- Nosso Jornal Abaeté
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Ano XIX - Nº 222 - Fevereiro 14 A experiência de estudar sem fronteiras Págs. Abaeté em ritmo de carnaval. Pág. 03 11, 12 e 13 a trajetória de um jornalista abaeteense que combateu três ditaduras na américa latina. Págs. 09 e 10 dr. aloysio e as memórias de um grande líder político. Págs. 23 2 nossojornal / fev14 Vem aí a Folha Comunitária do Alto São Francisco FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda CNPJ 00.815.984/0001 - 69 Rua 13 de Maio, 20 - Centro 35620.000 - Abaeté - MG Continuamos a desenvolver o projeto de regionalização do Nosso Jornal. E contamos com a sua participação. Com suas ideias. Como deve ser um jornal que ajude a promover a integração dos municípios e comunidades do Alto São Francisco, aproximando pessoas que moram tão perto e muitas vezes vivem tão distantes? Que projetos podem ser desenvolvidos em parceria pelos moradores e entidades das diversas cidades da região? Telefax: 37 3541-2203 37 9929 3967 / 9131-5050 [email protected] Redação Diretora de Redação: Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MG Diretor Financeiro: Prof. Modesto Pires Assistente de Redação: Monique Soares de Sousa Adolescente Aprendiz: Jéssica Taís Arte Capa: Rodrigo Bastos Impressão: iGráfica Editora Ltda - Brasília (61) 3356-7654 / 8605-7876 Tiragem: 1.800 exemplares Transporte: Viação Sertaneja (cortesia) Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. Assinaturas: Em Abaeté Semestral: R$ 25,00 Anual: R$ 35,00 Demais Cidades Semestral: R$ 35,00 Anual: R$ 50,00 Exterior Semestral: R$ 60,00 Anual: R$ 100,00 ASSINANTE Benfeitor A partir de R$ 100,00 Importante: Ao fazer o depósito em conta, lembre-se de enviar o comprovante, para que possamos atualizar nossos registros. ASSINANTES BENFEITORES Agradecemos o apoio de todos os assinantes que nos ajudam a manter viva esta publicação, especialmente aos novos benfeitores: Dr. Walter Mendes Morato (Belo Horizonte/MG), Dr. Severino Flores Pereira (Belo Horizonte/ MG), Maria Helena Avelar (Brasília/DF), Rosane França Mazieiro (Abaeté/MG) Onde assinar o Nosso Jornal Redação do Nosso Jornal Rua 13 de maio, 20 (3541-2203) Banca de Revistas do Adriano Pça. Amador Álvares (3541-2962) Professor Modesto (3541-1231) Helenice Soares (3541-2008 Lindalva Carvalho (9929-4710) Violência em Abaeté: o que fazer? Warle Francisco de Oliveira, de Juiz de Fora O problema da violência, em todos os seus aspectos, pode ser considerado hoje uma das maiores preocupações da sociedade brasileira contemporânea, haja vista o crescente número de fatos assustadores noticiados diariamente pela mídia. Ficamos ainda mais preocupados quando constatamos que, nos últimos dez anos, este problema tem se alastrado pelo interior, principalmente pelas cidades com população entre 20 mil a 100 mil habitantes, conforme indica pesquisa realizada pelo Instituto Sangari, deixando um rastro de destruição, de dor e de sofrimento. Em Abaeté, não tem sido diferente, dado os últimos acontecimentos: explosão de caixas eletrônicos, assaltos diversos e homicídios. Perplexos com a extensão do problema, o questionamento é geral: a que se deve essa situação tão grave, que ceifa vidas e fere tantas pessoas, física, emocional e moralmente? O que está sendo feito para minimizar esse problema? A primeira coisa que devemos ter em mente é a dificuldade em identificar causas precisas. Em geral, são vários fatores combinados, entre os quais podemos citar o baixo investimento em segurança pública, a falta de projetos sociais para atender famílias com índice de alta vulnerabilidade, a sensação de impunidade gerada pela ineficiência de nossa legislação, falhas no sistema educacional, a crescente desestruturação da família e o aumento no consumo de drogas altamente perigosas. Esse último se confundindo com a consequência. Sabemos que muito do processo de minimização da violência precisa passar pela vontade política e não depende diretamente de nós. Por isso, ao refletir a violência em nossa cidade, somos levados a refletir também as políticas públicas e, de imediato, analisar se o nosso voto está contribuindo para perpetuar ou para modificar a situação atual. Além do voto consciente, durante as eleições, é necessário que cada um assuma seu papel de pacificador da sociedade, o que é uma questão importante e desafiadora. Ser pacificador da sociedade é, sem poesia e com puro realismo, amar o ser humano (não as suas atitudes), valorizá-lo, respeitar a vida - a nossa e a do outro. É necessário que todos nós estejamos atentos no aconselhamento dos mais novos, com uma educação mais firme, que ensine os limites para cada atitude. E, seja qual for acrença religiosa, devemos ensinar nossas crianças e adolescentes a olharem para a vida com um olhar “Quando morreres, só levarás aquilo que tiveres dado”. de admiração e de respeito. Só assim teremos jovens e adultos desempenhando esse mesmo papel de construtores da paz. Essa é uma tarefa que deve ser posta em prática nas escolas, em casa e nas ruas. Quantas vezes perdemos a oportunidade de uma palavra amiga, de um abraço carinhoso, de um pouco de atenção para alguém que precisa desabafar, de um sorriso de acolhida ou de um “não” enérgico, e acabamos contribuindo, em longo prazo, para o aumento da violência em nossa cidade! Independente das políticas públicas, há uma responsabilidade que pesa sobre o ombro de cada um de nós que clama por paz e por justiça. Há urgência em construirmos uma cultura de paz, capaz de ser um diferencial nas relações pessoais e comunitárias. Como bem diz a escritora Elisa Lucinda, no poema Ciranda, “não se pode mudar o começo. A História não dá ré, é natural. Mas se pode mudar o final. (...) Que mania que tem todos de achar, há muitos anos, que o mundo está terminando! Pois pra mim, todos os dias, em cada ação de um dos meus muitos seres, o mundo está apenas começando!” nossojornal / fev14 3 1º Concurso de Marchinhas de Carnaval pretende resgatar uma velha tradição da cidade “Este ano, se Deus quiser, vou passar o carnaval em Abaeté. Lá tem loirinha, tem moreninha, tem escurinha, que é um troço de mulher. Ah, eu não consigo esquecer o povo de Abaeté”. Quem se lembra desta marchinha, composta pelo dentista Sizínio Alberto, que embalava os jovens abaeteenses e visitantes nos bailes do Abaeté Clube e dos primeiros carnavais de rua, a partir dos anos 70? Com o objetivo de resgatar essa tradição, valorizando a música carnavalesca, seus compositores, intérpretes, a brincadeira lúdica e a criação popular, a Prefeitura Municipal, Secretaria de Cultura e Casa da Cultura de Abaeté promovem, através da Ambev, o 1º Concurso de Marchinhas de Carnaval na cidade. O evento acontecerá na Praça Dr. Canuto, no palco principal do Carnaval Popular, às 19 horas do próximo sábado, dia 1º de março. Quem quiser participar deve comparecer à Casa da Cultura de Abaeté, situada na rua Getúlio Vargas, nº 292 (em frente ao Sicoob Credioeste) de 09 às 11 horas e de 14 às 18 horas, para fazer a inscrição gratuitamente. Haverá premiação para os três primeiros colocados, podendo participar grupos de Abaeté e Em 1937, foi criado o primeiro bloco de rua de Abaeté, “Quem ri de nós tem inveja”, pelos jovens do bairro Marmelada: (da esquerda para a direita) Alda, Adelaide do Jorge Barbeiro, Lourencinha, Ana e Maria da Gabriela, Geralda e Docha da Maria do Zé Lino, Zoroastro, Geralda da Paz, Tuá, Tajimira, Arlinda do Zé Perola. Agachados, estão Zé Lopes, Geraldo Matão, Geraldo da Isabel, Maestro Waltinho, Barroso do Piston, José Alves dos Santos, João do Dario, Gatinho do Mauro Augusto, Geraldo do Berola, Zé da Gabriela, Sebastião, Laércio do Berardo. Deitadas, as rainhas Maria do Dario e Olinda da Chola. região. “Agradecemos o empenho e a participação efetiva da Secretaria Municipal de Cultura e Prefeitura de Abaeté, apoiando o projeto e promovendo um carnaval democratizado”, destaca a presidente da Casa da Cultura, Lúcia Pereira de Andrade. No palco principal do carnaval popular, estão confirmadas também as apresentações de Amanda Alves e Banda (sextafeira, dia 28/02), Ato No- bre (sábado, dia 01/03), Fred e Thiago (domingo, dia 02/03), Vitor e Fabiano (na segunda, dia 03/03) e Virô Samba (terça, dia 04/03), além do trio elétrico, de 17 horas até três da madrugada. Já o Abaeté Folia ficará concentrado nas imediações do Campo do Atlético, alugado por R$ 55 mil, para sediar a boate e os camarotes. Desta vez, ao contrário dos anos anterio- res, nenhuma rua foi interditada para a montagem da estrutura da festa, que promete trazer milhares de turistas para a cidade. “Nosso investimento em mídia, este ano, foi altíssimo, mais de R$ 165 mil, três vezes superior ao de 2013”, contabiliza Alexandre Lucas Pereira (Duca), satisfeito com as vendas de camarotes e ingressos pulverizados para foliões de boa parte do país. “As pessoas que nos procuram falam que não tem carnaval como o Abaeté Folia, com estrutura de primeiro mundo, organização, segurança e gente bonita. Isso é muito bom, porque cada vez mais consolidamos esta festa, atraindo um público A, ajudando a incrementar o turismo e a gerar renda para a cidade”, acredita o empresário. No Abaeté Folia, as grandes atrações são a cantora Anitta, com o “O passado é história, o futuro é mistério, o hoje é uma dádiva. Por isso, se chama presente”. Show das Poderosas (no sábado, apenas na boate) e Psirico, que chega na terça-feira, direto de Salvador. Também foram contratados o Grupo Molejo, Henrique & Juliano, Turma do Pagode e MC Sapão. “São seis artistas nacionais, que todo dia estão na televisão. Nossa grade de show é excepcional, a mais eclética, muitas pessoas falaram que é a melhor de todos os tempos”, finaliza Duca. Notícias da ASSEMBLEIA 2014 Dia 15 de fevereiro, a partir das 15 horas, no auditório do Lions Clube de Abaeté, foi realizada a 26ª Assembleia Geral Ordinária da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão do Oeste de Minas Gerais Ltda. – SICOOB CREDIOESTE. Ali, em conformidade com as disposições legais e estatutárias, os 100 associados presentes de- liberaram sobre a prestação de contas com a apresentação de relatórios de Gestão; a destinação das sobras líquidas apuradas no exercício de 2013; a fixação do valor das cédulas de presença, honorários e gratificações dos membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva; a aprovação da Política Institucional de Governança Corporativa; dentre outros assuntos de interesse social. Após o cumprimento de todas as formalidades legais e estatutárias, os Associados foram brindados por um evento festivo, comandado pela Banda Camaleão, comemorando o excelente desempenho da Cooperativa de Crédito Sicoob Credioeste em 2013. Durante a assembleia, o associado Jaci Xavier de Andrade recebeu uma homenagem pela fidelidade e presença permanente nos 25 anos do SicoobCredioeste, utilizando os produtos e serviços, juntamente com a esposa Fani e os filhos Claristene, Clarislene, Claudilene e Sebastião Lemos Xavier. Sicoob Consórcios ultrapassa R$ 500 milhões em vendas em dois anos no Brasil. Aumentar o portfólio de produtos nas cooperativas Sicoob e facilitar o sonho da casa própria ou a compra de um carro, sem cobrança de juros. Razões como estas impulsionaram o lançamento do Sicoob Consórcios há dois anos, e continuam a promover o sucesso do produto no Sicoob, evidenciado por seus números expressivos. Até o final de 2013, mais de R$500 milhões foram comercializados, um aumento de 113% em relação ao ano anterior, o que gerou comissionamento superior a R$ 15 milhões para as cooperativas do Sistema. Para Marcelo Carneiro, superintendente Comercial do Bancoob, esse resultado é a comprovação legítima do empenho e da dedicação das Centrais e Singulares do Sicoob, que acreditaram na força do Sicoob Consórcios. “A operação própria de consórcio demonstra a importância de oferecermos um portfólio completo aos nossos cooperados. Além de atender os consorciados com preços muito competitivos, o Consórcio Sicoob possui como diferencial o grande número de contemplações mensais, que chega a superar duas dezenas em alguns grupos. Quanto mais cotas vendemos, mais competitivo fica o produto – pois temos condição de oferecer novos grupos com mais opções de faixa de valor”, diz Marcelo. Na sua cooperativa Sicoob, você conta com várias modalidades de seguros para ter tranquilidade e curtir a vida. São seguros de vida, automóveis, máquinas e equipamentos, residencial, empresarial e muito mais. Vá até sua cooperativa SICOOB, faça um seguro e garanta sua tranquilidade, de sua família e de seus negócios. nossojornal / fev14 5 Inventando Moda Por Brenda Marcelino* Já faz um tempo que acessórios deixaram de ser apenas peças para comple- Óculos: O modelo redondinho dá um charme retrô para a produção, pois foi hit nos anos 60 e 70. A lente espelhada e a armação metálica dão o toque de modernidade. Mas não esqueça, o mais importante é observar se seus óculos possuem proteção contra raios solares (UV e UVB), independente do modelo. mentar uma produção. A verdade é que eles vem roubando a cena ultimamente e fazem bonito quando combinados ao seu estilo. Sejam brincos, chapéus, cintos, bolsas, os acessórios podem ser usados para compor produções diárias ou até mesmo looks mais sofisticados. No entanto, é importante dar uma equilibrada para não pesar o visual. Hoje venho trazer dicas de alguns acessórios para apostar no carnaval. Escolha o seu preferido e caia na folia! Bolsa: No carnaval a bolsa tem que ser extremamente utilitária. Escolha um modelo que não faça muito volume, de preferência com alças compridas para dar mais segurança e que caiba o essencial (dinheiro, documento, celular, etc.). A com franjinhas é tendência! Lenços/bandanas: A cantora Anitta adora, e as bandanas já se tornaram sucesso absoluto na cabeça de celebridades e meninas com atitude. Mas os lenços também poder fazer uma proposta interessante quando usados amarrados no braço, no pescoço, em forma de cinto, enfim. Use sua criatividade! Chapéu: O modelo “Panamá” é o mais democrático. Com ar fresco, ele pode ser usado em produções mais clássicas até as mais casuais, além de proteger do sol. Os modelos coloridos são novidade pra esse verão. Aposte! Calçado: O ideal é escolher um modelo baixinho e confortável, de preferência que esconda os dedinhos para não ter nenhuma “surpresa desagradável” na hora do agito. Sapatilhas, tênis e alpargatas são boas opções. Boné: Ficar bonita e protegida contra o sol é fácil para as mais ousadas: O boné apareceu repaginado com estampas, bordados e aplicações e está fazendo a cabeça das mulheres. *De Morada Nova de Minas, estudante de Design de Moda na Fumec, estagiária na Plural 6 nossojornal / fev14 Vem aí um mega evento para sacudir Abaeté Professor Modesto Pires Fique atento para acertar: 1 – Queria namorar “com” o colega... O com não existe. Queria namorar o colega. 2 – Cresceu muito o prestígio do jornal entre os leitores (e não junto aos leitores), graças a Deus. Era grande a sua dívida com o banco e não (junto) ao banco. A reclamação foi apresentada ao Procon e não (junto) ao Procon. 3 – Eles têm razão. No plural, têm é assim com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vêm e vem e põe e põem. Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. 4 – A moça estava ali há muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais que perfeito do indicativo. Um grande espetáculo, promovido pela Universidade Brasileira de Capoeira Sol Nascente, promete sacudir o setor cultural em Abaeté, de 2 a 4 de maio. Com batizado, trocas de cordel, trio elétrico, desfiles de blocos artísticos, danças afrobrasileiras e apresentação do Boi Mineiro Uai, o evento pretende reunir cerca de 300 capoeiristas dos estados da Bahia, Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Piauí, Pará, Maranhão e Minas Gerais, além dos ternos de congado, folia de reis, quadrilhas, artesãos e grupo de paspa- lhos de Abaeté. Segundo o organizador, Mateus Geraldo da Silva, o Contramestre Gato Preto, este evento nasceu na Bahia, com o Mestre Romeu, e já foi realizado com sucesso no Piauí, Goiás, Distrito Federal, Pará e São Paulo. Abaeté será a primeira cidade mineira a apresentá-lo, e um dos grandes desafios da equipe é conseguir patrocínios para a realização do evento, orçado em seis mil reais. “Vamos precisar de camisetas, banners, carro de divulgação, alimentação para o pessoal que vem de fora, som para o dia do evento, roupas de dança, certificados e dinheiro para custear a vinda do Mestre Romeu, que mora na Bahia e é um grande batalhador dentro da capoeira”, cita Mateus. Há quase 10 anos na cidade, a Universidade Brasileira de Capoeira Sol Nascente desenvolve um importante (e ainda pouco reconhecido) trabalho socioeducativo junto às crianças e adolescentes. “Para frequentar o grupo Sol Nascente, cobramos educação e respeito dos alunos. E estamos sempre visan- do o lado social, tirando as crianças do caminho errado das drogas, da prostituição. Nesse sentido, muitas vezes, a capoeira tem um alcance maior que o da própria escola. Apesar disso, ainda enfrentamos muito preconceito. Muita gente confunde com macumba, candomblé, ignorando que capoeira é esporte, é cultura herdada dos escravos”, declara Mateus. Com cerca de 60 alunos, entre crianças, adolescentes e adultos, as aulas são ministradas na quadra do Projeto Vida Nova, no bairro São João, num espaço cedido por Luizinho Parabólica no Abaetezinho e na Praça do Bairro São Pedro. Com um detalhe: o Contramestre Gato Preto não tem patrocínios, nem cobra mensalidades dos alunos. Desenvolve esse trabalho voluntário como uma missão, pelo amor ao esporte/cultura que deu um sentido especial à sua vida. “Se não fosse a capoeira, não sei o que seria de mim. Talvez “Mude o modo que você olha para as coisas, e as coisas que você olha mudarão’. eu fosse um viciado em drogas, um alcoólatra, um traficante, ou algo assim. Mas a capoeira me levou para outro caminho. Mesmo que não seja meu ganha pão, ela me deu valores que me sustentam”, ressalta Mateus, que trabalha como mecânico para manter a si e à família. Várias apresentações estão sendo promovidas desde o final do ano passado para divulgar o evento de maio. O grupo vai promover também um bazar de roupas usadas para arrecadar verbas e ajudar as crianças que não têm condições de comprar o abadá de capoeira e a corda, que ficam em torno de R$ 45 cada um. Mateus acredita que tudo seria mais fácil, se houvesse um incentivo maior à cultura e ao esporte na cidade. “Abaeté precisa acordar para a necessidade dessa maior valorização. Afinal, o esporte e a cultura oferecem perspectivas e dignidade às pessoas, resgatando os valores humanos”, defende. 8 informe publicitário Prefeitura inicia construção de um novo PSF e anuncia licitação para a Unidade de Pronto Atendimento Foram iniciadas as obras do PSF Maria de Lourdes, no Bairro Santo Antônio. A valor total da obra é de R$ 495.000,00 (quatrocentos e noventa e cinco mil reais), sendo que a Prefeitura arca com R$ 295.000,00 (duzentos e noventa e cinco mil reais), recebendo apenas R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) do Ministério da Saúde. - No próximo dia 10 de março, será licitada a tão esperada UPA - Unidade de Pronto Atendimento, que terá sua construção iniciada ainda no primeiro semestre desse ano. O custo da obra foi avaliado em aproximadamente R$ 1.203.810,18 (um milhão duzentos e três mil oitocentos e dez reais e dezoito centavos). Alunos da Rede Pública recebem material escolar na volta às aulas No ínicio do mês de fevereiro, mais de 2.200 kits escolares foram entregues aos alunos da rede pública municipal, pelo prefeito municipal Armando Greco Filho e a secretária de Educação, Ivanete Soares. Os estudantes receberam da Prefeitura Municipal cadernos, lápis de cor, lápis preto, borracha, canetas, apontador, ré- gua. Nos kits escolares dos alunos da Educação Infantil, constaram ainda tesoura, colas coloridas, tintas, pincéis, massinhas para modelar, giz de cera e papel A4, enfim, todo o material necessário para o ano letivo, sem nenhum custo. Por uma melhor qualidade de vida para os internos da Vila Vicentina e alunos da Apae A Operação Tapa-buracos foi iniciada no dia 17 de fevereiro, mobilizando boa parte dos funcionários da Prefeitura para que todas as ruas sejam reparadas o mais rápido possível. O CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) de Abaeté, em parceria com a Apae e Vila Vicentina, passará a desenvolver o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) dentro dessas instituições. Este serviço já vinha sendo desenvolvido dentro dos espaços do CRAS e CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e agora será ampliado a rede socioassistencial. O convênio firmado tem o objetivo de promover a convivência social, trocas culturais e de vivências, desenvolvimento do sentimento de pertencimento e identidade, além de estimular a auto-estima através de atividades que buscam diminuir o tempo ocioso principalmente daqueles que se encontram asilados. Para isso, o serviço conta com o importante apoio das assistentes sociais das instituições, Carla Mendonça e Suelen Gontijo. nossojornal / fev14 9 NA SAGA DOS ANOS 60 A trajetória de um jornalista abaeteense que combateu três ditaduras na América Latina Há 50 anos, o ativista político e jornalista abaeteense Carlos Olavo da Cunha Pereira editava, em Governador Valadares, o jornal “O Combate”, abordando temas como a luta pela terra, o assassinato de posseiros, a exploração dos trabalhadores, a violência urbana, as arbitrariedades policiais, a corrupção política. Com o golpe militar de 31 de março de 1964, ele passou a ser perseguido pela ditadura, exilando-se na Bolívia e depois no Uruguai, onde também foram instaurados regimes autoritários. Toda essa trajetória pode ser lida no livro “Na Saga dos Anos 60”, onde, através do personagem Barros Otávio, o “jornalista comunista” revive “toda a tensão, a incerteza e o medo de alguém que perdeu toda a sua estrutura familiar, econômica e profissional, reduzido a um mero fugitivo do regime, o tempo todo prestes a ser capturado”. De volta a Abaeté, onde aguarda uma oportunidade para o lançamento do livro, o conterrâneo, de 90 anos, conta um pouco de suas aventuras, garantindo que faria tudo outra vez. E dá boas risadas ao recordar de cada episódio onde conseguiu escapar das garras dos militares no Brasil e no Uruguai. Aos 90 anos, Carlos Olavo está de volta a Abaeté, ao lado da esposa Zuca. Escrito em uma velha Olivertti, “Na Saga dos Anos 60” já foi lançado com sucesso em Governador Valadares (foto baixo) e Belo Horizonte O livro “Na saga dos anos 60”, recentemente lançado pelo senhor, é apresentado como o testemunho de uma vida dedicada ao combate à ditadura em três países. Fale sobre este trabalho. “Na saga dos anos 60” é o livro sobre as minhas andanças entre o ato institucional número 1, a minha prisão e a fuga para o exílio. Fui condenado a oito anos por subversão. Bendita subversão! (risos). Nesse livro, eu aproveito para contar como foi o golpe na Bolívia, o movimento Tupamaros no Uruguai, as minhas relações com o Brizola e outras lideranças políticas. É um livro das andanças de um jornalista engajado nas lutas sociais e políticas do seu tempo. A história tem início com a deposição de João Goulart pelas Forças Armadas e termina com a Anistia, em 1979. O senhor também é autor do livro “Nas terras do Rio sem dono”, onde relata a disputa pela terra no Vale do Rio Doce. Conte um pouco de sua militância em Valadares. Cheguei a Governador Valadares no dia do suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. A cidade estava completamente parada, de luto pela morte do presidente. Uma coisa impressionante! Minha primeira ação foi ajudar a organizar um comício para um companheiro ler a carta testamento de Getúlio em praça pública. Eu tinha 30 anos e fui designado para criar uma sucursal do Jornal do Povo ali. Naquela época, a terra passava por uma valorização rápida, devido ao cruzamento da rodovia Rio-Bahia e da ferrovia Vitória/Minas bem dentro de Valadares, e o Vale do Rio Doce se notabilizava pelos despejos cruéis dos posseiros feitos pelos grileiros. Eu assisti a dramas incríveis, espetáculos de doer. Os posseiros despejados eram jogados do caminhão na beira da RioBahia, com mulher, menino, colchão, mesa, cadeira, penico, porco, galinha, num poeirão danado... Eu fotografava aquilo e fazia reportagens denunciando. Essas reportagens vendiam tantos jornais, que a sucursal em Governador Valadares passou a vender mais que a sede em Belo Horizonte. Mas isso mexeu com muita gente, e o Jornal acabou fechado por dificuldades financeiras. Fiquei, então, “pendurado na brocha”. Continua na página 10 “Sempre que houver medo, nunca tente escapar dele. Na verdade, siga as indicações do medo. É na direção delas que você precisa se movimentar. O medo é simplesmente um desafio.” Osho 10 nossojornal / fev14 A trajetória de um jornalista abaeteense que combateu três ditaduras na América Latina Continuação da entrevista iniciada na pág. 09 Carlos Olavo: Naquelas andanças e em contato com os jornalistas locais, resolvemos criar um jornal satírico. Era “O Saci”, que começou a circular por volta de 1958, levantando os problemas na cidade, e em 1960 passou a se chamar “O Combate”. Era conhecido como um “jornal atrevido”, que não conhecia assuntos proibidos e ganhou a cidade de tal sorte que hoje faz parte da história de Valadares. Tanto assim que me prestaram uma homenagem. Fui convidado para dar duas aulas magnas no curso de Jornalismo da Univale, me levaram ao edifício novo e descerraram uma placa na porta: “Laboratório de Comunicação Social Jornalista Carlos Olavo” (emociona-se). O Combate era o jornal de maior circulação da cidade, vendia feito pólvora. Era combativo mesmo. Durou até a revolução? Durou até a chamada revolução, que de revolução não tinha nada. Foi um golpe militar reacionário, que logo de entrada mostrou bem a sua natureza, se atirando contra a imprensa e o movimento social. Atacaram o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, despedaçaram o jornal. Foi um golpe contra-revolucionário, a favor das elites, para parar as reformas de base que o João Goulart pregava. No último dia de governo, Jango tinha 73% de aceitação popular. Foi um golpe contra o governo do povo. O senhor chegou a ser preso quando invadiram o jornal? Eu já tinha saído da cidade, porque, no dia 8 de março de 64, recebi um telefonema do José Apa- Carlos Olavo ainda guarda alguns exemplares do jornal “O Combate”, de Governador Valadares, onde fez uma ´palestra e lançou o livro em 2013. recido, que era secretário de governo do Magalhães Pinto, dizendo que o governador queria falar comigo em Belo Horizonte. Em uma conversa a sós, Magalhães Pinto alertou que o golpe estava sendo armado, ia vencer e eu seria uma das primeiras vítimas, porque, em Valadares, ficaria na boca da onça. Disse que queria prestar uma homenagem à minha família, que era toda da UDN (eu era a ovelha negra, o comunista) e me pediu para procurar o comandante do Batalhão, Coronel Mário Simões, que me entregaria um radiograma dele, pedindo pra me dar todas as garantias até Belo Horizonte. Assim aconteceu. E, realmente, invadiram a minha casa e disseram pra minha mulher: “com a senhora e os filhos não vamos fazer nada, mas queremos fazer picadinho de seu marido”. Estão, até hoje estão querendo fazer esse picadinho (dá uma boa risada). Estou com 90 anos, gozando de saúde e muitos deles já foram para o cemitério. Com o salvo conduto do governador, consegui chegar a Belo Horizonte, fui pra casa do meu irmão Simão da Cunha, deputado na época. Dali fui para Brasília e depois para Barra do Corda, no Maranhão. Lá, cheguei a ser preso, mas consegui fugir da cadeia e cavalguei até o Piauí, 48 horas a cavalo, sem dormir, sem tomar banho nem nada. Imagine o estado que cheguei a Teresina... O livro conta toda essa história. No dia da cassação do então senador Juscelino Kubitschek (08 de junho de 64), embarquei para Brasília, de lá fui para o Rio, entrei na Embaixada e parti para o exílio na Bolívia. Cheguei lá na véspera da Semana da Independência e participei de uma passeata com uns 80 a 100 exilados brasileiros. Saímos com a faixa “Exiliados brasileños saludan sus hermanos bolivianos, hermanos de lucha, hermanos de sangre”. (risos) O Repórter Esso, Heron Domingues, divulgou: “o agitador Carlos Olavo está na Bolívia fazendo agitação” e mostrou a fotografia, eu na frente na passeata, junto com Neiva Moreira. Quando veio o golpe, eu entrei no movimento clandestino de lá, ajudei a fazer um jornal chamado “Abril”. Mas a situação ficou insustentável, e acabei cruzando a fronteria de volta ao Brasil. Cheguei aqui durante a Guerrilha do Araguaia, não quis participar. Voltei pra Aba- eté, fui criar porcos e vacas leiteiras numa chácara perto da cidade. Estava até ganhando um dinheirinho, mas recebi um aviso de que havia sido condenado a oito anos de prisão e que viriam me capturar. Saí de Abaeté às 4 da madrugada, três horas depois, a polícia chegou me procurando... Estão atrás de mim até hoje... De Abaeté o senhor partiu para o Uruguai? Fiquei uns dois meses com uma família de Abaeté no Mato Grosso, e dali fui para o Uruguai, no dia 1º de maio de 1969. Minha família chegou em outubro, a “penca” de seis meninos. Tenho 12 netos e 5 bisnetos, a família está grande. No livro, presto uma homenagem à Zuca, minha companheira há 63 anos. Graças a ela, escapei de ser torturado e talvez até morto. Fui preso no Uruguai pela Operação Condor, uma aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do Sul, criada com o objetivo de coordenar a repressão a opositores dessas ditaduras, eliminar líderes de esquerda instalados nos países do Cone Sul e para reagir à OLAS, Organização Latino-Americana de Solidariedade, criada por Fidel Castro. Na época, como eu tinha sido proibido de exercer o jornalismo, trabalhava como guia turístico em uma kombi enviada pela minha família. Uma tarde, ao sair do parque da prefeitura naval, fui sequestrado, preso, e sumiram comigo lá dentro. Como não cheguei em casa na hora marcada e meu filho Jaime viu minha kombi na porta da prefeitura, minha mulher foi até a Embaixada Americana e denunciou o meu sequestro. Era o governo do Jimmy Carter, que pregava o respeito aos direitos humanos e não apoiava as ditaduras da América Latina. Na manhã seguinte, já tinham tirado a minha roupa e feito o exame médico pra começar a sessão de tortura... quando bateram na porta e entrou o capitão da Marinha Americana, adido naval, mandando me soltar. Escapei pelo gongo (risos). E continuei no Uruguai até a anistia. Em 79, voltei para Belo Horizonte. E agora estou em Abaeté. Em março, completo 91 anos, ja é hora de aquietar um pouco, quero completar meus 100 anos aqui. Como o senhor está vendo Abaeté, depois de tanto tempo? É muito bom estar de volta. Nasci aqui, em março de 1923, vim de uma família grande, 10 irmãos, agora sou o único sobrevivente. Foi aqui que aprendi a gostar de política, desde pequeno vivia num esquema político. Meu pai era deputado federal e eu fui criado mais com meu avô, o Senador Sousa Vianna. Minha avó disse pra minha mãe: “Alda, você tem 10 filhos, dá o Carlos Olavo pra mim.” E eu fui pra fazenda. À tarde, tinha sempre uma conversa politica, com o meu pai e o doutor Vianna, tomando um cafezinho. Política sempre fez parte da minha família. Meu irmão, Simão da Cunha, foi deputado federal. Aloysio e Edgardo foram prefeitos de Abaeté. Hoje, moro no bairro Simão da Cunha, na Rua Dr. Edgardo. Meu pai, Edgardo da Cunha Pereira, é o titular dessa rua, do Fórum e do Ginásio. Ele fundou o Estadual, e o Zé Cândido, meu irmão, foi o primeiro diretor. É bom estar de volta. Vejo vocês nessa luta do jornal, conheço bem o que é fazer um jornal numa cidade. Claro que o jornal de vocês é outra natureza, mas é uma bela iniciativa. O que eu puder fazer para ajudar aqui, eu farei, estou à disposição. “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.” (William Shakespeare) nossojornal / fev14 11 Estudar no exterior, um sonho real estudantes abaeteenses compartilham suas experiências no Programa Ciência sem Fronteiras Com o objetivo de formar estudantes brasileiros com experiência internacional, 101 mil bolsas de estudos no exterior estão sendo oferecidas pelo Governo Federal até 2015, para alunos das Universidades Brasileiras, de graduação, pós graduação e pós doutorado. Em 2013, cinco estudantes de Abaeté aproveitaram esta oportunidade e embarcaram para a Austrália, Reino Unido e Itália, onde frequentam universidades de destaque em rankings internacionais, pelo período de 12 a 18 meses. Pelo menos outros dois abaeteenses se preparam para iniciar essa experiência no segundo semestre de 2014. Atualmente, estão abertas inscrições para estudantes de pós-graduação e pós-doutorado. A expectativa é que haja novas chamadas para graduandos, que precisam possuir nota do ENEM igual ou acima de 600, ter integralizado o mínimo de 20% e o máximo de 90% do curso até a data da viagem, com perfil de aluno de excelência. Através da internet, os estudantes Thiago Reis, Daniel Lucas, Rafael Vales e Jonatas Chagas compartilharam um pouco dessa experiência além fronteiras ao Nosso Jornal. Confira: Rafael Vales, impressões de um futuro engenheiro civil na Itália Aquela sensação de coisa nova, de um mundo diferente, de descobrimento... No início, era tudo tão diferente, tão novo e também tão complicado... Sabíamos que o objetivo principal do governo era enviar muitos estudantes ao exterior, e, para isso, alguns critérios foram deixados de lado, como o conhecimento da língua no país de destino, no meu caso, a Itália. Mesmo sem o conhecimento prévio do italiano e das possíveis dificuldades que poderíamos ter, aqui estamos e muito bem, obrigado. Chegar sem saber a língua local é um enorme problema. Mas três dias depois que cheguei, comecei um curso intensivo de um mês, três horas de aula por dia e quatro dias por semana, pago pelo governo brasileiro. Era puxado, mas foi excelente, sem dúvida. As coisas começavam a fluir. Sim, com um mês de curso, foi possível aprender muito sobre a língua, talvez pelo motivo de que o italiano e o português tenham muitos cognatos. Já era possível me comunicar e resolver problemas simples. Daí pra frente, foi mais fácil, principalmente as aulas na faculdade. Como moro em uma cidade turística e muito visi- tada (Florença), a oportunidade de treinar e “gastar” o inglês também surgiu. Desde a leitura do edital do programa, a ideia de aprender uma nova língua me chamou muito a atenção. A Itália é um país tão burocrático quanto o Brasil, ou talvez mais. São tantos detalhes, que coisas como fazer documentos ou matrícula na faculdade acabam se tornando realmente incômodas. A adaptação à comida local foi difícil apenas nas duas primeiras semanas. Como encontramos um restaurante brasileiro, isso acabou nos ajudando nesse início, mas quando deixamos de ficar nos hotéis, albergues, alojamentos estudantis e passamos a ser realmente residentes italianos, começamos a seguir outros hábitos. Apesar de preferir comida brasileira, por costume, claro, acho a comida italiana excelente (e sim, a pizza brasileira é melhor). Mesmo já acostumado e adaptado, ainda sinto falta de um bom churrasco. Apesar das muitas semelhanças entre Brasil e Itália, percebo que existe um leque ainda maior na parte das diferenças. A infraestrutura não só italiana, mas europeia, é impressionante. Cito o exemplo de transporte: é Qualidade e confiança no LÍDER de sempre! “Veja em cada obstáculo um desafio, um degrau, e jamais será derrotado”. possível atravessar toda a Europa de trem, sendo que é um serviço de transporte excelente. Comparemos ao Brasil? Um outro bom exemplo de diferença é a questão do salário e consumo. Com um salário mínimo italiano, entre 1000 e 1200 euros, se faz de tudo: compras, viagens, despesas, transporte e lazer, absolutamente tudo (sem parcelar nada) e, acredite, ainda sobra dinheiro. Poderia falar aqui também sobre educação, qualidade de vida e outras diferenças, mas já basta. As diferenças são realmente muitas e bem visíveis. Enfim, hoje, quase seis meses depois, vejo o quão grande foi toda a experiência já vivida, e só está na metade. Consigo me comunicar bem, mesmo achando que não tenho um vocabulário tão amplo. Conheci muita coisa, e ainda conhecerei muitas outras. Os amigos que fiz, os lugares que descobri e tudo que vivi, são coisas que não têm valor. Então, eu deixo a dica a todos os estudantes: se tiverem a mesma oportunidade que eu, não hesitem. É uma experiência pra vida inteira, inexplicável! Rafael José da Costa Vales, graduando em Engenharia Civil pela PUC Minas e bolsista do programa Ciência sem Fronteiras. 12 nossojornal / fev14 A oportunidade de conhecer um novo Velho Mundo Daniel Lucas* Quando me deparei com a oportunidade de estudar no Reino Unido, fiquei um pouco indeciso, pois teria que adiar em um ano minha formatura. Porém, ao conversar com amigos que voltaram dessa experiência, acabei me decidindo. Ao escolher Londres para morar durante um ano, eu esperava melhorar meu inglês, conhecer mais profundamente a cultura britânica e ter contato com a diversidade cultural que a cidade proporciona. Além, é claro, dos objetivos básicos do Ciência sem Fronteiras: o intercâmbio de experiências acadêmicas em uni- versidades mundialmente conceituadas. Um dos grandes desafios no início da minha estadia na cidade foi me acostumar com os diferentes sotaques falando o inglês. Além disso, os primeiros dias tendo que se virar sozinho numa cidade estranha são sempre complicados. Porém, há um número grande de brasileiros na mesma universidade, e temos sempre nos ajudado bastante, dando suporte uns aos outros quando necessário. E depois de me instalar adequadamente, foi possível começar a conhecer a cidade, que oferece tudo que é necessário para se viver adequadamente: transporte público de Daniel, em Amsterdã, na Holanda qualidade e que atende a toda a população, sistema de saúde completamente público e que funciona de forma eficiente, dentre outras várias coisas. Além de Londres, já tive a oportunidade de conhecer Manchester, Liverpool e algumas cidades na Escócia, França, Bélgica e Holanda. Na universidade, os desafios até o momento não foram tão grandes. Acredito que a grande diferença com as universidades brasileiras é que temos uma quantidade muito menor de horas/aula (menos da metade do que eu estaria fazendo na UnB), mas há uma demanda enorme de auto-aprendizagem. Isso, inclusive, é uma máxima aqui, conhecido como “do it yourself” (faça você mesmo), e deve ser aplicado não somente à universidade, mas ao dia-a-dia. Uma outra diferença, que é necessário aprender quando se vem para a Europa, é o respeito à individualidade e à privacidade de cada indivíduo. Os britânicos, em particular, levam essa última regra muito a sério. Na universidade, há pessoas do mundo inteiro com suas próprias culturas e convicções, e tudo isso deve ser respeitado. Posso dizer com bastante convicção que esses cinco meses são a experi- ência mais vantajosa que eu já tive até o momento. Todo o choque cultural e as mudanças para se adequar a um novo lugar, fazer novos amigos, se virar sozinho sem conhecidos por perto, são difíceis às vezes, mas suportáveis. E depois vem o momento de desfrutar do que as mudanças trouxeram. Para aqueles que pensam em tentar algo semelhante, o que posso dizer é: não pensem demais. Haverá saudades e dificuldades, mas haverá também novas experiências, pessoas, lugares, conhecimentos, oportunidades. *Estudante de Engenharia Elétrica na UnB, hoje na University of London. “Um momento que eu gostaria que não acabasse”. Jonatas Chagas* Jonatas, com estudantes brasileiros do Ciência sem Fronterias, na Torre de Pisa. A experiência de estudar em outro país é algo indescritível. Experimentar outras metodologias de ensino e estudar contéudos que talvez não seriam abordados nas universidades brasileiras é de grande crescimento profissional, mas penso que a experiência pessoal é muito superior à experiência acadêmica. Conhecer um novo país, uma nova cultura, aprimorar uma nova lingua, conhecer pessoas de outros países é simplesmente fantástico. A Itália é um país lindo, rico de histórias e conhecimentos, rico na culinária e nos costumes. Conhecer cidades onde se passaram momentos históricos é realmente incrível. É claro que um intercâmbio não é só um mar de rosas. Enfrentei diversas dificuldades no decorrer desses quase seis meses, como: choque cultural, dificuldade de me comunicar, adaptação ao clima, saudade da família e vários outros problemas, mas os desafios são maiores apenas no começo, depois tudo fica mais fácil. Enfim, um intercâmbio é isso, experiências incríveis, outras nem tanto, mas tudo isso forma o conhecimento adquirido, e esse conhecimento é único. Alguns filósofos definem a felicidade como um momento da sua vida que você não gostaria que acabasse. Ao meu ver um intercâmbio é isso, um momento que eu não gostaria que acabasse. Meu conselho para os estudantes que gostariam de estudar no exterior é que não deixem de correr atrás. As oportunidades estão aí esperando alguém abraçá-las. “In bocca al lupo a tutti.” (Boa sorte a todos.) *Estudante de Ciência da Computação da Universidade Federal de Viçosa, atualmente na Universidade de Bolonha, Itália. “Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação, porque seu caráter é o que você realmente é, enquanto a reputação é o que os outros pensam que você é”. nossojornal / fev14 13 Há seis meses na Austrália, Thiago Reis tem compartilhado suas impressões e experiências no blog http://www.australiaqst.wordpress.com Também na Austrália, está o abaeteense de coração, Rodrigo Mourão Pereira, estudante de Engenharia Ambiental na Unifei e, desde maio de 2013, na University of Adelaide. Vivendo a melhor experiência da vida na Austrália Thiago Reis, estudante de Farmácia na UFJS, atualmente na University of Sydney Sobre a experiência: Posso definir toda esta experiência como a melhor e mais marcante de minha vida. Visitar lugares incríveis, conhecer pessoas com os mais diferentes modos de pensar, aprender a respeitar a cultura do próximo, por mais diferente que ela possa ser. Sydney é uma cidade multicultural. Diferente do que pensam, andar na rua aqui não é sinônimo de ver muitos australianos. Vê-se gente de todas as partes do mundo, com diversas formações sociais e morais. Asiáticos, árabes, europeus, latinos, todos convivendo entre si e trocando conhecimento. Cada um com sua cultura somando valores à sociedade. Cada dia vivido acaba sendo uma aventura. Cada dia, algo diferente. Até o caminho de ida pra aula pode ser incrível. É difícil relatar em poucas palavras tanta coisa de uma vez só. Sobre desafios: Pode ser surpreendedor, mas o menor dos desafios é o idioma. Uma vez aqui, é impossível não se comunicar, é uma necessidade natural nossa. Senti bastante falta da nossa comida básica de todo dia, visto que australianos não comem arroz e feijão no almoço. A questão da saudade é inevitável, mas não insuperável. Morar com pessoas com uma cultura totalmente diferente da nossa pode ser algo difícil. Nossos costumes são bastan- te diferentes do resto do mundo. Atualmente, moro com pessoas do Vietnã, Tailândia e Iran. Cada um enxerga o mundo de um modo diferente no que diz respeito à sociedade, higiene, crenças religiosas... Entender e respeitar a cultura do país anfitrião é algo a que algumas pessoas têm resistência. No início, pode ser bem estranho, mas ao longo do tempo torna-se normal. Já não estranho cumprimentar as pessoas sem nem apertar a mão. Abraço, nem pensar. Sobre aprendizados: Sem sombra de dúvidas, o maior aprendizado vem da superação dos desafios. Conviver em uma cultura diferente nos ensina a enxergar o mundo de uma perspectiva mais ampla. Passamos a pensar sobre as coisas de um modo diferente, mas ainda colocando nossos princípios em primeiro plano. Acredito que ficamos muito mais tolerantes quanto ao novo, ao estranho e ao inusitado, uma vez que ele é simplesmente “normal” por aqui. Aquelas habilidades de se virar sozinho aqui são muito úteis. Aprender a comer o que está disponível no supermercado, descobrir lugares novos, conhecer pessoas novas. Por menor que seja a experiência, esse aprendizado vai ficar guardado e, acredite, um dia pode ser muito útil. E claro, o idioma. Diferente de uma escola de inglês tradicional, onde falamos inglês durante 1 ou 2 horas por semana, aqui não há descanso. O aprendizado acaba vindo uma hora ou outra, pois é questão de necessidade. Um conselho: A todos aqueles que desejam cruzar os mares pra uma chance de estudo ou trabalho, recomendo ser persistentes. Não deixar nenhuma oportunidade passar, por mais impossível que ela possa parecer. Sempre terão desafios, sempre vai bater a saudade de casa, mas, no final das contas, as experiências vão valer a pena. Há muitas oportunidades por aí, porém falta pessoal capacitado e engajado para preencher todas as vagas que são oferecidas. “Você pode ficar desapontado se falhar, mas já está derrotado se não tentar.” Para aqueles que pensam no futuro profissional, estudar numa instituição de ensino superior no exterior pode ser um grande diferencial no currículo, tendo em vista quantos profissionais estão se formando no nosso país. Os melhores empregadores procuram os melhores profissionais, aqueles que têm um adicional em relação à maioria. Para aqueles que pensam em viver o presente, quando em terras desconhecidas, tudo é novidade, tudo é bonito. Aqui em particular, a beleza natural é de cair o queixo e a qualidade de vida é excelente. Foco e persistência em relação aos objetivos é o que desejo para quem aspira algo semelhante. 14 nossojornal / fev14 E D ITAL CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL PESSOA FÍSICA EXERCÍCIO DE 2014 A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em conjunto com as Federações Estaduais de Agricultura e os Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a Contribuição Sindical Rural - CSR, em atendimento ao princípio da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm NOTIFICAR e CONVOCAR os produtores rurais, pessoas físicas, que possuem imóvel rural ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como “Empresários” ou “Empregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas a, b e c do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural do exercício de 2014, devida por força do que estabelecem o Decreto-lei 1.166/71 e os artigos 578 e seguintes da CLT, aplicáveis à espécie. O seu recolhimento deverá ser efetuado impreterivelmente até o dia 22 de maio de 2014, em qualquer estabelecimento integrante do sistema nacional de compensação bancária. A falta de recolhimento da Contribuição Sindical Rural até a data de vencimento acima indicada, constituirá o produtor rural em mora e o sujeitará ao pagamento de juros, multa e atualização monetária previstos no artigo 600 da CLT. As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas respectivas Declarações. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o contribuinte deverá solicitar a emissão da 2ª via, diretamente, à Federação da Agricultura do Estado onde têm domicílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda, pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www.canaldoprodutor.com.br. Eventuais impugnações administrativas contra o lançamento e cobrança da contribuição deverão ser feitas, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da guia, por escrito, perante a CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA, Brasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-903. O protocolo das impugnações poderá ser realizado pelo contribuinte na sede da CNA ou da Federação da Agricultura do Estado, podendo ainda, a impugnação ser enviada diretamente à CNA, por correio, no endereço acima mencionado. O sistema sindical rural é composto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pecuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais. Brasília, 27 de fevereiro de 2014. Kátia Regina de Abreu, Presidente Comunicado - A Abaeté Manufaturados de Calçados - Por determinação do Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM - torna público que requeriu junto ao órgão ambiental o pedido de Licença de Operação Corretiva - LOC para suas atividades de Fabricação de Calçados em Geral. Segundo o Requerimento de Licença 18817/2012. O empreendimento está localizado na Rua Frei Teófilo n° 330, galpão 101, no Centro na Cidade de Abaeté/MG. Cooperativa dos Produtores Rurais de Abaeté e Região Ltda. Pça. Dr. Amador Álvares, 122 Centro -Abaeté/MG Cep: 35620-000 Tel: 37-3541-5437 FAX: 37-3541-5450 EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA 1ª, 2ª e 3ª CONVOCAÇÕES O Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa dos Produtores Rurais de Abaeté e Região Ltda., Eustáquio Márcio de Oliveira, usando das atribuições que lhe confere o art. 31 do Estatuto Social, convoca os senhores associados para comparecerem à Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 1ª (primeira) convocação às 16:00 (dezesseis) horas do dia 22 (vinte e dois) do mês de março de 2014, no Parque de Exposições José Ribeiro de Melo Paiva, “Sindicato dos Produtores Rurais de Abaeté”, Rua Aníbal Pires, 70 nesta cidade, devido à absoluta falta de espaço físico na sede da Cooperabaeté. Caso não haja “quórum“, a Assembleia se reunirá, em 2ª (segunda) convocação, uma hora após o término do prazo para a primeira, ou seja, às 17:00 (dezessete) horas. Se persistir a falta de “quórum“, a Assembleia se realizará, em 3ª (terceira) convocação, uma hora após o término do prazo para a 2ª (segunda), ou seja, às 18:00 (dezoito) horas. A Assembleia se realizará em 1ª (primeira) convocação com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados; em 2ª (segunda) convocação com a presença de metade mais 1 (um) dos associados e; em 3ª (terceira) convocação com a presença de, no mínimo, 10 (dez) associados, com a seguinte ordem dia: 1. Prestação de contas do Conselho de Administração; 1.1. Relatório da Gestão; 1.2. Balanço; 1.3. Demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas decorrentes da insuficiência das contribuições ou descontos para cobertura das despesas da Cooperativa; 1.4. Parecer do Conselho Fiscal; 2 Destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas decorrentes da insuficiência das contribuições ou descontos para cobertura das despesas da Cooperativa; 3 Determinação do valor da Cédula de Presença dos membros do Conselho Fiscal; 4 Determinação do valor da Cédula de Presença dos membros vogais do Conselho de Administração; 5 Fixação dos honorários da diretoria executiva; 6 Eleição dos componentes do Conselho Fiscal. 7 Autorização ao Conselho de Administração, nos termos do art. 39, letra P, do estatuto, gravar bens imóveis em garantia de empréstimos e financiamentos a serem contratados ou renovados. Para efeitos legais e estatutários, declara-se que o número de associados com direito a tomar parte na assembleia é de 215 (duzentos e quinze). Abaeté, 19 de fevereiro de 2014. Eustáquio Márcio de Oliveira, Presidente Contestação às entrevistas do prefeito e do presidente da Câmara Municipal Marcelo Vargas de Souza Cruz, vereador Ao ler a última edição do Nosso Jornal, fiquei estupefato com as entrevistas do prefeito Armando Greco e do presidente da Câmara, José Maurício, em que pese o profundo respeito que eu tenho por eles. Inclusive, considero o senhor prefeito uma pessoa de bem, um homem honesto, de caráter e bem intencionado, mas esses não são os únicos atributos que um administrador público precisa ter para o exercício da função. Respeito as opiniões, mas discordo frontalmente de tudo o que foi escrito. Em razão da forma pejorativa pela qual a oposição foi citada e em respeito ao direito da população de ter acesso às informações verdadeiras, entendo que merecemos espaço no Jornal para apresentar nossa versão dos fatos. Na entrevista do senhor prefeito, percebi que várias perguntas foram respondidas de maneira evasiva, sem ir ao cerne da questão. A avaliação positiva que ele faz de seu primeiro ano de governo demonstra uma desconexão com a realidade de nossas ruas, pois o que sentimos, na população em geral, é uma certa decepção, um sentimento de ter sido um ano perdido para o nosso município. Quando o prefeito disse que as obrigações da Prefeitura estão em dia, ele realmente pagou o salário dos servidores em dia, inclusive o décimo terceiro. Mas e as outras obrigações que não estão sendo cumpridas de maneira correta? Existem dívidas com oficinas há mais de dois anos, existem dívidas com fornecedores da Prefeitura há meses, existem dívidas de acerto rescisório de funcionários há mais de três anos. E os servidores, mesmo recebendo em dia, também sofrem um processo de diminuição na capacidade de renda, por estarem há mais de dez anos sem reajuste. Quando o senhor prefeito disse que sua administração é a mais transparente de todos os tempos, eu ouso discordar radicalmente. Desde o inicio do ano passado, temos tentado fiscalizar a Prefeitura, até por ser um dever do Legislativo e não um direito. Vários requerimentos votados na Câmara, aprovados em plenário e enviados ao senhor prefeito não foram cumpridos. Dentre eles, pedidos de documentos de dívidas, de repasses do Fundeb, das dívidas atuais e das dívidas herdadas e também convocação de secretários. Nenhum deles foi levado a sério. Na entrevista, o senhor prefeito disse que a prestação de contas do mandato anterior é de responsabilidade do ex-prefeito, o que é verdade, mas a dívida e o adimplemento desta é de responsabilidade da Prefeitura. Acredito que o senhor prefeito deveria detalhar as dívidas, apresentar para a cidade a situação financeira e fazer uma programação de pagamento da mesma. Sobre a CPI, o senhor prefeito disse que a mesma serviu para atestar a sua boa fé, o que não condiz totalmente com a verdade. Ele realmente agiu de boa fé, mas em momento nenhum apoiou a CPI e se dispôs a ajudar a esclarecer os fatos. Também gostaria de citar que, mesmo não tendo indícios de corrupção, o erro da Prefeitura em não ter tido cuidado na escolha da construtora atrasou em mais de seis meses o programa habitacional em nosso município, tão carente nessa área. Por outro lado, gostaria de elogiar o senhor prefeito em alguns pontos. Ele tem feito uma boa captação de recursos fora de Abaeté, tem buscado recursos junto ao governo federal e ao governo estadual com bastante êxito, o que é louvável, pois o nosso município tem uma arrecadação baixa. Também vejo com bons olhos a gestão da Secretaria de Saúde, que estava totalmente desorganizada, com consultas e cirurgias atrasadas há anos. Outro ponto digno de elogio é o cumprimento da promessa em relação à não utilização da Praça de Esportes para o carnaval. Finalmente, gostaria de sugerir que o senhor prefeito procure melhorar a comunicação com a população de nosso município e a convivência com o Poder Legislativo, tratando com mais respeito e abertura os membros da Câmara. Com relação à entrevista do presidente da Câmara, entendo que ele erra ao não permitir a transmissão das reuniões pela rádio. Agindo assim, ele está na contramão dos anseios da sociedade, que quer se informar, quer se inteirar de como está sendo investido o dinheiro do nosso município e como cada um dos membros que receberam esse mandato do povo está se comportando diante dos problemas de Abaeté. O senhor presidente alegou que as reuniões estavam bagunçadas e, ao invés de utilizar os instrumentos que existem no Regimento Interno para corrigir isto, ele está castigando a população, impedindo-a de ter acesso às informações. Quando o presidente disse que havia ônus para a Câmara na transmissão, ele se esqueceu de citar que esse ônus era de setenta reais por mês, o que considero um valor irrisório dentro do orçamento do Legislativo diante do benefício trazido, que é a população poder se informar melhor, para a formação de cidadãos mais ativos, que exerçam a cidadania com plenitude. “É graça divina começar bem. Graça maior, persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças é não desistir nunca”. nossojornal / fev14 15 O trabalho do Movimento Vicentino em Abaeté Dia 10 de janeiro, a Vila Vicentina da Sociedade São Vicente de Paulo de Abaeté recebeu, do Ministério da Justiça, o título de Utilidade Pública Federal. Com isso, além de outros benefícios, ela fica isenta do pagamento da cota patronal junto ao INSS e, na expectativa do presidente Vicente Lúcio Pacheco, terá mais condições de proporcionar uma vida melhor aos seus internos, tornando-se uma entidade cada vez mais digna, humanizada e honrada com suas obrigações legais e financeiras. Esse título representa uma grande vitória para todo o Movimento Vicentino, presente em Abaeté desde o ano de 1901. Nesta data, segundo o historiador Dr. José de Oliveira, foi fundada a primeira Conferência São Vicente de Paulo na cidade, por iniciativa do farmacêutico Rodolfo de Freitas Mourão, para amparar a pobreza. Confrade vicentino há mais de 40 anos, participante ativo e pesquisador do movimento, Gerson Lopes conta que a Vila Vicentina foi fundada em 1925, para abrigar os indigentes do município. “Antes disso, em 1913, os integrantes da Sociedade São Vicente de Paulo planejaram fundar um Hospital, mas a ideia não vingou. No entanto, graças à persistência dos vicentinos que receberam apoio moral e material da Prefeitura, em 1917 foi fundada a Casa de Caridade conhecida como Santa Casa de Misericórdia São Vicente de Paulo, tendo como primeiro provedor, Antônio Grego. Depois, foi construído o Hospital São Vicente de Paulo, e a antiga Casa da Caridade foi demolida”, historia o confrade. Ele informa que a base da Sociedade São Vicente de Paulo são as conferências vicentinas, que pertencem ao Conselho Nossa Senhora do Rosá- rio. Atualmente, existem 13 conferências na cidade. Uma das mais atuantes é a Conferência São Rafael, fundada em 1929, atualmente com três consórcias e oito confrades ativos. Dentre os diversos con- frades que deixaram sua marca na Conferência São Rafael, Gerson cita Geraldo Andrade, Osmar Guimarães, Cornélio e Romeu Guimarães, João 0selieri (Joaninho), Raimundo Oselieri (Mundinho), Nem da Janota, Tonico Cordeiro, Silas Batista, Teu Feijó, Josafá Dirino Arruda, Evandro Lopes e Primo Lopes Filho (Priminho). Hoje, a Conferência São Rafael administra uma pequena vila localizada na antiga “Rua do Capim”, onde são abrigadas sete famílias carentes e existem outras quatro casas para locação. “No início, todas as casinhas daquela região eram feitas de barro com estrume de vacas e tinham o telhado de folhas de coqueiro. Até que, um dia, para erradicar a Doença de Chagas, “Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho”. a Prefeitura resolveu acabar com esses casebres, que estavam infestados por barbeiros alojados nas paredes”, conta Gerson. “Mais tarde, um grupo do movimento Cursilhista mobilizou nossos confrades e, com ajuda do nosso vigário Frei Gustavo, conseguimos construir cômodos meia água no final do lote, uma varanda com dois lavatórios e dois sanitários para abrigar pequenas famílias carentes. Depois, pessoas caridosas enxergaram o trabalho honesto dos vicentinos e construíram pequenas casas para a Conferência alugar e repassar o dinheiro para a manutenção dos mais pobres. Assim, a Conferência tem hoje quatro casas em locação com uma renda boa, que atende a toda Sociedade Vicentina. Ajudamos as pessoas carentes e outras Conferências, Vila e os Conselhos, além de prestar ajuda às famílias socorridas em nossos barracões”, declara Gerson, agradecendo todo o apoio recebido para a continuidade desse trabalho de amor e acolhida. POR QUE AS EMPRESAS QUE ANUNCIAM VENDEM MAIS? A sua Empresa na Mídia Quem ainda não assistiu a publicidade Com o sucesso desse empreendimento, esse de diversas empresas da cidade e região, serviço começa a se expandir para toda a região. enquanto espera pelo atendimento nas Hoje, já são 14 TVs nas cidades de Abaeté, filas de bancos, supermercados, loterias, Quartel Geral, Cedro do Abaeté, Biquinhas e academias, postos e padarias? Paineiras. Há 10 anos, os televisores da TVC estão Afinal, cresce cada vez mais a consciência de instalados em diversos pontos comerciais que, tão importante como o produto ou o serviço de Abaeté, divulgando, com um visual oferecido, é a sua divulgação. bonito, ágil e criativo, os produtos e Como já dizia o saudoso Abelardo Barbosa, serviços das empresas anunciantes. Chacrinha, "quem não comunica se estrumbica". O SUCESSO DO BOM EMPREENDEDOR ESTÁ EM SABER LEVAR SEU PRODUTO AO PÚBLICO ALVO. Muitos empresários ainda se perguntam qual é a utilidade de anunciar uma empresa. Alguns acham caros os anúncios e dispensam essa oportunidade, sem ao menos verificar o beneficio que isso pode trazer. Quantas empresas começaram pequenas e cresceram, devido ao marketing digital, às promoções, à divulgação na TV? Atualmente, o mercado anda muito competitivo, em qualquer setor, e quem não anuncia não é lembrado. É comum clientes procurando produtos, com dificuldades em encontrá-los. Ao ouvir um anúncio da venda de um avião, um cliente que procura um navio não se atentará. Mas o navio, ao seu anunciado, será motivo de alerta. Assim, diante do fato das necessidades de produtos diferentes, ganha quem anuncia sempre. Utilize essa ferramenta, assim como essas gandes empresas que começaram pequenas e hoje dão exemplo do caminho que podemos seguir para conquistar nossos objetivos. Pense em quantas pessoas podem ver o seu anúncio na TV, em nossa região e em quantos motivos você tem para anunciar na TVC. Um deles é que leva menos tempo do que você imagina para obter resultados. O retorno pode ser surpreendente. Faça um teste: coloque sua empresa em evidência. E verá o resultado mais rápido que você imagina. TVC - a sua empresa na mídia: (37) 9862-7755 / 9835-9351 nossojornal / fev14 17 O bêbado que fazia de tudo Herculano Vanderli de Sousa Em minha cidade, tinha um torneiro mecânico que era o “factótun” da região, fazia até armas de fogo. Uma vez, fez uma peça para um avião que fizera uma aterrissagem de emergência na cidade. Cobrava caro pelos serviços. Alegava que tinha que valorizar sua arte. Gostava de uns goles, vivia bêbado. Quando o conheci, já estava com quase setenta anos e ainda trabalhava. A gente brincava com ele perguntando se ele fazia de tudo. - Tudo não, quase tudo... Certo dia, entrei em um bar e ele estava em uma mesa fazendo contas em um pedaço de papel. Curioso, perguntei: - Que está fazendo, Valdemar, o seu testamento? - Não, estou fazendo contas de quantos barris de duzentos litros de pinga bebi em toda minha vida... - Como você está fazendo essas contas? - Ora, eu comecei a beber aos quinze anos, bebo um litro de pinga por dia. Então não vai ser difícil saber o resultado. Eu não esperei o resultado, saí rindo daquela esquisitice. Uma vez, um gerente de um banco da cidade entrou em férias e foi ensinar ao substituto o segredo do cofre. O cofre era Este causo integra o livro “Muito Além da Via Láctea”, editado pela LP Books, que aguarda uma oportunidade para ser lançado em Abaeté. daqueles complicados. O gerente, após muito ensinar, disse ao substituto: - Escreva a combinação em um papel e não o perca. Se você perder, vai ter que chamar um técnico da capital para abrir o cofre. Aqui não tem ninguém que o faça. O gerente foi viajar na sexta-feira e, na segunda, o substituto foi abrir o cofre um pouco antes do expediente. Havia perdido o papel com a combinação do cofre. Tentou e tentou abrir o danado e nada de conseguir. Quase em pânico, ouviu um dos funcionários falar que o Valdemar poderia abrir o cofre. Procuraram o Valdemar por toda a cidade. Foi encontrado bêbado em um bar das proximidades. Tiveram que quase carre- “Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade”. gá-lo ao banco. Foi levado ao cofre. Com as mãos trêmulas, começou o serviço. Pouco depois, conseguiu abrir o cofre. O substituto do gerente suspirou aliviado. Seu alívio durou pouco, até ouvir o preço do serviço. - Quinze contos - disse o bêbado. -Tá doido - disse o bancário - pago não, você não gastou nem vinte minutos para fazer o serviço. O bêbado rapidamente fechou a porta do cofre e rodou um dos diais, embaralhando a combinação. E disse: - Tá certo, então abre! E foi saindo. Não teve jeito, tiveram que pagar o preço pedido. 18 nossojornal / fev14 Sejam bem-vindos os pequeninos cidadãos recémchegados à Cidade-Menina: Ana Luísa (dia 18/12/13, filha de Maria Emília e Matheus), Felipe (dia 20/01, filho de Flávia e Emerson Geraldo), Mayra Emanuelly (dia 23/01, filha de Maria das Dores e Leandro Antônio), Ana Carolina (dia 28/01, filha de Vanda e Paulo Henrique), Bruno Henrique (dia 28/01, filho de Cíntia Aparecida e Bruno Adalberto), Isabella Lorrayne (dia 28/01, filha de Helen Piedade e Francisfarney), Rafaela (dia 28/01, filha de Luciana Cristine e Marlon), Yago (dia 28/01, filho de Paula Antônia), João Miguel (dia 29/01, filho de Geralda Lina), Pérola (dia 29/01, filha de Maria Regina e Edson José), Isabely Vitória (dia 31/01, filha de Janaina e Douglas Paulo), Davi Lucca (dia 03/02, filho de Lorrana Scarlety e Cleiton), Emanuelly Monique (dia 04/02, filha de Débora Monique e Fábio Júnior), Nataly Xavier (dia 04/02, filha de Elky e Gelço Francisco), Thaynner Miguel (dia 04/02, filho de Renata Cristina e Guilherme Marconi), Anne Emanuelly (dia 05/02, filha de Gabriela de Paula e Walace Wagner), Isabelli Maria (dia 07/02, filha de Iranilda e Gilberto José), João Miguel (dia 08/02, filho de Edinéia e Reginaldo), Miguel Afonso (dia 09/02, filho de Flaviana Aparecida), Augusto Ian (dia 10/02, filho de Fabiana e César Augusto), Ana Clara (dia 11/02, filha de Tamires Márcia e Valdez Júnior), Letícia Antônia (dia 12/02, filha de Regina e José Antônio), Emanuelly Vitória (dia 13/02, filha de Fabiana Aparecida e Gilberto Caetano), Isabella (dia 16/02, filha de Maria Rita e Willian Lucas), Diego (dia 17/02, filho de Ana Neuza e Lúcio), Paulo Ricardo (dia 17/02, filho de Keila Itatiane e Paulo), Anny Sophia (dia 20/02, filha de Andreza Aparecida e Fábio Augusto). Noticiamos a partida dos seguintes conterrâneos de volta à Pátria Espiritual: Eli Ferreira da Cunha (dia 22/01, nascido em 19/04/1947), Calíope José de Oliveira (dia 04/02, nasc. 22/08/1932), Aguimar Maria da Conceição (dia 05/02, nasc. 07/06/1920), Iracema Pereira Barbosa (dia 05/02, nasc. 25/06/1937), Leonardo Lindomar Ferreira (dia 05/02, nasc. 02/11/1979), Jacinta de Campos Cordeiro (D. Nigrinha, dia 06/02, nasc. 29/12/1929), Felícia Maria de Jesus (Maria do Fostino, dia 07/02, nasc. 23/03/1934), Alice Viera de Andrade (dia 11/02, nasc. 03/12/1928), Oscar Eredias Mendes (dia 11/02, nasc.05/08/1927), Wilson Alves dos Santos (dia 12/02, nasc. 18/11/1949), Maria Miranda (dia 13/02, nasc. 03/08/1939), José Luiz Pereira Filho (dia 14/02, nasc. 22/04/1940), Luzia Alves de Jesus (dia 14/02, nasc. 23/11/1929), José A. Pereira Filho (dia 14/02), Rosana Maria da Silva (dia 16/02, nasc. 04/03/1974), Ivan Gregório de Sousa (dia 15/02, nasc. 15/09/1948), Aloysio da Cunha Pereira (dia 16/02, nasc. 21/09/1926), Rita Maria de Castro (dia 21/02, nasc. 22/05/1936), Marta Helena Faria de Souza (dia 21/02, nasc. 04/07/1948), Ercílio Pedro da Silva (dia 22/02, nasc. 28/02/1948). JUNTA-SE AO PAI MAIS UM GRANDE HOMEM PÚBLICO DE ABAETÉ, DR. ALOYSIO DA CUNHA PEREIRA! Admirado e respeitado pela família de meus avós (Salvino e Marieta), Dr. Aloysio da Cunha Pereira fez parte da nossa família e de todas as famílias abaeteenses. Homem que deixou sua marca entre nós com um grande legado em nossa cidade menina. Lembro como se fosse hoje das histórias que vovó Marieta contava sobre o eterno Prefeito de Abaeté. Histórias tão marcantes não só na vida pública, mas também como advogado e amigo da família. Tive o prazer de conhecer, pessoalmente, Dr. Aloysio, quando tio Toninho insistiu em visitá-lo para rever um amigo e conversarmos sobre política. Uma visita que sempre será lembrada por suas experiências de vida contadas e o amor declarado a Dona Derly. Guardaremos lembranças de um ser humano que amava a vida, amava sua terra, amava as pessoas. Dr. Aloysio nos deixa um legado de trabalho, de ética e, acima de tudo, um compromisso com Abaeté. Abaeté muito ganhou com sua passagem aqui na terra e muito ganhará com suas sementes aqui plantadas. Não se imagina a história de Abaeté sem imaginar junto a história de Dr. Aloysio da Cunha Pereira. Bom filho, bom marido, bom pai, bom amigo. Um grande abaeteense. Além da saudade, fica uma grande lição de empenho pela causa pública e pelo desenvolvimento de Abaeté. Que Deus conforte toda a família e receba com hombridade um grande filho! Fernando Henrique Guimarães Vereador JOSÉ DE OLIVEIRA / Oliveira do Bemge Sempre vamos nos lembrar de sua alegria desmedida, sua risada gostosa, seu sorriso verdadeiro e de todo o seu amor pela vida! Você marcou a vida de cada um que teve o privilégio de te conhecer e conviver com você! Agora, fica apenas a certeza de que cada segundo valeu a pena e foi intensamente vivido! Descanse em paz! Amamos você! A família agradece o carinho e a solidariedade recebida de todos. Saudades eternas * 12/06/1933 + 12/02/2014 “O amigo é uma bênção que nos cabe cultivar no clima da gratidão”. nossojornal / fev14 19 Ajude o Reciclonaldo a chegar até a lixeira para colocar seu lixo: Ei, garotada! Apresentamos a vocês o RECICLONALDO, personagem criado por Jéssica Taís, estudante do 3º ano da E. E. Dr. Edgardo da Cunha Pereira, desenhista e adolescente aprendiz do Nosso Jornal. A partir desta edição, ele vai propor vários joguinhos e falar bastante sobre a importância da preservação ambiental e da reciclagem. Contamos com a participação de todos nesse projeto! Larissa Parabéns pelos seus 11 anos, dia 21/02. Que o Papai do Céu te ilumine e derrame muitas bênçãos sobre você! Sua avó Terezinha, seu irmão Iago e toda sua família. Túlio (17/03/1988) Que os dias deste seu novo ano sejam abençoados com ricas graças de Deus e semeados de firme confiança na infinita bondade divina. Desejamos a você toda a felicidade do mundo. Te amamos de coração! De seus pais, seu irmão Rafael, seus primos (as), amigos (as) e sua namorada. Gustavo CAÇA PALAVRAS RECICLAGEM GARRAFAS - LIXO PLÁSTICO - PAPEL VIDRO - METAL Agradecemos tanto a Deus por ter nos dado você: a ALEGRIA maior que possuímos e o motivo da nossa felicidade. Não há nada na vida mais importante que você, minha criança. Desejamos que você continue a ser essa criança amiga, doce e cheia de saúde, que leva alegria por onde vai e conquista a amizade das pessoas. DIVIRTA-SE bastante, meu filho, alegre-se, cante, brinque, sorria. Nunca perca o que o mundo infantil tem de bom e mágico. Seja muito feliz nesse, dia 21/03, que é seu aniversário, quando completa 8 aninhos, e nos outros também! MUITAS FELICIDADES! É o que desejam seus pais Eli e Regina. Te amamos muito! “É melhor estar preparado para uma oportunidade e não ter nenhuma, do que ter uma oportunidade e não estar preparado”. 20 nossojornal / fev14 Vitor Eduardo Matheus Dia 11/13, você ira completar 6 anos de muita alegria, sinceridade e travessuras. Que você continue sendo esse menino tão especial. Beijos do papai Juliano e da mamãe Fabiana. Neste seu 1º aniversário, dia 05/04, agradecemos muito a Deus a bênção de ter você, um anjo, em nossa família e pedimos que o Menino Jesus sempre ilumine seus caminhos. Parabéns! Felicidades! Beijos do vovô Nene Boneco, vovô Paulo, da vovó Mariza Aviamentos, vovó Vera e de seus pais Matheus e Luana. Amamos você. Antônio Henrique (3 aninhos - 19/02) Você é um garoto lindo e amado por todos. Você foi um presente que Deus nos deu. Que você cresça no caminho do Senhor e que Ele o proteja e ilumine sempre. Feliz aniversário! Amamos você! Vovó Eurica, vovô Zé e toda sua família! Rodolpho Lamounier: Compartilhamos com vocês a felicidade do Matheus, quando soube que é de Abaeté. A imagem descreve com riquezas de detalhes o sentimento dele em relação à nossa cidade. Marcelo Silva e Camila Andrade. Filho, o meu coração se enche de orgulho por te ver saudável e tão cheio de vida! O tempo tem dado o crescimento que você precisa para encarar o mundo de frente, crescer com ele. É duro admitir que está crescendo e não é mais aquele bebezinho que eu carregava nos braços. Ao mesmo tempo, me alegro por te ver feliz, por te ver realizando seus sonhos com as próprias mãos. Lembro-me dos seus primeiros passos e falando as suas primeiras palavras. Você cresceu e continua lindo, pois a beleza mora dentro de você. Que hoje e em todos os dias possa haver alegria nesse seu coração que bate forte na alegria da vida por tudo que ela tem te dado. Agora, no seu aniversário, quero agradecer a Deus por ter colocado você em meu caminho, me dando motivos para acreditar na vida, nos sonhos, nas tristezas e nas alegrias. Obrigado por você existir. Feliz Aniversário, Filho! Nunca se esqueça, mamãe estará sempre com você. Dia 28/02, fazem 11 anos que você preenche minha vida de alegria! Mil beijos de mamãe Érika Lamounier. Mais uma florzinha acaba de fazer parte de nossa família. Letícia Bittencourt de Souza, nasceu no dia 12/01/2014 às 8 horas, no hospital Mater Dei BH, pesando 3,460 kg e com 49 cm. Filha de Kleber Cesar Bittencourt Fonseca e Fabiana Leandra de Souza, é a mais nova florzinha do Vovô José Eustáquio de Souza (Zezé) e da Vovó Zilvânia Maira das Graças de Souza e da bisa Vó Lusia, oriunda da nossa querida Abaeté. AGRADECIMENTO O presidente do Lions Clube de Abaeté, Eugênio Macedo, agradece a todos os Leões, Domadoras e Leos que participaram da Visita do Governador. CL César Coelho Perpétuo e sua esposa CaL Telma, residentes em Patos de Minas. Foi um sucesso a acolhida, desde a recepção no trevo Abaeté/Dores do Indaiá, em frente ao Obelisco do Lions Clube de Abaeté, até a carreata para apresentar nossa cidade ao Governador, o passeio pela Feira Livre, a visita à Vila Vicentina, a reunião de serviço e a confraternização. Agradecemos a presença das Diretorias da Vila Vicentina, Apae, Feira Livre, Casa da Cultura e Artesanato de Abaeté, várias autoridades e Clubes de Serviço. Parabenizamos a todos os Leões, Leos e Domadoras que receberam distintivos e, em especial, a Lúcia Pereira Andrade, presidente da Casa da Cultura de Abaeté, destaque em nossa cidade. O CL Governador César e CaL Telma, ficaram muito satisfeitos e partiram “É impossível para um homem aprender aquilo que ele já acha que sabe”. daqui com um retorno marcado para abril. Atitude, Ação e Companheirismo. Eugênio Macedo Presidente informe publicitário 21 Projetos de leis apreciados na Câmara Municipal - Projeto de Lei 001/2014: “Declara de Utilidade Pública Municipal a LEMDA – Liga Eclética Municipal de Desportos de Abaeté”, de autoria do ver. Gilmar Campos de Almeida. (A Liga Eclética Municipal de Desportos de Abaeté, associação civil sem fins lucrativos, foi criada por um grupo de amigos interessados em fomentar a atividade desportiva deste município a fim de prestar serviços gratuitos na área desportiva, principalmente futebol amador, promovendo a integração e maior participação da nossa comunidade em competições amadoras não só regionais, assim como estaduais e federais). - Projeto de Lei 003/2014: “Autoriza o Município de Abaeté/ MG a contribuir com o COMLAGO – Consórcio dos Municípios do Lago de Três Marias e dá outras providências”, de autoria do Executivo. (O município de Abaeté irá contribuir mensalmente com a importância de R$ 1.200,00). - Projeto de Lei 004/2014: “Estabelece critérios específicos para loteamentos fechados e dá outras providências”, de autoria do Executivo. Oito de Março, Dia Internacional da Mulher No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária de 16 para 10 horas diárias, salários iguais aos dos homens – que chegavam a ganhar três vezes mais no exercício da mesma função. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às operárias mortas em 1857. Mas apenas em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Nos últimos anos, o Dia Internacional da Mulher tem sido comemorado na cidade com caminhadas e eventos festivos promovidos pelo Núcleo de Mulheres Cooperativistas da CooperAbaeté e Casa da Amizade do Rotary Club de Abaeté. Objetivo da Data Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões, cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia, terminar com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mes- mo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgi- ram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970, emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Há poucos anos, foi aprovada a Lei Maria da Penha, como resultado da grande luta pelos direitos da mulher, garantindo bons tratos dentro de casa, para que não sejam mais espancadas por seus companheiros ou que sirvam como escravas sexuais deles. O dia 8 de março não é apenas marcado como uma data comemorativa, mas um dia para se firmarem discussões que visem à diminuição do preconceito, onde são discutidos assuntos que tratam da importância do papel da mulher diante da sociedade, trazendo sua importância para uma vida mais justa em todo o mundo. Fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_ da_mulher.htm http://www.brasilescola. com/datas-comemorativas/ dia-da-mulher.htm PARTICIPE DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS DA CÂMARA MUNICIPAL, ÀS SEGUNDAS-FEIRAS, A PARTIR DAS 20 HORAS. SUA PRESENÇA É MUITO IMPORTANTE. Visite o site da Câmara Municipal de Abaeté e fique por dentro dos trabalhos do Legislativo. www.camaraabaete.mg.gov.br nossojornal / fev14 21 nossojornal / fev14 23 Memórias de um grande líder político Numa homenagem a Dr. Aloysio da Cunha Pereira, falecido em 16/02/14, aos 87 anos, o Nosso Jornal republica uma entrevista veiculada na edição de agosto de 2005 Integrante de uma tradicional família, cuja história se confunde com a própria trajetória de Abaeté, Dr. Aloysio da Cunha Pereira relembra fatos e curiosidades, numa verdadeira aula de história sobre a antiga política da cidade. Confira a entrevista: Dr. Aloysio, como começou a divisão políticopartidária de Abaeté? No início, a política de Abaeté era dominada pelo Barão do Indaiá. Uma filha dele era a minha tataravó, casada com o Tenente Ezequiel. Por volta de 1880, meu tataravô viajou para o Rio de Janeiro, em missão política, e firmou um acordo com o chefe do Partido Conservador. Naquela época, gastavam-se três meses na viagem de ida e volta ao Rio. Quando o Tenente Ezequiel voltou, o Barão disse que tinha firmado compromisso com Martinho Campos, do Partido Liberal. Assim começou a divisão política de Abaeté. A corrente política do Barão prosseguiu sob liderança da família Álvares da Silva, no PSD. E a nossa família, liderada pelo meu avô, Dr. Vianna, seguiu a linha do Tenente Ezequiel, formando, mais tarde, a UDN. Fale um pouco sobre o Dr. Vianna. Meu avô, o médico e senador estadual Dr. José Cândido de Souza Vianna, veio de Curvelo por volta de 1885 e casou-se com a filha do Tenente Ezequiel. Com a morte do sogro, ele passou a chefiar sua corrente política. Foi presidente da Câmara Municipal por 18 anos, de janeiro de 1898 até dezembro de 1915. Naquele tempo, o presidente da Câmara era o prefeito e podia se eleger sucessivas vezes. Christiane Ribeiro Arquivo Nosso Jornal Dr. Aloysio, ao lado da esposa, D. Derly: “nossa família construiu cerca de 90% de Abaeté”. Em 1915, ele perdeu a política para o Dr. Lili (Dr. Antônio Amador Álvares da Silva, eleito por quatro mandatos). Em 1930, veio a ditadura Vargas, que ficou prestigiando a família Álvares da Silva. Com o fim da ditadura, em 1946, disputamos novamente a eleição, agora pela UDN, e derrotamos a turma do PSD, promovendo uma virada na política de Abaeté. Meu irmão, Dr. Edgardo, foi eleito prefeito e ficou no cargo até 1950. Depois, nós perdemos a política até 1971, quando eu fui eleito. Voltei à Prefeitura em 77 . Que lembranças o senhor tem desses tempos mais fortes da política? Era uma política brava, violenta. Todo mundo andava armado, saía muito tiroteio. Por volta de 1950, a gente costumava jantar por volta de seis horas e saía para passear. Eu ía saindo, minha mãe me chamava: “Filho, você está armado?” “Estou.” “Então, pode ir”. E ela era religiosa de ir à igreja duas a três vezes por dia. Cheguei a dar até muito tiro, mas nunca acertei ninguém e, felizmente, estou aqui até hoje. A cidade toda era muito dividida, não é? É, o Dr. Vianna era o médico de um lado; o Dr. Lili de outro. Depois, entraram o Dr. Canuto e o Dr. Amador. Dr. Canuto, no princípio, era do nosso lado. Depois, houve uma cisão, e ele formou uma terceira ala. No comércio, havia o Ângelo Defeo do nosso partido e o Jader Moura com os adversários. Quando a política se acirrou muito, o PSD fundou o “Nosso Clube”, enquanto nós frequentávamos o tradicional “Abaeté Clube”. E foi assim por muitos anos. Conte algum caso interessante dessa época. Desde pequeno, eu escuto a história do planejamento da cidade, contratado pelo meu avô, Dr. Vianna. Abaeté foi a segunda ou a terceira cidade planejada do estado e cresceu dentro desse planejamento, com ruas bem traçadas e avenidas largas... Na época, também foi planejado o atual cemitério, em um local até então bem deserto. Abaeté ainda era o Marmelada, estava começando a subir para a praça da Matriz. Houve uma oposição forte contra o novo cemitério, chefiada pelo Chico Cocão. Por incrível que pareça, a primeira pessoa enterrada lá foi a filha desse comerciante. O novo cemitério foi inaugurado em 1909 e tinha o portão aberto para a Avenida Sete de Setembro. Quando Dr. Vianna perdeu a política, o prefeito contrário fechou esse portão e abriu um outro, na Rua Antônio Amador. Passados alguns anos, a política vira de novo, e Dr. Edgardo fecha o portão aberto pelos adversários, faz um muro e reabre a entrada pela avenida. Depois, a oposição vence novamente e volta o portão para a Rua Antônio Amador. E foi assim até que eu assumi a Prefeitura e resolvi acabar com essa história, abrindo os portões dos dois la- da. Grande parte do que fica da Avenida Simão da Cunha pra baixo eram terras do meu avô, que passaram para minha mãe e para os filhos. A Escola Estadual “Senador Souza Viana” foi outra obra que consegui com o Magalhães Pinto. Trouxemos a Copasa, a Cemig, a Telemig. Quando prefeito, fiz o primeiro asfalto de Abaeté. Abri e asfaltei a Avenida Barão do Indaiá, na descida do João da Eva até a ponte. Aquilo ali era um beco, quem morava lá vivia atolado na época de chuva. Depois, asfaltei o Marmelada, na descida para a CNEC, e o acesso ao Estadual. dos... A família do senhor ajudou a construir boa parte de Abaeté, não é? Numa reunião, há pouco tempo, foi dito que nossa família construiu cerca de 90% de Abaeté. O Banco de Abaeté foi fundado por meu pai e transformado em Cooperativa pelo meu cunhado, Dr. Melo, que também fundou o Abaeté Clube e a CNEC. O Ginásio Estadual foi uma das obras que conseguimos com o Governador Magalhães Pinto. Minha mãe (D. Alda Vianna) doou o terreno. A meu pedido, ela doou também quase a metade do terreno atual do Hospital São Vicente de Paulo e metade do quarteirão onde é hoje a Praça de Esportes. Já a área onde foi construída a atual Rodoviária foi vendida por nós, pela metade do valor de mercado. Muitos loteamentos foram feitos em antigas fazendas da família: parte do Centro, do Bairro Amazonas, os bairros Simão da Cunha, Santa Terezinha e Quintas da Inverna- Naquela época, o prefeito não tinha uma boa remuneração... É, acredito que eu ganhava algo em torno de um ou dois salários mínimos. Andava no meu carro, mas comprei para a Prefeitura dois caminhões novos, uma retroescavadeira, uma patrol, um trator e dois jipes, sendo um para a Emater. Fiz uma reforma administrativa que foi modelo para várias cidades da região, organizando a Prefeitura em Departamentos (Administrativo, Finanças, Educação, Estrada, Urbanização, Saúde). E deixei o da Saúde criado. Naquele tempo, saúde não era competência do município. Depois, os prefeitos foram transformando os Departamentos em Secretarias. Hoje, estou afastado da política, mas continuo pensando no progresso de Abaeté. Agora mesmo, estou mexendo uns pauzinhos, para ver se consigo construir uma sede própria para a Apae. Doei uma chácara para essa construção. “Não possuo nada. Se algo estiver ao meu alcance, desfruto. Quando se for, deixo que vá, com o coração cheio de GRATIDÃO.” (Osho) 24 nossojornal / fev14 Fotos Talisson Kilmer Artesania Nômade Novas apresentações e oficinas estão programadas para 2014, com o objetivo de formar novos artistas e ajudar a incrementar o setor cultural em Abaeté e região. Com marchinhas de carnaval, malabares, poesia e teatralidade, a intervenção cênica-musical “Cortejo de Artesania” encantou quem passava pelas imediações da Praça da Prefeitura, na manhã do dia 15 de fevereiro. Com participação de artistas integrantes do Teatro Terceira Margem, do Grupo Circo Teatro Aloma, dos pernas de pau Ivani e Giselle Gomes, de músicos integrantes da banda Boi Verde e do Grupo de Paspalhos Cia do Riso, de Abaeté, o cortejo saiu em silêncio da Casa de Cultura, como se estivesse tocando, cantando e falando ao microfone. A cena estranha chamou a atenção do público da feirinha. Na volta, o cortejo veio com toda a animação: músicas, cumprimentos, poesias, palhaçadas, falas da cultura popular, improvisação de um duelo musical. A ação também foi apresentada nas cidades de Bom Despacho, Dores do Indaiá, Martinho Campos e Quartel Geral, como conclusão do Teatro de Artesania, projeto cultural de intercâmbio, apresentações, oficinas e encontros na área de artes cênicas realizado em cidades mineiras em 2013. “O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência, mas a única maneira de adquirir experiência é cometendo erros”. Projetos para 2014: Durante o cortejo, foi anunciada a continuidade das ações, através do Artesania Nômade, também patrocinado pela ArcelorMittal BioFlorestas, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com apoio das prefeituras locais. Por este novo projeto, em 2014, serão realizadas apresentações, oficinas de sensibilização e aprofundamento, roda de reflexões e encontros da rede comunitária de cultura, nas cinco cidades do centro oeste mineiro.
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