva – abolição do
juramento religioso, suspensão do
Bispo de Beja, supressão do ensino
da doutrina cristã, anulação das
matrículas no 1.º ano da Faculdade
de Teologia, dissolução das mesas
administrativas das Irmandades e
Confrarias, estabelecimento legal
do divórcio – é publicada a Pastoral
Colectiva do Episcopado Português,
com data de 24 de Dezembro de
1910, na qual se teme a futura lei
da separação, nestes claros termos:
«… e como complemento e remate
desta obra de hostilidade ao Catolicismo, virá talvez – como é muito
de recear – vibrar-lhe mais fundo e
dilacerante golpe a anunciada lei da
Separação entre o Estado e a Igreja.
Diz-se iminente esta violenta e súbita
alteração das relações multisseculares que, em nosso país, têm mantido,
mais ou menos perfeita e cordial, a
harmonia entre o poder eclesiástico
e o civil. E nem sequer se aguardará
talvez a convocação e reunião da
Assembleia Constituinte, no seio da
qual, segundo todas as indicações,
deveria essa questão extremamente
grave, momentosa e complexa – se a
questão surgisse – ser amplamente
debatida, em larga controvérsia, em
libérrima discussão, para se consultar
e averiguar a vontade nacional»5.
Note-se a concordância da parte final
deste texto e a proposta de D. António Barroso, na carta a Afonso Costa,
de 12 de Outubro de 1910. Uma e
outra pedem que as medidas relativas aos assuntos eclesiásticos sejam
devidamente debatidos em sede da
futura Assembleia Constituinte.
Monsenhor Aloisi Masella, secretário
da Nunciatura e excelente acompanhante do Episcopado, telegrafava,
em 3 de Janeiro de 1911, ao cardeal
Merry del Val informando-o de que
o Grão-Mestre da Maçonaria Lusitana, Sebastião Magalhães Lima, tinha
chegado a Lisboa, vindo de Paris,
a 31 de Outubro de 1910, e havia
sido acolhido e aclamado como um
libertador da Pátria. A 20 de Novembro houve na sede da Maçonaria,
em Lisboa, uma solene reunião em
sua honra. Nessa reunião, Bernardino Machado, ministro dos Negócios
Estrangeiros, proferiu um discurso,
dizendo «que a proclamação da
República Portuguesa era em grande
parte devida à Maçonaria», ao mesmo tempo que realçava as obras
prestadas, a partir do estrangeiro,
por Magalhães Lima, a favor da
Pátria.
Afonso Costa, o orador seguinte,
confirmou que a República Portuguesa segue os «ideais da Maçonaria», afirmou que não descansa na
caça aos Jesuítas e demais religiosos
e prometeu pôr quanto antes em
acção a lei do Registo Civil e, logo
que possível, a Lei da Separação
Igreja-Estado.
Ainda o secretário da Nunciatura
informava telegraficamente a Secretaria de Estado do Vaticano, em
29 de Março de 1911, que Afonso
Costa, discursando em sessão magna no Grande Oriente Unido, sede
da Maçonaria portuguesa, no dia
26 daquele mês, e segundo o relato
do jornal O Dia, perante os representantes da Maçonaria Francesa e
Brasileira, teria afirmado que a Lei
da Separação, que se está preparando, não será à brasileira (demasiado
desinteressada pela Igreja), nem à
francesa (que ignora a existência da
mesma Igreja), mas à portuguesa
(fazendo-a funcionar no Estado
como qualquer outra sociedade
anónima), pois ao poder civil incumbe o grave dever de vigiar sobre os
homens que a dirigem e sobre os
regulamentos que a regem.
Revelando-se como o mentor e
autor da Lei, e como o «inimigo mais
feroz da Igreja em todos os tempos»,
Afonso Costa teve a desfaçatez de
profetizar o fim do catolicismo em
Portugal. Eis as suas palavras finais:
«Está admiravelmente preparado o
povo português para receber essa
lei, e a acção da medida será tanto
salutar que, em duas gerações, Portugal terá eliminado completamente o
Catolicismo, que foi a maior causa da
desgraçada situação em que caiu» 6.
Finalmente, Monsenhor Masella,
sempre bem informado sobre o
andamento da “coisa política”, comunicava ao secretário de Estado
do Vaticano, cardeal Merry del Val,
em 20 de Abril de 1911, que a Lei da
Separação da Igreja do Estado está
pronta e próxima de publicação
no Diário do Governo. Informa que
Afonso Costa já a deu a conhecer
aos representantes da Maçonaria e
à associação do Registo Civil. «A Lei,
escreve Mazella, é de inspiração maçónica, e demonstra, através dela, o ódio
que os membros do Governo Provisório
nutriam contra a Igreja». E apresenta,
de seguida, um resumo sintético dos
VIII
15DEABRILDE2010
Diário do Minho
conteúdos da Lei, segundo os diários
matutinos de inspiração republicana
(O Tempo e O Dia). Eis o resumo sintético em sete pontos:
– serão abolidas as côngruas e os
legados pios;
– os bens eclesiásticos serão declarados propriedade do Estado. Os Paços episcopais e as Casas paroquiais
serão concedidos em usufruto aos
bispos e aos párocos. Os Seminários
serão reduzidos a cinco;
– continuarão em vigor as leis vigentes controladoras do ensino nos
Seminários;
– continua a exigir-se o beneplácito
para a publicação dos Breves de
Roma e dos Documentos episcopais. Será modificada a Bula da
Cruzada;
– serão dadas às igrejas corporações
encarregadas do culto, e nas suas funções só poderão tomar parte padres
portugueses que tenham feito os
estudos nos institutos nacionais;
– serão estabelecidas pensões para o
clero subsidiado e ordenado em Portugal, acrescentando que essas pensões poderão ser dadas, após a sua
morte, às viúvas e aos filhos legítimos;
– serão extintos todos os títulos
pelos quais os paroquianos eram
obrigados a pagar aos párocos.
Exactamente nesse dia era dada a
publicar, ao Diário do Governo, o
texto oficial da Lei da Separação. A
síntese antecipada por Monsenhor
Masella era exacta. Era sinal do seu
grande interesse pela vida nacional e
do seu excelente acompanhamento
dos trabalhos e das preocupações do
Episcopado português.
Na verdade, logo no dia seguinte,
aparecia a Lei da Separação do Estado
das Igrejas. Publicada no Diário do Governo de 21 de Abril de 1911, a ordens
do ministério da Justiça, como decreto com força de lei, datado do dia 20,
separando o Estado das Igrejas7.
É uma lei extensa, composta de 7
capítulos e 196 artigos, extremamente radical, destinada a abalar
a coluna vertebral da Igreja – retirando-lhe a personalidade jurídica,
proibindo as cerimónias religiosas,
nacionalizando-lhe os seus bens,
proibindo o ensino das disciplinas
preparatórias nos seminários, criando as corporações ou associações
cultuais para a regulamentação do
culto e para a administração das
esmolas dos fiéis, criando a pensão
eclesiástica para o clero, privando
o clero de muitos dos seus direitos
cívicos, entre outras determinações
ofensivas e radicais.
Uma lei que revela bem o espírito
mordaz que a originou e a finalidade imediata que dela se esperava
– «acabar com o Catolicismo no período de duas gerações».
Uma Lei tão injusta, e tão claramente opressiva dos direitos e liberdades da comunidade católica, merecia
uma resposta firme e enérgica, embora respeitosa, dos bispos portugueses.
Foi o que sucedeu. Duas semanas
após a publicação do decreto governamental, os bispos fizeram sair um
Protesto Colectivo, no qual, antes de fazerem «uma análise jurídica completa
do decreto», definem o conteúdo do
diploma em quatro palavras: injustiça,
opressão, espoliação e ludíbrio8.
Assinaram o Protesto Colectivo
todos os bispos de Portugal, à excepção de D. António Barroso, Bispo
do Porto e exilado em Remelhe
Ano Sacerdotal (21)
Pastores
e comunidades
1.º Um só coração e uma só alma. Com que gosto temos
andado a ler os Actos dos Apóstolos e a tentar assimilar
o que se escreve sobre as comunidades primitivas e seus
pastores. Gente com muitos problemas: perseguidos, com
pouca organização, levados a tribunais, sem meios, às vezes
com grandes carências, mas eram «um só coração e uma só
alma». Viviam como verdadeiros irmãos no Senhor, como
amigos que partilhavam a fé, a oração, os bens, as dificuldades, as alegrias. E os pastores, sobretudo quando começaram a ter muito serviço com as “mesas”, os pobres, as coisas
que era preciso fazer, resolveram dedicar-se à oração e ao
anúncio da Palavra e escolher diáconos para os outros serviços. Quanto temos a aprender desse modo de ser cristão e
ser pastor, de estar no mundo e pertencer à Igreja.
(Barcelos), e D. Sebastião Leite de
Vasconcelos, Bispo de Beja e exilado
fora do país.
É da atitude do Bispo do Porto, face à
Lei da Separação, que aqui nos ocupamos, uma vez apareceram novos
elementos que esclarecem, de uma
vez por todas, a posição de D. António
Barroso, face à questão da separação.
Na verdade, duas interpretações surgiram para explicar a atitude de
D. António:
– a primeira está baseada na palavra de Fortunato de Almeida, que
colocava na boca de D. António a
expressão de que «ainda não é o momento oportuno de acrescentar outra
razão à de se encontrar exilado».
Houve quem visse nessa expressão a
manifestação de alguma frieza entre
o Bispo do Porto e os seus colegas
no Episcopado. O que não é verdade. É certo que D. António viu-se
só na defesa da Pastoral Colectiva,
mas nunca mostrou qualquer frieza
ou reserva ou azedume em relação
aos seus colegas. Ele assumiu a sua
determinação. O próprio Fortunato
de Almeida igualmente afirma ter
ouvido ao grande prelado a frase
identificativa da sua personalidade:
«perante os despotismos do governo,
o meu parecer é que não houvesse o
menor sinal de fraqueza; que todos
os Bispos, sem hesitação, seguissem
o seu caminho, até irem todos para a
masmorra». Esta frase é que reflecte
o verdadeiro estado de alma do ilustre prelado portuense.
– a segunda interpretação apareceu
há relativamente pouco tempo e é
fundamentada num pequeno escrito, da autoria do cónego António
Ferreira Pinto, antigo secretário e
familiar de D. António. Esse pequeno
escrito, muito importante, afirma
o seguinte: «Publicada a Lei da Separação, decreto de 20 de Abril de
1911, o Episcopado protestou contra
essa Lei, mas o Sr. D. António Barroso não assinou esse documento. Os
colegas não incluíram o seu nome,
omissão que muito contristou o Bispo,
que tinha caído de pé com a leitura
da Pastoral de 24 de Dez. de 1910,
obrigando essa leitura qdº os outros
a suspenderam. F. Pinto».
O itálico é nosso, uma vez que reflecte o verdadeiro estado de espírito de D. António, ao não poder as-
sinar o Protesto Colectivo. Ele ficou,
na verdade, muito contristado por
os colegas não terem incluído o seu
nome no protesto, pois a sua vontade era tê-lo assinado, juntamente
com os outros bispos. Também aqui
o Bispo do Porto manifestava a sua
têmpera de aço na defesa dos sagrados direitos da Igreja.
Para sublinhar esta têmpera de aço
de D. António Barroso, ele próprio
a deu a entender ao encarregado
de Negócios da Santa Sé, em carta
de 27 de Maio de 1911, em que ele
escreve: Já há dias comuniquei ao
Senhor Cardeal Patriarca que se o
Governo aplicar qualquer pena aos
Prelados que assinaram o manifesto
(= protesto colectivo), protesto que me
não fosse aplicada a mim; reclamarei
publicamente para que também a
mim seja aplicada, pois que com eles
sou solidário e da melhor vontade
tinha assinado o protesto se tivesse
assistido à reunião…»9.
Mostrando a sua solidariedade com
os seus colegas no Episcopado,
também aqui se explica o facto de
D. António Barroso não ter assinado
o Protesto Colectivo dos bispos portugueses, relativamente à Lei da Separação, lei essa que ainda hoje dificulta, em muitos aspectos, a acção
da Igreja Católica, mas que obrigou,
também, o Episcopado português a
reformular a sua actividade pastoral
nesta terra de Santa Maria.
2.º Caridade fraterna. Que as grandes comunidades de cidade tenham dificuldade em ser «um só coração e uma só
alma» parece que entendemos, mas mesmo nas paróquias
rurais, às vezes bem pequenas, é tão difícil encontrar a comunhão, o primado do amor, a unidade e a concórdia. Mesmo entre aqueles que comungam, que vão a Missa, às procissões, às peregrinações, existe, tantas vezes, ódios, ciúmes,
invejas, discórdias. E entre os membros do mesmo grupo
coral, entre o grupo dos catequistas, ou outros movimentos paroquiais, não encontramos com facilidade o tal «um
só coração e uma só alma». E nas estruturas da paróquia,
quanto dinheiro mal gasto em foguetes, ranchos, bandas de
música, mas o pobre fica com a casa a chover-lhe dentro, e o
doente ou incapacitado continua sem uma cadeira de rodas.
Onde está, podemo-nos perguntar, a atitude dos primeiros
cristãos de colocar tudo em comum? Como se amam uns
aos outros, essa gente que reza e vai à Missa, para que os todos possam dizer: «vede como eles se amam»? Que nuvem
densa de espírito do mal, que gera invejas, ódios, críticas,
rixas, discórdias, andam por aí criando divisões e contendas
e fecha os corações ao amor, à partilha, ao bem comum, à
dádiva de si mesmo, até ao dom da vida? Ó caridade!!! Ó
amor!!! Ó partilha!!! Por onde andais? Que nuvem de poeira
nos impede de ser o que devemos? Ó poeira!
(1) Boletim de D. António Barroso, II Série, Ano
XV, n.º 188.
(2) João Seabra, O Estado e a Igreja em Portugal no início do século XX.
(3) Adelino Alves, A Igreja e a Política, Centro
Católico Português.
(4) Senra Coelho, Estado-Igreja: Génese histórica da Lei da Separação, em Diário do Minho
(suplemento “Igreja Viva”) de 20 de Novembro de 2009.
(5) Pastoral Colectiva do Episcopado Português
ao Clero e Fiéis de Portugal.
(6) Jornais O Tempo de 28.03.1911 e O Dia de
29.03.1911.
(7) Diário do Governo, n.º 92, de 21 de Abril de
1911 (sexta-feira).
(8) José Adílio Barbosa Macedo, D. António
Barroso e a Primeira República, p. 116 e ss.
(9) Boletim de D. António Barroso, já citado, n.º 126.
3.º Mais tempo para rezar. Se nós, os pastores, mesmo dando
desconto a algum devaneio, nos dedicássemos a rezar e a
anunciar a Palavra, como seriam diferentes as nossas vidas,
nossas homilias, nossos diálogos, nossos tempos para programar, em oração, uma pastoral mais ungida pelo Espírito e,
por isso, mais eficaz, com mais fruto?! Como seriam diferentes as homilias, as conferências, os diálogos de atendimento
ou de confessionário, se nós, os pastores, dedicássemos
mais tempo à oração e ao anúncio da Palavra?! Como o fogo
arderiam nossos corações, como as nossas palavras queimariam, envolvidas pelo fogo de Pentecostes?! Como haveria
mais evangelização, mais contacto com Jesus de Nazaré,
mais paixão por Ele e pelos seus mistérios?! Com homens
da oração e da Palavra, mudariam as dioceses, as paróquias,
os corações. Haveria mais santidade e mais vocações, mais
zelo e mais serviço desinteressado, mais gente de coração
universal e de joelhos no chão para servir e lavar os pés.
Mas... sempre o mesmo mas... a nuvem densa que engana e
faz desvirtuar a visão justa das coisas, insinua-se num desejo
subtil, qual paixão desordenada, de fazer, fazer, fazer… E fazemos de tudo: motoristas, secretários, contabilistas, mestrede-obras, financeiros, rezadores de missas, funcionários do
sagrado, com funerais e outras coisas pelo meio. E onde fica
a oração e o anúncio da Palavra? Ó oração!!! Ó Palavra!!! Por
onde andais? Que nuvem de poeira, qual espírito do mal,
nos impede de ser o que devemos? Fica um desejo: Paróquias vivas com pastores homens de oração e da Palavra.
José Adílio Macedo
Dário Pedroso, SJ
NOTAS: