prof. waldenir sf britto contabilidade agrícola e pecuária
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prof. waldenir sf britto contabilidade agrícola e pecuária
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS –- FACAPE – PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA ATIVIDADE RURAL – CONCEITOS BÁSICOS EMPRESA RURAL: são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo através do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos agrícolas. CAMPO DA ATIVIDADE: pode ser dividido em três grupos: Produção vegetal – atividade agrícola; Produção animal – atividade zootécnica; Industrias rurais – atividade agro-industrial. 1 – ATIVIDADE AGRÍCOLA: ( reino vegetal) Silvicultura ( florestas naturais – extração ou apanha; madeiras; florestas cultivadas – pinus, eucalipto, cacau etc); fruticultura ( arbórea – cajueiro, mangueira, etc; trepadeira – videira, maracujazeiro etc; arbustiva – gravioleira, amoreira etc; herbácea – abacaxizeiro, bananeira etc) olericultura ( beterraba, cenoura, couve, ervilha, pimentão, repolho, mandioca, tomate etc) culturas de cereais ( trigo, arroz, feijão etc); culturas de forrageiras ( capim elefante, alfafa, algaroba etc); floricultura; culturas fibráceas ( algodão, sisal etc) outras culturas ( café, cana de açúcar ); 2 – ATIVIDADE ZOOTÉCNICA - CRIAÇÃO DE ANIMAIS) (reino animal) . Apicultura; avicultura; pecuária; piscicultura; ranicultura; etc . 3 – ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL . beneficiamento do produto agrícola (arroz, café, milho etc) . transformação de produtos agrícolas (cana de açúcar em álcool e aguardente; uva em vinho e vinagre; soja em óleo etc ) . transformação de produtos pecuários ( leite, mel etc) ANO AGRÍCOLA X EXERCÍCIO SOCIAL Na atividade agrícola a receita concentra-se geralmente logo após a colheita. Logo, recomenda-se que o ano social se encerre juntamente com o final do ano agrícola. Se houver produtos consorciados, deve prevalecer a colheita da cultura principal ou de maior representatividade econômica. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -1- Na atividade pecuária deve-se seguir o mesmo raciocínio: fixar o exercício social com base no mês seguinte em que concentram a venda de animais ou o nascimento de bezerros. ATENTAR PARA AS EMPRESAS QUE CULTIVAM DIVERSAS CULTURAS, FORMANDO UMA RENDA MENSAL PROGRAMADA. ESTES EMPRESAS PODEM FIXAR O ANO SOCIAL DA EMPRESA COM O ANO CIVIL. CULTURAS TEMPORÁRIAS - CULTURAS PERMANENTES; Culturas Temporárias São aquelas que, ao serem colhidas, necessitam de um novo plantio para produção. Por exemplo: cenoura. Ao se colher a cenoura, para se ter uma nova produção, necessário se faz um novo plantio. Esta característica se dar para as culturas que, mesmo podendo ter outra safra (ainda que bem menor), não seja economicamente viável. Geralmente são culturas de curto período para a produção, (na sua maioria até 12 meses). São exemplos: cenoura, beterraba, hortaliças de um modo geral, melão, melancia, abóbora, feijão, milho etc. culturas Permanentes São aquelas que permanecem vinculadas ao solo e proporcionam mais de uma colheita ou produção. Normalmente atribui-se às culturas permanentes uma duração mínima de quatro anos. Do nosso ponto de vista basta apenas a cultura durar mais de um ano e propiciar mais de uma colheita para ser permanente. Exemplos: cana-de-açúcar, citricultura (laranjeira, limoeiro...), cafeicultura, silvicultura (essências florestais, plantações arbóreas), oleicultura (oliveira), praticamente todas as frutas arbóreas (maçã, pêra, jaca, jabuticaba, goiaba, manga, uva...). No caso de uma cultura permanente, os custos necessários para a formação da cultura serão considerados Ativo Permanente - Imobilizado. Os principais custos são: adubação, formicidas, forragem, fungicidas, herbicidas, mão-de-obra, encargos sociais, manutenção, arrendamento de equipamentos e terras, seguro da cultura, preparo do solo, serviços de terceiros, sementes, mudas, irrigação, produtos químicos, depreciação de equipamentos utilizados na cultura etc. É importante ressaltar que as despesas administrativas, de vendas e financeiras não compõem o gasto de formação da cultura, mas são apropriadas diretamente como “despesa do período” e não são, portanto, ativadas. Os custos para formação da cultura são acumulados na conta “Cultura Permanente em Formação”, da mesma forma como acontece com a conta “Imobilização em Andamento” ou em curso em uma indústria. Dentro da conta “Cultura Permanente em Formação” há subcontas que indicam especificamente o tipo de cultura: café, pastagem, florestamento (araucária, eucaliptos...), guaraná, seringueira etc. Após a formação da cultura, que pode levar vários anos (antes do primeiro ciclo de produção ou maturidade, ou antes da primeira florada, ou da primeira produção), G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -2- transfere-se o valor acumulado da conta “Cultura Permanente em Formação” para a conta “Cultura Permanente Formada”, identificando-se uma subconta por tipo de cultura específica. Comparando-se tal fato com uma indústria que constrói máquinas para seu próprio uso, estaríamos no estágio em que a máquina está pronta para produzir. Daí por diante, na fase produtiva, os custos já não compõem o Imobilizado, mas são tratados como estoque em formação e são acumulados ao produto que está sendo formado. Há caso em que a cultura permanente não passa do estágio de cultura em formação para cultura formada, pois, no momento de se considerar acabada, ela é ceifada. São, normalmente, a cana-de-açúcar, o palmito, o eucalipto, o pinho e outras culturas extirpadas do solo ou cortadas para brotarem novamente. FORMA JURIDICA DE EXPLORAÇÃO NA AGROPECUÁRIA. pessoas físicas - pessoas jurídicas PESSOA JURÍDICA: SOCIEDADE COMERCIAL X SOCIEDADE CIVIL Sociedades civis são aquelas que prestam serviços com ou sem fins lucrativos; não praticam a intermediação ( compra e venda de mercadoria) Sociedades comerciais são aquelas que praticam ato de comercio com fins lucrativos, constituídas com o objetivo de comprar e vender mercadorias etc. É a natureza do objeto social ( ramo da atividade) que indicará se trata de uma sociedade civil ou comercial. Logo a sociedade agropecuária será comercial se constituída de forma de S. A ou Limitada e será civil se constituída sob a forma de associação ou cooperativa. CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS PRODUTIVOS DA EMPRESA RURAL RECURSOS CAPITAL TERRA ESTÁVEL TRABALHO CAP. EMPRESARIAL TECNOLOGIA CIRCULANTE G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -3- O capital estável é aquele capaz de prestar sua cooperação a vários atos produtivos, isto é, sobreviver ao fenômeno de criação de utilidade em que colabora, como por exemplo as benfeitorias, máquinas e animais. O capital circulante corresponde aos bens de produção de gasto imediato, os quais, por se consumirem totalmente no ato da aplicação, mudam de forma. Fertilizante, sementes e ração são alguns exemplos de capital circulante. CONTABILIDADE RURAL A contabilidade pode ser estudada de forma genérica ou específica . se genérica é denominada contabilidade rural; se específica, é denominada de acordo com a atividade daquele ramo. OBJETIVOS DA CONTABILIDADE RURAL: 1 – CONTROLE DOS NEGÓCIOS FINANCEIROS a) registro de contas pagas e recebidas b) contas a pagar e a receber; c) controle de inventários; d) parcerias, contratos, arrendamentos etc 2 – EXIGÊNCIAS LEGAIS E INSTITUCIONAIS a) imposto de renda; b) seguridade social; c) seguro contra perdas “PROAGRO”; 3 – ANÁLISE DOS NEGÓCIOS a) eficiência da empresa: custos de produção, rentabilidade, calendário de mão de obra etc; b) posição financeira dos negócios (balanço) c) comparação da administração da empresa no tempo e desta com outras empresas; 4 – BASE PARA ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO a) informações obtidas pelos registros: a . 1 – lucro básico e relação de perdas; a . 2 – relação de insumos/produtos selecionados; a . 3 – inventários físico e financeiro dos recursos disponíveis; a . 4 – “performance” administrativa. b) aplicação dos dados dos registros no planejamento b . 1 – produção prevista e renda esperadas; b . 2 - combinações alternativas dos recursos e produtos b . 3 – necessidades financeiras e de crédito; b . 4 – informações básicas para o processo de tomada de decisão; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -4- INSS sobre Produção Rural ( vide monografia de JAIRO ODORICO DA SILVA, 2008) A IN SRP 3/2005 anexada a esse estudo considera como sujeito passivo das contribuições devidas a Previdência Social na condição de produtor rural entre outros: a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, em área urbana e rural, a atividade agropecuária, pesqueira e silvicultura, bem como a extração de produtos primários, vegetais e animais, em caráter permanente e até temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos; adquirente a pessoa física ou jurídica que adquire a produção rural, para uso comercial, industrial ou para qualquer outra finalidade econômica; consignatório o comerciante a quem a produção rural é entregue para que seja comercializada, de acordo com as instruções do fornecedor; Também em consonância com a IN 3/2005 é considerada produção rural os produtos de origem animal, vegetal, em estado natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou de industrialização rudimentar; beneficiamento a primeira modificação ou o preparo dos produtos de origem animal ou vegetal quer por processos simples ou sofisticados, para posterior venda ou industrialização, sem lhes retirar a característica original; industrialização rudimentar o processo de transformação do produto rural, realizado pelo produtor rural, pessoa física, alterando-lhe as características originais. Ainda com base na IN 3/2005 considera-se produtor rural pessoa física, (contribuinte individual), a pessoa, proprietária ou não, que explora a atividade agropecuária e pesqueira, em área urbana e rural, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos e com auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não-contínua. Esse mesmo dispositivo legal determina que o fato gerador das contribuições previdenciárias ocorra na comercialização da produção rural · De produtor rural pessoa física, de consórcio de produtores rurais e de segurado especial realizada diretamente com: adquirente domiciliado no exterior ( exportação ), para os fatos geradores ocorridos até 11 de dezembro de 2001; consumidor pessoa física, no varejo; outro produtor rural pessoa física e outro segurado especial; · Produtor rural pessoa jurídica, exceto daquele que além da atividade rural exerce qualquer outra atividade econômica autônoma; · Rural realizada pelo produtor rural pessoa física e segurado especial com empresa adquirente, consumidora, consignatária ou com cooperativa; · Rural própria e da adquirida de terceiros, industrializada ou não, pela agroindústria, exceto a de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e a de avicultura, a partir de 1º de novembro de 2001. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -5- O produtor rural pessoa física e o segurado especial também serão responsáveis pelo recolhimento da contribuição, quando venderem a destinatário incerto ou quando não comprovarem, formalmente, o destino da produção. A comprovação do destino da produção é feita pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial que comercialize com: · Pessoa jurídica, mediante a apresentação de via da nota fiscal de entrada emitida pelo adquirente ou de nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela repartição fazendária; · Pessoa física ou com outro segurado especial, mediante a apresentação de via da nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela repartição fazendária. Desta forma, deve a Pessoa Jurídica reter 2,3% da produção adquirida de produtor rural pessoa física, e pagar 2,85% sobre sua produção própria. (MANUAL, 2004) Contribuição Sobre Folha de Pagamento O produtor rural, inclusive a agroindústria, deverá recolher, além daquelas incidentes sobre a comercialização da produção rural, as contribuições descontadas dos segurados empregados e dos trabalhadores avulsos incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, sendo 2,5% a título de Salário-Educação e 0,2% a título de INCRA, perfazendo 2,7% (IN SRP 3/2005). As contribuições devidas pelo produtor rural à Previdência Social e a outras entidades ou fundos, incidentes sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a segurados, são as discriminadas na IN/SRP Nº. 3/2005. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -6- FACAPE – CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS – PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA CONCEITOS BÁSICOS DA ATIVIDADE RURAL LISTA DE EXERCÍCIOS INDIQUE A QUESTÃO CORRETA: 1 – Como exemplo de atividade agrícola temos: ( ) cultura da cebola ( ) avicultura ( ) moagem de trigo 2 – Como exemplo de atividade zootécnica temos: ( ) hortaliças ( ) avicultura ( ) moagem de trigo ( ( ) metalúrgica ) metalúrgica 3 – Como exemplo de atividade pecuária temos: ( ) hortaliças ( ) ovinocultura ( ) moagem de trigo ( ) metalúrgica 4 – a fixação do ano agrícola é importante para: ( ) determinar o plano de contas ( ) determinar a atividade operacional ( os planos da empresa ( ) determinar o exercício social ) determinar 5 – numa atividade agrícola, com diversas culturas em períodos de colheitas diferentes, prevalece o ano agrícola com base em: ( ) cultura permanente-cultura que proporciona várias colheitas; ( ) cultura temporáriacultura anual uma só colheita; ( ) participação econômica de cada cultura; ( ) tempo de colheita. 6 – a faz. Santo Agostinho S/A, tem diversas culturas, com a seguinte participação no faturamento total: milho – colheita nov/dez ...................................................... 8% fumo – colheita em abr/maio ................................................10% feijão – colheita em março ....................................................10% uva – colheita em jan/fev .......................................................22% cana de açúcar - colheita Mar/abr ....................................... 30% café – colheita em julho/Agosto ............................................15% outras culturas.........................................................................5% TOTAL .............................................................................= 100% Qual seria o melhor mês para o encerramento do balanço (exercício social) diante da teoria da contabilidade? 7 – Qual o papel que a agricultura deve desempenhar no processo de desenvolvimento econômico? G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -7- 8 – dentro do campo de ação da Contabilidade rural, quais são os questionamentos que o produtor rural faz? O que espera que os profissionais da área possam fazer para ajudá-lo a encontrar respostas? 9 – toda empresa rural, mesmo sendo familiar, é integrada por um conjunto de recursos denominados fatores de produção. Quais são eles? 10 – Dadas as implicações que envolvem as atividades rurais, como: safra, clima, ciclos biológicos dos produtos, políticas de preços, altos custos de estocagem etc., a contabilidade oferece condições de servir como instrumentos real e preciso de informações para tomada de decisões? Justifique a sua resposta. 11 – Nos últimos anos ocorreu no Brasil uma grande industrialização que resultou no aumento da população nas cidades e diminuição na área rural. Para atender a esta crescente demanda, observe os papéis que a agricultura pode e deve desenvolver. Assinale a única alternativa que não combina com a idéia: ( ( ( ( ( ) produção de alimentos baratos e de boa qualidade; ) produzir matéria-prima para a indústria. ) trazer dinheiro para o país, através de exportação; ) trazer divisas para o país por meio da importação; ) dar condições de vida para o trabalhador; 12 – sabe-se que para a agricultura, o ano fiscal é diferente do ano agrícola. Identifique abaixo qual o período a que ele corresponde desde o cultivo até a época da colheita. ( ) 13 meses; ( ) 12 meses e 15 dias: ( ( ) 10 meses; ( ) 11 meses 20 dias )12 meses; ( ) 1.º de jan a 31 de dez; 13 - diferencie cultura temporária de cultura permanente. 14 – forneça 05 exemplos de cultura temporária e 05 de cultura permanente. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -8- FLUXO CONTÁBIL NA ATIVIDADE AGRÍCOLA-CULTURAS TEMPORÁRIAS E CULTURAS PERMANENTES ALGUNS CONCEITOS: GASTOS: sacrifício que a entidade arca para a obtenção de um bem ou serviço, representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos. Se concretiza quando os serviços/bens são prestados/adquiridos passam a ser propriedade da empresa. CUSTO DA CULTURA: Gastos identificáveis direta ou indiretamente com a cultura (relacionado com a transferência de ativos – sementes, MOB, adubos etc.) DESPESAS - Gastos não identificáveis com a cultura – provoca redução de patrimônio. (despesas de venda, de administração, financeira etc.). PERDA – é um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. DEMONSTRATIVO “A” – CULTURA TEMPORÁRIA – ATIVO CIRCULANTE Na formação da cultura (plantio, adubação, Mb etc.) D – CULTURA TEMPORÁRIA – tipo da cultura C - CAIXA, DUPLICATAS OU CONTAS A PAGAR... No início da colheita D – COLHEITA EM ANDAMENTO - tipo da cultura C – CULTURA TEMPORÁRIA – tipo da cultura Durante a colheita – gastos de colheita D – COLHEITA EM ANDAMENTO C – CAIXA, CONTAS A PAGAR ... Encerramento da colheita – produto colhido D – PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo da cultura C – COLHEITA EM ANDAMENTO Pela venda D – DISPONÍVEL, CONTAS A RECEBER... C – VENDAS DE PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo da cultura Pela apuração de resultado D – CUSTO DO PRODUTO VENDIDO C – PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo cultura G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc -9- Para calcular o resultado RECEITA BRUTA VENDAS DE PRODUTOS AGRÍCOLAS ( - ) CUSTO DO PRODUTO VENDIDO ( = ) LUCRO BRUTO ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS VENDAS ADMINISTRATIVAS FINANCEIRAS ( = ) LUCRO OPERACIONAL DEMOSTRATIVO “B” – CULTURA PERMANENTE Pela formação da cultura D – CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO - tipo C – DISPONÍVEL, CONTAS A PAGAR . . . Pelo término da formação da cultura D – CULTURA PERMANENTE FORMADA – tipo C - CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO - tipo Pelo período de formação do produto D – FORMAÇÃO DO FRUTO - tipo C – DISPONÍVEL, CONTAS A PAGAR, DEPRECIAÇÃO... Pelo inicio da colheita – transferência D - COLHEITA EM ANDAMENTO tipo C – FORMAÇÃO DO FRUTO - tipo Gastos com a colheita D – COLHEITA EM ANDAMENTO tipo C – DISPONÍVEL, CONTAS A PAGAR, DEPRECIAÇÃO... Pelo término da colheita D – PRODUTOS AGRÍCOLAS C - COLHEITA EM ANDAMENTO tipo Pela venda D – DISPONÍVEL, CONTAS A RECEBER... C – VENDAS DE PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo da cultura G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 10 - Pela apuração de resultado D – CUSTO DO PRODUTO VENDIDO C – PRODUTOS AGRÍCOLAS – tipo cultura FACAPE - CURSO DE CIÊNCIA CONTÁBIL – PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA FLUXO CONTÁBIL NA ATIVIDADE AGRÍCOLA01 – A empresa FRUTOS DOCES LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/05/X1: BALANÇO PATRIMONIAL – 31/05/X1 ATIVO CIRCULANTE Disponível.................................$ 510.000,00 Produtos agrícolas/. Insumos.....................................$ 25.000,00 PERMANENTE. Imobilizado ...........................$ 1.800.000,00 TOTAL $ 2.335.000,00 PASSIVO CIRCULANTE -0PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital ..................................$ 2.000.000,00 Reservas de capital ..............$ TOTAL 335.000,00 $ 2.335.000,00 Em janeiro de X2, a empresa decide plantar 100 h. a de melancia. O ciclo da melancia é de 90 dias. Os custos de implantação são: ( todos a vista) 1) em 05/01 a empresa adquire Insumos e realiza o preparo do solo $ 188.000,00; 2) em 10/01 a empresa realiza o Plantio da melancia $ 17.000,00; 3) em 20/02 a empresa realiza os Tratos culturais/irrigação $ 75.000,00; 4) o início da colheita é em 05/03 $ 24.500,00; 5) é encerrada a colheita ; 6) em 10/03 é realizada a venda da produção total da melancia. 7) em 20.03 foram realizados despesas operacionais de R$ 62.500,00. Considerar: A – a produção 30 ton/hectare e o preço recebido pela venda do produto de R$ 0,15/kg; B – todos os custos realizados a vista; C – não foi realizado as provisões nem depreciações e não houve valores não operacionais; D – que o valor do permanente é todo imobilizado; E –Pede-se: contabilizar todos as operações, utilizando razonetes, apurar o balanço e a DRE no final do exercício, apurando o lucro. RESPOSTA: DISPONIVEL R$ 593.000,00; BALANÇO R$ 2.418.000,00; LUCROS R$ 418.000,00; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 11 - 2 - A empresa DELÍCIA DE FRUTAS LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 30/06/X3: BALANÇO PATRIMONIAL – 30/06/X3 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE $ 15.000,00 Disponível.................................$ 310.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO PERMANENTE. Capital ..................................$ 1.000.000,00 Imobilizado ...........................$ 800.000,00 Reservas de capital ..............$ 95.000,00 TOTAL $ 1.110.000,00 TOTAL $1.110.000,00 Em fevereiro de X4 a empresa decide plantar 50 hectares de 120 dias. Os custos de implantação são: de cebola. O ciclo da cebola é Valor 1) em 10/02 a empresa adquire Insumos e realiza o preparo do solo $ 83.250,00; 2) em 12/02 a empresa realiza o Plantio da cebola $ 16.250,00; 3) em 20/03 a empresa realiza os Tratos culturais/irrigação $ 36.750,00; 4) o início da colheita é em 07/04 $ 22.250,00; 5) é encerrada a colheita ; 6) em 10/04 é realizada a venda total da produção por R$ 375.000,00, sendo 40% a vista e o restante para 60 dias. (usar a conta clientes) 7) em 20.04 foram realizadas despesas operacionais de R$ 32.300,00. Considerar: A – todos os demais custos realizados a vista; B – não foi realizado as provisões nem depreciações e não houve valores não operacionais; C – que o valor do permanente é todo imobilizado; Pede-se: contabilizar todos as operações, utilizando razonetes; apurar o balanço e a DRE, e no final do exercício, apurar o lucro. RESPOSTA: TOTAL BP $ 1.294.200,00; LUCRO $ 184.200,00; DISPONIVEL $ 269.200 G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 12 - ATIVO PERMANENTE - DIFERIDO DIFERIDO: (Lei das S A ) “As aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais. “ São considerados gastos de implantação e pré-operacionais: a) gastos de organização e detalhamentos b) encargos financeiros; c) estudos, projetos e detalhamentos; d) juros a acionistas na fase de implantação; e) pesquisa e desenvolvimento de produtos; f) gastos de implantação de sistemas e métodos; g) gastos de reorganização; h) Abertura da firma e honorários para constituição etc. “refere-se aos gastos da empresa que irão trazer benefícios, mas não são ligados a nenhum processo produtivo em particular. ” Exemplo: As melhorias com desmatamentos e destoca, assim como gastos préoperacionais, com a abertura e organização da empresa, estudos de projetos . G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 13 - NOVOS PROJETOS AGROPECUÁRIOS E GASTOS DE MELHORIA 1 - INICIO DA ATIVIDADE PRÉ-OPERACIONAL GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS – Todas as despesas pagas ou incorridas pela empresa, durante o período que antecede o início de suas operações e que não forem identificadas diretamente com a cultura. è NÃO FOREM IDENTIFICÁVEIS DIRETAMENTE COM A CULTURA è Toda a receita obtida neste período devem ser tratadas como REDUÇÃO DOS GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS. è LIMITE AMORTIZAÇÃO: MÍNIMO DE 5 E MÁXIMO DE 10 ANOS. CULTURAS NOVAS 1 - SE O PROJETO FOR NOVO: GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS 2 – SE A EMPRESA JÁ FUNCIONA: ATENTAR PARA A RELEVÂNCIA DOS CUSTOS – TEMPORÁRIA OU PERMANENTE DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO MELHORIAS PARA O CULTIVO QUANDO ACONTECER: OPÇÕES 1-CULTURA EM FORMAÇÃO a)Sobrecarrega os custos da cultura, no ano. b) Se for cultura PERMANENTE com previsão de mais de 5 períodos, pode-se contabilizar como CUSTO da cultura permanente 2-INCORPORAÇÃO AO VALOR DA TERRA a) valorização da terra, já que a torna mais agricultável. Neste caso, adiciona-se o custo ao valor da terra. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc 3-AMORTIZAR EM VÁRIOS PERÍODOS Registrar como gastos préoperacionais e amortizar ao longo dos anos. Atentar para o registro ser feito na CONTA MELHORIAS; c) se houver receita proveniente da venda da madeira, registrar como recuperação dos custos, reduzindo o gasto com MELHORIAS. - 14 - CONTABILIZAÇÃO: a) pela realização dos gastos D – MELHORIAS, GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS ou outra conta do DIFERIDO ADEQUADA C – DISPONÍVEL; CONTAS A PAGAR ou outra conta adequada b) pela amortização D – DESPESAS ADMINISTRATIVAS ( AMORTIZAÇÃO) C – AMORTIZAÇÃO ACUMULADA DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO DEPRECIAÇÃO – Quando corresponder à perda dos direitos que tem por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso da ação da natureza ou obsolescência. Aplica-se somente aos bens tangíveis. Ex:. máquinas, culturas permanentes, equipamentos etc; Culturas permanentes, florestas ou árvores cujo folhas ou frutos são extraídos, mas se mantém o caule ou tronco da árvore. A depreciação pode ser calculada também de acordo com a produção estimada. Ex:. a videira com prod. Estimada total de 1.000.000 cxs. Se a produção do ano I for 70 mil cxs, a depreciação será 70 mil/1 milhão=7%. Vai variar conforme a produção do ano. Maior a colheita, maior a depreciação. CONTABILIZAÇÃO: 1) - VIDEIRA: D – OUTROS CUSTOS AGRÍCOLAS- Depreciação ( sub. conta de COLHEITA EM ANDAMENTO) C – DEPRECIAÇÃO ACUMULADA – UVA 2) TRATOR D – OUTROS CUSTOS AGRÍCOLAS- Depreciação C – DEPRECIAÇÃO ACUMULADA Depois se faz o rateio entre as culturas ou animais AMORTIZAÇÃO – Gastos que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, registrado na ativo diferido, bem como para os casos de aquisição de direitos sobre empreendimentos de propriedades de terceiros. Ex:. gastos pré-operacionais ( amortizáveis no mínimo em 5 anos e no máximo em 10 anos); com pesquisas científicas e tecnológicas relativas a culturas ou criação de animais, etc; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 15 - EXAUSTÃO - quando corresponder à perda do valor, decorrente de sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa exploração. Aplica-se somente aos recursos naturais exauríveis Ex:. reservas florestais, etc. Não se extrai o fruto, mas a própria árvore. (pode se manter também as raízes. Ex:. Cana de açúcar, ) EXERCICIOS 1 – A Cia de Mineração Pajeú S.A. adquiriu em 19X1 uma mina de carvão pelo valor de $ 70.000. nessa ocasião, estimou-se uma reserva de 350.000 de toneladas deste material. No início de 19X4, um novo veio de carvão foi descoberto, e sua reserva foi estimada em 75.000 toneladas. Em 19X1 foram extraídas 40.000 ton; Em 19X2 foram extraídas 57.000 ton; Em 19X3 foram extraídas 78.000 ton; Em 19X4 foram extraídas 80.000 ton; calcule as despesas de exaustão nos exercícios de 19X1 a 19X3. 2 – com base no exercício anterior, a provisão para Exaustão (exaustão acumulada), no encerramento do exercício de 19X4, apresentará que saldo? 3 – Marque “D” quando for depreciação, “A” quando amortização e “Ë” quando Exaustão. ( ) cultura de mamão; ( ) plantações de abacate. ( ) cafeeiro ( ) florestas ( ) canavial ( ) gastos com organização 4 – determinada empresa rural adquiriu uma máquina agrícola em janeiro de 1988, colocando-a em funcionamento no mesmo mês. Sabendo-se que: - a taxa de depreciação adotada é de 20% ao ano; - o valor de aquisição da máquina foi de $ 220.000,00; - a depreciação é contabilizada ao final de cada mês; - considere exclusivamente estas informações. Em 31/12/90 a empresa recebe uma proposta para vender esta máquina pelo valor de $ 80.000,00. A empresa deveria vendê-la? Justifique a sua resposta. RESPOSTAS: 1) X1 =$8.000; X2 = $11.400; X3 = 15.600; X4 = $11.200; 2) $ 46.200; 3) D; D; D; E; E; A; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 16 - EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES: 1 – Toda cultura permanente, cujo produto final é o fruto, será alvo de: ( ) depreciação ( ) exaustão; ( ) amortização; ( ) n.d.a . 2 – a depreciação passa a incidir sobre a cultura (regra geral): ( ) a partir do plantio das sementes; ( ) a partir do instante em que ela está totalmente formada mas ainda não produz; ( ) a partir da primeira safra; ( ) a partir do memento em que está em formação; 3 – para casos de aquisição de direitos sobre empreendimentos de propriedade de terceiros ocorre: ( ) depreciação ( ) exaustão; ( ) amortização; ( ) n.d.a . 4 – um crédito na conta de Depreciação Acumulada provoca: ( ) aumento no ativo; ( ) diminuição no ativo; ( ) aumento no passivo; ( ) diminuição no passivo. 5 – em 1/07/X2, foi adquirido equipamento agrícola por $ 100,00, em substituição a outro considerado obsoleto, sendo que: . 20% do valor do equipamento agrícola adquirido foi amortizado com a entrega do equipamento agrícola substituído, como parte do pagamento; . à época, o valor de aquisição do equipamento agrícola antigo, como registrado na contabilidade, era de $ 30,00 e a depreciação acumulada alcançava 80% desse valor; . ambos os equipamentos agrícolas são depreciados à taxa anual de 10% e a depreciação é reconhecida nos resultados por ocasião do encerramento do exercício social; . não deve ser considerada o efeito da correção monetária. Pede-se: (considerando apenas estas informações) para efeito de encerramento do balanço, qual será o saldo das contas: a) Equipamentos agrícolas = b) Depreciação Acumulada – Equipamento = c) Resultado da Venda do Equipamento = G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 17 - GASTOS PRE-OPERACIONAIS E OUTROS 01 – A empresa FRUTOS DOCES LTDA, criada em dezembro/X1, apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/X1: BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/X1 ATIVO CIRCULANTE Disponível.................................$ 191.500,00 Insumos .....................................$ 25.000,00 PERMANENTE. Terras ...........................$ 180.000,00 Instalações.............................$ 20.000,00 TOTAL $ 416.500,00 PASSIVO CIRCULANTE -0- PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital ..................................$ 416.500,00 TOTAL $ 416.500,00 Em janeiro de X2, a empresa solicita a PROJETOS LTDA que elabore um projeto de implantação e uso da propriedade. 1) Toma um financiamento bancário para o desmatamento e sistematização da terra – 30 ha , no valor de R$ 60.000,00, de longo prazo. 2) Os custos da elaboração do projeto foi de R$ 15.000,00, pagos a vista. A empresa também pagou R$ 300,00 de despesas no cartório, com o registro da cédula rural. 3) Realiza a vista os gastos com Insumos/plantios/preparo de solo R$ 82.000,00, da cultura da uva; (área de plantio de 10 ha) 4) Realiza a vista os gastos com Tratos culturais/irrigação .R$ 12.000,00. da cultura da uva; Decide também plantar 20 ha de cebola, em junho. O ciclo da cebola é de 120 dias.(todos os lançamentos do 5 ao 11 se referem a cebola) 5) realiza gastos de Insumos/preparo do solo $ 33.300,00 – realizado em 10/06; 6)realiza gastos com o Plantio $ 6.500,00 - realizado em 12/06; 7) realiza gastos com Tratos culturais/irrigação $ 14.700,00 – realizado em 20/08 8) início em 05/09 término em 07/09. Realiza gastos com a Colheita $ 8.900,00; 9) é encerrada a colheita da cebola; 10) é vendida a cebola; 11) realizar a depreciação, amortização. Apuração da cebola. No ano seguinte-X3 foram realizados os seguintes gastos com o desenvolvimento da cultura de uva; ( já em andamento) 1) gastos com Insumos $ 16.000,00 (utilizado do estoque) 2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 13.000,00 (realizado a vista) G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 18 - Decide também plantar 20 ha de cebola, em junho, FINANCIADO PELO BANCO, conf. Informações abaixo. O ciclo da cebola é de 120 dias. Os custos de implantação são: 3) gastos de Insumos/preparo do solo $ 33.300,00 – realizado em 10/06 4) gastos de Plantio $ 6.500,00 - realizado em 12/06 5) gastos de Tratos culturais/irrigação $ 14.700,00 – realizado em 20/08 6) gastos com a Colheita $ 8.900,00 – início em 05/09 . 7)A colheita é encerrada em 07/09; 8) é realizada a venda da cebola. 9) liquida o financiamento bancário e paga juros de R$ 1.778,00; 10) É encerrado o período. No período seguinte – X4 há novos gastos (todos à vista), com a cultura da uva. 1) gastos com Insumos $ 23.550,00, sendo 30% de custos e 70% imobilizado; 2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 16.000,00 sendo 30% de custos e 70% imobilizado; 3)gastos com Colheita $ 11.000,00 início em 10/10; 4) É encerrada a colheita término em 20/10 5) é vendido a uva a vista; (vide produção) 6) é encerrado o período; No período seguinte – X5 há novos gastos (todos à vista), com a cultura da uva. 1) gastos com Insumos $ 23.550,00; sendo 35% de custos e 65% imobilizado; 2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 16.000,00 sendo 35% de custos e 65% imobilizado; 3)gastos com Colheita $ 11.000,00 início em 10/10; 4) É encerrada a colheita término em 20/10 5) é vendido a uva a vista; (vide produção) 6) é encerrado o período; No período seguinte – X6 há novos gastos ( todos à vista), com a cultura da uva. 1) gastos com Insumos $ 23.550,00; sendo 40% de custos e 60% imobilizado; 2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 16.000,00 sendo 40% de custos e 60% imobilizado; 3)gastos com Colheita $ 11.000,00 início em 10/10; 4) É encerrada a colheita término em 20/10 5) é vendido a uva a vista; (vide produção) 6) é realizado o pagamento da primeira parcela do financiamento. 7) é encerrado o período; No período seguinte – X7 há novos gastos (todos à vista), com a cultura da uva. 1) gastos com Insumos $ 23.550,00; 2) gastos com Tratos culturais/irrigação $ 16.000,00 G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 19 - 3) gastos com Colheita $ 11.000,00 início em 10/10; 4) É encerrada a colheita término em 20/10 5) é vendido a uva a vista; (vide produção) 6) é realizado o pagamento da segunda parcela do financiamento 7) é encerrado o período; Considere que : 1 – o ciclo produtivo da uva é de 20 anos; 2 – a produção da cebola é 30 ton/hectare e o preço recebido pela venda do produto de R$ 0,15/kg. valor recebido a vista; 3 – a produção da uva no seu 3.º ano foi de 18ton/ha; no 4 .º ano de 30 ton/ha; e a partir do 5.º ano, 40ton/ha. Só considera formada no inicio de X7; O preço da uva é de R$ 1,00 o kg. - o valor foi todo recebido a vista; 4 – considerar a relação custos/investimentos da uva como informado; (dados somente para fins de exercícios) 5 – a vida útil das “instalações” é de 10 anos; 6 – Os gastos pré-operacionais serão amortizados em 10 anos; 7 – o financiamento para a sistematização e desmatamento tem um prazo de 10 anos, juros de 8 % a.a.. Os juros serão calculados e pagos anualmente. O principal da dívida será pago em 7 prestações anuais, após o terceiro ano, portanto 3 (três) anos de carência. Os juros são calculados sobre o saldo devedor da operação. A parcela de principal será paga junto com os valores de juros, ou seja, no final de cada ano. (para fins de exercícios, considerar o período para pagamento dos juros no final de cada ano, todos os anos; o prazo se refere a três anos de carência) 8 – os valores aqui trabalhados não expressam os valores praticados no mercado. São valores usados somente para a prática dos exercícios; Pede-se: 1 – apresentar os lançamentos através de razonetes, o balanço patrimonial e DRE de todos os anos, até X6. Resposta deste exercício: (obs: já fazendo depreciação e amortização) Ano x2 Bp = $ 488.770, lucro = $12.270 Ano X3 Bp = $ 499.262; lucro ex = $ 10.492(disponível $ 111.022,00) Ano X4 Bp = $ 642.067; lucro ex = $ 142.805 Ano X5 Bp = $ 902.894,50; lucro= $ 260.827,50 Ano X6 Bp = 1.253.173,07; lucro = $ 358.850,00 Ano X7 BP = 1.570.401,22; LUCRO = 325.799,58; (DISPONIVEL: 1.153.164,85; L ACUMULADOS $ 1.111.044,08) G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 20 - RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES, ASSINALANDO A ALTERNATIVA CORRETA: 1 – Na implantação de novos projetos, há maior dificuldade de ordem contábil para: a) cultura temporária; b) cultura permanente; c) ambas as culturas; d)nenhum cultura. 2 – o período de implantação de um novo projeto normalmente é conhecido como: a) fase de instalações; b)fase pré-agrícola c) fase pré-industrial; d) fase pré-operacional. 3 – os gastos pré-operacionais numa cultura serão classificados no: a) ativo circulante; b) ativo realizável a longo prazo; c) ativo permanente – imobilizado; d) ativo permanente – diferido; 4 – no tange à amortização dos gastos pré-operacionais na agropecuária, os prazos mínimo e máximo serão respectivamente: a) 5 e 10 anos; b)5 e 15 anos; c) 10 e 15 anos; d) 10 e 20 anos. 5 – desmatamento, destocamento, nivelamento.. . do solo podem ser agrupados numa conta de : a) benfeitoria; b) reforma; c) melhoria; d) corretivos. 6 – a conta “Melhoria do solo” deverá ser classificada no: a) ativo circulante; b) ativo realizável a longo prazo; c) ativo permanente – imobilizado; d) ativo permanente – diferido. 2 – a) Responda as seguintes questões: ASSINALE “V” OU “F” NAS QUESTÕES ABAIXO: A – ( ) um dos principais itens dos custos da cultura temporária é a sua depreciação; B – ( ) a amortização da conta Melhoria será contabilizada como despesas operacionais; C – ( ) A cultura permanente em formação-uva é classificada no ativo circulante, pois está em formação e a cultura permanente-manga é classificada no ativo permanente; D–( ) A conta PRODUTOS AGRICOLAS, na contabilidade agrícola, eqüivale a conta ESTOQUE DE MERCADORIAS para uma empresa comercial; E – ( ) As culturas permanentes em formação devem ser depreciadas sempre que se realizar o balanço patrimonial; F – ( ) A conta Colheita em andamento – Uva, deve ser classificada no ativo permanente; G - ( ) A depreciação representa a perda do valor, pela utilização, do pasto ou reserva florestal; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 21 - H – ( ) O que determina o ano agrícola de uma empresa é a cultura que possuir a maior área plantada, mesmo que esta cultura não seja a mais importante economicamente; I – ( ) a depreciação da cultura da cebola, poderá ser feita pela produção prevista, ano a ano, fazendo o cálculo proporcional a produção realizada no ano; RESPOSTA: F V F V F F F F F EXERCICIOS: 1 - A empresa FRUTAS DO RIO LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/05/X0: BALANÇO PATRIMONIAL – 31/05/X0 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE 338.500,00 CIRCULANTE 14.000,00 Disponível................................... 331.000,00 Financiamento Bancário.............. 12.500,00 Insumos ....................................... 7.500,00 Contas a Pagar .................................1.500,00 PERMANENTE. 474.600,00 EXIGÍVEL A L. PRAZO 137.500,00 Imobilizado Financiamento Bancário ..............137.500,00 Terra ........................................... 145.000,00 Cultura permanente Formada Manga ...................................... 270.000,00 Depreciação Acumulada .......... (40.500,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO 661.600,00 Instalações – galpão..................... 18.000,00 Capital ........................................ 600.000,00 Depreciação Acumulada .......... (5.400,00) Reservas de capital .......................61.600,00 Diferido 87.500,00 Melhorias ...................................$ 125.000,00 Amortização Acumulada...........$ (37.500,00) TOTAL .......................................813.100,00 TOTAL .......................................813.100,00 FAÇA OS LANÇAMENTOS SEGUINTES: ( no ano seguinte) 1 – a empresa aplica um total de R$ 35.900,00 de insumos na cultura da manga, sendo deste valor R$ 5.500,00 dos estoques na empresa e o restante adquirido a vista; 2 - a empresa prepara a área para o plantio do melão – R$ 8.000,00, além de adquirir insumos para aplicação na cultura, R$ 7.000,00 (valores a vista) e utilizar do estoque de insumos da empresa o valor correspondente de R$ 500,00; 3 – a empresa gasta R$ 25.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da manga, sendo os gastos realizados a vista; 4 - a empresa gasta R$ 5.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura do melão, sendo os gastos realizados a vista; 5 – Inicia-se o processo de colheita do melão, gastando a empresa o montante de R$ 1.700,00 , realizados a vista; é encerrada a colheita; 6- o banco informou que registrou na conta do financiamento os juros de 12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; 7– é realizada a venda do melão a vista. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 22 - 8 – a empresa gasta R$ 9.000,00 durante o processo de colheita da manga, a vista; 9- a empresa paga os juros (o valor calculado) e a parte da parcela de principal, R$ 6.000,00 do financiamento bancário; É encerrada a colheita da manga. 10- é realizada a venda da manga, 50% a vista e o restante a prazo. (usar conta clientes) 11– é realizado o pagamento das obrigações (contas a pagar) no valor de R$ 1.000,00; CONSIDERE QUE: 1 – A área total do imóvel seja de 68 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da manga e 10 ha pela cultura do melão.; a vida útil da manga é de 20 anos; 2 – A produção da manga é de 25 ton/ha; o preço da manga R$ 0,60 o kg; – A produção do melão é de 15 ton/ha; o preço do melão R$ 0,30 o kg; 3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortização do diferido é 10 anos; e a depreciação do galpão também 10 anos; 5 –Considerar como custo da cultura, além dos custos normais, a depreciação da mesma; os demais valores (depreciação/amortização) deverão ser considerados como despesas operacionais normais; 6 - a forma de pagamento do financiamento bancário são em 12 prestações anuais, iguais e sucessivas. No valor de $12.500,00 cada; PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO, UTILIZANDO RAZONETES; RESPOSTA: TOTAL BALANÇO R$ 1.162.200; RESERVAS DE CAPITAL R$ 417.700; DISPONIVEL R$ 488.900; OUTRO: 1 - A empresa FRUTAS SÃO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/X0: BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/X0 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE 409.000,00 CIRCULANTE 11.800,00 Disponível................................... 391.300,00 Insumos ....................................... 17.700,00 Contas a Pagar ...............................11.800,00 PERMANENTE. 310.900,00 EXIGÍVEL A L. PRAZO 135.000,00 Imobilizado 251.500,00 Financiamento Bancário .............135.000,00 Terra ........................................... 116.500,00 Cultura permanente em Formação PATRIMÔNIO LÍQUIDO 573.100,00 UVA ...................................... 135.000,00 Capital ........................................ 520.000,00 Diferido 59.400,00 Reservas de capital .......................53.100,00 Melhorias ...................................$ 66.000,00 Amortização Acumulada...........$ (6.600,00) TOTAL .......................................719.900,00 TOTAL .......................................719.900,00 No ano seguinte: G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 23 - 1 – a empresa aplica um total de R$ 30.800,00 de insumos na cultura da UVA, sendo deste valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, através de investimento bancário, com prazo de pagamento a partir do ano X5;(financiamento já existente) 2 - a empresa prepara a área para o plantio da CEBOLA– R$ 10.200,00, a vista; 3 – A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA, a vista; 4 – a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da UVA, sendo os gastos financiados pelo Banco, através de investimento bancário, com prazo de pagamento a partir do ano X5; 5 - a empresa gasta R$ 6.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da CEBOLA, sendo os gastos realizados a vista; 6– é realizado o pagamento das obrigações (contas a pagar) no valor de R$ 6.500,00; 7 – Inicia-se o processo de colheita do CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$ 5.300,00 , realizados com recursos próprios, a vista; é encerrada a colheita; 8 – a empresa vende 70% da produção da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a prazo; ( usar clientes) 9- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (para fins de cálculo, considerar o saldo devedor apresentado no balanço de X0); CONSIDERE QUE: 1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da UVA e 15 ha pela cultura do CEBOLA.; a vida útil da UVA é de 20 anos; a uva foi implantada no inicio do ano X0; 2 – A produção da UVA é de 30 ton/ha; o preço da UVA R$ 1,80 o kg; cebola: a produção de 30.000 kg/ha; preço R$ 0,50 o quilo 3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortização do diferido é 5 anos; 5 - a forma de pagamento do financiamento bancário é em 10 prestações anuais, iguais e sucessivas.(na posição de 31.12.X0), a vencer a primeira parcela em 31/12/X5 e a última em 31/12/x14. O vencimento final do financiamento será no ano de X14; O valor da parcela anual é o resultado da divisão do saldo devedor dividido pelo n.º de prestações a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO, COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO, UTILIZANDO RAZONETES; RESPOSTA: BP = $ 909.600; LUCROS $ 160.200; PROD. AGRICOLA $9.000; CLIENTES $ 78.750; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 24 - CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO 1 - A empresa FRUTAS SÃO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/2000: BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/2000 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponível................................... 391.300,00 Insumos ....................................... 17.700,00 Contas a Pagar ...............................5.800,00 PERMANENTE. EXIGÍVEL A L. PRAZO Imobilizado Financiamento Bancário .............148.500,00 Terra ........................................... 120.500,00 Cultura permanente em Formação PATRIMÔNIO LÍQUIDO UVA ...................................... 135.000,00 Capital ........................................ 520.000,00 Diferido Reservas de capital .......................43.000,00 Melhorias ...................................$ 66.000,00 Amortização Acumulada...........$ (13.200,00) TOTAL .......................................717.300,00 TOTAL .......................................717.300,00 No ano seguinte: 1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 10% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (para fins de cálculo e registro, considerar o saldo apresentado no balanço de 2000); 2 – a empresa aplica um total de R$ 30.800,00 de insumos na cultura da UVA, sendo deste valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, através de investimento bancário (já existente), com prazo de pagamento a partir do ano 2005; 3 - a empresa prepara a área para o plantio da CEBOLA– R$ 10.200,00, a vista; 4 – A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA, a vista; 5 – a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da UVA, sendo os gastos financiados pelo Banco, através de investimento bancário, com prazo de pagamento a partir do ano 2005; 6 - a empresa gasta R$ 6.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da CEBOLA, sendo os gastos realizados a vista; 7 – Inicia-se o processo de colheita do CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$ 5.300,00 , realizados com recursos próprios, a vista; é encerrada a colheita; 8 – a empresa vende 70% da produção da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a prazo; (usar clientes) CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR) 1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da UVA e 35 ha pela cultura do CEBOLA.; a vida útil da UVA é de 20 anos; a uva foi implantada no inicio do ano 2000; 2 – A produção da UVA é de 30 ton/há, quando começar a produzir; o preço da UVA R$ 1,50 o kg; cebola: a produção de 35.000 kg/ha; preço R$ 0,50 o quilo G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 25 - 3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortização do diferido é 5 anos; 5 –Considerar como custo da cultura permanente a depreciação da mesma, quando se aplicar; 6 - a forma de pagamento do financiamento bancário é em 10 prestações anuais, iguais e sucessivas.(na posição de 31.12.2000), a vencer a primeira parcela em 31/12/2005 e a última em 31/12/2014. O vencimento final do financiamento será no ano de 2014; O valor da parcela anual é o resultado da divisão do saldo devedor dividido pelo n.º de prestações a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO, COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO, UTILIZANDO RAZONETES; RESPOSTA: TOTAL BALANÇO R$ 1.184.750; RESERVAS DE CAPITAL R$ 422.700; DISPONIVEL R$ 575.675; CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONCEITO “A” NO PROVÃO DO MEC 1 - A empresa AGROPECUARIA SÃO CHICO LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/X0: BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/X0 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE DISPONÍVEL............................. 285.400,00 Financiamento Bancário............. 15.000,00 PERMANENTE. EXIGÍVEL A L. PRAZO Imobilizado Financiamento Bancário .............150.000,00 Terra ........................................... 145.000,00 Cultura permanente Formada UVA ...................................... 120.000,00 Depreciação Acumulada .......... (36.000,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO Instalações – galpão..................... 18.000,00 Capital ........................................ 350.600,00 Depreciação Acumulada .......... (9.000,00) Reservas de capital .......................35.800,00 Diferido 28.000,00 Melhorias ...................................$ 70.000,00 Amortização Acumulada...........$ (42.000,00) TOTAL .......................................551.400,00 TOTAL .......................................551.400,00 No ano seguinte: G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 26 - 1 – a empresa aplica um total de R$ 10.400,00 de insumos na cultura da UVA, financiado pelo Banco, através de custeio bancário; 2 - prepara área para o plantio do FEIJÃO – R$ 1.500,00, valores a vista; 3 – A empresa aplica um total de R$ 8.000,00 em insumos na cultura do FEIJÃO, pagamento a vista; 4 – a empresa gasta R$ 23.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da UVA, sendo os gastos financiados pelo Banco, através de custeio bancário; 5 - a empresa gasta R$ 2.200,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura do FEIJÃO, sendo os gastos realizados a vista; 6 – Inicia-se o processo de colheita da cultura do FEIJÃO, gastando a empresa o montante de R$ 670,00 com a vista; (é encerrada a colheita). 7- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor do financiamento; (saldo anterior ao custeio da UVA); 8- a empresa paga os juros (o valor calculado) e a parcela de principal de R$ 15.000,00 do financiamento bancário, do investimento; 9 – a empresa gasta R$ 9.000,00 durante o processo de colheita da UVA, Sendo o valor financiado pelo Banco, através de custeio bancário; é encerrada a colheita; 10- é realizada a venda da UVA, 50% a vista e o restante a prazo. (usar conta clientes) 11 – A empresa paga (liquida) o financiamento bancário relativo ao custeio da UVA, pagando além do principal mais juros no valor de R$ 2.340,00; 12 – Devido a boa venda da UVA, a empresa decide amortizar R$ 10.000,00 do saldo devedor total do investimento, junto ao Banco. CONSIDERE QUE: 1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 30 ha ocupados pela cultura da UVA e 15 ocupados pelo feijão; a vida útil da UVA é de 20 anos; 2 – A produção da UVA é de 20 ton/ha; o preço da UVA R$ 1,20 o kg; 3 – Onde não constarem informação em contrário, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortização do diferido é 10 anos; e a depreciação do galpão 10 anos; 5 –Considerar como custo da cultura permanente a depreciação da mesma; 6 - a forma de pagamento do financiamento bancário é em 11 prestações anuais, iguais e sucessivas.(na posição de 31.12.X0) .O valor de cada prestação será obtido dividindo-se o saldo devedor pelo número de prestações a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO, COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO, UTILIZANDO RAZONETES; Resposta: BP = $ 1.166.760; LUCROS $ 676.160; DISPONIVEL $ 543.190; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 27 - OUTRO: 1 - A empresa FRUTAS SÃO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/2000: BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/2000 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponível................................... 91.300,00 Insumos ....................................... 27.300,00 Contas a Pagar ...............................2.980,00 PERMANENTE. EXIGÍVEL A L. PRAZO Imobilizado Financiamento Bancário .............128.800,00 Terra ........................................... 425.000,00 Cultura permanente em Formação PATRIMÔNIO LÍQUIDO MANGA ................................ 125.750,00 Capital ........................................ 619.770,00 Diferido Prejuízos acumulados ...................(3.000,00) Melhorias ...................................$ 88.000,00 Amortização Acumulada...........$ (8.800,00) TOTAL .......................................748.550,00 TOTAL .......................................748.550,00 No ano seguinte: 1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 8,75% ao ano, calculados sobre o saldo devedor total do financiamento; (para fins de cálculo e registro, considerar o saldo apresentado no balanço de 2000); 2 – a empresa aplica um total de R$ 32.580,00 de insumos na cultura da manga, sendo deste valor R$ 3.200,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, através de investimento bancário (já existente), com prazo de pagamento a partir do ano 2005; 3 - a empresa prepara a área para o plantio da CEBOLA– R$ 11.400,00, através de custeio bancário, com prazo de 6 meses para pagamento; 4 – A empresa aplica um total de R$ 28.000,00 em insumos na cultura da CEBOLA, através de custeio bancário, com prazo de 6 meses para pagamento; 5 – a empresa gasta R$ 45.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da MANGA, sendo os gastos financiados pelo Banco, através de financiamento bancário, com prazo de pagamento a partir do ano 2005; 6 - a empresa gasta R$ 67.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da CEBOLA, sendo os gastos realizados através de custeio bancário, com prazo de 6 meses para pagamento; 7 – Inicia-se o processo de colheita da CEBOLA, gastando a empresa o montante de R$ 15.300,00 , realizados com recursos próprios, a vista; 8 - é encerrada a colheita; 9 – a empresa vende 70% da produção da cebola, sendo a metade a vista e a outra metade a prazo; (usar conta clientes) 10 – O banco informa que registrou juros de R$ 2.970,00 na operação relativa ao custeio bancário, tomado para o plantio da cebola; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 28 - 11 – a empresa liquida o custeio bancário relativo a cebola, no seu valor total do saldo devedor; CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR) 1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da MANGA e 30 ha pela cultura da CEBOLA.; a vida útil da MANGA é de 20 anos; a MANGA foi implantada no inicio do ano 2000; 2 – A produção da MANGA é: 3.º ano: 12.000 kg; 4.º ano 15.000 kg; 5.º e demais anos: 18.000 kgs; quando começar a produzir, o preço da manga será de R$ 0,55 o kg; cebola: a produção de 35.000 kg/ha; preço R$ 0,50 o quilo 3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortização do diferido é 10 anos; 5 –Considerar como custo da cultura permanente a depreciação da mesma, quando se aplicar; 6 - a forma de pagamento do financiamento bancário é: o saldo devedor total dividido pelo número de prestações a pagar; 12 prestações anuais (na posição de 31.12.2000), a vencer a primeira parcela em 31/12/2004 e a última em 31/12/2016. O vencimento final do financiamento será no ano de 2016; O valor da parcela anual é o resultado da divisão do saldo devedor dividido pelo n.º de prestações a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO, COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO, UTILIZANDO RAZONETES; Resposta: total $ 1.093.420; lucro $ 255.920; disponível $ 149.880; manga $ 203.630 OUTROS I – Ao se calcular o custo de oportunidade de um trator, que prestou trabalho para as culturas da melancia e da cebola, no momento que se calcular o custo de oportunidade deste trator, na sua parte relativo a cultura da cebola, este COT com certeza será menor que o custo de oportunidade total calculado para o trator; II – todas as contas relativas aos custos incorporados à cultura da melancia, durante a sua fase produtiva, serão registrados no ativo circulante da empresa; III – a depreciação do galpão não deve ser considerado como custo do galpão, e portanto não incorporado o valor da depreciação ao valor do bem; IV – a conta FORMAÇÃO DO FRUTO – MANGA equivale, na contabilidade industrial, a conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO. V – Podemos definir o custo de oportunidade como “a quantia que o empresário desembolsa do lucro que a empresa deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa é sacrificada pela escolha de outra” . Com relação frases acima, podemos Assinalar que: G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 29 - A – ( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta; B - ( ) existem três opções verdadeiras, sendo a primeira uma delas; C – ( ) existem quatro opções falsas; D – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras; E – ( ) todas as afirmações são verdadeiras; F – ( ) somente a ultima questão está errada; G – ( ) somente a terceira afirmação é falsa; H – ( ) existe somente uma questão falsa, e é a primeira; I – ( ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas; J – ( ) nenhuma das opções acima. Resposta = “F” AVALIAÇÃO - NOITE ATENÇÃO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!! 1 - A empresa FRUTAS SÃO FRANCISCO LTDA apresenta a seguinte situação patrimonial no final de seu exercício social, em 31/12/2000: (razonente:1,5p; BP:1,5p; resultado acumulado: 0,5p; dre:0,5 p) BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/2000 ATIVO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponível................................... 91.300,00 Insumos ....................................... 27.300,00 Produtos agrícolas – melão .............30.000,00 PERMANENTE. Imobilizado Terra ........................................... 425.000,00 Cultura permanente em Formação MANGA ................................ 125.750,00 Diferido Melhorias ...................................$ 88.000,00 Amortização Acumulada...........$ (8.800,00) TOTAL .......................................778.550,00 Contas a Pagar ...............................2.980,00 EXIGÍVEL A L. PRAZO Financiamento Bancário .............158.800,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital ........................................ 619.770,00 Prejuízos acumulados ...................(3.000,00) TOTAL .......................................778.550,00 No ano seguinte: 1- o banco informou que registrou na conta do financiamento do investimento, os juros de 12% ao ano, calculados sobre o saldo devedor total do financiamento; (para fins de cálculo e registro, considerar o saldo apresentado no balanço de 2000); 2 – a empresa aplica um total de R$ 35.770,00 de insumos na cultura da manga, sendo deste valor R$ 3.600,00 dos estoques na empresa e o restante financiado pelo Banco, através de investimento bancário (financiamento já existente), com prazo de pagamento a partir do ano 2005; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 30 - 3 - a empresa prepara a área para o plantio da UVA– R$ 11.400,00, A VISTA; 4 – A empresa aplica um total de R$ 24.000,00 em insumos na cultura da UVA,A VISTA; 5 – a empresa gasta R$ 25.300,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da MANGA, sendo os gastos financiados pelo Banco, através de financiamento bancário, com prazo de pagamento a partir do ano 2005; ( JÁ EXISTENTE) 6 - a empresa gasta R$ 17.500,00 de tratos culturais e irrigação com a cultura da uva; 7 – a empresa vende 70% da produção do melão, sendo a metade a vista e a outra metade a prazo; (usar conta clientes) CONSIDERE QUE: (INFORMES GERAIS, NEM TODOS PODE SE APLICAR) 1 – A área total do imóvel seja de 50 ha, sendo e 10 ha ocupados pela cultura da MANGA e 20 ha pela cultura da UVA e 15 com o melão.; a vida útil da MANGA e da UVA é de 20 anos; a MANGA foi implantada no inicio do ano 2000; 2 - a produção do melão é de 15.000 kgs por hectare; o preço é de R$ 1,00 o kg; 3 – Nos lançamentos que não constarem informação em contrário, estes valores foram realizados a vista; 4 - o prazo para amortização do diferido é 10 anos; 5 - a forma de pagamento do financiamento bancário é: o saldo devedor total dividido pelo número de prestações a pagar; 12 prestações anuais (na posição de 31.12.2000), a vencer a primeira parcela em 31/12/2004 e a última em 31/12/2016. O vencimento final do financiamento será no ano de 2016; O valor da parcela anual é o resultado da divisão do saldo devedor dividido pelo n.º de prestações a pagar. PEDE-SE: ELABORAR O BALANÇO PATRIMONIAL E A DRE DO EXERCÍCIO, COM A FORMALIDADE NECESSÁRIA, APURANDO O LUCRO OU PREJUÍZO, UTILIZANDO RAZONETES; RESPOSTAS: BALANÇO $ 963.720; LUCROS $105.644; ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: (2,0 pontos) I – Ao se calcular e registrar na contabilidade os custos de uma cultura permanente, estes custos serão registrados no ativo circulante, se forem relativos a valores de formação do fruto e colheita em andamento; II – a exaustão de uma cultura será contabilizada/registrada quando a cultura mantiver o caule ou o tronco da planta, colhendo apenas as folhas e ou os frutos; III – a conta “formação do fruto – manga” equivale, na contabilidade industrial, a conta OBRAS EM ANDAMENTO IV – todas as contas relativas aos custos incorporados à cultura da manga, durante a sua fase produtiva, serão registrados no ativo circulante da empresa; V – numa atividade agrícola, com diversas culturas em períodos de colheitas diferentes, prevalece o ano agrícola com base em cultura permanente-cultura que proporciona mais colheitas durante a mesma safra; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 31 - Com relação frases acima, podemos Assinalar que: A – ( ) existem duas afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta; B - ( ) existem três opções falsas, sendo a segunda uma delas; C – ( ) existem quatro opções falsas e a primeira é uma delas; D – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras; E – ( ) somente a segunda questão está correta; G – ( ) somente a terceira e a ultima questões são falsas; H – ( ) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira; I – ( ) somente a primeira e quarta afirmações são verdadeiras; J – ( ) nenhuma das opções acima. RESPOSTA: H RESOLUÇÃO CFC Nº 909, de 08.08.01 (DOU de 27.09.01) Aprova da NBC T 10 - Dos Aspectos Contábeis específicos em entidades diversas, o item: NBC T 10.14 - Entidades Agropecuárias. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO que as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas constituem corpo de doutrina contábil que estabelece regras de procedimentos técnicos a serem observadas quando da realização de trabalhos; CONSIDERANDO que a forma adotada de fazer uso de trabalhos de Instituições com as quais o Conselho Federal de Contabilidade mantém relações regulares e oficiais, está de acordo com as diretrizes constantes dessas relações; CONSIDERANDO o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade, instituído pela Portaria CFC nº 10/01, bem como o intenso auxílio desempenhado pelos profissionais que o compõe, representando além desta Entidade, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários, o Instituto Brasileiro de Contadores, o Instituto Nacional de Seguro Social, o Ministério da Educação, a Secretaria da Receita Federal, a Secretaria do Tesouro Nacional, a Secretaria Federal de Controle e a Superintendência de Seguros Privados; CONSIDERANDO que o Grupo de Trabalho das Normas Brasileiras de Contabilidade, elaborou o item 10.14 - Entidades Agropecuárias da NBC T 10 - Dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades Diversas; CONSIDERANDO a decisão da Câmara Técnica no Relatório nº 41, de 18 de julho de 2001; resolve: Art. 1º - Aprovar a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 10.14 -Entidades Agropecuárias. Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação. José Serafim Abrantes Presidente do Conselho ANEXO NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE NBC T 10 - DOS ASPECTOS CONTÁBEIS ESPECÍFICOS EM ENTIDADES DIVERSAS 10.14 - ENTIDADES AGROPECUÁRIAS 10.14.1 - Considerações Gerais 10.14.1.1 - Esta norma estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registro das variações patrimoniais e de estruturação das demonstrações contábeis, e as informações mínimas a serem divulgadas em notas explicativas para as entidades agropecuárias que exploram as atividades agrícolas e pecuárias, no restante deste norma, genericamente denominadas entidades rurais. 10.14.1.2 - Entidades rurais são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo ou da água, mediante extração vegetal, o cultivo da terra ou da água (hidroponia) e a criação de animais. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 32 - 10.14.1.3 - Aplicam-se às entidades rurais os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem como as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas e Comunicados Técnicos editados pelo Conselho Federal de Contabilidade. 10.14.1.4 - O exercício social das entidades rurais é aquele estabelecido no seu instrumento societário e, na ausência dele, o ano-calendário. 10.14.2 - Dos Registros Contábeis Das Entidades Rurais 10.14.2.1 - A escrituração contábil é obrigatória, devendo as receitas, custos e despesas ser contabilizados mensalmente. 10.14.2.2 - Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas, custos e despesas, segregadas por tipo de atividades. 10.14.2.3 - Os critérios de avaliação adotados pelas entidades rurais devem fundamentar-se nos seus ciclos operacionais. 10.14.2.4 - As perdas, parciais ou totais, decorrentes de ventos, geada, inundação, praga, granizo, seca, tempestade e outros eventos naturais, bem como de incêndio, devem ser registradas como despesa nãooperacional do exercício. 10.14.3 - Das Demonstrações Contábeis Das Entidades Rurais 10.14.3.1 - As demonstrações contábeis das entidades devem ser elaboradas de acordo com a NBC T 3 Conceito, Conteúdo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis. 10.14.3.2 - As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas elaboradas com obediência à NBC T 6 - Da Divulgação das Demonstrações Contábeis e a respectiva Interpretação Técnica, devendo conter, ainda, as seguintes informações: a) as principais atividades operacionais desenvolvidas; b) os investimentos em culturas permanentes e seus efeitos futuros; c) a composição dos tipos de empréstimos, financiamentos, montante a vencer a longo prazo, taxas, garantias e principais cláusulas contratuais restritivas, inclusive os de arrendamento mercantil; d) contingências existentes, com especificação de sua natureza, estimativa de valores e situação quanto ao seu possível desfecho; e) os efeitos no resultado decorrentes de arrendamentos e parcerias, quando relevantes; f) os efeitos entre os valores históricos dos estoques de produtos agrícolas e o de mercado quando este for conhecido; g) eventos subseqüentes; e h) a composição dos estoques quando esta não constar do balanço patrimonial. 10.14.4 - Entidades Agrícolas: Aspectos Gerais 10.14.4.1 - As entidades agrícolas são aquelas que se destinam à produção de bens, mediante o plantio, manutenção ou tratos culturais, colheita e comercialização de produtos agrícolas. 10.14.4.2 - As culturas agrícolas dividem-se em: a) temporárias: a que se extinguem pela colheita, sendo seguidas de um novo plantio; e b) permanentes: aquela de duração superior a um ano ou que proporcionam mais de uma colheita, sem a necessidade de novo plantio, recebendo somente tratos culturais no intervalo entre as colheitas. 10.14.4.3 - O ciclo operacional é o período compreendido desde a preparação do solo, entendida esta como a utilização de grade, arado e demais implementos agrícolas, deixando a área disponível para o plantio até a comercialização do produto. 10.14.5 - Dos Registros Contábeis Das Entidades Agrícolas 10.14.5.1 - Os bens originários de culturas temporárias e permanentes devem ser avaliados pelo seu valor original, por todos os custos integrantes do ciclo operacional, na medida de sua formação, incluindo os custos G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 33 - imputáveis, direta ou indiretamente, ao produto, tais como sementes, irrigações, adubos, fungicidas, herbicidas, inseticidas, mão-de-obra e encargos sociais, combustíveis, energia elétrica, secagens, depreciações de prédios, máquinas e equipamentos utilizados na produção, arrendamentos de máquinas, equipamentos e terras, seguros, serviços de terceiros, fretes e outros. 10.14.5.2 - Os custos indiretos das culturas, temporárias ou permanentes, devem ser apropriados aos respectivos produtos. 10.14.5.3 - Os custos específicos de colheita, beneficiamento, acondicionamento, armazenagem e outros necessários para que o produto resulte em condições de comercialização, devem ser contabilizados em conta de Estoque de Produtos Agrícolas. 10.14.5.4 - As despesas pré-operacionais devem ser amortizadas a partir da primeira colheita. O mesmo tratamento contábil deve ser dado às despesas pré-operacionais relativas a novas culturas, em entidade agrícola já em atividade. 1014.5.5 - Os custos com desmatamento, destocamento, correção do solo e outras melhorias para propiciar o desenvolvimento das culturas agrícolas que beneficiarão mais de uma safra devem ser contabilizados pelo seu valor original, no Ativo Diferido, como encargo das culturas agrícolas desenvolvidas na área, deduzidas as receitas líquidas obtidas com a venda dos produtos oriundos do desmatamento ou destocamento. 10.14.5.6 - A exaustão dos componentes do Ativo Imobilizado relativos às culturas permanentes, formado por todos os custos ocorridos até o período imediatamente anterior ao início da primeira colheita, tais como preparação da terra, mudas ou sementes, mão-de-obra, etc., deve ser calculada com base na expectativa de colheitas, de sua produtividade ou de sua vida útil, a partir da primeira colheita. 10.14.5.7 - Os custos incorridos que aumentem a vida útil da cultura permanente devem ser adicionados aos valores imobilizados. 10.14.5.8 - As perdas correspondentes à frustração ou ao retardamento da safra agrícola devem ser contabilizadas como despesa operacional. 10.14.5.9 - Os ganhos decorrentes da avaliação de estoques do produto pelo valor de mercado, em conformidade com a NBC T 4 - Da Avaliação Patrimonial, item 4.2.3.4, devem ser contabilizados como receita operacional, em cada exercício social. 10.14.5.10 - Os custos de produção agrícola devem ser classificados no Ativo da entidade, segundo a expectativa de realização: a) no Ativo Circulante, os custos com os estoques de produtos agrícolas e com tratos culturais ou de safra necessários para a colheita no exercício seguinte; e b) no Ativo Permanente Imobilizado, os custos que beneficiarão mais de um exercício. 10.14.6 - Entidades Pecuárias: Aspectos Gerais 10.14.6.1 - As Entidades Pecuárias são aquelas que se dedicam à cria, recria e engorda de animais para fins comerciais. 10.14.6.2 - As atividades das Entidades Pecuárias alcançam desde a inseminação, ou nascimento, ou compra, até a comercialização, dividindo-se em: a) cria e recria de animais para comercialização de matrizes; b) cria, recria ou compra de animais para engorda e comercialização;e c) cria, recria ou compra de animais para comercialização de seus produtos derivados, tais como: leites, ovos, mel, sêmen, etc. 10.14.6.3 - O ciclo operacional é o período compreendido desde a inseminação, ou nascimento, ou compra, até a comercialização. 10.14.7 - Dos Registros Contábeis Das Entidades Pecuárias 10.14.7.1 - Os animais originários da cria ou da compra para recria ou engorda são avaliados pelo seu valor original, na medida de sua formação, incluindo todos os custos gerados no ciclo operacional, imputáveis, direta ou indiretamente, tais como: rações, medicamentos, inseticidas, mão-de-obra e encargos sociais, combustíveis, energia elétrica, depreciações de prédios, máquinas e equipamentos utilizados na produção, arrendamentos de máquinas, equipamentos ou terras, seguros, serviços de terceiros, fretes e outros. 10.14.7.2 - As despesas pré-operacionais devem ser amortizadas à medida que o ciclo operacional avança em relação à criação dos animais ou à produção de seus derivados. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 34 - 10.14.7.3 - Nas atividades de criação de animais, os componentes patrimoniais devem ser avaliados como segue: a) o nascimento de animais, conforme o custo acumulado do período, dividido pelo número de animais nascidos; b) os custos com os animais devem ser agregados ao valor original à medida que são incorridos, de acordo com as diversas fases de crescimento; e c) os estoques de animais devem ser avaliados segundo a sua idade e qualidade. 10.14.7.4 - Os animais destinados à reprodução ou à produção de derivados, quando deixarem de ser utilizados para tais finalidades, devem ter seus valores transferidos para as Contas de Estoque, no Ativo Circulante, pelo seu valor contábil unitário. 10.14.7.5 - As perdas por morte natural, devem ser contabilizadas como despesa operacional, por decorrentes de risco inerente à atividade. 10.14.7.6 - Os ganhos decorrentes da avaliação de estoques do produto pelo valor de mercado, em conformidade com a NBC T 4 - Da Avaliação Patrimonial, item 4.2.3.4, devem ser contabilizados como receita operacional, em cada exercício social. 10.14.7.7 - Os custos com a atividade de criação de animais devem ser classificados no Ativo da entidade, segundo a expectativa de realização: a) no Ativo Circulante, os custos com os estoques dos animais destinados a descarte, engorda e comercialização até o final do próximo exercício; e b) no Ativo Permanente Imobilizado, os custos com os animais destinados à reprodução ou à produção de derivados. Ata CFC nº817 Procs. CFC ns 40/01 e 42/01 AMORTIZAÇÕES, DEPRECIAÇÕES, EXAUSTÕES E REINTEGRAÇÃO FUNCIONAL DOS CAPITAIS Antônio Lopes de Sá A tradição de matematicamente determinar-se as tabelas de amortizações, depreciações e exaustões entendemos como inadequada. A evolução conceptual e a doutrina do neopatrimonialismo contábil consagram hoje outros aspectos sob os quais a matéria deve ser considerada. NATUREZA DO CAPITAL Por natureza o capital se movimenta para a consecução do seu objetivo fundamental e que é o de crescer. O movimento gera a transformação, ou seja, a modificação constante, quer em decorrência da ação dos agentes internos (administração e pessoal), quer daqueles externos (mercado, sociedade, tecnologia, política ecologia etc.). G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 35 - A transformação implica na anulação total ou parcial de um estado patrimonial anterior. Estas premissas, rigorosamente lógicas, são as que alicerçam as convicções de que o capital deve ser enfocado, por natureza, como um objeto em permanente mutação. Isto porque cada momento apresenta um capital modificado, ou seja, um estado diferente do que anteriormente, no tempo, possuía. A constância de mutações é a que constitui a “dinâmica patrimonial”. Uma prodigiosa sucessão de estados é a que na realidade caracteriza a natureza do capital. A finalidade de “ponta” é a da remuneração pelo lucro e esta a necessidade maiúscula da vida empresarial. FUNÇÃO COMO AGENTE TRANSFORMADOR As mutações se operam pela ação de agentes transformadores da riqueza (internos e externos como foi referido), mas, visando a satisfação da necessidade de cada momento. Parece ser uma verdade essencial, pois, com aspecto de teorema, que: Modificadas as qualidades dos agentes das riquezas modificam-se as qualidades das funções dos meios patrimoniais e também aquelas das eficácias. Isto porque a função de um elemento patrimonial depende do que a promove. Um capital de igual valor, constituído em uma mesma época, com os mesmos meios patrimoniais, pode apresentar resultado positivo em uma empresa e negativo em outra, ainda que do mesmo ramo, tudo dependendo da “qualidade dos agentes que atuam sobre a riqueza”. Como é a função que promove a transformação do capital, a anulação de estados anteriores sempre será uma variável dependente daquela. Logo, parece-nos falacioso admitir que modelos imutáveis de comportamentos sejam válidos para quaisquer momentos. Tal consideração deve-se ter em conta para todos os fenômenos patrimoniais, inclusive e especialmente até para os de reintegração do capital. A FORÇA FUNCIONAL Entende-se como função o exercício de um componente patrimonial, ou seja, o movimento do mesmo. O poder da função é aquele que enseja a eficácia, ou seja, a satisfação plena da necessidade. Uma empresa precisa, pois, manter-se capacitada a exercer funções eficazes e é fundamentado em tal princípio que existe a preocupação de uma permanente recomposição de “forças perdidas”. A capacidade de um meio patrimonial está na sua “qualidade intrínseca”, mas, também, condiciona-se ao que lhe enseja o “poder do entorno”, ou seja, ao que recebe como influência do meio em que está contido. A força funcional, portanto, não depende apenas do estado físico do bem, mas, sim, especialmente, do que ele tem capacidade em produzir a utilidade. Isto porque a utilidade é algo variável em face das necessidades de cada momento. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 36 - O que se deve medir perante a eficácia não é se um meio patrimonial é novo ou não, mas, sim, o que ele pode render em face da realidade do mercado, do estado político e social, do ambiente etc. conforme o que de pertinente se fizer exigível. Um computador 386 pode estar novo, mas, jamais renderá a utilidade de um Pentium V. REINTEGRAÇÃO FUNCIONAL Reintegrar o capital é recuperar a força funcional que vai perdendo pela utilidade que presta ou pelos efeitos ambientais (pessoal, mercado, legislação, ecologia etc.) que ele sofre. Tradicionalmente a preocupação centrou-se em imaginar a reintegração do usado através de “quotas de amortização”, de “depreciação” ou “exaustão” (conforme fosse o caso). Entendeu-se que tais quotas eram devidas a “perda de valor” e que este necessitava ser recomposto. Recuperar o investido, para obter a utilidade, sugeriu que se constituíssem parcelas de compensação das perdas pelo uso, ao longo do tempo, extraindo-se das receitas um valor suficiente, para que a empresa pudesse continuar a funcionar. A concepção predominante era a de que a questão centrava-se apenas em valores de patrimônio. Deixou-se, inclusive, de considerar outros elementos e que deveras influem, determinantemente, sobre a capacidade funcional, como a qualidade técnica, a capacidade produtiva, a conveniência de custos etc. Comprovam a nossa interpretação as elaborações matemáticas, de tantos rigores, geratrizes de “tabelas” de sofisticados cálculos. Critérios de determinações de taxas crescentes, decrescentes, variáveis, horizontais, em suma uma variedade de opções passou a ser apresentada. Mesmo os clássicos de nossa doutrina muito se dedicaram a tais minúcias, como Fábio Besta em sua “La Ragioneria”. Como reintegrar o capital passou a ter uma ótica doutrinária centrada apenas em uma estática posição daquele. O fato sugeriu a formação de “Fundos de Reintegração” (Amortização, Depreciação e Exaustão) com o fundamento de “recuperar o que um capital diminuiu em valor” pelo uso dos meios patrimoniais, ou seja, com a intenção de reaver investimentos em meios de produção ou uso. Preocupou-se essencialmente com o “retorno do Investimento”, como valor, com a reposição “financeira”. PRIMEIRAS REAÇÕES REINTEGRAÇÃO AOS CONCEITOS TRADICIONAIS SOBRE A A modificação dos conceitos tradicionais estampa-se na revolução do pensamento contábil que se operou há mais de um século através de Giovanni Rossi (fim do século XIX) e de Alberto Ceccherelli (primeira metade do século XX), embora esses expoentes de nossa cultura fossem de correntes científicas diferentes (este aziendalista e aquele personalista), seguida por muitos autores e inclusive pelos mais modernos, como Mário Biondi (para nos referirmos a um só, mas brilhante exemplo). Em sua obra “Istituzioni di Ragioneria” (identificada na bibliografia) Ceccherelli deixa claro que os estudos dos fatos patrimoniais devem ser observados sob a ótica das G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 37 - necessidades do homem em cada empreendimento e que estas são essencialmente dinâmicas ou mutáveis. Lecionou o mestre que os investimentos em capital fixo são os que preocupam e que por se destinarem a utilizações devem também gerar meios que ensejem as suas recuperações. Comungou tal pensamento, criticando os rigores das tabelas de reintegração, o emérito Prof. Gino Zappa, lecionando: O conceito tão difundido sobre uma validade justa, exata, das amortizações, que deveriam corresponder aos fins para os quais se computam as mesmas, é lógica e praticamente uma falta de bom senso. Não fazem sentidos todos aqueles procedimentos aritméticos que se aceitam como uma predeterminação de medidas invariáveis a imputar-se em uma série de exercícios consecutivos, sob o frágil fundamento de dados, limites de tempo...”(página 523 da obra identificada na bibliografia)”. Reclamou ainda o emérito cientista uma amplitude maior sobre o conceito de reintegração, ou seja, não a entendeu apenas limitada aos meios de produção, mas, sim a todo o capital em movimento (página 526 da obra identificada na bibliografia). Referiu-se ainda a depreciação acelerada (que denominou extraordinária) como um meio de proteção e de chamada à realidade com relação aos muitos riscos que suporta o capital e defendeu tal necessidade diante de ameaças dos entornos, especialmente as do mercado (página 526). O CONCEITO NEOPATRIMONIALISTA REINTEGRAÇÕES DO CAPITAL CONTABIL SOBRE AS Os conceitos modernos do nosso neopatrimonialismo contábil se derivam do acervo cultural recebido dos grandes mestres. Trata-se de uma corrente cientifica que não se ergueu sobre a anulação do que existiu, mas, sim, buscou um progresso alicerçado sobre o que foi conquistado anteriormente pelos cientistas da Contabilidade (merecedores de todo o respeito e gratidão). De acordo com a Teoria das Funções Sistemáticas (que alicerça a corrente referida) são fundamentos axiomáticos: o movimento, a transformação e a função patrimonial, esta como instrumento para a obtenção da eficácia e que se traduz na satisfação das necessidades das empresas e das instituições (que são células sociais). Obviamente, pois, o que se deve preservar, segundo tal ótica, é o poder funcional, ou seja, a plenitude de uma utilização eficaz dos meios patrimoniais. Não é, portanto, o desgaste físico, nem o tempo, em si os que determinam o que recuperar, mas, sim o “poder de ser eficaz”. Não se trata de receber de volta investimentos, mas, sim, a força competente para promover a “satisfação do necessário”. Esta a preocupação que deve gerir a produção de quotas de reintegração, quer seja a de depreciação (meios patrimoniais de uso, materiais), quer a de amortização (meios patrimoniais imateriais e que também se usam) ou de exaustão (meios patrimoniais materiais naturais que se esgotam). G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 38 - Se, por hipótese, uma empresa possui mina de certo material e se este perde ou tem reduzido sensivelmente o índice da procura do mesmo no mercado, em razão de representar produto superado, de pouco vale um cálculo de exaustão estimado na capacidade física da jazida, se esta não mais trará utilidade. No caso, ao verificar a tendência na procura do produto e o regime na oferta de alternativas, o útil não será imaginar a capacidade do que existe para ser extraído, mas, sim, o que deveras poderá ser vendido e que motivaria a extração. A reintegração na doutrina neopatrimonialista tem por base, pois, o “funcional”, ou seja, o útil. A receita (vendas) precisa, como fonte que traz recursos, ser competente para acompanhar a manutenção da força do capital. Quando as margens dos preços não permitem a inserção daquelas de recuperação, outras origens de suprimento devem ser procuradas para que não ocorra o definhamento. As taxas usuais de depreciação, amortização e exaustão e que são consagradas e sugeridas pelos procedimentos fazendários podem, se aplicadas, sob determinadas circunstâncias, provocar sérios distúrbios na vida empresarial. A lei, todavia, é elástica e a empresa que comprovadamente evidenciar necessidades pode alterar os padrões, mas, terá que os justificar. O socorro das orientações científicas, entretanto, pode ser feito à empresa no sentido de que os Fundos de Reintegração se constituam com a maior adequação. A doutrina neopatrimonialista, no caso, com as suas orientações lógicas, apresenta um poderoso método de orientação, sugerindo que as reintegrações sejam compatíveis com os níveis das necessidades, ou ainda, de funções eficazes. Isto equivale a entender que não adiantam tabelas matematicamente e sofisticadamente elaboradas se não se tem por parâmetro a realidade funcional. BIBLIOGRAFIA ALUJA, Jaime Gil - La estimación de magnitudes económicas en el proceso de inversión, in “Anales”, edição da Real Academia de Ciencias Economicas y Financieras, Barcelona, 1995 ANJOS , António José dos - Considerações sobre a valorimetria dos activos imobilizados, em Jornal de Contabilidade, no. 247 , Lisboa, outubro de 1997 CECCHERELLI, Alberto - Istituzioni di Ragioneria, 8a. Edição, editor Felice Le Monnnier, Florença, 1955 CORTICELLI, Renzo - L’obsolescenza degli impianti, riflessi sulle condizioni di equilibrio delle aziende, 2°. edição Giuffré, Milão, 1983 ESTRADA, Santiago N. – La amortización de los activos fijos en la teoria contable, editorial Inca, Mendoza, 1985 FERREIRA, Rogério Fernandes - Pensar a gestão, edição Fim de século, Lisboa, 1993 HERCKERT, Werno – O patrimônio e as influências ambientais, impressão MEGAS, Horizontina, dezembro de 1999 OLIVEIRA, Camilo Cimourdain - Qüinquagésimo ano - Reintegrações versus Amortizações, in Revista de Contabilidade e Comércio, nº 209, Porto, março de 1996 PODDIGHE, Francesco - La manutenzioni degli impianti, ed. Vallerini, Pisa, 1979 SÁ, Antônio Lopes de - Inercia, ociosidad, obsolescencia e ineficacia del capital, Boletim n. 134, Colegio de Graduados en Ciencias Económicas, Rosário, Janeiro de 1998 ZAPPA, Gino – Il reddito di impresa, 2a. Edição, editor Giuffré, Milão, 1946 G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 39 - FACAPE – 2008.2 - CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS – PROF. WALDENIR S. F. BRITTO CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA CUSTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA O conhecimento do comportamento dos custos é essencial para um efetivo controle da empresa rural e para o processo de tomada de decisão do administrador rural. A sua determinação ajuda, como elemento auxiliar de sua administração, na escolha das culturas, criações e práticas a serem utilizadas, além de servir para a análise da rentabilidade dos recursos empregados na atividade produtiva. O levantamento dos custos de produção de cada atividade do negócio agrícola dá condições para que os agricultores enfrentem os mercados mais conscientes e ajuda-os na verificação de sua posição em relação aos preços de mercados. Os dados de custos, podem ainda, ser utilizados como subsídio para o governo e entidade de classe na formulação de sua política agrícola. Essa política pode se referir à fixação de preços para efeito de tabelamento, ao cálculo das necessidades de crédito, à orientação dos trabalhos de assistências técnica à produção, à fixação de preços mínimos etc. A determinação e a avaliação dos custos são cercadas de muitas dificuldades, além de apresentar elevado grau de subjetividade. Essas dizem respeito à avaliação correta de bens produtivos, avaliação de vida útil dos bens, preços de insumos e serviços, principalmente em razão da inflação e dos parâmetros a serem considerados como termo de comparação para o retorno do capital e trabalho, entre outros. Pretende-se discutir, nos itens que se seguem, uma metodologia para determinar os custos de produção dos produtos agropecuários, numa forma que permita adaptações e ajustamentos às condições específicas de cada atividade e unidade de produção, prevalecendo, no entanto, as dificuldades apontadas anteriormente. DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS – METODOLOGIA As próprias características inerentes aos vários tipos dos recursos produtivos na empresa rural requerem metodologias diferenciadas para a sua estimativa. O valor correspondente aos gastos com todo o capital circulante utilizado na produção de determinado produto deve ser recuperado plenamente pelo próprio produto que ajudou a produzir, ao passo que o valor do capital estável da empresa deve ser recuperado em várias frações, uma vez que ele participa em sucessivas operações. Essa situação impõe uma necessidade prática de se terem metodologias de cálculo de custos diferenciadas e para diferentes tipos de capital da empresa. Merece, ainda, ser destacada a necessidade de a empresa possuir um sistema de registros, para facilitar a determinação dos seus custos de produção. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 40 - CUSTO DE OPORTUNIDADE Segundo Atkinson et all (2000. pg 365) 1 Custo de oportunidade é a “quantia de lucro perdido quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa é sacrificada pela escolha de outra”. Já para Horngren et all (2000.pg 277)2 o custo de oportunidade “é a contribuição para o lucro de que se abre mão pela não utilização de um recurso limitado na sua melhor opção de uso.” Ou ainda, “a contribuição máxima disponível para o lucro a que se renuncia (rejeitado), por não se empregar um recurso limitado na sua melhor opção de uso” . Uma outra opinião podemos ter com a de Maher (2001 pg 65)3, que define como “o beneficio perdido pela não aplicação de recursos na melhor alternativa seguinte” . CUSTO DO USO DA TERRA Quando a terra utilizada no processo produtivo de dado produto é alugada ou arrendada, não se tem nenhuma dificuldade na determinação do custo, pois esse é o equivalente ao desembolso feito pela empresa para sua exploração. Todavia, se a terra é própria, a determinação do seu custo deve considerar o seu custo de oportunidade. Dois critérios são, normalmente, utilizados para determinar este custo: a) o valor do arrendamento; b) o valor de mercado. O valor do arrendamento ( aluguel ) é um dos critérios utilizados, obviamente quando se tem esta informação na região, por apresentar de forma mais aproximada, os custo de oportunidade. O valor de mercado consiste em determinar, com base no mercado, o valor de venda da terra. Multiplica-se esse valor por uma taxa de juro alternativa. Com isso se tem uma estimativa de quanto o produtor deixou de receber se aplicasse o dinheiro da venda da terra em outra atividade. O único custo atribuível ao uso da terra é o seu próprio custo de oportunidade. Deve-se ressaltar que as dificuldades existentes na operacionalização dos custos mão impedem a sua determinação, mas realçam a necessidade de o administrador procurar formas ou informações adequadas aos objetivos que tem em mente ou, até mesmo, estabelecer critérios ou hipóteses alternativos que lhe permita alcançar o objetivo desejado. CUSTO ASSOCIADO AO CAPITAL ESTÁVEL. Mostrou-se que o capital estável engloba os bens de produção duradouros, capazes de prestar serviços em vários atos produtivos. Benfeitorias, máquinas, animais de produção e de trabalho são exemplos de capital estável na agricultura. 1 ATKINSON et all. Anthony A. Contabilidade gerencial. . Ed. Atlas. São Paulo. 2000. HORNGREN, et all. Charles T. Contabilidade de Custos. LTC Editora. 9.a. ed. Rio de Janeiro. 2000. 3 MAHER,Michael. Contabilidade de Custos. Editora Atlas. São Paulo. 2001. 2 G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 41 - A disponibilidade de capital estável implica os seguintes custos: . depreciação; . juros; .conservação e manutenção. A depreciação e os juros são considerados como custos fixos, isto é, não variam com a intensidade de uso do capital, enquanto conservação e manutenção são variáveis, visto que apresentam magnitudes proporcionais às intensidades proporcionais de uso. Essa classificação, apesar de apresentar limitações e não ser muito rígida, é bem aceita para avaliação dos custos associados ao capital estável na agricultura. DEPRECIAÇÃO Depreciação é um custo não monetário, para refletir a perda do valor de um bem com a idade, o uso e obsolescência. Também é um procedimento contábil, para gerar fundos necessários para a substituição do capital investido em vens produtivos de longa duração. Teoricamente a depreciação representa o custo de produção de um fator durável por unidade de tempo. Mede o retorno do capital empatado ou, alternativamente, o fluxo de serviços do fator durável que entra no processo produtivo naquele período de produção. Alguns métodos para o cálculo da depreciação são: 1 – método linear ou cotas fixas; 2 – método dos saldos decrescentes ou porcentagem anual constante; 3 - método da soma dos números naturais ou soma dos dígitos. Ressalta-se que a conveniência de determinado método para uma empresa particular depende de sua situação financeira, em cada período contábil, e do objetivo que se tem com a distribuição do custo. Outro ponto importante a lembrar é que a empresa necessita de um sistema de contabilidade adequado para se Ter os valores do patrimônio. Será admitido, nos valores adiante, que o valor básico a ser depreciado seja o preço de compra. 1 – MÉTODO LINEAR OU COTAS FIXAS esse método determina o valor anual de depreciação, utilizando a seguinte fórmula: d.a. = Vi – Vf T Em que d.a. = depreciação anual; Vi = valor inicial ou base depreciável; Vf = valor final ou residual T= vida útil. Ou Da = ( Vi – Vf) r Em que “ r ” é a taxa de depreciação e é igual a 100/T G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 42 - O valor residual é o valor de sucata. Exemplo: Considere uma máquina com o valor inicial de R$ 25.000,00, valor final de R$ 2.500,00 e vida útil de 5 anos. Usando a fórmula: Da = 25.000, - 2.500 5 ANO 1 2 3 4 5 TOTAL = 4.500, METODO LINEAR DEPRECIAÇÃO (R$) VALOR RESIDUAL (R$) 4.500 20.500 4.500 16.000 4.500 11.500 4.500 7.000 4.500 2.500 22.500 - Observe que o valor da depreciação é o mesmo em todos os anos e que o valor residual do último ano é exatamente os R$ 2.500,00 inicialmente estipulado. 2 – MÉTODO DOS SALDOS DECRESCENTES OU DA PORCENTAGEM ANUAL CONSTANTE Esse método usa uma taxa constante de depreciação aplicada sobre o valor residual do ano anterior. Como o valor residual decresce e a taxa é a mesma, o valor da depreciação tende a ser decrescente. As seguintes fórmulas podem ser usadas: Da = V.R x R Em que Da = depreciação anual V.R. = valor a recuperar no início do ano R = taxa de depreciação. Na prática, o valor de R é calculado por T (I) R=1- Vf Vi OU G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc (II) R = 2 r - 43 - ( T, Vf, Vi , r como definidos anteriormente) considerando os valores do exemplo anterior: 5 (I) R=1- 2.500 25.000 R = 0,37 O valor da depreciação de cada ano será Ano 1 : Ano 2 : Ano 3 : Ano 4 : Ano 5 : da = ( 25000 – 0) x 0,37 = 9.250,00 da = ( 25000 – 9.250,00) x 0,37 = 5.827,50 da = ( 25000 – 15.077,50) x 0,37 = 3.671,32 da = ( 25000 – 18.748,82) x 0,37 = 2.312,93 da = ( 25000 – 21.061,75) x 0,37 = 1.457,15 METODO DOS SALDOS DECRESCENTES ANO DEPRECIAÇÃO (R$) VALOR RESIDUAL (R$) 1 9.250,00 15.750,00 2 5.827,50 9.922,50 3 3.671,32 6.251,18 4 2.312,93 3.938,25 5 1.457,15 2.481,10 TOTAL 22.519,08 3 – MÉTODOS DA SOMA DOS NÚMEROS NATURAIS OU SOMA DOS DÍGITOS por este método o valor da depreciação anual de um bem é: da = t.d. ( Vi – Vf) em que t.d. é a taxa de depreciação , calculada considerando no numerador o número de anos de duração do bem, a partir do ano cuja depreciação está sendo calculada e o denominador, o valor de S, que é igual a S = T ( T + 1) 2 ou seja: G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 44 - td = n.º de anos de duração que o bem ainda terá S Nesse método, a taxa de depreciação é decrescente. Mas essa taxa se aplica sempre ao mesmo valor ( Vi – Vf), fazendo com que o valor da depreciação anual seja também decrescente. Considerando os dados anteriores: S = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 1 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 5/15 2 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 4/15 3 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 3/15 4 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 2/15 5 ano: da = ( 25.000 – 2.500) x 1/15 = 7.500, = 6.000, = 4.500, = 3.000, = 1.500, METODO DA SOMA DOS NÚMEROS NATURAIS ANO DEPRECIAÇÃO (R$) VALOR RESIDUAL (R$) 1 7.500 17.500 2 6.000 11.500 3 4.500 7.000 4 3.000 4.000 5 1.500 2.500 TOTAL 22.500 - JUROS SOBRE O CAPITAL EMPATADO O investimento em um capital estável impossibilita que o administrador o faça em outra alternativa. O capital estável tem um custo de oportunidade que precisa ser considerado como parte de seu custo total. O componente juros do custo fixo anual do capital estável é calculado utilizando a seguinte equação: J = Vi + Vf 2 x i onde: J = custo anual referente ao juro Vi = valor inicial do capital Vf = valor final do capital i = taxa de juros alternativa G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 45 - Uma vez que o valor do capital estável diminui com o passar do tempo e a depreciação está também sendo considerada, o valor médio entre o valor inicial e final é considerado para determinar o valor do juro, dando uma aproximação do montante total que ficou empatado durante a vida útil do bem. Esse valor, multiplicado por uma taxa de juros alternativa, dá uma estimativa de quanto o agricultor deixou de receber, em média, por ano, ao empregar seus recursos na empresa. CUSTO DE CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DO CAPITAL É o custo anual necessário para manter o bem de capital em condições de uso. As grandes reparações que têm por finalidade reconstituir o bem de capital, no todo ou em parte, representam um acréscimo de valor ao capital, não devendo, por isso, ser consideradas como despesas do exercício, mas sim como despesas relativas a todos os períodos da vida útil do capital. As reparações ordinárias, por sua vez, representam despesas do exercício. Os gastos de conservação e de manutenção, geralmente são considerados como custos variáveis associados ao capital estável, por terem relação direta com a intensidade de uso, apesar de os objetos não utilizados requererem gastos de conservação. CUSTO DO CAPITAL CIRCULANTE O uso do capital circulante implica a incidência de dois custos variáveis: custo de aquisição e juros sobre o capital empatado. O seu cálculo não oferece qualquer complicação metodológica. Pois seu valor deverá ser totalmente compensado pelo próprio produto que ajudou a criar. Os juros sobre o capital empatado devem se calculados, considerando-se a época de uso do insumo, sendo portanto, proporcional ao tempo em que o capital ficou empatado, em relação à obtenção do produto. CUSTO DA MÃO DE OBRA Tal como o item anterior, a determinação do custo da mão de obra na agricultura não oferece dificuldades metodológicas. Representa o próprio salário pago pela empresa na caso de mão de obra contratada, ou seja, custo de oportunidade. De modo geral, usa-se preço de mercado para a mão de obra familiar. As anotações dos dias de trabalho são indispensáveis, para determinar os custos anuais referentes a esse fator de produção. Na agricultura, é comum expressar o trabalho humano por meio de anuidade padrão, conhecida como dia-homem, ou d-h. Um dia homem representa em média, 8 horas de trabalho de um homem. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 46 - QUADRO RESUMO RECURSOS CUSTOS 1 – terra CLASSE FIXO VAR C. oportunidade A 2 – capital estável Depreciação B C. oportunidade C 3 – capital circulante 4 – mão de obra 5 – impostos Manutenção e conservação Valor dos insumos D C. oportunidade Temporária Permanente H Ad-valorem Fixos J F G 6 – transportes E I L FÓRMULA A = Vm X i ou arrendamento Vi – Vf T Vi + Vf x i 2 Valor pago Valor pago valor proporcional ao tempo em que o capital ficou empatado Salários pagos Salários pagos Valor pago Valor pago Valor pago OPERACIONALIZAÇÃO DOS CONCEITOS DE CUSTOS DE PRODUÇÃO 1 – Custo variável total ( CVT) CVT = D +E + F + G + I + L 2 – Custo fixo total ( CFT) CFT = A + B + C + H + J 3 – custo total ( CT) CT = CFT + CVT 4 – Custo operacional de produção COP = B + D + E + G + H + I + J + L 5 - Renda Bruta = Preço X quantidade produzida 6 – Renda Bruta Total (RBT) – Custo total = Renda Liquida total (RLT) 7– Custo Operacional Total COT = CT – custos de oportunidade G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 47 - As medidas de custos totais quando divididas pela quantidade total produzida geram as medidas de custos unitários. PONTO DE EQUILÍBRIO OU NIVELAMENTO Conhecendo o custo fixo, a remuneração do capital, o custo variável médio ou unitário e o preço médio do produto no mercado, determina-se o ponto de equilíbrio para a exploração, ou seja, a quantidade física de produção que deveria ser produzida, para que o valor dela fosse igual ao total de custos. Fórmula: Q = CFT + RCT P - CVM Onde Q = quantidade produzida; Cf = custo fixo; RC = remuneração do capital total; P = preço unitário da mercadoria; CMV = custo variável médio ou unitário MARGEM BRUTA Contabilidade de Custos) (=margem de contribuição, para a É uma medida de resultado econômico que poderá ser usada quando o produtor apresentar os recursos disponíveis ( terra, capital e trabalho) e necessitar tomar decisões sobre como utilizar, eficazmente esses fatores de produção. A margem bruta (margem de contribuição) é o resultado do valor da produção obtida na exploração considerada, menos os custos variáveis atribuídos a essa exploração, considerando o ciclo da cultura, ano agrícola ou ano civil. Por valor da produção entende-se dar o devido valor a toda a produção oriunda da exploração considerada. Considerar por exemplo, os produtos consumidos pelo proprietário e sua família e empregados, valor da diferença do inventário, produtos usados em outras explorações etc. Normalmente, o produtor tem boa noção dos gastos que teve com a exploração e do valor de produção. Com esses elementos ele chega a um resultado que lhe permitirá visualizar a economicidade de suas explorações. Já os resultados obtidos, analisados em hectare ou unidade-animal, servem (observados certos cuidados), para comparar as explorações, visando, com o decorrer dos anos, a aproximar-se de uma combinação ideal de exploração. Para que a margem bruta seja confiável e, ao mesmo tempo, permita ao produtor fazer a melhor combinação de suas explorações, nas condições da propriedade, é importante que ele faça os registros de despesas e de receitas. Mais uma vez, é destacado a importância da contabilidade para o processo de tomada de decisões. Utilizando o conceito de MB podem-se tirar, também, algumas conclusões, tais como: G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 48 - a) RBT superior aos custos variáveis significa que a exploração está se remunerando e sobreviverá pelo menos no curto prazo ( MBT>0). Para conclusões a longo prazo, há necessidade de determinar, além dos custos variáveis, os custos fixos; b) RBT inferior aos custos variáveis significa que a exploração está antieconômica (MBT<0). No curto prazo, se o produtor abandonar essa exploração, estará minimizando seus prejuízos, pois ficará sujeito apenas aos custos fixos que continuarão a existir. Alguns cuidados deverão ser observados, antes de se decidir pela defasagem de uma exploração. É importante verificar a composição de custos e índices tecnológicos, bem como observar se há possibilidade de melhor remanejamento dos fatores de produção e técnicas que poderão permitir minimizar custos e, ou, aumentar a produtividade. RENDA LÍQUIDA OPERACIONAL A renda liquida operacional é definida como sendo a diferença entre a Renda Bruta total e os custos operacionais. Rlop = RBT – COPeracionais A renda Líquida Operacional constitui a remuneração aos fatores fixos de produção da empresa: capital e mão de obra da família e do administrador. RENDA LÍQUIDA TOTAL OU MARGEM LÍQUIDA A renda líquida total é representada pela diferença entre a Renda Bruta Total e os Custos Totais. RLT = RBT – CT Este indicador é um das mais importantes para a análise econômica da empresa. Todavia, torna-se difícil inferir, por meio dele, se houve ou não prejuízo financeiro no processo produtivo. As análises feitas são comparativas ao retorno que se obteria com o capital aplicado em outras atividades e opções, uma vez que o custo total engloba os custos de oportunidade de capital. Esse é aliás, o próprio sentido da análise econômica e que a diferencia da análise financeira ou contábil. Não obstante, essa análise pode ser complementada por outros indicadores. A análise de Renda Líquida Total permite chegar às seguintes conclusões: a) se a RLT da exploração for positiva, pode-se concluir que a exploração é estável e com possibilidade de expansão ( lucro super normal); b) se o valor da produção das explorações for igual ao total de custos, ou seja, RLT = a zero, a propriedade estará no ponto de equilíbrio e em condições de refazer, a longo prazo, seu capital fixo ( lucro normal); c) se a RTL for negativa, mas em condições de suportar os custos variáveis (MB>0), pode-se concluir que o produtor poderá continuar produzindo por determinado período, embora com um problema crescente de descapitalização ( prejuízo econômico). G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 49 - Para fazer o estudo da RLT é imprescindível que o produtor mantenha atualizados seus controles e registros, tais como registros contábeis, inventários etc. EXERCÍCIOS: 1 - A empresa agrícola LOTE BONITO Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de 50 ha de melão, com produção total de 750 ton. Considere que o período de tempo do preparo do solo à venda seja de 3 meses e que a taxa real de juros seja de 2% ao mês. Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir: INSUMOS/SERVIÇOS UNID ÉPOCA . DIV MAR DIV ABR DIV MAIO VALORES TOTAIS – R$ 51.350,00 23.950,00 4.500,00 79.800,00 . insumos/preparo do solo . plantio / tratos culturais Colheita Total OBS: 1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Trator + implementos Cerca com 9 fios Galpão Terra Dados do capital Valor R$ Vida útilanos 15.000 10 5.000 10 12.000 20 100.000 - Uso Melão outras 250 horas 300 horas Toda a propriedade 2 meses 6 meses 3 meses 9 meses Com base nesses dados, estime: CUSTOS TOTAIS ( de produção) a) CVT b) CFT c) CT d) COP CUSTOS UNITÁRIOS A) CVM b) CFM C) CTM D) COP médio a) Calcule os custos sobre a produção do melão e b) como se o melão fosse a única produção agrícola da empresa durante todo o ano. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 50 - 02 - A empresa agrícola Novos Horizontes Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de 100 ha de milho, com produção total de 7.000 sc. Considere que o período de tempo do preparo do solo à venda seja de 10 meses e que a taxa real de juros seja de 2% ao mês. Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir: INSUMOS/SERVIÇOS . picagem . aração . gradagem . conservação . plantio + adubação . sementes . sulfato de amônia . superfosfato . clereto de potássio . formicida . Shellgron . Herbicida . combate a saúva . aplicação de herbicida . cultivo mecânico . aplicação de defensivos . adubação de cobertura . colheita . sacaria p/ colheita Total UNID . H/tr.2 H/tr.1 H/tr.2 H/tr.2 H/tr.1 Kg Kg Kg Kg Kg Kg 1 d.h. H/tr.1 H/tr.a d.h. H/tr.a d.h. Unid ÉPOCA Ago Ago Ago Set/out Set/Out/nov Set Set/out/nov Nov/jan Out/nov/ Out/nov/ Out/nov/ Out/nov/ Out/nov/jan Out/nov/jan Out/nov/jan Out/nov/jan Nov/jan Fev Mai VALORES TOTAIS – R$ 623,00 2.492,00 1.869,00 623,00 1.246,00 2.280,00 7.350,00 4.480,00 1.296,00 249,00 150,00 4.200,00 42,00 623,00 3.400,00 104,00 1.275,00 3.120,00 1.190,00 36.612,00 Obs: h/tr.1 – horas de uso do trator 1 H/tr.2 – horas de uso do trator 2 H/tr/a – horas de uso do trator alugado d.h – dia/homem G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 51 - considere que os gastos acima foram realizados conf. Abaixo: agosto – R$ 4.984,00 setembro – R$ 17.275,00 outubro – R$ 1.899,00 novembro – R$ 3.640,00 dezembro – R$ 2.104,00 janeiro – R$ 2.400,00 fevereiro – R$ 3.120,00 maio – R$ 1.190,00 Os seguintes dados de uso de capital estável na cultura do milho: Item Trator 1 + implementos Trator 2 + implementos Armazém Terra Dados do capital Valor R$ Vida útilanos 12.000 8 10.000 6 8.000 20 100.000 - uso milho 700 horas 500 horas 3 meses 7 meses outras 300 horas 400 horas 6 meses 5 meses Com base nesses dados, estime: CUSTOS TOTAIS ( de produção) e) CVT f) CFT g) CT h) COPeracional CUSTOS UNITÁRIOS A) CVM b) CFM C) CTM D) COPeracional médio OUTRA QUESTÃO: - A empresa agrícola TERRA SANTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de: 03 ha de CEBOLA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 6 meses e que a taxa real de juros seja de 3% ao mês; (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal de 20% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 52 - CULTURA DA CEBOLA INSUMOS/SERVIÇOS . insumos/preparo do solo . plantio / tratos culturais Colheita Total UNID ÉPOCA . DIV MARÇO DIV ABRIL DIV JUNHO VALORES TOTAIS – R$ 13.000,00 7.500,00 2.500,00 23.000,00 OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Uso Valor Valor Vida útilCEBOLA OUTRAS inicial final anos Trator + implementos 20.000 1.000 10 100 HORAS 355 HORAS Galpão 15.300 1.300 15 5 meses 6 meses Terra (área total 10 ha) 150.000 3 ha 5 ha Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: 1 ) De acordo com os valores encontrados pelo custo total econômico, qual o valor que no mínimo, a empresa deveria vender a cebola, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? Justifique. 2) De acordo com os valores encontrados pelo custo fixo total econômico, qual o valor que no mínimo, a empresa deveria vender a cebola, para pagar(cobrir) todos os custos fixos? Justifique. 3) De acordo com os valores encontrados pelo custo variável total econômico, qual o valor que no mínimo, a empresa deveria vender a cebola, para (cobrir) pagar todos os custos variáveis? Justifique. 4)De acordo com os valores encontrados pelo custo operacional total econômico, qual o valor que no mínimo, a empresa deveria vender a cebola, para (cobrir) pagar todos os custos operacionais? Justifique 2 – Uma empresa apresenta os seguintes custos em um determinado ano, de sua atividade agrícola: custos totais – R$ 1.000,00 custos fixos – R$ 300,00 custos variáveis – R$ 700,00 custos operacionais – R$ 850,00 G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 53 - Com a atividade agrícola desenvolvida pela empresa, ele obtém normalmente uma receita total de R$ 900,00. (Considere que estes valores não serão alterados por fatores adversos, somente serão alterados por decisões administrativas).Se o administrador desse empresa contratasse seu serviço de assessoria, que diagnóstico você faria dessa empresa hoje? e para os próximos cinco anos? ( faça a análise a partir dos custos trabalhados em sala de aula, inclusive com o custo de oportunidade). Justifique sua resposta. 3 – Um empresário rural pretende comprar um trator ao preço de R$ 20.000,00. De acordo com as informações técnicas do trator, seu custo variável por hora de funcionamento é de R$ 5,00 ( combustíveis, lubrificantes, tratorista, reparos regulares) e a vida útil de 10 anos. Sabe-se que, no caso de o empresário alugar o trator de terceiros, pagará R$ 9,00 por hora. Considere a taxa real de juros de 10% a.a. e valor residual do trator de R$ 2.000,00,. Pedese: a) determinar um custo horário do trator; ( para o uso de 500 horas e 1500 horas) b) determinar a intensidade mínima de uso para que a compra do trator se torne vantajosa, em comparação ao aluguel. 4 - A empresa agrícola FARIA SANTANA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de: 04 ha de CEBOLA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 7 meses e que a taxa real de juros seja de 4% ao mês; (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal de 22% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:. CULTURA DA CEBOLA INSUMOS/SERVIÇOS UNID . DIV DIV DIV DIV ÉPOCA VALORES TOTAIS – R$ . preparo do solo ABRIL 8.000,00 Insumos JUNHO 20.000,00 . plantio JULHO 7.500,00 Tratos culturais/colheita AGOSTO 12.500,00 Total 48.000,00 OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 54 - Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Uso Valor Valor Vida útilCEBOLA OUTRAS inicial final anos Trator + implementos 28.000 2.000 10 150 HORAS 850 HORAS CERCA 15.000 0 15 4 HÁ 5 HA Galpão 28.500 3.500 15 6 meses 6 meses Terra (área total 10 ha) 195.000 4 ha 5 há Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: 1) A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade) R= B) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade) R= C) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade)R= D) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? R= E) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?.R= 04 ha de CEBOLA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 7 meses e que a taxa real de juros seja de 4% ao mês; (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal de 22% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:. CULTURA DA CEBOLA INSUMOS/SERVIÇOS . preparo do solo Insumos . plantio Tratos culturais/colheita Total UNID . DIV DIV DIV DIV ÉPOCA ABRIL JUNHO JULHO AGOSTO VALORES TOTAIS – R$ 8.000,00 10.000,00 7.500,00 12.500,00 38.000,00 OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 55 - Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Uso Valor Valor Vida útilCEBOLA OUTRAS inicial final anos Trator + implementos 28.000 2.000 10 150 HORAS 850 HORAS CERCA 15.000 0 15 4 HÁ 5 HA Galpão 28.500 3.500 15 6 meses 6 meses Terra (área total 10 ha) 195.000 4 ha 5 há Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: 1) A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade) F) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade) G) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade) H) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a CEBOLA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? I) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 2 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção da CEBOLA, fosse superior ao CUSTO TOTAL calculado em R$ 1.000,00 (inclusive o custo de oportunidade), qual o resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se haveria ganho ou perda ( e qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas dadas, sua recomendação sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida justificativa, ressaltando os aspectos econômicos e financeiros e demais informações julgadas necessárias. - A empresa agrícola FARIA SANTANA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de: 04 ha de MELANCIA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 7 meses e que a taxa real de juros seja de 1% ao mês; (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal de 22% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 56 - CULTURA DA MELANCIA INSUMOS/SERVIÇOS . preparo do solo Insumos/plantio . tratos culturais/colheita Colheita Total UNID . DIV DIV DIV DIV ÉPOCA ABRIL MAIO JUNHO AGOSTO VALORES TOTAIS – R$ 18.000,00 10.000,00 10.000,00 5.250,00 43.250,00 OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Uso Valor Valor Vida útilMELANCIA OUTRAS inicial final anos Trator + implementos 34.000 1.000 10 340 horas 850 HORAS Galpão 18.500 1.500 15 5 meses 6 meses Terra (área total 10 ha) 170.000 4 ha 5 ha Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: BASE DE CÁLCULO: Complete os cálculos e elabore o relatório sobre a situação da empresa, suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de expansão, seus ganhos no período, sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de oportunidade. CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL CIRCULANTE: MESES ABRIL MAIO JUNHO AGOSTO TOTAL VALOR INICIAL 18.000 10.000 10.000 ?? ?? CUSTO OPORTUNIDADE 1.298,44 615,20 510,10 ?? ?? DEPRECIAÇÃO – C APITAL ESTÁVEL PRODUTOS TRATOR GALPÃO TOTAL VALOR 34.000 18.500 ??? DEPRECIAÇÃO(JÁ COM RATEIO) 942,86 515,15 ??? CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL ESTÁVEL: G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 57 - PRODUTOS TRATOR GALPÃO TERRA TOTAL VALOR 34.000 ?? 170.000 ??? CUSTO OPORTUNIDADE (JÁ COM RATEIO) 1.100 ?? 16.622,22 ??? 1) QUESTÃO: A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade) b) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade) c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade) d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?. 2 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção da melancia, fosse igual ao CUSTO TOTAL calculado (inclusive o custo de oportunidade), qual o resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se haveria ganho ou perda (e qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas dadas, sua recomendação sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida justificativa, ressaltando os aspectos econômicos e financeiros e demais informações julgadas necessárias. 3) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: I – As culturas cebola, melancia, manga e cenoura possuem todas as contas relativas da colheita registradas no ativo circulante; II – ao se calcular o custo de oportunidade de um trator, deve-se observar o valor inicial, valor final, a vida útil, bem como o total de horas trabalhadas no ano, para depois se fazer o rateio entre as culturas que se beneficiaram com o trator, utilizando para o cálculo, a taxa de referência do custo de oportunidade. III – a depreciação do segundo ano da cultura permanente em formação manga, deve ser registrada como custo desta cultura; IV – os gastos com manutenção da cultura da uva já formada deverão ser registrados no ativo circulante da empresa; V – ao se calcular o custo de oportunidade de um ativo imobilizado, esse custo não intefere no resultado dos custos totais da empresa, tendo em vista que o custo de oportunidade não é contabilizado. Com relação frases acima, podemos Assinalar que: G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 58 - A – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras; B – ( ) todas as afirmações são verdadeiras; C – ( ) somente a primeira questão está correta; D – ( ) existe somente uma questão correta, e não é a primeira; E - ( ) existem duas opções verdadeiras; F – ( ) somente a terceira afirmação é falsa; G – ( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a última; H – ( ) existem quatro opções verdadeiras; I – ( ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas; - A empresa agrícola FARIA SANTANA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de: 04 ha de MELANCIA, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 8 meses e que a taxa real de juros seja de 1,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno no final do mês) (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa nominal de 15% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:. CULTURA DA MELANCIA INSUMOS/SERVIÇOS . preparo do solo Insumos/plantio . tratos culturais/colheita Colheita Total UNID . DIV DIV DIV DIV ÉPOCA DEZEMBRO JANEIRO MARÇO MAIO VALORES TOTAIS – R$ 17.500,00 10.000,00 10.000,00 5.250,00 42.750,00 OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 59 - Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Uso Valor Valor Vida útilMELANCIA OUTRAS inicial final anos Trator + implementos 24.900 1.900 15 240 horas 1250 HORAS Galpão 20.500 1.500 15 5 meses 6 meses Terra (área total 12 ha) 177.000 4 ha 6 ha Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: SÓ COMPLETE OS CÁLCULOS, NÃO SENDO NECESSÁRIO CALCULAR TUDO DE NOVO: CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL CIRCULANTE: MESES DEZEMBRO JANEIRO MARÇO MAIO TOTAL VALOR INICIAL 17.500 10.000 ?? 5.250 ?? CUSTO OPORTUNIDADE 2.213,62 1.098,45 ?? 239,81 ?? DEPRECIAÇÃO – C APITAL ESTÁVEL PRODUTOS TRATOR GALPÃO TOTAL VALOR 24.900 20.500 ??? DEPRECIAÇÃO (JÁ COM RATEIO) 246,98 575,76 ??? CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL ESTÁVEL: PRODUTOS TRATOR GALPÃO TERRA TOTAL VALOR 24.900 20.500 ?? ??? CUSTO OPORTUNIDADE (JÁ COM RATEIO) 323,76 750,00 ?? ??? BASE DE CÁLCULO: Complete os cálculos e elabore o relatório sobre a situação da empresa, suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de expansão, seus ganhos no período, sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de oportunidade.(vide questão 3) G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 60 - 2) QUESTÃO: (0,5 PONTO TODA A PRIMEIRA QUESTÃO) A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade) R= b)Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade) R= c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade) R= d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELANCIA, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? R= e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?. R= 3 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção da melancia, fosse superior em R$ 5.000,00 ao CUSTO TOTAL calculado (inclusive o custo de oportunidade), qual o resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se haveria ganho ou perda (e qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas dadas, sua recomendação sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida justificativa, ressaltando os aspectos econômicos e financeiros e demais informações julgadas necessárias. (2,5 pontos) 3) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: (2,0 pontos) 1 – Podemos definir o custo de oportunidade como “a quantia de lucro que a empresa deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa é sacrificada pela escolha de outra” . II – As culturas uva, manga, goiaba possuem todas as contas relativas da colheita registradas no ativo circulante; III – ao se iniciar uma nova empresa, os gastos com a sistematização do terreno e a aquisição de mudas da cultura da atividade econômica, devem ser registrados no ativo diferido da empresa; IV – a depreciação do galpão deve ser considerado como custo do galpão, incorporando o valor da depreciação ao valor do bem, desde que realizado dentro do mesmo ano; V – a conta CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO equivale, na contabilidade industrial, a conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 61 - Com relação frases acima, podemos Assinalar que: A–( B–( C–( D–( E–( F–( G–( H–( I -( J–( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta; ) existem quatro opções falsas; ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas; ) existem duas opções verdadeiras, sendo a última uma delas; ) todas as afirmações são verdadeiras; ) somente a ultima questão está correta; ) somente a terceira afirmação é falsa; ) existe somente uma questão correta, e é a primeira; ) existem duas opções verdadeiras, sendo a primeira uma delas; ) nenhuma das opções acima. 3) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: I – As culturas uva, manga, goiaba possuem todas as contas relativas da colheita registradas no ativo circulante; II – ao se iniciar uma nova empresa, os gastos com a sistematização do terreno e a aquisição de mudas da cultura da atividade econômica, devem ser registrados no ativo diferido da empresa; III – a depreciação do galpão deve ser considerado como custo do galpão, incorporando o valor da depreciação ao valor do bem, desde que realizado dentro do mesmo ano; IV – a conta CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO equivale, na contabilidade industrial, a conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO. V – Podemos definir o custo de oportunidade como “a quantia de lucro que a empresa deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa é sacrificada pela escolha de outra” . Com relação frases acima, podemos Assinalar que: A – ( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta; B - ( ) existem duas opções verdadeiras, sendo a primeira uma delas; C – ( ) existem quatro opções falsas; D – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras; E – ( ) todas as afirmações são verdadeiras; F – ( ) somente a ultima questão está correta; G – ( ) somente a terceira afirmação é falsa; H – ( ) existe somente uma questão correta, e é a primeira; I – ( ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas; J – ( ) nenhuma das opções acima. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 62 - 04 ) - A empresa agrícola BOA FRUTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de: 04 ha de MELÃO, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 8 meses e que a taxa real de juros seja de 2,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno no final do mês) (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa de 15% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:. CULTURA DA MELÃO INSUMOS/SERVIÇOS . preparo do solo Insumos/plantio . tratos culturais/colheita Colheita Total UNID . DIV DIV DIV DIV ÉPOCA JUNHO SETEMBRO NOVEMBRO DEZEMBRO VALORES TOTAIS – R$ 21.200,00 12.000,00 12.000,00 6.550,00 51.750,00 OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Valor Valor Vida útilMELÃO inicial final anos Trator + implementos 25.200 1.200 15 240 horas Galpão 23.600 2.200 20 5 meses Terra (área total 12 ha) 167.800 5 ha Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL CIRCULANTE: MESES JUNHO SETEMBRO NOVEMBRO DEZEMBRO TOTAL VALOR INICIAL 21.200,00 12.000,00 12.000,00 6.550,00 ?? G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc Uso OUTRAS 1360 HORAS 6 meses 6 há CUSTO OPORTUNIDADE 4.630,14 1.576,90 922,69 ?? ?? - 63 - DEPRECIAÇÃO – C APITAL ESTÁVEL PRODUTOS TRATOR GALPÃO TOTAL VALOR 25.200 23.600 ??? DEPRECIAÇÃO (JÁ COM RATEIO) 240,00 ?? ??? CUSTO DE OPORTUNIDADE – CAPITAL ESTÁVEL: PRODUTOS VALOR CUSTO OPORTUNIDADE (JÁ COM RATEIO) TRATOR 25.200 297,00 GALPÃO 23.600 879,55 TERRA ?? ?? TOTAL ??? ??? BASE DE CÁLCULO: Complete os cálculos e elabore o relatório sobre a situação da empresa, suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de expansão, seus ganhos no período, sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de oportunidade.(vide questão 3) 2) QUESTÃO: (1 PONTO TODA A QUESTÃO) A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELÃO, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade) R= b)Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELÃO, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade) R= c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELÃO, para pagar (cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade) R= d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a MELÃO, para pagar (cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? R= e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?. R= 3 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção do melão, fosse inferior em R$ 10.000,00 ao CUSTO TOTAL já calculado anteriormente (inclusive o custo de oportunidade), qual o resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se haveria ganho ou perda (e qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas dadas, sua recomendação sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 64 - justificativa, ressaltando os aspectos econômicos e financeiros e demais informações julgadas necessárias. (2 pontos) 4) Explique o motivo que justifique para a empresa calcular os custos de oportunidade de um projeto, programa ou atividade na forma apresentada em sala de aula. (1 ponto) 5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO: (2,0 pontos) I – Ao se calcular o custo de oportunidade de um trator, que prestou trabalho para as culturas da melancia e da cebola, no momento que se calcular o custo de oportunidade deste trator, na sua parte relativo a cultura da cebola, este COT com certeza será menor que o custo de oportunidade total calculado para o trator; II – todas as contas relativas aos custos incorporados à cultura da melancia, durante a sua fase produtiva, serão registrados no ativo circulante da empresa; III – a depreciação do galpão não deve ser considerado como custo do galpão, e portanto não incorporado o valor da depreciação ao valor do bem; IV – a conta FORMAÇÃO DO FRUTO – MANGA equivale, na contabilidade industrial, a conta PRODUTOS EM ELABORAÇÃO. V – Podemos definir o custo de oportunidade como “a quantia que o empresário desembolsa do lucro que a empresa deixa de ganhar quando a oportunidade proporcionada por uma alternativa é sacrificada pela escolha de outra” . Com relação frases acima, podemos Assinalar que: A – ( ) existem três afirmações verdadeiras e entre elas, não se encontra a quarta; B - ( ) existem três opções verdadeiras, sendo a primeira uma delas; C – ( ) existem quatro opções falsas; D – ( ) nenhuma das afirmações são verdadeiras; E – ( ) todas as afirmações são verdadeiras; F – ( ) somente a ultima questão está errada; G – ( ) somente a terceira afirmação é falsa; H – ( ) existe somente uma questão falsa, e é a primeira; I – ( ) somente a primeira e a ultima afirmação são falsas; J – ( ) nenhuma das opções acima. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 65 - AVALIAÇÃO - NOITE ATENÇÃO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!! QUADRO RESUMO RECURSOS 1 – terra 2 – capital estável 3 – capital circulante CUSTOS CLASSE FIXO VAR C. oportunidade Depreciação A B C. oportunidade C Manutenção conservação Valor dos insumos e D E C. oportunidade 4 – mão de obra 5 – impostos Temporária Permanente Ad-valorem Fixos F G H I J 6 – transportes L FÓRMULA A = Vm X i ou arrendamento Vi – Vf T Vi + Vf x I 2 Valor pago Valor pago V/2 x i ou valor proporcional ao tempo em que o capital ficou empatado Salários pagos Salários pagos Valor pago Valor pago Valor pago - A empresa agrícola BOA FRUTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de: 40 ha de feijão, com produção total de 120 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 09 meses e que a taxa real de juros seja de 4,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno no final do mês) (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa de 12% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:. CULTURA DA FEIJÃO INSUMOS/SERVIÇOS . preparo do solo Insumos/plantio . tratos culturais/colheita Colheita Total UNID . DIV DIV DIV DIV ÉPOCA JULHO SETEMBRO NOVEMBRO DEZEMBRO VALORES TOTAIS – R$ 31.500,00 12.400,00 12.960,00 6.550,00 63.410,00 Ю OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 66 - Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Valor Valor Vida útilFeijão inicial final anos Trator + implementos 25.200 1.200 15 440 horas CERCA 15.920 280 20 6 HÁ Galpão 23.600 2.200 20 6 meses Terra (área total 32 ha) 177.700 6 há Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: Uso OUTRAS 1360 HORAS 13 HA 5 meses 16 ha 1) QUESTÃO: (1 PONTO TODA A QUESTÃO) A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade) R= b)Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade) R= c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar (cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade) R= d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar (cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? R= e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?. R= 2 – Se a RECEITA TOTAL da venda da produção do feijão, fosse inferior em R$ 10.000,00 ao CUSTO TOTAL já calculado anteriormente (inclusive o custo de oportunidade), qual o resultado para o produtor rural? Faça um relatório indicando se haveria ganho ou perda (e qual o valor), a comparação com o mercado financeiro nas taxas dadas, sua recomendação sobre a continuidade ou não na atividade, com a devida justificativa, ressaltando os aspectos econômicos e financeiros e demais informações julgadas necessárias. Realize os cálculos e elabore o relatório sobre a situação da empresa, suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de expansão, seus ganhos no período, sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de oportunidade. (2 pontos) 3) Explique o motivo que justifique para a empresa calcular os custos de oportunidade de um projeto, programa ou atividade na forma apresentada em sala de aula. (1 ponto) G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 67 - 4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I – Os custos de oportunidades calculados sobre os valores de uma atividade, só são utilizados para compor o preço final do bem calculado, seja este bem uma cerca, um galpão ou um outro imobilizado da empresa; II – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos serão registrados no ativo circulante, se forem relativos a valores de formação do fruto e colheita em andamento; III – o custo de oportunidade pode ser considerado como um custo importante para o empresário definir o preço de determinada mercadoria agrícola que tenha para venda,(seja frutas, por exemplo) considerando que neste preço final, consta o valor desejado de ganho da empresa, que pode ser realizado ou não, dependendo do mercado; IV – a depreciação, para o calculo dos custos totais de uma empresa, deve ser considerada como custo fixo, da mesma forma que o custo de oportunidade calculado sobre o capital estável; Com relação as afirmações acima, podemos Assinalar que: A–( B -( C–( D–( E–( F–( G–( ) existem duas afirmações verdadeiras e entre elas se encontra a primeira; ) existem três opções falsas, sendo a segunda uma delas; ) somente a terceira questão está correta; ) somente a terceira e a ultima questões são verdadeiras; ) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira; ) somente a primeira e quarta afirmações são verdadeiras; ) nenhuma das opções acima. Bibliografia básica: ATKINSON et all. Anthony A. Contabilidade gerencial. . Ed. Atlas. São Paulo. 2000. HORNGREN, et all. Charles T. Contabilidade de Custos. LTC Editora. 9.a. ed. Rio de Janeiro. 2000. MAHER,Michael. Contabilidade de Custos. Editora Atlas. São Paulo. 2001. RIBEIRO DO VALE, Sonia M.ª Leite & GOMES, Marília F. Maciel - CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RURAL. 1996 – ABEAS-UFV-MÓDULO II G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 68 - ESTES TOPICOS ABAIXO, são relativos ao trabalho: “Custo de Oportunidade: Oculto na Contabilidade, Nebuloso na Mente dos Contadores” De:André Moura Cintra Goulart Mestrando em Controladoria e Contabilidade da FEA/USP “6. O Custo de oportunidade 6.1 – O conceito Em nossas vidas fazemos muitas escolhas. E, quando escolhemos algo, acabamos abrindo mão de outras coisas. Eis um raciocínio relevante para a compreensão do conceito de custo de oportunidade: ao escolher, tomamos um curso de ação, abandonando outras alternativas que nos proporcionariam benefícios específicos. Há um pensamento que, expresso na língua inglesa, transmite a mesma idéia: “If you get something, you generally have to give up something”. Então, se você escolhe algo, se você obtém algo, normalmente terá que abandonar algo. E isso que é “desistido”, sacrificado ou do que se abre mão, refere-se justamente ao custo de oportunidade. Pindyck & Rubinfeld (1994:257) apresentam o seguinte entendimento para o conceito de custo de oportunidade: “os custos associados com as oportunidades que serão deixadas de lado, caso a empresa não empregue seus recursos em sua utilização de maior valor”. Thompson (1973), citado por Heymann & Bloom (1990: 10), oferece uma definição simples e elucidativa: “aqueles benefícios que poderiam ter sido recebidos tivesse um curso alternativo de ação sido escolhido”. É interessante notar que quando escolhemos algo, temos a tendência a olhar apenas para aquilo que foi obtido com a escolha, não atentando para os benefícios que foram sacrificados pelo fato de não se ter escolhido outras alternativas. O conceito de custo de oportunidade é sempre presente quando a aceitação de uma alternativa exclui outras. Assim, “representa o custo de oportunidade o quanto a empresa sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés de outra” (Martins, 1995: 208). Spenser & Spielgelman, citados por Mauro (1992:170), dizem que o custo de oportunidade refere-se ao “(...) custo das oportunidades a que se renuncia, ou em outras palavras, a uma comparação entre a política que se elegeu e a política que se abandonou. Por exemplo, o custo por usar o capital é o juro que se pode ganhar no melhor uso seguinte com risco igual. Se os fundos de capital podem ganhar 5 por cento em seu emprego mais produtivo, esse é então o seu custo para a empresa que usa os fundos”. Heymann & Bloom (1990:9) também fazem referência ao que denominam de princípio do custo de oportunidade, o qual tem origem no fato de que “o uso de um recurso econômico em uma aplicação exclui o seu uso em outra. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 69 - Horngren (1985:93), define custo de oportunidade como “a contribuição máxima disponível de que se abre mão utilizando-se recursos limitados para um determinado fim”. Da expressão “contribuição máxima”, pode-se entender uma referência a melhor das alternativas abandonadas. Observa-se, nas definições propostas, a referência às noções de escolha entre alternativas e de sacrifício e renúncia da remuneração e benefícios de alternativas abandonadas. Na pesquisa de campo realizada, procura-se testar se os profissionais possuem ciência sobre a relação das referidas “noções” com o conceito de custo de oportunidade. 6.2 – Noção intuitiva A noção de custo de oportunidade é utilizada por todas as pessoas, em muitas situações do dia-a-dia. Ao buscar uma compreensão sobre o conceito, é útil refletir sobre alguns desses casos, os quais se constituem em interessantes ilustrações. Martins (2000: 33), destaca que “o custo de oportunidade é um dos mais relevantes na economia e nas decisões, não só do homem como de qualquer ser vivo que decide. É natural, instintivo, intuitivo. (Se o leitor chegou até aqui, arcou com o custo de oportunidade relativo ao que teria ganho se tivesse aproveitado esse tempo para fazer o que considerava a segunda melhor alternativa no momento (...))”. Aproveitando a contribuição de Heymann & Bloom (1990:7), agora em considerações “não econômicas”: “parece claro que qualquer indivíduo pode fazer apenas algumas coisas particulares durante um período específico de tempo. Por exemplo, assistir a um jogo de futebol exclui outras alternativas, como trabalhar no escritório. Usando o princípio do custo de oportunidade, o indivíduo imagina que o custo de assistir ao jogo não consiste apenas no preço explícito do ingresso, mas também nos ganhos sacrificados por não se trabalhar”. Assim, um indivíduo pode escolher entre trabalhar e ganhar $ 50, ou ir ao jogo, pagar o ingresso de $ 20, e receber outros benefícios não monetários, como o prazer de assistir à estréia da nova estrela de seu time. Supondo que assistir ao jogo tenha sido a alternativa escolhida, espera-se que os benefícios não monetários sejam superiores a $ 70, de forma a compensar o preço do ingresso e a remuneração sacrificada, ou seja, o custo de oportunidade. Outra interessante constatação: profissionais bem remunerados têm naturalmente maior probabilidade de contratar alguém para cortar a grama de seu jardim e lavar o seu carro do que aqueles que são remunerados de forma significativamente inferior. Isso ocorre não somente pelo fato de os profissionais melhor remunerados terem mais recursos para contratar serviços, mas também porque uma hora perdida, para eles, representa sacrifícios maiores. Verifica-se que o conceito de custo de oportunidade está presente em diversas situações com que as pessoas deparam-se diariamente, especialmente quando a escolha de uma alternativa exclui o indivíduo dos benefícios proporcionados pelas alternativas rejeitadas. 6.3 – A questão do risco G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 70 - Suponhamos que uma pessoa esteja pensando em abrir uma loja, carecendo de recursos para financiamento. Recorre a um amigo, fazendo a seguinte proposta: “Empresteme $ 10.000,00, por um ano, que lhe pagarei juros de 10% a.a.”. Este amigo, no entanto, rejeita a proposta, contestando: “Tenho condições de aplicar minhas poupanças e obter 15% ao ano”. Poderíamos pensar que bastaria oferecer uma remuneração de 16% a.a. para que o amigo aceitasse a proposta. Mas essa comparação desconsidera a questão do risco. Se o pagamento do empréstimo (juros e principal), por parte do empreendedor, estiver condicionado ao sucesso do empreendimento e, este, por sua vez, configurar-se como de elevado risco, enquanto a alternativa disponível de aplicação a 15% for “livre de risco”, confirma-se a impropriedade da comparação. Martins (1995: 208), propõe um tratamento ao problema: “Duas alternativas poderíamos analisar, sem entrar em muito detalhe: ou entendemos o custo de oportunidade com relação a outro investimento de igual risco ou tomamos sempre como base o investimento de risco zero, que seria, no caso brasileiro, em títulos do Governo Federal, ou a Caderneta de Poupança”. Quanto maior o risco de uma aplicação, maior será a rentabilidade esperada pelo investidor. É por isso que investidores de bolsas de valores têm expectativa de auferir ganhos mais elevados do que os aqueles que aplicam em renda fixa. Brealey & Myers (1992: 141), com bom humor, conseguem transmitir a noção do risco: “Os investidores sensatos não correm riscos somente para se divertirem. Estão a jogar com dinheiro verdadeiro”. O CAPM (capital asset pricing model) consiste em um modelo de precificação de ativos que evidencia a relação entre risco e rentabilidade esperada4[1]. No modelo, a rentabilidade esperada de um investimento varia na proporção direta do ß (beta), o indicador de risco de mercado. A expressão do CAPM é a seguinte: Re = Rf + ß (Rm – Rf). O gráfico a seguir ilustra como o risco interfere no retorno esperado: 4[1] Ver Brealey & Myers. Princípios de Finanças Empresariais. Portugal: McGraw-Hill de Portugal, 1992. 3a ed., p. 138-144. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 71 - Para entender o modelo, é preciso definir as seguintes variáveis: a) Re = rentabilidade esperada de um ativo, como uma ação negociada em bolsa; b) Rf = rentabilidade esperada da aplicação livre de risco (como a poupança ou títulos do Governo Federal); c) Rm = rentabilidade esperada da carteira de mercado (dada pelo Índice Bovespa); d) (Rm – Rf) = prêmio de risco (diferença entre a rentabilidade de mercado e a da aplicação livre de risco, significando o adicional de retorno em função de um indivíduo expor-se a uma aplicação de risco, como o mercado acionário) e e) ß (beta): indicador de risco de mercado de uma ação, que mede a sensibilidade do retorno de uma ação específica relativamente às variações da carteira de mercado (uma ação de ß = 1 tem risco igual ao da carteira de mercado; ß = 0,8 indica uma ação de risco reduzido e ß = 1,2 representa uma ação de maior risco). Assim, se o custo de oportunidade envolve a análise da remuneração oferecida por diferentes alternativas de aplicação, é apropriado considerar os graus de risco de cada empreendimento. A simples comparação de retornos colabora com uma avaliação imperfeita. 7. A não consideração pela contabilidade societária O custo de oportunidade, apesar de conter, em sua expressão, a palavra custo, apresenta natureza diversa dos “custos” normalmente tratados pela contabilidade. Uma das dificuldades para a compreensão do conceito reside justamente nessa característica de um custo que “não é bem um custo”. Quando falamos em “custos normalmente tratados pela contabilidade”, estamos nos referindo àqueles que, segundo Horngren (1985:93), são chamados de custos de desembolso. Para este autor, o custo de oportunidade “representa uma alternativa abandonada, de modo que o “custo” é diferente do tipo comumente encontrado de custo, no sentido de não ser o custo de desembolso normalmente discutido pelos contadores e administradores. Um custo de desembolso implica, mais cedo ou mais tarde, um dispêndio de caixa (...)”. Depreende-se que o custo de oportunidade está inserido em um conjunto de conceitos não usuais na contabilidade tradicional de custos. O fato de não receber espaço em demonstrações contábeis não significa que se trate de conceito de pouca relevância. Pelo contrário, é muito importante para o tomador de decisões. Segundo Beuren (1993:1), “a aplicação do conceito de custo de oportunidade é de fundamental importância para que os relatórios contábeis possam ser mais úteis aos usuários da contabilidade. (...) Entretanto, o sistema contábil tradicional, quer com registros a valores históricos puros ou a valores históricos corrigidos, não contempla informações sobre os possíveis resultados na aplicação de recursos em utilizações alternativas”. Martins (1995: 208), referindo-se ao custo de oportunidade, faz a seguinte observação: “Esse é um conceito costumeiramente chamado de “econômico” e “nãocontábil”, o que em si só explica, mas não justifica, o seu não muito uso em Contabilidade Geral ou de Custos”. Horngren (1985: 94) acrescenta que “os custos de oportunidade raramente são incorporados nos sistemas formais de contabilidade, principalmente para fins de relatórios externos. Este custo representa o lucro que deixa de ser obtido rejeitando-se alternativas; G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 72 - portanto, os custos de oportunidade não envolvem receitas ou dispêndios de caixa. Os contadores geralmente limitam seus registros aos eventos que, em última análise, implicam troca de itens do ativo. Restringem seu histórico às alternativas escolhidas, e não inlcuem as rejeitadas (...)”. Podemos distinguir duas classes de custos. Nos dizeres de Heymann & Bloom (1990:16), “os custos explícitos são reconhecidos pelos contadores como gastos, com base em transações reais de aquisição de recursos utilizados no processo produtivo”. Os gastos com materiais constituem exemplo de custos explícitos. Já os custos implícitos não são diretamente mensuráveis em termos de saídas de caixa, não sendo registrados pelos contadores. Constitui exemplo a perda de goodwill. Para os citados autores, apesar de difícil, a avaliação do impacto desses custos apresenta-se como um dos papéis da contabilidade de custos e gerencial. Seguindo o raciocínio de Heymann & Bloom (1990:17), os custos de oportunidade são os custos dos recursos próprios possuídos pela empresa que não foram adquiridos no mercado, não sendo esses custos reportados pelos contadores. O custo de oportunidade é desconsiderado pela contabilidade societária, mas “no que concerne à aceitação do custo de oportunidade no processo de tomada de decisão, os economistas são concordes de que este é o verdadeiro custo” (Beuren, 1993:2). Tratar os custos de oportunidade como efetivos custos também é defendido por Ross et. al. (1995:143): se um ativo for utilizado em um novo projeto, “as receitas potenciais de usos alternativos serão perdidas. Essas receitas perdidas podem claramente ser encaradas como custos. São chamados custos de oportunidade porque, ao aceitar o projeto, a empresa renuncia a outras oportunidades de emprego desses ativos”. Se os custos de oportunidade constituem elementos de tão grande relevância para a análise de resultados, espera-se que os sistemas contábeis os contemplem, de forma a garantir aos usuários informações completas sobre a situação financeira e os resultados da companhia. Os custos, na contabilidade societária, são reconhecidos através de procedimentos estabelecidos conforme os princípios de contabilidade geralmente aceitos. Dessa forma, as demonstrações contábeis limitam-se ao registro dos custos explícitos. Já a contabilidade gerencial, não se limita aos princípios da contabilidade, tendo liberdade para considerar e reportar todos os custos, incluindo os de oportunidade. Dada a relevância do custo de oportunidade conclui-se que a sua não consideração é uma deficiência apresentada pela contabilidade societária. A mensuração correta de resultados pressupõe a contemplação do custo de oportunidade. 8. O custo de capital A despeito da riqueza da teoria contábil, a forma tradicional de mensurar resultados tem se demonstrado insatisfatória para o atendimento das múltiplas necessidades informativas dos gestores. O lucro contábil, mensurado conforme princípios fundamentais de contabilidade, não oferece adequado tratamento ao custo de oportunidade do capital próprio. Martins (2000:28), discorrendo sobre as diversas formas de mensuração do patrimônio e o lucro de uma empresa, afirma que os únicos fatores que, no longo prazo, G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 73 - podem fazer divergir a mensuração do lucro são: inflação e custo de oportunidade. O autor prossegue: “E o não uso desses dois fatores continua sendo falha imperdoável de nós, Contadores. Para o primeiro, dispomos de metodologias simplificadas e complexas (modelo “societário” e correção integral, por exemplo). Já para o segundo, isto é, o custo de oportunidade, não temos sequer aplicado o Juro do Capital Próprio, e muito menos aquela parcela relativa ao risco, apontando realmente que a situação é mais complexa”. Na visão de Most (1977:132), “o lucro pode ser calculado apenas depois de atribuir ao capital uma certa remuneração, o custo de capital”. Oportuno mencionar a colaboração de Nascimento (1998: 11), que salienta a importância do custo de oportunidade na avaliação de resultados: “Considerando-se que o lucro econômico é obtido a partir da receita deduzida de todos os custos envolvidos em sua obtenção, a mensuração de resultados deveria ter como pré-requisito a consideração de custos de oportunidade, que representam o valor que se deixou de ganhar por não se ter aplicado os recursos em uma outra alternativa”. Para Martins (2000:33), a “não consideração do custo de oportunidade na Contabilidade é uma mentira com a qual convivemos. Dizer, por exemplo, que uma empresa lucrou porque obteve um resultado que foi de apenas 2% sobre o valor do patrimônio líquido investido quando qualquer alternativa, inclusive a aplicação nos títulos de maior liquidez e menor risco produz mais do que isso, não é dizer a verdade. A consideração do custo do capital próprio como sendo nulo é algo insustentável conceitualmente, é cegueira que parece nos pegar de nascença”. Na visão de Beuren (1993:8), o custo de capital refere-se à “taxa de retorno do melhor projeto da empresa, da melhor oportunidade de investimento do acionista ou da melhor oportunidade de consumo do acionista que seria abandonada, se o projeto, ora em consideração pela firma, fosse aceito”. O custo de capital pode ser entendido como a taxa mínima de rentabilidade esperada pelos acionistas, abaixo da qual estes não estariam dispostos a entrar no negócio. E essa indisposição para entrar no negócio ocorre em função de ter-se uma alternativa de investimento que proporciona melhor retorno. Reflexões sobre o custo de capital devem considerar o fator risco. O custo de capital, assim, envolve tanto a remuneração proporcionada pela aplicação de menor risco, como um adicional de remuneração que é dado pelo risco do negócio. Para Copeland et. al. (1996:247), “tanto os credores quanto os acionistas esperam ser compensados pelo custo de oportunidade de investir seus recursos em um negócio particular em vez de outros de risco equivalente”. Na determinação dos juros sobre o capital próprio, Hansen (1957:89), citado por Beuren (1993:10), propõe a utilização de “algum tipo de juro que mais ou menos corresponda ao que normalmente se deve pagar para obter dinheiro no mercado”. Observa-se a existência de propostas diferenciadas quanto à definição do custo de capital e sua operacionalização na contabilidade. Uma possibilidade de consideração simplificada na contabilidade societária baseia-se na parcela relativa ao juro sobre o capital próprio que, conforme Martins (2000: 34), “seria igual para todos, sem incluir o risco do negócio”. Mas nem essa parcial consideração é observada, atualmente, na contabilidade. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 74 - Evidencia-se que a contabilidade societária não tem reconhecido em seus registros os custos de oportunidade do capital próprio, o que limita a utilidade de seus demonstrativos no que se refere ao atendimento das necessidades informativas dos usuários. 9. A consideração em modelos gerenciais - Gecon 9.1 – O modelo de gestão econômica (Gecon) Observa-se a existência de modelos gerenciais que se propõem a considerar o custo de oportunidade. Como exemplo de modelo que tem considerado de forma ampla o conceito, podemos citar o Gecon (gestão econômica), o qual tem sido desenvolvido por núcleo de pesquisas liderado pelo Prof. Armando Catelli, com o patrocínio da Fipecafi, na FEA-USP. A seguir, será apresentada a metodologia proposta pelo Gecon para o tratamento do custo de oportunidade. Para uma plena compreensão do modelo, recomenda-se a leitura da obra Controladoria – Uma Abordagem da Gestão Econômica, referenciada em bibliografia. O Gecon surgiu da identificação de que os sistemas convencionais de contabilidade não atendiam adequadamente às necessidades de informação dos gestores. No modelo, entende-se que as atividades consomem recursos e geram um determinado benefício. Abandona-se, dessa forma, o enfoque prioritário ao custo, que negligencia a noção de que as atividades devem ser avaliadas, não pelos custos incorridos, mas pelos resultados gerados. Para a correta mensuração do resultado econômico, o Gecon lança mão de um conjunto de conceitos econômicos, dentre os quais podem ser citados: valor de mercado, reconhecimento de receita pela produção, valor atual e custo de oportunidade. Segundo Guerreiro5[2], in Catelli (1999:475-6), o custo de oportunidade “é um conceito de fundamental importância no modelo de gestão econômica, uma vez que, conjugado com os demais conceitos (...), estabelece as bases mais completas de um sistema de avaliação de desempenho”. Conforme explanação do autor, no modelo Gecon, o conceito de custo de oportunidade é operacionalizado de duas formas: § Mensurações de “receitas de oportunidade” sobre passivos e “custos de oportunidade” sobre ativos, obtidas com base nas taxas financeiras de mercado. § Mensuração do custo de oportunidade de manutenção dos ativos com base em taxa de captação no mercado financeiro. Assim, valerá a pena manter ativos que reconhecidamente provocam valorizações de preços acima do custo financeiro de sua manutenção. Nascimento (1998:165), ao abordar a metodologia proposta por Catelli (Gecon), observa que “as áreas utilizam-se de recursos financeiros para suas operações e os remuneram “pagando” a área financeira os juros sobre o capital consumido. Nesse momento, o Gecon apóia-se no conceito de custos de oportunidade, pois a taxa de juros utilizada para a remuneração do capital é a menor taxa de captação do mercado, por representar a melhor opção de captação de recursos para a área envolvida, caso necessitasse 5[2] GUERREIRO, Reinaldo. Gestão Econômica e Teoria das Restrições. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 75 - realmente obtê-los diretamente do mercado financeiro”. Também destaca o autor que o modelo contempla os juros sobre o capital próprio, que representa a remuneração mínima exigida pelos acionistas para seu capital, calculados sobre o valor do patrimônio líquido anterior, sendo esse custo ônus da atividade financeira. Outra possibilidade de aplicação do custo de oportunidade refere-se ao preço de transferência, entendido como o valor pelo qual é transferido um produto ou serviço entre diferentes áreas de uma empresa. Assim, são estabelecidos preços para produtos e serviços, os quais estarão sendo “comprados” e “vendidos” pelas áreas organizacionais. Segundo Pereira, in Catelli (1999:257), “a transferência de produtos/serviços entre as atividades deve basear-se em preços-padrão validados pelo mercado, sendo o custo de oportunidade o mais adequado para a avaliação das decisões tomadas diante de outras alternativas existentes” G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 76 - CURSO DE CIÊNCIA CONTÁBIL – 7.º PERÍODO - FACAPE – 2006.2 CONCEITO “A” NO PROVÃO DO MEC - TARDE CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO ALUNO(A): MATRICULA: DATA: Ю AVALIAÇÃO ATENÇÃO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!! QUADRO RESUMO RECURSOS 1 – terra 2 – capital estável 3 – capital circulante CUSTOS CLASSE FIXO VAR C. oportunidade Depreciação A B C. oportunidade C Manutenção conservação Valor dos insumos e D E C. oportunidade 4 – mão de obra 5 – impostos Temporária Permanente Ad-valorem Fixos F G H I J 6 – transportes L FÓRMULA A = Vm X i ou arrendamento Vi – Vf T Vi + Vf x I 2 Valor pago Valor pago V/2 x i ou valor proporcional ao tempo em que o capital ficou empatado Salários pagos Salários pagos Valor pago Valor pago Valor pago - A empresa agrícola BOA FRUTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de: 40 ha de feijão, com produção total de 140 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 10 meses e que a taxa real de juros seja de 2,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno no final do mês) (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa de 21% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.(dados apenas para fins de exercício, não sendo necessariamente os praticados nas atividades) CULTURA DA FEIJÃO INSUMOS/SERVIÇOS . preparo do solo Insumos/plantio . tratos culturais Colheita Total UNID . DIV DIV DIV DIV ÉPOCA AGOSTO SETEMBRO NOVEMBRO JANEIRO G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc VALORES TOTAIS – R$ 31.500,00 12.400,00 12.960,00 6.550,00 63.410,00 - 77 - OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Valor Valor Vida útilFeijão inicial final anos Trator + implementos 25.200 1.200 15 120 horas CERCA 15.920 280 20 6 HÁ Galpão 23.600 2.200 20 6 meses Terra (área total 32 ha) 177.700 6 ha Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: Uso Ю 1) QUESTÃO: (1 PONTO TODA A QUESTÃO) A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade total) R= b) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade fixo) R= c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar (cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade variável) R= d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender a FEIJÃO, para pagar (cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? R= e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE?. R= 2 – Sendo a RECEITA TOTAL da venda da produção do feijão FOSSE IGUAL ao CUSTO TOTAL já calculado anteriormente (inclusive o custo de oportunidade total), qual o resultado para o produtor rural?. Realize os cálculos e elabore o relatório sobre a situação da empresa, suas possibilidade de crescimento, sua capacidade de expansão, seus ganhos/perdas no período, sobre a realização de suas metas, sua recomendação sobre a continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de oportunidade. (2 pontos) 3) Explique o motivo que justifique para a empresa calcular os custos de oportunidade de um projeto, programa ou atividade na forma apresentada em sala de aula. (1 ponto) G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 78 - 4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I – Os custos de oportunidades calculados sobre os valores de uma atividade, só são utilizados para compor o preço final do bem calculado, seja este bem uma cerca, um galpão ou um outro imobilizado da empresa, não servindo portanto a contabilidade formal da empresa, servindo apenas para fins gerenciais; II – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos serão registrados no ativo permanente; III – A depreciação de uma cultura permanente pode ser calculada também em função de sua previsão de produção total, ao longo de sua vida útil, fazendo a proporção da produção prevista total com a produção realizada no ano em curso, aplicando esse percentual ao valor registrado no imobilizado, da conta a ser depreciada para identificar a depreciação anual. Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que: A–( B -( C–( D–( E–( ) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a primeira. ) existem duas afirmações verdadeiras; ) existem três afirmações verdadeiras; ) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira; ) nenhuma das opções acima. Ю 5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I - as contas de CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO, FORMAÇÃO DO FRUTO, CULTURA PERMANENTE FORMADA são todas contas do ativo permanente da empresa. II – em uma cultura permanente formada, quando da produção das frutas/frutos, as contas patrimoniais especificas da agricultura que devem ser utilizadas na ordem rigorosa de lançamento, até a venda do produto, devem ser: FORMAÇÃO DO FRUTO, COLHEITA EM ANDAMENTO, PRODUTOS AGRICOLAS. III – Uma empresa agrícola, após a colheita da melancia, utiliza o custo de oportunidade como forma gerencial de calculo, incluindo-o nos custos totais calculados da produção desta melancia, buscando identificar os valores para a venda, ainda não realizada. Neste caso, pode-se afirmar que com certeza este custo de oportunidade será o ganho do empresário, seja com a venda a melancia, seja na outra atividade de referência, financeira, ou não. Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que: A–( B -( C–( D–( E–( ) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a segunda. ) existem duas afirmações verdadeiras; ) existem três afirmações verdadeiras; ) existe somente uma questão verdadeira, e é a segunda; ) nenhuma das opções acima. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 79 - 4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I – A depreciação de uma cultura permanente pode ser calculada também em função de sua previsão de produção total, ao longo de sua vida útil, fazendo a proporção da produção prevista total com a produção realizada no ano em curso, aplicando esse percentual ao valor registrado no imobilizado, da conta a ser depreciada, para identificar a depreciação anual. II – Os custos de oportunidades calculados sobre os valores de uma atividade, só são utilizados para compor o preço final do bem calculado, seja este bem uma cerca, um galpão ou um outro imobilizado da empresa, não servindo portanto a contabilidade formal da empresa, servindo apenas para fins gerenciais; III – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos serão registrados no ativo permanente; Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que: A–( B -( C–( D–( E–( ) existe somente uma afirmação é verdadeira; ) existem duas afirmações verdadeiras e entre elas não se encontra a segunda; ) existem três afirmações verdadeiras; ) existem duas afirmações verdadeiras e entre elas se encontra a segunda; ) nenhuma das opções acima. 5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I – Uma empresa agrícola, após a colheita da melancia, utiliza o custo de oportunidade como forma gerencial de calculo, incluindo-o nos custos totais calculados da produção desta melancia, buscando identificar os valores para a venda, ainda não realizada. Neste caso, pode-se afirmar que com certeza este custo de oportunidade será o ganho do empresário, seja com a venda a melancia, seja na outra atividade de referência, financeira ou não. II - as contas de CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO, FORMAÇÃO DO FRUTO, CULTURA PERMANENTE FORMADA são todas contas do ativo permanente da empresa. III – em uma cultura permanente formada, quando da produção das frutas/frutos, as contas patrimoniais específicas da agricultura que devem ser utilizadas na ordem rigorosa de lançamento, até a venda do produto, devem ser: FORMAÇÃO DO FRUTO, COLHEITA EM ANDAMENTO, PRODUTOS AGRICOLAS. Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que: A–( B -( C–( D–( E–( ) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a terceira. ) existem duas afirmações verdadeiras; ) existem três afirmações verdadeiras; ) existe somente uma questão verdadeira, e é a terceira; ) nenhuma das opções acima. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 80 - 4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I – Os custos de oportunidade calculados sobre os valores de uma atividade, só são utilizados para compor o preço final do bem calculado, seja este bem uma cerca, um galpão ou um outro imobilizado da empresa, não servindo portanto a contabilidade formal da empresa, servindo apenas para fins gerenciais; II – em uma cultura permanente formada, quando da produção das frutas/frutos, as contas patrimoniais específicas da agricultura que devem ser utilizadas na ordem rigorosa de lançamento, até a venda do produto, devem ser: FORMAÇÃO DO FRUTO, COLHEITA EM ANDAMENTO, PRODUTOS AGRICOLAS. III – A depreciação de uma cultura permanente pode ser calculada também em função de sua previsão de produção total, ao longo de sua vida útil, fazendo a proporção da produção prevista total com a produção realizada no ano em curso, aplicando esse percentual ao valor registrado no imobilizado, da conta a ser depreciada para identificar a depreciação anual. Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que: A–( B -( C–( D–( E–( ) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a primeira. ) existem duas afirmações verdadeiras; ) existem três afirmações verdadeiras; ) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira; ) nenhuma das opções acima. 5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I - as contas de CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO, FORMAÇÃO DO FRUTO, CULTURA PERMANENTE FORMADA são todas contas do ativo permanente da empresa. II – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos serão registrados no ativo permanente; III – Uma empresa agrícola, após a colheita da melancia, utiliza o custo de oportunidade como forma gerencial de calculo, incluindo-o nos custos totais calculados da produção desta melancia, buscando identificar os valores para a venda, ainda não realizada. Neste caso, pode-se afirmar que com certeza este custo de oportunidade será o ganho do empresário, seja com a venda a melancia, seja na outra atividade de referência, financeira, ou não. Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que: A–( B -( C–( D–( E–( ) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a segunda. ) existem duas afirmações verdadeiras; ) existem três afirmações verdadeiras; ) existe somente uma questão verdadeira, e é a segunda; ) nenhuma das opções acima. G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 81 - CURSO DE CIÊNCIA CONTÁBIL – 7.º PERÍODO - FACAPE – 2007-1 - NOITE CONTABILIDADE AGRÍCOLA E PECUÁRIA - PROF. WALDENIR S. F. BRITTO ALUNO(A): MATRICULA: DATA: Ю AVALIAÇÃO ATENÇÃO: UTILIZE CANETA PARA AS RESPOSTAS!!! QUADRO RESUMO RECURSOS 1 – terra 2 – capital estável 3 – capital circulante CUSTOS CLASSE FIXO VAR C. oportunidade Depreciação A B C. oportunidade C Manutenção conservação Valor dos insumos e D E C. oportunidade 4 – mão de obra 5 – impostos Temporária Permanente Ad-valorem Fixos F G H I J 6 – transportes L FÓRMULA A = Vm X i ou arrendamento Vi – Vf T Vi + Vf x I 2 Valor pago Valor pago V/2 x i ou valor proporcional ao tempo em que o capital ficou empatado Salários pagos Salários pagos Valor pago Valor pago Valor pago - A empresa agrícola BOA FRUTA Ltda. apresentou os seguintes dados em suas atividades produtivas, para o plantio de: 40 ha de feijão, com produção total de 140 ton. Considere que o período de tempo dos tratos culturais até o recebimento dos valores da venda seja de 9 meses e que a taxa real de juros seja de 0,5% ao mês; (considere sempre a aplicação no início do mês e o retorno no final do mês) (para o cálculo da terra e demais CÁLCULOS ANUAIS, usar taxa de 5% a.a.) Os coeficientes técnicos são mostrados a seguir:.(dados apenas para fins de exercício, não sendo necessariamente os praticados nas atividades) CULTURA DA FEIJÃO INSUMOS/SERVIÇOS . preparo do solo Insumos/plantio . tratos culturais Colheita Total UNID . DIV DIV DIV DIV ÉPOCA AGOSTO OUTUBRO NOVEMBRO JANEIRO G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc VALORES TOTAIS – R$ 31.500,00 12.400,00 12.960,00 6.550,00 63.410,00 - 82 - OBS:1 – No preparo do solo foi utilizado o trator da empresa; Os seguintes dados de uso de capital estável na EMPRESA: Item Dados do capital Valor Valor Vida útilFeijão inicial final anos Trator + implementos 25.800 1.300 15 120 horas CERCA 15.920 920 20 6 ha Galpão 25.600 2.600 20 8 meses Terra (área total 32 ha) 167.500 6 há Com bases nestas informações, responda as questões abaixo: Uso Ю 1) QUESTÃO: (1 PONTO TODA A QUESTÃO) A) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender o FEIJÃO, para pagar(cobrir) todos os custos TOTAIS? (inclusive o custo de oportunidade total) R= b) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender o FEIJÃO, para pagar(cobrir) SOMENTE os custos fixos? (inclusive o custo de oportunidade fixo) R= c) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender o FEIJÃO, para pagar (cobrir) SOMENTE os custos VARIÁVEIS? (inclusive o custo de oportunidade variável) R= d) Qual o valor mínimo que a empresa deveria vender o FEIJÃO, para pagar (cobrir) SOMENTE os custos OPERACIONAIS? R= e) Qual o valor total encontrado relativo ao CUSTO DE OPORTUNIDADE total?. R= 2 – Sendo a RECEITA TOTAL da venda da produção do feijão FOSSE IGUAL ao CUSTO TOTAL já calculado anteriormente (inclusive o custo de oportunidade total), qual o resultado para o produtor rural?. Realize os cálculos e elabore o relatório sobre a situação da empresa. Neste relatório deve constar pelo menos: a) o valor de ganho ou perda da empresa com a venda com feijão; b) sua meta de ganho; c) a comparação com o mercado financeiro com as taxas dadas; d) sua possibilidade de crescimento e sua capacidade de expansão; e) o valor mínimo para venda recomendado; f) sua recomendação sobre a continuidade do funcionamento da empresa, não esquecendo de destacar os custos de oportunidade. (2 pontos) 3) Explique o motivo que justifique para a empresa calcular os custos de oportunidade de um projeto, programa ou atividade na forma apresentada em sala de aula. (1 ponto) G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 83 - 4) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I – Os custos de oportunidades calculados sobre os valores de uma atividade, só são utilizados para compor o preço final de um bem, seja este bem uma cerca, um galpão ou um outro imobilizado da empresa, não servindo portanto a contabilidade formal da empresa, servindo apenas para fins gerenciais; f II – Ao se calcular os custos de oportunidades de uma cultura permanente, estes custos serão registrados no ativo permanente; f III – A depreciação de uma cultura permanente pode ser calculada também em função de sua previsão de produção total, ao longo de sua vida útil, fazendo a proporção da produção prevista total com a produção realizada no ano em curso, aplicando esse percentual ao valor registrado no imobilizado, da conta a ser depreciada para identificar a depreciação anual. v Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que: A–( B -( C–( D–( E–( ) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a primeira. ) existem duas afirmações verdadeiras; ) existem três afirmações verdadeiras; ) existe somente uma questão verdadeira, e é a primeira; ) nenhuma das opções acima. Ю 5) – ANALISE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO (considere as discussões em sala de aula sobre as questões, inclusive sobre o custo de oportunidade): (1,0 ponto) I - as contas de CULTURA PERMANENTE EM FORMAÇÃO, FORMAÇÃO DO FRUTO, CULTURA PERMANENTE FORMADA são todas contas do ativo permanente da empresa. f II – em uma cultura permanente formada, como por exemplo manga, quando da produção das frutas/frutos, as contas patrimoniais especificas da agricultura que devem ser utilizadas na ordem rigorosa de lançamento, devem ser: FORMAÇÃO DO FRUTO, COLHEITA EM ANDAMENTO, PRODUTOS AGRICOLAS. A partir da venda, contas de resultado. v III – Uma empresa agrícola, após a colheita da melancia, utiliza o custo de oportunidade como forma gerencial de calculo, incluindo-o nos custos totais calculados da produção desta melancia, buscando identificar os valores para a venda, ainda não realizada. Neste caso, pode-se afirmar que com certeza este custo de oportunidade será o ganho do empresário, seja com a venda a melancia, seja na outra atividade de referência, financeira ou não. f Com relação às afirmações acima, podemos Assinalar que: A – ( ) existe somente uma afirmação é verdadeira e não é a segunda. B - ( ) existem duas afirmações verdadeiras; C – ( ) existem três afirmações verdadeiras; D – ( ) existe somente uma questão verdadeira, e é a segunda; E – ( ) nenhuma das opções acima. RESPOSTAS: G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 84 - PAGINA 49: CVT = 84.000,61; CFT = 8.285,00; CT = 92.285,61; COP = 80.756,82; PAG 51: CVT = 42.737,12; CFT = 18.103,93; CT = 60.841,04; COP = 38.721,26; COT = 22.119,78; PAG 52 : CT = 40.256,96; CFT = 13.307,91; CVT = 26.949,05; COP = 23.841,82; PAG 54: CT = 81.418,03; CFT = 23.722,78; CVT = 57.695,25; COP = 49.667,78; COT = 31.750,25; PAG 57: CT = 66.013,05; CFT = 20.180,23; CVT = 45.832,82; COP = 44.708,01; COT = 21.305,04; PAG 58 : RESPOSTA “G ” PAG 60: CT = 59.591,22; CFT = 12.516,50; CVT = 47.074,72; COP = 43.572,74; COT = 16.018,48; PAG 60: V=”I”; 3 = “B” PAG 63: CT = 72.555,14; CFT = 13.343,82; CVT = 59,211,32; COP = 52.476,36; COT = 20.078,78; PAG 64 = “F” PAG 66: CT = 98.061,67; CFT = 8.575,84; CVT = 89.485,83; COP = 64.631,69; COT = 33.429,97; PAG 78 = 4 = “A”; 5 = “D”; PAG 79: 4 = “A”; 5 = “D” PAG 82: CT = 79.534,25; CFT = 13.711,83; CVT = 65.822,42; COP = 66.943,33; COT = 12.590,92 G:\facape\2008-2\agricola\apostila 01 - agricola-conceitos básicos e custos oportunidade-2008-2.doc - 85 -