Zona Tipo 2 – Via Sapiens – Unidades 105, 106

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Zona Tipo 2 – Via Sapiens – Unidades 105, 106
Zona Tipo 2 – Via Sapiens –
Unidades 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112 a 160
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Sapiens Parque - Florianópolis - Santa Catarina – Brasil
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Zona Tipo 3 – Tipo DOCKS –
Unidades 90, 91, 92, 140 e 202
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Zona Tipo 4 – Tipo Campus –
Unidades 203, 205, 206, 207, 216, 217, 218 e 221
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4.4 Diretrizes Socioambientais para a Edificação
Desde o início do empreendimento Sapiens Parque, a preocupação com as diversas
formas de sustentabilidade se fez presente. Isto se reflete nas obras de infraestrutura, assim como
nas edificações.
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) do
empreendimento apresentou diretrizes macro para implantar os conceitos de sustentabilidade
tanto a infraestrutura do empreendimento quanto as suas edificações. Estas diretrizes foram
organizadas em 3 (três) grupos distintos: diretrizes para a infraestrutura, diretrizes para as
edificações e diretrizes gerais.
Tais diretrizes visam garantir a execução das metas de sustentabilidade associadas ao
conceito do parque, além de promover o desenvolvimento do projeto de maneira harmoniosa com
o entorno direto e indireto do parque, além do equilíbrio entre os elementos urbanos e naturais.
Assim, o Sapiens Parque definiu diretrizes que incorporam soluções sustentáveis a todas
as edificações que serão implantadas no parque, visando principalmente reduzir os impactos ao
meio ambiente e valorizar as edificações.
Atualmente existe uma série de certificações como Leed, HQE, Aqua, dentre outros, para
guiar as intervenções nos chamados “Green Buildings” e que acrescentam em média 7% no valor
das edificações, conforme estudos do World Business Council for Sustainable Development
(Eficiência energética em Edifícios, pág 31).
Tais certificações não são exigidas pelo Sapiens Parque, porém podem ser adotadas pelos
empreendedores de tais edificações desde que contemplem no mínimo as diretrizes para
infraestrutura, diretrizes para as edificações, e diretrizes gerais, descritas abaixo.
4.4.1
Diretrizes para as Edificações Sustentáveis
As
diretrizes
para
as
Edificações
Sustentáveis
referem-se
às
características
socioambientais exigidas na Licença Ambiental Prévia (LAP) que devem ser incorporadas em
todas as edificações do Sapiens Parque.
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Captação e utilização de água da chuva
o
As edificações do Sapiens Parque deverão possuir um sistema de captação de água da
chuva, através de equipamentos e dispositivos instalados nos telhados das edificações para
captar esta água e encaminhá-la para reservatórios de armazenamento.
A captação da água de chuva, além de funcionar como atenuadora de vazões de
drenagem, terá como principal objetivo o abastecimento de água de parcela significativa do
empreendimento. Em contrapartida, será uma importante medida aplicada à drenagem do terreno,
uma vez que reterá as águas pluviais num plano anterior ao do processo de escoamento.
É importante salientar que esta medida também faz parte de um conjunto de sistemas
alternativos para a drenagem urbana que tem como principal objetivo a retenção da água pluvial,
diminuindo o pico de vazão observado nos hidrogramas de escoamento de sistemas
convencionais de micro-drenagem.
Objetivo e aplicabilidade
A utilização da água de chuva captada é uma das ações previstas no Programa de
Conservação de Água – PCA, cuja matriz de oferta de água para o Sapiens Parque é descrita a
seguir:
•
Água potável: concessionária pública – CASAN;
•
Pluvial: aproveitamento da água de chuva;
•
Reuso de esgoto: aproveitamento de todas as águas geradas nas edificações, após
passarem por tratamento adequado;
Desta forma, para a Fase 01 do SAPIENS PARQUE, a parcela referente à utilização da
água de chuva para abastecimento será de 15%, conforme mostra a figura a seguir: Sendo o
restante proveniente água de reuso (36%) e da concessionária local (CASAN) com 49%.
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Figura: Principais Fontes de Água do Sapiens Parque
Para as edificações é obrigatória a utilização conjunta do sistema de água de reuso com a
água de chuva, ou seja, ambos utilizaram a mesma tubulação.
Localização da ação
É obrigatório em todas as edificações a implantação do sistema de aproveitamento da água
de chuva. A seguir é apresentada uma figura esquemática do sistema de aproveitamento de água
de chuva, com a tubulação e o reservatório de armazenamento.
Figura: Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva
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o Utilização de equipamentos economizadores de água
Existe hoje no mercado uma série de equipamentos economizadores de água que tornam o
consumo mais racional. No Sapiens Parque, todas as edificações internas deverão fazer uso
máximo destes, reduzindo com isto a pressão sobre o recurso água. O uso de equipamentos vai
desde a adoção de torneiras com acionamento eletrônico até vasos sanitários com descarga a
vácuo. Como o empreendimento visa tornar-se referência na questão de sustentabilidade, esta
será uma das medidas primordiais onde, associada à utilização destes equipamentos, deverá ser
encaminhada uma campanha de sensibilização e conscientização dos usuários.
Objetivos e aplicabilidade
Esta medida é uma das ações do Programa de Conservação de Água - PCA do Sapiens
Parque, cuja estratégia está montada em ações relativas tanto a demanda como a oferta de água.
O PCA é um conjunto de ações voltadas para a gestão da oferta e da demanda de água nas
edificações. Portanto, o PCA é um programa mais amplo que o uso racional da água, o qual está
alicerçado em questões que dizem respeito apenas às demandas. Por estar inserido numa região
que historicamente apresenta problemas com relação à falta de água, tornou-se fundamental
buscar-se trabalhar nas questões de ofertas como demandas de água, haja vista o
empreendimento pressionar o sistema público de abastecimento de água.
A seguir são apresentados alguns modelos e tipos de equipamentos que deverão ser
utilizados nas edificações:
Torneiras, tipo hidromecânica, sensor, eletrônicas embutidas, funcionamento por
válvula de pé, funcionamento por pedal, entre outras, que tem com principal medida
o controle da vazão e redução do consumo de água.
Arejadores: é um dispositivo regulador, de forma a suavizar o fluxo de saída de
água, usualmente montado na extremidade de torneiras e bicas em geral. É utilizado
principalmente por propiciar a redução de consume de água sem comprometimento
das operações de lavagem em geral.
Mictórios Convencionais: podem ser coletivos ou individuais com dispositivos de
descarga como válvula de acionamento hidromecânico, acionamento por sensor de
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presença e temporizada para proporcionar uma redução no consumo de água. Outra
alternativa é a utilização de mictórios sem água.
Chuveiros e duchas com registro regulador de vazão ou fechamento automático.
Bacias sanitárias com caixa acoplada ou com válvulas de descarga de ciclo seletivo,
além de poder utilizar dispositivos para acionamento de descarga mais modernos
que visem o menor consumo de água como: válvula de descarga de ciclo seletivo,
de ciclo fixo, de duplo acionamento e por sensor.
Redutores de vazão e de pressão.
Estes modelos podem ser observados no Manual de Conservação e Reuso da Água em
Edificações, da ANA – Agência Nacional de Água.
Cabe ressaltar que apenas foram citados os principais equipamentos disponíveis no
mercado, entretanto cabe ao licitante durante a elaboração dos projetos executivos buscar
técnicas modernas para a redução no consumo de água, tendo em vista que estas medidas
também proporcionam uma redução no valor da taxa de condomínio da edificação.
o Eficiência energética máxima
As estratégias de eficiência energética máxima visam não apenas reduzir o consumo de
energia das edificações do Sapiens Parque a um nível mínimo, mas também torná-las modelo de
eficiência energética, de conservação de recursos naturais e de utilização de energia solar.
Neste caso, além dos sistemas de iluminação e ar condicionado energeticamente
eficientes, as edificações podem avaliar a utilização também:
A possibilidade de aproveitamento da iluminação natural e sua integração com o
sistema de iluminação artificial. Esta estratégia permitiria a redução da demanda de
energia para o sistema de iluminação artificial, reduzindo também a carga térmica
inserida nos ambientes e a demanda de energia para o sistema de ar condicionado.
A utilização de isolamento térmico na cobertura das edificações e de componentes
construtivos adequados ao clima, o que auxiliaria na redução da carga térmica
inserida nas edificações garantindo melhores níveis de conforto térmico e menor
consumo de energia com ar condicionado;
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A utilização de paredes adequadas ao clima de Florianópolis, o que também
auxiliaria na redução da carga térmica e do consumo de energia com ar
condicionado;
A área ideal de janela para que haja um balanço entre a iluminação natural e a carga
térmica. Esta estratégia permitiria a redução do consumo de energia com iluminação
artificial e com ar condicionado;
A possibilidade de utilização de proteções solares externas que impeçam a
incidência de radiação solar direta sobre as janelas, mas que não obstruam a
entrada da luz natural nem da ventilação;
O uso correto de cores externas para garantir uma menor absorção da radiação
solar e diminuir a demanda de energia para condicionamento de ar;
A forma e a orientação das edificações, que permitiria um melhor aproveitamento da
luz natural e da ventilação natural e um melhor controle da incidência da radiação
solar, garantindo menor consumo de energia com ar condicionado e iluminação
artificial;
A viabilidade de implantação de sistemas de geração de energia através da
utilização de painéis fotovoltaicos. Esta estratégia auxiliaria na redução de gastos
com energia elétrica e contribuiria com a redução da poluição ambiental associada à
geração de hidroeletricidade;
A viabilidade de utilização de aquecedores solares de água. Nos locais onde água
quente se fizer necessária, pode-se utilizar aquecedores solares e reduzir o
consumo de energia utilizada em chuveiros elétricos.
4.4.2
Diretrizes Gerais
As Diretrizes Gerais contemplam procedimentos de melhores práticas obrigatórias no
momento de implantação de todas as edificações do Sapiens Parque. Estas ações fazem parte do
sistema de gestão ambiental e da construção civil dentro do parque, sendo que durante o período
das obras, sofreram fiscalização pelo parque.
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Ações de educação ambiental para mitigação/compensação da pressão da
mão-de-obra da construção civil sobre o jacaré-de-papo-amarelo
o
Esta medida destina-se à diminuição do risco de conflito entre mão-de-obra da construção
civil e o jacaré-do-papo-amarelo, ocorrente no terreno do empreendimento. Neste sentido deverá
ser feita ampla campanha de esclarecimento e educação junto aos trabalhadores, para informar
sobre a importância da espécie e os procedimentos que devem ser tomados quando do encontro
com algum espécime.
o Gestão de horários do transporte de cargas, de forma a reduzir o impacto do
tráfego pesado e lento sobre os horários de pico
Foi planejado um sistema de gestão de horários do transporte de cargas, de forma a reduzir
o impacto do tráfego pesado e lento principalmente sobre os horários de pico nas vias de acesso
ao empreendimento, como a Rodovia SC 401. Deve-se levar em consideração inclusive os
horários de pico nas pontes Colombo Machado Salles e Pedro Ivo Campos (Ilha/continente), uma
vez que boa parte dos materiais transportados deve ser proveniente de fora da Ilha de Santa
Catarina.
O planejamento e gestão dos horários para transporte de materiais ao empreendimento
devem evitar não só picos normais no trânsito durante o ano, como principalmente aqueles
relacionados à temporada de verão, uma vez que a região exerce forte atração turística. Assim, a
viabilidade do transporte de cargas fora do horário comercial deve ser também avaliada.
o
Fornecimento de transporte diário para os trabalhadores da construção civil
residentes no Aglomerado Metropolitano de Florianópolis
Os trabalhadores da construção civil, residentes na Ilha e principalmente no aglomerado
urbano de Florianópolis, deverão ser servidos por sistema de transporte disponibilizado pelas
construtoras, que deverão garantir o deslocamento diário dos mesmos às suas residências. Esta
medida visa reduzir ao máximo a necessidade de alojamento desta mão-de-obra no canteiro de
obras, evitando assim os vários transtornos de ordem sanitária e sócio-cultural. Secundariamente,
busca evitar o aumento da demanda pelo serviço de transporte público, uma vez que o número de
trabalhadores mobilizados de uma só vez durante a implantação do empreendimento tende a ser
expressivo.
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o Programa de gestão e reutilização de resíduos da construção civil
Deverá ser implantado um Centro de Processamento de Resíduos da Construção Civil.
Aliada aos princípios e diretrizes adotados pelo empreendimento, deverá funcionar ao longo de
sua implantação, uma central de processamento de resíduos da construção capaz de processar,
por trituração, peneiramento e segregação, os resíduos da construção. Aqueles à base de
cimento, cal, areia e brita, assim como materiais cerâmicos, após trituração e homogeneização
poderão ser utilizados em obras de aterro ou na confecção de concreto magro.
Resíduos compostos de solo, gesso, metal, madeira, papel, plástico, matéria orgânica,
vidro, isopor, etc, em princípio constituirão o refugo do processo, sendo encaminhados para aterro
sanitário. Entretanto, alguns destes materiais são passíveis de serem selecionados e
encaminhados a outros usos. Assim, embalagens de papel, madeira e mesmo vidro e metal
podem ser recolhidos para reutilização ou reciclagem.
Este Centro de Processamento deverá dispor, no mínimo, de trituradores, correias
transportadoras e peneiras mecânicas e deverá ser dimensionado de acordo com o volume
máximo de construção nas diferentes fases, podendo ser sua instalação modular.
o
Programa próprio de assistência ambulatorial aos trabalhadores da construção
civil - triagem, encaminhamento e remédios
Para evitar uma possível sobrecarga dos serviços prestados às comunidades do entorno,
as empreiteiras, em conjunto ou não, deverão manter serviço ambulatorial no canteiro de obras
para atendimento dos operários da construção civil. Nestes ambulatórios deverão ser prestados os
serviços de primeiros socorros, medicação básica, triagem e encaminhamento. Para isto deverá
prever plantão de médicos e auxiliares.
o
Programa de ações educativas/preventivas de saúde voltado para os
trabalhadores da construção civil e as comunidades do entorno
Este programa busca amenizar principalmente os impactos previstos por ocasião de
alojamento de contingente de trabalhadores da construção civil no canteiro de obras do
empreendimento, ao longo dos anos de sua implantação. Neste caso deverão ser efetuadas
campanhas de educação e conscientização junto aos trabalhadores e população do entorno
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imediato, principalmente focadas em DST (doenças sexualmente transmissíveis), assim como
realizada a distribuição de preservativos.
No caso de mobilização de mão-de-obra originária de regiões com endemias, deverão
tomadas medidas preventivas de controle epidemiológico (análise de surtos nas regiões de origem
e exames laboratoriais prévios nos trabalhadores).
Outras campanhas preventivas em relação a doenças tropicais ou ligadas à pouca higiene
e a saneamento precário serão desenvolvidas, incluindo a população mais carente do entorno, em
conjunto com os postos de saúde locais.
o
Estratégia de definição e estruturação de metas de absorção regional de mãode-obra para construção civil
Se por um lado a própria legislação aponta para o princípio da universalidade das
oportunidades, no caso da construção civil a importação da mão-de-obra pode ter diversas
conseqüências locais, como apontado na discussão dos impactos.
No sentido de manter-se o princípio da universalidade, não se deve propor a simples
limitação ou discriminação de trabalhadores de outras regiões, muito menos a imposição de
barreiras ao seu deslocamento, ou mesmo permitir o surgimento de qualquer sentimento xenófobo
que afronte qualquer mentalidade cidadã.
Por outro lado, pode-se incentivar e estimular a tomada de decisões que busquem atingir
metas (não obrigatórias) de absorção de mão-de-obra local ou regional, uma vez que foi
diagnosticado que a oferta desta no Aglomerado Metropolitano de Florianópolis é bastante grande
e relativamente competitiva.
A definição destas metas para absorção de trabalhadores com procedência do Aglomerado
Metropolitano traz diversas vantagens quanto à sustentabilidade: geração de trabalho e renda na
região de influência difusa do empreendimento; capacidade de suportar a demanda de mão-deobra; redução do risco de tensão sócio-cultural; redução do risco de introdução de doenças
tropicais; e mobilidade diária dos trabalhadores, que podem ser transportados de volta aos
domicílios pelas empreiteiras. Esta mobilidade traz outras conseqüências positivas, pois reduz
diversos outros problemas e riscos descritos na Caracterização dos Impactos.
Como recomendação, propõe-se que seja desenvolvida uma escala de metas chegando a
90% de absorção de mão-de-obra regional (Aglomerado Metropolitano), com definição de
mecanismos de estímulos ao seu cumprimento por parte das empreiteiras.
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o
Estabelecimento de limite máximo para pessoal alojado no canteiro
Apesar de ser possível a contratação de mão-de-obra da construção civil de outros centros
(como descrito na Estratégia de Metas para absorção de mão-de-obra), não é recomendável a
concentração de contingentes muito grandes em um mesmo local, conforme apontado na
caracterização dos impactos.
Considerando que os trabalhadores absorvidos no Aglomerado Metropolitano podem ser, e
geralmente já o são, transportados diariamente aos seus domicílios, e considerando as metas de
contratação de mão-de-obra regional a serem estimuladas em 90%, propõe-se nesta medida que
as instalações de alojamento no próprio canteiro de obras estejam limitadas a no máximo para
10% dos trabalhadores contratados.
4.4.3 Considerações Finais
As diretrizes listadas neste documento representam uma síntese do Estudo de Impacto
Ambiental do Sapiens Parque e consequentemente da respectiva Licença Ambiental Prévia e
Licença Ambiental de Implantação. Maiores detalhes podem ser obtidos no documento original
denominado Estudo de Impacto Ambiental e de Vizinhança do Empreendimento Sapiens Parque
no Distrito de Canasvieiras, Florianópolis / SC, que fica disponível na sede da Sapiens Parque
S.A. na Av. Luiz Boiteux Piazza, 1302 - Cachoeira do Bom Jesus e Plano Básico Ambiental.
A Sapiens Parque S.A. não exige a adoção de uma certificação específica para as
edificações, porém o empreendedor poderá adotá-las desde que cumpram todas as diretrizes
descritas neste documento.
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5 INFRAESTRUTURA A SER PERMUTADA
Este capítulo tem como objetivo apresentar a infraestrutura que poderá ser utilizada para a
realização de permuta pela participação acionária da Sapiens Parque S.A. na SPE a ser
constituída.
Desta forma, com a apresentação da área de intervenção e as principais características
que compõe os sistemas a serem implantados que são: sistema viário, sistema de fornecimento
de energia elétrica e telecomunicações, sistema de abastecimento de água e sistema de
esgotamento sanitário, fornecerá uma base para fins de avaliação por parte dos interessados
nesta consulta pública para estimar o custo de implantação destes sistemas.
Na oportunidade do lançamento do edital de licitação, serão apresentados os projetos
executivos de infraestrutura e orçamento-base do processo para que o licitante possa determinar
o fator de economicidade (fecon) para oferta do Valor de Infraestrutura (Vinfra), para a equação de
Melhor Oferta, caso seja de interesse do licitante em permutar a infraestrutura pela participação
acionária da Sapiens Parque S.A.
5.1 Área de Intervenção
A área em que será realizada a implantação da infraestrutura situa-se na área leste do
empreendimento Sapiens Parque. A figura apresentada a seguir detalha a área de intervenção
bem como os trechos das vias que serão objeto de implantação da infraestrutura.
Destacamos na figura que o sistema viário em cor laranja, já está em execução e
corresponde a Fase Zero do empreendimento e as cores destacadas em rosa são
correspondentes a trechos em que serão realizados no curto espaço de tempo com investimento
da Sapiens Parque S.A. para atender a demanda das edificações que já iniciaram as suas obras
no ano de 2014.
Desta forma, as áreas em verde correspondem aos trechos que serão realizadas as obras
de infraestrutura a serem permutadas. A sua implantação poderá ocorrer em fases e etapas
distintas, conforme será detalhado no edital para a constituição da SPE, assim o licitante vencedor
não terá que realizar a infraestrutura de uma única fez e sendo implantado a medida que
tenhamos demanda de mercado.
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Figura: Master Plan – Área de Intervenção objeto da Consulta Pública
Os trechos destacados em verde possuem uma extensão total aproximada de 4.000 metros
e o valor médio adotado para a execução desta infraestrutura, atendendo as características
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detalhadas no item 4.2 deste documento, é de R$ 10.500,00 por metro (dez mil e quinhentos reais
por metro), totalizando um valor estimado para o Valor de Infraestrutura é de R$ 42 milhões.
5.2 Projetos Executivos de Engenharia
A seguir serão apresentadas as principais diretrizes técnicas que integram e englobam os
sistemas de infraestrutura, a fim de permitir ao interessado a avaliação de custos para a
implementação desta infraestrutura e contribuir no processo de consulta pública.
5.2.1 Sistema Viário
A infraestrutura do Sistema Viário interno fornecida pelo condomínio Sapiens Parque foi
desenvolvida e projetada de acordo com a metodologia do DEINFRA/SC - Departamento Estadual
de Infraestrutura de Santa Catarina e DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes, seguindo os padrões de vias pré-estabelecidos nos perfis transversais constantes no
PEU - Plano Específico de Urbanização do condomínio que por sua vez, atendem a Lei
Complementar 134/2004, que define o zoneamento do Sapiens Parque.
O sistema viário contempla soluções de acesso / ingresso ao Sapiens Parque através de
conexões entre as vias locais existentes e as vias internas do condomínio, tais como trevos de
acesso.
Todas as vias internas possuem seu final em uma intersecção de forma a possibilitar a
expansão do sistema sem afetar sua funcionalidade no futuro, sendo que estas intersecções são
projetadas com soluções que estejam em acordo com a implantação das demais etapas e com a
menor intervenção possível na etapa anterior já executada.
Todo o sistema foi desenvolvido levando-se em consideração o conjunto de soluções para
a drenagem urbana e escoamento superficial da água de chuva, bem como as obras de Artes
Correntes necessárias e particulares a cada trecho.
Para o sistema viário interno foi adotado como cota final do pavimento o valor de 2,50m.
Ressalta-se ainda que todo o sistema é devidamente sinalizado e iluminado em conformidade as
normativas e instruções dos órgãos anteriormente citados.
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Movimentação de Terras (Terraplenagem)
No desenvolvimento do Sapiens Parque, os lagos foram criados para a retirada de material
de aterro suficiente para permitir o aterramento das áreas urbanizadas. Desta forma, para
implantação do sistema viário levou-se em consideração no item terraplenagem à utilização dos
materiais estocados, provenientes da escavação dos Lagos, conforme a demanda necessária.
Toda movimentação de terras no Sapiens Parque, deverá atender as definições descritas
no EIA/RIMA preconizando as diretrizes da Licença Ambiental Prévia, minimizando e mitigando os
possíveis impactos que poderão ser gerados na região.
Para o item de terraplenagem é levado em consideração à retirada e o reaproveitamento do
Horizonte A, a utilização de barreiras de contenção de finos (geotêxteis) nos taludes dos aterros e
nos depósitos de reservação do Horizonte A. e o encaminhamento das árvores de médio e grande
porte que deverão ser retiradas das áreas de empréstimo para aterros.
Em resumo, os serviços preliminares de terraplenagem compreendem as operações de
desmatamento, destocamento e limpeza até determinada profundidade visando desimpedir as
áreas a serem ocupadas pelo corpo estradal, pelos lagos e pela estocagem de material das
obstruções naturais ou artificiais porventura existentes, tais como camada vegetal, árvores,
arbustos, tocos, raízes, entulhos e matacões soltos e de pequeno porte.
A movimentação dos volumes de terraplenagem compatibiliza as necessidades de
empréstimos e bota-fora com a disponibilidade de jazidas e áreas adequadas, levando em
consideração os locais já licenciados pelo Sapiens Parque e os planos de urbanização e
paisagismo existentes ou planejados.
Pavimentação
Com base nos elementos de tráfego, nos estudos geotécnicos e com a definição da
geometria, foi efetuado o dimensionamento da melhor alternativa para a estrutura do pavimento.
A solução adotada para o sistema viário interno (vias, ciclovias e passeios) do Sapiens
Parque é a utilização de pavimentos intertravados tipo paver, conforme previsto no EIA/RIMA,
respeitando-se as diretrizes previamente definidas no Plano Diretor de Paisagismo, sendo que
para a pista de rolamento está sendo utilizado paver com altura de 0,08m e para calçadas e
ciclovias é utilizado paver de com altura de 0,06m
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A camada de pavimentação basicamente é composta por 0,05m de pedrisco; 0,21m de
brita graduada; 0,05m de areia e por fim o paver.
5.2.2 Sistema de Abastecimento de Água Interno - SAA
O sistema de Abastecimento de Água (S.A.A) do Sapiens Parque compreende a rede de
distribuição de água potável fornecida pela CASAN, a rede de distribuição com água de reuso do
tratamento de esgoto e da coleta de água de chuva de cada uma das edificações a serem
implantadas no Sapiens Parque, sendo que a água vinda do sistema público será distribuída para
o consumo potável e a água de reuso e da chuva será distribuída para o uso sanitário nas
edificações.
O condomínio disponibilizará a rede de água potável instalada junto ao sistema viário, no
entanto a ligação dos pontos de entrega da rede para as edificações será de responsabilidade dos
proprietários das unidades.
Como responsabilidades das unidades, a água potável deverá ser armazenada em
reservatórios inferiores e superiores, exclusivos para água de consumo em cada edificação.
A água de reuso será recalcada diretamente dos reservatórios existentes na Estação de
Tratamento de Esgoto e Condicionamento para Reuso – ETE/ECR do condomínio Sapiens
Parque para o reservatório superior de água de reuso das edificações, que também receberão a
água da chuva, sendo que o condomínio disponibiliza a rede principal anexa ao sistema viário,
devendo as unidades realizar as ligações internas do sistema.
Com relação à água da chuva, esta deverá ser recolhida das coberturas das edificações e
encaminhada para o reservatório inferior das edificações, entretanto este projeto estará sob a
responsabilidade de cada um dos proprietários das unidades. O sistema deverá ser projetado para
que nos períodos em que a água da chuva não for suficiente para atender a demanda poderá ser
acionado o uso da água do sistema público.
As águas descartadas no recolhimento dos telhados seguirão para reservatórios de
infiltração, que lentamente infiltrarão no solo. O excesso dos reservatórios de infiltração será
encaminhado para os wetlands.
As águas do sistema viário serão encaminhadas para os wetlands.
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Independente da medição executada pela Casan, cada unidade terá uma medição
exclusiva para avaliar os consumos individuais tanto de água da Casan, como também os
consumos de água da chuva e da água de reúso.
É obrigatório a utilização deste sistema em todas as edificações do Sapiens Parque.
O material da rede de abastecimento de água potável, bem como da rede de água de reuso
será todo em PVC e todas as redes de distribuição estarão equipadas com macromedidores de
vazão.
Abaixo é apresentado o fluxograma de aproveitamento e disposição das águas pluviais
(drenagem).
Figura: Fluxograma de Aproveitamento e Disposição das Águas Pluviais
5.2.3
Sistema de Esgotamento Sanitário - SES
O Sapiens Parque em atendimento a legislação ambiental terá uma estação própria para
tratamento de esgoto. O projeto do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) será composto da
Rede Coletora, Elevação do esgoto, Tratamento, Condicionamento para Reuso e Destino Final.
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Assim como o Sistema de Abastecimento de Água, o Sapiens fornece a instalação da rede
coletora de esgoto que estará implantada junto ao sistema viário, já, as ligações internas para
conectar as edificações ao sistema de Esgotamento Sanitário serão de responsabilidade das
unidades.
Concepção do Sistema de Tratamento
A rede coletora será do tipo sistema separador absoluto em que conduzirá somente as
águas residuárias e será executada com material totalmente em PVC (tubulações e poços de
visita em PVC), juntamente com os emissários. Os poços de visita terão a finalidade de reunir os
esgotos das edificações e/ou permitir a inspeção na rede coletora.
Os esgotos de cada edificação serão conduzidos pela rede coletora por gravidade até os
poços de visita e destes até a estação de recalque (local com um poço para reunir os esgotos e
implantar as instalações eletro-mecânica) onde serão elevados e conduzidos para o tratamento.
Face a localização do Sapiens Parque que impossibilita o descarte de efluentes domésticos
tratados na rede de drenagem pluvial, optou-se por um sistema de tratamento que apresentasse
elevada eficiência e que possibilitasse o reúso não potável de uma parcela dos mesmos.
Para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) foi concebido um sistema compacto de
Lodos Ativados, associado a um reator anaeróbio de fluxo ascendente, seguido de filtração em
areia e antracito, e desinfecção por ultravioleta. Com relação ao condicionamento para reúso foi
utilizado a Micro Filtração
O esgoto gerado nas edificações chegará ao Reator Anaeróbio passando primeiramente
por uma Caixa Distribuidora de Vazão que distribuirá os esgotos no interior do reator.
A seguir será conduzido para o Tanque de Aeração que dispõe de um aerador submerso
de microbolhas. Após o esgoto será encaminhado até o Decantador Secundário onde ocorre a
sedimentação do lodo biológico. O sobrenadante será encaminhado para o Filtro de Pressão,
reduzindo-se ainda mais a quantidade de sólidos e turbidez do efluente. Os sólidos retidos nas
camadas filtrantes serão retirados periodicamente através de lavação, retornando esta água para
o Tanque de Aeração. Após passar pelo Filtro o esgoto tratado seguirá para a desinfecção no
Sistema Ultra Violeta.
O lodo que se acumulará no fundo do Decantador Secundário será continuamente
recirculado para o Tanque de Aeração através de bomba submersível.
Quando atingir
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concentrações de sólidos suspensos totais superiores a 4.500 mg/l no Tanque de Aeração, deverá
ser removido parte do lodo via Decantador Secundário para a Estação Elevatória, sendo o lodo
encaminhado posteriormente para o Reator Anaeróbio. Periodicamente parte do lodo do Reator
Anaeróbio será descartado por caminhão limpa-fossa.
O destino final dos efluentes será o reúso nas edificações e a irrigação de áreas verdes
através de um sistema de aspersores.
Figura: Fluxograma Sistema de Esgotamento Sanitário
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