From disability to ability

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From disability to ability
• www.claerhout.be
32829
Coordenação do Projecto
European Association of Service Providers for Persons with Disabilities (EASPD)
Oudergemlaan 63 Avenue d’Auderghem, B-1040 Brussels, Belgium
Tel: +32 2 282 46 10 ; Fax: +32 2 230 72 33
[email protected] ; www.easpd.org
Parceiros Científi cos
Welsh Centre for Learning Disabilities Cardiff University,
Meridian Court, North Road, Cardiff CF14 3BG, UK
Tel: +44 29 20 69 17 95 ; Fax: +44 29 20 61 08 12
[email protected] ; www.cardiff.ac.uk/medicine/
psychological_medicine/research/welsh_centre_learning_
disabilities/index.htm
Hoger Instituut voor de Arbeid (HIVA) - KU Leuven
E. Van Evenstraat 2 D, B-3000 Leuven, Belgium
Tel: +32 16 32 31 86 ; Fax: +32 16 32 31 34
[email protected] ;
www.kuleuven.ac.be/hiva
Vlaams Fonds voor Sociale Integratie
van Personen met een Handicap
Sterrenkundelaan 30, B-1210 Brussels, Belgium
Tel: +32 2 225 84 11 ; Fax: +32 2 225 84 05
[email protected] ; www.vlafo.be
European Platform for Rehabilitation (EPR)
Rue de Spa 15, B-1000 Brussels, Belgium
Tel: +32 2 736 54 44 ; Fax: +32 2 736 86 22
[email protected] ; www.epr.be
National Federation of Voluntary Bodies
Oranmore Business Park, Oranmore, Galway Co., Ireland
Tel: +353 91 792 316; Fax: +353 91 792 317
[email protected] ; www.fed-vol.com
From disability to ability
O Percurso para a Igualdade de Oportunidades
pelo Emprego de Pessoas com Deficiência Mental
Centro Itard
Via e.Amaldi 5, I – 29100 Piacenza, Italy
Tel: +39 0523 754 619 ; Fax: +39 0523 751 473
[email protected] ; www.itard.it
Kézenfogva Alapítvány (Hand in Hand Foundation)
Post Box 234, H – 1461 Budapest, Hungary
Tel: +36 1 217 81 00 ; Fax: +36 1 217 81 15
[email protected] ; www.kezenfogva.hu
FENACERCI - Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social
Rua Augusto Macedo,nº2A, P - 1600-794 Lisboa, Portugal
Tel: +351 21 711 25 80 ; Fax: +351 21 711 25 81
[email protected] ; www.fenacerci.pt
The Association for Real Change (ARC)
ARC House, Marsden Street, Chesterfi eld S40 1JY, UK
Tel: +44 1246 555 043 ; Fax: +44 1246 555 045
[email protected] ; www.arcuk.org.uk
Parceiros do Projecto
Arbeitsintegrationsgesellschaft gem. GesmbH
Lebenshilfe Vorarlberg,
Gartenstraße 2, A - 6840 Götzis, Austria
Tel: +43 5523 53 25 50 ; Fax: +43 5523 53 25 59
[email protected] ; www.lebenshilfe-vorarlberg.at
The Home Farm Trust (HFT)
Merchants House North, Wapping Road, Bristol BS1 4RW, UK
Tel: +44 117 930 26 00 ; Fax: +44 117 922 59 38
[email protected] ; www.hft.org.uk
Equipa de Investigação
Institut für Sozialdienste
Interpark FOCUS 1, A-6832 Röthis, Austria
Tel: +43 5523 52 176 33 ; Fax: +43 5523 52 176 21
[email protected] ; www.ifs.at
Amt der Vorarlberger Landesregierung
Abteilung Iva, Römerstraße 15, A-6900 Bregenz, Austria
Tel: +43 5574 51 12 41 18
[email protected]
Vlaams Welzijnsverbond
Guimardstraat 1, B-1040 Brussel, Belgium
Tel: + 32 2 507 01 28 ; Fax: +32 2 513 85 14
[email protected] ;
www.vlaamswelzijnsverbond.be
Christos Stelios Ioannou Foundation
P.O.Box 20590, CY - 1660 Lefkosia, Cyprus
Tel: +357 2 48 16 66 ; Fax: +357 2 83 55 07
[email protected] ; www.ioannoufoundation.org
ESEEPA
S. Nikolakopoulou 13, GR – 15451 Neo Psychiko, Greece
Tel: +30 1 671 31 49 ; Fax: +30 1 674 80 84
[email protected] ; www.eseepa.gr
Förbundet De Utvecklingsstördas Väl (FDUV)
Tölögatan 27, FIN – 00260 Helsinki, Finland
Tel: +358 9 407 070 ; Fax: +358 9 407 748
[email protected] ; www.fduv.fi
www.start-labor.org
Centro de Conhecimento Europeu
na área da Formação Profissional e Emprego
para Pessoas com Deficiência Mental
Union Nationale des Associations de Parents et Amis
de Personnes Handicapées Mentales (UNAPEI)
15 rue Coysevox, F- 75876 Paris CEDEX 18, France
[email protected]; www.unapei.org
Bundesarbeitsgemeinschaft Werkstätten für
behinderte Menschen e. V.
Sonnemannstraße 5, D - 60314 Frankfurt a.M., Germany
Tel.: +49 69 94 33 94 18 ; Fax: +49 69 94 33 94 25
[email protected] ; www.bagwfbm.de
Sozialdienste Bezirksgemeinschaft Eisacktal
Säbenertorgasse 2, I - 39042 Brixen, Italy
Tel: +39 0472 820 533 ; Fax: +39 0472 835 507
[email protected] ; www.bzgeisacktal.it
Saltho Sterk in Werk
Schijndelseweg 1, NL - 5283 AB Boxtel, The Netherlands
Tel: +31 411 652 426 ; Fax: +31 411 652 304
[email protected] ; www.saltho.nl
European Association of Service Providers for Persons with Disabilities (EASPD)/ Associação Europeia de Prestadores
de Serviços a Pessoas com Deficiência, Bruxelas, em colaboração com os parceiros do Projecto LABOR.
Com o apoio da Comissão Europeia-Programa Leonardo da Vinci
Education and Culture
2004
d a
d e f i c i ê n c i a
à
e f i c i ê n c i a
É
indubitável que as pessoas com deficiência figuram entre as mais
vulneráveis da nossa sociedade, vivendo muitas vezes em condições de
exclusão social, pobreza e sem emprego. Diversas organizações, tais
como a OCDE, a OIT, a Eurostat e outras, já tentaram obter números
referentes a esta realidade na Europa. Apesar de existirem diferenças
nas definições de deficiência, na percepção da deficiência inerente a
cada cultura e nos métodos usados na recolha de dados, actualmente,
existe consenso no que se refere à quantidade de pessoas com deficiência
existentes na União Europeia. Num estudo efectuado em 2003, a Eurostat
concluiu que cerca de 14,5% da população dos 25 países da UE possui
um determinado tipo de deficiência. Sendo a população dos países da UE
cerca de 450 milhões de habitantes, essa percentagem representa assim,
aproximadamente 65 milhões de pessoas. As actividades e os esforços
realizados no âmbito do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência em
2003, no sentido de trazer melhorias à qualidade de vida das pessoas
com deficiência, trouxeram progressos significativos, mas muito mais
Quem é a EASPD?
European Association of Service
Providers for Persons with Disabilities
é necessário fazer.
No caso das pessoas com deficiência mental, esta constatação torna-se
(EASPD)/ Associação Europeia de
ainda mais evidente. Não existem dados nem estimativas que permitam
Prestadores de Serviços a Pessoas
ter uma noção da situação na EU. Mesmo quando se trata de situações
com Deficiência está empenhada
na promoção da igualdade de
específicas, tais como a formação e emprego das pessoas com deficiência
oportunidades das pessoas com
mental - tema que abordamos nesta brochura - verifica-se existir uma
deficiência através de sistemas de
serviços efectivos e de alta qualidade
dualidade na situação que prevalece na Europa: por um lado sabe-se
na Europa. A EASPD representa mais
que há muita informação e exemplos de boas práticas, mas por outro sente-se
de 6000 organizações prestadoras de
dificuldade em proceder à compilação de toda essa informação e de
serviços em 22 países europeus
saber em que medida esta é relevante para outras regiões ou países.
EASPD
Oudergemlaam 63
Avenue d’Auderghem 63
B-1040 Brussels
Belgium
Tel: + 32 2 282 46 10
Fax: + 32 2 230 72 33
LABOr
European Association of Service Providers for Persons with Disabilities (EASPD)/
Associação Europeia de Prestadores de Serviços a Pessoas com Deficiência dedica
esta brochura a um dos temas mais importantes relativamente ao seu âmbito de
actuação: a promoção da formação e emprego para as pessoas com deficiência
mental através da troca de informação e de boas práticas.
Os esforços da EASPD são apoiados pela UE e outras organizações internacionais.
Resoluções recentes provenientes da UE e da ONU reconhecem que o tratamento
3
justo e a igualdade de oportunidades em matéria de condições laborais, é um
direito de todos incluindo o das pessoas com deficiência mental.
Neste contexto, a EASPD apresenta o seu novo instrumento, o Centro de
Conhecimento com base na Internet em (www.start-labor.org). Este Centro de
“A linha de conduta
é procurar
Conhecimento on-line, financiado pela UE, foi elaborado conjuntamente por 21
parceiros do Projecto LABOR e destina-se a todos os agentes interessados que
a integração, alcançar
um emprego de livre escolha
trabalham ou intervêm na área da formação profissional e emprego das pessoas
sem ser discriminado
com deficiência mental. De salientar ainda, que este Centro se encontra aberto
e aceder a formação e
apoio adequados”
e disponível a qualquer público que esteja interessado em consultá-lo.
Provavelmente, a conclusão a que irá chegar é que grande parte das vezes as
competências da pessoa com deficiência mental são subestimadas. No entanto,
poderá concluir também que se lhes for disponibilizado suporte adequado, estes
poderão tornar-se trabalhadores válidos, rentáveis e aptos a integrar o mercado
normal de trabalho.
Esta brochura “da deficiência à eficiência…” sistematiza assim, a informação
relevante que se encontra disponível no Centro de Conhecimento. Convidamo-lo
consultar toda a informação disponível na página do Centro de Conhecimento
na Internet ou pode contactar-nos directamente para mais esclarecimentos.
Luk Zelderloo
EASPD, Bruxelas, 2004
...da
deficiência à eficiência
CENTRO DE CONHECIMENTO
Tro ca d e c o n h e c i m e n to s o b re m e d i d a s d e e m p reg o e f o r m a ç ã o p ro f i s s i o n a l
O Centro de Conhecimento, www.start-labor.org, disponibiliza informação qualitativa, boas práticas, legislação e tendências em
matéria de emprego e formação profissional para pessoas com deficiência mental. Toda esta informação antes de colocada on-line, foi
previamente revista por uma equipa de peritos. A página está disponível em quatro línguas (Inglês, Francês, Alemão e Holandês), e é
de navegação fácil e perceptível, com actualização constante. Cabe a cada parceiro do Projecto LABOR a nível local, proporcionar ajuda
na consulta do Centro de Conhecimento (ver mais pormenores na contracapa). Além disso, os “visitantes” podem fazer perguntas,
solicitar conselhos ou participar em fóruns interactivos. O Posto de Apoio presta aconselhamento diverso sobre questões específicas e
/ou problemas concretos.
Desde 2001 que a EASPD e os seus parceiros têm vindo a compilar informações relativas às políticas, legislação, práticas, estudos de
caso, sistemas, etc. de 13 países, por meio da análise de publicações, questionários e entrevistas junto dos principais interessados nos
processos de formação e emprego, designadamente prestadores de serviços de formação, entidades empregadoras, entidades oficiais
e pessoas com deficiência mental. A investigação envolveu a participação dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre,
Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Portugal e Reino Unido.
4
O Projecto LABOR, (financiado pela UE – Programa Leonardo da Vinci) concluiu o seguinte no domínio das medidas de emprego e da
formação profissional:
Principais conclusões relativamente às medidas de emprego:
• As pessoas com deficiência mental anseiam por trabalhar e têm direito a um emprego remunerado e adequado: estas
pessoas têm capacidade para exercer uma actividade profissional de forma eficiente e produtiva.
• As pessoas com deficiência mental têm necessidades individuais e a deficiência não deve simplesmente ditar e limitar as suas
opções.
• Atendendo a todos os factores, a contratação de pessoas com deficiência mental é lógica do ponto de vista económico:
estes indivíduos são mais-valias no mercado laboral e são contribuintes do Estado como qualquer outro cidadão.
• Tanto nas orientações políticas como na prática, nota-se uma tendência para integrar pessoas com deficiência mental no
mercado normal de trabalho. Constituem argumentos a favor do emprego apoiado o facto da entidade empregadora integrar
na sua organização um bom trabalhador, os contribuintes do Estado terem menos encargos e proporcionar uma maior
realização pessoal e profissional da pessoa empregada
• As modalidades de emprego protegido* constituem uma alternativa importante para as pessoas com defi ciência mental.
Quando não há critérios rigorosos de viabilidade económica a atingir, as unidades de emprego protegido* estão capacitadas
para proceder às adaptações necessárias com vista ao acolhimento de qualquer indivíduo, independentemente do seu nível
de produtividade:
- Seguir o modelo de “emprego remunerado” em vez do modelo “terapêutico”.
- Proporcionar oportunidades reais de transição a fim de preparar a pessoa para a integração no mercado normal de
trabalho.
• Os prestadores de serviços devem proceder a alterações nas abordagens que usam e isto implica:
- a substituição da linha de pensamento “adaptar, ajustar as pessoas ao emprego” pelo conceito de “adaptar, ajustar o
emprego às pessoas”.
- Introduzir novos instrumentos tais como o perfil vocacional, os estágios de curta duração e as metodologias de
avaliação e de planificação da carreira.
- Ajudar a pessoa a responsabilizar-se e a controlar o seu processo o mais possível.
- Adaptar as abordagens relativas à formação de modo a gerar um maior enquadramento entre estas e a realidade
laboral.
• Os poderes local, nacional e europeu têm um papel preponderante no que diz respeito à criação de directrizes e
políticas claras, na disponibilização e fornecimento de informação completa às entidades empregadoras, assim como, na
implementação de incentivos financeiros flexíveis e no apoio a organizações prestadoras de serviços.
Principais conclusões sobre formação profissional
Em matéria de formação profissional, o Projecto LABOr concluiu que as
pessoas são unânimes em entender a formação como um dos elementos
cruciais do processo de emprego. Contudo, até ao momento, a formação
profissional tem fi cado muito aquém do seu objectivo que é a criação
de mais oportunidades de emprego remunerado para as pessoas com
defi ciência mental. É comum ouvir-se a crítica de que a formação não está
sufi cientemente ligada à realidade laboral e não faculta aos formandos
as competências requeridas pelos empregos disponíveis no mercado de
trabalho local. No entanto, com base nos estudos feitos, parece evidente
que ao associar a formação profissional ao emprego apoiado como forma de
encontrar o emprego certo e proceder à colocação da pessoa, se asseguram
melhores resultados relativamente ao investimento na formação.
O princípio fundamental da formação profissional consiste em conhecer a
melhor forma de aprender de cada indivíduo e ajustar a formação e o apoio
às suas próprias necessidades:
Há uma diversidade de termos que
se referem à defi ciência mental
ou difi culdades de aprendizagem.
Assim, no âmbito do Centro de
Conhecimento e nesta brochura,
optou-se pela seguinte defi nição:
“Entende-se por defi ciência mental
o tipo de defi ciência caracterizada
por limitações signifi cativas tanto
• A formação deveria contemplar os indivíduos que são capazes de
aprender por esta via e ser efi caz no sentido de dar resposta em
função das suas necessidades de aprendizagem
• As organizações que facultam formação profissional deveriam
preparar a pessoa para um emprego e, como tal, insistir nas
competências indispensáveis para o desempenho da(s) tarefa(s)
inerente(s) a um determinado emprego.
• A formação deveria incorporar ambientes laborais reais e simulados
que se aproximem o mais possível dos contextos reais de trabalho
ou, de preferência, proporcionar estágios em empresas e/ou
experiências signifi cativas em locais de trabalho.
no funcionamento intelectual como
no comportamento adaptativo,
manifestado nas capacidades
adaptativas a nível conceptual,
social e prático. Esta defi ciência
manifesta-se antes dos dezoito anos
de idade.”
(adaptada de AAMR 2002
– American Association of Mental
Retardation)
• A duração dos cursos não é consensual, mas o tempo que dura a
sua realização deveria ser bem ponderado.
• A monitorização futura das pessoas que se encontram na fase fi nal
do curso de formação, tornar-se-ia útil para proceder a eventuais
ajustes nos cursos.
• O formando deveria receber apoio em questões de socialização no
local de trabalho.
Novas visões exigem abordagens e soluções inovadoras. O sucesso depende
da mudança de atitude e das metodologias de trabalho usadas por parte
de todos os intervenientes. A brochura “da defi ciência à efi ciência” põe em
destaque os resultados da investigação referente ao papel de cada um dos
agentes em estudo.
5
...da
deficiência à eficiência
A NOVA DIMENSÃO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS
“Adaptar o trabalho ao homem e não o homem ao trabalho”: Uma nova a bord a ge m
O estudo do LABOR incluiu a participação de treze países, nos quais existem organizações prestadoras de serviços.
Se bem que as formas de apoio a grupos existam há já muito tempo na Europa, os modelos de apoio individualizado
começam a ser objecto da atenção da grande maioria dos países abrangidos pelo estudo, sendo o modelo de emprego
apoiado um exemplo notório. Este implica forçosamente uma nova abordagem e obriga à revisão das funções
existentes no seio das instituições prestadoras de serviços e por conseguinte, à criação de uma nova dimensão – o
acompanhamento no posto de trabalho realizado por conselheiros, especialistas de emprego, orientadores de empresa,
técnicos de acompanhamento.
Estes técnicos prestam ajuda às pessoas com defi ciência mental na procura de emprego no mercado normal de trabalho,
devendo orientar as suas funções pelo princípio de que cada indivíduo tem características e necessidades únicas e que
o facto de ser uma pessoa com defi ciência, não lhe deve limitar as opções. O apoio prestado por este novo técnico deve
ser de carácter abrangente, de forma a assegurar o cumprimento do processo que vai desde a identificação de vagas até
à aprendizagem e à obtenção e manutenção de um emprego.
Novas visões exigem novas competências. É necessário que estes técnicos, determinem as tarefas que a pessoa consegue
desempenhar, o ambiente de trabalho mais adequado e o tipo de apoio necessário.
Será benéfi co um aumento da fl exibilidade sobre as formas que este apoio pode assumir, mas também será necessário
proceder-se à avaliação do que a pessoa no momento não é capaz de fazer e do que esta conseguirá fazer se lhe for
facultado apoio adequado.
De forma a implementar o modelo de emprego apoiado com êxito, é importante verifi car-se:
• Conhecimento das oportunidades de emprego na comunidade e as reais necessidades dos empregadores,
assim como dos sistemas de segurança social e emprego.
• Capacidade de comunicação, negociação e marketing.
• Aptidões e capacidade para estabelecer uma boa relação com o indivíduo.
• Capacidade de identifi car e analisar tarefas complexas, procedendo à sua fragmentação em elementos mais
simples.
• Perícia em metodologias de avaliação e em elaboração de perfi s vocacionais.
Ao consultar técnicos desta área em vários países, o Project LABOR confi rmou a efi cácia dos seguintes elementos para
atingir, com sucesso, os objectivos pretendidos:
• O indivíduo é o ponto de partida _ procura-se um emprego com uma pessoa em vista,
ao invés de primeiro identifi car uma vaga e depois tentar encaixar aí uma determinada pessoa.
• Na prospecção, o contacto personalizado é preferível aos “telefonemas impessoais”.
6
• Usar o perfi l vocacional como instrumento de avaliação.
• Apostar nos empregadores aos quais os serviços agradam.
• Contactar com as entidades empregadoras face-a face, sendo sempre
honesto sobre o currículo do formando.
• Utilizar experiências laborais de curta duração, podendo
estas, se bem sucedidas, converter-se em empregos de
longa duração.
Na óptica das boas práticas, o processo-chave para atingir
sucesso na implementação do modelo de emprego apoiado
reside numa abordagem que se desdobra em seis etapas:
1
Perfil
Compreender o indivíduo e o seu potencial
vocacional
Proporcionar experiências de
trabalho de curta duração.
Estas poderão ser úteis para
2
Realizar estágios
que determinada pessoa opte
conscientemente por um
determinado emprego
3
Procurar
emprego
Harmonizar o emprego com as preferências
e capacidades da pessoa
Análise formal do eventual
posto de trabalho para
confirmar a sua adequação
4
Análise do
emprego
A promoção do modelo de emprego apoiado não acarreta a eliminação das
unidades de emprego protegido, mas implica uma mudança na visão e na
missão de todos os agentes empenhados nos processos de emprego. Em certa
medida, essa mudança também abrange as próprias unidades de emprego
protegido, as quais deverão sofrer adaptações, no sentido de se aproximarem
do conceito anteriormente apresentado.
Essencialmente, as unidades de emprego protegido não deveriam constituir
a escolha única e automática para a pessoa com defi ciência, mas antes criar
oportunidades para ela evoluir e poder adquirir qualificações.
• Nesse sentido, os indivíduos com possibilidades de atingir esse
nível podem receber preparação que permita a sua transição para
empregos comuns. Logo, as condições de trabalho aí existentes
devem ser idênticas às encontradas em locais de trabalho ditos
normais e a instituição formadora orienta-se por um modelo em que
a pessoa tem um estatuto de trabalhador pleno. Os ingredientes
do emprego apoiado podem servir para estas unidades alcançarem
progressos. Para criar melhores perspectivas futuras para o indivíduo
há necessidade de tomar providências para a transição, fazendo uso
de planos de acção individuais, avaliação das qualifi cações, etc.
5
Formação em
posto de trabalho
6
Apoio a longo
prazo
Formação
Apoio suple-
sistemática e
mentar após a
adaptada às
contratação,
necessidades do
sempre que for
individuo
necessário
Os empregadores que já colaboraram
com técnicos de emprego que
trabalham nesta área, afirmam que
estes têm um papel crucial em todo o
processo e deixam algumas sugestões:
• Melhor divulgação sobre a existência
e o trabalho desempenhado pelos
prestadores de serviços.
• Atribuição de mais financiamentos às
entidades prestadoras de serviços.
• Prolongamento do
acompanhamento ao indivíduo
contratado até que se verifique que ele
está apto para ser autónomo.
• Promover formação mais adaptada a
contextos reais de trabalho
• Está também implícita a ideia de que é cada vez mais importante
ter a certeza que a pessoa que venha a integrar uma unidade de
emprego protegido o faz, porque o ambiente, e o apoio disponível
vão ao encontro das suas necessidades e aspirações. Daí a relevância
de técnicas como o perfi l vocacional para avaliar se a opção de
trabalho nestas unidades é a mais adequada à pessoa em causa.
• Experiência laboral prévia que
permita à pessoa adaptar-se mais
rapidamente ao posto de trabalho e
tornar a integração mais fácil.
• Disponibilização de acções
formativas destinadas aos colegas de
“É importante que se apresente o indivíduo de uma forma positiva,
mas abertamente e com sinceridade, não esquecendo que este contacto
pessoal com o empregador contribui para a construção de uma relação
que facilita a obtenção de emprego.”
trabalho sobre assuntos relativos à
pessoa com deficiência mental.
...da
deficiência à eficiência
7
ACEDER AO EMPREGO
Vo cê te m os m es m os d ireitos e obriga ções
Qualquer pessoa deveria ter a oportunidade de trabalhar, caso queira. Consigo não é diferente.
Contacte a organização da sua área de forma a obter ajuda relativamente aos diferentes aspectos
relacionados com a procura de um emprego.
Porquê empregar-se?
A maioria das pessoas empregadas sente-se satisfeita por ter um emprego. No entanto, um
emprego pode ter aspectos agradáveis e outros menos agradáveis. Aspectos mais agradáveis de
um emprego:
• Ser remunerado.
• Desempenhar uma actividade que se gosta.
• Fazer qualquer coisa que o faz sentir orgulhoso de si próprio.
• Realizar um trabalho em grupo.
• Desenvolver a sensação de bem estar.
… mas, por vezes, um emprego pode aumentar o stress e o ambiente de trabalho nem sempre é o ideal.
Mas o essencial é que as pessoas querem trabalhar.
8
Como conseguir um emprego?
Você não se encontra sozinho na procura de emprego. Não se esqueça que deve procurar um emprego que
lhe permita fazer o que gosta e que se ajuste às suas capacidades:
1. Pense no tipo de trabalho que gostaria de ter
• O que pretende?
• Fale com a sua família, com o seu professor ou contacte a sua associação local.
2. Comece a procurar
• Fale com pessoas conhecidas (familiares, amigos, etc.)
• Contacte o técnico de acompanhamento da instituição ou a associação da sua área.
3. Pense na sua situação financeira
• Talvez receba subsídios ou pensões que poderão ser afectados se arranjar emprego; discuta o
assunto com o técnico de acompanhamento, ele ajuda-lo-á
O importante é que pode estar perto de encontrar um emprego adequado ao seu perfil.
Como se mantém um emprego?
Obter um emprego é uma coisa. Conseguir manter esse emprego, é outra.
• Deve aprender a executar as suas tarefas o melhor possível: irá ter
formação; não se preocupe no caso de precisar de mais ajuda pois
o empresário, os colegas ou o técnico de acompanhamento ficarão
satisfeitos com a oportunidade de o poder ajudar.
• Deve criar um bom relacionamento com os outros trabalhadores;
não é complicado, porque, em geral, se formos simpáticos os
outros retribuem essa simpatia.
• Dirija-se ao empresário ou ao seu técnico de acompanhamento
no caso de ter dúvidas ou preocupações.
“É com imenso prazer
que sirvo ao balcão.
Faço bolinhos.
Às quartas-feiras preparo o
almoço. Ajudo na limpeza.
Se for preciso, ajudo a
arrumar os quartos.
Estou onde sou preciso.
Gosto muito do que faço, o
que é essencial. É claro que o
meu chefe me ajuda”.
Interessa não esquecer que a maioria das pessoas gosta imenso do trabalho que tem.
Que alterações acontecem na nossa vida quando arranjamos emprego?
• Irá passar muito tempo num novo local e irá conhecer nova gente. Receberá um vencimento, mas terá
menos tempo para dedicar ao que fazia antes.
• Irá fazer novas amizades, criar novos interesses e os seus familiares e amigos sentir-se-ão ainda mais
orgulhosos de si.
Na verdade, o emprego ajudá-lo-á a ter uma vida
como qualquer outra pessoa.
Que tipo de trabalho fazem as pessoas com deficiência mental?
As pessoas com deficiência mental dedicam-se a muitas tarefas,
tais como trabalhar num supermercado, em centros de jardinagem,
em oficinas de encadernação ou mesmo no jardim zoológico.
Os locais de trabalho são variadíssimos.
Com a criação de novas formas de apoio como é o caso do emprego apoiado, conseguem-se
encontrar locais de trabalho que podem eventualmente ser adequados ao seu perfil.
9
Para mais informações, contacte o parceiro do Projecto LABOr no seu país
(ver na contracapa), a instituição prestadora de serviços da sua área ou consulte a página
www.start-labor.org na Internet que contém informação específica que lhe poderá ser útil.
...da
deficiência à eficiência
A PERSPECTIVA DO EMPREGADOR
Do idealismo à igualdade de opor tunidades
10
Um dos principais motivos que leva as entidades empregadoras a contratar
uma pessoa com defi ciência mental é o valor intrínseco que esta acrescenta
à empresa. Há alguns empregadores que são movidos pelo idealismo, mas a
maior parte deles, ainda hesita em empregar pessoas com deficiência mental.
Contudo, os dados recolhidos no decurso do Projecto LABOr mostram que
os receios dos empregadores não têm fundamento e que, em muitos casos,
podem ser ultrapassados se lhes for dada informação e apoio adequado.
Resultados obtidos a partir de alguns estudos comprovam que as pessoas com
defi ciência mental conseguem ser trabalhadores efi cientes e produtivos dentro
do mercado normal de trabalho.
As principais razões sinalizadas pelos empregadores para a não contratação de
pessoas com defi ciência mental são:
Preocupações relativas á capacidade de interacção social
Será que estas pessoas se adaptam à equipa? Será que conseguem lidar com os
clientes?
Os clientes irão reagir negativamente? Será que a reacção dos restantes
funcionários será negativa?
Preocupações relativas ao desempenho da actividade
Será que estas pessoas merecem o que ganham? Serão economicamente
rentáveis? Existirão alguns benefícios económicos? Não irão elas abrandar
o processo? Serão autónomas? Não irão elas ocupar mais o tempo dos seus
superiores, responsáveis pela supervisão do seu trabalho?
Desempenharão as suas tarefas adequadamente? Serão capazes de produzir
trabalho de qualidade? Quem lhes prestará ajuda se for necessário?
Preocupações com aspectos de higiene e segurança
Será que estas pessoas estão menos seguras no seu local de trabalho do que
os restantes empregados? Haverá probabilidade de ocorrerem mais acidentes
de trabalho? Haverá mais absentismo? Não haverá problemas com o seguro?/
Estarão estas pessoas cobertas pelo seguro?.
Os resultados obtidos pelo Projecto LABOR dão-nos a entender que a grande
parte das preocupações dos empregadores se deve ao seu desconhecimento e
à sua falta de informação. Os empregadores fi cam mais tranquilos ao falar com
as instituições prestadoras de serviços ou ao verifi carem o sucesso obtido em
iniciativas próprias e com as experiências de outros empresários.
A fi m de ultrapassar as preocupações relativas ao desempenho da actividade
profissional das pessoas com defi ciência, obteve-se êxito com a adopção
de uma estratégia que visa a elaboração de critérios de selecção rigorosos,
descrição cuidada das tarefas e defi nição de um período de experiência
laboral provisória, para além da disponibilização de informação bem defi nida
e de sessões de formação. Concluiu-se ainda que, a existência de módulos
de formação adequados e adaptados permitem atenuar as preocupações
referentes à interacção social e aos aspectos de higiene e segurança. O
Estado também põe ao dispor das entidades empregadoras, incentivos para
a contratação de pessoas com deficiência mental, os quais vão desde os
benefícios fiscais à comparticipação nos custos de equipamento variando, no
entanto, de país para país.
A troca de aprendizagens e de práticas entre os diversos parceiros empenhados
no processo de emprego mostrou-se particularmente útil. O papel dos
prestadores de serviços e dos profissionais especifi camente formados foi
considerado fundamental para o sucesso de todo o processo. As trocas de
experiência entre os empregadores ou com os familiares dos indivíduos
contratados foi visto por muitos, como algo muito útil.
Ao providenciar apoio específi co e adequado para uma formação efi ciente e
ao disponibilizar incentivos financeiros pode-se ajudar as empresas a gerar
benefícios económicos através do trabalho de uma grande variedade de
pessoas com defi ciência mental idênticos aos obtidos através do trabalho de
outros trabalhadores.
“Não temos qualquer preocupação.
Há critérios de escolha das pessoas
com defi ciência. Têm que conseguir
preencher a vaga devidamente,
Que apoio é prestado pelos empregadores aos trabalhadores com defi ciência
mental?
• Garantem instrução e formação contínua e adaptada para que o
trabalhador evolua profissionalmente
• Fazem críticas construtivas - deve-se lidar com as pessoas com
defi ciência mental de forma “incentivadora”.
• Estão atentos ao seu trabalho - como qualquer indivíduo, as pessoas
com defi ciência mental apreciam a atenção e algumas precisam
também, de mais apoio emocional e comportamental do que outros
trabalhadores.
senão as coisas não resultam”.
“Não me deram conselhos nem
instruções. (…) Desejo proporcionar
igualdade de oportunidades no
emprego a todos. Todos nós
merecemos essa oportunidade. No
quotidiano, há sempre riscos, quer
se empreguem pessoas sem ou com
defi ciência mental. Umas vezes
• Mostram-se pacientes, atendendo a que são pessoas com defi ciência
mental.
• Pagam salários idênticos ao de qualquer outro operário que faça o
mesmo trabalho.
A maior parte dos empregadores concluiu que não se despende muito tempo
e esforço no apoio a pessoas com defi ciência mental, que estes conquistam
autonomia passado pouco tempo e que frequentemente são ajudadas com
entusiasmo, pelos colegas de trabalho. Tudo isto pode resultar na melhoria do
espírito de equipa. De facto, muitos empregadores declaram que, dependendo
da tarefa a desempenhar, o auxílio suplementar nem é necessário.
resulta, outras não”.
“Quem me dera que mais
empregadores aceitassem o desafi o.
Em épocas atarefadas como esta,
deveria continuar a haver lugar para
o nosso próximo”.
...da
deficiência à eficiência
11
UMA NOVA VISÃO DESTINADA ÀS AUTORIDADES OFICIAIS
Da perspectiva assis tencial à concretização dos direitos
A maioria dos países que participaram no estudo do LABOr já adoptou legislação antidiscriminatória. A Áustria, Chipre, França, Alemanha, Hungria e Itália têm quotas para a
contratação de pessoas com deficiência mental em função de determinadas condições.
A Bélgica e a Irlanda cingem a quota obrigatória à função pública, ao passo que o Reino
Unido e a Holanda não determinam qualquer quota de contratação.
Todos os intervenientes no estudo do LABOr concordam que os governos desempenham
um papel fundamental no que respeita à conquista da igualdade de oportunidades da
população com deficiência. Assim sendo, uma das prioridades das entidades públicas
devia ser a criação de mecanismos que assegurem o tratamento igualitário das pessoas
com deficiência na sociedade dos nossos dias. É fundamental que não sejam apenas as
entidades empregadoras, mas também as autoridades, a reconhecerem as competências
das pessoas com deficiência mental e a sua capacidade para serem trabalhadores capazes
de desempenhar adequadamente uma determinada função.
Sem negligenciar a importância das unidades de emprego protegido, as autoridades
começam a reconhecer a função e os benefícios do modelo de emprego apoiado. Mesmo
nos países em que a maior parte dos trabalhadores com deficiência mental se encontra em
centros de emprego protegido, alguns empregadores crêem que o governo deveria tomar
medidas para tornar o mercado de trabalho mais aberto.
Há necessidade de criar outras condições iniciais no mercado aberto que possibilitem o
emprego efectivo. As propostas de entidades empregadoras e instituições prestadoras de
serviços vão no sentido de proceder a mudanças no sistema que facilitem a procura de
emprego para as pessoas com deficiência mental:
Medidas políticas
• Deve existir apoio incondicional por parte do governo: As políticas devem
estar bem definidas no que toca à igualdade de oportunidades das pessoas com
deficiência mental e à sua inserção no mercado normal de trabalho. Estas devem
ainda, ser implementadas com base em campanhas de informação ao público e
apoio financeiro às organizações da área da formação e emprego.
12
• As políticas devem ser definidas a longo prazo, sem sofrerem alterações com as
mudanças de governo.
• A legislação que prevê o não despedimento das pessoas com deficiência não
deveria ser um entrave à sua contratação, uma vez que a lei laboral aplicável
deveria ser igual à de outros trabalhadores.
• Os programas de apoio governamental deveriam ser monitorizados e avaliados
com regularidade, em função dos resultados obtidos.
Informação e formação
• Deve ser disponibilizada mais informação aos empregadores sobre as pessoas
com deficiência mental (capacidades, atribuição de pensões, necessidades de
apoio, ajuda do Estado, etc.)
• O estímulo e o apoio aos jovens com deficiência na transição da escola para o
emprego e para a vida adulta têm que ser garantidos
• As autoridades devem reconhecer o valor da formação profissional
nos postos de trabalho e dos perfis vocacionais para as pessoas com
defi ciência, facilitando o seu uso.
Medidas de financiamento e apoio
• O objectivo dos incentivos fi nanceiros às empresas não é disponibilizar
mão-de-obra barata no mercado, mas auxiliar a contratação de pessoas
com defi ciência mental, compensando a real quebra de produtividade ou os
custos com o apoio a essas pessoas.
• O tipo e o nível das medidas fi nanceiras variam nos países sobre os quais
recaiu a investigação, e incluem medidas como redução de impostos,
seguros ou subsídios para adaptações no equipamento. Em alguns países, a
amplitude do apoio fi nanceiro é vista pelos empregadores como satisfatória,
enquanto que em outros países se considera haver necessidade de maior
esforço relativamente aos apoios que podem/devem ser concedidos.
• Muitas entidades empregadoras crêem que o apoio financeiro não se
deveria limitar aos primeiros meses de contratação, mas abranger um
período mais alargado. Este apoio devia ainda, ser extensível às instituições
prestadoras de serviços de forma a que estas tenham possibilidade de
prosseguir a sua função de apoio.
13
• As autoridades deveriam rever e eliminar a “armadilha dos subsídios” para
as pessoas com defi ciência que ao receberem um salário perdem os direitos a
subsídios e pensões. Estes subsídios não constituem benefícios adicionais ao
trabalho e muitas vezes impossibilitam o retorno destas pessoas no caso de
estas perderem o emprego.
• O apoio prestado às instituições na área da formação e emprego deveria
melhorar e contemplar todos os custos que a implementação do modelo de
emprego apoiado acarreta.
O conceito de “Unidades de Emprego Protegido” apresentado na presente brochura não corresponde à realidade
portuguesa. Parece-nos que o conceito apresentado se refere mais a estruturas que em Portugal se integram na
descrição de “Centros de Actividades Ocupacionais” que, no nosso país, se destinam, contudo, a apoiar pessoas
com defi ciência mental severa e profunda ou pessoas com multi-defi ciência
Estudo de caso
Lewis, D. R., Johnson, D. R., Bruininks, R. H., Kallsen, L. A., & Guillery, R. P. (1992).
Será o Emprego Apoiado no Minnesota Financeiramente Viável?
Journal of Disability Policy Studies, 3(1), 67 - 92.
O artigo aborda aspectos sobre a avaliação do emprego apoiado no Estado do
Minnesota e os custos desse mesmo programa. Participaram no estudo onze agências
que, na totalidade, prestavam serviços a 1892 pessoas, no âmbito de 41 programas
classifi cados como programas de habilitação profissional, emprego em posto de
trabalho e emprego na comunidade baseado no emprego apoiado individualizado e a
grupos. Num total de 28 casos comparados, houve 23 em que o apoio individualizado
no emprego revelou maior efi ciência económica, em termos de benefício social
líquido, em detrimento de qualquer outra opção de formação e emprego. Em termos
globais, os resultados favoreceram os programas de emprego na comunidade, em
particular o emprego apoiado individualizado.
...da
deficiência à eficiência
14
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Das Projekt LABOr stellt Menschen mit Behinderung, Unternehmern,
sozialen Dienstleistungsorganisationen und Behörden Informationen
zu Ausbildung und Beschäftigung von Menschen mit Behinderung
zur Verfügung.
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kontaktieren Sie uns unter folgender Adresse: [email protected]
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Tο πρόγραμμα LABOr δίνει πληροφορίες για την επαγγελματική
εκπαίδευση και εργοδότηση ατόμων με δυσκολίες στη μάθηση,
εργοδότες, παροχείς υπηρεσιών και αρχές στην Ευρώπη.
Για περισσότερες πληροφορίες ή για να σας σταλούν αυτά τα έγγραφα
με ηλεκτρονικό ταχυδρομείο, παρακαλείστε να επικοινωνήσετε με τη
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The LABOr project provides information on vocational training
and employment in Europe for people with learning disabilities,
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A Labor projekt szakképzés és foglalkoztatás témájában nyújt
információkat értelmi fogyatékos embereknek, munkáltatóknak,
szolgáltatóknak és hatóságoknak Európa szerte.
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Il progetto LABOr offre informazioni su possibilita` di tirocini e offerte
di posti di lavoro in Europa per persone con disabilità intellettive per
datori di lavoro, aziende e istituzioni pubbliche.
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Het LABOr project brengt informatie bijeen over beroepsopleiding
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– Publications (publicações) – Labor: Guia de Boas Práticas.
Le projet LABOR fournit des informations sur la formation
professionnelle et l’emploi en Europe, destinées aux personnes
handicapées mentales, aux employeurs, aux prestataires de service et
aux pouvoirs publics.
O Projecto Labor disponibiliza informação na área da formação
profissional e do emprego na Europa, às pessoas com deficiência, aos
empregadores, prestadores de serviços e Autoridades.
Pour plus d’information ou pour recevoir ces documents par e-mail,
merci de contacter [email protected]
Se desejar obter mais informações ou se pretender receber algum
destes documentos via e-mail, por favor contacte: [email protected].
É
indubitável que as pessoas com deficiência figuram entre as mais
vulneráveis da nossa sociedade, vivendo muitas vezes em condições de
exclusão social, pobreza e sem emprego. Diversas organizações, tais
como a OCDE, a OIT, a Eurostat e outras, já tentaram obter números
referentes a esta realidade na Europa. Apesar de existirem diferenças
nas definições de deficiência, na percepção da deficiência inerente a
cada cultura e nos métodos usados na recolha de dados, actualmente,
existe consenso no que se refere à quantidade de pessoas com deficiência
existentes na União Europeia. Num estudo efectuado em 2003, a Eurostat
concluiu que cerca de 14,5% da população dos 25 países da UE possui
um determinado tipo de deficiência. Sendo a população dos países da UE
cerca de 450 milhões de habitantes, essa percentagem representa assim,
aproximadamente 65 milhões de pessoas. As actividades e os esforços
realizados no âmbito do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência em
2003, no sentido de trazer melhorias à qualidade de vida das pessoas
com deficiência, trouxeram progressos significativos, mas muito mais
Quem é a EASPD?
European Association of Service
Providers for Persons with Disabilities
é necessário fazer.
No caso das pessoas com deficiência mental, esta constatação torna-se
(EASPD)/ Associação Europeia de
ainda mais evidente. Não existem dados nem estimativas que permitam
Prestadores de Serviços a Pessoas
ter uma noção da situação na EU. Mesmo quando se trata de situações
com Deficiência está empenhada
na promoção da igualdade de
específicas, tais como a formação e emprego das pessoas com deficiência
oportunidades das pessoas com
mental - tema que abordamos nesta brochura - verifica-se existir uma
deficiência através de sistemas de
serviços efectivos e de alta qualidade
dualidade na situação que prevalece na Europa: por um lado sabe-se
na Europa. A EASPD representa mais
que há muita informação e exemplos de boas práticas, mas por outro sente-se
de 6000 organizações prestadoras de
dificuldade em proceder à compilação de toda essa informação e de
serviços em 22 países europeus
saber em que medida esta é relevante para outras regiões ou países.
EASPD
Oudergemlaam 63
Avenue d’Auderghem 63
B-1040 Brussels
Belgium
Tel: + 32 2 282 46 10
Fax: + 32 2 230 72 33
• www.claerhout.be
32829
Coordenação do Projecto
European Association of Service Providers for Persons with Disabilities (EASPD)
Oudergemlaan 63 Avenue d’Auderghem, B-1040 Brussels, Belgium
Tel: +32 2 282 46 10 ; Fax: +32 2 230 72 33
[email protected] ; www.easpd.org
Parceiros Científi cos
Welsh Centre for Learning Disabilities Cardiff University,
Meridian Court, North Road, Cardiff CF14 3BG, UK
Tel: +44 29 20 69 17 95 ; Fax: +44 29 20 61 08 12
[email protected] ; www.cardiff.ac.uk/medicine/
psychological_medicine/research/welsh_centre_learning_
disabilities/index.htm
Hoger Instituut voor de Arbeid (HIVA) - KU Leuven
E. Van Evenstraat 2 D, B-3000 Leuven, Belgium
Tel: +32 16 32 31 86 ; Fax: +32 16 32 31 34
[email protected] ;
www.kuleuven.ac.be/hiva
Vlaams Fonds voor Sociale Integratie
van Personen met een Handicap
Sterrenkundelaan 30, B-1210 Brussels, Belgium
Tel: +32 2 225 84 11 ; Fax: +32 2 225 84 05
[email protected] ; www.vlafo.be
European Platform for Rehabilitation (EPR)
Rue de Spa 15, B-1000 Brussels, Belgium
Tel: +32 2 736 54 44 ; Fax: +32 2 736 86 22
[email protected] ; www.epr.be
National Federation of Voluntary Bodies
Oranmore Business Park, Oranmore, Galway Co., Ireland
Tel: +353 91 792 316; Fax: +353 91 792 317
[email protected] ; www.fed-vol.com
From disability to ability
O Percurso para a Igualdade de Oportunidades
pelo Emprego de Pessoas com Deficiência Mental
Centro Itard
Via e.Amaldi 5, I – 29100 Piacenza, Italy
Tel: +39 0523 754 619 ; Fax: +39 0523 751 473
[email protected] ; www.itard.it
Kézenfogva Alapítvány (Hand in Hand Foundation)
Post Box 234, H – 1461 Budapest, Hungary
Tel: +36 1 217 81 00 ; Fax: +36 1 217 81 15
[email protected] ; www.kezenfogva.hu
FENACERCI - Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social
Rua Augusto Macedo,nº2A, P - 1600-794 Lisboa, Portugal
Tel: +351 21 711 25 80 ; Fax: +351 21 711 25 81
[email protected] ; www.fenacerci.pt
The Association for Real Change (ARC)
ARC House, Marsden Street, Chesterfi eld S40 1JY, UK
Tel: +44 1246 555 043 ; Fax: +44 1246 555 045
[email protected] ; www.arcuk.org.uk
Parceiros do Projecto
Arbeitsintegrationsgesellschaft gem. GesmbH
Lebenshilfe Vorarlberg,
Gartenstraße 2, A - 6840 Götzis, Austria
Tel: +43 5523 53 25 50 ; Fax: +43 5523 53 25 59
[email protected] ; www.lebenshilfe-vorarlberg.at
The Home Farm Trust (HFT)
Merchants House North, Wapping Road, Bristol BS1 4RW, UK
Tel: +44 117 930 26 00 ; Fax: +44 117 922 59 38
[email protected] ; www.hft.org.uk
Equipa de Investigação
Institut für Sozialdienste
Interpark FOCUS 1, A-6832 Röthis, Austria
Tel: +43 5523 52 176 33 ; Fax: +43 5523 52 176 21
[email protected] ; www.ifs.at
Amt der Vorarlberger Landesregierung
Abteilung Iva, Römerstraße 15, A-6900 Bregenz, Austria
Tel: +43 5574 51 12 41 18
[email protected]
Vlaams Welzijnsverbond
Guimardstraat 1, B-1040 Brussel, Belgium
Tel: + 32 2 507 01 28 ; Fax: +32 2 513 85 14
[email protected] ;
www.vlaamswelzijnsverbond.be
Christos Stelios Ioannou Foundation
P.O.Box 20590, CY - 1660 Lefkosia, Cyprus
Tel: +357 2 48 16 66 ; Fax: +357 2 83 55 07
[email protected] ; www.ioannoufoundation.org
ESEEPA
S. Nikolakopoulou 13, GR – 15451 Neo Psychiko, Greece
Tel: +30 1 671 31 49 ; Fax: +30 1 674 80 84
[email protected] ; www.eseepa.gr
Förbundet De Utvecklingsstördas Väl (FDUV)
Tölögatan 27, FIN – 00260 Helsinki, Finland
Tel: +358 9 407 070 ; Fax: +358 9 407 748
[email protected] ; www.fduv.fi
www.start-labor.org
Centro de Conhecimento Europeu
na área da Formação Profissional e Emprego
para Pessoas com Deficiência Mental
Union Nationale des Associations de Parents et Amis
de Personnes Handicapées Mentales (UNAPEI)
15 rue Coysevox, F- 75876 Paris CEDEX 18, France
[email protected]; www.unapei.org
Bundesarbeitsgemeinschaft Werkstätten für
behinderte Menschen e. V.
Sonnemannstraße 5, D - 60314 Frankfurt a.M., Germany
Tel.: +49 69 94 33 94 18 ; Fax: +49 69 94 33 94 25
[email protected] ; www.bagwfbm.de
Sozialdienste Bezirksgemeinschaft Eisacktal
Säbenertorgasse 2, I - 39042 Brixen, Italy
Tel: +39 0472 820 533 ; Fax: +39 0472 835 507
[email protected] ; www.bzgeisacktal.it
Saltho Sterk in Werk
Schijndelseweg 1, NL - 5283 AB Boxtel, The Netherlands
Tel: +31 411 652 426 ; Fax: +31 411 652 304
[email protected] ; www.saltho.nl
European Association of Service Providers for Persons with Disabilities (EASPD)/ Associação Europeia de Prestadores
de Serviços a Pessoas com Deficiência, Bruxelas, em colaboração com os parceiros do Projecto LABOR.
Com o apoio da Comissão Europeia-Programa Leonardo da Vinci
Education and Culture
2004
d a
d e f i c i ê n c i a
à
e f i c i ê n c i a