Activelle
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Activelle® RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. Denominação do medicamento Activelle® Comprimido revestido por película 2. Composição qualitativa e quantitativa Cada comprimido revestido por película contém: Estradiol anidro 1 mg (na forma de estradiol hemi-hidratado) e acetato de noretisterona 0,5 mg. Excipientes ver 6.1. 3. Forma farmacêutica Comprimido revestido por película. Comprimidos redondos e biconvexos, com um revestimento branco e com um diâmetro de 6mm. Os comprimidos têm a gravação NOVO 288 de um lado e APIS de outro. 4. Informações clínicas 4.1 Indicações terapêuticas Terapêutica Hormonal de Substituição (THS) para sintomas de deficiência de estrogénio em mulheres em menopausa há mais de um ano. Para prevenção de osteoporose em mulheres na pós-menopausa que possuam um risco aumentado de futuras fracturas osteoporóticas. A experiência no tratamento de mulheres com mais de 65 anos é limitada. 4.2 Posologia e modo de administração Activelle é um produto para terapêutica hormonal de substituição contínua combinada, destinado a mulheres com o útero intacto. Deve-se administrar oralmente um comprimido por dia, sem interrupção, de preferência à mesma hora todos os dias. Para o tratamento dos sintomas pós-menopáusicos, deve ser utilizada a dose eficaz mais baixa. A THS deve apenas ser mantida enquanto o benefício do alívio de sintomas graves for maior que o risco. Uma mudança para um produto combinado de dosagem superior pode ser indicada se a resposta após três meses de terapêutica for insuficiente no alívio satisfatório dos sintomas. Nas mulheres com amenorreia e que não estão a fazer THS ou que mudaram de outro produto de THS contínuo combinado, o tratamento com Activelle pode ser iniciado em qualquer dia que seja conveniente. Nas mulheres que estão a ser transferidas de regimes de THS sequencial, o tratamento deverá ser iniciado logo após ter terminado a hemorragia de privação. Se o doente se esquecer de tomar um comprimido, este deve ser rejeitado. O esquecimento de uma dose pode aumentar a ocorrência de sangramento e o aparecimento de manchas. 4.3 Contra-Indicações - Conhecimento, suspeita ou história passada de cancro da mama; - Conhecimento ou suspeita de tumores malignos estrogénio-dependentes (por exemplo: cancro do endométrio) - Hemorragia genital não diagnosticada - Hiperplasia endométrica não tratada - Tromboembolismo venoso corrente ou idiopático anterior (trombose venosa profunda, embolismo pulmonar) - Processos tromboembólicos arteriais activos ou recentes (por exemplo: angina, enfarte do miocárdio) - Doença hepática aguda ou história de doença hepática em que os testes da função hepática não voltaram ao normal - Hipersensibilidade conhecida às substâncias activas ou a algum dos excipientes do produto; - Porfiria 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Exame médico / check up. Antes de iniciar ou reiniciar a terapêutica hormonal de substituição, deverá anotar-se a história médica, pessoal e familiar completa. Os exames físicos (incluindo pélvicos e da mama) devem ter isto em atenção assim como as contra-indicações e precauções de utilização deste produto. Durante o tratamento, são recomendadas avaliações regulares com uma frequência e natureza adaptadas a cada mulher individualmente. As mulheres devem ser avisadas de quais as alterações que caso ocorram nas suas mamas devem ser reportadas ao médico ou enfermeira. Investigações, incluindo mamografias, deverão ser feitas de acordo com as práticas de rastreio correntes, modificadas de acordo com as necessidades clínicas individuais. Deve ser cuidadosamente avaliada a relação risco/benefício durante o período de tratamento nas mulheres submetidas a terapêutica hormonal de substituição. Condições que necessitam de supervisão Caso se apresentem algumas das seguintes condições, se já tiverem ocorrido e/ou se agravaram durante a gravidez ou uma terapêutica hormonal prévia, é necessário uma supervisão estreita da mulher. Deve ser tomado em linha de conta que estas condições podem, em casos raros, ser recorrentes ou agravarem-se durante o tratamento com Activelle, particularmente: - Leiomioma (fibrose uterina), endometriose - História de doenças tromboembólicas ou presença de factores de risco (ver abaixo) - Factores de risco para tumores dependentes de estrogénio, por exemplo hereditariedade de 1º grau para cancro da mama - Hipertensão - Diabetes mellitus com ou sem envolvimento vascular - Alterações hepáticas (p. exp. adenoma do fígado) - Colelitíase - Enxaquecas ou cefaleias (fortes) - Lúpus eritematoso sistémico - História de hiperplasia endométrica (ver abaixo) - Epilepsia - Asma - Otosclerose Razões para descontinuação imediata da terapêutica A terapia deverá ser descontinuada caso sejam descobertas contraindicações e nas situações seguintes: - Icterícia ou deterioração da função hepática - Aumento significativo na pressão sanguínea - Recorrência de cefaleias do tipo enxaqueca - Gravidez Hiperplasia do endométrio O risco de hiperplasia do endométrio e carcinoma encontra-se aumentado quando os estrogénios são administrados sozinhos durante períodos prolongados. Para reduzir, mas não eliminar este risco, é essencial associar a terapêutica estrogénica a um progestagénio durante pelo menos 12 dias por ciclo em mulheres não histeroctomizadas. Nos primeiros meses de tratamento pode ocorrer sangramento e aparecimento de manchas. Se aparecerem após algum tempo de terapia, ou se continua após interrupção do tratamento, a razão deverá ser investigada, o que pode incluir uma biópsia do endométrio para excluir o risco de malignidade no endométrio. Cancro da mama Ensaios controlados aleatorizados e estudos epidemiológicos reportaram o aumento do risco de cancro da mama em mulheres a tomar estrogénios ou associações de estrogénio-progestagénio para THS durante vários anos (ver secção 4.8). Este risco acrescido aumenta durante a toma de THS parecendo que regressa à linha de base aproximadamente 5 anos após a paragem do tratamento. Mulheres que utilizam associações de estrogénioprogestagénio possuem um risco similar ou possivelmente mais elevado relativamente às que utilizam apenas estrogénio. Foi determinado em estudos epidemiológicos que cancros da mama diagnosticados em utilizadores recentes ou correntes de THS possuem uma menor tendência para se desenvolverem para além da mama do que os diagnosticados em não utilizadoras. Mulheres nas quais o cancro da mama surgiu após a terapêutica com THS têm tendência a ter tumores com características menos agressivas, quando comparadas com mulheres com cancro da mama que não tomaram THS. O risco acrescido foi encontrado maioritariamente em mulheres com constituição física fraca a normal. Apesar das mulheres obesas possuírem um risco acrescido de vir a sofrer de cancro da mama, a THS não causou qualquer acréscimo a esse risco. Tromboembolismo venoso A THS encontra-se associada a um maior risco relativo de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), isto é, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Estudos epidemiológicos e um ensaio controlado aleatorizado concluíram existir um risco 2 a 3 vezes superior nas utilizadoras, comparativamente às mulheres não utilizadoras. Para as não utilizadoras estima-se que o número de casos de TEV que ocorrerão num período de 5 anos é cerca de 3 em cada 1000 mulheres com idades entre os 50 e os 59 anos e 8 em cada mil mulheres com idades entre os 60 e os 69 anos. Estima-se que mulheres saudáveis que utilizem THS durante 5 anos, o número de casos adicionais de TEV seja entre 2 e 6 (melhor estimativa = 4) em cada 1000 mulheres com idades entre os 50 e os 59 anos e entre 5 e 15 (melhor estimativa = 9) em cada 1000 mulheres com idades entre os 60 e os 69 anos. A ocorrência de tal evento é mais provável no primeiro ano de THS do que mais tarde. Os factores de risco de TEV geralmente reconhecidos incluem história pessoal ou história familiar de ocorrência de TEV, obesidade grave (Índice de Massa Corporal >30 Kg/m2) e lúpus eritematoso sistémico (LES). Não existe um consenso quanto ao possível papel das veias varicosas na TEV. Doentes com história de TEV ou estados trombofílicos conhecidos possuem um risco acrescido de TEV. A THS pode aumentar esse risco. Uma história pessoal ou familiar forte em tromboembolismos ou abortos espontâneos recorrentes, deverá ser investigado por forma a excluir uma predisposição trombofílica. Até ter sido efectuada uma investigação rigorosa dos factores trombofílicos ou ter sido iniciado um tratamento com anticoagulantes, a utilização de THS nestes doentes deverá ser vista como estando contra- indicada. As mulheres que já estejam a fazer tratamento com anticoagulantes requerem uma consideração cuidada do risco/benefício da utilização de THS. O risco de TEV pode aumentar temporariamente devido a imobilização prolongada, traumatismo grave ou grande cirurgia. Conforme acontece a todos os doentes em fase pós-operatória, deverá ser dada escrupulosa atenção às medidas profiláticas usadas para a prevenção do TEV no pósoperatório. Nos casos em que é provável existir uma imobilização prolongada após cirurgia, particularmente nas cirurgias abdominais ou ortopédicas dos membros inferiores, deverá ser considerada uma paragem temporária da THS, se possível durante as quatro a seis semanas que antecedem a cirurgia. O tratamento não deverá ser iniciado até que a mulher recupere completamente a mobilidade. Caso haja desenvolvimento de TEV após início da terapêutica, o medicamento deve ser suspenso. As mulheres deverão ser avisadas para entrar em contacto com os seus médicos imediatamente quando se apercebam de um potencial sintoma tromboembólico (por exemplo: tumefação dolorosa na perna, dor súbita no peito, dispneia). Doença coronária arterial (DCA) Ensaios clínicos controlados aleatorizados não forneceram evidências de benefícios cardiovasculares com MPA e estrogénios conjugados combinados administrados de forma contínua. Ensaios clínicos de grande dimensão mostraram um possível aumento do risco da morbilidade cardiovascular no primeiro ano de utilização, não ocorrendo qualquer benefício daí em diante. Para outros medicamentos de THS ainda não existem ensaios controlados aleatorizados que determinem o benefício na mortalidade e morbilidade cardiovascular. Como tal, permanece indeterminado se estas determinações se aplicam a outros medicamentos de THS. AVC Um ensaio clínico aleatorizado (ensaio-WHI) de grandes dimensões determinou, como resultado secundário, um aumento do risco de AVC em mulheres saudáveis durante o tratamento com MPA e estrogénios conjugados combinados administrados de forma contínua. Para mulheres que não utilizam TSH, estima-se que o número de casos de AVC que ocorrerá num período de 5 anos é cerca de 3 em cada 1000 mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 59 anos e 11 em cada 1000 mulheres com idades entre os 60 e os 69 anos de idade. Estima-se que para mulheres que utilizem MPA e estrogénios conjugados durante 5 anos, o número de casos adicionais se encontre entre 0 e 3 (melhor estimativa = 1) por cada 1000 mulheres com idades entre os 50 e os 59 anos e entre 1 e 9 (melhor estimativa = 4) por cada 1000 mulheres com idades entre os 60 e os 69 anos. Desconhece-se se o acréscimo do risco é extensível a outros medicamentos de THS. Cancro do ovário A utilização a longo termo (pelo menos 5-10 anos) de medicamentos de THS compostos apenas por estrogénio em mulheres histerectomizadas foi associada a um acréscimo no risco de cancro do ovário em alguns estudos epidemiológicos. Desconhece-se se a utilização a longo termo de THS combinados apresenta um risco diferente de medicamentos constituídos apenas por estrogénio. Outras condições Os estrogénios podem provocar retenção de líquidos e como tal doentes com disfunções renal ou cardíaca devem ser observados cuidadosamente. Doentes com insuficiência renal terminal devem ser observados cuidadosamente, pois é esperado que os níveis de circulação das substâncias activas do Activelle aumentem. Mulheres com hipertriglicemia pré-existente devem ser seguidas de perto durante a substituição estrogénica ou terapêutica hormonal de substituição, uma vez que foram reportados casos raros de grandes aumentos nos níveis plasmáticos de triglicéridos, que originaram pancreatites, em situações de terapêutica estrogénica nestas condições. Os estrogénios aumentam a globulina de ligação à tiróide (GLT), levando ao aumento da hormona da tiróide total em circulação, medida pelo iodeto ligado às proteínas, níveis de T4 (por coluna ou por radioimunoensaio) ou níveis de T3 (por radioimunoensaio). A captação da T3 pela resina está diminuída, reflectindo os níveis aumentados de GLT. As concentrações de T4 e T3 livres permanecem inalteradas. Outras proteínas de ligação podem estar elevadas no soro, como por exemplo, a globulina ligada ao corticóide (GLC), a globulina de ligação às hormonas sexuais (GLHS) levando a níveis aumentados de corticóides e esteróides sexuais em circulação, respectivamente. As concentrações de hormonas activas biológicas e livres permanecem inalteradas. Outras proteínas plasmáticas poderão estar aumentadas (angiotensina/substracto renina, alfa 1- antitripsina, ceruloplasmina). 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção O metabolismo dos estrogénios e progestagénios pode aumentar pelo uso concomitante de substâncias indutoras de enzimas metabolizadoras de medicamentos, especialmente a enzimas do citocromo P450, tais como anticonvulsivantes (por exemplo: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina) e anti-infecciosos (por exemplo: rifampicina, rifabutina, nevirapina, efavirenz). O ritonavir e o nelfinavri, embora conhecidos como inibidores fortes, exibem, por contraste, propriedades indutoras quando usados concomitantemente com hormonas esteróides. Preparações com plantas contendo Erva de St. John (Hypericum perforatum) podem induzir o metabolismo de estrogénios e progestagénios. Clinicamente, um metabolismo aumentado de estrogénios e progestagénios pode originar um efeito diminuído e alterações no perfil de sangramento uterino. Os medicamentos que inibem a actividade dos enzimas microssomicos hepáticos metabolizadores de fármacos, como por exemplo o cetoconazole, podem aumentar os níveis das substâncias activas de Activelle em circulação. 4.6 Gravidez e aleitamento Activelle é contra-indicado durante a gravidez. Se ocorrer gravidez durante o tratamento com Activelle, este deve ser suspenso imediatamente. Os dados da análise de um numero limitado de gravidezes expostas indicam efeitos adversos da noretisterona no feto. Em doses mais elevadas do que as normalmente utilizadas em formulações de THS e OC, foi observada a masculinização de fetos femininos. Os resultados da maioria dos estudos epidemiológicos relevantes à exposição inadvertida do feto a associações de estrogénio e progestagénio, não indicam existência de efeito teratogénico e fetotóxico. Lactação O Activelle não é indicado durante a lactação. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Desconhecem-se quaisquer efeitos. 4.8 Efeitos indesejáveis Os efeitos adversos reportados com maior frequência em ensaios clínicos realizados com o Activelle, foram a hemorragia vaginal e a dor/tensão mamária, reportado em aproximadamente 10-20% dos doentes. A hemorragia vaginal geralmente ocorre durante os primeiros meses de tratamento. A dor mamária normalmente desaparece após alguns meses de terapêutica. Todos os efeitos adversos observados nos ensaios clínicos aleatorizados com uma frequência mais elevada em doentes tratados com Activelle quando comparados com o placebo e os quais numa avaliação geral são possivelmente relacionados com o tratamento estão referidos na tabela abaixo . Sistema Órgão Classe Muito frequente >1/10 Frequente >1/100; <1/10 Pouco frequente >1/1000; <1/100 Candidíase vaginal ou genital, ver também “Sistema reprodutivo e desordens da mama” Infecções e infestações Cancro da mama, ver abaixo* Neoplasmas benignos e malignos (incl. Cistos e pólipos) Perturbações do sistema imunitário Perturbações metabolismo nutrição e Hipersensibilidade, ver também “Desordens da pele e tecido subcutâneo” Retenção de fluídos, ver também “Desordens gerais e condições locais de administração” Depressão ou depressão agravada Cefaleia, Enxaqueca ou enxaqueca agravada do da Perturbações psiquiátricas Perturbações sistema nervoso do Náuseas Perturbações gastrointestinais Dor abdominal, distensão abdominal ou desconforto abdominal, flatulência ou meteorismo Alopécia, hirsutismo ou acne, Prurido ou urticária Cãibras nas pernas Perturbações da pele e tecidos subcutâneos Dor de costas Dor ou mamária tensão Hemorrágica vaginal Perturbações gerais e condições de administração locais Investigações Nervosismo Tromboflebite superficial Perturbações Vaculares Perturbações músculoesqueléticos, tecido conjuntivo e do osso Perturbações do sistema reprodutivo e da mama Raro >1/10 000;<1/1000 Edema da mama ou alargamento da mama Fibróide uterina agravada, recorrência da fibroide uterina ou fibroide uterina Edema periférico Aumento de falta de eficácia Tromboemboli smo venoso profundo Embolia pulmonar peso * O risco de cancro da mama aumenta com o número de anos de uso de THS. De acordo com dados de estudos epidemiológicos - 51 estudos epidemiológicos realizados entre 1970 e 1990 e reportados em re-análises e também de estudos mais recentes – a melhor estimativa do risco em mulheres não sujeitas a THS revela que é esperado que um total de aproximadamente 45 mulheres em cada 1000 venham a ter diagnosticado cancro da mama entre os 50 e os 70 anos de idade. Também é estimado que, entre aquelas que estejam actualmente ou tenham recentemente recebido terapêutica com THS, o número total de casos adicionais durante o período correspondente será entre 1 e 3 (melhor estimativa = 2) casos adicionais por 1000 mulheres que usam THS durante 5 anos, entre 3 e 9 (melhor estimativa = 6) casos adicionais por 1000 mulheres que usam THS durante 10 anos, entre 5 e 20 (melhor estimativa = 12) por 1000 mulheres que usam THS durante 15 anos (ver secção 4.4). O número de casos adicionais de cancro da mama é de um modo geral similar nas mulheres a realizar THS, independentemente da idade de início de utilização de THS (apenas entre as idades de 45-65). Experiência pós-comercialização: Adicionalmente às reacções adversas medicamentosas mencionadas acima, aquelas apresentadas em seguida foram notificadas espontaneamente, e são consideradas como possivelmente relacionadas com o tratamento com Activelle numa avaliação geral. A taxa de notificação destas reacções adversas medicamentosas espontâneas é “muito raras” (<1/10000 doentes ano ). A experiência pós-comercialização está sujeita a notificação deficitária, especialmente relativamente a reacções adversas medicamentosas triviais e bem conhecidas. As frequências apresentadas devem ser observadas nesse contexto: Neoplasmas benignos e malignos (incluindo quistos e pólipos): Cancro do endométrio; Perturbações Psiquiátricas: Insónia, ansiedade, decréscimo da libido, acréscimo da libido; Perturbações do sistema nervoso: tonturas; Perturbações visuais: distúrbios visuais; Perturbações vasculares: Hipertensão Agravada Perturbações gastrointestinais: Dispepsia, vómitos; Perturbações hepatobiliares: doença da vesícula biliar, colelitíase, colelitíase agravada, recorrência de colelitíase Perturbações da pele e do tecido subcutâneo: seborreia, exantema, edema angioneurótico; Perturbações do sistema reprodutor e da mama: hiperplasia endometrial, prurido vulvovaginal; Investigações: diminuição do peso, aumento da pressão sanguínea; Foram notificadas outras reacções adversas associadas com o tratamento com estrogénios/progestagénios: - Neoplasmas benignos e malignos estrogénio-dependentes, p.ex. cancro do endométrio; - Tromboembolismo venoso, p.ex. trombose venosa profunda na perna ou na pélvis e embolismo pulmonar, que são mais frequentes em utilizadoras de terapêutica hormonal de substituição do que em não utilizadoras. Para mais informação, ver secção 4.3 Contra-indicações e 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização; - Enfarte do miocárdio e AVC; - Perturbações da pele e dos tecidos subcutâneos: cloasma, eritema multiforme, eritema nodoso , púrpura vascular. 4.9 Sobredosagem Uma sobredosagem poderá manifestar-se por náuseas e vómitos. tratamento deverá ser sintomático. O 5. Propriedades farmacológicas 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Código ATC G03F A01 Estrogénio e progestagénio para terapêutica hormonal de substituição contínua (THS). Estradiol: a substância activa, o 17β-estradiol , é quimicamente e biologicamente idêntico ao estradiol endógeno humano. Este composto substitui a diminuição da produção de estrogénio nas mulheres após a menopausa e alivia os sintomas da menopausa. Os estrogénios previne a perda óssea após a menopausa ou ovariectomia. Acetato de noretisterona: Como os estrogénios promovem o crescimento do endométrio, os estrogénio isolados aumentam o risco de hiperplasia do endométrio e cancro. A adição de um progestagénio reduz, mas não elimina, o risco de hiperplasia do endométrio induzido pelos estrogénios em mulheres não histerectomizadas. Em ensaios clínicos realizados com o Activelle, a adição do acetato de noretisterona melhorou a acção do 17β-estradiol no alívio dos sintomas vasomotores. O alívio dos sintomas da menopausa é conseguido durante as primeiras semanas de tratamento. Activelle é um medicamento de THS combinado e contínuo administrado com o propósito de evitar a hemorragia regular de privação associada à THS cíclica ou sequencial. Após 9-12 meses de tratamento, foi observada amenorreia em cerca de 90% das mulheres. Foram observadas hemorragias e/ou manchas em 27% das mulheres durante os primeiros 3 meses de tratamento e em 10% durante o 10º e o 12º meses de tratamento. A deficiência de estrogénio na menopausa está associada a uma rápida diminuição da massa óssea e a um aumento da reabsorção óssea. Como tal, se possível, deve iniciar-se o tratamento preventivo para a osteoporose tal cedo quanto possível após o início da menopausa em mulheres com um risco acrescido de fracturas devidas à osteoporose. O efeito dos estrogénios na densidade mineral óssea é dependente da dose. A protecção aparenta ser eficaz durante o curso do tratamento. Os efeitos de Activelle na densidade mineral óssea foram avaliados em ensaios clínicos aleatorizados, duplamente cegos, controlados por placebo durante um período de 2 anos, em mulheres no período pós-menopausa (n=327 num ensaio clínico, incluindo 47 tratadas com Activelle e 48 com Kliogest (2mg estradiol e 1mg de acetato de noretisterona); n=135 noutro ensaio clínico, incluindo 46 tratadas com Activelle). Todas as mulheres receberam um suplemento de cálcio variando entre 500 e 1000 mg diários. O Activelle preveniu de modo significativo a perda óssea ao nível da coluna lombar, anca , rádio distal e do esqueleto em geral, comparativamente às mulheres tratadas com placebo e um suplemento de cálcio. Nas mulheres em pós-menopausa recente (1-5 anos após a última menstruação), as alterações na percentagem de densidade mineral óssea basal na coluna lombar, colo do fémur e trocânter femural, nas doentes que completaram 2 anos de terapêutica com Activelle, foram de 4,8±0,6%, 1,6±0,7% e 4,3±0,7% (média ± desvio padrão) respectivamente, enquanto que para a combinação da dose mais alta com 2 mg E2 e 1 mg de NETA (Kliogest) os valores foram de 5,4±0,7%, 2,9±0,8% e 5,0±0,9%, respectivamente. Após 2 anos de tratamento com Activelle e Kliogest, a percentagem de mulheres que manteve ou aumentou a densidade mineral óssea foi de 91% e 89%, respectivamente. Num estudo realizado em mulheres na pós-menopausa com uma média de idade de 58 anos, o tratamento com Activelle durante 2 anos aumentou a densidade mineral óssea em 5,9±0,6% na coluna lombar, em 4,2±1,0% na anca , em 2,1±0,6% no rádio distal, e em 3,7±0,6% no total do esqueleto. 5.2 Propriedades farmacocinéticas A seguir à administração oral de 17β-estradiol na forma micronizada, ocorre uma rápida absorção pelo tracto gastrointestinal. Após sofrer um extenso efeito de primeira passagem no fígado e outros órgãos entéricos, atinge um nível de concentração plasmática de aproximadamente 35 pg/ml (entre 2152 pg/ml) num intervalo de 5 a 8 horas. A semi-vida do 17β-estradiol é de cerca de 12-14 horas. Este circula ligado à SHBG (37%) e à albumina (61%) enquanto apenas cerca de 1-2% circula livre. O metabolismo do 17βestradiol ocorre principalmente no fígado e vesícula mas também nos órgãos alvo, envolvendo a formação de metabolitos menos activos ou inactivos, incluindo a estrona, os catecolestrogénios e vários sulfatos de estrogénio e glucuronidos. Os estrogénios são excretados através da bílis, onde são hidrolizados e reabsorvidos (circulação entero-hepática), e principalmente na urina, numa forma biologicamente inactiva. Após administração oral, o acetato de noretisterona é rapidamente absorvido e transformado em noretisterona (NET). Sofre efeito de primeira passagem no fígado e em outros órgãos entéricos e atinge um nível de concentração plasmática de aproximadamente 3.9 ng/ml (entre 1.4-6.8 ng/ml) num intervalo de 0.5 a 1.5 horas. A semi-vida do NET é de cerca de 8-11 horas. O NET circula ligado à SHBG (36%) e à albumina (61%). Os metabolitos mais importantes são isómeros de 5α-dihidro-NET e de tetrahidro-NET, que são excretados principalmente através da urina, como sulfatos ou conjugados de glucuronido. A farmacocinética nos idosos não foi estudada. 5.3 Dados de segurança pré-clínica A toxicidade aguda dos estrogénio é baixa. Uma vez que existem diferenças marcadas entre as espécies animais e entre animais e humanos, os resultados pré-clínicos possuem um valor predictivo limitado para a aplicação de estrogénios em humanos. Em animais de experiência, o estradiol ou valerato de estradiol mostraram um efeito embrioletal em doses relativamente baixas; foram observadas malformações do tracto urogenital e femininização de fetos masculinos. A noretisterona, tal como as outras progesteronas, causou virilização de fetos femininos em ratos e macacos. Após dose elevadas de noretisterona foram observados efeitos embrioletais. Os dados pré-clínicos baseados em estudos convencionais de toxicidade em doses reiteradas, não revelaram riscos particulares relativamente ao potencial genotoxicico e carcinogénico para além daqueles discutidos noutras secções do RCM. 6. Informações farmacêuticas 6.1 Lista dos excipientes Núcleo do comprimido: Lactose monohidratada Amido de milho Copovidona Talco Estearato de magnésio Revestimento por película: Hipromelose Triacetina Talco 6.2 Incompatibilidades Não aplicável. 6.3 Prazo de validade 3 anos. 6.4 Precauções especiais de conservação Não conservar acima dos 25ºC. Não refrigerar. Mantenha a embalagem dentro da embalagem exterior. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 1x 28 comprimidos ou 3 x 28 comprimidos em embalagens calendário A embalagem-calendário de 28 comprimidos consiste nos 3 seguintes componentes: - A base em polipropileno colorido opaco - A tampa em forma de anel, em poliestireno transparente - O disco central em poliestireno colorido opaco Nem todos os tamanhos da embalagem podem estar comercializados. 6.6 Instruções de utilização e manipulação Não existem instruções especiais. 7. Titular da autorização de introdução no mercado ISDIN - Laboratório Farmacêutico, Unipessoal, Lda. Avenida da Forte, nº 3 - Edifício Suécia II, Piso 4-Ala A Carnaxide 8. Número da autorização de introdução no mercado 2819282 - embalagens de 28 comprimidos 2819381 - embalagens de 3 x 28 comprimidos. 9. Data da primeira renovação da autorização de introdução no mercado 10. Data da revisão do texto Abril de 2004