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Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. 59 Uso de fibrina rica em plaquetas (PRF) no tratamento de perfurações da membrana sinusal Use of platelet-rich fibrin (PRF) to treat sinus membrane perforations Fernando Mallmann1 Pablo Eduardo Walker Lago2 Álvaro Della Bona3 Resumo A reabilitação de áreas edêntulas sempre foi um desafio para os profissionais, em especial a posterior de maxila, pela pneumatização dos seios maxilares. Uma das complicações durante os procedimentos de levantamento sinusal são as perfurações da membrana. A fibrina rica em plaquetas (PRF), um concentrado de fatores de crescimento obtido a partir da centrifugação do sangue do paciente, tem a propriedade de acelerar o processo cicatricial, reparar as perfurações na membrana schneideriana e funcionar como material de preenchimento. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura e relatar um caso de selamento de perfuração de membrana sinusal utilizando membrana de fibrina (PRF) associada à hidroxiapatita bovina. Descritores: Levantamento do assoalho do seio maxilar, implantação dentária. Abstract Rehabilitation of edentulous areas has always been a challenge for dentists, especially on the posterior maxilla due to the pneumatization of the maxillary sinus. One of the complications during sinus lifting procedures is perforation of the membrane. The platelet-rich fibrin (PRF) is a complex of growth factors obtained from centrifuging the patient’s blood. It has the ability to accelerate the healing process and repair damages in the Schneiderian membrane, therefore, functioning as a filling material. The aim of this study was to perform a literature review and report a clinical case of sealing membrane perforation using PRF associated with bovine hydroxyapatite. Descriptors: Sinus floor augmentation, dental implants. Esp. em Implantodontia e Prótese Dentária, Msd. em Odontologia - PPGOdonto - UPF. Esp. em Ortodontia e Radiologia, Msd. em Odontologia - PPGOdonto-UPF. 3 Esp. em Prótese Dentária e DTM, Ms. em Odontologia Restauradora, Dr. em Ciências dos Mat. e Engenharia, Prof. Titular - PPGOdonto-UPF. 1 2 E-mail do autor: [email protected] Recebido para publicação: 01/10/2013 Aprovado para publicação: 19/11/2013 Como citar este artigo: 0DOOPDQQ)/DJR3(:'HOOD%RQD$8VRGH¿EULQDULFDHPSODTXHWDV35)QRWUDWDPHQWRGHSHUIXUDo}HVGDPHPEUDQDVLQXVDO Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. Relato de caso / Case report Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. 60 Relato de caso / Case report Introdução Nas últimas décadas, a reabilitação utilizando implantes dentários tem recebido cada vez mais atenção dos cirurgiões dentistas, oferecendo uma alternativa real e prática para prótese convencional. As limitações ósseas em altura e espessura levaram os profissionais a desenvolverem técnicas e materiais para compensar tais entraves aos implantes5. Para tanto, os substitutos ósseos vêm sendo amplamente empregados, sejam eles autógenos, homógenos, heterógenos ou de materiais sintéticos14. Os substitutos ósseos autógenos para seio maxilares ainda são considerados ideais por promoverem além da osseocondução, a osseoindução e osseogênese, porém as dificuldades como a morbidade, necessidade de mais sítios cirúrgicos e maior velocidade de reabsorção, levaram a substituição por outras fontes doadoras, como as hidroxiapatitas sintéticas e xenógenos com resultados muito previsíveis20 e alto índice de sucesso5. Espera-se que biomateriais sejam biocompatíveis, apresentem osseocondutividade e/ou indução cicatricial, garantam homeostasia tecidual, tenham completa antigenicidade e constituam arcabouço do esqueleto tecidual e ser substituído por osso neoformado2. Um material de enxertia assume o papel de substituto do tecido ósseo quando ele cumpre os critérios de biocompatibilidade, se possuir uma ótima resposta ao estresse biomecânico e uma grande capacidade para substituir as funções de síntese e/ou regeneração da estrutura óssea, essencial para a manutenção de um volume e vitalidade óssea adequada23,24. Em se tratando de osseoindutibilidade, o osso autólogo, do próprio paciente, já foi considerado o padrão ouro para cirurgias de elevação do seio maxilar por ser o biomaterial com maior biocompatibilidade, em virtude da mesma origem embrionária, presença de proteínas morfogenéticas ósseas (BMP-2), favorecendo assim, a osseoindução. Além disso, é o único material que tem propriedades osseogênicas, além das propriedades osseoindutoras e osseocondutoras. Contudo, sabe-se que a utilização de osso autógeno isoladamente apresenta um rápido tempo de reabsorção, originando um osso neoformado de menor qualidade quando comparado ao utilizado em associação com hidroxiapatita22,25. Neste sentido a técnica de utilizar um concentrado de fatores de crescimento do próprio paciente vem se tornando robusta. O plasma rico em plaquetas (PRP) foi considerado a primeira geração de concentrado de fatores de crescimento e foi, inicialmente, indicado para estimular a regeneração óssea, apesar de seus efeitos limitados para tal fim12,19. Esta primeira geração de concentrado de plaquetas, quando associado ao osso autógeno, oferece valores histomorfo- métricos não superiores ao controle (apenas osso autógeno) aos 3 meses de osseointegração, mas foram superiores ao controle após 6 meses12. A fibrina rica em plaquetas (PRF) é um novo conceito de concentrado de plaquetas no formato de uma membrana autóloga9. A PRF é a segunda geração de concentrado de plaquetas e consiste em uma membrana de fibrina com alto potencial de reparação de lesão. A PRF foi desenvolvida na França, por Joseph Choukroun, para uso específico em cirurgia oral e maxilofacial1,8,9. O protocolo PRF é muito simples: uma amostra de sangue é obtida sem anticoagulante em tubos de 10 ml que são imediatamente centrifugados a 3000 rpm (aproximadamente 400g) por 10 minutos9. Após o início da centrifugação na ausência de anticoagulante, inicia-se a ativação da maioria das plaquetas do sangue coletado, a partir do contato destas com as paredes do tubo e da liberação das cascatas de coagulação9. Como produto final desse processo temos o fibrinogênio, que é uma proteína solúvel, transformada em fibrina insolúvel pela trombina. A fibrina gel constitui a primeira matriz cicatricial dos locais lesionados7. O fibrinogênio é inicialmente concentrado na parte alta do tubo, antes da trombina circulante transformá-lo em fibrina. Um coágulo de fibrina é então obtido no meio do tubo, entre os glóbulos vermelhos na parte inferior e plasma acelular na parte superior9. A PRF tem a característica de polimerizar natural e lentamente, durante a centrifugação. A trombina que atua sobre o fibrinogênio autólogo colhido é fisiológica, porque não há adição de trombina bovina9. A rede de fibrina assim formada apresenta, particularmente, uma organização tridimensional homogênea, mais coerente do que coágulos de fibrina natural9. Além disso, com polimerização progressiva, a incorporação de citocinas circulantes aumenta na malha de fibrina (citocinas intrínsecas). Tal configuração implica em um tempo de vida maior para estas citocinas, porque elas serão liberadas e utilizadas apenas quando da remodelação da matriz inicial cicatricial (efeito a longo prazo). As citocinas são, assim, mantidas disponíveis in situ durante um período conveniente, quando as células começam a remodelação cicatricial da matriz, ou seja, quando elas têm que ser estimuladas para lançar a reconstrução do local lesionado9. O conceito de PRF fundamenta-se na proteção dos fatores de crescimento da proteólise que, então, podem manter sua atividade por um período maior e estimular a regeneração óssea de forma mais eficaz13. Em um estudo clínico8, com oito cirurgias de levantamento de seio maxilar em humanos, foi avaliada a utilização da PRF associado ao FDBA (lado teste) e no lado controle foi utilizado somente FDBA. O comportamento do lado teste em 4 meses foi igual ao lado Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. 61 controle em 8 meses, mostrando o potencial de aceleração do processo cicatricial com o uso da PRF. A fase mais crítica do procedimento de elevação da membrana sinusal, após a osteotomia da parede lateral do seio maxilar (técnica de Ta Tom)21, é o descolamento da mesma. Nesta fase podem ocorrer rompimentos da membrana de Schneider, em torno de 15% dos casos, que dependendo do tamanho da perfuração, pode inviabilizar a enxertia5, principalmente pelo caráter de contenção do material de enxertia que a membrana exerce6. As causas mais frequentes dessas perfurações são: osteotomias inadequadas; descolamentos incompletos da membrana com falta de apoio ósseo para as curetas de levantamento, exercendo pressão excessiva sobre a membrana e presença de septos5. Constatada a presença de perfurações na membrana sinusal, esta deve ser quantificada3, pois pequenas perfurações não necessitam de tratamento, uma vez que as próprias dobras da membrana obliteram a perfuração. Na existência de rompimentos maiores que 5 mm o uso de membranas de colágeno é indi- cado. Outro estudo8 indica a utilização de membranas de fibrina, obtidas a partir da PRF para o vedamento das perfurações. Na presença de perfurações maiores que 10 mm, a cirurgia deve ser abortada e a reentrada realizada após 60 a 90 dias4. Com base nessa fundamentação teórica, o objetivo desse trabalho é demonstrar o uso da PRF clinicamente. )LJXUD Paciente portador de prótese total superior e antagonistas naturais. )LJXUD5HFRQVWUXomRSDQRUkPLFDGHFRUWHVWRPRJUi¿FRVD[LDLV Após o planejamento reverso e reconstituições fisionômicas, planejou-se levantamento de seios maxilares bilaterais com instalação concomitante de 6 implantes osseointegráveis a serem localizados na região de caninos, pré-molares e molares, sendo estas duas últimas regiões localizadas em áreas enxertadas. A instalação de prótese fixa tipo protocolo ocorrerá após osseointegração de 6 meses. Paciente foi sedado com Midazolan 7,5 mg (Roche) para diminuir a ansiedade e potencializar tempo anestésico. Após anestesia com Articaína 4% 1:200.000, executou-se incisão mucoperiostal, supracrestal, associada à incisão relaxante na região de caninos. O descolamento do retalho mucoperiostal foi realizado com auxílio de instrumental de molt e buser. O acesso antral foi realizado sob refrigeração com soro fisiológico e broca esférica diamantada n° 8, em formato ogival, tendo a base localizada a 5 mm da crista óssea e porção mesial localizada a 4 mm do pilar canino. O descolamento e levantamento da membrana de Schneider foram realizados com curetas de levantamento de seio maxilar. Durante o procedimento de elevação constatou-se 2 pequenas perfuração, medindo 2 x 1 mm (Figura 3), que durante o descolamento aumentaram de tamanho para uma perfuração de aproximadamente 5 mm. Procedeu-se o completo deslocamento da membrana de forma que a perfuração não progredisse (Figuras 4 e 5). Foram executadas as perfurações, sempre orientadas pelo guia cirúrgico (Figura 6) para a instalação dos implantes, seguindo uma sequência de fresas da lança até a fresa 3, de forma a deixar as perfurações sub-instrumentadas buscando um travamento mais eficiente pelo implante. Relato de caso Mallmann F, Lago PEW, Della Bona A. O presente caso, com desenho split mouth, tem consentimento do paciente e foi utilizado para ilustrar a técnica revisada e descrita nesse trabalho. Paciente do sexo masculino, 40 anos, boa saúde geral, procurou serviço especializado para reabilitação bucal. No exame clínico, observou-se presença de todos os dentes na arcada inferior e uma prótese total superior (Figura 1), presença de alteração na dimensão vertical e comprometimento estético anterior. No exame tomográfico percebe-se grande perda óssea vertical e pneumatização dos seios maxilares (Figura 2). Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. Relato de caso / Case report 62 )LJXUD Pequenas perfurações da membrana sinusal. )LJXUD Deslocamento da membrana sinusal. )LJXUD Completo levantamento da membrana sinusal. )LJXUD Utilização de paralelômetros na determinação da posição dos implantes. Confecção e utilização da PRF Previamente ao procedimento cirúrgico foi coletado sangue do paciente, onde puncionou-se a veia cefálica, com agulha especial para coletor fechado tipo vacuotainer (Figura 7), de interior estéril, sem anticoagulante, coletando 10 ml de sangue para cada um dos 8 tubos que foram centrifugados utilizando a centrifuga CentriBio modelo 80-2B, com força de 400 g, velocidade de 2.500 rpm, por 10 minutos de acordo com a técnica de Chockrum8,9. Após a centrifugação, os tubos com a PRF formado aguardam em um suporte adequado o momento da utilização, uma vez que possui estabilidade e tempo de uso em até 4 horas. A PRF, localizada na porção superior dos tubos (vacuotainer), foi pinçada, cortada com auxílio de uma tesoura para separar os glóbulos vermelhos (Figura 8) e prensada entre duas placas de vidro estéril coberta com uma gaze. O resultado deste processo é a obtenção de uma membrana de fibrina (Figura 9), altamente elástica e resistente que foi acondicionada selando a perfuração (Figura 10). A PRF também foi utilizada como material agregador para a hidroxiapatita bovina (Bio-Oss®, Geistlich), fazendo as vezes do soro fisiológico. )LJXUD Vacuotainer contendo PRF na parte superior (cor amarelo) após a centrifugação. )LJXUD Separando a PRF dos glóbulos vermelhos. Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. )LJXUD35)HPIRUPDGHPHPEUDQDGH¿EULQD )LJXUD0HPEUDQDGH¿EULQDVHQGRXWLOL]DGDSDUDYHGDPHQWRGDSHUfuração da membrana de Schneider. Para o enxerto de preenchimento do seio maxilar, foram utilizados 02 tubos com PRF em cada seio maxilar, após fragmentação e mistura com o Bio-Oss® (Geistlich) (Figura 11). Os outros 4 PRFs foram prensados (como descrito acima) dando conformação às membranas (Figura 9). A mistura Bio-Oss® + PRF foi acondicionada no interior da cavidade sinusal (Figura 12) e, na sequência, os implantes hexágono externo Easy Pourus® (Conexão) foram instalados (Figura 13). Após, completou-se o preenchimento cobrindo completamente os implantes e obliterando totalmente a cavidade antral (Figura 14). Utilizou-se uma membrana de fibrina para recobrir a janela do seio maxilar para isolar o mucoperiósteo, seguindo o princípio da exclusão celular (Figura 15). Após suturado, procedeu-se o levantamento do seio maxilar esquerdo (contralateral) e instalado os implantes, seguindo o mesmo princípio de posicionamento contralateral (Figura 16). Os implantes de hexágono externo Easy porous® (Conexão), apesar da pequena altura óssea residual (2 mm), forneceram boa estabilidade primária, com torques acima de 35 N/cm2 (Figura 17). Neste lado esquerdo, para o preenchimento da cavidade antral foi utilizado somente hidroxiapatita Bio-Oss®, o que permitirá a comparação histológica e radiográfica contralateralmente. )LJXUD Bio-Oss® agregado a PRF como material de preenchimento do seio maxilar. )LJXUD Preenchimento do fundo da cavidade sinusal antes da instalação dos implantes. Mallmann F, Lago PEW, Della Bona A. 63 Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. 64 )LJXUD Implantes Easy Porous® (Conexão) instalados. )LJXUD Preenchimento total da cavidade antral com Bio-Oss® + PRF. )LJXUD Membrana de PRF recobrindo o material de preenchimento. )LJXUD Posicionadores para os implantes do lado contralateral. Relato de caso / Case report Discussão )LJXUD Obtenção de alto torque apesar da pouca base óssea na região do assoalho de seio maxilar. A necessidade de reabilitar áreas edêntulas que sofreram grandes reabsorções é uma necessidade atual4,5,15 e a manobra de levantamento de seio maxilar é uma forma viável de ancorar implantes para as reabilitações bucais implantossuportadas4,5,6,8 21. Uma das complicações relativamente frequente (em torno de 15%) dos procedimentos é o rompimento da membrana sinusal durante o deslocamento da mesma5,6,21. A principal intercorrência desse rompimento relaciona-se à contenção do enxerto4,5. Pequenas perfurações com extensão de 1 a 2 mm são contornadas com as próprias dobras da membrana na sua elevação, porém ao atingirem comprimentos maiores que esses, devem ser adicionadas membranas Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. Conclusão Diferentes técnicas e materiais de enxertia são utilizados com sucesso no preenchimento dos seios maxilares. Quando da ocorrência de complicações, como a perfuração da membrana sinusal, estas devem ser vedadas para conseguir o adequado confinamento do referido material de enxertia. A PRF, caracterizada por ser um concentrado de fatores de crescimento e citocinas em uma rede de fibrina, atua naturalmente como a primeira matriz de cicatrização dos tecidos lesados. A literatura revisada reporta que a utilização da PRF, sozinha ou em associação com osso ou hidroxiapatita, reduz o tempo de cicatrização e aumenta a qualidade do osso lamelar formado. Referências bibliográficas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Anitua E., Sanchez M., Nurden A.T., Nurden P., Orive G., Andia I. New insights into and novel applications for platelet-rich fibrin therapies. Trends Biotechnol. 2006; 24:227-34. Artzi Z., Weinreb M., Givol N., Rohrer M.D., Nemcovsky C.E., Prasad H.S. Biomaterial resorption rate canine: a 24-month longitudinal histologic study and morphometric analysis. 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A fibrina gel constitui a primeira matriz cicatricial dos locais lesionados7. A PRF é a segunda geração de concentrados de fibrina, sucedendo o PRP (plasma rico em plaquetas) que tinha como limitante a liberação dos fatores de crescimento e citocinas em um tempo muito curto8,9,10,11,16. A PRF apresenta polimerização progressiva e a incorporação de citocinas circulantes aumenta na malha de fibrina (citocinas intrínsecas). Tal configuração implica em um tempo de vida maior para estas citocinas, porque elas são liberadas e utilizadas apenas quando da remodelação da matriz inicial cicatricial (efeito a longo prazo). As citocinas são, assim, mantidas disponíveis in situ durante um período conveniente, quando as células começam a remodelação cicatricial da matriz, ou seja, quando elas têm que ser estimuladas para reconstruir o local lesionado9. Segundo alguns autores8,9,13, a PRF atua na proteção dos fatores de crescimento da proteólise que, desta forma, podem manter sua atividade por um período maior e estimular a regeneração tecidual. O protocolo idealizado pelo grupo de J. Choukroun8,9 para obtenção da PRF, considera uma força G (gravitacional) de RFC= 400 g, com rotação de 2.500 rpm por 10 minutos, o que deve ser ajustado para cada centrífuga seguindo a fórmula: RCF= 1.118 x 10-5n2r, sendo o “n” o número de rotações e o “r” o raio da centrífuga. Para o presente trabalho, a centrífuga foi ajustada para uma rotação de 2.800 rpm por 10 minutos de centrifugação. A utilização de osso autógeno, especialmente pela capacidade de osseoindução, tem sido recomendada para o preenchimento da cavidade antral. Porém, a utilização de osso autógeno sozinho apresenta um rápido tempo de reabsorção, originando um osso neoformado de menor qualidade, comparado ao utilizado em associação com hidroxiapatita. A hidroxiapatita bovina (Bio-Oss®) é considerada um substituto ósseo adequado. A associação de PRF e Bio-Oss® vem sendo estudada com bons resultados clínicos22,26, reduzindo o tempo de cicatrização óssea de 180 dias para 106 dias, aproximadamente. Outro estudo17, com acompanhamento clínico de 6 anos, utilizou L-PRF como único material de preenchimento durante a elevação de seio maxilar e instalação de implantes, promovendo a regeneração do osso. 65 Full Dent. Sci. 2013; 5(17):59-66. 66 15. 16. 17. 18. 19. Relato de caso / Case report 20. ternativa viável para ganho ósseo vertical. Full Dent Sci 2012;4(13):78-82. Mosesson M.W., Siebenlist K.R., Meh D.A. The structure and biological features of fibrinogen and fibrin. Ann N YAcad Sci 2001;9(36):11-30. Prakash S., Thakur A. Platelet concentrates: Past, present and future. J Oral Maxillofac Surg, 2011; 10(1):45–49. Simonpieri A., Choukroun J., Del Corso M., Sammartino G., Dohan Ehrenfest D.M. 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