O futuro da inovação: uma conversa com o

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O futuro da inovação: uma conversa com o
newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011
www.vidaeconomica.pt
Entrevista
O futuro da inovação: uma
conversa com o consultor
empresarial Praveen Gupta
Praveen Gupta é presidente da Accelper
Consulting em Schaumburg, IL, e professor
adjunto de inovação empresarial
no Instituto de Tecnologia de Ilinois.
Escreveu diversos livros sobre Six Sigma,
inovação empresarial e desempenho das
organizações. Nesta entrevista, Gupta prevê
o papel que as pequenas empresas irão
desempenhar na inovação empresarial
durante o resto do século.
Como podem os proprietários de pequenas empresas e líderes manter a
melhoria do desempenho ao mesmo
tempo que conseguem uma minimização dos custos?
As empresas mais pequenas podem
competir com as empresas maiores
com base no desempenho e velocidade.
Normalmente, as empresas pequenas
apresentam menos desperdícios que os
grandes negócios por terem uma infraestrutura mais simples. Assim, existe uma
batalha permanente entre a redução do
custo dos produtos ou serviços e a oferta
de valor aos clientes. Isto implica que os
pequenos negócios criem um relacionamento próximo com os clientes baseado
no rácio qualidade-preço, em vez de se
basearem unicamente no preço.
Aprendemos que todas as empresas,
incluindo as mais pequenas, devem centrar-se num crescimento rentável através
do desenvolvimento de soluções inovadoras que permitam um crescimento da
procura. Se oferecermos aos nossos clientes o que ele “adoram” em vez de apenas
lhes dar o que eles procuram, os clientes
mostram-se disponíveis para pagar um
valor adicional e não se limitam apenas
a procurar as soluções mais económicas.
Índice
Entrevista.........................................1
Editorial............................................2
Reportagem...................................3
Opinião............................................4
Redes sociais..................................5
Notícias............................................6
Agenda de eventos......................6
Guia para começar a inovar.......7
Financiar a inovação....................8
(Continua na página seguinte)
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Autor: António Cabrita
Págs.: 172
P.V.P.: A 19,90
Sabia que apenas 4% das iniciativas empreendedoras é considerado Projecto de Sucesso (que ultrapassa os cinco de vida)?
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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011
Editorial
Entrevista
O futuro da inovação: uma conversa
com o consultor empresarial Praveen Gupta
(Continuação da página anterior)
Num artigo na Quality Digest, afirma que as empresas em declínio devem centrar-se no crescimento. Porque é que o devem fazer, e de que formas?
Muitas empresas têm implementado Six Sigma, Lean
ou outros métodos semelhantes para reduzirem os
custos. Os resultados finais a que tenho assistido são
despedimentos, o que é muito desmotivador para os
trabalhadores. Não percebo como é que se pode fazer com que uma empresa cresça, tornando-a mais
pequena. A redução de custos é um ciclo vicioso que
apenas pode acelerar a morte de um negócio visto
que nos EUA não é possível vencer tendo apenas por
base os custos - todo o resto do mundo é mais barato
que nós.
Temos de nos centrar na criação de novo valor, procurar oportunidades que permitam apostar em preços premium para conseguirmos aumentar o valor
do negócio e fazê-lo crescer. Isto implica o envolvimento dos colaboradores e dar-lhe valor para que se
sintam bem no trabalho e consigam ter ideias criativas. Aprendi que sentir-se bem significa ter liberdade
para pensar o que é fundamental para o crescimento.
Por outro lado a redução de custos limita o pensamento, o que é contraproducente para o crescimento. Assim, é necessário equilibrar o crescimento com
uma utilização eficiente dos recursos para conseguir
um crescimento sustentado.
Quando escreve sobre a gestão do desempenho,
refere que essa é muitas vezes uma estratégia a
curto-prazo – para atingir objectivos mensais,
por exemplo. Como é que as empresas podem
passar disto para soluções de longo prazo relacionadas com a comunicação junto dos colaboradores e clientes da estratégia empresarial de
base?
A liderança deve estabelecer uma estratégia com
duas vertentes – de longo prazo para o crescimento
e de curto prazo para o lucro – e depois equilibrar a
execução de ambas as estratégias. Ao mesmo tempo
que orientamos o nosso funcionamento para os objectivos a curto-prazo não nos podemos esquecer da
nossa perspectiva a longo prazo.
Para atingirmos esse equilíbrio na nossa abordagem
temos de manter os colaboradores informados, conseguir o seu apoio e esperar que cada um dê o seu
melhor. A boa notícia é que, se os colaboradores sabem o que é suposto fazerem, e porquê, conseguemno – e muitas vezes com resultados ainda melhores
que as expectativas.
No seu livro “Inovação Empresarial no Século XXI”
um dos aspectos que refere no capítulo sobre a
Era da Informação é que tantos os líderes empresariais como civis reconhecem a ligação que existe entre a inovação e o desenvolvimento econó-
mico. Como é que as pequenas empresas podem
utilizar esta informação para conseguirem obter
vantagens?
Alguém afirmou que o principal objectivo de um negócio não é ganhar dinheiro, mas sim proporcionar
um produto ou serviço que o cliente precisa e, quando isto é bem feito, o cliente paga bem, e a empresa ganha dinheiro. Hoje em dia esquecemos muitas
vezes esta abordagem simples e acreditamos que o
único objectivo de um negócio é ganhar dinheiro.
Se observarmos a anatomia de uma empresa pequena, vemos que começa com a paixão de um empreendedor para fazer algo partindo dos conhecimentos
de alguém. Ninguém começa um negócio só porque
quer ganhar dinheiro; pelo contrário, avança-se com
um negócio porque se adora fazer alguma coisa, e se
quer fazê-lo de forma produtiva e ganhar dinheiro.
Depois o empreendedor pensa em contratar pessoas,
fazer o negócio crescer e criar postos de trabalho. Temos de manter esse mesmo espírito empreendedor
para fazer algo mais para criar valor e criar postos de
trabalho.
De igual modo, todos os proprietários de um negócio e líderes têm, obviamente, a responsabilidade
de criar oportunidades para a comunidade na qual
operam, centrando-se no crescimento rentável sustentado, em vez de se centrar apenas em ganhar
dinheiro, o que por vezes leva a que sejam tomadas
acções que vão contra as necessidades da comunidade.
Qual acha que será o rumo da inovação empresarial? Qual será o papel das pequenas empresas?
A inovação empresarial será a forma de fazer negócios. No passado quando alguém arrancava com
um negócio pensava em produzir um produto a um
custo mais baixo que a concorrência. Com o passar
do tempo isso perderá importância visto que nos
actuais mercados de rápido desenvolvimento os
consumidores querem mais serviços personalizados.
Assim, as empresas pequenas devem voltar-se mais
para a criação rápida de soluções personalizadas utilizando os recursos intelectuais da empresa. Por outras palavras, os líderes têm de acreditar que a inovação empresarial é tão importante para os pequenos
como para os grandes negócios. Têm de aprender o
processo de inovação, comprometer-se com os objectivos e tentar fornecer serviços novos e de valor
acrescentado aos clientes.
Isto é diferente do actual paradigma de aos clientes
oferecer elevada qualidade, e soluções de baixo custo. É importante lembrar que nem sempre compramos os produtos ou serviços mais baratos para nossa
utilização pessoal; pelo contrário compramos valor
pelo dinheiro que gastamos. Este mesmo principio
aplica-se ao mundo dos negócios onde os clientes
compram a preços elevados soluções inovadoras,
bem fornecidas e quando necessitam.
Temos vindo a abordar o tema das patentes e a importância que representam em
termos de medição das actividades de
inovação, mas continuo a acreditar que
não é suficiente, pois a batalha está na
inovação e não no registo de patentes e
passo a explicar.
Recentemente, li um artigo no “New York
Times” onde se refere a corrida que o Governo chinês está a patrocinar, com o objectivo de tornar este país como o líder
mundial em termos de registo de patentes
em todo o tipo de indústria relevante. O
Governo chinês oferece bónus monetários,
melhor alojamento, redução de taxas para
aqueles registarem o maior número de patentes. Segundo o NYT, o objectivo Chinês
é de atingir as 300.000 patentes este ano
e em 2015 passar a barreira do milhão de
patentes registadas. Ainda neste mesmo
jornal, citando o director da United States
Patent and Trademark Office, David J. Kappos, “a liderança chinesa entendeu que a
inovação é o futuro, a chave para uma melhoria dos padrões de vida e o crescimento sustentável, e a estratégia de registo de
patentes, fazem parte deste plano que permitirá à China assumir-se como um líder na
inovação”. Segundo Vivek Wadhwa (Senior
Research Associate na Harvard Law School
e director do centro de empreededorismo
na Duke Univerity), Kappos está enganado, pois num seu artigo publicado recentemente na “BusinessWeek”, explica que
estas patentes não tornarão a China mais
inovadora nem beneficiarão a economia
mundial, pois refere que a maior parte destas patentes são irrelevantes e uma grande
parte de textos científicos produzidos na
China também o são. A questão levantada
com este registo desenfreado de patentes
está relacionada com um proteccionismo
que se desenvolverá, pois, como refere,
“estas patentes servirão como um campo
minado para os estrangeiros que pretendam fazer negócios nessas áreas”. Esta medida servirá para a reclamação de “fees” de
licenciamento a empresas que pretendam
estabelecer-se localmente, ou conduzirá ao
seu encerramento de uma forma radical.
Já nos referimos por diversas vezes à obsessão pelo registo de patentes, devemos
entender que o sistema de registo de patentes começa a estar em causa e o que
importa fundamentalmente é a velocidade com que desenvolvem novos produtos
ou serviços que os impeçam de se tornarem obsoletos rapidamente, esta sim, é a
protecção que é necessária entendermos.
Ainda acredita que vai processar quem copia um produto seu no outro extremo do
mundo? Tem tempo e dinheiro para isso?
Não me parece que este seja o caminho.
Vamos Empreender e Inovar
Jorge Oliveira Teixeira
[email protected]
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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011
Reportagem
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras realizou seminário sobre Inovação
Empreendedorismo e universidades
recompõem tecido socio-económico
Cientes de que é necessário regenerar o tecido empresarial luso e
certos de que o empreendedorismo e a inovação são os meios para
atingir esse fim, os alunos do terceiro ano da licenciatura de Ciências
Empresariais da Escola Superior de
Tecnologia e Gestão de Felgueiras,
reuniram, recentemente, especialistas para debater o assunto.
O evento, que teve como media
partner o Grupo Vida Económica,
aconteceu sob o mote “Soluções
com Futuro para uma Economia
Estagnada”, e serviu para a instituição de ensino, e respectiva classe
estudantil, estreitar contactos com
o ambiente empresarial, por um
lado e, por outro, com organismos
de financiamento e apoio à criação
e implementação de novas ideias
de negócio.
Para o presidente da escola, “o empreendedorismo, que anda habitualmente de mãos dadas com a
inovação, promove uma recomposição do tecido socioeconómico e
é um factor decisivo na inversão
dos estados de imobilismo e estagnação”. Frisando que o certame
serviu de “prova de que o espírito
de empreendedorismo que a escola estimula nos seus estudantes
tem dado frutos”, Luís Lima deixou
ainda claro que “a insuficiência da
dinâmica empresarial da Europa
exige um esforço de empreendedorismo, considerado essencial
para uma sociedade mais flexível,
orientada para o futuro, e para
uma economia mais competitiva”.
Empresários cada vez mais novos
Luís Cardoso Botelho, representante do BPI, deixou claro que “os
empresários, em Portugal, são cada
vez mais jovens que se aventuram
a empreender, sendo isso muito
positivo”. E dando conta que no
nosso país nascem, anualmente, 35
mil empresas, e que, nesta altura,
“a evolução das exportações está,
em grande medida, a cargo de micro empresas”, também é garantido que “apenas 40% das start-ups
subsistem aos primeiros três anos”,
assegurou.
Com isto, o palestrante quis frisar
que “o crédito tem de ser bem
ponderado”. Para o efeito, e de
modo a que a banca não “caia no
erro” de se recusar a emprestar
dinheiro “a boas ideias e a jovens
empresários de qualidade”, é imprescindível que “os planos de negócios apresentados sejam muito
bem estruturados e suficientemente robustos”.
Luís Cardoso Botelho adiantou que
o BPI está a tratar de “sensibilizar,
cada vez mais, a sua rede comercial,
para que as pessoas estejam mais
atentas e percebam a importância
do empreendedorismo”. E afirma:
“Estamos a capacitar os recursos
humanos para compreenderem
este tipo de processos com outra
sensibilidade e transferirem isso
em crédito positivo”.
resultado. Mas, fomos percebendo
que, no meio do processo, há desperdícios e que, neste sentido, o
capital deve ser investido de forma
sistémica e que implique interacção entre os diferentes actores do
processo”.
As vantagens da autonomia
Implementação prática da ideia
é prova de sucesso
Outra das figuras centrais do certame foi João Medina, da Sociedade
Portuguesa de Inovação, que interveio sobre os desafios da inovação.
O especialista começou por dizer
que o verdadeiro processo de inovação “depende muito da aplicação
prática da ideia”. E explicou: “não é
apenas importante ter a criatividade nem a ideia, mas sim a sua utilização real e com vantagens para
a actividade e empresa na qual se
insere”.
Tendo salientado que a inovação
tem diferentes origens e naturezas,
o especialista afirmou que a mesma pode ser aplicada “a produtos,
organizações, processos e marketing”. No entanto, assumiu que “antes pensava-se que se se gastasse
muito dinheiro na investigação
das novidades, isso iria dar muito
Perante uma plateia de jovens com
vontade de lançar o seu próprio
negócio, Jorge Oliveira Teixeira, coordenador da Newsletter Inovação
& Empreendedorismo do Grupo
“Vida Económica”, expôs que a “autonomia” é o grande pilar de um
empreendedor.
“Definir as próprias metas, ter a
possibilidade de realizar carreira
sem restrições, maior liberdade de
escolha, autonomia e menos constrangimentos” são algumas das
vantagens de que tem este espírito,
especificou.
Em paralelo, acrescentou o especialista, a actividade empreendedora
pressupõe “o desenvolvimento de
uma ideia própria; usar as capacidades na construção de um novo
negócio; estar motivado pelo número de ideias que se tem; criar
algo que se pensa de dentro para
fora e desenvolver a ideia”, tendo
sempre como base a alavanca de
se “querer mesmo, e de forma bem
vincada, ser o seu próprio patrão”.
Ricardo Luz, presidente da Associação de Business Angels do Porto (Invicta Angels), outro dos convidados do seminário, anunciou,
que tem seis milhões de euros
para investir em cerca de 50 empresas que apresentem projectos
inovadores. E Ana Rosas, do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, referiu
aos estudantes que as Câmaras
Municipais da Maia, Gaia e Matosinhos são as “mais mexidas” do país
no que diz respeito à apresentação de projectos de empreendedorismo social, nomeadamente no
âmbito da candidatura aos fundos
do Finicia.
Alexandre Braga, mestre e docente
da unidade curricular de Seminário
da Licenciatura em Ciências Empresariais, defendeu que “está provado
que já não basta trabalhar arduamente, continuando a imitar velhas
práticas de sucesso, urge a necessidade de as empresas se reinventarem, tornando-se mais eficientes
e competitivas, e de apostarem no
empreendedorismo”.
Marta Araújo
[email protected]
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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011
Opinião
Portugal deve ser um laboratório de Nova Agenda Europeia
A Sociedade da Inovação
A mensagem aí está, muito clara.
versas na área da política pública,
na criação de riqueza e na promoção de um proA propósito da aprovação formal
vocacionadas para posicionar o
cesso permanente de reengenharia de inovação
pelo Conselho europeu da Nova
território no competitivo campeonos sistemas, processos e produtos, será sempre
Estratégia EU2020, a constatação
nato da inovação e conhecimento,
das empresas que deverá emergir o “capital exde que “a Inovação, tal como o simfalta uma estratégia transversal.
pectável” da distinção operativa e estratégica
ples acto de nadar, não se faz por
A consolidação do novo papel da
dos que conseguirão ter resultados com valor
decreto, mas antes indo para o terSociedade da Inovação entre nós
alavancado na competitiva cadeia do mercado.
reno, aprendendo com os factos
passa em grande medida pela
Aqui a tónica tem mais do que nunca que ser
e com os resultados.” Precisamos
efectiva responsabilidade nesse
pragmática, como demonstram as sucessivas
francisco jaime
dessa atitude em Portugal e por
processo dos diferentes actores
acções externas realizadas recentemente. Conquesado
isso impõe-se uma cultura de muenvolvidos – Estavergência Operativa sinalizada
Especialista
Os baixos índices em apostas concretas onde realem Estratégia, Inovação
dança. Portugal deve assumir-se
do,
Universidade
e
e Competitividade
de “capital
como um laboratório desta Nova
Empresas. No caso
mente vale a pena actuar, selecestratégico”
Agenda Europeia. Em tempo de novas apostas,
do Estado, no quadro do processo
ção objectiva de sectores onde há
muito centradas no discurso nos Factores Dinâde reorganização em curso e de
resultados concretos a trabalhar.
têm dificultado
micos de Competitividade, a Sociedade da Inoconstrução dum novo paradigma
A mensagem de mudança é mais
o processo
vação é a resposta clara para o novo ciclo que
tendo como centro o cidadãodo que nunca actual entre nós.
de afirmação
aí vem.
cliente, urge a operacionalização
A Sociedade da Inovação que se
da Sociedade
Os conhecidos baixos índices de “capital estratéde uma atitude de mobilização
quer legitimar em Portugal terá
da Inovação
gico” no nosso país e a ausência de mecanismos
activa e empreendedora da reque ser capaz de ganhar estatuto
centrais de “regulação positiva” têm dificultado
volução do tecido social. A Reinvenção Estratéde verdadeiro “operador estratégico” do deseno processo de afirmação dos diferentes protagogica do Estado terá que assentar numa base de
volvimento do país. Isso faz-se com “convergênnistas da Sociedade da Inovação. Independenteconfiança e cumplicidade estratégica entre os
cia positiva” e não por decreto. Importa por isso,
mente da riqueza do acto de afirmação indivi“actores empreendedores” que actuam do lado
mais do que nunca, estar atento e participar com
dual da criatividade, numa sociedade do conheda oferta e os cidadãos que respondem pela
o sentido da diferença. O “laboratório” que Portucimento, importa de forma clara “pôr em rede” procura.
gal deve constituir nesta Nova Agenda Europeia
os diferentes actores e dimensioná-los à escala
Cabe naturalmente às empresas um papel claradeve centrar-se num Novo Plano de Inovação e
duma participação global imperativa nos nossos
mente mobilizador na afirmação da Sociedade
Competitvidade aberto à participação aberta da
tempos. Apesar dos resultados de iniciativas dida Inovação em Portugal. Pelo seu papel central
Sociedade Civil.
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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011
redes sociais
Facebook e Twitter, perfil etário e de género
Apresentamos alguns dados recentes sobre estas duas redes sociais, com cerca de 500 milhões de utilizadores do
caso do Facebook e 106 milhões de utilizadores no Twitter. Apresentamos graficamente a distribuição etária dos
utilizadores, bem como a sua distribuição entre homens e mulheres.
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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011
notícias/artigos
agenda de eventos
Parceria de Inovação
e Desenvolvimento – FISIPE,
um caso de sucesso
Em 2005, a FISIPE tomou a
decisão estratégica de entrar no restrito “Clube de
Alta Tecnologia” dos produtores de Fibra de Carbono.
Após um período inicial
de dois anos de desenvolvimento aplicado, houve a
necessidade de confirmar o
trabalho efectuado, i.e., testar os produtos a uma escala
semi-industrial.
A recompensa chegou quando a equipa do ORNL - Oak
Ridge National Laboratory, no Tennessee (EUA), trabalhando em conjunto com a equipa de desenvolvimento da FISIPE atingiu e ultrapassou os objectivos da “Low
Cost Carbon Fibre” (fibra de carbono de baixo custo).
Nascia uma nova fibra de carbono, uma fibra com o preço e as performances mecânicas que fazem dela a fibra
estrutural ideal para ser utilizada numa ampla variedade
de aplicações tais como automóveis, pás de moinhos eólicos, plataformas de petróleo e linhas de alta voltagem.
Apresentação da FISIPE
Finalmente, alguns
executivos abraçam
a Experimentação
Porque é que pessoas
inteligentes fazem coisas
tão disparatadas?
Bill Taylor
Março 2011
01
9th Food
Technology and
Innovation 2011
Bruxelas, Bélgica
03
The Big Rethink
Londres, UK
Está a acontecer novamente, e garanto que vai acabar
tão mal como das outras ocasiões.
Não, eu não estou falar sobre a próxima temporada do
American Idol. Eu estou a falar sobre o facto de que os
executivos mais bem pagos do mundo financeiro, apenas dois anos após o colapso mais catastrófico desde a
Grande Depressão, estão de volta ao negócio e estão
novamente a correr demasiados riscos, colocando poucas perguntas.
O que nos leva a colocar a grande questão: -“Porque é
que pessoas inteligentes estão novamente a fazer coisas tão disparatadas?”.
Ler mais
H. James Wilson and Kevin Desouza
Portugal é o 29º país
mais inovador, segundo
um barómetro da COTEC
03
InnoTech San
Antonio
San Antonio Texas , USA
07
INTED2011
(International
Technology,
Education and
Development
Conference)
Valencia Espanha
18
Creativity
Workshop in New
York City, March
Nova York USA
Enquanto esteve na Amazon entre 1997-2002, Greg
Linden desenvolveu um protótipo de um sistema para
fazer recomendações pessoais para outros produtos
enquanto os clientes faziam o check-out.
O problema aconteceu quando um vice-presidente sénior de marketing pensou que estas recomendações,
poderiam distrair os clientes da sua compra e não acreditava que Linden achasse que iria funcionar.
Ler mais
O Portugal ocupa a 29ª posição entre 52 países que
constam do Barómetro de Inovação da COTEC, estando
à frente de países como a Espanha, numa lista liderada
pela Suíça, seguida pelos EUA, Dinamarca e a Finlândia.
Com um valor de 3,52 pontos, Portugal está muito próximo da média dos países que constam deste barómetro, com um média de 3,65 pontos.
Este barómetro criado pela Cotec Portugal, diz-nos que
a Suíça tem 5,05 pontos, enquanto o último país classificado nesta lista, que é o Paraguai, tem 2,29 pontos.
Leia o estudo
25
Clusters as Drivers
of Competitiveness:
Strategies and
Policy issues
Fribourg , Suiça
comerciais, variação cambial, etc. Inexistentes Página 7
variação cambial, etc. Extensivo 1 2 3 4 5 6 7 6.6 Integração de informações sobre a concorrência e clientes às plataformas tecnológicas 3.9 A Dependência do Mercado Financeiro futuras e aos planos de desenvolvimento de novos produtos Baixa Alta 1 2 3 4 5 6 7 Deficiente e esporadicamente Integração completa e 1 2 3 4 5 6 7 integrado sistemática 3.10 O Poder de Distribuidores e Clientes Subtotal # 6 Baixo Alto 1 2 3 4 5 6 7 newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011
3.11 Sensibilidade a mudanças Sociais (e.g., moda e valores) 7. A CONFIGURAÇÃO DE SUA ORGANIZAÇÃO (ESTRUTURA E INCENTIVOS) Alta: mudanças são radicais e Guia para começar a inovar
Baixa: na maioria das vezes a requerem novos modelos de 1 2 3 4 5 6 7 7.1 A Responsabilidade para Monitorizar e Actuar nos Sinais Fracos Nesta edição poderá
concluir a avaliação mudança é gradual que tem vindo a efectuar na sua organização, relativamente aonegócios diagA responsabilidade é claramente nóstico de Visão Periférica.
Ninguém é responsável atribuída a um grupo totalmente Após completar3.12 A Possibilidade de uma Ruptura nos próximos cinco anos o ponto 8 que hoje apresentamos,
poderá começar a 1 2 3 4 5 6 7 calcular a sua pontuação final, ao nível
das
dedicado à essa actividade necessidades e capacidades de Visão Periférica.
Alta: vários choques são Baixa: poucas surpresas são esperados; não se sabe bem 1 2 3 4 5 6 7 Já completou o quadro com a sua pontuação, entãoesperadas agora pode posicionar-se
no Quadrante de Visão Periférica,
7.2 Mecanismos Antecipatórios e Sistemas de Alerta determinando assim o seu posicionamento, mostrando-lhe onde está exactamente a sua organização. como e quando Não existem Extensivos e eficazes 1 2 3 4 5 6 7 Subtotal # 3 VISÃO PERIFÉRICA
7.3 Incentivos para Encorajar e Premiar a Visão Periférica Nenhum 1 2 3 4 5 6 7 Ferramenta
de
pontuação
Alexis Gonçalves
Professor-adjunto
no John F. Welch College of Business
Sacred Heart University, Fairfield, CT, USA
Reconhecimento e premiação Autor do livro “Innovation Hardwired”
por parte da alta direção Avalie a sua Capacidade para Visão Periférica Subtotal # 7 (Continuação da edição anterior)
4. A SEU ESTILO DE LIDERANÇA NA SUA EMPRESA 8. A SUA CULTURA ORGANIZACIONAL (VALORES E CRENÇAS) 4.1 A importância da Periferia nos Líderes da sua Empresa 8.1 Atitude para ouvir os Relatórios dos Escoteiros a respeito da Periferia U
Postura fechada: não há Postura aberta: incentivos para Baixa prioridade Alta prioridade 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 incentivos para ouvir ouvir, compreender e analisar 8.2 Eficiência com que funcionários de contato com clientes compartem informação a 4.2 O Horizonte de Tempo respeito de clientes e mercado Ênfase no curto‐prazo (dois anos Ênfase no longo‐prazo (mais de 1 2 3 4 5 6 7 Deficiente Excelente 1 2 3 4 5 6 7 ou menos) cinco anos) 8.3 Compartilhar informação sobre a Periferia através das várias funções organizacionais © 2008 Alexis P Goncalves. All rights reserved. Deficiente: informação é ignorada ou não compartilhada 1 2 3 4 5 6 7 Excelente: informação é Página 3 continuamente compartilhada e em diversos níveis Visão Perifér
rica – Ferrame
enta de Pontu
Visão Perifér
rica – Ferrame
enta de Pontu
uação uação Subtotal # 8 © 2008 Alexis P Goncalves. All rights reserved. Subtotal # S Subtotal # 1 1 S
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newsletter N.º 15 | Fevereiro 2011
INOVAÇÃO – Admirável Mundo Novo
Uma coisa é certa: cuidar e manter o poder de
uma marca é cada vez mais difícil e complexo,
isto porque a competição bate à porta a cada
momento, o que se traduz em mais competição
e Inovação.
Diariamente surgem novos modelos inovadores
criados por novos competidores. A competição
pela atenção do consumidor é cada vez mais feroz, à medida que os produtos proliferam, e os
canais de distribuição se alargam.
A massiva derrocada de fronteiras e a grande
variedade de escolha colocada à disposição dos
consumidores obrigam as empresas a correr
mais riscos ao nível da Inovação dos produtos,
serviços e métodos de marketing.
Os consumidores, quando compram, querem
experiências novas e diferentes. As empresas
devem, como tal, trabalhar de acordo com ciclos
mais pequenos, alterando os produtos mais frequentemente, de modo a criar nos consumidores
a sugestão de que, se não comprarem agora, provavelmente, não vão consegui-lo fazer mais tarde.
De facto, trata-se de um “admirável mundo
novo” que coloca permanentes desafios às empresas, em que as equipas de gestão não podem
confiar na aplicação de uma fórmula familiar, ou
seja, terão que Inovar.
O desafio passa por saber conciliar o espírito
do risco e da experimentação com as responsabilidades de uma empresa. Fica-se perante
um exercício de equilíbrio: de um lado, tem-se
a necessidade de oferecer ao consumidor uma
sensação de descoberta, uma experiência única
e verdadeira Inovação do produto, do outro, as
exigências inerentes aos recursos humanos e
financeiros, economias de escala mais pequenas e as suas implicações nos lucros. Ao mesmo
tempo, esta constante procura do único e do
novo, tem de ser seguida sem deixar de lado a
herança, a história, a integridade e credibilidade de uma marca, confrontada com um cenário
competitivo, inesperado e sempre em mudança,
em que Inovação é a palavra rainha.
Por mais forte e reconhecida seja a marca, a
auto-satisfação será sempre fatal. “Nunca confie nos seus louros“, deve permanentemente
procurar novas soluções pois que, mais do que
nunca, não se sabe o que irá surgir ao virar da
esquina. Por tudo isto, a palavra Inovação tem de
estar sempre em cima da mesa.
Luís Archer – Consultor
[email protected]
Curso
Responsabilidades e obrigações na legislação base
de segurança e saúde no trabalho
DATA: 11 de Fevereiro, das 9h às 18h
Local: Iscap/Porto
Preço: G 390 (+23% IVA)
Inclui: Textos de Apoio; Colectânea Legislação Laboral;
Certificado de Frequência; Cafés e Almoço
Formadora: Lurdes Oliveira – Jurista, Técnica superior de segurança e higiene do
trabalho, consultora e auditora externa para verificação de conformidade legal de
acordo com a OSHA 18001 e NP 4397:2007, editora de artigos, publicações e
bases de dados de legislação de segurança e saúde no trabalho, Sócia fundadora
e Vice-presidente da Antesht - Associação Nacional de técnicos de segurança e
higiene do trabalho. Frequência da etapa de tese de doutoramento com o tema:
“responsabilidade em segurança no Trabalho”.
Informações e inscrições:
Vida Económica – Patrícia Flores
Tel.: 223 399 466 • Fax: 222 058 098
E-mail: [email protected]
Organização:
Parceria:
Ficha técnica:
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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira
Colaboraram neste número: Alexis Gonçalves, Francisco Jaime Quesado,
Luís Archer, Marta Araújo, Praveen Gupta
Tradução: Lisbeth Ferreira
Paginação: José Barbosa
Contacto: [email protected]