UTILIZAÇÃO DE SUPLEMENTOS POR PRATICANTES DE

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UTILIZAÇÃO DE SUPLEMENTOS POR PRATICANTES DE
IX Jornada Científica
Faculdades Integradas de Bauru - FIB
ISSN 2358-6044
2014
UTILIZAÇÃO DE SUPLEMENTOS POR PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA: RISCOS
E BENEFÍCIOS
1
2
3
Renato Alves de Morais ; José Guilherme Almas ; Débora Tarcinalli Souza
1
Aluno de Nutrição – Faculdades Integradas de Bauru – FIB – [email protected] ;
2
Aluno de Nutrição – Faculdades Integradas de Bauru – FIB [email protected] ;
3
Professora do curso de Nutrição – Faculdades Integradas de Bauru – FIB nutriçã[email protected] ;
Grupo de trabalho: Nutrição
Palavras-chave: hábitos alimentares; nutrição esportiva; suplementos alimentares.
Introdução: atividade física são movimentos corporais realizados pela musculatura
esquelética resultando em gasto de energia. Ultimamente vem aumentando os números de
praticantes de atividades físicas, influenciados por fatores biopsicossocial cultural e
comportamental, sendo escolhidos diversos tipos de modalidades como dança, esportes e
jogos (KAMEL; KAMEL, 2003). Wolinsk e Hickson Junior (2002) revelam que uma alimentação
sadia para praticantes de atividade física (P.A.F) deve conter todos os princípios da nutrição:
proteína, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais de acordo com cada individuo.
Objetivos: apresentar como a alimentação pode influenciar benéfica ou maleficamente na
vida dos praticantes de atividade física.
Relevância do Estudo: devido ao aumento no consumo de suplementos alimentares de
forma indiscriminada por parte dos praticantes de atividade física, este trabalho visa
apresentar os riscos que os mesmos podem trazer a saúde se forem utilizados de forma
inadequada e sem acompanhamento de profissionais especializados.
Materiais e métodos: realizada pesquisa exploratória, por meio de revisão de literatura
utilizando artigos científicos e livros acadêmicos, datando de 2001 a 2014.
Resultados e discussões Almeida et al (2009) citam a portaria n°222 de 24 de março de
1998 da ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) sobre os suplementos
alimentares para atletas, denominando-os como alimentos para à pratica de atividade física
ou ergogênicos nutricionais, que servem para complementar uma dieta normal, tanto em
calorias como também nos demais nutrientes, dependendo da necessidade de cada pessoa.
Eles ressaltam ainda, que o profissional capacitado a prescrever os suplementos
nutricionais são os nutricionistas e médicos especialistas em esportes, de acordo com a
necessidade de cada praticante. Fernandes, Gomes e Navarro (2009) verificaram em seu
estudo que a maioria dos indivíduos estudados não utilizavam suplementos alimentares,
porém existe uma necessidade maior de orientações sobre o assunto. Lembram ainda que
existem indivíduos que fazem o uso incorreto de algumas substâncias, muitas vezes
indicadas por profissionais não qualificados ou ainda por iniciativa própria contrariando
Almeida et al (2012), que recomendam o uso sob supervisão de profissionais
especializados. No estudo de Correa e Navarro (2014) realizado com 334 praticantes de
musculação, 65% relataram fazer uso de suplementos, sendo considerado um número
elevado de pessoas. Os suplementos proteicos mais consumidos foram: albumina, creatina,
glutamina, pré-workout, whey protein e BCAA, com relação aos suplementos energéticos os
mais consumidos foram: café, red bull, e maltodextrina, quanto aos suplementos vitamínicos
os polivitaminicos foram os mais consumidos. Os autores advertem que o uso de
suplementos de forma inadequada traz vários riscos nocivos a saúde, principalmente se for
sem o acompanhamento profissional, podendo levar a hipertensão arterial, arritmias
cardíacas, espasmos coronarianos, distúrbios do sono, insuficiência cardíaca, dislipidemias
entre outros, mostrando um resultado diferente do apresentado por Fernandes, Gomes e
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2014
Navarro (2009). Almeida et al (2012) ainda complementam Correa e Navarro (2014)
mostrando que 59% dos avaliados, costumavam utilizar suplementos alimentares,
principalmente, proteínas, creatina, hipercalóricos e carboidratos. Destacam que existem
alguns fatores que irão ajudar o profissional a determinar qual a melhor forma de
suplementação, devendo levar em consideração: avaliação nutricional, tipo de atividade
física, horário da atividade, tempo de duração do exercício e frequência dos exercícios.
Hallak, Fabrini e Peluzio (2007) dizem que diante deste consumo excessivo de suplementos
alimentares disponíveis para a população, é muito importante o esclarecimento sobre as
consequências sobre o uso inadequado desses produtos, bem como, a real, necessidade de
regulamentações mais rigorosas para a comercialização dos mesmos, como no que diz
respeito às prescrições, sua eficiência e segurança. Para uma reeducação alimentar e
mudança no estilo de vida são recomendadas de 50 a 60% do valor calórico total (VCT) de
carboidratos (CHO), de 15 a 20% do VCT de proteína, e de 20 a 30% do VCT de lipídios,
dando uma importância também no modo de preparo dos alimentos, devendo observar a
quantidade de óleo nas preparações. Os P.A.F que estão em busca de massa magra o
Comitê Olímpico Internacional – COI, preconiza uma ingestão de proteína até 1,4 g/ kg PI,
para os lipídios uma ingestão media de 20 a 30% do VCT e de CHO de 50 a 60%. Quanto
aos micronutrientes é preconizado seguir as recomendações da RDA, considerando-se a
ingestão igual ou maior que 80% (DAMASO, 2001) para se ter o benefício na sua utilização.
Conclusão: O nutricionista tem como papel principal, instruir o praticante de atividade física
a suprir a necessidade de nutrientes para organismo através de alimentação balanceada e
equilibrada. Suplementar de forma correta e segura quando necessário. Porém existem
P.A.F que fazem o mau uso dessas substancias e ainda há outros que são mal instruídos
por profissionais não qualificados, podendo causar certas doenças. Por isso, tenha todo
cuidado, quando for fazer uso de suplementação.
Referências:
ALMEIDA, C; RADKE, T. L.; LIBERALI, R.; NAVARRO, F. Avaliação do conhecimento sobre
nutrição esportiva uso e indicação de suplementos alimentares por educadores físicos nas
academias de Passo Fundo/RS. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo v.3
n.15, p. 232-240, maio./jun. 2012. ISSN 1981-9927
CORREA, D. B; NAVARO, A. C. Distribuição de respostas dos praticantes de atividade física
com relação à utilização de suplementos alimentares e o acompanhamento nutricional numa
academia de Natal/RN. Revista Brasileira de Nutrição. São Paulo v. 8, n. 43, p.35-51,
jan./fev. 2014. ISSN 1981-9927.
DAMASO, A. Nutrição e exercícios na prevenção de doenças. Rio de Janeiro: Medsi,
2001, ISBN: 85-7199-250-9.
FERNANDES, C.; GOMES, J. M.; NAVARRO, F. Utilização de suplementos por praticantes
de atividade física na cidade de São Paulo e região. Revista Brasileira de Nutrição
Esportiva. São Paulo v.3 n.13, p. 05-12, jan./fev. 2009. ISSN 1981-9927.
HALLAK, A.; FABRINI, S.; PELUZIO, M. C. G. Avaliação do consumo de suplementos
nutricionais em academias da zona sul de Belo Horizonte, MG, Brasil. Revista Brasileira de
Nutrição Esportiva. São Paulo v. 1 n. 2, p. 55-60, mar./abr. 2007. ISSN 1981-9927.
KAMEL, D; KAMEL, J. Nutrição e atividade física 4 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003. 120 p.
WOLINSKY, I.; HICKSON JUNIOR, J. F. Nutrição no exercício e no esporte. Tradução de
Maria Cleusa M. Góes 2 ed.,São Paulo-SP,Brasil: Roca, 2002. 646 p. ISBN:85-7241-382-0