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| e mais: Manual de cervejas • Iluminação lucrativa • Venda pelo celular UMA PUBLICAÇÃO DO GRUPO LUND • ANO 39 • No 7 • JULHO 2008 Sau‘ de Pela te e do cliegnócio do ne WWW.SM.COM.BR COM UMA SÉRIE QUE SE ESTENDERÁ POR MAIS TRÊS EDIÇÕES, SM INICIA CAMPANHA PARA AJUDAR O CONSUMIDOR A SE ALIMENTAR MELHOR. ELE QUER ISSO, ACREDITE. SE VOCÊ MOSTRAR O CAMINHO, O CLIENTE COMPRARÁ MAIS. SAÚDE NA LOJA | Supermercado Moderno • julho 2008 carta ao leitor Valdir Orset ti editor emérito [email protected] SUPERMERCADO MODERNO Propriedade de Informa Publicações Especializadas Ltda. Presidência do Grupo Robert Macody Lund INFORMA PUBLICAÇÕES ESPECIALIZADAS Diretoria Telefone (11) 3327-4504 Diretor Executivo Sergio L. A. da Veiga Oliveira Diretor de Publicação Sergio Molinari Editor Emérito Valdir Orsetti Conselho Executivo PELA SAÚDE DO CLIENTE E DO SEU NEGÓCIO Lauricéia Tavares Bernardino, Mário Nazar Mauricio Pacheco, Robert Macody Lund, Sergio L. A. da Veiga Oliveira, Sergio Molinari Redação Telefone (11) 3327-4514 / e-mail: [email protected] Editora executiva Sheila Hissa Chefe de Reportagem Alessandra Morita Repórteres Fernando Salles e Bruno Dias estagiário Helton Gomes Colaboradores Diretor de Arte e projeto gráfico Alberto Mateus Diagramação e Produção Crayon Editorial F alta de informação tem levado os consumidores à ingestão desenfreada de alimentos ricos em gordura (inclusive trans), açúcar, etc. e pobres em vitaminas, fibras e sais minerais. Esse consumo vem cobrando um preço alto: obesidade, diabetes, hipertensão, osteoporose, dentre outros males. O crescente cuidado com a ali- vitaminas e minerais, bem como diet e light. Entretanto, eles estão dispersos entre milhares de outros e não contam com o apoio de campanhas informando suas virtudes aos consumidores. Esse movimento é uma oportunidade excepcional para você contribuir para a saúde de seus clientes e conquistar novos consumidores, além de diferenciar-se da concorrência. A chance se torna ainVocê, varejista, pode contribuir da maior se considepara a saúde dos seus rarmos o crescente das classes consumidores, diferenciando-se ingresso menos favorecidas da concorrência no mercado, às quais faltam informações mentação faz com que consumi- para uma dieta equilibrada. Nesta e nas próximas edições, dores de todo o mundo, inclusive brasileiros, comecem a buscar ali- SM traz sugestões para você promentos mais saudáveis. Indústrias mover saúde a seus clientes e seu de todos os portes estão atentas a negócio, através de campanhas ou atender essa nova exigência. Sua ações como sugerir cardápios com própria loja certamente já inclui produtos saudáveis. Ficaremos gratos com seus cono sortimento alimentos isentos de gordura trans, ricos em fibras, mentários sobre este trabalho. Fotos João de Freitas Conselho Editorial Alexandre Ribeiro (GPA), Lucas Nassar (Mambo), Carlos Fernandes (Wal-Mart), Eduardo Adrião (GPA), Eduardo Peralta (Paulistão), Emiko Yokoi (Ricoy), Giovane Costa (WalMart), José Ricardo Scheurer (Sonda), Lucia Morita (Portal), Marcio do Valle (Coop), Milton Bento (Rede Maciel) ASSINATURA Sueli Simão (11) 3327-4522 MARKETING ANUNCIANTE Camila Siqueira (11) 3327-4512 • [email protected] Eventos Renata Franzini (11) 3327-4629 • [email protected] PUBLICIDADE Telefone (11) 3327-4516 / e-mail: [email protected] Apoio a Vendas Carla Morais (11) 3327-4505 Gerentes de Contas Alexandre Niccolai (11) 3327-4520 • [email protected] Marcelo Luz e Silva (11) 3327-4507 • [email protected] Vanda Maeda (11) 3327-4555 • [email protected] Ceciliano dos Santos(11) 3327-4570 • [email protected] REPRESENTANTES INTERIOR SÃO PAULO Interage Comunicação: Rua Maria Custódia, 197, Santa Terezinha, 02460-070, São Paulo, São Paulo. Tel/Fax (11) 2236-3630. E-mail: [email protected] SÃO PAULO Ação Representação Com. S/C Ltda.: Rua Brigadeiro Tobias, 356, 10º andar, sl. 104-C, 01032-901, São Paulo, SP. Tel./fax (11) 3313-1433. E-mail: [email protected] RIO DE JANEIRO (RJ) e ESPÍRITO SANTO (ES) Preto & Branco Revistas Dirigidas: Rua da Glória, 214, apt 1107, 20241-180, Bairro da Glória, Rio de Janeiro, RJ. Tel. (21) 2556-6015. E-mail: [email protected] CURITIBA (PR) Spala Marketing e Representações: R. Conselheiro Laurindo, 825, conjunto 704, 80060-100, Curitiba, PR. Tel./fax (41) 3027-5565. E-mail: [email protected] PORTO ALEGRE (RS) Enterprise K: R. Xavier Ferreira, 16 - Bairro Auxiliadora, 90540-160, Porto Alegre, RS. Tel./fax (51) 3026-5570. E-mail: [email protected] Para obter informações e solicitar serviços Fax (11) 3228 - 9333 - Site www.sm.com.br Supermercado Moderno: R. Brigadeiro Tobias, 356, 9º andar, CEP 01032-901. São Paulo, SP. Tel. (11) 3327-4400. Fax (11) 3227-6639. C. Postal 3349 - 01060-970. Supermercado Moderno, com tiragem de 31.750 exemplares, é enviada mensalmente a 26.000 executivos, proprietários, compradores, gerentes e encarregados das principais lojas de auto-serviço, lojas de conveniência, atacados e cooperativas responsáveis por 80% do volume de vendas do setor. Gerente de Produção - Arnaldo Sedrani (11) 3327- 4438. Coordenador de Produção - Denise Spedo Maciel (11) 3327- 4569. Distribuição - Door to Door Logística e Distribuição Ltda. Não autorizamos pessoa alguma a oferecer assinaturas. Se for procurado por alguém, denuncie-o às autoridades. Supermercado Moderno não aceita matérias pagas no espaço editorial. Proibida reprodução total ou parcial sem autorização dos editores. Registro de Publicação assentado no cadastro da Divisão de Censura de Diversões Públicas, D.P.F., nº 275.P209/73. Impresso por PROL Editora Gráfica, Av. Papaiz, 581, Jd das Nações, Diadema, SP. PROGRAMA DE TRABALHO PARA QUALIDADE Saude Pela ‘ do cliente e do negócio ANO 39 32 Campanha para elevar o lucro na sua loja | Nº7 • JULHO 2008 SETOR CENÁRIO ECONÔMICO Os alimentos vão afetar as vendas em 2008? . . . . . . . . . . 19 ESTRATÉGIA TECNOLOGIA Rede Angeloni: clientes compram pelo celular . . . . . . . . . . 25 CAPA CAMPANHA PELA SAÚDE DO CLIENTE E DO NEGÓCIO Saúde e lucro na loja . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 A Dieta Certa: ajude seu cliente e fature bem mais . . . . . 34 Arroz e Feijão: mais nutritivos do que se imagina. . . . . . . 44 Sal: ensine o brasileiro a consumir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 CATEGORIA 56 Manual de cervejas: ganhe dinheiro com a bebida MANUAL DE CERVEJAS Ganhe dinheiro com a categoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 LOJA FRIOS Como receber, manusear e fatiar os produtos . . . . . . . . . . . . 64 CARTÕES Incentive a mulher a usar mais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 ILUMINAÇÃO Luz certa eleva vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 RH FEEDBACK Como dar retorno ao funcionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 SEÇÕES CARTA AO LEITOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 SM RESPONDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 VOCÊ. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 PONTO-DE-VENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 MEGAMERCADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 NOVOS PRODUTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 CENAS DO VAREJO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 64 Como manusear frios | Supermercado Moderno • julho 2008 sm responde Faça sua pergunta • [email protected] • fax: 11 3227.6639 O que é importante num software para o controle de estoque? Como escolher a operadora de cartão de crédito? Cíntia Vidal Reigas, gerente administrativa do Vidal Cereais. Cachoeiras de Macacu, RJ Rosemary Liceras, Liceras & Mahon. Espírito Santo do Pinhal, SP SM O processo de recebimento dos FLVs começa antes da compra, diz Alexandre Ribeiro, consultor da R-Dias. O supermercado precisa conhecer o perfil do seu público para definir preço e os padrões operacionais de cada item - qualidade, tamanho, cor e textura aceitos pela clientela. Atenção a esses detalhes reduz o manuseio no recebimento, assim como acertar a entrega já em caixas plásticas da própria loja. Também é fundamental negociar a compra na mesma unidade de medida da venda – se o abacaxi é vendido em unidade, adquira do fornecedor nessa medida. Isso evita ruptura. No transporte, o caminhão deve ser fechado, pelo menos com lona envolvendo cobertura e laterais, com espaço entre produtos e lona. Na entrega o correto é adotar a conferência qualitativa, a cargo do responsável pela seção. A verificação da qualidade dos produtos deve ser feita ainda no caminhão. Já na checagem quantitativa, os conferentes devem checar a nota fiscal e os impostos, o padrão de qualidade do produto e o peso líquido da caixa, independente de a entrega vir do CD ou direto do fornecedor. A revisão deve estar atenta para retirar as partes não aproveitáveis dos FLVs, como raízes, antes do armazenamento interno, de preferência em câmara climatizada adequada aos FLVs, ou ao menos em local arejado. Da entrega à gôndola, a equipe deve seguir o manual de procedimento, estar motivada e sentir-se responsável pela qualidade dos produtos. SM Para Marcos Massenas, gerente de marketing de produto da Bematech, a melhor forma de gerir os negócios no auto-serviço é através de um sistema integrado especializado para o varejo. Em apenas um pacote, estão conectados os controles de estoque, de compra e de desempenho, além de programas financeiro e de frente de loja, possibilitando que essas informações circulem entre os gestores. Especificamente para a retaguarda, os mais importantes pontos são um módulo de compras eficiente para administrar os itens do auto-serviço e um sistema de controle de estoque preciso. Com eles, é possível impedir falhas mais comuns, como a perda da precisão de estoque, o que ocasiona rupturas ou falta de confiança nas informações. Um problema que pode levar ao excesso de compras, com prejuízos financeiros e operacionais. Atualmente, existem sistemas bastante confiáveis voltados tanto ao pequeno e médio varejista como para os maiores clientes. Uma grande rede deve estar preocupada com os aspectos de infraestrutura da tecnologia utilizada para obter respostas no tempo necessário. Já os pequenos e médios varejistas devem preocupar-se com a funcionalidade dos sistemas. SM Existem no Brasil mais de 98 milhões de usuários de cartões. Ao implantar o serviço, alguns pontos devem ser observados. O primeiro é a real necessidade do cartão para o tamanho e o público da loja. Para avaliar, levante o número de clientes a utilizar o serviço. Na adesão, as principais bandeiras exigem documentação, conta corrente em banco associado e linha telefônica. A taxa varia de 3% a 4% por compra, conforme o porte da loja e o pacote de serviços. A instalação do terminal demora cerca de 10 dias. O equipamento é alugado e custa a partir de R$ 84. Caso a loja use o sistema de transferência eletrônica de fundos (TEF), não há cobrança. O reembolso das vendas é de um dia após a compra nos cartões de débito. No crédito, conforme o parcelamento, em até 30, 60 ou 90 dias. Para Marcelo Aragona, consultor da Witrisk, é preciso dar atenção às cláusulas de manutenção, validade, exclusividade do serviço e multas. R.Dias – Assessoria para Varejo: (11) 3577-0100 Bematech: 0800-6442362 João de Freitas 10 Receba os FLVs já em caixas plásticas do próprio supermercado. Isso reduz o manuseio dos produtos e evita quebras Como garantir o recebimento de hortifrútis em perfeito estado? Iracema Aparecida, Sempre Bom Supermercados. Uberlândia, MG Witrisk: (11) 3032-3108 ERRATA No Guia de Categorias, edição de maio/2008, foi veiculado na pág. 232 que o consumo de papel higiênico das versões com 50 a 60 cm começa a aumentar. O correto é versões com 50 a 60 metros. Ainda na edição de maio/2008, foi publicada na seção Você, pág. 11, que a rede paulista Lopes Supermercados possui 8 lojas. O certo são 14 unidades. VALORIZANDO O PROFISSIONAL DO VAREJO VOCÊ VOCÊ RODRIGO MATHEUS CARNE SEGURA E SEM PERDAS uando o veterinário Rodrigo Matheus foi contratado como consultor pelo Supermercado Madrid, há um ano, constatou que as instalações do açougue da tradicional loja, aberta na década de 60 em São Paulo, precisavam ser reestruturadas. Aos 29 anos, e com experiência no Carrefour e na antiga rede Big, ele não precisou de altos investimentos para promover mudanças consideráveis. Resultado: a seção ganhou cara nova e as perdas caíram 20%. Das facas às bancadas, a rigidez na loja com data de validade e procedência – o que antes não acontecia. Outra medida foi separar as carnes suínas e bovinas das de aves, o que aumentou o espaço nas câmaras refrigeradas. A medida evita ainda a contaminação cruzada, causada por microorganismos quando carnes diferentes entram em contato. As bancadas do açougue foram organizadas por função (embalar ou manipular) e de forma que os produtos in natura não se misturem com os embutidos. Rodrigo Matheus reduziu em 20% as perdas na seção de açougue da loja independente Madrid ao estabelecer procedimentos para a manipulação correta dos alimentos com o controle de qualidade foi o centro das modificações realizadas por Matheus. A primeira foi rotular todos os alimentos manipulados Atualmente, Matheus vai ao Madrid duas vezes por semana, quando confere os procedimentos. Em outros dias, nutricionistas parcei- JOÃO DE FREITAS Q Por Amanda Camasmie | [email protected] ras do veterinário monitoram o trabalho com checklists dos padrões de qualidade estabelecidos. Também realizam treinamentos, semanais e divididos em módulos segundo a necessidade de cada setor e de acordo com um tema definido. Por exemplo, em boas práticas de manipulação, são abordados higiene pessoal e do ambiente, normas de segurança do trabalho (EPIs), controle de qualidade, entre outros. Segundo Matheus, a conscientização e participação da equipe do supermercado são fundamentais para o processo de qualidade ter resultado. E é o cumprimento com rigor dos procedimentos que garante o sucesso do trabalho. RODRIGO MATHEUS é um dos candidatos ao 5º Prêmio Destaque Você, que homenageará, em 2009, o profissional que mais representa a eficiência do auto-serviço. 16 | Supermercado Moderno • Julho 2008 ponto-de-venda Pão de Açúcar: nova loja sustentável poderá ganhar selo ecológico Com energia joão de freitas r e n o váv e l , construção ecológica e um mix com destaque para produtos sustentáveis, o Pão de Açúcar inaugurou em junho sua loja verde. Segundo a empresa, é o primeiro supermercado da América Latina que poderá contar com o selo de construção sustentável, concedido pelo US Green Building Council, ONG americana que estimula construções sustentáveis. A auditoria para a entrega definitiva do selo verde será realizada até o final do ano. A segunda loja da rede em Indaiatuba, no interior de São Paulo, tem 1.700 m² de área de vendas e seguiu mais de 40 dos 58 requisitos necessários, como compra de energia renovável; telhas com manta isotérmica para menor aquecimento interno; fluído R404 nas ilhas refrigeradas para não agredir a camada de ozônio e equipamentos de ar-condicionado, torneiras e válvulas que auxiliam na redução do consumo de água e energia. Boa parte das gôndolas é de madeira certificada (foto ao lado). O conceito passa também pelo mix. Dos 20 mil itens, cerca de 750 são orgânicos, naturais ou sustentáveis. O envolvimento com a questão ambiental foi critério para a seleção dos 110 funcionários da loja, treinados para explicar a procedência e função dos alimentos orgânicos e especiais. O projeto consumiu R$ 7,5 milhões, 15% a mais do que as lojas comuns. O gasto adicional deverá ser compensado pelo alto valor agregado do sortimento. “Os avanços desse projeto farão parte do estudo de viabilidade para novas unidades”, disse João Edson Gravatá, diretor de operações da rede. PV João de freitas Pin Pad garante maior segurança A GERTEC, empresa de produtos para automação comercial e bancária, lança o Pin Pad PPC 900 para transferência eletrônica de fundos (TEF). O equipamento permite receber pagamentos com cartões de crédito, débito e Crédito Direto ao Consumidor, além de parcelamento nas principais bandeiras em operação no País. As vantagens do novo modelo são, segundo a empresa, maior velocidade de processamento, uso de chaves de criptografia para senhas dos clientes e sistema que protege as informações contidas no Pin Pad, evitando fraudes. O aparelho pode funcionar através de linha discada exclusiva pela internet (ADSL) ou tecnologia celular (GPRS), garantindo maior flexibilidade para os lojistas. O produto está disponível nas versões com interface de comunicação Serial ou USB. O custo é de R$ 511. Informações: (11) 2173-6552 PV d iv ul ga çã o | 17 ComPutador mÓVeL agiLiZa transmissÃo de dados o PaCote de serviços ofereCido pela rede francesa ganha novo incremento a partir deste mês com o lançamento do portal Turismo Carrefour (www.turismocarrefour.com.br). As vendas de passagens nas lojas da rede começaram em 2001. Hoje, são 40 filiais com os postos. Com o portal, a expectativa é alcançar 60% de aumento nas vendas em viagens. Os pacotes vão desde passeios de fim de semana em cidades brasileiras até roteiros mais elaborados na Europa, Ásia e América do Norte. Para o desenvolvimento do sistema, todos os pontos-de-venda e o call center do Turismo Carrefour utilizarão os serviços da Amadeus, fornecedora de soluções de TI para o mercado de viagens e turismo. Segundo estudo da Jupiter Media, empresa especializada em tecnologia, o mercado de turismo on line no Brasil obteve R$ 3,2 bilhões em 2007 e deve chegar a R$ 10,2 bilhões em 2010, um crescimento anual de 31%. No total, o serviço via internet responde por 10% do mercado de viagens e deve alcançar 22% em 2010. Além do Brasil, o Carrefour opera o serviço de turismo na França, Espanha, Bélgica e Colômbia. pV informaçÕes mais ráPidas e com melhor qualidade do tráfego em tempo real são características do CN3, computador móvel da Intermec, agora fabricado no Brasil. O equipamento pode ser integrado ao sistema de retaguarda dos super e hipermercados. Com isso, é possível acessar rapidamente dados sobre posição dos pedidos, nível de estoque e trânsito de mercadorias do fornecedor ao CD e deste para a loja. O CN3 funciona com quatro tecnologias de rádio integradas (Wi-fi, Bluetooth, GPRS e GPS). Segundo a empresa, o aparelho é robusto, com Memória RAM de 128MB e processador Intel XScale PXA270, de 520Mhz e até 8 Gb de HD. Segue com licença do Windows Móbile 5.0 e é compatível com os softwares disponíveis no mercado. A empresa estima que o preço seja 20% inferior ao do importado, após a absorção dos custos de instalação da unidade. Informações: (11) 3711-6770 pV WaL-mart entra no merCado da mÚsiCa digitaL enQuanto deCide o Que levar, o cliente pode comprar música pela divulgação internet no supermercado. Essa é a proposta do Download Center, iniciativa da rede Wal-Mart lançada em maio apenas no Brasil, na loja de Alphaville. O cliente adquire um cartão, de R$ 5 a R$ 50, que libera o acesso a mais de 400 mil músicas de artistas nacionais e internacionais num totem conectado à página da Coolnex Entretenimentos. As faixas custam de R$ 0,49 a R$ 2,49. Após a seleção, as músicas são transferidas para o MP3-Player ou o CD. “A idéia é dar acesso às pessoas que não dispõem de computador em casa”, afirma Rafael Gomes da Silva, diretor comercial do Wal-Mart. O conteúdo é gerido pela distribuidora iMusica, com acesso 100% legalizado. A rede poderá estender o projeto a mais seis lojas neste ano. No primeiro mês, as vendas superaram as expectativas. pV div ulg açã o turismo CarreFour CHega À internet Setor Supermercado moderno • julho 2008 os alimentos vão afetar as vendas em 2008? S Por Alessandra Morita | [email protected] egundo semestre. Nesse período, a maioria das empresas inicia o planejamento estratégico e começam a ser traçadas as metas para o ano que vem, as estratégias e ações para atingi-las. Em um primeiro momento, é preciso entender bem o cenário econômico que se desenha para o fim deste ano e o próximo. Isso dará o tom de como os negócios devem caminhar. Analisar a economia é só uma etapa do processo de planejamento, mas tão importante quanto as demais. E neste ano, com tantas notícias sobre crise de alimentos – o principal produto de um Se você está no começo do planejamento estratégico precisa entender como a alta de preços dos alimentos afeta sua empresa. Saiba ainda como ficam a inflação e a taxa de juros. SUPER E HIPERMERCADOS CONTINUAM CReSCendo 6% consultorias Fonte: ibGe e dia * projeção mÉ 19 2007 4,5% 2008* 6,5% 2009* supermercado – é preciso ser ainda mais meticuloso na análise dos fatos para não cometer equívocos. Uma consideração inicial é que, segundo a Pesquisa Focus, do Banco Central com instituições financeiras, a projeção é de que a economia continuará crescendo. E os super e hipermercados acompanharão essa evolução. Levantamento do IBGE, instituto de estatísticas do governo, aponta um aumento de 5,8% em volume até abril deste ano no setor. Os fatores que impulsionam essa alta são os mesmos que elevaram as vendas do auto-serviço em 2007: aumento do crédito e do rendimento da população. E continuarão a contribuir para que o ano termine em mais crescimento. Segundo projeção da MB Associados, especializada em macroeconomia, o auto-serviço fechará 2008 com aumento de 4,5% a 5% em volume. Para 2009, o setor elevará em mais 6,5% a 7% as vendas. Outra consultoria, a Gouvêa de Souza, focada em varejo, calcula que o setor poderá terminar o ano com aumento de 6%. Para Cesar Fukushima, economista-chefe da empresa, o 20 | Setor | Supermercado Moderno • julho 2008 cenário econômico Como fica a taxa de juros D e acordo com a pesquisa semanal Focus, realizada pelo Banco Central na terceira semana de junho com as principais instituições financeiras do País, a taxa de juros Selic deverá alcançar 14,25% ao ano até o fim de 2008 e 13% em 2009. Em junho, era de 12,25%. Os especialistas explicam que a alta da taxa de juros se deve ao aumento da inflação, pois é o remédio que o governo tem para combater altas nos preços – elevam-se os juros, cai o consumo, reduz-se o preço. Segundo Tereza Fernandes, diretora da MB Associados, é pouco provável que os juros cheguem a 19%, como no passado. Ela diz que as reservas de dólar do País estão reforçadas, o que mantém o dólar baixo em relação à moeda brasileira. Isso favorece as importações, que ajudam a regular o mercado de alimentos internamente. Além disso, o Brasil ganhou uma pontuação maior entre as empresas que avaliam o risco de investimentos nos países. E isso também ajuda a atrair mais dólares provenientes do exterior. crédito, agora mais dicenário econômico 2008/2009 fundido no setor, puxará 2008 2009 o desempenho. No ano que vem, ele espera um Inflação (IPCA) 6,0% 4,7% acréscimo de 6,6% em Taxa de juros 14,25% 13,0% volume. (Selic) Vendo esses númePIB 4,8% 4,0% ros, é natural que você se Taxa de câmbio pergunte: mas e a alta no R$ 1,7 R$ 1,8 (R$/US$) preço dos alimentos? A crise poderá levar à falta de comida no Brasil e no mundo? nômico eleva a renda, que é direcioElas não existem? Existem e já tra- nada à alimentação – nesses países zem algumas conseqüências para a pobreza ainda atinge grande paro setor – como você viu, as con- cela da população. Outro motivo são os biocomsultorias projetam crescimento um pouco menor neste ano –, mas nada bustíveis. Alimentos como milho e a cana-de-açúcar estão sendo usacomo no passado. dos em maior escala na fabricação de combustíveis que não agridem Inflação de alimentos o meio ambiente. Assim, parte da O que está por trás da crise produção antes destinada à fabriCommodities como arroz, feijão, cação de alimentos é usada nessa soja, trigo e milho são os maiores nova finalidade. No campo, terras responsáveis pelo aumento dos antes usadas para plantio de cultupreços neste ano. Acumulando 12 ras como a soja passam a produzir meses terminados em abril, a in- o milho que será transformado em flação medida pela IPCA, índice biocombustível. oficial do governo, foi de 5,04%. Só alimentos e bebidas subiram Crise das commodities 12,6% no período. O arroz, por Mais aumentos de preços? exemplo, teve alta de 26% e a farinha de trigo, de 22%. Esse cenário O aumento de preços das commoocorre no mundo todo, não só no dities, portanto, teve origem fora Brasil. Mas por quê? do País. Isso porque o preço desses A resposta é uma só: aumentou produtos é formado em dólar nas a procura por alimentos. O consu- principais bolsas de negócios e só mo de produtos alimentícios cres- depois convertido em reais. A moeceu, principalmente nos Brics – si- da americana expressa quanto quem gla que designa os principais países vai usar o alimento como matériaem desenvolvimento atualmente: prima paga por ele. E aí forma-se Brasil, Rússia, Índia e China. Uma um ciclo: a indústria eleva seu cusequação simples: crescimento eco- to e repassa para o varejo, que co- Fonte: pesquisa focus do banco central da terceira semana de junho Mesmo com a alta nos preços dos alimentos, supermercados e fornecedores estão mantendo planos de crescimento para 2007/2008 22 | Setor | Supermercado Moderno • julho 2008 cenário econômico A inflação nos Brics* Entre os países em desenvolvimento – Brasil, Rússia, Índia e China –, também atingidos pela alta nos preços dos alimentos, o País tem o menor índice de inflação ao consumidor. Brasil Índia China 5,0% 7,9% 8,5% Rússia Fonte: IBGE (Brasil) e The Economist *Inflação acumulada em 12 meses terminando em abril/08 13,3% bra do consumidor. Mas os reajustes na cadeia são diferentes e nem sempre recompõem as margens de todos. O arroz, mesmo em queda de consumo, ainda é um dos alimentos mais presentes na mesa do brasileiro, e um dos mais caros para o supermercadista. Os preços mundiais sobem desde a safra 2007/2008, quando chegou a US$ 534 a tonelada crescimento Supermercados e indústrias mantêm planos de crescimento O atual cenário de aumento de preços dos alimentos não está acuando algumas empresas. Elas mantêm a cautela, pois sabem que, em um primeiro momento, pode haver retração do volume, mas estão certas de que a recuperaração virá. Para vencer no setor, não se pode ficar estancado. É preciso avançar sempre. Coop, 25 lojas no ABC e interior de SP: a rede pretende manter-se fiel ao seu planejamento estratégico para 2008. Vai terminar o ano com 30 unidades e somar investimentos de R$ 40 milhões. Também continua ampliando a área de perecíveis de suas lojas. Outra ação é iniciar um call center para atender seus cooperados. Já foram atualizados dados cadastrais de 400 mil famílias. A idéia é conhecê-las melhor para criar ações e estratégias. Papagaio, loja independente de Rio Claro (SP): apostando no dólar baixo, a empresa criou um empório dentro da loja. A área reúne todos os itens importados vendidos no supermercado, além de diversos produtos premium de produção nacional. Segundo Gustavo Massa, gerente administrativo, os produtos estrangeiros representam 8% do faturamento. Há dois anos, a participação era metade disso. Guaíra, fornecedor do arroz Guacira: mesmo trabalhando com uma commodity diretamente afetada pela crise, a indústria reforçou a equipe de vendas para abrir novos clientes em mercados onde já atua e entrar em novas regiões, como Minas Gerais. A empresa, que espera crescer 10% em volume neste ano, também realizará ações em pontosde-venda para reforçar sua marca. Abima, associação que reúne fabricantes de massas: a entidade afirma que o se- tor iniciará uma série de ações para aumentar o consumo de massas e outros derivados de farinha em 2009. A idéia é ensinar várias receitas de pratos à base de massas. Com isso, entre outros fatores, a associação projeta um crescimento de 5% em volume para o ano que vem. Neste ano, o segundo semestre deverá recuperar a queda de 20% do primeiro em função da alta dos preços. A expectativa é de que 2008 empate com o ano anterior. na Bolsa da Tailândia (referência para os preços mundiais), contra US$ 319 do biênio anterior. Neste ano, os valores dispararam. Em janeiro, o preço médio ficou em US$ 385 e subiu para US$ 963 em maio. “O consumo aumentou e a produção caiu. Por isso essa disparada”, explica Elcio Bento, analista de mercado da Safras & Mercado, consultoria em agronegócios. Segundo ele, o estoque mundial de arroz caiu de 147 milhões em 2006/2007 para 72 milhões de toneladas no biênio 2007/2008. “Em agosto, entra uma nova safra mundial. Ela não dará grande folga, mas reduzirá a escassez do produto”, explica. Arroz no Brasil Sem desabastecimento do produto Como reflexo dos preços mundiais, no Brasil o arroz subiu de R$ 30 a saca, em média, para R$ 40. Mas a tendência é estabilizar. Somando as importações à safra nacional deste ano, chega-se ao total de arroz disponível no País – 14,8 milhões de toneladas – enquanto o consumo interno deverá atingir 13,7 milhões de toneladas. “Ou seja, tudo indica uma sobra de 1,1 milhão de toneladas. Não é o caso de desabastecimento”, explica Bento. O analista lembra que a tendência para 2009 é o aumento da produção, ajustando o mercado externo e, conseqüentemente, o interno. Os preços ao consumidor acompanham a movimentação. Mário Pegorer, diretor comercial do Cerealista Guaíra, fornecedora do arroz | 23 Guacira, lembra que o produto não sofria reajustes há quatro anos. “Com a nova realidade do consumo mundial, dificilmente os preços voltarão ao que eram”. Ele afirma que o volume de vendas mantevese estável apesar da alta no preço. Trigo A crise chega ao pãozinho e à farinha A formação de preços do trigo e da soja é semelhante à do arroz. No caso do trigo, a produção mundial é inferior ao consumo desde 2005/2006. Nos dois anos seguintes, houve quebra das safras de dois dos três principais exportadores mundiais. Nos anos 2007/2008, a produção recuperou-se para 606 milhões de toneladas, com consumo de 620 milhões. Como conseqüência, os preços subiram 67% nas safras 2007/2008 em relação aos dois anos anteriores, segundo o consultor da Safras & Mercado. No Brasil, o trigo em grão alcançou R$ 752 a tonelada em março deste ano, mas a expectativa é cair para R$ 652 a partir da segunda quinzena de agosto, quando entra no mercado a produção brasileira (o grosso do trigo, convém lembrar, vem da Argentina). Até o fim do ano, o preço da matéria-prima deverá cair para R$ 610 a tonelada. Bento explica que até junho de 2009 deverá haver uma recuperação dos preços, quando entra a safra do hemisfério Norte. “Esse é o ciclo do trigo e os preços seguem essa oferta”, explica. Ou seja, por enquanto não há motivos para preocupação. Já o estoque mundial de soja caiu de 62,4 milhões em 2007 para os atuais 49 milhões de toneladas. Para Flávio de França Junior, diretor da Safras & Mercado, a projeção é que 2009 feche no mesmo patamar, se a produção não quebrar em SM nenhum país. Mais i n for m ações Abima: www.abima.com.br Banco Central: www.bcb.gov.br Coop: (11) 4991-9500 Guaíra: (13) 3372-4022 Gouvêa de Souza: (11) 3405-6666 MB Associados: (11) 3062-1085 Papagaio: (19) 3534-0588 Safras & Mercado: (51) 3224-7039 25 Estratégia SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 Rede Angeloni Clientes compram pelo celular Mais do que ampliar vendas, a iniciativa é uma estratégia de marketing para superar a concorrência ao oferecer mais uma comodidade aos consumidores H Por Patrícia Büll | [email protected] á consumidores que querem uma experiência de compras inesquecível, e os supermercadistas se esforçam para atender esse desejo, seja com o mix de produtos, com promoções ou serviços diferentes da concorrência. Ao mesmo tempo, há pessoas que desejam aliar boas compras à praticidade. Para elas, a rede catarinense Angeloni, 20 lojas, oferece a compra pelo telefone celular desde dezembro do ano passado. Com a iniciativa, a empresa amplia o leque de serviços ao cliente ao mesmo tempo em que é uma das primeiras varejistas a disponibilizar essa ferramenta ao público. Segundo Edson Doria, gerente de comércio eletrônico da rede, mais do que ampliar as vendas pelo novo canal, o objetivo é usar a tecnologia da mobilidade para facilitar as compras do cliente. “O Angeloni já possui uma 26 | Estratégia | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 ANGELONI operação consolidada via internet e televendas. Por isso, avaliamos a possibilidade de vender também pelo celular, que hoje é desejo de consumo para a maioria dos jovens e indispensável para boa parte dos trabalhadores”, explica. Doria reconhece que a compra pelo telefone móvel ainda não é uma necessidade dos consumidores. No entanto, faz parte de uma estratégia de marketing para atender o cliente que deseja essa experiência. Por enquanto, 600 pessoas que participam do Clube Angeloni, o Programa de Fidelidade da rede, podem comprar por meio do celular. “No lançamento do serviço foram distribuídos catálogos para os sócios que já tinham comprado por meio da internet ou por televendas nos últimos 12 meses”, explica Doria. O serviço de compra pelo celular foi oferecido a seiscentos clientes que participam do programa de fidelidade ESTRATÉGIA Tecnologia é ferramenta de marketing O catálogo foi enviado para as residências dos clientes selecionados. Nele, o consumidor encontrava informações sobre a compra pelo celular, bem como o passo-a-passo de instalação do aplicativo no aparelho e os processos de compra. “Os funcionários da Central de Televendas e das Estações do Clube Angeloni nas lojas também foram preparados para dar todo o suporte em caso de dúvidas”, afirma Doria. O gerente de comércio eletrôni- co não revela o percentual de consumidores que já compraram pela internet nem o tíquete médio. Segundo ele, a preocupação no canal é facilitar o processo de compra do cliente e, principalmente, acompanhar a evolução tecnológica utilizando-a como estratégia de marketing. Segundo Doria, em 1999, quando entrou no comércio eletrônico, a rede Angeloni saiu na frente dos concorrentes em Santa Catarina. SORTIMENTO Rede vende 8,5 mil itens pelo celular Nem só de eletroeletrônicos vive a venda pelo celular. O Angeloni disponibiliza mais de 8,5 mil produtos, incluindo itens de higiene, limpeza, bazar e alimentos. Segundo Doria, o sistema oferece as facilidades de compra e a variedade de produtos da internet e do televendas, além de utilizar a mesma logística. “No caso de hortifrútis, carnes, frios e peixes, o cliente escolhe a quantidade desejada e em um campo de observação anota a ‘aparência’ do produto”, destaca. Ele cita como exemplo a compra de tomates. No campo quantidade, a pessoa coloca 1,5 kg (ou outra fração) e, no campo observação, escreve, por exemplo, “bem maduros”. O sistema de compras é simples, afirma Doria. O cliente acessa o site da rede pelo próprio celular e faz o download do aplicativo Java de aproximadamente 92 Kb. O aparelho precisa contar com a tecnologia 28 | Estratégia | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 ANGELONI CO NHEÇ A O AN G ELO NI LOCALIZAÇÃO Santa Catarina GSM/GPRS e suporte Java (MIDP 2.0). Para instalar, basta o consumidor seguir as instruções que aparecem na tela do celular, de acordo com o modelo do aparelho. FATUR AME NT O E M 2007 R$ 1,2 bilhão CRESCIMENTO NOMINAL 10% NÚMERO DE LOJAS 20 ÁREA DE VENDAS 71 mil m 2 Serviços que envolvem tecnologia exigem colocar à disposição dos clientes canais para tirar dúvidas na hora de instalar os programas. O Angeloni preparou a equipe de televendas para essa tarefa. COMPRAS Processo é igual ao da internet Segundo Doria, a maioria dos telefones com câmera estão aptos a utilizar o sistema de compras do Angeloni. Mesmo assim, a rede mantém a relação dos principais modelos em seu site (www.angeloni.com.br). O gerente explica que o aplicativo é gratuito. O passo seguinte é encher o “carrinho” virtual. Para isso, o cliente consulta o catálogo de produtos, digita o código de barras e a quantidade desejada. Quem tem um celular com câmera pode fotografar os códigos de barras coloridos. Quando o cliente encerra a compra, o aplicativo informa o valor total e pergunta a forma de pagamento: dinheiro, cheque ou cartão de crédito. “Como o serviço está disponível para os associados do Clube Angeloni, o endereço do cliente já está cadastrado no sistema, agilizando a compra”, destaca. Como qualquer programa que envolve tecnologia pode gerar alguma dúvida, o próprio site do supermercado traz as soluções para os principais problemas na hora de configurar o aparelho. O mais comum é a falha de conexão GPRS, diz Doria. Quando ocorre, o cliente só precisa clicar no mo- delo do aparelho e seguir o passoa-passo para configurar o GPRS. “A equipe de televendas também está treinada para orientar o público e, caso não consiga resolver, o problema é encaminhado à empresa que desenvolveu o sistema. Entretanto, isso não foi necessário até o momento”, salienta Doria. SISTEMA Desenvolvido por empresa contratada O sistema foi desenvolvido em parceria com A Fazion Sistemas, empresa de Mobile, utilizando aplicativo em Java, sendo que se comunica por meio do Web Services com o ERP do Angeloni. “Toda a tecnologia tem suporte de servidores da IBM”, explica o gerente. Segundo ele, o aplicativo funciona independente da operadora de telefonia celular. “O grande diferencial tecnológico é que este aplicativo utiliza a rede de dados somente quando envia ou recebe informações dos produtos. Com isso, a utilização da rede é muito baixa, com custo bastante reduzido”, esclarece o executivo do Angeloni. Agora, a rede vai acompanhar a evolução da ferramenta e, com isso, direcionar as próximas ações. “Se for preciso, mudaremos a tecnologia utilizada para melhorar o serviço. O Angeloni vai sempre se adequar para atender as necessidades dos mais diversos clientes”, finaliza Doria. SM MAIS INFORMAÇÕES: ANGELONI: (48) 3461-7500 32 Capa Supermercado Moderno • julho 2008 Com uma série que se estenderá por mais três edições, SM inicia campanha para ajudar o consumidor a se alimentar melhor. Ele quer isso, mas não sabe como fazer. Você mostra o caminho e ele agradece, comprando no seu supermercado. Saúde e lucro na loja | 33 V ocê deve estar cansado de ouvir Algumas razões para apostar que o consumidor se preocu- nessa idéia: pa cada vez mais com a saúde. No entanto, apenas um terço • 53% dos brasileiros consideram a da população afirma ter algum saúde sua principal preocupação conhecimento sobre saúde e • 22% afirmam já ter sido diagnosnutrição. E mais: 49% diz en- ticados com hipertensão, 10% com contrar dificuldade em identificar os alimentos mais colesteral alto e 6% com anemia saudáveis na hora da compra. Esses são dados de uma • 35% das pessoas procuram alipesquisa do instituto Ipsos com 1,2 mil brasileiros. É mentos saudáveis possível também você e seu cliente desconhecerem • 41% dizem procurar informamuitos dos produtos escondidos nas prateleiras do su- ções sobre o tema permercado que podem garantir refeições nutritivas se • 59% não entendem as informaconsumidos nas quantidades corretas. Eles estão nas ções das tabelas nutricionais diversas seções de alimentos – dos industrializados da • 48% acreditam que há muitas mercearia, passando pelos perecíveis e, claro, chegan- informações sobre alimentação do aos hortifrútis. Mais importante: é possível trans- saudável, mas acham de difícil formar essa falta de conhecimento em vendas para sua aplicação ao dia-a-dia loja. A campanha “Pela saúde do cliente e do negócio”, Esses dados, também da pesiniciada nesta reportagem e que se estenderá por mais três edições, quer apontar para vocês todas as opor- quisa da Ipsos, deixam evidente tunidades que os temas nutrição e saúde garantem ao o crescente interesse das pessoas seu negócio. A idéia é transmitir essas informações aos em se alimentar melhor e a granconsumidores e apontar os produtos presentes no seu de carência de informações sobre o tema. Outra razão para supermercado relacionados ao temas tratados a campanha é o excesnas matérias publicadas. Elas vão abordar so de peso, que já quais os alimentos ricos em vitaminas e Pela atinge 45,4% dos sais minerais, os que combatem doenadultos do País, ças ou ainda os funcionais, só para citar segundo dados alguns assuntos. do cliente e do Ministério da Você pode espalhar cartazes pela do negócio Saúde. Portanloja com dicas de alimentos nutritivos, to, há uma série de cardápios saudáveis e com informações oportunidades para sobre as quantidades ideais de consumo expandir as vendas no seu diário. Alguns produtos podem ganhar espaços mais nobres e pontos extras em corredores de maior supermercado. Essas dicas você fluxo. Nutricionistas e médicos podem dar palestras encontra em SM a partir dessobre diversos temas. Você pode (e deve) envolver os te mês. Nesta edição, saiba quais fornecedores nas ações. E por que não ultrapassar os nutrientes faltam na alimentação limites de seu negócio e estender a campanha a esco- do brasileiro, descubra os benefílas, postos de saúde e associações de bairro? Isso vai cios à saúde do tradicional arroz fortalecer a imagem de sua loja junto aos consumido- e feijão e aprenda como consumir corretamente o sal. res e trazer benefícios para a comunidade. ‘ Saude 34 | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 A dieta certa Ajude seu cliente e fature bem mais de Por Bruno Dias | [email protected] Sau‘ Pela E do cliente e do negócio mbora seja evidente a maior procura por alimentos ricos em nutrientes, o prato do brasileiro ainda deixa muito a desejar no quesito saúde. Faltam cálcio, ferro, magnésio e vitaminas A, B, D e K na dieta do brasileiro e ele nem desconfia. O consumidor sabe que precisa de refeições de qualidade, mas não tem idéia de como balancear sua alimentação. Afinal, desconhece a composição de alimentos naturais e industrializados, bem como seus benefícios ao organismo. A realidade é ruim, mas você pode ajudar a transformá-la, com ganhos para sua clientela e para você. A campanha Pela Saúde do O brasileiro come mal e não sabe. Pesquisas mostram que faltam em sua dieta vitaminas, cálcio, ferro e outros sais minerais. Oriente seu cliente a consumir os alimentos campeões em saúde. Com uma boa campanha, ele fica feliz e você também. 36 | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 A DIETA CERTA R EC E I TA SAUDÁVEL Para elevar as vendas I mpulsione as vendas distribuindo receitas culinárias que associem os dois principais atributos valorizados pelo consumidor: saúde e praticidade. Veja abaixo a sugestão de Daniela Pacheco, da AyB, consultoria especializada em alimentação para bares e restaurantes. Na receita de macarronada integral (abaixo), Daniela inclui produtos naturais e industrializados e reúne ingredientes ricos em fibras, vitaminas, cálcio e magnésio. “Servido com um molho encorpado, dificilmente se notará a diferença entre o macarrão integral e o comum”, diz a consultora. Distribua a receita próxima a uma exposição casada de macarrão integral com nozes, noz moscada e queijo parmesão. MACARRÃO COM MOLHO DE ESPINAFRE INGREDIENTES: • 250 g de macarrão integral (tipo pene ou parafuso) • 1 colher de manteiga sem sal • 1 colher de farinha de trigo • 1 pitada de noz moscada • 100 ml de leite desnatado • 100 g de espinafre congelado • queijo parmesão (opcional) • 50 g de nozes PREPARO Prepare o macarrão integral conforme instruções da embalagem. Enquanto o macarrão cozinha, derreta a manteiga sem sal com a farinha de trigo. Rale uma pitada de noz moscada e deixe dourar por um minuto, mexendo sempre. Acrescente o leite desnatado e misture bem até engrossar. Junte o espinafre congelado e mexa até derreter por completo. Quando o molho ferver, retire do fogo e tempere com sal e pimenta do reino a gosto. Assim que o macarrão estiver pronto, misture ao molho e sirva no prato. Rale queijo parmesão por cima e decore com algumas nozes picadas. Sirva imediatamente. ACRESCENTE O COMENTÁRIO: Esta receita é uma excelente opção de jantar rápido para reunir os amigos. É também nutritiva e fácil de preparar. FONTE: DANIELA PACHECO, DA AYB: (11) 8304-9622 - WWW.AYB.COM.BR Sau‘ de Pela do cliente e do negócio Cliente e do Negócio, sugerida por SM, nesta e nas próximas três edições, traz informações, dicas e relatos que o ajudarão a orientar o consumidor e, assim, conquistar sua confiança e suas compras. Se você gostou da idéia, a primeira providência é entender melhor a carência nutricional do brasileiro. Assim você poderá se basear nas informações para argumentar com a clientela, seja pessoalmente, por meio de cartazes, faixas, palestras, promoções, ações de merchandising, exposições. CONSUMIDOR Mostre que ele se alimenta mal Pesquisa da Escola Paulista de Medicina feita no ano passado mostra que a carência é realmente acentuada. Realizado com 1.695 mulheres e 725 homens acima de 40 anos em todo o Brasil, o levantamento revela a média de 400 mg de ingestão diária de cálcio, cerca de três vezes menor que a recomendação diária das organizações mundiais de saúde. Na faixa etária estudada, o ideal seria o consumo de 1.000 a 1.500 mg por dia. A pesquisa revela ainda que o problema é comum a todas as classes sociais: 13% dos participantes do estudo pertenciam às classes A e B, outros 32% à classe C e 56% às D e E. Além do cálcio, é baixo também o consumo de magnésio, vitamina D, vitamina K e ácido fólico (vitamina do Complexo B), o que pode causar problemas à saúde. “Bebemos hoje menos leite e consumimos mais frituras, o que não é bom para a saúde”, comenta o professor Marcelo Pinheiro, responsável pela pesquisa. Roberta Ursaia, nutricionista da Recomendo, consultoria em nutrição, também chama a atenção para a mudança negativa nos hábitos alimentares. O homem contemporâneo, segundo ela, alimenta-se cada vez menos de vegetais, produtos ricos em vitaminas e sais minerais. “Mesmo o desenvolvimento da agricultura, benéfico ao homem porque garante produção em larga escala, hoje colabora para a menor concentração de nutrientes nos alimentos. O uso de adubo e defensivos tem produzido esse efeito colateral. Cabe a nós buscar uma alimentação saudável para compensar a perda natural”, diz Roberta. Ferro e vitamina A também andam ausentes da mesa do brasileiro, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Com a falta desses nutrientes, adultos e, principalmente, crianças tornam-se mais vulneráveis a doenças como anemia, bócio, cegueira, entre outras. A Anvisa, a agência nacional de Vigilância Sanitária, determinou em 2002 a adição de ferro e ácido fólico em farinhas de trigo e milho, o que reduziu o problema mas não o eliminou. “A carência de ferro e vitamina A ainda é grande”, confirma Carla Lisboa, consultora do Ministério da Saúde. 38 Sau‘ de | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 Pela A DIETA CERTA do cliente e do negócio proteínas essenciais. Uma fonte de benefícios para a saúde. PEIXES FRESCOS OU NÃO JOÃO DE FREITAS Enriqueça as vendas de sua loja Produtos integrais ganham espaço na lista de compras do consumidor: eles garantem saúde, sabor e lucro Torne visíveis ao consumidor os alimentos saudáveis que estão no seu supermercado – os frescos e os industrializados A anemia, ocasionada pela falta de ferro, atinge entre 30% e 70% das crianças menores de cinco anos. Nesse mesmo grupo, 30% a 50% apresentam ainda doenças relacionadas à carência de vitamina A, como problemas do pulmão. Segundo os nutricionistas, o que garante um consumo saudável é uma dieta balanceada com carnes magras, verduras, frutas, grãos, ovos, leite e seus derivados, além de produtos industrializados como cereal matinal, alimentos integrais, iogurtes, cereais, bebidas à base de soja, macarrão, farinha de trigo e de milho, entre outros – todos encontrados na sua loja. (Veja relação dos produtos nas p. 42 e 43). Um dos campeões em benefícios para a saúde é o peixe fresco, congelado ou enlatado. Ele agrega iodo, sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro, fósforo e vitaminas A e D. Contém ainda 18% de Se você tem uma peixaria, não perca tempo. Divulgue todos os benefícios em cartazes, cartazetes, receitas, tablóides e no site da loja e transforme a seção em destino. Se tem espaço e condições de investir no setor, pense a respeito com carinho. Uma boa seção de peixes congelados também deve ser considerada. Sobretudo se você associar, nas mensagens ao público, os benefícios do produto à saúde e sua praticidade no preparo. Tudo indica que vendas do produto, fresco ou congelado, devem crescer nos próximos anos. Potencial existe. O consumo médio per capita do brasileiro é hoje de apenas 6,8 quilos ao ano, quando a OMS, órgão das Nações Unidas para a saúde, recomenda 14 quilos ao ano, e países como Portugal e Espanha registram 30 quilos por ano. Para você, o aumento do consumo será interessante também pelo lucro gerado. Segundo a fornecedora Costa Sul, os peixes congelados, por exemplo, asseguram margem líquida (descontados os impostos) entre 20% e 30%. É verdade que produtos congelados nem sempre são associados à saúde, mas esse é um mito a ser derrubado. Daniela Pacheco, da AyB, consultoria especializada em alimentação de restaurantes, garante que os congelados mantêm as fibras e vitaminas do alimento in Sau‘ de | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 Pela A DIETA CERTA Peixe fresco ou enlatado Rico em iodo, ferro e proteínas, a carne é nutritiva e rentável. Os produtos congelados garantem margem de 20% a 30%, e os enlatados light atraem novos consumidores. natura. E, quando bem processados, carregam ainda mais nutrientes que produtos frescos guardados há dias na geladeira. Os peixes enlatados também são uma alternativa. A Gomes da Costa lançou em maio deste ano a sardinha light, conservada apenas em água. Com o novo produto, espera vendas próximas às do atum light, com crescimento de 4% ao ano. Outro grupo de produtos que merece atenção é o de alimentos integrais, fontes de fibras e proteínas e ricos em cálcio, magnésio, vitaminas A, D, E e C. As indústrias estão de olho nesse mercado. A Seven Boys, por exemplo, lançou o pão de forma 7 Grãos, produzido com grãos de linhaça, aveia, soja, centeio, gergelim, gi- JOÃO DE FREITAS do cliente e do negócio JOÃO DE FREITAS 40 rassol, soja e trigo. Segundo Lisiane Cohen, gerente de marketing, a linha cresceu 20% em volume, quase o dobro dos demais produtos da empresa em 2007. Com um portfólio de 110 itens, a Jasmine tem nos cereais matinais integrais o carro-chefe. A linha cresceu 15% em volume no ano passado.“Antes, nossos produtos eram procurados por macrobióticos. Hoje, são consumidos por qualquer pessoa”, diz o gerente comercial Damian Allain. Na Yoki Alimentos a experiência se repete. “O mercado de integrais praticamente dobrou em dez anos. E isso com produtos 10% a 15% mais caros que os tradicionais”, diz Luis Pereira, gerente de marketing. Além da linha Mais Vita, de alimentos integrais, a empresa vende produtos ricos em ferro, como ervilha, lentilha e grão de bico, que começam a ser reconhecidos como alimentos saudáveis. Para evidenciar as qualidades nutricionais dos produtos, a empresa redesenhou as embalagens. Outra indústria que aposta nos integrais é a Nestlé. Ela lançou recentemente uma linha de biscoitos integrais, aprovada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Segundo a empresa, a idéia é elevar o giro do produto em um segmento lucrativo. Justamente o de produtos saudáveis. SM MAIS INFORMAÇÕES COSTA SUL: (47) 2103 – 3000 GOMES DA COSTA: (11) 5503 - 6844 JASMINE: (41) 2106 - 7871 SEVEN BOYS: 0800-7277772 YOKI: (11) 2188 - 8000 NESTLÉ: 0800-7702457 42 | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 A DIETA CERTA TABELA DE NUTRIENTES Sau‘ de Pela veja como transformá-la em lucros do cliente e do negócio A seguir, você encontra as principais vitaminas e sais minerais que faltam na alimentação do brasileiro. A relação traz os benefícios de cada nutriente à saúde, os problemas provocados pela carência de cada um deles no organismo e a lis- tagem de produtos in natura e industrializados que devem ser consumidos pelo cliente. Todos encontrados em sua loja e sobre os quais você deverá desenvolver a campanha. Caso queira, faça cópias da tabela para distribuí-las entre os consumidores. FERRO VITAMINA A IODO PARA QUE SERVE: atua no transporte respiratório do oxigênio e do dióxido de carbono e é parte ativa das enzimas envolvidas no processo de respiração celular. É o elemento de formação da hemoglobina, célula que dá a cor vermelha ao sangue. PARA QUE SERVE: atua na formação de células fundamentais para o bom desenvolvimento da visão. É também ativa no desenvolvimento do feto, diferenciando as células da pele, do pulmão e do intestino, e contribuindo para a formação do esmalte do dente. PARA QUE SERVE: atua na manutenção do DANOS À SAÚDE: queda da pressão arterial, tonturas e desmaios devido à diminuição do volume sanguíneo. Fraqueza generalizada, falta de apetite, palidez de pele e mucosas (parte interna dos olhos e das gengivas). Afeta as defesas do organismo e reduz a capacidade física e mental devido à redução do oxigênio nas células. DANOS À SAÚDE: cegueira noturna (dificuldade de ver no escuro) e, se agravada, a perda total da visão. Alterações na aparência e nas funções da pele (dermatites), do pulmão e do intestino. Causa também a quebra de dentes. Retarda o crescimento, provoca perda de peso e mau funcionamento das defesas do organismo. ONDE ENCONTRAR • ALIMENTOS NATURAIS: carnes como costela de porco, vitela, cordeiro, fígado e coração; em peixes e frutos do mar, nos vegetais verde-escuros, como brócolis, rúcula, espinafre, couve e agrião. • ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS: achocolatados, iogurtes, cereais matinais, biscoitos, macarrão, castanha de caju, castanha do Pará, nozes e linhaça, ervilha, lentilha, grão de bico, soja em grão e seus derivados. O ferro é adicionado à farinha de trigo e derivados industrializados (pães, massas, biscoitos), além de farinha de milho e derivados. ONDE ENCONTRAR • ALIMENTOS NATURAIS: carnes como fígado, gema de ovos, leite integral, salmão e peixes de água fria; frutas, como manga, mamão, cajá, caju, goiaba vermelha; abóbora e cenoura, acelga, espinafre, chicória, couve e salsa. • ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS: manteiga e queijo, leite em pó, cereal matinal, biscoito, creme vegetal, macarrão, bebida de soja em pó, amido de milho, cereal em barra, atum e sardinha enlatados, peixes congelados, alimentos integrais. fluxo normal de energia (manutenção do calor) e no funcionamento de órgãos como o fígado, coração, rins, ovários. A principal função é a produção dos hormônios pela glândula tireóide, responsável pelo acúmulo de 75% do iodo no organismo. DANOS À SAÚDE: no adulto, causa hipotireoidismo, o mau funcionamento da tireóide, ocasionando o bócio. Nas crianças, raquitismo e demais problemas de crescimento. O excesso de iodo também traz grandes problemas. ONDE ENCONTRAR • ALIMENTOS NATURAIS: no sal iodado, ostras, moluscos, marisco e peixes de água salgada, leite e ovos, sal e vegetais de solo rico em iodo. • ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS: peixes congelados e enlatados e sal. | 43 Destaque as informações sobre os nutrientes e confeccione cartazetes que podem ser colocados próximos aos produtos envolvidos. Perto do leite ou do iogurte, por exemplo, escreva em letras maiores: “Este produto é rico em cálcio”. E, em letras menores, acrescente: “fortalece os ossos e evita a osteoporose”. É importante contar com os fornecedores em promoções, provas de degustação e participação nos tablóides. Convém ainda promover seminários com nutricionistas e médicos, além de divulgar a campanha no bairro – use jornais locais, carros com alto-falante ou mídias mais abrangentes dependendo da área de cobertura de sua loja. Tudo para envolver o cliente no clima de saúde e gerar melhores resultados para sua empresa. ÁCIDO FÓLICO CÁLCIO MAGNÉSIO PARA QUE SERVE: vitamina do complexo B, libera energia para as atividades diárias. Também participa da produção das células do sangue. No feto, é fundamental para o fechamento dos tubos neurais. PARA QUE SERVE: fundamental na formação dos ossos, possui uma série de papéis nas funções das células, como transporte de alimentos intracelular e ativação de enzimas. Também é necessário para a transmissão nervosa e regulação do batimento cardíaco. PARA QUE SERVE: DANOS À SAÚDE: problemas ósseos, como osteoporose, agitação e palpitações, propensão a cáries, unhas quebradiças, depressão, hipertensão, dormência no corpo e irritabilidade. DANOS À SAÚDE: cãimbras, transtornos neurológicos como vertigens e dores de cabeça, taquicardia, sensação de fadiga e cansaço e alterações no sistema digestivo. ONDE ENCONTRAR ONDE ENCONTRAR • ALIMENTOS NATURAIS: brócolis, couve-flor, couve-manteiga, repolho, algas marinhas. • ALIMENTOS NATURAIS: frutas como a banana e figo, carnes e peixes. • ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS: feijão, ervilha, grão de bico, cereal matinal, soja em grão e seus derivados, gergelim e amêndoas, sardinha em lata, alimentos integrais, leite, queijos, iogurtes, achocolatados líquidos. • ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS: cereais e pães integrais, amêndoas, nozes e castanhas, bebidas de soja, barras de cereais, peixes congelados e enlatados. DANOS À SAÚDE: nos adultos, anemia, distúrbios gastrointestinais e um tipo de inflamação na língua (glossite). No feto, má formação da coluna vertebral, nascimento precoce, morte neonatal, baixo peso ao nascer, anemia e defeito nos tubos neurais. Um em cada 700 nascimentos apresenta problemas devido à carência de ácido fólico. ONDE ENCONTRAR • ALIMENTOS NATURAIS: brócolis e espinafre, fígado, cenoura, gema de ovo, carnes magras, laranja e limão. • ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS: feijão, ervilha, grão de bico, soja em grão e seus derivados, cereal matinal, biscoito, creme vegetal, suplemento alimentar. O ácido fólico tem sido adicionado à farinha de trigo e derivados industrializados (pães, massas, biscoitos) e à farinha de milho e derivados. presente em mais de 300 reações metabólicas, é um dos sais minerais responsáveis pela geração, armazenamento e liberação de energia nas reações químicas das células. Auxilia no bom funcionamento do sistema nervoso e nos músculos. FONTES: NUTRICIONISTAS MARIANE WEILER ZARBONI E ROBERTA URSAIA, DA RECOMENDO – CONSULTORIA EM NUTRIÇÃO, MARIA GANDINNI,DA RG NUTRI E ELAINE BENTO, DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE NUTRIÇÃO (APAN) E EMPRESAS. 44 | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 Arroz e feijão Mais nutritivos do que o consumidor imagina Sau‘ de Pela do cliente e do negócio Não só de soja, orgânicos e integrais se faz uma dieta saudável. A dupla arroz-com-feijão, velha conhecida, é uma das mais completas e saudáveis. Seu cliente precisa saber disso. E você (acredite) pode ganhar bem mais com a dobradinha. Q Por Natalie Catuogno Consani | [email protected] ue produtos com apelo à saúde, como soja e integrais, podem engordar o lucro do seu negócio, você já sabe. O que talvez você desconheça é que comidinhas triviais, como arroz e feijão, também fazem parte da turma da saúde e são capazes de gerar bons resultados. Segundo Daniel Magnoni, nutrólogo do HCor, o Hospital do Coração, o feijão é rico em fibras e em ferro. Já o arroz, de acordo com a Embrapa, é fonte de amido, vitaminas do complexo B e minerais. O feijão tem ainda o poder de regular o nível de colesterol e de glicose no sangue, além de melhorar o funcionamento do intestino. E a combinação arroz -com-feijão fornece praticamente todos os aminoácidos de que uma pessoa precisa. Afinal, os aminoácidos do arroz são complementares – e não iguais – aos do feijão. A informação é do site Embrapa Arroz e Feijão, que divulga os benefícios da mistura. O feijão integra ainda o seleto grupo de alimentos “funcionais”. Além de alimentar, oferece benefício extra ao corpo. Em 2005, segundo reportagem da BBC, foi publicado um estudo no Journal of the American Medical Association indicando que as pessoas que consomem feijão regularmente ou em maior quantidade têm as chances de desenvolver câncer de pulmão reduzidas em 46%. O motivo é o fitoestrógeno, substância encontrada no alimento, com propriedades similares às do hormônio estrogênio, diminuindo o risco do câncer. Tudo indica também que o prato é benéfico até para a saúde bucal. Em São Paulo, o então estudante de Odontologia da Unicamp, Renato Casarin realizou uma pesquisa de iniciação científica na qual descobriu que o arrozcom-feijão preparado com água com flúor (substância que naquela cidade é aplicada na água distribuída nas casas) mantém níveis de flúor em quantidade suficiente | 45 para prevenir cáries. Já pesquisadores da Embrapa afirmam que o consumo da dobradinha combate e previne o câncer de boca. CONSUMO CAI MUITO Mas você pode mudar esse cenário vida bem mais agitada do que antigamente, tem preferido a praticidade”, comenta Hugo Fujisawa, diretor comercial da Broto Legal. Ele lembra ainda que as famílias são hoje menores e têm mais poder aquisitivo, o que faz sobrar dinheiro para compras de alimentos sofisticados. “Quando é possível, as pessoas têm alternado o trivial com os pratos mais elaborados”, diz. Apesar dos benefícios, o consumo dos dois alimentos LUCRO PODE AUMENTAR está caindo no Veja tudo o que pode ser feito País, segundo o Arroz e feijão IBGE. A Pesquisa O consumo de arroz e feijão caiu, pofornecem ferro, de Orçamentos rém ainda tem um papel importante Familiares mostra fibras, vitaminas e na mesa do brasileiro, que pode ser que entre 1975 e minerais, além de ampliado. A dobradinha é capaz de 2003 o consumo gerar mais saúde para o cliente e mais prevenir doenças. per capita de arroz transações e rentabilidade para o seu encolheu 46% e o negócio. Não é à toa que a indústria, Com uma boa de feijão recuou primeira a identificar as necessidades campanha, você 37%. Empresas, latentes do consumidor, por meio de vende e lucra mais como a Cerealista pesquisas, vem investindo em lançaGuaira, vendem mentos. A Josapar, dona da marca Tio hoje bem menos João, colocou no mercado uma versão para o auto-serviço.“Há lojas que mistura arroz integral, selvagem, soja e outros cepara as quais fornecíamos 3 mil reais como o trigo. Rico em nutrientes e em fibras, o fardos de arroz há uma década produto foi criado para reforçar o papel do arroz na e que hoje compram apenas alimentação e expandir o consumo entre aqueles que 300 fardos”, diz Mario Pegorer, desejam benefícios adicionais. Também pensando gerente da empresa. nesse público (em crescimento), a empresa mantém Há diversas razões para isso. no seu portfólio as versões de arroz integral, que quaBoa parte das pessoas que di- se dobraram em volume nos últimos três anos, além minuiu a ingestão da dupla não de orgânico, cujas vendas crescem devagar, mas de sabe que corre riscos de perder maneira contínua. “Para reunir o útil (praticidade) nutrição e ganhar peso, explica ao agradável (saúde), a empresa vende ainda pratos o nutrólogo do HCor, Daniel semiprontos de arroz, cujo avanço em vendas foi de Magnoni. Aumentou também 15% no último ano”, explica Roberto Coelho, gerente o consumo de refeições fora de da Josapar. casa e de alimentos prontos. O Além de demonstrar bom fôlego, o arroz elaborado brasileiro tem trocado o jantar é também mais rentável. Enquanto o tradicional ofepelo lanche e pela pizza. “Pre- rece margens líquidas entre 2% e 3%, as versões sofisparar feijão toma tempo e o ticadas garantem de 10% a 12%. No caso do feijão, os consumidor, que leva hoje uma produtos orgânicos e as versões como o feijão branco, | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 ‘ Saude Pela ARROZ E FEIJÃO do cliente e do negócio também são capazes de gerar volume e lucro. É preciso apenas, desenvolver uma boa campanha de incentivo ao consumo. Use as informações desta reportagem para alertar o consumidor sobre os benefícios da dobradinha à saúde. Os dados podem ser colocados nos tablóides, no site da empresa e em cartazetes e wooblers na própria seção. Pense em frases como: você sabia que o consumo regular de feijão reduz em 46% as chances de câncer no pulmão? Vale a pena também distribuir receitas de pratos tradicionais e sofisticados. As receitas podem ser alocadas próximas a ilhas de exposição ou distribuídas em cursos de culinária e provas de degustação. Sim, provas de degustação. Pense em algo como uma saborosa feijoada degustada no horário do almoço de um sábado, ou um sofisticado cassoulet, feito com feijão branco e JOÃO DE FREITAS 46 Com o arroz semipronto, você vende ao consumidor praticidade e saúde. Trabalhe bem esse conceito na exposição, nos cartazes, tablóides e no site. As margens são maiores. carne de porco, num dia de muito movimento. Vale lembrar também que o arroz-com-feijão é consumido com couve-manteiga, batata frita, farofa, banana e até macarrão. E que ele pode ser incrementado com carnes, azeite, ervas. Sem esquecer ainda que feijão vira sopa e tutu. E arroz vira bolinhos. Tudo disponível na sua loja e cujas vendas podem crescer, se você criar exposição casada, promoções e tabelas apontando os nutrientes de cada alimento. Também recorra aos fornecedores. A Broto Legal produz folhetos nos quais destaca os benefícios do consumo do arroz-comfeijão. Já a Guaira aposta na exposição dos alimentos na área de saúde, além do ponto natural. Será preciso apenas alocar um cartazete com dados sobre a nutrição e a prevenção de doenças geradas pela dupla. SM MAIS INFORMAÇÕES Broto Legal: (19) 3716-8800 Embrapa: www.cnpaf.embrapa.br Guaira:(14) 3372-4022 Josapar: 0800-531800 Hospital do Coração: www.hcor.com.br 50 | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 Sal | Ensine o brasileiro a consumir Em quantidades corretas, o sal desempenha funções importantes no organismo. Em excesso pode causar problemas. Veja dicas para o cliente e conheça iniciativas da indústria. SUG ESTÕES Menos sal sem perder o sabor V ocê deve divulgar entre seus clientes as quantidades corretas de consumo de sal (veja na reportagem), lembrando que o produto desempenha funções importantes, desde que consumido com equilíbrio. Sugira a substituição do sal por condimentos em alguns pratos, para evitar excessos, e (aproveite) alavanque as vendas desses ingredientes. F E I J Ã O (1 concha) Utilize cebolinha verde (1 colher de sopa), louro (2 folhinhas pequenas), sálvia (10 folhinhas) e hortelã (11 folhinhas) ARROZ (½ XÍCARA) óleo (1 colher de chá), mostarda em grão (1/2 colher de chá), mostarda em pó (1/8 colher de chá) ou cebolinha verde (1colher de chá), hortelã (10 folhinhas) e sálvia (9 folhinhas) FONTE: NUTRICIONISTAS TEMPERO PARA SALADA cebolinha verde, tomate, pimentão e orégano O consumo exem equilíbrio os fluidos Pela cessivo de sal do organismo, regula é outro bom a passagem de líquido mote para a campae de nutrientes entre do cliente e nha. Afinal, está asas células, mantém a do negócio sociado a uma série pressão osmótica delas de problemas de saúde. e é útil na transmissão de Embora o mais conhecido seja impulsos nervosos. a hipertensão arterial, pode levar Mas afinal, o que pode ser conao mau funcionamento dos rins siderado consumo em excesso? De e a problemas cardíacos. “Quan- acordo com Bruna, o Ministério da do há excesso de sal, o corpo re- Saúde recomenda a ingestão diária tém mais líquido e isso eleva a de, no máximo, 6 gramas de sal, o pressão interna. O indivíduo fica que equivale a uma colher de chá mais propício a infarto, derrame rasa. “Essa quantidade precisa ser e outras doenças”, explica Bruna distribuída em todas as refeições”, Chiarella, nutricionista e sócia da explica. Entre os brasileiros o conclínica Essência Nutricional. O sumo é muito maior – em média consumo do produto, entretanto, entre 8 e 12 gramas. Para hipertené importante. “Fonte de sódio, sos, a ingestão deveria ser de no torna-se indispensável ao orga- máximo 4 gramas diánismo”, explica Luís Ricardo de Souza Alves, nutricionista com especialização na área esportiva. Segundo ele, o sal ajuda a manter ‘ Saude TEMPERO PARA A CARNE orégano, sálvia, hortelã Por Patrícia Büll | [email protected] 52 | Capa | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 ‘ Saude Pela EXCESSO DE SAL rias, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Mas pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) mostra que o consumo é assustadoramente maior. Os hipertensos ingerem alimentos salgados com concentração até quatro vezes maior do que o recomendado. O estudo, realizado em 138 portadores da doença, revela que a média de consumo diário entre os homens é de 17,6 gramas e, nas mulheres, de 13,7 gramas. O estudo mostra ainda que os pacientes não sabem que exageram no consumo, porque desconhecem o teor de sal dos alimentos industrializados. Essa história, contuD I V U LGUE JUNTO AOS CLIENTES DICAS PA RA EVITAR O CONSUMO do, começa a mudar, E XC ESSIVO DE SAL. VEJA ABAIXO. inclusive por iniciativa 1 Comece reduzindo pela metade a quantidade da própria indústria. A de sal utilizada na hora do preparo líder Sal Cisne produz a 2 Substitua o sal normal pelo sal light versão light, que possui 3 Não acrescente sal ao alimento já pronto 50% menos sódio. “As 4 Evite ter um saleiro à mesa vendas crescem linear- FONTE: NUTRICIONISTAS O Ministério da Saúde recomenda a ingestão diária de, no máximo, 6 gramas de sal, o que equivale a uma colher de chá rasa do cliente e do negócio mente, mas de maneira modesta”, diz Guilherme Giorgi, superintendente da empresa. O nutricionista Luís Ricardo explica que o público resiste à baixa salinidade, mas precisa ser convencido de que o paladar se acostuma ao sabor. A Knorr, marca da Unilever, também se adapta aos novos tempos. Recentemente lançou a linha Vitalie, de molhos, temperos e sopas com menos sal e gordura. “Queremos ajudar o consumidor a manter uma dieta equilibrada sem a perda do prazer de comer”, explica Janine Dodge, diretora de marketing. Segundo ela, foram aplicados R$ 30 milhões para o desenvolvimento da nova linha, inclusive com mudança na estrutura fabril. Outras indústrias também se mobilizam. Fique atento. SM MAIS INFORMAÇÕES Bruna Chiarella (Essência): (11) 3487-6848 Luís Ricardo Alves: (11) 3034-6315 Sal Cisne: 0800-177667 Hospital Unicamp: (19) 3521-2121 Unilever: 0800-707-0077 54 | Supermercado Moderno • julho 2008 megamercado Consumidor de biscoito não é fiel à marca. Mulheres fazem 70% das compras Pesquisa do Sindicato da Indústria de Mas- o sindicato, o produto está presente em 98% dos lares. Ainda segundo a pesquisa, os novos consumidores não são fiéis a marcas e estão atentos a lançamentos, ações em comunicação, produtos com valor agregado, qualidade e serviços. Para a entidade, a diversificação de produtos e embalagens para todos os nichos de mercado será fundamental para o crescimento do setor nos próximos anos. MM divulgação sas e Biscoitos do Estado de São Paulo identificou que as mulheres respondem pela compra de biscoitos em nada menos do que 70% dos casos, definindo a versão a ser adquirida de acordo com o gosto de cada pessoa da casa. Costumam levar biscoitos doces para elas próprias e recheados para as crianças. Já os homens prefe rem as bolachas salgadas. De acordo com Cuidados com o cabelo: Unilever orienta exposição RECOMENDAÇÃO DE EXPOSIÇÃO - Loja Média Após investir R$ 20 milhões no lançamento de Seda Camadas Destacadas e Seda Serum, a Unilever reforça nas dicas de exposição. Feito para mulheres com cabelos repicados, o Seda Camadas deve ser exposto dentro da marca, com as subcategorias na vertical, conforme pesquisas com shopper e no PDV. Cremes de tratamento e pentear abrem o fluxo, seguidos por condicionadores e depois por shampoos, itens geradores de tráfego. Já o Serum marca a estréia de Seda no segmento de finalizadores. A empresa orienta expor o produto junto aos demais reparadores de ponta (veja planograma ao lado). Crossmerchandising com cremes para pentear e de tratamento da linha Seda geram experimentação do produto, garante a fabricante. MM Mousse, creme modelador, sprays Reparador Gel Tráfego Planograma orienta a exposição de Seda Serum, finalizador lançado pela Unilever | 55 Lacta inova nas degustações a lacta, marca de chocolates da Kraft Oito em cada dez internautas consomem barra de cereal O Instituto QualiBest identificou que 82% dos internautas brasileiros consomem barras de cereal regularmente. A maior parte deles (59%) é responsável pela compra do produto. A pesquisa envolveu 1.960 internautas de todo o País, entre homens e mulheres a partir de 18 anos e das classes A, B e C. O estudo identificou ainda que a média consumida é de cinco barras ao mês, e a principal ocasião de consumo é durante o período de trabalho, como lanche. Super e hipermercados são os locais preferidos para a compra, citados por 83% dos respondentes. Quando indagados sobre a razão de consumirem as barrinhas, 74% dos internautas participantes disseram considerar o produto nutritivo. mm divulgação divulgação divulgação Foods, fará até o final de agosto degustações diferentes em 210 pontos-devenda de São Paulo e dos três Estados da região Sul. Uma das ações recebeu o nome de “Cabine dos sentidos” e consiste em um espaço em que, além de degustar os novos chocolates da marca, os consumidores terão os sentidos estimulados. O aroma de chocolate, espalhado pela cabine, estimulará o olfato, enquanto uma tela de plasma exibe um filme sobre a guloseima. Outra ação adotada nos PDVs é uma mídia em movimento, que além de promover degustações, funcionará como ponto extra de exposição dos chocolates Lacta. Segundo dados Nielsen de fevereiro e março de 2008, a marca Lacta é líder no mercado de chocolates, com 34,8% de participação em volume e 34,3% em valor. A empresa não revela a expectativa de aumento nas vendas com as ações. mm 56 Categoria SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 Manual de c Ganhe dinheiro c C erveja na sua loja ainda é sinônimo de loura gelada? Então fique atento. Existem morenas, negras e ruivas interessantes – e melhor: lucrativas. Algumas vêm de longe, da Alemanha, Bélgica e Inglaterra. Outras estão mais perto, no interior de Santa Catarina ou em São Paulo. E o mais importante: parte de seus clientes deseja encontrá-las no seu supermercado. Estamos falando das cervejas premium, artesanais e importadas. Elas começam a cativar um público cansado de beber apenas as pilsens, ainda líderes de vendas. Segundo Marcelo Stein, diretor comercial da importadora Bier & Wein, é cada vez mais comum a presença das especiais nas comemorações dos consumidores. Para o cervejólogo Edu Passarelli, editor de um site especializado no tema, só agora o brasileiro está aprendendo a beber uma cerveja mais sofisticada. O mesmo aconteceu com os vinhos no passado. “A porta de entrada para a bebida foram os vinhos de garrafa azul que hoje sabemos ser de qualidade inferior”, lembra. Há 15 anos a única marca premium vendida no Brasil era a Cerpa, hoje as artesanais e importadas Sofisticadas e com apelo gourmet, as cervejas especiais representam cerca de 5% do mercado e oferecem margem líquida de até 60%. Aprenda sobre os diferentes tipos e ensine o consumidor. Sua loja só tem a lucrar. IMPORTAÇÃO DE CERVEJAS NO BRASIL (em litros*) DIVULGAÇÃO 2005 2006 2007 FONTE: BIER & WEIN 3,7 milhões 6,3 milhões 10,2 milhões | 57 e cervejas por Fernando Salles | [email protected] o com a categoria representam 2% do mercado em volume e 3% em valor. Se incluirmos as versões premium das grandes cervejarias nacionais, a participação sobe para 5% a 7% em volume. Quem aposta no segmento é a Ambev, dona de uma fatia de vendas em torno de 70%. A empresa não só tem lançado versões diferenciadas, como importa cervejas belgas, alemãs, uruguaias e argentinas. Com as especiais, o varejo pode obter lucros expressivos com uma categoria associada a margens estreitas. “A rentabilidade das cer- vejas especiais é três a quatro vezes maior que a das básicas”, afirma Marcel Sacco, diretor de marketing da Schincariol, que comprou três das principais microcervejarias brasileiras: Baden Baden, Eisenbahn e Devassa. Já a Bamberg, que produz oito tipos de cerveja artesanal, observa que alguns supermercados aplicam até 60% de margem em seus produtos. Lucros como esse só são possíveis se você introduzir o cliente e a equipe de sua loja no universo das cervejas especiais. Para isso, publicamos nas páginas seguintes um manual com os diferentes tipos da bebida e os pratos com os quais combinam. Use-o para avaliar o mix, treinar os funcionários e orientar o público. As informações são de Edu Passarelli, que já fez consultoria para a rede carioca Zona Sul. CONSUMO MUNDIAL DE CERVEJA Veja a quantidade consumida por habitante/ano em alguns países País Consumo per capita (em litros) República Checa 157 Irlanda 131 Alemanha 116 Reino Unido 99 Espanha 84 Estados Unidos 82 Venezuela México Brasil ALBERTO MATEUS 59 52 48 FONTE: BIER & WEIN / DADOS DE 2005 58 | Categoria | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 CERVEJA AS FAMÍLIAS DE CERVEJA Existem dois grupos: Ale e Lager Estima-se que existam no Brasil cerca de 100 microcervejarias. Elas produzem cervejas artesanais de diversos estilos. As cervejas são divididas em dois principais grupos: Lager e Ale (pronuncia-se “eial”). A diferença entre elas está na fermentação. Para produzir as Ales, o fermento necessita de temperaturas mais altas para trabalhar (entre 16°C e 24°C). A ação ocorre no topo do tanque em que a bebida é fermentada. Em geral, as cervejas Ales são encorpadas, têm sabor acentuado e as mais diferentes cores. Já o fermento da Lager trabalha em temperaturas mais baixas e age no fundo do tanque. Resulta em cervejas mais suaves, em alguns casos com menos complexidade de aromas e sabores, o que não é regra. A cerveja Lager mais conhecida é a pilsen, de origem checa. CONHEÇA DIFERENTES TIPOS Os diversos estilos de cerveja diferem de acordo com os ingredientes usados na produção, como fermento, malte (pode tornar a bebida adocicada) e lúpulos (conferem amargor ou aromas). O resultado são bebidas com os mais variados sabores, aromas e aparências. Assim como os vinhos, as cervejas especiais podem ser degustadas calmamente para o sabor ser apreciado. Segundo Passarelli, é possível avaliar cor, aparência, presença de sedimentos, formação e duração da espuma. Ele recomenda beber aos goles e deixar a cerveja fluir da língua até o céu da boca, absorvendo um pouco de ar. Com isso, identificam-se sabores doce, ácido, salgado ou amargo. Confira informações sobre 12 tipos de cerveja especiais disponíveis no Brasil. Veja também dicas de harmonização com pratos. LAGERS PILSEN (OU PILSNER) A mais popular das cervejas tem aparência que oscila do amarelo-palha ao dourado-escuro. Apresenta boa formação de espuma, com média duração. Seus aromas e sabores são de malte, biscoito, lúpulo, floral e cítrico. O teor alcoólico varia entre 4% e 5,5%. Na gastronomia, acompanha bem salmão e caviar. Consumida principalmente no período de inverno, apresenta coloração do dourado-escuro ao âmbar-escuro. Traz uma grande quantidade de espuma bem cremosa. Seus aromas são de malte torrado e caramelo. No paladar, é possível notar ainda um sabor doce e um leve amargor. O teor alcoólico vai de 6,3% a 7,5%. Combina bem com um prato popular no Brasil, o frango assado. A Kaiser, uma das marcas mais populares do mercado brasileiro, lança sempre no inverno uma edição limitada deste estilo. BOCK Sua cor varia do cobre-escuro ao marrom-escuro. Forma espuma média e duradoura e tem como principais aromas pão, chocolate, aroma doce de malte, nozes e toffee. No paladar, destacam-se pão, malte, toffee e um leve amargor. Possui 4,5% a 5,6% de graduação alcoólica. MUNICH DUNKEL RAUCHBIER Ao degustar uma cerveja desse tipo, percebe-se logo um sabor defumado ou até de malte, que varia de acordo com a composição desse ingrediente utilizado em sua elaboração. Na aparência, pode ser uma cerveja de cor clara até escura. Em geral, possui espuma cremosa e aroma defumado ou, em alguns casos, um pouco mais adocicado. O teor alcoólico fica na faixa dos 4,8 a 6,0%. co amarga e o teor alcoólico fica entre 4,3% e 5,6%. Combina com pratos à base de pescados, como bacalhau, salmão, sushi e frutos do mar. A versão weizenbock (escura) apresenta ainda sabor de chocolate e malte torrado. Vai bem com bananas grelhadas. A cerveja de trigo Erdinger, marca alemã vendida no Brasil desde 2000, representa metade das vendas da importadora Bier & Wein, uma das primeiras a comercializar cervejas especiais. Com sabor amargo médio, as cervejas deste estilo revelam aroma e paladar frutado, de malte e caramelo, além de aroma de lúpulo (amargo). Têm boa formação de espuma, cuja duração é média. O teor alcoólico fica na faixa dos 3,2% aos 4,8%. Faz boa companhia a filé grelhado, hambúrguer, salmão e frango assado. PALE ALE Fazem parte da categoria English Pale Ale. Sua cor varia do amarelo-claro ao cobre-escuro. No sabor e no paladar há boa presença de malte, lúpulo (aroma e amargor) e, em alguns casos, frutado. São cervejas tipicamente inglesas, nas quais percebe-se bastante o uso do lúpulo. Apresentam baixa carbonatação e sua graduação alcoólica pode variar bastante: entre 3,2% e 6%. Harmoniza com filés grelhados e paella. BITTER ALE ALES WEISS (OU WEIZEN) As cervejas de trigo se tornam cada vez mais populares no Brasil. Na aparência, variam entre amarelo-palha e o dourado-escuro. Apresentam boa formação de uma espuma densa e duradoura e possuem aroma de malte, banana, cravo e tutti-frutti. No paladar, percebe-se também um sabor levemente doce. É pou- A cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, adiciona ingredientes brasileiros às cervejas. Há versões com mandioca, mel e até rapadura. FOTOS: DIVULGAÇÃO | 59 60 | Categoria | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 CERVEJA STOUT Cerveja DUBBEL A cor das cervejas dubbel varia do âmbar-escuro ao cobre. Elas apresentam espuma densa e duradoura, aroma e paladar doce de malte, caramelo, chocolate, tostado, condimentado e frutado. Têm entre 6% e 7,5% de álcool na composição e acompanham bem os pratos à base de carne de porco e também o frango assado. Ao degustar uma cerveja tripel, notam-se aromas frutados, condimentados, de lúpulo, malte e adocicados. No paladar percebe-se malte, frutado, condimentado, álcool e um amargor moderado. Na aparência, essas bebidas podem variar do amarelo-escuro ao ouro-escuro, sempre com espuma densa e duradoura. A graduação alcoólica fica entre 7,5% e 9,0%. Cerveja de cor âmbar-avermelhado ao cobre-escuro. Aroma de malte, toffee e caramelo, podendo ter um leve amanteigado. No paladar, destaca-se o malte, sempre bem balanceado com o lúpulo. Pode aparecer leve sabor tostado. Teor alcoólico de 4,5% a 5,5%. RED ALE Estilo criado na década de 60 pela cervejaria belga Moortgat como resposta ao crescimento do consumo das pilsens. Sua cor vai do amarelo ao dourado. Aroma complexo com frutado, leve álcool e lúpulo. No paladar percebem-se notas frutadas, picantes e álcool, tudo balanceado com o doce do malte. Com 7,5% a 9,5% de graduação alcoólica, cai bem com bacalhau e pratos à base de frutos do mar, como a paella. STRONG GOLDEN ALE TRIPEL JOÃO DE FREITAS FOTOS: DIVULGAÇÃO Cervejas do tipo stout combinam muito bem com chocolates. Faça exposição casada sugerindo esses produtos aos seus clientes. escura com aroma e paladar torrado, de malte, café e caramelo, suavemente frutado e leve lúpulo. Tem boa formação de espuma cremosa de média duração e seu teor alcoólico fica entre 4% e 5,5%. Na gastronomia, combina com ostras. Também é considerada ótima companhia na degustação de chocolates. A marca irlandesa Guiness é a cerveja stout mais conhecida do mundo. No Brasil, é distribuída pela Diageo, e as vendas crescem cerca de 20% ao ano. 62 | Categoria | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 CERVEJA V I N H OS E QUEIJOS: COMO D Ú V I D A S E COMBINAR CURIOSIDADES “ESCOLAS” CERVEJEIRAS As cervejas escuras são mais fortes e contêm mais álcool? mundial de cervejas especiais Mito. A cor não define a graduação alcoólica de uma cerveja. Um exemplo é a irlandesa Guiness, uma bebida bem escura que apresenta apenas 4,2% de teor alcoólico. Cerveja precisa estar bem gelada? Não. Segundo Edu Passarelli, a idéia de que a bebida deve ser servida “estupidamente gelada” foi criada para mascarar a falta de bons sabores e aromas de muitas cervejas. De acordo com o especialista, o frio inibe a ação das papilas gustativas. Por essa razão, as boas cervejas devem ser degustadas entre 3°C e 6°C. Algumas cervejas belgas mais encorpadas podem ser tomadas a temperatura de 10°C. Qual é a cerveja mais antiga à venda? A cerveja de trigo Weihenstephaner é produzida desde 1040 na cidade de Freising, na Alemanha. A cervejaria é atualmente uma empresa estatal, controlada desde 1930 pelo Ministério da Cultura e da Ciência da Alemanha. A marca é distribuída no Brasil. Os países que influenciam a produção ALEMANHA O país produz muitas cervejas do tipo lager, menos alcoólicas, mas saborosas. Lá vigora a lei de pureza (Reinheitsgebot), criada em 1516. Ela define que a produção de cerveja deve usar apenas água pura, malte e lúpulo – mais tarde foi incluído o fermento. Por isso, as variações de sabor se prendem aos diferentes tipos de malte, lúpulo e fermento. Algumas marcas alemãs disponíveis no Brasil são Schneider, Erdinger, Paulaner, Weihenstephaner, Krombacher, Warsteiner, Franziskaner e Löwenbräu. Duas das cervejarias nacionais que adotam o estilo são Bamberg e Eisenbahn. DIVULGAÇÃO I N G L AT E R R A Uma característica é a produção de ales com boa presença de malte e lúpulo, algumas com teor alcoólico menor e pouca carbonatação. Os ingleses também são mestres em cervejas com mais álcool, e boas doses de lúpulo. Fuller´s, Old Speckled Hen, e Newcasttle Brown Ale são inglesas vendidas por aqui. No Brasil, a Colorado é uma das que produzem cervejas desse tipo. BÉLGICA A escola belga prima pela adição de temperos, açúcares e fermentos com forte sabor em suas cervejas. As versões Ale dominam a produção, com alto teor alcoólico, sabores e aromas intensos e boa formação de espuma. Algumas marcas disponíveis no Brasil: De Koninck, Chimay, Rochefort, Duvel, Palm e Tripel Karmeliet e Leffe. Dado Bier, Eisenbahn e Falke Bier são cervejarias nacionais que adotam essa escola. E S TA D O S UNIDOS Além das três escolas clássicas, Edu Passarelli acrescenta a norte-americana. O especialista explica que os EUA têm criado estilos inovadores de cerveja, algumas com adição de boas doses de cascade, um lúpulo bastante aromático que tem origem naquele país. Samuel Adams, Sierra Nevada, Anchor e Dogfish são marcas produzidas nos EUA. Por enquanto, nenhuma delas desembarcou no Brasil. SM MAIS INFORMAÇÕES BIER&WEIN: www.buw.com.br / (11) 5643-8584 BAMBERG: www.cervejariabamberg.com.br COLORADO: www.cervejariacolorado.com.br DIAGEO: (11) 3897-2000 EDU PASSARELLI: www.edurecomenda.blogspot.com IMPORT BEER: www.ibeer.com.br / (51) 3439-2827 SCHINCARIOL: www.schincariol.com.br 64 Loja SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 Como manipular frios Assim como outros perecíveis, os frios têm registrado alta no volume e valor de vendas e garantido bons lucros. Vale a pena oferecer o melhor ao cliente. O Por Natalie Catuogno Consani | [email protected] s frios estão entre os perecíveis que têm contribuído para elevar o faturamento do auto-serviço. No último ano, só o presunto cresceu 20% em volume de vendas e 24% em valor, segundo dados da Nielsen. Salame teve alta de 13% e 12%, respectivamente, e mortadela, de 7% e 11%. Os produtos têm garantido ainda boas margens e atraído clientes para as lojas. Armazenar, cortar, embalar e expô-los de maneira adequada é, portanto, essencial para ganhar a confiança e a fidelidade do consumidor. Acompanhe o passo-a-passo de uma das 25 lojas da rede paulista Coop. Na unidade escolhida para a reportagem, de 2.400 m2 de área de vendas, são comercializados cerca de 7 mil kg de frios mensais – 40% embalados e o restante fatiado na hora, a pedido do consumidor. Os frios representam 12% do faturamento do supermercado que, em 2007, chegou a R$ 27,8 milhões. Além de se- 1 O controle de qualidade e segurança alimentar da cadeia de frios começa na entrega. A doca é mantida limpa e sem materiais ou caixas empilhadas. guir as normas vinculadas à Anvisa e à Vigilância Sanitária do Estado, a Coop obedece a rigorosos procedimentos criados por ela própria. “Em toda a cadeia, por exemplo, a manipulação não pode ultrapassar 30 minutos”, explica Osmar Kimura, veterinário responsável pela segurança alimentar na rede. SM acompanhou o processo de manuseio do presunto cozido, que pode ser adotado nos demais frios à base de carne. Confira os cuidados que a Coop toma para garantir a qualidade dos produtos vendidos. 2 Um funcionário checa a higiene do veículo e se ele transporta produtos químicos (o que é proibido). Avalia a cor, odor e textura dos produtos, além da temperatura, o que é feito por amostragem com um termômetro a laser. Cada produto deve apresentar uma temperatura, conforme suas características. No caso do presunto cozido sem capa de gordura, da Sadia, deve ser de até 8°C. | 65 4 3 A rede verifica ainda se o produto traz o selo obrigatório do Serviço de Inspeção Federal. Tudo checado, a carga é transportada para a câmara refrigerada em no máximo 30 minutos, para preservar sua qualidade. O funcionário responsável pela tarefa usa touca, botas e capa térmica, conforme exigência legal, a fim de evitar contaminações e garantir proteção contra o frio – a temperatura na câmara oscila entre 4° e 10°C. Quando o produto não está com a temperatura correta, a mercadoria é devolvida. A Coop anota o número do lote para evitar que algum fornecedor tente devolvê-lo após refrigerar novamente. Quando está tudo em ordem, a temperatura é anotada numa planilha, para que a empresa possa mantêla em todo o processo, até a venda do produto. 5 FOTOS: JOÂO DE FREITAS Na Coop, o corredor entre a doca e a câmara obedece ao padrão exigido pela Portaria da Vigilância Sanitária CVS 6/99. O revestimento das paredes é de cor clara, lavável e mantido íntegro, sem fissuras ou pontos nos quais se possa acumular sujeira. A rede acrescentou a essa exigência uma outra, com o mesmo objetivo de evitar contaminação: a de não deixar caixas ou paletes estacionados no caminho. O corredor tem de ficar limpo e livre como se fosse o de um hospital. Também nesse caso, os funcionários usam equipamentos de higiene e segurança, como botas, avental, touca e casaco térmico. 6 A organização nas câmaras obedece igualmente à CVS 6/99. Os embutidos à base de carne são separados dos queijos, e cada produto fica em uma prateleira. A limpeza é feita no mínimo três vezes por dia, com produtos definidos pela portaria: detergente neutro, alcalino clorado e sanitizante. 66 | Loja | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 FRIOS 7 As prateleiras da câmara não ficam encostadas na parede, nem muito próximas do chão ou teto, para facilitar a circulação do ar refrigerado, promovida pelas hélices (foto). Ficam a 10 cm da parede, 60 cm do teto e, pelo menos, um palete do chão. Dessa forma, conforme definiu a própria Coop, o ar refrigerado circula livremente. 9 No caso das peças para fatiamento, tudo começa com a higiene das mãos e braços do funcionário responsável pelo manuseio. Há uma pia na própria sala em que os frios são cortados. A água é acionada e desligada com o joelho (foto), para que as mãos não entrem em contato com a torneira e, portanto, fiquem livres de contaminação. 10 Mãos e braços são lavados com sabonete líquido, água limpa e corrente. No caso da Coop, o sabonete é bactericida, fabricado pela Johnson Diversey, a mesma empresa que fornece os detergentes para limpeza das câmaras. A água passa por testes laboratoriais. E a rede exige que o funcionário mantenha as unhas limpas, aparadas e sem esmalte. FOTOS: DARIO DE FREITAS 8 As peças com data de validade próxima do vencimento são as primeiras a serem levadas para a área de vendas. No expositor, são colocadas à frente ou acima das peças cujas datas de vencimento demoram mais para expirar. | Loja | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 FRIOS 11 A Coop pede ainda aos funcionários que guardem anéis, relógios e outros adereços. Para secar as mãos e os braços é usado papel descartável, jogado na lixeira sem tocar em nada. A abertura da tampa é acionada com o pé, também para evitar contaminação. 13 Bancadas e fatiadoras são limpas antes do uso. A Portaria CVS 6/99 determina a aplicação de detergente alcalino clorado, neutro e sanitizante. Um equipamento, fora da sala de preparo (foto), dilui os produtos, e uma mangueira acoplada à máquina leva a solução até a sala. 12 Os acessórios de higiene e segurança são fundamentais: ninguém fica na sala de preparo sem máscara, touca e avental descartáveis. Para cortar e fatiar, é obrigatória a luva de malha de aço, que protege as mãos do funcionário. Todos os equipamentos são exigência da mesma CVS 6/99. 14 Novas limpezas nos equipamentos são realizadas a cada peça cortada. A Coop trabalha com, no mínimo, duas máquinas: uma para embutidos de carne e outro para queijos. Tal cuidado evita a contaminação cruzada (quando os microorganismos de carne passam para os de queijo e viceversa). A questão é tratada na mesma Portaria CVS 6/99. FOTOS: JOÃO DE FREITAS 68 | Loja | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 FRIOS 15 Durante o fatiamento , o funcionário veste touca, máscara e avental. Na fatiadora manual, ele pode ficar sem a luva na mão que controla a máquina. Mas na automática, adotada por ser mais rápida e exigir menos esforço, usa as duas luvas. FOTOS: JOÃO DE FREITAS 70 16 Os funcionários da rede também recebem camisetas numeradas de 1 a 3 (detalhe da foto) e não podem repeti-las em dias consecutivos. Cada número é para um dia da semana específico. Com isso, a empresa garante que o colaborador esteja com a roupa limpa – que ela não será usada antes de ser lavada novamente. 17 Vão para a área de preparo quantidades pequenas de bandejas, para evitar que fiquem expostas a microorganismos. Já as fatias são acomodadas em bandejas fabricadas sem componentes químicos. Nesse caso, para evitar a contaminação dos produtos. 18 As bandejas, armazenadas em local seco e arejado, são embaladas em camada dupla de plástico, para não ficarem sujas ou expostas a microorganismos. 19 Enquanto um funcionário fica responsável pela fatiadora, outro pesa, etiqueta e embala o produto. O objetivo é garantir que o processo, entre o fatiamento e a colocação do produto no balcão refrigerado leve, no máximo, 30 minutos. Ao evitar grande variação de temperatura, preserva-se a qualidade do alimento. 72 | Loja | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 FRIOS 20 Segundo a legislação, a etiqueta deve conter informações como o nome do produto, a marca, os ingredientes e preço, além de validade, que não é a mesma da peça fechada. Depois de preparados, os frios devem ser consumidos no máximo em três dias. Esse período é determinado pela Vigilância Sanitária, através da mesma Portaria CVS 6/99. 21 Depois de todo o trabalho feito, é hora de descartar luvas e máscaras. Afinal, o reúso pode causar a contaminação dos produtos. 22 Antes de receber as novas bandejas, o balcão refrigerado passa por uma pequena limpeza. E, na exposição, os frios são separados por subcategoria – presunto ganha uma frente, mortadela outra, copa uma terceira e assim por diante. A Coop também toma o cuidado de não expor excesso de bandejas, o que prejudicaria a refrigeração e a própria apresentação dos produtos. 23 Depois de expostas, as bandejas têm a temperatura medida várias vezes (foto) para assegurar que ela esteja correta. A Coop sempre mantém a área de ventilação do balcão desobstruída para garantir uma boa refrigeração. Essas regras constam de seu manual de procedimento, que os funcionários estudam. Há treinamentos constantes para garantir que todos os processos e cuidados tenham sido entendidos e assimilados. A eficiência no setor garante o respeito do cliente e mais vendas. SM 75 Loja Supermercado Moderno • JULHO 2008 Cartão de crédito Incentive a mulher a usar mais O cartão de crédito já está presente na vida da maioria das mulheres brasileiras. Pesquisa recente da Itaucard aponta que elas já são donas de 52% dos cartões em uso no País. No início de 2006, a participação delas no total era de 49%. Outro levantamento feito pela Itaucard no ano passado mostra que, entre as que possuem o cartão, 39% usam para pagar as contas, contra 33% dos homens. A pesquisa indica ainda que os su- Texto final de Alessandra Morita | [email protected] permercados são o canal em que essa forma de pagamento é mais usada: 20% citaram esse varejo. E o que isso representa para a sua loja? Pode significar aumento de vendas se você souber aliar o conhecimento que tem do comportamento de compras da mulher ao uso do cartão. Ou seja, é possível estimular a cliente a usar esse meio de pagamento para comprar produtos que normalmente não compraria, elevando os gastos. Segundo Edson Crescitelli, coordenador de MBA da ESPM, vale a pena incentivar o uso do cartão para aumentar o tíquete da mulher. “O grande trunfo é que ela Embora sejam donas de 52% dos cartões de crédito em uso no País, o público feminino responde por 46% dos gastos. Conheça algumas dicas para a consumidora elevar o tíquete médio na sua loja usando esse meio de pagamento. 76 | Loja | Supermercado Moderno • JULHO 2008 cartão 53% das mulheres parcelam compras no cartão. Nessa ocasião, o gasto médio é de R$ 200. não precisa dispor do dinheiro na hora para fazer uma compra adicional”, afirma o especialista. Criar ações de incentivo ao consumo pode ser interessante. Segundo a pesquisa da Itaucard, embora as mulheres sejam a maioria das portadoras, elas respondem por 46% dos gastos com cartão, enquanto os homens representam 54%. E tem mais: eles gastam R$ 2,2 mil ao ano com cartão, enquanto as mulheres, R$ 1,7 mil. “O supermercadista pode, por exemplo, estimular a dona de casa a adotar uma alimentação mais saudável para a família. Ele pode espalhar cartazes com sugestões de pratos, produtos especiais ou cardápios lembrando que ela pode pagar com cartão de crédito”, sugere Crescitelli. “O ideal é estimular a compra de produtos que ela não levaria normalmente”. Seguindo esse raciocínio, o especialista acredita ser interessante sugerir que a consumidora presenteie a si própria com produtos de beleza, como maquiagem, kits de cuidados com os cabelos, entre outros. “A mulher é sensível aos apelos de beleza. Isso é ainda mais comum entre as classes mais pobres, devido à restrição orçamentária”, diz ele. Também é possível estimular a compra de produtos de maior valor agregado que fazem parte dos desejos do público feminino. É o caso das câmeras fotográficas digitais. Segundo fabricantes, a consumidora gosta de registrar os momentos com a família e, principalmente, de guardar recordações dos filhos, como comemorações na escola e aniversários. Outro ponto interessante para o varejista, caso haja inadimplência alta com cheques, é incentivar a troca pelo cartão. Um exemplo de promoção que pode dar resultado é oferecer brindes, como uma garrafa de espumante, a cada R$ 100 em SM compras pagos no cartão. Mais infor mações espm: www.espm.br itaucard: www.itaucard.com.br | 77 O perfil da mulher que possui cartão de crédito MAIORIA TEM RENDA INFERIOR A R$ 1.000 25 a 44 anos: PrinCiPaL faiXa eTÁria 11% 25 a 34 anos 26% 35 a 44 anos 27% 45 a 54 anos 21% 55 a 64 anos 11% 65 anos ou mais 4% Veja a renda mensal das portadoras de cartões de crédito 69% 7% acima de R$ 2.500 fonTe: iTaUCarD 18 a 24 anos R$ 250 a R$ 999 24% R$ 1.000 a R$ 2.499 sUPerMerCaDos sÃo os PreferiDos Supermercados e padarias 20% COMO AS MULHERES PAGAM AS COMPRAS Vestuário, lojas de departamentos e calçados 19% Outros 4% Eletrônicos, construção e móveis 16% Compras por telefone e lojas de cosméticos 16% Restaurantes e agências de turismo 9% Drogarias, farmácias e óticas 7% fonTe: iTaUCarD Cartão de débito 7% Cartão múltiplo 10% 39% Cartão de crédito 37% Dinheiro fonTe: iTaUCarD Cheque 3% Loja SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 Por Patrícia Bull | [email protected] T menos sombra houver, mais confortável o cliente se sentirá e mais tempo permanecerá dentro do estabelecimento. “A iluminação hoje tem poder quase cênico em uma loja”, afirma Kátia Bello, arquiteta e diretora da Opus Design, empresa que realiza projetos para o varejo. Por isso, é importante levar em conta o perfil do consumidor que freqüenta a loja na hora de pensar na iluminação. Para o arquiteto Claudio Yoshimura, da Yoshimura Arqui- ão importante quanto as promoções, identidade com o público-alvo e o layout, a iluminação também influencia nas vendas do varejo. Se for bem planejada e alinhada à estratégia da loja, ela torna-se uma poderosa ferramenta de marketing. Bem iluminado, um produto atrai os olhares. Uma luz errada, ao contrário, distorce cores e afasta seu cliente da gôndola. O ideal é que a luz usada nos diferentes espaços do supermercado reproduza o mais próximo possível as cores e texturas reais daquilo que se pretende vender. Para Georges Blum, gerente técnico da Empalux, quanto Pisos claros favorecem a iluminação, pois conferem ao consumidor a sensação de que a qualidade da luz é bem melhor JOÃO DE FREITAS 79 Existe um tipo de luz ideal para cada supermercado. A escolha depende do público atendido e dos produtos vendidos em cada seção. Veja qual é a mais indicada nos principais casos | Loja | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 ILUMINAÇÃO seu público. “Já um supermercado voltado para as classes C e D deve criar um ambiente festivo e promocional, utilizando uma iluminação geral mais intensa e estimulante. Ela fará parte de um grande pacote de características para identificar o estabelecimento com seu público potencial, o que evita confundir o cliente com mensagens contraditórias entre imagem e preço”, explica. JOÃO DE FREITAS 80 Iluminação mais quente no açougue é uma alternativa para melhorar a aparência das carnes aos olhos do cliente É importante também levar em conta o perfil do consumidor que freqüenta a loja na hora de pensar na iluminação tetura de Varejo, a iluminação pode ter maior ou menor identificação com determinados públicos. “A iluminação é fundamental na caracterização do ponto-devenda com sua proposta competitiva: aconchego ou vibração; tradição ou modernidade; conforto ou praticidade; qualidade superior ou preço baixo: todos são atributos facilmente transmitidos pelo resultado da iluminação conjugado com o projeto geral do supermercado”, afirma. Uma loja que se proponha a vender produtos de maior valor agregado, por exemplo, deve valorizá-los com luminárias que foquem os rótulos e dêem mais vida às embalagens, reproduzindo melhor a cor, sem irritar o olhar do cliente. Um projeto assim custa mais caro? Seguramente. Mas, na visão de Yoshimura, o investimento maior nesse caso é compatível com a proposta da loja, com LUZ NATURAL Econômica, mas contra-indicada no FLV Para Kátia Bello, da Opus Design, um projeto eficiente de iluminação deve considerar a questão das fontes de luz da loja, tanto as artificiais quanto as naturais, que entram por janelas, clarabóias ou através de telhas de vidro. “A luz natural é bem-vinda, mas em algumas áreas pode causar efeito inverso do esperado. Na de hortifrútis, por exemplo, se a luz natural incidir diretamente, reduzirá a longevidade das frutas e verduras, ocasionando perdas”, afirma. Para Claudio Yoshimura, o uso de fontes naturais está condicionado a três fatores de difícil controle: a suavidade (a luz precisa ser difusa e não um raio de sol concentrado); a uniformidade (deve estar presente em vários locais da área de vendas e não concentrada em um só ponto) e a temperatura (não pode gerar calor demais). “Mesmo assim, nas áreas maiores nunca se pode abrir mão de lâmpadas de alto rendimento, ou que 82 | Loja | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 ILUMINAÇÃO gerem mais luz e menos calor. Nesses locais, sempre tenderemos a utilizar as lâmpadas fluorescentes ou as de vapor metálico. Isso porque elas reproduzem as cores de forma viva e, de quebra, ainda oferecem outro benefício: o de consumir pouca energia”, explica o arquiteto. INTENSIDADE Potência depende do tamanho da loja JOÃO DE FREITAS Para os balcões refrigerados, a recomendação é usar luzes brancas. O mais comum no setor são as lâmpadas fluorescentes Nas áreas maiores nunca se pode abrir mão de lâmpadas de alto rendimento luminoso PISO Cores claras “alargam” corredores Para Yoshimura, a tonalidade escolhida para o piso da loja é outro ponto fundamental no resultado da iluminação de um supermercado. “Um piso claro pode dar a sensação de que os corredores são mais largos e a iluminação, muito melhor”, explica. Ainda segundo o arquiteto, o piso escuro deve ficar resumido a ambientes realmente diferenciados, como uma adega ou a seção bazar. O tamanho da loja, sua altura e comprimento também fazem diferença na hora de escolher o tipo de lâmpada a ser utilizada. Para saber quantos lux, a unidade de medida da luz, ou “iluminância”, como é tecnicamente chamada, os especialistas utilizam um instrumento chamado luxímetro. Nomes técnicos à parte, sugere-se como medida entre 400 e 600 lux para supermercados. “Mas não nos prendemos nessa medição, pois há o fator humano na percepção da luz. Afinal, se estamos em um ambiente uniformemente iluminado ele será agradável, mesmo abaixo dos 400 lux”, afirma Yoshimura. Outro motivo apontado por Yoshimura para o profissional não se ater somente à medição do luxímetro é poder usar o recurso da iluminação especial focada nos produtos, o que dispensará bons níveis de iluminação nos corredores do supermercado. Aliás, lojas com corredores estreitos exigem maiores cuidados no projeto de iluminação, pois podem gerar áreas com mais sombras, o que dificultará a visualização dos produtos. “Uma ótima solução é o uso de gôndolas com testeiras iluminadas, trazendo a luz para perto dos produtos sem gerar ofuscamento”, explica Yoshimura. Quanto à lâmpada ideal, segundo a altura de instalação das luminárias, a regra geral é que, se a iluminação estiver a até quatro 84 | Loja | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 ILUMINAÇÃO metros de altura, pode-se utilizar lâmpadas fluorescentes, cujo aproveitamento será aumentado se forem utilizadas luminárias com refletores espelhados. Abaixo de três metros, as luminárias fluorescentes devem ser mais fechadas e ter haletas, que ajudam a impedir o ofuscamento. Acima de quatro metros, o mais vantajoso é o uso das luminárias de refletor prismático (como um copo para baixo). Esses podem ser feitos de alumínio, policarbonato ou acrílico, e embora seja possível usar lâmpadas de diversas tecnologias, o mais comum são as de vapor metálico com reator. SU P E R MERCADO IVASKO Economia de 50% com energia E conomia no consumo de energia. Essa era a premissa de José Carlos Ivasko, administrador dos supermercados Ivasko, duas lojas no Paraná, quando encomendou o projeto de iluminação para a nova unidade, de 1,6 mil m2. Inaugurada em outubro do ano passado, o estabelecimento consome 50% menos energia que outro do mesmo tamanho. “Mas a maior diferença se deu no desempenho da iluminação. É quase como comparar o desempenho de um Fusca com uma Hillux”, brinca Ivasko. Segundo ele, a diferença pode ser percebida desde a entrada. “Parece que a iluminação dá boas-vindas ao cliente”. Para Claudio Yoshimura, responsável pelo projeto, esse foi exatamente o objetivo inicial. Localizada na cidade de Irati, a 150 quilômetros de Curitiba, a unidade atende os mais diversos públicos, necessitando um projeto que valorizasse os produtos, mas sem passar a imagem de excesso de sofisticação. “Antes da reforma, usávamos lâmpadas fluorescentes. Agora, toda a loja foi pensada para ter uma iluminação funcional, mas que também desse destaque ao ambiente”, diz Ivasko. Satisfeito com o resultado, ele agora quer refazer o projeto de iluminação das outras duas. SEÇÕES Já na padaria, o ideal são lâmpadas que confiram um aspecto mais aquecido sobre os pães e mais frio sobre os bolos confeitados e doces gelados. Isso pode ser conseguido conjugando a iluminação com a utilização de materiais nobres para compor a atmosfera desejada, como gôndolas de madeira com lâmpadas fluorescentes amarelas na testeira para os pães. Outra solução é o uso de balcões resfriados de aço inox com lâmpadas fluorescentes brancas embutidas sob as prateleiras internas. Quanto aos balcões refrigerados, fora dos açougues, o ideal é a iluminação branca, próxima ou acima de 5.000 K, sendo mais comum o uso de lâmpadas fluorescentes. Uma iluminação para cada produto DIVULGAÇÃO Um dos objetivos do projeto de iluminação era valorizar os produtos sem transmitir a idéia de excesso de sofisticação para os clientes Para a arquiteta Kátia Bello, os varejistas precisam atentar principalmente às áreas onde a “fidelidade” da cor é importante para o cliente decidir ou não pela aquisição do produto. Hortifrúti, açougue, padaria e rotisseria são alguns exemplos. “A luz certa faz o cliente comer o produto com os olhos”, diz Kátia. A orientação de Georges Blum, da Empalux, é pelo uso de lâmpadas de vapor metálico onde a cor dos produtos é o mais importante. No açougue, por exemplo, o uso de lâmpadas de temperaturas quentes ajuda a melhorar a aparência das carnes. São lâmpadas abaixo de 5.000 kelvin (K), unidade que mede a temperatura da cor da luz emitida pela lâmpada. PONTOS NOBRES Lâmpadas específicas para esses locais Os pontos nobres merecem atenção especial. Podem receber maior destaque com o uso de luz direcionada ao produto, sendo a solução mais prática a testeira iluminada com lâmpadas fluorescentes. Algumas opções são as lâmpadas AR-111 de 70W ou 100W, que utilizam lâmpadas halógenas dentro de um refletor espelhado que atinge apenas oito graus de abertura, conseguindo focar pequenos objetos do bazar a uma grande distância. Segundo o arquiteto Yoshimura, em áreas pequenas e tetos com sancas de gesso com iluminação indireta, as AR-111 são interessantes e econômicas, já que dis- 86 | Loja | SUPERMERCADO MODERNO • JULHO 2008 JOÃO DE FREITAS ILUMINAÇÃO Uma forma de destacar categorias nobres, como as cervejas especiais, é optar por iluminação na parte superior das gôndolas, direcionando a luz direto para o produto pensam o uso de luminárias especiais para instalação das lâmpadas fluorescentes. ECONOMIA Projeto reduz despesas com energia Um projeto de iluminação feito sob medida também gera economia. É o que fez o supermercado paranaense Ivasko, que gasta 50% menos energia comparado a lojas do mesmo porte cujas lâmpadas foram escolhidas pelo próprio eletricista da rede (veja box). Kátia Bello, da Opus Design, lembra que os diversos departamentos do supermercado são interligados, por isso a arquiteta aconselha a realização de um projeto de iluminação integrado. Outra orientação de Claudio Yoshimura é utilizar pisos claros e testeiras iluminadas nas gôndolas e gabinetes refrigerados, de forma a reduzir o consumo da ilumina- ção colocada no teto do supermercado. Yoshimura sugere ainda apagar fileiras alternadas das luminárias durante os períodos do dia em que há maior incidência de luz natural. “Sistemas inteligentes no controle de iluminação também ajudam muito e são bastante utilizados. Alguns exemplos disso são acionar as lâmpadas das câmaras resfriadas através da abertura das portas, instalar sensores de presença nos corredores e nas escadas para acionamento automático das lâmpadas”, afirma Claudio Yoshimura. A sugestão de Georges Blum, da Empalux, é utilizar lâmpadas de sódio em áreas externas, como estacionamento e estoque, onde a cor não é tão importante. SM MAIS INFORMAÇÕES EMPALUX: (41) 3026-2050 OPUS DESIGN: (11) 2296-4904 SUPERMERCADO IVASKO: (42) 3423-2363 YOSHIMURA ARQUITETURA: (11) 2281-8257 88 | Supermercado Moderno • julho 2008 novos produtos Com investimento de R$ 8 milhões destinado à divulgação, a JBSFriboi pretende abocanhar, nos próximos doze meses, 5% do mercado de sopas, que movimenta R$ 400 milhões e cresce 52% ao ano. Swift Moments é direcionado a mulheres entre 18 e 49 anos, das classes A e B. Os sabores são variados: carne com legumes, queijo, brócolis, champignon. O produto não precisa ser refrigerado e tem validade de dois anos. O preço do sachê (porção de 200 g) é de R$ 2,50. JBS-Friboi: 0800 11 50 57 divulgação divulgação 8 milhões na divulgação de sopas prontas A pedido de consumidores da grande Porto Alegre, cansados de chorar o leite estragado, a Cooperativa Piá lançou o leite longa vida de 500 ml, nas versões desnatado e integral. O produto visa atender o público single – de pessoas que moram sozinhas. Inicialmente apenas na região Sul, a novidade deve chegar ao Sudeste no quarto trimestre. O novo leite já foi cadastrado no Wal-Mart. Os varejistas devem se basear no leite UHT de 1 litro para calcular a margem líquida. Piá: (54) 3281-8813 divulgação Desodorante em categoria com mark-up de 55% A Unilever investe 10 milhões na divulgação da linha de desodorantes Rexona SkinCare. Ações promocionais e materiais serão distribuídos nos pontos-de-venda. Com o lançamento, a empresa pretende agregar valor à marca Rexona – há 16 anos líder no segmento. Cada uma das três novas versões – Nutritive, Calming, Neutral – traz um ingrediente responsável pela função: vitamina E, semente de girassol e lecitina, e calêndula, respectivamente. Os preços recomendados são R$ 9,49 para o aerossol e R$ 5,99 para o roll-on. A média de mark-up (diferença % entre preço de venda e de compra do fornecedor) para a categoria é de 55%. Unilever: 0800 707 7512 divulgação Piá lança leite de 500 ml Público fiel para antisséptico clareador A Johnson & Johnson lança o primeiro branqueador em formato de antisséptico bucal. O Listerine Whitening conta com um público fiel de 67% de consumidores que compram a categoria pelo menos uma vez por mês, e de 40% que levam dois produtos branqueadores para casa. O novo benefício desperta interesse em 59% dos brasileiros, que fariam algum tratamento para clarear os dentes se dinheiro não fosse o problema, segundo a Nielsen Business Media. A divulgação do produto será feita na internet e em mídia impressa e televisiva a partir de julho. O antisséptico custará (preço sugerido) R$ 8,30 o recipiente de 230 ml, e R$ 13,28 o de 473 ml. Johnson & Johnson: 0800 703 63 63 91 RH Supermercado Moderno • julho 2008 Feedback Como dar retorno ao funcionário M Por Patrícia Büll | [email protected] “ eu chefe só fala comigo para dar bronca. Meu supervisor nunca me faz elogios, parece que não vê todas as coisas boas que eu faço, mas basta cometer um deslize para ele me chamar para conversar.” Essas eram as frases mais ouvidas entre os funcionários do Hippo Supermercados, duas lojas em Santa Catarina, quando se referiam ao relacionamento com o supervisor, na avaliação de desempenho anual. Não era à toa, portanto, que eles aguardassem ansiosamente o momento de “pôr a boca no mundo” e também de terem uma resposta do patrão e descobrirem como eram realmente vistos por ele. Esse tipo de situação, ainda muito comum nos mais diversos ramos de atividade, já não faz mais parte do dia-a-dia dos colaboradores do Hippo. Um processo importante da avaliação de desempenho são as reuniões nas quais os colaboradores ficam sabendo sobre sua performance, em que precisam melhorar e o que devem fazer. Saiba como abordar o assunto com seus funcionários “Há três anos decidimos formalizar as avaliações de desempenho para obter melhores respostas dos colaboradores. Sistematizamos todas as etapas, com avaliação formal do funcionário pelo supervisor ou gestor; auto-avaliação; intervalo de três meses para as análises e, o mais importante: o retorno, quando supervisor e funcionário se reúnem para que seja apresentado o resultado da avaliação”, explica Rosângela Saquete, gestora do Centro de Desenvolvimento da Gestão área de recursos 92 | RH | Supermercado moderno • julho 2008 Feedback joÃo DE FREITAS “o liderado também deve dar feedback para o seu superior, pois o objetivo é aumentar o nível de consciência dos comportamentos e o seu impacto no ambiente de trabalho” ROGÉRIO LEME DIRETOR DA ANCORARH Assim como as pessoas são diferentes, a forma como o feedback é dado deve ser adaptada à situação humanos do Hippo Supermercados. Esse retorno, chamado de feedback por especialistas, é considerado atualmente uma importante ferramenta de gestão. “O feedback é uma informação muito preciosa para o funcionário, pois reflete a forma como seu comportamento influencia o negócio da empresa, no relacionamento com as pessoas e nos resultados a serem alcançados”, afirma Rogério Leme, especialista em gestão com foco em competências e diretor da AncoraRH. Segundo Leme, ao receber um feedback, o indivíduo tem a oportunidade de aumentar o nível de consciência de como o próprio comportamento afeta outras pessoas. “Com isso, ele tem condições de agir para ter um desempenho melhor e conviver bem com as pessoas”, afirma Leme. “O feedback permite ao empregado entrar em contato com características próprias, muitas vezes desconhecidas por ele. E, a partir daí, ele terá chances de desenvolver esses aspectos, chamados de pontos cegos, e se aprimorar na sua função”, complementa Maíte Junqueira, coordenadora de Jovens Profissionais da consultoria Across Recursos Humanos. Mas o que seu supermercado ganha com isso? No caso do Hippo, a principal conquista foi o retorno dos colaboradores. “Antes, a avaliação era muito informal e o supervisor acabava chamando a atenção do funcionário no meio de outros afazeres. Isso impedia uma evolução satisfatória do colaborador. Desde que sistematizamos a avaliação de desempenho, percebemos esforços dos colaboradores para tentar sanar aquelas dificuldades apontadas pelo líder”, explica Rosângela. Isso significa funcionário mais apto e, claro, ganho de produtividade. PerIoDICIDADe Avaliações e feedback duas vezes ao ano Embora não haja uma receita pronta sobre o intervalo entre a realização de um feedback e outro, os consultores são unânimes em apontar a necessidade de uma periodicidade formal. Ou seja, o colaborador precisa saber que, a cada período determinado, ele será avaliado. Para Maíte, da Across, o processo deveria ser feito ao menos duas vezes por ano, “intervalo mais do que 94 | RH | Supermercado moderno • julho 2008 Feedback “A reunião de retorno permite ao profissional entrar em contato com características próprias que muitas vezes desconhece. Com isso, ele tem chances de desenvolver esses pontos e se aprimorar na função”. MAÍTE JUNQUEIRA COORDENADORA DA ACROSS suficiente para o funcionário tentar se adequar ao que o gestor lhe pediu”. Essa é justamente a política adotada pela rede Bonanza, com 15 lojas em cidades de Pernambuco e Paraíba. Há cerca de um ano, a rede implementou a avaliação de desempenho atrelada ao feedback. “O gerente do supermercado avalia os funcionários, estes fazem a auto-avaliação e ambas são encaminhadas para a área de recursos humanos, que atribuirá uma nota final. Só então o parecer retorna ao gerente, que dará o feedback ao colaborador”, explica Ronaldo José da Silva, gerente de recursos humanos da rede Bonanza. Na opinião de Silva, um feedback bem feito serve de suporte para o RH tomar decisões sobre uma promoção, alteração de nível salarial por mérito e até justificar uma demissão quando o colaborador não se adapta ao que lhe foi solicitado. “No caso de uma promoção, nós estudamos as duas últimas avaliações para verificar qual foi a resposta do funcionário em questão ao feedback passado e juntamos isso com outras informações para decidir ou não pela promoção”, diz Silva. hIerArQUIA Retorno para todos os funcionários De acordo com o coordenador da AncoraRh, todos os funcionários deveriam receber feedback, independentemente do nível hierárquico. “O liderado também pode e deve dar feedback ao seu superior, pois o objetivo é aumentar o nível de consciência dos comportamentos e evidenciar como isso impacta nos resultados e no ambiente de trabalho. E, como todos somos geradores de comportamentos, devemos dar e receber feedback”, explica Leme. Entretanto, isso não ocorre usualmente. No supermercado Hippo, Rosângela Saquete, gestora de RH, garante que todos os empregados recebem feedback do superior. Já na rede Bonanza, por enquanto, a política de avaliação de desempenho e feedback restringe-se ao nível operacional, com o gerente da loja fazendo a avaliação. “Mas nosso objetivo é estendê-la aos gerentes”, diz Silva. ABorDAGem joÃo DE FREITAS líder deve ser cordial, mas firme Embora o feedback exija um momento formal, com as partes interessadas concentradas apenas nele, em um ambiente também reservado para não serem interrompidas, os especialistas sugerem criar um clima em que os participantes se 96 | RH | Supermercado Moderno • julho 2008 Feedback O líder deve criar um plano de ação com o funcionário para ajudá-lo a melhorar o desempenho sintam confortáveis. Para Maíte Junqueira, da Across, uma forma de se conseguir isso é deixar o colaborador comecar o diálogo, fazendo a auto-avaliação. “Isso já ajuda a tirar um pouco a ansiedade do funcionário, que ficará mais tranqüilo para ouvir”, afirma Maíte. “Além disso, o gestor pode iniciar a conversa afirmando ao colaborador que ele vai receber um retorno sobre o seu desempenho, tanto dos pontos considerados positivos quanto daqueles a ser melhor desenvolvidos. Mas sempre mantendo o tom de conversa cordial, e não de sermão, porém sem deixar de ser firme”, complementa. Para Rogério Leme, da AncoraRh, como o feedback é informação, o supervisor deve registrar o comportamento a ser perseguido pelo colaborador – no caso do feedback positivo – ou aquele a ser evitado, no caso do corretivo. “É preciso conduzir o funcionário que está recebendo o feedback, para que ele visualize o comportamento inadequado e como impactou no seu desempenho e também no funcionamento da empresa”, diz o consultor. Embora a busca por atingir melhorias ou eliminar os “pontos cegos” destacados no feedback seja algo pessoal, na opinião de Maíte, a empresa pode criar uma estrutura para acompanhar o funcionário no pós-feedback. Por exemplo, o gestor pode sugerir que, juntos, montem um plano de ações para ajudar o colaborador nessa busca pelo desenvolvimento. melhor tom Deixe o colaborador iniciar a conversa Assim como as pessoas são diferentes, a forma como realizar o feedback também precisa se adaptada à situação. “Por isso é importante que o colaborador comece com a auto-avaliação, pois o supervisor já tira dali o tom a ser dado durante a conversa”, diz Maíte, da consultoria Across. Ela destaca, entretanto, que o supervisor ou gestor seja preparado para dar esse retorno, pois a inabilidade pode causar danos. “Quando iniciamos essa política, houve certa resistência dos gerentes em fazer o feedback. Por isso, o RH se preparou para mostrar como a abordagem deveria ser feita, levando em conta as características de cada funcionário”, diz Silva, da rede Bonanza. Na opinião de Rogério Leme, da AncoraRh, o feedback é uma boa ferramenta de gestão, desde que não vire uma obsessão. “Conheço o caso de uma empresa em que qualquer fato era motivo para dar um feedback, até sobre o que não era necessário. O processo chegou a tal extremo, que foi necessário um trabalho para controlar a ansiedade das pessoas. Mas, felizmente, casos como esses são raros. Geralmente as empresas padecem pela falta do feedback, não SM o contrário”, finaliza. Mais Infor mações AncoraRH: (11) 4401-1807 Across Consultoria: (11) 6842-7777 Bonanza: (81) 3701-1700 Hippo: (48) 3216-6600 98 | Supermercado Moderno • julho 2008 cenas do varejo Na inauguração do primeiro Jumbo, em maio de 1971 na cidade paulista de Santo André, um elefante foi levado para simbolizar a grandeza do primeiro hipermercado do Brasil. O empreendimento somava mais de 35 mil m2 de área total, sendo 6,5 mil m2 de área de vendas. Era uma loja para se comprar de tudo, sem pressa. Passadas mais de três décadas, a tendência passou a ser os hipermercados compactos, com 3 mil m2 de área de vendas, em média. São mais fáceis de se instalar nos centros urbanos e economizam tempo dos clientes. n Envie uma foto curiosa do passado ou presente para o e-mail: [email protected] SM selecionará as melhores.