Relatório Final
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Relatório Final
Junho de 2014 ASSOCIAÇÃO TERCEIRA VIA RELATÓRIO FINAL Relatórios de problemas, riscos, sugestões de ações e prioridades produzidos – Consolidação de dados. Sumário INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................. 2 1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO........................................................................................................................... 3 1.1 Contexto ....................................................................................................................................................... 3 1.1.1 Dados Gerais do Município ..................................................................................................................... 5 1.1.2 Áreas Protegidas por Lei ....................................................................................................................... 11 1.1.3 Pré-Diagnóstico Socioambiental do Município de Bragança Paulista ................................................ 18 1.2 Justificativa ................................................................................................................................................. 32 1.3 Objetivos geral e específico ........................................................................................................................ 33 1.4 Abrangência ................................................................................................................................................ 34 1.5 Etapas do projeto ....................................................................................................................................... 35 1.6 Conteúdos utilizados no programa de formação de agentes .................................................................... 37 1.7 Evento de lançamento do projeto .............................................................................................................. 41 1.7.1 1.8 Divulgação dos Cursos ........................................................................................................................... 46 Capacitação de instrutores e pessoal de apoio .......................................................................................... 47 2. OFICINAS REALIZADAS E RESULTADOS ........................................................................................................... 52 3. CONCLUSÃO .................................................................................................................................................. 109 1 “PROJETO BRAGANÇA SUSTENTÁVEL” INTRODUÇÃO Esta publicação foi realizada no âmbito do projeto Bragança Sustentável de formação de 500 lideranças locais / setoriais que participaram de discussão diferenciada sobre os problemas ambientais e urbanos do município de Bragança Paulista incluindo a resolução viável dessas não conformidades. No contexto local, as não conformidades e sua gestão ganharam importância durante o curso de formação devido à constatação da existência de uma mudança na forma como as pessoas e comunidades envolvidas perceberam e passaram, em sua maioria, a se relacionar com seu ambiente/entorno e, também, na maneira como se demonstraram dispostos a tornar coerente sua postura frente aos “problemas” tornando-se agentes de mudança – “AGENTE” aquele que opera/age. Essa ação também desenvolveu a consciência dos direitos dos cidadãos que foram formados no curso, público este que teve como oportunidade deixar de ser mero espectador das decisões da gestão pública, decisões essas que os afetam. As situações que foram trabalhadas no processo de formação de agentes levaram mais força a nível local, já que se trataram de situações relacionadas com o cotidiano dos cidadãos, incentivando essas comunidades a agir já que se apresentaram dispostos a procurar por espaços de participação efetiva, incidindo ao longo do processo do trabalho de campo onde os participantes diagnosticaram e fomentaram conjuntamente a solução ou continências para os problemas identificados e pactuação onde houve o encontro dos participantes com organizações públicas e privadas, para avaliação dos problemas, ações e proposição de soluções. 2 Isto também implicou na mudança de práticas de relações entre os atores sociais locais, na forma de incorporar valores como respeito e aceitação da diversidade, bem como as atitudes que tendem a promover responsabilidade individual e coletiva, a colaboração e o desenvolvimento de habilidades de comunicação e trabalho de equipe, analisar e interpretar a realidade de forma aberta e crítica para juntos procurar e propor soluções aceitáveis para todos. 1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO 1.1 Contexto O município de Bragança Paulista experimenta nos últimos anos um crescimento pouco controlado do espaço urbano, com implantação de unidades industriais, grandes empreendimentos imobiliários e desenvolvimento de serviços regionais, que geram atratividade de migração regional. Este crescimento, que naturalmente gerou e gera impactos ambientais profundos, não foi nos últimos anos acompanhado de forma eficaz seja pelo poder público ou pela sociedade civil. Desta forma não foram geradas políticas públicas que dessem conta dos desafios socioambientais gerados pelo crescimento urbano, piorando a qualidade de vida da comunidade. Dentre os principais problemas observados situam-se: A falta de uma política municipal de recursos hídricos; Carência de investimentos na coleta e tratamento de esgoto; A perda da cobertura vegetal, estimada hoje em menos de 10% da mata nativa original; Deficiências no processo de fiscalização ambiental; 3 Baixa consciência e pouca participação da sociedade; Ausência de fóruns de discussão e arbitragem de conflitos de interesses – pouca eficiência do COMDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente); Grandes áreas de remanescentes florestais em risco; Pouca integração e comunicação entre as iniciativas existentes. A situação tem alguns atenuantes por conta de iniciativas em andamento, com destaque para: Revitalização da Secretaria do Meio Ambiente, com dotação orçamentária significativa prevista no próximo PPA; Atuação dos centros universitários locais (USF e FESB) em ações de educação e conscientização ambiental; Criação da Sala Verde Pindorama – parceria da Secretaria Municipal da Educação com Ministério do Meio Ambiente; Formação do Coletivo Socioambiental da Bragança Paulista – parceria da ONG Terceira Via, com Sala Verde Pindorama e diversas organizações locais; Capacitação de professores e agentes socioambientais; A forte participação de organizações de Bragança Paulista na recém-instituída APA do Piracicaba e Cantareira; Adesão ao programa Município Verde; Renegociação do contrato de abastecimento com a SABESP; Embrião de discussão da criação e gestão de Unidades de Conservação Municipais. O projeto pretendeu atuar na municipalidade de Bragança Paulista procurando trabalhar processos formativos junto a coletividades agrupadas local ou setorialmente. 4 Através deste programa de educação ambiental, pretendeu-se formar comunidades interpretativas que atuassem como observadores e atores dos processos de construção de diagnóstico e mapeamento de prioridades e riscos ambientais do município, coadjuvando o poder público nas suas ações de planejamento e formulação de políticas públicas municipais de meio ambiente e recursos hídricos. Bragança Paulista está inserida no Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar e na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica; antes majoritariamente rural, o município modificou-se muito após a construção dos reservatórios e das rodovias que cortam a região, tornando-se importante polo industrial, comercial, de turismo e serviços, em especial na área médicohospitalar e ensino superior. Igualmente inexistia um diagnóstico socioambiental que apontasse riscos e prioridades do município, situação que este projeto pretendeu dirimir com um olhar de comunidades interpretativas que foram capacitadas e envolvidas na discussão. 1.1.1 Dados Gerais do Município Foto 1: Bragança Paulista - Lago do Taboão Fonte: Associação Terceira Via 5 Fundação: 15 de dezembro de 1763 (245 anos) Área total: 514,8 Km2 Área urbana: 41,78 Km2 Área rural: 473,02 Km2 População total: 144.066 – IBGE 2008 População urbana: 90% População rural: 10% Taxa de crescimento: média de 2% Renda per capita: 1,82 salários mínimos Profissionais liberais: estimado 3.000 Estabelecimentos comerciais formais (lojas e afins): estimado 2.100 Estabelecimentos Industriais (médio e grande porte): estimado 80 Estabelecimentos Industriais (micro e pequeno porte): estimado 420 Estabelecimentos bancários : 12 bancos (19 agências) Clima: tropical de altitude Flora predominante: remanescentes de mata atlântica e pequenas áreas de cerrado Temperatura média: 22ºC Topografia: acidentada Precipitação anual: 1.600 mm Coordenadas: Latitude 22º 95’ 19 Longitude 46º 54’19” Altitude: da cidade 817 m, média 850 m, máxima 1.700 m (Pico do Lopo) Lixo coletado: 120 toneladas/dia – meio urbano Abastecimento de água – SABESP – atendimento 94,58% (2000) Esgoto sanitário – SABESP – atendimento 84,54% (2000) Expectativa de vida: 73,08 anos IDH Longevidade: 0,801 Mortalidade Infantil (até 1 ano): 12,57 por mil 6 IDH Educação: 0,887 Taxa de Alfabetização: 92,21% A. Histórico Antônio Pires Pimentel e sua esposa Ignácia da Silva Pimentel, moradores no então Distrito de Atibaia, em cumprimento de uma promessa, constroem uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição, numa colina, à margem direita do Ribeirão Canivete (hoje, Lavapés, pequeno afluente do Rio Jaguary). Segundo se tem conhecimento, Antônio Pires Pimentel, estava doente e desenganado pelos médicos. Então, sua esposa fez uma promessa a Nossa Senhora da Conceição pela recuperação do marido, alcançando a graça. Em agradecimento, o casal construiu a capela no alto da colina para venerar a santa. E aquele local, a partir de então, começou a servir de passagem e descanso para tropeiros. E começaram a surgir, ao redor da capela, ranchos e barracas. Assim teve início o pequeno povoado que recebeu o nome de Conceição do Jaguary e que tem como data de fundação o dia 15 de dezembro de 1763. Em 13 de fevereiro de 1765, o povoado é reconhecido e recebe o nome de Distrito de Paz e Freguesia da Conceição do Jaguary. Quatro dias depois, Conceição do Jaguary recebe seu primeiro Vigário desliga-se de Atibaia e recebe o nome de Vila Nova Bragança, nome esse ligado à tradição portuguesa, cuja dinastia durante séculos governou Portugal e o Brasil. Em 20 de abril de 1856, passa a denominar-se Bragança. Três anos depois, são anexados a ela mais quatro municípios: Pedra Bela, Pinhalzinho, Vargem e Tuiuti. Em 30 de novembro de 1944, para diferenciar-se da cidade do Pará que tinha o mesmo nome, passou a chamar-se Bragança Paulista. E em virtude de seu excelente clima, foi elevada à categoria de Estância Climática. Em 24 de fevereiro de 1964, perde parte de seu território, com o desmembramento dos distritos de Vargem, Pinhalzinho e Pedra Bela. Em 17 de abril de 1970, Vargem é reintegrado ao território bragantino. E em 30 de dezembro de 1991, novamente Vargem e também Tuiuti separam-se de Bragança. 7 Diz a história, que o nome pode estar atribuído a um português, com o nome de Bragança, que era dono de um rancho para tropeiros, com pastos de aluguel, no bairro do Canivete, em fins do século XXVIII. Mas nenhum documento revela ter existido esse tal português. Oficialmente, data de 28 de novembro de 1797 o edital da criação da “Villa Nova Esperança”. O nome escolhido foi provavelmente em homenagem à Casa de Bragança, dinarquia reinante em Portugal desde 1640. A denominação NOVA Bragança, evocava a velha Bragança situada em Portugal, próxima do pequeno rio Fervença, a 12 quilômetros da fronteira espanhola. (fonte: livro Bragança viva) Em 29 de novembro de 1984, foi reconhecida como Sede da Região do Governo do Estado de São Paulo. Dezesseis cidades formam a região bragantina: Águas de Lindóia, Amparo, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Joanópolis, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Serra Negra, Socorro, Vargem e Tuiuti. Figura 1: Localização do município. Fonte: Associação Terceira Via – Termo de Referência Projeto Bragança Sustentável. 8 Hidrografia Rio Jaguari O '''rio Jaguari''' é um rio brasileiro dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Dentre muitos municípios, drena as águas de Holambra, conhecida nacionalmente como a ''cidade das flores''. As nascentes do rio Jaguari estão localizadas no estado de Minas Gerais, nos municípios de Sapucaí-Mirim, Camanducaia e Itapeva. Em Jaguariúna, São Paulo, o rio Jaguari recebe um afluente importante, o rio Camanducaia. Ao juntar-se com o Rio Atibaia, o Jaguari forma o Rio Piracicaba (São Paulo), no município de Americana, São Paulo, seguindo até o município de Barra Bonita, São Paulo, onde ocorre sua foz junto ao Rio Tietê. Ao entrar em território paulista, o rio Jaguari é represado, sendo este um dos reservatórios integrantes do sistema produtor de água chamado ''Cantareira'', construído para permitir a reversão de água da bacia do Piracicaba para a bacia do rio Tietê, como reforço ao abastecimento público da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). São revertidos aproximadamente 33 m³/s, dos quais 31 m³/s originados dos formadores do Piracicaba (Jaguari e Atibaia). (Hidroplan, 1997). Por atravessar dois Estados, o Jaguari é considerado um rio federal, e sua bacia sua abrange quatro municípios mineiros e quinze paulistas. Outros rios de destaque no município: Rio Jacareí Ribeirão Lavapés Ribeirão Anhumas 9 Represas Jaguari e Jacareí (integrantes do Sistema Cantareira) com 50 km² de área coberta e 2,5 bilhões metros cúbicos de água. Economia Comércio, escolas e faculdades compõem a maior parcela da economia local, seguidos por indústrias (celulose, alimentícia e eletrônica) e agricultura. Há significativo crescimento da atividade turística, considerando que Bragança Paulista é Estância Climática, e integra dois circuitos turísticos – águas paulistas e entre serras e águas. Ressalva-se que Bragança Paulista é importante centro regional de serviços, centralizando atividades de autarquias, órgão públicos federais e estaduais, centros de saúde e educação. Rodovias que atendem o município - centro logístico e de transportes - acesso a diferentes regiões. Rodovia Fernão Dias BR-381 - São Paulo a Belo Horizonte Rodovia Capitão Barduíno SP-8 - Pinhalzinho, Pedra Bela, Socorro, Lindóia e Aguas de Lindóia Rodovia Benevenutto Moretto SP-95 - Tuiuti e Amparo Rodovia Alkindar M. Junqueira SP-63 - Itatiba (Judiaí) Rodovia Padre Aldo Boline SP-63 - Piracaia Variante João Hermenegildo Oliveira - Liga Rod. Fernão Dias próximo a Vargem Rodovia D. Pedro I SP-65 - que liga a Rodovia Anhangüera no trecho Campinas à Rodovia Presidente Dutra no trecho Jacareí. A rodovia não passa por Bragança Paulista, mas corta a cidade de Atibaia - vizinha ao Sul. 10 Figura 2: Localização das principais rodovias. Fonte: Associação Terceira Via – Termo de Referência do Projeto Bragança Sustentável. 1.1.2 Áreas Protegidas por Lei No Município de Bragança Paulista as áreas protegidas por lei estão representadas por duas Áreas de Proteção Ambiental: (APA) Piracicaba – Juqueri – Mirim; APA do Sistema Cantareira. Há sobreposição das duas APAs em algumas áreas: Estação Ecológica Municipal do Caetê a ser regulamentada; Parque Municipal Natural Petronilla Markowicz enquadrado como Unidade de Conservação de Proteção Integral; 11 Parque Frei Constâncio Nogara; E duas RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural – Fazenda da Serrinha e Parque dos Pássaros. I. As Áreas de Proteção Ambiental APA de Piracicaba-Juqueri-Mirim Área II de aproximadamente 280.000 hectares Criada pelo Decreto Estadual n° 26.882, de 11 de março de 1987 e posteriormente promulgada pela Lei Estadual n° 7.438 de 14 de julho de 1991. Sua localização é apresentada na Figura 3. A APA está inserida na serra da Mantiqueira e compreende os municípios de Campinas, Amparo, Bragança Paulista, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Pedreira, Pinhalzinho, Serra Negra, Socorro, Santo Antônio da Posse, Nazaré Paulista, Piracaia, Joanópolis, Tuiuti, e Vargem. Seu perímetro abrange a sub-bacia do rio Jaguari e do rio Camanducaia (formadores dos reservatórios Jaguari-Jacareí), Cachoeira e Atibainha. Abriga também as cabeceiras do rio Juqueri-Mirim, formador do reservatório Paiva Castro. Todos esses reservatórios formam o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 60% da Região Metropolitana de São Paulo. Seu objetivo é proteger os recursos hídricos ameaçados pela ocupação ao redor dos reservatórios, especialmente pelo aumento do número de chácaras de recreio, reduzindo a vegetação ciliar, e pelas atividades agropecuárias com manejo inadequado, provocando erosão e poluição dos corpos d'água. 12 Segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico, Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos de Bragança Paulista- SP a Fundação Florestal está coordenando a implantação do conselho gestor da APA Juqueri-Mirim, mediante cadastramento das entidades ligadas a sociedade civil para a composição do Conselho Gestor da APA Juqueri-Mirim Área II. Esse Conselho tem como objetivo geral a gestão participativa e integrada da APA, bem como a implementação das políticas de proteção do meio ambiente e do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, no que diz respeito à sua área de atuação, visando atender aos objetivos específicos, às metas e às diretrizes do Plano de Manejo. APA do Sistema Cantareira Instituída pela Lei Estadual nº 10.111, de 4 de dezembro de 1998, abrange os Municípios de Mairiporã, Atibaia, Nazaré Paulista, Piracaia, Joanópolis, Vargem e Bragança Paulista. Objetivos de criação desta unidade de conservação: Manutenção da qualidade da água; Melhoria da qualidade da água. Vale lembrar que os reservatórios do Sistema Cantareira abastecem a Região Metropolitana de São Paulo e regulam o fluxo de água para a Região Metropolitana de Campinas. O Sistema Cantareira é composto pelo Reservatório dos Rios: Jaguari/Jacareí localizado entre os municípios de Bragança Paulista, Vargem, Joanópolis e Piracaia; 13 Cachoeira, localizado em Piracaia; Atibainha, localizado em Nazaré Paulista; Juquery também denominado Paiva Castro, localizado em Mairiporã. Esta APA ainda não foi regulamentada, o que vem estimulando conflitos e confrontos entre os diversos atores sociais presentes na região, pelo direito do uso da água e do solo. A região abrangida pelo Sistema Cantareira está na mira de empreendimentos imobiliários de lazer facilitado pelo acesso beneficiado pelas rodovias D. Pedro I e Fernão Dias, consolidando um processo crescente de ocupação do solo e uso turístico desordenado (Hoeffel et al., 2005), resultando em uma problemática ambiental centrada no parcelamento do solo e na conservação de recursos hídricos. APA Sistema Cantareira, representada na figura 3. Figura 3: APA Piracicaba Juqueri Mirim - Área II e APA Sistema Cantareira. Fonte: www.ambiente.sp.gov.br. 14 Estação Ecológica Municipal do Caetê Prevista no Plano Diretor do Município de Bragança Paulista – Lei Complementar nº 534/2007 de 16/04/07, no Art. 97 em área com 555.656,50 m² já pertencente ao patrimônio público municipal, localizada na antiga estrada Bragança - Socorro próxima à divisa com o Município de Atibaia. Esta Unidade de Conservação é destinada: À proteção do ambiente natural; Ao desenvolvimento da educação conservacionista; E à realização de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia. Figura 4: Vista Aérea – Estação Ecológica Municipal do Caetê. Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico, Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos de Bragança Paulista- SP. 15 Parque Municipal Natural Petronilla Markovicz Criado pelo decreto de lei Nº 91 de agosto de 2006 (subordinado à gestão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente); Enquadra-se no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, conforme Lei Federal 9.985, de 18 de julho de 2000, como “Parque Nacional”, sendo uma Unidade de Conservação de Proteção Integral; Possui área total de 65.766,68m²; Localização - entrada do município de Bragança Paulista pela Rodovia Fernão Dias na Variante Farmacêutico Francisco Toledo Leme. Figura 5: Vista aérea do Parque Municipal Natural Petronilla Markowicz. Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico, Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos de Bragança Paulista- SP. Parque Frei Constâncio Nogara Faz parte do o projeto de recuperação do Parque Municipal da Hípica do Jaguari, futuro Parque Frei Constâncio Nogara em atendimento a um Termo de Ajustamento de Conduta – 16 TAC firmado entre a Sabesp, a Prefeitura do Município de Bragança Paulista e a Promotoria de Justiça de Bragança Paulista, Autos nº 1270/04, está fase de implementação. Área do projeto - 37,5 há; Localização - entre os bairros Cedro e Hípica Jaguari; Espera-se também com a criação do Parque a instalação da mata ciliar, proteção do solo, melhoria da infiltração do escoamento superficial, redução do assoreamento da calha do Córrego Águas Claras. Figura 6: Mapa geral de localização do Parque Municipal Frei Constâncio Nogara Fonte: SABESP. 17 RPPN Fazenda da Serrinha e Parque dos Pássaros Unidades de conservação de domínio privado, criadas por iniciativa do proprietário da área, mediante ato de órgão governamental (IBAMA ou órgão estadual de meio ambiente, quando houver regulamentação no Estado), desde que constatado o interesse público. Fazenda da Serrinha: Criada em 2001; Área – 15 hectares. Parque dos Pássaros: Criada em 2002; Área - 174,90 hectares. 1.1.3 Pré-Diagnóstico Socioambiental do Município de Bragança Paulista Inexistem diagnósticos efetivos sobre a problemática socioambiental bragantina; o presente texto é compilado a partir de diversas fontes e dá conta de algumas questões urgentes e relevantes, mas não pretende ser um diagnóstico definitivo. 1.1.3.1 Algumas Ações Socioambientais Atuais A. CAMPANHA USO RACIONAL DA ÁGUA A Prefeitura de Bragança Paulista realiza desde 2013 a Campanha Uso Racional da Água com ciclos de palestras nas escolas municipais. Esses encontros têm como objetivo conscientizar a população sobre a importância do consumo consciente. 18 Durante as palestras, as crianças são orientadas a multiplicar os seus conhecimentos com seus familiares para que, desliguem a torneira ao escovar os dentes, não usem mangueiras para lavar carros e quintais, só lavem as roupas na capacidade total das máquinas, reutilizem água da máquina para lavar o quintal, por exemplo, etc. Interessados em palestras com estes ou com outros temas ambientais podem solicitar as atividades diretamente na Secretaria de Meio Ambiente. B. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – SISTEMA MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Realização de Audiência Pública sobre Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos referente ao Plano Municipal de Saneamento Básico – Sistema Municipal de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. A audiência ocorreu no mês de maio de 2014 no auditório do Complexo Integrado de Segurança, Emergência e Mobilidade – CISEM. A audiência atende o art. 11, inciso IV, da Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007 e art. 39, inciso IV, do Decreto Federal nº 7.217, de 21 de junho de 2010 e tem como objetivo recolher subsídios para o processo de tomadas de decisões da Prefeitura no sentido de proporcionar aos cidadãos oportunidade de encaminhar seus pleitos, sugestões e opiniões, identificar de forma mais ampla os aspectos relevantes à matéria e dar publicidade a um assunto de interesse público. Durante a audiência pública houve a apresentação da situação (diagnóstico) da prestação destes serviços públicos no município e dos fundamentos para o planejamento (prognóstico) e do regime de prestação destes. Também houve a oportunidade para respostas às duvidas e sugestões apresentadas. 19 A minuta Impressa do Plano Municipal de Saneamento Básico – Sistema Municipal de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ficou disponível para consulta desde o dia 25 de abril até o dia 13 de maio/2014 na Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Os interessados também puderam encontrar a minuta no site www.braganca.sp.gov.br, nas abas: Meio Ambiente -> PMSB - Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos. Dúvidas e sugestões podiam ser encaminhadas pelo site ou protocoladas diretamente na Secretaria Municipal de Meio Ambiente. C. PARTICIPAÇÃO EM MANIFESTAÇÕES Bragança Paulista participou de manifestação em defesa do Sistema Cantareira, na manhã do dia 24/04/2014. O ato foi realizado pelo Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). O ato aconteceu na Rodovia José Augusto Freire (SP-036), na altura do km 100,8, entre Piracaia e Joanópolis. Na oportunidade, os representantes das diversas cidades que compõe o PCJ puderam ver de perto a situação da represa que está tomada pela vegetação. O objetivo do protesto foi alertar o poder público sobre os riscos econômicos da falta de água tanto na Região da Grande São Paulo como na região das Bacias PCJ. Entre as propostas apresentadas pelos manifestantes estão á necessidade de declaração de Estado de Calamidade Pública nas questões hídricas para as Bacias Hidrográficas do PCJ e Alto Tietê, com liberação imediata de recursos financeiros pelos governos estadual e federal. Além de discursos, faixas pedindo socorro pelo Sistema Cantareira e gritos de guerra, os manifestantes deram um abraço simbólico na represa, demonstrando a preocupação não só com a situação hídrica deste ano, mas com o futuro do sistema, que pode levar até dez anos para ser recuperado. 20 D. PALESTRAS REALIZADAS NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO Um exemplo de temas tratados nas palestras oferecidas pela equipe de Educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente é: Diferenças entre animais silvestres e domésticos. Aprender as diferenças entre os animais silvestres e domésticos é muito importante desde cedo, para que as crianças cresçam com consciência ambiental e não maltratem, capturem ou mantenham em locais inapropriados os animais. Foi exatamente com este objetivo que se realizam palestras com o tema “Bicho Solto”, para alunos do Ensino Infantil. As crianças na faixa etária entre dois e sete anos aprendem, com um veterinário e uma bióloga, que os animais domésticos como cães e gatos, podem viver junto com os humanos, desde que tenham espaço suficiente, sejam alimentados adequadamente, recebam tratamento veterinário adequado, enfim tenham seu bem estar garantido. Também aprendem que existem animais silvestres nativos, ou seja, que silvestres que são característicos do nosso país como o Tatu Bola, que inspira a mascote da Copa do Mundo e animais silvestres exóticos como leões, girafas e elefantes originários de outros países e que nos dois casos, estes animais não podem ser aprisionados e devem viver livres na natureza, sendo que só são permitidos animais como estes no zoológico com as devidas autorizações. Durante as palestras são exibidos vídeos musicais com os quais as crianças puderam interagir e aprender brincando. Interessados em palestras ambientais podem entrar em contato através do telefone 4034-6780, pelo e-mail [email protected] ou facebook.com/meioambientebraganca. E. PREFEITURA RECEBE EQUIPAMENTOS PARA FISCALIZAÇÃO DE DENÚNCIAS A Prefeitura recebeu diversos equipamentos para fiscalizações de denúncias e atendimentos veterinários emergenciais, tanto a animais domésticos como silvestres em situação de risco. 21 Foram recebidos na oportunidade 20 frascos de anestésicos, 25 aplicadores de micro chip, um pinção de mamífero, uma maca e 260 microchips. Os microchips fomentarão o programa de identificação e registro de animais domésticos, enquanto os medicamentos irão para o programa de controle populacional de animais domésticos. Os equipamentos e medicamentos foram recebidos por meio de assinatura de Termos de Ajuste de Conduta (TACs), que pertencem ao programa de Conciliação Socioambiental, implantando pela Administração Municipal em 2013. F. BRAGANÇA SEDIA REUNIÃO DA APA PIRACANTAREIRA No mês de abril de 2014 ocorreu nova reunião da Área de Proteção Ambiental (APA) Piracantareira em Bragança Paulista. Desta vez a reunião foi do Grupo de Acompanhamento do Conselho Gestor Unificado das APAs. A reunião ocorreu para o grupo conhecer, analisar e promover sugestões ao relatório desenvolvido durante Oficina de Planejamento Participativo, realizada no último dia 25 de março, referente ao Plano de Manejo das APAs Piracantareira. O próximo passo do grupo será apresentar sugestões para a empresa Lenc Engenharia, que está elaborando o Plano de Manejo, e para a Fundação Florestal, no dia 23. Em seguida, no dia 6 de maio, o grupo volta a se reunir, desta vez em Piracaia, a fim de consolidar o trabalho. O que é APA? Uma Área de Proteção Ambiental (APA) é uma unidade de conservação de uso sustentável cujo objetivo é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de seus recursos naturais. É geralmente uma área extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais, especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar da população. 22 G. PREFEITURA DESENVOLVE PROJETO SEMPRE SEPARADOS A Prefeitura de Bragança Paulista implantou em 2013 o Projeto Sempre Separados implantado. São ações ocorrem nos bairros do município, acordo entre a Prefeitura, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e contratados pela empresa. São realizadas vistorias nas residências a fim de verificar se existem no bairro residências e/ou comércios que estão jogando a água da chuva na rede de esgoto e o esgoto na rede de águas pluviais. Quando as águas da chuva são lançadas na rede de esgoto pode haver o rompimento ou entupimento das redes coletoras, comprometimento do tratamento de esgoto e extravasamento de esgoto na rua e imóveis, o que pode gerar grandes riscos para a saúde da população. Já quando o esgoto é lançado na galeria de água pluvial ele chega sem tratamento aos córregos, contaminando-os. Isto também pode provocar mau cheiro nos bueiros e causar proliferação de ratos e baratas. Na atual etapa do projeto deverão ser vistoriados cerca de mil pontos, entre residências e estabelecimentos comercias, a fim de verificar se existem ligações irregulares. Em caso de irregularidades, os proprietários serão notificados a executar as alterações necessárias. A previsão é que este trabalho seja concluído em três meses. Em 2013, o Sempre Separados foi aplicado nos bairros Residencial das Ilhas e Jardim Iguatemi. No primeiro foram vistoriadas 368 residências, sendo que em 70 haviam irregularidades. Já no segundo bairro, dos 39 imóveis, 16 estavam com as ligações irregulares. Em ambos os bairros os moradores foram notificados a regularizar a situação. Outra novidade em Bragança Paulista é o Projeto Córrego Limpo. A ideia é além de regularizar as ligações de esgoto e águas pluviais, não deixando que o esgoto seja lançado nos ribeirões, desenvolver ações de limpeza e monitoramento dos ribeirões em conjunto com a comunidade. 23 O projeto, que será desenvolvido em parceria com a Sabesp, deverá acontecer de forma piloto no Ribeirão Itapechinga, no Jardim Califórnia e, em seguida, se expandir para outras regiões da cidade. H. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) E DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PMGIRS) Há um canal virtual de atendimento ao público, disponibilizado no site da prefeitura, é uma iniciativa da Prefeitura Municipal, lançada em janeiro de 2014, como forma de assegurar mais um meio de comunicação entre a prefeitura e a população. O objetivo é aumentar a transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe e participe do processo de elaboração, revisão e adequação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Bragança Paulista e elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. A Administração Municipal acredita que a transparência e a participação social são os principais instrumentos para que a população colabore com o controle das ações de seus governantes, no intuito de checar se os planos estão sendo trabalhados como deveriam. Na página, a população poderá acompanhar e participar passo a passo, da elaboração, revisão e adequação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Bragança Paulista e elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Lá também a população encontrará todas as notícias e informações sobre as reuniões de trabalho, bem como formulário para envio de sugestões, críticas e dúvidas. Este é o canal direto com o grupo de trabalho que está elaborando os planos. Os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) e de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do município de Bragança Paulista estão sendo elaborados a partir do Termo de Cooperação Técnica assinado entre a Prefeitura de Bragança Paulista e a Agência PCJ. 24 OUTRAS AÇÕES, PROJETOS E INICIATIVAS EM ANDAMENTO: Recente revitalização da Secretaria do Meio Ambiente, com dotação orçamentária significativa prevista no próximo PPA - com isto algumas ações serão possíveis, como a ampliação das ações de fiscalização, a implantação de unidades de conservação municipais (já citadas) e uma maior presença das questões ambientais nos diferentes fóruns de discussão no município; Atuação dos centros universitários locais (USF e FESB) em ações de educação e conscientização ambiental; Criação da Sala Verde Pindorama – parceria da Secretaria Municipal da Educação com Ministério do Meio Ambiente - desde 2007 vem atuando como centro de referência na educação ambiental junto à secretaria de educação, com formação continuada de professores, e condução de diversas iniciativas como a parceria com Associação Terceira Via na implantação do Coletivo Socioambiental da Bragança Paulista, que reúne diversas organizações locais em projetos de defesa e educação ambiental, a saber: Curso de Formação Continuada em Introdução à Ecopedagogia; Formação de 80 Agentes Socioambientais através do Coletivo Mantiqueira; Disponibilização de acesso gratuito à internet para formação dos Agentes Socioambientais; Publicações sobre Sustentabilidade no informativo momento saúde - Unimed Bragança Paulista; Expedição Fotográfica “Mananciais em Foco”; Exposição das fotos feitas na expedição “Mananciais em foco” e realização de mesa redonda para discussão sobre os problemas observados; 25 Produção do “Guia Ambiental”; Realização de Evento no Lago do Taboão para lançamento e distribuição do Guia Ambiental, com mutirão de coleta de lixo do lago e de suas margens, distribuição de mudas, exposição das fotos “Mananciais em foco”, teatro para crianças, rodas rítmicas, entre outros; Coluna semanal “Ambiente em pauta” no Bragança Jornal Diário; Formação de Educação Ambiental para agentes do PSF (programa de saúde da família) no curso de Agentes Socioambientais; Criação de comissão para apontar soluções coleta seletiva; Participação na comissão organizadora do Simpósio Trajetórias Ambientais, da Universidade São Francisco; Planejamento e execução do Ciclo de palestras na Zona Rural; Produção de CD com vinhetas “momento ambiental” para veiculação em rádios e telefones; Promoção da Feira de Educação Ambiental – USF; Semana de Incentivo à Doação de Sangue; Capacitação de professores em Gestão de projetos Socioambientais na escola parceria FNDE/Terceira Via. Outro fator positivo é a forte participação de organizações de Bragança Paulista na recém-instituída APA do Piracicaba e Cantareira, a saber: CIESP, prefeitura Municipal, ONGs Bragança Mais, Mata Ciliar, Copaíba, CEA-USF, Associação dos Engenheiros e Sindicato Rural; Bragança integra duas APAs que se sobrepões - a do Piracicaba Juqueri e do Sistema Cantareira. Adesão ao programa Município Verde Azul - Bragança aderiu ao programa em 2008, em 2013 apresentou 54,5 pontos e figurou o 248º lugar, conforme avaliação feita pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, entre os 645 municípios que entregaram o plano de ação do referido programa. 26 Este ranking é resultado de uma avaliação ambiental, que mensura, através de notas, o desempenho das cidades em dez diretivas que regem o Projeto Ambiental Estratégico Município Verde Azul - esgoto tratado, lixo mínimo, recuperação da mata ciliar, arborização urbana, educação ambiental, habitação sustentável, uso da água, poluição do ar, estrutura ambiental e Conselho de Meio Ambiente”. Renegociação do contrato de concessão com a SABESP - que estabelece investimentos significativos em especial no que tange a saneamento e esgoto para os próximos 20 anos - Embora ainda indefinida, uma possível renovação contratual pode estar em curso, porém a Sabesp, de acordo com superintendente da Unidade e Negócio Norte, ainda mantém em 2014 as tratativas junto à Prefeitura de Bragança Paulista para a renovação do contrato. A companhia aguarda a conclusão do Plano Municipal de Saneamento para prosseguir com a negociação. Embrião de discussão da criação e gestão de Unidades de Conservação Municipais, a iniciar com a elaboração do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal “Petronilla Markowicz”, primeira Unidade de Conservação Integral de Bragança Paulista. Como Unidade de Conservação, o Parque somente poderá abrigar algumas atividades que não interfiram no equilíbrio ecológico da área. Foi realizado processo de construção coletiva e participativa do Termo de Referência, e será realizado um levantamento preliminar da fauna presente na área do parque, em parceria com o curso de Biologia da Universidade São Francisco e também do curso de Biologia da FESB. Particularmente neste parque já foram encontradas duas espécies de macacos, os Sauás e os Sagüis, que de acordo com os biólogos devem conviver em conflitos constantes na busca de território e de alimentos já que a área do parque não é muito extensa. 27 Programa de Microbacia - Bairro Biriçá - integra diversas ações como a elaboração de um plano de gestão ambiental da microbacia, estabelecido em conjunto com a comunidade local. A participação da comunidade se dá a partir de reuniões, eventos e questionários tanto na fase de diagnóstico quanto nas discussões mais aprofundadas, desenvolvidas com o apoio de especialistas da CATI, Secretaria do Meio Ambiente do Estado e outros parceiros; o projeto pretende ampliar a percepção dos moradores da microbacia sobre a importância dos recursos naturais: água, solo, fauna, flora e ar. O cuidado com os recursos naturais assegura às atuais e futuras gerações a utilização desses bens essenciais à qualidade de vida. O uso racional dos recursos naturais contempla os interesses coletivos, e possibilita a manutenção da capacidade produtiva e o valor das propriedades; foi já realizado um diagnóstico participativo de dimensão socioambiental, com a definição das atividades agrícolas executadas na microbacia hidrográfica e a caracterização do perfil das famílias que ocupam a área. Os problemas apontados pela comunidade foram selecionados e priorizados em função da sua associação às causas ambientais e de sua relevância para a comunidade. Biriçá do Campinho, Bragança Paulista-SP. A partir das necessidades apontadas, serão realizados eventos e projetos de transferência de tecnologia enfocando os aspectos agroambientais - manejo, irrigação, outorga, qualidade da água, gestão ambiental para a microbacia hidrográfica. Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II, que está sendo executado desde 2010 e segue até 2014. Proposta de Código de Urbanismo e renovação do Plano Diretor - Código de Urbanismo que está sendo proposto é um conjunto de regras que orienta, de modo objetivo, o Parcelamento do Solo (loteamentos, desmembramentos, etc.) e 28 o Zoneamento (localização das atividades no município: residencial, industrial, comercial, etc.), dentro das diretrizes do Plano Diretor. 1.1.3.2 Principais problemas socioambientais observados: A falta de uma política municipal de recursos hídricos - até dois anos atrás inexistia uma política municipal de meio ambiente; com a troca de governo na cassação do prefeito Jesus, entendeu a administração pública ser de suma importância a implantação de um sistema de gestão das questões ambientais do município. Em 2008, foi apresentado à Câmara Municipal o Projeto de lei de gestão dos recursos Hídricos, que até o presente momento encontra-se sem apreciação pelo legislativo; Carência de investimentos na coleta e tratamento de lixo - estima-se que Bragança Paulista gere no seu contexto urbano cerca de 120 toneladas de lixo diário (1 kg/habitante/dia); embora o sistema de colete até dê vazão ao crescimento do município, o tratamento e disposição de RSU não acompanha a necessidade municipal. Recentemente houve mesmo a interdição judicial do aterro sanitário da cidade. Entre os motivos do fechamento está a falta de uma licença ambiental. Desde 2008 o Ministério Público de São Paulo vinha notificando e multando a empresa Embralixo por falta de documentação e também por esgotamento da área do aterro sanitário. Foi negociado entre a Prefeitura de Bragança Paulista e a empresa coletora do lixo, Embralixo, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), como garantia de que todas as exigências ambientais serão atendidas. Na alternativa deste aterro já saturado, é o envio de todo o lixo produzido na cidade de Bragança Paulista para um aterro em Paulínia. Inclusive em meados de 2013 houve deslizamento de parte do aterro, o que prejudicou a rotina da Embralixo e fez com que todo o resíduo sólido produzido em Bragança fosse transbordado para a cidade de Paulínia. Apesar de apenas 1,7% do aterro ter sofrido o 29 deslizamento, a Cetesb embargou o local, considerado saturado. Uma área de extensão do aterro já tem licença da Cetesb para ser utilizada por um ano e dois meses. O órgão ambiental deu licença prévia para novo aterro sanitário, em frente ao atual, por mais 11 anos. A área demanda de estudos, terraplanagem, entre outros fatores para começar a funcionar. De comum acordo entre a Embralixo e a Prefeitura o contrato foi renovado (em 2013) por mais um ano, pelo mesmo custo operacional. Com isso a Prefeitura fez um adendo e a partir de então os custos do transbordo ficaram a cargo do Município. Devido o aterro ter sido embargado, a Prefeitura recorreu a área de sua propriedade, conhecida como Usina de Reciclagem, próxima ao aterro, na Estrada do Campo Novo, para que o transbordo do lixo pudesse ser feito. No local funciona irregularmente uma cooperativa de reciclagem. Foto 2: Aterro sanitário foi embargado pela CETESB. Fonte: Gazeta Bragantina. 30 A perda da cobertura vegetal, estimada hoje em menos de 10% da mata nativa original (dados do "Panorama do meio Ambiente" - editado pelo Comitê PCJ) - efetivamente a urbanização, aliada a práticas não sustentáveis no meio rural, trouxeram uma profunda destruição de remanescentes de cerrado e sobretudo mata atlântica originais. Embora ainda existam algumas grandes áreas de remanescentes florestais, não existem mecanismos para conter o avanço da especulação imobiliária e das atividades rurais não sustentáveis - com destaque para o eucalipto e braquiária. Deficiências no processo de fiscalização ambiental - é muito recente a iniciativa de municipalizar os serviços de licenciamento e fiscalização nos níveis 1 e 2, e a secretaria municipal não tem condições materiais ou humanas de atender à demanda do município. Um bom exemplo é a decisão judicial recente (03/2009) que obriga a Prefeitura Municipal a paralisar a concessão de licenças ou autorizações para implantação de loteamentos em todo o entorno de uma importante avenida da cidade até que seja elaborado EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental - Relatório de Impacto Ambiental). A liminar foi concedida em ação civil pública movida pela promotora de Justiça de Bragança Paulista Kelly Cristina Alvares Fedel e forçou a Prefeitura a analisar o licenciamento de diversos loteamentos em conjunto e não isoladamente, como pretendia a municipalidade. Consta que haviam pelo menos cinco loteamentos privados de médio e grande porte a serem implantados na região, sem que fosse feita uma análise conjunta dos impactos ambientais e urbanísticos que a implantação dos loteamentos causariam ao município. Só este caso significam 20.000 pessoas morando/circulando no entorno da Avenida em curto prazo sem que se tenha qualquer planejamento para tanto. Baixa consciência e pouca participação da sociedade - fruto de uma cultura de décadas de coronelismo político, a participação popular foi sempre negligenciada e pouco estimulada, ainda que existam diversas boas iniciativas. 31 Só recentemente é que se organizam fóruns de discussão e arbitragem de conflitos de interesses – ainda existe pouca eficiência e legitimidade do COMDEMA e pouca integração e comunicação entre as iniciativas existentes. 1.2 Justificativa Diversas organizações públicas e privadas atuam no município de Bragança Paulista, e vem desenvolvendo serviços, estudos, pesquisas, ações e projetos de educação/preservação ambiental/recursos hídricos. Nem sempre estas iniciativas conseguem a visibilidade ou articulação que permitam uma maior sinergia e integração entre si. De fato é comum existirem projetos semelhantes, (por vezes disputando os mesmos recursos), duplicidade de esforços e ações, uma forte (e às vezes insana) disputa política local e conflitos de interesse que não encontram respaldo de solução nas instâncias existentes. Observa-se ainda a ausência de ações importantes, ou lacunas de pesquisa e informação relevantes para os processos de desenvolvimento sustentável local. Apesar das iniciativas existentes ainda é primário o processo de informação e conhecimento sobre a problemática ambiental no município, nas esferas do poder público, do setor produtivo e da sociedade organizada. A premência, portanto foi de formação de lideranças capazes de perceber riscos e necessidades, de articular com outros segmentos para dirimir conflitos e perceber sinergias de ação, construindo uma agenda mínima em torno de questões de interesse coletivo e participando de processo de difusão de informações. A proposta foi trabalhar a formação do que se chama de “comunidades interpretativas” , que possuíssem interesses locais ou setoriais e que de alguma forma protagonizassem os desafios socioambientais do município. 32 Procurou-se definir um escopo mínimo para a ação de educação ambiental proposta, que integre os temas: Percepção ambiental do espaço urbano, rural, local e regional; Identificação de riscos e prioridades – grandes ações impactantes; Participação da sociedade na formulação de políticas públicas municipais de meio ambiente e proteção de recursos hídricos; Planejamento de ações, programas e projetos socioambientais; Formação de áreas de preservação e conservação, proteção aos mananciais e recuperação florestal; Educação ambiental para o consumo sustentável - resíduos urbanos e reciclagem; Ação fiscalizadora e integração dos setores – empresa – governo – comunidade. A organização proponente, por seu caráter não partidário e atuação focada nas questões de educação ambiental do município e região, apresentou e apresenta capacidade técnica e a necessária independência institucional para o fomento e promoção de ações de capacitação e os debates necessários à produção desse documento final retratando a visão da comunidade sobre desenvolvimento e sustentabilidade. Esta percepção do “todo” não poderia ser realizada por nenhuma das organizações existentes no local, que são comprometidas com seus próprios objetivos e prioridades, porém contribuíram significativamente na construção de uma visão integrada e diferenciada no espaço da cidade. 1.3 Objetivos gerais e específicos O projeto Bragança Sustentável pretendeu capacitar 500 lideranças locais / setoriais para participar de discussão diferenciada dos problemas ambientais do município de Bragança Paulista. 33 Objetivos específicos: Identificação de riscos e prioridades de ação em relação ao meio ambiente e recursos hídricos no município; Formação de comunidades interpretativas – núcleos de ação ambiental - que atuassem dentro de seus campos de interesse e interagissem com outros grupos e segmentos do município; Produção de informação e conhecimento que municiasse a formulação de políticas públicas de meio ambiente e recursos hídricos; Difusão de informações e resultados produzidos pelos processos formativos e comunidades capacitadas; Melhoria substancial da capacidade de organização social e participação da comunidade nas discussões de sustentabilidade no município. 1.4 Abrangência O projeto trabalhou no território do município, nos espaços rural e urbano, organizando grupos que atenderam aos programas de formação de agentes socioambientais, por afinidade local ou setorial. Foi público-alvo das ações específicas de capacitação em educação ambiental: Lideranças comunitárias (ONGs, associações de bairro, movimentos populares, grupos organizados, APMs e similares); Estudantes universitários, ensino médio e fundamental; Professores de ensino médio e fundamental. 34 Foram parceiros de execução do projeto: Prefeitura Municipal – Secretaria de Meio Ambiente; Universidade São Francisco – Centro de Estudos Ambientais; Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista – FESB; CATI Regional; Coletivo Socioambiental de Bragança Paulista; Sala Verde Pindorama; ONGs, Associações e Sindicatos; 1.5 Etapas do projeto Diferentes etapas de execução que demandaram estratégias diferenciadas: Etapa 1: Sensibilização e envolvimento dos atores Objetivo: Mapeamento e envolvimento de parceiros e comunidades. Lançamento do projeto Público-alvo: Organizações parceiras, comunidades e instituições/associações locais (por bairro/setor) Estratégia: Mapeamento do município possíveis parceiros para acolhimento, divulgação e parceria do curso: Igrejas, Associações de bairro, escolas públicas e privadas, ONGs, grupos organizados (por ex: escoteiros, grêmios, etc), instituições, organizações, associações, entre diversas outras. Ferramentas: A. Ação conjunta com a prefeitura nas secretarias – localização de parcerias. B. Contato para formalização de parcerias, entrega de ofícios e convite para o lançamento do projeto. C. Lançamento do projeto. 35 Etapa 2: Desenvolvimento das oficinas de formação de agentes socioambientais. Objetivo: Capacitação de facilitadores. Desenvolvimento e início das oficinas de formação de agentes. Público-alvo: Facilitadores interessados. Parceiros e grande público. Estratégia: Capacitação de no mínimo 20 e máximo 30 facilitadores do município. Organização de turmas de agentes observando a demanda do grupo/bairro. Ferramentas: Publicidade/propaganda, relações públicas. Desenho do conteúdo programático – consultoria pedagógica. Etapa 3: Organização das informações, produção do relatório final e difusão dos resultados do projeto Objetivo: Divulgação dos resultados do projeto – cursos realizados e soluções pactuadas. Público-alvo: população local e regional; secundariamente as organizações parceiras. Estratégia: controle de informação dentro do grupo gestor e executores – articulação institucional e relação com grande mídia. Ao término do projeto produção deste relatório final consolidado. Ferramentas: Relatório final (em formato impresso, CD-ROM e versões para acesso na rede virtual), entregues prioritariamente aos seguintes públicos: Poder executivo, secretarias municipais e poder legislativo; Conselhos municipais; Centros universitários e escolas técnicas; Instâncias do governo estadual e federal que atuam no município (CATI, agência ambiental, polícia militar, judiciário); Secretarias Estaduais; Organizações de atuação regional (Unicidades Comitê/Agência/Consórcio PCJ, APA; Mídia local e regional. 36 1.6 Conteúdos utilizados no programa de formação de agentes Formato e conteúdos sugeridos para o programa de formação de agentes: Módulos presenciais (24 horas + 3 horas), abrangendo o seguinte conteúdo programático: MÓDULO 0: Familiarizar as pessoas com o facilitador, com o grupo e com o curso. Apresentação do curso para +/- 35 pessoas (esperou-se um filtro natural para 25 pessoas) MÓDULO 1: Conceitos de Meio Ambiente e sustentabilidade. Nosso Meio o papel socioambiental. Ser Humano no meio ambiente. Percepção do espaço Urbano (rural, local, regional). Sensibilização sobre o Planeta como organismo vivo. Teoria de gaia. Ecologia. Resiliência. Convite a um olhar crítico – Diagnóstico. Conceitos de meio ambiente e sustentabilidade – introdução ao conceito de consumo sustentável; Nosso meio e nosso papel socioambiental - a inserção do ser humano e do cidadão no meio ambiente; Percepção ambiental do espaço urbano, rural, local e regional – exercitar o olhar crítico sobre nossos problemas socioambientais; Percepção ambiental com foco temático: recursos hídricos - nossa relação cotidiana com a água e a inserção dos problemas relacionados com a escassez, o mau uso, e a gestão dos recursos hídricos. 37 ENTRE MÓDULO 1 E 2 houve a preparação para o trabalho de campo. Um exercício da comunidade interpretativa, onde os agentes observaram a região em que vivem para elaborar um diagnóstico socioambiental, que foi levado ao módulo MÓDULO 2: Causa e Efeito: Estabelecimento de relação entre causa – consequência dos problemas socioambientais listados; Identificação dos riscos - estabelecer prioridades das ações; Avaliação de grandes ações impactantes – desmatamento, obras, crescimento urbano, industrialização, agricultura, perda de biodiversidade, desigualdade social, crises econômicas, descaso político; Dar continuidade ao trabalho de campo – exercício do papel de comunidade interpretativa – utilizando o diagnóstico socioambiental feito individualmente na sua comunidade, agora tornando-o uma ação em grupo; Identificação de riscos e estabelecimento de prioridades para a preservação de mananciais e gestão dos recursos hídricos no município; Avaliação de grandes ações impactantes – desmatamento, obras, crescimento urbano, industrialização, agricultura, perda de biodiversidade, desigualdade social, etc. Realização de diagnóstico socioambiental na sua comunidade, com foco em preservação dos mananciais e gestão dos recursos hídricos. MÓDULO 3: Avaliação de coleta de informações do trabalho de campo; Planejamento dos problemas listados (resultados do trabalho de campo) - alternativas já conhecidas, resolução dos problemas e parceiros identificados; Assertividade e resolução dos conflitos; Comunidade sustentável na percepção do grupo; 38 Como a sociedade pode atuar e participar na discussão e formulação de políticas públicas municipais de meio ambiente e proteção de recursos hídricos; Reunião de Pactuação – agenda e preparação; Avaliação de todo processo de aprendizagem. Módulos EAD (ensino à distância) (32 horas), com a seguinte pauta de temas: MÓDULO I: Nosso meio – Bragança e região; Histórico de desenvolvimento e atividades econômicas; Impactos ambientais presentes e seu grau de risco. MÓDULO II: Educação ambiental para o consumo sustentável; Resíduos urbanos e reciclagem; Pegada ecológica – o que podemos fazer? MÓDULO III: Recursos Hídricos; Proteção dos Recursos Hídricos; Gestão dos Recursos Hídricos; Futuro dos Recursos Hídricos; A proteção de recursos hídricos nas políticas públicas (Lei das Águas / Plano Municipal de saneamento e recursos hídricos). 39 MÓDULO IV: Sociedade Sustentável o que são políticas públicas municipais de meio ambiente O que é uma sociedade sustentável Experiências que deram certo Agenda 21 Trabalho de campo (8 horas), realizado no seguinte molde: Destinou-se a promover uma ação de pesquisa e identificação, na comunidade de participantes, de um PROBLEMA AMBIENTAL, com as seguintes condições: Que o problema fosse descrito e identificado no tempo – espaço, da comunidade; Que as causas do problema pudessem ser listadas; Que as consequências do problema pudessem ser previstas; Que se apresentassem potenciais soluções no plano de ação da comunidade e governo local; O trabalho de campo na maioria foi feito em dupla, ou no máximo por 3 pessoas, proporcionando assim em cada grupo uma visão de pelo menos 8 a 10 questões discutidas em cada comunidade interpretativa / turma formada. Reunião de Pactuação (3 horas) Encontro dos participantes com organizações públicas e privadas, para avaliar as ações, os problemas e propor soluções – este processo se iniciou a partir do módulo 2 e seguiu durante todo o curso – esta reunião final foi para firmar compromissos com a comunidade. 40 CARGA HORÁRIA TOTAL: 70 horas Desenho dos módulos: Módulo 0 - Presencial 3hs Módulo 1 Presencial 8hs Trabalho de Prática Campo presencial Módulo I EaD 8hs Módulo II EaD 8hs Módulo 2 Presencial 8hs Módulo III EaD 8hs Módulo IV EaD 8hs Módulo 3 Presencial 8hs Presencial 3hs Apresentação Reunião pactuação 8hs 1.7 Evento de lançamento do projeto O evento de lançamento do Projeto Bragança Sustentável ocorreu no dia 15 de março de 2012 das 17 horas e 30 minutos às 21 horas e contou com a presença de 107 participantes mais colaboradores somando um total de 150 pessoas presentes no evento. O local da realização do projeto foi o NAPA (Núcleo de Apoio de Professores e Alunos), com endereço na Rua São Bento, sem número no bairro Vila Aparecida, Bragança Paulista – SP. O evento de lançamento se iniciou com a recepção e credenciamento dos participantes, ás 17 horas e 30 minutos. Às 18 horas e 30 minutos deu-se início as palestras: 41 Abertura - apresentação do representante da Prefeitura Municipal de Bragança Paulista, Joaquim Gilberto de Oliveira (Secretario municipal do Meio ambiente de Bragança Paulista); 19 h - palestra sobre Educação ambiental e Formação de Militância, com Gianmarco Bisaglia Diretor Administrativo Financeiro da OSCIP Terceira Via; 19 h e 30 minutos palestra de apresentação do Projeto Bragança Sustentável com Anneliese Trummer ( Coordenadora do Projeto Bragança Sustentável) e Gianmarco Bisaglia Diretor Administrativo Financeiro da OSCIP Terceira Via; 20 h e 30 minutos - palestra sobre a Rede Coletivo Mantiqueira com Gianmarco Bisaglia e Maria Cristina Munõz Franco - Coordenadora da Sala Verde Pindorama; 21 h - Palestra de encerramento do evento e apresentação de parceiros, com Joaquim Gilberto de Oliveira, Malu Palmieri, Gianmarco Bisaglia e Maria Cristina Munõz Franco. Foto 1: Recepção do evento com Coffee Break. Fonte: Associação Terceira Via. Foto 2: Início do Evento chamamento para a primeira palestra. Fonte: Associação Terceira Via. 42 Foto 3: Auditório com os participantes do evento. Fonte: Associação Terceira Via. Foto 4: Joaquim Gilberto de Oliveira (Secretário Municipal do Meio Ambiente). Fonte: Associação Terceira Via. Foto 5: Gianmarco Bisaglia, Diretor administrativo e financeiro da OSCIP Terceira Via. Fonte: Associação Terceira Via. Foto 6: Anneliese Trummer, Coord. do Projeto Bragança Sustentável. Fonte: Associação Terceira Via. Foto 7: Gianmarco Bisaglia, Diretor Administrativo Financeiro da Terceira Via. Fonte: Associação Terceira Via. Foto 8: Dinâmica para envolvimento dos participantes. Fonte: Associação Terceira Via. 43 Para este evento de lançamento foram realizadas 5 reuniões entre a Terceira Via e o grupo de apoio (governança), onde foram decididas estratégias para a visibilidade de evento comunicação, listas de convidados, programação, mestre de cerimônias, pauta, etc. A primeira reunião ocorreu em 11/01/2012, no CEA (Centro de Educação Ambiental) localizado no Jardim Público Municipal. Ficaram decididas algumas direções, seguindo orientação do Termo de Referência para o evento de lançamento e estratégias para convidar os parceiros na montagem do evento. A segunda reunião ocorreu dia 09/02/2012, na Sala Verde – Pindorama, no NAPA (Núcleo de Apoio ao Professor e Aluno) localizada na Vila Aparecida. Estiveram presentes na reunião, além dos representantes da Associação Terceira Via e alguns dos principais parceiros do projeto. Foram esclarecidas para o grupo o conceito principal do Projeto e a importância do evento de lançamento e decididas estratégias práticas para o mesmo, como local, algumas datas possíveis, parceiros de comunicação no município e região, convidados, coffee break, etc. O próximo encontro ocorreu dia 09/03/2012, na Sala Verde – Pindorama, no NAPA (Núcleo de Apoio ao Professor e Aluno) localizada na Vila Aparecida. Estiveram presentes na reunião, além dos representantes da Associação Terceira Via os parceiros no projeto (Bragança +, Sala Verde Pindorama, entre outros). Foi confirmado o local de data para o evento, decidida pauta e cronograma para o dia do evento, assim como confirmação do Mestre de cerimônias. No dia 14/03/2012 ocorreu à última reunião antes do evento, entre a Associação Terceira Via e a Mestre de Cerimônias para esclarecer dúvidas e fechar a pauta e o conteúdo do evento. O quórum no evento foi satisfatório e respondeu as expectativas. Os presentes participaram ativamente das atividades propostas no lançamento. 44 Durante e logo após evento houveram manifestações de interesse em participar do curso, assim como de somar na equipe de apoio e também para serem facilitadores em grupos formados em suas comunidades. A mídia local se mostrou parceira, apresentando resultados eficientes para a visibilidade do projeto nos dias seguintes ao lançamento. Em relação a divulgação do evento de abertura Projeto Bragança Sustentável, esta não foi articulada da forma que utilizasse muitos recursos midiáticos, tais como, veiculação em televisões regionais, rádios, entre outros. Os meios de veiculação de informações que utiliza-se na sociedade moderna, trás muitos “bombardeios” de todos os tipos de informações diariamente a população, e a proposta aqui não era informar sobre o projeto, era integrar a população, fazer com que ela fosse o projeto propriamente dito. Foram feitas pesquisas com os moradores das comunidades, para se saber ao certo como articular o projeto e a forma de abordagem sobre a comunidade, havia a necessidade de se informar sobre o projeto, mas essa abordagem deveria transparecer o ideal do projeto. E a melhor forma foi à abordagem “Corpo a corpo”, por ser mais pessoal e permite que a própria sociedade integre os objetivos que serão propostos. Desta forma teve-se como prioridade do Projeto Bragança Sustentável, a multiplicação das informações por meio do “corpo a corpo”, ou seja, a própria comunidade presente no evento falaria das propostas do projeto e do curso de formação de agentes socioambientais. Dessa forma a identidade das comunidades seria mantida, e a relação de proximidade entre as mesmas aumentariam. Foram levados em conta então, os aspectos primordiais do projeto como a necessidade das comunidades se unirem, do esforço da população em fazer algo acontecer. A ideia de que as pessoas presentes no evento, já seriam as principais e iniciais multiplicadoras do projeto, seria algo que despertaria muito o interesse das pessoas próximas a elas, porque não existe ninguém melhor para divulgar alguma proposta, nesse caso o curso, 45 como um próprio amigo ou familiar. O convencimento e comprometimento dessas comunidades, que teriam a divulgação corpo a corpo, seria totalmente diferente das comunidades que iriam saber do curso por outros meios midiáticos de informação. 1.7.1 Divulgação dos Cursos As ações de comunicação aplicadas às etapas de sensibilização e envolvimento dos atores e de divulgação do curso e formação de turmas apresentam-se a seguir: AÇÃO: FATO GERADOR DE NOTÍCIA Instalação do Grupo de Governança Publicitar início do projeto Instalação do Grupo de Governança Publicitar início do projeto Formar base de dados de parceiros e apoiadores Evento de Lançamento PÚBLICOALVO MIDIAS E FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INDICADORES DE RESULTADO DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ETAPA 1 – SENSIBILIZAÇÃO E ENVOLVIMENTO DOS ATORES Objetivo: Divulgar o projeto Rede de contatos, Adesão e participação de Organizações relacionamento institucional, representantes de organizações no parceiras ofícios, e-mail marketing. grupo gestor. Site, redes sociais e listas de População em E-mails de resposta recebidos; discussão, jornal e rádio geral solicitações de informação. local. Rede de contatos, Adesão e participação de Organizações relacionamento institucional, representantes de organizações no parceiras. ofícios, e-mail e marketing. grupo gestor. Site, redes sociais e listas de E-mails de resposta recebidos; População em discussão, jornal e rádio solicitações de informação. geral. local. Telemarketing ativo Organizações, (pesquisa e qualificação); comunidades, CRM – registro de Base de dados do projeto formada coletivos. informações, e-grupo para comunicação sobre o projeto, ofícios e e-mail marketing. Ofício-convite com resumo Organizações do projeto para autoridades; parceiras e e-mail marketing convite com potenciais resumo do projeto para rede Presença de pessoas e organizações no parceiras do de relacionamento local e evento de lançamento; impacto gerado projeto; regional; telemarketing ativo pelo evento. lideranças para contatos especiais políticas e (autoridades e mídia); institucionais. cartazetes de divulgação em pontos estratégicos da 46 cidade; release informativo do evento para mídia regional e local Pré e pósevento); programa em rádio local antes do evento; banners – identidade visual; folhetos explicativos do projeto; publicidade gerada através de veiculação gratuita em mídia local e regional; ETAPA 2 – DESENVOLVIMENTO DE OFICINAS DE FORMAÇÃO DE AGENTES SOCIOAMBIENTAIS Objetivo: Divulgar os cursos / formar turmas Parcerias de execução – formação de comunidades para organização das turmas Organizações, comunidades, coletivos, lideranças locais. Formação das turmas População em geral – foco na divulgação dentro de cada comunidade parceira Rede de contatos, relacionamento institucional, ofícios e email marketing; utilização de visitas e reuniões nos bairros e junto a grupos temáticos. Produção de material de divulgação (cartazetes e postais), site do projeto, redes locais parceiras, inscrições on-line (via email), informações site (fale conosco), mídia local (rádio e jornais), palestras de divulgação, se pertinente. Comunidades identificadas e envolvidas – cursos organizados Turmas fechadas com quantidade de participantes prevista (25 por turma) 1.8 Capacitação de instrutores e pessoal de apoio A capacitação dos facilitadores do curso de formação de agentes socioambientais do projeto Bragança Sustentável teve como objetivo apresentar ao facilitador a intenção do projeto aproximá-lo do conteúdo pedagógico do curso e auxiliá-lo na prática de comandar processos participativos. A capacitação foi realizada em 3 encontros, divididos em 2 etapas, ambas realizadas na sala de apoio cedida pela FESB (Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista) localizada na Avenida Francisco Samuel Lucchesi Filho, 770 - Penha - Bragança Paulista. 47 Foram realizados em 3 encontros presenciais onde os participantes puderam experienciar as dinâmicas, foram abertas discussões sobre os temas do curso, debatidos conceitos e conteúdo do curso. Data Local Participantes Nº Conteúdo Capacitadores ETAPA I Apresentação do projeto 1º dia 04/05/2012 FESB – sala 00 11 2 Conceitos Facilitação (compromissos e conceitos Dinâmicas e conceitos 2º dia 05/05/2012 FESB – sala 00 Facilitação (compromissos 11 2 e conceitos) Conteúdos (módulos 00 ao II) ETAPA II Orientações do trabalho de campo (compromissos 1º dia 02/06/2012 FESB 10 3 e conceitos); Conteúdos (modulo II e III); Entendendo o EAD. Os facilitadores se mostraram interessados no projeto e com conteúdo compatível para a condução das turmas. 48 No primeiro encontro puderam mostrar criatividade. Foi aberto um grande espaço para mostrar conhecimentos e tirar dúvidas sobre os temas que serão abordados durante os cursos. Continuando a primeira fase da capacitação houve a possibilidade dos mesmos aprofundar e obter mais conhecimento sobre os temas, e experienciar as dinâmicas e conceitos envolvendo os módulos 0, I e II. Existiu dessa fase da capacitação a possibilidade dos mesmos de obter mais conhecimento sobre os temas meio ambiente e sustentabilidade que não conheciam ou não tinham tanta intimidade. Para finalizar a capacitação dos instrutores (facilitadores), houve mais diálogos sobre o conteúdo do módulo III presencial, aprofundamento no conceito do projeto e vivência do modelo participativo e prático para o trabalho de campo, presente em todos os módulos. Em ambas as fases da capacitação houve a conceituação de como é ser um educador ambiental e como utilizar desses conceitos dentro do curso de formação de Agente Socioambiental do projeto Bragança Sustentável. Foi exposta para os participantes a importância do facilitador no processo formativo do projeto. Toda construção dos temas práticos deviam ter intervenções do facilitador, porém sem ter a interferência do mesmo. O processo criativo era exclusivo dos participantes, onde o facilitador estimularia essa criação, com o cuidado de não 'ditar' o que acha conveniente os participantes fazerem, ou seja, o facilitador não deveria emitir opiniões e sugestões próprias, somente quando o grupo já apresentasse a ideia. Outro conceito importante apresentado foi o de o facilitador SEMPRE ressaltar os pontos positivos do trabalho de campo, mesmo que o trabalho não tenha sido finalizado positivamente. É importante frisar que todas as etapas concluídas no trabalho de campo foram importantes, e isso independe da conclusão e pactuação positiva. Assim o facilitador conseguiria evitar o sentimento de frustração do grupo. 49 Dentro da conceituação também foi informado pelos facilitadores ao grupo que todo diagnóstico participativo iria gerar este relatório final, gerando um material riquíssimo sobre o diagnóstico socioambiental do Município de Bragança Paulista feito pela própria comunidade. Os instrutores capacitados se mostraram interessados em continuar no projeto. Embora nem todos tenham apresentado experiência em instrução de grupos, todos mostraram grande interesse em aprender e criatividade para lidar com adversidades. Durante o processo a prática demonstraram suas aptidões na condução das turmas. Foi montada uma estratégia de sempre haver facilitadores com diferentes conhecimentos atuando juntos, para que os participantes dos cursos pudessem aproveitar melhor o conteúdo na formação de Agentes Socioambiental. Todos puderam revelar seus conhecimentos sobre Educação Ambiental e foi incentivado o uso da criatividade de forma prática e dinâmica. Os facilitadores atuaram, em grande maioria, em suas próprias comunidades e/ou também assumindo turmas de acordo com a linguagem do grupo, dias da semana, horários, etc. CRIAÇÃO DE UM TÓPICO Explicitando que em todos as formações e/ou oficinas foram utilizados no modulo 0 e 1 as mesmas diretrizes Módulo 0 – Esclarecimentos e Introdução ao Curso Foram esclarecidos ao grupo assuntos pertinentes ao curso de formação e seus objetivos como seguem: Mobilização socioambiental; Auxiliar na identificação de riscos e prioridades do meio ambiente e recursos hídricos da região; Formar comunidades interpretativas; 50 Produzir informações e conhecimentos que auxilie na formulação de políticas públicas; Difundir os resultados produzidos pelos processos formativos e comunidades capacitadas; Formar Comunidades - Melhorar a capacidade de participação e organização social. Esclarecimento de dúvidas sobre o curso, como horários, módulos, porcentagem de presença, entre outros. Apresentaram-se como foco principal da formação os processos de liderança, cooperação e confiança, relações e parcerias. E ainda que as lideranças e multiplicadores socioambientais a serem formados pelo curso devem também desenvolver certas habilidades, como a de saber escutar, se expressar, coordenar reuniões, tomar decisões, lidar com conflitos. Módulo I Foi 20% teórico, dando base para ampliar o conhecimento e 80% dinâmico, levando o agente a experienciar os temas abordados. Temas abordados: Meio Ambiente e sustentabilidade. – Diagnóstico. O módulo 0 teve como objetivo sensibilizar os participantes para o processo em si, alinhar as diferentes expectativas, apresentar os objetivos do programa de formação, bem como iniciar a formação do grupo. 51 Além disso, também introduziu alguns conceitos e processos socioambientais básicos, com o módulo I como já descrito acima. Neste primeiro Módulo o processo de formação foi realizado de maneira que o participante tivesse a oportunidade de analisar o contexto da sua realidade, entrar em contato com novos conceitos e referenciais ligados à questão socioambiental, com especial ênfase na abordagem de olhar para o seu bairro, analisar seu contexto e planejar uma iniciativa onde o conteúdo trabalhado pudesse ser colocado em prática. 2. OFICINAS REALIZADAS E RESULTADOS OFICINAS REALIZADAS E RESULTADOS 52 TURMA LOCAL DATA Agentes de Saúde – Planejada I e II Igreja Batista Boas Novas. Com o endereço, Avenida Doutor Arnaldo dos Santos Cerbeira, 132 - Cidade Planejada II. 10/10/2012 a 12/12/2012 FACILITADORES Cássia Souza e Kamily Imad NÚMERO DE INSCRITOS 36 (divididos em dois grupos) Discussão inicial sobre o projeto a ser elaborado pelas agentes de saúde, na ocasião foram levantadas várias possibilidades de ação. Grupo 1 - As atividades foram realizadas com sucesso sendo o trabalho de campo para a “Pactuação” a avaliação dos fatores DESCRIÇÃO GERAL de riscos ambientais e vulnerabilidade em região periférica do Município de Bragança Paulista. As Agentes realizaram a coleta de dados nos domicílios da região e a análise do meio ambiente das periferias. Grupo II – Realizado um projeto de levantamento de dados com o tema - animais abandonados, além de um projeto que objetivou a conscientização dos males das drogas. RESULTADOS Levantamento de dados sobre animais abandonados, fatores PACTUAÇÃO de vulnerabilidade ambiental, e conscientização sobre drogas. 53 Agentes da Planejada I e II realizando atividades do projeto. Agentes da Planejada I e II realizando atividades do projeto. TURMA LOCAL Sala Verde Pindorama NAPA - Núcleo Apoio dos Professores e Alunos - Rua São Bento-Vila Aparecida. DATA 16/08/2012 até 13/09/2012 FACILITADORES Cássia Souza e Kamily Imad 54 NÚMERO DE INSCRITOS 8 Inscritos O grupo foi formado por profissionais da educação da rede municipal de Bragança Paulista. Como resultado do levantamento das problemáticas o grupo elegeu o lago do jardim São Miguel entendendo ser uma situação na qual elas poderiam DESCRIÇÃO GERAL intervir diretamente com a comunidade. A proposta realizada pelo grupo foi de convidar os moradores do bairro para realizar uma expedição fotográfica pelo entorno do lago, objetivando (Re)conhecer o Lago do São Miguel através da educação socioambiental, despertando a valorização e pertencimento da comunidade local. RESULTADOS A atividade ocorreu no dia 20 de outubro de 2012, em um sábado à tarde incluindo a observação do espaço urbano e a edição de fotos. O interessante foi à percepção de algumas características nunca antes percebidas no bairro, como uma pequena trilha em uma área verde mais densa que dá acesso a uma nascente, a presença de várias espécies de animais, o reconhecimento de plantas medicinais, assim como entrevista com algumas pessoas que estavam pescando no lago sobre as percepções que elas PACTUAÇÃO tinham daquele espaço e o que elas mais gostavam e do que gostariam que melhorasse no local. 55 A atividade deste grupo não terminou por aí, com as fotos tiradas na expedição fotográfica, o grupo produziu um banner que ficou exposto nas escolas, comércios e posto de saúde do bairro, para que moradores que não participaram da expedição, pudessem, através das fotos, reconhecer este espaço, que faz parte da comunidade e que precisa ser valorizado e, posteriormente quando das obras de revitalização do local, poderão ser utilizadas para comparar o antes e depois da paisagem do lago do jardim São Miguel. Turma com Kit entregue e ao fundo trabalho de campo realizado. Turma discutindo conteúdo. Trabalho de campo. 56 Comentários dos participantes “Nos momentos do curso compartilhei ideias, pensamentos, esperanças e indignações e observei atitudes pequenas que podem trazer muitas mudanças” (Mariana Pinheiro). “Os temas e assuntos abordados foram muito interessantes, despertando o interesse para “tentarmos” ajudar o meio em que vivemos. Acho que pra mim foi muito mais especial, pois o plano de ação foi no meu bairro e consegui ”ver” coisas que antes não via e também levar às colegas de curso para conhecer aquele espaço” (Andreia Penha). TURMA LOCAL DATA FACILITADORES NÚMERO DE INSCRITOS Universitários da Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista- FESB Avenida Francisco Samuel Lucchesi Filho, 770 Penha - Bragança Paulista - FESB 30/06/2012 a 15/09/2012 Pedro Aquino, Anneliese Trummer e Rogério Ap. Moraes. 22 inscritos O grupo realizou todas as atividades propostas do curso. DESCRIÇÃO GERAL O tema escolhido para o trabalho de campo foi da instalação de um PEV (Posto de Entrega Voluntária) e a conscientização sobre a importância da coleta seletiva na FESB. O andamento desse 57 projeto e a pactuação está prevista para o ano de 2014. Por motivo de remanejamento da nova gestão de governo em Bragança Paulista que possivelmente irá ceder os PEV’s. Outros problemas listados pelos universitários foram à falta de arborização nas proximidades da universidade e na cidade em geral, lixo inadequadamente disposto, desperdício de água e ausência de área de lazer. Segundo o Termo de Referência o Público alvo atendido foi o de estudantes universitários. RESULTADOS Foi o ofício para a instalação de um PEV (Ponto de PACTUAÇÃO Entrega Voluntária). Alunos realizando os trabalhos propostos pelo 58 Alunos realizando os trabalhos propostos pelo projeto Alunos realizando os trabalhos propostos pelo projeto Alunos realizando os trabalhos propostos pelo projeto 59 Problemas levantados Durante o início do projeto. TURMA LOCAL DATA FACILITADORES NÚMERO DE INSCRITOS Agentes de Saúde Nilda Colli Rua Valéria de Lima Rodrigues, 114 – Bairro Vila Batista (Posto de Saúde) 13/07/2012 a 21/09/2012 Pedro Aquino, Anneliese Trummer e Kamily Nadim Imad 20 inscritos Os temas propostos no trabalho de campo foram a Coleta Seletiva, instalação de PEV’S (Postos de DESCRIÇÃO GERAL Entrega Voluntária), ampliação das informações sobre o DIBEM (Divisão de Bem Estar Animal) realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O grupo também fez um documento 60 listando os problemas ecológicos do bairro: 1. Recorrer ao Legislativo para conseguir lixeiras para coleta seletiva; 2. Fazer campanhas para diminuir as queimadas na mata próxima ao nosso bairro; 3. Realizar trabalhos voluntários de limpeza e fiscalização do bairro, alertando a população; 4. Conscientizar as pessoas que frequentam o parque do incentivando bairro, a dando união das informações pessoas e para fortalecer o trabalho dos agentes; 5. Colar cartazes na região, manifestando a importância da reciclagem e os cuidados que se deve ter com o Meio Ambiente. RESULTADOS O grupo planejou e executou o projeto de limpeza e conscientização com os moradores do bairro do CDHU, lavagem e “cobrimento” das caixas d’água como prevenção contra dengue e a lavagem como forma de prevenção de doenças. O grupo também elaborou um pré-projeto de Posse PACTUAÇÃO Responsável de Cães e Gatos com a confecção de folhetos informativos a respeito do assunto, seguem prioridades listadas pelos agentes de saúde: O macho é a melhor opção na castração, devido às complicações cirúrgicas que a fêmea tem (macho é mais simples); 61 Realizar castração nas fêmeas, caso o animal não seja de reprodução comercial; Todas as ações devem ser realizadas através de mutirões; Organizar listas com ONG´s e protetores de animais para recolher, tratar para posterior doação, livrando os animais de maus tratos. Roda de discussão com os Agentes de Saúde do bairro Nilda Coli Agentes de Saúde realizando as dinâmicas propostas 62 Produção do Trabalho de Campo 63 Comentários dos participantes “Foi importante no sentido de me conscientizar mais sobre o meio ambiente e o planeta em geral e como eu posso ajudar fazendo a minha parte mais corretamente com relação ao lixo, ao consumo e tudo o que pode ser feito para melhorar nosso planeta. Também com o que aprendi posso conscientizar mais pessoas ao meu redor e minha família.” “Para ficar mais inteirada dos problemas ambientais e tentar na medida do possível a 64 resolver pelo menos a minha parte dos problemas. Alguém tem que começar a ter atitude!” “O curso foi importante em vários sentidos e quem sabe não podemos estar resolvendo esses problemas agora, mas sim podermos passar para nossos filhos, para que o futuro seja diferente.” “Aprendi sobre diversos meios de reciclagem, noções de como é tratado o lixo e de como conscientizar as pessoas. Além de que temos que utilizar nossos próprios meios em vez de esperar por - ajuda.” “Primeiramente o relacionamento com agentes de outros bairros, que exercem funções como a nossa e também estão cientes dos problemas que enfrentamos o conhecimento de causas que passam despercebidas diante de nossos olhos e que, se resolvidos, trará grandes benefícios para toda a população. “ TURMA Agentes de Saúde- PSF – Bairro Toró LOCAL Avenida Doutor Arnaldo dos Santos Cerbeira, 132 Cidade Planejada II DATA 10/10/2012 a 12/12/2012 FACILITADORES NÚMERO DE Anneliese Trummer e Rogério Aparecido 28 inscritos INSCRITOS DESCRIÇÃO GERAL Durante o curso houve bastante interação do grupo com o facilitador, o que possibilitou que as atividades 65 dinâmicas ocorressem de forma bem interativa e divertida. No geral, os módulos ocorreram de forma harmoniosa e com a presença de debates ricos, em que foram discutidas questões socioambientais do bairro do Toró. O espaço para a realização do curso foi cedido pela Igreja Batista Boas Novas. Com o endereço, Avenida Doutor Arnaldo dos Santos Cerbeira, 132 - Cidade Planejada II. Houve a discussão sobre o projeto, a ser abordado pelas agentes de saúde, no qual foram levantadas várias possibilidades de ação, ficando decidido que as agentes fariam uma avaliação com os moradores do bairro, observando fatores de riscos ambientais e vulnerabilidade em região periférica do Município de Bragança Paulista, no qual as Agentes fizeram coleta de dados nos domicílios da região e análise do meio ambiente das periferias. RESULTADOS O grupo resolveu realizar um projeto de levantamento de dados com o tema de animais abandonados, com estatísticas de motivações para o abandono. E por último foi elaborado um projeto PACTUAÇÃO com o objetivo de conscientizar a grande massa jovem do bairro que possui problemas graves com drogas. Foi realizada uma passeata pelo bairro visando a conscientização dos jovens dos males do mundo das drogas. 66 Material da Enquete Realizada no Bairro do Toró Enquete Projeto: “Para onde vai o seu esgoto?” Endereço: Quantas pessoas residem no domicílio? Você sabe quais são seus direitos em relação ao destino do seu esgoto? Sim ( ) Não ( ) Qual o tipo de abastecimento de água? Rede Pública ( ) Poço ou nascente ( ) Qual o sistema de esgoto sanitário? Rede pública ( ) Fossa ( ) Céu aberto ( ) Caso você tenha poço e fossa, qual a distância e o nível entre eles? Para onde vai à água dos chuveiros e das pias? Planejamento do projeto “Para onde vai o seu esgoto?” Objetivo: Orientar a população da Rua Vicente Garisto quanto aos direitos e deveres referente ao esgoto. Metodologia: Fazer o levantamento da situação do esgoto na Rua Vicente Garisto (176 famílias) utilizando uma enquete, a fim de saber a situação em que se encontra o esgoto. Depois de realizarmos a aplicação da enquete e termos os resultados sairemos novamente para orientar a população quanto aos direitos e deveres referente ao esgoto, utilizando panfletos explicativos e faixas educativas. 67 Tempo estimado: *Elaboração da enquete: 4 horas (04/07/2012). *Aplicação da enquete: 2 dias (12/07/2012). *Levantamento de dados e elaboração da ação de conscientização: Será realizado conforme a disponibilidades de tempo das ACS’s (até dia 15/08/2012). *Ação de orientação: Será estipulado depois das ACS’s se reunirem para discutir os casos (Será realizado na segunda quinzena de Agosto). Pessoas envolvidas: Todas as ACS do EACS Toró. Agentes de Saúde desenvolvendo o Mapa Coletivo Agentes de saúde realizando atividades propostas 68 Agentes de Saúde realizando as atividades propostas Trabalho de campo Córrego assoreado e sem nenhum manejo ambiental no bairro do Toró 69 Problemática do lixo no bairro do Toró Água cinza escorrendo pelas bordas das ruas já com precária pavimentação Agentes de saúde realizando enquete com os moradores do bairro do Toró 70 Agentes de saúde do bairro do Toró Comentários dos participantes “Através do curso, passei a me conscientizar sobre o consumismo, a importância da preservação do meio ambiente, reduzir, reutilizar, reciclar. A qualidade de vida de todos para um mundo melhor depende da ação de cada um.” “Com certeza o curso me ajudou a entender melhor de como tudo isso funciona, coisas que eu não percebia antes, agora vejo melhor...como o nosso lixo e a desperdício que ajudamos a fazer. Espero que a partir de agora eu passe a contribuir para um mundo melhor. Vou me esforçar a ter consciência, mudar alguns hábitos errados e a conscientizar pessoas ao meu redor e na minha comunidade para o bem estar de todos.” “Aprendi que com pequenos gestos posso começar uma grande mudança.” “Aprendi a ter ideias mais sustentáveis, diminuir o consumo, visar um mundo mais “verde”. O ambiente é de todos, precisamos unirmos para atingir o objetivo: sociedade sustentável.” “Consegui aprender bastante sobre como separar os materiais recicláveis, pois até então não fazia este trabalho em casa.” “Foi importante, pois reacendeu a vontade de retomar esses temas ambientais que são esquecidos. (Pamela Lisa)” 71 TURMA Grupo dos Escoteiros Jaguary LOCAL Avenida Doutor Fernando Costa s/n - Posto de Monta DATA FACILITADORES NÚMERO DE 18/08/2012 e 20/10/2012 Anneliese Trummer e Paulo Souza 20 inscritos INSCRITOS O grupo esteve o tempo inteiro envolvido com os assuntos, participando ativamente de todas as atividades e cumprindo com todas as necessidades DESCRIÇÃO GERAL para a execução do projeto. Problemas levantados: Uso de drogas por adolescentes, lixo, zoonoses, esgoto a céu aberto, mau uso de áreas publicas e pouca área verde. RESULTADOS O grupo criou duas ações, sendo uma de arborização de área pública que foi feita no Posto de Monta no dia 15 de Novembro de 2012 e outra ação de consciência ambiental para a população, feita no lago PACTUAÇÃO do Taboão dia 17 de Novembro de 2012. A Associação Terceira Via auxiliou com o contato com os órgãos públicos e orientações, das quais foram feitas e com sucesso. 72 Escoteiros no curso do Bragança Sustentável Escoteira cavando cova do plantio das mudas Escoteiros com as placas de indicação das plantas confeccionadas 73 Estande de conscientização ambiental no Lago do Taboão Escoteiros com as placas de nomes das plantas já confeccionadas e com os instrumentos de escavação da terra Comentários dos participantes “O curso foi importante para mim, abrindo a visão com relação a situação global ambiental, ou seja, me proporcionou uma nova maneira de interpretar o cotidiano.” “Ele mudou o meu modo de pensar, agora eu penso mais sustentável. Antes eu não me importava para onde ia o lixo e nem como ele é tratado.” “Foi um curso muito interessante devido aos ótimos profissionais que nos ajudaram.” “Foi muito importante para cumprir metas do escotismo, mas o mais importante foi o que 74 eu aprendi com as coisas que as facilitadoras falaram. Vou sempre lembrar, vou ter mais conscientização para ajudar o meu planeta. Foi muito útil.” TURMA Agentes de Saúde Vila Davi Igreja evangélica, onde o Pastor da igreja é ativo na LOCAL comunidade e cede o espaço sempre que necessário para o beneficio do bairro/comunidade. Bairro Vila Davi. DATA FACILITADORES De 12/07/2012 ao dia 21/09/2012 Cássia Souza, Anneliese Trummer e Rogério Ap. Moraes NÚMERO DE INSCRITOS 22 inscritos O espaço cedido para o curso das Agentes de Saúde dos bairros, Vila Davi, Pedro Megalha e Jd. São Lourenço foi uma igreja evangélica, onde o Pastor da igreja é ativo na comunidade e cede o espaço sempre que necessário para o beneficio do bairro/comunidade. Com o endereço, Bairro Vila Davi. DESCRIÇÃO GERAL Os temas propostos para o trabalho de campo e onde haverá “Pactuação” foram a Coleta Seletiva com instalação de PEV’S (Postos de Entrega Voluntários) e uma divulgação para os moradores do bairro contra maus tratos de animais domésticos. Segundo o Termo de Referência o Público alvo atendido foi o de Lideranças Comunitárias. 75 RESULTADOS Os temas propostos para o trabalho de campo e onde houve “Pactuação” foram a Coleta Seletiva com instalação de PEV’S (Postos de Entrega Voluntários) PACTUAÇÃO e divulgação para os moradores do bairro contra maus tratos de animais domésticos. Agentes de saúde realizando as atividades propostas pelo curso Agentes de saúde realizando as atividades propostas pelo curso 76 Agentes de saúde da Vila Davi Comentários dos participantes “Além de passar a ter um conhecimento melhor do assunto, pude me conscientizar de como isso é importante para nossa sociedade e para nós mesmos. Agora tenho mais conhecimento para poder passar informações aos demais interessados” (Benedita Cristiane). “Para nos conscientizarmos que não basta querermos a mudança, e sim, devemos ser a mudança! Se vc quer mudança, comece por vc!” “Através do curso ampliei consideravelmente meu conhecimento a respeito do meio ambiente desde sua definição até a maneira pela qual preservá-lo, por consequência disso, mudei meu modo de pensar tornando-me um ser humano preocupado com a natureza que me rodeia.” “Com esse curso estou me esforçando para ser menos consumista, reciclando tudo o que é possível e quando possível, comprando produtos de empresas que respeitem a natureza.” 77 TURMA Agentes de Saúde Águas Claras Turmas I e II PSF (Programa de Saúde da Família), situado no Bairro LOCAL Jardim Águas Claras. DATA De 11/10/12 a 06/12/12 FACILITADORES Cássia Souza e Lilian Godoy NÚMERO DE INSCRITOS DESCRIÇÃO GERAL 47 inscritos A turma teve que ser subdividida em 2 turmas pois haviam muitas inscrições. Eles se interessaram pelo tema da coleta seletiva e por já serem agentes de saúde queriam se informar, e tomaram o curso como um excelente meio de difundir informações pelo bairro junto com o trabalho já realizado por eles então as duas turmas elaboraram o seguinte roteiro de trabalho de campo. RESULTADOS A “Pactuação” foi um documento com várias tarefas PACTUAÇÃO elaboradas pela turma, sobre Coleta Seletiva segue abaixo listagem: 78 Participantes do curso do Bragança Sustentável 79 Participantes do curso do Bragança Sustentável Participantes do curso do Bragança Sustentável Comentários dos participantes “O esclarecimento sobre os problemas ambientais que o planeta está sofrendo, que na maioria das vezes, somos nós que estamos provocando, com queimadas e jogando lixo em lugares impróprios.” “Foi importante, pois nos direcionou ao caminho certo, para elaborar projetos e dar andamento nas problemáticas relacionadas ao meio ambiente.” “Tudo que aprendemos no curso colocaremos em prática. Algumas coisas eu já realizava, porém outras eu aprendi no curso. Hoje olho para o planeta de forma diferente 80 e quero sempre aprender, pois nosso planeta está em constante mudança e nós, seres humanos, somos seus guardiões!” “Foi importante, pois aprendi os riscos que corremos quando não fazemos o descarte adequado do lixo. Agora posso passar adiante com segurança o que aprendi com o descarte indevido do lixo.” “Foi uma oportunidade ótima que tive porque aprendi coisas que nem imaginava e agora posso estar ajudando o próximo com o que aprendi.” “O curso serviu para que eu mudasse minhas atitudes em relação ao lixo. Conhecimento sobre coisas importantes que passam despercebidas no nosso dia a dia. Através das palestras tivemos conhecimento como funciona o sistema de coleta na nossa cidade. Aprendemos a valorizar ainda mais a necessidade de salvar o planeta.” “Foi bem esclarecedor, principalmente para meu trabalho de Agente Comunitário de Saúde. Agora tenho conteúdo para poder passar as informações para os meus cadastrados.” TURMA Moradores Condomínio Residencial Colinas da Colinas Mantiqueira Mantiqueira Condomínio LOCAL Residencial da situado na Rua Mauro de Próspero nº 500 - Bairro Altos de Bragança. DATA FACILITADORES De 30/07/12 ao dia 05/11/2012 Nilceia Neves e Cássia Souza 81 NÚMERO DE INSCRITOS 11 Inscritos O trabalho de campo da turma teve ênfase em várias ações dentro do condomínio relacionadas à implantação da Coleta Seletiva. O objetivo foi desenvolver uma pesquisa de campo no Condomínio Residencial Colinas da Mantiqueira, verificando o conhecimento e colaboração dos moradores referente ao Projeto ECOletivo ( nome proposto pelo DESCRIÇÃO GERAL grupo) que visou o descarte consciente e a destinação para reciclagem dos materiais consumidos e motivou os envolvidos (moradores, funcionários e prestadores de serviço) para a melhoria da Coleta Seletiva. Segundo o Termo de Referência o Público alvo atendido foi o de Lideranças Comunitárias (Associações de bairro). RESULTADOS Foi feito o dia sobre conscientização ambiental no PACTUAÇÃO bairro pelos moradores participantes do projeto, que tratou do tema da Coleta Seletiva. 82 Alunos do bairro do Colinas durante o curso do Bragança Sustentável Alunos do bairro do Colinas durante o curso do Bragança Sustentável Alunos do bairro do Colinas durante o curso do Bragança Sustentável 83 Comentários dos participantes “Através do curso, passei a me conscientizar sobre o consumismo, a importância da preservação do meio ambiente, reduzir, reutilizar, reciclar. A qualidade de vida de todos para um mundo melhor depende da ação de cada um.” TURMA Escoteiros Gebrapa O curso foi realizado na própria Sede dos Escoteiros LOCAL GEBRAPA que fica ao lado da Câmara Municipal dos Vereadores. Com o endereço, Praça Hafis Abi Chedid, 125- Jardim América. DATA FACILITADORES 11/08/2012 a 24/10/2012 Anneliese Trummer e Pedro Aquino NÚMERO DE INSCRITOS 21 inscritos Problemas levantados: lixo, zoonoses, esgoto a céu aberto, mau uso de áreas publicas e pouca área verde; - Como foram resolvidas as questões levantadas DESCRIÇÃO GERAL O grupo criou uma ação, de arborização de área publica em um espaço na Câmara Municipal dos Vereadores do Município de Bragança Paulista. A Terceira Via auxiliou com o contato com os órgãos públicos e orientações, das quais foram feitas e com sucesso. 84 Observações Gerais: O grupo esteve o tempo inteiro envolvido com os assuntos, participando ativamente de todas as atividades e cumprindo com todas as necessidades para a execução do projeto. RESULTADOS A realização de plantio de mudas e conscientização PACTUAÇÃO ambiental. Escoteiros GEBRAPA executando o plantio das mudas Escoteiros GEBRAPA executando o plantio das mudas 85 Escoteiros GEBRAPA executando o plantio das mudas Escoteiros GEBRAPA executando o plantio das mudas TURMA Universitários – Universidade São Francisco (USF) O LOCAL curso foi realizado na sala cedida pela Universidade São Francisco com endereço, Av. São Francisco de Assis, 218, Jd. São José. DATA O período de execução da turma foi do dia 18/08/12 86 ao dia 27/10/12. FACILITADORES Soraya Voigtel e Cássia Souza NÚMERO DE INSCRITOS 25 inscritos No trabalho de campo foi proposto à recuperação do Lago do bairro da Hípica em Bragança Paulista, porém na pactuação, através de um encontro do Ex Secretário do Meio Ambiente de Bragança Paulista Joaquim de Oliveira com agentes técnicos da SABESP foi relatado aos integrantes do curso, que esse Lago DESCRIÇÃO GERAL esta com o processo para sua recuperação no poder Judiciário não sendo permitidas alterações no local enquanto o processo tramita no poder judiciário. Sendo possível apenas os universitários fazerem o acompanhamento do processo e visualizar o projeto na secretaria responsável. Segundo o Termo de Referência o Público alvo atendido foi o de estudantes universitários. RESULTADOS Acompanhamento do processo de recuperação do PACTUAÇÃO lago do bairro da hípica. 87 Alunos da USF durante o Curso do Bragança Sustentável Alunos da USF durante o Curso do Bragança Sustentável Alunos da USF durante o Curso do Bragança Sustentável 88 Turma II de Universitários da Universidade São TURMA Francisco O LOCAL curso foi realizado na sala cedida pela Universidade São Francisco com endereço, Av. São Francisco de Assis, 218, Jd. São José. DATA FACILITADORES O período iria do dia 18/08/12 ao dia 27/10/12. Kamily Nadim Imad e Cássia Souza NÚMERO DE INSCRITOS 30 inscritos O curso foi cancelado devido a falta de quórum observada nas duas datas em que o curso foi realizado datas que foram realizadas: 18/08/2012 e 25/08/2012. Houveram 30 inscritos e apenas a presença de 08 a 10 alunos nos dois dias de curso. Não houve prosseguimento do curso, portanto não DESCRIÇÃO GERAL houveram “Pactuações”. Segundo o Termo de Referência o Público alvo atendido foi o de estudantes universitários. Reabertura de inscrição para a Turma II de Universitários da Universidade São Francisco O curso foi realizado na sala cedida pela Universidade São Francisco com o endereço, Av. São Francisco de Assis, 218, Jd. São José. 89 O período iria do dia 06/10/12 a 08/12/12, porém o curso foi cancelado devido à falta de quórum observada nas duas datas em que o curso foi realizado datas que foram realizadas: 06/10/12 e 20/10/12. Houveram 27 inscritos e a presença de apenas 10 alunos nos dois dias de curso. JUSTIFICATIVA - O curso foi reaberto, pois houve um problema de comunicação da parte da Universidade São Francisco e alguns alunos anteriormente haviam ficado em lista de espera para realizar o curso na Turma II que seria formada da primeira vez e havia ainda outros interessados que souberam do curso através da divulgação do Projeto na mídia local, via jornal e rádio, que se mostraram interessados em participar do curso e portanto contataram a organização do Projeto Bragança Sustentável. Nessa segunda tentativa com essa turma houve novas 27 inscrições de alunos mas houve novamente a baixa no quórum e o curso foi cancelado e não há possibilidades de abrirem novas inscrições na Universidade. Não houve prosseguimento do curso, portanto não houve pactuação. Segundo o Termo de Referência o Público alvo atendido foi o de estudantes universitários. 90 RESULTADOS Não houve pactuação, pois o curso não caminhou até PACTUAÇÃO o módulo do trabalho de campo. Módulo I do Curso com os alunos Módulo I do Curso com os alunos 91 TURMA Alunos Escola Josephina Parra Negretti LOCAL Euclides Federighi 70, centro, Vargem – SP DATA De 04/04/2014 a 09/05/2014 FACILITADORES NÚMERO DE INSCRITOS Kamily Nadim Imad e Claudia Regina Soriano 25 inscritos Essa turma foi realizada na Escola Municipal Josephina Parra Negretti, situada no município de Vargem, em função de uma das facilitadoras do curso do Bragança Sustentável trabalhar com os alunos dessa escola sobre meio ambiente, havendo o interesse por parte da escola em realizar o projeto DESCRIÇÃO GERAL Bragança Sustentável, então se resolveu estender o projeto para esse município. O curso foi desenvolvido nas manhãs de sexta feira a escola dava o apoio necessário para o desenvolvimento do mesmo. O curso foi realizado com alunos de 4ª e 5ª séries. As dinâmicas foram muito aceitas pelo grupo, havendo muita interação no projeto de campo. RESULTADOS No decorrer do curso os alunos se sensibilizaram com o tema do Consumo Sustentável, e tentaram aplicar 92 PACTUAÇÃO a sustentabilidade em sua própria realidade escolar. Sendo assim foi feito um projeto de compostagem na escola, que utilizou o recurso orgânico da própria produção de merenda da escola, o material orgânico foi coletado por uma semana e em seguida encaminhado para compostagem. A Compostagem foi realizada em pilha, alternando os restos de alimentos e palha seca. O tamanho da composteira foi de 1m de diâmetro. Na primeira semana foram recolhidos 120 litros de material orgânico. Posterior à fabricação de composto orgânico foi realizada uma horta orgânica no qual o adubo foi o próprio composto feito na escola. Houve interação de alunos professores e funcionários da escola. Colaborador do projeto limpando a área onde seria o canteiro das verduras 93 Colaboradores do projeto finalizando a área de plantio das verduras Composteira pronta para receber os resíduos orgânicos 94 Alunos do curso aprendendo como fazer a compostagem Facilitadora do curso explicando sobre compostagem 95 Composto pronto depois de pouco mais de 20 dias Canteiro já com composto orgânico, mudas de verduras sendo plantadas pelos alunos 96 TURMA Alunos Escola Sebastião Ferraz I LOCAL Bairro do Toró Rua principal DATA 05/04/2014 a 24/05/2014 FACILITADORES NÚMERO DE Kamily Nadim Imad e Claudia Regina Soriano 25 inscritos INSCRITOS Essa turma foi realizada na Escola Estadual Professor Sebastião Ferraz de Campos, situada Rua Capitão Júlio Gonçalves da Silva – Bairro Toró. DESCRIÇÃO GERAL O curso foi desenvolvido aos sábados período da manhã, a escola deu o apoio necessário para que o curso ocorresse. Esta unidade de ensino funciona aos finais de semana com o Projeto Escola da Família. O curso foi realizado com alunos de 7ª séries. RESULTADOS No decorrer do curso, os alunos por serem de um bairro muito carente, e desconhecerem as práticas de coleta seletiva, se interessaram em fazer um PACTUAÇÃO panfleto explicando o que é e como fazer a coleta seletiva no bairro, para ser explicado para os moradores do bairro. Além desta ação, pensaram na instalação de um PEV (Ponto de Entrega Voluntário) considerando ser 97 de fundamental importância para a educação dos moradores. Ficou acordado que o ponto ideal para a instalação do PEV no bairro é na Escola Municipal Maria Augusta, sendo um ponto estratégico e acessível a todos. Alunos durante o curso de Formação de Agentes Socioambientais Alunos realizando o Projeto de Campo 98 Alunos com o kit do Projeto Oficio para solicitação de PEV feito por alunos 99 Panfleto de conscientização sobre Coleta Seletiva Panfleto de conscientização sobre Coleta Seletiva 100 Panfleto de conscientização sobre Coleta Seletiva TURMA Alunos Escola Sebastião Ferraz II LOCAL Bairro do Toró Rua principal DATA De 05/04/2014 a 24/05/2014 FACILITADORES NÚMERO DE Kamily Nadim Imad e Claudia Regina Soriano 21 inscritos INSCRITOS Essa turma foi realizada na Escola Estadual Professor DESCRIÇÃO GERAL Sebastião Ferraz de Campos, situada Rua Capitão Júlio Gonçalves da Silva – Bairro Toró. 101 O curso foi desenvolvido aos sábados na parte da tarde, a escola dava o apoio necessário, pois a mesma funciona aos finais de semana com o Projeto Escola da Família. O curso foi realizado com alunos de 5ª e 6ª série da escola. RESULTADOS No decorrer do curso os alunos se sensibilizaram pelo tema do Consumo Sustentável, então como projeto de campo, levantaram os principais problemas ambientais da atualidade e confeccionaram cartazes, conversaram com a direção da Escola e obtiveram a licença para realizarem palestras de conscientização PACTUAÇÃO ambiental com os demais alunos da escola. E então eles se tornaram os agentes multiplicadores da Consciência Ambiental da escola. Realizaram um levantamento da pegada ecológica dos alunos que vária entre 1 e 1,89 planetas em relação ao consumo. Alunos durante o curso de Formação de Agentes Socioambientais 102 Alunos durante o curso de Formação de Agentes Socioambientais Alunos que compareceram no dia da entrega dos kits Alunos fazendo as palestras de Conscientização ambiental na escola 103 Alunos fazendo as palestras de Conscientização ambiental na escola Cartaz confeccionado pelos alunos Cartaz confeccionado pelos alunos 104 TURMA Bairro Quinta dos Vinhedos LOCAL Jd. Iguatemi Bairro Quinta dos Vinhedos DATA 06/04/2014 a 11/05/2014o FACILITADORES Kamily Nadim Imad e Claudia Regina Soriano NÚMERO DE INSCRITOS 21 inscritos Os encontros dessa turma ocorreram, aos domingos de manhã em espaço cedido por um dos moradores do bairro. Foram 6 encontros de 4 horas de duração cada. Os participantes já tinham uma boa relação de DESCRIÇÃO GERAL entendimento sobre várias questões ambientais e sociais. Os vídeos de sensibilização foram muito relevantes para a turma, principalmente os que levavam em conta a exploração dos recursos naturais e a questão da água. RESULTADOS O assunto escassez de água e consumo consciente foi de grande relevância durante o curso, pois se vive na região um momento problemático com a escassez PACTUAÇÃO deste recurso. Por esse motivo os participantes do curso, resolveram realizar um trabalho de conscientização no bairro sobre a questão - água. 105 Os instrutores responsáveis pelo curso foram até a prefeitura e recolheram material sobre preservação e uso consciente da água. Os moradores se dividiram em grupos realizaram a conscientização porta a porta no bairro sobre o uso racional da água. Participantes do curso realizando o projeto de Campo Participantes do curso realizando o projeto de Campo 106 Participantes do curso realizando o projeto de Campo TURMA Associação Local Seicho No Ie LOCAL Rua João Marcilio Nº 112 DATA 31/05/2014 a 12/06/2014 FACILITADORES Kamily Nadim Imad e Claudia Regina Soriano NÚMERO DE INSCRITOS 15 inscritos Essa turma foi no espaço da Associação Local Seicho No Ie, localizada Rua João Marcilio Nº 112. DESCRIÇÃO GERAL O curso foi desenvolvido em três sábado, com 8 horas de duração, as atividades propostas foram todas realizadas. Os participantes se interessaram muito pelos vídeos de sensibilização do curso, mostrando o aquecimento global, o problema da água entre outros temas. No decorrer do curso os alunos se sensibilizaram pelo 107 tema do Consumo Sustentável, então como projeto de campo, levantaram os principais problemas ambientais da atualidade, dentre eles o que se destacou mais, foi a questão do acúmulo de lixo, do esgotamento do Sanitário cidade, da terreno e destinado como uma ao Aterro forma de conscientização e preservação ambiental, a questão da Coleta Seletiva foi destacada, então os participantes do curso confeccionaram um Ofício a ser dirigido ao Secretário Municipal de Meio Ambiente de Bragança Paulista, para a instalação de um PEV(Ponto de Entrega Voluntário) para que a secretaria se responsabilize em instalar o PEV e coletar o lixo reciclável, esse PEV atingirá 3 bairros próximos. RESULTADOS PACTUAÇÃO PEV( Ponto de Entrega Voluntária). Imagem dos participantes do curso da Seicho No Ie 108 3. CONCLUSÃO Considerando os aspectos fundamentais da participação cidadã na gestão ambiental do município de Bragança Paulista, sugerida pelo Projeto de Formação de Agentes Socioambientais e as Pactuações realizadas e o grau de participação ocorrida durante o curso e as dificuldades encontradas concluiu-se que: Existiu participação cidadã de 79,4 % em relação ao número de inscritos (500) já que 397 agentes foram formados; Existiu a participação cidadã em relação aos temas escolhidos pelos participantes do curso; Quanto aos mecanismos de participação houve resultados positivos que podem constituir-se em modelos que poderão ser reproduzidos com as adaptações pertinentes as particularidades de cada meio; Desenvolveu-se nos grupos trabalhados, em sua maioria, uma crescente consciência tanto individual como coletiva sobre a importância de influir nas decisões de ordem ambiental por parte da comunidade; Houve dúvidas quanto ao que é a participação, quem participa, como e quando participar das discussões e transformações de situações socioambientais consideradas inadequadas na cidade. No que se referem às causas que dificultam a participação cidadã os grupos expressaram que: Não há de forma generalizada uma cultura de participação pública; Há limitada capacidade da gestão pública e da própria sociedade para concretizar a incorporação da opinião pública nos processos de tomada de decisões; A luta de interesses entre atores políticos leva muitas vezes a desvirtuar a participação da comunidade voltando à atenção desta para interesses próprios e não da comunidade; 109 Falta capacitação tanto de atores sociais como dos governos municipais nos processos de gestão ambiental; Os mecanismos existentes nos municípios para viabilizar a participação cidadã são incipientes. RECOMENDAÇÕES Criar e/ou aperfeiçoar mecanismos de participação cidadã para a gestão ambiental, de maneira que esta participação ocorra desde o início da concepção de uma ideia e não somente quando o cidadão se sentir afetado; Criar mecanismos de prevenção dos conflitos ambientais; Institucionalizar os instrumentos de participação cidadã, utilizando preferencialmente as estruturas e organizações já existentes; Elaborar em nível dos governos locais uma estratégia de participação tanto de caráter formal como informal, que não somente receba a opinião, sugestões e reclamações cidadãs, mas também faça com que o cidadão participe das decisões a serem tomadas e os informes dos resultados das ações que se desenvolvam; Criar ou fortalecer entes técnicos para que facilitem a participação cidadã. Promover e desenhar, por parte dos organismos regionais, programas de capacitação para agentes e atores dos municípios e dos grupos organizados para melhorar sua capacidade de gestão ambiental, dentro dos quais se destacam: Realização de workshops regionais sobre gestão ambiental local e participação cidadã; Preparação de documentos de difusão de experiências exitosas em gestão ambiental local; Organização de visitas em outros municípios para conhecer experiências exitosas no assunto; 110 Criação de um programa que promova o funcionamento de redes temáticas e que facilitem a participação cidadã. 111