serviço nacional de aprendizagem comercial do rio grande do sul
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC/RS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING MANOELA ALVES BARRETO PROJETO DE ENDOMARKETING PARA AGENTES AUTORIZADOS DA BRASIL TELECOM PORTO ALEGRE 2007 MANOELA ALVES BARRETO PROJETO DE ENDOMARKETING PARA AGENTES AUTORIZADOS DA BRASIL TELECOM Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau Tecnólogo em Marketing, pela Faculdade de Tecnologia Senac/RS. Orientador: Prof. Ms. Luis Carlos Schneider PORTO ALEGRE 2007 MANOELA ALVES BARRETO PROJETO DE ENDOMARKETING PARA AGENTES AUTORIZADOS DA BRASIL TELECOM Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau Tecnólogo em Marketing, pela Faculdade de Tecnologia Senac/RS. Aprovado pela Banca Examinadora em 04 de dezembro de 2007. BANCA EXAMINADORA: _____________________________________________ Prof. Ms. Luis Carlos Schneider – Senac/RS Orientador _____________________________________________ Prof. Ms. Julio César Lopes Abrantes – Senac/RS ____________________________________________ Prof. Esp. Pedro Paulo de Sá Peixoto – Senac/RS RESUMO De acordo com a idéia de que as pessoas do mundo atual têm dado mais importância para fatos intangíveis do que para a matéria, o Endomarketing é uma ferramenta do Marketing essencial para que os empregados das empresas motivem-se para produzirem cada vez mais com qualidade e em alta escala. Neste contexto estabelecer meios de comunicação interna, ações motivacionais e outros itens que facilitem este monitoramento e que esses meios tragam resultados imediatos, é ideal para que os objetivos, de todas as partes envolvidas, sejam alcançados. Este trabalho tem como pretensão aumentar as vendas dos Agentes Autorizados da Brasil Telecom através de ações de Endomarketing focadas na força externa de vendas, mas que envolve todos os níveis no programa sugerido. Esta monografia teve como objetivo analisar o nível de necessidade e de aceitação de um programa de Endomarketing em Agentes Autorizados da Brasil Telecom. Para isto foram realizadas pesquisas qualitativas em algumas destas empresas, visando estabelecer um sistema orientado para este segmento. Foram entrevistados diretores, administradores, supervisores, força de vendas e gestores de canais, que são funcionários diretos das empresas contratantes e que são responsáveis pela gestão de operações dos agentes. Após a análise das entrevistas e do estudo de referenciais teóricos foi sugerido um programa de Endomarketing para este segmento de empresas. Palavras-Chave: Endomarketing, Comunicação Interna, Agentes Autorizados. Dedico este trabalho a todas as pessoas que sofrem injustiças sociais no mundo, aos famintos, aos sem teto, aos doentes e a todos aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades que eu tenho e também àqueles que são carentes de pessoas especiais em seus caminhos e que passam por necessidades diárias. Que Deus consiga combater o mal que circula entre nós e consiga dar aos necessitados uma vida, pelo menos digna, que nenhum ser humano fique desamparado e que as pessoas que possuem boas vidas tenham os olhos desvendados para o lado problemático do mundo do qual fazem parte. AGRADECIMENTOS Agradeço à minha mãe Silvia, que sem ela eu não seria nada do que sou, pois foi ela que me ensinou a tratar todo mundo sem distinção de cor, dinheiro e classe social e foi ela que me ensinou a lutar com todas as minhas garras pelos meus sonhos assim como ela lutou por mim. Aos meus avós, Laura e Vergílio, que me ensinaram a ser honesta, justa, digna, transparente e que depositaram em mim todas as suas esperanças. Agradeço ao meu namorado Vitor, meu melhor amigo, companheiro para todas as horas e que acima de qualquer coisa é meu anjo da guarda que o cara lá de cima me mandou de presente, agradeço também aos meus sogros Elieti e Alfredo que me proporcionam muitos momentos especiais e que se tornaram meus pais adotivos por tabela. Agradeço a toda a minha família materna, a toda família do meu namorado, e agradeço principalmente à minha bisavó Jascinta, hoje com 98 anos, que é uma pessoa sensacional, que jamais será esquecida e que me ensinou que a fórmula para se ter uma vida longa e tranqüila exige que se tenha o coração puro, voltado para o bem e manter pensamentos positivos em todas as situações. Agradeço à minha irmã de coração, Marcelle, que me apóia todos os dias, com suas belas palavras de incentivo e que merece todas as minhas desculpas, pela minha ausência, nessa jornada. Ofereço este trabalho aos meus distintos e verdadeiros amigos que sempre acreditaram em mim e que se possível eu citaria o nome de cada um, com o maior orgulho, pois cada um sabe o quanto eu os amo. Assim agradeço, também, aos meus colegas de trabalho que tiveram a maior paciência em me escutar dia após dia sobre a realização desta monografia. Obrigada, colegas de faculdade, pois vocês me fizeram evoluir em muitos aspectos, cada um com as suas características, sejam elas boas ou ruins, mas que me fizeram despertar para a maturidade. Agradeço ao meu orientador, possuidor de uma inteligência unânime, Professor Mestre Luis Carlos Schneider que me deu toda força do mundo, que me fez acreditar nos meus sonhos e que me fez buscar incansavelmente meus objetivos através do conhecimento. Agradeço também a minha psicóloga Graziela que trouxe à tona a verdadeira Manoela que hoje eu sou e que me dedico a ser. À minha nova psicóloga e nova grande amiga, Michele, que acredito ser mais um anjo que Deus me enviou, pois no final desta etapa ela foi meu porto seguro, me ajudando a não desistir e me impulsionando a seguir em frente, acreditando no meu potencial. Dessa maneira não posso deixar de agradecer a Ele, o Todo Poderoso, que me envia tantos anjos, que está sempre me dando coragem pra continuar firme e em frente e está sempre protegendo os meus passos. Muito obrigada! E agradeço, então, a todos que não acreditaram na minha capacidade, aos que tentaram desfocar a minha pessoa do bom caminho, agradeço com louvor à política brasileira, à desigualdade social mundial, aos hipócritas da sociedade e aos desonestos pela força que todos despertam em mim, todos os dias, para que eu faça diferente de tudo o que eles fazem. E hoje prometo que serei uma profissional digna, comprometida, acima de qualquer coisa humana e que respeitarei o limite das pessoas que se encontrarem ao meu lado, no meu dia-a-dia. Prometo fazer diferente, dando oportunidades e acreditando nas pessoas, ajudandoas a crescerem, a realizarem seus sonhos e a evoluírem como seres humanos. Prometo também colaborar com o universo, com a natureza e com a população que passa por dificuldades, fazendo o que estiver ao meu alcance para que as coisas não permaneçam estagnadas na acomodação da sociedade, dos políticos e do mercado. "Acima de tudo, tente alguma coisa." Franklin Delano Roosevelt SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 15 1.1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA................................................................................... 17 2. OBJETIVOS............................................................................................................... 19 2.1. OBJETIVO GERAL..................................................................................................... 19 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................... 19 3. REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 20 3.1. CONCEITOS DE MARKETING................................................................................. 20 3.2. INTRODUÇÃO AO MARKETING DE SERVIÇOS.................................................. 22 3.3. FUNDAMENTOS DE ENDOMARKETING.............................................................. 23 3.4. COMUNICAÇÃO X INFORMAÇÃO........................................................................ 27 3.5. ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS – CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS.......... 29 3.5.1. Força Externa de Vendas........................................................................................... 31 3.6. MOTIVAÇÕES PARA A ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS................................... 32 3.6.1. Automotivação............................................................................................................ 38 4. METODOLOGIA....................................................................................................... 40 4.1. ETAPA QUALITATIVA............................................................................................. 40 4.2. ETAPA DESCRITIVA................................................................................................. 41 4.3. ESTUDO DE CASO..................................................................................................... 43 5. RESULTADOS........................................................................................................... 44 5.1. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE................................................................................... 44 5.1.1. Brasil Telecom............................................................................................................. 44 5.1.1.1. Principais Indicadores.................................................................................................. 45 5.1.1.2. Dados Econômicos Financeiros................................................................................... 46 5.1.1.3. Fatos Relevantes........................................................................................................... 47 5.1.2. Agentes Autorizados da Brasil Telecom no Rio Grande do Sul............................. 47 5.1.2.1. Características do Segmento........................................................................................ 48 5.1.2.2. Distribuição Hierárquica Interna por Número de Funcionários por Área.................. 50 5.1.2.3. Distribuição Hierárquica por Posição de Cargo........................................................ 51 5.2. ANÁLISE DE DADOS................................................................................................ 52 5.2.1. Análise dos Questionários de Entrevistados Tipo 1................................................. 52 5.2.2. Análise dos Questionários de Entrevistados Tipo 2................................................. 54 5.2.3. Análise dos Questionários de Entrevistados Tipo 3 e 4........................................... 55 5.2.4. Análise dos Questionários de Entrevistados Tipo 5................................................. 56 5.2.5. Análise Geral dos Questionários .............................................................................. 57 5.3. DESCRIÇÃO DAS IDÉIAS-CHAVE.......................................................................... 59 5.3.1. Empresa x Mercado.................................................................................................... 59 5.3.2. Endomarketing............................................................................................................ 60 5.3.3. Motivação..................................................................................................................... 60 5.3.4. Automotivação............................................................................................................. 61 5.3.5. Comunicação............................................................................................................... 62 5.3.6. Vendas.......................................................................................................................... 63 5.4. INDICADORES DO NEGÓCIO.................................................................................. 63 5.4.1. Nível da Comunicação Interna.................................................................................. 64 5.4.2. Nível da Motivação dos Funcionários....................................................................... 64 5.5. PROJETO SUGERIDO DE ENDOMARKETING PARA AGENTES 65 AUTORIZADOS DA BRASIL TELECOM................................................................ 5.5.1. Endomarketing Orientado para a Área Comercial................................................. 5.5.2. Clima Organizacional................................................................................................. 77 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 78 6.1. LIMITAÇÃO DA PESQUISA..................................................................................... 79 6.2. PESQUISAS FUTURAS.............................................................................................. 79 76 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................... 81 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTADOS TIPO 1.................................. 84 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTADOS TIPO 2.................................. 86 APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTADOS TIPO 3 E 4........................... 87 APÊNDICE D – QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTADOS TIPO 5.................................. 88 ANEXO A – ESTRUTURA DO MERCADO EMPRESARIAL................................................ 89 ANEXO B – ANÁLISE SWOT DOS AGENTES AUTORIZADOS......................................... 90 ANEXO C – PESQUISA SOBRE ENGAJAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO 91 BRASILEIRA............................................................................................................................... LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Níveis de envolvidos e de comprometidos organizacionalmente....................... 16 Figura 2 – O processo de marketing e a orientação para o mercado.................................... 21 Figura 3 – As oito etapas da venda....................................................................................... 30 Figura 4 – Pirâmide da Teoria de Maslow............................................................................ 33 Figura 5 – Ciclo de Carreira do Vendedor e os Fatores Motivacionais Prováveis............... 37 Quadro 1 – Diferença entre pesquisa qualitativa e quantitativa............................................. 41 Figura 6 – Mapa de Atendimento – Nível Brasil – Brasil Telecom..................................... 45 Quadro 2 – Principais Indicadores......................................................................................... 45 Quadros 3 – Dados Econômicos Financeiros.......................................................................... 46 Gráfico 1 – Número, em porcentagem, de Funcionários por Cargo...................................... 51 Figura 7 – Distribuição de Cargos por Nível Hierárquico.................................................... 51 Quadro 4 – Análise de Dados dos Entrevistados Tipo 1........................................................ 52 Quadro 5 – Análise de Dados dos Entrevistados Tipo 2........................................................ 54 Quadro 6 – Análise de Dados dos Entrevistados Tipo 3 E 4................................................. 55 Quadro 7 – Análise de Dados dos Entrevistados Tipo 5........................................................ 56 Quadro 8 – Análise Geral dos Dados..................................................................................... 57 Gráfico 2 – Nível da Comunicação Interna............................................................................ 64 Gráfico 3 – Nível de Motivação dos Funcionários................................................................. 65 Figura 8 – Planejamento Estratégico Sugerido..................................................................... 68 Figura 9 – Estrutura de Gerenciamento................................................................................ 69 Figura 10 – Estrutura de Gerenciamento Sugerida................................................................. 70 Figura 11 – Símbolo da Comunicação Interna Sugerido........................................................ 72 Figura 12 – Detalhamento do Símbolo................................................................................... 72 Figura 13 – Mascote Sugerido................................................................................................ 74 1. INTRODUÇÃO Treinamentos, reuniões e eventos proporcionados pelas empresas são itens muito importantes para o bom desenvolvimento das equipes, no entanto, estas ferramentas já estão desgastadas e já não despertam surpresa aos colaboradores de uma instituição. Através disso o Endomarketing busca tornar eficazes estas e outras ações motivacionais e de comunicação que sejam inovadoras e que colaborem com as equipes, tornando-as produtivas e satisfeitas com as atividades que executam no trabalho. Cerqueira (2002) afirma que “o Endomarketing melhora a comunicação, o relacionamento e estabelece uma base motivacional para o comprometimento entre as pessoas e das pessoas com o sistema organizacional”. Analisando a passagem a respeito das causas do Endomarketing descrita por Wilson Cerqueira verifica-se o quanto é necessário estabelecer em uma empresa um sistema eficiente de Endomarketing que vise aumentar o compromisso das pessoas para o alcance das metas estabelecidas por si próprias e pela instituição da qual fazem parte. Criar ações eficazes de Endomarketing é um desafio e uma tarefa delicada para qualquer profissional, pois como já dizia (CERQUEIRA, 2002, p. 54), em seu livro Endomarketing: educação e cultura para a qualidade, “os projetos de Endomarketing são estratégicos”. Existe uma relação de dependência entre os projetos de Endomarketing e se uma ordem estratégica de implantação, não for seguida, poderão as atitudes de defesa, ou seja, de resistência, neste caso caracterizado como de baixa maturidade, romper a credibilidade de todo o sistema (CERQUEIRA, 2002, p. 57). A principal justificativa para a realização deste trabalho é em função da importância que os Agentes Autorizados passaram a ter para a Brasil Telecom. Conforme estudos realizados, pode-se dizer que o Endomarketing quando bem planejado traz inúmeros benefícios para as empresas, entre eles o aumento da produtividade da força de vendas. A Brasil Telecom oferece algumas ações de endomarketing aos Agentes Autorizados, mas não tem disponibilidade para monitorar a execução destas devido ao acúmulo de tarefas que lhe cabe gerenciar. Esta situação deixa, então, os programas de Endomarketing em segundo plano, quando estes deveriam ser a base das operações dos agentes. Hoje é essencial que exista um projeto de Endomarketing eficiente nas organizações capaz de tornar a equipe de vendas motivada e comprometida com seus gestores e com as suas atividades. Segundo Cerqueira (2002), os colaboradores que não se comprometem e permanecem envolvidos começam a se tornar um corpo estranho para a equipe, os mesmos sentem-se fora de contexto. A médio prazo, este tipo de funcionário se adapta à nova gestão ou é desligado da empresa. É importante deixar explícito que eles não serão demitidos pelos seus chefes, mas sim pelas pressões internas que a cultura do comprometimento exerce. Para o autor existem dois tipos de funcionários: os comprometidos e os envolvidos. Na figura 1 podemos ter uma idéia do que se pretende com a inserção de sistemas de Endomarketing. MÍNIMO ENVOLVIDO POUCAS OSCILANTES NO COMPROMETIMENTO MÁXIMO DE PESSOAS O MAIOR TEMPO POSSÍVEL COMPROMETIDAS Figura 1 – Níveis de Envolvidos e de Comprometidos Organizacionalmente Fonte: CERQUEIRA, Wilson. Endomarketing: educação e cultura para a qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002, p. 15. O objetivo é ter o máximo de pessoas o maior tempo possível comprometidas, poucas oscilantes, e o mínimo de profissionais envolvidas. Ao analisar a figura 1 que está orientada para a filosofia do comprometimento, o ideal é deixar claro que os problemas são de responsabilidade de todos, pois deste modo o grupo de comprometidos atrai os oscilantes e até alguns envolvidos passam a fazer parte do time ideal (CERQUEIRA, 2002). Com este estudo é evidente que a Brasil Telecom em parceria com seus Agentes Autorizados deve estabelecer um projeto de Endomarketing focado, principalmente, para as equipes de vendas que, sem dúvidas, é uma das bases funcionais mais importantes para empresas deste segmento. GIL (2001) afirma que o nível de competitividade das empresas no mercado em que atuam depende da produtividade dos seus recursos humanos. É por este motivo que quando se fala em vantagem competitiva das nações é comum citar os índices de produtividade de sua mão-de-obra. Entretanto esta produtividade depende diretamente de dois fatores: capacitação e motivação. A capacitação para desempenhar um trabalho é de responsabilidade do setor de Gestão de Pessoas, que utiliza de ações de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento para estimular a qualificar suas equipes afirma Gil (2001). Já a motivação apesar de estar interligada ao próprio empregado também é fortemente influenciada pela empresa. Hoje as pessoas preferem trabalhar em organizações que lhes ofereçam qualidade de vida. Portanto é de responsabilidade dessas empresas, manterem um clima organizacional motivador, se seu objetivo for manter seus funcionários qualificados (GIL, 2001). Assim este trabalho utiliza do Endomarketing aliado a ações motivacionais para que os Agentes Autorizados da Brasil Telecom venham produzir mais e com qualidade nas suas prestações de serviços. 1.1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA As empresas de telefonia existentes no Brasil orientam a maior parte de suas ações de marketing para fora da empresa, buscam estar sempre na mente do consumidor através de merchandising, de promoções, de publicidade e propaganda, e através de eventos e de patrocínios. As operadoras existentes no país não possuem grandes diferenciais entre elas, todas seguem semelhante linha de raciocínio quando o foco está norteado para lucrar com o consumidor final e esquecem de administrar seu público interno. A Brasil Telecom quando entrou no mercado nacional, sentiu necessidade de expandir seus produtos e serviços, não só para aumentar seu market-share mas também para combater fortes concorrentes que estavam se estabilizando no país. Com isso a empresa criou novos segmentos de negócios e adaptou alguns de seus profissionais para que estes tivessem capacidade de gerenciar estes novos procedimentos. Foram, então, criados os Agentes Autorizados para atender ao mercado empresarial e residencial. Os agentes são organizações independentes que contratam profissionais de vendas para negociar com as empresas ou pessoas físicas de determinadas regiões, tendo como foco destas negociações a redução de custos e inserção de novidades dentro do mercado de telefonia para estes tipos de clientes. Atualmente os Agentes Autorizados da Brasil Telecom comercializam seus produtos e serviços, tanto para clientes jurídicos quanto para consumidores da telefonia fixa ofertando inúmeras promoções para que o seu público-alvo tenha interesse na sua marca. Em contrapartida as equipes que são responsáveis pelo atendimento aos clientes da Brasil Telecom através do Agente Autorizado, são equipes formadas por profissionais com um nível de conhecimento médio e que trabalham nestas empresas por possuírem capacidade para vender com qualidade, no entanto estas forças de vendas são carentes de treinamentos específicos, de ações motivacionais e são carentes, principalmente de uma comunicação interna eficaz, capaz de encantar estes colaboradores. Através do contexto descrito acima será possível verificar como a falta que programas de Endomarketing orientados para este tipo de negócio podem prejudicar a produtividade de todos os envolvidos. 2. OBJETIVO 2.1. OBJETIVO GERAL Sugerir um programa de Endomarketing para os Agentes Autorizados da Brasil Telecom 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Investigar o nível motivacional da força de vendas destes agentes. 2. Colaborar através do programa de Endomarketing sugerido para o aumento da produtividade da força de vendas dos Agentes Autorizados. 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1. CONCEITOS DE MARKETING Segundo definições gerenciais a maioria das pessoas, descreve o marketing como “a arte de vender produtos”. Desse modo é surpresa para muitos ouvirem que “vender” não é a tarefa mais importante do marketing, que vender é apenas uma parte do processo (KOTLER, 2000). “Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. (KOTLER, 2000, p. 30) Drucker apud Kotler (2000) afirma que pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto e o serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí basta tornar o produto ou o serviço disponível. Marketing para Neves (2005) é utilizado para entender quais são as necessidades dos clientes finais e intermediários, através de pesquisas que possibilitam analisar o comportamento destas pessoas e do mercado, facilitando também definir o público-alvo, as estratégias de diferencial utilizadas, a adaptação de produtos, de marcas e de embalagens capazes de conquistar os consumidores, o autor também cita que o marketing estuda o planejamento de precificação de produtos, analisa como e onde colocar estes produtos ao alcance dos clientes. Na década de 60 nos Estados Unidos surgia uma nova orientação para o marketing que passava de uma simples ferramenta de venda para uma disciplina aplicada da ciência comportamental, que tinha como objetivo entender a interligação entre compradores e vendedores. Esta nova orientação também visava satisfazer por inteiro, determinado grupo de consumidores, oferecendo o que estes desejavam, combatendo de maneira eficiente a concorrência. Invertia-se, então, o processo já existente, ao invés de produzir o que era de baixa competição e ser de responsabilidade das equipes estimularem a demanda, as empresas passaram, através de pesquisas, a identificarem o que era de interesse do consumidor e o que poderia satisfazê-los. Este então é um pensamento de marketing, uma orientação completamente invertida (NEVES, 2005), assim pode-se verificar na figura 2 este exemplo de inversão conforme defende Neves (2005). Analisar Oportunidades do Mercado Pesquisa de Mercado e Sistemas de Informação Mercados Consumidores Mercados Institucionais Seleção dos Mercados-Alvo Avaliação e Definição de Produtos/Mercados Formulação Estratégica 1 – Identificar Segmentos-alvo 2 – Escolher o Segmento de Mercado a ser alvejado 3 – Diferenciação da Oferta para o Segmento-alvo Desenvolvimento do Mix de Marketing Produto/Preço/Distribuição/Comunicações 4 – Posicionamento da empresa para o Segmento-alvo Gerenciamento do Esforço de Marketing Acompanhamento dos Concorrentes Planejamento, Implementação, Organização e Controle Figura 2 - O processo de marketing e a orientação para o mercado. Fonte: Adaptada de Kotler (2003). – (NEVES, 2005) Len (1993) afirma que o marketing tem dois significados, ele pode ser entendido como a atividade geral da empresa – a empresa só está nos negócios porque se vale do marketing - e em segundo lugar o marketing pode ser visto como uma função igual às outras na empresa. Ainda para o mesmo autor o marketing pode ser uma força que possui influência dentro da empresa e pode possuir responsabilidades no mesmo nível da diretoria, executando uma função de apoio em busca de vendas. Relações mercadológicas existem onde há mercado, é então nesta situação que haverá possibilidade de aplicar marketing. Marketing é a maneira de como se trata e se sente o mercado. Independente do segmento da empresa e do que é comercializado por ela, se há mercado podem ser orientados pelo marketing. (COBRA, 1981). Ainda para Cobra (1981), todo o processo de marketing é orientado para a área comercial e depende do resultado e da eficiência do setor de vendas e ainda afirma que para a empresa obter sucesso é necessário que haja uma integração do esforço de vendas com o planejamento mercadológico. O departamento de vendas deve estar interligado ao setor de marketing, e o gerente comercial como subordinado do gerente de marketing deve administrar a sua força de vendas utilizando-se das ferramentas do composto de marketing, fazendo das vendas um braço direito dessa categoria e usando o seu vendedor como um grande realizador de desejos para seus clientes (COBRA, 1981). Stanton e Spiro (2000) dizem que marketing é uma filosofia de negócios que usa a satisfação do cliente para justificar economicamente e socialmente a existência da empresa. Com isso as autoras afirmam que as atividades da empresa devem focar-se em listar o que o cliente aspira e satisfazer esses desejos de modo que eles tragam lucro a longo prazo. Uma empresa que é está orientada para o cliente adota o marketing como sua filosofia comercial e utiliza esta filosofia para orientar o planejamento, as estratégias e as táticas necessárias para que todos alcancem suas metas. No entanto para que exista uma estratégica eficiente é de extrema importância que o marketing e a área comercial estejam perfeitamente integrados (STANTON e SPIRO, 2000). 3.2. INTRODUÇÃO AO MARKETING DE SERVIÇOS Bens e serviços são segmentos diferentes, assim como as administrações desses dois tipos de segmentos diferem entre si. Para você ser um bom profissional de marketing de serviços, é necessários definir estratégias e ferramentas especiais para poder administrar uma empresa prestadora de serviços, é o que afirma Zeithaml e Bitner (2003). Pode-se ter como definições de serviços ações, atuações e processos. Os serviços por serem intangíveis são apresentados aos clientes das três maneiras supracitadas, ainda Zeithaml e Bitner (2003) deixam claro que serviços também fazem parte de empresas que comercializam bens tangíveis. Para estes autores (2003, p. 28), abaixo está descrita uma citação dos mesmos. Para Zeithaml e Bitner (2003) os serviços incluem todas as atividades econômicas cujo produto não é uma construção ou produto físico, é geralmente consumido no momento em que é produzido e proporciona o valor agregado em formas (como conveniência, entretenimento, oportunidade, conforto ou saúde) que são essencialmente intangíveis, de seu comprador direto. É importante saber a diferença entre serviços e serviços ao cliente. Resumidamente, serviço, como já foi visto, abrange uma ampla gama de indústrias e o serviço ao cliente é utilizado para dar apoio à comercialização dos principais produtos de uma empresa (ZEITHAML e BITNER, 2003). 3.3. FUNDAMENTOS DE ENDOMARKETING Os pioneiros no desenvolvimento dos projetos de Endomarketing foram os japoneses, e foi a partir da observação deste modelo de administração participativa que surgiu um grande número de projetos no mundo ocidental. Na realidade, a grande maioria consiste em adaptações culturais dos originais afirma Cerqueira (2002). A idéia de comunicação interna foi criada em 1975 e registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 1995 por Saul Faingaus Bekin este autor explica que a empresa é um organismo vivo, e o primeiro público a que a empresa deve se reportar é o público interno, sempre. "O marketing faz a promessa; o endomarketing cumpre", explica Bekin. Para ele, o maior especialista nessa área no país, o Endomarketing é um elemento indispensável para o sucesso de qualquer empresa. "O Marketing Interno é algo ainda pouco aplicado no Brasil, mas deveria ser comum em todas as grandes empresas. A confiança do público, tanto o interno como o externo, é uma conseqüência do Endomarketing", afirma. Apesar de ter sido criado há 25 anos, o termo só foi popularizado entre as grandes corporações em 1989, em um seminário da HSM, tendo como palestrante Philip Kotler, que convidou Bekin para debater o tema. Com esse debate, os participantes do seminário perceberam que já possuíam iniciativas parecidas com a abrangência do Endomarketing. O que aconteceu foi que essa idéia tornou-se mais clara. Desde então, esse termo vem sendo difundido entre as companhias, até que em 1992 foi criado pela Associação Brasileira de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) o Prêmio Top de RH/ Endomarketing, que premia as empresas de grande destaque em programas de Marketing Interno. Esse prêmio está em sua oitava edição (Disponível em www.hsmmanagement.com.br - 19/09/2007). “Endo”, proveniente do grego, que dizer posição ou ação no interior, ou seja, “movimento para dentro” (BRUM, 1994, p. 11). Brum (1994) diz que Endomarketing é um conjunto de ações de marketing focadas no cliente interno e que serão estas ações que farão com que a empresa venda sua imagem para seus funcionários e para os familiares destes. Brum (1998, p. 10) definiu o Marketing Interno da maneira descrita na citação abaixo: O Endomarketing é, portanto, uma decorrência da necessidade de se motivar pessoas para os programas de mudança que começaram a ser implementados, desde a década de cinqüenta, no mundo inteiro. Cerqueira (2002) em seu livro, Endomarketing: Educação e Cultura para a Qualidade, ainda nos diz que os sistemas de Endomarketing são processos e projetos que através de comunicação integrada faz com que os funcionários de uma empresa comprem a idéia de satisfação pela mesma. Estes sistemas além de fidelizar o público interno têm como objetivo fazer com que todos os funcionários, independente, dos cargos que ocupam, se comuniquem através de uma linguagem cultural própria e homogênea. Endomarketing são ações projetadas para o público interno, que as empresas devem ter como meta, para que a base cultural do comprometimento seja consolidada entre seus funcionários. Cerqueira (2002) cita que o desenvolvimento dos sistemas de Endomarketing visa os seguintes pontos: • a prática dos valores estabelecidos como base da nova cultura; • a manutenção de um clima ideal de valorização e reconhecimento das pessoas; • a obtenção de índices maiores de produtividade e qualidade, com a conseqüente redução de custos; • o estabelecimento de canais adequados de comunicação interpessoal, que permitirão a eliminação de conflitos e insatisfações, que possam afetar o sistema organizacional; • a melhoria do relacionamento interpessoal; • o estabelecimento da administração participativa; • a implantação de ações gerenciais preventivas. Para Brum (1998) um dos principais objetivos do Endomarketing é fazer com que os colaboradores de uma empresa tenham similar óptica a respeito dos negócios da mesma, tais como gestão, metas, objetivos e também sobre produtos e serviços. A autora ainda analisa que a falta de uma comunicação interna gera reações na base da pirâmide e que a adequação dessa comunicação visa utilizar instrumentos sistêmicos e integrados, que motivem os colaboradores a exercerem suas atividades pelo mesmo fim, denomina-se, por fim, este processo de Endomarketing. Uma das principais ações que podem ser realizadas para que os funcionários motivem-se a exercer suas atividades, é orientar o marketing para dentro da empresa com a real preocupação de melhorar a produtividade pessoal e profissional destes colaboradores. Brum (1998) declara que um programa de Endomarketing bem realizado tem a chance de fazer com que os colaboradores comprometam-se com a nova postura da empresa, cada um na sua área de atuação através de suas atividades. Cada vez mais se necessita de pessoas motivadas e que sejam satisfeitas com as empresas das quais fazem parte assim como o mercado está exigindo empreendedores líderes, humanistas e idealistas. E desse modo ambas as classes trabalhistas precisam de uma comunicação interna eficiente realizada através de programas, técnicas e instrumentos para que se mantenha e aprimore-se a relação entre as duas partes (BRUM, 1998). O Endomarketing não só serve para informar como serve para disciplinar o topo da pirâmide visando realizar ações eficazes de aproximação com os funcionários de sua empresa. A comunicação é, então, tratada de maneira simples e descrita como um processo pelo qual idéias e sentimentos são transmitidos de pessoas para pessoas dentro de um mesmo clima organizacional (BRUM, 1998). Em seu livro Endomarketing como Estratégia de Gestão, Brum (1998) afirma que todo o programa de Endomarketing deve ser formado por uma idéia, um conceito e por um norte cultural. Após a integração destes principais itens as ações são desenvolvidas de acordo com o tamanho, o segmento e de acordo com a base cultural da empresa, com isto se é capaz de receber informações geradas de acordo com as operações funcionais e com a filosofia da organização. Quando se diz que com um bom programa de Endomarketing as empresas obtêm como principal resultado a felicidade de seus funcionários em fazerem parte de seus ambientes de trabalho, pode parecer uma citação exagerada, defende-se, então, que não se trata apenas de espírito caridoso por parte dos líderes mais sim se comprova que investir em um bom clima organizacional aumenta a produtividade, o poder de decisão e baixa a rotatividade de pessoal (BRUM, 1998). Cerqueira (2002) explica no que consiste um programa de Marketing Interno. Os sistemas de Endomarketing consistem num conjunto de processos, projetos ou veículos de comunicação integrada que permite a venda, a consolidação de uma nova imagem para dentro da empresa. Para Cerqueira (2002) as pessoas podem receber os estímulos recebidos de duas maneiras. Elas podem concordar extremamente com o estímulo recebido pela outra pessoa, mas internamente não aceitar aquela idéia, estando, entretanto, no processo psicológico de envolvimento. Ou elas podem concordar internamente, pois a adesão à idéia se refere a uma identificação motivacional ao estímulo recebido de outra pessoa. Dessa maneira, este tipo de relação integral denomina-se comprometimento. Cerqueira (2002) cita em seu livro, Endomarketing: educação e cultura para a qualidade, que só se pode afirmar que os funcionários estão integralmente comprometidos quando preexiste uma eficiente base motivacional, dessa maneira este tipo de relação beneficia a todos na empresa, porque a maioria dos colaboradores será norteada culturalmente dentro da organização pelo comprometimento. O autor afirma que deve ser de interesse da empresa ter o máximo possível de pessoas comprometidas, um número razoável de pessoas oscilantes no comprometimento e o mínimo possível de pessoas envolvidas e ainda defende que a motivação é um estado interno do indivíduo que varia a todo o momento, de acordo com as suas necessidades. A melhora na comunicação e no relacionamento assim como o estabelecimento de uma base motivacional são alguns dos benefícios que o Endomarketing traz para as organizações (CERQUEIRA, 2002). Brum (2000) pergunta aos leitores quem é capaz de surpreender o consumidor e logo responde que os funcionários são os responsáveis pela satisfação do cliente. No entanto para que este funcionário cumpra com suas responsabilidades com qualidade ele precisa estar bem informado, bem preparado, deve ser criativo e feliz. Com a disponibilidade destes itens, os funcionários serão capazes de fazer a diferença. A autora se refere a uma diferença provocada por um colaborador que recebe da instituição, da qual faz parte, educação, carinho e atenção. Por fim, todos estes programas definem o que é Endomarketing. E para Brum (2000, p. 46), “o Endomarketing é todo esforço feito por uma empresa para melhorar o nível de informação e, com isso, estabelecer uma maior aproximação com o seu funcionário”. Para encantar os clientes os funcionários devem estar bem informados e bem preparados, desse modo todos saem beneficiados (BRUM, 2000). 3.4. COMUNICAÇÃO X INFORMAÇÃO Para definir uma idéia a respeito de comunicação e informação, deve-se pensar da seguinte maneira: informação é o que irá ser transmitido a algum receptor e comunicação é o meio utilizado para se transmitir essa informação. Desse modo segue abaixo alguns conceitos mais formais dessas duas ferramentas. Brum (1998) afirma que existem duas estratégias básicas que são orientadas para a comunicação interna. A primeira estratégia mostra a visão do topo da pirâmide e os objetivos da empresa, já a segunda está orientada para a parte operacional e se volta à comunicação de questões específicas relacionadas às atividades trabalhistas. A autora defende a idéia de que quando uma organização concentra-se muito na administração ou nas tarefas muitos problemas mais sérios que fazem parte do cotidiano podem ser “mascarados”. A comunicação deve trazer benefícios a todas as partes envolvidas assim como deve ser algo em comum para todos e não somente a colaboradores específicos, pois havendo impressão de exclusão por parte do restante da equipe pode haver baixa na produtividade destes (BRUM, 1998). Cerqueira (2002) diz que qualquer projeto estabelecido de Endomarketing define um forte sistema de comunicação integrada. Para o autor o Endomarketing além de estabelecer uma base motivacional, ele melhora a comunicação interna, pois não é por acaso que todos os projetos de Endomarketing são estratégicos. Para Brum (2005) a importância da informação corporativa é inquestionável, pois todo colaborador deve de ter a consciência da dimensão da organização da qual pertence. Mas nem sempre a informação chega às equipes devido à falta de canais de comunicação eficientes e também pela deficiência nos níveis de liderança que acreditam ter a responsabilidade de apenas transmitir informações locais. O público interno não pode ficar sem informações sejam elas passadas de maneira formal ou informal a ele, é o que afirma Brum (2005). O acesso informal surge da ausência de uma comunicação interna eficiente seja através de canais ou diretamente dos gestores das equipes. Brum (2005) também salienta que é melhor informação demais do que em falta, pois ela apesar de equivocada pode ser corrigida e quando inexistente as suas interpretações são infinitas, o que é bem pior. A informação transparente deve ser então, um dos principais fatores motivacionais, pois este é o modo mais simples de agradar qualquer pessoa. Com isso a comunicação deve ser bem planejada, pois assim todos sentirão confiança nos seus líderes e se tornar-se-ao comprometidos com as funções que lhes cabem executar (BRUM, 2005). Brum (2003) em seu livro Respirando Endomarketing informa que não existe um único gestor que não deseje ter a “fórmula mágica” que motive seus subordinados. De qualquer maneira, como esta “fórmula” não existe, as organizações bem sucedidas possuem um norte cultural voltado para a informação e para a integração. Segundo Brum (2003) informação é o produto da comunicação interna. A autora salienta que a informação passada através de um meio comunicativo eficiente deve ser considerada a melhor estratégia de aproximação gestor e público interno. É necessário que sejam realizadas ações de integração dentro das empresas, pois conforme Brum (2003), ninguém se sente satisfeito num local onde as pessoas, as equipes e a empresa não interajam entre si. Portanto informação e integração são fatores considerados de grande influência nos processos motivacionais. Brum (1994) explora o papel dos diretores das organizações no processo de repasse das informações, afinal são os mesmos que decidem quais informações serão repassadas e quais instrumentos de comunicação serão utilizados. No seu livro Endomarketing, Brum (1994) relembra um antigo paradigma que defende que o que é dito deve ser igualmente colocado em prática. No entanto nos dias atuais, afirma a autora, não há possibilidade de esta situação vir a ocorrer e também que esta teoria já está antiquada e não tem mais para onde evoluir. Temos como exemplo de que a prática e a teoria estão em níveis, completamente diferentes. O fato de muitos diretores falarem de coisas novas, modernas e não colocarem em prática seus projetos inovadores e outras direções praticarem ações superiores aos seus níveis de conhecimento. No entanto mesmo havendo um distanciamento entre discurso e ação, se a informação for bem trabalhada, capaz de mudar comportamentos, os colaboradores irão se sentir seguros, capazes de estabelecer relações modernizadas e adaptáveis (BRUM 1994). Segundo Gil (2001) muitas pessoas por saberem se expressar com certo desembaraço definem-se como bons comunicadores, com isso o autor reforça a idéia de que informar e comunicar são duas ações bem diferentes uma da outra, pois para o autor comunicar significa tornar comum alguma informação. Um bom comunicador além de saber falar, precisa saber ouvir, é por isso que uma das definições da palavra comunicação é fazer-se entender. Nesse contexto o autor analisa o comportamento do ser humano quando o assunto é saber se comunicar, pois é muito comum ver uma pessoa falando e a outra pensando no que irá responder, o que significa que esta não está prestando atenção no assunto daquela. E nas empresas isto causa conflitos, dificulta o relacionamento interpessoal e acima de tudo custa dinheiro para os seus responsáveis (GIL, 2001). Gil (2001) cita em seu livro, Gestão de Pessoas, que ouvir é uma habilidade comunicativa extremamente importante e geralmente ignorada. Para o autor saber ouvir motiva a boa comunicação nas pessoas e possibilita a melhor interpretação das pessoas quando emitem qualquer informação. Saber ouvir é uma técnica que pode ser melhorada, diz Gil (2001), para ele diminuindo os fatores capazes de provocar distrações faz com que as pessoas ouçam com eficácia. Escutar para o autor significa dispor-se a ouvir com a maior fidedignidade possível, mesmo isto sendo uma tarefa difícil para diversas pessoas que consideram falar mais fácil e prático, do que escutar. 3.5. ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS - CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS Stanton e Spiro (2000) definem como mix de marketing a combinação de quatro elementos, são eles: produto, preço, praça e promoção. Estes quatro ingredientes constituem a base dos sistemas de marketing das empresas. Os autores ainda analisam a eficiência da combinação efetiva desses elementos, que quando integrados entre si tornam os programas de marketing das organizações satisfatórios para a necessidade de mercadorias e serviços do market-share da empresa. Diversas pessoas consideram a área de vendas independente da área de marketing e vice-versa. Muitos não têm o conhecimento de que as operações de vendas se enquadram no plano de marketing e no plano corporativo das instituições. Com isso os próprios profissionais de ambas as áreas trabalham como se fossem competidores diretos, causando a falta de cooperação entre as equipes (STANTON E SPIRO, 2000). Em seu livro, Administração de Vendas, Stanton e Spiro (2000) mostram o processo de vendas em forma de cadeia, com cada uma de suas etapas devendo ser encerrada satisfatoriamente. As etapas sobrepõem-se entre si e podem ser modificadas para suprir a necessidade momentânea. Com isso, na figura 3, é possível verificar as oito etapas de vendas determinadas por Stanton e Spiro (2000). Acompanhamento Conquistando Compromisso Respondendo às Objeções Apresentação Avaliação das Necessidades Abordagem Pré-Aproximação – Preparação da Venda Prospecção Figura 3 – As oito etapas da venda. Fonte: STANTON, Willian J. e SPIRO, Rosann L. Administração de Vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2000, p. 48. A área de vendas tem extrema importância para o faturamento das organizações, com isso é de utilidade saber que esta área não está isolada das demais, pois ela depende de um eficiente planejamento estratégico de marketing, que inclui a análise detalhada do mix, conforme já citado. Portanto verifica-se que qualquer estudo do setor comercial exige compreensão por parte das atividades mercadológicas e de seus relacionamentos (LAS CASAS, 2006). Segundo Las Casas (2006, p. 15) para poder entender perfeitamente como funcionam as ações mercadológicas é necessário dar uma definição para o marketing: Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar os objetivos da empresa e considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade. 3.5.1. Força Externa de Vendas Normalmente a força externa de vendas faz visitas no estabelecimento comercial de seus clientes e algumas vezes chegam a ir até suas residências, com isso os problemas que surgem para a administração de uma força de vendas nem sempre são dos mais comuns, principalmente porque os vendedores externos nem sempre estão geograficamente na base principal das organizações é o que defendem Stanton e Spiro (2000). A força de vendas deve ser vista como a encarregada pela execução da estratégia, deve ser considerada parte integral da estratégia de marketing da empresa para que esta possa vir a alcançar os objetivos do marketing (STANTON E SPIRO, 2000). Estes autores salientam em seu livro, Administração de Vendas, uma citação importante, que diz que as equipes de vendas e de marketing devem estar cientes de que fazem parte do mesmo contexto. Segundo Stanton e Spiro (2000), o marketing deve contar com a força de vendas, pois esta é uma importante fonte de informação, capaz de contribuir diretamente no planejamento estratégico de produtos e de comercialização. E conseqüentemente o marketing deve fornecer para as equipes de vendas ferramentas que possibilitem os vendedores a produzirem com maior eficiência. Temos como exemplo destas ferramentas: a propaganda, os serviços de apoio e as promoções de vendas. Com isso fica de responsabilidade destes colaboradores executarem as estratégias estabelecidas pelo marketing. Stanton e Spiro (2000), além de citarem os conceitos descritos acima, também defendem a idéia de que o marketing deve durante o processo de planejamento procurar ter a adesão da equipe de vendas. Para finalizar estas idéias serão descritas, abaixo, as características pessoais dos vendedores que influenciam as necessidades destes colaboradores, suas avaliações de recompensas e sua percepção dos vínculos adicionais, conforme Stanton e Spiro (2000). • Características Demográficas (idade, tamanho da família, renda e nível de instrução) • Características Psicológicas • Experiência • Estágios da Carreira 3.6. MOTIVAÇÕES PARA A ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS Qualquer comportamento se inicia pelo surgimento de uma necessidade ou de algum estímulo, a partir deste momento as pessoas passam a estar motivadas, elas desejam realizar alguma ação afirmam Stanton e Spiro (2000) e ainda dizem que o esforço empreendido desejado para atender uma necessidade ou algum estímulo é o que se conhece por motivação. Na área comercial motivação é tudo aquilo que os vendedores desejam fazer em relação a inúmeros aspectos dos cargos dos quais fazem parte. Nestes aspectos podem estar inseridos a natureza dos cargos, a individualidade de cada funcionário, a diversidade das metas e as modificações do mercado, com isto a motivação dos vendedores passa a ser uma tarefa difícil e extremamente importante (STANTON e SPIRO, 2000). Para Stanton e Spiro (2000) deve haver três condições para que uma necessidade não-atendida conduza os vendedores a melhorar seus desempenhos, são elas: A - Em primeiro lugar, os vendedores devem considerar as recompensas desejáveis – isto é, elas devem satisfazer alguma necessidade. B - Segundo, eles devem acreditar que a conquista dessas recompensas baseia-se em seu desempenho, e devem conhecer exatamente o desempenho exigido para consegui-las. C - Por fim, os representantes devem acreditar que as metas de desempenho nas quais as recompensas estão baseadas são alcançáveis. Resumindo o que Stanton e Spiro (2000) querem dizer, é que os vendedores devem achar que se tentarem, terão condições de atingir as metas que lhes foram estabelecidas. Kotler (2000) cita a ordem de recompensas estabelecidas por pesquisas para definir o grau de importância destes benefícios para os funcionários das empresas. 1º - Remuneração 2º - Promoção 3º - Crescimento Pessoal 4º - Sensação de ter realizado algo relevante 5º - Simpatia e Respeito 6º - Segurança e Reconhecimento Ainda para Kotler (2000), as empresas utilizam de diferentes motivadores para estimularem suas forças de vendas. Um desses motivadores são as reuniões periódicas, que quebram a rotina e possibilitam uma melhor integração de todas as equipes facilitando a troca de informações entre elas. Enfim para o autor esse tipo de reunião é uma ferramenta importante para a motivação da força de vendas. Stanton e Spiro (2000) citam em seu livro, Administração de Vendas, a pirâmide de Maslow, conforme mostra a figura 4, propondo cinco níveis de necessidades que todo ser humano busca satisfazer. Necessidades de AutoRealização Satisfeitas com: Autodesenvolvimento, desafio. Ações Gerenciais: Treinamento avançado, indicações para projetos especiais, mais responsabilidade e autoridade. Necessidades de Estima Satisfeitas com: Status, reconhecimento. Ações Gerenciais: Reconhecer as realizações dos vendedores, promoções, elogios escritos. Necessidades Sociais Satisfeitas com: Amizade e aceitação. Ações Gerenciais: Utilização de eventos sociais, vendas em equipe, orientação e reuniões de vendas. Necessidades de Segurança Satisfeitas com: Segurança no trabalho e nos rendimentos. Ações Gerenciais: Oferecer um ambiente de trabalho seguro. Necessidades Fisiológicas Satisfeitas com: alimentação, vestuário e abrigo. Ações Gerenciais: Oferecer remuneração adequada e benefícios. Figura 4: Pirâmide da Teoria de Maslow Fontes: STANTON, Willian J. e SPIRO, Rosann L. Administração de Vendas. Rio de Janeiro: LTC, 2000, p. 214. Para Aguiar (2005) que cita a teoria de Frederick Herzberg onde este defende que existe distinção entre satisfação e motivação no trabalho. Para Herzberg os fatores higiênicos são aqueles que estão relacionados com as condições de trabalho e causam satisfação nas pessoas e aqueles fatores que estão diretamente relacionados com as tarefas, com a geração de produtividade geram motivação. Seguem alguns exemplos: A - Por fatores higiênicos temos o tipo de supervisão, as relações interpessoais, as condições físicas no trabalho, o salário, a cultura organizacional, o planejamento administrativo, os sistemas gerenciais e benefícios e a segurança no trabalho. B - Por fatores motivacionais cita-se a liberdade, a responsabilidade, a criatividade e as novidades no trabalho. Em seu livro Psicologia Aplicada à Administração, Aguiar (2005) que analisa os fatores higiênicos descritos por Herzberg diz que estes são necessários, mas não suficientes para promover a motivação e a produtividade dos funcionários. Herzberg apud Aguiar (2005), entretanto, enfatiza que mesmo o contexto organizacional caracterizável como ótimo (salários, segurança, benefícios, políticas e regras administrativas, adequados) não leva necessariamente a atitudes positivas em relação ao trabalho. Quando os colaboradores de uma empresa conhecem todos os aspectos de suas tarefas, esta situação aumenta a chance de qualquer programa motivacional vir a ter sucesso. Dentre estes aspectos estão a descrição detalhada dos cargos que ocupam e do que se espera deles, assim como devem saber como seus feitos serão reconhecidos. É importante, portanto, estabelecer objetivos específicos que sejam de comum acordo e que sejam avaliados pelos superiores destes funcionários. A partir desta situação a administração deve segmentar métodos eficientes que venham motivar os seus subordinados a alcançar suas metas (STANTON e SPIRO, 2000), ainda para estes autores as ferramentas motivacionais podem ser divididas em duas maneiras, a primeira é a recompensa com base financeira que envolve os seguintes itens: • Plano Básico de Remuneração o Salário o Comissões o Pagamentos de bonificações o Benefícios marginais • Concursos de Vendas O segundo tipo de recompensa, segundo Stanton e Spiro (2000) é a não-financeira, que envolve: • Recompensas de Reconhecimento o Broches o Troféus o Certificados • Elogios e Incentivos da Administração • Enriquecimento do Cargo • Oportunidades de Promoção Ainda existem outros elementos motivacionais citados no livro Administração de Vendas, escrito por Stanton e Spiro (2000), que são: • Reuniões de Vendas e Convenções • Liderança e Supervisão • Programa de Treinamento de Vendas – Indução e Continuação • Orientação de Vendas • Elementos de Planejamento de Vendas o Previsões o Orçamentos o Quotas o Territórios • Avaliação de Desempenho do Vendedor • Elementos de Administração Geral o Organograma o Estilo de Liderança Gerencial o Canais de Comunicação Frederick Herzberg apud Aguiar (2005) foi um dos primeiros investigadores a tomar em consideração as opiniões dos trabalhadores nas pesquisas acerca das condições de trabalho. Para Herzberg existe uma relação direta e dependência entre produtividade e motivação. O mesmo afirma que podem ser considerados fatores motivacionais aqueles ligados à maneira como os funcionários realizam suas tarefas. Ele usa como exemplo fatores como ser livre para criar, para inovar e para procurar formas próprias e únicas de atingir os resultados de uma tarefa. Quando Herzberg mostra em seus estudos que tanto a produtividade como a motivação são objetos de interpretações diversas, Aguiar (2005) reforça que muitos confundem produtividade com grau de integração dos indivíduos às normas e procedimentos da organização, que se confunde motivação como sua capacidade de integração a essas políticas, normas e procedimentos administrativos. Neste contexto muitas organizações tomam por produtividade o grau de acomodação de seus colaboradores e não a capacidade técnico-profissional, a responsabilidade, o compromisso com a qualidade, a liberdade, a criatividade e a inovação como deveria ser. Para Minicucci (1995) a motivação dos indivíduos tem muitas facetas e é uma tarefa quase sem fim denominar e enumerar os motivos humanos, pois todos decorrem dos comportamentos observados nessas pessoas. O autor ainda diz que a motivação interiorizada é a melhor forma que existe, pois esta permite que os colaboradores satisfaçam suas necessidades e desenvolvam suas personalidades. No entanto, este tipo de motivação raramente pode ser aplicado sozinho e é indicado para pessoas onde seus trabalhos exijam discernimento e compromisso pessoal. Para motivar a força de vendas a realizar grandes desempenhos, devem-se aplicar ações diferenciadas das utilizadas para motivar outras classes profissionais, afirma Cobra (1981) assim como não são diferente de outras profissões são diferentes de vendedor para vendedor, pois as ações motivadoras para este autor, é uma decorrência de comportamentos distintos analisados nas necessidades próprias de cada um dos integrantes da força de vendas. Cobra (1981) cita como exemplos de fatores internos estimulantes, que são reconhecidos e muito utilizados, os treinamentos oferecidos aos seus vendedores, a imagem que a empresa possui para o mercado, os ganhos, o desenvolvimento profissional e a autonomia. Para Jolson apud Cobra (1981) a carreira do vendedor encontra-se definida da seguinte maneira: estágio da preparação, do desenvolvimento, da maturidade e do declínio. Jolson ainda levanta a hipótese de que cada etapa do ciclo pode repetir-se diversas vezes, sendo que o tempo de um para outro depende da interação de variáveis como administração, clientes, ambiente, entre outras. A figura 5 traz um agrupamento de ações motivacionais orientadas para cada ciclo do estágio da carreira do vendedor. CICLO DE CARREIRA DO VENDEDOR E OS FATORES MOTIVACIONAIS PROVÁVEIS Nível de Realização INTRODUÇÃO * Treinamento FATORES MOTIVACIONAIS DO VENDEDOR (Exemplos) * Imagem da Empresa * Desafio * Ganhos * Bom Ambiente DESENVOLVIMENTO * Ganhos * Desenvolvimento * Desafio * Imagem da Empresa * Reconhecimento * Treinamento * Segurança * Bom Ambiente MATURIDADE * Ganhos * Bom Ambiente * Reconhecimento * Desafio * Seguran-ça * Trein-amento * Departa-mento Eficiente *Autono-mia * Benefí-cios * Imagem da Empresa DECLÍNIO TEMPO * Ganhos * Benefícios * Tempo Pessoal * Bons Prêmios * Segurança * Imagem da Empresa * Treinamen-to * Autonomia * Reconheci-mento Figura 5: Ciclo de Carreira do Vendedor e os Fatores Motivacionais Prováveis Fonte: COBRA, Marcos. Administração de Vendas. São Paulo: Atlas, 1981. Las Casas (2006) afirma que para se obter bons resultados, não basta ser eficiente na contratação de bons profissionais, é necessário também manter a equipe motivada assim como afirma que a motivação contribui para o aumento do entusiasmo, aumenta a garra e a vontade e confirma que estes pontos são imprescindíveis para o sucesso das vendas. Cabe aos gerentes comerciais conhecer as necessidades de sua força de vendas para que possam motivá-la de acordo com o que ela espera (LAS CASAS, 2006). Ainda para este autor a motivação é interna e é uma satisfação psicológica de algum reconhecimento profissional e o gerente deve criar condições para que o funcionário sinta-se recompensado tanto materialmente quanto psicologicamente, com isso ele deve tornar o trabalho diário destes vendedores o mais interessante que ele consiga. Tem-se como exemplo: • Delegar responsabilidades; • Proporcionar chances de evolução; • Propiciar qualificação e conhecimento; e • Saber reconhecer. É importante analisar não só fatores motivacionais, mas também detectar aqueles que diminuem a estima dos colaboradores de uma empresa. Las Casas (2006) defende em seu livro, Administração de Vendas, que é uma tarefa difícil, definir, exatamente, quais são os fatores que desmotivam as pessoas, até porque a motivação é avaliada individualmente, pois exige uma análise das necessidades de cada ser humano. Dessa maneira o autor busca listar quais são os fatores desmotivadores mais freqüentes e cita como exemplos a falta de confiança na organização, a infra-estrutura, as características do cargo, entre outras causas. Com isso cabe a cada instituição, independente do tamanho de sua estrutura, se preocupar em estabelecer um clima harmônico que mantenha sua força de vendas motivada. Alguns fatores que proporcionam motivação, segundo Las Casas (2006) são deixar claro para cada colaborador o que a empresa espera de resultados por parte dele, quando os vendedores possuírem necessidade de realização, remunerar os funcionários por incentivos e manter uma boa administração. 3.6.1. Automotivação Segundo Brum (2000), mesmo que a teoria do Marketing Interno defenda a idéia de que os canais, instrumentos e ações sejam planejados para atingir todos os funcionários de uma organização deve-se pensar ter como objetivo fazer com que os colaboradores sintam-se únicos. Para que esta situação seja realizada a empresa deve se comunicar com estas pessoas utilizando mensagens direcionadas ao indivíduo e não à massa. Alguns itens que podem ser utilizados são as correspondências individuais enviadas às residências dos colaboradores e assinadas pelos diretores da organização. O texto pode ser semelhante para todos os funcionários, porém só o fato de estar recebendo com exclusividade na sua própria casa já é considerado um diferencial. Ainda em seu livro, Um Olhar sobre o Marketing Interno, Brum (2000) escreve que para muitas pessoas o trabalho é sinônimo de tortura, o que deveria ser uma situação de prazer. A autora diz que esse sentimento é comum em função do capitalismo existente, que valoriza o capital financeiro e os lucros e deixa carente o trabalho vivo que envolve a criação e a produção. As ações utilizadas para motivar pessoas que se encontram no estado psicológico citado acima é uma tarefa de grande responsabilidade e de extrema dificuldade para ser assumida pelas instituições. É por este motivo que muitos estudiosos do comportamento humano defendem que os colaboradores devem ser responsáveis por 50% da sua motivação. Esta atitude é então denominada de automotivação (BRUM, 2000). A automotivação não é nada mais do que a decisão que as pessoas possuem em escolher o ambiente nas quais desejam viver e trabalhar, pois deste modo elas passam a ser, na realidade, donas das suas vidas e de seus futuros. Neste contexto cabe às organizações deixarem claro aos seus funcionários que eles também possuem responsabilidade pelo clima organizacional do qual fazem parte (BRUM, 2000). Para confirmar a idéia de automotivação Stanton e Spiro (2000), deixam claro que os vendedores só podem ser motivados se estão dispostos a receberem ações motivadoras e ainda reforçam que toda motivação é uma automotivação. Com isso as autoras dizem que é um grande desafio para os gestores identificarem e compreenderem o tipo de motivação que cada vendedor possui. Em seu outro livro, Respirando Endomarketing, Brum (2003) afirma que após receber melhores níveis de informação sobre a empresa e após estar integrado ao clima organizacional, o colaborador passa a conviver em um ambiente favorável para crescer pessoal e profissionalmente. É então, neste momento, que dependerá de cada funcionário “ser mais” e “produzir mais”. Com isso volta-se a idéia de automotivação pois como citado após todas as estratégias estarem claras, cabe a cada indivíduo encontrar em si próprio o que pode motivá-lo e incentivá-lo e produzir com qualidade e em maior escala. 4. METODOLOGIA Abaixo estão descritas as três etapas de pesquisas realizadas nesta monografia para a obtenção das informações que serão analisadas para a elaboração do projeto sugerido de Endomarketing. 4.1. ETAPA QUALITATIVA Para Malhotra (2005) a pesquisa qualitativa permite uma melhor visão e compreensão do problema. Para o autor este tipo de pesquisa além de definir o problema e desenvolver uma abordagem, ela é apropriada quando se tem a necessidade de enfrentar uma situação de incerteza, como por exemplo, quando os resultados conclusivos são diferentes das expectativas. Ainda para este autor a pesquisa qualitativa é apoiada em amostras pequenas e não-representativas, assim como os dados não são verificados estatisticamente. Este levantamento pode ser julgado antes ou depois do fato estudado afirma Malhotra (2005). Para a realização desta monografia foram realizadas entrevistas qualitativas em três Agentes Autorizados da Brasil Telecom, concorrentes entre si. As perguntas foram formadas através do estudo do referencial teórico e de acordo com o perfil das empresas. No quadro 1 pode-se verificar a diferença entre pesquisa qualitativa e quantitativa segundo Malhotra (2005). Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa PESQUISA QUALITATIVA Obter uma compreensão qualitativa Objetivo das razões e dos motivos básicos PESQUISA QUANTITATIVA Quantificar os dados e generalizar os resultados das amostras para a população de interesse Número pequeno de casos Amostra não-representativos Coleta de Dados Não-estruturada Número grande de casos representativos Estruturada Análise de Dados Não-Estatística Estatística Resultado Desenvolver uma compreensão Recomendar um curso de ação final inicial Quadro 1 – Diferença entre Pesquisa Qualitativa e Pesquisa Quantitativa Fonte: MALHOTRA, Naresh K. Introdução à Pesquisa de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2005, p. 114. 4.2. ETAPA DESCRITIVA Segundo Gil (2007), a pesquisa descritiva tem por objetivo descrever as características de determinada população ou situação, estabelecendo relações entre variáveis. Muitos estudos podem ser considerados sistemas descritivos, com isso o que caracteriza de fato este tipo de análise é a utilização de técnicas sistematizadas de coleta de dados, tal como questionário. Ainda conforme o autor, muitas pesquisas descritivas vão além da identificação da existência de variáveis tendo como meta determinar a natureza destas relações. Malhotra (2005), assim como Gil (2007), dizem que a pesquisa descritiva é conclusiva e que serve para descrever, normalmente, características e funções de um determinado mercado. A maior parte da pesquisa comercial, segundo Malhotra (2005) é descritiva e se torna de grande utilidade quando suas perguntas são relacionadas a situações do mercado, tal como a identificação de relacionamento existente entre pessoas, produtos e serviços. Ainda para Malhotra (2005), este tipo de pesquisa exige do entrevistador o conhecimento anterior sobre o assunto, assim pode-se verificar que esta pesquisa é apoiada na declaração objetiva do problema, em hipóteses específicas e no detalhamento das informações necessárias. Gil (2007) e Malhotra (2005) voltam a concordar quando afirmam que os estudos descritivos são utilizados para mostrar e demonstrar as variáveis comerciais dos mercados. Com isso, verifica-se, que informações adquiridas em levantamento de campo não só relatam comportamentos como proporcionam a análise do perfil e o porquê das atitudes tomadas pelos entrevistados. Os dados levantados sobre valores, motivos e crenças possibilitam a compreensão de determinados comportamentos (MALHOTRA, 2005). O método de levantamento de campo baseia-se no questionamento de entrevistados para que se possa obter informações a respeito dos mesmos e do mercado. Este tipo de estudo é útil quando se pretende pesquisar um grande número de pessoas e aplicar uma série de perguntas a elas. O levantamento de campo pode ser aplicado de diferentes maneiras, uma delas é o questionamento face a face. Este tipo de levantamento tem a vantagem de ser simples e confiável, sendo de fácil aplicação afirma Malhotra (2005). Na etapa descritiva serão verificadas no capítulo 5.2 as análises dos questionários realizados em Agentes Autorizados da Brasil Telecom. Foram entrevistadas quatro pessoas em cada agente, destes profissionais dois fazem parte da força de vendas, um da área administrativa e outro da diretoria. Foi realizado um cruzamento de dados entre cada um dos quatro empregados nas três empresas analisadas. O primeiro nível da empresa que teve seus dado cruzados foram os diretores, utilizando, para estudo a nomenclatura entrevistados tipo 1, o segundo nível de estudo foi a área administrativa que será tratada nesta monografia como entrevistados tipo 2, logo temos o terceiro nível da empresa que é a força de vendas e que é descrita como entrevistados tipo 3 e 4 e por fim temos o gestores de canais, empregados da Brasil Telecom, que são estudados como entrevistados tipo 5 nas análises realizadas ao longo desta monografia. 4.3. ESTUDO DE CASO Para Yin (2005), o estudo de caso é a estratégia de pesquisa utilizada quando se tem a necessidade de saber “como” e “por que” de certas situações e comportamentos e também quando o entrevistador tem pouco domínio sobre os acontecimentos e quando o foco se encontra inserido em algum contexto da vida real. Ainda para o autor o estudo de caso mostra as funções explanatórias e as lições que se filtram desse tipo de estudo têm a pretensão de serem generalizáveis significativas. Em seu livro, Estudo de Caso: planejamento e métodos, Yin (2005) afirma que o estudo de caso é utilizado para se examinar acontecimentos contemporâneos e quando não se podem manipular comportamentos relevantes, este ainda diz que existem diversas técnicas utilizadas pelos historiadores para realizarem suas pesquisas que são semelhantes às técnicas utilizadas pelo estudo de caso, porém duas fontes que este tipo de estudo utiliza que não são relevantes para as pesquisas históricas, que são: a observação direta da situação estudada e entrevistas com as pessoas envolvidas. O principal aspecto do estudo de caso é que ele possui a capacidade de lidar com uma grande variedade de evidências, tais como entrevistas, documentos e observações. “Um estudo de caso é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos (YIN, 2005, p. 32)”. “A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados, e, como resultado, baseia-se em várias fontes de evidências, com os dados precisando convergir em um formato de triângulo, e, como outro resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a coleta e a análise de dados (YIN, 2005, p. 33)”. O estudo de caso, nesta situação, é utilizado como uma base para a criação do projeto de Endomarketing para Agentes Autorizados. 5. RESULTADOS Neste capítulo será realizada uma breve contextualização do segmento estudado e logo serão analisadas as entrevistas realizadas nos Agentes Autorizados da Brasil Telecom. 5.1. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE Será apresentado neste capítulo um breve resumo da empresa contratante, Brasil Telecom, e logo, será apresentada uma análise do mercado de Agentes Autorizados no Rio Grande do Sul, desta maneira será possível ter uma idéia geral do segmento foco desta monografia. 5.1.1. Brasil Telecom A Brasil Telecom S.A. é uma empresa brasileira que atua na área de Telefonia Fixa e tem as seguintes subsidiárias: BrT Serviços de Internet S.A e a Brasil Telecom GSM. Foi formada pelas empresas de Telefonia fixa privatizadas em 1998, na Região II como apresentado na figura 6. Figura 6: Mapa de Atendimento – Nível Brasil – Brasil Telecom Fonte: Disponível em www.teleco.com.br (05/11/2007) A Brasil Telecom GSM entrou em operação em setembro de 2004 com planos de serviços que promovem a integração dos serviços fixo e móvel. 5.1.1.1. Principais indicadores No quadro 2 é possível observar os principais indicadores da empresa em três anos consecutivos. 2004 2005 2006 Acessos Fixos Instalados (milhares) 10.778 10.816 10.423 Acessos Fixos em Serviço - LES (milhares) 9.511 9.560 8.418 Taxa de Utilização 88,2% 88,4% 80,8% 296 297 278 Telefone de Uso Público (TUP) (milhares) Grau de Digitalização ADSL em Serviço (milhares) Número de Empregados 99,7% 100% 100% 535 1.014 1318 5.800 5.803 5.199 Quadro 2: Principais Indicadores Fonte: Disponível em www.teleco.com.br (05/11/2007) 5.1.1.2. Dados Econômicos Financeiros No quadro 3 pode-se analisar os dados econômicos da Brasil Telecom em três anos consecutivos. Milhões de R$ 2004 2005 2006 12.763* 14.687* 15.111 Receita Líquida 9.065 10.139 10.297 EBITDA 3.565 2.709 3.494 Margem EBIDTA 39,3% 26,7% 33,9% Lucro Líquido 252 (29,6) 470 Dívida Líquida 1.482 1.955 1.312 Investimentos Telefonia Fixa 1.692 1.537 1.170 Investimentos Telefonia Móvel 1.176 441 282 Receita Bruta Total * Inclui BrT GSM com uma receita bruta de R$ 87,9 milhões em 2004. Quadro 3: Dados Econômicos Financeiros Fonte: Disponível em www.teleco.com.br (05/11/2007) 5.1.1.3. Fatos Relevantes Janeiro de 2004 Aprovação da Antecipação das metas de universalização. Setembro 2004 Brasil Telecom GSM entra em operação Julho de 2007 Telecom Itália vende sua participação na BrT para os Fundos de Pensão. A Brasil Telecom é a primeira empresa brasileira completa de telecomunicações que atende de forma integrada todas as demandas do mercado com soluções convergentes de suas operações fixa e móvel, dados e voz, longa distância nacional e internacional, data center, internet grátis, banda larga e acesso discado. A operadora presta serviços de telefonia fixa local e de telefonia móvel no Distrito Federal e nos Estados do Acre, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e oferece, para todo o País, serviços de longa distância nacional e internacional com o código 14. 5.1.2. Agentes Autorizados da Brasil Telecom no Rio Grande do Sul O atendimento através de canais, no Mercado Empresarial da Brasil Telecom filial RS começou em 2001, e este se chamava Mercado de Pequenas e Médias Empresas. Este processo teve início, devido à perda de oportunidades verificadas através do atendimento do call-center e também por este ser um mercado carente de soluções qualificadas. Os primeiros contatos com empresas de telecomunicações no Estado do Rio Grande do Sul começaram no final de 2001. A Brasil Telecom tinha como objetivo encontrar profissionais que tivessem capacidade de oferecer aos consumidores uma solução completa de telecomunicação. No ano supracitado a empresa iniciou o processo de cadastramento de organizações para a atuação como revendedores dos produtos e serviços da Brasil Telecom, estes revendedores, por sua vez, seriam comissionados por suas vendas. O objetivo era buscar empresas que já tivessem uma carteira de clientes estabelecida, para que fosse possível aumentar a base de clientes da Brasil Telecom, além disso, um dos objetivos era oferecer um atendimento mais qualificado, a todo o mercado, através do aumento do número de vendedores. Algumas empresas com atuação em diversas regiões do estado, também foram analisadas para que pudessem se tornar um Agente Autorizado e consequentemente atingir clientes em todo o RS. O lançamento oficial do projeto e o primeiro treinamento foram realizados em 2002, na filial da Brasil Telecom na cidade de Porto Alegre – Rio Grande do Sul. A partir deste momento foi possível verificar a reação positiva por parte de empresas interessadas e com perfil para atuarem como Agentes Autorizados em todo o Estado do Rio Grande do Sul. Atualmente, no Brasil existem cerca de quatrocentos e quinze Agentes Autorizados pela Brasil Telecom para a revenda de seus produtos e serviços, sejam eles para pessoas físicas ou jurídicas e da rede móvel ou fixa. No Rio Grande do Sul existem sessenta e cinco Agentes Autorizados que são monitorados por um gerente de mercado e por quatorze gestores de canais. A Brasil Telecom divide, para o gerenciamento destes gestores, o mercado de telecomunicações, no Rio Grande do Sul, em quatro regiões distintas, que são elas: DDD 51, DDD 53, DDD 54 e DDD 55. Na cidade de Porto Alegre, que será o foco deste trabalho, existem cerca de vinte e sete Agentes Autorizados da Brasil Telecom e oito gestores de canais que gerenciam estes agentes. Este trabalho fará um estudo em cima de agentes que trabalham tanto com a rede fixa quanto com a rede móvel e que revendem tanto para pessoas físicas quanto para empresas. 5.1.2.1. Características do Segmento Os Agentes Autorizados são empresas particulares que se candidatam à Brasil Telecom com o objetivo de se tornarem revendedoras de seus produtos e serviços, estes são comercializados via vendedores que recebem a denominação de consultores externos, em sua maioria. Cada agente possui um gestor de canais que está vinculado à Brasil Telecom e que tem por função ser a interface entre as duas empresas, assim como deve dar todo o auxílio necessário nas negociações, ser o interlocutor de informações de empresa para agente e viceversa, entre outros atividades que cabem aos gestores executarem. Os Agentes Autorizados são comissionados por suas vendas realizadas e recebem prêmios e bonificações por metas alcançadas. A Brasil Telecom separa seus agentes por níveis de fechamento de negócios e reconhece cada uma em função destas denominações, que são: agentes Bronze, Prata, Ouro ou Diamante. Estes perfis são revisados e monitorados semestralmente para que todos os agentes tenham a chance de serem reconhecidos por suas atividades. Na região 51, os gestores de canais possuem mais de um agente para gerir e muitas vezes, fica impossível para estes profissionais repassarem de maneira eficaz as informações necessárias para cada agente. A Brasil Telecom, por sua vez, realiza reuniões ações motivacionais e oferece treinamentos de vendas para os Agentes Autorizados, no entanto devido ao excesso e atividades do gestor de canais fica inviável para este profissional manter a informação sempre atualizada e monitorar todos os processos de comunicação interna. A Brasil Telecom vê o segmento Agente Autorizado como uma oportunidade de negócio por aumentar o portfólio de produtos dos profissionais que já atuam nesta área e por oferecer aos clientes destes as melhores soluções em telecomunicações. Com isso os seguintes requisitos são exigidos pela Brasil Telecom para que uma empresa possa vir a ser um Agente Autorizado. • Ser uma empresa legalmente constituída como sociedade anônima ou sociedade limitada, registrada na junta comercial; • Ter domicílio social conhecido e ativo, funcionando, no mínimo, de segunda a sexta, durante o horário comercial; • Estar registrado no Conselho Regional de Representantes Comerciais; • Ter uma carteira ativa de, no mínimo, 50 (cinqüenta) clientes; • Possuir uma equipe de vendas capacitada para dar suporte de pré-venda e pós-venda aos clientes; • Possuir infra-estrutura mínima de hardware e software para comunicação direta com a Brasil Telecom; • Não possuir débitos ou qualquer ação judicial contra a Brasil Telecom; • Possuir situação estável de crédito, sem registros negativos junto ao SPC e SERASA. Para a Brasil Telecom um Agente Autorizado deve seguir o seguinte perfil: • Ser um provedor, desenvolvedor ou integrador de soluções em telecomunicações; • Ter experiência no atendimento a pequenas e médias empresas; • Oferecer produtos e serviços de telecomunicação que complementem a carteira da Brasil Telecom e que tenham perfil para atender as necessidades de pequenas e médias empresas; • Empresa cuja solução signifique o uso habitual e contínuo de serviços de telecomunicações por parte do cliente; • Empresa que promova a divulgação de seus produtos (publicidade e propaganda); • Empresa com participação expressiva no mercado em que atua. 5.1.2.2. Distribuição Hierárquica Interna por Número de Funcionários por Área Os Agentes Autorizados são, em média, formados por uma equipe de quinze profissionais, dentre eles diretores, administradores, supervisores e força de vendas. Sua maior parte é integrada por vendedores sejam eles internos ou externos. Pelo nível hierárquico de cargos, foi sugerida uma pirâmide que demonstra na Figura 7 a posição dos profissionais nestas empresas. Também correlacionado com o número de profissionais foi possível demonstrar através do gráfico 1 a porcentagem por cargo verificado em cada Agente Autorizado. 13% 8% 13% Diretores Administradore s Supervisores Vendedores 66% Gráfico 1: Número, em porcentagem, de funcionário por cargo. Fonte: Dados da Pesquisa 5.1.2.3. Distribuição Hierárquica Interna por Posição de Cargo DIRETORES E/OU GERENTES ADMINISTRADORES SUPERVIORES FORÇA EXTERNA E INTERNA DE VENDAS Figura 7: Distribuição de cargos por nível hierárquico Fonte: Dados da Pesquisa 5.2. ANÁLISE DE DADOS Nos quadros abaixo se encontram as análises dos questionários qualitativos aplicados em Agentes Autorizados da Brasil Telecom. Na coluna da esquerda estão descritos os temas estudados no referencial teórico desta monografia. As palavras-chave que se encontram na coluna do meio foram verificadas após um levantamento realizado nas informações obtidas através da pesquisa. Logo, na coluna da direita estão descritas as idéiaschave sugeridas pela autora para que se possa realizar um programa de Endomarketing orientado para o segmento em análise. 5.2.1. Análise dos Questionários de Entrevistados Tipo 1 No quadro 4 estão descritas as idéias-chave obtidas através do cruzamento de dados das pesquisas realizadas com o nível diretivo dos Agentes Autorizados. TEMA PALAVRAS-CHAVE IDÉIAS-CHAVE Fazer um paralelo entre o perfil do MERCADO ENDOMARKETING Tecnologia, desafios, mercado, destacando seus concorrentes competitividade, experiência e e suas características, e o perfil de seus evolução responsáveis. Equipe, motivação, objetivos, Criar um projeto que tenha por objetivo reconhecimento e valorização motivar o topo da pirâmide levando-os a valorizar e reconhecer suas equipes. Estruturar um planejamento que busque MOTIVAÇÃO Apoio, remuneração, organizar de forma padrão a comprometimento, crescimento e remuneração e as premiações dos AUTOMOTIVAÇÃO segurança empregados. Produtividade, perfil do Avaliar o nível dos empregados em profissional e empresa relação a produtividade e os motivos que os levam a desempenhá-la com qualidade. COMUNICAÇÃO Reuniões, face a face, mercado, Desenvolver canais eficientes de atualização e informações comunicação entre os superiores e a base da pirâmide, objetivando a informação clara das metas da empresa. Estruturar formas de lidar com os VENDAS Foco, resultados, produtos, empregados, fazendo com que os clientes e acompanhamento mesmo se tornem focados aos resultados e informados a respeito do segmento de mercado do qual fazem parte. Quadro 4: Análise dos Dados de Entrevistados Tipo 1 Fonte: Dados da Pesquisa 5.2.2. Análise dos Questionários de Entrevistados Tipo 2 No quadro 5 estão descritas as idéias-chave obtidas através do cruzamento de dados das pesquisas realizadas com o nível administrativo dos Agentes Autorizados. TEMA EMPRESA PALAVRAS-CHAVE IDÉIAS-CHAVE Bom clima organizacional, Criar técnicas que prezem pelo bom relacionamento, oportunidades, relacionamento dos empregados em desafios e liberdade relação à empresa. Criar um projeto de Endomarketing ENDOMARKETING Objetivo, integração, ações capaz de integrar os empregados da motivacionais, equipe e empresa, levando-os a se motivarem produtividade para que procurem aumentar suas produtividades. MOTIVAÇÃO AUTOMOTIVAÇÃO COMUNICAÇÃO Treinamentos, remuneração, Padronizar sistemas de treinamentos, de eficiência, liberdade e premiações remuneração e premiação. Foco, individualidade, Incentivar o trabalho em equipe e ferramentas de trabalho, gerência verificar o que pode ser prejudicial para o e atitudes desempenho dos empregados. Reuniões, canais, padronização, Elaborar técnicas de reunião, repasses liberdade e compreensão de informações e canais eficientes capazes de comunicar a todos com objetividade e clareza. Quadro 5: Análise dos Dados de Entrevistados Tipo 2 Fonte: Dados da Pesquisa 5.2.3. Análise dos Questionários de Entrevistados Tipo 3 e 4 No quadro 6 estão descritas as idéias-chave obtidas através do cruzamento de dados das pesquisas realizadas com a força de vendas dos Agentes Autorizados. TEMA EMPRESA PALAVRAS-CHAVE IDÉIAS-CHAVE Ambiente, receptividade, Desenvolver um projeto de transparência, desenvolvimento, acompanhamento das equipes e do estrutura e acompanhamento desenvolvimento das mesmas. Estruturar um planejamento de ENDOMARKETING MOTIVAÇÃO Aprendizado, reuniões, liberdade, Endomarketing focado em ações produtividade e clima motivacionais para que a força de motivacional vendas aumente sua produtividade. Remuneração, treinamento, Criar um sistema padrão e formal competência, premiações, remuneração e premiação, assim como, valorização e ações de vendas criar ações de incentivos utilizando de treinamentos e reconhecimento para motivar as equipes. AUTOMOTIVAÇÃO Responsabilidade, remuneração, Desenvolver um plano de oportunidade, perspectiva, direcionamento e crescimento e perspectiva para os união empregados a fim de fazer com que todos trabalhem unidos em busca do mesmo objetivo. Estruturar um projeto de comunicação COMUNICAÇÃO Face a face, clareza, canais, eficaz, informando às equipes todas os relacionamento e reuniões assuntos relacionados aos seus cotidianos profissionais. Criar um plano de vendas e repassá-lo VENDAS Negociação, direcionamento, aos vendedores em forma de competência, aprendizado, treinamento, através de sistemas de comunicação e apoio comunicação e visando um direcionamento das funções que cabem a eles executar. Quadro 6: Análise dos Dados de Entrevistados Tipo 3 e 4 Fonte: Dados da Pesquisa 5.2.4. Análise dos Questionários de Entrevistados Tipo 5 No quadro 7 estão descritas as idéias-chave obtidas através do cruzamento de dados das pesquisas realizadas com os gestores de canais responsáveis pela gestão de operações dos Agentes Autorizados. TEMA PALAVRAS-CHAVE IDÉIAS-CHAVE Criar processos de comunicação interna ENDOMARKETING Integração, produtividade e que objetive a integração dos satisfação colaboradores para a satisfação profissional dos mesmos. MOTIVAÇÃO Transparência, reconhecimento e Desenvolver ações motivacionais objetivos baseadas em comprometimento por parte da empresa. Estruturar um sistema padrão de COMUNICAÇÃO Reuniões, exomarketing e comunicação interna com técnicas e relacionamento procedimentos que facilitem a troca de informações. Quadro 7: Análise dos Dados de Entrevistados Tipo 5 Fonte: Dados da Pesquisa 5.2.5. Análise Geral dos Questionários No quadro abaixo está descrita a análise geral dos questionários efetuada após a verificação individual de cada tipo de entrevistado, também encontram-se as idéias-chave que serão a base do programa sugerido. TEMA PALAVRAS-CHAVE IDÉIAS-CHAVE Desenvolver um sistema que torne o EMPRESA/MERCADO Desafio, desenvolvimento e clima organizacional ambiente empresarial um momento desafiador, motivador e, capaz de colaborar com o desenvolvimento das equipes. ENDOMARKETING Integração, produtividade e ações Criar um projeto eficiente que preze pela motivacionais integração dos empregados, que seja um fator motivacional para a empresa e para o alcance de seus objetivos. Estruturar um plano de remuneração, MOTIVAÇÃO Remuneração, premiações e treinamento e premiações que vise treinamentos manter a equipe focada para o resultado e o máximo satisfeita com a organização. Desenvolver um sistema de AUTOMOTIVAÇÃO Responsabilidade, ferramentas comprometimento da equipe em relação de trabalho e união à empresa e que tenha como objetivo fazer com que todos caminhem juntos em busca dos resultados esperados. Criar meios eficientes de repasse de informações da empresa para as equipes Canais, reuniões e padronização e que estes meios façam com que todos tenham qualidade em suas performances COMUNICAÇÃO e satisfação em relação à maneira como a empresa se comunica com elas. Elaborar técnicas de vendas e um plano VENDAS Direcionamento, de ação para a força de vendas, que acompanhamento, foco e objetive a implantação, o competência acompanhamento e o reconhecimento do uso destas técnicas. Quadro 8: Análise Geral dos Dados Fonte: Dados da Pesquisa 5.3. DESCRIÇÃO DAS IDÉIAS-CHAVE Nos tópicos a seguir encontram-se a descrição das idéias-chave obtidas após o cruzamento de dados de todos os níveis de empregado e gerenciamento dos Agentes Autorizados. A descrição destas idéias encontra-se de acordo com os temas principais estudados no referencial teórico desta monografia. 5.3.1. Empresa x Mercado Desenvolver um sistema que torne o ambiente empresarial um momento desafiador, motivador e, capaz de colaborar com o desenvolvimento das equipes. Um ambiente motivador que desafie diariamente o empregado a buscar resultados e desenvolver suas atividades com qualidade e satisfação pode parecer uma imagem fictícia para muitos profissionais. Ao mesmo tempo, não é mentira quando verificamos a presença de um clima desfavorável para se trabalhar onde a cultura da empresa e de seus fundadores é antiquada, rígida e não receptiva a novas idéias. Com tudo não é impossível modificar o contexto destas empresas, mesmo que suas culturas permaneçam intocáveis, pois ao adaptar ferramentas que melhorem o desempenho de trabalho delas será possível mostrar o valorbenefício destas modificações para seus responsáveis. Analisando as entrevistas realizadas e o perfil das empresas em questão nota-se o quanto um ambiente que propicie oportunidades, tranqüilidade, liberdade e que é aberto a sugestões por parte de seus funcionários torna-se um pré-requisito para que os empregados produzam com eficácia e que se sintam realizados com seus chefes, equipes e com a empresa da qual fazem parte. Com isso é importante levantar a possibilidade de modificar técnicas e ferramentas e adaptar a base destas empresas, para que o ambiente no qual os empregados estão inseridos se torne um ponto forte para que todos trabalhem com satisfação em busca de um objetivo comum. Criar um clima organizacional ideal pode parecer utópico, porém não é impossível, principalmente quando as pessoas que usufruem deste clima são receptivas a alterações e adaptações e quando o objetivo dos empregados é exercer suas atividades em um ambiente saudável que lhe possibilite trabalhar com qualidade. 5.3.2. Endomarketing Criar um projeto eficiente, que preze pela integração dos empregados e que seja um fator motivacional para a empresa e para o alcance de seus objetivos. O Endomarketing não deixa de ser um movimento que preza pela informação e pela integração interna nas empresas. Já a integração pode ser vista como uma estratégia de aproximação das empresas com os seus empregados. É onde a empresa tem a oportunidade de criar um relacionamento de confiança e respeito com seus integrantes e que resulte no aumento da produtividade dos mesmos. Para as empresas em análise e de acordo com as entrevistas realizadas verifica-se a ausência de um projeto de Endomarketing orientado para o resultado, com ações sistemáticas que façam parte do cotidiano dos empregados. Existem sim ações motivacionais que levam a equipe a exercerem suas atividades com satisfação, portanto um projeto de Endomarketing não envolve apenas ações motivacionais, a motivação torna-se uma conseqüência de outras inúmeras ferramentas que o Marketing Interno oferta ao público interno das empresas. Pensar em um planejamento de Endomarketing para Agentes Autorizados é pensar em um público interno que trata diariamente com comunicação e que tem a necessidade de estar sempre motivado, atualizado e bem informado, pois o segmento de telecomunicações é uma área que vive em constante evolução e é neste quesito que um planejamento eficaz de marketing interno pode vir a colaborar com o aumento da produtividade dos empregados, aumentando seus níveis de satisfação em relação à organização da qual fazem parte. 5.3.3. Motivação Estruturar um plano de remuneração, treinamento e premiações que vise manter a equipe focada para o resultado e o máximo satisfeita com a organização. Padronizar sistemas sejam eles de remuneração, comunicação ou de operação é uma iniciativa que traz aos empregados segurança e seriedade. Tudo o que é organizado é bem aceito, pois traz noção de respeito pelo próximo. Estruturar planos de remuneração, treinamentos e premiações é uma tarefa que envolve profissionais de diferentes áreas e que sem bem planejados podem ser de extrema importância para o desenvolvimento das empresas, assim como se não projetados de forma eficaz, poderão ocorrer prejuízos tanto morais quanto financeiros para todas as partes envolvidas. Pode-se verificar na análise das entrevistas que a maioria destes profissionais são carentes de alguns padrões e que possuem consciência de que um planejamento estratégico seja ele simples, porém eficiente poderia trazer resultados em todos os níveis e áreas da empresa. Assim como necessitam de impulsos para se tornarem orientados ao resultado e para terem um foco e trabalhar em busca dele. Motivar é estimular um comportamento já existente, é contribuir com os empregados para que produzam com qualidade e determinação e não deixa de ser um apoio e um reconhecimento por suas conquistas. Desse modo sugere-se a adaptação e a reformulação de ações motivacionais já existentes, para que elas passem a ser respeitadas e bem aceitas pelas equipes. 5.3.4. Automotivação Desenvolver um sistema de comprometimento da equipe em relação à empresa e que tenha como objetivo fazer com que todos caminhem juntos em busca dos resultados esperados. Ao contrário da motivação que depende de um estímulo externo, a automotivação é de responsabilidade individual, mesmo que outros fatores possam contribuir para a sua existência, se o próprio indivíduo não estiver disposto a receber apoio, não ocorrerá à existência de qualquer tipo de motivação. Estar totalmente comprometido com a empresa é uma tarefa com um alto nível de dificuldade para o responsável por motivar os funcionários, no entanto o comprometimento parte da disposição de cada em assimilar suas funções e o seu sistema organizacional como parte da sua conduta. Quando os funcionários estão automotivados eles sentem-se parte da equipe e responsáveis tanto pelos acertos quanto pelos erros dela e isto resulta no comprometimento por parte de cada indivíduo fazendo com que todos se orientem juntos para alcançar os resultados. Nas entrevistas pode-se perceber o não total comprometimento por parte da força de vendas das empresas em análise. Foi possível observar que os empregados pensam de maneira individual e estão apenas envolvidos com suas atividades, resultando na baixa automotivação por parte de cada um. A partir desta observação, sugere-se um planejamento que colabore tanto com a empresa quanto com os funcionários e que torne estes comprometidos com a organização da qual fazem parte, pois a automotivação apesar de ser de responsabilidade de cada um, ela gera comportamentos de união, de trabalho em equipe e não de individualidade. 5.3.5. Comunicação Criar meios eficientes de repasse de informações da empresa para as equipes e que estes meios façam com que todos tenham qualidade em suas performances e satisfação em relação à maneira como a empresa se comunica com elas. Para muitos a comunicação não é a ferramenta mais importante dentro de um planejamento estratégico, já para outros sem ela as empresas não saem do lugar. Atualmente para que qualquer projeto possa dar os resultados esperados, a informação para todos os envolvidos deve ser repassada de maneira clara e objetiva, os canais e os materiais escolhidos devem estar de acordo com o perfil de cada estabelecimento para que não haja desconfiança por parte dos empregados e para que estes assimilem quais são as verdadeiras idéias que devem ser colocadas em prática. Uma boa comunicação pode trazer excelentes resultados para as empresas, assim como pode estabelecer uma relação transparente entre funcionários e seus superiores. A comunicação interna tem um alto nível de importância no desenvolvimento dos empregados refletindo uma melhora significativa na vida pessoal dos mesmos. Através da análise das pesquisas realizadas chegou-se à conclusão de que o níveis de informação e de comunicação interna dentro das organizações são de baixa eficácia e pode-se verificar que a principal ferramenta do marketing interno, a comunicação, é pouco explorada. A partir desta idéia verifica-se a necessidade de aplicação de um planejamento de qualidade de comunicação interna, assim como a criação de um padrão informativo que venha a colaborar com as equipes levando-as ao aumento de suas produtividades. 5.3.6. Vendas Elaborar técnicas de vendas e um plano de ação para a força de vendas, que objetive a implantação, o acompanhamento e o reconhecimento do uso destas técnicas. A profissão vendedor ficou taxada por muitos anos como a profissão de quem não tinha condições de escolher um emprego, com isso, tanto a faixa salarial, quanto às ações orientadas para os vendedores tornaram-se itens inviáveis para o desenvolvimento significativo deste segmento. A profissão de vendedor tornou-se um emprego que tem dificuldade para evoluir e para acompanhar as transformações do mercado. Vender, como muitos autores dizem é uma arte, muitas pessoas são ótimos vendedores e conseguem conquistar os clientes pelas suas capacidades de argumentação unida à emoção pelo fato de estar fazendo algo que gosta, no entanto, cabe então readaptar as técnicas e a orientação que se criou para este segmento, modificando-as para que se tornem aliadas ao projeto de marketing interno. Nas entrevistas foi detectado que existe uma carência de planos de ação focados para vendas que sejam adaptados para este segmento e para este perfil de profissionais. Os profissionais em análise, são pessoas que estão na área em que gostam de trabalhar e são pessoas que necessitam de um estímulo e de bons planos para produzirem satisfatoriamente. Adaptar ações básicas de vendas pode parecer fácil, porém é uma atividade que deve ser bem planejada, implementada e monitorada para que todos comprem a idéia central e passem a executá-la, comprometendo-se com a busca pelo resultado. 5.4. INDICADORES DO NEGÓCIO As empresas analisadas são de pequeno a médio porte, foi então de acordo com este perfil que foram escolhidas quatro membros de cada empresa, de diferentes níveis hierárquicos e de diferentes áreas para que pudessem estar fazendo um desenho da estrutura de negócios das organizações das quais fazem parte. 5.4.1. Nível da Comunicação Interna Foram analisados quatro empregados de cada Agente Autorizado e a partir das respostas recebidas foi possível medir o nível da comunicação interna pela óptica de cada colaborador. Assim, tem-se o gráfico 2 que demonstra em escala de bom a ruim a qualidade NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS da comunicação supracitada. 6 5 BOM 4 3 REGULAR 2 1 RUIM 0 EMPRESA A EMPRESA B EMPRESA C Gráfico 2: Nível da comunicação interna Fonte: Dados da Pesquisa 5.4.2. Nível da Motivação dos Funcionários No gráfico 3 sugerido pela autora, pode-se verificar o nível da motivação dos empregados detectado através das pesquisas efetuadas nos Agentes Autorizados da Brasil Telecom. NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS 6 5 ALTO 4 3 MÉDIO 2 BAIXO 1 0 EMPRESA A EMPRESA B EMPRESA C Gráfico 3: Nível da motivação dos empregados Fonte: Dados da Pesquisa 5.5. PROJETO DE ENDOMARKETING SUGERIDO PARA AGENTES AUTORIZADOS DA BRASIL TELECOM A comunicação interna mal aplicada pode trazer grandes prejuízos para as empresas. Temos como prova as inúmeras notícias de comunicações ineficientes que resultaram em conseqüências nos mais diferentes níveis e segmentos. Nos últimos anos temos muitas informações a respeito da comunicação mal feita em empresas de aviação em nosso país e em outros lugares do mundo. É a partir destes fatos que muitos profissionais estão cada vez mais conscientes do quanto não só o marketing externo, mas também o marketing interno são de extrema importância para as organizações. Um dos objetivos desta monografia é definir um sistema padrão de Endomarketing para os Agentes Autorizados da Brasil Telecom, com isso foram realizadas entrevistas e foram feitas as análises das mesmas, podendo-se dizer que através disto foi possível realizar um diagnóstico de clima destas empresas e criar um planejamento de Endomarketing sugerido para Agentes Autorizados da Brasil Telecom. No anexo C tem-se um exemplo coerente de que os empregados no Brasil que estão comprometidos com as suas atividades e com as empresas da qual fazem parte são minoria, perto daqueles que estão apenas trabalhando por necessidade e estão envolvidos, não se sentido parte essencial do negócio. Segundo Brum (2007), um bom programa de Endomarketing deve seguir sete passos para que possa trazer os resultados esperados pelas instituições. Com isto desenvolvendo cada passo do programa, será descrito o projeto sugerido de Endomarketing para Agentes Autorizados da Brasil Telecom. PASSOS DO PROGRAMA A seguir são descritos os sete passos sugeridos para a implantação de um programa de Endomarketing em Agentes Autorizados da Brasil Telecom. 1º PESQUISAS E DIAGNÓSTICO DE CLIMA Para que sejam criadas ações sistêmicas de Endomarketing e para que estas ações venham a ter efeito nas organizações, devem ser feitos diagnósticos de clima com todos os profissionais envolvidos no programa. Nestas pesquisas deverá ser diagnosticado o perfil dos empregados, suas respectivas atividades, quem são seus responsáveis diretos, quais são os produtos e serviços que comercializam, entre outros itens que as pesquisas devem detectar. Em Agentes Autorizados da Brasil Telecom, realizar estas pesquisas não seria difícil e sim prático em função do número pequeno de empregados em cada empresa. Estes diagnósticos podem trazer muitas informações necessárias para que um projeto de Endomarketing seja bem estruturado, facilmente implantado e que a idéia seja positivamente entendida pelos colaboradores e por seus responsáveis. 2º DIAGNÓSTICOS DE NECESSIDADES DE COMUNICAÇÃO/MARKETING INTERNO Como já foi citado, o marketing interno passou a ter um papel importante nas organizações, muitas empresas estão adotando o Endomarketing como uma estratégia para reduzir custos e para aumentar a produção de seus funcionários, com isso a comunicação interna passa a ser a peça chave para que os empregados tenham consciência do negócio e do mercado no qual estão inseridos. Após as entrevistas foi possível diagnosticar que para a empresa em análise um dos pontos fracos da mesma está na área de recursos humanos, conforme mostra o anexo B. O Endomarketing se implantado nestas empresas fará com que uma das fraquezas atuais do negócio passe a ser uma peça chave no planejamento estratégico deste segmento, além disso resultará no aumento da produtividade e na satisfação integral dos colaboradores. 3º PLANEJAMENTO CONCEITUAL DE ENDOMARKETING O Endomarketing se bem aplicado traz uma quantidade significativa de benefícios para as empresas, em todos os níveis e setores. Para que um programa seja bem projetado e bem aplicado, é necessário realizar o diagnóstico de clima, como já citado, entretanto a partir das informações detectadas nas pesquisas o próximo passo é estruturar a base do programa de Endomarketing sugerido para Agentes Autorizados e conseqüentemente para seus empregados. A sugestão neste caso é a de criação de uma apostila onde seja apresentada toda a estrutura da comunicação interna destas empresas, com suas premissas, com seus objetivos e que deixe explícito qual serão os padrões utilizados para que as informações sejam passadas de maneira correta a todos os integrantes da organização. Neste mesmo contexto é interessante que os líderes das empresas estejam completamente envolvidos e que sejam os responsáveis pelo lançamento do projeto de Marketing Interno. 4º PLANEJAMENTO ESTRUTURAL DE ENDOMARKETING Um bom planejamento estratégico conduz as empresas para o sucesso, pois permite que estas sigam um caminho orientado para o resultado, facilitando e colaborando com o desenvolvimento de todas as áreas e atividades envolvidas. Na figura 8 é sugerida uma estrutura de planejamento estratégico para Agentes Autorizados da Brasil Telecom, o que possibilita a criação de ações focadas para a redução de custos desnecessários e para o aumento da produtividade dos empregados. Na estrutura sugerida, a Estratégia de Comunicação servirá de apoio e de instrumento para que as estratégias projetadas sejam repassadas de forma saudável e que sejam bem aceitas pelos empregados, e também que estes reflitam de maneira positiva para o público externo. Além de ser uma ferramenta essencial para a boa comunicação empresa-empregados, a Estratégia de Comunicação seria responsável pela criação de um projeto capaz de tornar o cliente interno satisfeito com a organização da qual faz parte, assim existiriam profissionais, de diferentes áreas, que seriam responsáveis pela implantação e pelo monitoramento do projeto, para que este viesse a ser bem utilizado e aceito pelos integrantes da empresa. ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO MISSÃO ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO VISÃO ESTRATÉGIA INSTITUCIONAL ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO: Projeto, Implantação e Monitoramento ESTRATÉGIA DE MERCADO OBJETIVOS, METAS E AÇÕES ORIENTADOS PARA MERCADO ESTRATÉGIA DE RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES OBJETIVOS, METAS E AÇÕES ORIENTADOS PARA RECURSOS HUMANOS OBJETIVOS, METAS E AÇÕES ORIENTADOS PARA OPERAÇÕES GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO: Acompanhamento e Monitoramento RESULTADOS NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO NÍVEL DE CRESCIMENTO PROJETOS FUTUROS Figura 8: Planejamento Estratégico Sugerido para Agentes Autorizados da Brasil Telecom Fonte: Dados da Pesquisa Estrutura Atual do Gerenciamento de Agentes Autorizados Na figura 9 apresenta-se um quadro sugerido pela autora para demonstrar a estrutura atual de gerenciamento dos Agentes Autorizados. A estrutura demonstra o gerenciamento no sentido empresa contratante-agente. No anexo A é possível visualizar a estrutura atual completa, deste gerenciamento. Nela são dispostos todos os cargos envolvidos para que um Agente Autorizado possa exercer suas atividades e que estas estejam de acordo com os requisitos tanto da empresa contratante quanto com as necessidades dos agentes. GERENTE DE MERCADO GESTOR DE CANAIS AGENTE AUTORIZADO Figura 9: Estrutura de Gerenciamento do Mercado Empresarial Fonte: Dados da Pesquisa GERENTE DE MERCADO GESTOR DE CANAIS GESTOR DE COMUNICAÇÃO AGENTE AUTORIZADO Figura 10: Estrutura Sugerida para o Gerenciamento do Mercado Empresarial Fonte: Dados da Pesquisa A sugestão de inserir um gestor de comunicação, conforme mostra figura 10, tem como principal objetivo, monitorar os Agentes Autorizados juntamente com os gestores de canais. Pelo fato de muitos gestores terem inúmeras tarefas para repassar, muitas atividades para serem executadas, dentro de determinados prazos e também pelo fato de serem bastante cobrados pelo alcance de metas e pelos produtos vendidos, acabam deixando a desejar nos Agentes Autorizados uma comunicação interna capaz de monitorar toda e qualquer informação necessária para o dia-a-dia dos vendedores. O gestor de comunicação seria um profissional que atuaria lado-a-lado com o gestor de canais e seria responsável por todo repasse e monitoramento de informações da Brasil Telecom para seus agentes e também no sentido inverso. Este gestor teria condições de ser orientado para o resultado da satisfação das equipes em função do recebimento eficiente de informações e pela comunicação interna focada para melhor atender o público interno das empresas. Fortalecimento da Marca Brasil Telecom em Agentes Autorizados A ausência de um gestor de comunicação exclusivo para monitorar os processos de comunicação nos Agentes Autorizados traz as mais diversas conseqüências. Uma delas é a falta de material da empresa contratante nos agentes. Também pelo fato de estas empresas não serem um canal exclusivo desta contratante, a imagem delas acaba sendo individualista, deixando de lado materiais e instrumentos que demonstrem a parceria. Este projeto, após a verificação realizada, sugere que este gestor de comunicação seja o responsável pela imagem dos agentes e que torne estas empresas usuárias da marca da contratante para o reconhecimento pelo público externo. 5º PLANEJAMENTO CRIATIVO DE ENDOMARKETING O Endomarketing é visto pela maioria dos profissionais como o setor da empresa que promove eventos. Esta descrição do Marketing Interno está completamente equivocada, pois os eventos realizados pelo Endomarketing são conseqüências de um projeto bem elaborado de comunicação interna. Assim como os eventos realizados, a motivação e a integração dos empregados também são conseqüências de ações sistematizadas de um programa de excelência e de qualidade. Todo projeto de Endomarketing deve apoiar-se em sistemas criativos que conquistem os empregados e os tornem comprometidos com a idéia de comunicação interna. Os funcionários devem acreditar e que o novo sistema de comunicação oferecido a eles será um programa sério e que fará o máximo possível para atender as necessidades de todos. Partindo deste princípio são criadas então ações e ferramentas a serem utilizadas pelo programa de Endomarketing para que os empregados tenham acesso às informações disponibilizadas e para que estes possam verificar o programa sendo colocado em prática. A figura 11 demonstra o símbolo da comunicação interna sugerido para Agentes Autorizados – Brasil Telecom, esta figura quer mostrar ao público interno que as pessoas estão no centro de todos os níveis de ambas as empresas envolvidas e que os empregados são tão importantes para estas empresas quanto seus clientes externos. Figura 11: Símbolo de comunicação interna sugerido para Agentes Autorizados Brasil Telecom Fonte: Dados da Pesquisa Comunicação Brasil Comunicação High Comunicação AA Comunicação Light Comunicação Power Figura 12: Detalhamento do símbolo demonstrado na figura 11 Fonte: Dados da Pesquisa A figura 12 demonstra detalhadamente cada nível da comunicação interna nos Agentes Autorizados. Estes níveis são diferenciados por cores que, quando utilizadas representam a área da empresa correspondente. A seguir serão descritos os tipos de comunicação sugeridos e que correspondem a cada cor do símbolo criado para este programa. Comunicação Brasil: Esta comunicação será realizada quando a Brasil Telecom estiver informando os Agentes Autorizados sobre notícias corporativas que sejam de interesse de todos. Comunicação AA: A comunicação AA será utilizada no momento em que o agente terá que passar informações a seus integrantes, informações próprias da empresa, tais como prêmios conquistados, participação de mercado, entre outros itens importantes. Comunicação High: A cor que representa este tipo de comunicação aparecerá em informativos a respeito de reuniões, treinamentos, e outras informações que sejam de interesse momentâneo no sentido empresa – empregado. Comunicação Light: A comunicação light, conhecida por muitas empresas como a comunicação pontual, será utilizada em eventos, datas comemorativas, promoções e em todos os momentos que a informação seja apenas criada para determinada situação. Comunicação Power: A cor verde correspondente no símbolo sugerido, pela cor das lideranças, será utilizada quando uma informação deverá ser repassada no sentido líder – empregado, esta comunicação pode ser também conhecida como direcionada. Como já citado, é importante que exista um slogan para que a comunicação interna possa se apoiar e para que os empregados criem um sentimento de empatia com o programa sugerido, nesta monografia o slogan sugerido está descrito abaixo: “Fale-Fale com a gente” Juntamente com o slogan, é interessante que seja criado um mascote para representar o Marketing Interno, este mascote deve representar o perfil da empresa e explicitar as características dos colaboradores. O mascote sugerido para este segmento é o “Orelhãozinho”, que pode ser conhecido na figura 13: Figura 13: Orelhãozinho – Mascote sugerido Fonte: Dados da Pesquisa No programa de Endomarketing sugerido para Agentes Autorizados deve ser criado um calendário com as datas importantes para as empresas, tais como aniversário dos empregados, aniversário de inauguração da empresa, Natal, Ano Novo, Páscoa, entre outras datas definidas por cada estabelecimento para que então sejam criadas ações direcionadas para cada comemoração. Serão distribuídos brindes, nestas datas e estes devem estar de acordo com a ocasião, com o perfil dos colaboradores e com a imagem que a empresa quer passar para os seus empregados. Alguns instrumentos – displays, móbiles - utilizados para fixar a comunicação interna para os empregados são sugeridos para que cada um sinta-se parte do projeto, estes instrumentos devem ser criados juntamente com a comunicação light, e que passem uma idéia de comprometimento a todas as equipes, para que as mesmas trabalhem com foco no resultado e pela satisfação de todos. 6º DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS DE INFORMAÇÃO Definir processos dentro de um programa de Marketing Interno é uma tarefa delicada, pois estes instrumentos é que serão responsáveis pelo repasse de informações e pelo recebimento das mesmas pelos empregados. Estes meios devem estar de acordo com as atividades diárias dos profissionais e da empresa, para que não haja fuga de foco e para que todos se sintam contagiados positivamente pela comunicação realizada. Para as empresas em análise é sugerido o uso de ferramentas como e-mails, reuniões, treinamentos, eventos, manuais, e o uso da intranet como uma forte aliada para o Endomarketing. Os e-mails devem ser direcionados e utilizados para repassar informações mais urgentes, assim como também pode ser utilizado na comunicação light para que os empregados recebam convites e informativos sobre as datas comemorativas. As reuniões devem ser padronizadas e monitoradas para que mantenham o foco em seus assuntos principais assim como deve ser definido um calendário de reuniões para que estas estejam sempre alinhadas. Outro item importante no planejamento de Endomarketing sugerido é uma boa estrutura de treinamento, que preza pela capacitação dos empregados em todos os níveis e sentidos e também para que estes estejam sempre atualizados com as informações necessárias para seu desempenho e para o aumento da sua produtividade. Os eventos devem ser programados e devem ter como objetivo a integração das equipes, algumas vezes com a participação de familiares e também devem ser utilizados como sistemas de reconhecimentos de funcionários destaques. Os manuais supracitados, como ferramenta de comunicação, deverão estar sempre alinhados com todas as outras ações de Endomarketing, pois eles servirão de base para que o programa seja cumprido com excelência. A intranet deverá passar a ser um portal que ligue todos os envolvidos no programa e que o espaço sugerido para Endomarketing seja um item de extrema importância para todos, pois através dele será possível manter os profissionais comprometidos com o programa de comunicação interna sugerido. 7º DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES DE COMUNICAÇÃO INTERNA Desenvolver padrões de comunicação interna deve ser a principal tarefa de um gestor de comunicação, este por sua vez além de planejar deve comprometer-se em monitorar estes padrões. A sugestão de padrões na comunicação interna de Agentes Autorizados começa pela definição da assiduidade dos sistemas, também sugeridos, tais como jornal de parede, revista, mala-direta, painéis, folders, banners, entre outras ferramentas utilizadas. Sugere-se para o jornal de parede que sejam alteradas suas informações com um espaço de tempo suficiente para que o empregado assimile aquela notícia sem ultrapassar o limite de conhecimento, e para que a comunicação interna não seja vista como mal gerenciada. Do mesmo modo, a revista deve seguir além de um padrão, deve ser distribuída aos empregados mensalmente, para que os profissionais envolvidos possam estar sempre com um exemplar atualizado e dentro de um sistema eficiente de comunicação. Os banners e painéis devem ser bem projetados para que não passem idéia de exagero e sim para que fiquem de acordo com a estrutura dos agentes, dentro do perfil de cada um. Já os folders podem ser repassados como lembretes e como introdução para alguma ação que venha a ser colocada em prática. 5.5.1. Endomarketing Orientado para a Área Comercial Esta monografia, por estar analisando empresas comerciais sugere um programa diferenciado de Endomarketing, pois as necessidades dos profissionais da área de vendas são mais delicadas para serem adaptadas dentro de um planejamento. A área comercial, geralmente trabalha com uma força de vendas que está sempre em busca de resultados imediatos e que, na maior parte das vezes, não recebe as orientações necessárias para desempenhar suas atividades com qualidade. Também por ser um segmento que está sempre em contato direto com os clientes externos da empresa o programa de Endomarketing deve se focar em treinamentos específicos de atendimento assim como as informações de produtos e serviços devem ser repassadas de maneira eficiente e que colabore com o desenvolvimento de toda a empresa. Nesta área, a motivação é um ponto importante, e os líderes destas equipes devem ser bons motivadores para que seus subordinados tenham vontade de exercer sua profissão, e para que seja possível criar um clima de comprometimento por parte de todos os envolvidos. Este comprometimento pode vir a resultar na integração das equipes e fará com que todos se sintam parte de um único projeto e para que tenham a mesma visão de negócio sobre sua organização. 5.5.2. Clima Organizacional Após a análise teórica e dos questionários realizados pode-se detectar a necessidade de se criar um ambiente organizacional que faça com que todos se sintam importantes para os agentes e para a empresa contratante. Um clima organizacional que seja bem estruturado aperfeiçoa todas as atividades da empresa, assim como traz uma sentimento de respeito e seriedade por parte da empresa para seus empregados, estes, por sua vez, tornar-se-ão bons produtores, satisfeitos com a organização e focados no resultado, o que pode otimizar o negócio dos Agentes Autorizados também poderá reduzir custos conseqüentemente aumentando a produtividade em todos os níveis e setores. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa teve como principal objetivo sugerir um programa de Endomarketing para Agentes Autorizados da Brasil Telecom. Atualmente grandes empresas têm utilizado de programas de Endomarketing para que seja criada uma relação de comprometimento do empregado com a empresa da qual faz parte, e o Marketing Interno só tem a contribuir para que esta relação se torne sólida e confiável. O Endomarketing quando bem aplicado traz inúmeros benefícios para as organizações, os empregados tornam-se satisfeitos, motivados e passam a desempenhar suas atividades com qualidade, produzindo cada vez mais. Nesta monografia foi realizada uma análise geral das pesquisas e deste modo foi possível diagnosticar sistemas de Endomarketing que possam vir a ser eficazes nas empresas estudadas. Este trabalho foi realizado para que se pudesse medir o nível tanto da comunicação interna quanto da motivação dos empregados, conforme a análise encontra-se nos gráficos 2 e 3 respectivamente. Conforme o levantamento de dados das pesquisas pode-se verificar que todo projeto de Endomarketing deve apoiar-se em sistemas criativos que conquistem os empregados e os tornem comprometidos com a idéia de comunicação interna, a partir deste contexto foram então sugeridas ações para que a comunicação interna seja reconhecida positivamente pelos empregados e por seus responsáveis. A partir do estudo realizado foi possível detectar que muitas ações são efetuadas para que se crie uma boa relação da empresa com os empregados, portanto estas ações não são sistematizadas e não estão dentro de um projeto de Endomarketing, pois são ações que tem por objetivo o aumento das vendas de produtos e serviços, o que está de acordo com algumas das metas de Endomarketing, mas não é a principal, o que se tem por principal objetivo é tornar, todos os integrantes dos Agentes Autorizados e da empresa que os contratam, bem informados e participantes de um projeto bem estruturado de comunicação interna sugerido para este segmento. O Endomarketing quando bem aplicado e monitorado é bem aceito pelo público interno das empresas, e este, por sua vez, passa a fazer parte de um clima organizacional saudável e transparente. Por outro lado, se um programa de Endomarketing não é monitorado ele não tem o mesmo resultado que um projeto, estruturado, implantado e constantemente controlado por seus responsáveis, pois as ações de Endomarketing são sistêmicas e necessitam de atenção constante para que possam passar informações atualizadas e necessárias para as equipes, dentro de um determinado espaço de tempo. Finalmente, foi possível buscar informações necessárias para a elaboração deste trabalho, através de pesquisas qualitativas e do cruzamento de dados das mesmas foi criado um projeto sugerido de Endomarketing para Agentes Autorizados, que utilizou dos passos de Brum (2007) para a estrutura sugerida. O programa sugerido visa criar um vínculo de comunicação capaz de tornar a maior parte dos empregados comprometidos e não apenas envolvidos com o foco das empresas nas quais estão inseridos. Logo, podem-se verificar os benefícios que um programa de Endomarketing poderia trazer para todos os envolvidos neste processo e o quanto seria útil manter o monitoramento do projeto para que este fosse efetuado com qualidade e para que trouxesse os resultados desejados. 6.1. LIMITAÇÃO DA PESQUISA Para que se possa, de fato, criar um programa completo de Endomarketing seria necessário à realização de pesquisas em todos os níveis e setores das empresas envolvidas. Neste contexto o ideal seria levantar informações e diagnosticar as necessidades da empresa contratante, Brasil Telecom e de todos os seus Agentes Autorizados, para que após fossem realizadas análises destes dados e então poder-se-ia criar um projeto de Endomarketing eficiente e de qualidade orientado para este segmento. Devido a maior complexidade da coleta, optou-se por direcionar o foco do trabalho apenas nos Agentes Autorizados, o que não impede de esta coleta vir a ser mais abrangente e diagnosticar dados em ambas as empresas. A pesquisa, apesar de ser realizada em apenas um dos lados das organizações em análise, não se torna completamente limitada, mas traz um foco melhor para a elaboração deste trabalho. 6.2. PESQUISAS FUTURAS Espera-se que esta pesquisa venha a contribuir para novos trabalhos na área de Endomarketing, tanto no ambiente acadêmico, como no meio empresarial. Quanto à Brasil Telecom e seus Agentes Autorizados, espera-se que este trabalho possa contribuir para a melhoria da comunicação interna destas empresas. Além disso, sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas para avaliar especificamente o nível de comunicação interna e a aceitação de um projeto de Endomarketing por parte do público-interno. Os resultados deste estudo revelam que tanto a Brasil Telecom quanto os Agentes Autorizados, contratados por ela, possuem uma base para a inserção de um programa de Endomarketing e um bom nível de receptividade diagnosticado nas pesquisas. Esta conclusão, portanto, aponta para a necessidade de criação de um projeto de Endomarketing orientado para Agentes Autorizados que vise tornar os empregados comprometidos com suas atividades e com as empresas da qual fazem parte. REFERÊNCIAS AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia Aplicada à Administração: Uma abordagem Interdisciplinar. São Paulo: Saraiva, 2005. BRASIL TELECOM. Informações para Agentes Autorizados. Disponível em: http://www.brasiltelecom.com.br. Acesso em: 31 de outubro de 2007. BRASIL TELECOM. Dados de Telefonia Fixa e de Telefonia Móvel. Disponível em http://www.teleco.com.br/Operadoras/BTelecom.asp. Acesso em 05 de novembro de 2007. BRASIL TELECOM. Informações sobre a Empresa. Disponível em <http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_painel.php?id=8655>. Acesso em 25 de outubro de 2007. BRASIL TELECOM. Book Mercado Empresarial – Brasil Telecom. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2002. BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing: Estratégias de Comunicação Interna para empresas que buscam qualidade e a competitividade. Porto Alegre: L&PM, 1994. BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing como Estratégia de Gestão: Encante seu Cliente Interno. Porto Alegre, L&PM, 1998. BRUM, Analisa de Medeiros. Um Olhar sobre o Marketing Interno. Porto Alegre: L&PM, 2000. BRUM, Analisa de Medeiros. Face a Face com o Endomarketing. Porto Alegre: L&PM, 2005. BRUM, Analisa de Medeiros. Respirando Endomarketing. Porto Alegre: L&PM, 2003. BRUM, Analisa de Medeiros. Curso de Endomarketing. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2007. CERQUEIRA, Wilson. Endomarketing: educação e cultura para a qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. COBRA, Marcos Henrique Nogueira. 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A sua empresa efetua ações de Endomarketing? 5 – Se sim, das ações de Endomarketing que a sua empresa utiliza, quais delas você considera mais eficientes? 6 – Você acha que seus funcionários estão motivados para exercerem suas devidas funções? 7 – O que você considera um fator desestimulante para as equipes? 8 – O que você considera importante na hora de estimular uma equipe? 9 – Quem você considera responsável pela produtividade dos seus funcionários? 10 – Que tipos de comunicação você utiliza para informar seus funcionários das modificações no planejamento da empresa? 11 – Você considera seus funcionários bem informados em relação ao mercado no qual atuam, aos produtos que comercializam, aos concorrentes que precisam enfrentas, e a informações a respeito da empresa da qual fazem parte? 12 – O que você considera eficaz para que seus vendedores produzam mais? 13 – Quando os resultados nas vendas não são os esperados que atitudes você procura tomar em relação às equipes? APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTADOS TIPO 2 PÚBLICO-ALVO: ADMINISTRADORES 1 – Como é o clima organizacional na sua empresa? 2 – Como você se sente em relação à sua empresa? 3 – Você está trabalhando na área que gosta? 4 – Conforme a explicação... Existe na sua empresa um projeto de Endomarketing? 5 – Se sim, que ações são realizadas? 6 – Sua empresa realiza ações motivacionais? 7 – Se sim, você considera estas ações eficientes? 8 – Sua empresa lhe oferece treinamentos? 9 – De quem é a responsabilidade pela sua produtividade e pela produtividade da equipe? 10 – O que pode ser realizado para que aumente a sua produtividade? 11 – Como são efetuados os processos de comunicação na sua empresa? 12 – Você considera eficaz a comunicação entre você e seus superiores? 12.1. E entre você e seus colegas? 12.2. E entre você e seu clientes? 13 – O que pode ser realizado para que a comunicação entre você e seus contatos (empresa e clientes) seja eficiente? APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTADOS TIPO 3 E 4 PÚBLICO-ALVO: FORÇA DE VENDAS 1 – Como é o clima organizacional na sua empresa? 2 – Como você se sente em relação à sua empresa? 3 – Conforme a explicação... Existe na sua empresa um projeto de Endomarketing? 4 – Se sim, que ações são realizadas? 5 – Sua empresa realiza ações motivacionais? 6 – Se sim, você considera estas ações eficientes? 7 - Você está satisfeito com a sua remuneração? Porquê? 8 – Sua empresa lhe oferece treinamentos de capacitação profissional? 9 – De quem é a responsabilidade pela sua produtividade e pela produtividade da equipe? 10 – O que você considera estimulante para que sua produtividade possa aumentar? 11 – Como são efetuados os processos de comunicação na sua empresa? 12 – Você considera eficaz a comunicação entre você e seus superiores? 12.1. E entre você e seus colegas? 12.2. E entre você e seu clientes? 13 – Você está trabalhando na área que gosta? APÊNDICE D – QUESTIONÁRIO PARA ENTREVISTADOS TIPO 5 PÚBLICO-ALVO: GESTORES DE CANAIS 1 – O que pode motivar os agentes? 2 – Que tipo de comunicação interna pode vir a ser eficiente? 3 – Quais os benefícios que pode trazer para um agente um planejamento de Endomarketing? ANEXO A - ESTRUTURA DO MERCADO EMPRESARIAL (AGENTES AUTORIZADOS) Estrutura do CME 100.000 Clientes Funcionários Gerente Gestores Porto Alegre e Metropolitana Existentes: 15 01 Gerente do Mercado 14 Gestores Santa Maria Pelotas Caxias Passo Fundo Canal Indireto Agente Agente Vendedor Agente Agente Vendedor Agente Vendedor 50 Agentes Vendedor Vendedor 250 Vendedores Identificados Aproximadamente 100.000 clientes Cliente Cliente Cliente Cliente Cliente 2 2 ANEXO B - ANÁLISE SWOT DOS AGENTES AUTORIZADOS (BRASIL TELECOM) An álise SWOT Análise Modelo de Agentes Pontos Fortes Marca BrT Qualidade Credibilidade Capilaridade da rede Tecnologia Oportunidades Pontos fracos Qualidade Recursos humanos Ameaças Novos Entrantes Ampliar e fidelizar base de clientes Incremento de receita Foco destes agentes pela concorrência Criar barreira para novos entrantes Ofertas vantajosas da concorrência Criar novo relacionamento com Mercado Novas alternativas para o Agentes Criação de novos pontos de presença Diferencial competitivo 3 3 ANEXO C – PESQUISA DA GALLUP ORGANIZATION SOBRE ENGAJAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO BRASILEIRA Pesquisa revela importância do gerenciamento eficiente Realizada pelo segundo ano consecutivo, em onze regiões metropolitanas, pesquisa da Gallup Organization sobre o Engajamento da Força de Trabalho Brasileira revela que apenas 21% dos profissionais estão engajados. O conceito de engajamento, desenvolvido após anos de estudos dos pesquisadores da Gallup, vai muito além de satisfação no trabalho. A parcela de profissionais “engajados“ (21%) é representada por aqueles que trabalham com paixão e têm sentimento de conexão com a empresa. São produtivos, leais, impulsionam a inovação e movem a organização através de críticas construtivas e níveis consistentes de alto desempenho. Em contra partida, 18% da força de trabalho brasileira é considerada “ativamente desengajada”. São funcionários que freqüentemente mostram a sua atitude negativa com relação ao trabalho e ao empregador e, o que é pior, são responsáveis por destruir o valor criado por seus colegas na organização. Por fim, quase dois terços (61%) dos trabalhadores são considerados “não engajados”, ou seja, não estão psicologicamente comprometidos com a empresa, buscam apenas atingir os objetivos sem ousadia ou riscos, e podem deixar a empresa caso surja a oportunidade. “Baixos índices de engajamento custam muito às empresas em vendas, lucros perdidos, e em menor satisfação dos clientes” analisa Gustavo Oliveira, country manager da Gallup Organization no Brasil. A origem do engajamento está relacionada a uma eficiente gestão de pessoas. Segundo pesquisas já realizadas, 84% dos profissionais que pedem demissão relatam que o principal motivo de sua saída é o relacionamento com seu gerente direto. “Este número é um alerta para as empresas e revela a importância do gerenciamento eficiente de pessoas. Saber reconhecer o trabalho dos funcionários, ouvir suas opiniões e mantê-los a par do seu progresso como profissional são ferramentas poderosas para reter os talentos e garantir a eficiência de sua organização”, afirma Oliveira. Perfil dos funcionários engajados – A pesquisa da Gallup revela dados interessantes sobre o perfil de engajamento dos trabalhadores brasileiros. A região Sul concentra os profissionais com maior índice de engajamento (26% contra 21% da média nacional), assim como o menor índice de trabalhadores ativamente desengajados (13% contra 18% da média nacional). O engajamento de trabalhadores de empresas públicas e privadas também merece destaque. Enquanto o setor privado apresenta 23% de profissionais engajados e 17% ativamente desengajados, no setor público os índices são de 18% de engajados e de 20% de profissionais ativamente desengajados. O uso de ferramentas de gestão, mais presentes no mundo corporativo privado, pode explicar esta diferença. Outra análise interessante da pesquisa: quanto mais jovem o profissional, menor seu engajamento. Na faixa etária de 18 a 29 anos, 17% dos trabalhadores são engajados; na faixa de 30 e 49 anos, o índice é de 21%; e na faixa dos profissionais com mais de 50 anos o índice de engajamento salta para 28%. Comparativo de engajamento no Brasil e no mundo – Em 2005, a Gallup realizou pela primeira vez no Brasil a pesquisa sobre o Engajamento da Força de Trabalho nacional. A recente pesquisa mostra que não houve mudança significativa no quadro do engajamento dos trabalhadores no Brasil entre 2005 e 2006. 2006 2005 Engajados 21% 22% Não engajados 61% 61% Ativamente desengajados 18% 17% A mesma pesquisa Q12® da Gallup já foi realizada com a força de trabalho de diversos países da Europa e das Américas. Apesar do engajamento do trabalhador brasileiro ser inferior ao do norte-americano e chileno, nossos profissionais são mais engajados que os trabalhadores de algumas potências econômicas da Europa. O Q12® Gallup – O estudo sobre o Engajamento da Força Brasileira de Trabalho baseiase na pesquisa Q12® da Gallup Organization. Em First, Break All the Rules (Marcus Buckingham e Curt Coffman, 1999) e na edição de Abril de 2002 do Journal of Applied Psycology, a Gallup publicou inicialmente a abrangente pesquisa provando que empregados engajados são mais produtivos. A pesquisa também comprova que empregados engajados são mais lucrativos, mais orientados aos clientes, mais seguros e mais resistentes às tentações de sair da empresa. Por muito tempo se suspeitou da conexão entre o nível de engajamento de um empregado e o nível de qualidade do seu desempenho. A pesquisa Gallup elimina essa dúvida. A extensa pesquisa, que incluiu mais de um milhão de trabalhadores, identificou 12 questões que medem o engajamento de empregados e cujos resultados se correlacionam poderosamente com aspectos relevantes dos negócios, incluindo retenção, produtividade, lucratividade, engajamento de clientes, e segurança no trabalho. E essas questões – Q12® – medem dimensões que líderes, gerentes e empregados podem influenciar. Sobre a pesquisa – Pesquisa realizada em julho de 2006 com 1012 trabalhadores, maiores de 18 anos, em 11 capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Brasília, Fortaleza, Manaus e Vitória). Segundo dimensão da amostra, pode-se afirmar com 95% de confiança que o erro atribuído à amostragem e outros efeitos aleatórios pode chegar a +/- 3,1 pontos percentuais. Fonte: HSM On-line (14/03/2007) - Organization, Gallup