Principales fibras vegetales de aplicación como refuerzo de
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Principales fibras vegetales de aplicación como refuerzo de
Principales fibras vegetales de aplicación como refuerzo de matrices cementicias Holmer Savastano Junior USP Brasil Fibras vegetais como reforço Principais constituintes Celulose Lignina Hemicelulose Fibrilas dispostas em várias camadas Feixes formados a partir de fibras individuais 1- Parede primária Parede secundária 2- S1, 3- S2, 4- S3 5- Lamela intercelular Lignina • A lignina é uma macromolécula tridimensional amorfa encontrada nas plantas terrestres, associada à celulose na parede celular cuja função é de conferir rigidez, impermeabilidade e resistência a ataques microbiológicos e mecânicos aos tecidos vegetais. Celulose • A celulose (C6H1005)n é um polímero de cadeia longa composto de um só monômero, classificado como polissacarídeo ou carboidrato. • As hemiceluloses são polissacarídeos. Junto com celulose, a pectina e as glicoproteínas, formam a parede celular das células vegetais. As hemiceluloses referem-se a uma mistura de polímeros de hexoses, pentoses e ácidos urônicos, que podem ser lineares ou ramificados, são amorfos e possuem peso molecular relativamente baixo. As hemiceluloses são divididas em pentosanas e hexosanas com fórmulas gerais C5H8O4 e C6H10O5, respectivamente onde 'n' é o grau de polimerização. As pentosanas por hidrólise produzem pentoses (xilose e arabinose). Advantages of vegetable fibres • Low specific weight, which results in higher specific strength and stiffness than glass. This is a benefit especially in components designed for bending stiffness. • It is a renewable resource, the production requires little amount of energy, CO2 is used while oxygen is given back to the environment. • Can be produced with low investment at low cost, which makes the material an interesting product for developing countries. • Good thermal and acoustic insulating properties in building applications. Disadvantages of vegetable fibres • Variable quality, depending on unpredictable influences such as weather. • Moisture absorption, which causes swelling of the fibres. • Restricted maximum processing temperature. • Lower durability, which can be considerably improved by fibre treatments. • Price can fluctuate by harvest yield or agricultural politics. Commonly used vegetable fibers • Fibre resources such as bamboo, sisal, coir, banana, and those of agricultural residue origin are called natural non-wood fibre resources. • The four main fibre material resources of plants are: (1) natural non-wood fibre resources, (2) bamboo, (3) agricultural residues and (4) recycled fibre (waste paper). Fibres Properties Density T strength (g/cm3) (MPa) Jute 1.36 400 – 500 Coir 1.17 Sisal MOE (GPa) Elongation at W absorption failure (%) (%) 17.4 1.1 250 95 – 118 2.8 15 – 51 93.8 1.27 458 15.2 4 239 Banana 1.3 110 - 130 --- 1.8 -3.5 400 Bamboo 1.16 575 28.8 3.2 145 E-glass 2.5 2500 74 2-5 --- Polypropylene 0.91 350-500 5-8 8 - 20 --- General prices for E-glass and vegetable fibres Fibre Price/kg (US$), raw E-Glass 1.3 Flax 1.5 Hemp Jute 0.6 - 1.8 0.35 Ramie 1.5 - 2.5 Coir 0.25 - 0.5 Sisal 0.6 - 0.7 Resíduos de fibras de não-lenhosas Malva (Urena lobata) Fibra extraída do caule Coconut (Cocos nucifera) Fibra do mesocarpo do fruto Wood (1997) Fibras de não-lenhosas • Países tropicais – grande disponibilidade de fibras vegetais • Fonte renovável • Preços competitivos • Diversidade de usos – cordoaria – celulose & papel – produção de tecidos Plantação de sisal (Agave sisalana) Identificação de alguns resíduos Resíduo fibroso Umidade (%) Valor mercado (US$/t) de Quantidade e abrangência Produto comercial principal Relação resíduo/prod. principal Bucha verde de sisal Bucha de baler twine – sisal Fibrinhas de coco Rejeito de celulose de eucalipto Banana 10 15 32 61 12 Nulo 80 90 (máx.) 15 Nulo 30000 Apaeb 290 Brasil 7500 Cofib e Diniz 17000 Aracruz 95000 Vale Ribeira SP Fibra verde antes da secagem Fio agrícola (baler twine) Fibras longas e/ou curtas Celulose para papel Fruta de mesa e para indústria 300 0,8 200 – 2880 0,5 8 Fibra de coco • Fibras de interesse – Fibra longa cortada – Fibrilha: curta, resíduo em pequena qtdd. • Produção – Fazenda: 120 t/mês – Brasil: 2 mil t/mês • Preço: US$200/t Viabilidade para fibrocimento • Fibras residuais – curtas e de pequena espessura – custo com transporte • Durabilidade esperada no meio alcalino Desfibraje de la cáscara de coco Fibras obtenidas en el proceso de desfibraje y empaquetamento Coco - resíduo e secagem Fibra de sisal • Resíduos – Rasadeira: curta (5-10 mm) e sem pó – Refugo: fibra comercial de baixa qualidade – Bucha de batedeira: beneficiamento – Bucha verde de campo – Resíduo da fábrica de tapete (fio e fibra) Interesse de utilização • Polpa de sisal – Fibra longa – Valor comercial elevado • Fibra residual – Curta ou cortada – Uso conjunto com a polpa Bucha verde de sisal – limpeza das fibras residuais em peneira – ganho adicional para produtores Silva & Beltrão (1999) Bucha da fabricação de tapete Resíduo da rasadeira Polpa celulósica de bambu • Área: 16 mil ha de Bambusa vulgaris • Polpação – Processo alcalino (soda + sulfato) – Tratamento em refinador de disco cônico • Características da polpa – Kappa: 65-70 • Custo da polpa: US$400-500/ton Plantación de bambu para produción de pulpa kraft Mudas de bambu - Viveiro Chips de bambu para pulpeo Produción de pulpa y retazos (desechos) Sugar cane plantations Brazil 2020 – 1,000 million t/year - Sugar cane bagasse is a lignocellolusic fibre residue proceeding from sugar cane culm. - The average composition of sugarcane is 6575% water, 11-18% sugars, 8-14% fibres and 12-23% soluble solids. Comentários adicionais • Polpas celulósicas – viabilidade no curto/médio prazo – Kappa da polpa química: • sisal (8-10) x bambu (65-70) – Custo das polpas comerciais • sisal (US$1500/t) x bambu (US$450/t) – Polpações não convencionais • CTMP, organossolve, steam explosion Processos de polpação Polpação • A produção de polpa é a mais importante técnica para a conversão química da madeira • Diversas técnicas podem ser utilizadas: – – – – – – Mecânica Termo-mecânica Quimio-termomecânica Kraft (químico) Organosolve Explosão a Vapor Polpação Mecânica • Características: – É o mais antigo processo para converter madeira em polpa – Baseado no atrito • Vantagens – Altos rendimentos • Desvantagens – Maior gasto de energia para obtenção de maior grau de refinamento – Altos teores de lignina residual Polpação química – Utilização de sulfato: polpação alcalina – Processo mais usado e o mais importante – Polpas resistentes (kraft significa “força” em alemão) – Vantagens: • Baixa demanda de quantidade e qualidade de madeira • Baixos tempos de cozimento • Parâmetros de processo bem estabelecidos • Excelentes propriedades de resistência das polpas (...) Polpação química – Desvantagens: • Odor proveniente de gases de enxofre liberados no processo • Baixos rendimentos (45-50%) • Cor escura da polpa não branqueada • Custos de instalação de uma planta • Tratamento de efluentes Polpação Kraft Produção de celulose ETE Preparo de madeira ( picador) Madeira ETA Cozimento (Digestor) Deslignificação Licor preto Branqueamento Planta química Celulose Extração Caldeiras Sistema de recuperação Polpação Organosolve • Polpação química: emprego de solventes orgânicos associados à água, na presença ou ausência de catalisadores (...) Polpação Organosolve – Vantagens: • Melhor impregnação dos tecidos vegetais pelo solvente • Fácil recuperação das ligninas e polissacarídeos a partir dos licores • Fácil recuperação do solvente por destilação • Instalação de pequenas plantas, aliadas ao baixo custo das mesmas – Desvantagens • Polpa não é competitiva com a Kraft • O consumo de energia pode ser maior que o Kraft Explosão a vapor • Tratamento quimio-termomecânico • Alternativa: – Consiste na impregnação do material por vapor sob alta pressão por curto período de tempo seguido de súbita descompressão. Pode-se realizar também prévia impregnação com diferentes reagentes químicos, levando à obtenção de diferentes produtos. (...) Explosão a vapor – Vantagens: • Madeiras e não-madeiras podem ser utilizadas • Processo limpo: fatores ambientais favoráveis, redução de reagentes e custos de tratamento ambiental • Polpa de alto rendimento e boa qualidade • Baixos custos de operação e de capital Explosão a vapor Explosão a vapor CTMP Polpa quimitermomecânica Refinador de disco de laboratório Bauer Microestrutura da fibra Macrofibra original Aglomerado de fibras individuais Filamentos individuais Fibrilação interna e externa Refino de polpa kraft Banana kraft Efeitos do refino Fibrilação externa Filamentos maleáveis Adaptação para Hatschek Banana kraft refinada Efeitos colaterais Encurtamento Geração de finos Propriedades das fibras e polpas Fibra Kraft de sisal CTMP de sisal Kraft de banana CTMP de banana Kraft Kraft residual refinado de de Pinus eucalipto radiata 6,1 17,0 685 650 Número Kappa (1) Drenabilidade CSF (ml) (2) Comprimento médio (mm) (3) Espessura da fibra (m) (4) 31,7 650 50,5 500 44,5 222 86,5 465 1,66 1,53 1,95 2,09 0,66 1,71 13,5 9,4 15,3 11,8 10,9 32,4 (1) Appita P201 m-86 (2) AS 1301.206s-88 (3) Kajaani FS-200 (4) Média de 20 determinações por MEV Microestrutura da fibra Kraft residual de eucalipto Fibras não refinadas Peculiaridades de fibras recicladas: - retração lateral - retorcidas - mais curtas Macrofibra x polpa CP c/ 4% fibra Macrofibra de sisal comercial Kraft de sisal residual Análise de polpas comerciais Amostra Coarseness N° de fibras/g N° objetos Comprimento Teor (mg/100m) (Milhões) analisados médio (mm) finos (%) Klabin 0 a 42,80 1,36 2997 1,72 8,06 Klabin 7000 11,56 6,99 15414 1,24 25,28 VCP 0 6,92 20,58 45397 0,70 10,97 VCP 4500 5,77 25,69 56682 0,68 10,95 Arauco 0 32,73 1,65 3646 1,85 9,11 Arauco 8000 11,30 7,25 16006 1,22 48,94 a O número que acompanha a procedência da amostra indica o número de revoluções do moinho PFI (refinador de laboratório) a que a polpa foi submetida. Fibras plásticas Controle das Fibras • • • • • Dispersão Aderência Fibra sintética é cara (>US$2/kg) Métodos disponíveis para fibras longas Desenvolvido método para fibra picada – Módulo de elasticidade – Resistência à tração – Densidade Dispersão da fibra sintética 4 min 2 min 15 min 8 min Caracterização da seção transversal • Análise de imagem PP PVA Modelo do corpo-de-prova ~3mm fibra papel Ensaio de tração Comparação entre fibras 1600 PET PP1-Etruria PP2- Fitesa PP3-Alemanha PP4 - Tony Cooke PVA1-Kuralon RC PVA2-Kuraray EBB2 Tensão (MPa) 1400 1200 1000 800 600 PVA3-STM 400 200 0 0 0,5 1 Deformação (mm/mm) 1,5 2 Comentários • PVA – Propriedades mecânicas variam com velocidade de ensaio • PPs com propriedades similares! • PP pode ser alternativa + barata! Lectura complementar • H. Savastano Jr., S.F. Santos, V. Agopyan. Sustainability of vegetable fibres in construction. In Sustainability of Construction Materials. Woodhead. P.55-81. • FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations (2006), Jute, kenaf, sisal, abaca, coir and allied fibres statistics, Rome, FAO.