Resumo de Práticas Pedagógicas
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Resumo de Práticas Pedagógicas
www.sintese.org.br Debate nº 2 - Sergipe - maio - 2014 Em Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE - Não pode ser vendido separadamente. RESUMOS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas O Fórum Sergipano de Práticas Pedagógicas, é um evento promovido pleo SINTESE que tem como objetivo fomentar a discussão, a reflexão e a troca de experiências entre os professores e professoras a partir da socialização de diferentes práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas públicas de Sergipe. Em sua segunda edição o Fórum tem como temática “Avançar na construção de novos caminhos para uma Escola Democrática e Popular”, e se apresenta, portanto, como a consolidação de um importante espaço coletivo para de debates, produção, reflexão e engajamento. Esta publicação reune os resumos das Práticas Pedagógicas apresentadas na 1ª edição do evento (2013), e servirá como mais um instrumento na construção de uma nova concepção de educação proposta pelo “Projeto Escola Democrática e Popular: a educação que queremos”, construído coletivamente pelo Magistério Público de Sergipe.. Diretoria Executiva do SINTESE Maio de 2014 2 Em Debate RESSIGNIFICANDO O ENSINAR E O APRENDER COM AS NOVAS TECNOLOGIAS: O ENSINO DA LÓGICA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE VIDEOAULAS NO YOUTUBE Educador: Roberto Carlos Delmas da Silva Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto (Aracaju-SE C om as novas tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), novos espaços e tempos de aprendizagem surgem. O professor em parceria com seus alunos podem ressignificar o processo de ensinoaprendizagem. A educação presencial não é mais a mesma com as possibilidades que a internet pode trazer para a sala de aula convencional. Pesquisas online, objetos de aprendizagem, redes sociais, dentre outros, são os inúmeros recursos para a busca e construção coletiva de novos conhecimentos. Para Moran (2007:118), “aprender a ensinar e a aprender, integrando ambientes presenciais e virtuais, é um dos grandes desafios que estamos enfrentando atualmente na educação no mundo inteiro”. Salman Khan (Fundador da Khan Academy) está revolucionando a forma de ensinar e de aprender nos últimos anos com a publicação de vídeos com conteúdos curriculares, desde o ensino fundamental até o nível superior, no site de vídeos mais popular do mundo, o youtube. Para Khan (2013:216), “a missão que o tem guiado e a Khan Academia é oferecer uma educação gratuita, universal, para todo mundo, em todo lugar”. Diante dessas questões que as novas tecnologias trazem, a escola convencional tem dois caminhos: fica estagnada no tempo ou acompanha as mudanças do atual cenário, beneficiando os alunos que são os principais atores desse novo paradigma da sociedade da informação e do conhecimento. Buscando dá um novo significado a sua prática pedagógica em benefício de um aprendizado diferenciado para seus alunos em conexão com o avanço tecnológico, o professor Roberto Carlos Delmas da Silva do Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, desde o ano de 2012, criou um canal no site youtube onde são publicados os vídeos com conteúdos pedagógicos gravados por ele. Para gravação de suas videoaulas, o professor utilizou os seguintes recursos: o livro didático, pesquisas na internet, programas para elaboração dos slides, outro para gravação dos vídeos, e o próprio canal do youtube para publicação. O público-alvo das aulas foram seus alunos da disciplina Sistemas de Numeração e Lógica Matemática nos anos de 2012 e 2013, além de outras pessoas que acessaram seu canal no youtube, democratizando assim o conhecimento. As videoaulas abordam a 2ª parte do conteúdo semestral da disciplina, o qual corresponde à Lógica Matemática. Esse projeto de videoaulas objetivou aos alunos a oportunidade de estudar o conteúdo lecionado na sala de aula tradicional em outros espaços e em ritmos diferentes, que segundo Moran (2007:119), “essa flexibilidade facilita a vida deles e do professor”. Com os vídeos, além de assistirem as aulas online, os alunos revisam o conteúdo e sanam suas dúvidas através do espaço comentários do youtube ou por e-mail, sem esperar a aula presencial seguinte, ganhando com isso tempo para aprender mais. Para trabalhar o conteúdo do 1º semestre de 2013 da disciplina Sistemas de Numeração e Lógica Matemática, especificamente à Lógica, foram gravadas sete videoaulas. Além do youtube, os discentes também puderam acessar as aulas através do blog do professor e também por meio de um App (aplicativo para dispositivos móveis) criado pelo professor, que ainda está em fase de testes. Tivemos como resultado desse trabalho, quantitativamente, uma média de 7 a 11 vezes que cada videoaula foi assistida pelos alunos durante o intervalo de um encontro presencial para outro. Só a título de informação, dos onze alunos da turma, nove foram aprovados, e segundo depoimento deles, as videoaulas online ajudaram bastante nesse resultado. Qualitativamente, corroborando com as palavras de Moran (2007), os discentes tiveram a liberdade de acessar as aulas, independente do momento presencial, cada um no seu ritmo, combinando a aprendizagem individual com a grupal, aprendendo de forma conjunta, em ambientes diferentes, mesmo a distância. Acredito que essa metodologia inovadora, no meu ponto de vista, trouxe e trará ainda melhores resultados, possibilitando aos alunos um novo modelo de aprendizagem autônoma e colaborativa da Lógica Matemática além das quatro paredes da sala de aula. REFERÊNCIAS MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos caminhos e como chegar lá. Campinas, SP: Papirus, 2007. KHAN, Salman. Um mundo, uma escola. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. Canal de videoaulas do prof. Roberto Carlos. Disponível em http:// www.youtube.com/user/profrc/videos. Acessado em 30 de julho de 2013. Blog do prof. Roberto Carlos. Disponível em http:// tutorpedagogicoprofrc.blogspot.com. br/p/turma-log-mat.html. Acessado em 30 de julho de 2013. Aplicativo para dispositivos móveis. Disponível em http:// galeria.fabricadeaplicativos.com.br/ profrcvideos. Acessado em 30 de julho de 2013. Maio | 2014 3 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas PROJETO MEUS PRIMEIROS RABISCOS Educadora: Adenilta Santos Dantas Escola Municipal Prof. Osman dos Santos Oliveira (Nossa Senhora das Dores-SE) Considerando que a criança da educação infantil é um sujeito exposto a uma série de informações que transitam por diferentes veículos, surgiu a ideia de se construir um projeto que foi desenvolvido com os alunos de uma escola pública do município de N. S. das Dores/SE nos anos de 2011e 2012. O trabalho desenvolvido com este grupo de alunos teve como tema gerador a preocupação de registrar a evolução no processo de aprendizagem do individuo demonstrando aos pais e a equipe pedagógica o crescimento dos mesmos. Esta pratica pedagógica teve como objetivo principal analisar, o desenvolvimento de cada criança e incentiva-la a novas descobertas. Neste contexto veio à ideia da construção de um livro, cujo nome escolhido foi: “Meus Primeiros Rabiscos”. Nessa construção promoveu-se a criatividade, a criticidade e a sensibilidade da criança. Isso porque o aluno criativo brinca com as palavras, fazendo com que perceba as várias possibilidades semânticas, sintáticas e fonéticas da língua materna. Quando é oferecida a oportunidade à criança de averiguar e interagir com o ambiente em que vive, ela transforma-se em um aprendiz ativo e confiante. E nele, na comunidade e na família, ela brinca, desenha, ouve histórias, participa de jogos e aprende brincando. Diante disso, esse projeto desenvolveu as expressões artísticas, oral, e escrita, ampliando o desenvolvimento cognitivo e afetivo do aluno; criou 4 Em Debate situações de aprendizagem por meio de uma linguagem diferenciada, com referências lúdicas, trabalhando a coordenação motora e a concentração, despertando nos alunos o desejo de fazer novas descobertas; registrou todas as atividades desenvolvidas pelo aluno, a fim de que no final do ano letivo valorizasse sua origem e conhecesse a sua história além de aprender a respeitar a evolução dos demais. A partir desta construção vi que as crianças aprenderam enquanto brincavam. De alguma forma a brincadeira se fez presente e acrescentou elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas. Assim meus alunos estabeleceram com a construção desse livro uma relação natural e conseguiram extravasar suas tristezas, alegrias, angustias, e desenvolveram uma relação de respeito e compreensão da ideia e da opinião diversa, conhecendo a si mesmo e ao outro. Além da interação foi fundamental como mecanismo para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para melhor desenvolver a aprendizagem. Nessa perspectiva, as atividades desenvolvidas contribuíram significativamente para o importante desenvolvimento das estruturas psicológicas cognitivas dos meus alunos. Portanto, a criação desse livro foi muito importante¸ devido à influência que o mesmo exerceu frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem. Concluo que o aspecto de criação voltado para a criança facilitou a aprendizagem e o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, desenvolveu o aluno como um todo, sendo assim, devo considerar a criação do livro “Meus Primeiros Rabiscos”, como parceiro e utilizalo amplamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem de minhas crianças. PROJETO MENINOS DE PASTINHA: CAPOEIRA ANGOLA E CIDADANIA NA ESCOLA Educador: Alvaro Machado de Andrade Junior Colégio Estadual Dr. Milton Dortas (Simão Dias-SE) OBJETIVOS • Desenvolver aulas teóricas sobre a história da capoeira e o processo de libertação dos africanos no Brasil. • Combater práticas do racismo. • Desenvolver a musicalidade e ritmos da capoeira. • Conscientizar os alunos da importância da capoeira na formação da identidade nacional presentar a capoeira enquanto arte e luta da cultura negra no Brasil. • Confeccionar Berimbau e caxixi. METODOLOGIA A metodologia utilizada consiste em aulas práticas e teórica, utilizando-se para esse fim datashow, vídeos, exposições fotográficas, textos elucidativos sobre a história da capoeira, seus mestres, fatos e musicas que retratam os contextos socioculturais dessa arte-luta. Metodologicamente, os alunos tambem confeccionarão os instrumentos: berimbau e caxixi, tendo uma experiência própria durante as aulas. RESULTADOS O projeto vem despertando um maior interesse dos alunos pela capoeira na escola, assim como temos observado uma melhora no comportamento social dos mesmos durante as aulas. Durante a realização do projeto temos notado um maior desenvolvimento de domínio de movimentos corporais, noções musicais e consciências da capoeira enquanto uma prática de resistência. Maio | 2014 5 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas LABORATÓRIO MENTAL DO MANGUE NO BUGIO – ESTUDO DE CASO DO COLÉGIO ESTADUAL FRANCISCO ROSA SANTOS/ ARACAJU – SE Educadora: Iris Christina dos Santos Lima Colégio Est.Francisco Rosa Santos (Aracaju – SE) O projeto experimental estará relacionado à criação de artigo informativo batizado como o nome de Laboratório Mental do Mangue no Bugio na Visão Interdisciplinar – Estudo de Caso do Colégio Estadual Francisco Rosa Santos/ Aracaju – SE, o qual estará voltado para problemas ambientais relacionados a esse ecossistema tão castigado no desenvolvimento urbano aracajuano. A intenção em desenvolver esse projeto experimental é de dar evidência a um meio ambiente pouco conhecido e valorizado pela população, o manguezal. A imagem que deveria ser reconhecida pelo ser humano como um berço da vida marinha é vista de forma quase insignificante. A valorização só ocorre quando o proveito existe em causa própria, destruindo-o muitas vezes. O projeto abordará temas ligados à agressão sofrida pela fauna e flora do mangue englobando o reflexo para a sociedade. Na abordagem será levantada à questão sobre a especulação imobiliária, a economia sustentável que o ecossistema oferece a agressão físico-química e biológica para com o meio e a comunidade, as consequências que outrora virão. Notícias ambientais, ensaio fotográfico, livro infantil “Paz no Manguezal”, letra da música Manguezal, confecção de cartazes, objetos recicláveis (flauta e tambor) entre outros. O público – alvo do artigo Laboratório 6 Em Debate Mental do Mangue no Bugio na Visão Interdisciplinar – Estudo de Caso do Colégio Estadual Francisco Rosa Santos / Aracaju - SE serão estudantes do ensino fundamental do 6º ano do turno Matutino, tendo como professor responsável Iris Christina dos Santos Lima, podendo ser estendido para a população em geral, informando-os sobre o manguezal, levando dados muitas vezes não revelados pelos meios de comunicação por não atender seus interesses. A distribuição será feita em bancas de revistas, escolas e universidades, enfim, locais que tenham a ver com o público - alvo. O meio ambiente sofre em todo mundo, o manguezal não fica fora das estatísticas. A ideia é fazer com que a consciência da preservação e da recuperação ambiental seja uma bandeira a ser defendida pela população, cada um fazendo a sua parte todos ganham. Aracaju foi erguida boa parte sobre a área de manguezal, muitos bairros surgiram como: Praia 13 de Julho, São José, Grageru, Coroa do Meio, Atalaia, Orlando Dantas, Augusto Franco, Bugio, Coqueiral, bem como adjacências, pontos turísticos (Casa de Espetáculo – Miami Hall, Calçadão da13 de Julho, etc). De norte a sul o manguezal foi e continuará sendo destruído. Na área comercial, as vendas da publicidade serão destinadas a empresas que apresentam uma preocupação em consciência ambiental e sabem que sua imagem, empresarial diante da causa é válida. A intenção do artigo não é de barrar o crescimento urbano, mas ordenar esse crescimento através da valorização desse meio ambiente. A agressão a esse ecossistema não se resume apenas no aterramento para especulação imobiliária, mas na disposição dos dejetos de lixos (residencial, comercial e industrial) produzidos, na moradia e extração de animais para o sustento da classe baixa, bem como outros temas que serão abordados. O artigo se apresentará em policromia na capa e em sua contracapa, com páginas internas em preto e branco, em papel ofício, resultando 20 páginas todas fazendo o uso do fotolito. A editoração gráfica ficará por conta das pós – graduada Iris Christina dos Santos Lima, bem como parte das matérias e das fotos. O custo da parte gráfica do artigo será pago através do patrocínio das empresas que investiram na ideia, assim como as camisas, o cachê da Banda Laboratório Mental entre outros. PROJETO INTERDISCIPLINAR DOS CONTEÚDOS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II E TECNOLOGIA E INFORMÁTICA Educadora: Sandra Santos Costa Colégio Estadual Caldas Júnior (Neópolis-SE) JUSTIFICATIVA O projeto tem a intenção de promover um curso em ambiente virtual que contemple conteúdo da disciplina de Estágio Supervisionado II, esse trabalho atenderá a necessidade de entender como funciona um ciberespaço e como estudar a distância. Bem como, preencher formulários, utilização de email, noções básicas de navegação e pesquisa em internet, conversar com um professor à distância, entender como funciona o trabalho de monitoria e tutoria virtual. Assim apreender dentro de um ambiente dinâmico e contemporâneo. O projeto nasce da necessidade de aprimoramento dos conteúdos específicos da disciplina de Tecnologia e Informática, como também da ideia de oportunizar os alunos da zona rural a participar de um programa de especialização. A EaD SENAR oferece gratuitamente cursos online para pessoas do meio rural em todo território nacional, portanto, os alunos do Colégio Estadual Caldas Júnior, do Curso Normal se enquadra muito bem no perfil dos cursos oferecidos pelos programas EaD SENAR, pois são moradores de povoados e filhos de produtores rurais. Os alunos poderão participar de outros cursos oferecidos pelo SENAR, por que já estão cadastrados no sistema a partir dessa primeira participação. Ao final do primeiro curso conseguem dominar a ambientação dos cursos, participar de chats e estudar com ajuda de monitores e tutores virtuais. O primeiro curso Educação e Qualificação Profissional fazem parte do Programa Escola do Pensamento Agropecuário que é formado por 06 cursos, que são: Meio Ambiente, Abastecimento e Renda, Trabalho Decente, Pobreza Rural, Direito de Propriedade. Os cursos aqui relacionados podem ser feitos de forma espontânea pelos alunos. Pois, a ideia é justamente alimentar a iniciativa de buscar conhecimento. Também tem 06 cursos relacionados diretamente à área de informática, são eles: Primeiros Passos na informática; no email;na internet no Word; no Excel; na digitação; Tendo em vista que o laboratório de Informática da Escola Estadual Caldas Júnior estar inoperante e os cursos são laborados no sistema operacional Windows XP, utilizaremos serviços de Lan House, apresentando assim um custo individual por aluno e custeado pelos próprios alunos, negociado previamente com o proprietário do estabelecimento para gerenciar uma economia local. Sendo esse enfim, um projeto que pode gerar bons frutos. OBJETIVOS O objetivo principal do curso de Educação e Qualificação Profissional é apresentar pontos referentes à Educação no Brasil, tais como: situação das Escolas rurais brasileiras, índice de desenvolvimento educacional brasileiro, e o pensar de um novo modelo de Escola nas zonas rurais brasileiras. Os Objetivos Específicos propostos pelo projeto interdisciplinar são: Contemplar conteúdos interdisciplinares. - Estudar o Sistema Educacional Brasileiro de forma dinâmica e prazerosa; - Reconhecer novos modelos educacionais; Reavaliar os modelos educacionais brasileiros; - Pensar sobre como se pode fazer cursos à distância num custo beneficio; Maio | 2014 7 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas EXECUÇÃO Atividades serão de leitura e dramatização em sala de aula (30 minutos) e logo após os alunos irão à companhia da professora Sandra Costa para LanHouse. As atividades e dúvidas serão monitoradas pela professora com auxilio dos Tutores e Monitores do SENAR via telefone (0800 642 7070) e pela ferramenta” tirar dúvidas” no ambiente virtual. Os Certificados serão impressos pela professora Sandra Costa, verificando o desempenho do aluno no ambiente virtual. Os mesmo estarão disponíveis no site www. eadsenarcanaldoprodutor.com.br e validado por um código de segurança. AVALIAÇÃO Feita pelo ambiente virtual: Diariamente no final da atividade. No último dia do curso no inicio da aula e no final. Feita pela professora das turmas: No dia da entrega de certificados para registrar depoimentos. RESULTADOS OBTIDOS MEDIANTE ATIVIDADES PROPOSTAS NO CURSO Os alunos que participaram da primeira turma do curso Educação e Qualificação Profissional disponíveis no site www.eadsenarcanaldoprodutor. com.br, tiveram um bom aproveitamento. Conseguiram alcançar os objetivos propostos no projeto. Em sua maioria, cumprida à atividade de ambientação no chat conseguiram sozinhos fazer as tarefas propostas pelo curso. As discussões e dramatizações na sala também ajudaram, pois, facilitou o processamento dos dados no sistema. A segunda turma fez o curso com a ajuda e monitoria do primeiro grupo. O que facilitou o aprendizado no ambiente virtual. Ficando um terceiro grupo para o segundo semestre, em virtude das dificuldades e fatores como: a greve do servidor, falta de documentação necessária para a matrícula online, etc. 8 Em Debate O projeto teve ganhos significativos para os alunos da zona rural, pois muitos deles não tinham documentos como: CPF. Nem sabiam fazer o cadastro. Atividade essa, que foi orientada no projeto. Muitos nunca tinham ligado um computador, não sabiam lidar com o mouse, chegando a ter medo do aparelho. Os alunos conseguiram fazer email e até perfis em redes sociais, fazendo parte hoje de um grupo fechado na página do facebook da professora Sandra. Também comentamos sobre os impostos rurais que os pais dos alunos creditam ao SENAR e os benefícios oriundos dessas contribuições. O que favoreceu o entendimento do uso desses recursos em favor do produtor rural. Como o grupo teve acesso direto ao sait do produtor rural, foram feitas pesquisas de cunho econômico, como preço médio da mandioca, do milho entre tantas outras informações relacionadas ao meio rural nacional. Essa atividade norteou outras pesquisas de interesse pessoal e social. Os alunos do primeiro grupo já se matricularam em outros cursos e recebem informes constante do sait. Alguns aproveitaram para fazer currículo Vi tai, registrando os cursos como qualificação profissional. Outros se cadastraram no Programa Minha Casa Minha Vida Rural a parti das informações obtidas no sait. O projeto contou com a colaboração de todos os envolvidos, oportunizando os alunos a participarem dos processos de modernização da informação, bem como favoreceu a economia local e o processo de construção da cidadania. FORMAÇÃO HUMANA NO ENSINO DE GEOGRAFIA E A PRODUÇÃO DE TEXTOS Educador: Roberto Silva dos Santos Escola Estadual Alceu Amoroso Lima Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Tancredo Neves (Aracaju-SE OBJETIVOS a) Geral - Possibilitar um ensino de Geografia que promova a emancipação humana, de modo que os alunos possam entender o espaço geográfico a partir das contradições sociais capitalistas. b) Específicos - Possibilitar um ensino que permita a reflexão crítica dos alunos a partir da realidade social em que vivem; - Estimular a produção de textos como instrumento de expressão crítica da realidade; - Entender o espaço geográfico com observações, análises, reflexões e debates para que possam fazer as relações necessárias entre os aspectos econômicos, sociais, culturais, ambientais e geopolíticos; - Valorizar a linguagem escrita e oral como momentos indispensáveis para produção do conhecimento; - Possibilitar o acesso à leitura e escrita como meios necessários de acesso ao conhecimento; - Desenvolver um ensino que vá além do livro didático e que rompa com o ensino enciclopédico ainda comum nas escolas públicas e privadas que torna a Geografia uma disciplina curricular desinteressante para os alunos. METODOLOGIA O projeto faz parte do Plano de Trabalho Docente produzido no início de cada ano letivo ou de cada semestre, no caso da EJA. O processo de produção de texto é dividido em etapas a partir da série/ano do Ensino Fundamental que os alunos estudam. Essa divisão objetiva construir uma rotina de produção de texto, de modo que seja uma atividade que os estimulem a escrever, expressando suas opiniões sobre os mais diversos temas possíveis no ensino de Geografia. Vale ressaltar que a produção de texto faz parte de contexto debatido e estudado em sala de aula. O texto solicitado tem como referência o assunto curricular proposto no Plano de Trabalho Docente ou assuntos levantados pelos alunos ou trazido pelo professor que estão sendo debatidos na sociedade. Nesse sentido, os textos oferecidos para reflexão sobre as problemáticas propostas são extraídos a partir dos conteúdos propostos no livro didático, na internet, nos debates, nos questionamentos ou mesmo nas reportagens jornalísticas. Assim, nos primeiros dias do ano/semestre letivo apresentamos orientações para que os alunos possam estruturar seus textos dissertativos de modo a relacionar os conteúdos com sua realidade. Outra questão a se destacar é o uso das regras gramaticais, tais como: pontuação, concordância, coerência, coesão e uso do verbo. Orientamos, também, evitar o resumo dos textos lidos, pois os mesmos devem servir para aprofundamento do conteúdo e possibilitar que os argumentos sejam melhor desenvolvidos. Assim, o texto deve ser escrito em frases sucintas (ou mesmo em simples palavras) sem rodeios (afinal, deve convencer o leitor pela força dos argumentos, não pelo cansaço). As orientações são as seguintes: 1- Na introdução o aluno deve apresentar a ideia ou o ponto de vista que será defendido. Nesse parágrafo, o aluno deve escrever os argumentos sobre o tema proposto. Esses argumentos terão que ser a referência para a produção da segunda parte da redação, o desenvolvimento; 2- No que se chama de desenvolvimento defendemos a estruturação em dois parágrafos: o primeiro os alunos aprofundam as argumentações (explicações) para que o leitor possa entender as primeiras ideias já debatidas no parágrafo anterior. Nesse parágrafo, as explicações sobre o tema precisam está postas com profundidade de modo que os estudantes possam fazer as devidas relações entre o conhecimento científico estudado e a realidade social conhecida; Já o segundo parágrafo, entendemos que os alunos devem apontar para o leitor as consequências ou mesmo o que poderá acontecer diante dos fatos relatados nos dois primeiros parágrafos. As consequências apontadas no texto devem servir de referência para a produção do último parágrafo da redação, a conclusão. 3- Conclusão é o quarto e último parágrafo do texto dissertativo em que se dá um fecho coerente ao texto com o desenvolvimento dos argumentos apresentados. Assim os alunos devem mostrar soluções que podem ser tomadas para que os problemas relatados sejam solucionados ou as questões relatadas sejam aprofundadas. O último parágrafo do texto dissertativo é o momento em que podemos perceber o nível de criticidade dos estudantes e de entendimento do meio em que vivemos, ou seja, do espaço geográfico. No texto estruturado em quatro parágrafos, cabe aos alunos o papel e a liberdade em apresentar suas ideias sobre o tema proposto pelo professor a partir dos conteúdos trabalhado em sala de aula. O papel do professor em subsidiar os alunos com textos Maio | 2014 9 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas auxiliares é importante para que o debate não fique na superficialidade do senso comum como fazem os grandes meios de comunicações. Aprofundar o debate é crucial para que todos possam escrever seus textos tendo elementos suficientes para argumentar, apontar consequências e soluções reais e possíveis de serem realizadas, de modo a superar as relações de exploração capitalistas que resultam na configuração do espaço geográfico atual. 1- Atividades de produção de texto para 6ºAno e 5ª EJAEF - Conteúdo curricular são conceitos para que os alunos conheçam como o espaço geográfico é organizado a partir das contradições próprias do capitalismo; - A produção de texto permite que possam fazer as relações de modo que os conteúdos curriculares não fiquem apenas nos conceitos ensinados isoladamente, mas como expressão das relações capitalistas no espaço; - A realização de observações do espaço e entrevista com pessoas da própria família ou vizinhos possibilita, também, o aperfeiçoamento da percepção do espaço em que vivemos; - A entrega do texto produzido acontece com debate onde todos podem expressar o que escreveu para turma, permitindo ampliar as percepções a partir das observações de todos; - A exibição de filmes acontece em alguns temas visa, também, auxiliar na fixação e acesso aos conhecimentos; - Nesse primeiro momento não é exigido o respeito as regras gramaticais, tais como: pontuação, concordância, coerência e coesão textual. O objetivo é possibilitar a livre expressão textual de forma crítica, de modo a estimular a prática de produção de textos; - Entretanto, já se exige o respeito às regras como parágrafos, introdução, desenvolvimento e conclusão para organizar as ideias sobre os assuntos tratados. 2- Atividades de produção de texto para 7ºAno e 6ªEJAEF - Conteúdo curricular nessa etapa 10 Em Debate diz respeito ao espaço geográfico brasileiro; - A produção de texto permite que os alunos possam relacionar e compreender a realidade socioeconômica e ambiental do Brasil comparando com sua realidade social, econômica e ambiental, bem como as intervenções políticas, empresariais e sociais sobre esse espaço; - A reflexão, leitura, produção de textos e debates sobre a realidade brasileira possibilitam a percepção do espaço em que vivemos; - A entrega do texto produzido acontece com debate onde todos podem expressar o que escreveu para turma, permitindo ampliar as percepções a partir das observações que cada um pode expor; - O uso da música é um bom instrumento de reflexão para compreensão de alguns temas da realidade socioeconômico do Brasil; - Nesse momento já é exigido o respeito as regras gramaticais, tais como: pontuação, coerência, coesão textual, parágrafos, introdução, desenvolvimento e conclusão. 3- Atividades de produção de texto para 8ºAno e 7ªEJAEF - Conteúdo curricular nessa etapa de ensino é organizado para permitir a compreensão da organização socioeconômica do espaço geográfico mundial a partir da divisão internacional do trabalho e as consequências desse processo nas nações subdesenvolvidas (América Latina, África e Oriente Médio); - A produção de texto permite que os alunos possam compreender como a divisão internacional do trabalho reflete sobre a vida social e econômica dos países e em especial o Brasil, considerado país Emergente devido à desigualdade social elevada na 6ª economia do mundo; - A realização de leitura de textos e debates possibilita a percepção de como o espaço geográfico está organizado para que possam entender que as condições econômicas, sociais e ambientais dos países são resultado das contradições das relações capitalistas que visa o lucro em detrimento das condições de vida do povo; - A entrega do texto produzido acontece com um debate onde todos podem expressar o que escreveu para turma, permitindo ampliar as percepções sobre o espaço geográfico mundial; - A realização de pesquisas na internet permite que os alunos acumule a percepção sobre o espaço; - Nesse momento é exigido o respeito as regras gramaticais, tais como: pontuação, concordância, coerência e coesão textual, bem como o respeito a parágrafo, introdução, desenvolvimento e conclusão de modo a valorizar a expressão crítica sobre os assuntos tratados. 4- Atividades de produção de texto para 9ºAno e 8ªEJAEF - Conteúdo curricular nessa etapa do ensino é organizado para permitir a compreensão da organização socioeconômica do espaço geográfico mundial a partir da divisão internacional do trabalho e como os países considerados desenvolvidos atuam/ exploram as nações subdesenvolvidas e emergentes; - A produção de texto permite que os alunos possam compreender o processo de globalização a partir da divisão internacional do trabalho e de que forma tal processo vem produzindo crises sucessivas do capitalismo; - A realização de leitura de textos e debates possibilita a percepção da alternativa possível ao sistema capitalista concentrado e excludente. A alternativa para superação do capitalismo é o socialismo. Desse modo, é fundamental o entendimento e a reflexão sobre a Guerra Fria e a situação social e econômica atual da China, de Cuba e da Coréia do Norte, países que continuam socialistas; - A entrega do texto produzido acontece com debate onde todos podem expressar o que escreveu para turma, permitindo ampliar as percepções as contradições do espaço geográfico mundial e como superar essas contradições; - A realização de pesquisas na internet permite que os alunos acumule a percepção sobre o espaço; - Nesse momento é exigido o respeito as regras gramaticais, tais como: pontuação, concordância, coerência e coesão textual, bem como o respeito a parágrafo, introdução, desenvolvimento e conclusão de modo a valorizar a expressão crítica sobre os assuntos tratados. 5- Atividades extraclasse/escola - A produção de texto é realizada, a depender da complexidade do tema, de forma coletiva, em sala de aula ou em atividade extraclasse. 6- Atividades Culminantes: - A depender do tempo e ritmo de aprendizagem de cada turma as atividades culminantes podem ser debates, peças teatrais, exposição de cartazes e exposição de pesquisas com uso de mapas. RESULTADOS ALCANÇADOS possam apontar suas compreensões apresentadas no texto, de modo que sejam contestadas e acrescentadas pelos colegas. Somos produto da “escola do silêncio”, ancorada na pedagogia tradicional-burguesa e suas variações que defende o papel dos alunos na sala de aula seja ficar sentado diante do professor, esperando receber dele todo conhecimento. O conhecimento, portanto, deve ser absorvido sem fazer sentido para os estudantes que apenas memorizam para conseguirem boa nota ao final de cada unidade. Essas são dificuldades que precisam ser vencidas e para isso o professor precisa estar motivado a mudar e preparado para instigar a curiosidade dos alunos inserindo-os no contexto de sua realidade social. É necessário que o professor esteja aberto a indagações dos alunos, deixando de lado a formalidade dos livros didáticos, para que o diálogo e a construção do conhecimento passem a permear a prática em sala de aula. O livro didático é marca do ensino tradicional, pois este é produzido e utilizado de acordo com o interesse das classes dominantes. Ele é organizado para que o conhecimento sejam gavetas separadas sem relações. Caso o professor não faça essas relações o conhecimento passa a ser desinteressante e chato, como define os estudantes. Nessa lógica, o que é abordado não contribui para inserção do aluno na realidade. Essa forma de ensino interessa a classe burguesa, pois quanto mais alienado o aluno for, mais terá dificuldade de reagir ao que lhe é imposto. A alienação permite que percebam os problemas, mas não conseguem entender o porquê de sua existência. O papel da educação, portanto, é superar essas tentativas de alienação capitalista, estimulando a reflexão crítica, o debate, à produção de ideias e opiniões sobre a realidade em que vivemos. A produção do texto dissertativo, de modo a permitir que os alunos possam fazer relações entre o conhecimento científico e a realidade é um momento importante no processo ensinoaprendizagem. Nesse sentido, os alunos podem expressar o entendimento sobre o conteúdo curricular, mas também como esse conteúdo pode ser entendido a partir de suas realidades. Além disso, os estudantes podem apresentar alternativas de superação da forma como o espaço geográfico está organizado para servir a exploração capitalista. Compreender a realidade e discutir formas de superação das relações capitalistas é o passo importante para formação humana dos estudantes. Além da produção do texto, os momentos de debates são essenciais para fixação dos conhecimentos estudados. Nesses espaços de debates cabe ao professor o papel de colaborar nas reflexões e fazer as devidas relações que os alunos não conseguiram chegar. A expressão oral requer contínuo exercício para que os alunos Maio | 2014 11 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas I MOSTRA DE ARTES DO CEJAL (“MINHA CULTURA, É MINHA VOZ”) Educador: Gustavo Floriano dos Santos Colégio José Amaral Lemos (Pirambu-SE) 12 Em Debate A I Mostra de Artes do Colégio José Amaral Lemos, nasce do desejo de ampliar o conhecimento do ensino em Artes, através de uma mostra prática, fomentado pelo entendimento do estudo e pela experimentação das várias manifestações artísticas, vivenciadas em sala de aula, afim de dialogar esteticamente com a cultura do município de Pirambu. O importante com essa mostra é desenvolver o prazer e o gosto pelas artes de um modo geral, onde os protagonistas das ações apresentadas serão os próprios alunos, que terão essa mostra como janela para exporem seus talentos. Convém ressaltar que a realização deste projeto, que terá como tema inicial “Minha Cultura, Minha Voz”, propor, estender e compartilhar a produção artística realizada no ambiente escolar, bem como atrair a população local, e, por conseguinte, os seus artistas, fazendo um intercâmbio interdisciplinar entre escola e comunidade pirambuense. RODA DE LEITURA E LEITURA DO MUNDO SOB A ÓTICA DA GEOGRAFIA Educadores: Josiany Lucena Roberto Silva dos Santos Escola Municipal de Ensino Fundamental Pres.Tancredo Neves (Aracaju-SE) OBJETIVOS a) GERAL Transformar a sala de leitura num espaço dinâmico, extensivo à sala de aula, no qual os alunos expandem e complementam os conhecimentos ali adquiridos, realizando a interação enriquecedora entre sala de aula e sala de leitura. b) ESPECÍFICOS - Receber os alunos, orientando-os acerca das regras para o uso da sala de leitura; - Orientar os alunos acerca da organização do acervo, facilitando o acesso às obras; - Estimular o gosto e interesse pela leitura; - Estimular a reflexão crítica e a leitura do mundo através da leitura da obra; - Auxiliar os alunos nas atividades pedagógicas realizadas pelo professor da área de Geografia, no espaço da sala de leitura; - Propor atividade a cada turma, seja ela produção de peça teatral, produção de cartazes ou produção musical, junto ao professor regente, desenvolvida ao longo do semestre letivo, com culminância das atividades ao final do semestre, em um “encontro cultural”; - Desenvolver a expressão oral, com “contação” das histórias lidas; - Fomentar debates sobre temas relevantes sob a ótica da Geografia, extraídos das obras lidas. METODOLOGIA O projeto é realizado em etapas que englobam leitura de obra literária, contação das histórias lidas, debates e produção de atividades. 1-RODAS DE LEITURA Juntamente com o professor regente da disciplina de Geografia, as turmas, continuamente, tem encontros na sala de leitura. Lá, elas escolhem, a seu dispor, uma obra cuja leitura deve ser iniciada naquela sala e, caso não haja tempo para sua conclusão, continuada na casa do aluno, através do controle de empréstimo de obras. 2-CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS Após a conclusão da leitura das obras escolhidas, no encontro seguinte, na sala de leitura, cada aluno conta o que leu, numa roda de “contação de histórias”, desenvolvendo, assim, a expressão oral e o poder de síntese. Essa etapa só é concluída quando todos os alunos contam a história que leram, mesmo que, para isso, sejam necessários vários encontros. 3-DEBATES Após a exposição de cada obra lida é promovido um debate sobre temas e questionamentos relevantes para a área de Geografia, extraídos daquelas mesmas obras, pelo professor regente, fomentando no aluno o exercício da reflexão crítica e a formação de sua opinião sobre assuntos diversos, ou seja, uma leitura do mundo. 4-PRODUÇÃO DE ATIVIDADES Após as etapas de leitura da obra, contação das histórias e debates, é hora do aluno “botar a mão na massa” e produzir algo seu com base em tudo o que foi discutido. São propostas pelos professores algumas atividades complementares acerca dos temas debatidos como: produção de texto, produção de cartazes ou mesmo de pequenas peças de teatro baseadas em obras lidas ou em algum tema transversal debatido a partir delas. Neste momento, a sala de leitura também serve de espaço para a produção dos cartazes ou para a construção dos enredos das peças, bem como para seus ensaios. 5- ATIVIDADES CULMINANTES DESDOBRAMENTOS DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PROJETO Após todas as turmas prepararem suas atividades, é marcado um dia para a apresentação destas num Encontro Cultural, em que cada turma pode expor o que desenvolveu para toda a comunidade escolar, num espaço maior da escola, para que todos possam assistir e prestigiar. É um momento de interação entre todos os setores da instituição. RESULTADOS ALCANÇADOS - O desenvolvimento desse projeto ao longo desses últimos semestres letivos veio, primeiramente, proporcionar uma mudança no entendimento dos alunos sobre o sentido de uma sala de leitura. Este espaço antes era visto como alguns setores do serviço público: “existe, mas não funciona”. A partir deste e de outros projetos de interação desse espaço com a sala de aula, ele passou a ser visto como algo vivo, um local de extensão do saber. - A execução do projeto permite aos alunos uma intimidade maior com a leitura, melhorando sua qualidade. - O passo-a-passo do projeto permite, também, ao aluno perceber que a leitura não é só decodificação dos códigos da escrita, mas a compreensão e a reflexão sobre o que leu, associando-a à compreensão do mundo. - Permite aos alunos pensarem e formarem opinião sobre temas relacionados à Ciência Geográfica. - Possibilita o exercício da expressão oral. - Possibilita maior socialização dentro da comunidade escolar. Maio | 2014 13 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas PROJETO MATINHA Educador: Horimo Medeiros Colégio Estadual Silvio Romero (Lagarto-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Oportunizar situações em que os alunos vivenciem os desafios da prática política numa realidade social concreta, a fim de fixar melhor os diversos conceitos trabalhados em sala e contribuir de alguma forma com os moradores do Bairro Matinha. Objetivos Específicos • Fortalecer a relação entre escola e comunidade; • Diminuir os preconceitos e discriminações com relação ao Bairro Matinha; • Envolver a comunidade escolar com os problemas dos moradores da Matinha; • Inserir os alunos nas discussões práticas da micro e macro política; • Fazer um diagnóstico do Bairro Matinha; • Divulgar as ações realizadas e por realizar no Bairro; • Fomentar a solidariedade dos outros moradores de Lagarto com relação à Matinha; • Analisar a papel das diversas lideranças políticas da comunidade; • Trabalhar as situações problemas do Bairro Matinha, por exemplo, drogas, gravidez na adolescência, violência, pobreza e marginalidade, saneamento básico. METODOLOGIA Laboratório é composto de 04 (quatro) etapas, a saber: 1a Etapa: O que a população da cidade de Lagarto pensa sobre o Bairro Matinha 2a Etapa: Relacionar teoria política e a realidade do Bairro Matinha 3a Etapa: Observação Participante no Bairro 4a Etapa: Intervenção social: elaboração de pequenos projetos no Bairro Matinha 14 Em Debate ATIVIDADES DA 1a ETAPA: O que a população da cidade de Lagarto pensa sobre o Bairro Matinha 1. Os alunos pesquisaram em várias partes da cidade de Lagarto o que os moradores achavam do Bairro Matinha. 2. Construção de textos individuais referentes à pesquisa. 3. Abrimos 45 minutos de debate em cada turma acerca dos resultados. 4. Pontuamos o resultado do debate A primeira etapa visou apresentar, sensibilizar e confrontar os alunos a uma realidade social dada: O Bairro Matinha existe e sofre um processo de marginalização social. ATIVIDADES DA 2a ETAPA: Relacionar teoria política e a realidade do Bairro Matinha 1. Revisar a sociologia clássica e trabalhar conceitos da sociologia política; 2. Relacionar os conceitos de democracia, poder, direito a civilização e sociedade de consumo com a realidade do Bairro Matinha; 3. Construção de textos sobre os direitos humanos no Bairro Matinha. O processo de teorização é fundamental. Desde a retomada dos conceitos lá do primeiro ano dentro do contexto social de cada aluno, a definição dos conceitos-chave utilizados no entendimento da realidade, o que pretendemos é amarar a teoria política a compreensão da realidade do Bairro Matinha. Como síntese cada aluno produziu um texto sobre os “direitos humanos” a partir das pesquisas realizadas na etapa anterior. ATIVIDADES DA 3a ETAPA: Observação Participante no Bairro 1. Preparar e agendar a visita ao Bairro Matinha. 2. As nove turmas foram separadas em 3 blocos de 3 turmas. 2.1.As visitas foram realizadas nos dias 01, 02 e 5/07/2013; 2.2.A escola, a creche e o campo do bairro foram pontos estratégicos de apresentação do local; 3. Os alunos conversaram com os moradores, tiraram fotos e tiveram contato com os principais problemas do Bairro Matinha. Agora os alunos têm o primeiro contato com o seu objeto de pesquisa. Nesta etapa se realiza o confronto entre as diversas ideias do senso comum, as teorias políticas e a realidade objetiva: O que se conhece sobre o Bairro Matinha? como ele é? ATIVIDADES DA 4a ETAPA: Intervenção social: elaboração de pequenos projetos no Bairro Matinha 1. A partir do amplo debate, cada turma realizará um projeto de intervenção no local a partir das demandas apresentadas na observação participante. 2. O dia de intervenção já está préagendado para o dia 17/08/2013, das 08 às 12 horas. 3. Temos total apoio da Escola e da Creche do Bairro. Além da importante colaboração dos professores, da direção e das secretarias municipais de Saúde e de Cultura. 4. Algumas atividades já confirmadas: Bazar, Manhã de lazer, Baú de Leitura, Jogos, Brincadeiras, Atendimento as famílias carente, Kit higiene pessoal, Atendimento aos idosos, Conscientização da saúde, Meio Ambiente e desenvolvimento sustentável. Todas construídas pelos alunos. O conhecer a realidade do Bairro Matinha possibilitou aos estudantes duas grandes certezas: ele não é tão diferente do local onde moram e que lá habitam pessoas comuns. A partir daí incentivamos o debate, deixando cada turma livre para desenvolverem e implementarem intervenções que de alguma forma mecham com o cotidiano da Matinha. RESULTADOS A SEREM ALCANÇADOS Os grandes desafios agora consistem no exercício da cidadania e na elaboração de novas formas de contribuir com o Bairro. Observações relevantes A prática pedagógica apresentada aqui é uma das etapas do Laboratório de sociologia de 2013. Há ainda outras etapas a serem trabalhadas no Bairro Matinha: Relações com as instituições; História e cotidiano cultural e artístico; Produção de instrumentos de comunicação que valorizem os moradores e elevem a autoestima; Divulgação do Laboratório nas redes sociais, etc. PROJETO “GRAFITTI NA ESCOLA: PINTE ESSA IDEIA!” outras realidades locais, regionais e nacionais visando situá-lo dentro do problema de maneira mais ampla, além de buscar também soluções. Para tanto foram feitas aulas no Laboratório de Informática utilizando a internet como ferramenta de pesquisa. Fase 2: EXECUÇÃO DO PROJETO Educadora: Elissandra Silva Santos Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela (Aracaju-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Conscientizar os alunos do Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela sobre a importância de tornar o seu meio ambiente escolar num lugar saudável visando resolver o problema da poluição visual (pichação). Objetivos Específicos - Sensibilizar a comunidade escolar para a necessidade de manter o ambiente escolar limpo e saudável; - Promover ações que conduzam ao estabelecimento da sustentabilidade e do bem-estar na Escola; - Incentivar a participação e produção criativa de seus alunos numa ação social transformadora e mobilizadora da Escola visando tornálos parte do processo de soluções dos problemas; - Diminuir o problema da poluição visual causada pelas pichações na Escola levando o aluno a entender que se trata de uma ação de vandalismo criminoso incentivando-o a trocar a pichação pela arte do Grafite; - Minimizar o grau de poluição sonora na Escola levando o aluno a conhecer os vários problemas de saúde causados pelo intenso e constante barulho e ruídos diários; - Orientar aos alunos sobre sua responsabilidade na produção e no destino do lixo na Escola visando um ambiente escolar limpo e saudável; METODOLOGIA Este Projeto está pautado em três eixos de ações que foram pensados a partir dos principais problemas diagnosticados na Escola. Portanto, para o Projeto “Grafitti na Escola: Pinte essa ideia!” ser de fato implementado foi necessário que sua execução ocorresse em 03 (três) fases: 1.Sensibilização 2. Execução do projeto 3.Culminância Fase 1: SENSIBILIZAÇÃO Na fase da Sensibilização buscouse apresentar aos alunos a Escola que eles têm e a Escola que eles poderiam ter. Essa fase será pautada em 03 (três) etapas: a) Etapa do Trabalho de Campo – na qual os professores levam os alunos a olhar a escola e sua comunidade com outros olhos de forma racionalizada levando-os a diagnosticar eles mesmos os problemas e perceber seu grau de responsabilidade. Foram feitas observações e registros da situação escolar através do uso de mídias como máquina digital, filmadora e celulares. b) Etapa de Sistematização e reflexão sobre os problemas diagnosticados – nesse momento os professores trabalharam com os dados levantados e registrados a partir de conteúdos e temas transversais e analisaram juntamente com os alunos as possibilidades de soluções. Foram usadas técnicas de brainstorming e debates. c) Etapa de Pesquisa – nessa etapa o aluno foi conduzido a conhecer O projeto foi executado de modo contínuo durante o ano de 2010, visando o alcance de nossos objetivos de resolver o problema da poluição visual (pichação). Conforme depoimento de visitante à Escola, as paredes da mesma estava pior que uma penitenciária. Assim, este projeto “Grafitti na Escola: pinte essa ideia!” buscou diminuir o problema da poluição visual causada pelas pichações na Escola levando o aluno a entender que se trata de uma ação de vandalismo criminoso incentivando-o a trocar a pichação pela arte do Grafite. Nesse sentido, as ações foram: AÇÕES PREVISTAS STATUS Palestra de conscientização mostrando a diferença entre a pichação e REALIZADA o Grafite por um profissional da área de Arte Designer Mutirão de limpeza e pintura da Escola REALIZADO Pintura da Escola por profissional da SEED (acabamento) REALIZADO Apresentação de vídeo-documentário produzido pelos alunos sobre Pichação X Grafitagem REALIZADO Apresentação de Exposição Temporária retratando a pichação no Colégio REALIZADO Pintura da Escola com a arte do Grafite REALIZADO Maio | 2014 15 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas Fase 3: CULMINÂNCIA A fase da Culminância objetivou publicar os trabalhos desenvolvidos pelos alunos sob a orientação dos professores para a comunidade escolar e local tendo ocorrido durante os sábados letivos. RESULTADOS Por fim, com esse Projeto “Grafitti na Escola: pinte essa ideia!” pudemos mostrar a comunidade escolar que a Escola é o nosso lugar e que deve ser cuidado e preservado tanto quanto qualquer outro segmento da natureza. Pudemos perceber que a comunidade escolar aprendeu a diferença entre o que é pichação e o que é Grafitagem, inclusive entre os Professores. É importante destacar a disponibilidade dos alunos para limpar e pintar a Escola e a consciência da importância de estar num local limpo. Isso ajudou na manutenção e fiscalização da Escola. 16 Em Debate PROJETO SALA AMBIENTE Educador: José Cariolando de Oliveira Filho Colégio Atheneu Sergipense (Aracaju-SE) INTRODUÇÃO A escola tem como principal objetivo o ensino [... ”a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino”...] , exercendo papel importante na formação do indivíduo. Com este princípio, tem-se que os espaços escolares devem ser capazes de favorecer o desenvolvimento deste conceito pelos usuários e atender as diversas necessidades ambientais, ou seja, proporcionar ambientes favoráveis para que a aula se torna a mais agradável possível. A ideia das salas ambientes surge da necessidade do professor dispor de que esses ambientes venham facilitar o acesso aos materiais didáticos específicos de cada disciplina, proporcionando a dinamização das aulas, além de oportunizar maior conforto para alunos e professores e [“padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem”] . Uma vez que as mesmas seriam equipadas com: • Condicionador de Ar; • Notebook com acesso a internet banda larga; • DVD; • Projetor Multimídia; • Armários para os Professores com chaves para cada professor; • Multifuncional; • Caixa de som ambiente, entre outros materiais pedagógicos, objetivando a melhoria da aquisição do conhecimento. JUSTIFICATIVA É importante termos em mente que – a aprovação no ENEM [Exame Nacional do ensino Médio] se não é para nós professores para os alunos é o viés maior - além de ser uma das diretrizes do ensino médio como bem define a lei 9394/96 [Lei de Diretrizes e Bases da Educação] a famosa LDB, quando fala sobre o ensino médio em seu artigo 35 Inciso I, argumenta: “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos” O inciso citado deixa claro que o prosseguimento de estudos é o acesso ao ensino superior, e no nosso caso, preferencialmente nas Universidades, que só será possível através do exame ENEM. Criar salas ambientes como uma das alternativas para o sucesso de nossos alunos foi uma maneira encontrada para reduzir a distorção entre o que é exigido no currículo do ENEM e no nosso processo de ensino / aprendizagem. Nas escolas tradicionais os alunos passam o ano todo no mesmo ambiente, vez ou outra vai numa outra sala de ver um vídeo ou coisa parecida, mas isso sempre é uma exceção do cotidiano na vida escolar do aluno. Veja o que diz Pucci : “Se a sala for um ambiente fixo dos alunos (e não fixa do professor e de sua área ou disciplina de atuação) estaremos de novo na mesma situação: “pregamos” o aluno no chão da sala, no mesmo lugar durante 5 ou 6 horas seguidas, num ambiente que não formataremos nunca ao gosto de todos”. Criar salas ambientes como uma das alternativas para o sucesso de nossos alunos foi uma maneira encontrada para reduzir a distorção entre o que é exigido no currículo do ENEM e no nosso processo de ensino e aprendizagem. Sendo assim, passamos a descrever os principais objetivos da criação das salas ambientes: • Oportunizar ao professor a possibilidade de organizar a sala de aula de acordo com a característica da sua disciplina, tornando o ambiente mais funcional ao desenvolvimento das aulas e mais atrativo ao aprendizado; • Elevar o índice de aprendizagem dos alunos, através da utilização adequada dos equipamentos e materiais de ensinoaprendizagem, da otimização do uso do tempo pedagógico e da utilização de novas metodologias de ensino; • Promover a competência profissional através da reflexão sobre a prática de organização do ambiente em salas temáticas e todo contexto que ela envolve; • Viabilizar o uso dos espaços pedagógicos e recursos materiais e tecnológicos existentes na escola ou que possam ser construídos por professores e alunos ou até mesmo por meio de parcerias. METODOLOGIA i. As salas ambientes não são laboratórios, são salas de aulas que farão parte do quadro normal das salas há serem utilizadas pelas turmas, assim, serão utilizadas na carga horária total samanal; ii. Cada sala terá características próprias com a disciplina e os Maio | 2014 17 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas materiais podem ser adquiridos em parceria com os colegas do mesmo grupo, parceiros privados e com recursos próprios da escola; iii. Os alunos terão horários dinâmicos em relação a sua sala de aula e não mais fixo como é hoje, ou seja, não mais terá salas das turmas: 1A, 1B,..., as salas terão identificações diferenciadas, do tipo: s1, s2,..., e as salas ambientes Amb1, Amb2,..., pois em um horário uma turmas poderá ir para uma sala s1 e em outro horário uma sala Amb3, por exemplo; iv. Para aumentar o 18 Em Debate aproveitamento do tempo e diminuir o fluxo de estudantes [o famoso tumulto], uma opção é organizar o horário com aulas duplas. A troca de classes também se torna mais rápida se forem estabelecidos sentidos de trânsito pelos corredores, ou seja, os alunos sempre mudarem para salas próximas; v. As salas ambientes também homenagearão professores de importância reconhecida pela sociedade sergipana – independentemente deterem trabalhado nessa instituição de ensino (CEAS) – com uma placa na do homenageado. Por exemplo, “Amb 1 – Professor XXX”, patrocinada preferencialmente pela família do homenageado, onde poderá contribuir com mais recursos caso queira. CONSIDERAÇÕES FINAIS Espera-se que com um ambiente agradável e propício para o ensino e aprendizagem, os nossos professores a alunos consigam finalmente realizar a tal sonhada educação para o conhecimento pleno. RESULTADOS ALCANÇADOS SOU CAPAZ DE IR MUITO ALÉM DO QUE VOCÊ IMAGINA! Educadora: Márcia Santos Guimarães Escolas Reunidas “08 de Maio” (Aracaju-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Desenvolver habilidades de leitura e escrita nos nossos alunos, melhorando o nível de qualidade da sua aprendizagem. Objetivos Específicos • Desenvolver estratégias que sensibilize o aluno para a importância da leitura e escrita no cotidiano; • Fomentar a prática da leitura extra-sala de aula, pelo uso de diferentes tipos de textos; • Desenvolver habilidades de ler diferentes gêneros textuais; • Expressar, de diferentes formas, os conhecimentos construídos com as práticas de leituras. • Estimular a autonomia do aluno na aquisição da leitura e da escrita; • Promover o protagonismo do educando em seu processo de aprendizagem. METODOLOGIA O projeto contempla algumas estratégias que foram pensadas após uma interação com os alunos a fim de identificar em qual nível de aprendizagem na leitura e na escrita se encontravam. APROPRIANDO-SE DO CÓDIGO LINGUÍSTICO 1. Reconhecimento do alfabeto, das vogais e das famílias silábicas através de figuras ilustrativas, placas, rótulos e alfabetos móveis. 2. Reforço em caligrafia e coordenação motora (grossa e fina), utilizando-se de atividades de recorte, dobraduras, picotagem, pintura a dedo e cobrindo traçados e letras. BEM-VINDOS AO MUNDO ENCANTADO DOS LIVROS! 1. Criação de um espaço apropriado para a leitura, com som ambiente, colchonetes e vários livros espalhados com fácil acesso. 2. Apresentação das partes de um livro: capa, contra-capa, autor, título,editora, ano da publicação, sumário, ilustradores entre outros. 3. Roda de leituras com a escolha dos melhores livros pelos alunos. 4. Seleção de alguns autores e sua biografia. GRANDES CAMPEÕES! 1. Utilização de jogos competitivos envolvendo a alfabetização, trabalhados de forma individual ou em grupos: • Bingos de sons iniciais e finais; • Gincana de palavras; • Produzindo rimas; • Formando novas palavras; • Baralhos com sílabas iniciais e finais. O AUTOR SOU EU! 1.Teatro de fantoches representando as histórias lidas. 2. Formação de palavras, frases e pequenos textos, etc. 3. Oficinas de poesias e de histórias em quadrinhos. 4.Criação de histórias apoiadas em imagens. O projeto veio para melhorar uma situação que afligia os professores da nossa escola. Tratava-se do comportamento inadequado em sala de aula de alguns alunos que apresentavam falta de concentração e atenção nos conteúdos trabalhados pelo motivo de não conseguirem acompanhar o ritmo das atividades por não serem alfabetizados. Devido a isso, existia um fluxo grande de alunos sendo levados à diretoria por indisciplina e logo em seguida havia a convocação dos pais. Hoje esse quadro reverte-se em alunos com auto-estima elevada, tendo boa conduta, desenvolvendo a leitura, a escrita e a oralidade, bem como socializando com os demais tudo o que aprendeu. Há alunos até que já foram retirados do projeto por apropriar-se das competências necessárias à alfabetização e ao letramento. Aqueles que nem sequer conheciam as letras, hoje silabam. Os que silabavam, agora já leem. E é justamente esse ciclo de formação da cidadania, estímulo à autonomia e elevação da autoestima que pretendemos continuar produzindo em nosso ambiente escolar. Observações relevantes Por mais que tenhamos consciência da importância do nosso trabalho, nem sempre vislumbramos até onde pode chegar um aluno bem sucedido em seu processo de aprendizagem e nem sempre conhecemos a fundo as transformações em sua vida pessoal e social. No entanto, sabemos que esse educando dificilmente engrossará as estatísticas da evasão e da repetência, muitas vezes fazendo parte da clientela da Educação de Jovens e Adultos; também não protagonizarão atos de indisciplina e violência no seu contexto escolar; promoverão a inclusão, lutarão pelos seus direitos e dos demais e estabelecerão saudáveis relações interpessoais e sociais. Maio | 2014 19 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas QUEM ÉS TU? – ME? I´M YOURS! – SOMOS UM SÓ? – YES, THE BODY Educador: José Wildson dos Santos Colégio Estadual Maria Rosa de Oliveira Colégio Estadual Manuel Bomfim (Tobias Barreto-SE) OBJETIVOS GERAL: Levar os educandos a refletirem sobre as mais plurais formas de linguagem e comunicação, estabelecendo que a verbal não é a única, muito menos a primeira - visto que nosso corpo também fala. ESPECÍFICOS: ● Deliberar com os docentes envolvidos os elementos necessários para desenvolvermos discussões e debates sobre as mais plurais formas de linguagem utilizadas no estabelecer da comunicação; ● Discutir com os discentes sobre as plurais formas de comunicação, sejam elas verbais e não verbais, às quais utilizamos para nos mantermos conectados - com as pessoas, com o mundo; ● Incentivar a reflexão sobre a expressão corporal, compreendida aqui como um fator de extremo poder de persuasão, importante também para o desenvolvimento do potencial de empreendedorismo dos educandos, estimulante ainda da auto estima destes; ● Promover vivências em laboratórios de expressão corporal para o desenvolvimento da linguagem facial e corporal. METODOLOGIA O projeto foi composto de 04 20 Em Debate (quatro) etapas, a saber: 1a Etapa: “Expresse-se como se todo mundo tivesse te olhando se expressar” 2a Etapa: “Aprenda a ser ouvinte e não simplesmente alienado da cultura de massa” 3a Etapa: “O Corpo Fala, Acredite em Você” ATIVIDADES DA 1a ETAPA: “Expresse-se como se todo mundo tivesse te olhando se expressar” 1. Proposição de vivências em expressão corporal intraclasse; 2. Concessão de tempo para os educandos pensarem sobre a linguagem corporal, montarem uma comunicação através do corpo e em seguida apresentarem suas ideias; 3. Fórum de debates, sociabilização das dificuldades encontradas e vivenciadas por cada participante na exposição corporal eminente da prática do dançar ou expressarse corporalmente quando estamos momentaneamente sendo o centro das atenções. ATIVIDADES DA 2a ETAPA: “Aprenda a ser ouvinte e não simplesmente alienado da cultura de massa” 1. Discussão sobre a diferenciação entre ouvir e escutar, a necessidade do desenvolvimento do fruir e o que dizem os pesquisadores da área da filosofia sobre a cultura de massa e a influência em nossas escolhas; 2. Apresentação de uma préseleção de músicas que estimulem os sentidos dos educandos e não simplesmente os alienem para o erotismo, a promiscuidade e as drogas. Estas puderam ser utilizadas para a mostra de expressão corporal; 3. Concessão de tempo hábil para a deliberação dos grupos – três por sala/turma, para escolha da música à qual utilizaram para montar sua apresentação no laboratório expressão corporal; de ATIVIDADES DA 3a ETAPA: “O Corpo Fala, Acredite em Você” 1. Estabelecimento de uma data para culminância do projeto com a respectiva exposição extraclasse dos resultados das experiências em nosso laboratório de expressão corporal; 2. Discussão acerca do figurino e cenário a serem utilizados pelos grupos na culminância do projeto; 3. Apresentação dos diversos grupos de ambas as turmas envolvidas onde o público pode fruir de boas músicas, mas acima de tudo, de belas mostras de expressões corporais confeccionadas pelos educandos; 4. Utilização de um momento para visualização dos trabalhos apresentados - os quais foram previamente gravados com equipamentos de mídia, como também sociabilização das vivências, promovendo ainda uma situação de verdadeiro catarse através do entretenimento e lazer. RESULTADOS ALCANÇANDOS (OU A SEREM ALCANÇADOS) A linguagem, segundo Madre Tereza de Calcutá, é a primeira necessidade humana, pois através dela nos comunicamos e assim expressamos e compreendemos gestos, sentimentos, conhecimentos e valores. Nessa perspectiva, devemos conceber a linguagem como um conjunto de signos e símbolos, utilizados no processo da comunicação, seja ela visual, escrita, numérica, falada, sonora ou expressada corporalmente. Podendo a Linguagem ser Verbal e Não Verbal, manifestações destas podem ser encontradas na literatura, na música, na dança, no teatro, nas formas das figuras e especialmente na expressão facial e corporal, pois o Corpo também Fala. Tivemos a soma de muitos colegas, de diferentes áreas do conhecimento tratado na escola, para o desenvolvimento deste trabalho. Acreditamos que essa adesão deu-se pelo fato deste trabalhar com o fator linguagem, e esta ser plural e diversa, encaixando-se nas mais diferentes áreas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Observamos uma participação em massa por parte dos educandos, acreditamos que esta deu-se pelo fato da linguagem e expressão – como foi aqui exposta, tratar-se acima de tudo de Arte, atraindo assim nossos jovens de forma muito abrangente para as atividades do laboratório de expressão corporal – de forma específica. Temos a certeza de termos contribuído para o desenvolvimento de cidadãos mais autoconfiantes, críticos e participativos, pois a linguagem é uma necessidade primária, e a correta utilização desta nos acende, melhora e liberta. Como diz Clarice Lispector: “A palavra – que não é apenas verbal (grifo nosso) – é o meu domínio sobre o mundo!” BIBLIOGRAFIA BRASIL, LDB (1997). Lei de diretrizes e bases da educação nacional. DF: Senado, 1997. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: temas transversais. MEC. Secretaria de Ensino Fundamental. Brasília, 1998. CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2001. 12. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. Maio | 2014 21 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas A PRÁTICA DA REESCRITA TEXTUAL Educadora: Janaina de Carvalho Batista Escola Estadual Poeta João Freire Ribeiro (Nossa Senhora do Socorro-SE) OBJETIVO Levar os alunos a refletirem sobre a prática da escrita por meio da reescrita textual. METODOLOGIA Através de reportagens, textos e pesquisas, foi apresentado à turma o tema Bullying escolar. No primeiro contato foi solicitada uma pesquisa na internet sobre o tema que foi discutido em sala de aula. Em outro momento uma propaganda foi exibida, a fim de esclarecer como essa prática acontece, quem são as vítimas, os agressores e as possíveis soluções. Um exercício de interpretação do texto visual foi solicitado e corrigido em sala de aula com a participação dos estudantes. Para introduzir o gênero textual – depoimento – foi apresentado aos alunos, através da utilização do Datashow, o conceito de depoimento, qual sua finalidade e a razão dele ser tão importante na área jurídica. Uma reportagem do Fantástico, programa dominical da rede Globo, foi transmitida aos alunos, nele destacava um caso de bullying que chamou atenção da mídia como também uma série de depoimentos de telespectadores que sofreram e praticaram o bullying. Para enfatizar o gênero foram expostos alguns depoimentos, recolhidos da internet, em seguida os alunos foram estimulados a “ÁGUAS DO POXIM: UM OLHAR NO PASSADO, PRESENTE E FUTURO DO RIO MAIS POLUÍDO DE SERGIPE” escreverem depoimentos sobre a temática em questão. Os depoimentos foram corrigidos, os desvios ortográficos foram destacados, e orientações sobre como melhorar o texto foram dadas. Os alunos receberam as produções corrigidas e individualmente reescreveram o texto, pesquisando no dicionário as palavras destacadas, relendo o texto a fim de reorganizarem as ideias e incluindo as orientações dadas. RESULTADOS A prática da reescrita ajudou aos alunos a se organizarem antes de escrever. Que eles precisam – rascunhar – produzir – reescrever, para que o texto atenda ao principal objetivo que é comunicar de forma coesa e coerente. Ainda existe rejeição de alguns alunos, mas durante a atividade é importante que eles percebam o quanto ela se faz necessária. A prática permite também ao professor descobrir outras dificuldades dos alunos sejam elas na escrita, na utilização das regras gramaticais e ortográficas. • • • Eduacadores: Givanildo Batista da Silva Adneide da C. Lima Bruno de Assis Monteiro Ana Márcia B. dos Santos Colégio Estadual Professor Hamilton Alves Rocha (São Cristóvão – SE) OBJETIVOS Objetivo geral: Resgatar a importância histórica e social do rio Poxim e desenvolver 22 Em Debate • uma consciência que promova responsabilidades socioambientais junto à comunidade escolar e ribeirinha. Objetivos Específicos: Discutir em sala temas ligados ao meio ambiente e sensibilizar os alunos no tocante às questões ambientais; • Aproximar a escola de sua comunidade local; • Proporcionar aos alunos experiência direta com a pesquisa científica; • Levantar informações do passado • e presente do rio Poxim junto à comunidade ribeirinha; Pesquisar na literatura informações sobre o Poxim, identificar e registrar problemas socioambientais nas proximidades do rio Poxim; Conhecer o processo de tratamento de água e de Esgoto da DESO; Visitar a barragem que comportará as águas da chuva e do Poxim; Averiguar projetos de revitalização do Rio Poxim junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe (SEMARH), como também à Prefeitura Municipal de São Cristóvão/SE; METODOLOGIA A estratégia de projeto em questão estará vinculada aos seguintes momentos: 1º momento (abordagem em sala): Os professores de áreas afins (Geografia, História, Matemática, Português, Química, Sociologia) discutirão em sala a importância sobre a Educação Ambiental e os quatro elementos (água, ar, fogo, e terra) ligados ao meio ambiente, com destaque ao elemento “água”. 2º momento (pesquisa bibliográfica): Alunos e professores realizarão o levantamento bibliográfico, sobre o Rio Poxim, em livros no acervo da Biblioteca Central da UFS e na Biblioteca Municipal de São Cristóvão, também pesquisarão em Artigos Científicos e em sites de Meio Ambiente. 3º momento (pesquisa na comunidade): Grupos de alunos irão realizar “pesquisa de campo” junto à comunidade ribeirinha, mediante a aplicação de questionário e/ou entrevista, a fim de registrar informações da situação socioambiental na circunvizinhança do Rio Poxim, como também da vida passada do Poxim e da população circunvizinha. 4º momento (visitas técnicas): Alunos e professores realizarão visitas à barragem do Rio Poxim no povoado Timbó em São Cristóvão; à Estação de Tratamento de Água da DESO para verificar a qualidade da água da represa que chega à captação, bem como acompanhar o processo de tratamento da água; à Estação de Tratamento de Esgoto na comunidade do Rosa Elze, para verificar a situação dos efluentes recebidos e qual o destino do mesmo após o tratamento. 5ª momento (visita às autoridades): Grupos de alunos juntamente com professores e representantes dos ribeirinhos visitarão a SEMAHR para averiguar à existência de politicas publicas para revitalização do Rio Poxim, como também à Prefeitura do Município de São Cristóvão para verificar a existência de políticas públicas para o remanejo da população que vive em invasões às margens do rio. 6º momento (tratamento dos dados e elaboração dos artefatos): Os alunos e professores divulgarão os dados obtidos por meio de banners e folders e construirão maquetes para a representação da estação de tratamento de água, de esgoto, de distribuição de água residencial e da Barragem do rio Poxim. 7º momento (culminância do OFICINAS DE LEITURA Educador: Leandro Calazans Vieira Santos Escola Estadual Poeta João Freire (Nossa Senhora do Socorro – SE) Embora a leitura apareça como atividade preterida pelos alunos e alunas diante do apelo de outras práticas, a escola não tem encontrado estratégias para um trabalho com a leitura voltado para o prazer (de ler), preferindo assim atividades mediadas apenas pelo livro didático e como pretexto para o estudo do uso normativo da língua e decodificação de vocabulários. Assim temos alunos receptores de informações e não leitores. Tais práticas de leitura e como consequência produção de textos, iniciando-se na infância e variando de indivíduo para indivíduo, dizem respeito a contextos sócio-culturais contingentes e múltiplos, os quais parecem escapar à escola. Contudo, se pensarmos a leitura como prática criativa e inventiva (CHARTIER) e como atividade e produto cultural criaremos práticas pedagógicas que se apresentam como objeto de investigação e trabalho em sala de projeto): A culminância será a realizada na escola durante a Feira de Ciências e Tecnologia (II FECITEC) no fim do ano letivo de 2013, onde a comunidade escolar e local será convidada a visitar as exposições de fotografias, maquetes e informações sobre a importância e os problemas socioambientais Rio Poxim e da população daquela região. RESULTADOS A SEREM ALCANÇADOS Espera-se que a temática discutida neste projeto contribua de forma significativa no processo de ensinoaprendizagem e acredita-se que: • os alunos desenvolvam uma postura crítica e participativa nas questões socioambientais; • a escola estabeleça parceria junto à comunidade, a fim de conscientizá-la dos impactos ambientais nas proximidades do Rio Poxim e que desenvolvam ações para minimizá-los; • as autoridades competentes se abarquem aos problemas ambientais e desengavetem e/ou elaborem projetos de leis ligados àquela região. aula para fomentar diálogos entre a base teórico-prático à luz do tema da Leitura para o desenvolvimento de níveis de letramento (SOARES). Analisar e planejar atividades voltadas para práticas de leitura com materiais autênticos que associem a leitura de mundo com a leitura da palavra (FREIRE). Para isso, rodas de leitura, dinâmicas de trabalho coletivo (grupão), júri simulado, contação de histórias, leitura e dramatização de textos, entre outras atividades habitualmente dinamizadas para planejamento desta prática pedagógica. Este trabalho conta com um número de 20 alunos, que espontaneamente se inscreve, e acontece uma vez na semana. As práticas de leituras realizadas em torno a esses objetos mostram como são plurais as significações que lhe é atribuída em sala de aula. Maio | 2014 23 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas “A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE JOGOS” Educadora: Carina Aparecida Santos Escola Estadual Aristeu Carlos Valadares (Simão Dias-SE) -Trabalhar a Matemática por meio de situação-problema própria da vivencia do aluno e que façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir para melhor solução; -Desenvolver o raciocínio lógico do aluno. METODOLOGIA OBJETIVOS Objetivo geral Ampliar e construir novos significados para os números e as operações com situação- problema e estimulando o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione ideias, descubra e tenha autonomia de pensamento para facilitar sua aprendizagem. Objetivos Específicos - Reconhecer as quatros operações, nas diferentes situações do nosso dia a dia; Ler e Interpretar problemas envolvendo as quatros operações; - Solicitar aos alunos que, em grupo, elaborem seus próprios problemas; -Estimular o interesse e a curiosidade para reconhecer diferentes estratégias de cálculo; - Aplicar corretamente as operações com números naturais na resolução de problemas; - Utilizar jogos matemáticos na resolução de problemas; 1ª Etapa: (Apresentação) 1- Utilizando o livro didático para a realização de atividades; 2- Levar alguns problemas para fazer o aluno pensar; 3- Propor ao aluno que formule problemas através de uma resposta dada. 2ª Etapa: (Atividade em sala) 1- Pedir para trazer recortes de livros e revistas contendo diferentes tipos de problemas; 2- - Na aula seguinte pedir que todos apresentassem seus problemas, para fazer uma troca de problemas com os colegas para resolução; 3- Em uma discussão, mostrei que a várias maneiras de resolver problemas; 3ª Etapa: (Atividade utilizando recursos tecnologias) 1- Utilizamos o laboratório de informática para sites que explorem jogos matemáticos. 4ª Etapa: (Competição de jogos matemáticos) ARTE BARROCA E O SINCRETISMO RELIGIOSO Educadora: Juçanã F. dos Santos Escola Mun.Laura Cardoso Costa (Estância- SE) 24 Em Debate O indivíduo letrado envolve-se cotidianamente nas práticas sociais de leitura e escrita, o que obviamente, altera sua condição do ponto de vista sociocultural, político, linguístico e econômico, possibilitando plena 1- Orientei que formassem grupos de cinco para competição; 2- Entreguei uma caixinha com vários problemas envolvendo a quatros operações com nível mais difícil, em outra caixa entreguei os resultados e possíveis resultados para eles se confundirem; 3- E no final eles com os resultados formaram uma frase envolvendo a matemática.’ A PARTIR DE UMA SITUAÇÃO-PROBLEMA SIMPLES, NOVOS DESAFIOS PODEM SER CRIADOS” A equipe vencedora foi a que resolveu os problemas e formou a frase primeiro. RESULTADOS ALCANÇADOS O trabalho com resolução de problemas é um processo lento onde possibilita ao aluno fazer matemática, por que requer uma analise do problema, a sua interpretação, a decisão quanto aos caminhos a serem seguidos, a discussão quando do aparecimento de diferentes soluções. Como observei a importância das variações de um mesmo problema geram discussões que enriquecem o processo e motivam o aluno. Ao ter como prioridade a construção do conhecimento pelo fazer e pensar, o papel da resolução de problemas é fundamental para auxiliar o aluno na apreensão dos significados. O Desempenho do aluno onde possibilitam a pensar, raciocinar e gostar de resolve-los resultam em atitudes positivas da ênfase ao processo utilizado para resolução, direcionar atenção para as informações no ensino-aprendizagem. participação social. Os estudos atuais sobre letramento tem demonstrado sua importância, seja na prática escolar ou na prática social, cabe à escola assumir as rédeas de um processo que lhe é pertinente, que é sua meta maior. Nessa nova perspectiva, relatarei a experiência vivenciada como professor de Língua Portuguesa da Escola Municipal Laura Cardoso Costa no bairro Walter Cardoso Costa na cidade de Estância/SE em 2012, com alunos dos 8º. anos A e B. O projeto interdisciplinar envolvendo as disciplinas: Português, Redação, História, Ciência, Geografia etc, é constituído de duas etapas, em que a primeira realizada no estado de Sergipe, em setembro de 2012 com alunos dos 8º. Anos A e B e, a segunda será na cidade de Salvador/BA, em outubro de 2013, hoje alunos dos 9º. anos A e B. Tem como tema a “Arte Barroca e o Sincretismo Religioso” e como subtema “A história como criação contínua” realizado nas cidades de Laranjeiras e São Cristovão no estado de Sergipe, com visita aos Museus de Arte Sacra, Afro-brasileiro, Igreja de Comandaroba e o Museu Histórico da cidade de São Cristovão. A prática pedagógica teve como objetivo proporcionar aos discentes o resgate da escrita, da leitura e da expressão artística interpretada e compreendida dentro do contexto histórico e literário em discussão. Assim como, despertá-lo para a investigação e o conhecimento prévio como ponto de partida para a aprendizagem. Diante da angústia provocada pela falta de interesse da maioria dos alunos no que concerne à leitura e a escrita de obras barrocas e o sincretismo religioso, surgiu à necessidade de planejar e executar ações que os envolvessem no processo de construção da aprendizagem nas cidades sergipanas supracitadas, já que os mesmos estudarão, no Ensino Médio na disciplina Literatura a Era Clássica: Barroco. Em setembro de 2012 os alunos dos 8º. anos A e B visitaram as cidades de Laranjeiras e São Cristovão, naquela a primeira visita foi ao Museu de Arte Sacra criado em 1978, construção do Século XX, antiga residências da família Sobral Franco, seu acervo de arte religiosa, é representativo da devoção e fé dos Laranjeirenses. Depois visitamos o Museu Afro-brasileiro de Sergipe sobrado do Século XIX, desde 1976 sede do 1º. Museu Afro-brasileiro do país, em seu acervo vislumbra-se o passado colonial da cultura açucareira e a religiosidade Afro. A última visita a Igreja de Nossa senhora da Conceição da Comandaroba obra-prima de 1731 um dos monumentos históricos de maior valor de Sergipe, edificada em local do cultivo de feijão dos índios, daí a denominação comandaroba em Tupy Guarany. No período da tarde a visitamos a cidade de São Cristovão/SE construída JORNAL ESCOLAR: EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR EM UMA ESCOLA RURAL DE SERGIPE Educadoras: Ildema Gomes Aragão Danielle Lima Silva Escola Municipal Professora Maria Salvelina de Lima (Gararu-SE) OBJETIVOS Objetivo geral O trabalho compartilha dos anseios de mobilizar a prática pedagógica a romper com as barreiras que dificultam a aprendizagem dos alunos, através da produção do Jornal Escolar. Objetivos específicos • Tornar o ensino de matemática, ciências e história mais atrativo e prazeroso; • Incentivar o aspecto lúdico da atividade intelectual; • Instigar no/a educando/a o interesse (curiosidade) e a reflexão por assuntos do cotidiano; • Despertar no/a aluno/a o interesse pela leitura, pela visão do mundo, pela escrita, pela interpretação e produção de textos e, simultaneamente, pelos conhecimentos históricos e culturais de forma mais prazerosa, contextualizada e crítica. • Contribuir para o desenvolvimento de aulas interdisciplinares, através das quais se dinamizaria o ensino há mais de 400 anos nosso primeiro contato foi com a Praça de São Francisco reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade em agosto de 2010 e o convento de São Francisco onde está o Museu de Arte Sacra. O projeto desenvolveu no alunado a percepção e a criatividade diante das principais obras Literárias Barrocas, a arte do período de colonização das cidades históricas de Laranjeiras e São Cristovão no estado de Sergipe. Assim, a opção por métodos qualitativos, como a história oral e a utilização de categorias como memória coletiva, representação e imaginários sociais conduziram a um debate interdisciplinar, visando fundamentar as pesquisas do grupo. O processo avaliativo foi por meio de produção textual (relatórios) e de uma oficina pedagógica com os alunos envolvidos, em que foram discutidas as complexas relações entre história barroca e o sincretismo religioso, compreendendo a importância da literatura sergipana, como também identificando os principais movimentos que encadearam a arte em Sergipe. e a aprendizagem, além dos tapumes da escola; • Efetivar a construção do jornal escolar. METODOLOGIA 1ª Etapa: Visita pedagógica ao Museu da Gente Sergipana, ao CCTECA (casa de ciência), ao Oceanário e Zoológico (parque da cidade), todos localizados em Aracaju/ SE. Comoobjetivodecontribuirefetivamente sobre a reflexão-ação-reflexão, utilizamos, além do ambiente convencional de ensino (a escola), instituições/espaços outras/ os que estivesse fora do espaço escolar, para o enriquecimento dos temas a serem abordados. Entendendo, assim, realizamos visitas, como inclusive já mencionamos, a museu, parques, Oceanário, praia, casa de ciências. Estas excursões foram fundamentais, vez que despertou, em docentes e discentes, uma nova perspectiva de ensino e de aprendizagem. Maio | 2014 25 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas 2ª Etapa: Explicação sobre o Jornal Escolar e escolha do nome para o jornal. Explicar aos/às educandos/as o objetivo e a importância da construção do jornal, sua funcionalidade social (interação, comunicação interescolar e comunidade), sua formatação/impressão, sua participação como protagonista da obra, a escolha do nome do jornal, os tipos de produções dos textos a serem inseridos no jornal e posteriormente a sua finalização. 3ª Etapa: Elaboração das produções textuais, desenhos, leituras (todos de livre escolha) e debates sobre a viagem. Os/as alunos/as foram separados por grupos; sendo que todos se responsabilizariam por produzir um texto livre, ou semilivre. As professoras, quando solicitadas, podiam sugerir alguns temas. Em tempo, orientamos os/as estudantes a construírem textos a partir do relato de experiência da viagem, poesias, recados, bilhetes, podendo fazer uso de temas que contemplassem a história, a ciência, a literatura de cordel, dentre outros. 4ª Etapa: Escolha das produções elaboradas, pelos/as educandos/as e com orientações das professoras. Elaborados os textos, os/as professores/ as os recolheriam para verificar possíveis incorreções, vez que, de acordo com a proposta de elaboração do jornal, os erros gramaticais (ou de incoerência) seriam revisados e corrigidos pelos/as próprios/as alunos/as – atitude que proporcionaria uma reflexão analítica por parte deles e delas sobre suas produções. 5ª Etapa: Correções textuais pelos/ as educandos/as, com orientações das professoras. 6ª Etapa: Confecção do Jornal: “O Grito do Salvelina”. “CAFÉ FILOSÓFICO E CHÁ LITERÁRIO” Educadora: Fabiana Lisboa Ramos Menezes Colégio Est. Dr. Antônio Garcia Filho (Umbaúba-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Unir os dois saberes essenciais à vida humana que são, tão superficialmente, trabalhados no ambiente escolar pois as disciplinas Filosofia e Literatura têm ganhado espaço no debate acadêmico e inserido no currículo escolar como forma de trazer de volta ao chão da escola a atividade reflexiva. Objetivos Específicos • Consolidar o ensino de Filosofia frente ao mundo tecnológico; • Associar as obras literárias a situações da vida prática; 26 Em Debate • Envolver professores de outras áreas do conhecimento como Língua, História e Sociologia fazendo valer a teoria da interdisciplinaridade; • Estabelecer a interface entre as duas ciências; • Proporcionar a recriação das obras através das manifestações artísticas; METODOLOGIA O projeto foi composto de 04 (quatro) etapas, a saber: 1a Etapa: “Seleção e leitura das obras literárias e teorias filosóficas” 2a Etapa: “Produção de texto sobre a interface” 3a Etapa: “Apresentação dos trabalhos” ATIVIDADES DA 1a ETAPA: “Seleção e leitura das obras literárias” 1. As obras foram selecionadas a partir da periodização por série e pela relevância social. 2. A leitura teve um prazo de vinte dias para que fossem apresentadas em sala. RESULTADOS ALCANÇADOS A interdisciplinaridade foi um elemento indispensável à implantação do Jornal Escolar; vez que, diante da diversidade de conhecimentos presentes nos espaços visitados, um diálogo entre as disciplinas curriculares foi inevitável/necessário. Este também foi o entendimento da aluna Roseane Alves (8ª série), conforme depreendemos do relato de viagem elaborado por ela. Recorrer à produção de um Jornal Escolar, objetivando enriquecer o conhecimento e estimular os/ as alunos/as a participarem, criticamente, é a maior contribuição que a pesquisa, traduzida neste resumo, pode legar. A escola é, inquestionavelmente, ambiente de formação de homens e mulheres; esta formação, entretanto, precisa engravidar-se de compromisso com a criticidade e com a criatividade. 3. Os grupos, à medida que se apresentavam, associavam adequavamse por afinidade entre obras literária e filosófica. ATIVIDADES DA 2a ETAPA: “Produção de texto sobre a interface” 1. Reunião dos grupos com as obras associadas para discussão da interface; 2. Produção de texto dissertativo sobre o assunto na teoria e na ficção; 3. Proposta e definição da forma de apresentação dos trabalhos. ATIVIDADES DA 3a ETAPA: “Apresentação dos trabalhos” O café filosófico iniciou a apresentação dos trabalhos no turno da manhã e encerrou à tarde com o chá literário. RESULTADOS ALCANÇADOS Após a execução dos trabalhos, é percebida a sensibilidade dos alunos diante do conhecimento da obra, a forma de percepção do assunto tratado e o traquejo com que adaptam às mais variadas formas de arte. Desde a abertura com música popular brasileira até o encerramento com o rock pesado do grupo de alunos “da pesada”, a participação foi intensa e surpreendente. Nós professores avaliamos quão válido é insistir na leitura de textos literários e filosóficos quando colocados na vida prática dos nossos alunos. ALIMENTAÇÃO, REAPROVEITAMENTO E CRIATIVIDADE Educador: Edivaldo dos Santos Escola Municipal de Ensino Fundamental Gilmara Fontes de Gois (Tobias Barreto – SE) INTRODUÇÃO A prática pedagógica nasceu em parceria com um projeto pedagógico elaborado por professores e equipe diretiva da escola acima citada. Fundamenta-se na importância e necessidade de se intervir de forma singular na cultura local com conhecimentos prévios e com a articulação entre meio ambiente e alimentação, incluso, interdisciplinarmente, em todas as disciplinas. Tem como foco principal integrar as diversas fontes e recursos da aprendizagem, interagindo e aprimorando os conhecimentos pré-existentes dos alunos ao dia a dia da escola; gerando, assim, fonte de observação, criatividade e reaproveitamento. Visa, portanto, proporcionar possibilidades para o desenvolvimento de ações pedagógicas que permitam práticas em equipe, explorando a multiplicidade das formas de aprender. OBJETIVOS • Valorizar a importância do trabalho e cultura do homem do campo; • Conhecer técnicas de cultura orgânica; • Estabelecer relações entre o valor nutritivo dos alimentos cultivados; • Compreender a relação entre solo, água e nutrientes; • Identificar processos de semeadura, adubação e colheita; • Análise e reflexão sobre prejuízos dos desperdícios alimentares; • Conhecer e identificar a importância de reutilizar objetos jogados na natureza; • Despertar o desejo de reutilizar materiais recicláveis seja em plantas, jardins e etc. • Promover uma campanha de conscientização ecológica, estimulando os alunos a recolherem sacos plásticos, garrafas e pneus onde estes resíduos serão reutilizados como recipientes para plantar as mudas nativas, no lugar do tradicional saquinho preto, evitando maiores danos a natureza e aos animais. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os alunos dividiram as tarefas entre si e cada grupo ficou responsável para execução das tarefas. Os materiais básicos adequados à execução: ancinho – CIÊNCIAS NO CAMPO, UMA APRENDIZAGEM MAIS SIGNIFICATIVA OBJETIVOS Educadora: Maísa Santos Wanús Escola Municipal Gov. Antônio Carlos Valadares (Estância-SE) Geral Desenvolver as habilidades e competências dos alunos da Escola Agrícola, a partir de atividades interdisciplinares, que os levem a valorizar o manuseio com a terra, a cuidar do meio ambiente, a saber, a importância de um ser utilizado para nivelar o terreno e retirada do mato capinado; colher de Jardineiro – utilizado em operações de transplante de plantas; enxada – usada para misturar adubos, terra e nas capinações; sementes, mudas de plantas e etc; garrafa de refrigerante 2l com tampas, pneus de automóvel usado. Seleção de Hortaliças para o plantio segundo o consumo local: a) Hortaliças Folhas – alface, a, couve, chicória, repolho, b) Hortaliças Frutos – tomate, pimentão, quiabo, abobrinha; c) Hortaliças Flores - couve flor, cebola branca; d) Hortaliças Raízes – cenoura, beterraba, batata e) Hortaliças Condimentos – alho, cebolinha, salsa, coentro. A colheita será feita, obedecendo à maturação das hortaliças. Será realizada a higienização com auxílio das merendeiras. A colheita após higienização será servida como parte da merenda escolar, reforçando a alimentação das crianças e proporcionando maior variedade nas opções presentes. RESULTADOS ALCANÇADOS Os resultados alcançados foram observados com a interação das turmas. Utilizando-se de materiais reaproveitáveis criaram inúmeras ações que foram desde as jardinagens com flores, artes com tampas das garrafas e diferentes plantações e espécie de hortaliça colhida. cidadão e a integra-se socialmente, entre si e com os outros em diferentes espaços. Específicos - Mostrar a importância da cultura rural a partir de atividades de sensibilização; - Trabalhar com os alunos, aulas dinâmicas diretamente relacionadas com as atividades ligadas a terra e meio ambiente; - Criar grupos de mobilização e comunicação interna entre os alunos, para que os educando disseminem as diferentes práticas no meio escolar. - Integrar os alunos a outros subprojetos Maio | 2014 27 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas que os levem a vivenciarem diferentes realidades da área rural e urbana, além de aproximá-los socialmente; - Envolver os alunos nas atividades em que os mesmos serão os protagonistas do processo de ensino/aprendizagem, para a formação da cidadania; - Culminar ações relacionadas à cultura rural trabalhada durante o ano letivo, para fins de análise de resultados, com o propósito de práticas futuras. PÚBLICO ALVO Alunos dos 6º ao 9º Ano, professores, pais e comunidade que interage direta ou indiretamente com a escola. METODOLOGIA - Aplicação de atividade diagnóstica sobre diferentes questões relacionadas ao campo; - Propagação de eventos pedagógicos relacionados ao meio ambiente, a saúde, a cidadania, ética e meio social, para que os alunos se motivem no envolvimento do processo, com participações diretas de logística e apresentações. - Promoção de alunos a partir de atividades realizadas em que eles se destacaram com determinado perfil, para criação de outros momentos, já com os novos colaboradores, como: Educomunicadores da escola, monitores socioambientais, produtores de letras, montagem da logística de eventos, fotógrafos e tantas outras funções que vão surgindo de acordo com os trabalhos realizados. - Ação compartilhada da Coleta Seletiva; - Produção de hortas com diferentes culturas; CONTRIBUIÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS PARA O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA LEITURA E ESCRITA NO EJA Educaora: Elaine do Nascimento Menezes Escola Municipal Clodoaldo Barreto (Nossa Senhora das Dores-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Resgatar a importância de se cuidar do processo de aprendizagem a respeito das condições para aprender leitura e escrita no EJA, tendo contribuições psicopedagógicas, que facilitaram a aprendizagem e características que causam dificuldades nos educandos do EJA. Objetivos Específicos - Conhecer o seu aluno, como ele pensa e age diante dos obstáculos que surgem no seu dia a dia; - Respeitar a diversidade de expressões orais de seus alunos; -Criar condições para que o aluno 28 Em Debate desenvolva a predisposição a diferentes leituras, para que vivencie prazerosamente e entenda essa aprendizagem; - Deve saber desafiar os alunos para que seja possível atingir os objetivos pedagógicos determinados em seu planejamento; - Saber selecionar textos para diferentes faixas etárias, e gostos de seus alunos; - Saber ser escriba para seus alunos e saber ler para eles; - Saber proporcionar aos alunos, reais situações comunicativas, incentivando a exporem suas dúvidas oralmente, a interferirem na fala dos outros fazendo contrapontos. - Saber organizar ambientes de letramento que sejam adequados aos interesses e necessidades dos educandos, de forma que eles sejam capazes de desenvolver efetivamente seus potenciais, sua cultura e assim construir novas competências. METODOLOGIA E RESULTADOS ALCANÇADOS - Participação em manifestos e conferência interna; - Leituras e escritas a partir de temas contextualizados; - Exposição de trabalhos propostos. TEMPO DO PROJETO 05 de março a 05 de dezembro do ano corrente RESULTADOS O projeto de março até agosto comprova que, se é dado à oportunidade para que os alunos aprendam diferentes saberes, eles absorvem e só surpreende, cada vez mais, e é justamente isso que está acontecendo com os discentes a partir desse aprendizado contínuo e contextualizado em um único projeto. Ao iniciar as atividades nessa escola do povoado Castanhal, tudo foi novo, pois a experiência da educadora só tinha sido apenas com alunos do Ensino Regular, de imediato a mesma foi em busca de pessoas que trabalhavam com EJA e que pudessem transmitir um conhecimento prévio nessa modalidade de ensino para desenvolver ações em sua sala de aula, de forma agradável e atrativa aquele público o qual ensinaria. O Psicopedagogo deve atuar prevenindo e ter uma construção coletiva no âmbito institucional com foco na aprendizagem, construindo um saber coletivo e coletivizado. Para o início de suas atividades a educadora tinha em uma sala 21 alunos com a faixa etária entre 17 a 62 anos, uma diversidade imensa, pensamentos, angústias e anseios totalmente diferentes e todos esperando saciar essa sede de conhecimentos que lhes faltavam nessa fase de suas vidas. Foi feito um levantamento sobre essas angústias e anseios e foram muitos, como: arrumar emprego, concluir os estudos, aprender para ensinar a filhos e netos, além de buscarem mais conhecimentos para não serem enrolados nos cálculos, enfim várias situações. E através desses relatos ela começou a trabalhar, criando ambientes de acordo com a necessidade dos educandos. O comprometimento da educadora foi o que levou a mudança para o querer aprender dos alunos. Participava com eles de todos os acontecimentos, dentro e fora da sala de aula, e utilizava esses momentos para promover discussões de variados assuntos relacionados ao ensino aprendizagem dos mesmos. De forma simples e com praticidade os assuntos agradáveis e às vezes polêmicos eram contextualizados para posteriormente serem utilizados da maneira adequada a aprendizagem deles, no escrever, no falar, ler, apresentar-se diante do público e até em seus registros através dos desenhos conseguiam expressar a compreensão dos assuntos abordados. Percebia a todo o momento o cansaço que era vencido pela vontade do aprender e pela motivação que ela os dava. A afetividade para com os alunos foi determinante para conseguir mantê-los em sala de aula atraídos e motivados. O compromisso pelo fazer, criar e produzir fundamentava-se no princípio de que os alunos precisavam da educadora como ela precisava deles, havendo uma troca simultânea de saberes e experiências, pois os provocavam a participarem efetivamente das discussões, estimulando-os a valorização pessoal PROJETO FEIRA DAS CIÊNCIAS Educador: Nivaldo Alves de Moura Filho Escola Mun.Maria da Glória Santos (Nossa Senhora das Dores) OBJETIVOS Objetivo Geral: Despertar nos alunos o interesse pela produção e saber científico, através da construção de projetos de pesquisas no cotidiano escolar. Objetivos Específicos: • Mobilização dos alunos valorizando o conhecimento científico interdisciplinar. • Desenvolver a prática através da investigação e busca de informações. • Orientar o aluno para o planejamento de suas ações estratégicas, criando um grupo de monitores da Feira composto por alunos das diversas séries. • Motivar discentes e docentes no gerenciamento do evento. • Motivar a interação comunidade-escola com apresentações de projetos populares criados por moradores da comunidade. • Salientar a importância das Ciências humanas, sociais, biológicas, exatas no contexto interdisciplinar. • Montar Regulamento do evento em conjunto com os alunos, professores, direção, serviços gerais e pais de alunos. • Desenvolver o espírito autocrítico nos alunos quanto a avaliação, • Promover a participação efetiva dos pais e população da comunidade no desenvolvimento das atividades. METODOLGIA O projeto “Feira das Ciências” é composto de quatro fases: 1ª FASE: Pesquisa e seleção 2ª FASE: Escolha da Equipe de Monitoria 3ª FASE: Orientação aos Grupos 4ª FASE: Apresentação dos Projetos RESULTADOS ALCANÇADOS A experiência de realização de Feira de ciências desde 2009, na Escola Municipal Maria da Glória Santos da rede municipal na cidade de Nossa Senhora das Dores- SE tem alcançado objetivos satisfatórios quanto ao aprendizado dos alunos e também a integração da comunidade com a escola. A média anual dos alunos obtidas depois da implantação da Feira de perante a sociedade e ao seu dia a dia. A amizade, o respeito e o compromisso que ela passou a ter por eles realmente surtiu efeito, pois os mesmos passaram a ter comprometimento em buscar uma aprendizagem que os levassem a ter mais conhecimentos e a evoluírem como indivíduos na sociedade a qual estão inseridos. Enquanto educadora o objetivo principal diante dessa turma, não era inseri-los no mercado de trabalho, mas sim fazer com que eles compreendessem o sentido de serem cidadãs atuantes em uma sociedade cheia de mudanças. Ciências demonstrou a eficácia do trabalho. Além do mais, o conhecimento adquirido pelos alunos foi observado quando estes ingressaram no Ensino Médio, mostrando a base de conhecimento cientifico atribuído a práticas realizadas durante as Feiras. Assim sendo, diante dos objetivos alcançados, foi estabelecido que a interdisciplinaridade seja o carro chefe da atividade e em comunhão de idéias com o corpo docente da escola, ficou estabelecido que passaria a usar o Termo “Feira das Ciências” estabelecendo assim uma relação entre as disciplinas que abrangem o currículo. Dessa forma, cada disciplina, organiza seus grupos de alunos e apresentam na Feira das Ciências os melhores trabalhos realizados no decorrer do ano letivo em sala de aula. Cada professor responsável pela sua ciência orienta os grupos e avalia de acordo com critérios pré-estabelecidos, tais como: participação, trabalho em grupo, interação, conhecimento, clareza, apresentação, organização. Trabalhar com Feira das Ciências requer a elaboração de projetos junto com Professores e alunos, visando principalmente à interdisciplinaridade e o despertar pela construção do conhecimento dos alunos. Em suma, a experiência de Feira das Ciências tem se mostrado satisfatória, quando se ver o aluno interessado pelo trabalho e preocupado em dar o seu melhor para mostrar a sua capacidade e o seu conhecimento para os colegas, professores e comunidade em geral. Maio | 2014 29 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas PROJETO APROFUNDANDO SABERES NA EJA Educadoras: Maria Josefa de Menezes Almeida Giselma Machado Colégio de Aplicação – CODAP/UFS (São Cristóvão-SE) O presente texto apresenta parcialmente dados do Curso: Aprofundando saberes na EJA, parte do Projeto: Pró-docência para EJA, coordenado pelo Grupo de pesquisa vinculado ao CNPq: Saberes Escolares e Práticas Pedagógicas para a EJA(Seppeja/ UFS). Suas atividades se desenvolveram a partir de 2011 e se consolida a cada dia a partir de então em regência de classe em turmas de EJA no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe, no turno noturno, de segunda á sexta, das 19h às 21h e 30 min. Por acreditar na possibilidade do rompimento da visão fragmentada do desenvolvimento cognitivo das pessoas envolvidas no processo ensino/ aprendizagem, especialmente em turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), bem como deste mesmo rompimento no seu desenvolvimento afetivo e social, exercita-se neste projeto uma visão epistemologicamente construída e sedimentada profissionalmente em ações educativas e escolares e, posteriormente, para atender a este público específico nesta modalidade de ensino da Educação Básica. Ou seja, indica-se a construção de um crédito atribuído à convergência entre as diversas áreas do conhecimento ou avanço do nível expositivo multidisciplinar para a interrelação entre os saberes existentes e partilhados na ação pedagógica, exercitada através da negociação entre os pares envolvidos a partir de necessidades concretas e efetivas de seus envolvidos conforme orienta vasta literatura especializada acerca de paradigmas inovadores para a educação. Nesta ação são adotados, metodologicamente, princípios norteadores e pedagogicamente aplicados à interdisciplinaridade, bem como o que preconiza a educação dialógica, visão humanista para a educação formal, retomada através da pedagogia intercultural, a embasar todo o conjunto de atividades que o compôs. Ao tempo em que se desencadeia um processo de formação docente para a EJA – (inicial e continuada) ofertado a graduandos e graduados de Instituições de Ensino Superior (IES) do estado de Sergipe que responderam ao chamado para o exercício de estágio voluntário em turmas de EJA/Codap/UFS, ocorre concomitantemente um estudo acerca de novo paradigma curricular para EJA em processo de escolarização formal em todos os níveis da educação básica. A partir de tais convicções, este processo de exercício profissional junto a turmas de EJA teve início no mês de agosto/2011 com o objetivo de refletir sobre uma possibilidade de condução pedagógica para a EJA (fase pesquisa) através da regência de classe em turmas de EJA (fase ensino) com a finalidade de implantar turmas de EJA no Codap e assim conferir a necessária prestação de serviço social (fase extensão) – apresentando à comunidade local a oferta de mais turmas de ensino fundamental e médio. Agora a desenvolverem-se com esta modalidade de ensino, resultado deste projeto que se exemplifica através do tripé da ação acadêmica: ensino, pesquisa e extensão a se realizar em torno do respectivo tema. Isto se dá através do desenvolvimento O TRABALHO INFANTIL SOB PONTOS DE VISTA DOS MÚLTIPLOS GÊNEROS TEXTUAIS 30 Em Debate das aulas no Curso: Aprofundando saberes os quais assumiram a perspectiva de construção de uma inovação pedagógica, ou “práticas pedagógicas diferenciadas e visionárias” segundo uma estagiária vinculada a este processo - a prenunciarlhe nova abordagem metodológica a partir da elaboração de sequências didáticas em torno de eixos temáticos para o trabalho com a EJA - pessoas jovens e adultas que foram privadas historicamente do capital intelectual social por não concluírem sua escolarização no período escolar considerado regular pelo sistema educacional brasileiro. Neste projeto, o conhecimento está sendo construído pelos alunos de EJA e professores voluntários num processo interativo que se desencadeia a partir da leitura de um texto e práticas de escrita a partir da abordagem de qualquer componente curricular convencionalmente reconhecido como disciplina escolar numa forma ampla e interrelacionada, não desarticulada entre si. Também nestes encontros diários em sala de aula, alunos e regentes estão tendo a oportunidade de confrontartemas/conteúdosestudadosapartir de seus conhecimentos prévios, associados à vivência de fatos e à (re)significação dos saberes em direção aos letramentos múltiplos. Sua avaliação articula-se através de alguns destes instrumentos: – portfólios – produção dos alunos de EJA; elaboração de memoriais descritivos e artigos científicos por estagiários voluntários – regentes das turmas de EJA. Deste desenvolvimento já é possível salientar alguns indicadores que se caracterizam prioritariamente como fortalezas deste processo, porque se apontam como cumpridos os objetivos anteriormente firmados para o seu desenvolvimento como: a) Desenvolver competências formadoras para atuar na EJA; b) Elaborar projeto pedagógico para EJA a exemplificar as perspectivas pedagógicas da interdisciplinaridade e interculturalidade. Educadora: Edilma Silva Santos Escola Municipal José Romão do Nascimento (Areia Branca-SE) OBJETIVOS Geral Desenvolver habilidades de leitura, oralidade e produção de textos em diferentes gêneros. Objetivos específicos •Desenvolver a capacidade de reflexão, localizando informações a partir de imagens; •Compreender textos lidos por outras pessoas, de diferentes gêneros e propósitos; •Ler textos não verbais com compreensão; •Utilizar vocabulário diversificado e adequado ao gênero e às finalidades propostas. •Refletir sobre o Trabalho Infantil em nossa sociedade. METODOLOGIA 1º momento: Para ajudar os alunos a também escreverem da melhor forma foi utilizado como ferramentas de ensino os gêneros textuais, apresentando para eles os cinco tipos de textos existentes na nossa língua: Narração, Dissertação, Argumentação. Exposição e Indução. 2º Momento: Foram apresentados variados suportes, como por exemplo, dicionário, jornal, enciclopédia, internet, blog, etc. e seus diferentes gêneros como os verbetes, classificados, bulas, receitas, músicas, acrósticos, cartas, poesias, artigos e assim por diante. 3º Momento: Oficina com o texto a Velha Contrabandista, de Stanislaw Ponte Preta, onde os alunos realizaram um treinamento de escrita de alguns desses gêneros a partir do texto lido. 4º Momento: Leitura e correções dos textos escritos, realizando uma devolutiva com cada um deles. 5º Momento: Exploração do tema Trabalho Infantil (aula expositiva). 6º Momento: Apresentação das imagens extraídas da internet, com crianças e adolescentes trabalhando, explicando que os diversos textos deveriam ser escritos pelo próprio personagem da imagem, sob seu ponto de vista conforme a situação em que cada personagem se encontrava. 7º Momento: Elaboração dos escritos, conforme o que se pedia: 1 - Uma notícia de jornal divulgando o fato. 2 - Um relatório produzido pelo adolescente, informando o fato à sua professora. 3 - Uma carta que teria sido escrita pela criança ou adolescente para sua mãe que está em outra cidade, realizando trabalhos domésticos. 4 - Uma página de diário da criança ou adolescente contando como fora o dia. 5 - As instruções produzidas por um adulto irresponsável para que outra pessoa continue a realizar o Trabalho Infantil. 6 - Um texto com argumento em defesa de quem explora o Trabalho Infantil. 7 - Um texto com argumento no PROJETO SOLTANDO A LÍNGUA OBJETIVOS Educador: Adilson Oliveira Almeida Colégio Estadual Prof. Gonçalo Rollemberg Leite (Aracaju-SE) Objetivo geral Capacitar os educandos para a busca da competência discursiva oral, com elegância, fluência, excelente dicção e eloquência, a fim de oralizar seu pensamento de forma inteligente e adequada nas situações formais e convencionais de comunicação. sentido de condenar quem explora o Trabalho Infantil. 8 - Um conto narrado pelo próprio personagem, abordando a exploração do trabalho infantil na nossa sociedade. 9 - Um acróstico com as palavras: Trabalho Infantil. 10 - Uma poesia com o tema Combate ao Trabalho Infantil. 8º Momento: Avaliação RESULTADOS ALCANÇANDOS Os alunos chegaram à conclusão que cada texto tem uma função social e se mudarmos essa função mudará também o gênero. Desenvolveram novas capacidades de linguagem oral, de leitura e de escrita. Refletiram que as crianças e os adolescentes precisam se conhecer como sujeitos de direitos; direitos esses garantidos por Lei Federal e que a ausência de políticas públicas contribui para a permanência de exploração do trabalho infantil em nosso país. Observaram que as famílias mais carentes são as mais vulnerabilizadas, não compreendendo o trabalho infantil como um problema, por isso reproduz e perpetua seus costumes, cultura ou modo de vida. OBSERVAÇÕES RELEVANTES Os alunos foram avaliados aula a aula, levando em consideração o interesse e a realização das atividades solicitadas, bem como na criatividade das produções e apresentações dos trabalhos. Objetivos Específicos 1. Aguçar o raciocínio lógico dos alunos sobre os assuntos tratados na sala de aula; 2. Ajudar os educandos a aceitar com segurança e destemor o desafio de falar em público, tanto na sala de aula quanto em tros outros ambientes sociais; 3. Instigar nos alunos o desejo de expor oralmente seu pensamento; 4. Sensibilizar os educandos da necessidade de aperfeiçoar sua expressão oral; 5. Encorajar os alunos a debater os temas discutidos na sala de aula e na escola; Maio | 2014 31 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas 6. Incentivar a interação e socialização dos alunos na sala de aula e em todo o recinto escolar; 7. Proporcionar aos educandos meios de aprimorar sua fala conforme as exigências dos usuários da língua-padrão; 8. Contribuir para que os alunos compreendam a necessidade de adequar sua fala às várias modalidades de comunicação oral; 9. Fomentar aos alunos o conhecimento acerca das variantes e variações lingüísticas; 10. Deixar os alunos informados e conscientes da importância e papel da fala nas diversas situações de comunicação; 11. Possibilitar aos alunos a apreensão e entendimento das técnicas de discurso oral. METODOLOGIA Os objetivos deste projeto didático devem ser alcançados de forma dinâmica, harmoniosa, responsável, coletiva e prática. Em todo o seu processo e culminância, os alunos participantes serão orientados e acompanhados em todos os seus procedimentos orais formais – discursos, palestras, dramatizações, entoações, recitações – durante as aulas de Redação e Língua Portuguesa e em outros momentos previamente agendados. Para tanto, as estratégias didáticas e metodológicas a serem empreendidas serão as seguintes: leitura em voz alta de poemas e/ou textos narrativos, dissertativos, descritivos, jornalísticos, científicos e outros gêneros para exercitar sua expressão oral; ensaios com exercício, sob a coordenação do docente, das técnicas de oratória necessárias a uma adequada postura a 32 Em Debate um microfone ou num palco; recitação de poemas de vários autores brasileiros, visando observar o ritmo, melodia, inflexão e volume de voz e dicção; composição e entoação de paródias, objetivando observar a lógica das frases, adequação da letra musical à melodia da música original, estruturação das rimas, conteúdo e forma; dublagem de melodias de compositores e intérpretes da música popular brasileira ou internacional, através da qual serão levados em conta timbre de voz, velocidade e tom; simulação de apresentações de programas de televisão ou de rádio, em especial com a prática de jornal falado em sala de aula e na quadra poliesportiva da escola, através das quais serão avaliadas postura, memorização das falas, dicção e impostação de voz; dramatizações de cenas que enfoquem situações do cotidiano, observando-se a capacidade de representação, expressão fisionômica, gestualidade e memorização do texto; oralização de leitura coletiva, na modalidade de jogral, analisandose a fluidez da leitura oral, pontuação e expressividade; debate de conhecimentos e opiniões em grupos realizados na sala de aula, através do qual serão observados conhecimentos, iniciativa e desembaraço; proferimento de discursos com várias temáticas, a exemplo daquelas ligadas à educação, à política partidária (na realização de campanhas eleitorais), à religião, à sexualidade, à violência, à segurança, à saúde e outros tópicos de interesse da comunidade escolar, observando-se dicção, inflexão de voz, eloqüência, desembaraço, conhecimento do assunto em explanação, postura adequada, clareza, concisão, elegância e correção gramatical; entrevistas a autoridades locais (dos vários segmentos) acerca de problemas e soluções que afetam a comunidade e seu entorno, avaliando-se coerência e lógica dos questionamentos; palestra enfocando um tema específico – avaliando-se conhecimento específico e segurança na transmissão desse conhecimento – , além de defesa ou refutação de teses e depoimentos, em especial simulando a linguagem de um advogado numa questão cível, criminal ou trabalhista, em que se observará a capacidade de argumentação e persuasão. RESULTADOS A SEREM ALCANÇADOS Nas quatro culminâncias desse projeto, os alunos participantes tiveram a oportunidade de se expressar oralmente através da música, teatro, discurso, leitura oral, paródia e outras modalidades, procurando praticar o que foi discutido nas aulas e nas conversas informais sobre a oralidade. Espera-se, com esse projeto didático, que os educandos alcancem uma boa performance discursiva, sobretudo oral, e um bom nível de compreensão das várias formas de uso da língua. O importante é que os jovens e adolescentes que fizeram e fazem parte desse projeto sintam-se seguros quanto à expressividade linguística no momento de se submeterem à seleção para um posto de trabalho no mercado competitivo atual. A TRILHA ECOLÓGICA COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NAS AULAS DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO DO MUNICÍPIO DE PIRAMBU Educadores: Tarsizio da Silva Santos Alexandre Luna Cândido Tereza Neuma Muniz Cariri Agnaldo dos Santos Silva Claudomir Tavares Miguel Menezes da Costa Colégio Estadual José Amaral Lemos (Pirambu-SE) Nos últimos anos ocorreram movimentos que demonstraram preocupação com o meio ambiente. No entanto, a educação ambiental (EA) foi incorporada de modo transversal, como prática inovadora de ensino que atende as questões socioeconômicas, norteando o processo pedagógico de aulas interdisciplinares contextualizadas e inserindo-se na realidade dos discentes. A trilha ecológica é a maneira mais adequada para que cada visitante conheça e aprenda a respeito dos biomas, dos ciclos naturais, do solo, das condições climáticas, assim como os seres vivos que integram os ecossistemas. O objetivo deste trabalho é elaborar a descrição dos fatores físicos, químicos e biológicos do local visitado, identificar possíveis modificações na paisagem do entorno, conscientizar sobre a importância do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável para à formação crítica do aluno, através da realização da trilha ecológica. Foi realizado um mapeamento da Reserva Biológica abrangendo os povoados do município para a construção do roteiro. Foram dadas instruções aos alunos para execução da trilha, devido à legislação adotada referente aos Parques Nacionais e outras unidades de conservação no Brasil como estratégias de conservação da biodiversidade. A região que se destinou a trilha ecológica encontra-se no município de Pirambu. De forma geral, a área está sujeita ao Sistema de Circulação do Nordeste apresentando clima quente e úmido. A topografia apresenta poucas elevações, estando suas altitudes oscilando entre zero e 100 metros, à base de dunas. Alguns componentes que constituem a flora da região foram identificados pelo táxon Cactaceae, de espécie Melocactus zehntneri e Cocos nucifera, pertencente ao táxon Palmaceae. Durante o percurso, visualizaram-se insetos do táxon Himenoptera e Vespideos. Foram identificados ambientes aquáticos dispostos em superfície, que consiste basicamente nas lagoas, cachoeira e riacho. A exploração econômica constituise de comércio a partir da extração de recursos naturais renováveis. Foram identificadas modificações na paisagem caracterizadas pela remoção da cobertura vegetal para o plantio de Cocos nucifera, construção de residências às margens da Lagoa Azul e focos de lixo deixados pelo ser humano. Ampla região para exercer a observação e registro dos componentes do bioma, além de ser uma localidade com limites disponíveis em mais de um município do litoral norte sergipano. Durante o trajeto não houve instabilidade, pois nesse período do ano os ecossistemas usufruem de fatores climáticos propícios para a locomoção humana. O relevo exibiu algumas dificuldades para a locomoção, pois exigiu mais esforço fisiológico por parte dos trilheiros. A flora exibiu diversidade biológica exuberante pelas cores, formas, tamanhos dos indivíduos e sua disposição. A fauna também possui ampla variedade de organismos. Os recursos hídricos de superfície são moderadamente conservados e compreende extenso volume de água que abastece os moradores da Reserva Biológica. As formas de agressão ao espaço físico são diversas, e muitas delas associadas à atividade econômica dos moradores da região como a agricultura familiar. Palavras-chave: educação ambiental, reserva biológica, trilha ecológica. Maio | 2014 33 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas RESGATANDO NOSSOS TRAÇOS CULTURAIS: O NEGRO E O ÍNDIO FAZENDO PARTE DA NOSSA HISTÓRIA Educadores: Jamison Luiz Barros Santos Gracineide Barros Santos Escola Municipal Pe. José Thomás de Aquino Menezes (Gararu-SE) A presente prática pedagógica foi desenvolvida em uma escola da Rede Municipal de Ensino, no município de Gararu/SE, em meados de novembro de 2012, onde buscamos abordar a Educação e as Relações Étnico-Raciais, cujo objetivo foi à divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira. Nesse contexto buscamos incentivar nossos alunos e a comunidade escolar com o aumento do material de referência sobre 34 Em Debate povos que, no processo de miscigenação, tiveram papéis importantes na construção do Brasil, bem como em nosso próprio município por ser povoado na antiguidade por índios e negros (vivendo ainda hoje). Como metodologia de execução dividimos nossa pratica em três eixos temáticos: O Índio; O negro e; As relações Étnico Raciais, cuja pratica foi subdivida em: • Confecção de materiais pela própria comunidade escolar; • Poemas (A declamação de poemas foi um ponto importante, pois foram de autoria dos próprios alunos em homenagem aos índios e negros); • Apresentação de textos, cartazes e conclusões, através de pesquisas realizadas pelos alunos, em seus respectivos eixos temáticos; • Grupos folclóricos (Participação do grupo Batalhão de São Pedro, da cidade de Santo Amaro das Brotas/SE, e grupo teatral Oiteiros, da cidade de Gararu/SE); • Danças culturais (Nossos alunos abrilhantando com danças étnico raciais, resgatando nossa cultura local); • Artesanato (Buscamos resgatar o artesanato local); • Religião (Buscamos realizar uma viagem ao nosso passado, desde a construção da nossa igreja matriz, as peregrinações ao santo cruzeiro, traços de nossa cultura); • Garantias legais (Cartazes onde abordaram leis que garantam os direitos constitucionais as questões Étnicas Raciais no Brasil, bem como o preconceito por parte da sociedade); • Pinturas; (Material confeccionado por nossos alunos e professores); • Culinária; (Todas voltadas para nosso passado); • Desfile da beleza negra na escola. (Incentivamos nossos alunos a criar laços com a modernidade centralizando o foco na beleza negra). Acreditamos que nossa prática pedagógica propiciou uma política educacional fundamentada na redução das desigualdades sociais, garantindo a sociabilidade no saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos relevantes a cultura brasileira, quanto na perspectiva da construção da cidadania, precisamente na valorização da cultura na nossa própria comunidade. “A ESTATÍSTICA NO COTIDIANO” Educadora: Elen Carla de Carvalho Matos Escola Municipal Carvalho Neto (Simão Dias-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Buscar significação para a importância do estudo da estatística em função do seu uso atual na sociedade. Objetivos Específicos - Reconhecer a Estatística como um ramo da Matemática, considerando a aplicação e a utilidade dessa ciência nas diferentes situações do nosso dia a dia; - Coletar, analisar e organizar dados em tabelas, representando-os também na forma percentual; Interpretar dados estatísticos organizados em tabelas; - Ler e interpretar dados representados por meio dos diversos tipos de gráficos; - Analisar e representar dados estatísticos por meio de gráficos de linhas, colunas, barras, setores, etc; - Aplicar os conceitos de estatística em outras disciplinas e no dia a dia; - Promover a divulgação das pesquisas feitas com os colegas sobre diversos temas. METODOLOGIA 1ª etapa: (Apresentação) 1- Utilizando o livro didático foi proposta uma discussão em classe sobre a importância do estudo da estatística, através de vários temas de interesse dos alunos. 2ª Etapa: (Atividade em sala) 1- Pedi que os alunos pesquisassem em livros, jornais, revistas, internet, etc, diversos tipos de gráficos para ser utilizados em um trabalho na sala de aula. 2- Na aula seguinte distribuí folhas de ofício para todos os alunos, pedi que colassem seus gráficos e elaborassem 5 questões referente ao gráfico. Depois que as questões foram elaboradas troquei entre os colegas da turma, assim que responderam devolvi ao aluno para que ele corrigisse. 3- Recolhi os gráficos e promovi um debate analisando os tipos de gráficos, o nível de elaboração das perguntas, o número de acertos e mais uma vez sobre a importância do estudo da estatística, principalmente esse ano que ele farão a Prova Brasil. 3ª Etapa: (Atividade utilizando recursos tecnológicos) 1- Pedi que os alunos preenchessem uma tabela sobre suas atividades diárias, informando quantas horas gastam por dia para fazer as atividades que foram propostas na tabela. 2- Depois que a tabela foi preenchida fomos até o laboratório de tecnologias, cada um digitou sua tabela na planilha eletrônica, utilizando a própria planilha eles construíram diversos tipos de gráficos. 4ª Etapa: (Trabalho de pesquisa) 1- Durante uma conversa informal ESCREVENDO O FUTURO - POEMAS, MEMÓRIAS E CRÔNICAS Educador: Everaldo José Freire Colégio de Aplicação (CODAP/ UFS) OBJETIVOS Objetivo geral Contribuir para a formação de sujeitos escreventes, a partir de gêneros textuais específicos (poemas, memórias e crônicas), pedi aos alunos que formassem equipes e sugerissem temas para serem pesquisados com os alunos do 6º ao 9º ano na escola. Alguns dos temas propostos foram: time de futebol preferido, o que faz nas horas vagas, professor e disciplina favorita, estilo musical que mais gostam, etc. 2- Orientei que os dados da pesquisa deveriam ser organizados em tabelas e apresentados na aula da semana seguinte. 3- Com os dados organizados em tabela mostrei como calcular o percentual dos dados obtidos, assim eles acrescentariam mais uma coluna em suas tabelas, a frequência relativa. 4- Depois da tabela pronta, através de sorteio foi decidido o tipo de gráfico que cada equipe irá produzir para expor os resultados de sua pesquisa. 5- As equipes confeccionaram cartazes mostrando a tabela e o gráfico. 6- Para finalizar será reservado um momento onde cada equipe apresentará os resultados de sua pesquisa para os alunos entrevistados (6º ao 9º ano). RESULTADOS ALCANÇADOS Sabendo que a utilização da estatística está disseminada nas mais diversas áreas do conhecimento, a finalidade desse trabalho é fazer com que o aluno venha a construir procedimentos para coletar, organizar, comunicar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações que aparecem frequentemente no seu dia a dia. Durante a realização do trabalho observei um grande empenho, participação e aprendizagem em todas as etapas, resultado de um trabalho onde os conhecimentos em relação à Estatística foram contextualizados e aproximados do cotidiano dos alunos. que circulam socialmente. Objetivos específicos Familiarizar os discentes com os gêneros textuais poema, memórias literárias e crônicas, os quais são três dos quatro gêneros exigidos pela Olimpíada de Língua Portuguesa e mediar a produção escrita nesses gêneros; Oferecer um suporte assíncrono por meio das TICs, mais especificamente o blogue Maio | 2014 35 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas e e-mail, por meio de oficinas específicas (sequências didáticas) para cada gênero e orientação mediada pela internet através do correio eletrônico; Orientar o processo de ensinoaprendizagem no tocante à adequação ao propósito comunicativo da tarefa de escrever cada gênero, possibilitando sua retextualização, adequação ao conteúdo composicional direcionado a uma temática específica (Minha história e a história do Colégio de Aplicação da UFS), respeitando o estilo de cada aluno. METODOLOGIA A prática pedagógica foi composta de seis etapas, a saber: 1ª: Mobilização em duas salas de aula (2º ano A e 2º ano B) para a produção textual escrita tendo em vista a participação na coletânea de textos alusivos aos 54 anos do Colégio de Aplicação. 2ª: Lançamento de sequências didáticas (oficinas) explicativas sobre cada gênero com possibilidade de diálogo com um mediador (o professor), através de exemplares autênticos de textos do mesmo gênero textual publicados em um blogue: http://profprofessor.blogspot.com. br/2013/07/oficina-3-cronicas.html. 3ª: Produção de textos nos três gêneros propostos nas oficinas do blogue e dentro do que se espera dos alunos na Olimpíada de Língua Portuguesa, conforme: http://www. escrevendo.cenpec.org.br/ . 4ª: Reescrita dos textos que não atenderam ao propósito comunicativo da tarefa, por exemplo: memórias que eram crônicas, crônicas que eram relatos e poemas que não se afinavam com a temática proposta e problemas com o uso da língua portuguesa. 5ª: Criação de um instrumento de avaliação, baseados em competências e níveis (não cumpre o propósito, cumpre-o, parcialmente e não o cumpre) para os textos e discussão desse instrumento com os alunos. Os textos em prosa (memórias e crônicas) tiveram como competências, tendo como base as competências cobradas no ENEM: (1) adequação ao gênero em sua “A LEITURA PARA OS PEQUENOS, UM PASSO PARA O FUTURO” Educadora: Sandra Andrade Escola Municipal Des. Gervásio de Carvalho Prata (Simão Dias-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Buscar aumentar o desejo de leitura nos alunos menores. Objetivos Específicos - Reconhecer que a leitura é algo proveitoso para o dia-a-dia; - Coletar informações entre as crianças para que o desenvolvimento delas através da leitura seja algo agradável; - Interpretar textos menores e compreender a importância de cada um deles; - Ler e melhorar a oralidade de cada um, despertando o interesse pela leitura; - Capacitá-los para distinguir a diferença entre os variados tipos de textos; 36 Em Debate METODOLOGIA 1ª etapa: (Apresentação) 1- Através de livros infantis mostrei a importância da leitura na vida deles. 2ª Etapa: (Atividade em sala) 1- Atividade em sala utilizando livros de diferentes gêneros. 2- Pedi que os alunos pesquisassem em livros, jornais, intenet, etc, diversos tipos leituras e textos de diferentes gêneros. 3- Na aula seguinte distribuí folhas de ofício para que eles pudessem desenvolver o lado criativo de cada um e em seguida trouxe livros para eles conhecerem e interpretarem da melhor forma de cada um. 4- Recolhi os desenhos e fiz uma roda de conversa entre eu e eles e pedir que cada um expusesse seu ponto de vista. 3ª Etapa: (Atividade utilizando tecnologias) 1- Pedi que os alunos observassem nos computadores da escola que podemos ter vários tipos de leitura em nossas mãos é só buscar! 2- Depois que cada um fez a sua breve observação cuidamos para que cada um função e estrutura, (2) adequação à tipologia textual, (3) uso da língua portuguesa e (4) coesão. Já os poemas, mantidos os níveis, as competências foram: (1) adequação ao gênero em sua função e estrutura, (2) uso da língua portuguesa e (3) estética/criatividade. 6ª: Escolha de um gênero textual para participação em uma coletânea. RESULTADOS ALCANÇADOS De 63 alunos matriculados e devidamente frequentando, no 2ºA, 46 textos foram escritos e no 2ºB, 65 textos, totalizando 111 produções textuais escritas e reescritas, atingindo o objetivo geral. Cada aluno pôde escolher um gênero textual para ser publicado em uma coletânea, cujo lançamento será dia 12/08/2013, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe. Destes, 20 alunos do 2º”A” e 21 do 2º”B”, totalizando 41 textos para uma Coletânea (2/3 de cada turma), a qual atendeu a uma chamada pública http://codap.ufs.br/sites/ default/files/13/edital_03_-_chamada_de_ producao_textual_0.pdf. pudesse desenvolver a sua própria dissertação com palavras ou desenhos. 4ª Etapa: (Trabalho de pesquisa) 1- Durante uma conversa informal pedi à turma que fizesse um trabalho de equipe com cartolinas, lápis de cor, tinta, folha de ofício e alguns livros que pudessem servir de exemplos para novas histórias. 2- Em seguida fizemos juntos várias historinhas juntos e então pude observar que cada universo infantil é único. 3- Com o desenvolvimento dos trabalhos eu observei que o interesse das crianças pela leitura só aumentou. RESULTADOS A SEREM ALCANÇADOS Sabendo que a utilização da leitura no diaa-dia é algo de extrema importância, podemos esperar que a partir desse projeto que é muito mais que um simples projeto e sim uma prática cotidiana, se transforme em uma atividade corriqueira na vida dos meus alunos. Observações relevantes Um ponto relevante do trabalho foi a observar que cada um tem a sua própria capacidade de inventar e reinventar de forma bastante criativa. ENCONTRO REFLEXIVO PARA A CONSTRUÇÃO DA CONSCIÊNCIA NEGRA NA PERSPECTIVA DA EMANCIPAÇÃO HUMANA Educadora: Jailde dos Passos Professor Escola Estadual Prof. Benedito Oliveira (Aracaju-SE) 1 INTRODUÇÃO O projeto nasceu em 2005, quando pedagogos/as e professores/ as, imbuídos/as da esperança (imensamente possível. O inédito viável) de construção de uma sociedade equânime, justa, inclusiva, reúnemse para pensar/construir, democrática e coletivamente, uma proposta pedagógica capaz de estabelecer diálogo entre interdisciplinaridade e protagonismo juvenil. Naquele primeiro instante pautamonos na Lei 10.639/2003 (e legislações outras que com ela se articulam: Lei 5.497/2004 e Resolução CNE/ CP n.º 01/2004), vez que, em nossa compreensão, o instrumento legal supracitado converte-se em emblema das lutas das camadas populares (neste caso, mais enfaticamente, o povo negro) em cujos bancos escolares (das unidades públicas de ensino) assentamse seus componentes (trabalhadores/as e seus/suas filhos). É a partir deste contexto e entendimento que, em 2005, a comunidade escolar reflete/discute a temática Negritude: uma questão de retificação histórica e justiça social. Em 2006, ampliamos o debate trazendo à baila o tema Movimentos Sociais: compreendendo a luta de homens e mulheres para a construção de uma sociedade inclusiva. Nos anos subsequentes (2007 a 2013), com o intuito de aprofundar a pesquisa e colorir o currículo escolar (que historicamente centra-se na cultura europeia) resolvemos sustentar o SENTIREIS na histórica e cultura africana e afro-brasileira. 2 OBJETIVO Empoderar os atores sociais que fazem a escola, a partir: a) da reflexão crítica da história presente na mídia e no material didático (com destaque para as questões etnicorraciais), b) da indignação diante do preconceito, da discriminação e do racismo (ou quaisquer outras formas de exclusão), c) do hasteamento de bandeiras vinculadas às lutas históricas dos/as trabalhadores/as. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PROJETO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COM ARTE Educadores: José de Oliveira Santos Cristiane Santos dos Anjos Colégio Estadual Leão Magno (Nossa Senhora do Socorro – SE) OBJETIVOS O Projeto Ecarte, realizado no período de 2001 a 2006, no Colégio Estadual Leão Magno, vinculado a matéria de sociedade 1. Sensibilização da comunidade escolar em relação à temática norteadora do projeto e sua importância para a construção de uma sociedade justa. 2. Confecção e/ou aquisição de material e equipamentos para a concretização do projeto. 3. Definição dos subtemas a serem explorados pelos anos/turmas. 4. Realização de oficinas para aprofundamento dos subtemas em estudo. 5. Exibição de filmes relacionados ao tema do projeto. 6. Exposição das produções de estudantes e professores/as. 7. Preparação e distribuição de material publicitário. 8.Instituição de equipe multidisciplinar para avaliação do projeto. 4 RESULTADOS 1. Instituição, na escola, de um ambiente de reflexão e debate das questões que geram preconceito, discriminação e racismo – o que provoca exclusão e marginalização; 2. Reconfiguração, ainda que tímida, do currículo escolar (engravidando-o com temáticas componentes da cultura e história africana e afro-brasileira); 3. Ressignificação das relações etnicorraciais efetivadas na escola; 4. Reorientação dos processos desenvolvidos na escola, visto que os/ as estudantes começam a protagonizar, também, as ações pedagógicas da escola. e cultura, foi elaborado tendo como eixos pedagógicos os temas Ética e Pluralidade Cultural. O Ecarte foi realizado com base em três objetivos combinados entre si: Apresentar modelo diferente de diversão e lazer, através das oficinas e apresentações e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade artistica, considerando que quase todos adolescentes e jovens que praticavam arte no conjunto Jardim, nunca tiveram acesso a oficinas ou cursos especializados, assim como utilizar o Estatuto da Criança e do Maio | 2014 37 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas Adolescente (ECA) como tema inspirador para a criação artística. O projeto Ecarte foi criado tomando como base as necessidades apontadas pela Rede de Agentes Culturais, criada após a realização do I Fórum Comunitário de Politicas Públicas do Conjunto Jardim (2001) e inspirou a criação do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania, cujo inicio das atividades aconteceram em 2012. METODOLOGIA No projeto Ecarte a dança foi a linguagem mais procurada, atraindo um grande número de interessadas (os). No inicio de cada aula de dança, com tempo de duração em torno de três a quatro horas semanais, a chegada era sempre iniciada com jogos, histórias, danças e brincadeiras populares, dessa maneira, ao mesmo tempo que todos riam, soltavam o corpo, esqueciam dos problemas familiares etc.. iam ampliando o contato, com as tradições. A oficina de dança utilizou passos coreográficos de danças populares, brincadeiras de roda e parlendas. A oficina de teatro o trava língua, lendas e contos de fada. Após esse momento, eram realizados outros tipos de exercícios de aquecimento, de alongamento e respiratórios. (segundo momento). O momento seguinte era o momento de laboratórios para criação de movimentos, no caso da dança e ou de falas e personagens, no caso do teatro. (terceiro momento). O momento final era o de avaliação, bem como discussão de aspectos ligados a organização interna, assim como leitura de textos, audição de músicas e exibição de vídeos referentes ao ECA, e a questões relacionadas a história da dança e do teatro (quarto momento). Também era o momento de anotação das tarefas para casa, do tipo observar movimentos corporal das pessoas em situações diferentes do cotidiano, entrevistar professores, pais, vizinhos e colegas da mesma idade para a composição de personagens, ler pequenos textos. RESULTADOS (ALCANÇADOS OU ESPERADOS) Um primeiro resultado, foi a discussão critica com relação as coreografias e musicas de sucesso. O projeto Ecarte buscou trabalhar com músicas e coreografias voltadas para a realidade cotidiana em termos de desejos, necessidades e vontade, naquilo que está relacionado a melhoria das oportunidades e condições de vida . Outro aprendizado importante, para adolescentes e jovens que participaram do projeto foi a importância do diálogo e do trabalho em grupo, em razão da forma como as decisões eram tomadas. Já do ponto de vista da organização estudantil, um resultado visível neste campo foi o respeito e prestigio que o grêmio estudantil passou a ter dentro da comunidade escolar, por ser um dos responsáveis pela iniciativa e em razão IDEOLOGIA E PRODUÇÃO DAS “VERDADES” Educadores: Elsie Rolim, Viviane Almeida Elayne Melo, Deogenes Duarte Dalva Rejane, Eliene Sousa Anita Luiza Cabral, Carmen Simone Escola Estadual 17 de Março (Aracaju-SE) 38 Em Debate OBJETIVO GERAL Gerar impacto ao analisar como a língua e o uso de imagens podem ser utilizados na produção das “verdades”, na criação de estereótipos e na produção de preconceito e discriminação. OBJETIVOS ESPECÍFICOS das informações que alguns estudantes passaram a ter sobre seus direitos constitucionais dentro e fora da escola. Importante destacar o diferencial mais importante do projeto Ecarte que é a divulgação do ECA acontecer através da finalização de um processo ativo de convivência e aprendizagem artística de crianças, adolescentes e jovens e não simplesmente na condição de simples espectadores ou de assistentes de espetáculos produzidos de fora. Neste sentido, o Projeto Ecarte faz prática e teoria ao mesmo tempo, por exemplo, quando cria condições e oportunidades não apenas para divulgar, como também para realizar, mesmo de forma limitada, algumas ações que torna possível tornar realidade algumas questões da cultura, do lazer e convivência comunitária, conforme escrito no artigo 227 da constituição federal que afirma: “ É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocálos a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” e no artigo 58 do ECA. “No processo educacional respeitarse-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura.” 1. Analisar o papel da mídia na divulgação, reprodução e manutenção de estereótipos e preconceitos; 2. Identificar e refletir sobre preconceito e atitudes discriminatórias no ambiente escolar, familiar e demais espaços sociais; 3. Estimular os alunos a exercerem sua participação social e se incidirem politicamente na comunidade. CRONOGRAMA DOS TRABALHOS 1. Apresentação e interpretação de imagens utilizadas na Psicologia da Gestalt, tentando relacioná-las com a noção de perspectiva e ponto de vista. 2. A variação de versões e a “produção da verdade”: ● Relatos de experiências vividas pelos alunos: brigas e discussões. 3. Apresentação de textos/vídeos para iniciar as discussões/diálogos sobre o tema. 4. Análise dos enunciados contidos nos textos/vídeos: ● A dimensão ideológica da linguagem: enunciados explícitos e implícitos; ● O papel do estereótipo na formação do preconceito e na produção de discriminação. 5. Apresentação de um filme escolhido pelo professor que discuta a produção de “verdades”; 6. Análise do conteúdo do filme: ● O papel da linguagem na formação do “senso comum”, da “memória coletiva” e d a “verdade”; ● Relações de poder visando dominação, ou superioridade (Poder Coersitivo) e a produção de preconceito. 7. Análise de experiências sobre formação de grupos de poder: ● Relações de poder dentro da escola: os clubes fechados; a necessidade de marcar a diferença; a negativização de quem, o do quê, está de fora; ● Relações de poder fora da escola; ● O uso da linguagem e a produção de “verdade” no grupo. 8. Jogo de Máscaras: Quem sou eu? Quem é você? 9. Produção do vídeo: “Verdade?”: ● Etapas para a produção do vídeo; ● Exploração dos programas Windows Movie Maker e Jumpcut (cadastro e programa). CONTEÚDOS ● Visualização, análise e interpretação de imagens da Gestalt. ● Apresentação de textos/vídeos. ● Apresentação de filme. ● Produção de texto sobre grupos de poder e preconceito. ● Produção do vídeo “Verdade?” OPERACIONALIZAÇÃO Etapa 1 Composta pela apresentação das imagens da Gestalt e por sua interpretação. Algumasquestões orais poderão guiar a discussão. Etapa 2 Composta pela apresentação de textos/vídeos. Etapa 3 Composta por duas sub-etapas: a) Leitura e análise dos textos/ vídeos. b) Discussão sobre os enunciados levantados pelos alunos. Etapa 4 Composta pela apresentação e discussão sobre do filme escolhido pelo professor. Etapa 5 Composta pela encenação de situações envolvendo a participação em grupos de poder e produção de preconceito dentro da escola. Sub etapas: a) Discussão sobre as máscaras: ● As máscaras ao longo da história; ● Os papeis sociais na constituição do “eu” e o uso de máscaras como papeis sociais: quem usa e quem coloca em coloca em quem? ● A fixação da identidade em uma só máscara (um só papel social). b) Elaboração do texto a ser encenado; ● O teatro enquanto gênero literário; ● O uso da língua e a situação comunicativa; ● Texto: a quem será que ele se destina? c) Confecção de máscaras a partir de papeis sociais: ● Diversidade de materiais utilizados: -África: feitas de madeira e pintadas; -América: feitas de couro pintado e adornadas de penas; -Oceania: feitas de conchas e madeira e com madrepérolas incrustadas. ● O rosto como máscara: tintas especiais, maquiagens e pinturas; as cores e os sentimentos. d) Encenação e filmagem. ● A marcação das cenas; ● A linguagem verbal e a não verbal: o poder da voz e do gesto. ● Instruções básicas sobre a utilização da câmera de vídeo. Etapa 6 Composta pela produção do vídeo “Verdade?” ● Organização dos grupos colaborativos; ● Listagem de ideias para a criação do vídeo/pesquisa de conteúdo: busca, análise, síntese; ● Criação do roteiro: apenas no formato de esboço/rascunho; ● Coleta e organização do material necessário; ● Edição do vídeo; ● Socialização da produção, discussão e publicação (youtube, blog da escola, etc.).; AVALIAÇÃO Serão feitas autoavaliações individuais e grupais sobre o envolvimento e a participação dos alunos em cada uma das etapas. Os produtos finais (Teatro de Máscaras e Vídeo) e sua socialização também serão avaliados coletivamente. RESULTADOS ESPERADOS Ao final do projeto espera-se que os alunos sejam capazes de: 1. Aprofundar-se no estudo e pesquisa sobre temas específicos; 2. Desenvolver a habilidade de contar e escrever histórias; 3. Melhorar a fala e a desinibição (alunos mais tímidos); 4. Melhorar a escrita; 5. Trabalhar a produção de vídeos; Maio | 2014 39 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas 6. Desenvolver habilidades como o desenho, a pintura e a modelagem; 7. Trabalhar cooperativamente; 8. Desenvolver senso crítico em relação à sua realidade. REFERÊNCIAS CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o estado - pesquisas de antropologia política. Título original: La Société contre l’Etat._ recherches d’anthropologie politique. Tradução: Theo santiago. São paulo: Cosac & Naify, 2003. 280p. ELIAS, Norbert; e SCOTSON, John. L.; Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações depoder a partir de uma comunidade; tradução Vera Ribeiro; tradução do posfácio à edição alemã, Pedro Süssekind – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000, 224 p. MERA Coincidência. Direção: Barry levinson. Produção: Robert de Niro, Barry Levinson e Jane Rosenthal. Roteiro: Hilary Henkin e David Mamet, baseado no livro de Larry Beinhart. Intérpretes:Dustin PROJETO FEIRA LIVRE NA ESCOLA Educadoras: Anna Paula Costa Marques Rivanilde da Conceição Guimarães Nove Escolas Municipais (Pirambu-SE) Analisando que a escola é o lugar de interação entre os envolvidos nela e na comunidade extra-escolar, além de ser espaço de conhecimento formulado através da sistematização dos conteúdos e conhecimentos que temos do mundo e de tudo que nele existe, nós professores cursistas do Pró-Letramento 2012, na cidade de Pirambu, resolvemos desenvolver em algumas escolas deste município o Projeto Feira Livre na Escola, promovendo essa interação entre as Unidades de Ensino envolvidas e a comunidade, além de fazer integração entre as disciplinas de Português, História, Geografia, Sociedade e Cultura, Arte e Matemática para desenvolver um trabalho interdisciplinar partindo das pesquisas e trabalhos dos alunos. Onde os mesmos serão os pesquisadores e criadores, sendo a escola e comunidade (povoados e municípios), o espaço de pesquisa. Esse projeto teve como objetivo principal reconhecer à identidade sócio, econômica 40 Em Debate e cultural dos povoados e municípios circunvizinhos buscando a integração da comunidade escolar a prática matemática vivenciada nas feiras livres. O trabalho inicialmente desenvolveu atividades em sala de aula juntamente com os alunos, em que se aplicaram metodologias que abordassem variados conteúdos interligados à matemática. Além disso, fomos conhecer e pesquisar as feiras dos municípios de Pirambu, Japaratuba, Carmopólis; nelas aplicamos questionários com os feirantes; investigamos qual feira apresenta melhor variação de preços; analisamos se os processos de descartes dos alimentos estragados prejudicam o ambiente onde a feira livre acontece; verificamos se os espaços são apropriados; fizemos um comparativo entre as compras realizadas na feira e no supermercado, destacando assim, onde é mais vantajoso comprar. Após esses momentos fizemos uma arrecadação de alimentos pelos povoados e sede do município de Pirambu, alimentos esses que serviram para a montagem da feira que foi realizada como culminância do projeto. Foram contabilizados todos os alimentos arrecadados e distribuídos em uma lista entregue a quem fizesse a feira. Foram convidadas doze famílias carentes do município de Pirambu, mediante cadastro junto às escolas envolvidas no projeto. Hofman, Robert de Niro, Anne Hetch e outros. Música: Mark Knopfler. Baltimore, USA: : New Line Cinema., 1997. 1 DVD (97 min.), widescreen, color. PSICOLOGIA DA GESTALT. Imagens. Disponível em: w w w. g e s t a l t e m f i g u r a . c o m . b r. Acesso em: 20 maio 2011. USUÁRIOS de Drogas. Reportagem Rede Record de Televisão. 2012. Essas famílias tiveram direito as compras sem nenhum ônus. Os alunos, juntamente com os professores, confeccionaram dinheiro e moedas para ser utilizado nas compras e pesquisaram como é o funcionameto de um banco, pois também foi criado esse ambiente na escola em que a feira foi montada. Nesse banco teve um gerente que entregou um cheque nominal a quem faria a feira; um caixa para fazer a troca do cheque por cédula e moeda (confeccionadas para tais fins). Foram montadas barracas com cereais, verduras, roupas, frutas e demais objetos vendidos em feira livre, estes foram arrecadados pelos alunos e professores envolvidos no projeto. Na culminância as mães com seu filho (aluno de uma das escolas envolvidas no projeto) receberam sua lista de compras, com nomes e preços dos alimentos para assim o aluno por em pratica a leitura dos nomes dos protudos e a identificação dos preços. Com esse momento os alunos conseguiram demonstrar o raciocínio lógico matemático, além de vivenciar a interdisciplinaridade entre os conteúdos abordados em sala de aula, proporcionando a atuação dos mesmos como vendedores e/ou compradores nesse ambiente criado para favorecer a aprendizagem significativa, praticando o que de fato compreenderam durante o envolvimento e o desenvolvimento desse projeto. Palavras-chave: Feira livre, escola, interdisciplinaridade, aprendizagem. PROJETO ALMA AFRICANA (UMA SÍNTESE) Educadores: Evanilson Tavares de França Alexandra Valença Cardoso Colégio Estadual John Kennedy (Aracaju-SE) A Lei 10.639 promulgada em 09 de janeiro de 2003 estabelece “as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’” (BRASIL, 2003). A Resolução CNE/CP n.º 01/2004, em seu Artigo 1º, institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a serem observadas pelas Instituições de ensino, que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira e, em especial, por Instituições que desenvolvem programas de formação inicial e continuada de professores (BRASIL, 2004). Em 2004, por iniciativa da deputada estadual Ana Lúcia Vieira Menezes, a Assembleia Legislativa (de Sergipe) aprova e o governador sanciona a Lei 5.497/2004 que, dentre outros, determina funções para o Conselho Estadual de Educação (“[...] apresentação de Diretrizes Operacionais para a implementação curricular da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” nas Redes Pública e Particular de Ensino do Estado de Sergipe [...]”), em 90 dias, como dispõe o Artigo 1º; e estabelece o 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, feriado escolar – que, em nosso olhar, deve ser compreendido como espaço/tempo de reflexão-ação-reflexão e não como momento de ócio improdutivo. Por outro lado, como nos mostra França (2003), o LAESER – Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais, apresenta-nos dados que parecem ratificar a existência de um apartheid social campeando o solo brasileiro (com certa frugalidade, graças à crença de uma democracia racial) que precisa encontrar obstáculos e a escola necessita converterse em instrumento para tal. Segundo aquele Laboratório (LAESER) O rendimento médio habitual da PEA [população economicamente ativa] branca foi igual a R$ 2.259,74 no mês de dezembro de 2012, enquanto o da PEA preta & parda foi de R$ 1.278,35. Comparativamente a dezembro de 2011, o crescimento do rendimento foi ligeiramente maior para os pretos & pardos, com aumento real de 4,3%, do que para os brancos (3,5%). Com isso a desigualdade de renda entre brancos e pretos & pardos passou para 76,8%, em dezembro de 2012; contra 78,2%, em dezembro de 2011. Ou seja, no segundo ano do mandato da Presidenta Dilma Rousseff, as assimetrias nos rendimentos entre a PEA branca e preta & parda das seis maiores RMs (regiões metropolitanas) brasileiras se reduziram em 1,4 ponto percentual (LAESER, 2013, p. 05). Objetivando contribuir para reconfiguração de um cenário que marginaliza o povo negro , em 2010 o Colégio Estadual John Kennedy instituiu o projeto Alma Africana, a partir de ações fecundadas pela interdisciplinaridade e o protagonismo juvenil. Para tanto, cada ano letivo (todo ele) é consubstanciado por atividades capazes de sensibilizar educadores/as e educandos/as, apostando na criticidade e na criatividade – propriedades, cremos nós, inerentes aos seres humanos, mas que, por questões variadas, terminam sendo eclipsadas durante a constituição de homens e mulheres. Para a efetivação do projeto, são adotados os seguintes procedimentos metodológicos, durante o ano letivo: • Todas as sextas-feiras (Sextas D’Arte, denominação atribuída) são destinadas à exibição de filmes que contemplem a história e/ou cultura negra (ou temas que discutam preconceito racial, discriminação, racismo,...). Assim, são exibidos os seguintes filmes: Tempo de Matar, Amistad, Mandela – luta pela liberdade, Voltando a Viver, Hotel Ruanda, Diamante de Sangue, Duelo de Titãs, A Cor Púrpura, O Jardineiro Fiel, dentre outros. Ao final de cada exibição, são realizadas rodas de conversa, objetivando melhor apreensão (e mais aprofundamento) da temática enfocada; • O grupo de teatro da escola (Grupo ParlaCÊNICO de teatro) responsabiliza-se por montar, anualmente, um espetáculo contemplando o tema em foco. Em 2010, trabalhou-se o texto homônimo do projeto (construído pelos/as estudantes e pelo professor coordenador do grupo) que, por conta do aprofundamento, permaneceu em 2011. Em 2012, o grupo trabalhou a peça “Solano Trindade: uma alma negra”; • São ministradas palestras com diversas personalidades que pesquisam a temática; • Cada turma, após a efetivação das ações anteriores, escolhe um subtema que deverá ser trabalhado em sala de aula; • Realiza-se um intercâmbio cultural, quando os anos/séries socializam suas pesquisas (os subtemas estudados) com os/as demais colegas; • Os anos/turmas também se responsabilizam por apresentarem, na culminância do projeto, uma modalidade cultural de base africana; • A culminância do projeto Alma Africana efetiva-se no mês de novembro (na semana da Consciência Negra); e, para tanto, realiza-se um seminário apresentado pelos/as estudantes, em todas as dimensões: mestres de cerimônia, componentes das mesas de debate, apresentações culturais (que abrem e encerram o projeto). A avaliação do projeto (aliás, como deve ser) ocorre durante toda sua tessitura. Para tanto, são definidos/as professores/as padrinhos/madrinhas que acompanham que acompanham as turmas, apoiam-nas, coordenam a efetuação das atividades (em acordo com dois/duas outros/as coordenadores/as – alunos/as). Além disso, a coordenação geral avalia semanalmente o desenvolvimento das Maio | 2014 41 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas ações destinadas a cada ano/turma. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Disponível em < http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/ l10.639.htm>. Acesso em março de 2012. BRASIL. Resolução n.º 01/2004 de 17 de junho de 2004. Disponível em < http://www.uel.br/projetos/leafro/ pages/arquivos/DCN-s%20-%20 Educacao%20das%20Relacoes%20 Etnico-Raciais.pdf >. Acesso em 03 de março de 2011. FRANÇA, Evanilson Tavares de. Escola e cotidiano: um estudo das percepções matemáticas da comunidade quilombola Mussuca em Sergipe (dissertação/mestrado). São Cristóvão/ SE: UFS, 2013. PROJETO “UM OLHAR SOBRE A CULTURA NORDESTINA” Educadores: Anita Luiza Cabral , Elayne Melo Dantas, Viviane Almeida, Deogenes Duarte Escola Estadual 17 de Março (Aracaju-SE) OBJETIVOS a) Geral Conhecer diferentes aspectos da cultura nordestina, enfocando a valorização e o respeito à cultura da região nordeste, bem como do Estado de Sergipe. b) Específicos: - Valorizar, preservar e difundir a cultura nordestina; - Demonstrar a importância das manifestações culturais da região para cultura popular; - Enumerar os aspectos positivos de nossa região, mostrando que a diversidade cultural existe e que cada região tem seu valor; - Valorizar e perceber a linguagem nordestina enquanto instrumento de interação e expressão cultural; - Conhecer alguns aspectos da cultura sergipana, desenvolvendo atitudes de valorização e respeito a essa cultura; - Promover a criatividade por meio de atividades com a música, dança, desenho/ gravuras e confecção de fantasia. - Conhecer vida e obra de Luiz Gonzaga, um dos grandes ícones da cultura nordestina, identificando aspectos socioculturais do Nordeste a partir da obra do cantor/compositor. 42 Em Debate METODOLOGIA O projeto esteve dividido em etapas que envolvem variadas atividades em classe e atividades extraclasses com o objetivo de explorar diferentes aspectos da cultura nordestina, mais especificamente da cultura em Sergipe. 1- Atividades em classe - Leitura e interpretação de textos diversos sobre a temática do projeto; - Pesquisas sobre temáticas referentes à cultura nordestina; - Pesquisas sobre aspectos da vida e obra de Luiz Gonzaga; - Produção de textos (pesquisas, relatórios, cordel, dicionários, etc); - Atividades contextualizadas em diferentes disciplinas de ensino; - Mostras de vídeos; - Palestras e debates. 2- Atividades extraclasse/escola - Visita aos museus da capital (Museu do Homem Sergipano, Museu da Gente Sergipana, Memorial de Sergipe); - Ida ao cinema para exibição do filme “Gonzaga – De pai para filho”; - Visita à Casa de Cultura; - Visita ao Mercado Municipal (fotografia e entrevista com artesãos). 3Atividades Culminantes: desdobramentos das atividades desenvolvidas no projeto: - Exposição Intinerante “Luiz Gonzaga”: material produzido pelo Mandato da Deputada Ana Lúcia (PT/SE); - Concurso e exposição de fotografia “Um olhar sobre a Cultura Nordestina”: exposição das fotos tiradas pelos alunos LAESER – Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatística das Relações Sociais. Revista Tempo em Curso, ano V; Vol. 5; nº 2, Fevereiro, 2013. ISSN 2177-3955. SERGIPE. Lei 5.497, de 23 de dezembro de 2004. Disponível em <http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei_ Imprimir.asp?Numerolei=5400>. Acesso em 13 de janeiro de 2013. durante a visita ao Mercado Municipal de Aracaju; - Festival de Música Nordestina (apresentações de músicas nordestinas na forma de canto coral, canto individual, instrumental e dança, com a participação dos alunos e professores); - Mostra Científico-cultural com as seguintes temáticas: Folclore Nordestino, Personalidades Nordestinas, Música Nordestina, Turismo no Nordeste, Culinária Nordestina e Arte Nordestina. RESULTADOS ALCANÇADOS - Foi possibilitado aos alunos acesso às informações sobre a cultura do estado de Sergipe, do nordeste e da vida e obra de um dos principais ícones da música nordestina, Luiz Gonzaga, que, se estivesse vivo, completaria 100 anos em 2012. - Houve uma repensar sobre “O que é ser nordestino”, refletido na fala dos alunos durante as atividades de culminância, bem como durante o processo de construção do projeto; - Diversificação do vocabulário, através do acesso a diversos gêneros textuais; - Sensibilização através de diferentes tipos de artes, mais precisamente através da música e fotografia; - Percepção dos alunos que os aspectos sociais da região nordeste trazem elementos próprios e de grande riqueza; - Permitiu maior socialização dentro da escola. - Desenvolvimento de atitudes de valorização e respeito à cultura do nordeste; INFORMAÇÃO RELEVANTE Acesso às atividades do projeto através da página do Facebook: https://www. facebook.com/pages/Projeto-Um-olharsobre-a-Cultura-Nordestina/10199463997 3263?ref=hl PEGADA ECOLÓGICA - UMA ALTERNATIVA PARA INSERÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS AULAS DE MATEMÁTICA Educador: Carlos Anselmo Dias Escola Mun.Coronel Sabino Ribeiro (Maruim-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Introduzir a metodologia da Pegada Ecológica para verificar os impactos ecológicos como recurso didático para compreensão dos conteúdos matemáticos, e o desenvolvimento de consciência ambiental. Objetivos Específicos • Envolver o aluno no processo de construção do conhecimento matemático de maneira ativa; • Fazer reflexões sobre se suas atitudes cotidianas são ecologicamente sustentáveis; METODOLOGIA O projeto foi composto das seguintes etapas: A - Revisão da literatura sobre educação ambiental, educação matemática e pegada ecológica. B – Planejamento da unidade didática que teve como questões orientadoras: 1) Pesquisar o consumo do item básico da Pegada Ecológica (PE) referente à alimentação. 2) Verificar a aplicabilidade da Pegada Ecológica no município de Maruim. C – Coleta de Dados: Os dados foram coletados mediante os trabalhos de avaliação desenvolvida na unidade didática fundamentada no conceito da Pegada Ecológica, nos princípios da educação ambiental e através da observação sistematizada das atitudes dos alunos. D – Cálculo da Pegada Ecológica • Para a demonstração do cálculo da Pegada Ecológica (PE) foi trabalhado dentro do item de alimentação o tema resíduos sólidos, preocupando-se nesse primeiro momento apenas com os resíduos orgânicos, por exemplo: restos de comida. • Para o desenvolvimento dos cálculos, foi adotada a “dieta de gás carbônico” citada por DIAS (2002), a qual expressa quantitativamente, através de fatores de conversão, a quantidade de gás carbônico liberado em virtude do desenvolvimento das diversas atividades humanas. FORMIGUINHA: O PODER DA AÇÃO INDIVIDUAL Educador: Danilo de Santana Moura Escola Estadual Vice-Governador Benedito Figueiredo (Itabaiana-SE) O presente trabalho relata a formação de um grupo chamado FORMIGUINHA, composto, inicialmente, por alunos e por profissionais da Biologia e de áreas afins. A ideia inicial é trabalhar temas de Ciências Naturais sob a óptica da disciplina Artes. O tema principal é SUSTENTABILIDADE; o projeto possui, sobretudo, um papel socioambiental. O Grupo é multidisciplinar e promove ações benéficas • • Para determinar a quantidade de área em hectares de terra equivalentes para absorver a quantidade de gás carbônico gerada, será utilizada a relação apresentada por Wackemagel e Ress (1996) de: 1,8 toneladas de gás carbônico (CO2) para 1 hectare (ha) de terra. Os resultados foram expressos em hectares ou em unidades equivalentes que evidenciem claramente a PE calculada. RESULTADOS ALCANÇANDOS Procurar compreender os processos de sustentabilidade do meio ambiente, desenvolver a responsabilidade humana nesse processo, indicar onde estão os maiores impactos ambientais e tentar promover uma mudança de atitude através do consumo consciente e sustentável, são requisitos básicos para desenvolver uma nova postura perante as questões ambientais. A partir dessa experiência, observamos: • Uma nova concepção do alunado no que diz respeito aos resíduos sólidos e ao seu desperdício; • Quanto aos conteúdos matemáticos ministrados durante as aulas, notase uma melhora quanto ao nível de atenção e de interesse do aluno. • E a partir do relato dos alunos, seus familiares começaram a tentar modificar seus hábitos alimentares para evitar um desperdício desnecessário. ao indivíduo (SUSTENTABILIDADE INTRÍNSECA) e, posteriormente, como consequência ao próprio meio ambiente (SUSTENTABILIDADE EXTRÍNSECA). OBJETIVOS Objetivo Geral: Minimizar as chances do envolvimento de um aluno com drogas e violência, aproximando-os da escola é o nosso maior objetivo. Objetivos específicos: Produção de materiais que auxiliem no desenvolvimento de uma educação ambiental; Participar de eventos relacionados ao meio ambiente; Maio | 2014 43 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas “Desenvolver” a autoestima dos alunos para que confiem em si mesmos; Disseminar a ideia do grupo para que mais “formiguinhas” possam surgir; Produção de artigos científicos pelos membros já graduados e/ou graduandos e contribuir para menor evasão escolar e maior aprendizado. METODOLOGIA O grupo FORMIGUINHA, como o nome sugere faz menção àqueles insetos que vivem em sociedade – as formigas. Partindo desse princípio e sabendo que nessa sociedade existem algumas divisões de funções em castas, dentre elas: rainha, operárias e soldados; todos os indivíduos do grupo inicial e os demais voluntários serão chamados de SOLDADOS. Uma vez que todos terão o objetivo comum de defender a nossa mãe Terra (RAINHA). Os demais integrantes (alunos), à medida que forem entrando no grupo serão chamados de OPERÁRIOS – já que contribuirão para que grupo cresça e como num formigueiro, garantindo o sucesso de todo o grupo. APLICAÇÃO Colocaremos em prática diversas oficinas para desenvolver e incentivar as habilidades de cada aluno, inicialmente, partindo de 4 eixos: MÚSICA, TEATRO, PINTURA, DANÇA. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS DENTRO E FORA DA SALA DE AULA • Maior participação dos alunos em atividades: Após conversas sobre a PROJETO GENTILEZA (RÁDIO ESCOLA) Educadores: Fátima Maria Pereira Marques de Oliveira EMEF Santa Rita de Cássia (Aracaju-SE) 1- OBJETIVOS Geral: Incentivar gestos e ações que envolvam gentileza, civilidade e respeito ao outro. Específicos: - Ampliar a visão de mundo e melhorar o nível de letramento; - aproximar o alunos da leitura, tornando-a familiar; - incentivar a utilização correta da fala e da escrita; - colaborar para a redução dos índices de analfabetismo funcional; 44 Em Debate - ampliar o universo musical dos alunos; - possibilitar o contato com músicas de qualidade. 2 – METODOLOGIA Criação de roteiros para programas de rádio, gravação e divulgação dos programas no ambiente escolar e nas redes sociais, visando o que foi descrito nos objetivos geral e específico. Veiculação das produções dos alunos e professores durante o intervalo das aulas, possibilitado a transformação dos espaços físico e virtual, em espaços lúdicos e de aprendizado. Utilização da leitura de textos, poemas e livros, estimulando o protagonismo juvenil e o trabalho em grupo. Incentivo a uma prática social solidária, a partir da gravação livros destinados à Sala de Recursos da escola; bem como ao exercício da ética, incoerência entre o comportamento no grupo e a indisciplina em sala de aula, muitos alunos mudaram a postura diante do conteúdo programático das disciplinas. Alguns professores procuraram o grupo para dar o depoimento da melhora de alguns alunos. • Menor violência entre os alunos: alunos que se envolviam em brigas, agressões acabaram assumindo o compromisso de não usar da violência para resolver problemas do cotidiano na escola. • Relação professor-aluno: O respeito escasso, até então, em sala de aula tem sido reconquistado. Frases como essas são comuns nos discursos dos alunos: “Professor te considero demais!” ; “Professor Jesus te ama! Nunca acabe esse projeto!”; “O professor é moral.” considerando que os livros a serem gravados estão em domínio público (prática prevista para o 2º semestre). 3 - RESULTADOS 2012: - Produção de Roteiro e gravação dos programas: Gentileza é dar bom dia ; - Amigos animais; - Cuidados com o “NET” e Mundo Estranho; - Tocando Flauta (Alunas do 4º. Ano); - Paz na Escola (Alunas do 4º. Ano) Utilização das redes sociais para divulgação das atividades do Projeto: - facebook (http://www.facebook. com/radiogentileza); - blogger ((http://radiogentileza. blogspot.com) - radiotube - http://www.radiotube. org.br/meuperfil-3440 2013: - Boas-Vindas (Alunos do 6º.,7º. e 9º. Ano); - “Vale a pena ter um jardim?” (Alunas do 8º. Ano); Chamadas para a IV Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente;(Alunos do 8º. E 9º. Ano); Paz na escola: contra o bullying; (Alunas do 9º. Ano); - Campanha de combate à dengue(Profa. Selma Oliveira); - Programa de Índio (Profa. Fátima Marques). A LINGUAGEM MUSICAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL NA TURMA DE 04 E 05 ANOS NO ASSENTAMENTO • 08 DE Observar aspectos positivos OUTUBRO Educadora: Cristina Alves Escola Municipal Francisco José dos Santos (Simão Dias-SE) no trabalho com a música na educação infantil; • Trabalhar as experiências de aprendizagens a partir de músicas infantis; • Criar novas possibilidades de trabalhar a leitura através das músicas; • Listar junto com as crianças músicas preferidas que possam intermediar o processo de ensino aprendizagem; • Elaborar um CD com as músicas da preferência das crian OBJETIVOS GERAL Analisar a importância da linguagem musical para a aprendizagem das crianças na educação infantil objetivando a construção de um currículo que potencialize o desenvolvimento infantil. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Identificar as metodologias utilizadas com o recurso musical que facilitem a aprendizagem das crianças; • Observar como a música é inserida nos conteúdos programáticos da educação infantil; METODOLOGIA O projeto foi composto por 04 (quatro) etapas a saber: 1ª Etapa: Abordagem qualitativa da pesquisa e estudos acerca de referenciais teóricos; 2ª Etapa: Observação a partir do estudo de campo os aspectos a serem analisados; 3ª Etapa : Coleta de dados iniciais; 4ª Etapa: Sugestões de novas estratégias de atuação e atividades em torno da musicalização em sala de aula com as crianças com foco nas novas habilidades LEITURA ENTRE AS GRADES: PROCESSO PARA LIBERTAÇÃO Educadora: Eliana Oliveira dos Santos Escola Estadual Coronel Francisco Souza Porto/Presídio Feminino (Aracaju-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Possibilitar o acesso aos livros das diversas vertentes literárias e o prazer pelo hábito da leitura, permitindo o deslocamento imaginário, tendo o universo como limite. Objetivos Específicos • Estimular a busca de novos e competências acerca da linguagem musical. RESULTADOS ALCANÇADOS Ao finalizar a proposta pensada com as crianças foi possível perceber que quando se trata do trabalho com a educação infantil é necessário, antes de tudo, entrar no universo infantil para absorver delas o que mais as lhe interessam, e com isso seja estabelecida uma ligação entre o trabalho pedagógico e a ludicidade, nesse caso optamos pela música, sabendo-se pois que já no ventre materno essa prática se faz presente e que se estende ao longo do seu desenvolvimento entendemos também que pode contribuir no processo de ensino aprendizagem. Sinto-me realizada com a conclusão deste trabalho, pois quando se trata do trabalho com educação e especialmente a educação infantil, a ordem acontece da criança para o professor e não do professor para a criança, assim a educação acontece no movimento dialético entre criançaprofessor e professor-criança, e desse modo não só a criança aprende mas ambos aprendemos juntos ao vermos o semblante de uma criança quando sorrir a cada nova aprendizagem, e isso nos ensina que ser professor é muito mais do que transmitir códigos, mas mostrar a cada dia que não basta apenas aprender a ler e escrever mas é necessário vivenciar cada aprendizagem. conhecimentos; • Permitir um diálogo mais aprofundado com os conteúdos didático formal e informal e o debate sobre os temas do cotidiano; • Contribuir para a racionalização na solução de problemas e o senso crítico no exercício da sua cidadania; • Proporcionar o estímulo à criatividade, autonomia e a elevação da autoestima das internas envolvidas diretamente na operacionalização do projeto. METODOLOGIA No primeiro momento, os livros, que são adquiridos em forma de doação, são registrados no computador, carimbados, Maio | 2014 45 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas classificados por assuntos e cores, catalogados e, finalmente, expostos na estante. O trabalho é embasado no folheto Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão A tela e o texto Setor de Bibliotecas Comunitárias, sendo realizado com quatro (04) internas ⁄ colaboradoras, sob a orientação pedagógica. No segundo momento, as colaboradoras ⁄ internas da Biblioteca fazem o levantamento dos livros e se dirigem até as celas para informar os títulos existentes. As internas escolhem livremente a obra a ser lida, não havendo imposição; por se tratar do Sistema Prisional, as ações são permeadas pelos procedimentos de segurança e para tomada de decisões, algumas restrições para o acesso aos livros são impostas. No terceiro momento, as informações são trazidas pelas colaboradoras até a biblioteca, onde os livros são selecionados, registrados na ficha de controle de entrada e saída de livros e, por último, levados no carrinho às demais internas no local onde estão segregadas. Os livros ficam com as leitoras por um período de quinze dias, podendo ser renovados por mais quinze, sendo que cada leitora poderá fazer o empréstimo de no máximo dois livros ou duas revistas, quinzenalmente. No último momento, as leitoras mais assíduas da biblioteca são convocadas para a participação de eventos culturais realizados pelo Setor Pedagógico. RESULTADOS A SEREM ALCANÇADOS O projeto se configura pelo trabalho inédito no Sistema Prisional do Estado de Sergipe, visto que está sendo O USO DA TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DE GÊNEROS DO DISCURSO: UMA ÓTIMA MANEIRA DE CONSTRUIR O APRENDIZADO & LER E ESCREVER COM PRAZER: O CAMINHO CERTO PARA O SUCESSO NA APRENDIZAGEM Educadora: Edirene Melo Santana Souza Escola Mun.Profº José Augusto Barreto Colégio Estadual Cícero Bezerra (Nossa Senhora da Glória-SE) JUSTIFICATIVA Muitas são as possibilidades de se pensar nos gêneros do discurso em uma perspectiva construtivista de educação, no entanto, nem sempre essas expectativas abrangem os ideais pregados pela escola, o que faz com que as práticas pedagógicas aconteçam de forma bastante desestruturada. Na Escola Municipal Prof. José Augusto Barreto e no Colégio Estadual 46 Em Debate Cícero Bezerra, esse trabalho pedagógico foi pensado de forma bastante abrangente, em projetos de leitura e de escrita que procuraram resgatar muito de nossa literatura, além de construir um itinerário bastante promissor na construção e consolidação de nossas práticas educativas. Está bem claro que para escrever bem é preciso ler bem também. Através de atividades de construção literária os alunos puderam ao longo de três anos consecutivos produzir suas poesias, e seus slaids, de forma a desenvolver o hábito e a habilidade de ler e produzir dentro de um patamar educativo e criativo. METODOLOGIA Na Escola Municipal Prof. José Augusto Barreto, o trabalho foi realizado através de um Concurso de Poesia e no Colégio Estadual Cícero Bezerra, realizado para o crescimento intelectual de mulheres em situação de prisão e contribui efetivamente para auxiliar no processo de emancipação dessas mulheres, tornando-as cidadãs mais conscientes, com uma visão mais ampla e crítica do mundo e ajudando-a na transformação de si e da realidade em que vive. E, é utilizado como instrumento de lazer e socialização, o que facilita um maior acesso ao conhecimento, ensejando a integração das custodiadas no seu cotidiano e, inclusive, extramuros. Observações relevantes O projeto está sendo executado desde 2010, concomitantemente com atividades inovadoras enriquecendo o projeto da Biblioteca Itinerante, como palestras, Jornalfem, gincanas, saraus literário, rodas de leitura, entre outras. o mesmo foi efetuado através de uma produção de slaids, ambos em oficinas. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES - CONCURSO DE POESIA: LER E ESCREVER COM PRAZER: O CAMINHO CERTO PARA O SUC ESSO NA APRENDIZAGEM *Pesquisas de poesias e de referencial teórico sobre a literatura nacional; *Divulgação do trabalho entre os alunos do 5º ao 9º anos através de cartazes e avisos em sala de aula, bem como da rádio local; *Busca de patrocínio para premiação dos vencedores do concurso; *Organização e realização das oficinas(duração de um mês); *Organização e entrega dos ofícios aos jurados, artistas locais, comunidades extraescolares e representantes das secretarias de educação e de cultura do município; *Realização do concurso através de abertura com atividade cultural local, recitação das poesias em duas categorias: a primeira própria, onde o aluno constrói sua poesia e em segunda categoria onde o aluno recita uma poesia de outro autor, em sequencia entrega da premiação aos vencedores. *Preparação e participação na CINEART (FEIRA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE) - PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE SLAIDS; O USO DA TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DE GÊNEROS DO DISCURSO: UMA ÓTIMA MANEIRA DE CONSTRUIR O APRENDIZADO *Preparação dos alunos de turmas de 2º anos médio, para recebimento e produção das atividades; *Organização da tecnologia existente na escola e dos alunos para a produção dos slaids; *Início da produção nos slaids(educação sexual, meio ambiente, racismo, etc.); *Apresentação dos slaids em salas de aula da escola e em diversos locais como, fóruns estaduais, encontros pedagógicos, etc. *Preparação e participação na CINEART (FEIRA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE) AVALIAÇÃO Ambos os trabalhos foram avaliados de acordo com a participação dos alunos no desenvolvimento e realização de todas as atividades propostas pela metodologia dos projetos. É importante destacar e registrar que ambos foram apresentados na CINEART (FEIRA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE), sendo que o projeto do Colégio estadual Cícero Bezerra Cícero Bezerra, intitulado como O USO DA PROJETO: A HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE PORTUGUÊS Educadora: Miriam Ferreira de Matos Cruz Colégio Estadual Prof. Gonçalo Rollemberg (Aracaju-SE) OBJETIVOS Objetivo geral Possibilitar, através das Histórias em Quadrinhos, a união do trabalho pedagógico com leituras diversas, criando assim um ambiente de aprendizagem agradável e incentivador ao aluno. Objetivos Específicos • Transformar a escola num espaço privilegiado à construção de conhecimento pelo aluno, incorporando, aos poucos, a sua prática através de outro tipo de discurso, a história em quadrinhos; • Proporcionar aos alunos um espaço para que possam construir o conhecimento de forma dinâmica onde os professores passem a desempenhar o papel de mediadores do conhecimento, explorando a criatividade, a iniciativa e a interatividade; • Oferecer oportunidade para que os alunos produzam e apresentem suas criações; • Propiciar momentos de contato com HQ de Hagar e Turma da Mônica para leitura e análise; • Retomar as características de gênero; • Possibilitar aos alunos do 1 e 2 ano o entendimento dos conhecimentos de Análise Sintática, através da criação de histórias em quadrinhos. METODOLOGIA Este projeto foi desenvolvido através de pesquisas, todas relacionadas com Histórias em Quadrinhos, em 04 (quatro) etapas, a seguir: TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DE GÊNEROS DO DISCURSO: UMA ÓTIMA MANEIRA DE CONSTRUIR O APRENDIZADO, recebeu premiação única do estado de Sergipe na categoria de artes, tendo destaque na internet, e estando inclusive na página da CINEART, os mesmos deverão participar do evento também em 2013, e posteriormente em eventos de cunho nacional, é importante destacar também que a CINEART é organizada através de uma parceria entre a Universidade Tiradentes e a Universidade federal de Sergipe, entre outros parceiros, onde grande parte dos professores das redes estadual e municipais de Sergipe apresentam suas práticas pedagógicas e os alunos juntamente com professores recebem certificados de participação na feira, além de brindes aos vencedores. ATIVIDADES DA 1a ETAPA: Proposta de planejamento das histórias. ATIVIDADES DA 2a ETAPA: Elaboração das histórias em quadrinho. ATIVIDADES DA 3a ETAPA: Entrega dos trabalhos. ATIVIDADES DA 4a ETAPA: Culminância com a exposição das Histórias em quadrinhos. RESULTADOS A SEREM ALCANÇADOS Considerando os objetivos deste trabalho, acreditamos que a utilização das Histórias em Quadrinhos como prática pedagógica pode ser uma ferramenta auxiliar no ensino de português, pois, hoje em dia nenhum professor transmite conteúdo aos seus alunos sem que haja encantamento por ele. Nesse sentido, este trabalho buscou firmar-se na teoria de que, divertindo, é possível ensinar, despertar o interesse e aguçar o senso crítico do aluno. Ensinar é um desafio nos dias de hoje. “Muito se fala em renovação de ensino”, mas pouco tem sido feito na prática. Levantar questionamentos, instigar e despertar no professor vontade de ensinar é necessário, pois só assim o aluno vai entender que aprender pode ser divertido. Maio | 2014 47 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas “PROJETO EDUCARTE: EDUCAÇÃO ATRAVÉS DA ARTE” Educadora: Stella Regina Cáceres Teixeira Colégio Estadual Presidente Costa e Silva (Aracaju-SE) OBJETIVOS Objetivo Geral Contribuir para ampliar a visão do aluno e com isso servir como verdadeiro potencializador de aprendizagem da arte e demais áreas do conhecimento. Objetivos Específicos • Propiciar materiais para o desenvolvimento da disciplina de artes; • Fomentar a pesquisa na área de artes visuais; • Estimular consciência artística através de trabalhos manuais desenvolvidos pelos alunos; • Alcançar através de ações de conscientização artística o maior número possível de alunos. METODOLOGIA Ao optarmos por uma metodologia compartilhada de ação da escola, devemos 48 Em Debate considerar, desde o inicio do processo de planejamento, a participação dos alunos, professores, demais funcionários, bem como dos possíveis parceiros que pretendem desenvolver um trabalho conjunto com a unidade escolar. Todas as iniciativas que pretendemos realizar dentro do espaço escolar: palestras de diferentes temáticas, oficinas, apresentações teatrais, exposições, devem surgir do debate e da tomada de decisão, envolvendo comunidades internas e externas, alem de parcerias de nossa sociedade. Todavia, para realização deste projeto serão feitas pesquisas bibliográficas que fornecerão o Referencial Teórico para análise dos dados. Estes serão tabulados e categorizados para posterior análise comparativa, devendo ainda serem utilizados como principal fonte de embasamento da pesquisa, à luz do referencial teórico. Faz-se necessário também, dominar conhecimentos sobre a metodologia do ensino na educação através da arte, pois serão utilizados para subsidiar o projeto. Este projeto tem caráter analítico descritivo e utilizará métodos de interpretação quantitativos e qualitativos. Será dividido em duas etapas: 1ª Etapa: Oficinas de Máscaras e Xilogravuras 2ª Etapa: Continuação das Oficinas de Máscara e Xilogravura para acabamento. 3ªEtapa: Feira Nordestina com apresentação do resultado das oficinas ATIVIDADES DA 1ª ETAPA: 1- Apresentação de exemplos de máscaras cênicas; 2- Explicação da técnica utilizada nas máscaras; 3- Confecção das máscaras em dupla; ATIVIDADES DA 2ª ETAPA: 1- Pintura das máscaras; 2- Colagem de adereços decorativos nas máscaras, 3- Acabamento ATIVIDADES DA 3ª ETAPA: 1- Ornamentação da Escola para a Feira Nordestina; Apresentação dos trabalhos na Feira Nordestina; RESULTADOS ALCANÇADOS A produção artística não deve ser apenas uma manipulação mecânica de materiais e apreensão de técnicas, mas estar estreitamente vinculada a uma consciência cultural e histórica, onde a expressão se manifesta com propriedade. A criança e o adolescente são encorajados não só a se expressarem por intermédio da arte, mas também a compreendê-la, absorvendo seus conteúdos e criticá-la, tornando-se um participante ativo de seus processos. Então, baseado nessa premissa os alunos desenvolveram o gosto e o interesse pelas artes de uma forma geral, através da manipulação de técnicas artísticas educativas. Maio | 2014 49 Encarte Integrante da Revista de Formação Político-Pedagógica do SINTESE II Fórum de Práticas Pedagógicas: resumo de práticas 50 Em Debate