sumáRio noções De DiReito ADministRAtivo
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sumáRio noções De DiReito ADministRAtivo
MPOG MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO Língua Portuguesa Raciocínio Lógico Noções de Administração Pública Noções de Informática Noções de Direito Constitucional Noções de Direito Administrativo Noções de Administração Noções de Gestão de Pessoas Noções de Administração de Recursos Materiais Noções de Administração Financeira e Orçamentária © 07/2015 – Editora Gran Cursos GS1: 789 86 2062 005 9 GG EDUCACIONAL EIRELI SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF CEP: 71.200-032 TEL: (61) 3209-9500 [email protected] AUTORES: Bruno Pilastre / Viviane Faria Roberto Vasconcelos Rebeca Guimarães Henrique Sodré J. W. Granjeiro / Rodrigo Cardoso / Ivan Lucas Bruno Eduardo Flavio de Sousa Zé Carlos Thiago Vesely PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano DIAGRAMAÇÃO: Oziel Candido da Rosa e Washington Nunes Chaves REVISÃO: Érida Cassiano, Luciana Silva e Sabrina Soares CAPA: Pedro Wgilson TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor. AUTORES BRUNO EDUARDO Bacharel em Administração pela UNB e especialista em Gerência de Projetos pela POSEAD. Administrador regis trado no CFA/CRA-DF. Servidor Público Federal de cargo efetivo no Superior Tribunal Militar, desde 2005, e exerce desde 2011 a função de Supervisor Substituto na Seção de Auditoria. Professor efetivo em empresa de capacitação de servidores públicos federais, estaduais, distritais e munici pais. Professor, desde 2005, em preparatórios de concursos públicos no Distrito Federal. BRUNO PILASTRE Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília. Professor de Redação Discursiva e Interpretação de Textos. Autor dos livros Guia Prático de Língua Portuguesa e Guia de Redação Discursiva para Concursos pela editora Gran Cursos. FLÁVIO DE SOUSA Mestre em Ciência Política, Especialista em Direito Público, Especialista em Economia Brasileira para Negócios (USP), Economista, Jurista e Matemático. Mais de 13 anos de experiências em concursos públi cos, docente universitário, coordenador de Pós-graduação e servidor Público há mais de 15 anos. HENRIQUE SODRÉ Servidor efetivo do Governo do Distrito Federal desde 2005. Atualmente, é Gerente de Tecnologias de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes do Distrito Federal. Atuou como Diretor de Tecnologia da Informação no perí odo de 2012 a 2013. Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e pós-graduando em Gestão Pública. Ministra aulas de informática para concursos desde 2003. Leciona nos principais cursos preparatórios do Distrito Federal. Autor do livro Noções de Informática pela editora Gran Cursos. IVAN LUCAS Pós-graduando em Direito de Estado pela Universidade Católica de Brasília, Ivan Lucas leciona Lei 8.112/90, Direito Administrativo e Direito do Trabalho. Ex-servidor do Superior Tribunal de Justiça, o professor atualmente é analista do Tri bunal Regional do Trabalho da 10ª Região. Possui grande experiência na preparação de candida tos a concursos públicos. 4 É autor, pela Editora Gran Cursos, das obras: Direito do Trabalho para concursos – Teoria e Exercícios; Lei n. 8.112/90 comentada – 850 exercícios com gabarito comen tado; Lei n. 8.666/1993 – Teoria e Exercícios com gabarito comentado; Atos Administrativos – Teoria e Exercícios com gabarito comentado; 1.500 Exercícios de Direito Administra tivo; 1.000 Exercícios de Direito Constitucional; Legislação Administrativa Compilada, dentre outras. J. W. GRANJEIRO Reconhecido por suas obras, cursos e palestras sobre temas relativos à Administração Pública, é professor de Direito Administrativo e Administração Pública. Possui experiência de mais de 26 anos de regência, sendo mais de 23 anos preparando candidatos para concursos públicos e 17 de Serviço Público Federal, no qual desempenhou atri buições em cargos técnicos, de assessoramento e direção superior. Ex-professor da ENAP, ISC/TCU, FEDF e FGV/DF. Autor de 21 livros, entre eles: Direito Administrativo Sim plificado, Administração Pública - Ideias para um Governo Empreendedor e Lei nº 8.112/1990 Comentada. Recebeu diversos títulos, medalhas e honrarias. Des tacam-se os seguintes: Colar José Bonifácio de Andrada, patriarca da Independência do Brasil (SP/2005), Professor Nota 10 (Comunidade/2005), Comendador (ABACH/2003), Colar Libertadores da América (ABACH/2003), Gente que Faz (Tribuna 2003), Profissional de Sucesso (Correio Bra ziliense/2003), Medalha do Mérito D. João VI (Iberg/Ibem/ Fenai-Fibra/Aidf/Abi-DF/2006), Cidadão Honorário de Brasí lia (Câmara Legislativa do DF/2007), Empresário do Cora ção 2006, 2007, 2008, 2010, 2011 e 2012, Master in Busi ness Leadership 2006, 2007 e 2009 conferido pela World Confederation of Business. REBECCA GUIMARÃES Graduada em Sociologia eAntropologia pela Universidade de Brasília e com mestrado em Filosofia Social também pela Universidade de Brasília. Suas aulas estão relacionadas aos principais temas ligados ao Código de Ética do Servidor Público e às atualidades, tendo como principal foco concursos públicos e vestibulares. Rebecca Guimarães é sinônimo de aulas interessantes e bem elaboradas. É autora da obra OS E.U.Ae a alienação fundamentalista religiosa pela Editora UnB. Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de Goiás, pós-graduado em Matemática Financeira e Estatística. Leciona exclusivamente para concursos há 18 anos, ministrando: Matemática, Raciocínio Lógico e Estatística. Autor dos livros Matemática Definitiva para Concursos e Raciocínio Lógico Definitivo para Concursos pela editora GranCursos. RODRIGO CARDOSO Servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, o professor Rodrigo Cardoso é graduado em Direito pela Universidade Católica de Brasília e especialista em Direito Administrativo e Direito Constitucional. Professor de Direito Administrativo, Lei 8.112/90 e palestrante, possui grande experiência na preparação de candidatos a concursos públicos. É coautor do livro Direito Administrativo Simplificado com o professor J. W. Granjeiro. THIAGO VESELY Thiago Andrigo Vesely é professor de Orçamento Público e Finanças (AFO) e Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no Gran Cursos. Instrutor do Siafi e de Orçamento no Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados (CEFOR). É coordenador de orçamento de liderança partidária, atuando no ciclo orçamentário da União desde sua elabora ção até a execução e controle. Especialista em Administra ção Orçamentária e Financeira e em Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal. Especialista em Política e Representação Parlamentar; mestrando em Educação; gestor público e técnico em con tabilidade. É autor, pela Editora Gran Cursos, dos livros LRF Comentada, Glossário de Finanças Públicas e Administração Orçamentária e Financeira Contemporânea. ZÉ CARLOS José Carlos Guimarães Junior é professor universitário há 21 anos e atua em cursos preparatórios para concursos há 9 anos. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, com habilitação em Empresa Pública e Privada. Foi pesqui sador do Programa de Pré-Iniciação e Iniciação Científica na mesma universidade, onde desenvolveu um projeto inédito no Brasil de Gerenciamento para Pequenas Propriedades Produtoras de Leite no Estado do Rio de Janeiro, além de ser o precursor e coordenador do 1º Laboratório de Informá tica do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universi dade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. É Especialista em Administração Rural pela Univer sidade Federal de Lavras – FAEPE e Mestre em Planeja mento e Gestão Ambiental pela Universidade Católica de Brasília – UCB. Atuou também como coordenador de diversos cursos de Administração em faculdades de Brasília. É professor convidado pela Universidad de Léon – Fun dação Universitária Iberoamericana – como orientador dos Programas de Especialização e Mestrado. É autor dos livros Administração de Materiais e Patrimônio para Concursos, Administração Geral para Concursos, Série Granpockets: Arquivologia, Série Granpockets: Contabilidade, Recursos Humanos para Concursos, 1500 Questões de Administração Geral, Recursos Humanos, Material e Patrimônio e Arquivologia, todos pela Editora Gran Cursos. Desenvolve atividades acadêmicas em faculdades em Brasília. No setor público, atua como Analista de Políticas Governamentais do Governo do Distrito Federal. VIVIANE FARIA Professora de Língua Portuguesa há 20 anos, em preparatórios para concursos e vestibulares, escolas públicas e particulares, faculdades e universidades, empresas privadas e órgãos públicos. Formada em Letras pela UnB, com dupla habilitação (Bacharelado e Licenciatura), pós-graduada em Neuroaprendizagem e mestra em Linguística pela UnB. Atualmente, além de professora, é pesquisadora pela UFG em Direitos Humanos e pela UnB em Linguística. Disciplinas que lecionou/leciona: Gramática, Interpretação Textual, Redação Discursiva, Redação Oficial, Latim, Literatura Brasileira, Crítica Literária, Literatura Infanto-Juvenil, Arte e Literatura, Análise do Discurso. Palestrante de técnicas neurocientíficas na organização e otimização dos estudos. 5 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ROBERTO VASCONCELOS Í N D I CE G E RAL LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................................................................25 RACIOCÍNIO LÓGICO.................................................................................................................................133 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA...................................................................................................187 NOÇÕES DE INFORMÁTICA .......................................................................................................................275 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL..................................................................................................373 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO....................................................................................................463 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO...................................................................................................................573 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS.............................................................................................................619 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS........................................................................647 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA..............................................................675 LÍNGUA PORTUGUESA S U M ÁRI O COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS............................................. 76 RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS............................................................................. 77 DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL. EMPREGO DAS LETRAS. EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA..... 26 DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL. EMPREGO/CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS............................................. 88 DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE. COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS........................................................................................................................................... 61 REESCRITURA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO. SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO. RETEXTUALIZAÇÃO DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE............. 96 CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (CONFORME MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA). FINALIDADE DOS EXPEDIENTES OFICIAIS. ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO. ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO GÊNERO................................................ 112 PARTE 1 – GRAMÁTICA DICA PARA A PROVA! CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA Os certames costumam avaliar esse conteúdo da se guinte forma: ORTOGRAFIA OFICIAL BRUNO PILASTRE Iniciamos nossos trabalhos com o tema Ortografia Oficial. Sabemos que a correção ortográfica é requisito ele mentar de qualquer texto. Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda uma frase. Em sede de concurso público, temos de estar atentos para evitar descuidos. Nesta seção, procuraremos sanar principalmente um tipo de erro de grafia: o que decorre do emprego inade quado de determinada letra por desconhecimento da grafia da palavra. Antes, porém, vejamos a distinção entre o plano sonoro da língua (seus sons, fonemas e sílabas) e a representação gráfica (escrita/grafia), a qual inclui sinais gráficos diversos, como letras e diacríticos. É importante não confundir o plano sonoro da língua com sua representação escrita. Você deve observar que a representação gráfica das palavras é realizada pelo sistema ortográfico, o qual apresenta características especí ficas. Essas peculiaridades do sistema ortográfico são res ponsáveis por frequentes divergências entre a forma oral (sonora) e a forma escrita (gráfica) da língua. Vejamos três casos importantes: I – Os dígrafos: são combinações de letras que repre sentam um só fonema. II – Letras diferentes para representar o mesmo fone ma. III –Mesma letra para representar fonemas distintos. Para ilustrar, selecionamos uma lista de palavras para representar cada um dos casos. O quadro a seguir apre senta, na coluna da esquerda, a lista de palavras; na coluna da direita, a explicação do caso. Exemplos Explicação do caso Achar Quilo Carro Santo Temos, nessa lista de palavras, exemplos de dígra fos. Em achar, as duas letras (ch) representam um único som (fricativa pós-alveolar surda). O mesmo vale para a palavra quilo, em que o as duas letras (qu) representam o som (oclusiva velar surda). Exato Rezar Pesar Nessa lista de palavras, encontramos três letras diferentes (x, z e s) para representar o mesmo fonema (som): fricativa alveolar sonora. Xadrez Fixo Hexacanto Exame Próximo Mesma letra para representar fonemas distintos. A letra x pode representar cinco sons distintos: (i) con soante fricativa palatal surda; (ii) grupo consonantal [cs]; (iii) grupo consonantal [gz]; (iv) consoante frica tiva linguodental sonora [z]; e consoante fricativa côncava dental surda. Há, também, letras que não representam nenhum fonema, como nas palavras hoje, humilde, hotel. 2 1. O vocábulo cujo número de letras é igual ao de fone mas está em: a. casa. b. hotel. c. achar. d. senha. e. grande. Resposta: item (a). Palavras-chave! Fonema: unidade mínima das línguas naturais no nível fonê mico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com significados diferentes, como faca e vaca). Sílaba: vogal ou grupo de fonemas que se pronunciam numa só emissão de voz, e que, sós ou reunidos a outros, formam pala vras. Unidade fonética fundamental, acima do som. Toda sílaba é constituída por uma vogal. Escrita: representação da linguagem falada por meio de signos gráficos. Grafia: (i) representação escrita de uma palavra; escrita, trans crição; (ii) cada uma das possíveis maneiras de representar por escrito uma palavra (inclusive as consideradas incorretas); por exemplo, Ivan e Ivã; atrás (grafia correta) e atraz (grafia incor reta); farmácia (grafia atual) e pharmacia (grafia antiga); (iii) transcrição fonética da fala, por meio de um alfabeto fonético ('sistema convencional'). Letra: cada um dos sinais gráficos que representam, na transcri ção de uma língua, um fonema ou grupo de fonemas. Diacrítico: sinal gráfico que se acrescenta a uma letra para conferir-lhe novo valor fonético e/ou fonológico. Na ortografia do português, são diacríticos os acentos gráficos, a cedilha, o trema e o til. EMPREGO DAS LETRAS EMPREGO DE VOGAIS As vogais na língua portuguesa admitem certa varie dade de pronúncia, dependendo de sua intensidade (isto é, se são tônicas ou átonas), de sua posição na sílaba etc. Por haver essa variação na pronúncia, nem sempre a memó ria, baseada na oralidade, retém a forma correta da grafia, a qual pode ser divergente do som. Como podemos solucionar esses equívocos? Temos de decorar todas as palavras (e sua grafia)? Não. A leitura e a prática da escrita são atividades fundamentais para evitar erros. Para referência, apresentamos a lista a seguir, a qual não é exaustiva. Em verdade, a lista procura incluir as difi culdades mais correntes em língua portuguesa. Palavras com E, e não I. acarear acreano (ou acriano) aéreo anteantecipar antevéspera aqueduto área beneficência beneficente betume boreal cardeal carestia cedilha cercear cereal continue de antemão deferir (conceder) delação (denúncia) demitir derivar descortinar descrição despender despensa (onde se guardam comestíveis) despesa elucidar embutir emergir (para fora) emigrar (sair do país) eminência (altura, exce lência) empecilho empreender encômio (elogio) endireitar entonação entremear entronizar enumerar estrear falsear granjear hastear homogêneo ideologia indeferir (negar) legítimo lenimento (que suaviza) menoridade meteorito meteoro(logia) nomear oceano palavreado parêntese (ou parênte sis) passeata preferir prevenir quase rarear receoso reentrância sanear se senão sequer seringueiro testemunha vídeo Palavras com I, e não E. aborígine acrimônia adiante ansiar antiarquiartifício atribui(s) cai calcário cárie (cariar) chefiar cordial desigual diante diferir (divergir) dilação (adiamento) dilapidar dilatar (alargar) discrição (reserva) discricionário discriminar (discernir, separar) dispêndio dispensa (licença) distinguir distorção dói feminino frontispício imbuir imergir (mergulhar) imigrar (entrar em país estrangeiro) iminente (próximo) imiscuir-se inclinar incorporar (encorpar) incrustar (encrostar) indigitar infestar influi(s) inigualável iniludível inquirir (interrogar) intitular irrupção júri linimento (medicamento untuoso) meritíssimo miscigenação parcimônia possui(s) premiar presenciar privilégio remediar requisito sentenciar silvícola substitui(s) verossímil O ou U? Palavras com O, e não U. abolir agrícola bobina boletim bússola cobiça(r) comprido (extenso, longo) comprimento (extensão) concorrência costume encobrir explodir marajoara mochila ocorrência pitoresco proeza Romênia romeno silvícola sortido (variado) sotaque tribo veio vinícola Palavras com U, e não O. acudir bônus cinquenta cumprido (realizado) cumprimento (saudação) cúpula Curitiba elucubração embutir entabular légua lucubração ônus régua súmula surtir (resultar) tábua tonitruante trégua usufruto vírgula vírus ENCONTROS VOCÁLICOS EI ou E? Palavras com EI, e não E. aleijado alqueire ameixa cabeleireiro ceifar colheita desleixo madeireira 3 LÍNGUA PORTUGUESA E ou I? peixe queijo queixa(r-se) reiterar reivindicar seixo treinar treino BRUNO PILASTRE Palavras com E, e não EI. adrede alameda aldeamento (mas aldeia) alhear (mas alheio) almejar azulejo bandeja calejar caranguejo carqueja cereja cortejo despejar, despejo drenar embreagem embrear enfear ensejar, ensejo entrecho estrear, estreante frear, freada igreja lampejo lugarejo malfazejo manejar, manejo morcego percevejo recear, receoso refrear remanejo sertanejo tempero varejo OU ou O? Palavras com O, e não OU. alcova ampola anchova (ou enchova) arroba arrochar, arrocho arrojar, arrojo barroco cebola desaforo dose empola engodo estojo malograr, malogro mofar, mofo oco posar rebocar 4 Vogal: som da fala em cuja articulação a parte oral do canal de respiração não fica bloqueada nem constrita o bastante para causar uma fricção audível. Diz-se de ou cada uma das letras que representam os fonemas vocá licos de uma língua. Em português são cinco: a, e, i, o, u, além do y, acrescentado pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Semivogal: som da fala ou fonema que apresenta um grau de abertura do canal bucal menor do que o das vogais e maior do que o das consoantes, e que ocorre no início ou fim da sílaba, nunca no meio (as mais comuns são as semivogais altas fechadas i e u, em pai, quadro, pau); semiconsoante, vogal assilábica. Ditongo: emissão de dois fonemas vocálicos (vogal e semivogal ou vice-versa) numa mesma sílaba, carac terizada pela vogal, que nela representa o pico de sono ridade, enquanto a semivogal é enfraquecida. Além do ditongo intraverbal – no interior da palavra, como pai, muito –, ocorre em português também o ditongo inter verbal, entre duas palavras (por exemplo, na sequência Ana e Maria), que exerce papel importante na versifica ção portuguesa. Tritongo: grupo de três vogais em uma única sílaba. Hiato: grupo de duas vogais contíguas que perten cem a sílabas diferentes (por exemplo: aí, frio, saúde). EMPREGO DE CONSOANTES Palavras com OU, e não O. agourar arroubo cenoura dourar estourar frouxo lavoura Palavras-chave! pouco pousar roubar tesoura tesouro De modo semelhante ao emprego das vogais, há algu mas consoantes – especialmente as que formam dígrafos, ou a muda (h), ou, ainda, as diferentes consoantes que representam um mesmo som – constituem dificuldade adi cional à correta grafia. A lista a seguir é consultiva. Emprego do H: com o H ou sem o H? Haiti herbáceo (mas erva) halo herdar hangar herege harmonia hermenêutica haurir hermético Havaí herói Havana hesitar haxixe hiato hebdomadário híbrido hebreu hidráulica hectare hidravião (hidroavião) hediondo hidro- (prefixo = água) hedonismo hidrogênio Hégira hierarquia Helesponto hieróglifo (ou hieroglifo) hélice hífen hemi- (prefixo = meio) higiene hemisfério Himalaia hemorragia hindu herança homogêneo homologar homônimo honesto honorários honra horário horda horizonte horror horta hóspede hospital hostil humano humilde humor Hungria O fonema /ž/: G ou J? Palavras com G, e não J. adágio agenda agiota algema algibeira apogeu argila auge Bagé (mas bajeense) Cartagena digerir digestão efígie égide Egito egrégio estrangeiro evangelho exegese falange ferrugem fuligem garagem geada gelosia gêmeo gengiva gesso gesto Gibraltar gíria giz herege impingir ligeiro miragem monge ogiva rigidez sugerir tangente viageiro viagem vigência Palavras com J, e não G. ajeitar eles viajem (forma verbal) encoraje (forma verbal) enjeitar enrijecer gorjeta granjear injeção interjeição jeca jeito jenipapo jerimum jesuíta lisonjear lojista majestade majestoso objeção ojeriza projeção projetil (ou projétil) rejeição rejeitar rijeza sujeito ultraje O fonema /s/: C, Ç ou S ou SS ou X ou XC? Palavras com C, Ç, e não S, SS, ou SC. à beça absorção abstenção açaí açambarcar acender (iluminar) acento (tom de voz, símbolo gráfico) acepção acerbo acerto (ajuste) acervo acessório aço (ferro temperado) açodar (apressar) açúcar açude adoção afiançar agradecer alçar alicerçar alicerce almaço almoço alvorecer amadurecer amanhecer ameaçar aparecer apreçar (marcar preço) apreço aquecer arrefecer arruaça asserção assunção babaçu baço balança Barbacena Barcelona berço caça cacique caçoar caiçara calça calhamaço cansaço carecer carroçaria (ou carroceria) castiço cebola cê-cedilha cédula ceia ceifar célere celeuma célula cem (cento) cemitério cenário censo (recenseamento) censura centavo cêntimo centro cera cerâmica cerca cercear cereal cérebro cerne cerração (nevoeiro) cerrar (fechar, acabar) cerro (morro) certame certeiro certeza, certidão certo cessação (ato de cessar) cessão (ato de ceder) cessar (parar) cesta ceticismo cético chacina chance chanceler cicatriz ciclo ciclone cifra cifrão cigarro cilada cimento cimo cingalês (do Ceilão) Cingapura (tradicional: Singapura) cínico cinquenta cinza cioso ciranda circuito circunflexo círio (vela) 5 LÍNGUA PORTUGUESA hino hiper- (prefixo = sobre) hipo- (prefixo = sob) hipocrisia hipoteca hipotenusa hipótese hispanismo histeria hodierno hoje holandês holofote homenagear homeopatia homicida homilia (ou homília) homogeneidade BRUNO PILASTRE cirurgia cisão cisterna citação cizânia coação cobiçar cociente (ou quociente) coerção coercitivo coleção compunção concelho (município) concertar (ajustar, har monizar) concerto (musical, acordo) concessão concílio (assembleia) conjunção consecução Criciúma decepção decerto descrição (ato de des crever) desfaçatez discrição (reserva) disfarçar distinção distorção docente empobrecer encenação endereço enrijecer erupção escaramuça escocês Escócia esquecer estilhaço exceção excepcional exibição expeço extinção falecer fortalecer Iguaçu impeço incerto (não certo) incipiente (iniciante) inserção intercessão isenção laço liça (luta) licença lucidez lúcido 6 maçada (importunação) maçante maçar (importunar) macerar maciço macio maço (de cartas) maçom (ou mação) manutenção menção mencionar muçulmano noviço obcecação (mas obsessão) obcecar opção orçamento orçar paço (palácio) panaceia parecer peça penicilina pinçar poça, poço presunção prevenção quiçá recender recensão rechaçar rechaço remição (resgate) resplandecer roça ruço (grisalho) sanção (ato de sancionar) soçobrar súcia sucinto Suíça, suíço taça tapeçaria tecelagem tecelão tecer tecido tenção (intenção) terça terço terraço vacilar viço vizinhança Palavras com S, e não C, SC, ou X. adensar adversário amanuense ânsia, ansiar apreensão ascensão (subida) autópsia aversão avulso balsa bolso bom-senso canhestro cansaço censo (recenseamento) compreensão compulsão condensar consecução conselheiro (que aconselha) conselho (aviso, parecer) consenso consentâneo consertar (remendar) contrassenso contraversão controvérsia conversão convulsão Córsega defensivo defensor descansar descensão, descenso (descida) desconsertar (desarranjar) despensa (copa, armário) despretensão dimensão dispensa(r) dispersão dissensão distensão diversão diverso emersão espoliar estender (mas extensão) estorno estorricar excursão expansão expensas extensão (mas estender) extorsão extrínseco falsário falso, falsidade farsa imersão impulsionar incompreensível incursão insinuar insípido insipiente (ignorante) insolação intensão (tensão) intensivo intrínseco inversão justapor mansão misto, mistura obsessão (mas obce cação) obsidiar obsoleto pensão percurso persa Pérsia persiana perversão precursor pretensão propensão propulsão pulsar recensão recensear, recenseamento remorso repreensão repulsa reverso salsicha Sansão seara sebe sebo seção (ou secção) seda segar (ceifar, cortar) sela (assento) semear semente senado senha sênior sensato senso série seringa sério CESPE/UNB 1. 2. (CESPE) Assinale a opção em que o fragmento de ofí cio apresenta inadequações quanto ao padrão exigido em correspondência oficial. a. Vimos informar que o Ministério da Agricultura e do Abastecimento publicou portaria, assinada em 28/12/1999, declarando como zona livre de febre aftosa parte do Circuito Pecuário Centro-Oeste, formado pelo Distrito Federal e regiões do Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná. b. Esclarecemos, na oportunidade, que as regras estabelecidas para erradicar a aftosa no Centro -Oeste foram aprovadas pelos governos estadu ais da região, pelo governo federal e pela cadeia produtiva. Tais regras estão em conformidade com aquelas determinadas pelo Escritório Internacional de Epizootia. c. Como é do conhecimento de Vossa Excelência, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento enca minhou relatório ao Escritório internacional de Epi zootia, pedindo o reconhecimento do Circuito Pe cuário do Centro-Oeste como zona livre de aftosa. d. Lembramos que, em 1992, técnicos do Ministério da Agricultura e das secretarias estaduais de agri cultura modificaram as estratégias de combate à febre aftosa, visando à erradicação dessa doença. As ações foram regionalizadas, tendo por base os Circuitos Pecuários, e foi incorporada, como ele mento principal, a participação da comunidade in teressada em todas as fases do programa. e. É importante esclarecer vocês que as ações de campo daquele Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa, que eu já falei, são executadas diretamente pelas secretarias estaduais de agricul tura ou órgãos a elas vinculado. São 2.332 escritó rios locais distribuídos em todo país para as ações de vigilância epidemiológica. (CESPE) Julgue se os itens subsequentes estão gra maticalmente corretos e adequados para a correspon dência oficial. a. Se a integração de sistemas, possibilitada pela tec nologia da informação, propiciou a realização da várias transações à distância, ela ainda não inte grou o sistema bancário às aplicações de comércio eletrônico e muito menos à outras transações no âmbito do governo, como a gente gostaria de ver. b. O emprêgo de uma rede de comunicação segu ra e com processos padronizados de liquidação, que venha a ser utilizada em prol dos clientes dos bancos, poderá ser o grande salto a ser dado em termos de serviços no Brasil. Para o lojista, a van tagem seria o uso de um conector único, ou de um reduzido número de conectores para realizar as transações. 3. (CESPE) Cada um dos itens abaixo apresenta trechos de texto que devem ser julgados quanto a sua ade quação a correspondências oficiais. 1) Vimos informar que as inscrições para o Concur so Público de Provas e Títulos para o Cargo de Analista de Sistemas começam dia 15 de abril de 2008, das oito da manhã às 6 horas da tarde, no subsolo do edifício-sede desta companhia. Esta mos querendo pontualidade na entrega dos docu mentos. 2) A seleção para o cargo de que trata este edital compreenderá o exame de habilidades e conheci mentos, mediante a aplicação de provas objetivas e de prova discursiva, todas de caráter eliminatório e classificatório. 4. (CESPE) A fixação dos fechos para comunicações ofi ciais foi regulada pela Portaria n. 1 do Ministério da justiça, em 1937 e, após mais de meio século de vi gência, foi regulada pelo Decreto n. 100.000, de 11 de janeiro de 1991, que aprovou o Manual de Redação da Presidência da República. A respeito das normas de redação oficial fixadas por esse manual, julgue os itens subsequentes. 1) Fere o princípio da impessoalidade o seguinte trecho de um memorando: Esclareço, ainda, em especial aos que atuam no Departamento de Pes soal, que não concebo que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. Frise-se que fico deveras irritado quando um do cumento oficial não pode ser entendido por todos os cidadãos. 2) O principal objetivo da edição do Manual de Redação da Presidência da República foi sistematizar as características da forma oficial de redigir visan do-se à criação de uma forma específica de lin guagem burocrática que consagrasse expressões e clichês do jargão burocrático. 3) Mantido o nível de formalidade adequado às co municações oficiais, deve-se, na introdução de um ofício, preferir a forma Comunico a Vossa Senhoria à forma Tenho a honra de informar a Vossa Senhoria. 7 LÍNGUA PORTUGUESA c. Esclarecemos ainda que, com o Sistema de Paga mentos Brasileiro (SPB), operado pelo Banco Cen tral segundo padrões internacionais, ingressamos no grupo de países em que transferências de fun dos interbancárias podem ser liquidadas em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional. d. Vimos informar que a Rede do Sistema Financeiro Nacional é uma estrutura de base de dados, im plementada por meio de tecnologia de rede, que foi criada com a finalidade de suportar o tráfeco de mensagens entre as instituições financeiras, as câmaras e os prestadores de serviços de compen sação e de liquidação, a Secretaria do Tesouro Na cional e o Banco Central. EXERCÍCIOS 5. (CESPE) Considerando que os trechos a seguir cons tituam segmentos, não necessariamente sequenciais, de um ofício, julgue-os quanto à correção gramatical, condição essencial aos documentos da comunicação oficial. 6. BRUNO PILASTRE 1) Não se pode falarem em justiça social sem que to dos os brasileiros tenham acesso pleno a leitura e aos livros que permitem o desenvolvimento in telectual. 1) Conforme é do conhecimento de V. Sa, a primei ra fiscalização avaliou o serviço de atendimento ao usuário de três órgãos públicos e resultou em acórdão proferido pelo TCU. A segunda fiscaliza ção, julgada por outro acórdão, verificou a atuação desses mesmos órgãos no acompanhamento da qualidade dos serviços prestados. 2) A leitura é um instrumento para uma nova vida, pois ela permite e intensifica o desenvolvimento das habilidades essenciais ao pleno exercício da cidadania. 3) Educação é fator decisivo pra redução das desi gualdades sociais. O analfabetismo perpetua a miséria e cria um ciclo vicioso que atravanca o de senvolvimento de todo o país. 2) O TCU identificou que aspectos fundamentais re lativos a qualidade da prestação de serviços para os usuários não são devidamente tratados por três órgãos públicos. Constatou-se também lacunas na regulamentação, fragilidades nos processos de fiscalização desenvolvidos pelos órgãos e falta de efetividade das sanções impostas às empresas prestadoras de serviços. Segundo a auditoria, tam bém não há priorização de políticas efetivas para educação do usuário. 3) Esclarecemos, ainda, que o relatório aprovado pelo Acórdão n. 1.021/2012, no último dia 18, informam que determinados órgãos não concretizaram a maior parte do próprio plano de ações elaborado para cumprir as deliberações do Tribunal. Quase sete anos após a primeira decisão, apenas 47% das recomendações do TCU foram implementa das. Do acórdão posterior, somente 15% das re comendações foram implementadas e 27% das determinações efetivamente cumpridas. 4) O TCU fixou prazo para que um novo plano de tra balho para implementação das determinações seja elaborado e recomenda aos órgãos que aprimorem a coordenação entre as suas diversas áreas e con siderem a possibilidade de sancionar com maior rigor as empresas prestadoras de serviços que não tratarem adequadamente as reclamações encami nhadas à própria ouvidoria. 5) A presidência e o conselho diretor de cada órgão em apreço estão sendo alertados de que as deter minações e recomendações ainda não cumpridas ou implementadas dependem fundamentalmente de suas atuações, sendo, portanto, de responsabi lidade direta do respectivo corpo dirigente. O TCU continuará a acompanhar as medidas adotadas por esses órgãos para melhoria da prestação dos ser viços públicos. Nova fiscalização deverá ser con cluída no prazo de um ano. 6) Vimos informar que o Tribunal de Contas da União (TCU), em sua missão de avaliar o desempenho de vários órgãos públicos, constatou que alguns deles não estão cumprindo totalmente determinações e recomendações expedidas em duas fiscalizações referentes à qualidade dos serviços públicos por eles prestados. 8 (CESPE) Julgue se os trechos nos itens subsequentes apresentam linguagem gramaticalmente correta e ade quada à redação de correspondências, expedientes e documentos oficiais. 4) O esforço pela erradicação do analfabetismo deve ser visto como uma questão nacional. 5) Para enfrentar o desafio educacional é necessário ampliar o investimento em programas de formação e de valorização de professores, melhorar o ma terial didático, informatizar escolas e garantir que toda criança tenha acesso a um ensino público de alta qualidade. 7. (CESPE) Ao escrever um texto, determinado profissio nal produziu a frase: “A inflação é a maior inimiga da Nação. É meta prioritária do governo eliminá-la”. Insatisfeito, ele a reescreveu da seguinte maneira: “A inflação é a maior inimiga da Nação; logo, é meta prio ritária do governo eliminá-la”. Acerca dessa situação, julgue os próximos itens. 1) Ao reescrever a frase, o referido profissional preo cupou-se com a coesão textual. 2) O profissional poderia substituir “eliminá-la” por eli minar-lhe e, dessa forma, a frase estaria mais bem formulada e de acordo com a escrita padrão. No que concerne às qualidades essenciais do texto, julgue os itens seguintes. 3) Se, em um texto de redação oficial, aquele que o escreve ou revisa decidir usar o trecho “Durante o ano de 2008”, em vez de “Neste ano”, estará tor nando o texto menos conciso. 4) A substituição da expressão “o mesmo” por “o tex to”, em “A secretária redigiu um memorando. Espe ro que o mesmo agrade aos interessados”, tornaria esse trecho mais claro e preciso. 5) A frase “O jornal deu a notícia em primeira mão” ficaria mais precisa se a forma verbal “deu” fosse substituída por publicou, que é mais específica para o contexto. 6) No trecho “Era um excelente médico. Todos os seus pacientes o adoravam”, o uso do termo clien tes no lugar de “pacientes” seria mais adequado, pois imprimiria mais precisão à frase. (CESPE) Considerando os princípios de redação de expedientes, julgue os itens a seguir. 11. (CESPE) A respeito da redação de atos normativos, jul gue os itens a seguir. 1) O tratamento que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais deve ser im pessoal: todavia, são estimuladas as impressões individuais de quem comunica. 1) Um texto normativo deve dirigir-se sempre a pesso as de nível intelectual alto e homogêneo; portanto, para compreender o vocabulário utilizado, muitas vezes, o cidadão comum tem de recorrer à consulta a dicionário. 2) Com a finalidade de padronização, à redação de comunicações oficiais foram incorporados proce dimentos rotineiros ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia e a estrutura dos expedientes. 9. 2) Um documento a um departamento deve ser um tex to impecável. No entanto, quem escreve um simples recado a um interlocutor com pouca escolaridade não precisa estar atento a certos aspectos linguísticos, como, por exemplo, a correção gramatical. 3) Os expedientes oficiais cuja finalidade precípua é informar com clareza e objetividade, empregando a linguagem adequada, têm caráter normativo, es tabelecem regras para a conduta dos cidadãos ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos. 3) O emissor de uma mensagem, ao incorrer em ina dequação vocabular ou rebuscamento, poderá não produzir o efeito pretendido no receptor, que, por não entender o teor da mensagem, ficará obrigado a no vos contatos, a novas consultas. 4) A concisão, sinônimo de prolixidade, é uma quali dade de qualquer texto técnico e uma característica de texto oficial, que exige do redator essencialmen te conhecimento do assunto sobre que escreve, uma vez que raramente há tempo disponível para revisar o texto. 4) Quem escreve deve evitar a tautologia, que consiste na repetição de palavras com o mesmo sentido. 5) O domínio da redação de expedientes oficiais é aperfeiçoado em decorrência da experiência pro fissional; muitas vezes a prática constante faz que o assunto se torne de conhecimento generalizado. 6) Na resposta a uma consulta, os aspectos positivos de uma situação devem ser apresentados antes dos negativos. (CESPE) Julgue os itens que se seguem, referentes aos níveis da comunicação. 1) A comunicação acima/ascendente é entendida como aquela que se direciona aos superiores hie rárquicos e aos profissionais de outra instituição. 2) Textos direcionados aos profissionais que traba lham sob a gerência/chefia de quem escreve carac terizam-se como textos de nível de comunicação denominado abaixo/descendente. 3) O profissional, em um texto dirigido a seus superio res, ao se referir a ações que ele próprio executa, deve utilizar qualquer uma das formas verbais a se guir: solicita, propõe, informa, decide, autoriza. 5) Em resposta a uma consulta, o redator deve preocu par-se em responder apenas àquilo que lhe foi per guntado, sem considerar outras possíveis dúvidas do consulente. 12. (CESPE) Sobre a redação de textos oficiais, julgue os próximos itens. 1) As comunicações oficiais devem ser padronizadas e, para isso, o uso do padrão oficial de linguagem é imprescindível. 2) A redação oficial, ou seja, a maneira pela qual o Po der Público redige os atos normativos e comunica ções, caracteriza-se pela linguagem formal e pela pa dronização e uniformidade dos documentos emitidos. 3) A redação oficial, maneira como atos e comunicações são elaborados pelo poder público, deve orientar-se por princípios dispostos na Constituição Federal, tais como impessoalidade e publicidade. 4) Por questão de polidez, quando se dirige a seus su bordinados, o profissional deve evitar, em seu texto, o emprego de palavras como proíbe e adverte. 4) Comunicações oficiais, utilizadas para a comunica ção entre órgãos do serviço público ou entre órgãos do serviço público e o público em geral, podem ser emitidas tanto pela administração pública quanto pe los cidadãos. 10. (CESPE) Com base nas orientações do Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens subsequentes. 13. (CESPE) Em relação às exigências da redação de cor respondências oficiais, julgue os itens que se seguem. 1) O seguinte trecho introdutório de comunicação ofi cial atende ao objetivo de mero encaminhamento de documento e ao requisito de uso do padrão culto da linguagem: Encaminho, em anexo, para exame e pronunciamento, cópia do projeto de modernização de técnicas agrícolas no estado do Espírito Santo. 2) O emprego de vocabulário técnico de conhecimen to específico dos profissionais do serviço público fa cilita a elaboração dos textos oficiais e, consequen temente, o seu entendimento pelo público geral. 1) O trecho a seguir está adequado e correto para com por um memorando: Nos termos do “Programa de modernização e informati zação da Agência Nacional de Saúde Suplementar”, solicito a Vossa Senhoria a instalação de dois novos computadores no setor de protocolo para atender à demanda e melhorar a quali dade dos serviços prestados ao público. 2) O trecho a seguir está adequado e correto para com por um ofício: Viemos informar que vamos estar enviando oportuna mente os relatórios solicitados via email, com todas as infor mações referentes ao desenvolvimento das auditorias citadas. 9 LÍNGUA PORTUGUESA 8. 3) O trecho a seguir estaria correto e adequado para constituir parte de um memorando: 14. (CESPE) Com base no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens seguintes, refe rentes à adequação da linguagem, formato e caracte rísticas da correspondência oficial. BRUNO PILASTRE 1) Formalidade de tratamento, clareza datilográfica, correta diagramação do texto e utilização de papéis de mesma espécie são necessárias para a unifor midade das comunicações oficiais. 2) Na redação oficial, a impessoalidade refere-se ao emprego adequado de estruturas formais, como a utilização de pronomes de tratamento para deter minada autoridade, à polidez e à civilidade no en foque dado ao assunto que se pretende comunicar. 3) Nas comunicações oficiais, o agente comunicador é o serviço público, e o assunto relaciona-se às atribuições do órgão ou da entidade que comunica, devendo a correspondência oficial estar isenta de impressões individuais do remetente do documen to, para a manutenção de certa uniformidade entre os documentos emanados de diferentes setores da administração. 15. (CESPE) Com base no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens seguintes. 1) Não é permitido, na redação de documento oficial, o uso de linguagens escritas típicas de redes sociais na internet, haja vista que são variedades de uso restrito a determinados grupos e círculos sociais. 2) No que se refere ao emprego de consoantes, o refe rido manual apresenta o termo “extensão” como ato ou efeito de “estender”, apesar da diferença de grafia. 3) O domínio do padrão culto da língua é fator sufi ciente para garantir a concisão no texto redigido – qualidade inerente aos documentos oficiais –, evitando-se, desse modo, a necessidade de revi são textual. 16. (CESPE) Julgue os itens a seguir com base nas pres crições do Manual de Redação da Presidência da República para a elaboração de correspondências oficiais. 1) O trecho a seguir estaria gramaticalmente correto e adequado para constituir parte de um ofício: Tenho a maior honra de encaminharmos ao TCE/RO, por meio desta mensagem, os demonstrativos geren ciais da aplicação mensal e acumulada das recei tas resultantes de impostos e transferências cons titucionais em ações e serviços públicos de saúde referente ao mês de maio do exercício corrente. 2) O trecho a seguir apresenta-se gramaticalmen te correto e adequado para constituir parte de um ofício: Vimos informar que já expirou o prazo para publicação do Relatório de Gestão Fiscal do primeiro quadrimestre do exercício corrente, para municípios com mais de 50.000 habitantes. As ad ministrações municipais têm dez dias para justificar o atraso na publicação. 10 Segue cópia do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do município XYZ referente ao se gundo bimestre do exercício corrente. 17. (CESPE) À luz das orientações constantes no Manual de Redação da Presidência da República, julgue os itens a seguir. 1) A obrigatoriedade do uso do padrão culto da língua e o requisito de impessoalidade são incompatíveis com o emprego da linguagem técnica nas comuni cações oficiais. 2) Admite-se o registro de impressões pessoais na redação oficial, desde que o assunto seja de in teresse público e expresso em linguagem formal. GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. e E, E, E, E E, C C, E, C C, E, E, C, C, C E, C, E, C, C C, E, C, C, C, E E, C, C, E, E C, C, E, E C, E E, E, C, C, E, C E, C, C, E C, E C, E, C C, C, E E, C, C E, E RACIOCÍNIO LÓGICO S U M ÁRI O ESTRUTURAS LÓGICAS. LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES. LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL). PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. TABELAS-VERDADE. EQUIVALÊNCIAS. LEIS DE DE MORGAN. DIAGRAMAS LÓGICOS. LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM..................................................................................................................................149 PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E PROBABILIDADE..................................................................................134/143 OPERAÇÕES COM CONJUNTOS.................................................................................................................161 RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS, GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS.........172 b) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “W” na figura abaixo? ANÁLISE COMBINATÓRIA Os problemas de análise combinatória são problemas de contagem. Eles estão divididos em 2 grupos: Y X W Z a) Arranjo: quando a ordem dos elementos dentro do agrupamento é importante. Exemplo: em uma placa de um automóvel, a ordem dos caracteres é importante. ≠ J K D 3728 J D K 2837 b) Combinação: quando a ordem dos elementos dentro do agrupamento não é importante. Exemplo: se quisermos contar o número de diagonais que podem ser construídas no interior de um círculo a partir de 9 pontos marcados sobre a circunferência, a diagonal AF é igual a diagonal FA. A ROBERTO VASCONCELOS H C AF G = FA D F 2. Princípio Aditivo Enquanto o princípio multiplicativo está associado ao emprego do conectivo “e”, o princípio aditivo está associado ao uso do conectivo “ou” para ligar eventos. T A ou B = n + m Exemplos: B I Txw = ? XW = XY e YZ e ZW Txw = 3 . 5 . 4 Txw = 60 a) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “W” na figura abaixo? Y E PRINCÍPIOS DE CONTAGEM X 1. Princípio Multiplicativo W Se um evento A pode ocorrer de “n” modos e outro evento B pode ocorrer de “m” modos, então os dois, um seguido do outro, podem ocorrer de “n.m” modos distintos. Z TA e B = n.m Exemplos: a) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “Z” na figura abaixo? X Y Txz = ? XZ = XY e YZ Txz = 4 . 5 Txz = 20 caminhos diferentes 2 Z XW = (XY e YW) ou (XZ e ZW) Txw = 2 . 5 + 4 . 3 Txw = 10+12 Txw = 22 b) Uma moça tem em seu guarda-roupa 4 saias, 6 calças e 8 blusas. Usando 2 peças adequadamente, de quantos modos distintos ela pode se aprontar, considerando que ela não possa usar calça e saia simultaneamente? Vestir = Saia e Blusa ou Calça e Blusa Tv = (4 . 8) + (6 . 8) Tv = 32 + 48 Tv = 80 FATORIAL NÚMERO BINOMIAL Dado um número natural “n” (n ≥ 2), o seu fatorial é dado por: n! = n . (n-1) . (n-2) ........ . 1 a) 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 Exemplos: 5! = 120 10 8 b) 4! = 4 . 3 . 2 . 1 4! = 24 12 c) 3! = 3 . 2 . 1 3! = 6 12! 8 8! 8! = = c) = 8!(8 8)! 8!0! 8 2! = 2 12 ⋅ 11⋅ 10! = 66 2.1.10! 8! =1 8! 1 8 8! 8! 8× 7! = = =8 d) = 7!(8 7)! 7!1! 7 7! 1 Obs.: 1ª) O fatorial de um número é igual ao produto do número pelo fatorial do seu antecessor. n! = n . ( n – 1)! Exemplos: Obs.: das letras “c” e “d” concluímos que: n 1 e = n n n = n 1 ARRANJO SIMPLES OU COM REPETIÇÃO a) 10! = 10 . 9! b) 32! = 32 . 31! Obs.: c) 50! = 50 . 49! Uma consequência importante: “Observe que no desenvolvimento de um fatorial pode mos interromper em qualquer ponto, indicando o fatorial onde paramos”. 12! = 12 . 11! ou 12! = 12 . 11 . 10! ou 12! = 12 . 11 . 10 . 9! 12! = 12 . 11 . 10 . 9 . 8! Uma aplicação prática dessa consequência é a reso lução de algumas expressões que envolvem fatorial como por exemplo: Resolver a expressão: 20 2! ⋅ 18! 20! 20 ⋅ 19 ⋅ 18 ! = = 190 2! ⋅ 18! 2 ⋅ 1⋅ 18! 2ª) 1! = 1 12! = = b) = 2 2!(12 − 2)! 2!10! d) 2! = 2 . 1 10! 10! 10×9× 8! = = = 45 8!(10 8)! 8!2! 8! 2×1 a) = RACIOCÍNIO LÓGICO n n! = k k! ( n − k )! Onde “n” é o numerador e “k” é o denominador do número binomial. Exemplos: Dados dois números naturais “n” e “k” (n ≥ k) temos que: e 0! = 1 os problemas de arranjo simples ou com repetição de elementos podem ser resolvidos, simplesmente, aplicando-se o princípio multiplicativo e/ou o princí pio aditivo. Exercícios Resolvidos R.1. Quantos números de 3 algarismos distintos pode mos obter a partir dos números 1; 2; 3; 4; 5? Solução: U = {1;2;3;4;5} 241 ≠ 124 C 5 e ∴ é arranjo. D 4 e U 3 T = 5 . 4 .3 = 60 3 R.2. Quantos números de 3 algarismos podem ser for mados a partir dos números 1; 2; 3; 4 e 5? Considere um conjunto U com “n” elementos, os quais servirão de base para formarmos agrupamentos com “k” ele mentos cada. Solução: U = {1; 2; 3; 4 e 5} C e O total de agrupamentos de natureza ou combinação simples que podemos obter é dado por: D U e 5 5 COMBINAÇÃO SIMPLES n Cn;k = k 5 T = 5 . 5 . 5 = 125 n k Onde é o número binomial. R.3. Quantos números pares de 3 algarismos distintos podemos formar a partir dos números: 1; 2; 3; 4 e 5? Exemplos: Solução: 8 8! U = {1; 2; 3; 4 e 5} 12 C e D e 12×11×10× 9! = 220 ROBERTO VASCONCELOS Exercícios Resolvidos 2 T = 4 . 3 . 2 = 24 R.5. De quantas maneiras podemos formar uma comis são composta por 5 pessoas escolhidas a partir de um grupo onde estão presentes 7 pessoas? Outra maneira: 2 ee 12! b) C12;3 = 3 = 3!9! = 3× 2×1× 9! 2;4 3 4 8×7× 6× 5! a) C8;5 = 5 = 5!3! = 5! 3× 2×1 = 56 4 ou Solução: U = {P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7} 3 4 1 4 3 1 P1 P2 P3 P4 P5 T=4.3.1+ 4.3.1 T = 12 + 12 = 24 R.4. Quantos números divisíveis por 5, formados por 3 algarismos distintos, podemos obter no sistema de numera ção decimal? U = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8 e 9} Como não pode se iniciar o número com “0”, deve-se fazer pelo princípio da adição. = P5 P4 P3 P2 P1 ∴ é combinação 7 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5! C = = = = 21 7;5 5 5!2! 5! ⋅ 2 ⋅1 R.6. Em uma sala de professores há 5 professores de matemática e 4 de português. De quantas maneiras pode mos formar uma comissão constituída de 4 professores, sendo 2 de cada matéria? Solução: 0 ee 8 9 T=9.8+8.8 T = 136 4 1 ou 5 8 8 1 U1 = {M1, M2, M3, M4, M5} e U2 = {P1, P2, P3, P4} M M C 5;2 e P P C 4;2 Solução: 5 4 = T ⋅ 2 2 5! 4! T = ⋅ 2!3! 2! 2! T = 10 ⋅ 6 T = 60 A F B E C D R.7. Quantas diagonais podemos traçar no interior de um círculo, ligando dois pontos quaisquer entre os 10 que estão sobre a sua circunferência? Resolução: A C G AF = FA ∴ é combinação Obs.: D F = T E 10! 10×9× 8! = 2!8! 2×1× 8! T = 45 R.8. Quantas diagonais podemos traçar, no interior de um decágono regular, ligando dois pontos quaisquer de seus vértices? Consideramos o número total de diagonais no inte rior do círculo com 6 pontos na circuferência e sub traímos 6 diagonais (que viraram lados do hexágo no). R.10. Em uma sala há 5 homens e 4 mulheres. De quantas maneiras podemos formar uma comissão com 3 pessoas de modo que pelo menos uma delas seja mulher? Solução: MMM MMH C9;3 = MHH HHH Solução: J A B I C H D G F E T = C10;2 -10 10! = T -10 2!8! 10.9.8! = T -10 2.1.8! T = 45 -10 T = 35 Obs.: consideramos o número total de diagonais no inte rior do círculo com 10 pontos na circuferência e sub traímos 10 diagonais (que viraram lados do decá gano). R.9. Quantas diagonais podemos traçar no interior de um hexágono regular, ligando 2 vértices quaisquer? Obs.: OK OK OK X (3 mulheres) (2 mulheres e 1 homem) (1 mulher e 2 homens) (nenhuma mulher) C9;3 nos dá o total geral de comissões e C5;3 nos dá o número de comissões formadas por 3 homens (nenhuma mulher). Logo C9;3 – C5;3 nos dará o número de comissões que apresenta pelo menos uma mulher. 9 5 T = C9;3 - C5;3 = - 3 3 9! 5! = T 3!6! 3!2! 9×8×7× 6! 5× 4× 3! T= 3× 2×1× 6! 3! 2×1 T = 84 -10 T = 74 COMBINAÇÃO COM REPETIÇÃO Considere um conjunto U com “n” elementos, os quais servirão de base para formarmos agrupamentos com “k” ele mentos cada. 5 RACIOCÍNIO LÓGICO H 6! = T -6 2!4! 6×5× 4! = T -6 2× 4! T = 15 - 6 T =9 B I T = C6;2 - 6 O total de agrupamentos de natureza de combinação com repetição que podemos obter é dado por: C R n;k S1 S2 S1 S3 = S2 S3 S1 S1 ∴Combinação com repetição. T = CR3,4 n +k -1 = k 3 + 4 − 1 6 6! 6 ⋅ 5 ⋅ 4! T = = = = 4 4 4!2! 4! 2 ⋅ 1 T = 15 Exemplos: 5 + 2 -1 = 2 6 6! 6 ⋅ 5 ⋅ 4! = 15 = = 2!4! 2 ⋅1 ⋅ 4! 2 3 + 5 -1 = 5 7 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5! = 21 = = 5!2! 5! ⋅ 2 5 R a) C5;2 = R b) C3;5 = R.11. De quantas maneiras uma pessoa pode escolher 3 refrigerantes em uma distribuidora de bebidas que dispõe de 10 tipos diferentes de refrigerantes? R.13. Uma lanchonete dispõe de 6 tipos de salgados e 6 tipos de refrigerantes. Uma pessoa vai comprar nessa lan chonete 3 salgados e 2 refrigerantes. De quantas maneiras distintas ela pode efetuar a sua compra? Solução: U1 = { S1, S2, ... , S6} U2 = { R1, R2, ..., R5} SSS ↓ CR e 6;3 RR ↓ CR 5;2 R T =CR 6;3 ⋅ C5;2 U1 = {R1, R2, R3, ... , R10} ROBERTO VASCONCELOS 6 + 3 -1 5 + 2 -1 ⋅ 3 2 T = Combinação R1, R2, R10 = R10, R2, R1 ↓ 8 6 T = ⋅ 3 2 R1, R1, R2 = R1, R2, R1 T= ↑ Combinação com repetição 8! 6! ⋅ 3!5! 2!4! T= 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5! 6 ⋅ 5 ⋅ 4! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1⋅ 5! 2 ⋅1⋅ 4! T = 56 ⋅15 R T =C10;3 10 + 3 -1 = 3 = T 12 12! 12 ⋅11⋅10 ⋅ 9! = = 3 ⋅ 2 ⋅ 9! 3 3!9! T = 220 T = 840 PERMUTAÇÃO SIMPLES É um caso particular de arranjo simples onde k = n. Simples Princípios Fundamentais de Contagem Arranjo Pn = n! Com repetição Problema Simples n Cn;k = k Com repetição R Cn;k Combinação n + k - 1 = k R.12. Uma lanchonete dispõe de 3 tipos de salgados. Uma pessoa deve comprar nessa lanchonete 4 salgados. De quantas formas diferentes ela poderá efetuar sua compra? Exemplos: a) P5 = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 b) P4 = 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 c) P3 = 3! = 3 . 2 . 1 = 6 Exercícios Resolvidos Solução: R.14. Quantos anagramas tem a palavra SAL? U = { S1; S2; S3} Solução: T = P3 ⇒ T = 3! ⇒ T = 3 . 2 . 1 ⇒ T = 6 6 • • • • • • • • 1. Dado o conjunto A = {1, 2, 3, {4}}, diga se as proposi ções a seguir estão corretas ou erradas. I – 2 ∈ A II – 5 ∈ A III –{2, 3} ⊂ A IV – {2, 3} ∈ A V – 3 ⊂ A VI – {3} ⊂ A VII – {4} ∈ A VIII –{4} ⊂ A IX – {{4}} ⊂ A X – {1, 2, 3, {4}} ⊂ A 2. Considere as seguintes afirmações sobre o conjunto U = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}: 7. I – ∅ ∈ U e n(U) = 10 II – ∅ ⊂ U e n(U) = 9 III –5 ∈ U e {5} ⊂ U IV –{0, 1, 2, 5} ∩ {5} = 5 Pode-se dizer, então, que é (são) verdadeira(s): a. apenas I e III. b. apenas II e IV. c. apenas II e III. d. apenas IV. e. todas as afirmações. 3. Dois conjuntos A e B são tais que: A ∪ B = {1, 2, 3, 5, 7, 8, 9}; A ∩ B = {1, 2}, A – B = {3, 5}. Determine o conjunto B. 4. Três conjuntos A, B e C são tais que: • • • • • • • 5. Gilbert e Hatcher, em Mathematics Beyond The Numbers, relativo à população mundial, informam que: • 43% têm sangue tipo O; • 85% têm Rh positivo; • 37% têm sangue tipo O com Rh positivo. Nesse caso, determine o percentual da população que não tem sangue tipo O e não tem Rh positivo. 6. Em uma pesquisa de opinião, foram obtidos estes dados: Considerando-se esses dados, é correto afirmar que o total de entrevistados foi: a. 1.200 b. 1.500 c. 1.250 d. 1.350 e. 1.400 Foram entrevistadas 50 donas de casa sobre suas pre ferências em relação a duas marcas, A e B, de sabão em pó. Os resultados são precisamente: • 21 pessoas responderam que usam a marca A; • 10 pessoas responderam que usam a marca A e a marca B; • 5 pessoas responderam que não usam nenhuma das duas marcas. De acordo com esses dados, quantas pessoas usam a marca B? 8. Numa pesquisa de mercado foram entrevistadas 61 pessoas sobre suas preferências em relação a três jor nais A, B e C. O resultado da pesquisa é precisamente: • • • • • • • A ∩ B ∩ C = {a, i}; A ∩ B = {a, i, h}; A ∩ C = {a, i, e, f}; B ∩ C = {a, i, j}; B – (A ∪ C) = {b, c}; A – (B ∪ C) = {g}; C – (A ∪ B) = {d}. Determine os conjuntos A, B e C. 40% dos entrevistados leem o jornal A. 55% dos entrevistados leem o jornal B. 35% dos entrevistados leem o jornal C. 12% dos entrevistados leem os jornais A e B. 15% dos entrevistados leem os jornais A e C. 19% dos entrevistados leem os jornais B e C. 7% dos entrevistados leem os três jornais. 135 pessoas entrevistadas não leem nenhum dos três jornais. 44 pessoas leem o jornal A; 37 pessoas leem o jornal B 32 pessoas leem os jornais A e C; 28 pessoas leem os jornais A e B; 26 pessoas leem os jornais B e C; 20 pessoas leem os jornais A, B e C; 7 pessoas não leem jornal. Com base nesse resultado, quantas pessoas leem o jornal C? 9. O departamento de seleção de pessoal de uma indús tria automobilística aplicou um teste em 44 candidatos. Uma das perguntas foi: você já trabalhou no: I –Setor de montagem? II –Setor de pintura? III –Setor de eletricidade? Conclui-se que todos os candidatos têm experiência em pelo menos um dos setores, e que exatamente: • 28 pessoas trabalharam em montagem; • 04 pessoas trabalharam somente em montagem; • 01 pessoa trabalhou somente em eletricidade; 7 RACIOCÍNIO LÓGICO EXERCÍCIOS • 21 pessoas já trabalharam em montagem e pintura; • 16 pessoas trabalharam em pintura e eletricidade; • 13 pessoas trabalharam em montagem e eletrici dade. a. Quantas pessoas têm experiência nos três seto res? b. Quantas pessoas têm experiência em pintura? c. Quantas pessoas têm experiência em eletricidade? 10. Qual o número de conjuntos X que satisfazem a rela ção {a, e} ⊂ X ⊂ {a, e, i, o}? a. 3 b. 4 c. 6 d. 7 e. 5 11. Seja U o conjunto universo de todos os alunos de uma classe composta por meninos e meninas. Considere agora os seguintes subconjuntos de U: A: conjunto formado pelos meninos. B: conjunto formado pelos alunos aprovados. ROBERTO VASCONCELOS Assinale a alternativa que representa o conjunto A – B. a. Meninas reprovadas. b. Meninas aprovadas. c. Alunos reprovados. d. Meninos reprovados. e. Meninos aprovados. 12. A afirmação “Todo jovem que gosta de matemática adora esportes e festas” pode ser representada se gundo o diagrama: M = {jovens que gostam de matemática} E = {jovens que adoram esportes} F = {jovens que adoram festas} E F F b. E F c. d. F M E e. F M 13. Um trem viajava com 242 passageiros, dos quais: • 96 eram brasileiros; • 64 eram homens; • 47 eram fumantes; • 51 eram homens brasileiros; • 25 eram homens fumantes; • 36 eram brasileiros fumantes; • 20 eram homens brasileiros fumantes. Calcule: a. O número de mulheres brasileiras não fumantes. b. O número de homens fumantes não brasileiros. c. O número de mulheres não brasileiras, não fuman tes. 14. Numa escola há n alunos. Sabe-se que 56 alunos leem o jornal A, 21 leem os jornais A e B, 106 leem apenas um dos dois jornais e 66 não leem o jornal B. O valor de n é: a. 249 b. 137 c. 158 d. 127 e. 183 15. Uma escola de Campina Grande abriu inscrições para aulas de reforço nas disciplinas Matemática, Física e Química do 2º ano do Ensino Médio, sem que houves se coincidência de horários, de modo que permitisse a inscrição simultânea em mais de uma dessas três disciplinas. Analisando o resultado final das inscrições, o coordenador pedagógico constatou: M a. E M E M • dos 62 alunos inscritos para as aulas de Física, 22 inscreveram-se exclusivamente para essas aulas; • 38 alunos se inscreveram para as aulas de Mate mática; • 26 alunos se inscreveram para as aulas de Química; • nenhum aluno se inscreveu simultaneamente para as aulas de Matemática e de Química; • o número de alunos inscritos exclusivamente para as aulas de Matemática é o dobro do número de alunos inscritos exclusivamente para as aulas de Química. O número de alunos inscritos, simultaneamente, para 8 as aulas de Matemática e de Física são: a. 26 b. 20 c. 18 d. 24 e. 22 V –B – A é constituído por 5 elementos. 20. (CESPE) Ana organizou sua discoteca separando os seus discos e fitas, conforme os estilos de música, nos seguintes conjuntos: • 28% dos funcionários são mulheres; • 1 6 dos homens são menores de idade; • 85% dos funcionários são maiores de idade. Qual é a porcentagem dos menores de idade que são mulheres? a. 30% b. 28% c. 25% d. 23% e. 20% 17. Uma academia de ginástica possui 150 alunos, sendo que 40% deles fazem musculação, 20% fazem muscu lação e natação, 22% fazem natação e capoeira, 18% fazem musculação e capoeira e 12% fazem as três atividades. O número de pessoas que fazem natação é igual ao número de pessoas que fazem capoeira. Pergunta-se: a. Quantos fazem capoeira e não fazem musculação? b. Quantos fazem natação e capoeira e não fazem musculação? 18. Um grupo de alunos de uma escola deveria visitar o Museu de Ciência e o Museu de História da cidade. Quarenta e oito alunos foram visitar pelo menos um desses museus. 20% dos que foram ao de Ciência vi sitaram o de História e 25% dos que foram ao de His tória visitaram também o de Ciência. Calcule o número de alunos que visitaram os dois museus. 19. (CESPE) Sejam A, B, C e D conjuntos tais que A e B são disjuntos de C e D, {(A ∪ B) ∩ (C ∪ D) = Ø}. Observe a tabela abaixo e julgue os itens a seguir. Conjunto N. de Elementos (A – B) ∪ (C – D) 12 C 11 (A ∩ B) ∪ (C ∩ D) 10 A∩B 4 A∪B 17 (C – D) ∪ (D – C) 13 I – C – D tem 4 elementos. II – D – C possui 9 elementos. III –O número de elementos de C ∪ D é 19. IV – O conjunto (A – B) ∪ (B – A) possui 13 elementos. Não instrumental (T) Popular Não popu Popular Não popu (P) lar (N) (P) lar (N) Long playng 12 10 6 8 (L) Compact 0 6 2 Z disc (C) Fitas (F) 20 X 10 Y Ela havia emprestado alguns de seus discos e fitas a amigos e somente foi capaz de preencher os espaços marcados com x, y e z após lembrar-se de que: n (I ∪ P) = 70; n (F ∪ L) = 76; n (N) = 56, em que n (A) denota o número de elementos do conjunto A. Com base nes sas informações, julgue os itens: I –n (P) = 32 II –n (I ∩ N) = 20 III –n (T ∩ P ∩ C) = 2 IV –n (F ∩ N) = 10 V –x + y + z = 14 21. (CESPE) O corpo de bombeiros de determinada cida de, em um ano, prestou assistência a diversas vítimas de acidentes. Entre essas vítimas, 1/3 sofreu queima duras, 5/12 sofreu intoxicação e 1/4 sofreu, simultane amente, queimaduras e intoxicação. Do total de víti mas assistidas, a fração que representa a quantidade de pessoas que não sofreram queimaduras nem into xicação é igual a: a. 1/4 b. 1/3 c. 1/2 d. 3/5 e. 2/3 22. Numa escola existem 1200 estudantes, entre meninas e meninos, loiros e morenos. Existem 400 estudantes loiros, 300 meninos morenos e 150 meninas loiras. Jul gue os itens a seguir. I –500 meninas são morenas. II –450 estudantes são meninas ou loiros. III –950 estudantes são meninas ou morenos. 23. Sabe-se que: • • • • • A ∪ B ∪ C = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10} A ∩ B = {2, 3, 8} A ∩ C = {2, 7} B ∩ C = {2, 5, 6} A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} 9 RACIOCÍNIO LÓGICO Instrumental (I) 16. Um engenheiro ao fazer o levantamento do quadro de pessoal de uma fábrica obteve os seguintes dados: Nessas condições pode-se concluir que o conjunto C é: a. {9, 10} b. {5, 6, 9, 10} c. {2, 5, 6, 7, 9, 10} d. {2, 5, 6, 7} e. igual a A ∪ B. 24. Numa concentração de atletas há 42 que jogam bas quete, 28 que jogam vôlei e 18 que jogam vôlei e bas quete. Qual o número mínimo de atletas nesta con centração? a. 52 b. 42 c. 88 d. 70 e. 34 25. (CESPE) Em uma pesquisa realizada com um grupo de 100 turistas, constatou-se que 42 falam inglês, 12 falam inglês e italiano, 18 falam espanhol e inglês e 16 falam espanhol e italiano. O número de turistas que falam espanhol é precisamente, 50% maior que o nú mero daqueles que falam italiano. Com base nessas informações, julgue os itens a seguir. ROBERTO VASCONCELOS 2 I – O número de turistas que falam italiano é igual a 3 do número dos que falam espanhol. II – Se 9 dos turistas consultados falam as três línguas – espanhol, inglês e italiano – enquanto 5 deles não falam nenhuma dessas línguas, então, mais da metade dos turistas falam espanhol. III –Se 9 dos turistas consultados falam as três línguas – espanhol, inglês e italiano – enquanto 5 deles não falam nenhuma dessas línguas, então, exata mente 24 desses turistas falam apenas inglês. 26. Dados os conjuntos A = {1, 2, 3}, B = {3, 4} e C = {1, 2, 4}, determinar o conjunto X tal que X ∪ B = A ∪ C e X ∩ B = Ø. 27. Se A, B e A ∩ B são conjuntos com 90, 50 e 30 elemen tos, respectivamente, então o número de elementos do conjunto A ∪ B é: a. 10 b. 70 c. 85 d. 110 e. 170 28. Numa pesquisa constatou-se que 40% dos entrevistados usam o produto A e que 30% usam o produto B, mas apenas 10% usam os dois produtos. Qual é a razão do número de pessoas que não usam A para o número de pessoas que não usam B? a. 6 7 b. 3 2 10 c. 4 3 d. 2 3 e. 3 4 GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. CECEECCECC c B= {1, 2, 7, 8, 9} A = {a, e, i, f, g, h}; B = {a, b, c, h, i, j}; C = {a, d, e, f, i, j}. 9% b 34 pessoas. 39 pessoas. a. 10 b. 36 c. 20 b d e a. 29 b. 5 c. 127 c e e a. 54 b. 15 6 alunos. CECCE ECCCE c CEC c a CCE S = {1,2} d a NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA S U M ÁRI O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO..................................................................................................................188 ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: CONCEITOS, ELEMENTOS, PODERES E ORGANIZAÇÃO; NATUREZA, FINS E PRINCÍPIOS............................................................(Vide caderno Noções de Direito Administrativo) HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO BRASIL E REFORMAS ADMINISTRATIVAS NO BRASIL.....244 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIÃO: ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA (Vide caderno Noções de Direito Administrativo) ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA. ÉTICA NO SETOR PÚBLICO. DECRETO N. 1.171/1994 (CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL).......................193 LEI N. 8.112/1990 E ALTERAÇÕES: REGIME DISCIPLINAR (DEVERES E PROIBIÇÕES, ACUMULAÇÃO, RESPONSABILIDADES, PENALIDADES)........................................................................................................199 LEI N. 8.429/1992: DISPOSIÇÕES GERAIS, ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA............................237 SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO O GOVERNO DE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – 2003 A 2006 O Brasil é uma República Federal presidencialista, de regime democrático-representativo, que tem como repre sentante maior o Presidente da República, eleito pelo voto direto. Sendo assim, o Estado é federativo e composto de estados dotados de autonomia política garantida pela Cons tituição Federal e com poder de promulgar suas próprias Constituições. O Presidente Lula assume o lugar de Fernando Henri que Cardoso, dando continuidade à maioria de seus proje tos, porém sob o comando da Casa Civil. É uma república presidencial, pois as funções de chefe de Estado e chefe de governo estão reunidas em um único órgão: o Presidente da República. Também é uma demo cracia representativa porque o povo exerce sua soberania, elegendo o chefe do Poder Executivo e os seus represen tantes nos órgãos legislativos e, às vezes, diretamente, via plebiscito, referendo e iniciativa popular. CLASSIFICAÇÃO DOS PODERES NO BRASIL Poder Executivo Tem como figura máxima o Presidente da República, eleito pelo voto direto e com mandato de quatro anos e pos sibilidade de reeleição. Poder Legislativo Tem a função de estabelecer o ordenamento jurídico, o conjunto de leis que rege a atividade individual e social, incluindo o próprio Estado. É formado pelo Congresso Nacional, no âmbito Fede ral, pelas assembleias legislativas, nos Estados, pelas câmaras municipais ou de vereadores, em cada município e pela Câmara Legislativa, no caso do Distrito Federal. Os componentes desse Poder são eleitos pelo povo, com voto direto. É composto pela Câmara dos Deputados, que possui 513 deputados federais com mandato de quatro anos, e pelo Senado Federal, com 81 senadores eleitos para mandato de oito anos. ZÉ CARLOS O Presidente do Senado é também presidente do Con gresso Nacional, e cada Estado é representado por três senadores e um número de Deputados Federais proporcio nal à população. Da mesma forma, o número de integrantes das assembleias legislativas e câmaras municipais está rela cionado ao número de habitantes dos estados e municípios, respectivamente. Poder Judiciário Tem como função a fiscalização e o cumprimento das leis e tem como órgão máximo o Supremo Tribunal Federal – que é formado por 11 juízes de passado considerado into cável e comprovado saber jurídico, que são escolhidos pelo Presidente da República e com aprovação do Senado. 2 O governo se compromete em implementar um modelo de desenvolvimento com igualdade e com inclusão social forte, sendo materializado o Plano Plurianual (PPA) 20042007. Para que essas mudanças sejam implementadas existe a necessidade de um governo forte e atuante que promova o crescimento e a justiça social, com um forte arrojo na fiscali zação. Esforços sistemáticos são necessários para uma verda deira transformação da Gestão Pública e fortalece o Estado, na medida em que promove um déficit institucional, formu lando e implementando políticas públicas de forma eficiente, transparente e participativa. Tratou-se nesse período de aumentar a Governança (esse conceito refere-se à capacidade do governo em for mular e implementar políticas públicas, além de decidir a opção mais adequada ao Estado). Alguns Projetos e Fatos • Bolsa Família; • Fome Zero; • Minha Casa, Minha Vida; • Programa Primeiro Emprego (2003 – extinto em 2006); • PROUNI – Programa Universidade para Todos (2005); • A partir de 2004 começa a enfrentar os problemas referentes à corrupção – o que ficou conhecido com o Escândalo dos Bingos; • Escândalo do Mensalão – iniciado em 2005, correu na justiça e foi finalizado em 2014; • Crise no Setor Aéreo (2006); • Lançado o PAC – Programa de Aceleração do Cres cimento – em 2007; foi um conjunto de medidas que visava à aceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira; • Crise dos cartões Corporativos (2008); • Caso Erenice Guerra (2010); • Caso dos passaportes Diplomáticos (2010); • Denúncia contra o Presidente Lula no Ministério Público (2011). O Governo do Presidente Lula propõe um aperfeiçoa mento da Gestão Pública, dessa forma, implanta o que ficou conhecido como “PLANO DE GESTÃO PÚBLICA para um Brasil de Todos”. Dentro das proposituras inseridas nesse programa, passaremos a citá-las e analisá-las, porém promovendo algumas adaptações com o intuito de que possamos melhor entender todo esse novo modelo de Gestão Pública. Às organizações públicas e os processos de Gestão Pública definiram como objetivos: O GOVERNO DILMA E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL – PRIMEIRA PRESIDENTE MULHER DO BRASIL • O ajuste das estratégias, mediante a redefinição de suas missões, de seus objetivos e de suas metas; • Promover o desenvolvimento de sistemas contí nuos de monitoramento e avaliação de políticas públicas de maneira que possa se medir o desem penho Institucional; Algumas ações de Gestão Pública do Governo Dilma • Cessão dos Aeroportos de Campinas, Brasilia, Gua rulhos, porém a titularidade ainda continua sendo do Governo Federal. • Ampliou de forma significativa a parceria com a China • Fechou acordo com o Uruguai, no que se refere a biotecnologia e tecnologia da informação. Em relação aos instrumentos de Gestão, devem ser uti lizados todos os já utilizados em gestões anteriores, sejam em âmbito nacional e/ou internacional, sendo que a prio rização para seus usos devem seguir os parâmetros para melhoria ou aprimoramento dos seguintes aspectos: • Relações interorganizacionais; • Integração de programas; • Coordenação e otimização de recursos; • Interlocução e negociação; • Contratualização de resultado. Em uma análise estrutural, o chamado Plano de Gestão Pública esteve contido no chamado Livro Verde, Livro Branco, Livro Amarelo e o Livro Azul. • Livro Verde: Modelo de gestão do PPA, que define um modelo na perspectiva de curto e médio prazo, inte grando alguns instrumentos (ferramentas) de gestão. • Livro Branco: Gestão Pública para um Brasil de Todos; no qual, em caráter complementar, aborda questões estruturantes (estratégicas de Estado) em perspectivas de curto e longo prazo, sempre utili zando dos instrumentos de Gestão Pública. • Livro Amarelo: refere-se à metodologia para um diagnóstico das instituições públicas. • Livro Azul: refere-se a geração de relatórios de diagnóstico da Administração Pública Federal . Em relação aos Programas Sociais • Rede Cegonha: destinado a atender às gestantes e aos bebês; • O Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, direcionado para ofere cer bolsas de estudos a alunos e aos trabalhadores que queiram fazer cursos técnicos e/ou profissiona lizantes; • Brasil sem Miséria: uma continuidade do Brasil Fome Zero, que tem como objetivo de erradicar a fome no Brasil; • Minha Casa, Minha Vida 2. O que são as Agências Reguladoras e quais suas funções na Gestão Pública? As agências reguladoras foram criadas com o objetivo de fiscalizar a prestação de serviços públicos e de controlar a qualidade, estabelecendo regras para a prestação de ser viços por empresas privadas. Tiveram como base as agên cias reguladoras Americanas. Importante destacar que existem também as chama das Agências Governamentais, que são organizações per manentes ou semipermanentes na máquina do governo, as quais são responsáveis pela supervisão e administração de funções específicas, tais como um serviço de inteligência; um exemplo a se destacar é a Agência Nacional de Inteligê nica – ABIN. Desde o século XIX, já existiam Entidades com funções regulatórias e fiscalizatórias de setores econômicos, porém não eram tratadas de pelo nome de “agências”. Segundo Di Pietro (2007), são elas: • 1918: Comissariado de Alimentação Pública; • 1923: Instituto de Defesa Permanente do Café; • 1933: Instituto do Açúcar e do Álcool; • 1938: Instituto Nacional do Mate; • 1941: Instituto Nacional do Pinho; • 1940: Instituto Nacional do Sal; • 1964: Banco Central; • 1964: Conselho Monetário Nacional; • 1976: CVM – Comissão de Valores Mobiliários. elas Hoje, existem 10 (dez) agências reguladoras, são 3 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA • Promover uma adequação das estruturas e mode los Institucionais de maneira a agilizar todo o pro cesso decisório e de ação; • Promoção da otimização dos processos de traba lho, podendo adotar regras mais flexíveis e o uso de novas tecnologias mais apropriadas e precisas de maneira quantitativa e qualitativa; • Promover um upgrade no atendimento ao cidadão, podendo, promover a simplificação de processos burocráticos, por meio da eliminação ou da suaviza ção de exigências e controle não tão necessários; • Promover a devida adequação dos quadros funcio nais, reestruturando carreiras e quadros de cargos e salários em todas as esferas do funcionalismo público; • Promoção de programas de capacitação, treina mento e aperfeiçoamentos dos servidores públicos, buscando a devida gestão do conhecimento; • Promover um processo de sensibilização devida para a efetivação de uma postura e conduta ética, pautada nos padrões de transparências e respon sabilização; e • O aprimoramento constante e metódico dos siste mas de informações. ANP – Agência Nacional do Petróleo Anatel –Agência Nacional de Telecomunicações Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica ANS – Agência Nacional de Energia Suplementar Criação Legislação 1998 Lei n. 9.478 de 26/12/1997 1997 1996 2000 Lei n. 9.472 de 16/07/1997 Lei n. 9.427 de 26/12/1996 Lei n. 9.961 de 28/01/2000 Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária 1999 Lei n. 9.782 de 26/01/1999 ANA – Agência Nacional de Águas 2000 Lei n. 9.984 de 17/07/2000 Ancine ZÉ CARLOS Antaq – Agência Nacional de Transportes Aquáticos ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres 4 Objetivos O que é Autarquia federal vinculada ao Ministério Regula as atividades da indústria de de Minas e Energia (MME), a ANP estabe petróleo e gás natural e dos biocombus lece regras, contrata profissionais e fisca tíveis. liza as atividades das indústrias reguladas. – Promove o desenvolvimento das tele comunicações no país. – Tem independência administrativa e financeira; não está subordinada a nenhum órgão de governo. – Tem poderes de outorga, regulamenta ção e fiscalização e deve adotar medidas necessárias para atender ao interesse do cidadão. É o órgão regulador das Telecomunica ções no Brasil. Ela foi criada pela Lei Geral das Telecomunicações (Lei n. 9.472, de 16/07/97). Autarquia Federal vinculada ao Ministério – Regula e fiscaliza a geração, a trans de Minas e Energia (MME), a qual atende missão, a distribuição e a comercializa também a reclamações de agentes e con ção da energia elétrica. sumidores e media os conflitos de interes ses entre os agentes do setor elétrico e entre estes e os consumidores. – Promove a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde. – Regula as operadoras setoriais, inclusive É vinculada ao Ministério da Saúde. quanto às suas relações com prestadores e consumidores, e contribui para o desen volvimento das ações de saúde no país. – Protege a saúde da população, reali zando o controle sanitário da produção e da comercialização de produtos. – Fiscaliza esses serviços, por meio da verificação de ambientes, de processos, Tem independência administrativa e auto de insumos e das tecnologias relaciona nomia financeira, sendo vinculada ao Ministério da Saúde. dos a esses produtos e serviços. – Controle de portos, aeroportos e fron teiras. – Tratar de assuntos internacionais a res peito da vigilância sanitária. – Implementa e coordena a gestão dos É vinculada ao Ministério do Meio Ambiente recursos hídricos no país. (MMA) e tem autonomia administrativa e – Regular o acesso à água. financeira. – Promove o uso sustentável da água. 2001 – Fomenta a produção, a distribuição e Medida Provisó a exibição de obras cinematográficas e ria n. 2.228 de videofonográficas. 06/09/2001 – Regular e fiscalizar as indústrias que atuam nessas áreas. 2001 – Implementar, em sua área de atuação, as políticas formuladas pelo ministério e pelo Conselho Nacional de Integração de – Vinculada ao Ministério dos Transportes. Lei n. 10.233 de Políticas de Transporte (Conit). 05/06/2001 – Regular, supervisionar e fiscalizar os – Tem autonomia financeira e administra serviços prestados no segmento de tiva. transportes aquaviários e a exploração da infraestrutura portuária e aquaviária exercida por terceiros. 2001 – É responsável pela concessão de fer rovias, rodovias e transporte ferroviário relacionado à exploração da infraes trutura; e pela permissão de transporte Lei n. 10.233 de coletivo regular de passageiros por rodo vias e ferrovias. 05/06/2001 – Autorizar o transporte de passageiros realizado por empresas de turismo sob o regime de fretamento, o transporte inter nacional de cargas, a exploração de ter minais e o transporte multimodal. – É uma autarquia especial e tem indepen dência administrativa e financeira. – É vinculada ao Ministério da Cultura – MinC. – É vinculada ao Ministério dos Transpor tes. – Tem independência administrativa e financeira. 2006 subs tituiu o Depar ANAC – Agência tamento Nacional de Aviação Nacio Civil nal de Aviação Civil – DNAC Lei n. 11.182 de 27/09/2005 – Função de regular e fiscalizar as ativi dades do setor. – É uma Autarquia vinculada ao Ministério – Garantir segurança no transporte da Defesa. aéreo, a qualidade dos serviços e res peito aos direitos do consumidor. Agência Nacional de Mineração – Ainda em processo de criação, e tem como objetivo a substituir o DNPM A Agência Nacional de Mineração (ANM) será uma autarquia federal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, responsável pela gestão da atividade de mineração e dos recursos minerais brasileiros, exceto hidrocarbonetos e substâncias nucleares. A previsão de sua criação, prazo, etc. está contida no Projeto de Lei n. 5.807/2013. O objetivo é criar um novo marco legal na mineração, substituindo o antigo Código de Mineração. (Nota do autor) Fonte: http://www.brasil.gov.br/, acesso em 25/11/2013, com adaptações. As Agências Reguladoras têm um maior grau de auto nomia em comparação às demais Autarquias, mas isso não implica que sejam independentes, pois feririam o princípio constitucional da separação dos poderes e da reserva legal. Em síntese as Agências Reguladoras tem as seguintes competências: • Elaborar um plano regulatório no que diz respeito à competência técnica da agência; • Mediar os interesses entre os agentes regulados e a sociedade em geral, por meio do sistema de ouvidorias; • Exercer seu poder de polícia, estabelecido em lei, implicando sanções caso haja infração às regras regulatórias estabelecidas. Portanto, a lei instituidora de cada Agência estabelece suas atribuições de acordo com o campo de atuação da Entidade em relação aos Agentes Regulados. Dica: Alguns autores consideram que as a atribuições e as competências das Agências são as mesmas. Formas de Controle das Agências a) Político: é realizado pelo poder legislativo federal que tem respaldo constitucional no art. 49. b) Social: A sociedade também exerce controle sobre as agências de várias formas. As mais comuns são a garan tia constitucional do direito de petição juntos aos órgãos públicos, a ação popular e as audiências públicas. Dica: As ouvidoras dos órgãos também são consideradas uma forma de controle social. c) Administrativo: reexame no âmbito interno de atos regulatórios da agência. d) Controle Judicial: aplica-se o princípio constitucio nal da inafastabilidade da apreciação jurisdicional do art. 5º, XXXV da Constituição Federal. As OCIPS - Organizações da Sociedade Civil de Interesses Público - Lei n. 9.790 de 23/03/1999 Ocips são Organizações da Sociedade Civil de Inte resse Público, normalmente são sociedades civis sem fins lucrativos de direito privado e de interesse público e criadas a partir da Lei n. 9.790, de 23 de Março de 1999, são organi zações do chamado terceiro setor. Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências. É um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil. E as ONGs o que são? Essencialmente as ONGs são as OSCIPs, no sentido representativo da sociedade, mas OSCIP trata de uma qualificação dada pelo Ministério da Justiça no Brasil. Finalidades das OCIPS • Promoção da assistência social. • Da cultura, defesa e conservação do patrimônio his tórico e artístico. • Da educação gratuita, observando-se a forma com plementar de participação das organizações. • Da saúde gratuita, observando-se a forma comple mentar de participação das organizações. • Da segurança alimentar e nutricional. • Da defesa, preservação, conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento susten tável. • Promoção do voluntariado. • Experimentação sem fins lucrativos de novos mode los sócio produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito. 5 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA IMPORTANTE • Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de inte resse suplementar. • Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direi tos humanos, da democracia e de outros valores universais. • Estudos e pesquisas desenvolvimento de tecnolo gias alternativas, produção e divulgação de infor mações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas acima. Fonte: Sebrae-MG, 2014 O GRANDE DEBATE “EMPRESAS PÚBLICAS VERSUS EMPRESAS PRIVADA” Algumas diferenças entre empresa pública e empresa privada constam que as primeiras têm um único controlador e um único acionista que é uma pessoa de direito público; enquanto a segunda é composta por acionistas ou cotistas que são pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Para detalharmos com maior especificidade revolvemos inserir a tabela abaixo para melhor e maior aprofundamento desses conceitos. Gestão Pública Tem como objetivo o bem estar da coletividade. Deve seguir os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efici ência. Gestão Privada Tem como objetivo a geração de lucro para seus proprietários. Não é obrigada a respeitar prin cípios constitucionais, seu cerne está construído sobre a vontade do proprietário. O recurso utilizado é público – do povo. O recurso deve ser empregado para o bem estar da coletivi dade. O recurso utilizado é particular – do proprietário da empresa. O recurso pode ser utilizado de qualquer forma pelo proprietário da empresa. Não precisa prestar contas para É necessário prestar contas a coletividade, somente aos para a coletividade. sócios da empresa. Fonte: autor, 2013 O Sindicalismo no Brasil e suas relações com a Administração Pública As origens do sindicalismo no Brasil remonta ao final do século XIX e está vinculada ao processo de transformação de nossa economia, cujo centro era o café, a substituição do trabalho escravo pelo assalariado, a transferência do lucro do café para a indústria e poder político nas mãos dos cafei cultores. (disponível em www.sintet.ufu.br, com adaptações, 2013). Segundo Sistet 2012, suas primeiras formas de orga nização foram: • Sociedades de socorro e ajuda mútua; • União operária, pois a partir do processo de indus trialização, ela passou a se organizar por áreas for mando assim os sindicatos. Quadro demonstrativo de atividades sindicais no Brasil (resumido) Cronologia 1720 1858 - Primeira Greve Um dos primeiros e mais importantes movimentos grevistas ocorreu no Porto de Salvador, na época o maior das Américas. Tipógrafos do Rio de Janeiro, contra as injustiças patronais e reivindicaram aumentos salariais. 1902 II Congresso Socialista Brasileiro - Influência de Marx e Engels. Obs.: Ler trecho do Manifesto página 49. 1906 - I Congresso Operário Brasileiro Um total de 32 delegados na sua maioria do Rio e São Paulo lançou as bases para a fundação da Confederação Operária Brasileira (C.O.B.). 1913 e 1920 II e III Congresso Operário, tentando reavivar a Confederação Operária Brasileira. Greve geral. Em São Paulo, iniciada numa fábrica de tecidos e que recebeu a solidariedade e adesão inicial de todo o setor têxtil, seguindo as demais categorias. De 2.000 trabalhadores parados. 1929 Criou-se a Federação Regional do Rio de Janeiro e no mesmo ano foi realizado o Congresso Sindical Nacional, do qual congregou todos os sindicatos, influenciado pelos comunistas, quando se originou a CGT Central Geral dos Trabalhadores. Mesmo assim, o Estado continua tentando cooptar os sindicatos. 1930 Era Vargas O Ministério do Trabalho procura conter o operariado dentro dos limites do Estado burguês. Política de conciliação entre capital e trabalho Lei sindical de 1931 Lindolfo Collor, 1º Ministro do Trabalho (Decreto n. 1970), cria os pilares do sindicalismo oficial no Brasil. Controle financeiro do Ministério do Trabalho sobre os sindicatos. Definia o sindicalismo como órgão de cola boração e cooperação como Estado. ZÉ CARLOS 1917 6 1934 Coligação dos sindicatos proletários. 1934 Federação Sindical Regional no Rio de Janeiro e em São Paulo no ano de 1935 realizam a Convenção Nacional de Unidade dos Trabalhadores, reunindo 300 delegados representando 500.000 trabalhadores, nessa época reorganizam a Confederação Sindical Unitária, central sindical de todo o movimento operário no Brasil. 1939 Decreto-Lei 1402 O enquadramento sindical, que tinha a função de aprovar ou não a criação de sindicatos. Este órgão era vin culado ao ministério do Trabalho. Nesse mesmo ano criou-se o imposto sindical. 1945 Criou-se o MUT - Movimento Unificador dos Trabalhadores. Objetivos: romper com a estrutura sindical vertical; retomar a luta da classe operária; liberdade sindical; fim do DIP - Departamento de Imprensa e Pro paganda. 1946 Dutra proibiu a existência do MUT e suspendeu as eleições sindicais. 1950 2ª Era Vargas 1924 - 1974 Último governo Vargas. Novamente o movimento sindical atinge grande dimensão. A grande revolta de 1924 em São Paulo levou o governo federal atacar a maior capital do país, expulsando estrangeiros e atingindo os anarquistas que tinham muito peso principalmente na colônia italiana. Meio século depois, o movimento proletário cresceu surgindo o novo sindicalismo. 1963 Fundação da CONTAG. 1983 Nasce a Central Única dos Trabalhadores – CUT. Ao final dos anos 70 e durante as décadas seguintes o sindicalismo vive seu auge, coincide com o término do Período Militar no Brasil e migra-se para o regime Democrático. Surge, dessa forma, o que foi chamado de o “novo sindicalismo”, do qual, dentre outras ações, tinha como a maior das reivindica ções as atuações reivindicatórias ao invés de ficar somente na questão de prestação de assistência aos seus sindicalizados. Chegamos à década 90 e assim vieram grades mudan ças políticas, sociais, econômicas e tecnológicas, principal mente o conceito de globalização que é evidente e forte, fatos esses que desencadeiam um processo de crise forte nos movimentos sindicais, em função da dificuldade em se lidar com essas novas ferramentas e inovações. Como con sequência ocorre uma redução das greves e uma queda da taxa de sindicalização. Mas de qualquer forma, hoje em dia, século XXI, os sindicatos são Entidades de relevância importância para o fortalecimento das diversas classes trabalhadoras e mesmo com todos os avanços e inovações que continuam a aconte cer, o sindicalismo continua na luta por melhores condições de trabalho para tentar proporcionar ao trabalhador uma vida mais digna. ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA. ÉTICA NO SETOR PÚBLICO. DECRETO N. 1.171/1994 A ética é disciplina tradicional da filosofia, também conhecida por filosofia moral, que estabelece princípios de como o ser humano deve agir. Outras definições: • É um padrão aplicável a um grupo bem definido, o qual nos permite avaliar agentes e suas ações. • Pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas. • Conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para o seu exercício profissional, como, por exemplo, os Códigos de Ética dos advogados, médicos, psicólogos, etc. Ética e Moral A palavra ética tem origem grega ethos, que significa o modo de ser, o caráter. A moral, por sua vez, vem do latim mos, significando costume. A moral e a ética não nascem com o homem, mas sim são adquiridas por ele com o hábito. Pode-se concluir então que, ética e moral tem origem nas relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem. É justamente na vida social e comunitária que o homem se reconhece e se realiza como um ser moral e ético. Apesar de serem muitas vezes usadas como sinôni mos, alguns estudiosos fazem uma distinção entre essas duas palavras: Moral, como sendo um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes e valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social, e ética como algo filosófico e científico, que tem como objeto o com portamento moral, tentando perceber, fazer compreender, demonstrar e criticar a moral de uma sociedade. A ética e a moral dizem respeito ao modo de agir perante o outro. No Brasil, a ideia de moral ganha força na própria Constituição que traz, ao longo de seu texto, alguns elementos que identificam questões éticas e morais, como por exemplo, em seu art. 5º, onde estabelece o repúdio ao racismo, ou até mesmo em seu art. 1º, em que estabelece como fundamento da República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana, segundo o qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno correspondente a um valor moral. A moralidade humana deve ser enfocada no contexto histórico-social. As decisões, escolhas, ações e comporta mentos fazem surgir os problemas morais do cotidiano, pois necessitam de um julgamento de valor do que é justo ou injusto, bom ou mau, certo ou errado, pela moral da época. Valores e Princípios Um valor é, genericamente, tudo aquilo que afirmamos merecer ser desejado. Dá um caráter positivo a algo que o possui. Os valores são eleitos pela própria sociedade, sendo necessários ao convívio entre seus membros e limitando a discricionariedade que cada indivíduo tem de determinar o que é moral. Assim, é diminuída a margem para que cada um determine o que é, e o que não é moral, o que acabaria por acarretar na total relativização das regras (cada um tem as suas e faz o que bem entender). Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática, orientando nossas escolhas e decisões. 7 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fonte: Autor, 2014 Uma ação é certa ou errada em função de suas consequências ou resultados provocados, avaliados segundo um determinado padrão de valor. A resposta à questão “o que eu devo fazer?” é definida em função do cálculo das consequências. É necessário destacar que a ética não estabelece mandamentos, uma vez que não existem regras definiti vamente estabelecidas ou absolutas, mas sim um “eterno pensar, refletir, construir”. O pensamento ético se desen volve em princípios, haja vista o caráter abstrato dos valo res em questão. As pessoas não nascem boas ou ruins. É a sociedade que educa moralmente seus membros através de influência da família, da escola, dos meios de comunicação e do conví vio com outras pessoas. Ética e democracia: exercício da cidadania REBECA GUIMARÃES A democracia é um regime político e também um modo de sociabilidade, tendo como pressupostos a justiça, a igual dade e a equidade, regulando as relações sociais e permi tindo a expressão das diferenças e conflitos, logo, pertence ao núcleo moral central da sociedade. Com a democracia, deve-se levar em conta a liberdade, a tolerância, o diferente e a sabedoria de conviver com as difi culdades. Essa valorização da liberdade, ao contrário do que se possa pensar, não colide com a presença de um conjunto central de valores, mas sim garante a possibilidade da liber dade humana, estabelecendo limites para que todos possam fazer uso da mesma, de forma a mantê-la. A cidadania, por sua vez, vai além da conquista de igual dade de direitos e deveres a todos os seres humanos, rela cionando-se com uma vida digna para todos os cidadãos. A ideia de cidadania está adstrita a um conjunto de direitos e deveres que permite aos cidadãos participar da vida política e da vida pública, como por exemplo, a possibilidade de votar e ser votado, participar ativamente na elaboração das leis e exercer funções públicas. Entretanto, para que o modelo de democracia seja justo e almeje a liberdade individual e coletiva, é necessário que a igualdade e a equidade sejam complementares, ou seja, que a equidade venha a estabelecer um princípio da diferença dentro da igualdade. Se pensarmos em democracia, sem levar em consideração as desigualdades existentes, acabamos por destruir a liberdade. Portanto, uma lei somente poderá ser considerada justa quando, além de reconhecer que todos são considerados iguais perante ela, considerar as possíveis diferenças relacionadas a seu cumprimento ou sua violação. Ética e Função Pública Os agentes públicos, em sua atuação, agem em nome do Estado. Todos os desvios de sua conduta ética, direta ou indiretamente, abalam a confiança que toda a sociedade deposita na Administração Pública, sendo fator de desmo ralização do serviço público e acarretando a insatisfação de todos os que pagam seus tributos. A imagem e a reputação do administrador deve ser pre servada e sua conduta deve sempre estar de acordo com os padrões éticos. As autoridades de nível superior hierárquico 8 deverão ser exemplo para toda a Administração Pública, para que assim a sociedade possa confiar na integridade e legalidade do processo decisório governamental. Ética no Setor Público O serviço público envolve a confiança do público, sendo assim, seu padrão ético, em grande parte, de sua própria natureza. No intuito de desenvolver o pensamento ético entre os seus servidores, a Administração, nos últimos anos, instituiu vários Códigos de Ética de observância obrigatória por todos os seus agentes, no sentido de criar uma consciência ética comum em todo o serviço público. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, uma vez que irá refletir o exercício da vocação do próprio poder estatal. Os atos, comportamentos e atitudes do servidor público devem ser conduzidos a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. O servidor público jamais poderá des prezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto. O agente público deve ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, e sempre buscando melhor e a mais vantajosa opção para o bem comum. DECRETO N. 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribui ções que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992, DECRETA: Art. 1º Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. Art. 2º Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empre gados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. Art. 3º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. CAPÍTULO I Seção I Das Regras Deontológicas I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a cons ciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da voca ção do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o con veniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da Constituição Federal. III – A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como ele mento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade. V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. VI – A função pública deve ser tida como exercício pro fissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na con duta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. VII – Salvo os casos de segurança nacional, investiga ções policiais ou interesse superior do Estado e da Adminis tração Pública, a serem preservados em processo previa mente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos inte resses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má von tade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas fun ções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não carac teriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumani dade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tor nam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas rela ções humanas. XIII – O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. EXERCÍCIOS (AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ DEPEN/ 2013/ CESPE) Julgue os itens subsecutivos à luz das disposi ções constantes do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 1. A pena aplicável ao servidor público pela comissão de ética é a pena de suspensão do serviço público por, no máximo, trinta dias. 2. Para fins de apuração de comprometimento ético, a retribuição financeira pela prestação de serviço não constitui elemento indispensável para a caracterização do indivíduo como servidor público. 3. É permitido ao servidor público omitir a verdade quan do esta for contrária aos interesses da própria pessoa interessada. 4. O servidor público não pode receber prêmio para o cumprimento de sua missão no âmbito da administra ção pública. 9 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ANEXO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL Acerca de ética e função pública, bem como ética no serviço público, julgue os itens subsequentes. 5. A moralidade do ato praticado pela Administração Pú blica é evidenciada pela exclusiva análise da distinção entre o bem e o mal. 6. Embora a função pública, tida como exercício profis sional, integre a vida particular de cada servidor, os fatos ocorridos no âmbito de sua vida privada não po dem influenciar o seu bom conceito na vida funcional. Tendo em vista que, na análise dos aspectos que envol vem a ética e os serviços públicos, é imprescindível conside rar que a prestação desses serviços tem como base o servi dor público ou funcionário público, recrutados no meio social de onde se originam os seus valores tradicionais, julgue o item seguinte. 7. (ADMINISTRADOR/ FUB/ 2013/ CESPE) A função pública do servidor caracteriza seu exercício profissional, integrando-se, desse modo, à sua vida particular, fazen do que seus atos na conduta diária da vida privada acres çam ou diminuam o seu bom conceito na vida funcional. (VÁRIOS CARGOS/ TJDFT/ 2013/ CESPE) Julgue os itens subsequente, relativos à ética no serviço público. 8. A penalidade de demissão pode ser aplicada a ser vidor público que deixa de utilizar os avanços do co nhecimento e da ciência para desempenhar, com mais qualidade, suas atribuições e responsabilidades. 9. A modicidade das tarifas cobradas pela prestação de serviços públicos é um exemplo da conduta ética do Estado para com a sociedade. 10. A qualidade dos serviços públicos depende fortemente da moralidade administrativa e do profissionalismo de servidores públicos. 11. Quando prejudica a reputação de um colega de traba lho, o servidor pratica ato de improbidade administra tiva que atenta contra os princípios da Administração Pública. REBECA GUIMARÃES 12. A procrastinação é uma conduta que pode configurar ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário, por gerar atrasos e ineficiência do serviço público. 13. O poder-dever de agir do servidor público revela-se quando ele cumpre seu dever para com a comunidade e para com os indivíduos que a ela pertencem. (ANALISTA AMBIENTAL/ TEMA 2/ IBAMA/ 2013/ CESPE) Acerca da ética no serviço público, julgue os itens que seguem. 14. No âmbito da Administração Pública federal, o servidor interessado deve solicitar a abertura de processo ad ministrativo à sua chefia imediata, a quem cabe decidir sobre a formalização do pedido e o início do processo. 10 15. Considere que uma servidora pública, impedida de se ausentar de uma reunião de trabalho, tenha solicitado ao motorista à sua disposição, designado pelo órgão onde ela trabalha, para buscar sua filha no colégio. Nessa situação hipotética, a conduta da referida servi dora foi antiética, pois ela desviou o motorista de suas atividades para atender a interesse particular. GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. E C E C E E C E C C E E C E C NOÇÕES DE INFORMÁTICA S U M ÁRI O NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL (AMBIENTES LINUX E WINDOWS).................................................276 EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT OFFICE E BROFFICE).....289 REDES DE COMPUTADORES.......................................................................................................................336 CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E INTRANET...340 PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO (MICROSOFT INTERNET EXPLORER, MOZILLA FIREFOX E GOOGLE CHROME).....................................................................................................................................................343 PROGRAMAS DE CORREIO ELETRÔNICO (OUTLOOK EXPRESS E MOZILLA THUNDERBIRD). SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET. GRUPOS DE DISCUSSÃO. REDES SOCIAIS. COMPUTAÇÃO NA NUVEM (CLOUD COMPUTING). ARMAZENAMENTO DE DADOS NA NUVEM (CLOUD STORAGE)..........357/366 CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS................................................................................................................................................287 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA. NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS. APLICATIVOS PARA SEGURANÇA (ANTIVÍRUS, FIREWALL, ANTI-SPYWARE ETC.). PROCEDIMENTOS DE BACKUP..........................................................................................................361 LINUX HENRIQUE SODRÉ O Linux é um sistema operacional criado em 1991 por Linus Torvalds na universidade de Helsinki na Finlândia. É um sistema operacional de código aberto sob a licença GPL criada pela FSF (Free Software Foundation). O Linux já alcançou a participação de 1% no mercado de sistemas operacionais. Fica atrás apenas de Windows e Mac. Muitas empresas já adotaram o Linux como plata forma. Devido ao fato de existirem diversas distribuições não comerciais, o Linux passou a ser adotado também por vários órgãos do governo como uma medida para diminuir gastos, pois a licença de uso dos programas da Microsoft tem um custo relativamente alto. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • • • • • • • • • • É um software livre. Multitarefa. Multiusuário. Multiprocessamento. Suporte a nomes extensos de arquivos e diretórios (255 caracteres). Suporte a dispositivos Plug-and-Play (PnP). Memória virtual por paginação. Biblioteca compartilhadas. Possui Kernel monolítico. Toda distribuição do Linux possui um editor chamado vi que pode ser utilizado, por exemplo, para a edição de arquivos de configuração. • /dev Contém arquivos usados para acessar disposi tivos (periféricos) existentes no computador. • /etc Arquivos de configuração de seu computador local. • /floppy Ponto de montagem de unidade de disque tes. • /home Diretórios contendo os arquivos dos usuários. • /lib Bibliotecas compartilhadas pelos programas do sistema e módulos do kernel. • /lost+found Local para a gravação de arquivos/dire tórios recuperados pelo utilitário. • fsck.ext2. Cada partição possui seu próprio diretório lost+found. • /mnt Ponto de montagem temporário. • /proc Sistema de arquivos do kernel. Este diretório não existe em seu disco rígido, ele é colocado lá pelo kernel e usado por diversos programas que fazem sua leitura, verificam configurações do sis tema ou modificam o funcionamento de dispositivos do sistema através da alteração em seus arquivos. • /root Diretório do usuário root. • /sbin Diretório de programas usados pelo superusu ário (root) para administração e controle do funcio namento do sistema. • /tmp Diretório para armazenamento de arquivos tem porários criados por programas. • /usr Contém maior parte de seus programas. Normal mente acessível somente como leitura. • /var Contém maior parte dos arquivos que são gra vados com frequência pelos programas do sistema, e-mails, spool de impressora, cache etc. PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES PRINCIPAIS COMANDOS Todo sistema operacional possui um Kernel. O Kernel é o núcleo do sistema operacional. Ele controle todo o har dware do computador. Pode ser visto como o intermediário entre os programas e o hardware. O kernel é importante em um sistema operacional, mas, para torná-lo funcional, outros programas também são necessários. Existem pessoas ou organizações que deci dem criar distribuições com outros programas essenciais como ambiente gráfico, ambiente de comando, editores de texto, planilhas eletrônicas, navegadores etc. Existem distribuições bastante conhecidas como: Red Hat, Suse, Ubuntu, Mandriva, Kurumin, Conectiva, Debian. O Linux possui um ambiente de comando chamado de Shell. O Shell é o programa que permite a interação do usuá rio com o sistema, em modo texto. Os mais conhecidos são: Bourne Shell (sh), C Shell (csh), Korn Shell (ksh), Bash Shell (bash). O Shell mais utilizado é o bash. O uso do Shell se baseia em comandos digitados em uma linha de comando. Os comandos têm normalmente a sin taxe: comando – opções – parâmetros. Cada comando possui opções. É importante ressaltar que o Linux é case sensitive, ou seja, ele diferencia maiúsculas e minúsculas. Estrutura de diretórios Segundo o FHS (Filesystem Hierachy Standard), o sis tema GNU/Linux possui a seguinte estrutura básica de dire tórios: • /bin Contém arquivos programas do sistema que são usados com frequência pelos usuários. • /boot Contém arquivos necessários para a iniciali zação do sistema. • /cdrom Ponto de montagem da unidade de CD-ROM. • /media Ponto de montagem de dispositivos diversos do sistema (rede, pen-drives, CD-ROM em distribui ções mais novas). 2 PRINCIPAIS COMANDOS DO LINUX: • ls: lista os arquivos de um diretório. É importante res saltar que, no Linux, os arquivos ocultos listados pos suem um “.” (ponto) antes do nome. • cd: entra em um diretório. É possível utilizar “cd ..” para sair de um diretório. • pwd: mostra o nome e o caminho do diretório atual. • mkdir: cria um diretório. • rmdir: remove um diretório. • clear: permite limpar a tela. • mv: permite mover um arquivo. A opção também pode ser utilizada para renomear um arquivo. • cp: permite copiar um arquivo. • rm: permite apagar arquivos. • • • • • • • • • date: permite verificar a data e a hora. man: permite obter ajuda. reboot: reinicia o computador. shutdown: permite desligar ou reiniciar o computa dor (shutdown –r 20 faz o computador ser reiniciado após 20 minutos, por exemplo). who: lista os nomes de usuários que estão conecta dos ao computador. whoami: mostra o nome que usou para se conectar ao sistema. passwd: muda a senha do usuário ou grupo. cat: mostra o conteúdo de arquivo binário ou texto. cal: mostra o calendário. find: procura por arquivos/diretórios no disco. chmod: muda as permissões de um usuário ou grupo para um arquivo ou diretório. chgrp: muda o grupo de um arquivo ou diretório. chown: muda o dono de um arquivo ou diretório. PERMISSÕES Quanto aos tipos de permissões que se aplicam ao dono, grupo e outros usuários, temos 3 permissões básicas: • r – Permissão de leitura para arquivos. Caso for um diretório, permite listar seu conteúdo (através do comando ls, por exemplo). • w – Permissão de gravação para arquivos. Caso for um diretório, permite a gravação de arquivos ou outros diretórios dentro dele. Para que um arquivo/diretório possa ser apagado, é necessário o acesso a grava ção. • x - Permite executar um arquivo (caso seja um pro grama executável). Caso seja um diretório, permite que seja acessado através do comando cd. As permissões de acesso a um arquivo/diretório podem ser visualizadas com o uso do comando ls -la. As 3 letras (rwx) são agrupadas da seguinte forma: -rwxrwxrwx henrique users texto Primeiro vamos entender as dez primeiras letras da esquerda para a direita: • A primeira letra informa se o item que estamos tra balhando é um arquivo, diretório ou link. Se apa recer um “d” é um diretório, um “l” um link a um arquivo no sistema, um “-” quer dizer que é um arquivo comum. No caso, percebemos que texto é um arquivo. • Da segunda a quarta letra (rwx) dizem qual é a per missão de acesso ao dono do arquivo. Neste caso henrique tem a permissão de ler (r - read), gravar (w - write) e executar (x -execute) o arquivo texto. • Da quinta a sétima letra (rwx) diz qual é a permissão de acesso ao grupo do arquivo. Nesse caso, todos os usuários que pertencem ao grupo users têm a permissão de ler (r), gravar (w), e também executar (x) o arquivo texto. • Da oitava à décima letra obtemos as informações das permissão de acesso a outros usuários. Nesse caso, esses outros usuários têm a permissão de ler(r), gravar(w), e também executar(x) o arquivo texto. Exemplos de utilização do comando chmod em que u (user – dono do arquivo), g (group – grupo) e o (others – outros): • chmod g+r *: permite que todos os usuários que pertençam ao grupo dos arquivos (g) tenham (+) permissões de leitura (r) em todos os arquivos do diretório atual. • chmod o-r texto.txt: retira (-) a permissão de lei tura (r) do arquivo texto.txt para os outros usuários (usuários que não são donos e não pertencem ao grupo do arquivo texto.txt). • chmod uo+x texto.txt: inclui (+) a permissão de execução do arquivo texto.txt para o dono e outros usuários do arquivo. • chmod a+x texto.txt: inclui (+) a permissão de execução do arquivo texto.txt para o dono, grupo e outros usuários. • chmod a=rw texto.txt: define a permissão de todos os usuários exatamente (=) para leitura e gravação do arquivo texto.txt. Comparação entre dispositivos DOS/Windows A: B: C: LPT1 LPT2 LPT3 COM1 COM2 COM3 COM4 Linux /dev/fd0 /dev/fd1 /dev/hda1 ou /dev/sda1 /dev/lp0 /dev/lp1 /dev/lp2 /dev/ttyS0 /dev/ttyS1 /dev/ttyS2 /dev/ttyS3 WINDOWS 7 PRINCIPAIS INOVAÇÕES • Snap: é uma nova maneira de redimensionar jane las abertas, simplesmente arrastando-as para as bordas da tela. Dependendo do local para onde você arrastar uma janela você poderá colocá-la na tela inteira ou exibi-la lado a lado com outra janela. 3 NOÇÕES DE INFORMÁTICA • • • • HENRIQUE SODRÉ • Aero Peek: permite que você enxergue através de outras janelas abertas no Windows 7. Para visuali zar o desktop deixando todas as janelas transpa rentes, basta apontar o ponteiro do mouse para a borda direita da barra de tarefas e perceba que as janelas abertas ficarão transparentes: Para visualizar uma janela deixando todas as janelas transparentes, basta apontar o ponteiro do mouse para o ícone da janela na barra de tarefas. Caso o usuário clique no botão Mostrar a Área de Tra balho, as janelas serão minimizadas. Caso o usuário clique novamente o botão, as janelas serão mostradas novamente. 4 • Aero Shake: ao pressionar e manter pressionado o botão esquerdo do mouse sobre a barra de títulos e chacoalhar o mouse para direita e para esquerda rapidamente, todas as janelas serão minimizadas exceto a janela na qual a ação foi feita. • Lista de atalhos: a lista de atalhos aparece ao se clicar com botão direito do mouse sobre um ícone na barra de tarefas. A lista de atalhos depende totalmente do programa. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Word, aparecem os documentos recentes. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Internet Explorer, aparece a lista de sites visitados com frequência. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Windows Media Player, aparece uma lista com as músicas que você escuta mais. Clicar com o botão direito do mouse em um ícone de programa permite fixar ou desafixar um programa na barra de tarefas e permite fechar o programa. Fixar o programa permite manter o ícone do programa na barra de tarefas sempre disponível. • Windows Live Essentials: é um software gratuito que pode ser baixado da Internet permitindo ampliar os recursos do Windows 7. O download gratuito inclui: Messenger, Galeria de Fotos, Mail, Writer, Movie Maker, Proteção para a Família, Toolbar. O Messenger permite realizar uma conversa instan tânea com amigos e familiares. A Galeria de Fotos permite encontrar e compartilhar fotos. O Mail per mite gerenciar várias contas de e-mail. O Writer per mite gerenciar um blog, criando posts e adicionando fotos e vídeos. O Movie Maker permite transformar fotos e vídeos em filmes. O Proteção para a Famí lia permite gerenciar atividades online para a segu rança das crianças. O Toolbar permite fazer buscas na web utilizando o Bing. • Nova Barra de Tarefas do Windows: é o mesmo local para alternar entre janelas. Mas a barra de tarefas ganhou novas funcionalidades. Por exem plo, é possível fixar programas na barra de tarefas, reordenar os ícones clicando e arrastando, visuali zar uma miniatura dos programas e arquivos aber tos. Apontando para o ícone de um programa na barra de tarefas é possível visualizar a miniatura da janela e também fechar a janela. O Windows Vista somente permitia visualizar a miniatura, mas não permitia fechar a janela. NOÇÕES DE INFORMÁTICA • Gadgets: o Windows 7 não tem o recurso de Barra Lateral (Sidebar) do Windows Vista. Mas os Gad gets (tradução: bugigangas) foram mantidos. O usu ário poderá exibi-los na área de trabalho. Para adi cionar, o usuário poderá clicar com o botão direito do mouse sobre a área de trabalho e selecionar a opção Gadgets. • Central de Ações: o Central de Ações centraliza as mensagens dos principais recursos de manu tenção e segurança do Windows, incluindo o Win dows Defender e Controle de Conta de Usuário. Se o Windows precisar emitir um aviso, aparecerá um ícone na barra de tarefas. Ao clicar o ícone, você verá alertas e correções sugeridas para problemas. Você poderá ajustar quais mensagens serão mos tradas no Painel de Controle. • Modo Windows XP: o modo Windows XP permite executar programas antigos do Windows XP na área de trabalho do Windows 7. O modo Windows XP é um download separado e funciona apenas no Windows 7 Professional, Ultimate e Enterprise. O modo Windows XP também exige software de virtu alização como o Microsoft Virtual PC, que também está disponível gratuitamente para download. A intenção é impedir que programas corporativos anti gos se tornem obsoletos, ou seja, possam ser exe cutados no Windows 7. • Streaming de mídia remoto: com dois computa dores com Windows 7 e conectados à Internet, a ferramenta permite que você possa acessar a sua biblioteca do Windows Media Player remotamente. Essa ferramenta só está disponível nas versões Home Premium, Professional, Ultimate e Enterprise do Windows 7. • Controle dos Pais: você pode usar os Controles dos Pais para definir limites para a quantidade de horas que seus filhos podem usar o computador, os tipos de jogos que podem jogar e os programas que podem executar. Com os Controles dos Pais no Windows Media Center, também é possível blo quear o acesso a filmes e programas de TV censu ráveis. • Lista de Saltos: a Lista de Saltos aparece no menu Iniciar e na barra de tarefas. As Listas de Saltos são listas de itens recentes, como arquivos, pastas ou sites, organizados pelo programa que você usa para abri-los. Além de poder abrir os itens recen tes usando uma Lista de Saltos, você pode também fixar itens favoritos em uma Lista de Saltos. 5 HENRIQUE SODRÉ Ferramentas que vieram do windows vista • Windows Aero: é a interface de usuário para a visualização das janelas. O recurso possui uma aparência de vidro transparente com animações sutis de janelas e novas cores de janelas. Recur sos do Windows Aero: Miniatura ao Vivo na Barra de Tarefas, o Windows Flip, o Windows Flip 3D e a Barra Lateral. O Windows Aero foi aprimorado do Windows Vista para o Windows 7. • Windows Flip: é a evolução da alternância de janelas realizada pelas teclas ALT+TAB. O Win dows Flip exibe uma miniatura das janelas abertas ao invés de ícones genéricos, facilitando as iden tificações rápidas das janelas. • Pesquisa Indexada (Windows Search): o Win dows gera um arquivo de índice com as informa ções catalogadas dos arquivos que estão nas pastas cuja indexação é realizada. Para escolher quais pastas são indexadas, o usuário poderá acessar a opção Opções de Indexação do Painel de Controle. O índice armazena informações sobre arquivos, incluindo o nome do arquivo, data de modificação e propriedades como autor, marcas e classificação. Ou seja, a pesquisa é feita no índice e não nos arquivos e é esse índice que permite obter o resultado de uma pesquisa em apenas alguns segundos. O Windows Search foi aprimo rado do Windows Vista para o Windows 7. • Windows Defender: o Windows 7 possui anti -spyware nativo. Com o Windows Defender o usu ário poderá verificar a existência desse tipo de código malicioso. O Windows Defender foi aprimo rado do Windows Vista para o Windows 7. • Windows ReadyBoost: o Windows ReadyBoost foi projetado para ajuda quando a memória do PC for insuficiente. Pouca memória RAM pode tornar o computador lento porque, com pouco memó ria RAM, o Windows utiliza a memória virtual. A memória virtual é criada a partir do disco rígido. Como o disco rígido é uma memória lenta, ao utili zar a memória virtual o computador ficará lento. O ideal é ter bastante memória RAM. O ReadyBoost permite utilizar uma memória flash (como um pen drive, por exemplo) como alternativa para a pouca quantidade de memória RAM. • Windows Flip 3D: é outra maneira de se encon trar uma janela. Ao se utilizar as teclas WINKEY + TAB, o Windows Flip 3D exibe o conteúdo das janelas de forma empilhada e tridimensional. • BitLocker: permite proteger os dados contra perda, roubo ou hackers. O BitLocker foi aprimo rado no Windows 7 e está disponível na versão Ultimate. O BitLocker criptografa toda a unidade na qual o Windows e seus dados estão armazenados. Uma inovação é o BitLocker To Go que permite criptografar todo o conteúdo de um dispositivo de 6 DESKTOP É a tela inicial do Windows. Na configuração padrão do Windows 7, o Desktop aparece conforme a figura abaixo. O Desktop também é chamado de Área de Trabalho. NOÇÕES DE INFORMÁTICA armazenamento portátil como unidades flash USB e discos rígidos externos. O BitLocker foi aprimo rado do Windows Vista para o Windows 7. • Índice de Experiência do Windows: o Índice de Experiência do Windows mede a capacidade de configuração de hardware e software do computa dor e expressa essa medida como um número deno minado pontuação básica. Uma pontuação básica mais alta significa geralmente que o computador terá um desempenho melhor e mais rápido do que um computador com uma pontuação básica mais baixa ao executar tarefas mais avançadas e inten sivas em recursos. • Ferramenta de captura: permite capturar uma parte da tela para salvar ou compartilhar a imagem. EXERCÍCIOS Julgue os itens a seguir, a respeito dos sistemas ope racionais Windows e Linux. 1. • Notas Autoadesivas: permite criar notas na área de trabalhar para lembrar de algo que deve ser feito. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) Para se iniciar uma pesquisa de arquivos no Windows 8.1, é suficiente pressionar simultaneamente as teclas . Acerca do Microsoft Office 2013, julgue os itens sub sequentes. No que diz respeito aos conceitos e ferramentas de redes de computadores e ao programa de navegação Google Chrome, julgue os itens que se seguem. 2. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) Tanto o Ping quanto o Traceroute são ferramentas utilizadas na sondagem de uma rede de computadores. Julgue os itens seguintes, no que se refere ao pro grama de correio eletrônico Mozilla Thunderbird e ao conceito de organização e gerenciamento de arquivos. 3. • Atualização do Windows Anytime: caso o usuário queira atualizar o Windows 7 para uma versão com mais recursos, ele poderá comprar um disco de atualização ou usar o Windows Anytime para adquirir a atualização online. O usuário poderá, em menos de 10 minutos, fazer a atualização online do Windows 7 Home Premium para o Ultimate, por exemplo, mantendo os programas instalados, arqui vos e configurações. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) O Mozilla Thunder bird permite que o usuário exclua automaticamente mensagens indesejadas por meio da utilização de filtros, ainda que não forneça a opção de bloquear emails de um domínio específico. Acerca dos procedimentos de segurança e de becape, julgue os itens subsecutivos. 4. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) A realização de be cape dos dados de um computador de uso pessoal garante que o usuário recuperará seus dados caso ocorra algum dano em seu computador. 7 5. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) A implantação de procedimentos de segurança nas empresas consiste em um processo simples, não sendo necessário, por tanto, que sua estrutura reflita a estrutura organizacio nal da empresa. Com referência à situação mostrada na figura acima, que reproduz parte de uma janela do Outlook Express, julgue os próximos itens. 9. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Ao se clicar a HENRIQUE SODRÉ , será apresentada a lista pasta de todos os emails que foram enviados a partir do Outlook Express. 10. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Se o usuário em questão possuísse inscrição em Grupos de discussão ou Redes sociais, a opção todos — seria habilitada. — Responder a 11. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) O número (310) mostrado ao lado da opção indica o número de amigos que o usuário em questão possui. Julgue os itens subsequentes, relativos a conceitos de segurança da informação. Na situação mostrada na figura acima, que reproduz parte de uma janela do sistema operacional Windows, 6. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) ao clicar a opção , o usuário terá acesso ao banco de dados do sistema operacional Windows que apresenta as pastas e subpastas com os arquivos de progra mas desse sistema operacional. 7. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) a opção per mite localizar arquivos ou pastas no computador local, dados na Internet ou, ainda, pessoas no Active Directory. 8. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) a opção possibilita que o usuário acesse informações a respeito dos discos disponíveis localmente e na rede, bem como das opções de computação em nuvem. 12. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Procedimentos de becape são essenciais para a recuperação dos dados no caso de ocorrência de problemas técnicos no com putador. 13. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Phishing é a técnica de criar páginas falsas, idênticas às oficiais, para capturar informações de usuários dessas pá ginas. 14. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) O armazenamen to em nuvem, ou em disco virtual, possibilita o arma zenamento e o compartilhamento de arquivos e pastas de modo seguro, ou seja, sem que o usuário corra o risco de perder dados. A figura acima, que ilustra uma janela do Windows 7, mostra o conteúdo da pasta denominada Docs. Com referência à situação mostrada nessa figura, ao Windows 7 e a conceitos de informática, julgue o item abaixo. 15. (CESPE/PCDF/AGENTE) Para se verificar, por meio de um programa antivírus instalado no computador, se os três arquivos da pasta Docs contêm algum tipo de vírus ou ameaça digital, é suficiente clicar o botão , localizado próximo ao canto superior direito da janela. 8 Com relação ao Word 2010 e à figura acima, que mostra uma janela desse software com trecho de um texto em processo de edição, julgue os itens subsequentes. 16. (CESPE/PCDF/AGENTE) A ferramenta pode ser usada para realçar o texto selecionado, à seme lhança do que se pode fazer com um marca-texto em um texto manuscrito ou impresso sobre papel. 17. (CESPE/PCDF/AGENTE) Ao se selecionar o trecho Distrito Federal e clicar no botão , esse trecho será excluído. O mesmo efeito ocorreria se, após a seleção desse trecho, fosse pressionada a tecla . A figura acima mostra uma janela do Excel 2010, com uma planilha em processo de edição. Essa planilha hipotética contém os preços unitários de cadeiras e mesas, assim como a quantidade de itens a serem ad quiridos de cada um desses móveis. Com relação a essa planilha e ao Excel 2010, julgue o item seguinte. 18. (CESPE/PCDF/AGENTE) Para se inserir na célula D2 o preço total das duas mesas e na célula D3, o preço total das oito cadeiras, é suficiente realizar a seguinte sequência de ações: clicar a célula D2; digitar =B2*C2 Considerando a figura acima, que ilustra parte de uma janela do PowerPoint 2010 com uma apresentação em processo de edição, julgue o item abaixo. 19. (CESPE/PCDF/AGENTE) A ferramenta corresponden pode ser usada em uma sequência de te ao botão ações para se ajustar o espaçamento entre caracteres de um texto da apresentação que for selecionado. Com relação ao navegador Google Chrome e à situ ação apresentada na figura acima, que mostra uma janela desse software, julgue o seguinte item. 20. (CESPE/PCDF/AGENTE) Ao se clicar o botão , será exibida uma lista de opções, entre as quais uma que permitirá imprimir a página em exibição. 9 NOÇÕES DE INFORMÁTICA e, em seguida, teclar ; clicar a célula D2 com o botão direito do mouse e, na lista de opções que sur ge em decorrência dessa ação, clicar a opção Copiar; clicar a célula D3; pressionar e manter pressionada a tecla e, em seguida, acionar a tecla . HENRIQUE SODRÉ O uso de recursos de tecnologias da informação e das comunicações encontra-se difundido e disse minado em toda sociedade. Nesse contexto, ações de investigação criminal necessitam estar adapta das para identificar e processar evidências digitais de modo a produzir provas materiais. Para tanto, existem diversos tipos de exames técnico-científicos utilizados em investigações. Acerca desses exames, julgue os itens a seguir. 21. (CESPE/PCDF/AGENTE) Computadores infecta dos com vírus não podem ser examinados em uma investigação, pois o programa malicioso instalado compromete a integridade do sistema operacional. 22. (CESPE/PCDF/AGENTE) Navegadores da Web po dem ser configurados para não registrar os registros (logs) de navegação ou para excluí-los automatica mente. Esse tipo de ação dificulta o exame de infor mações acerca de sítios web visitados a partir de determinado sistema. 23. (CESPE/PCDF/AGENTE) Exames em mensagens eletrônicas, tais como emails, permitem identificar o responsável pelo envio das mensagens, uma vez que as mensagens utilizadas nesse tipo de comuni cação sempre contêm um endereço que identifica o remetente da mensagem. Diversos protocolos são utilizados em uma comuni cação pela Internet, mas apenas alguns deles con tribuem para a segurança da comunicação. A esse respeito, julgue os itens seguintes. 24. (CESPE/PCDF/AGENTE) Os protocolos TLS (Trans port Layer Security) e SSL (Secure Sockets Layer) possuem propriedades criptográficas que permitem assegurar a confidencialidade e a integridade da co municação. 25. (CESPE/PCDF/AGENTE) O protocolo DNS é usado para traduzir um nome em um endereço IP e vice -versa, ao passo que o FTP é um protocolo de trans ferência de arquivos que possui como requisito o protocolo de transporte UDP. Malware é qualquer tipo de software que pode cau sar algum impacto negativo sobre a informação, podendo afetar sua disponibilidade, integridade e confidencialidade. Outros softwares são produzidos para oferecer proteção contra os ataques provenien tes dos malwares. Com relação a esse tema, julgue os próximos itens. 26. (CESPE/PCDF/AGENTE) Firewalls são dispositivos de segurança que podem evitar a contaminação e a propagação de vírus. Por outro lado, antivírus são ferramentas de segurança capazes de detectar e evitar ataques provenientes de uma comunicação em rede. 10 27. (CESPE/PCDF/AGENTE) Os vírus, ao se propaga rem, inserem cópias de seu próprio código em ou tros programas, enquanto os worms se propagam pelas redes, explorando, geralmente, alguma vulne rabilidade de outros softwares. Acerca do sistema operacional MS-Windows, julgue os itens a seguir. 28. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) A opção de linha de comando da ferramenta Sysprep para preparar uma imagem de instalação do Windows 7 que remova todas as informações únicas do sistema é /unattend. 29. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) Utilizando-se o BitLocker to Go do Windows 7, é pos sível estender o suporte para a criptografia de unidade de disco BitLocker aos dispositivos de armazenamento USB removíveis, o que contribui para proteger os da dos desses dispositivos caso estes sejam perdidos ou roubados. GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. C C C E E E C E C E E C C C E C E C C C E C E C E E C E C NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL S U M ÁRI O CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.........374 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, DIREITOS SOCIAIS, DIREITOS DE NACIONALIDADE, DIREITOS POLÍTICOS, PARTIDOS POLÍTICOS........381 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVAA DO ESTADO. ESTADO FEDERAL BRASILEIRO, UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL, MUNICÍPIOS E TERRITÓRIOS......................................................420 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DISPOSIÇÕES GERAIS, SERVIDORES PÚBLICOS...........................................429 PODER EXECUTIVO. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.................450 DIREITO CONSTITUCIONAL NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Conceito de Direito Constitucional O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público Interno, que tem como função precípua organizar o funcio namento do Estado, no que tange à distribuição das esferas de competência do poder político, bem como no tocante aos direitos fundamentais dos indivíduos para com o Estado, ou como membros da comunidade política. Conceito de Constituição Nas palavras do ilustre doutrinador Alexandre de Moraes, Constituição latu sensu, é o ato de constituir, de estabelecer, de firmar; ou, ainda, o modo pelo qual se cons titui uma coisa, um ser vivo, um grupo de pessoas; organiza ção, formação. Juridicamente, porém, Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aqui sição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. Além disso, é a Constituição que individualiza os órgãos competentes para a edição de normas jurídicas, legislativas ou administrativas. IVAN LUCAS Conceito de Estado A moderna acepção de Estado que conhecemos tem suas origens na famosa obra de Nicolau Maquiavel, intitu lada, “O Príncipe”. Nesse sentido, podemos definir o Estado como uma organização jurídica, social e política de um povo em um determinado território, dirigido por um governo soberano. Portanto, esses 3 elementos reunidos formam o Estado: povo, território e soberania. Ressalte-se que o Estado é um ente personalizado que se apresenta, tanto nas relações internacionais, no conví vio com outros Estados, quanto internamente, como sujeito capaz de adquirir direitos e contrair obrigações. Não obstante, a vontade do Estado é manifesta pelo exercício de seus Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciá rio. Esses poderes são independentes e harmônicos entre si. A função típica do Poder Executivo é a aplicação das leis ao caso concreto – função administrativa; o Legislativo tem as funções de legislar e fiscalizar – função normativa; e o Judiciário tem as funções de aplicar a lei a situações concre tas e litigiosas, e proteger as Constituições Federal e Esta duais e a Lei Orgânica do DF no julgamento de controle de constitucionalidade – função judicial aplicando a lei de forma coativa. ELEMENTOS PODERES Povo Legislativo Território Executivo Governo Soberano Judiciário 2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania; III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre ini ciativa; V – o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. O art. 1º da Constituição coloca, em seu caput, as principais características do Estado brasileiro: forma de Estado: Federação; forma de Governo: República; Sistema de Governo: Presidencialista; característica do Estado brasi leiro: Estado democrático de direito; e os entes que compõe a Federação: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Forma de Estado: – Estado Federal – Estado Unitário A forma de Estado que se adota no Brasil é a federa ção, ou seja, existem em um mesmo território unidades que são dotadas de autonomia política e que possuem compe tências próprias. O art. 1º da Constituição, em seu caput, aponta que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel, que significa que não pode haver separação ou secessão, dos Estados, Municípios e Distrito Federal. Ressalte-se que no art. 18, a Carta Maior estabelece, de forma complementar, que “a organização político-admi nistrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. Cabe observar que a forma federativa de Estado, no Brasil, é cláusula pétrea, não podendo ser objeto de deli beração propostas de emendas constitucionais tendentes a aboli-la. A Federação brasileira constitui-se de um poder central (União), poderes regionais (estados), e locais (municípios), além de possuir um ente híbrido (DF), que acumula os pode res regionais e locais. Por isso, afirma-se que o Brasil possui o federalismo tríade (ou de 3º grau), qual seja: • União: entidade de 1º Grau; • Estados: entidades de 2º Grau; • Municípios: entidades de 3º Grau; e por fim o Dis trito Federal, que é considerado entidade de grau misto ou sui generis (2º e 3º grau). Importante mencionar também que Existe a forma de Estado Unitário, onde o poder político é centralizado, havendo apenas uma esfera de poder. Ex.: Portugal. Brasil → Federação Forma de Governo: • República • Monarquia A forma de governo representa o modo como os gover nantes são escolhidos. Hoje prevalece a classificação de Maquiavel, onde os Estados ou são principados (monar quias) ou repúblicas. Temos, portanto, a Monarquia e a República. A monarquia é caracterizada pelos princípios da hereditariedade e vitaliciedade. O Chefe de Estado, que no caso será o rei ou monarca, é escolhido pelo princípio da hereditariedade e irá deter o poder de forma vitalícia. Já a República é caracterizada pela alternância entre os poderes, pela eletividade e temporariedade dos manda tos. Por eletividade podemos entender que a escolha dos governantes se dará por meio de eleição, em que quaisquer cidadãos que preencham os requisitos legais poderão con correr a um mandato, e tais mandatos terão prazos prede terminados. A palavra República vem do latim, res publicae, e significa coisa pública, ou seja, o governante deve buscar o bem público, e não os interesses próprios. O Brasil adota a República como forma de governo e tal forma de governo não é cláusula pétrea. Obs.: Consequências decorrentes da forma republi cana de governo: obrigação de prestação de contas por parte dos administradores; alternância entre os poderes; igualdade de todos perante a lei. Brasil → República Sistema de Governo: • Presidencialista • Parlamentarista O sistema de governo representa a maneira com que os poderes estão relacionados, como eles se interagem. No sistema presidencialista os poderes de chefia de Estado (representação internacional do Estado) e chefia de Governo (gerenciar e administrar assuntos internos) se concentram no Presidente da República, ou seja, em uma mesma pessoa. Nesse caso, o Chefe do Executivo pode governar de forma diferente das concepções adotadas pelos membros do legis lativo, o que implica em um equilíbrio maior entre os pode res, não existindo dependência entre eles, como no caso do parlamentarismo. Já no sistema parlamentarista as funções de chefia de Estado e chefia de Governo são de pessoas distintas, ao Rei ou Presidente é atribuída à chefia de Estado e ao Pri meiro Ministro a chefia de Governo. No parlamentarismo, o Primeiro-Ministro depende do apoio parlamentar para esta bilidade de seu governo, causando certa supremacia do Par lamento. Importante destacar que no presidencialismo a funções de chefia de Estado e Chefia de Governo se referem a uma mesma pessoa, enquanto que no parlamentarismo trata-se de pessoas distintas. Obs.: A República pode ser tanto presidencialista quanto parlamentarista; a Monarquia também pode adotar um dos dois sistemas de governo. Brasil → Presidencialista Característica do Estado Brasileiro: Estado Democrático de Direito O “Estado Democrático de Direito” traz a ideia de impé rio da lei e do Direito, ou seja, todos, indivíduos e poderes, estão sujeitos a esse império. O poder do Estado fica limi tado a estas leis e ao Direito, ou seja, ninguém está acima da lei, das normas jurídicas e da Constituição. Regime Político O regime político traduz a forma com que o poder é exercido. Têm-se duas formas, a ditadura, em que não temos a participação do povo; ou democracia, em que o poder é exercido pelo povo. Esta, por sua vez, divide-se em Demo cracia Direta, Democracia Indireta e Democracia Semidireta. O povo participa diretamente do processo de tomada de deci sões. O povo elege seus representan Democracia Indireta (ou Repre tes, os quais tomarão decisões sentativa) em seu nome. É uma mistura da democracia direta e indireta, na qual além dos representantes eleitos pelo povo, temos também a parti Democracia Semidireta cipação do povo nas decisões políticas do Estado, por meio dos institutos da democracia direta (plebiscito, referendo e iniciativa popular). Democracia Direta O art. 1º da Constituição permite concluir que o Brasil adota a democracia semidireta, ou participativa, ou seja, no Brasil o povo exerce o poder por meio de seus representan tes eleitos ou diretamente. Vale destacar que no parágrafo único do art. 1º da Constituição temos que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, o povo tem, portanto, a titu laridade do poder. Brasil → Democracia Semidireta 3 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Estado Unitário: somente um poder político central exerce sua competência por todo o território nacional e sobre toda a população, e, ainda, controla todas as cole tividades regionais e locais. Nesta forma de Estado é que ocorre a centralização política. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Forma de Estado: Federado Forma de Governo: Republicano Sistema de Governo: Presidencialismo Descentralização política Eletividade, temporariedade de mandato e responsabilização do governante Presidente da República: Chefe de Estado e Chefe de Governo Fundamentos da República Federativa do Brasil: Soberania Significa que o poder do Estado brasileiro não é supe rado por nenhuma outra forma de poder, e no âmbito inter nacional, o Estado brasileiro encontra-se em igualdade com os demais Estados. Cidadania Essa expressão foi utilizada de forma abrangente. Não expressa apenas os direitos políticos ativos e passivos do indivíduo, votando, sendo votado, e interferindo na vida polí tica do Estado. Temos cidadania como forma de integração do indivíduo na vida estatal, fazendo valer seus direitos e cobrando-os de seus representantes. IVAN LUCAS Dignidade da pessoa humana A razão de ser do Estado brasileiro consagra-se na pessoa humana. Conforme nos ensina Alexandre de Moraes, “esse fundamento afasta a ideia de predomínio das concep ções transpessoalistas de Estado e Nação, em detrimento da liberdade individual”. Reconhece-se que o ser humano detém um mínimo de direitos que são invioláveis. Diversos direitos decorrem deste fundamento, como direito à vida, à imagem, à intimidade etc. Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa Esse inciso compatibiliza a livre iniciativa com a valori zação do trabalho humano. O trabalho é entendido como um instrumento da dignidade humana e a livre iniciativa carac teriza o direito de propriedade, a existência do mercado e o regime capitalista. Esse capitalismo, porém, não se refere a sua forma mais liberal, mas sim na forma socialdemocrata. Pluralismo político Esse fundamento não se resume apenas ao pluripar tidarismo, ele visa reconhecer e garantir que as diversas formas de pensamento, grupos que representem interesses e ideologias políticas sejam tidas como legítimas para demo cracia, à exceção das que contrariem a Carta Magna. Jurisprudência: “O Estado de Direito viabiliza a preservação das práticas democráticas e, especialmente, o direito de defesa. Direito a, salvo circunstâncias excepcionais, não sermos presos senão após a efetiva comprovação da prática de um crime. Por isso, usu 4 fruímos a tranquilidade que advém da segurança de sabermos que, se um irmão, amigo ou parente próximo vier a ser acusado de ter cometido algo ilícito, não será arrebatado de nós e submetido a ferros sem antes se valer de todos os meios de defesa em qualquer circunstância à disposição de todos. [...] O que caracteriza a socie dade moderna, permitindo o aparecimento do Estado moderno, é, por um lado, a divisão do trabalho; por outro, a monopolização da tributação e da violência física. Em nenhuma sociedade na qual a desordem tenha sido superada, admite-se que todos cumpram as mesmas funções. O combate à criminalidade é missão típica e privativa da administração (não do Judiciário), através da polícia, como se lê nos incisos do art. 144 da Constituição, e do Ministério Público, a quem compete, privativamente, promover a ação penal pública (art. 129, I).” (HC 95.009, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 06.11.2008, Plenário, DJE de 19.12.2008) “Inexistente atribuição de competência exclusiva à União, não ofende a CB norma constitucional estadual que dispõe sobre apli cação, interpretação e integração de textos normativos estaduais, em conformidade com a Lei de Introdução ao Código Civil. Não há falar-se em quebra do pacto federativo e do princípio da interde pendência e harmonia entre os Poderes em razão da aplicação de princípios jurídicos ditos ‘federais’ na interpretação de textos norma tivos estaduais. Princípios são normas jurídicas de um determinado direito, no caso, do direito brasileiro. Não há princípios jurídicos apli cáveis no território de um, mas não de outro ente federativo, sendo descabida a classificação dos princípios em ‘federais’ e ‘estaduais’.” (ADI 246, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 16.12.2004, Plenário, DJ de 29.04.2005) “Se é certo que a nova Carta Política contempla um elenco menos abrangente de princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com isso, a expansão de poderes jurídicos na esfera das coletividades autônomas locais, o mesmo não se pode afirmar quanto aos princí pios federais extensíveis e aos princípios constitucionais estabeleci dos, os quais, embora disseminados pelo texto constitucional, posto que não é tópica a sua localização, configuram acervo expressivo de limitações dessa autonomia local, cuja identificação – até mesmo pelos efeitos restritivos que deles decorrem – impõe-se realizar. A questão da necessária observância, ou não, pelos Estados-mem bros, das normas e princípios inerentes ao processo legislativo, provoca a discussão sobre o alcance do poder jurídico da União Federal de impor, ou não, às demais pessoas estatais que integram a estrutura da Federação, o respeito incondicional a padrões hete rônomos por ela própria instituídos como fatores de compulsória aplicação. [...] Da resolução dessa questão central, emergirá a defi nição do modelo de Federação a ser efetivamente observado nas práticas institucionais.” (ADI 216-MC, Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em 23.05.1990, Plenário, DJ de 07.05.1993) “As ‘terras indígenas’ versadas pela CF de 1988 fazem parte de um território estatal-brasileiro sobre o qual incide, com exclusividade, o Direito nacional. E como tudo o mais que faz parte do domínio de qualquer das pessoas federadas brasileiras, são terras que se submetem unicamente ao primeiro dos princípios regentes das relações internacionais da República Federativa do Brasil: a sobe rania ou ‘independência nacional’ (inciso I do art. 1º da CF). [...] Há compatibilidade entre o usufruto de terras indígenas e faixa de fronteira. Longe de se pôr como um ponto de fragilidade estrutu ral das faixas de fronteira, a permanente alocação indígena nesses estratégicos espaços em muito facilita e até obriga que as institui ções de Estado (Forças Armadas e Polícia Federal, principalmente) se façam também presentes com seus postos de vigilância, equi pamentos, batalhões, companhias e agentes. Sem precisar de licença de quem quer que seja para fazê-lo. Mecanismos, esses, a serem aproveitados como oportunidade ímpar para conscientizar ainda mais os nossos indígenas, instruí-los (a partir dos conscri tos), alertá-los contra a influência eventualmente malsã de certas organizações não governamentais estrangeiras, mobilizá-los em “A pesquisa científica com células-tronco embrionárias, autorizada pela Lei 11.105/2005, objetiva o enfrentamento e cura de patologias e traumatismos que severamente limitam, atormentam, infelicitam, desesperam e não raras vezes degradam a vida de expressivo con tingente populacional (ilustrativamente, atrofias espinhais progres sivas, distrofias musculares, a esclerose múltipla e a lateral amio trófica, as neuropatias e as doenças do neurônio motor). A escolha feita pela Lei de Biossegurança não significou um desprezo ou desapreço pelo embrião in vitro, porém uma mais firme disposição para encurtar caminhos que possam levar à superação do infortúnio alheio. Isto, no âmbito de um ordenamento constitucional que desde o seu preâmbulo qualifica ‘a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça’ como valores supre mos de uma sociedade mais que tudo ‘fraterna’. O que já significa incorporar o advento do constitucionalismo fraternal às relações humanas, a traduzir verdadeira comunhão de vida ou vida social em clima de transbordante solidariedade em benefício da saúde e contra eventuais tramas do acaso e até dos golpes da própria natu reza. Contexto de solidária, compassiva ou fraternal legalidade que, longe de traduzir desprezo ou desrespeito aos congelados embri ões in vitro, significa apreço e reverência a criaturas humanas que sofrem e se desesperam. Inexistência de ofensas ao direito à vida e da dignidade da pessoa humana, pois a pesquisa com células -tronco embrionárias (inviáveis biologicamente ou para os fins a que se destinam) significa a celebração solidária da vida e alento aos que se acham à margem do exercício concreto e inalienável dos direitos à felicidade e do viver com dignidade (Min. Celso de Mello). [...] A Lei de Biossegurança caracteriza-se como regração legal a salvo da mácula do açodamento, da insuficiência protetiva ou do vício da arbitrariedade em matéria tão religiosa, filosófica e etica mente sensível como a da biotecnologia na área da medicina e da genética humana. Trata-se de um conjunto normativo que parte do pressuposto da intrínseca dignidade de toda forma de vida humana, ou que tenha potencialidade para tanto. A Lei de Biossegurança não conceitua as categorias mentais ou entidades biomédicas a que se refere, mas nem por isso impede a facilitada exegese dos seus textos, pois é de se presumir que recepcionou tais categorias e as que lhe são correlatas com o significado que elas portam no âmbito das ciências médicas e biológicas.” (ADI 3.510, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 29.05.2008, Plenário, DJE de 28.05.2010) “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.” (Súmula Vinculante 11) “A cláusula da reserva do possível – que não pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição – encontra insuperável limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, que representa, no contexto de nosso ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa humana. [...] A noção de ‘mínimo existencial’, que resulta, por implicitude, de determinados precei tos constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III), compreende um complexo de prerrogativas cuja concretização revela-se capaz de garantir condições adequadas de existência digna, em ordem a assegurar, à pessoa, acesso efetivo ao direito geral de liberdade e, também, a prestações positivas originárias do Estado, viabilizado ras da plena fruição de direitos sociais básicos, tais como o direito à educação, o direito à proteção integral da criança e do adolescente, o direito à saúde, o direito à assistência social, o direito à moradia, o direito à alimentação e o direito à segurança. Declaração Univer sal dos Direitos da Pessoa Humana, de 1948 (Artigo XXV).” (ARE 639.337-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 23.08.2011, Segunda Turma, DJE de 15.09.2011) “Reconhecimento e qualificação da união homoafetiva como enti dade familiar. O STF – apoiando-se em valiosa hermenêutica cons trutiva e invocando princípios essenciais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e da busca da felicidade) – reconhece assistir, a qualquer pessoa, o direito funda mental à orientação sexual, havendo proclamado, por isso mesmo, a plena legitimidade ético-jurídica da união homoafetiva como enti dade familiar, atribuindo-lhe, em consequência, verdadeiro esta tuto de cidadania, em ordem a permitir que se extraiam, em favor de parceiros homossexuais, relevantes consequências no plano do Direito, notadamente no campo previdenciário, e, também, na esfera das relações sociais e familiares. A extensão, às uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico aplicável à união estável entre pessoas de gênero distinto justifica-se e legitima-se pela direta incidência, entre outros, dos princípios constitucionais da igualdade, da liberdade, da dignidade, da segurança jurídica e do postulado constitucional implícito que consagra o direito à busca da felicidade, os quais configuram, numa estrita dimensão que privilegia o sen tido de inclusão decorrente da própria CR (art. 1º, III, e art. 3º, IV), fundamentos autônomos e suficientes aptos a conferir suporte legi timador à qualificação das conjugalidades entre pessoas do mesmo sexo como espécie do gênero entidade familiar. [...] O postulado da dignidade da pessoa humana, que representa – considerada a centralidade desse princípio essencial (CF, art. 1º, III) – significativo vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente em nosso País, traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre nós, a ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de Direito Constitucional positivo. [...] O princípio constitucional da busca da felicidade, que decorre, por implicitude, do núcleo de que se irradia o postulado da dignidade da pessoa humana, assume papel de extremo relevo no processo de afirmação, gozo e expan são dos direitos fundamentais, qualificando-se, em função de sua própria teleologia, como fator de neutralização de práticas ou de omissões lesivas cuja ocorrência possa comprometer, afetar ou, até mesmo, esterilizar direitos e franquias individuais. Assiste, por isso mesmo, a todos, sem qualquer exclusão, o direito à busca da feli cidade, verdadeiro postulado constitucional implícito, que se qua lifica como expressão de uma ideia-força que deriva do princípio da essencial dignidade da pessoa humana.” (RE 477.554-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 16.08.2011, Segunda Turma, DJE de 26.08.2011). No mesmo sentido: (ADI 4.277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 05.05.2011, Plenário, DJE de 14.10.2011) “O direito ao nome insere-se no conceito de dignidade da pessoa humana, princípio alçado a fundamento da República Federativa do Brasil (CF, art. 1º, III).” (RE 248.869, voto do Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 07.08.2003, Plenário, DJ de 12.03.2004) “É certo que a ordem econômica na Constituição de 1988 define opção por um sistema no qual joga um papel primordial à livre ini ciativa. Essa circunstância não legitima, no entanto, a assertiva de que o Estado só intervirá na economia em situações excepcionais. Mais do que simples instrumento de governo, a nossa Constituição enuncia diretrizes, programas e fins a serem realizados pelo Estado e pela sociedade. Postula um plano de ação global normativo para o Estado e para a sociedade, informado pelos preceitos veiculados 5 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL defesa da soberania nacional e reforçar neles o inato sentimento de brasilidade. Missão favorecida pelo fato de serem os nossos índios as primeiras pessoas a revelar devoção pelo nosso país (eles, os índios, que em toda nossa história contribuíram decisivamente para a defesa e integridade do território nacional) e até hoje dar mostras de conhecerem o seu interior e as suas bordas mais que ninguém.” (Pet 3.388, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 19.03.2009, Ple nário, DJE de 1º.07.2010) pelos seus arts. 1º, 3º e 170. A livre iniciativa é expressão de liber dade titulada não apenas pela empresa, mas também pelo trabalho. Por isso, a Constituição, ao contemplá-la, cogita também da ‘ini ciativa do Estado’; não a privilegia, portanto, como bem pertinente apenas à empresa. Se de um lado a Constituição assegura a livre iniciativa, de outro determina ao Estado a adoção de todas as provi dências tendentes a garantir o efetivo exercício do direito à educa ção, à cultura e ao desporto (arts. 23, V, 205, 208, 215 e 217, §3º, da Constituição). Na composição entre esses princípios e regras há de ser preservado o interesse da coletividade, interesse público pri mário. O direito ao acesso à cultura, ao esporte e ao lazer são meios de complementar a formação dos estudantes.” (ADI 1.950, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 03.11.2005, Plenário, DJ de 02.06.2006.) No mesmo sentido: (ADI 3.512, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 15-2-2006, Plenário, DJ de 23.06.2006) QUESTÕES DE CONCURSO (CESPE/ STJ/ Técnico Judiciário/ Telecomunicações e Eletricidade/ Conhecimentos Básicos/ 2012) O povo exerce o poder por meio de representantes eleitos ou de forma direta, como nos casos de plebiscito e refe rendo. Resposta: CERTO IVAN LUCAS (FCC/ 2012/ TRT 6ª Região (PE)/ Analista Judiciário/ Execução de Mandados/ 2012) O voto é uma das prin cipais armas da Democracia, pois permite ao povo es colher os responsáveis pela condução das decisões políticas de um Estado. Quem faz mau uso do voto deixa de zelar pela boa condução da política e põe em risco seus próprios direitos e deveres, o que afeta a essência do Estado Democrático de Direito. Entre os fundamentos da República Federativa do Brasil, ex pressamente previstos na Constituição, aquele que mais adequadamente se relaciona à ideia acima ex posta é a: soberania. a. prevalência dos direitos humanos. b. cidadania. c. independência nacional. d. dignidade da pessoa humana. A partir de Montesquieu, com adaptações, tivemos a consolidação do conceito da Teoria da Separação de Pode res do modo como conhecemos hoje. Assim, a separação dos poderes consiste em discriminar as três funções esta tais, quais sejam: a função Legislativa, a Executiva e a Judiciária. Tais funções devem ser atribuídas a três órgãos autônomos e independentes entre si. Tais poderes visam precipuamente evitar o arbítrio e garantir os direitos funda mentais do homem. Montesquieu afirmava também que deveria haver um equilíbrio entre os Poderes. Nessa esteira, contribuiu o ilustre autor com o denominado sistema de freios e con trapesos. Montesquieu afirmava que “precisa-se combinar os Poderes, regrá-los, temperá-los, fazê-los agir; dar a um Poder, por assim dizer, um lastro, para pô-lo em condições de resistir a um outro”. Sistema de freios e contrapesos (checks and balances) O sistema de freios e contrapesos possibilita que cada poder controle outros poderes e que sejam pelos outros con trolados. Sendo assim, além de suas funções típicas, deve riam possuir também funções atípicas. O Poder executivo tem como função típica administrar, mas também as funções legislativa e jurisdicional como fun ções atípicas. Da mesma forma, o Poder Legislativo legisla como função típica, e administra e julga como funções atí picas. Por fim, ao Poder Judiciário cabe julgar como função principal, e legislar e administrar em sua função atípica. Por isso, a ideia de independência e harmonia entre os poderes, visto que eles não estão subordinados uns aos outros, mas apenas se fiscalizam. Funções típicas Funções atípicas Resposta: c Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Inicialmente, o pensador Aristóteles vislumbrava uma divisão das funções estatais onde haveria uma Assembleia, que ficaria responsável por elaborar as leis, um Corpo de Magistrados e um Corpo Judicial. No Século XVII, John Locke esboçou a separação dos poderes, ao propor a classificação entre funções legislativa, executiva, judicial e confederativa. Porém, caberia a Mon tesquieu consagrar esta teoria. 6 Obs.: Poder Executivo Poder Judiciário Poder Legislativo Administrar Julgar Legislar/Fiscalizar Julgar/ Legislar Ex.: Legisla tiva: quando o Presidente da República edita medida provisó ria; Judicante: o Executivo julga, apreciando defesas e recur sos administra tivos. Administrar/ Legislar Ex. Legislativa: Quando elabora seus regimentos internos; Administrativa: concede licença e férias aos seus servidores. Julgar/ Adminis trar Ex.: Judicante: quando julga o Senado, julga o Presidente da República nos crimes de res ponsabilidade; Administrativa: quando concede férias aos seus servidores. A separação entre os poderes tem status de cláu sula pétrea. Dispõe o art. 60, §4º, que “Não será objeto de deliberação a proposta de Emenda ten dente a abolir: [...] III – a separação dos Poderes”. Jurisprudência: “O princípio constitucional da reserva de admi nistração impede a ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à exclusiva competência administrativa do Poder Executivo. É que, em tais matérias, o Legislativo não se qualifica como instância de revisão dos atos administrativos emanados do Poder Executivo. [...] Não cabe, desse modo, ao Poder Legislativo, sob pena de grave desrespeito ao postulado da separação de pode 7. Com base no que dispõe a CF acerca do direito penal, julgue o item seguinte. Nenhum brasileiro nato será extraditado, salvo em caso de comprovado envolvimento em tráfico internacional de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. 8. Com base no disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir, a respeito dos princípios fundamentais e dos direitos e garantias fundamentais. Ao estabelecer que nenhum indivíduo será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante, o constituinte estabeleceu uma norma classificada como princípio fundamental da República Federativa do Brasil. 9. Julgue o item subsequente, relativo aos direitos e ga rantias fundamentais previstos na CF. Somente aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país é assegurado o direito de petição em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. EXERCÍCIOS 1. 2. Com relação aos direitos e garantias fundamentais, jul gue o item que se segue. Ninguém poderá ser obrigado a associar-se ou a per manecer associado, salvo nos casos previstos em lei. À luz da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item que se segue, acerca de direitos e garantias fun damentais. O direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder é assegurado a todos, desde que paga a respectiva taxa. 3. A respeito dos direitos e garantias fundamentais, jul gue o item subsequente. A passeata pacífica, sem armas, realizada em local pú blico, é protegida pelo direito constitucional à liberdade de reunião, porém está condicionada à prévia autoriza ção da autoridade competente, de modo a não frustrar outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local. 10. À luz da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item que se segue, concernente a direitos e garantias fundamentais. Considere a seguinte situação hipotética. Alberto dirigiu-se à secretaria de uma das varas do TJDFT, onde requereu uma certidão para a defesa de direito e esclarecimento de situação de interesse pes soal. Lúcio, servidor do juízo em questão, negou-se a atender ao pedido de Alberto, sob a alegação de não ter havido o pagamento de taxa. Nessa situação hipo tética, a atuação de Lúcio foi correta, pois, conforme a CF, a obtenção de certidão em repartições públicas requer o prévio recolhimento de taxa. 4. Julgue o item subsecutivo, a respeito de direitos e ga rantias fundamentais. O direito à liberdade de profissão é protegido pela CF, podendo a lei estabelecer qualificações para o seu exercício. 11. Com relação aos direitos e garantias fundamentais, jul gue o item que se segue. O direito de herança no Brasil é garantido pela Consti tuição Federal de 1988. 5. Considerando que cidadania pode ser definida como condição de pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem partici par da vida política, julgue o seguinte item, com base no disposto na CF. Sendo a obtenção de certidões em repartição pública que objetivem o esclarecimento de situações de inte resse pessoal um direito assegurado a todas as pesso as, caso haja negativa, na via administrativa, em aten der a solicitação de emissão desse tipo de certidão, o interessado poderá impetrar mandado de segurança pleiteando sua emissão. 6. Julgue o próximo item, acerca dos direitos e das ga rantias fundamentais. Segundo a Constituição Federal, ninguém será sub metido a tratamento desumano ou degradante. Com base nessa regra, o STF tem entendimento firmado no sentido de que é ilegal o uso de algemas, devendo o Estado assegurar outros meios para evitar a fuga de presos e o perigo à integridade física de terceiros. 12. No que se refere aos direitos e às garantias fundamen tais, julgue o item que se segue. Conforme a CF, tanto o indivíduo quanto o Estado só podem fazer o que a lei expressamente autoriza ou determina. 13. Incluem-se nos direitos e garantias fundamentais da República Federativa do Brasil a inviolabilidade do di reito à igualdade, a aposentadoria, a nacionalidade e o plebiscito. 14. No que se refere aos direitos e às garantias fundamen tais, julgue o item que se segue. É um direito individual fundamental a livre expressão da atividade científica, independentemente de licença. 15. Julgue o item subsequente, relativo aos direitos e ga rantias fundamentais previstas na CF. Aos que comprovem insuficiência de recursos é asse gurada a gratuidade na prestação de assistência jurí dica integral pelo Estado. 7 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL res, desconstituir, por lei, atos de caráter administrativo que tenham sido editados pelo Poder Executivo, no estrito desempenho de suas privativas atribuições institucionais. Essa prática legislativa, quando efetivada, subverte a função primária da lei, transgride o princípio da divisão funcional do poder, representa comportamento heterodoxo da instituição parlamentar e importa em atuação ultra vires do Poder Legislativo, que não pode, em sua atuação político-jurídica, exorbi tar dos limites que definem o exercício de suas prerrogativas institu cionais.” (RE 427.574-ED, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 13.12.2011, Segunda Turma, DJE de 13.02.2012.) 16. A respeito dos direitos e garantias fundamentais e da aplicabilidade das normas constitucionais, julgue o item subsequente. Os direitos fundamentais de primeira dimensão são aqueles que outorgam ao indivíduo direitos a presta ções sociais estatais, caracterizando-se, na maioria das vezes, como normas constitucionais programáticas. 17. Com relação aos direitos e garantias fundamentais, jul gue o item que se segue. A República Federativa do Brasil não pode conceder extradição de estrangeiro por crime político. 18. Acerca dos direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Constituição Federal (CF), julgue o pró ximo item. O crime de racismo é inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia. 19. A respeito dos direitos e garantias fundamentais, jul gue o item subsequente. A escusa de consciência por motivos religiosos, filosó ficos ou políticos é protegida constitucionalmente, ex ceto nos casos de invocação para se eximir de obriga ção legal imposta a todos e de recusa de cumprimento de prestação alternativa fixada em lei. IVAN LUCAS 20. Com relação a direitos e garantias fundamentais pre vistos na CF, julgue o item seguinte. Entende-se como princípio da legalidade na vida civil o fato de ninguém ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 21. No que se refere a direitos e garantias fundamentais; direitos sociais, políticos e de nacionalidade; e direi tos e deveres individuais e coletivos, julgue os itens seguintes. Nesse sentido, considere que a sigla CF, sempre que for utilizada, se refere a Constituição Fe deral de 1988. De acordo com o princípio da relatividade ou convi vência das liberdades públicas, os direitos e garantias fundamentais consagrados na CF não são ilimitados, visto que encontram seus limites nos demais direitos igualmente consagrados pela CF. 22. Julgue o item subsequente, relativo aos direitos e ga rantias fundamentais previstas na CF. O estrangeiro condenado por autoridades estrangeiras pela prática de crime político poderá ser extraditado do Brasil se houver reciprocidade do país solicitante. 23. O exercício do direito de associação e a incidência da tutela constitucional relativa à liberdade de associação estão condicionados à prévia existência de associação dotada de personalidade jurídica. 24. Julgue o item subsecutivo, a respeito de direitos e ga rantias fundamentais. O salário mínimo e o décimo terceiro salário com base na remuneração integral são direitos dos trabalhadores domésticos. 8 25. Julgue o próximo item, acerca dos direitos sociais pre vistos na Constituição Federal de 1988 (CF). A criação de entidade sindical depende de autorização do órgão competente, podendo o poder público nela intervir quando houver comprovada violação de seus atos estatutários. 26. De acordo com a CF, é proibido o trabalho perigoso ou insalubre aos trabalhadores urbanos e rurais menores de dezoito anos de idade. 27. O empregado filiado que vier a se aposentar perderá o direito de votar e de ser votado na organização sindical que integre. 28. No que se refere aos direitos e às garantias fundamen tais, julgue o item que se segue. A CF veda a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais que os executem. 29. Em relação ao direito constitucional brasileiro, julgue o item à luz da Constituição Federal de 1988 (CF). A saúde e a proteção à maternidade são direitos coleti vos, porque são atribuídos, na CF, a todos os cidadãos brasileiros. 30. Acerca dos direitos fundamentais e da aplicabilidade das normas constitucionais, julgue o item que se segue. Considere a seguinte situação hipotética. João foi condenado criminalmente, além de ter que pa gar uma indenização por danos materiais, por ter co lidido seu veículo, estando alcoolizado, contra a casa de José. Entretanto, João faleceu no curso do processo judicial. Nessa situação hipotética, embora a pena não possa passar da pessoa do acusado, a obrigação de reparar o dano poderá ser estendida aos sucessores de João até o limite do valor do patrimônio transferido. 31. À luz da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item que se segue, acerca de direitos e garantias fun damentais. Havendo iminente perigo público, a autoridade compe tente poderá usar de propriedade particular, assegura da ao proprietário indenização ulterior se houver dano. 32. De acordo com os direitos e garantias fundamentais, julgue o item que se segue. Não há deportação nem expulsão de brasileiro. 33. Conforme disposição da CF, será brasileiro nato o filho, nascido em Paris, de mulher alemã e de embaixador brasileiro que esteja a serviço do governo brasileiro naquela cidade quando do nascimento do filho. 34. Estrangeiro que se encontre em situação irregular no Brasil poderá ser deportado para outro país que não o de sua nacionalidade ou procedência. 35. Sempre que um brasileiro tornar-se nacional de outro país, deve-se declarar perdida sua nacionalidade bra sileira. 36. No Brasil, a nacionalidade originária é fixada com base no critério do ius soli, excluído o ius sanguinis. 45. Perderá o mandato o deputado federal ou senador que tiver os direitos políticos suspensos. 37. Em relação aos direitos e deveres fundamentais ex pressos na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item subsecutivo. O brasileiro nato que cometer crime no exterior, quaisquer que sejam as circunstâncias e a natureza do delito, não pode ser extraditado pelo Brasil a pedido de governo estrangeiro. 46. A consulta aos cidadãos, em momento posterior ao ato legislativo, é realizada mediante plebiscito. 39. Consideram-se brasileiros naturalizados os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federa tiva do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. 40. Acerca dos direitos e garantias fundamentais estabele cidos na CF, julgue o item seguinte. Considera-se brasileiro naturalizado o estrangeiro de qualquer nacionalidade casado com brasileiro nato por mais de cinco anos. 41. Os estrangeiros somente não gozarão dos mesmos direitos assegurados aos brasileiros quando a própria Constituição autorizar a distinção, tendo-se presente o princípio de que a lei não deve distinguir entre nacio nais e estrangeiros quanto à aquisição e ao gozo dos direitos civis. 42. Cargos, empregos e funções públicas não são acessí veis aos estrangeiros. 43. Considere que uma criança tenha nascido nos Estados Unidos da América (EUA) e seja filha de pai americano e de mãe brasileira, que trabalhava, à época do parto, na embaixada brasileira nos EUA. Nesse caso, a criança somente será considerada brasileira nata se for registrada na repartição brasileira competente nos EUA. 44. A respeito dos direitos e garantias fundamentais e da aplicabilidade das normas constitucionais, julgue o item subsequente. Considere que Marcos, cidadão brasileiro, com vinte anos de idade, pretenda se eleger na próxima eleição, pela primeira vez, vereador de determinado município e que seu irmão adotivo seja atualmente vereador do referido município. Nessa situação, Marcos é conside rado relativamente inelegível. 48. Os direitos de cidadania são, no Estado democrático de direito, todos aqueles relativos à dignidade do cidadão, como sujeito de prestações estatais, e à participação ativa na vida social, política e econômica do Estado. 49. Os recrutados pelas forças armadas não podem alis tar-se como eleitores durante o período em que estive rem cumprindo o serviço militar obrigatório. 50. Acerca dos direitos fundamentais e da aplicabilidade das normas constitucionais, julgue o item que se se gue. O eleitor que, após o trâmite regular de processo judi cial, tiver condenação criminal transitada em julgado terá seus direitos políticos suspensos apenas enquanto durarem os efeitos da condenação. 51. Conforme a CF, admite-se a perda de direitos políticos na hipótese de cancelamento da naturalização por de cisão administrativa definitiva. 52. Os direitos políticos constituem um conjunto de regras que disciplinam as formas de atuação da soberania popular e são um desdobramento do princípio demo crático, segundo o qual, todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de representan tes eleitos. 53. Cidadão brasileiro que tiver trinta anos de idade poderá ser candidato a senador, desde que possua pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral, filiação partidária e domicílio eleitoral no estado pelo qual pretenda concorrer. 54. Julgue o próximo item, acerca dos direitos e das ga rantias fundamentais. A condenação criminal transita da em julgado acarreta a perda dos direitos políticos, independentemente de manifestação expressa na de cisão condenatória. 55. A respeito dos direitos e garantias fundamentais, jul gue os seguintes itens, de acordo com as disposições da Constituição Federal de 1988 (CF). Conforme a CF, admite-se a perda de direitos políticos na hipótese de cancelamento da naturalização por decisão administrativa definitiva. 9 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 38. No que se refere à organização político-administrativa do Estado e à administração pública, julgue o item a seguir. Embora os estrangeiros não gozem de direitos políti cos, a Constituição Federal de 1988 (CF) previu para estes a possibilidade de acesso a cargos, empregos e funções públicas. 47. Considerando que cidadania pode ser definida como condição de pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo de direitos que lhe permitem partici par da vida política, julgue o seguinte item, com base no disposto na CF. Os brasileiros natos e os naturalizados, por possuírem cidadania brasileira, e os estrangeiros, por poderem pleiteá-la, podem participar da vida política, sendo, portanto, sujeitos de direitos políticos. 56. A respeito dos direitos e garantias fundamentais, jul gue o item que se segue. Partido político poderá receber recursos financeiros de governo estrangeiro, desde que faça a declaração es pecífica desses valores em sua prestação de contas. 57. Compete privativamente ao presidente da República a concessão de indulto, podendo essa competência, entretanto, ser delegada a outras autoridades, como, por exemplo, a ministro de Estado. 58. Compete ao presidente da República a concessão de indulto, bem como a comutação de penas e o exercício do comando supremo das Forças Armadas. 59. No que diz respeito aos poderes do Estado e às fun ções essenciais da justiça, julgue o próximo item. A acumulação das funções de chefe de Estado e de chefe de governo pelo presidente da República é uma das características do sistema presidencialista de go verno adotado pela República Federativa do Brasil. 60. Compete privativamente ao presidente da República conceder indulto e comutar penas, ouvidos, se neces sário, os órgãos instituídos em lei. IVAN LUCAS 61. Compete privativamente ao presidente da República celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. 62. Compete ao presidente da República, em caráter privativo, prover os cargos públicos federais, na forma da lei, podendo essa atribuição ser delegada aos ministros de Estado, ao procurador-geral da República ou ao advogado-geral da União, os quais deverão observar os limites traçados nas respectivas delegações. 63. Compete privativamente ao presidente da República vetar, total ou parcialmente, emendas constitucionais. 64. No caso de o presidente da República vir a praticar ilícitos penais, civis ou tributários durante a vigência de seu mandato, sem qualquer relação com a função pre sidencial, ele não poderá ser responsabilizado, haja vista a imunidade presidencial que implica a suspen são do curso da prescrição relacionada a esses ilícitos, enquanto durar o mandato. 65. No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF determinou que compete ao Supremo Tribunal Fede ral processar e julgar originariamente o presidente da República e os governadores dos estados e do Distrito Federal nos crimes comuns. 66. Admitida a acusação contra o presidente da República pela prática de crime de responsabilidade por dois ter ços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 10 GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. E E E C C E E E E E C E C C C E C E C C C E E C E C E C E C C C C C E E C C E E C E E E C E E C C C E C E E 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. E E C C C C C C E C E E NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO S U M ÁRI O ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: CONCEITOS, ELEMENTOS, PODERES E ORGANIZAÇÃO; NATUREZA, FINS E PRINCÍPIOS. ..................................................................................................464 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIÃO: ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA. AGENTES PÚBLICOS: ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO; PODERES, DEVERES E PRERROGATIVAS; CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICOS. .........................................................................................................................473/491 SERVIÇOS PÚBLICOS: CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE; FORMA, MEIOS E REQUISITOS. .................................................................................................................................555 CONTROLE E RESPONSABILIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO: CONTROLE ADMINISTRATIVO. .................543 LEI N. 8.666/1993. LICITAÇÕES: CONCEITO, OBJETO, FINALIDADES E PRINCÍPIOS..................................525 ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ELEMENTOS DO ESTADO Podemos sintetizar o conceito de Estado em relação à interpretação constitucional, ou seja, é pessoa jurídica territorial soberana. O Estado é pessoa jurídica de Direito Público interno. É formado pelos elementos: Povo, Território e Governo soberano. a) Povo: elemento humano (nato ou naturalizado). É diferente de população, pois esta é composta por nacionais e estrangeiros. b) Território: é a base física. c) Governo soberano: poder de auto-organização, sem gerências externas. Organiza-se de forma soberana de von tade. FORMA DE ESTADO Quando falamos em forma de Estado, devemos sempre nos lembrar da organização política territorial. Nesse sen tido, temos o Estado Federado e o Estado Unitário. O Brasil é um Estado Federado, pois coexistem poderes políticos distintos (União, os Estados, o DF e os Municípios) todos com autonomia política, administrativa e financeira. Já os Estados que adotam a forma unitária, ou seja, os Estados Unitários têm como característica a centralização política. Nessa forma, o poder político central dita de forma exclusiva todas as decisões políticas e planos governamen tais. Temos como exemplo de Estado que adota a forma de poder político central (unitário) o Uruguai. A forma federativa no Brasil é cláusula pétrea (CF, art. 60, § 4º, I). Art. 60. [...] § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de Estado; UNIÃO FEDERAL J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO A República Federativa do Brasil, ou seja, o país Brasil, é composto pela União, Estados, Distrito Federal e os Municípios. A União é formada pela reunião dos Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios. Já a República Federativa do Brasil é formada pela reunião da União, Estados-Membros, Distrito Federal e os Municípios, todos como autônomos. A República Federativa do Brasil é soberana no plano internacional, enquanto a União, os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios têm autonomia entre si. A União é pessoa jurídica de direito público interno. Tem autonomia financeira, administrativa e política. A República Federativa do Brasil tem personalidade jurídica de Direito Público Internacional. nistrar significa dirigir, comandar, planejar, executar. Assim, o vocábulo administrar abrange todas as atividades, desde a de planejamento, de direção, de comando, como as ati vidades de execução, que nesse aspecto não têm caráter decisório. A Administração Pública em sentido amplo engloba todos esses verbos, ou seja, abrange a função de execu tar as diretrizes governamentais quanto ao planejamento das metas do Governo. Assim, temos a Administração em sentido amplo, que abrange a função política e a administrativa (sentido objetivo) e os órgãos governamentais (Governo) e os órgãos administrativos (sentido subjetivo). O objeto do nosso estudo será delimitar a Administra ção Pública em sentido estrito, que abrange a função tipica mente administrativa incumbida de executar o planejamento governamental (Governo) e os órgãos administrativos. Desse modo, faz-se necessário entender a distin ção entre Administração Pública (função administrativa) e Governo (atividade política). A Administração pratica con duta hierarquizada, enquanto o Governo pratica atividade política. A Administração não pratica atos de governo, apenas executa opções políticas do governo. A função administrativa (em sentido estrito e objetivo) compreende o serviço público, a intervenção, o fomento e a polícia administrativa. Conforme leciona Di Pietro (2009, p. 51), são exemplos de atos praticados na função política da Administração (ato de governo): a convocação extraordiná ria do Congresso Nacional, a nomeação de Comissão Parla mentar de Inquérito, as nomeações de Ministros de Estado, as relações com Estados estrangeiros, a declaração de guerra e de paz, a permissão para que forças estrangeiras transitem pelo território do Estado, a declaração de estado de sítio e de emergência, a intervenção federal nos Esta dos, os atos decisórios que implicam a fixação de metas, de diretrizes ou de planos governamentais. Os atos políticos se inserem na função política do governo e serão executados pela Administração Pública (em sentido estrito), no exercício da função administrativa propriamente dita. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: SENTIDOS A Administração Pública é estudada sob dois sentidos: a) em sentido formal, subjetivo ou orgânico: nesse aspecto, é entendida como os entes que desenvolvem a função administrativa. Representa as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes públicos incumbidos de exercer a função administrativa do Estado. b) em sentido material, objetivo ou funcional: é a própria atividade administrativa. Representa o conjunto de atividades administrativas desempenhadas pelo Estado. Em síntese, em sentido subjetivo reportamos as pes soas jurídicas, órgãos e agentes públicos e em sentido objetivo as atividades administrativas. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SENTIDO FORMAL, SUBJETIVO OU ORGÂNICO Tema de alta relevância para o entendimento de todo conteúdo referente ao Direito Administrativo. A palavra admi A Administração Pública em sentido formal, subjetivo ou orgânico é o conjunto de sujeitos (órgão e pessoas jurídicas) que exercem a atividade administrativa. Adota-se como refe 2 Art. 4º A Administração Federal compreende: I – A Administração direta, que se constitui dos ser viços integrados na estrutura administrativa da Pre sidência da República e dos Ministérios. II – A Administração indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de per sonalidade jurídica própria: Autarquias; Empresas Públicas; Sociedades de Economia Mista; Fundações Públicas. (Incluído pela Lei n. 7.596, de 1987) A expressão Administração Pública em sentido subje tivo é grafada com iniciais maiúsculas, enquanto no sentido objetivo deve ser grafada em minúsculo. Segue a questão abaixo para análise: (CESPE/ TRE-MT/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ 2010) Assinale a opção correta com relação às noções sobre Estado e Administração Pública. a. Administração Pública em sentido subjetivo compreende as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes que exercem a função administrativa. b. A Administração Pública direta, na esfera fede ral, compreende os órgãos e as entidades, ambos dotados de personalidade jurídica, que se inserem na estrutura administrativa da Presidência da Repú blica e dos ministérios. c. O Estado Federal brasileiro é integrado pela União, pelos Estados-Membros e pelo Distrito Fe deral, mas não pelos municípios, que, à luz da CF, desfrutam de autonomia administrativa, mas não de autonomia financeira e legislativa. d. A prerrogativa de criar empresas públicas e sociedades de economia mista pertence apenas à União, não dispondo os estados, o Distrito Federal e os municípios de competência para tal. e. As autarquias e as fundações públicas, como entes de direito público que dispõem de personalida de jurídica própria, integram a administração direta. Como já lecionado, o item correto é a letra “a”. SENTIDO MATERIAL, OBJETIVO OU FUNCIONAL A atividade administrativa é desempenhada em maior grau pelo Poder Executivo. Essa função administrativa abrange o fomento, a polícia administrativa, o serviço público e a intervenção. Nesse tema, adotamos as lições da Prof. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. a) Fomento: “abrange a atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada de utilidade pública”. Note que não é o incentivo a qualquer iniciativa privada, mas àque las de utilidade pública. Outros exemplos da atividade de fomento são: os financiamentos, os favores fiscais, conces são de benefícios e as subvenções. b) Polícia administrativa: exercida para impor limita ções aos direitos individuais em benefício da coletividade. É conferida à administração por lei e compreende: ordens, notificações, autorizações, fiscalizações e sanções. c) Serviço público: “é toda atividade que a Adminis tração Pública executa, diretamente ou indiretamente, para satisfazer a necessidade coletiva, sob regime jurídico predo minantemente público”. É certo que quando o Estado pratica ou mesmo quando delega a prática de serviços públicos aos particulares, está exercendo uma atividade administrativa. d) Intervenções: compreende a regulamentação e fis calização da atividade econômica de natureza privada (inter venção indireta) como, por exemplo: as atividades desem penhadas pelas agências reguladoras. Outra modalidade de intervenção ocorre quando o Estado realiza uma desapro priação ou mesmo o tombamento – intervenção na proprie dade privada. Para fixar: (CESPE/POLÍCIA CIVIL-ES/ DELEGADO/ 2011) Em sentido material ou objetivo, a Administração Pública compreende o conjunto de órgãos e pesso as jurídicas encarregadas, por determinação legal, do exercício da função administrativa do Estado. Justificativa: em sentido material ou objetivo, a admi nistração compreende o conjunto de atividades desempe nhadas pelas entidades, órgão e agentes públicos. Logo, a questão está errada. (CESPE/ ABIN/ OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ 2010) A Administração Pública é caracterizada, do ponto de vista objetivo, pela própria atividade administrati va exercida pelo Estado, por meio de seus agentes e órgãos. Justificativa: sob o sentido objetivo a Administração Pública compreende o conjunto de atividades integrantes da função administrativa. Questão certa. (CESPE/ ECT/ ADVOGADO/ 2011) Em sentido sub jetivo, a Administração Pública compreende o con junto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a lei confere o exercício da função administrativa do Estado. Justificativa: foi visto que em sentido subjetivo (orgâ nico ou formal) a Administração Pública compreende o con junto de órgãos e pessoas jurídicas que realizam a função administrativa. Questão certa. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Esse tema é de extrema importância para o Direito Administrativo e, por consequência, para provas de con curso. 3 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO rência “quem” realiza a atividade. Dessa forma, compõem a Administração Pública, em sentido subjetivo, os órgãos que integram as pessoas políticas – Administração direta – e as entidades administrativas, que compõem a Administração indireta do Estado. O Decreto-Lei n. 200/1967 enumera os sujeitos que compõem a Administração Pública, a saber: Princípios são os alicerces da ciência. No imenso “prédio” jurídico, ou seja, no ordenamento jurídico, os princí pios formam a base. Imagine que o nosso ordenamento jurí dico seja um prédio, sendo as janelas as leis e a base desse prédio, os princípios. Se a lei ofender um princípio, o prédio estará em ruínas. Desse modo, os princípios chegam a ser mais importantes do que a própria lei. Se a lei contrariar um princípio, será ilegal. Os princípios administrativos devem ser observados por toda a Administração Pública em seus diversos níveis ou pessoas: seja pelos órgãos, entidades ou pelos agentes públicos que desempenhem qualquer função pública. Assim que você iniciar suas atividades na Administração Pública, com certeza terá que atender todos os princípios que orien tam as atividades públicas. Para Bandeira de Mello, “violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desaten ção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de coman dos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstituciona lidade [...]”. Os princípios orientam todo o nosso ordenamento. Desse modo, se a lei contrariar um princípio esta não poderá produzir efeitos jurídicos. Tradicionalmente, os princípios são divididos em: prin cípios expressos na Constituição e princípios não expressos (ou implícitos). Então, vamos detalhar o tema! PRINCÍPIOS EXPRESSOS Estão presentes no texto Constitucional. O art. 37, caput, da Constituição assim dispõe: Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO Toda ação do administrador público deve ser pautada na lei. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (CF, art. 5º, II). Só a lei tem a prerrogativa de inovar no mundo jurídico, só a lei pode trazer novos direitos ou restrições. Atenção: a principal diferença entre a legalidade admi nistrativa e a aplicada ao particular é que o administrador público só pode fazer o que a lei autoriza, enquanto o particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe. O administrador só pode agir quando a lei autoriza (produção de atos discricionários) ou quando ela exige sua atuação (produção de atos vinculados). Se a Administração praticar um ato que não atenda a lei, este deverá ser anu lado pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário, se provocado. É importante compreender que o princípio da lega lidade é uma exigência que decorre do Estado de Direito, que impõe a necessidade de submissão ao império da lei. Desse modo, a Administração Pública somente poderá atuar quando autorizada por lei. 4 Para fixar: (CESPE/ ANEEL/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2010) De acordo com o princípio da legalidade, a administração pública somente pode fazer o que a lei lhe permite. Justificativa: como vimos, a Administração só pode agir quando a lei autorizar. Questão certa. (CESPE/ CFO-PMDF/ 2010) Pelo princípio da lega lidade, aplicável no âmbito da Administração Públi ca, o administrador público pode praticar todas as condutas que não estejam expressamente proibi das em lei. Justificativa: vimos que o administrador só pode prati car alguma conduta se a lei autorizar. A questão afirma que o agente pode praticar todas as condutas que não estejam expressamente proibidas em lei. Questão errada. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE Tradicionalmente, esse princípio é estudado sob dois aspectos. a) O primeiro é o de que o agente deve sempre atuar visando o interesse público. Desse modo, a Administração deve atuar de forma impessoal, sendo vedado qualquer ato discriminatório que vise a prejudicar ou favorecer alguém. Ao interpretar esse princípio, chega-se à conclusão de que é proibido ao agente praticar ato para atender interes ses pessoais que prejudicam o interesse público. A ação do agente deve atender à Lei, que representa comando geral e abstrato. Presume-se que o comando legal seja impessoal. O princípio da impessoalidade corresponde ao princípio da igualdade ou isonomia. A aplicação desse princípio é vista, por exemplo, na realização de licitação, de concurso público etc. Se o agente praticar ato com objetivo de interesses pes soais em detrimento do interesse público, estará incorrendo em abuso de poder na modalidade desvio de finalidade. Exemplificando o tema: a remoção de ofício descrita no art. 36 da Lei n. 8.112/1990 é instituto utilizado pela Admi nistração Pública para atender às necessidades funcionais do órgão ou entidade. Logo, se o servidor for removido por perseguição ou mesmo para punição, o ato deverá ser anu lado, pois houve desvio de finalidade. A remoção é prerro gativa que a Administração tem para melhor desempenhar a prestação do serviço à sociedade e não forma de punição de servidor. b) o segundo aspecto veda que o agente público valha-se da atividade desenvolvida pela Administração para obter promoção pessoal. Por exemplo: em uma obra pública, nunca se pode anunciar como realização do Governador “X” na divulgação. Afinal, a obra não foi realizada com dinheiro do Governador “X”, e sim com dinheiro público. Nesse contexto, os atos são do órgão e não dos agen tes públicos – teoria do órgão. O § 1º do art. 37 da Constitui ção disciplina o tema com a seguinte redação: Para fixar: (CESPE/ ECT/ ADMINISTRADOR/ 2011) Entre as acepções do princípio da impessoalidade, inclui-se aquela que proíbe a vinculação de atividade da ad ministração à pessoa do gestor público, evitando -se, dessa forma, a realização de propaganda oficial para a promoção pessoal. Justificativa: como foi visto, a atividade administrativa não pode ser vinculada à pessoa do gestor. Questão certa. PRINCÍPIO DA MORALIDADE A moralidade administrativa determina que a conduta do administrador público deve ser ética, pautada na hones tidade. O agente administrativo, como ser humano dotado da capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o bem do mal, o honesto do desonesto. E, ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá de decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto. A Lei n. 9.784/1999 trata a moralidade em seu art. 2º, IV, descrevendo que o administrador tem de ter uma “atua ção segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”. O Decreto n. 1.171/1994, que representa o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Execu tivo federal, estabelece que: II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o opor tuno e o inoportuno, mas principalmente entre o ho nesto e o desonesto, consoante às regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da Constituição Federal. III – A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem co mum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá con solidar a moralidade do ato administrativo. Instrumentos que visam combater a imoralidade administrativa Diversos institutos combatem a imoralidade administra tiva. A seguir, comentamos alguns deles. a) A Lei n. 8.429/1992, que trata dos atos de improbi dade administrativa. A probidade administrativa é uma espé cie do gênero moralidade administrativa, que recebeu trata mento próprio no § 4º do art. 37 da Constituição. O agente ímprobo, consequentemente, é imoral. Note então que a probidade é um aspecto da moralidade, portanto não são expressões idênticas. A Lei n. 8.429/1992 prevê três espécies de atos consi derados ímprobos: os que importam enriquecimento ilícito, os que causam prejuízos ao erário e os que atentam contra os princípios da Administração Pública. Comentaremos mais sobre o tema no capítulo próprio. b) A ação popular também é instituto de proteção à imo ralidade administrativa. Dispõe a Constituição em seu art. 5º, inciso LXXIII: LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, fican do o autor, salvo comprovada má-fé, isento de cus tas judiciais e do ônus da sucumbência. Súmula Vinculante Súmulas são orientações que os Tribunais proferem a respeito do que entendem acerca de determinadas matérias, advindas principalmente da consolidação de jurisprudên cia por meio de decisões reiteradas no mesmo sentido. As Súmulas, tradicionalmente, não possuem força vinculante, ou seja, não obrigam que os outros Tribunais e a Administra ção sigam o mesmo posicionamento. Falamos “tradicionalmente” porque a Emenda Constitu cional 45/2004 acrescentou o art. 103-A à Constituição. É a seguinte a redação do referido artigo: Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e munici pal, bem como proceder à sua revisão ou cancela mento, na forma estabelecida em lei. Com efeito, foi editada a Súmula Vinculante n. 13, conhecida como Súmula antinepotismo, que assim preceitua: 13 – A nomeação de cônjuge, companheiro ou pa rente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante desig nações recíprocas, viola a Constituição Federal. O objetivo do texto acima é combater a prática do nepo tismo dentro da Administração Pública, que representa a nomeação de parentes consanguíneos ou por afinidade e do cônjuge, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança. Essa prática viola o princípio da moralidade, entre outros. Realmente é imoral nomear parentes para ocupar cargo em comissão – aquele provido sem concurso público. A nomeação de ocupante desse cargo deve ter como base a competência do servidor nomeado, e não recair sobre vín culo familiar. 5 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, ser viços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Apesar da clareza da redação da Súmula em estudo – que proíbe a prática do nepotismo em todos os níveis, o STF, ao julgar o RE 579.951, afirmou que a nomeação de paren tes para cargo político não é inconstitucional. Pode-se, então afirmar que a redação da Súmula alcança somente a nomeação de agentes administrativos (ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança), sendo afastada sua aplicação aos agentes políticos. Posteriormente, a Suprema Corte reafirmou seu posi cionamento inicial ao julgar medida cautelar na Rcl 6.650/ PR, nos seguintes termos: AGRAVO REGIMENTAL EM MEDIDA CAUTELAR EM RECLAMAÇÃO. NOMEAÇÃO DE IRMÃO DE GOVERNADOR DE ESTADO. CARGO DE SECRETÁRIO DE ESTADO. NEPOTISMO. SÚ MULA VINCULANTE N. 13. INAPLICABILIDADE AO CASO. CARGO DE NATUREZA POLÍTICA. AGENTE POLÍTICO. ENTENDIMENTO FIRMADO NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDI NÁRIO 579.951/RN. OCORRÊNCIA DA FUMAÇA DO BOM DIREITO. 1. Impossibilidade de submis são do reclamante, Secretário Estadual de Trans porte, agente político, às hipóteses expressamente elencadas na Súmula Vinculante n. 13, por se tra tar de cargo de natureza política. (STF, AG. REG. NA MED. CAUT. NA Rcl N. 6.650-PR, RELATORA: MIN. ELLEN GRACIE, INFORMATIVO 529). Conforme anteriormente mencionado, o STF entende não ser inconstitucional a nomeação entre parentes para o exercício de cargo político. Ex.: considere que Sócrates, governador do Estado “X”, tenha nomeado seu filho Galileu para Secretário de Transporte do Estado. Essa nomeação, para o STF, não atenta contra a Constituição, pois repre senta a nomeação para ocupar cargo político. No entanto, se Sócrates nomear seu filho para ser seu assessor (agente administrativo), isto será inconstitucional porque configura prática do nepotismo. Para fixar: J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO (CESPE/ SEPLAG-DF/ NÍVEL SUPERIOR/ 2009) O nepotismo corresponde à prática que pode violar o princípio da moralidade administrativa. A esse res peito, de acordo com a jurisprudência do STF, seria inconstitucional ato discricionário do Governador do Distrito Federal que nomeasse parente de segundo grau para o exercício do cargo de secretário de Es tado da SEAPA/DF. Justificativa: a nomeação de agentes políticos não configura prática de nepotismo. Questão errada. (TRE-ES/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ÁREA: ADMI NISTRATIVA/ 2010) Contraria o princípio da morali dade o servidor público que nomeie o seu sobrinho para um cargo em comissão subordinado. Justificativa: a nomeação de sobrinho (parente em 3º grau) para o exercício de cargo em comissão (agente admi nistrativo) configura prática de nepotismo e, por consequên cia, contraria o princípio da moralidade, entre outros. Ques tão certa. 6 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE Esse princípio informa que a atividade da Administra ção deve ser transparente. Os atos administrativos gerais e as leis devem ser publicados para terem validade perante terceiros. Assim, esse princípio impõe à Administração Pública o dever de conceder ampla divulgação de seus atos, pois só assim os administrados poderão fiscalizar a conduta dos agentes públicos. Pense: como você irá controlar a con duta dos agentes públicos se estes não a divulgam? O inciso XXXIII do art. 5º da Constituição informa que: XXXIII – Todos têm direito a receber dos órgãos pú blicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Conforme visto, esse princípio não é absoluto, pois a própria Constituição autoriza que as informações que coloquem em risco a segurança da sociedade e do Estado podem ser restritas. No mesmo sentido, o inciso LX do art. 5º da Constitui ção prevê que: LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; Vimos que a Administração deve dar publicidade a seus atos, que se dará quando da publicação no Diário Oficial do ente político. A União, os Estados e o Distrito Federal pos suem Diário Oficial. Pode ocorrer de algum município não possuir Diário Oficial, nesse caso os atos terão publicidade com sua afixação na sede do órgão, como, por exemplo, a afixação de cópia do ato em um quadro de avisos. Por fim, cumpre consignar que os atos internos dos órgãos podem ter publicidade quando publicados em bole tins internos como, por exemplo, a concessão de férias a um servidor. Mas os atos que causarem efeitos externos devem ser publicados em Diário Oficial, como, por exemplo, um Decreto, a nomeação de um servidor etc. IMPORTANTE Lembre-se de que a publicidade dos atos não é absoluta, pois cabe exceção. Exemplo: é licito à ABIN guardar sigilo sobre as atividades que versam sobre a segurança do Estado. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA Na promulgação da Constituição de 1988 constavam no caput do art. 37 apenas os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Com o advento da Emenda Constitucional n. 19/1998 positivou-se o princí pio da eficiência no texto constitucional. No entanto, desde a promulgação da Constituição de 1988, esse princípio estava implícito, ou seja, estava presente no texto constitucional de maneira a nortear a atuação dos agentes e das pessoas no âmbito da organização administrativa. 1. 2. 3. (CESPE/ ANEEL/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2010) É inexigível a licitação para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. (CESPE/ ANEEL/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2010) Convite, leilão, concurso e compra direta são modali dades de licitações públicas. (CESPE/ ANEEL/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2010) Concorrência é a modalidade de licitação entre quais quer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação técnica, jurídica e financeira exigidos no edital. 4. (CESPE/ ANEEL/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2010) O pregão constitui modalidade de licitação para aqui sição de serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação. 5. (CESPE/ TRT 21ª REGIÃO (RN)/ ANALISTA JUDICIÁ RIO/ 2010) É vedada a combinação das modalidades de licitação previstas em lei, mas, nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a to mada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. 6. (CESPE/ DETRAN-ES/ CONTADOR/ 2010) A União pode realizar a compra de produtos com dispensa de licitação se houver necessidade de intervir no domínio econômico para a regulação de preços ou para a nor malização do abastecimento. 7. (CESPE/ DETRAN-ES/ CONTADOR / 2010) Se deter minado órgão público pretende contratar uma empresa para realizar a reparação de trabalhos artísticos de va lor histórico, deverá realizar licitação para contratação de obras. 8. (CESPE/ DETRAN-ES/ CONTADOR/ 2010) Concor rência é a modalidade de licitação reservada exclusi vamente para a contratação de obras de grande vulto. 9. (CESPE/ TRT 21ª REGIÃO (RN)/ TÉCNICO JUDICIÁ RIO/ 2010) Em qualquer caso, a Administração poderá utilizar, para aquisição de bens e serviços e obras de engenharia, a modalidade concorrência; contudo, po derá utilizar a tomada de preços, em substituição, na hipótese de cabimento do convite. 10. (CESPE/ TRT 21ª REGIÃO (RN)/ ANALISTA JUDICIÁ RIO/ 2010) As hipóteses de inexigibilidade de licitação previstas em lei não se exaurem, pois consignam situ ações exemplificativas. 11. (CESPE/ TRT 21ª REGIÃO (RN)/ ANALISTA JUDICI ÁRIO/ 2010) Para que um órgão público licite deter minada obra de engenharia estimada no valor de R$ 600.000,00, a modalidade de licitação pode ser a to mada de preços ou a concorrência. 12. (CESPE/ TRT 21ª REGIÃO (RN)/ ANALISTA JUDICI ÁRIO/ 2010) A Administração Pública é dispensada de realizar certame licitatório nas compras de hortifruti granjeiros. 13. (CESPE/ TRT 21ª REGIÃO (RN)/ ANALISTA JUDI CIÁRIO/ 2010) Quando um particular ocupa parte de imóvel de órgão público para o serviço de lanchonete ou restaurante, pagando mensalmente o valor de R$ 10.000,00, a licitação é dispensável. 14. (CESPE/ TRT 21ª REGIÃO (RN)/ANALISTA JUDICIÁ RIO/ 2010) Para que a Administração Pública contrate diretamente advogado para patrocinar determinada causa, por entender inexigível a licitação, é necessário que o serviço profissional seja especializado e que o serviço contratado tenha natureza singular. 15. (CESPE/ DPE-BA/ DEFENSOR PÚBLICO/ 2010) Os casos de dispensa de licitação previstos em lei somen te podem ser ampliados, pela autoridade competente, devido a interesse público decorrente de fato devida mente comprovado, pertinente e suficiente para justifi car tal conduta. 16. (CESPE/ TCE-BA/ PROCURADOR/ 2010) Para alie nar ações de sociedade de economia mista negocia das em bolsas de valores, o Poder Executivo do estado da Bahia deverá obter prévia autorização legislativa, independentemente de importarem tais atos perda ou não do controle acionário, embora nesses casos esteja dispensado do procedimento licitatório. 17. (CESPE/ MPU/ TÉCNICO DE INFORMÁTICA/ 2010) É inexigível a licitação para fornecimento de bens e serviços produzidos ou prestados no País, que envol vam, cumulativamente, alta complexidade tecnológi ca e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. 18. (CESPE/ TRE-BA/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ TAQUI GRAFIA/ 2010) Acerca das modalidades de licitação, é correto afirmar que, nos casos em que couber convi te, a Administração Pública pode utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência. 19. (CESPE/ TRE-BA/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ TAQUI GRAFIA/ 2010) Há inexigibilidade de licitação na hipó tese de contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou por meio de empresário ex clusivo, desde que consagrado pela crítica especiali zada ou pela opinião pública. 7 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO EXERCÍCIOS 20. (CESPE/ TRE-BA/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ TAQUI GRAFIA/ 2010) Denomina-se licitação deserta àquela em que, apesar de terem comparecido interessados, nenhum é selecionado em decorrência da desclassifi cação do certame. 21. (CESPE/ MPU/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2010) Considere que o governo de determinado estado -membro da Federação tenha realizado licitação, na modalidade convite, para contratar um escritório de contabilidade para desempenhar atividades contábeis gerais, mas não tenha havido interessados. Nesse caso, é permitida a contratação com dispensa de licita ção, desde que observados os requisitos legais. 22. (CESPE/ ANEEL/ TODOS OS CARGOS/ NÍVEL SU PERIOR/ 2010) De acordo com a Lei de Licitações, é inexigível a licitação nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem. 23. (CESPE/ PGM-RR/ PROCURADOR MUNICIPAL/ 2010) O convite é uma modalidade de licitação em que a convocação se faz por carta-convite. Ele dispensa a publicação em edital, mas a lei exige que a unidade administrativa afixe, em lugar adequado, uma cópia do instrumento convocatório. 24. (CESPE/ BASA/ TÉCNICO CIENTÍFICO/ ENGENHA RIA CIVIL/ 2010) É dispensável a licitação para a aqui sição ou restauração de obras de arte e objetos histó ricos que sejam inerentes às finalidades do órgão ou entidade. 25. (CESPE/ MS/ TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/ 2010) A venda de bens integrantes do patrimônio pú blico pode ser processada por meio de concorrência, independentemente do valor do bem. J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO 26. (CESPE/ MS/ TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/ 2010) Caso a União tenha de intervir no domínio eco nômico para regular preços ou normalizar o abasteci mento, a licitação será dispensável. 27. (CESPE/ MS/ TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/ 2010) Caso a Administração Pública pretenda vender bens móveis, tal alienação estará subordinada à exis tência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e de licitação e dependerá de autorização legislativa para órgãos da Administra ção direta e entidades autárquicas e fundacionais. 28. (CESPE/ TCU/ AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/ 2010) É inexigível licitação para a pres tação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno por órgãos ou entidades que in tegrem a Administração Pública criados para esse fim específico. 8 29. (CESPE/ TCU/ AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/ 2010) É dispensável licitação para a aqui sição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equi pamentos durante o período de garantia técnica, ao fornecedor original de tais equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vi gência da garantia. 30. (CESPE/ MS/ ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATI VO/ 2010) A concorrência é a modalidade de licitação cabível em contratações de grande vulto, mas há pre visão legal de que seja observada também em deter minadas circunstâncias que não dependem do valor, e sim da natureza do contrato a ser celebrado. Lici tações com abrangência internacional, por exemplo, sempre deverão adotar a modalidade concorrência. 31. (CESPE/ MS/ ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATI VO/ 2010) É inexigível a licitação para aquisição de bens e contratação de serviços quando visar ao aten dimento dos contingentes militares das forças singula res brasileiras empregadas em operações de paz no exterior. 32. (CESPE/ MS/ ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATI VO/ 2010) Quando houver dispensa de licitação para execução de obras e serviços por força de uma situa ção de emergência ou de calamidade pública, tal exe cução deve ser concluída em, no máximo, 180 dias consecutivos e ininterruptos, sob pena de descaracte rizar a situação de licitação dispensável. 33. (CESPE/ MS/ TODOS OS CARGOS/ 2010) É dispen sável a licitação para a contratação de profissional de qualquer setor artístico, seja diretamente ou por meio de empresário exclusivo, desde que o artista seja con sagrado pela crítica especializada ou pela opinião pú blica. 34. (CESPE/ MS/ TODOS OS CARGOS/ 2010) Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, podem ser alienados por ato da autorida de competente, desde que se adote o procedimento licitatório na modalidade de concorrência ou tomada de preços. 35. (CESPE/ INCA/ ASSISTENTE EM CIÊNCIA E TEC NOLOGIA/ 2010) É dispensável a licitação quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, nesse caso, todas as condições preestabelecidas. O processo de dispensa deverá ser instruído com a razão da escolha do forne cedor ou executante e a justificativa do preço. 37. (CESPE/ INCA/ ASSISTENTE EM CIÊNCIA E TEC NOLOGIA/ 2010) Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em nú mero mínimo de 3 pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento con vocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até vinte e quatro ho ras da apresentação das propostas. 38. (CESPE/ INCA/ ASSISTENTE EM CIÊNCIA E TEC NOLOGIA/ 2010) Considere que o administrador de determinada autarquia tenha promovido a abertura de licitação, na modalidade convite, para a ampliação da sede regional desse ente e que não tenha havido in teressados no primeiro certame e, por isso, a licitação tenha sido considerada deserta. Considere, ainda, que o administrador, então, tenha encaminhado o proces so administrativo à Procuradoria Federal para análise acerca da possibilidade de se dispensar a licitação para a contratação da empresa de engenharia. Nessa situação, conforme entendimento firmado pela AGU, não pode ser dispensada a licitação. 39. (CESPE/ BRB/ ADVOGADO/ 2010) De acordo com a referida lei, haverá inexigibilidade de licitação quando se configurar inviabilidade de competição. 40. (CESPE/ TRE-BA/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ 2010) Não é admitida a dispensa de licitação na concessão de serviço público, ainda que nas hipóteses de dispensa previstas na Lei de Licitações. 41. (CESPE/ EBC/ ANALISTA CONTABILIDADE/ 2011) Na escolha da modalidade de licitação para a realiza ção da compra de material de expediente cujo valor se enquadre na modalidade convite, é cabível a reali zação de tomada de preços, concorrência ou pregão. 42. (CESPE/ EBC/ ANALISTA/ CONTABILIDADE/ 2011) É inexigível a licitação para serviços de publicidade e divulgação, por tratar-se da contratação de serviço téc nico especializado e ser inviável a competição. 43. (CESPE/ EBC/ANALISTA/ ADMINISTRAÇÃO/ 2011) Para as licitações internacionais, a única modalidade de licitação admitida é a concorrência. 44. (CESPE/ STM/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ 2001) As di versas situações em que é possível aplicar a hipótese de dispensa de licitação prevista na Lei n. 8.666/1993 incluem a caracterizada pela urgência concreta e efe tiva de atendimento a situação decorrente de estado emergencial ou calamitoso, visando a afastar risco de danos a bens, à saúde ou à vida das pessoas. 45. (CESPE/ STM/ CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/ 2011) A contratação do arquiteto Oscar Niemeyer para realizar um projeto arquitetônico em Brasília é um exemplo de situação que enseja dispensa de licitação. 46. (CESPE/ FUB/ BIBLIOTECÁRIO DOCUMENTALISTA/ 2011) Para que possa participar de licitação na modali dade concorrência, o licitante deve ser cadastrado até três dias úteis antes da habilitação preliminar. 47. (CESPE/ FUB/ BIBLIOTECÁRIO DOCUMENTALISTA/ 2011) A dispensa de licitação para a compra de horti frutigranjeiros por fundação pública federal é perma nente. 48. (CESPE/ FUB/ BIBLIOTECÁRIO DOCUMENTALISTA/ 2011) É inexigível a licitação para a aquisição, por de terminado órgão público, de bens destinados exclusi vamente à pesquisa científica com recursos recebidos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 49. (CESPE/ FUB/ BIBLIOTECÁRIO DOCUMENTALISTA/ 2011) A inviabilidade de competição é o principal fun damento para que uma autarquia federal dispense a realização de procedimento licitatório para aquisição de material. 50. (CESPE/ CORREIOS/ ANALISTA DE CORREIOS/ CONTADOR/ 2011) De acordo com a lei, é dispensada a licitação para a prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno por órgãos ou entidades que, criados para esse fim específico, in tegrem a Administração Pública. 51. (CESPE/ CORREIOS/ ANALISTA DE CORREIOS/ CONTADOR/ 2011) Considere que um órgão público tenha contratado, para a locação de imóvel destinado ao atendimento de suas finalidades precípuas, deter minada empresa, de forma direta, mediante inexigibi lidade de licitação. Considere, ainda, que, para a con tratação, tenham sido levadas em conta a localização do prédio e a compatibilidade do valor da locação com o praticado no mercado, de acordo com avaliação pré via. Nessa situação, resta evidenciada hipótese legal de inexigibilidade de licitação, estando o ato em con sonância com a legislação de regência. 9 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 36. (CESPE/ INCA/ ASSISTENTE EM CIÊNCIA E TEC NOLOGIA/ 2010) É cabível a modalidade concorrên cia, qualquer que seja o valor de seu objeto, para a compra e alienação de bens imóveis e nas licitações internacionais. Os bens imóveis da Administração Pú blica, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, podem ser alie nados por meio de leilão. GABARITO J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. C E C C C C E E C C C E E C E E E C C E C E C C C C E E C E E C E E C C C C C C C E E C E E E E E E E 10 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO S U M ÁRI O ORGANIZAÇÃO. ARQUITETURAS ORGANIZACIONAIS: TÉCNICA DE LEVANTAMENTO E COLETA DE DADOS. ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS. ESTRUTURA DE PODERES: CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO. STRUTURA DE TRABALHO: SIMPLIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA, DOCUMENTOS NORMATIVOS DA ORGANIZAÇÃO. CICLO DE VIDA DAS INFORMAÇÕES (ORIGEM, TRANSFORMAÇÃO, DESTINOS)....................................................................................................................................................574 PROCESSO ORGANIZACIONAL: PLANEJAMENTO, DIREÇÃO, COMUNICAÇÃO, CONTROLE E AVALIAÇÃO..... 586 GESTÃO DE PROCESSOS.............................................................................................................................600 GESTÃO DA QUALIDADE............................................................................................................................602 GESTÃO DE PROJETOS................................................................................................................................608 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............................................................................................................601/606 EXCELÊNCIA NOS SERVIÇOS.......................................................................................................................603 GESTÃO DE CONTRATOS............................................................................................................................615 ORGANIZAÇÃO INTRODUÇÃO AO CONTEÚDO BRUNO EDUARDO A função administrativa Organização consiste no “pro cesso administrativo que visa à estruturação da empresa, reunindo pessoas e equipamentos, de acordo com o plane jamento efetuado” 1. Ao utilizar o conceito acima da obra de Adelphino pode mos perceber que organizar não envolve apenas estruturar, mas também reunir pessoas e equipamentos, e assim deve mos ter em mente que ao organizar algo, iremos inserir na estrutura pessoas e equipamentos. Em muitos concursos quando se cobra a função orga nização é comum termos itens relacionados à estrutura organizacional, que será nosso primeiro assunto a abordar, demonstrando as vantagens e desvantagens dos tipos de estruturas existentes. Logo após estruturar é comum realizar a departamen talização, ou seja, em uma estrutura organizacional criada inserir os departamentos. Quando se aborda departamentali zação é comum alguns tipos se confundirem à estruturação, como por exemplo estrutura projetizada e departamento por projeto. O aluno que esteja estudando pela primeira vez deve estar atento ao enunciado da questão, para não confundir os conceitos, apesar de a essência ser a mesma, confira: Ano: 2011, Banca: FCC, Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS), Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa O desenho departamental, ou departamentalização, apresenta uma variedade de tipos, dentre eles o a) linear. b) staff. c) funcional. d) programático. e) empresarial. A questão apresenta como respostas alguns tipos de estruturas organizacionais (linear, staff e funcional), porém apenas uma das alternativas pode ser também um tipo de departamentalização, que é a funcional. Veja que o tipo pode ser aplicado tanto na estrutura quanto no departa mento, com a mesma essência teórica. Após realizar a departamentalização o próximo passo é descentralizar o poder e responsabilidade. Quando se rea liza a etapa de descentralizar é necessário que já se tenha realizado o plano de atribuições dos cargos a fim de passar exatamente o poder compatível com o cargo. O próximo passo é de estabelecer o controle hierár quico. As comunicações podem ser trabalhadas em con junto com o controle hierárquico, pois serão definidos os níveis e assim a forma de comunicação vertical e horizontal, interna e externa. No setor público já temos a padronização das comunicações, tanto que o aluno normalmente estuda o manual de redações, em que são inseridos documentos, por exemplo, como ofício (comunicação externa) e memorando (comunicação interna). 1 SILVA, Adelphino T. Administração básica. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2011. 2 Nosso plano de estudo ficará nessa sequência, par tindo da estrutura organizacional e encerrando nas comu nicações. ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS O conceito de estrutura organizacional extraído da obra Organizações e Métodos, Cury (2007) é: “a estrutura com preende a disposição das diversas unidades que compõem a empresa – departamentos, divisões, seções etc. – e as relações entre superiores e subordinados.” 2 Ao explorar obras de outros autores como Chiavenato e Adelphino, todos apresentam as classificações das estru turas organizacionais um pouco diferente da obra de Cury, porém, todos apresentam os mesmos títulos em quase a totalidade dos tipos de estruturas. O aluno deve se preo cupar mais com os tipos de estruturas do que a forma que são apresentadas, pois em provas não são abordados, em geral, conceitos sobre a estrutura matricial ser tradicional ou moderna, mas sim se a estrutura matricial é a junção de dois tipos de estruturas a projetizada e a funcional. Outro tópico importante que o aluno deve ter é o que se classifica como estrutura e o que incorpora a uma estru tura. A estrutura em staff não é uma estrutura propriamente dita, mas um órgão assessor que se agrega a uma estrutura linear. Em provas ao se abordar o título linear o aluno deve se lembrar da cadeia hierárquica composta de gerentes e subordinados, e quando aborda o título staff o aluno deve estar atendo que o elaborador está falando de um assessor, ou unidade assessora. Os tipos mais comuns de estruturas organizacionais estudas para concursos público são: • Linear; • Staff; • Colegiado; • Funcional; • Divisional; • Projetizada; • Matricial; e • Redes. Nosso objeto de estudo será explicar uma a uma com suas respectivas vantagens e desvantagens, mas entenda como uma evolução das estruturas em que conforme formos avançando no conteúdo o custo da estrutura irá aumentar e os resultados tendem a melhorar. Estrutura linear: estrutura apresentada em forma de pirâmide, conhecida também como estrutura militar. É uma forma simples de organizar hierarquicamente uma empresa, indicando os setores conforme suas especialidades. 2 CURY, Antônio. Organização e métodos: uma visão holística. 8.ed. rev. e ampl. 3. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. Características: • Poder centralizado; • Autoridade única (um só chefe imediato). Vantagens: • Baixo custo de implantação; • Rápido processo decisório; • Simples transmissão de ordens (de cima para baixo); • Definição clara e objetiva dos deveres. Desvantagens: • Não favorece a especialização; • Excesso de burocracia; • Sobrecarrega a chefia com decisões; • Não favorece o trabalho em equipe; • Ruídos na comunicação; • Dificulta substituição das pessoas (chefes). Esse tipo de estrutura é muito comum em empresas familiares. b) Linear. c) Gerencial. d) Funcional. e) Operacional. A alternativa correta é a opção B. O aluno na hora da prova deve estar atento ao que o elaborador está exigindo. Vantagem ou desvantagem da estrutura ou o conceito da estrutura com base em suas características. Ano: 2008, Banca: CESPE, Órgão: MTE, Prova: Ad ministrador Em relação ao arranjo, ao desenho organizacional e aos tipos de estruturas, julgue o item que se segue. A organização que possui uma estrutura organiza cional em que a autoridade é única e centralizada, com aspecto piramidal, pode ser descrita como uma estrutura linear. O item anterior está correto. Para encerramos essa estrutura, veja que três tipos de bancas elaboradoras estão cobrando a mesma essência. Estrutura staff: não seria exatamente uma estrutura, mas uma forma de agregar o assessoramento à linha. Como visto na estrutura anterior, linear, podemos conferir a hierar quia no organograma. Ao apresentar a estrutura staff vamos perceber a necessidade de uma estrutura em linha, e por isso alguns autores costumam chamar de staff and line ou assessoramento em linha. Ano: 2014, Banca: Aeronáutica, Órgão: EEAR, Pro va: Sargento - Administração É uma das vantagens da Organização Linear: a) facilidade de implantação. b) autoridade linear baseada no comando único e direto. c) congestionamento das linhas formais de comu nicação. d) pressupõe a existência de chefes capazes de fazer tudo. A resposta correta é a opção A por afirmar ser de sim ples implantação. Veja que a alternativa B leva a confusão por afirmar ser comando único e direto. Quando afirmamos ter um só chefe, lembre-se que o chefe também tem chefe e assim a ordem superior é transmitida ao nível operacional por intermédio do nível tático, sendo assim, o comando não é direto. Agora veja outra questão afirmando o mesmo que a alternativa B, confira: Ano: 2014, Banca: IDECAN, Órgão: Colégio Pedro II, Prova: Auxiliar em Administração “Nesse tipo de estrutura organizacional, a princi pal característica é a autoridade única e absoluta do superior sobre seus subordinados, decorrente do princípio da unidade de comando.” (Idalberto Chiavenato. Teoria Geral da Adminis tração. Vol. 1. São Paulo: McGraw Hill, Makron Books, 1993.) Assinale a alternativa que define qual o tipo de es trutura organizacional a que o autor se refere. a) Staff. Confira as unidades que iniciam por assessoria ou assessor. Esse tipo de unidade está fora da cadeia hierár quica possuindo assim liberdade e autonomia sobre sua especialização. A forma correta de apresentá-la no organo grama é por uma linha traçada, ou pontilhada, de forma a indicar que ela não está inserida na linha. Quando afirma mos que o staff está fora da hierarquia dizemos que ele não tem subordinados fora do setor e que sua autonomia se res tringe em assessorar, sendo assim ele não pode decidir. A função de assessor é de assessorar o que está ime diatamente acima, ou seja, a assessoria de planejamento se restringe em assessorar o departamento de apoio, assim como o assessor técnico se restringe em assessorar a divi são de documentação, com base no organograma apresen tado. 3 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO Perceba que houve uma divisão entre serviços e indús tria, o que leva a entender a divisão em área fim e área meio. Essa estrutura é indicada a pequenas empresas e tem um custo baixo de implantação devido à sua simplicidade. Quando a empresa evolui e suas atividades tornam-se com plexas é natural a evolução para a estrutura funcional. BRUNO EDUARDO Características: • A unidade linear conta com assessoria para assun tos técnicos; • O staff atua como um pesquisador, apresentando soluções aos problemas da unidade linear; • A unidade staff pode ser interna ou externa, fazer parte da estrutura ou ser contratada para um traba lho temporário. Vantagens: • Utilização de especialistas; • Melhoria da qualidade das decisões tomadas; • Promove a eficiência organizacional; • A organização torna-se flexível (baixa flexibilidade). Desvantagens: • O uso de especialistas encarece o custo organiza cional; • As sugestões podem ser confundidas com ordens, gerando conflitos; • O staff não aceita facilmente seus limites (de não decidir); • Os gerentes de linha tendem a reagir contraria mente aos conselhos dos assessores; • Os assessores tendem a utilizar da autoridade do gerente de linha para se inserir na cadeia hierár quica, gerando conflitos. Confira alguns itens: Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: MPU, Prova: Técnico Administrativo Julgue o item seguinte, relativo ao tipo de estrutura organizacional, natureza e finalidade das organiza ções formais modernas. Os órgãos de assessoria da organização em estru tura linha-staff exercem autoridade de linha sobre os colaboradores dos demais setores, com o intuito de alcançar os objetivos organizacionais. Ao afirmar que o órgão de assessoria exerce autoridade de linha o item misturou conceitos das estruturas Linear e Staff. Lembre-se que uma estrutura staff não possui autori dade. O item está errado. Estrutura colegiada: o colegiado é outro tipo de estrutura que se insere noutra estrutura, como a linear. O colegiado consiste em decisões conjuntas, pois a decisão unitária, na maior autoridade, pode ser passiva de questio namentos. O colegiado só é exigido quando a entidade passa a ter situações mais complexas a serem decididas, podendo defi nir um colegiado permanente ou ad-hoc (temporário). Muitos órgãos públicos possuem colegiados permanentes devido à complexidade de alguns temas terem a necessidade de serem decididos em conjunto. No órgão colegiado é comum ter inserido a estrutura staff, tendo em vista que para decisões complexas será necessário o assessoramento de especialistas no assunto. 4 No organograma anterior podemos visualizar como autoridade máxima a Diretoria Executiva, e acima da auto ridade máxima o Conselho de Administração como Direção Geral. Perceba que a Direção Geral conta com quatro órgãos assessores em sua estrutura, cada qual com um tema espe cializado. As unidades assessoras servem de apoio às deci sões que serão tomadas pelo colegiado. Uma grande desvantagem na estrutura colegiada é a ausência de poder decisório na autoridade máxima da enti dade, passando a ser decidida agora em conjunto no cole giado. Normalmente o presidente da instituição assume o voto “minerva”, votando apenas em caso de empate. É comum confirmar essa estrutura em tribunais, quando ocor rem decisões colegiadas. Ano: 2006, Banca: CESPE, Órgão: ANCINE, Prova: Analista Administrativo Em relação a organização para a administração, jul gue o item a seguir. Os tipos de estruturas organizacionais mais usuais são: clássica ou linear; funcional; linha e assessoria; comissional ou colegiada; matricial. O item está correto. Veja que a afirmação foi dos tipos mais usuais de estruturas, considerado a colegiada ou comissional. Lembre-se que uma decisão colegiada é tomada em conjunto, numa comissão. Características: • Decisões no plural, em grupo; • Situa-se acima da autoridade máxima (presidente) da unidade; • Podem ser permanentes ou temporárias; • Os poderes do conselho são definidos para assun tos de alta complexidade. Desvantagens: • Eleva o custo da estrutura; • Enfraquece a autoridade máxima; • Responsabilidade fracionada (impossibilita culpa); • Retarda o processo decisório. Estrutura funcional: a estrutura funcional é uma evo lução da estrutura linear, apesar de cobrar em prova as funções de linha e levar o candidato à confusão. Quando tratamos das funções de linha entenda como atividades decisórias, diferente das funções de staff que consiste em atividades de assessoramento. Como dito, a estrutura linear A necessidade da estrutura funcional é de especia lidade, tornando cada setor mais técnico em sua área de domínio, como o exemplo da diretoria de pessoal que neces sita outras áreas internas de caráter técnico. Entenda como um curso de graduação, em que cada curso terá várias disciplinas. Assim será a estrutura funcio nal. Cada curso é a diretoria, e cada disciplina do curso é o setor subordinado à diretoria. Pode ser que o setor precise se dividir em mais unidades, ou não. No organograma apre sentado podemos ver diretorias com muitos setores, e outras com uma espécie de quantitativo padrão de setores. Prova velmente a que necessita de mais departamentos internos envolve a atividade fim da organização, e a segunda que conta com mais unidades pode ser a área de TI – Tecnolo gia da Informação, tendo em vista o crescimentos e investi mento na área por parte das organizações. Características: • Estrutura baseada na especialidade; • Sua base de estrutura é a função principal; • Objetivos permanentes em torno da função; • Voltada ao planejamento de longo prazo. é aplicável em pequenas empresas de cunho familiar, geral mente, e a estrutura funcional é a evolução da estrutura linear para ser aplicada em empresas maiores e com mais atividades internas a serem divididas. No primeiro exemplo (organograma linear) vimos que o setor de serviços concentrava atividades de material, pes soal e financeiro. Pense agora que cada atividade dessa precisa ser concentrada em uma diretoria, pois agora iremos organizar a Diretoria de Pessoal em outras atividades, como: recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, provi mento e vacância, treinamento e desenvolvimento, cadastro de pessoal, entre outros. A estrutura mais utilizada no Brasil, seja instituição pública ou particular, é a funcional. A maioria dos órgãos públicos estão aderindo à estrutura matricial, que veremos mais adiante, enquanto isso confira o organograma de uma estrutura funcional. Vantagens: • Uso de especialistas; • Centralização dos assuntos em áreas funcionais; • Valoriza o uso de técnicos; • Permite aumento da qualidade dos produtos e ser viços; • Permite o trabalho em equipe. Desvantagens: • Aumento do custo da estrutura; • Possibilita ao subordinado ter mais de um chefe (área funcional); • Incompatível a ambiente instável; • Tendência à centralização (rígida); • Não favorece a harmonia do trabalho em equipe (conflitos interfuncionais). Ano: 2012, Banca: CESPE, Órgão: ANAC, Prova: Técnico Administrativo Acerca de estrutura e cultura organizacional, julgue o item que se segue. Os problemas de controle na estrutura funcional 5 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO Vantagens: • Julgamento impessoal e imparcial; • Uso de assessores; • Ponto de vista geral, macro; • Discussão sobre várias soluções. podem decorrer do próprio sucesso da organiza ção, resultado do aumento da complexidade interna provocada pelo natural crescimento no conjunto de bens e (ou) serviços ofertados pela organização. BRUNO EDUARDO O item acima está correto. Quando falamos da evolução da estrutura linear para a funcional já está subentendido o sucesso da organização que antes era uma pequena empresa e passou a ser uma grande empresa, e com o crescimento da organização o controle deve também evoluir. Como muitas empresas deixam o controle como a última função a ser obser vada é habitual uma organização funcional ter problemas de controle em sua estrutura, por elevar a complexidade organi zacional sem investir em paralelo nas unidades de controle. Apesar de tratarmos da função administrativa controle em outro tópico, ao abordar o tema de estrutura organizacio nal um dos tópicos que trataremos é a criação dos controles hierárquicos. Recomendo ao aluno aprofundar seu estudo na função Controle, e os tipos de controle: Controle Estraté gico, Controle Tático e Controle Operacional. Estrutura Divisional: estrutura pouco parecida com a funcional, por isso passiva de confusão na hora da prova. Vamos abordar um exemplo prático para simplificar o conceito. Entenda como uma empresa que atue em diversos segmen tos no mercado na área de alimentos. Esses alimentos serão divididos em produção, porém, todos os temas relacionados a alimentos terá um departamento interno chamado de produ ção, assim como vendas, aquisições de matérias prima, entre outros departamentos. Os temas funcionais que tratamos na estrutura anterior passam a ser unidades de assessoramento, pois a prioridade passou a ser o produto da empresa. Características: • Estrutura dividida em órgãos menores (área de negócio); • Desenvolvimento da área de negócio; • Unidimensional (sua base é o produto); • Objetivos permanentes; Vantagens: • Cada gerente atua no seu produto a fim de atender o objetivo maior da empresa; • Facilita o processo de coordenação dentro do seg mento; • Permite utilizar o maior potencial humano do seg mento; • Histórico de sucesso no cumprimento de metas; • Facilita a aplicação de investimentos em segmentos. Desvantagens: • Custos elevados devido à duplicação de departa mentos; • Grupos de segmentos são independentes; • Autonomia elevada ao gerente divisional, acarre tando decisões desastrosas; • Tendência à centralização dos investimentos em um segmento em detrimento de outro; • Pode gerar instabilidade organizacional. Em pesquisa encontrei a seguinte questão, confira: Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: FUB, Prova: As sistente em Administração Em relação à estrutura organizacional, julgue o item que se segue. As estruturas divisionais são elaboradas de acordo com a centralização dos recursos similares a cada função, otimizando os resultados das unidades. O item está errado. Veja que o elaborador tenta con fundi-lo com características da estrutura funcional. Confira outro item: Ano: 2011, Banca: CESPE, Órgão: TJ-ES, Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa Acerca de estrutura organizacional da administra ção pública, julgue o item subsequente Ao se departamentalizar uma organização de forma divisional, os departamentos devem ser agrupados em divisões separadas, independentes e baseados em um produto comum. Ao utilizar o organograma anterior podemos visuali zar melhor essa divisão. Veja que todas as divisões agora contam com departamentos de produção, marketing e logís tica, conforme seu produto. Atualmente a estrutura divisional é organizada, além de produtos, em serviços, função, processos, geograficamente etc. Em sala de aula costumo citar a marca Samsung, pois possui produtos em diversos segmentos: televisor, celular, máquina de lavar roupa, refrigerador etc. Perceba que cada segmento é como se fosse uma empresa, e cada segmento irá ter os mesmos setores que o outro, concentrando no pre sidente da organização as unidades assessoras de marke ting, finanças, etc. 6 Correta a afirmação. Veja as características de divisões separadas e independentes em torno se seu produto. Estrutura projetizada: a estrutura em projetos consiste na entrega de um produto em data certa. O conceito de projeto é justamente esse, vinculado ao prazo. Um projeto consiste em algo com datas de início e fim muito bem estabelecidas, e dele pode ser gerada uma atividade, que será algo contínuo. Uma empreiteira, por exemplo, segue, por vezes, estru tura em projetos, tendo em vista que seu produto será uma obra. Ao término de uma obra será dado início a outra obra, podendo manter ou alterar a equipe de trabalho a cada pro jeto. Devido à formação em gerência de projetos recomendo a leitura do PMBOK para que aprofunde seus conhecimentos em projetos, quando necessário. O guia de projetos PMBOK trata de temas relacionados às estruturas organizacionais, e classifica, além da funcional e projetizada, a matricial. A estrutura em projetos terá como unidades sua equipe de pessoal conforme o processo do projeto: engenheiros, arquitetos, mestre de obras etc. Cada projeto terá sua estru tura única, tendo em vista que o conceito de projeto estabe lece singularidade em cada projeto. Características: • Unidimensional, ou seja, cada unidade voltada à execução de um projeto e assim chefiada por um único gerente de projeto; • Sua base de formação é o projeto, inexistindo pro jeto não haverá o setor; • Prazo de duração determinado conforme a duração do projeto; • Sua departamentalização interna pode ser funcio nal por envolver aquisições, contratos, pessoal etc. Vantagens: • Autoridade única; • Voltada à entrega do produto (projeto); • Utilização de especialistas; • Incentiva o trabalho em equipe; • Utiliza comunicação informal (sem burocracia); • Autonomia no gerente em administrar os recursos do projeto. Estrutura Matricial: a estrutura matricial é a combi nação de duas estruturas organizacionais, a funcional e a projetizada. O aluno aqui deve estar muito atento na hora do aprendizado e não confundir com departamentalização matricial (combinação de dois tipos de departamentos). Entendo que na hora da prova a confusão é comum, e para tal vamos então com uma questão para demonstrar: Ano: 2010, Banca: CESPE, Órgão: ABIN, Prova: Agen te Técnico de Inteligência - Área de Administração Julgue o item a seguir, relativo as organizações mo dernas e suas estruturas. A departamentalização matricial, por meio da qual se unem a estrutura funcional e a de projeto, é ne cessária em razão de as instituições terem, atual mente, filiais em diversas cidades ou países. Perceba que o elaborador misturou conceitos da estru tura organizacional com conceitos que iremos ver adiante, departamentalização. E ainda utilizou conceitos da departamentalização geográfica. O item anterior está errado por afir mar que a departamentalização, e não estrutura, matricial é a junção de duas estruturas, além de continuar no erro em afirmar que é necessária em razão das divisões geográficas. Muito cuidado nesse ponto para não confundir estrutura (primeiro passo) com departamentalização (segundo passo). Se a estrutura matricial é a soma das estruturas funcio nal e projetizada, subentende-se então que as características serão a mistura das duas estruturas, assim como vantagens e desvantagens, mas antes vamos conferir o organograma. 7 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO Desvantagens: • Não é bem vista numa organização permanente tendo em vista seu caráter temporário; • Os setores são duplicados conforme a quantidade de projetos; • Aumento do custo em relação ao uso dos recursos duplicados; • Insegurança no emprego (participação em outro projeto). EXERCÍCIOS 1. BRUNO EDUARDO 2. (CESPE/TCU/2007) A reengenharia, concebida como um aprimoramento ou redesenho de processos, está voltada para a automação e robotização dos proces sos de trabalho, com vistas à substituição de mão-de -obra por equipamento, e consequente redução dos custos de produção e venda dos bens e serviços. (CESPE/MCT/2004) O conceito de reengenharia está originalmente fundamentado em enxugamento de pes soal. 3. (CESPE/CEARAPORTOS/2004) A reengenharia é uma ferramenta de gestão que defende a reestrutu ração moderada dos processos empresariais, visando alcançar resultados visíveis e drásticos. 4. (CESPE/TJDFT/2008) A reengenharia, cujo pico de utilização pelas empresas ocorreu na década passa da, tem como foco a reformulação radical dos proces sos da organização. 5. (CESPE/FSCMP/2004) A reengenharia, cujos objeti vos principais incluem a redução dos custos e a melho ria da relação com o cliente, possibilita que a organiza ção efetive as mudanças de maneira lenta e contínua. 6. (CESPE/SETEPS/2004) A reengenharia tem a grande vantagem de poder implementar, nos processos orga nizacionais, mudanças contínuas que levem a ter su cesso a médio e longo prazos a organização que adota esse modelo de gestão. 7. 8. (CESPE/STJ/2004) A organização pública que se dis puser a implementar a reengenharia deve observar que esse processo, entre outros aspectos a ele ineren tes, exige o efetivo comprometimento da alta cúpula, a utilização de tecnologias de informação e o investi mento em treinamento. (CESPE/CEARAPORTOS/2004) A reengenharia não pode ser aplicada em uma organização, independen temente da utilização de modernas tecnologias. 12. (CESPE/CEARAPORTOS/2004) Genericamente, es pera-se que um processo profundo de reengenharia provoque a introdução de novos valores e crenças na cultura de uma organização. 13. (CESPE/PRODEPA/2004) Algumas das caracterís ticas fundamentais de processos que passaram por reengenharia são o aumento das verificações e dos controles, que aumentam a qualidade do serviço pres tado ao cliente, e a fragmentação de tarefas, o que aumenta a produtividade nos trabalhos realizados na organização. 14. (CESPE/STJ/2004) A reengenharia é uma tecnologia gerencial que pode ser muito útil para as organizações públicas, pois exige pensar os processos que, a partir de uma reestruturação, deverão aumentar o número de gerentes de linha intermediária, possibilitando o au mento dos elos entre a cúpula estratégica e o núcleo operacional. 15. (CESPE/TJDFT/2008) Muitos dos problemas verifica dos nos processos de reengenharia decorrem da difi culdade das organizações em redistribuir as relações de poder e os processos administrativos necessários à nova configuração dos trabalhos. 16. (CESPE/ADEPARA/2003) A reengenharia de proces sos pode ser considerada com base em algumas ati vidades fundamentais, tais como: a identificação dos processos a serem submetidos à reengenharia, a compreensão da estrutura dos processos existentes, a avaliação de desempenho do processo existente e o protótipo do novo processo. 17. (CESPE/SESPA/2004) Um dos fatores que podem le var ao fracasso da reengenharia em uma organização refere-se ao fato de se tentar implementá-la de cima para baixo, especialmente em se tratando de proces sos de trabalho. 18. (CESPE/CEARAPORTOS/2004) Uma das críticas mais comuns ao modelo baseia-se no fato de que mui tas empresas se limitaram ao corte de custos por meio de demissões de pessoal em grande escala, argumen tando que realizavam a reengenharia. (CESPE/BASA/2009) No que concerne a reengenha ria organizacional, julgue os itens que se seguem. (CESPE/TJDFT/2008) A distribuição do trabalho pro posta pela reengenharia tem por base a divisão dos processos centrais da organização em atividades es truturadas em departamentos distintos. 19. Ao se analisar os processos de uma organização que pretende realizar a reengenharia, não se adotam mu danças incrementais; outrossim, é preciso aplicar uma mudança radical, partindo-se do zero. 10. (CESPE/TJ-AP/2003) A combinação de vários proces sos em apenas um e a execução de um trabalho onde faz mais sentido fazê-lo são algumas das caracterís ticas dos processos que passaram por reengenharia. 20. A reengenharia organizacional, como técnica, importa -se com a qualidade e a medição dos processos. 9. 11. (CESPE/TJDFT/2008) Em geral, a reengenharia pres supõe a mudança para uma estrutura embasada em equipes direcionadas para o atendimento das necessi dades dos clientes. 8 21. Tanto a reengenharia quanto a melhoria contínua en fatizam a satisfação do cliente. Entretanto, a utilização intensiva do trabalho em equipe não é comum aos dois processos. 23. (CESPE/MMA/2008) Entre os novos paradigmas da administração, destaca-se o que se convencionou denominar downsizing, tendência em foco a partir de meados dos anos 80 do século passado, que se ca racteriza pelo alargamento da hierarquia, aumento dos quadros de chefia e concentração dos poderes de de cisão. 24. (CESPE/STJ/2004) O downsizing é um dos mais im portantes e relevantes recursos na busca da eficiên cia e do equilíbrio fiscal do setor público, devendo ser utilizado em qualquer processo de modernização administrativa, pois garante o máximo de eficiência e resultados para o cidadão. 32. (CESPE/PETROBRAS/2007) Uma das características do controle total de qualidade é que dele não se exclui nada nem ninguém; ao contrário, amplia-se a empresa e envolve-se toda a organização, o que acaba por atin gir fornecedores e clientes. 33. (CESPE/TRE-MA/2005) Quando o órgão público de controle do governo é capaz de, por intermédio dos relatórios e dos controles de saída de recursos, apu rar os mínimos erros e desperdícios na construção de uma ponte, por exemplo, é correto afirmar que tal go verno possui gerenciamento de qualidade total. 34. (CESPE/STJ/2004) O alcance da qualidade no setor público pode estar relacionado ao fato de os cidadãos terem sido atendidos em suas necessidades, à redu ção dos custos da administração pública e a uma ges tão de processos que se desenvolva continuamente. 35. (CESPE/TJDF/1998) A idéia de kaizen está associada à melhoria contínua de processos organizacionais. 25. (CESPE/TJDFT/2008) Considerando a linha evolutiva da gestão da qualidade nas organizações, é correto afirmar que o controle estatístico da produção constitui etapa posterior ao controle total da qualidade. 36. (CESPE/UEPA/2007) O ciclo PDCA é um método ge rencial para a promoção da melhoria contínua que con templa, em suas etapas, atividades para definir metas e métodos, educar e treinar, executar a tarefa e coletar dados, verificar resultados e agir corretivamente. 26. (CESPE/INMETRO/2007) Segundo os pressupostos da qualidade total, a evolução do simples controle para a gestão da qualidade ocorre quando o processo de planejamento da qualidade passa a ter como premissa básica o atendimento às necessidades dos clientes. 37. (CESPE/STF/2008) Considerando-se que a atual es tratégia de mudança organizacional define o uso do modelo de melhoria contínua embasado no PDCA, é correto inferir que o processo de gestão de mudança deverá adotar as práticas e métodos de programas de reengenharia de negócios. 27. (CESPE/DETRAN-ES/2010) Por meio do modelo de gestão da qualidade total são estabelecidos vínculos que extrapolam o ambiente interno da organização, o que afeta diretamente a relação entre o cliente e o for necedor. 28. (CESPE/ABIN/2010) A qualidade total consiste em modelo de gestão embasado na filosofia do controle centralizado, que infunde a qualidade em todas as ati vidades de uma organização para a garantia de me lhoria contínua. 29. (CESPE/FUB/2008) A conformidade das caracterís ticas do produto ou serviço com as expectativas do cliente é que vai garantir sua satisfação. 30. (CESPE/SGAAC/2008) A moderna gestão da qualida de defende que a ausência de defeitos no produto é mais importante do que a sua adequação ao uso a que se destina. 31. (CESPE/INMETRO/2001) A filosofia da gestão pela qualidade total enfatiza os sistemas de controle foca dos na detecção e na correção de falhas nos produtos finais. 38. (CESPE/DETRAN-ES/2010) A reengenharia organi zacional e a melhoria contínua são ferramentas de qualidade complementares, podendo-se adotá-las si multaneamente para aperfeiçoar os processos organi zacionais existentes. 39. (CESPE/BB/2008) No benchmarking classificado como funcional, há necessidade de comparação de uma empresa com um concorrente direto. As empre sas investigadas, geralmente, são de ramos distintos e adotam técnicas interessantes em atividades específi cas, que podem ser colocadas em prática na empresa do investigador. 40. (CESPE/INMETRO/2007) Benchmarking propõe a comparação entre organizações e processos de refe rência com vistas ao estabelecimento de metas e pa râmetros a partir do desempenho de empresas líderes para obter resultados iguais ou próximos das organiza ções de referência. 41. (CESPE/PETRONM/2004) O principal objetivo de um programa fundamentado nos 5S é a manutenção da ordem no local de trabalho e sua aplicação em uma indústria visa manter a produtividade das linhas de produção. 9 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO 22. (CESPE/BASA/2006) Os processos de reengenharia normalmente conduzem a formas de liderança dire tivas e autocráticas, fortalecendo as barreiras entre os departamentos e sem preocupação com o foco no cliente. 42. (CESPE/PODEPA/2003) Os círculos da qualidade têm como objetivo essencial o desenvolvimento da quali dade na organização, melhorando a comunicação nos grupos de trabalho, sem que haja a necessidade de envolver os funcionários no processo de resolução de problemas. BRUNO EDUARDO 43. (CESPE/BOAVISTA/2004) A análise de Pareto é uma ferramenta da gestão da qualidade e se baseia na pre missa de que qualquer grande agrupamento de coisas é uma mistura que consiste em poucas coisas com grande importância e muitas coisas com pouca impor tância. 44. (CESPE/SGA-DF/2004) O diagrama Ishikawa, ou es pinha de peixe, utiliza a divisão das possíveis causas dos problemas por classes. Trata-se de um levanta mento quantitativo dos problemas e é usado para con solidar a análise dos problemas encontrados. 45. (CESPE/MMA/2008) Considere que, para analisar as reclamações generalizadas dos passageiros da avia ção comercial brasileira na época do chamado apagão aéreo, as autoridades tenham elaborado um diagrama de Ishikawa — também conhecido como espinha de peixe. Nesse caso, seria correto representar pelas li nhas inclinadas do referido diagrama, entre outras causas identificadas, os atrasos nos embarques, a fal ta de informações pelas companhias e as longas espe ras sem o fornecimento de refeições aos passageiros. GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. E E E C E E C E E C C C E E C C E C C C E E E E E C 10 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. C E C E E C E C C C E E E C E E C E C NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS S U M ÁRI O CONCEITOS, IMPORTÂNCIA, RELAÇÃO COM OS OUTROS SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO. A FUNÇÃO DO ÓRGÃO DE GESTÃO DE PESSOAS: ATRIBUIÇÕES BÁSICAS E OBJETIVOS, POLÍTICAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: RELAÇÕES INDIVÍDUO/ORGANIZAÇÃO, MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA, DESEMPENHO. GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL.........................................................................................................620 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAS Introdução A Administração de Recursos Humanos (ARH) é uma área extremamente sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Por isso, ela é contingencial e situacio nal. Depende da cultura que existe em cada organização. Também da estrutura organizacional adotada. E depende igualmente das características do contexto ambiental, do negócio da organização, das características internas, de suas funções e processos e de um sem-número de outras variáveis importantes. A ARH está passando por grandes mudanças e inova ções. Nesse novo contexto, as pessoas deixam de ser o pro blema das organizações para ser a solução de seus proble mas. As pessoas deixam de ser o desafio para se tornarem a vantagem competitiva das organizações que sabem como lidar com elas. As pessoas deixam de ser o recurso organi zacional mais importante para se tornar o parceiro principal do negócio em que há dinâmica, vigor e inteligência. A Interação entre Pessoas e Organizações FLAVIO DE SOUSA A expressão Recursos Humanos refere-se às pessoas que participam das organizações e que nelas desempenham determinados papéis. As pessoas passam maior parte de seu tempo trabalhando em organizações. As organizações requerem pessoas para suas atividades e operações da mesma forma que requerem recursos financeiros, materiais e tecnológicos. Daí a denominação Recursos Humanos para descrever as pessoas que trabalham nas organizações. O contexto em que funciona a Administração de Recur sos Humanos (ARH) é representado pelas organizações e pelas pessoas que delas participam. As organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões. Para as pessoas, as organizações constituem um meio pelo qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um mínimo custo de tempo, esforço e de conflito. Muitos dos objetivos pessoais jamais poderiam ser alcançados apenas por meio do esforço pessoal isolado. As organizações surgem exatamente para aproveitar a sinergia dos esforços de várias pessoas que trabalham coordenadamente e em conjunto. O novo conceito de Administração de Recursos Huma nos ressalta três aspectos fundamentais: 1º As pessoas são diferentes entre si e dotadas de personalidade própria, com uma história pessoal e diferenciada, possuidoras de habilidades e conheci mentos, destrezas e competências indispensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais. As diferenças individuais devem ser ressaltadas e não aplainadas, padronizadas e homogeneizadas. Pessoas como pessoas e não como meros recur sos da organização. 2º As pessoas são os elementos vivos e impulsiona dores da organização e capazes de dotá-la da in teligência, talento e aprendizagem indispensáveis 2 a sua constante renovação e competitividade em um pleno de mudanças e desafios. As pessoas pos suem um incrível dom de crescimento e desenvol vimento pessoal. Pessoas como fonte de impulso próprio e não como agentes inertes ou estáticos. 3º As pessoas são os parceiros da organização e os únicos capazes de conduzi-la a excelência e ao sucesso. Como parceiros, as pessoas fazem inves timentos na organização – como esforço, dedicação, responsabilidade e comprometimento – na expectati va de colherem retornos desses investimentos – como salários, incentivos, crescimento profissional, carrei ra etc. Qualquer investimento somente se justifica quando traz algum retorno interessante. À medida que o retorno é bom e sustentável, a tendência cer tamente será o aumento do investimento. Daí, o ca ráter de reciprocidade nessa interação entre pesso as e organizações. E também o caráter de atividade e autonomia e não mais de passividade e inércia das pessoas. Pessoas como parceiros da organização e não como meros sujeitos passivos dela. Enfoque Sistêmico Para facilitar tanto o estudo do relacionamento entre indivíduos e organizações – como o próprio estudo da Admi nistração de Recursos Humanos – abordaremos as organi zações, grupos e pessoas como classes de sistemas aber tos em contínua interação com seus respectivos ambientes. O conceito de sistema aberto tem sua origem na Biologia em vista do estudo dos seres vivos e de sua dependência e adaptabilidade ao meio ambiente, tendo invadido rapida mente outras disciplinas científicas, como Psicologia, Socio logia, e chegado à Administração. O sistema aberto des creve as ações e interações de um organismo vivo dentro de um ambiente circundante. Assim, em Biologia, o desen volvimento e crescimento de um organismo inicia-se com a fertilização da célula, que depois se reproduz, por intermédio da nutrição, sempre por meio de ações e interações com seu ambiente. Utilizamos o conceito de sistemas porque nos permite uma maneira mais abrangente e contingente de abordar a complexidade das organizações e a administração de seus recursos. Esse conceito visualiza não só os fatores ambien tais internos e externos como um todo integrado, mas também as funções dos subsistemas que o compõem. Apesar do fato de as organizações serem complexas, esse conceito permite uma maneira de pensar que ultrapassa a complexidade e reconhece a natureza dos complicados problemas. O enfoque sistêmico em Administração de Recursos Humanos pode ser desdobrado em três níveis de análise, a saber: a) nível do comportamento social (a sociedade como um macrossistema): permite uma visualização da complexa e intrincada sociedade de organizações e da trama de interações entre as organizações. Esse nível retrata o relacionamento da organização como uma totalidade com a sociedade maior. O nível social funciona como a categoria ambiental do comportamento organizacional. O Contexto da ARH O contexto da ARH é, ao mesmo tempo, dinâmico e mutável. A primeira característica desse contexto é a com plexidade. A maneira como pessoas e organizações se rela cionam entre si para realizar a tarefa organizacional varia de uma organização para outra. Algumas organizações carac terizam-se pela visão democrática e aberta na maneira de tratar as pessoas, enquanto outras ainda se mostram para das no tempo e no espaço, adotando políticas ultrapassa das e retrógradas. A segunda característica é a mudança. O mundo está passando por grandes mudanças e transfor mações nos aspectos econômicos, sociais, tecnológicos, culturais, legais e demográficos. E essas mudanças e trans formações ocorrem de modo cada vez mais veloz e impre visível. A velocidade da mudança, cada vez maior, não é nem de longe acompanhada pelas organizações, pois estas tardam a incorporar as mudanças que ocorrem ao seu redor, em seu comportamento e em sua estrutura organizacional. O problema é que muitas organizações não têm a menor noção de que o mundo mudou e que elas se esqueceram de mudar. Conceitos de RH ou de Gestão de Pessoas a) Administração de Recursos Humanos (ARH): é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacio nados com as “pessoas” ou recursos humanos, in cluindo recrutamento, seleção, treinamento, recom pensas e avaliação do desempenho. b) ARH: é a função administrativa devotada à aqui sição, treinamento, avaliação e remuneração dos empregados. Todos os gerentes são, em um certo sentido, gerentes de pessoas, porque todos eles estão envolvidos em atividades como recrutamento, entrevistas, seleção e treinamento. c) ARH: é o conjunto de decisões integradas sobre as relações de emprego que influenciam a eficácia dos funcionários e das organizações. d) ARH: é a função na organização que está relacio nada com a provisão, treinamento, desenvolvimen to, motivação e manutenção dos empregados. A FUNÇÃO DO ÓRGÃO DE RECURSOS HUMANOS: ATRIBUIÇÕES BÁSICAS E OBJETIVOS, POLÍTICAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Objetivos Os objetivos da Gestão de Pessoas são variados. A ARH deve contribuir para a eficácia organizacional através dos seguintes meios: a) Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão: A função de RH é um compo nente fundamental da organização de hoje. Antiga mente, a ênfase era colocada no fazer corretamen te as coisas através dos métodos e regras impostos aos funcionários para obter eficiência. O salto para a eficácia veio com a preocupação em atingir obje tivos e resultados. Não se pode imaginar a função de RH sem se conhecer o negócio de uma organi zação. Cada negócio tem diferentes implicações na ARH. O principal objetivo da ARH é ajudar a organi zação atingir suas metas, objetivos e a realizar sua missão. b) Proporcionar competitividade à organização: Isto significa saber empregar as habilidades e compe tências da força de trabalho. A função da ARH é fazer com que as forças das pessoas sejam mais produtivas para beneficiar clientes, parceiros e em pregados. Esta foi a crença que levou Walt Disney a construir a Disney a partir das suas próprias pesso as. No nível macroeconômico, a competitividade é o grau em que uma nação pode, em condições livres e justas de mercado, produzir bens e serviços que sejam bem aceitos nos mercados internacionais, enquanto simultaneamente mantém ou expande os ganhos reais de seus cidadãos. Nesta definição, a palavra nação pode ser substituída por organização e a palavra cidadãos por empregados. c) Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas: Quando um executivo diz que o propósito da ARH é construir e proteger o mais va lioso patrimônio da empresa – as pessoas – ele está se referindo a este objetivo da ARH. Preparar e capa citar continuamente as pessoas é o primeiro passo. O segundo é dar reconhecimento às pessoas e não apenas ao dinheiro. Para melhorar e incrementar seu desempenho, as pessoas devem perceber justiça nas recompensas que recebem. Isso significa recom pensar bons resultados e não recompensar pessoas que não se desempenham bem. Tornar os objetivos claros e explicitar como são medidos e quais as de corrências do seu alcance. As medidas de eficácia da ARH – e não apenas a medida de cada chefe – é que devem ser proporcionadas às pessoas certas, na fase certa do desempenho de um trabalho, e no tem po certo para a organização. d) Aumentar a auto-atualização e a satisfação das pessoas no trabalho: Antigamente a ênfase era colocada nas necessidades da organização. Hoje, sabe-se que as pessoas precisam ser felizes. Para 3 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS b) nível de comportamento organizacional (a organização como um sistema): visualiza a organiza ção como uma totalidade e dentro da qual intera gem seus componentes entre si e com as partes relevantes do ambiente. O nível organizacional fun ciona como categoria ambiental do comportamento individual. c) nível do comportamento individual (o indivíduo como um microssistema): permite uma síntese de vários conceitos sobre comportamento, motivação, aprendizagem etc., e melhor compreensão da na tureza humana. Este nível retrata o comportamento das pessoas e grupos na organização. FLAVIO DE SOUSA que sejam produtivas, as pessoas devem sentir que o trabalho é adequado às suas capacidades e que estão sendo tratadas equitativamente. Para as pes soas, o trabalho é a maior fonte de identidade pes soal. As pessoas despendem a maior parte de suas vidas no trabalho, e isso requer uma estreita identi dade com o trabalho que fazem. Pessoas satisfeitas não são necessariamente as mais produtivas. Mas pessoas insatisfeitas tendem a desligar-se da em presa, a se ausentar frequentemente e a produzir com menos qualidade do que as pessoas satisfei tas. A felicidade na organização e a satisfação no trabalho são fortes determinantes do sucesso orga nizacional. e) Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho: Qualidade de vida no trabalho (QVT) é um con ceito que se refere aos aspectos da experiência do trabalho, como estilo de gestão, liberdade e auto nomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no emprego, horas adequa das de trabalho e tarefas significativas e agradáveis. Um programa de QVT procura estruturar o trabalho e o ambiente de trabalho no sentido de satisfazer a maioria das necessidades individuais das pes soas e tornar a organização um local desejável e atraente. A confiança das pessoas na organização também é fundamental para a retenção e a fixação de talentos. f) Administrar e impulsionar a mudança: Nas últi mas décadas, houve um período turbulento de mu danças sociais, tecnológicas, econômicas, culturais e políticas. Essas mudanças e tendências trazem novas abordagens, mais flexíveis e ágeis, que de vem ser utilizadas para garantir a sobrevivência das organizações. E os profissionais de ARH devem sa ber como lidar com mudanças se realmente querem contribuir para o sucesso de sua organização. São mudanças que se multiplicam exponencialmente e cujas soluções impõem novas estratégias, filoso fias, programas, procedimentos e soluções. g) Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável: Toda atividade de ARH deve ser aberta, transparente, confiável e ética. As pessoas não devem ser discriminadas, e os seus direitos básicos devem ser garantidos. Os princípios éticos devem ser aplicados a todas as atividades da ARH. Tanto as pessoas como as organizações devem seguir padrões éticos e de responsabilidade social. A responsabilidade social não é uma exigência feita apenas às organiza ções, mas também e principalmente às pessoas que nelas trabalham. ARH como Processo A ARH provoca impactos nas pessoas e nas organi zações. A maneira de lidar com as pessoas, de buscá-las no mercado, de integrá-las e orientá-las, fazê-las trabalhar, desenvolvê-las, recompensá-las ou monitorá-las e controlá -las – ou seja, a qualidade da maneira como as pessoas são geridas na organização – é um aspecto crucial na competiti vidade organizacional. OS CINCOS PROCESSOS BÁSICOS NA GESTÃO DE PESSOAS Processo Objetivo Provisão Quem irá trabalhar na organização. Pesquisa de mercado de RH. Recrutamento de Pessoas. Seleção de Pessoas. Aplicação O que as pessoas farão na organização. Integração de pessoas. Desenho de cargos. Descrição e análise de cargos. Avaliação do desempenho. Manutenção Desenvolvimento Monitoração Como manter as pessoas trabalhando na orga Remuneração e compensação. nização. Benefícios e serviços sociais. Higiene e segurança do trabalho. Relações sindicais. Como preparar e desenvolver as pessoas. Treinamento Desenvolvimento organizacional Como saber o que são e o que fazem as pes Banco de Dados/Sistemas de informação. soas. Controles – Frequência – Produtividade – Balanço Social. Políticas de Recursos Humanos Em função da racionalidade organizacional, da filosofia e cultura organizacional surgem as políticas. Políticas são regras estabelecidas para governar funções e assegurar que elas sejam desempenhadas de acordo com os objetivos desejados. Constituem uma orientação administrativa para 4 Atividades envolvidas impedir que as pessoas desempenhem funções indesejá veis ou ponham em risco o sucesso de funções específicas. Assim, políticas são guias para a ação. Servem para prover respostas às questões ou aos problemas que podem ocorrer com certa frequência, evitando que os subordinados procu rem desnecessariamente seus supervisores para esclareci mentos ou solução de cada caso. Políticas de suprimento de recursos humanos: a) onde recrutar (fontes de recrutamento dentro ou fora da organização), em que condições de como recrutar (técnicas de recrutamento preferidas pela organização para abordar o mercado de recursos humanos) os recursos humanos necessários à or ganização. b) critérios de seleção de recursos humanos e pa drões de qualidade para admissão, quanto às ap tidões físicas e intelectuais, experiência e potencial de desenvolvimento, tendo-se em vista o universo de cargos dentro da organização. c) Como integrar os novos participantes ao ambiente interno da organização, com rapidez e eficácia. Políticas de aplicação de recursos humanos: a) como determinar os requisitos básicos da força de trabalho (requisitos intelectuais, físicos etc.), para o desempenho das tarefas e atribuições do universo de cargos da organização. b) critérios de planejamento, alocação e movimentação interna de recursos humanos, considerando-se o posicionamento inicial e o plano de carreiras, defi nindo as alternativas de oportunidades futuras pos síveis dentro da organização. c) critérios de avaliação da qualidade e da adequação dos recursos humanos através da avaliação do de sempenho. Políticas de manutenção de recursos humanos: a) critérios de remuneração direta dos participantes, tendo em vista a avaliação do cargo, os salários no mercado de trabalho e posição da organização fren te a essas duas variáveis. b) critérios de remuneração indireta dos participantes, tendo em vista os programas de benefícios sociais mais adequados à diversidade de necessidades existentes no universo de cargos da organização, e c manter uma força de trabalho motivada, de moral elevada, participativa e produtiva dentro de um cli ma organizacional adequado. c) critérios relativos às condições físicas ambientais de higiene e segurança que envolvem o desempe nho das tarefas e atribuições do universo de cargos da organização. d) relacionamento de um bom nível com sindicatos e representações do pessoal. Políticas de desenvolvimento de recursos humanos: a) critérios de diagnóstico e programação de prepara ção e reciclagem constantes da força de trabalho para o desempenho de suas tarefas e atribuições dentro da organização. b) critérios de desenvolvimento de recursos humanos a médio e longo prazos, visando a contínua reali zação do potencial humano em posições gradativa mente elevadas na organização. c) criação e desenvolvimento de condições capazes de garantir a saúde e excelência organizacional, por meio da mudança do comportamento dos par ticipantes. Políticas de monitoração de recursos humanos: a) como manter um banco de dados capaz de fornecer as informações necessárias para as análises quan titativa e qualitativa da força de trabalho disponível na organização. b) critérios para auditoria permanente da aplicação e adequação das políticas e dos procedimentos re lacionados com os recursos humanos da organiza ção. ARH como responsabilidade de linha e função de staff A responsabilidade básica pela ARH em nível institu cional cabe ao executivo máximo da organização: o pre sidente. Sob um ponto de vista mais amplo, cabe ao pre sidente a responsabilidade pela organização toda. É a ele que cabem as decisões sobre a dinâmica e os destinos da organização e dos recursos disponíveis ou necessários. Em nível departamental ou divisional, a responsabilidade pela ARH cabe a cada executivo de linha, como, por exemplo, o chefe ou o gerente responsável pelo órgão. Assim, cada chefe ou gerente é responsável pelos recursos humanos alocados em seu órgão – qualquer que ele seja, de linha ou de assessoria, de produção, de vendas, de finanças, de pessoal etc. Em suma, a responsabilidade pela ARH é compartilhada por toda a organização. Tanto o presidente como cada chefe ou gerente devem saber o essencial sobre recursos humanos. O papel da ARH Em um mundo de negócios caracterizado pela explosão da inovação tecnológica, pela globalização dos mercados, pela forte competição entre organizações, pela gradativa e intensa desregulamentação dos negócios e pelas mudanças demográficas, políticas e culturais – que provocam mudan ças rápidas, turbulência e incerteza – as organizações pre cisam ser rápidas, ágeis, eficazes em custos. Para tanto, 5 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS As políticas de recursos humanos referem-se às manei ras pelas quais a organização pretende lidar com seus mem bros e por intermédio deles atingir os objetivos organiza cionais, permitindo condições para o alcance de objetivos individuais. Variam enormemente conforme a organização. Cada organização desenvolve a política de recursos humanos mais adequada à sua filosofia e suas necessida des. A rigor, uma política de recursos humanos deve abran ger o que a organização pretende acerca dos seguintes aspectos principais: as organizações devem possuir recursos, conhecimentos, habilidades e competências e – acima de tudo – pessoas que incorporem essas novas características. Tudo isso requer novas práticas administrativas e – de lambujem – a contínua redefinição e realinhamento das prá ticas e políticas de RH para criar novos comportamentos e competências dos colaboradores. Assim o papel da ARH deixa de ser a simples manu tenção do status quo para se transformar gradativamente na área capaz de criar organizações melhores, mais rápidas, proativas e competitivas. As informações podem provir do ambiente externo (de fora da organização, como o mercado de traba lho, concorrentes, fornecedores, agências reguladoras, outras organizações etc.) ou do ambiente interno (de dentro da organização, como o organograma de cargos e respectivos salários na organização, pessoas que nela trabalham, homens/horas trabalhadas, volume de produ ção e de vendas, produtividade alcançada etc.). As infor mações que servem a toda a organização constituem o sistema de informações globais (envolvendo os níveis institucional, intermediário e operacional da organiza ção), enquanto as informações que suportam as deci sões dos gerentes constituem o sistema de informações gerenciais (envolvendo os níveis institucional e interme diário). Sistema de Informações Gerenciais (SIG) O sistema de processamento de dados tem objetivos específicos que variam de uma organização para outra. Informações FLAVIO DE SOUSA • Pesquisa de mercado de recursos humanos. • Análise e descrição de cargos. • Banco de dados. • Avaliação do desempenho. • Avaliação e classificação de cargos. •Organograma. Processamento •Recrutamento. • Seleção de pessoal. • Treinamento e desenvolvimento. •Remuneração. • Benefícios sociais. •Adequação, estabilidade e integração das pessoas. • Recompensas e motivação. • Desenvolvimento de pessoas. •Desenvolvimento organizacional. ↓ ↓ ↓ Análise organizacional Técnicas operacionais Resultado A montagem do sistema de informações precisa levar em conta o conceito de ciclo operacional utilizado tradicio nalmente em contabilidade. Esse conceito localiza cadeias de eventos que se iniciam fora da organização, englobam uma cadeia principal de eventos dentro da organização e terminam em um ponto externo à organização. O conceito de ciclo operacional permite identificar um ponto inicial e um ponto final (ambos externos à organização), que são ligados entre si por cadeias de eventos. Uma vez especificados os pontos inicial e final, evita-se o risco de projetar um sistema de informação apenas para uma parte dos fluxos de informa ções, uma vez que a dimensão do processo decisório está definida. Sistemas de Informação de Recursos Humanos Sistema de informação é um conjunto de elementos interdependentes (subsistemas) logicamente associados, 6 Objetivos para que de sua interação sejam geradas informações necessárias à tomada de decisões. Como a ARH é uma res ponsabilidade de linha e função de staff, o órgão de ARH deve municiar e abastecer os órgãos de linha das informa ções relevantes sobre o pessoal lotado em cada um dos órgãos para que os respectivos gerentes possam adminis trar seus subordinados. A montagem do sistema de informação de recursos humanos requer análise e avaliação da organização ou de seus subsistemas e das suas respectivas necessidades de informação. Um sistema de informação deve identificar e envolver toda a rede de fluxos de informação para ser projetado para cada grupo de decisões. A ênfase deve ser colocada na necessidade de informações e não no uso da informação, como convencionalmente se faz. No fundo, o sistema de informação é a base do processo decisório da organização. 5. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrati va/2014) A resolução de problemas intradepartamen tais, a coordenação interdepartamental e as iniciativas de melhoria e mudança ensejam comunicação organi zacional do tipo a. vertical de cima para baixo. b. horizontal e vertical de baixo para cima. c. vertical de baixo para cima. d. vertical de cima para baixo e horizontal. e. horizontal ou lateral. 6. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrati va/2014) No processo de seleção de pessoal, a entre vista favorece a identificação dos melhores perfis de candidatos, por permitir o acesso a elementos impor tantes do comportamento no trabalho. Essa ferramen ta de seleção apresenta validade a. cruzada. b. de critério. c. de conteúdo. d. simultânea. e. predição. 7. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrati va/2014) As fases que constituem, de forma sequen cial, um ciclo completo de avaliação em treinamento e desenvolvimento (TD&E) são a. reações, aprendizado, comportamento e resulta dos, encadeamento que garante avaliação desde as percepções acerca das ações TD&E até os re sultados alcançados. b. comportamento, reações, aprendizado e resulta dos, encadeamento que garante avaliação desde as atitudes para TD&E até os resultados alcança dos. c. aprendizado, reações, resultados e comportamen to, encadeamento que garante avaliação desde as aprendizagens anteriores até os comportamentos esperados no trabalho. d. resultados, reações, comportamento e aprendiza do, encadeamento que garante avaliação desde os resultados anteriores de TD&E até o aprendizado de competências. e. reações, comportamento, resultados e aprendiza do, encadeamento que garante avaliação desde as percepções acerca das ações TD&E até o aprendi zado de competências. 8. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrati va/2014) As avaliações de desempenho têm propósi tos relacionados a duas dimensões: desenvolvimento e gestão. Na primeira, as avaliações dão subsídio para a formação de competências, na segunda, servem para a tomada de decisão acerca das demais práticas de gestão de pessoas. Assim, permitir o planejamento de carreira, reconhecer os méritos dos desempenhos individuais, melhorar a comunicação, documentar de cisões pessoais e definir candidatos à promoção são, respectivamente, exemplos de objetivos de avaliação de desempenho associados a a. gestão, gestão, desenvolvimento, gestão e desen volvimento. b. desenvolvimento, desenvolvimento, gestão, gestão e desenvolvimento. LISTA II 1. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrati va/2014) A respeito das características de líderes ca rismáticos e transacionais, assinale a opção correta. a. Os líderes que causam forte impressão inspiradora em seus seguidores são reconhecidos como líde res transacionais. b. Os líderes religiosos são exemplos de líderes tran sacionais. c. Os líderes que ameaçam seus seguidores para ob ter o que precisam são chamados de carismáticos. d. Os heróis mitológicos são exemplos de líderes transacionais. e. Denominam-se transacionais os líderes que ape lam às necessidades primárias de seus seguido res. 2. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrati va/2014) Assinale a opção correta a respeito do recru tamento interno e externo. a. O recrutamento externo é mais rápido que o interno. b. Uma das desvantagens do recrutamento interno é a possibilidade de gerar frustração nos candidatos que não forem escolhidos, o que pode resultar em conflitos. c. No recrutamento interno, o risco de incompatibili dade entre o candidato e a organização é maior que no recrutamento externo. d. Com a realização de recrutamento interno, é possí vel renovar as competências da organização. e. Por meio do recrutamento interno, busca-se a reno vação do quadro de colaboradores da organização. 3. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrativa/ 2014) Um líder que exerce influência sobre seus subordinados, motivando-os a realizar o trabalho em função de sua autoridade em puni-los ou recomendarlhes punição, utiliza como base de poder a a. competência. b. referência. c. coerção. d. legitimidade. e. recompensa. 4. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrati va/2014) De acordo com a hierarquia de necessidades proposta por Maslow, uma pessoa que trabalha com empenho para conseguir de seu chefe imediato reco nhecimento e autonomia é motivada por necessidades a. fisiológicas. b. de realização. c. de segurança. d. sociais. e. de autoestima. 7 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS EXERCÍCIOS c. gestão, desenvolvimento, gestão, desenvolvimento e desenvolvimento. d. gestão, desenvolvimento, desenvolvimento, gestão e gestão. e. desenvolvimento, gestão, gestão, desenvolvimento e gestão. 9. (CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário/Área Administrati va/2014) O diagrama que representa a relação entre o valor relativo de cargos e suas faixas salariais é de nominado a. platô de salários. b. planilha de salários. c. curva de salários. d. folha salarial. e. tabela de variação salarial. 10. (CESPE/ICMBIO/Analista Administrativo/2014) Acerca da gestão de pessoas nas organizações, julgue o item a seguir. Os métodos de treinamento no trabalho constantes da programação das organizações devem incluir critérios claros e estruturados, habilidade dos gerentes para treinar e formar pessoas e definição de metas de tra balho fundamentada na realidade. FLAVIO DE SOUSA 11. (CESPE/ICMBIO/Analista Administrativo/2014) Acerca da gestão de pessoas nas organizações, julgue o item a seguir. Uma organização que busque fundamentar-se em bons sentimentos e construir relações amistosas entre os empregados adota o rito de renovação cultural. 12. (CESPE/ICMBIO/Analista Administrativo/2014) Acerca da gestão de pessoas nas organizações, julgue o item a seguir. Mostrar respeito e consideração pelo bem-estar e ne cessidades dos liderados, atuar com cordialidade para construir um clima amistoso são características de um líder que demonstra comportamento de apoio, confor me a teoria caminho-objetivo. 13. (CESPE/ICMBIO/Analista Administrativo/2014) Acerca da gestão de pessoas nas organizações, julgue o item seguir. As mensagens verbais são os elementos mais com plexos da comunicação nas organizações visto que os vários significados dos gestos e dos comportamentos contribuem para a geração de conflitos e desentendi mentos no trabalho. 14. (CESPE/ICMBIO/Analista Administrativo/2014) Acerca da gestão de pessoas nas organizações, julgue o item a seguir. Na seleção de pessoas, busca-se alinhar duas dimen sões do desempenho no trabalho: as características do “posso fazer” e as do “quero fazer” apresentadas por candidatos nos processos seletivos 15. (CESPE/ICMBIO/Técnico Administrativo/2014) A res peito da gestão e do comportamento das pessoas nas organizações, julgue o item subsequente. O treinamento visa fornecer os meios para proporcio nar a aprendizagem 8 16. (CESPE/ICMBIO/Técnico Administrativo/2014) A res peito da gestão e do comportamento das pessoas nas organizações, julgue o item subsequente. Na descrição do cargo, ocorrem os processos de cole ta de informação e de determinação dos elementos do cargo, por meio de observação e estudo e de apresen tação dos resultados por escrito. 17. (CESPE/ICMBIO/Técnico Administrativo/2014) A res peito da gestão e do comportamento das pessoas nas organizações, julgue o item subsequente. Enquanto o conceito de eficiência está relacionado aos métodos, processos e rotinas de trabalho, normas de ação e regulamentos, a eficácia se refere aos fins, isto é, aos objetivos pretendidos pela organização. 18. (CESPE/ICMBIO/Técnico Administrativo/2014) Em gestão da qualidade e excelência gerencial, merece destaque o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, o GESPUBLICA. A respeito desse programa, Julgue o item seguinte. Um dos objetivos do GESPUBLICA é promover a efici ência, por meio do melhor aproveitamento dos recur sos, relativamente aos resultados da ação pública. 19. (CESPE/ICMBIO/Técnico Administrativo/2014) Em gestão da qualidade e excelência gerencial, merece destaque o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, o GESPUBLICA. A respeito desse programa, Julgue o item seguinte. Uma das finalidades do modelo de excelência em ges tão pública é avaliar a coordenação e o controle dos atos da administração pública federal. 20. (CESPE/ICMBIO/Técnico Administrativo/2014) Em gestão da qualidade e excelência gerencial, merece destaque o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, o GESPUBLICA. A respeito desse programa, Julgue o item seguinte. Todos os órgãos e entidades da administração pública brasileira são obrigados a participar do GESPUBLICA. 21. (CESPE/TC-DF/Analista/2014) Julgue o item que se segue, relativo a educação, treinamento e conheci mento. O conhecimento tácito é fruto de aprendizado e experi ência de vida e é disseminado de maneira formalizada e declarada por meio de artigos e livros. 22. (CESPE/TC-DF/Analista/2014) Julgue o item que se segue., relativos a educação, treinamento e conheci mento. A educação corporativa é um processo direcionado que visa capacitar o funcionário para o desenvolvimen to de uma atividade ou trabalho específico e acontece em quatro etapas: levantamento das necessidades; planejamento do programa de desenvolvimento; im plementação; execução e avaliação. 23. (CESPE/tem/Contador/2014) No que se refere à ges tão de pessoas nas organizações, julgue o item sub secutivos. 24. (CESPE/tem/Contador/2014) No que se refere à ges tão de pessoas nas organizações, julgue o item sub secutivo. A relação entre motivação e liderança pode ser obser vada quando pessoas influenciam outras em virtude daquilo que estabelecem como objetivos, conforme se percebe nas relações de dependência interpessoal. 25. (CESPE/tem/Contador/2014) No que se refere à ges tão de pessoas nas organizações, julgue o item sub secutivo. A definição de critérios, procedimentos e normas de como as pessoas serão gerenciadas e conduzidas em suas relações de trabalho e no desempenho de ativida des constitui um arcabouço formal para a elaboração de políticas de gestão de pessoas nas organizações. 26. (CESPE/MTE/Contador/2014) No que se refere à ges tão de pessoas nas organizações, julgue o item sub secutivo. A quebra da relação de reciprocidade organizacional pode ser observada quando pessoas punem social mente comportamentos de seus pares nas organiza ções em função de algum conflito interpessoal. 27. (CESPE/MTE/Agente Administrativo/2014) Acerca das atribuições tradicionais e estratégicas da área de ges tão de pessoas, julgue o seguinte item. O cadastro e a aplicação da legislação de pessoal, a capacitação, o desenvolvimento e a avaliação de desempenho dos servidores públicos são atribuições estratégicas das unidades de gestão de pessoas da administração pública. 28. (CESPE/MTE/Agente Administrativo/2014) Acerca das atribuições tradicionais e estratégicas da área de ges tão de pessoas, julgue o seguinte item. É função estratégica das unidades de gestão de pes soas a participação de suas lideranças nas reuniões de planejamento organizacional. 29. (CESPE/MTE/Agente Administrativo/2014) Acerca das atribuições tradicionais e estratégicas da área de ges tão de pessoas, julgue o seguinte item. Além de intervirem na movimentação, no desenvolvi mento e na valorização dos empregados, as políticas de gestão de pessoas devem lidar com aspectos mais amplos relativos à estrutura, ao contexto e às estraté gias organizacionais. 30. (CESPE/MTE/Agente Administrativo/2014) Acerca das atribuições tradicionais e estratégicas da área de ges tão de pessoas, julgue o seguinte item. Os modelos tradicionais de gestão de pessoas estabe lecem que as políticas de recursos humanos devam se ajustar às decisões organizacionais, ao passo que os modelos estratégicos de gestão de pessoas propõem que tais decisões devam ser tomadas em razão dos recursos humanos à disposição na organização. 31. (CESPE/MTE/Agente Administrativo/2014) No que se refere ao comportamento organizacional, julgue o item subsecutivo. Quando os empregados desempenham atividades bem estruturadas em termos de metas e estratégias de trabalho, compete aos líderes da organização a gestão das relações humanas e do clima psicossocial de tra balho visto que o controle dessas tarefas por parte das chefias pode gerar insatisfação entre os empregados. 32. (CESPE/MTE/Agente Administrativo/2014) No que se refere ao comportamento organizacional, julgue o item subsecutivo. Os salários são determinantes na motivação para o trabalho, de forma que indivíduos com vencimentos re duzidos não são sensíveis a intervenções das práticas de gestão de pessoas de uma organização. 33. (CESPE/MTE/Agente Administrativo/2014) No que se refere ao comportamento organizacional, julgue os item subsecutivo. A motivação para o trabalho, por vincular-se a um as pecto intrínseco ao indivíduo, de difícil observação, não pode ser influenciada por práticas de gestão de pessoas. 34. (CESPE/MTE/Agente Administrativo/2014) No que se refere ao comportamento organizacional, julgue o item subsecutivo. O apoio técnico, social e psicológico provido pelas li deranças e pelos colegas de trabalho é tanto ou mais importante para o desempenho individual que inter venções nas competências dos empregados. 35. (CESPE/SUFRAMA/Administrador/2014) Com relação à gestão de pessoas, à função do órgão de recursos humanos e às teorias da administração ligadas a es ses aspectos, Julgue o item seguinte. A gestão de pessoas tem como função estratégica ali nhar objetivos organizacionais e individuais por meio de políticas e práticas de administração de recursos humanos. 36. (CESPE/SUFRAMA/Administrador/2014) Ainda que teoricamente distintas, é estreita a relação, do ponto de vista da aplicação, entre as áreas de comportamen to organizacional e de gestão de pessoas. No que diz respeito a esse assunto, julgue o item a seguir. 9 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS Considere que, para que decisões acuradas sejam to madas diante de contingências diversas, uma organi zação monitora suas ações relativas às pessoas em bancos de dados dos quais é possível a recuperação de informações. Nesse caso, é correto afirmar que essa organização detém um sistema de informações gerenciais em gestão de pessoas. Treinamentos comportamentais de curto prazo consti tuem opção eficaz para o desenvolvimento de compe tências interpessoais à medida que essas expressam a forma como o indivíduo lida com questões de autori dade, poder e liderança. GABARITO 1. e 2. b 3. c 4. e 5. e 6. b 7. a 8. d 9. c 10. C 11. E 12. C 13. E 14. C 15. C FLAVIO DE SOUSA 16. E 17. C 18. C 19. C 20. E 21. E 22. E 23. C 24. E 25. C 26. E 27. E 28. C 29. C 30. C 31. C 32. E 33. E 34. C 35. C 36. E 10 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS S U M ÁRI O CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS. ATRIBUTOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS. TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO. METODOLOGIA DE CÁLCULO DA CURVA ABC......................................................648/650 GESTÃO DE ESTOQUES........................................................................................................................649/656 COMPRAS. ORGANIZAÇÃO DO SETOR DE COMPRAS. ETAPAS DO PROCESSO. PERFIL DO COMPRADOR. MODALIDADES DE COMPRA. CADASTRO DE FORNECEDORES........................................................................651 COMPRAS NO SETOR PÚBLICO. OBJETO DE LICITAÇÃO. EDITAL DE LICITAÇÃO....................................654 RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM........................................................................................................653/658 DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS.....................................................................................................................660 GESTÃO PATRIMONIAL. TOMBAMENTO DE BENS. CONTROLE DE BENS. INVENTÁRIO. ALIENAÇÃO DE BENS. ALTERAÇÕES E BAIXA DE BENS............................................................................................655/660 OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E PATRIMÔNIO A Administração de Materiais tem como objetivo asse gurar o contínuo abastecimento dos itens necessários para o fornecimento capaz de atender aos serviços prestados pela empresa pública ou na produção de produtos na empresa privada. a) Alto Giro de Estoques – implica em melhor utiliza ção do capital, aumentando o retorno sobre os in vestimentos e reduzindo o valor do capital de giro. b) Continuidade de Fornecimento – é o resultado de uma análise criteriosa quando da escolha dos for necedores. Os custos de produção, expedição e transporte são afetados diretamente por este item. c) Consistência de Qualidade – a área de materiais é responsável pela qualidade de materiais e serviços prestados pelos diversos fornecedores. d) Qualificação de mão de obra – toda unidade deve estar interessada em aumentar a aptidão de seu pessoal, visto que alguns tipos necessitam de mão de obra qualificada para poder realizar a sua movi mentação. e) Bons Registros – São imprescindíveis para o pro cesso de recebimento, armazenamento, controle e distribuição dos itens. f) Buscar os menores preços com seus fornecedores, sem que se esqueça a questão da qualidade dos produtos e serviços. g) Trabalhar com estoque mínimo, no sentido de aten der as demandas previamente estipuladas no pla nejamento dos estoques, de maneira que não falte e não sobre. FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS JOSÉ CARLOS O processo de administração de materiais engloba uma série de atividades que são correlatas e seguem uma sequência, de maneira que se possa desempenhar as funções de forma eficiente e eficaz. • Catalogação: refere-se à atividade responsável pela identificação, classificação e codificação. • Identificação: refere-se à especificação técnica do item. • Classificação: é o ato de agrupar o item por gênero, seguindo a forma, peso, uso etc. • Codificação: é o processo de oferecer um código ao item identificado e classificado. SUBSISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS a) Controle de Estoque – subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques por meio do planejamento e da programação de material, com preendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de material. b) Classificação de Material – subsistema responsável pela identificação (especificação), classificação, co dificação, cadastramento e catalogação de material. 2 c) Aquisição/ Compra de Material – subsistema res ponsável pela gestão, negociação e contratação de compras de material através do processo de licita ção. O setor de Compras tem a responsabilidade de assegurar que as matérias-primas exigidas pelo Departamento de Produção estejam à disposição nas quantidades certas, nos períodos desejados e nas condições ideais de armazenagem. d) Armazenagem/ Almoxarifado – subsistema res ponsável pela gestão física dos estoques, compreen dendo as atividades de guarda, preservação, emba lagem, recepção e expedição de material, seguindo determinadas normas e métodos de armazenamen to. O Almoxarifado é o local físico, e o Almoxarife é o responsável pela guarda física dos materiais no estoque. e) Movimentação de Material – subsistema encarre gado do controle e normalização das transações de recebimento, fornecimento, devoluções, transferên cias de materiais e quaisquer outros tipos de movi mentações de entrada e saída de material. f) Inspeção de Recebimento – subsistema respon sável pela verificação física e documental do recebi mento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade. g) Cadastro – subsistema encarregado do cadastra mento de fornecedores, pesquisa de mercado e compras. h) Inspeção de Suprimentos – subsistema de apoio responsável pela verificação da aplicação das nor mas e dos procedimentos estabelecidos para o fun cionamento da Administração de Materiais em toda a organização. i) Padronização e Normalização – subsistema de apoio ao qual cabe a obtenção de menor número de variedades existentes de determinado tipo de material, por meio de unificação e especificação dos mesmos, propondo medidas de redução de es toques. j) Transporte de Material – subsistema de apoio que se responsabiliza pela política e pela execução do transporte, movimentação e distribuição de material. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Em relação à demanda Itens de demanda regular ou constante: são carac terizados por pequenas variações de demanda entre suces sivos intervalos de tempo. Ex.: creme dental, sabão em pó, sal, cimento. Itens de Demanda Irregular: são caracterizados por consumo aleatório, por meio de grandes variações entre sucessivos intervalos de tempo. Ex.: cervejas, refrigerantes, cosméticos e medicamen tos que sofrem influências das condições climáticas. Itens de demanda sazonal: são caracterizados por padrão repetitivo de demanda, que apresenta alguns perío dos de considerável elevação em determinadas data. Ex.: enfeites de Natal, ovos de páscoa, panetones. Itens de demanda em declínio: são caracterizados pela redução ou extinção da demanda, e substituição do produto. Ex.: máquina de escrever, disquete, long play (LP). Em Relação à Aplicação Matérias Primas/insumos: material básico que irá passar pelo processo de transformação dentro da fábrica, para posteriormente entrar no estoque de acabados como produto final. Materiais Secundários/Auxiliares: material que ajuda e participa da execução e transformação do produto, porém não se agrega a ele, mas é imprescindível no processo de fabricação. Produtos em Fabricação ou semiacabados: mate riais em processamento são os que estão sendo processa dos ao longo do processo produtivo da empresa. Produtos Acabados: são os produtos constituintes do estágio final do processo de produção. Materiais de Manutenção: materiais de consumo, com utilização repetitiva, aplicados em manutenção. Em Relação à Perecibilidade Pela ação Higroscópica: refere-se à capacidade que alguns matérias têm de absorver água. Ex.: ácido sulfúrico e algum tipo de gel. Instáveis: refere-se a materiais que, pela ação do calor, mudam o seu estado ou a sua forma. Voláteis: relacionada à facilidade da substância de passar do estado líquido ao estado de vapor ou gasoso, ou ainda de mudar o seu estado. • Pela limitação do tempo. • Por contaminação pela água. • Por queda; colisão; vibração. • Por mudança de temperatura. • Pela ação da luz. • Por ação de animais. • Pela periculosidade. Itens de Demanda Variada: são itens que têm a sua demanda associada a outro(s) item ou a demanda do pro duto acabado. Ex.: macarrão e molhos. A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir itens importantes em todo o processo de recebimento e fornecimento de materiais para um processo de produ ção ou fornecimento a um determinado departamento da empresa. Os investimentos não são dirigidos por uma organiza ção somente para aplicações diretas que produzam lucros, tais como os investimentos em máquinas e em equipamen tos destinados ao aumento da produção e, consequente mente, das vendas. Falamos de investimento, pois em se tratando de empresas privadas, existem situações em que a empresa pode, depois de avaliar previamente, imobilizar um determi nado valor (capital), em função dos preços oferecidos pelos fornecedores, nesse momento mostra-se interessante. O que vem a ser a Política de Estoques? Política de Estoques nada mais é do que o processo de administração dos estoques, ou seja, o equacionamento entre os diversos interesses existentes entre os setores e/ou 3 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS GESTÃO DE ESTOQUES Objetivos da Política de Estoques • Estabelecer metas para entrega dos produtos aos clientes. • Previsão de estoque. • Rotatividade de estoque. • Até que ponto deverá ser realizada a “especulação” de estoque. Natureza dos Estoques Estoque é a composição de materiais – materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais aca bados – que não é utilizada em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em função de futuras necessidades, dessa forma constitui toda a variedade de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos. Os estoques podem ser entendidos, de forma genera lizada, como “certa quantidade de itens armazenados em disponibilidade constante e renovados permanentemente, de maneira a serem utilizados em algum momento”; e ainda “São lucros provenientes das vendas e da prestação de serviços, por permitirem a continuidade do processo produtivo das organizações”. FUNÇÕES DO ESTOQUE • • • • • • garantir o abastecimento de materiais à empresa; demora ou atraso no fornecimento de materiais; sazonalidade no suprimento; riscos de dificuldade no fornecimento. proporcionar a flexibilidade do processo produtivo; ter agilidade e eficiência no atendimento às neces sidades. CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES JOSÉ CARLOS Estoques de Matérias-Primas (MPs): São constituí dos pelos insumos e materiais básicos que ingressam nos processos produtivos da empresa. Ex.: borracha para se confeccionar pneus. Estoques de Materiais em Processamento: São constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo dos diversos processos de produção. Ex.: parafusos para a montagem de carros. Estoques de Materiais Semiacabados : São os esto ques de materiais parcialmente acabados (semiacabados), onde o processo está em estágio intermédio de acaba mento. Esse estoque pode ser encontrado em várias fases do processo de produção. 4 Estoques de Materiais Acabados ou Componentes: Referem-se a peças isoladas ou componentes já terminados e prontos para serem inseridos ao produto. Ex.: rodas, faróis (para a confecção de um carro). Estoques de Produtos Acabados: São os estoques dos produtos finalizados. Ex.: O carro pronto e guardado no pátio da empresa. CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES – CURVA ABC (ACTIVE BASIC COST) OU AINDA CURVA 80/20 DE PARETTO A curva ABC é um método de classificação de informa ções, para que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número (CARVALHO, 2002, p. 226). • A relação que se faz 80/20, é devido a uma pesquisa, em que Paretto identificou que 80% das consequên cias são originárias de 20% das causas. • Refere‑se a classificação estatística de materiais em que se considera a importância dos materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. • Também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada, classificação de produtos da empresa pela lucratividade propor cionada etc. A classificação ABC apresenta resultados da demanda de cada item nas seguintes áreas: –– Giro no estoque. –– Proporção sobre o faturamento no período. –– Margem de lucro obtida. 100 % Valor departamentos da empresa, que deve promover o planeja mento dentro de uma economia de escala (é aquela que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance a máxima utilização dos fatores produtivos envolvidos no processo). 95 80 C B A 20 50 100 % Quantidade de itens Itens de Classe A: de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do total. Itens de Classe B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo a 50% do total. Itens de Classe C: de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 100% do total. ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS A função compras é um segmento essencial da Admi nistração de Materiais e Patrimônio, e tem como finalidade suprir as necessidades de materiais, planejá-las quantita tivamente e qualitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, além de verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar andamento. Compras é uma operação da administração de mate riais e patrimônio, muito importante entre as que compõem o processo de suprimento. Qualquer atividade industrial necessita de matérias -primas, componentes, e equipamentos para o processo produtivo. No ciclo de um processo de fabricação, antes de se dar início a primeira operação, os materiais e insumos devem estar dispostos e manter-se, com certo grau de certeza, a continuidade de seu abastecimento em atender as necessi dades do processo produtivo ao longo do período. Responsabilidades do Departamento de Compras Análise de Mercado: permite avaliar a capacidade de consumo. Análise Econômico Financeira: é por meio dela que se analisa a capacidade empresarial, as despesas e a lucratividade, visualizando assim as possibilidades de inves timento, porém essa análise deve sempre ser realizada de maneira interligada com os demais departamentos da empresa. • Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões de qualidade e quantidade. • Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições para a empresa, de maneira que ambas as partes, empresa e forne cedores saiam vencedores no processo de nego ciação. O que vem a ser Lead Time ou Tempo de Aprovisionamento Lead time refere-se ao tempo de processamento de um pedido, desde o momento em que é colocado na empresa até o momento em que o produto é entregue ao cliente. Atu almente, as empresas trabalham muito para reduzir o lead time e o grande desafio é torná-lo zero. O problema que as empresas enfrentam hoje em dia é como fazer isso sem que os estoques fiquem abarrotados de itens. Os 5 Mandamentos do Processo de Compras • verifique sempre os prazos de entrega; • procure sempre negocia os preços dos produtos; • garanta a qualidade e volume; • mantenha sempre um bom cadastro de fornecedo res e analise-os constantemente; • procure ter uma bom relacionamento com os forne cedores. As 7 perguntas Básicas para a Compra • • • • • • • O que comprar? Quando comprar? Quem vai comprar? Por que vai comprar? Onde comprar? Quanto custa comprar? Como comprar? Dessa forma, é importante que o processo de compras siga algumas regras básicas para se calcular o Lote Econô mico de Compras. Lote Econômico de Compras refere-se a uma deter minada quantidade de material que, ao ser encomendada, propiciará o menor custo operacional de se adquirir e manter estoques. Fórmula Lec = 2 ⋅ CA ⋅ CC CPA ⋅ PU LEC= 2. CA. CC CPA. PU • • • • CA = consumo anual em quantidades; CC = custo unitário do pedido de compra; CPA = custo do material armazenado; PU = preço unitário do material. Cálculo do Ponto de Pedido: ponto de pedido refere -se a quantidade de estoque que, quando atingida, deverá provocar um novo pedido de compra. Fórmula PP = (C x TR) + estoque mínimo C = Consumo médio mensal TR = Tempo de reposição E.min = Estoque mínimo Ferramentas Tecnológicas do Processo de Planejamento de Compras MS Project: é um software para gerenciamento de pro jetos, que realiza as atividades de determinação de caminho crítico, cálculo de recursos e custos, data final de projeto, análises estatística, entre outras. São vários os focos do Ms Project; tempo, datas, dura ção do projeto, calendário de trabalho, modelo probabilístico para cálculos relacionados à planejamento, Diagrama de Custos fixos e variáveis, além de gerar uma grande varie dade de ralatórios. 5 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS Os parâmetros acima não são uma regra matematica mente fixa, pois podem variar de organização para organi zação nos percentuais descritos. MRP (Material Requiriments Planning ou Planejamento das Necessidades de Materiais): é um sistema que estabelece uma série de procedimentos e regras de decisão, de modo a atender as necessidades de produção numa sequência de tempo logicamente determinada para cada item componente do produto final. Trata-se de um sistema que se propõe a definir as quantidades neces sárias e o tempo exato para utilização dos materiais na fabricação dos produtos finais. FLUXOGRAMA DO MRP Gráfico de Gantt (gráfico de barras): é um gráfico usado para ilustrar o avanço das diferentes etapas de um projeto. Os intervalos de tempo representando o início e fim de cada fase aparecem como barras coloridas sobre o eixo horizontal do gráfico. PERT (Program Evaluation and Review Technique): Utiliza os conceitos de Redes para planejar e visualizar a coordenação das atividades do projeto. CPM (Critical Path Method ou Método do Caminho Crítico) trabalha em conjunto com e Sistema PERT. Compras Baseada na Política de Estoques Ordem dos clientes Previsão de Demanda Programa Mestre de Produção – MPS Programa MRP Listas de materiais Registro de Inventário Programa MRP Fonte: Martins e Fernando, 2008 MRP II (Manufacturing Resources Planning ou Planejamento de Recursos de Manufatura): assim como o MRP, o sistema MRPII baseia-se na lógica do cálculo de necessidades, cujo objetivo principal é o planejamento da compra e produção de itens componentes para que ocor ram nas quantidades e momentos necessários, sem faltas ou excessos. Entretanto, o sistema MRPII aprimora o con ceito do MRP permitindo a integração do planejamento financeiro com o operacional. Não é exclusivamente uma aplicação de software, mas uma interação de competências pessoais, dedicação à exa tidão da base de dados e tudo isso vinculado aos recur sos computacionais, dessa forma, torna-se um conceito de gerenciamento total de uma companhia para utilizar os recursos humanos mais produtivamente. JOSÉ CARLOS Tecnologia Aplicada no Planejamento de Compras Eletronic Data Interchange (EDI) significa troca estru turada de dados através de uma rede de dados qualquer. Pode estar conectado aos fornecedores, clientes, bancos distribuidoras e transportadoras, onde as informações são transmitidas em tempo real. Vantagens do EDI: • • • • 6 Redução no custo dos pedidos. Segurança e precisão do fluxo de informação. Facilidade de ter os pedidos na empresa. Fortalece o conceito de parcerias. Just in Time: refere-se à produção na quantidade necessária, no momento necessário, para atender à varia ção de vendas com o mínimo de estoque em produtos aca bados, em processos e/ou matéria-prima. Trata-se da filoso fia de manufatura baseada na eliminação de toda e qualquer perda e desperdício por meio da melhoria contínua da pro dutividade. Os elementos principais do just in time, entre outros são: ter somente o estoque necessário e melhorar a quali dade tendendo a zero defeito. Kanban: técnica japonesa de gestão de materiais e de produção no momento exato. Trata-se de um sistema de “puxar” no qual os centros de trabalhos sinalizam com um cartão, por exemplo, que desejam retirar peças das opera ções de alimentação entre o início da primeira atividade até a conclusão da última, em uma série de atividades. Fatores Externos que Afetam o Processo de Compras Impostos Análise Geral do Mercado Preços Capacidade de Produção dos Fornecedores Produtos novos COMPRAS Logística Suprimentos Mão de Obra Fonte: autor, 2010 Amplitude do Processo de Compras e suas Relações Solicitação de compra Processamento de compra Cadastro de fornecedores Análise dos concorrentes Avaliação Final Negociação Pedido aprovado Encaminhamento do pedido Recebimento do materiais Fonte: autor, 2010 (CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR/ ANALISTA LEGISLATIVO/ MATERIAL E PATRIMÔNIO/ AOCP) 1. 2. 3. Na administração do patrimônio, a importância primor dial do controle interno está no controle das adições e das retiradas. As medidas tomadas para garantir a salvaguarda física e a segurança das unidades po dem ser tão importantes quanto o próprio controle das quantias investidas. Assim sendo, devem existir instru ções escritas sobre a política que governa a distribui ção dos custos atribuídos às contas do ativo imobiliza do e às de manutenção e reparo. Diante disso, qual(is) o(s)aspecto(s) que NÃO deve(m) ser definidos nessas instruções? a. As importâncias mínimas a serem capitalizadas. b. A existência de um sistema orçamentário. c. As classes de unidades e bens. d. Os métodos de depreciação e retirada. e. Os custos a serem incluídos. A integração do fluxo típico de materiais, da operação dos equipamentos de movimentação, combinado com as características que conferem maior produtividade ao elemento humano denomina-se de a. DiagramadoProcesso. b. Business Process Reengineering. c. Donwsizing. d. Fluxograma. e. Layout. Calcular, pelo método da soma dos dígitos, a depre ciação anual correspondente ao terceiro ano de uma máquina com vida útil de 7 anos e que custou R$ 50.000,00. a. R$ 10.714,29. b. R$ 9.568,77. c. R$ 8.163,27. d. R$ 8.928,57. e. R$ 7.142,86. Informe se é certo (C) ou errado (E) o que se afirma abaixo sobre controle do patrimônio público e depois assinale a alternativa que apresenta a sequência cor reta. 4. Bens públicos são todas as coisas materiais ou imate riais pertencentes às pessoas públicas e submetidas a um regime de Direito Público instituído em favor do interesse público. 5. Dominicais são os bens que constituem patrimônio da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, como objeto de direito real ou pessoal, não destinados ao uso comum, nem ao menos reservados em utilização especial, ou seja, desafetos de qualquer finalidade. 6. Os bens públicos de uso comum e especial são aliená veis; os bens dominicais são inalienáveis, porque são desafetados. 7. A alienação de bens imóveis deve ser precedida de avaliação prévia e licitação,dispensando-se essa últi ma nos casos, por exemplo, de doação para fins de interesse social e permuta ou venda para outras enti dades da Administração Pública indireta,sem utilidade para o órgão alienante. (EMPEL/ RECIFE/PE/ASSISTENTE DE DESENVOLVIMENTO/ MATERIAL E PATRIMÔNIO) Julgue as assertivas abaixo, baseando-se no texto As organizações, em face de suas complexidades e do tamanho, transacionam, constantemente, seus re cursos patrimoniais, ora adquirindo, ora vendendo, ora trocando-os. Para o seu bom desempenho tecnológi co, a obtenção dos recursos patrimoniais, tais como as máquinas e os equipamentos, podem ser adquiridos por etapas. Sobre essa obtenção, assinale a alterna tiva correta. 1. Sempre que os operários solicitarem a modernização dos equipamentos da empresa, sem se preocuparem com o investimento realizado. 2. Todos os meses em que o gerente decidir que tem uma reserva monetária disponível e que pode adquirir algum equipamento ou máquina mais sofisticada para os operários realizarem seus trabalhos sem o devido treinamento. 3. No início da empresa e quando da sua ampliação ou substituição, sempre em função de um planejamento estratégico, fundamentado numa projeção de retorno do investimento. 4. Apenas no início da empresa, e, quando quebrar ou perecer, não deve substituí-los. 5. No início da empresa e todo o final de exercício fiscal, quando fechar o balanço patrimonial e verificar que houve uma situação financeira desfavorável. 6. Em função do sistema de produtos ou serviços a se rem ofertados no mercado, os recursos patrimoniais de uma instituição são classificados como equipamen tos e máquinas, edificações, terrenos, jazidas e bens intangíveis. Podemos definir como bens intangíveis: a. os galpões, os escritórios, as garagens, as jazidas minerais, as patentes, dentre outros. b. os terrenos vazios, as praças públicas, as ruas, as jazidas e os parques. c. os bens patrimoniais passíveis de fracionamento, removíveis, os terrenos e as marcas existentes na organização. 7 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS EXERCÍCIOS d. os recursos que não se pode tocar, não têm corpo ou forma física: as patentes, projetos, direitos au torais e marcas. e. os bens dominicais, semoventes e projetos que não podemos tocar. 7. 8. JOSÉ CARLOS 9. A administração de materiais e patrimônio de uma or ganização, para ser eficaz, necessita manter o inter-re lacionamento de suas atividades com as mais diversas áreas de atuação. Sobre essa inter-relação, assinale a afirmativa verdadeira. a. Com recursos humanos, apenas por necessitar de capacitação. b. Com marketing para conhecer o que o público-alvo deseja como produção para consumo e com a área de produção, apenas, para atualizar os recursos tecnológicos desenvolvidos. c. Com finanças, porque é quem libera o capital em quantidade vultosa, para se comprar de tudo em excesso para o abastecimento. d. Com a área tecnológica, fazendo uso da informá tica como meio de comunicação e registro dos da dos de forma segura e eficaz em relação ao geren ciamento da atividade patrimonial. e. Com os principais gestores da instituição não parti cipando das decisões sobre o planejamento estra tégico da empresa, ao mesmo tempo em que au toriza aquisições isoladas e desnecessárias para o funcionamento desta. Ao se elaborar um programa para a implantação de uma administração de materiais, deve-se estabelecer objetivos financeiros e administrativos bem definidos. Sobre a elaboração do programa, assinale a alterna tiva incorreta. a. Eliminar totalmente itens sem movimentação, pela erradicação definitiva das causas da existência de itens em estoque sem utilidade. b. Reduzir em 50% os investimentos em estoques, sem prejuízo da produção e do atendimento aos clientes. c. Obter um nível de serviço próximo de 100% em relação ao atendimento dos pedidos dos clientes. d. Eliminar 50% do custo das embalagens dos ma teriais pela utilização de novos sistemas de movi mentação e abastecimento. e. Aumentar o investimento em estoques, mesmo ge rando prejuízo para a empresa. Ao se estabelecer uma política de redução de esto ques na organização, esta permitirá que a situação do caixa desta seja aliviada pelo retorno desses recursos à tesouraria. Identifique uma das técnicas que poderá ser adotada para se atingir um bom resultado. a. Desenvolver um planejamento estratégico, esta belecendo metas para os investimentos nos esto ques. b. Realizar inventário, apenas, quando solicitado pela gerência e técnicas de pré-contagem dos mate riais. 8 c. Negociar a manutenção do estoque no fornecedor e o abastecimento semanal, independente das re ais necessidades da organização. d. Realizar compras especulativas em qualquer cir cunstância. e. Controlar a sucata técnica e a proveniente de des perdício em armazém adequado e não as descar tando. 10. O principal objetivo do tombamento dos bens perten centes ao ativo imobilizado é a. substituir algum bem na empresa. b. facilitar a identificação dos bens instalados na ins tituição, fazendo uso de chapas numéricas ou de codificação de barras. c. promover a não existência de controles físicos e analíticos. d. promover a inadequação ao sistema contábil. e. preservar a inexistência de uma política de admi nistração do ativo imobilizado. 11. A chapa de tombamento dos bens existentes na em presa deverá ser afixada a. na parte traseira dos bens, devendo ficar voltados para a parede, desde que não seja de fácil visuali zação, pois é de sigilo profissional. b. em local de difícil acesso, para não serem retirados por qualquer pessoa. c. em local de fácil visualização para tornar público que o bem pertence a uma instituição, além de fa cilitar sua visibilidade e localização a quem realiza os inventários. d. em local de fácil localização para que qualquer pessoa possa dela se apossar. e. Nenhuma das respostas está correta. 12. Para se adotar uma política de administração de ma teriais e recursos patrimoniais numa organização, é importante que a. se registrem e se controlem todos os bens patri moniais, fazendo-se uso das técnicas de classifica ção, codificação, normatização e descrição destes. b. a codificação dos bens deve ser complexa e do co nhecimento de qualquer pessoa, para que se pos sa localizar com rapidez. c. sejam adotadas, apenas, as regras de padrões in ternacionais e ABNT, haja vista o processo de glo balização que vivenciamos. d. a classificação dos materiais e bens possa seguir critérios de agrupamento em função das diferenças de características. e. Todas as respostas estão corretas. 13. Assinale a alternativa que NÃO se caracteriza como benefício resultante da utilização do código de barras. a. Leitura ótica dos respectivos bens com segurança e rapidez. b. Informações fidedignas e em tempo real para a to mada de decisão dos gestores. c. Alta velocidade na captura dos dados. d. Fácil utilização. e. Informações lentas e de baixa fidedignidade. 15. A guarda de materiais de escritório nas instituições de verá seguir algumas recomendações básicas quanto ao tipo de armazém a ser utilizado. Dentre elas, temos: a. armazenar em ambientes que apresentem facilida de de infiltrações de água, sem o uso de estantes de aço modular. b. a iluminação e a segurança do ambiente que não são elementos necessários para a boa conserva ção e guarda dos bens. c. os armazéns devem ser construídos em local de fá cil acesso, com piso plano e pavimentado, devendo ser mantido limposem todas as suas áreas de mo vimentação e estoque. d. os produtos leves, tais como fardos de papel hi giênico e papel toalha, devem ser armazenados nas prateleiras mais baixas,porém os produtos de maior peso, como as bombonas com 50 kg de sa bão em líquido, devem ser armazenados nasprate leiras mais altas, pois facilitam o manuseio destes. e. Todas as alternativas estão incorretas. 16. O almoxarifado de uma unidade administrativa é o lo cal recomendado para armazenar os bens adquiridos. Assinale a alternativa que NÃO caracteriza ser uma de suas funções. a. Receber para guarda e proteção os materiais ad quiridos pela empresa. b. Entregar os materiais mediante requisições autori zadas para os usuários da empresa. c. Manter atualizados os registros de entrada e saída dos materiais. d. Manter atualizada a ficha cadastral dos funcioná rios que podem requisitar materiais em função de sua área de atuação. e. Guardar e proteger os materiais de propriedade particular dos funcionários da empresa. 17. O estoque das organizações necessita de controle permanente e eficaz, para poder subsidiar os gestores no processo de tomada de decisão quanto às medidas a serem adotadas em qualquer momento que se dese je programar um novo produto ou serviço a ser lançado no mercado. Fazendo uso da informática, a partir de qual dos seguintes dados, o controle físico dos esto ques poderá ser analisado? a. Ficha de controle de estoque. b. Nota fiscal. c. Requisição de materiais. d. Ficha de localização. e. Notas técnicas de preservação dos bens. 18. As organizações necessitam realizar inventários de seus bens para maior controle e efetividade de suas ações. Quais são as épocas mais indicadas para a re alização dos inventários dos bens de alto valor e de fácil movimentação, tais como equipamentos de infor mática? a. Anualmente. b. Semanalmente. c. Toda vez que o gestor julgar necessário e anual mente. d. Semestralmente. e. Mensalmente. 19. A fácil localização dos bens guardados no almoxari fado depende de um layout adequado. Assinale a al ternativa que se refere à fácil localização dos bens no armazém. a. Separando os produtos por peso. b. Identificando as áreas de piso mais resistente, para colocar produtos leves no chão,sem nenhum tipo de proteção. c. Identificando os produtos incompatíveis e colocan do-os na mesma rua. d. Identificando as mais diversas áreas de guarda dos materiais em função de suas semelhanças, ende reçando por ruas, porta palete e cantilever. e. Identificando os produtos corrosivos e colocando -os expostos ao sol e à chuva. 20. LEC significa a. Lote econômico de separação. b. Lote econômico de compras. c. Lote especial de comparação d. Lote especial de compras. e. Lote econômico de comparação. 21. Material obsoleto é(são) a. o item que, mesmo em condições de uso, não mais satisfaz às exigências técnicas ou econômicas para sua utilização. b. o resíduo de material com valor econômico. c. o resíduo de material sem valor econômico. d. itens de consumo permanente. e. o material cuja vida útil já se exauriu. 22. O objetivo de um inventário é a. saber a real posição dos estoques em quantidade e valor. b. saber qual a real posição dos estoques em valor. c. saber qual a real posição dos estoques em quan tidade. 9 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 14. Assinale a alternativa que NÃO se caracteriza como cuidado e preocupação que se deve ter, ao se manu searem os bens móveis da organização. a. O carregamento e o descarregamento devem ser efetuados em condições que evitem o acúmulo de água nos produtos. b. Os produtos a serem expedidos devem estar reple tos de pó/sujeira para protegê-los, pois eles foram produzidos recentemente. c. Eventuais corpos estranhos no interior dos produ tos devem ser removidos. d. O descarregamento dos produtos no ato do recebi mento deve ser efetuado em local coberto, no caso de mau tempo. e. As alternativas A, C e D estão corretas. d. colocar a quantidade levantada no balanço da em presa. e. apurar a movimentação de material durante um período. 23. Número de ressuprimento significa a. número de vezes adequado ao ressuprimento de materiais. b. número de vezes adequado à realização de inven tário. c. valor do lote de ressuprimento. d. número do pedido de ressuprimento. e. ponto em que se deve efetuar o ressuprimento do material. 24. Indique abaixo a alternativa que NÃO apresenta uma das vantagens do uso do código de barras. a. Pode ser aplicado no armazenamento, em com pras e em vendas. b. Dispensa a etiquetação e reetiquetação de cada produto com o preço. c. Rapidez no tempo de processamento. d. O código não descola do produto. e. Maior acuracidade na entrada das informações no sistema. 25. Com relação à conferência qualitativa no recebimento de materiais, podemos afirmar que serve para a. confirmar os termos negociados entre o setor de compras da empresa e o fornecedor. b. examinar as características dimensionais, específi cas e restrições de especificações. c. permitir a certificação na ISO 9000. d. agilizar o processo de recebimento de materiais. e. otimizar o processo de recebimento de materiais. JOSÉ CARLOS 26. Identifique abaixo a alternativa que NÃO apresenta ob jetivo da padronização de materiais. a. Diminuir o número de itens no estoque. b. Simplificar os materiais. c. Obter maior qualidade e uniformidade. d. Adquirir materiais com maior rapidez. e. Diminuir o número de colaboradores do almoxari fado. 27. Com relação à Acurácia dos Controles, podemos afir mar que a. serve para diminuir o número de itens a serem in ventariados. b. serve para determinar a obsolescência de um item. c. mede o percentual de itens incorretos antes de um inventário. d. mede o percentual de itens corretos após um in ventário. e. serve para diminuir os níveis de estoque de um item. 10 GABARITOS (CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR/ ANALISTA LEGISLATIVO/ MATERIAL E PATRIMÔNIO/ AOCP) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. b e d C C E E (EMPEL/ RECIFE/PE/ASSISTENTE DE DESENVOLVIMENTO/ MATERIAL E PATRIMÔNIO) 1. E 2. E 3. C 4. E 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. E c d e a b c a e b c e a c d b a a a d b e d NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA S U M ÁRI O NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA.............................................................................................676 ORÇAMENTO PÚBLICO. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. PROCESSO ORÇAMENTÁRIO. MÉTODOS, TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DO ORÇAMENTO PÚBLICO; NORMAS LEGAIS APLICÁVEIS. RECEITA PÚBLICA: CATEGORIAS, FONTES, ESTÁGIOS; DÍVIDA ATIVA. DESPESA PÚBLICA: CATEGORIAS, ESTÁGIOS. SUPRIMENTO DE FUNDOS. RESTOS A PAGAR. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES. A CONTA ÚNICA DO TESOURO......................................................................679 Numa concepção mais contemporânea, o que melhor se associa à palavra orçamento é previsão, pois orçar ou elaborar um orçamento é na verdade, fazer a previsão das receitas a serem arrecadadas e a fixação das despesas a serem executadas em determinado período, de um ano, como no caso da lei orçamentária anual. THIAGO VESELY CONCEITOS Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO: Comissão Mista Permanente do Congresso Nacional criada por previsão constitucional do art. 166, §2º, com a finalidade de: I) examinar e emitir pare cer sobre os projetos de lei do plano plurianual, das diretri zes orçamentárias, de lei orçamentária anual e seus crédi tos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; II) examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária da União. À CMO cabe ainda, por força das disposições do art. 2º da Resolução n. 1, de 2006 – CN, emitir parecer e deliberar sobre documentos pertinentes ao acompanhamento e à fiscalização da execução orçamen tária e financeira e da gestão fiscal, especialmente sobre: I) relatórios de gestão fiscal; II) informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União sobre a fiscalização de obras e serviços; III) relatórios referentes aos atos de limi tação de empenho e movimentação financeira; IV) informa ções prestadas pelo Poder Executivo ao Congresso Nacio nal; V) outras atribuições constitucionais e legais. Conta Única: Conta mantida junto ao Banco Central operacionalizada pelo Banco do Brasil, destinada a acolher, em conformidade com o disposto no art. 164 da Constituição Federal, as disponibilidades financeiras da União, a disposi ção das UG on-line. Contingenciamento ou Limitação de Empenho: É o ins trumento que permite que o orçamento passe a ser “ajus tado” à disponibilidade das receitas auferidas pelo Poder Público. Estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ele surge com o intuito de ajustar as execuções financeira e orçamentária aos fluxos das receitas e procura assegurar a certeza da execução orçamentária. Definindo o universo das dotações orçamentárias que não serão realizadas, o contin genciamento permite estabelecer a certeza sobre a execução das demais dotações. Crédito Orçamentário ou Inicial: Destinado ao registro dos valores dotados para cada unidade orçamentária e iden tificados na LOA, aprovada pelo Congresso Nacional e san cionada pelo Presidente da República. Cronograma de Desembolso: Fixação das épocas e dos valores a serem liberados por uma entidade em favor de outra. Quando se trata de programação financeira do Tesouro Nacional significa o cronograma de liberações do órgão central para o órgão setorial de programação finan ceira e deste para as unidades gestoras. 2 Decreto de Programação Financeira: Trata principal mente sobre a compatibilização entre a realização da receita e a execução da despesa, sobre a programação orçamentá ria e financeira anual do Poder Executivo. Dotação: Limite de crédito consignado na lei de orça mento anual ou crédito adicional, para atender determinada despesa. Exercício financeiro: Período correspondente à exe cução orçamentária, financeira e patrimonial da União, que coincide com o ano civil. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): Compreende o conjunto de metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital, para o exercí cio financeiro subsequente, orientando a elaboração da Lei Orçamentária Anual, dispondo sobre as alterações na legis lação tributária e estabelecendo a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. (art. 165, §2º, da Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988). Lei Orçamentária Anual (LOA): Discrimina a receita e a despesa, de forma a evidenciar a política econômico-finan ceira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade (art. 2º, Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964). Modalidades de Aplicação (MA): Classificação da natu reza da despesa que traduz a forma como os recursos serão aplicados pelos órgãos/entidades. Natureza da Despesa (ND): Estrutura de codificação para classificação Econômica da Despesa, composta por categoria econômica, pelo grupo a que pertence a despesa, pela modalidade de sua aplicação e pelo objeto final de gasto. Possibilita tanto informação macroeconômica sobre o efeito do gasto do setor público na economia, através das primeiras três divisões, quanto para controle gerencial do gasto, por meio do elemento de despesa. Nota de Dotação (ND): Documento utilizado para regis tro de desdobramento do Plano Interno ou detalhamento da Fonte de recursos (se for detalhada), dos créditos previstos no OGU e a inclusão de créditos nele não incluídos. Nota de Empenho (NE): Documento utilizado para registrar as operações que envolvem despesas orçamen tárias realizadas pela Administração Pública e que indica o nome do credor, a especificação e a importância da des pesa, bem como a dedução desta do saldo da dotação pró pria. (art. 61, Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964). Nota de Lançamento (NL): Documento utilizado para registrar a apropriação/liquidação de receitas e despesas, bem como outros atos e fatos administrativos, inclusive os relativos a entidades supervisionadas. Nota de Programação Financeira (PF): Documento uti lizado para registrar os valores constantes da Proposta de Programação Financeira – PPF e a Programação Financeira Aprovada – PFA. Operação de Crédito: Compromisso financeiro assu mido com credores no País ou no exterior em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aqui sição financiada de bens, recebimento antecipado de valo res provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Orçamento da Seguridade Social: Abrange os recur sos dos Órgãos e Entidades que respondem pela função de Seguridade Social da administração direta ou indireta, bem como os Fundos e Fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público (art. 165, & 5ª, inciso III, Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988). Orçamento de Investimento das Empresas Estatais: Compreende o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto (art. 165, §5º, inciso II, Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988). Orçamento Fiscal: Engloba os recursos dos Poderes da União, representado pelos Fundos, Órgãos e Entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive Fundações insti tuídas e mantidas pelo Poder Público (art.165, §5º, inciso I, Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988). Orçamento Geral da União (OGU): Formado pelo Orça mento Fiscal, da Seguridade e pelo Orçamento de Inves timento das empresas estatais federais. Existem princípios básicos que devem ser seguidos para elaboração e controle do Orçamento que estão definidos na Constituição, na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias. A Constituição Federal de 1988 atribui ao Poder Exe cutivo a responsabilidade pelo sistema de Planejamento e Orçamento que tem a iniciativa dos seguintes projetos de lei: Plano Plurianual (PPA) ,Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Orçamento Anual (LOA). Órgão: Denominação dada aos Ministérios, Ministério Público, Entidades Supervisionadas, Tribunais do Poder Judiciário, Casas do Poder Legislativo e às Secretarias da Previdência da República. Plano Plurianual (PPA): Na esfera federal, o Governo ordena suas ações com a finalidade de atingir objetivos e metas por meio do PPA, um plano de médio prazo elaborado no primeiro ano de mandato do presidente eleito, para exe cução nos quatro anos seguintes. O PPA é instituído por lei, estabelecendo, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti vos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para aquelas referen tes a programas de duração continuada. Os investimentos cuja execução seja levada a efeito por períodos superiores a um exercício financeiro, só poderão ser iniciados se previa mente incluídos no PPA ou se nele incluídos por autorização legal. A não observância deste preceito caracteriza crime de responsabilidade. Programação Financeira: Quantificação do conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo de estabelecer o fluxo de caixa da União, para determinado período, tendo como parâmetros a previsão da receita, os limites orçamentá rios, as demandas para despesas e a tendência de resul tado (déficit, equilíbrio ou superávit) considerada na política macroeconômica para o mesmo período. Programação Orçamentária: Identificação dos produ tos finais de uma organização, representados pelos seus programas e subprogramas, fixados a partir dos objetivos constantes dos planos de governo, além da determinação dos recursos reais e financeiros exigidos e das medidas de coordenação e compatibilização requeridas. Programa de Trabalho (PT): Estrutura codificada (fun cional e programática) que permite a elaboração e a execu ção orçamentária, bem como o controle e acompanhamento dos planos definidos pela Unidade para um determinado período. Recurso Público: O fluxo de riqueza, oriundo ou gerido por entidades do setor público, destinado ao pagamento de bens adquiridos e serviços consumidos e sujeito a prestação de contas. Regra de Ouro: É a vedação da realização de opera ções de créditos (endividamento) que excedam o montante das despesas de capital (investimentos, inversões financei ras e amortização da dívida). Tem o objetivo de evitar que o governo utilize receitas oriundas de empréstimos e emissão de títulos para o pagamento de despesas correntes, o que tende a promover o crescimento descontrolado da dívida, consoante o art. 167, III, da Constituição Federal. Reserva de Contingência: Dotação orçamentária que, de acordo com o que dispõe o art. 5º, III, da LRF, deverá constar da lei orçamentária com o objetivo de atender aos passivos contingentes e outros riscos fiscais imprevisíveis. Restos a Pagar: Representam as despesas empenha das e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-se as despesas processadas das não processadas. Entende-se por processadas e não processadas, respectivamente, as despesas liquidadas e as não liquidadas (art. 67, Decreto n. 93.872, de 23 de dezembro de 1986). Unidade Orçamentária (UO): Unidade da Administra ção Direta a que o Orçamento da União consigna dotações específicas para a realização de seus programas de traba lho e sobre os quais exerce o poder de disposição. FUNÇÕES DO ORÇAMENTO Alocativa Utilização dos recursos totais da economia, incluindo a oferta de bens públicos, podendo criar incentivos para desen volver mais certos setores em relação a outros. Tem por objetivo oferecer determinados bens e servi ços necessários e almejados pela sociedade, porém, que não são providos pela iniciativa privada. Ex.: rodovias, segu rança, saúde, fornecimento de água, construção de usinas. Distributiva Função que busca combater os desequilíbrios regionais e sociais, promovendo o desenvolvimento das regiões e clas ses menos favorecidas, por meio da distribuição de renda, da 3 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Ordenador de Despesa: Toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão de empenho, autoriza ção de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos da União ou pela qual esta responda (art. 80, §1º, Decreto-lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967), em obediência ao art. 43 Decreto, 93 873, de 23 de dezembro de 1986, e ao princípio de Controle Interno da Segregação de Funções, o cargo de Gestor Financeiro não poderá ser exercido pela mesma pessoa que ocupa o cargo de Ordenador de Despesa. concessão de subsídios aos bens de consumo popular (redu ção do IPI p. ex), educação gratuita, programas de desen volvimento comunitário como o Fundo de Desenvolvimento do Norte, entre outras. Citamos, ainda, o Bolsa Família e o Vale-Gás. Estabilizadora THIAGO VESELY Escolhas orçamentárias na busca do pleno emprego dos recursos econômicos; da estabilidade de preços; do equilíbrio da balança de pagamentos e das taxas de câmbio, tudo isso visando o crescimento econômico em bases sus tentáveis. Ex.: Redução do IPI. TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS/TIPOS DE ORÇAMENTOS Clássico ou Tradicional O Orçamento clássico ou tradicional era caracterizado por apenas uma planilha contendo uma projeção de receitas e despesas, a serem executadas no exercício, com a aqui sição de bens e serviços públicos. Havia ênfase no gasto, e não nas realizações que um Governo pretendia executar. Não havia um planejamento de ações, visando a minimizar ou solucionar um problema do Estado, como a Educação, a Saúde, o Desemprego, etc, com objetivos, propósitos, progra mas, custos ou, até mesmo, medidas de desempenho para avaliar estas ações. Era apenas um documento formal, indi cando o que o Governo iria comprar durante o ano, sem qual quer ligação com um processo de planejamento ou funções que o Estado deveria desempenhar. Apenas dotava os órgãos de recursos para pagamentos de materiais ou pessoal, sem se importar com os objetivos econômicos ou sociais. Em suma: • não se tinha clareza dos objetivos econômicos e sociais que motivaram a elaboração da peça orça mentária; • preocupação exagerada com o controle contábil do gasto, refletida no obsessivo detalhamento da despesa; • a distribuição dos recursos para unidades orça mentárias se dava com base na proporção da dos recursos gastos em exercícios anteriores e não em função do programa de trabalho que pretendiam realizar. Desempenho No Orçamento de desempenho, houve uma tenta tiva de se melhorar o processo orçamentário, buscando-se saber onde o Governo gastava o recurso. Ou seja, tentou -se, de alguma forma, não apenas projetar receitas e despe sas, mas saber onde se estava gastando e porque se estava gastando o recurso. Em suma: • temos uma evolução do orçamento tradicional; • foco naquilo que o governo faz; • não pode, ainda, ser considerado um orçamento -programa, visto que lhe falta uma característica essencial, que é a vinculação ao Sistema de Pla nejamento. 4 Orçamento-Programa O Orçamento-programa, criado no Brasil pelo Decreto -Lei n. 200/1967, consagrou a integração entre o plane jamento e o orçamento público, uma vez que, com o seu advento, surgiu a necessidade de se planejar as ações antes de executar o Orçamento. Era preciso, antes de fixar as despesas ou distribuir as receitas, saber quais as reais deficiências ou necessidades da população e categorizar as ações necessárias visando à correção ou minimização dos problemas. A ênfase no orça mento-programa são as realizações, ou seja, interessa o que o governo realiza. No orçamento-programa as metas governamentais são classificadas em funções de governo, que são divididas em programas, subprogramas, projetos e atividades, consti tuindo o que se denomina estrutura funcional e programá tica. O orçamento-programa destaca as metas, os objetivos e as intenções governamentais, por meio de programas de trabalho que constituem os instrumentos de planejamento. A elaboração do orçamento-programa requer o cumpri mento de quatro etapas: 1. Planejamento: Definição dos objetivos a atingir. 2. Programação: Definição das atividades necessárias à consecução dos objetivos. 3. Projeto: Estimativa dos recursos de trabalho necessá rios à realização das atividades. 4. Orçamentação: Estimativa dos recursos financeiros para pagar a utilização dos recursos de trabalho e prever as fontes dos recursos. Como principais e fundamentais peças de planeja mento governamental, temos o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Em suma: • introduzido na esfera federal pelo Decreto-Lei n. 200 de 23.02.1967; • o orçamento deve considerar os objetivos que o Governo pretende alcançar, durante um período determinado de tempo (ideia de planejamento); • o orçamento passa a ser um instrumento de opera cionalização das ações do governo, em consonân cia com os planos e diretrizes formuladas no plane jamento; • funcional e Programática. Orçamento Participativo Previsto no art. 20 da Lei do PPA, estipula que o Poder Executivo e o Poder Legislativo promoverão a participação da sociedade na elaboração, acompanhamento e avaliação das ações do Plano de que trata a referida Lei. As audiências públicas regionais ou temáticas, realiza das durante a apreciação da proposta orçamentária, com a participação dos órgãos governamentais, estimularão a par ticipação das entidades da sociedade civil. Orçamento Base-Zero O Orçamento base zero foi um sistema paralelo criado no Texas – EUA e não representou uma evolução do orça mento, como os outros, mas uma simples variação no método de planejamento naquele país, onde não existiam direitos adquiridos sobre verbas anteriormente concedidas. No final de cada período orçamentário, os programas exis tentes eram tecnicamente “zerados” no seu valor, o que obrigava os órgãos envolvidos a novas demonstrações de custos e benefícios com vistas à priorização, concorrendo por verbas programas em fase de execução avançada com aqueles iniciados no novo período. Em suma: • criava a necessidade de justificativa de todos os programas cada vez que se iniciava um novo ciclo orçamentário; e • desembocava na análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas as das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente. • decisões voltadas para a maximização da eficiên cia na alocação dos recursos públicos. Finalidade do Orçamento Para Celso Ribeiro Bastos, a finalidade do orçamento “é de se tornar um instrumento de exercício da democracia pelo qual os particulares exercem o direito, por intermédio de seus mandatários, de só verem efetivadas as despe sas e permitidas as arrecadações tributárias que estiverem autorizadas na lei orçamentária”. De acordo com a Secretaria de Orçamento Federal – SOF é no Orçamento que o cidadão identifica a destinação dos recursos que o governo recolhe sob a forma de impos tos. Nenhuma despesa pública pode ser realizada sem estar fixada no Orçamento. O Orçamento Geral da União (OGU) é o coração da administração pública federal. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Regras que visam assegurar o cumprimento dos fins a que se propõe a legislação orçamentária, esses princípios estão definidos na Constituição Federal de 1988, na Lei n. 4.320/1964 e na doutrina. Podemos definir como linhas norteadoras de ação para elaboração e controle da execução das leis orçamen tárias. a) Princípio da Universalidade A lei do orçamento inclui previsão de todas as receitas e fixação de todas as despesas pelos seus valores globais, consoante o art. 2º da Lei n. 4.320/1964. Permite conhecer todas as receitas, inclusive as de operações de crédito, e despesas do Governo e dar prévia autorização à respectiva arrecadação e realização. Impede que o Executivo realize qualquer operação para obtenção de receita ou realização de despesa, sem que haja prévia autorização parlamentar. É descrito nos artigos 3º e 4º da Lei n. 4.320/1964: “Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da adminis tração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2º.” Tal princípio complementa-se pela “regra do orça mento bruto”, definida no art. 6º da Lei n. 4.320/1964: “Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedu ções.” b) Princípio da Anualidade, Anuidade ou Periodicidade Consagrado na Lei 4.320/1964 em seu art. 2º o princí pio da anualidade define que orçamento será anual. Considerando, ainda, que o orçamento é previsão, programação de atividades a serem realizadas no futuro, supõe periodicidade, que, no Brasil, resume-se ao período de tempo de um ano civil para a execução do orçamento, conforme dispõe o art. 34 da Lei n. 4.320: “Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.” (1º de janeiro até 31 de dezembro de cada ano.) Conforme o dito popular de que toda regra tem sua exceção, constatamos que os créditos especiais e extra ordinários autorizados nos últimos quatro meses do exer cício podem ser reabertos, se necessário, e, assim sendo, serão incorporados ao orçamento do exercício subse quente, conforme estabelecido no §2º do art. 167 da Carta Magna. c) Princípio da Unidade ou Totalidade Princípio orçamentário que estipula que toda a esti mativa de receitas e despesas estejam em uma só lei, a LOA, independente de serem órgãos da administração direta ou descentralizada. O orçamento deve ser uno, pois é dessa forma, integrado, que o Poder Legislativo pode controlar as operações financeiras do Executivo, obtendo eficazmente um retrato global das finanças públicas. Este princípio tem amparo legal no art. 2º da Lei n. 4.320/1964. 5 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Em suma: • incorpora a população ao processo decisório da elaboração orçamentária (lideranças da sociedade civil, audiências públicas ou outras formas de con sulta direta à sociedade); • existência de uma coparticipação do Executivo e legislativo na elaboração dos orçamentos; • incentivado pela Lei de Responsabilidade Fiscal; • promove maior transparência ao ciclo orçamentário. d) Princípio da Exclusividade ou Pureza THIAGO VESELY A lei orçamentária deverá tratar apenas de assuntos ligados à estimativa das receitas e da fixação da despesa. Este princípio encontra-se expresso no art. 165, §8º da CF de 1988: “A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa...” Tal princípio tem por objetivo impedir a prática, muito comum no passado, da inclusão de dispositivos de natu reza diversa da matéria orçamentária, ou seja, previsão da receita e fixação da despesa. Exceção: art. 165, §8º da CF de 1988: “[...] não se incluindo na proibição a autorização para abertura de cré ditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.” A antecipação citada é a Antecipação de Receita Orça mentária – ARO. e) Princípio do Equilíbrio Esse princípio estabelece que o montante da des pesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. Sintetizando, preconiza a igualdade entre Receita e Despesa, com o intuito de evitar o endividamento público. Constatamos a preocupação dos constituintes em aten der a tal princípio pelo artigo 167, que veda: II – a realização de despesas ou a assunção de obri gações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; f) Princípio do Orçamento Bruto É definido no art. 6º da Lei n. 4.320/1964: “Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedu ções.” Receitas e Despesas com valores brutos, para maior transparência dos gastos públicos. g) Princípio da Discriminação, Especialização ou Especificação Classificação e discriminação das receitas e despesas demonstrando a origem, a aplicação dos recursos e eviden ciando as projeções econômicas e as ações governamentais. O art. 2º da Lei n. 4.320/1964, estabelece que a Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o pro grama de trabalho do Governo, além do que, o art. 15 da mesma norma nos diz que: “...a discriminação da despesa far-se-á, no mínimo, por elementos.” Esse princípio confere maior transparência ao processo orçamentário, possibilitando a fiscalização dos órgãos de controle externo e interno e da sociedade, inibindo o excesso de flexibilidade na alocação dos recursos pelo Poder Execu tivo. Além mais, facilita o processo de padronização e elabo ração dos orçamentos, bem como o processo de consolida ção de contas. 6 Complementando a disposição sobre o princípio em tela, temos na LDO 2012, art. 7º que: “Art. 7º Os Orçamen tos Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento discri minarão a despesa por unidade orçamentária, com suas categorias de programação detalhadas no menor nível, com as respectivas dotações, especificando a esfera orça mentária, o grupo de natureza de despesa, o identificador de resultado primário, a modalidade de aplicação, o identi ficador de uso e a fonte de recursos.” h) Princípio da Não Afetação (Vinculação) das Receitas É vedada a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou despesas, excluídas as exceções já pre vistas na CF, art. 167, IV. “Art. 167. São vedados: IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arti gos 198, §2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, pre vistas no art. 165, §8º, bem como o disposto no §4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003) §4º É permitida a vinculação de receitas próprias gera das pelos impostos a que se referem os artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993)” As ressalvas são estabelecidas pela própria Constitui ção e estão relacionadas à repartição do produto da arreca dação dos impostos (Fundos de Participação dos Estados – FPE e dos Municípios – FPM e Fundos de Desenvol vimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste), à destinação de recursos para as áreas de saúde e educa ção, além do oferecimento de garantias às operações de crédito por antecipação de receitas. i) Princípio da Reserva Legal (Competência) Segundo o art. 165 da Constituição Federal, a inicia tiva para propor as leis do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais é exclusiva do Poder Executivo. Já no art. 48 da Carta Maior, temos que cabe ao Con gresso Nacional dispor sobre todas as matérias de compe tência da União, especialmente sobre: “II – plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orça mento anual, operações de crédito, dívida pública e emis sões de curso forçado;” Esse tipo de exclusividade em matéria orçamentária é denominado de Reserva Legal. 1. 2. 3. Para efeitos da LRF, a despesa total com pessoal en globa o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de poder, com quais quer espécies remuneratórias, tais como vencimen tos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proven tos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às enti dades de previdência. A Lei Complementar n. 101 (Lei de Responsabilidade Fiscal), aprovada em maio de 2000, é uma importante ferramenta gerencial a serviço da administração públi ca. Com relação a essa lei não se pode afirmar que a. a LRF determina que receitas, despesas e disponi bilidades da previdência sejam agrupadas às con tas do Tesouro Público, permitindo o financiamento dos estados e municípios com recursos da Previ dência Social. b. na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a LRF inovou ao introduzir o Anexo de Me tas Fiscais, para três anos, contendo metas para receita e despesa, resultado primário e nominal e dívida pública. c. a LRF resgatou o orçamento público como peça de planejamento e controle. d. a LRF determina o corte linear de despesas, caso os resultados fiscais se distanciem das metas fixa das na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). e. cria um sistema de controle institucional múltiplo, que permite que todos os poderes estejam sujeitos igualmente ao cumprimento de regras e à fiscali zação. Com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), não se pode afirmar que a. os instrumentos preconizados pela LRF para o pla nejamento do gasto público são os mesmos adota dos na Constituição Federal: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei do Orçamento Anual. b. a LRF traz uma nova noção de equilíbrio às cha madas “contas primárias”, traduzido no Resultado Primário equilibrado. c. a partir da vigência da LRF, a concessão dos cha mados incentivos fiscais deverão atender, não só o que dispuser a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas ainda demonstrar que a renúncia dela decorrente foi considerada ao se estimar a receita do orçamento e que não afetará as metas fiscais previstas na LDO. d. a LRF atribui, à contabilidade pública, novas fun ções no controle orçamentário e financeiro, garan tindo-lhe um caráter mais gerencial. 4. O TCU deve alertar imediatamente o Poder Executivo, os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e o Mi nistério Público da União, sempre que as despesas de pessoal excederem 95% do limite autorizado na LRF. 5. Sempre que a despesa total com pessoal exceder o li mite prudencial, a União fica proibida de conceder van tagem, aumento, reajuste ou adequação de remunera ção. Contudo, poderá fazer admissão ou contratação de pessoal das áreas de educação, saúde e seguran ça, a título de reposição em virtude de aposentadoria ou falecimento de servidores. Nos termos dos arts. 19 e 20 da Lei Complementar 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a repartição dos limites globais de despesa total com pessoal do Ministério Público da União, em cada período de apu ração, não poderá exceder o percentual de a. 2% da receita corrente bruta. b. 6% da receita de capital. c. 0,6% da receita corrente líquida. d. 3% da receita total. 6. 7. A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que os limites com gastos de pessoal do Poder Executivo e Legislativo na esfera municipal são respectivamente a. 60% e 4%. b. 50% e 10%. c. 52% e 8%. d. 54% e 6%. 8. Complete a sequência exata do texto contido na Lei de Responsabilidade Fiscal a respeito do Anexo de Metas Fiscais. “Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabeleci das___________________, em valores correntes e constantes, relativas a___________________, resul tados nominal e primário e montante da dívida públi ca, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.” a. metas fiscais / receitas e despesas. b. metas financeiras / receitas e despesas. c. receitas e despesas / programas governamentais. d. metas anuais / receitas e despesas. 9. A LRF estabeleceu que a Lei Orçamentária Anual con terá, entre outros a. demonstrativo de compatibilidade do orçamento com as metas previstas no anexo de riscos fiscais; Receita de contingência; e as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, bem como as suas receitas (recursos para pagamento da dí vida). 7 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA e. o Anexo dos Riscos Fiscais introduzidos pela LRF destaca fatos que impactarão os resultados fiscais estabelecidos para os exercícios seguintes. EXERCÍCIOS b. demonstrativo de compatibilidade do orçamento com as metas previstas no anexo de metas fiscais; Reserva de contingência; e as despesas relativas à dívida ativa. THIAGO VESELY c. demonstrativo de compatibilidade do orçamento com as metas previstas no anexo de metas fiscais; Alterações na legislação tributária; e despesas cor respondentes ao pagamento da dívida das empre sas estatais. d. demonstrativo de compatibilidade do orçamento com as metas previstas no anexo de metas fiscais; Reserva de contingência; e as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, bem como as suas receitas (recursos para pagamento da dívida). 10. Sobre a despesa pública e seu processamento, é cor reto afirmar: a. O empenho de despesa é o ato emanado de autori dade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. b. É permitida a realização de despesa sem prévio empenho e, em casos especiais, justificados pela autoridade competente, será dispensada a emis são da nota de empenho. c. Não será permitido o empenho por estimativa, quando o montante da despesa não se possa de terminar. d. Não é permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. e. Para cada empenho será extraído um documento denominado “autorização de empenho” que indica rá o nome do devedor, a representação e a impor tância da despesa. 11. A despesa orçamentária deve passar por estágios. Com relação ao estágio empenho, identifique a única opção falsa. a. É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pen dente ou não de implemento de condição. b. Existem três modalidades de empenho, que são: extraordinário, por estimativa e global. c. Uma vez autorizado o empenho, pela autoridade competente, fica criada a obrigação de pagamento para o Estado, podendo ficar dependendo de algu mas condições ou não. d. O empenho da despesa não poderá exceder o limi te dos créditos concedidos. e. É vedada a realização de despesa sem prévio em penho. 12. Poderão ser objeto de limitação de empenho as des pesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao paga mento do serviço da dívida, desde que essa limitação esteja prevista na LDO. 8 A abertura de sindicância ou a instauração de proces so disciplinar interrompe o prazo prescricional, até a decisão final proferida por autoridade competente. Com base em conceitos e na legislação pertinente a programação, execução e controle de recursos orça mentários e financeiros, julgue os itens a seguir. 13. Os recursos correspondentes às dotações orçamentá rias destinadas ao pagamento de pessoal e encargos sociais do TCU serão entregues em duodécimos de igual valor, até o dia 20 de cada mês. 14. Constatando-se, após a aprovação e publicação do orçamento, a impossibilidade de arrecadação da re ceita prevista no exercício, a alternativa de que dispõe o governo para cumprir a programação aprovada é a obtenção de empréstimos a título de antecipação da receita orçamentária. Com relação aos estágios da despesa e à guia de re colhimento da União (GRU), julgue os seguintes itens. 15. Na assinatura de um contrato de seguro para cober tura de riscos que poderão afetar o patrimônio de um ente público no exercício subsequente, o empenho, a liquidação e o pagamento ocorrem antes do fato gera dor na ótica do regime de competência, de acordo com a doutrina e a legislação contábeis. 16. Além do documento de arrecadação de receitas fede rais (DARF) e da guia da previdência social (GPS), os ingressos de valores na conta única da União são efe tuados por meio da GRU, utilizada, por exemplo, para pagamento de inscrições em concursos públicos. (UnB/ CESPE/ TCU) Com base na legislação e nas práticas atinentes a suprimento de fundos, restos a pa gar, despesas de exercícios anteriores e rol de respon sáveis, julgue os itens que se seguem. 17. De acordo com a legislação federal, a inscrição de des pesas em restos a pagar é válida até o encerramento do exercício financeiro seguinte, mas, nos termos da legislação civil, os direitos dos respectivos credores só prescrevem cinco anos depois. 18. O atendimento de despesas de exercícios anteriores poderá ser feito mediante a reabertura de créditos adi cionais, desde que aprovados nos quatro últimos me ses do exercício antecedente. 19. Serão arrolados como responsáveis nos processos de contas os titulares e seus substitutos durante a gestão de que tratam as contas, mas, nos casos de delegação de competência, a responsabilidade se transfere exclusivamente à autoridade delegada. A respeito da retenção e do recolhimento de tribu tos incidentes sobre bens e serviços, julgue os itens subsequentes. 21. Os rendimentos auferidos por pessoas físicas presta doras de serviços à administração, sujeitos à tributa ção na fonte mediante aplicação de tabela progressi va, sofrem a retenção com base no regime de caixa. No que diz respeito ao Sistema de Administração Fi nanceira do Governo Federal (SIAFI) e ao seu sub sistema Contas a Pagar e a Receber (CPR), julgue os próximos itens. 28. Considerando os saldos orçamentários de determi nado ente, em milhões de reais, ao final do exercício, apresentados na tabela a seguir, é correto concluir que o superávit do orçamento corrente foi de R$ 205 mi lhões. Receitas Despesas Receitas tributárias – R$ 350 Pessoal e encargos – R$ 75 Novos empréstimos – R$ 120 Outros custeios – R$ 70 Rolagem da dívida – R$ 60 Juros – R$ 65 Investimentos – R$ 130 Amortizações – R$ 180 22. O subsistema CPR do SIAFI permite cadastrar docu mentos referentes aos valores a receber e a pagar, visando à elaboração do fluxo de caixa e, por conse guinte, da programação financeira. 23. O SIAFI abrange a emissão das demonstrações con tábeis mensais e anuais; entretanto, como permite, a qualquer momento, apurar os saldos orçamentários e financeiros, possibilita, também a qualquer tempo, o levantamento daquelas demonstrações. Com base na Lei n. 4.320/1964 e nos conceitos e aplicações dela decorrentes, julgue os itens. 24. A referida lei determinou que o planejamento contá bil deve permitir a apuração dos custos dos serviços industriais, o que foi definitivamente implementado a partir da adoção do Plano de Contas Único no âmbito da administração federal. 25. A contabilidade pública se apoia tradicionalmente em quatro sistemas de contas que constituem a referên cia para registro, controle e análise dos eventos re lacionados à administração pública: patrimonial, de resultados, orçamentário-financeiro e de compensa ção. 26. De acordo com as características do regime contábil adotado no Brasil, a receita lançada e não arrecada da será apropriada no exercício de seu recebimento, exceto se inscrita em dívida ativa, hipótese em que o resultado econômico será imediatamente afetado. 27. A lei em questão distinguiu as aplicações em imóveis ora como investimentos ora como inversões financei ras. Daí a diferença entre a construção e a simples aquisição para uso de imóveis já concluídos e em uti lização. No primeiro caso, gera-se um incremento no PIB; no segundo, mera transferência da propriedade de bens já produzidos. Total R$ 530 Total R$ 520 Com fundamento na Lei de Responsabilidade Fiscal e em seus desdobramentos, julgue os itens seguintes. 29. Entre as chamadas transferências legais, incluem-se aquelas realizadas fundo a fundo, destinadas à edu cação, que se caracterizam pela descentralização de recursos mediante convênios. 30. Se um município, ao final do primeiro quadrimestre de 2009, tiver ultrapassado o limite da sua dívida consoli dada em R$ 600 milhões, isso significará que, até o fi nal de agosto, ele deverá reduzi-la em R$ 200 milhões, sob pena de ficar impedido de receber transferências voluntárias a partir de setembro. 31. Considerando que o Poder Executivo tenha determi nado, em ato normativo, a realização de um progra ma iniciando-se em 2009 e com conclusão prevista para 2011, implicando despesas de custeio ao longo de todo o período, e mesmo considerando que haja disponibilidade de recursos na fonte indicada, ainda assim o parecer do órgão técnico deverá ser contrário à implementação imediata do referido programa, pois este dependerá de prévia inclusão no plano plurianual ou de lei que autorize sua inclusão. 32. Se o aumento acentuado e inesperado do número de matrículas na rede pública de ensino obrigar a admi nistração a efetuar a contratação de novos professores mediante terceirização, as despesas daí decorrentes terão de ser enquadradas entre as despesas de pes soal e computadas para efeito de cálculo do respectivo limite. 33. A Liquidação da despesa pública é o processo de a. pagamento ao credor, por ordem bancária. b. emissão da nota de empenho. c. conferência e verificação do direito adquirido pelo credor. d. emissão da ordem bancária. 9 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 20. A retenção da contribuição para o PIS/PASEP inci dente sobre receitas governamentais é devida sobre transferências correntes, não se aplicando às trans ferências de capital. GABARITO THIAGO VESELY 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. C a e C C c d d d a b E E E C C C E E E C C C E E C C E E E E C 10
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