Micoses Superficiais

Transcrição

Micoses Superficiais
Micoses Superficiais
Prof. Dr. Luiz Roberto Basso Junior
Setembro de 2014
Classificação das Micoses
Micoses Superficiais: Acometem as camadas superficiais
da pele, pêlos e unhas
Micoses Cutâneas ou Dermatofitoses: Acometem a
epiderme mais profunda e invadem pêlos e unhas
Micoses Subcutâneas: Acometem a derme, tecido
subcutâneo, músculos e fascias
Micoses Sistêmicas: Acometem órgãos e sistemas internos
Micoses Oportunistas: Acometem indivíduos debilitados
MICOSES SUPERFICIAIS
A) Pitiríase versicolor
Malassezia furfur
B) Tinea nigra
Hortacea werneckii
Piedras
C) preta
Piedraia hortae
D) branca
Trichosporon beigelli
PIEDRAS
Conceito: micose que acomete a parte livre dos pêlos,
formando concreções de colorações brancas
ou pretas. São assintomáticas.
Agentes: Piedra preta
Piedra branca
Piedraia hortae (pêlos do cabelo)
Trichosporon beigelli
(pêlos axilares e pubianos,
raro em cabelo)
Tratamento: Corte dos pêlos parasitados
Bicloreto de mercúrio 1:2000
Formalina 2 a 3%
PIEDRA PRETA
Habitat: florestas úmidas e águas paradas (margem dos rios)
Distribuição geográfica: regiões tropicais (Ilhas do Pacífico,
América do Sul - Amazônia)
Hospedeiro: ambos os sexos,
mais freqüente em indígenas
Agente: fungo filamentoso, demáceo,
ascosporado (Piedraia hortae)
Parasitismo no pêlo
Cultura
Esporulação - ascos
PIEDRA BRANCA
Habitat: solo, água, vegetais, biota normal de orofaringe
e pele, animais.
Distribuição geográfica: regiões temperadas e tropicais
Brasil: Bahia (cabelos)
Hospedeiro: qualquer idade, sexo e raça.
Agente: levedura blasto-artrosporada (Trichosporon beigelli)
Parasitismo no pêlo
Cultura
Levedura blasto-artrosporada
PIEDRA BRANCA
Forma axilar
Cultura
Exame direto
TINEA NIGRA
Conceito: infecção superficial e assintomática da camada
córnea (palma da mão ou planta dos pés),
com coloração negra ou castanha.
Agente: Hortaea werneckii (filamentoso demáceo septado)
Habitat: vegetação e solo rico em matéria orgânica (umidade)
Distribuição geográfica: Américas, África e Ásia
Hospedeiro: freqüente em mulheres (3-5 X mais), 20 a 30 anos
Associação com hiperhidrose
Tratamento: ceratolíticos e antifúngicos tópicos
Diferencial de melanona
Manifestação clínica da Tinea nigra
Diagnóstico laboratorial de Tinea nigra
Exame direto (KOH 20%)
raspado
Hifas demáceas
Esporulação
Cultura (Temp. amb)
PITIRÍASE VERSICOLOR
Malassezia furfur
Levedura lipofílica
Brotamento em base larga
Parede celular grossa  0,12 um
açúcares - 70%
proteínas - 10%
lipídios - 15 a 20%
Antígenos:
Ag. Proteína: presentes na fase inicial de crescimento
Ag. Carboidratos: presentes em todo o ciclo de crescimento
Habitat: Faz parte da biota normal da pele humana e animal,
em áreas sebáceas – couro cabeludo, cabeça, pescoço, tórax.
Taxonomia
Até 1995 - Polimorfismo
Separação em 2 gêneros:
- Levedura: Pityrosporum orbiculare
Pityrosporum ovale
- Micélio: Malassezia furfur
Após 1995: Definida de acordo com aspectos morfológicos
e biologia celular
Único Gênero: Malassezia
7 Espécies: M. furfur
M. sympodialis
M. pachydermatis (não é lipodependente)
M. globosa
M. sloofiae
M. restricta
M. obtusa
Doenças associadas com Malassezia
Pitiríase versicolor
Lesões lenticulares de coloração variável
(hipocrômicas, eritematosas, castanhas)
Finamente descamantes, assintomáticas
Acomete principalmente pescoço, tronco, raiz dos
membros superiores
Distribuição geográfica: universal, clima tropical (30-40%)
Hospedeiro: jovens na puberdade (glândulas sebáceas x hormônios)
Pacientes em uso de corticóides, indivíduos com
sudorese excessiva, oleosidade e alta temperatura
Dermatite seborreica (Caspa) e Foliculite
Fungemias: uso de cateter central para alimentação parenteral
Malassezia furfur
Crescimento
Produtos de degradação
Pitiríase versicolor
Ativação do
complemento
Dermatite seborreica
Fungemia = infecção oportunista
 IgE
Foliculite
Pitiríase versicolor
Fisiopatogenia
- Barreira à luz solar
- Metabólitos lipídicos agindo em
melanócitos
Vitiligo, Hanseníase, Sífilis secundária, Urticária, Pitiríase rósea
Pitiríase versicolor
Lesão eritematosa
Lesão castanha
Contagiosidade ?
Praia
Piscina
Roupas sintéticas
Diagnóstico laboratorial – Exame direto KOH 20% ou azul metileno
Isolamento em meio de Cultura
Sabouraud com azeite de oliva
Tratamento: Ceratolíticos, Hipossulfito de sódio
Sulfeto de selênio
Antifúngicos: Azóis tópicos ou sistêmicos
Retirar fatores predisponentes, vestuário
Referências Bibliográficas
MINS, C. et al. Microbiologia médica. 5.ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2014
MURRAY, C. et al. Microbiologia médica. 6.ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2009
TORTORA, G.J. et al. Microbiologia . 10.ed. Artmed, Rio de Janeiro, 2012
VERONESE ,R. ; FOCACCIA, R. Tratado de infectologia . 4.ed. Atheneu, 2010

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