Do período colonial até ríodo colonial até a chegada da Corte ada
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Do período colonial até ríodo colonial até a chegada da Corte ada
Luz e Força O domínio do fogo permitiu à humanidade aquecer-se, aquecer se, cozinhar seus alimentos, defender-se se e iluminar a noite com fogueiras, tochas, fachos ou archotes. Até a invenção da lâmpada a óleo, há cerca de 5 mil anos, o homem não contou com outros artefatos para clarear arear suas habitações e seus caminhos noturnos. Lâmpadas a óleo, lamparinas, candeeiros ou candeias, feitos de material não inflamável (geralmente cerâmica ou metal), com um pavio embebido de óleo em seu interior, não eram conhecidos no Brasil antes da chegada chegada dos portugueses. Mesmo possuindo a técnica da cerâmica, os indígenas ignoravam o uso de gorduras vegetais e animais como combustível para a iluminação. No período colonial, o combustível mais comum no Rio de Janeiro era o óleo da baleia, também chamado ado de óleo ou azeite de peixe, mas havia resinas obtidas de plantas e outros animais, o óleo de mamona e o azeite de oliva, este trazido de Portugal e utilizado pelas famílias abastadas. As velas também aproveitavam matéria de origem animal, sendo feitas de sebo ou do espermacete, uma mistura de substâncias gordurosas extraídas da cabeça da baleia, que produzia ceras e cremes, empregados não só nas velas, mas também em sabões e emolientes. A caça e o esquartejamento de baleias constituíram uma das primei primeiras atividades econômicas dos europeus no Atlântico Sul. A armação era o recurso mais utilizado, aproveitando as rotas que as baleias percorriam desde o Pólo Sul. Uma verdadeira indústria era montada, com embarcações e ferramentas próprias, utensílios para o cozimento da gordura e seu armazenamento em tonéis, pipas e barris. A Ponta da Armação, em São Domingos, Niterói, formaria o primeiro e maior centro baleeiro da Baía de Guanabara e da região. Como apresentavam baixa luminosidade, as lâmpadas a óleo eram mais utilizadas em interiores que em ambientes externos, mas também podiam ser vistas ao lado de velas em pequenos oratórios dispostos em esquinas, fachadas e Cidade Colonial Do período colonial até a chegada da Corte muros de igrejas e casas particulares. O sentido religioso prevalecia na parca iluminação noturna a das ruas da cidade colonial. Reza a lenda que o primeiro local a receber luz externa fixa à noite, no Rio de Janeiro, feita através de um lampião a óleo, foi o Convento de Santo Antônio, em 1710, na esteira da invasão da cidade pelo corsário francês Jean Jean-François Leclerc. Quando a capital da colônia foi transferida de Salvador para o Rio, em 1763, 20 lampadários de madeira e vidro suspensos por varões de ferro passaram a ser acesos todas as noites, exceto nas de lua cheia, por iniciativa de alguns comerciantes antes da cidade. Em fins do século XVIII, o Conde de Resende, José Luiz de Castro, mandou instalar lanternas em seis postes entre a rua Direita (atual Primeiro de Março) e o Campo de Santana. Em 1794, também por iniciativa governamental, 100 lampiões e candeeiros andeeiros foram distribuídos pela cidade. Diariamente, ao anoitecer, eram acesos por escravos, e de manhã eram apagados. Até a chegada da Família Real, em 1808, o sistema de iluminação pública no Rio de Janeiro era bastante precário. O núcleo urbano da cid cidade era constituído, então, por 75 logradouros, sendo 46 ruas, seis becos e 19 largos e praças, onde viviam 60 mil pessoas. A iluminação pública logo passaria a ser uma atribuição da Intendência Geral de Polícia, criada ainda em 1808, e uma de suas primeiras primeiras providências foi melhorar a iluminação do Largo do Paço e aterrar as várzeas e mangues existentes no caminho até o Palácio da Quinta da Boa Vista, que havia sido doado à Família 2 Real para moradia. O trajeto, que ficaria conhecido como Caminho do Aterrado ou das Lanternas, foi iluminado com lampiões dispostos sobre colunas de pedras a cada cem passos de distância. O órgão teve como seu primeiro intendente Paulo Fernandes Viana, que mandou construir um depósito para o estoque de lampiões no Largo de São Francisco. Seria criada também a figura do ‘arrematante’, pessoa que recebia do governo o privilégio (concessão) para prestação do serviço, sendo fiscalizado pela Intendência de Polícia. Em 1810, o governo criou um imposto que era cobrado nas diversas capitanias para ser aplicado no serviço de iluminação da Corte. Depois da independência do Brasil, esses impostos passaram a ser aplicados nas próprias províncias onde eram arrecadados. 3