2. Função dos esquemas - ICTC - Instituto Catarinense de Terapia
Transcrição
2. Função dos esquemas - ICTC - Instituto Catarinense de Terapia
1 2 o Karen Horney (1885-1952) o TEORIA DO DESENVOLVIMENTO FEMININO o Constelação fatores interpessoais (excessiva proteção, pessoas exigentes demais, irritáveis, indiferentes, etc.) fazem com que a criança desenvolva grande insegurança. o ANGÚSTIA BÁSICA : “a sensação de estar isolada e desamparada em um mundo potencialmente hostil” leva a tornar rígidas e extremadas as atitudes de se aproximar das pessoas, rebelar-se contra elas ou afastar-se (afeição = dependência e obediência = sujeição) o CONFLITOS indivíduo sinta-se menos equipado do que os outros = isolado e cercado = ambiente hostil lançar mão de estratégias artificiais para lidar com os outros, passando por cima de seus sentimentos genuínos. o “EU REAL” vai se desvanecendo = suj. não sabe + quem realmente é = a prioridade = construir uma identidade que possa diminuir angústia. o “EU IDEALIZADO” com o tempo, torna-se mais importante do que o “eu real”, numa mudança profunda do centro de gravidade psicológico do indivíduo transforma-se em um ponto de referência para o indivíduo se observar, em um padrão com que o indivíduo se compara. 3 o Albert Ellis (1913-2007) o TERAPIA RACIONAL EMOTIVA o A 1ª psicoterapia contemporânea com clara ênfase cognitiva, tomando os construtos cognitivos como base dos transtornos psicológicos. o CRENÇAS IRRACIONAIS baseadas em conclusões errôneas, ilógicas e sem base em evidências objetivas = modelo simples e pragmático. o MODELO ABC os acontecimentos ativadores (A) passam pelo sistema de crenças (B) do sujeito antes de despertarem as consequências (C) emocionais ou a conduta. o DIÁLOGO SOCRÁTICO o terapeuta questiona o paciente por meio de perguntas engenhosas que estimula a pessoa a perceber mais claramente suas distorções = sobre a real validade das crenças e sobre as evidências de que o sujeito dispõe para acreditar nelas. o CRENÇAS BÁSICAS EXIGÊNCIAS ABSOLUTISTAS (“tenho que”) e DEVERES IRRACIONAIS (“devo”) que ocasionam uma série de SUPOSIÇÕES ILÓGICAS ou DISTORÇÕES COGNITIVAS. 4 o o o o o o Dr. Beck é considerado uma das 10 pessoas que mudaram o rumo da psiquiatria americana e o psicoterapeuta mais importante entre os psicólogos americanos. 5 o o o o o Aaron Temkin Beck (1921- ) Nasceu em Providence, Rhode Island, EUA. Pais judeus, imigrantes da Rússia, filho caçula entre 4. É casado, tem 4 filhos e 8 netos. 1942 – Graduação magna cum laude na Brown University. 1946 – Yale Medical School – residência em patologia, psiquiatria e neurologia. É professor emérito no Depto de Psiquiatria da Universidade da Pensilvânia. Professor honorário da Academia de Terapia Cognitiva. Inúmeras pesquisas em Psicoterapia, Psicopatologia, Suicídio e Psicometria, criação de várias escalas - depressão (BDI) e ansiedade (BAI). Fundou o BECK INSTITUTE, na Filadélfia e trabalha com sua filha Judith. A Terapia Cognitiva foi desenvolvida inicialmente para tratamento da pacientes com depressão, mas é também eficazmente utilizada para pessoas com Transtornos de Ansiedade, Esquizofrenia e outros. o Tratamento psicodinâmico - pacientes com depressão análise de sonhos, verbalizações e associações livres. o Psicanálise depressão = raiva inconsciente e inaceitável contra pessoas próximas que, reprimida, era redirecionada ao self = hostilidade retrofletida (que não era confirmado nos relatos dos sonhos dos pacientes). o Anomalias nos sonhos, os pacientes eram rejeitados, abandonados ou frustrados = nas experiências do cotidiano, idem. o Identificação tipos específicos de pensamentos, que os pacientes não percebiam claramente e não relatavam na associação livre. o Visão negativista identificada na auto avaliação do paciente = autocríticas, baixa autoestima, culpas, previsões e interpretações negativistas e memórias desagradáveis. o Temas negativistas presentes em todos os tipos de depressão: reativa, endógena, orgânica ou bipolar. o Temas negativistas idiossincráticos questões sociais vitais paciente: fracasso sucesso, aceitação rejeição, respeito desdém. 6 o TC – TERAPIA COGNITIVA (Cognitive Therapy) o ESQUEMAS (significado) o DISTORÇÃO COGNITIVA (Erros Pensamento) o TRÍADE COGNITIVA BECK 7 o MODELO COGNITIVO Situação Antes Crença Central Estratégias Não termina o que começa. Repetiu 7ª série “Eu sou incompetente” DESVALOR Crenças Intermediárias “Se eu não entendo algo, então eu sou burro” “É horrível ser sempre o pior” Corporal Sudorese Situação Agora Aula TCC 8 Pensamentos Automáticos “Isso é difícil demais... Eu jamais vou aprender...” Reações Comportamental Sai da sala Emocional Tristeza Situação Antes Crença Central Estratégias Não interage com colegas. Bullying na escola “Eu sou incapaz de ser amado” DESAMOR Crenças Intermediárias “Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou” Situação Agora Festa de um colega 9 “Devo me isolar” Pensamentos Automáticos “Não vou ter assunto para conversar na festa Corporal Taquicardia Reações Comportamental Fica isolado Emocional Medo,Tristeza COMPORTAMENTALISMO BECK COGNITIVISMO 10 Epíteto (130-50 a.C.) "Não são as coisas em si mesmas que perturbam os homens, mas os juízos que eles fazem sobre as coisas." 11 Beck (1964) “Não é uma situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas, antes, o modo como elas interpretam uma situação” “Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a encontrará.” BECK, J. S. Terapia prática. 12 Cognitiva: teoria e Porto Alegre: Artmed,1997. História de Aprendizagem Organização Cognitiva SITUAÇÃO ATUAL (componentes experienciais) (componentes estruturais) CRENÇAS CENTRAIS Comportamento (de significado) ESQUEMAS Ativação de sistemas (Cognitivos, Motivacionais, Afetivos,...) 13 Processamento esquemático Interpretação A teoria cognitiva considera a cognição a chave para os transtornos psicológicos. “Cognição” é a função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros. Karl Popper (1959) = poucos ramos da ciência tem um sist. teórico elaborado e bem construído = legitimidade = “sistema axiomatizado”. Axioma = postulado = pressuposto = hipóteses É uma sentença/proposição/enunciado/regra que não é provada ou demonstrada. É considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção de uma teoria. É aceito como verdade e serve como ponto inicial para dedução ou inferências de outras verdades. Fonte: https://www.facebook.com/pages/Axioma/109604129058944 14 Axiomatizar um sistema é mostrar que suas inferências podem ser derivadas a partir de um pequeno e bemdefinido conjunto de sentenças. Os axiomas devem estar livres de contradição; Devem ser independentes; Devem ser suficientes para permitir a dedução de todas as afirmações pertencentes à teoria; Devem ser necessários para a derivação das afirmações pertencentes à teoria. Vamos então conhecer os 10 AXIOMAS... 15 1) Esquemas 2) Função dos esquemas 3) Interação entre sistemas 4) Especificidade do conteúdo cognitivo 5) Distorção cognitiva 6) Vulnerabilidade cognitiva 7) Tríade cognitiva 8) Significado público e privado 9) Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo 10)Estruturas teleonômicas 16 1) Esquemas O principal caminho do funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de estruturas de cognição com significado, denominadas esquemas. Significado = interpretação da pessoa sobre um determinado contexto e da relação daquele contexto com o self. Os esquemas precedem, selecionam e acionam estratégias comportamentais relevantes e moldam profundamente o funcionamento emocional e comportamental dos indivíduos. Esquema é um subconjunto da estrutura cognitiva. 17 A estrutura cognitiva é formada por vários esquemas (significados e crenças) Teorias Pessoais maneira peculiar de interpretação do mundo. 1) Esquemas 2) Função dos esquemas A função da atribuição de significado (tanto a nível automático ou deliberativo) é controlar os vários sistemas psicológicos. Sistemas psicológicos (p.ex. comportamental, emocional, motivacional, atenção, memória...). O significado ativa estratégias para adaptação. 18 1) Esquemas 2) Função dos esquemas 3) Interação entre sistemas As influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas. Outros sistemas psicológicos = percepção, emocional, motivacional, memória, comportamental, ... 19 1) 2) 3) 4) Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e comportamento; Isto é denominado especificidade do conteúdo cognitivo (determinados padrões de interpretação). Relação entre determinados padrões cognitivos X emoção (o que penso X o que sinto) 20 1) 2) 3) 4) 5) Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Embora os significados sejam construídos pela pessoa (em vez de serem componentes preexistentes da realidade) eles são corretos ou incorretos em relação a um determinado contexto ou objetivo; Quando ocorre distorção cognitiva (preconcepção), os significados são disfuncionais ou maladaptativos patologia; 21 As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no processamento cognitivo (elaboração do significado) ou ambos. 1) 2) Esquemas Função dos esquemas 3) 4) 5) Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva 6) Vulnerabilidade cognitiva Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas); A predisposição a distorções específicas são denominadas vulnerabilidade cognitivas; As vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem as pessoas a síndromes específicas; Especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva estão interrelacionadas. 22 1) 2) Esquemas Função dos esquemas 3) 4) 5) 6) Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva 7) Tríade cognitiva A psicopatologia resulta de significados maladaptativos construídos em relação ao self, ao contexto ambiental (experiência) e ao futuro (objetivos), que juntos são denominados de a tríade cognitiva. Cada síndrome clínica tem significados maladaptativos característicos associados com os componentes da tríade cognitiva. Tríade cognitiva = self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro). 23 1) 2) 3) Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas 4) 5) 6) 7) Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Tríade cognitiva 8) Significado público e privado Há dois níveis de significado: a) o significado público ou objetivo, que pode ter poucas implicações significativas para o indivíduo; e b) o significado privado ou pessoal. O significado pessoal, ao contrário do significado público, inclui implicações, significação ou generalizações extraídas da ocorrência do evento = corresponde ao conceito de “domínio pessoal” = rege todos sistemas psicológicos. 24 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Tríade cognitiva Significado público e privado 9) Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo Há três níveis de cognição: a) o pré-consciente = nãointencional = automático (“pensamentos automáticos”); b) o nível consciente; e c) o nível metacognitivo, que inclui respostas “realísticas” ou “racionais” (adaptativas). Os níveis conscientes são de interesse primordial para a melhora clínica em psicoterapia. 25 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Tríade cognitiva Significado público e privado Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo 10)Estruturas teleonômicas Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente, e são neste sentido teleonômicas. Portanto, um determinado estado psicológico (constituído pela ativação de sistemas) não é nem adaptativo ou maladaptativo em si, apenas em relação a ou no contexto do ambiente social e físico mais amplo no qual a pessoa está. 26 1. Esquemas: estruturas cognição com significado subcj. estrutura cognitiva. 2. Função dos esquemas: A função da atribuição de significado é controlar os vários sistemas psicológicos. O significado ativa estratégias para adaptação. 3. Interação entre sistemas: Sistemas cognitivos e outros sistemas. 4. Especificidade do conteúdo cognitivo: Cada categoria de significado são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e comportamento (padrões de interpretação) 5. Distorção cognitiva: Os significados (construídos pela pessoa) são corretos ou incorretos em relação a um contexto/objetivo. Incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no proc. cognitivo (elaboração do significado) ou ambos. 6. Vulnerabilidade cognitiva: Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas); 7. Tríade cognitiva: self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro). 8. Significado público e privado: Significado pessoal inclui implicações, significação ou generalizações = “domínio pessoal” = rege todos sistemas psicológicos. 9. Há 3 níveis de cognição: Pré-consciente (PA), Consciente e Metacognitivo. 10. Estruturas teleonômicas: Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente. 27 TCC a cognição é a chave para os transtornos psicológicos. Conceitualização cognitiva fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta cognitivo. Terapeuta Cognitivo hipóteses sobre como o paciente desenvolveu essa desordem psicológica em particular = começa a construir uma conceitualização cognitiva durante seu 1º contato (continua a refinar até a última sessão). A TCC levanta hipóteses de que os comportamentos e as emoções das pessoas são influenciados por sua percepção dos eventos (modificação no pensamento melhora no humor e no comportamento). Vamos então entender o MODELO COGNITIVO... 28 Crença Central Crenças Intermediárias Corporal Situação Agora Pensamentos Automáticos Reações Comportamental Emocional 29 Durante a aula Você pode perceber alguns níveis no seu pensamento. Você pode estar tendo alguns pensamentos avaliativos rápidos... Não decorrentes de deliberação ou raciocínio... Esses pensamentos são chamados de PA, pois eles parecem surgir automaticamente, de repente, e são, com frequência, bastante rápidos e breves. Você pode aprender a identificar seus PA prestando atenção às suas mudanças de afeto. Tendo identificado seu PA, você pode avaliar a validade dos seus pensamentos. Em termos cognitivos, quando pensamentos disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções, em geral, mudam. Vamos entender de onde vem os PA’s... 30 Ei, isso faz sentido... Finalmente uma aula interessante! Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC... 31 Ah! Isso é ridículo... Nunca vai funcionar... Eu preciso mesmo aprender tudo isso? E se eu não conseguir? Essa aula tá muito chata! Que desperdício de dinheiro... Arrrgh... essa aula *$%@#*... Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas crenças sobre si mesmas, outras pessoas e seus mundos. CC são entendimentos que são tão fundamentais e profundos, que as pessoas frequentemente não os articulam, sequer para si mesmas. São idéias consideradas (pela pessoa) como verdades absolutas, é o nível mais fundamental de crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas. Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC... 32 CC = “Eu sou incompetente” CC = é ativada na aula = autocrítica = interpretação da situação negativada. Viés confirmatório = desconsidera / desconta as evidências contrárias à CC. Manutenção da CC = mesmo que seja imprecisa, não verdadeira, disfuncional. Eu não sou capaz de ser amado. Eu sou indesejável. Eu não sou atraente. Eu não tenho valor. Eu não sou capaz de ser querido. Eu não sou bom o suficiente. Eu sou imperfeito. Eu sou diferente. Ninguém me quer. Ninguém liga para mim. Eu sou mau. 33 Crenças Centrais de DESAMOR Eu Eu Eu Eu Eu Eu 34 Eu sou desamparado. sou impotente. sou Eu desamparado. Eu estou fora de controle. sou impotente. Eu sou fraco. estou de controle. Eu fora sou vulnerável. Eu sou carente. sou fraco. Eu estou sem saída. souEu vulnerável. sou inadequado. sou ineficiente. sou Eu carente. Eu sou incompetente. Eu sou um fracasso. Eu sou desrespeitado. Crenças Centrais de DESAMPARO Crenças Centrais de DESVALOR Eu sou um Eu fracasso. sou desamparado. Eu sou incompetente. Eu sou impotente. Eu não tenho valor. fora de controle. Eu não sou bomEu o estou suficiente. Eu sou fraco. Eu sou inadequado. Eu sou ineficiente. Eu sou vulnerável. Eu sou desrespeitado. Eu sou carente. 35 As CC influenciam o desenvolvimento de uma classe intermediária de crenças: atitudes, regras e suposições. As crenças intermediárias (CI) influenciam como a pessoa pensa, sente e se comporta. Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC... ATITUDE REGRA “é horrível ser incompetente” “Se eu estudar o mais que puder, posso ser capaz “Eu devo estudar muito, o tempo todo” 36 de ser tão bom SUPOSIÇÃO como os meus colegas” Situação Antes Crença Central Estratégias Não termina o que começa. Repetiu 7ª série “Eu sou incompetente” DESVALIA Crenças Intermediárias “Se eu não entendo algo, então eu sou burro” “É horrível ser sempre o pior” Corporal Sudorese Situação Agora Aula TCC 37 Pensamentos Automáticos “Isso é difícil demais... Eu jamais vou aprender...” Reações Comportamental Sai da sala Emocional Tristeza Situação Antes Crença Central Estratégias Não interage com colegas. Bullying na escola “Eu sou incapaz de ser amado” DESAMOR Crenças Intermediárias “Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou” Situação Agora Festa de um colega 38 “Devo me isolar” Pensamentos Automáticos “Não vou ter assunto para conversar na festa Corporal Taquicardia Reações Comportamental Fica isolado Emocional Medo,Tristeza TCC atualmente sendo aplicada no mundo inteiro, como o único tratamento ou como um tratamento adjuntivo para outros transtornos. O terapeuta busca, de uma variedade de formas, produzir a mudança cognitiva – mudanças no pensamento e no sistema de crenças do paciente – visando promover mudança emocional e comportamental duradoura. Intervenção TCC um problema importante para o paciente é especificado, uma idéia disfuncional é identificada e avaliada, um plano razoável é delineado e a efetividade da intervenção é avaliada. Vamos então conhecer os 10 PRINCÍPIOS da TCC... 39 Princípio nº 1: Formulação do problema em termos cognitivos A TC se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos. 1º) Desde o início, identifica o pensamento atual da paciente e seus comportamentos problemáticos. 2º) Identifica fatores precipitantes que influenciaram as percepções da paciente no início da depressão. 3º) Levanta hipóteses sobre eventos desenvolvimentais chaves e padrões duradouros de interpretação desses eventos. [entender a Q.P. e “traduzir” em termos cognitivos sentimento, emoção, comportamento = PA’s e Crenças = distorções cognitivas] 40 Princípio nº 2: Aliança terapêutica segura A TC requer uma aliança terapêutica segura: cordialidade, empatia, atenção, respeito genuíno e competência. Boa aliança de trabalho = colaborativa. [ter atitude “rogeriana”: acolhimento genuíno, empatia] 41 Princípio nº 3: Colaboração e Participação Ativa A TC enfatiza a colaboração e participação ativa. Na TC há um trabalho em equipe: terapeuta + paciente. A princípio, o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção para as sessões de terapia. A medida que a paciente torna-se menos deprimida e mais socializada na terapia = crescentemente mais ativa. [ser inicialmente + ativo motivar o paciente a trazer + contribuições na sessão] 42 Princípio nº 4: Orientada em meta e focalizada em problemas A TC é orientada em meta e focalizada em problemas = 1ª sessão = enumerar problemas e estabelecer metas específicas. O terapeuta presta atenção particular aos obstáculos que impedem a paciente de resolver problemas e atingir metas por si mesmo. O terapeuta precisa conceituar as dificuldades da paciente e avaliar o nível apropriado de intervenção. [auxiliar o paciente a ser + objetivo, para ele poder identificar e focar na meta] 43 Princípio nº 5: Enfatiza o presente A TC inicialmente enfatiza o presente (os problemas do aqui-e-agora). O tratamento da maioria dos pacientes envolve um forte foco sobre problemas atuais e sobre situações específicas que são aflitivas para o paciente. Passado = 3 situações = 1) predileção da paciente; 2) não há mudanças focando o presente; 3) entender origens das ideias disfuncionais e como afetam a paciente hoje. [ser acolhedor e objetivo ao ouvir “tudo”, mas repetir e anotar frases do paciente sobre o momento presente] 44 Princípio nº 6: É educativa A TC é educativa, visa ensinar a paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída. O terapeuta educa sobre a natureza e trajetória do seu transtorno, sobre o processo da TC e sobre o modelo cognitivo (como os pensamentos influenciam as emoções e comportamentos). Ensina a estabelecer metas, identificar e avaliar pensamentos/crenças, e assim, mudar comportamentos. [dar ao paciente um “caderninho” para ele se habituar a registrar as situações + suas reações + seus pensamentos... aprende que a sua forma de pensar é que rege seus sistemas psicológicos psicoeducação é mais eficaz do que só medicamento] 45 Princípio nº 7: Tempo limitado A TC visa ter um tempo limitado. O terapeuta busca prover alívio dos sintomas da paciente, facilitar uma remissão do transtorno, ajudá-la a resolver seus problemas mais prementes e ensinar-lhe o uso de ferramentas para que ela seja mais propensa a evitar a recaída. A modificação de crenças disfuncionais muito rígidas/padrões de comportamento = leva mais tempo. [perguntar qual a prioridade da terapia o que é factível em “x” sessões: manter expectativas realistas apenas] 46 Princípio nº 8: Sessões estruturadas A TC tem as suas sessões estruturadas (há uma estrutura estabelecida em cada sessão). O terapeuta: 1) verifica o humor; 2) solicita breve revisão da semana; 3) agenda da sessão; 4) feedback da sessão anterior; 4) tarefa de casa; 5) resumo da sessão. Foco no que é mais importante para o paciente, maximiza o uso do tempo da terapia. Promove = autoterapia. [estruturar a sessão para manter o foco: um modelo estruturado >eficácia >garantia > segurança] 47 Princípio nº 9: Identificar, Avaliar e Responder A TC ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais. focalizar um problema específico; identificar o pensamento disfuncional; avaliar a validade do pensamento; projetar um plano de ação. TC = descoberta orientada. [orientar o paciente a ser seu próprio terapeuta >autopercepção: se ele aprende a identificar e avaliar PA’s, ele é capaz de responder a esses PA’s de forma mais adaptativas] 48 Princípio nº 10: Várias técnicas A TC utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e comportamento. Estratégias cognitivas: questionamento socrático, descoberta orientada, teste de realidade... Outras técnicas: comportamental, gestalt... O terapeuta seleciona técnicas com base na formulação de caso e seus objetivos, em sessões específicas. [ensinar os pacientes a utilizarem algumas técnicas se ele aprender a fazer um RPD na sessão, ele fará um RPD mental nas várias situações “gatilho” e será capaz de pensar e agir melhor] 49 1) Formulação do problema em termos cognitivos 2) Aliança terapêutica segura 3) Colaboração e Participação Ativa 4) Orientada em meta e focalizada em problemas 5) Enfatiza o presente 6) É educativa 7) Tempo limitado 8) Sessões estruturadas 9) Identificar, avaliar e responder 10) Utiliza várias técnicas 50 O modelo cognitivo, de que os nosso pensamentos influenciam as nossas emoções e comportamento, é bastante direto, porém, enganosamente simples. Comece aplicando as ferramentas que aprendeu na aula a si mesmo. Releia a apostila Aprenda a identificar seus próprios pensamentos automáticos e crenças. Faça a pergunta: “O que estava passando pela minha cabeça ainda agora?” Ensinar a si mesmo as habilidades básicas da TCC, usando você mesmo como sujeito, aumentará a sua habilidade de ensinar essas mesmas habilidades aos seus pacientes. Saber TCC é saber ensinar o paciente a encontrar um PA alternativo para o PA disfuncional... 51 Isso é difícil demais... ATITUDE REGRA “é horrível ser incompetente” “Se eu estudar o mais que puder, “Eu devo estudar muito, o tempo todo” posso ser capaz de SUPOSIÇÃO ser tão bom como os meus colegas” PA: “Eu não entendo isso... Eu jamais entenderei isso...” PA’s ALTERNATIVOS (mais realistas, mais funcional): “Ei, eu só estou tendo alguma dificuldade agora...” “Se eu reler com calma em casa, entenderei...” “É só mais uma matéria nova ...” “Se cheguei até aqui, com certeza irei até o final...” “No começo é assim mesmo... Depois fica mais fácil...” Profª Lina Sue – [email protected] – celular (11) 9866.01234
Documentos relacionados
Terapia Racional-Emotiva Comportamental de Albert Ellis
chamadas de nucleares, são idéias e percepções quanto a si mesmo, quanto ao mundo e quanto ao futuro que nos transtornos mentais podem estar distorcidas e irracionais, sendo então chamadas de crenç...
Leia mais