QUANDO O PECADO NÃO É ABANDONADO Por Paulo Cesar (São
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QUANDO O PECADO NÃO É ABANDONADO Por Paulo Cesar (São
QUANDO O PECADO NÃO É ABANDONADO Por Paulo Cesar (São Mateus, ES, 22 de agosto de 2011) (Baseado na obra de Jonathan Edwards “Sondando sua Consciência”) “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as CONFESSA E DEIXA alcançará misericórdia”. Provérbios 28.13. Temos aprendido sobre como podemos fazer uma auto-avaliação que nos ajude na nossa caminhada com Deus. É uma das práticas mais necessárias na vida do cristão. Como estamos vivendo? Há algo que está nos aprisionando? Não se trata necessariamente de não pecarmos, pois isso é praticamente impossível, por enquanto (1 Reis 8.46; 1 João 1.8). Falamos de algum pecado que esteja relacionado ao nosso estilo de vida. Trata-se de um pecado habitual. Permitamos que nossa consciência nos relacione às seguintes considerações: 1. Quando alguém busca a salvação e não a encontra, o motivo pode ser algum tipo de pecado em sua vida. Não pode haver salvação na vida de quem não se arrepende do pecado. A ordem de Jesus na pregação do evangelho é: “Arrependam-se e creiam” (Marcos 1.14). É verdade que a salvação é para os pecadores, mas também é verdade que ela não é para quem não quer abandonar o pecado. Se alguém NÃO DESEJAR abandonar o pecado, esse alguém nunca será salvo, e se alguém NÃO DESEJA abandonar o pecado, esse alguém nunca foi salvo. 2. Quando a alegria da salvação parece não existir na vida de alguém, o motivo pode ser algum tipo de pecado em sua vida. O salmo 51 descreve os efeitos do pecado na vida de quem serve a Deus. Uma das conseqüências de Davi ter pecado se expressa em sua oração: “Restitui-me a alegria da tua salvação” (versículo 12). Notemos que associado a isso há uma sensação de estarmos impuros diante de Deus, algo que nos faz perceber que não há como permanecermos diante de dEle, em virtude Sua excelsa pureza: “Não me repulses de tua presença” (vers. 11). Foi a sensação que Adão teve ao ouvir a Sua voz: “Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi” (Gênesis 3.10). Davi associa isso ao que poderíamos chamar de perda de vigor ou poder espiritual (Salmo 32.4b). A perda do primeiro amor é um sinônimo para isso (Apocalipse 2.4). Vejamos o que diz Jonathan Edwards: A maneira de crescer na graça é andar em obediência, e ser muito determinado nisso. A graça vai florescer no coração de todo aquele que vive dessa maneira. Se você vive em algum caminho mau, ele será como uma doença incubada sugando sua vitalidade. O pecado então o manterá pobre, fraco e desfalecido. Basta que um pecado seja praticado habitualmente para anular sua prosperidade espiritual e frear o crescimento e a força da graça em seu coração. Ele entristecerá o Espírito Santo (Efésios 4.30). Ele impedirá a boa influência da Palavra de Deus. O tempo que ele permanecer será como uma úlcera, que o mantém fraco e deficiente, embora você se alimente da melhor e mais proveitosa comida espiritual. 3. Quando alguém cai em um grande pecado, possivelmente a causa seja um pecado tolerado, ainda que “pequeno”, o qual se torna uma raiz que produz o fracasso. Ninguém será guardado ou protegido de um futuro fracasso na vida espiritual se não levar a sério no presente o trato com o pecado. A mais “insignificante presença de pecado” deve nos ser a mais extrema preocupação, pois se assemelha a um vulcão adormecido ou à menor partícula de material radioativo: sua presença ou existência já representa potencialmente a maior das tragédias, a maior das catástrofes. O adúltero de hoje foi o impuro de ontem. O ladrão de hoje foi o cobiçoso ou invejoso de ontem. O assassino de hoje foi o ressentido, o odioso ou o amargurado de ontem. 4. Quando alguém vive em trevas espirituais, sem percepção da presença de Deus, a razão disso pode ser algum tipo de pecado. Jesus disse que estaria conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mateus 28.20). Paulo nos diz que o cristão é santuário do Espírito Santo, mas a frequência com que muitos de nós experimentamos isso é pequena; em outras palavras, isso está distante da vida de muitos de nós. Não se trata de simplesmente orar. Não se trata de simplesmente ler as Escrituras habitualmente. Não se trata de simplesmente vir à igreja com assiduidade. Essas coisas são válidas na vida de quem mantém o coração puro, na vida de quem mantém as suas vestiduras limpas. Em certo ponto, isso não aproxima a ninguém mais de Deus ou afasta a ninguém mais de Deus: “Não posso suportar iniqüidade associada a ajuntamento solene” (Isaías 1.13). No mesmo livro de Isaías, o Senhor nos diz que o pecado separa o homem de Deus e encobre o seu rosto de nós (59.1, 2). Jesus disse que se manifestaria a nós. E essa é a parte de que mais gostamos. Mas Ele não começa dizendo isso; começa dizendo: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda...” (João 14.21). Essa é a condição para que Ele se revele a nós. A manifestação da presença de Deus é uma conseqüência da obediência a Ele. Nada vai funcionar na vida do cristão se essas condições não foram acatadas. Não haverá prosperidade, não haverá sucesso. Veja Josué 1.8 e Salmo 1. 5. Quando alguém duvida de sua salvação, possivelmente algum tipo de pecado levantou essa dúvida. Não há como se ter a certeza do favor de Deus se há pecado em nossa vida. João diz que se o nosso coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus (1 João 3.21). O melhor jeito de se ter a clara evidência da sua salvação é por meio de um andar junto a Deus. Mas se você vive com algum tipo de pecado, não é de surpreender que isso diminua grandemente a sua certeza. Afinal de contas, isso subjuga o exercício da graça e esconde a luz da face de Deus. E pode acontecer de você nunca saber se é um verdadeiro cristão até que tenha abandonado totalmente o pecado no qual vive. (Jonathan Edwards) Continua...