Avaliação da contaminação de nebulizadores de uso
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Avaliação da contaminação de nebulizadores de uso
ID294 Avaliação da contaminação de nebulizadores de uso domiciliar de pacientes com fibrose cística (FC) Email: [email protected] Adriana Della Zuana, Luiz Vicente Ribeiro Ferreira da Silva Filho, Doroti de Oliveira Garcia, Regina Célia Turola Passos Juliani Contextualização: Os pacientes com fibrose cística (FC) apresentam infecções respiratórias recorrentes e crônicas por patógenos peculiares e realizam inalações diariamente como parte de seu tratamento. Objetivo: Descrever os patógenos encontrados nos nebulizadores de uso domiciliar e nas amostras de trato respiratório de pacientes com FC. Método: Quarenta pacientes com FC foram escolhidos aleatoriamente para avaliação. Apenas os pacientes que utilizavam o nebulizador PRONEB/sistema PARI foram incluídos. Amostras dos nebulizadores foram coletadas do copo reservatório e do bocal utilizando-se um swab estéril umedecido em solução salina estéril. As amostras de trato respiratório dos pacientes foram colhidas por expectoração em coletor estéril ou com swab de orofaringe após estímulo de tosse. As culturas foram realizadas em meios seletivos e a identificação bacteriana feita através de provas bioquímicas clássicas. Resultados: A contaminação dos nebulizadores foi observada em 25 casos. A contaminação do bocal e do copo foi similar, cada qual com 20 casos. Os patógenos mais identificados foram Bacilos Gram negativos (sem identificação) (9), Staphylococcus coagulase e Leveduras (8), Enterobacter e Pseudomonas putida (7) e complexo Burkholderia cepacia (3). Nas amostras de trato respiratório houve um predomínio de Staphylococcus aureus (28), seguido de Pseudomonas aeruginosa (11), Pseudomonas aeruginosa mucóide (6) e Complexo Burkholderia cepacia (3). Em 7 casos observou-se a identificação de um mesmo patógeno em amostras do nebulizador e do trato respiratório. Conclusão: A prevalência de contaminação dos nebulizadores é alta (62,5%) o que indica a necessidade de melhoria nas práticas de limpeza e descontaminação dos nebulizadores de pacientes com FC. Palavras-chave: fibrose cística; nebulizadores; infecção. Rev Bras Fisioter. 2010;14(Supl 1): 259