Revista da Anicer | nº 81

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Revista da Anicer | nº 81
Revista da Anicer | nº 81
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NONONONONONNNOONO
Compromisso com desenvolvimento sustentável e responsabilidade ambiental
Consultorias para análise dos processos produtivos, com foco no controle sistêmico
das ações, redução das emissões, desperdícios, sustentabilidade e tecnologia.
Qualificação com foco no desenvolvimento
da indústria e na consolidação da avaliação da
conformidade dos produtos de cerâmica vermelha
como método fundamental à qualificação de
produtos e ampliação do mercado.
Consultoria
com
objetivo
de
maximizar
o
rendimento no uso das formas de energias
(elétrica/térmica) e evitar perdas, identificando os
pontos de desperdício de energia no processo.
Desenvolvido para medir o impacto ambiental
decorrente de toda a cadeia de produção de um
produto, sistema ou processo, com o objetivo
principal de minimizar os impactos ambientais. A
indústria cerâmica é o primeiro setor da construção
civil brasileira a desenvolver a Avaliação do Ciclo
de Vida de seus produtos.
Promove a sustentabilidade nas Micro e Pequenas
indústrias de cerâmica vermelha, por meio de um
conjunto de ações para implantação da Gestão
Empresarial, promoção da Inovação Tecnológica,
Eficiência Energética e Licenciamento Ambiental.
A execução do projeto fortalece a economia
do setor e melhora a qualidade dos produtos
oferecidos no mercado.
Saiba mais sobre nossos projetos pelo telefone (21) 2524.4431
ou e-mail: [email protected]
Revista da Anicer | nº 81
www.fundacer.org.br
Caros colegas,
Passados 21 anos desde sua fundação oficial na CNI, em Brasília, a Anicer inicia o 9º mandato de suas diretorias. Olhando para trás,
sentimos grande satisfação em ver o que foi realizado e conquistado pelo e para o setor: visibilidade, confiança e respeito da sociedade,
dos consumidores, dos governos e seus organismos e de entidades com as quais nos relacionamos. E nesta evolução, a Anicer foi peça
fundamental.
Agora olhamos para o futuro e pensamos, qual é o horizonte de nossas fábricas e as perspectivas daqui para frente? Esperamos o progressivo crescimento da construção habitacional e a já anunciada continuidade do programa “Minha Casa Minha Vida”. Entretanto, esse
mercado não nos está garantido e será necessário conquistá-lo de forma competitiva, principalmente com blocos, tijolos, telhas e tubos
fabricados em conformidade com as Normas e qualificados nos PSQs do PBQP-H.
Precisaremos também caracterizar nossos produtos de acordo com a nova NBR 15.575 (Norma de Desempenho). Para isso, o Ministério das Cidades está em busca de soluções para implementação de laboratórios que realizem ensaios necessários à caracterização
dos materiais. Fabricamos produtos que certamente atendem ao desempenho requerido. Construções seculares, no Brasil e no mundo inteiro, comprovam isso. Mas é preciso demonstrar. Vale ainda lembrar que a regra é válida para todos os setores de materiais que
compõem o PBQP-H.
O novo projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida”, com o parceiro Sebrae, facilitará em muito a busca das cerâmicas por maior qualidade,
eficiência energética e gerencial, além de competitividade e adequação ambiental, quando necessária.
Temos também outro importante trabalho a ser feito em nossas fábricas: a adequação às Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego, com destaque para a NR 12, que já tem trazido transtornos a algumas Cerâmicas. Vale destacar que a importância do atendimento da “Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos”, é principalmente para evitar ou minimizar a ocorrência
cos e judiciais.
de acidentes. A prevenção é muito positiva, principalmente nos aspectos sociais, econômicos
minário de SensibilizaJá fizemos, em parceria com o Ministério e nossas entidades do sudeste, o primeiro Seminário
cas e principalmenção, realizado propositalmente em Itu, região que aglomera grande quantidade de cerâmicas
te necessidade de
te de fabricantes de equipamentos, dos quais espero que tenham compreendido a urgente
os seminários em
adequação de equipamentos novos e de ajuda às fábricas para os já instalados. Faremos
todas as regiões, possivelmente nesta sequência: Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte.
Aos ceramistas que pensam em comprar algum equipamento novo, tenham o cuidado de adquiri-lo em
urem profissionais
conformidade com a NR 12. Quanto à adequação de suas instalações, é saudável que procurem
habilitados. Normalmente o Sesi de todas as regiões dispõe desse serviço bastante qualificado. Independente
m locais onde exista
disso, leiam a Norma e posteriormente entrem em suas fábricas com olhar crítico, procurem
risco iminente de acidente, fazendo as correções necessárias. Esse procedimento já será um bom começo.
Precisamos também ficar atentos ao novo Código de Mineração, que está prestes a ser enviado ao Cono atual.
gresso Nacional pelo Governo, e que poderá trazer importantes modificações na legislação
A icer
An
e
Conto com a ajuda de nossa nova Diretoria, associados de todo o Brasil e da equipe da Anicer
para continuarmos com sucesso o grande trabalho que temos pela frente. Saudações,
Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves
Presidente da Anicer
Sumário
NONONONONONNNOONO
DIRETORIA ANICER
PRESIDENTE:
Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves
1º VICE-PRESIDENTE:
Ralph Luiz Perrupato
10
2º VICE-PRESIDENTES:
(todos os presidentes de entidades
mantenedoras)
MEIO AMBIENTE
Mineradoras fluminenses livres do EIA/Rima
18
CENÁRIO
Novos fabricantes estreiam no mercado brasileiro
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MATERIAIS
Para todos os gostos
1º SECRETÁRIO: Fernando Ibiapina
2º SECRETÁRIO: Natel Moraes
40
FEICON BATIMAT 2013
Anicer lança novo projeto durante Feicon Batimat
DIRETOR DA ÁREA AMBIENTAL:
Henrique Morg
54
CAPA
Sob novo comando
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ENCONTRO NACIONAL
Anicer e Sindicer/PE lançam o 42º Encontro Nacional
03
ARTIGO DO PRESIDENTE
06
CARTAS
08
INTEGRADAS
12
METRO QUADRADO
Residencial com ares modernos
DIRETOR DE MARKETING:
Constantino F. Neto
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PONTO DE VISTA
Fernando Razuk, diretor de Incorporação da EBM
DIRETOR DE NORMAS E QUALIDADE:
Claudio Kurth
16
TENDÊNCIA DE MERCADO
Vinte e quatro quadros
DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS:
Luis Lima
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ARTIGO TÉCNICO
Caracterização de resíduo de lâmpada fluorescente para incorporação
em cerâmica vermelha
30
MOMENTO INSPIRAÇÃO
Arquitetura vermelha
48
COLUNA DA QUALIDADE
50
CERÂMICA VERDE
Por um tijolo mais sustentável
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PERFIL
Cerâmica Romana
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MAROMBANDO
Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves, presidente da Anicer
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MERCADO E INOVAÇÃO
66
SOCIAL
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NOTÍCIAS DA ANICER
70
EVENTOS
1º TESOUREIRO: Marcelo Augusto Lima
2º TESOUREIRO: Jamilton Nunes
16
DIRETOR DA ÁREA DE BLOCOS E TIJOLOS
CERÂMICOS: Juan Roberto Germano
DIRETOR DA ÁREA DE PISOS CERÂMICOS:
Luiz Cláudio Fornari
DIRETOR DA ÁREA DE TELHAS CERÂMICAS:
José Joaquim Gomes da Costa
DIRETOR DA ÁREA DE TUBOS CERÂMICOS:
Luciano C. Furtado
DIRETOR DA ÁREA ECONÔMICA E FISCAL:
Antônio Carlos C. Fortes
18
DIRETOR DA ÁREA INDUSTRIAL:
Benedito Betiol
DIRETOR TÉCNICO:
Carlos André F. Lanna
CONSELHO CONSULTIVO
MEMBROS NATOS
1° e 2° vice-presidentes
1° presidente da Anicer: Sylvio de Barros
MEMBROS ELETIVOS
Eustáquio Machado, Evandro Simonassi,
Gustavo Barduchi, Nelson Ely Filho,
Osvaldo Rosalino, Rivanildo Hardman
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CONSELHO FISCAL
EFETIVOS
Cláudia Pinedo Z. Volpini, Edézio Menon,
Manuel Ventin
SUPLENTES
Francisco Belfort , Jorge Ritter,
Otiniel Barbosa
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Editorial
Caros leitores,
É com grande satisfação que apresentamos a nova Diretoria da Anicer, recém-empossada em evento na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, no dia 2 de abril. Eleita durante pleito realizado na última Assembleia Ordinária de 2012 da Associação, o novo
grupo vem encabeçado por Cesar Gonçalves, que deixa a Diretoria de Relações Institucionais para reassumir o cargo de presidente da casa.
A Revista da Anicer também traz um interessante artigo desenvolvido no Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV) da Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro (UENF), da doutoranda Alline Morais, sob a orientação do professor Carlos Maurício Fontes Vieira. O texto trata da caracterização de resíduos de lâmpadas
fluorescentes para incorporação em cerâmica vermelha.
Convidamos também o leitor a conhecer experiências bem sucedidas do setor, como
a da Cerâmica Romana, com investimentos em atividades recreativas e na qualificação de seus colaboradores, e da Gomes de Matos, com a utilização de coco de
babaçu, bagaço de cana e até galhos que sobram da poda das árvores urbanas como
combustível em seus fornos, o que resultou na criação de commodities ambientais,
ou créditos de carbono.
Na coluna Ponto de Vista, o especialista Fernando Razuk fala sobre a sustentabilidade na construção civil, e na Metro Quadrado, o arquiteto baiano Alexandre Prisco
apresenta seu conjunto residencial que mistura economia, sustentabilidade e beleza.
Depois de realizar uma encantadora viagem pelos prédios da Pinacoteca e da Cinemateca da cidade de São Paulo, por que não se deliciar um pouco com a culinária
pernambucana que será degustada pelos participantes do 42º Encontro Nacional?
Boa leitura!
Diretor Executivo de Comunicação: Ricardo Kelsch - [email protected]
Editor: Carlos Cruz - [email protected]
Repórter: Manuela Souza - [email protected]
Estagiária: Lilian Dias - [email protected]
Projeto gráfico, diagramação e design: Tatiana Batalha - [email protected]
Design: Jan Athayde - [email protected]
Foto capa: Eny Miranda
Colaboração Administrativa: Daiana Admiral, Elaine Araújo, Fernanda Duarte, Gilmar Moraes,
Patrícia Dantas, Regina Junqueira, Sandra de Carvalho e Silvia Oliveira - [email protected]
Colaboração Técnica: Antônio Carlos Pimenta Araújo - [email protected],
Bruno Frasson – [email protected],
Edvaldo Costa Maia - [email protected], Liliane Guimarães – [email protected]
Luciano Pereira – [email protected], Max Piva - [email protected].,
Natália dos Santos – [email protected], Osíris Júnior - [email protected],
Silvia Ramos – [email protected], Vagner Oliveira - [email protected],
Publicidade: Márcia Sales - [email protected]
Fotolito e impressão: Primil
Tiragem: 10.000 exemplares
Veiculação: Abril/2013
Associação Nacional da Indústria Cerâmica
Fone/fax: (21) 2524-0128, Rua Santa Luzia, 651-12º andar
Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041
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CARTAS
Trabalhamos com a reciclagem de materiais de empresas
dem gases tóxicos em caso de incêndio. Os fabricantes de
de energia elétrica, temos um grande volume de isoladores
lajes cerâmicas estão espalhados em todo território nacional,
cerâmicos, queria saber se esse produto é reciclável e se se-
e isto causa um barateamento do frete. Além disso, o produto
ria possível que a Anicer nos indicasse alguma empresa que
cerâmico é mais ecológico e sustentável que o isopor, que é
possa se interessar pela compra desse produto – ARTUR (RS)
um derivado de petróleo.
Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Geralmente
Quais seriam os eventos mais adequados para um fabricante
isoladores elétricos sofrem um processo de queima em tem-
de produtos utilizados na indústria de cerâmica (abrasivos, etc)
peraturas superiores a 1200ºC. Como a cerâmica vermelha
apresentá-los ao mercado? Obrigado – WARLEY ROBSON (ES)
utiliza temperaturas por volta de 900ºC, os isolantes agirão
como inertes. Tecnicamente é possível, porém, é necessário
Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Todo ano te-
realizar um estudo com adição do mesmo na massa cerâmi-
mos o Encontro Nacional que está na 42ª edição e a Expoani-
ca e verificar se haverá alteração nas propriedades da mes-
cer (16ª edição), no qual recebemos visitantes ceramistas de
ma. Deve-se também avaliar as questões ambientais, princi-
todo o Brasil e demais países do continente. Em sua última
palmente se os isoladores forem esmaltados, podendo conter
edição, nosso evento contou com 2.873 visitantes de todas
em sua composição elementos que podem vir a trazer danos
as regiões do país e 99 empresas expositoras, nacionais e
à saúde humana. Lembramos que estas questões devem ser
internacionais, que movimentaram R$ 43 milhões em novos
verificadas junto aos órgãos ambientais competentes. Em
negócios. Para informações sobre estandes, contate nossa
relação ao interesse das empresas, pedimos a gentileza de
colaboradora Márcia Sales pelo telefone (21) 2524-0128 ou
entrar em contato com o Sindicato das Indústrias de Olaria
pelo e-mail [email protected]. Visite também o Hot-
e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do
site do evento: http://www.anicer.com.br/encontro42/.
Sul – Sindicer/RS, através do e-mail [email protected].
br ou telefone (51) 3347-8755.
Gostaria de saber qual o Senai que oferece o curso para
a construção da casa cerâmica e se existe alguma em-
Vocês tem algum material que pudessem me enviar, com re-
presa que vende a casa cerâmica montada ou um Kit –
lação às vantagens de se trabalhar com blocos de cerâmica
NELSON GONÇALVES (SP)
para laje e não com os blocos de isopor? Também gostaria
de informações e conteúdos blocos de laje em cerâmica –
ANY KAROLLINY (PI)
Assessoria Técnica e da Qualidade responde: O Senai dispõe
de cursos específicos, a exemplo de assentamento de alvenaria e revestimentos, telhados cerâmicos en-
Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Em relação a
tre outros. As cerâmicas de sua região
seu questionamento sobre lajes com blocos cerâmicos ver-
talvez também possam sugerir
sus blocos de isopor, podemos fazer alguns apontamentos:
boas referências.
ambas são, em sua aplicação, elementos de enchimento das lajes; as de cerâmica têm seu preço muito menor que os blocos de isopor; a durabilidade da
cerâmica é conhecida e inquestionável; a aderência
ao concreto, nas lajes cerâmicas, é excelente, bem
como a do reboco para enchimento; a resistência ao
calor em caso de incêndio também é superior nas
lajes cerâmicas; e as lajes cerâmicas não despren-
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Para entrar
e
m contato c
onosco,
envie um e-
mail para :
revista@an
ic
ou ligue para
er.com.br
+55 (21) 25
24-0128
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INTEGRADAS
Evento discute produção de cerâmica em SE
Minas Sustentável
Uma Frente Parlamentar em de-
Criado para ajudar as indústrias a adotarem pro-
fesa das indústrias de transfor-
cessos de produção mais sustentáveis, o “Ciclo
mação em cerâmica vermelha
de Capacitações Minas Sustentável” será leva-
do Estado de Sergipe foi consti-
do à Manhuaçu, município atendido pela Fiemg/
tuída com o intuito de promover
Regional Vale do Aço. O objetivo é orientar as
debates e decisões para o seg-
empresas nos temas essenciais da sustentabi-
mento. Em reunião realizada em
lidade e abordar a ecoeficiência e a responsabi-
8 de abril, no plenário da Assem-
lidade social de forma prática. O ciclo é dividido
bleia Legislativa de Aracaju (SE),
o secretário de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes,
falou sobre a importância econômica do ramo para Sergipe, destacando
a regularização ambiental do segmento na região. Para viabilizar melhorias nas 125 cerâmicas cadastradas pela Administração Estadual do
Meio Ambiente – Adema, e atender à legislação ambiental, o secretário
citou algumas providências tomadas pelo órgão ambiental em 2010. “A
primeira foi à mudança da matriz energética, que passou a ser de madeira legal plantada, ao invés da utilização da madeira nativa, promo-
em quatro módulos e o primeiro foi sobre “Licenciamento e gestão ambiental”, no dia 17 de abril.
As empresas inscritas também participarão dos
módulos: “Gestão de resíduos e água”, no dia 5
de maio; “Gestão de emissões e energia”, no dia
22 de maio; e “Responsabilidade social”, no dia
5 de junho. As inscrições são gratuitas e podem
ser feitas pelo telefone (31) 3263-6880.
vendo assim o reequilíbrio da Caatinga. A segunda foi a regularização
ambiental das Jazidas para utilização da argila, saindo da clandestinidade. E por fim, do tratamento da fuligem, com a utilização de forno
especial com lavador de gás”, concluiu Nunes. Mais de 20 ceramistas
participaram do encontro, além de parlamentares, representantes de
instituição financeira e órgãos públicos.
Construção sustentável
e saneamento ambiental
recebem R$ 30 mi
Produtos inovadores para construções susten-
Firjan promove Prêmio Ambiental
O Sistema Firjan está promovendo o Prêmio Firjan de Ação Ambiental. O objetivo é
reconhecer iniciativas que se destacaram
em prol da sustentabilidade no Estado
do Rio de Janeiro, conciliando as atividades produtivas com a proteção ambien-
8
táveis e saneamento ambiental integram o primeiro pacote lançado pelo Plano Inova Empresa,
iniciativa do Governo Federal para impulsionar a
produtividade e a competitividade da economia
nacional. As duas temáticas fazem parte do programa estruturante Tecnologias para Cidades
Sustentáveis, da Secretaria de Ciência e Tecnolo-
tal, o equilíbrio econômico e o bem estar
gia para Inclusão Social do Ministério da Ciência
social. Empresas que tenham desenvolvido projetos no Estado do Rio
Tecnologia e Inovação - MCTI Secis e possuem
nos últimos dois anos poderão concorrer em cinco categorias: Água e
R$ 30 milhões em recursos de subvenção eco-
Efluentes, Biodiversidades, Emissão de Gases do Efeito Estufa e Mudan-
nômica. Os recursos vêm do Fundo Nacional
ça do Clima, Gestão de Resíduos Sólidos e Relação com Públicos de
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Interesse. As inscrições estão abertas até o dia 6 de maio. A cerimônia
- FNDCT. Segundo o coordenador executivo do
de premiação acontecerá no Rio de Janeiro, durante a Semana do Meio
programa da Secis, Guilherme Wiedman, a cria-
Ambiente, em junho. Mais informações através do e-mail premioam-
ção de um ambiente favorável à inovação é fun-
[email protected].
damental para a linha de construção sustentável.
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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou variação de 0,18% em
Cerâmica vermelha
é tema de Workshop
março, indicando queda de 0,55% ante ao resultado registrado em fevereiro (0,73%).
O Ministério do Desenvolvimen-
Considerando o período de janeiro a março de 2013, a alta está em 1,10%, contra
to, Indústria e Comércio Exterior
Custo das obras desaceleram em março
1,21% em igual período de 2012. Nos últimos doze meses, o índice acumulou variação de 5,55%, abaixo dos 5,69% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em março de 2012 o índice foi de 0,31%. O custo nacional da construção por
metro quadrado no último mês fechou em R$ 865,03, sendo R$ 457,60 relativos
aos materiais e R$ 407,63 à mão de obra. Em fevereiro, o custo foi de R$ 863,46.
O índice de materiais apresentou variação de 0,22%, taxa menor que a registrada
no mês anterior (0,33%). Também houve variação menor do índice de mão de obra,
que foi de 0,14% em março e de 1,18% em fevereiro.
- MDIC e a Agência Brasileira
de Desenvolvimento Industrial ABDI promoveram, no dia 21 de
março, na antiga sede da Federação das Indústrias do Estado
de Minas Gerais (Fiemg), em Belo
Horizonte, um workshop para
debater o Estudo Setorial de Cerâmica Vermelha. Ainda em fase
Faturamento da indústria recua
de elaboração pela consultoria
Inventta, o estudo traz um levan-
A indústria de transformação continua com dificuldades para crescer. As oscila-
tamento dos desafios e oportu-
ções entre queda e crescimento dos indicadores que medem a atividade industrial
nidades para o desenvolvimento
são sinais de que a indústria ainda não encontrou sua trajetória de crescimento.
das indústrias produtoras de ce-
Os resultados dessazonalizados de fevereiro apontam queda de 3,7% do fatura-
râmica vermelha do País. A ela-
mento real – a segunda seguida – e retração de 1,9 ponto percentual da utilização
boração de um diagnóstico tem
da capacidade instalada. Esse último indicador reverteu praticamente todo o cres-
o objetivo de ajudar o governo
cimento registrado em janeiro, na mesma base de comparação. As horas trabalhadas cresceram 0,4% e o emprego 0,3% na comparação com janeiro. A massa
salarial real e o rendimento médio real também cresceram entre janeiro e fevereiro
(1,9% e 0,4%, respectivamente).
e a indústria a conhecerem melhor os gargalos do segmento.
Durante o encontro, empresários ceramistas e agregados da
construção civil mineira conhe-
Pini realiza seminário no Ceará
ceram as bases da iniciativa e
O portal da Editora Pini realizará, no dia 23 de maio, no Hotel Gran Marquise, em
que vão se juntar a outras levan-
Fortaleza (CE), o Seminário Inovação e Sistemas Construtivos para baixa renda. O
tadas em mais dois workshops
evento é destinado a diretores e coordenadores técnicos, engenheiros de obras,
projetistas de estruturas, arquitetos, tecnólogos, professores, pesquisadores, estudantes e demais profissionais envolvidos nas áreas de projeto e execução de
obras imobiliárias. Entre os palestrantes estarão presentes o engenheiro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Claudio Mitidieri, e o
arquiteto da Royal do Brasil Tecnologies, Tiago Ferrari. Para ter acesso à programação completa e realizar sua inscrição, envie e-mail para [email protected] ou
ligue para (11) 3334-5600.
apresentaram suas demandas,
realizados em Curitiba e Fortaleza. O presidente do Sindicer/
MG e vice-presidente da Anicer,
Ralph Luiz Perrupato, disse que
a participação dos realizadores
da pesquisa no workshop mostra a importância do Estado para
o setor.
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MEIO AMBIENTE
Mineradoras fluminenses
livres do EIA/Rima
Estado do Rio derruba exigência ambiental na mineração de olho na Copa
Por Sabrina Lorenzi / Agência Reuters
S
ob o argumento de que já faltam insumos próprios para grandes obras
preocupado com o abastecimento de insumos
de infraestrutura da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o governo do Es-
para a construção civil, como areia e brita. Um
tado do Rio conseguiu aprovar uma lei permitindo a extração de "bens mine-
estudo recém-concluído pelo Serviço Geológico
rais de utilização imediata" sem estudos completos de impacto ambiental,
exigidos por lei federal.
oferta de brita, areia e rochas carbonáticas (cal-
O objetivo do governo do Rio é acelerar a mineração de materiais necessários
cário e mármore). O Rio já está importando pelo
à construção civil, que já estão sendo importados de outros Estados por cau-
menos 25 por cento das suas necessidades de
sa da velocidade da demanda, crescente em razão da realização da Copa do
cimento de outros Estados. "Este dado se torna
Mundo no ano que vem, dos Jogos Olímpicos em 2016 e de outros projetos
preocupante à medida que o Estado ocupa a se-
desenvolvidos no Estado.
10
do Estado aponta a necessidade de aumento na
gunda posição em construção civil, tem um im-
"Há necessidade de maior crescimento da produção desses minerais para que
portante e diversificado parque industrial, é obje-
possam atender aos investimentos robustos no Estado. Essa lei ajuda a resol-
to de diversos planos de desenvolvimento social
ver a questão do licenciamento ao substituir o EIA-Rima (estudo e relatório de
do governo federal e eleito para sediar grandes
impacto ambiental) por estudos mais simplificados", afirmou o presidente do
eventos", cita o estudo Panorama Mineral do Es-
Serviço Geológico do Estado do Rio, Flávio Erthal. Segundo ele, o governo está
tado do Rio de Janeiro 2012.
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Retrocesso
Aprovada e sancionada nos últimos dias de 2012, a lei estadual
empreendimentos de EIA-Rima e por isso foi alvo de
6.373/2012 que derruba a obrigatoriedade de estudos ambientais
uma ação civil pública, registrando derrotas em to-
para a mineração de insumos da construção civil é duramente cri-
das as esferas judiciais. Com a decisão, segundo ele,
ticada por ambientalistas. A lei diz que a necessidade de estudos de
várias empresas tiveram de interromper atividades.
impacto ambiental fica a critério do órgão ambiental responsável,
"Se elas estão paralisadas, é porque houve irregula-
neste caso o próprio governo estadual, e que o empreendimento po-
ridades do governo do Estado", disse. "E o mesmo
derá ser dispensado de estudos e relatório de impacto ambiental.
defensor da lei que derruba a obrigatoriedade do es-
"É um retrocesso dos mais graves que eu já vi. Normas que foram
conquistadas pelo meio ambiente na década de 80 estão sendo derrubadas por meio desta lei, fazendo-nos retroceder ao modelo de
desenvolvimento vislumbrado nos anos 60 e 70", afirmou o analista
ambiental Rogério Rocco, do Instituto Chico Mendes (ICM-Bio), órgão
do governo federal criado para a conservação de parques e reservas.
tudo hoje foi quem lutou pela lei que exige o estudo
na década de 80", disse o ambientalista, referindo-se
ao secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
A assessoria de imprensa de Minc disse que a resolução federal já flexibiliza o EIA-Rima para pequenas
atividades de exploração de areia. E acrescentou que
A lei estadual, segundo ele, poderá ser questionada, já que pode estar
o secretário Minc batalhou para retirar da lei pontos
passando por cima de uma legislação federal, que obriga a realiza-
ainda mais polêmicos, que estendiam a flexibiliza-
ção de estudos de impacto ambiental em empreendimentos de mi-
ção dos estudos ambientais a outros bens minerais
neração. Rocco afirma que o Estado fluminense já vinha dispensando
além de insumos para a construção
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METRO QUADRADO
Residencial
com ares modernos
Arquiteto Alexandre Prisco
A
rquiteto e urbanista, gra-
sonho antigo. A tentativa de
duado pela Universidade
reposicionamento do arquiteto
Federal da Bahia – UFBA em
como condutor e líder no pro-
2001, com formação comple-
cesso de implementação de
mentar em cursos de extensão
empreendimentos.
e especialização na área de
Paisagismo, Alexandre Prisco
tem atuado na elaboração de
projetos de arquitetura e de
espaços urbanos e na concepção, revisão e estudo de planos
urbanísticos. Possui também
trabalhos premiados em seminários e concursos, incluindo a
seleção de dois projetos reali-
mente da visão “mais focada”
dos engenheiros, corretores
e publicitários, hoje, maiores
formuladores dos empreendimentos no Brasil, o arquiteto
deveria ser reconduzido a uma
posição central e cerebral.
Localizado na Praia de Ipi-
edição da Bienal Internacional
tanga, no município de Lauro
de Arquitetura, em São Paulo.
de Freitas (BA), o Residencial
enfrentadas pelos arquitetos
na elaboração de projetos com
algum
mérito
arquitetônico
para o mercado consumidor
residencial aliado ao constante processo de desvalorização
profissional e de representatividade do arquiteto perante a
sociedade foram determinantes para a realização deste
pequeno empreendimento, um
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manista e holística, diferente-
zados por seu escritório na 9ª
“As dificuldades profissionais
12
Por sua formação mais hu-
Jatobá possui 300m2 de área
construída e está inserido em
um terreno de 12 m de frente por 36 m de profundidade.
Entre as principais vantagens,
dentro da premissa de procurar ser uma arquitetura minimamente correta, sem entrar
na questão de ser boa ou ruim,
bela ou feia, o projeto buscou
soluções que possibilitassem:
conforto térmico aos moradores; ambientes agradáveis de
Fachada lateral facilita a iluminação e
ventilação
Recortes no painel permitem a
apreciação da vista
O arquiteto responsável pelo projeto,
Alexandre Prisco
ao mesmo tempo regional onde os buracos
previstos permitem a penetração da vegetação trepadeira que deverá ocupar essa
fachada futuramente. A superfície vermelha
será transformada em verde. A cerâmica
vermelha possui produtos, inegavelmente,
muito vinculados com as tradições popuse usar e com áreas maiores do que a média do mercado para essa faixa de renda;
lares de construção e, portanto, muito pre-
área verde e permeável maior que a exigida pela legislação; e preocupação com
sentes no inconsciente da sociedade brasi-
o entorno urbano evitando o confinamento da rua ao permitir a visão do espaço
leira e mais especificamente a nordestina.
interno do condomínio e estabelecendo um "fato" urbano inusitado com a empena
Esse inconsciente se revela como expres-
de blocos cerâmicos trabalhada com uma certa monumentalidade em relação à
são estética, mas também como elemento
escala da rua.
construtivo.
O principal ponto positivo foi o baixo custo e o negativo a demora na execução.
A meta do projeto é atender ao mercado
Inseri uma empena vazada que constitui a fachada principal com visão a partir da
consumidor com um produto arquitetônico
rua. Essa empena tem a função primordial de proteger do sol poente os aparta-
mais coerente e honesto, com as premis-
mentos voltados para essa orientação. Por estar afastada da parede dos quartos,
sas de uma arquitetura minimamente cor-
cria um colchão de ar que ventila e impede a incidência direta do sol sobre essa
reta, compromissada com a cidade, com a
parede. Por outro lado, os blocos cerâmicos trabalhados como um painel pos-
qualidade de habitabilidade do seu usuário
suem a clara intenção estética de representar uma linguagem contemporânea e
e com a simplicidade estética.”
Revista da Anicer | nº 81
13
PONTO DE VISTA
Sustentabilidade
na Construção Civil
I
mpossível dizer que a construção civil,
va e realidade. E essa missão pode e deve
embora extremamente importante para a
ser cumprida pelas empresas do setor da
geração de empregos, renda e movimenta-
construção civil segundo prerrogativas uni-
ção da economia, não interfira na dinâmica
versais na contemporaneidade. Isso é sinal
do ambiente em que acontece.
de amadurecimento e responsabilidade
Poluição visual, sonora, do ar, utilização de
Fernando Razuk é diretor
de Incorporação da EBM
Incorporações e da Ademi-GO
matérias-primas de origem não renovável e
As estatísticas expõem bem a importância
mudança na dinâmica do entorno são algu-
de uma postura consciente das incorpora-
mas das consequências indesejáveis das
doras. Estima-se que a quantidade de re-
atividades dessa indústria. Sabe-se que a
síduos gerados por construções seja cinco
disposição de resíduos sólidos da constru-
vezes maior do que o volume de material
ção civil em locais inadequados é um dos
empregado no produto. Para se ter uma
principais agravantes da degradação da
ideia, o setor consome aproximadamente
qualidade ambiental – e que a responsa-
55% da madeira, 40% de matérias-primas
bilidade pela destinação do lixo de obra é
e energia em âmbito mundial, segundo es-
de quem o produziu, ou seja, a construtora.
tudos do Worldwatch Institute. Em Goiânia,
Por isso, são elas que devem tomar a fren-
o volume de resíduos gerados pela cons-
te em um movimento permanente em favor
trução civil já supera o de lixo doméstico,
do meio ambiente, estimulando uma pos-
atingindo o índice de 55%. A cada dia são
tura sustentável de toda a rede de fornece-
recolhidas na capital pelo menos 1.300
dores e consumidores do mercado goiano.
toneladas geradas por obras e reformas.
O número crescente de obras tem explicação. É uma consequência inevitável do
crescimento populacional. É uma resposta
à necessidade da população de morar bem
14
Revista da Anicer | nº 81
ambiental.
Considerando estes dados, percebe-se que
sustentabilidade não é mais um diferencial,
mas, sim, uma necessidade iminente na indústria da construção civil.
e conquistar a casa própria. Afinal, mesmo
É preciso que o setor se desdobre para
gerando impactos, sem construção não há
reduzir os impactos das obras dentro das
moradia. Cabe às incorporadoras atender a
cidades e, principalmente, para os vizinhos
essa demanda social, produzindo a quan-
das construções. Sustentabilidade e quali-
tidade suficiente para conciliar expectati-
dade de vida são conceitos cada vez mais
interdependentes. Minimizando os danos que uma obra pode
mentos em sustentabilidade. No entanto, a economia a mé-
gerar na região em que se insere – das mudanças no trânsito
dio e longo prazo, que gira em torno de 30% nos gastos com
à criação de zonas sombreamento e insolação, dos ruídos à
água e energia, compensa os gastos extras. Sem contar que,
produção de poeira –, o ser humano é também colocado à
para o meio ambiente, os benefícios são inestimáveis. Uma
frente dos avanços almejados pela indústria.
empresa que decide gastar 30% a mais para utilizar apenas
As construtoras e incorporadores devem se preocupar em reduzir os impactos ambientais desde o projeto, passando pela
seleção de matérias-primas, consumo, reutilização até a dis-
madeira de origem certificada em seus empreendimentos,
por exemplo, sabe que a despesa extra é, na verdade, um investimento no futuro.
posição final dos resíduos. Essa postura deve ser resultado
Quem lidera o setor já dá os primeiros passos consistentes
de um entendimento amplo, de que o meio ambiente envolve
em favor do meio ambiente e da qualidade de vida, reconhe-
todas as coisas vivas e não vivas no planeta. Ao exigir a sus-
cendo que boas práticas são os melhores instrumentos para
tentabilidade aos fornecedores e oferecê-la aos consumido-
transformar o mundo. Mas é preciso ainda mais.
res em cada serviço e produtos, as empresas de construção
civil assumem sua responsabilidade pela interferência no
meio ambiente.
As construtoras precisam incentivar ações sustentáveis em
todas as etapas de seus projetos. Este é o momento de sustentabilidade deixar de ser apenas um conceito ideal para
Pesquisas recentes indicam aumento de cerca de 5% nos
começar a ser aplicada efetivamente em toda a cadeia da in-
gastos no processo de construção caso sejam feitos investi-
dústria de Construção Civil
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TENDÊNCIA DE MERCADO
Vinte e quatro quadros
Antigas instalações do Matadouro Municipal de São Paulo agora são sede da Cinemateca Brasileira
Por Manuela Souza | Fotos Google
16
Revista da Anicer | nº 81
F
undada à partir da criação do Clube de Cinema de São Paulo por estudantes do curso de filosofia da Universidade de São Paulo – USP, a Cinemate-
ca Brasileira foi criada em 1940. Fechada pelo Estado Novo, foi incorporada em
1984 ao governo federal, vinculada ao Ministério de Educação e Cultura. Hoje
está ligada à Secretaria do Audiovisual.
Sede da Cinemateca desde 1992, o edifício histórico do século XIX do Matadouro Municipal foi reformado para garantir a recuperação física das instalações que receberiam o acervo da Instituição. A obra foi capitaneada pelo arquiteto Nelson Dupré, que optou por não restaurar o que poderiam ser elementos
originais da edificação e sim assimilar e evidenciar as alterações realizadas ao
longo dos anos.
Para não entrar em conflito com os tijolos cerâmicos da construção, Dupré optou por utilizar grandes janelas de vidro. Além disso, a cobertura que conecta
os três galpões também foi revestida com vidro, o que possibilita a entrada de
luz nos antigos armazéns. As janelas laterais e frontais são estruturadas com
esquadrias metálicas e vidros. Toda a parede mantém uma irregularidade que
A Cinemateca Brasileira
mostra fechamentos efetuados em períodos de tempo diferentes.
possui o maior acervo de
A construção é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
imagens em movimento
Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat. A
da América Latina,
formado por cerca de
Cinemateca Brasileira possui o maior acervo de imagens em movimento da
América Latina, formado por cerca de 200 mil rolos de filmes, que correspondem a 30 mil títulos. São obras de ficção, documentários, cinejornais,
200 mil rolos de filmes,
filmes publicitários e registros familiares, nacionais e estrangeiros, produ-
que correspondem a 30
zidos desde 1895
mil títulos.
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CENÁRIO
Novos fabricantes estreiam
no mercado brasileiro
As norte-americanas John Deere e LBX, as chinesas Shantui e Zoomlion e as europeias Ammann
e Bomag acirram ainda mais a competição no mercado ao anunciar planos para produção local
* Conteúdo jornalístico originalmente produzido e publicado pela Revista M&T (Sobratema)
O
estudo de mercado da Sobratema, apresentado anualmente em meados de novembro, revelou, em sua última edição, que 29% dos quase 30
mil equipamentos de terraplenagem comercializados no Brasil são importados. Grande parte desse volume diz respeito a fabricantes que detêm linhas
de produção no país, mas que complementam seu portfólio de produtos com
a importação de determinados modelos com demanda em menor escala, o
que não justifica sua produção local. Pelo que a reportagem da revista M&T
apurou durante a feira M&T Expo 2012, essa porcentagem pode permanecer
estável ou até mesmo aumentar nos próximos anos. Com a chegada de novos players que anunciaram investimentos em fábricas no Brasil, o que deverá crescer consideravelmente, entretanto, é a quantidade de modelos com
produção local. Além de casos já divulgados extensamente pela imprensa,
como as fábricas em implantação pela Hyundai, Doosan, Sany e XCMG, outras empresas reforçam o coro de novos competidores dispostos a investir
em produção local. A M&T Expo 2012 ajudou a identificar esse cenário com
maior precisão. Das 494 empresas presentes na feira, 170 eram expositores
novos e sem operações no país. Entre outras empresas, a lista incluiu as norte-americanas John Deere e LBX Excavator, as chinesas Shantui e Zoomlion
Edward Geber, da LBX: nova
alternativa em equipamentos
de primeira linha
e as europeias Ammann e Bomag, todas com planos para a instalação de
fábricas no Brasil.
Os planos da Deere
A John Deere por exemplo, que já possui uma fatia significativa do mercado de máquinas agrícolas, inclusive com a produção de alguns modelos no
Brasil, anunciou investimentos de US$ 180 milhões na construção de duas
fábricas de equipamentos para construção no país. Uma dessas unidades
será destinada exclusivamente à produção de escavadeiras hidráulicas em
parceria com a japonesa Hitachi, que será responsável por US$ 56 milhões do
aporte total previsto. A outra unidade industrial, controlada exclusivamente
18
Revista da Anicer | nº 81
pela John Deere, será destinada à produção de retroescavadeiras
mento das marchas, de forma a proteger o conjunto de eventuais
e pás carregadeiras. Segundo Roberto Marques, gerente de vendas
“trancos” durante a operação. Para disputar o segmento de escava-
da empresa, as duas fábricas serão construídas em Indaiatuba, no
deiras hidráulicas, a John Deere contará com quatro modelos de 16
interior de São Paulo, e entram em operação até o final de 2013.
t, 21 t, 25 t e 35 t, que contam respectivamente com potência de 121
Enquanto isso, a empresa inicia suas operações no país com a im-
HP, 159 HP, 188 HP e 271 HP. Além dessas escavadeiras, que serão
portação de modelos produzidos nos Estados Unidos. A empresa
produzidas em Indaiatuba, a linha poderá ser complementada com
planeja disputar outros segmentos do mercado, como o de moto-
outros modelos importados. Marques destaca que os modelos de
niveladoras e tratores de esteiras, porém apenas com modelos im-
fabricação local serão disponibilizados com as marcas John Deere
portados. Sua prioridade atualmente é estruturar a rede de distri-
e Hitachi. No primeiro caso, eles serão equipados com motor da pró-
buição e atendimento aos clientes, com o objetivo de cobrir 92% do
pria John Deere e no outro, contarão com motorização de tecnologia
território brasileiro. “A rede de dealers que está sendo montada não
Isuzu.
dependerá exclusivamente dos grupos que já atendem à marca na
área agrícola”,comenta Marques.
Aposta da LBX
Novos modelos
A norte-americana LBX Excavator é outra que aposta na força de
Por questões estratégicas, o executivo evita revelar maiores deta-
sileiro. A empresa, pertencente ao grupo japonês Sumitomo, dedica-
lhes sobre a rede em fase de estruturação. Mas ele antecipa que o
-se exclusivamente à produção de escavadeiras hidráulicas da mar-
dealer responsável pela área de Minas Gerais será o grupo Inova,
ca Link-Belt, uma das mais tradicionais na América do Norte. “Para
que já responde pela distribuição de máquinas agrícolas da marca
atender os usuários brasileiros, contaremos com quatro modelos de
e de caminhões Volvo. Marques explica que, mundialmente, a em-
13 t, 16 t, 21 t e 35 t de peso operacional”, diz Edward Gerber, geren-
presa conta com alguns dealers comuns aos segmentos agrícola e
te geral da LBX para a área de negócios internacionais. Segundo o
de construção, porém com operações separadas “já que esses dois
executivo, a marca já é conhecida no Brasil, o que permite à empresa
mercados são diferentes e apresentam demandas igualmente dife-
apostar no ganho de mercado entre clientes de “primeira linha”, ou
rentes, que requerem especialização e foco.” Segundo o executivo,
seja, aqueles que demandam equipamentos com alto nível de tec-
a participação na M&T Expo 2012 permitiu à empresa uma apre-
nologia embarcada e foco no aumento de produtividade. “Queremos
sentação em grande estilo ao mercado brasileiro, por meio de um
conquistar 10% do mercado brasileiro de escavadeiras nos próximos
contato direto com os clientes para ouvir suas necessidades. Du-
dois anos e a prova da importância que damos a essa empreitada é
rante o evento, ela destacou a retroescavadeira 310K, que provavel-
a presença do alto escalão de executivos mundiais da empresa na
mente será produzida no Brasil, equipada com caçamba frontal de
M&T Expo 2012”, diz Gerber. Ele se refere, principalmente, ao fato
1 m³ de capacidade e com opção para caçamba retro de 18, 24 ou
de o presidente mundial da LBX, Chuck Martz, ter comparecido ao
30 polegadas. O equipamento possui 80 HP de potência e pode ser
evento para um contato direto com os clientes locais. Mesma aten-
configurado com tração 4x2 ou 4x4 e cabine com proteção ROPS/
ção vem sendo dedicada à montagem da rede de distribuidoras, que
FOPS, dependendo da opção do usuário. Outra família de equipa-
deverá ser constituída por 10 parceiros para a cobertura da maior
mentos destacada pela John Deere foi a de pás carregadeiras. A
parte do território nacional. “Já nomeamos quatro deles, sendo que
empresa está disponibilizando cinco modelos, na faixa de 146 a
no do Rio Grande do Sul contamos com a experiência da Tauron,
246 HP de potência, com caçambas de 2,1 a 3,6 m³ de capacidade,
uma empresa renomada que já distribui equipamentos da Terex há
respectivamente. Eles têm sistema hidráulico sensível à carga, que
muitos anos”, diz Gerber.
proporciona o fluxo necessário para funções suaves e simultâneas,
proporcionando ciclos de trabalho mais rápidos com menor consu-
sua marca para conquistar uma fatia significativa do mercado bra-
Avanço da Shantui
mo de combustível. Além disso, vêm equipados com transmissão
Outro fabricante internacional com intenção de fincar raízes no Bra-
Powershift dotada de um sistema de ajuste automático do acopla-
sil é a chinesa Shantui. A empresa tem a sua disposição o terreno de
Revista da Anicer | nº 81
19
CENÁRIO
Roberto Marques,
da Deere: duas
fábricas até 2013
uma fazenda, na cidade de Presidente Prudente (SP), de proprieda-
formado basicamente por empresas de menor porte, poderá ser-
de do atual presidente da Shantui no Brasil, Julio Gonzalez-Reyes,
vir de embrião para a montagem da rede nos próximos seis me-
onde o executivo pretende instalar uma fábrica de equipamentos
ses. Reyes inclui nessa lista de revendedores até mesmo a Brasil
para construção. Segundo ele, há também uma verba de US$ 120
Máquinas de Construção (BMC), que não se enquadra no perfil de
milhões disponibilizada pela matriz mundial para investimento no
uma empresa de pequeno porte, mas atua na comercialização de
Brasil. “Com esses recursos, instalaremos inicialmente uma uni-
produtos da marca há alguns anos.
dade para a montagem dos equipamentos e, em até três anos,
contaremos com uma fábrica com índice de nacionalização acima
do exigido para os financiamentos pela linha Finame”, ele afirma.
Atualmente, a empresa está montando o escritório administrativo
nesse mesmo local. “Esse foi o primeiro passo após constituirmos
a Shantui do Brasil, em setembro passado, consolidando uma relação comercial que a marca já tinha com diversas construtoras
Em termos mundiais, a Shantui ocupa a 19ª posição no ranking de
maiores fabricantes de equipamentos, segundo Dave Lightle, consultor sênior e global de comunicação da empresa. “No segmento
de tratores de esteiras, detemos mais de 60% do mercado chinês,
que é o maior do mundo”, ele complementa.
Tecnologia suíça
brasileiras que adquiriram nossos equipamentos”, completa o exe-
20
cutivo. Apesar de ser reconhecida no Brasil pela família de trato-
Na linha de equipamentos para obras rodoviárias, o destaque na
res de esteiras, a Shantui aposta na comercialização da sua linha
M&T Expo 2012 foi a chegada de dois competidores europeus já
completa de equipamentos, que inclui desde escavadeiras, pás
conhecidos dos usuários brasileiros, mas que se preparam para
carregadeiras e rolos compactadores, até bombas de concreto,
a instalação de fábricas no país: a suíça Ammann e a alemã Bo-
caminhões betoneira, perfuratrizes e empilhadeiras, entre outros.
mag, que é controlada pelo grupo francês Fayet. Segundo Gilvan
Para isso, a companhia está estruturando uma rede de distribui-
Pereira, diretor da Ammann para a América Latina, os resultados
dores que se comprometa a priorizar sua marca. “Nossos dealers
obtidos em um ano de operação no Brasil motivaram essa estraté-
terão de trabalhar com dedicação para a Shantui, pois só assim
gia. “Nesse período, comercializamos mais de 100 rolos compac-
poderão explorar melhor o potencial competitivo de nossos equi-
tadores”, diz ele. O projeto da nova fábrica, que entra em operação
pamentos”, diz Reyes. Atualmente, a Shantui não dispõe de dis-
até o fim deste ano, deve consumir investimentos de 9 milhões de
tribuidores para atendimento aos clientes brasileiros, mas conta
euros, mas Gilvan evita revelar sua localização. “A empresa se tor-
com alguns revendedores locais. Segundo o executivo, esse grupo,
nou conhecida no mercado local com o trabalho inicial de um dis-
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Nascimento e Stefan
Karbach, da Bomag:
objetivo é disputar a
liderança
tribuidor, a Commingesoll, e agora estamos trabalhando na am-
experiência na fabricação de equipamentos para obras rodoviá-
pliação dessa rede para cobertura de todo o território nacional.”
rias. “Somos líderes mundiais na produção de usinas de asfalto
A CHB já assumiu essa função em Minas Gerais e outros dealers
e os planos para o Brasil também incluem posicionar a empresa
estão sendo nomeados para o Nordeste e Sul do país. O objetivo
entre os principais fornecedores nesse segmento de mercado.”
é consolidar a fabricante suíça como uma alternativa de primeira
Ele ressalta que os misturadores e secadores utilizados em suas
linha no fornecimento de usinas de asfalto, vibroacabadoras e ro-
usinas são fabricados pela própria empresa e que a cabine dos
los compactadores para os usuários brasileiros. A Ammann não
modelos a serem produzidos no Brasil, que realiza todo o con-
revela informações sobre o negócio no país, mas Pereira admite
que ele ainda é pequeno em relação às receitas globais do grupo,
de um milhão de francos suíços. “Temos de produzir localmente para sermos competitivos”, admitiu o vice-presidente mundial
da Ammann, Elmar Egli, em entrevista à imprensa, ao ressaltar a
importância dos financiamentos via Finame para a viabilização
de vendas no país. Além dos rolos compactadores da marca, a
empresa já comemora a venda de uma usina gravimétrica, que,
segundo Pereira, seria o primeiro modelo gravimétrico móvel em
operação no país. O crescimento no Brasil, aliado ao avanço nos
demais países emergentes, é peça fundamental do planejamento
estratégico da empresa. Suas vendas nesses mercados respondem por 10% do faturamento e, em cinco anos, Elmar Egli espera
trole da operação e é o coração do equipamento, será trazida da
Suíça. Além da fabricação de usinas de asfalto, disponibilizadas
para os clientes em modelos gravimétricos e do tipo contrafluxo,
em capacidades de 80 a 400 t/h, a empresa pretende produzir
na unidade brasileira um modelo de rolo compactador – de um
cilindro, na faixa de 12 t de peso – e quatro modelos de vibroacabadoras. “Nossa linha, entretanto, é muito ampla, envolvendo
pavimentadoras de asfalto com capacidade entre 800 mm e até
6,5m de largura, incluindo a extensão de mesa, e uma família de
compactadores que vai desde os sapinhos de pequeno porte até
rolos vibratórios de 25 t de peso”, afirma Pereira. Entre os destaques da linha, Pereira aponta a usina de asfalto contínua móvel
Prime 140, montada sobre rodas, que atinge 140 t/h de capacidade de produção. Toda a sua operação é controlada automati-
que esse número chegue a 30%.
camente e o sistema de pré-dosagem conta com três dosadores
Linha da Ammann
individuais, cada um equipado com dispositivo próprio de pesa-
Gilvan Pereira aposta no sucesso da empreitada em função da
ca. “Além disso, nossos rolos vibratórios contam com tecnologia
excelência e tradição da marca suíça, que conta com 143 anos de
de primeiro mundo”, ele completa.
gem, o que garante alta precisão à formulação da massa asfálti-
Revista da Anicer | nº 81
21
CENÁRIO
Fábrica da Bomag
projeto é apoiado por uma ampla rede de suporte em pós-vendas aos clientes, composta por distribuidoras renomadas como
A competição no segmento de rolos compactadores, aliás, deverá crescer ainda mais com o anúncio da Bomag, que pretende
investir R$ 12 milhões na instalação de uma fábrica no país. A
nova unidade industrial, que vai ocupar um terreno de 22 mil m2,
em Campinas (SP), entra em operação no mês de outubro, com
a produção de rolos de vibratórios de um cilindro e 12 t de peso
operacional. “Depois, ampliamos a linha com o modelo de 17 t
e os compactadores de pneus”, afirma Rogério do Nascimento,
gerente comercial da Bomag para a América do Sul. Segundo ele,
desde que iniciou as vendas no país, há quatro anos, a empresa
contabiliza cerca de 700 equipamentos da marca em operação,
22
a Brasif (que atende o Sudeste e parte da região Centro-Oeste),
Renco (Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste), Romac (Sul e
Mato Grosso do Sul) e Dinamape (responsável pela linha leve,
lançada durante a M&T Expo 2012). “Apenas na Construtora
Odebrecht, reconhecida pelo padrão de exigência em relação à
qualidade dos equipamentos e do atendimento, contamos com
mais de 40 unidades em operação na obra da Ferrovia Transnordestina”, ele pondera. A opção por iniciar a produção pelo
rolo de um cilindro (12 t) se deve ao fato de que esse modelo
responde por cerca de 55% da demanda do mercado, segun-
o que a coloca entre os quatro principais competidores nesse
do explica Nascimento. “Nosso modelo dispõe de diferenciais,
segmento do mercado. “Em todos os países que está presente,
como um cilindro com chapa de 35 mm, mais resistente que
a Bomag sempre se posiciona como líder ou vice líder e nosso
os de outras marcas, que têm apenas 25 mm de espessura, e o
propósito no Brasil é atingir também essa posição”, diz ele. A
fato de sua articulação e oscilação serem livres de lubrificação”.
nova fábrica inicia suas operações com uma capacidade para
Além disso, ele ressalta que o rolo liso é reversível para adoção
a produção de 250 unidades de rolos compactadores por ano.
de patas sem apresentar perda de potência de compactação,
Além da qualidade dos produtos, Nascimento ressalta que esse
que nos concorrentes chega a 20%
Revista da Anicer | nº 81
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ARTIGO TÉCNICO
Caracterização de resíduo de
lâmpada fluorescente para
incorporação em cerâmica vermelha
Alline Sardinha Cordeiro Morais1, Sergio Neves Monteiro2, Jonas Alexandre3, Gustavo de Castro Xavier3, Carlos Maurício Fontes Vieira3
1Instituto Federal Fluminense – IFF | 2Instituto Militar de Engenharia - IME | 3Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF
Introdução
mais de 50 anos, trabalhos têm se dedicado à incorporação
de vidro para emprego em cerâmica vermelha [5-14].
Lâmpadas fluorescentes usam mercúrio como componente vital para seu funcionamento. Este metal altamente tóxico pode
A elevação dos teores de óxidos considerados fundentes, res-
contaminar o solo, os animais e a água. O problema se agrava
ponsáveis pela densificação da estrutura durante a queima se
em proporções muito maiores se levarmos em consideração
apresenta como uma possibilidade de melhoria da qualidade
a quantidade de lâmpadas comercializadas e descartadas no
da cerâmica com a utilização de vidro de lâmpadas fluores-
Brasil [1].
centes, além da possibilidade de dar um destino ambientalmente correto para este tipo de resíduo. Na etapa de queima
A partir de processos adequados de reciclagem de lâmpadas
descartadas pode-se reaproveitar grande parte dos materiais
constituintes das mesmas, em novos processos produtivos. O
da cerâmica o vidro pode contribuir para a redução da porosidade, por meio da formação de fase líquida, reduzindo a
absorção de água e aumentando a resistência mecânica.
estudo mostra que de um milhão de lâmpadas fluorescentes
comuns, pode conduzir a 900.000 tubos de vidro limpo [2].
Como o vidro de lâmpada fluorescente não pode ser reciclado
por meios tradicionais, esse estudo visou caracterizá-lo, de
Recuperar e reciclar todos os materiais que constituem a lâmpada, em vez de simplesmente descartá-los, é muito importante, pois protege os aterros, evitando a formação de passivos
ambientais [3]. Destaca-se ainda que o vidro proveniente da
forma a servir como base para trabalhos futuros em reaproveitamento do resíduo de vidro, principalmente, no que se refere à sua incorporação à massa argilosa para fabricação de
cerâmica vermelha.
reciclagem de lâmpadas fluorescentes é 100% reciclável, e sua
permanência no meio ambiente demanda milhares de anos, já
que seu tempo de decomposição é indeterminado [4].
Materiais e Métodos
Para o desenvolvimento da presente pesquisa utilizou-se o
Resíduos de vidros correspondem a todos os tipos de produtos
resíduo de vidro de lâmpada fluorescente proveniente do pro-
de sucata ou peças quebradas, tais como garrafas, lâmpadas,
cesso de descontaminação de mercúrio. Durante o proces-
pequenos frascos, placas de janela, espelhos, fibras de vidro e
so de descontaminação, as lâmpadas são trituradas em um
esteiras, entre outros. Apesar do vidro soda-cal, um tipo comum
equipamento denominado de “Papa-lâmpadas” (Fig. 1), que
de vidro, ser facilmente reciclado, devido à sua baixa tempera-
realiza a absorção do mercúrio por um sistema de filtros con-
tura de fusão e temperatura de processamento, uma enorme
tendo carvão ativado, os demais componentes da lâmpada
quantidade ainda é descartada em lixões e aterros da cidade.
são depositados em um tambor metálico. O resíduo de vidro
A incorporação de resíduos de vidro em cerâmica vermelha é
gerado é do tipo sodo-cálcico, portanto, bom fundente e pro-
uma alternativa viável, devido à boa compatibilidade entre a ar-
pício para ser reaproveitado na produção de cerâmica verme-
gila e componentes do vidro sodo-cálcico atuando como fonte
lha. Segundo avaliação realizada pela empresa fornecedora
de sílica, além de óxidos fundentes, como sódio e potássio. Há
do resíduo, este é classificado, pela NBR 10004/04 [17], como
Classe II – A, portanto, não perigoso e não inerte.
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Revista da Anicer | nº 81
A distribuição de tamanho de partícula da argila foi realizada
de acordo com a norma NBR 7181- 84 (ABNT), a qual combina
técnicas de peneiramento e de sedimentação [18].
A morfologia das partículas do resíduo foi analisada por microscopia óptica (MO), através do microscópio Tecnival, modelo
CGA e, por microscopia eletrônica de varredura (MEV), metalizadas com ouro, em um microscópio Jeol JSM 6460 LV com
sistema de energia dispersiva (EDS).
Figura 1 – Estágio inicial do processo de descontaminação de mercúrio de
tubos de lâmpada fluorescente: (a) Equipamento “Papa-lâmpadas”, e (b)
fragmentos da lâmpada triturada
Foram realizados ensaios de ATD/TG do resíduo num instrumento de análise térmica simultânea TA Instruments SDT 2960. As
O resíduo de vidro foi caracterizado sob diversos aspectos: fluorescência de raios X (FRX), microscopia óptica
(MO), distribuição de tamanho de partícula, microscopia
eletrônica de varredura (MEV), análise térmica diferencial
e termogravimétrica (ATD/TG) e dilatometria óptica.
Com a intenção de conhecer a composição química do resíduo de vidro e verificar as diferenças em relação à composição química teórica, as amostras foram enviadas para
análise química por FRX em equipamento Philips PW 2400.
amostras foram aquecidas de 25 a 1000°C à taxa de 10°C/min
e resfriadas naturalmente. A análise térmica é uma técnica de
análise que cujo princípio de medição consiste na quantificação
das variações dimensionais que sofre um corpo-de-prova quando submetido a um ciclo de aquecimento definido, onde as variações dimensionais são acompanhadas por dispositivos ópticos.
Esse teste foi efetuado no SENAI de Criciúma, utilizando o dilatômetro óptico (MISURA) com taxa de aquecimento de 40ºC/min.
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ARTIGO TÉCNICO
Resultados e Discussão
A Figura 2 apresenta a curva de distribuição de tamanho de
A composição química do vidro de lâmpada, determinada por
partículas do resíduo de vidro de lâmpada fluorescente. Esta
fluorescência de raios-X, foi realizada no resíduo de vidro tal
análise foi realizada com o resíduo bruto, ou seja, na for-
como recolhido na empresa fornecedora, ou seja, para efeito de
ma com o qual é recolhido na fonte fornecedora. Nota-se
análise química, o resíduo não sofreu nenhum processo de la-
que o resíduo não apresenta percentuais associados à “fra-
vagem. Os resultados desta análise são ilustrados na Tabela 1.
ção argila” (tamanhos de partícula menores que 2 μm). Já
Para um vidro de bulbo de lâmpada fluorescente, geralmente,
encontramos uma composição química coerente à composição padrão para um vidro sodo-cálcico (SiO2 – 73%; Al2O3
– 1%; Na2O – 17%; MgO – 4% e CaO – 5%) [5]. Observa-se
que os principais componentes presentes no resíduo são o
a “fração silte” que corresponde partículas com tamanhos
compreendidos entre 2 e 20 μm é de apenas 1%. A “fração
areia”, associada com tamanho de partícula maiores que 20
μm, é de 99% conferindo ao resíduo um comportamento de
um material não plástico. Esta característica indica que o
óxido de silício (SiO2), óxido de cálcio (Na2O), óxido de sódio
resíduo necessitará de um beneficiamento prévio para re-
(CaO), tal como reportado na literatura, porém em percentu-
duzir a sua granulometria e ser posteriormente misturado à
ais diferentes. A sílica é um óxido importante que constitui a
massa de cerâmica vermelha. Isto levaria a um investimento
estrutura de vidro, já os óxidos de sódio e cálcio são usados
em equipamento de moagem apropriado, o que tornaria o
como modificadores de rede cristalina e estabilizantes, res-
processamento cerâmico mais caro. A densidade real das
pectivamente [19].
partículas medida por meio de picnometria é de 2,48 g/cm3.
Além destes óxidos, observa-se um elevado teor de óxido de
fósforo (P2O5). O óxido de fósforo está associado ao fosfato
de cálcio, que é uma das principais matérias-primas utilizadas em lâmpadas fluorescentes. Cabe ressaltar que o interior
do tubo é revestido com uma poeira fosforosa composta por
vários elementos tais como, fósforo e cálcio (com relevância
quantitativa nas lâmpadas), além de magnésio, sódio, alumínio, ferro e manganês.
Na2O
MgO
Al2O3
SiO2
P2O5
K2O
CaO
MnO
Fe2O3
SrO
PbO
BaO
LoI
8,53
1,94
2,74
44,80
15,74
0,69
21,21
0,33
0,24
0,13
0,19
0,29
2,58
Tabela 1 – Composição química do resíduo de vidro (wt%)
26
Revista da Anicer | nº 81
Figura 2: Curva de distribuição de tamanho das partículas do resíduo
A análise morfológica por MO, Fig. 4, revela a presença de
partículas de vidro indicadas por setas brancas, partículas
com coloração branca associadas à presença da camada de
pó de fósforo que recobre o tubo de vidro da lâmpada, setas pretas, e ainda partículas associadas às impurezas mais
grosseiras presentes no resíduo, tais como plásticos e metais, circundadas.
Figure 3 – Optical micrographs of particles in the fluorescent lamp glass waste
As imagens do resíduo obtidas por MEV são apresentadas na Figura 4. Observa-se que o resíduo é constituído por partículas angulosas e irregulares de diferentes tamanhos. Na Figura 5, correspondente ao mapeamento da amostra
por EDS, foram observadas partículas com predomínio de Si. Estas partículas
estão associadas à sílica que constitui a estrutura de vidro, conforme mostrado na Tabela 1. O espectro de EDS também identificou picos mais intensos
dos elementos O, Na, Ca, Mg e Al, que estão de acordo com a análise química.
Outros picos apresentaram predomínio de P e C, os quais estão presentes, em
predominância, na composição da poeira fosforosa.
A Figura 2 mostra as curvas termogravimétricas, ATG e sua derivada DTG, para o
Figura 4 - Micrografia de MEV do resíduo de vidro
Figura 5 - Micrografia de MEV com espectros de EDS do resíduo de vidro
Revista da Anicer | nº 81
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ARTIGO TÉCNICO
resíduo de vidro investigado como uma função da temperatura. Nesta figura observa-se uma diminuição contínua em peso da curva de ATG, com uma queda súbita
de cerca de 200oC. Isto causou um pico na curva de DTG,
Fig. 2, a 205oC. Este evento está provavelmente associado a um rápido processo de liberação de menos de 0,2%
de componente volátil do resíduo de vidro.
Outro aspecto importante a ser observado na fig. 2 é que
a 1100°C a perda de peso é muito pequena, da ordem de
apenas 1,4%. Por conseguinte, a sua incorporação em
uma cerâmica vermelha, que normalmente é sinterizada abaixo de 1100°C, não deve provocar grandes problemas de emissão durante o processo de sinterização,
devido aos resíduos de vidro.
Na Figura 7 apresenta-se o resultado do ensaio de dila-
28
Figura 2 – Curvas Termogravimétricas ATG e DTG para resíduo de vidro de lâmpada
fluorescente
tometria óptica (microscopia de estágio a quente) do re-
onde (Tg) indica a temperatura que um material não cristalino se transforma
síduo. De acordo com a sequência de imagens obtidas,
de um líquido superesfriado em um vidro rígido e (Ts) a temperatura máxima
pode-se observar a contração significativa até 1049°C,
que uma peça de vidro pode ser manuseada sem causar alterações dimen-
após isso o material funde a 1117°C. Além disso, podem
sionais significativas [5].
ser notadas as temperaturas de transição vítrea (Tg) e
Observa-se ainda que o resíduo de vidro exibe uma faixa de trabalho, cor-
de amolecimento (Ts), a 711 e 868°C, respectivamente;
respondente aos limites de operação de um vidro de 868 a 1049°C. Estes
Revista da Anicer | nº 81
dados são compatíveis com os apresentados na literatura para os tipos
de vidro sodo-cálcicos, variando de 700 a 1000°C [5]. É importante ressaltar que quando o resíduo inicia o fluxo viscoso, ou seja, passa a se
comportar como líquido, seu efeito quando adicionado a uma cerâmica
vermelha pode proporcionar melhorias nas propriedades físicas e mecânicas através do fechamento de poros, isto devido à temperatura do vidro
ser compatível com a temperatura da cerâmica vermelha, que resistem a
temperaturas de até 1100°C.
Referências
[1] C. Raposo, C.C. Windmoller and W.A.D. Junior: Waste Management, Vol. 23, (2003).
[2] M.A. Rabah: Waste Management, Vol. 24 (2004), p. 119-126.
[3] V.L. Mombach, H.G. Riella, N.C. Kuhnen and E.F.U. Carvalho,
In: 17º CBECIMat - Brazilian Congress of Engineering and Materials Science. Foz do Iguaçu, PR (2006).
[4] C.H. Wiens: Thesis (MBA). School of Management, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001).
[5] W.D. Callister, in: Materials Science and Engineering: An Introduction. 7ed., (2007).
[6] C.M.F. Vieira and S.N. Monteiro: Revista Matéria, Vol. 14 n. 3,
(2009), p. 881 – 905.
[7] J.O. Everhart: American Ceramic Society Bulletin, Vol. 36
(1957), p. 268-271.
[8] T.C. Shutt, H. Campbell and J.H. Abrahams Junior: American
Ceramic Society Bulletin, (1972), p. 670-671.
[9] N.F. Youssef, M.F. Abadir and M.A.O. Shater: Journal of the
European Ceramic Society, Vol. 18 (1998), p. 1721-1727.
[10] F. Matteucci, M. Dondi and G. Guarini: Ceramics International, Vol. 28, n. 8, (2002), p. 873-880.
[11] S.R. Teixeira, F.B. Costa, A.E. Souza and G.T.A. Santos: Revista Ciências Exatas, Unitau. Vol. 2, n. 2, (2007).
Figura 7 – Fotografias ópticas correspondentes aos perfis assumidos por amostras
cilíndricas de resíduo de vidro de lâmpada fluorescente em um teste óptico dilatométrica
Conclusões
• O resíduo de vidro lâmpada fluorescente investigado tem composição
química próxima de um vidro sodo-cálcico, que provavelmente está associado com o tubo da lâmpada. Constataram-se também compostos com
características do revestimento fosfórico e conectores da lâmpada.
• A análise termogravimétrica do resíduo mostrou pequena perda de peso
pequena em temperaturas superiores a 1000°C. Isto indica que o resíduo
pode ser incorporado em cerâmica argilosa sem problemas de emissão.
• O teste de dilatometria óptica corroborou o comportamento típico de um
vidro de sodo-cálcico que pode ser amolecido acima de 800°C facilitando
[12] M. Dondi, G. Guarini, M. Raimondo and C. Zanelli: Waste
Management, Vol. 29 (2009), p. 1945-1951.
[13] K.O. Godinho, J.N.F. Holanda and A.G.P. Silva: Cerâmica,
Vol. 51, n. 320, (2005).
[14] Y. Pontikes, A. Christogerou, G.N. Angelopoulos, E. Rambaldi, A. Tucci and L. Espósito: Glass Technology, Vol. 46, n. 2,
(2005), p. 200-206.
[15] Y. Pontikes, L. Espósito, A. Tucci and G.N. Angelopoulos:
Journal of the European Ceramic Society, n. 27, (2007), p.
1657-1663.
[16] A.S.C. Morais, T.C.C. Caldas, S.N. Monteiro and C.M.F. Vieira, In: TMS 2011 - 140th Annual Meeting & Exhibition. San Diego, Vol. 1 (2011), p. 1053-1060.
[17] Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Resíduos Sólidos-Classificação, NBR 10004/04, 2004.
• Evidências na microestrutura das partículas de impurezas corroboram
[18] Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Determinação da Análise Granulométrica dos solos, NBR – 7181-84,
1984.
a contaminação do resíduo de vidro por revestimento fosfórico e detritos
[19] G.W. McLellan and E. B. Shand, in: Glass Engineering Han-
metálicos finos.
dbook, edtied by McGraw-Hill, (1984), in press.
a sinterização da estrutura cerâmica.
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MOMENTO INSPIRAÇÃO
Arquitetura vermelha
Pinacoteca transpira cultura e tradição no coração de São Paulo
Por Manuela Souza | Fotos Google
L
ocalizada no centro da cidade de São Paulo, o prédio da Pinacoteca possui uma
arquitetura monumental em conformidade com o estilo eclético italiano. São três
pavimentos com dois pátios internos que garantem iluminação e ventilação ao projeto
de Ramos de Azevedo e seu colaborador Domiciano Rossi.
Entre os materiais utilizados na obra, o que predomina é o tijolo cerâmico, que empresta um ar imponente em toda a construção. O jardim se integra ao prédio por meio de
varandas laterais e de grandes janelas e o saguão chama atenção pelo seu pé direito
muito alto, onde ao centro nota-se que a obra não foi concluída, faltando a cúpula prevista no projeto original e nunca construída. A ausência de alguns tijolos na fachada
também indica a não conclusão de todo o espaço.
O prédio foi tombado em 1982 com o objetivo de preservar o conjunto arquitetônico
do bairro da Luz, onde se inserem ainda a Estação da Luz, a Estação Júlio Prestes e o
Museu de Arte Sacra de São Paulo.
A Pinacoteca do Estado possui um acervo de pinturas, esculturas, desenhos, gravuras,
fotografias, tapeçarias, objetos de arte decorativa e um seleto conjunto de imaginária
do período colonial. São mais de sete mil obras brasileiras com destaque nos séculos
XIX, XX e artistas modernistas, como Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Lasar Segall,
Anita Malfatti, Cândido Portinari e Di Cavalcanti
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Revista da Anicer | nº 81
Revista da Anicer | nº 81
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MATERIAIS
Para todos
os gostos
Anicer reedita catálogo de produtos cerâmicos para ajudar profissionais
e consumidores na hora da escolha
Fotos Terra Brasil e Manuela Souza
M
uito utilizados pela humanidade desde o início dos
A leveza deste material é uma característica valorizada pelos
tempos, com a concorrência em expansão na metade
engenheiros calculistas e que lhe confere maior eficiência
do século passado mas novamente em alta no novo milênio,
energética e ecológica. Como os blocos de cerâmica pesam
os produtos cerâmicos estão presentes na maioria das al-
aproximadamente a metade do peso de seus equivalentes
venarias e coberturas do País, sendo os preferidos dos bra-
feitos com outros materiais, isto possibilita a economia no
sileiros por diversas razões.
consumo de energia no transporte horizontal – das fábricas
Produzida a partir dos quatro elementos da natureza, a cerâmica é 100% natural e não utiliza aditivos insalubres aos
ocupantes dos imóveis e ao meio ambiente. Estes produtos
são os mais procurados por quem deseja uma construção
32
32
para os canteiros de obras - e no vertical – nos elevadores
dos canteiros. Devido às qualidades estéticas, também são
os mais procurados pelos arquitetos, pois conferem charme
aos projetos quando usados de forma aparente.
ecológica com mais conforto térmico e acústico. Os pro-
A indústria de cerâmica vermelha ou cerâmica estrutural
dutos cerâmicos possuem características físico-químicas
fornece ao mercado brasileiro uma grande gama de produ-
que resultam em uma condutibilidade térmica inferior aos
tos. Para esclarecer as diferenças entre tantas opções e aju-
outros materiais ou, em outras palavras, têm o melhor iso-
dar na hora de fazer a escolha certa, a Anicer acaba de ree-
lamento termoacústico. Isto permite grandes economias
ditar seu Catálogo de Produtos Cerâmicos, material voltado
de energia com condicionadores de ar ao longo de toda a
para construtoras, engenheiros, arquitetos e consumidores
vida útil do imóvel.
p
p
ç
finais com exemplos
e especificações
técnicas.
Revista
Rev
Re
R
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e
is
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Anicer
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nºº 8
81
1
BLOCOS
Utilizados em alvenarias de vedação ou estruturais não armadas, armadas e protendidas, têm suas especificações determinadas pela Norma NBR 15270, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, o que garante mais qualidade para o consumidor. Os blocos se dividem em dois tipos: blocos estruturais e blocos de vedação.
Blocos de Vedação
São utilizados em alvenarias de vedação, principalmente na construção de paredes e muros. No caso de estruturas, é necessária a construção de vigas, pois estes blocos suportam apenas cargas leves. Possuem furos na posição horizontal ou vertical.
Sendo estes últimos para alvenarias de vedação racionalizada. Confira as medidas destes blocos na Tabela A.
9x9x19
Linha 29
Linha 39
Furo Vertical
14x19x29
Blocos Estruturais
São utilizados nas alvenarias estruturais. Além de função de vedação, têm função estrutural, pois suportam cargas oriundas
da edificação. Seu emprego permite construir edificações sem o uso de vigas e pilares. Confira as medidas destes blocos na
Tabela B.
Seccional
Hidráulico
Muro
14x19x39
Vertical 14x19x29
Economia:
Devido às suas características tecnológicas, a Alvenaria Estrutural com Blocos Cerâmicos (NBR 15812) permite reduzir gastos
com mão de obra, ferragem, cimento e madeira. Isto resulta em uma redução de até 30% no custo final da obra e canteiros ecológicos com desperdício mínimo.
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NONONONONONNNOONO
TIJOLOS
Os tijolos podem possuir, conceitualmente, até 25% de sua superfície perfurada. Tanto
os maciços como os perfurados são produzidos em dimensões menores que os blocos e possuem diversos tipos de acabamentos, cores e formatos de furos.
Tijolos Maciços
Tijolos sem furos, podendo conter
um rebaixo em uma face de assentamento. São os mais procurados pelos arquitetos pelo charme
e rusticidade que conferem aos
ambientes.
Tijolos Perfurados
Semelhantes aos maciços, com as
mesmas dimensões externas mas
com furos na vertical ou horizontal,
são encontrados geralmente com
dois, quatro, dez, dezoito ou vinte
e um furos.
Cobogós
O cobogó é um elemento cerâmico
estrutural vazado que tem por objetivo proteger o espaço, permitindo a
passagem de luz e ventilação naturais. Além de função estrutural, tem
função estética, motivo pelo qual a
indústria abastece o mercado com
grande diversidade de formatos.
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Revista da Anicer | nº 81
TELHAS
Utilizadas em sistemas de cobertura, as telhas cerâmicas têm especificações determinadas
pela Norma NBR 15310 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Esta norma
determina que informações como fabricante, medidas, galga média, entre outras, estejam
impressas na telha. Isto permite que o consumidor tenha maior precisão no cálculo para sua
cobertura, garante a qualidade dos produtos e ampla variedade de modelos para escolha. As
telhas dividem-se em 4 categorias:
Planas de encaixe
Planas de sobreposição
Francesa
Compostas de encaixe
Germânica
â
Simples de sobreposição
Romana
Colonial
Acessórios:
As coberturas cerâmicas se utilizam ainda de acessórios especiais para os acabamentos,
como a meia telha, cumeeira e telha de ventilação, por exemplo.
Esmaltadas:
As telhas esmaltadas de alta qualidade são consideradas produtos semi-grés, ou seja, possuem qualidades físico-químicas próximas às de rochas, tornando estes produtos muito mais
resistentes a todo o tipo de intempéries, sujam menos e tem alto valor estético agregado.
Rendimento:
Telhas maiores permitem um rendimento melhor por m². Enquanto o rendimento de vários
modelos fica entre 12 a 15 peças/m², uma telha Colonial gigante de 31 x 64 cm rende 9 peças/m². Além de economia isto representa praticidade para o consumidor.
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MATERIAIS
TUBOS
Os Tubos Cerâmicos são os materiais preferidos em países europeus e no Brasil quando há preocupação com a qualidade do saneamento público, para sistemas de abastecimento de água e saneamento devido à sua grande longevidade – cerca de 100 anos – o que
reduz drasticamente os custos de manutenção. Além disso, têm o menor custo de instalação por metro entre os sistemas disponíveis
no mercado. Por serem “inertes” e de alta resistência – não deformam – são os mais ecológicos e eficientes para proteger a terra e
lençóis freáticos dos resíduos de saneamento.
Junta Rígida/Semi-Rígida
Os tubos possuem diâmetros variados, de 94mm a 414mm, e comprimentos de 1m a 1,20m, além de uma profusão de acessórios e
conexões que garantem maior vedação e atendem aos mais diversos projetos.
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Junta Elástica do Tipo “P”
LAJOTAS
São elementos cerâmicos vazados destinados ao preenchimento de lajes, assentados entre as vigas. As dimensões deste
produto são especificadas segundo a NBR 14.859, e as alturas
mais comuns no mercado são o H6 e H12 (6 cm e 12 cm de
altura, respectivamente).
PISOS E PLACAS
DE REVESTIMENTO
A indústria de cerâmica vermelha também produz placas de revestimento para paredes ou pisos em pequenas dimensões. São produtos
valorizados pelos arquitetos devido à sua estética avermelhada e texturas rústicas que tornam ambientes mais acolhedores ou elegantes. Há
enorme variação de modelos e opções. Destacam-se nesta categoria
as placas que simulam tijolos aparentes, as texturizadas e decoradas.
Os pavers, ou adoquins, são procurados para conferir charme às áreas
externas ou àquelas que se quer dar um toque de rusticidade
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Revista da Anicer | nº 81
Não deixe a qualidade
fora da sua empresa!
C
onsiderado um dos pilares estratégicos para a evolução
da qualidade no setor, os Programas Setoriais da Qualidade
de Blocos e Telhas Cerâmicos, integrantes do Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H),
do Ministério das Cidades, avançam pelo País. Crescimento
impulsionado por um intenso trabalho de difusão da Anicer,
entidade mantenedora dos programas, que está mudando o
padrão de qualidade dos produtos oferecidos no mercado.
Você sabia?
Pelo Código de Defesa do Consumidor, fabricantes
e comerciantes devem fornecer produtos de
acordo com as Normas Técnicas da ABNT. Isso é lei!
Faça a adesão da sua empresa hoje mesmo!
Ligue para a Anicer: +55 21 2524 0128
Consulte a lista das empresas qualificadas nos sites:
www.anicer.com.br e www.cidades.gov.br/pbqp-h
[email protected]
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FEICON BATIMAT 2013
Anicer lança novo projeto
durante Feicon Batimat
Com cinco linhas de atuação em parceria com o Sebrae, o “Cerâmica Sustentável é + Vida” vai
atender a 600 micro e pequenas empresas de cerâmica do País
Por Manuela Souza
Durante a abertura oficial da
Feicon, o governador Geraldo
Alckmin destacou as grandes
obras e investimentos do
governo do Estado de São
Paulo, em pareceria com
a indústria e comércio da
construção civil.
A
Anicer marcou presença na 19ª edição da Feicon Batimat, considerado o maior evento da cadeia da construção no País e que reúne os grandes líderes do segmento. Representada por um
número expressivo de empresas, a cerâmica vermelha mostrou as novidades das marcas: Green
Wall, Top Telha, Eurotop, Telhas Lopes, Barrobello, Nivoloni e Terra Brasil.
Dispondo de um estande próprio, a Anicer realizou o lançamento do seu mais novo projeto em parceria com o Sebrae, o Cerâmica Sustentável é + Vida, que durante os próximos 36 meses vai atender
a 600 micro e pequenas indústrias do setor de cerâmica vermelha de todo o País. O objetivo do
projeto é promover a sustentabilidade através da Gestão Empresarial, da promoção da Inovação
Tecnológica, da Eficiência Energética e do Licenciamento Ambiental que permita a incorporação e
o tratamento de resíduos sólidos nos processos produtivos. Além disso, vai servir de apoio à qualificação dos produtos cerâmicos nos Programas Setoriais da Qualidade (PSQ), pertencentes ao
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H, do Governo Federal. Veja
as consultorias disponíveis a seguir.
Segundo o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, a ideia é fortalecer a economia do setor e melhorar a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. “As empresas só terão a ganhar com esse
novo Projeto que é um dos mais completos já executados pela Anicer, por das necessidades básicas para o bom funcionamento de uma cerâmica mais sustentável”, explica Gonçalves.
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Revista da Anicer | nº 81
O projeto desenvolve e consolida ações sustentáveis e o aumento da competitividade do segmento para sua ampliação de mercado.
Consultoria para Inovação Tecnológica (175 empresas)
Estruturação do layout da fábrica para análise da estrutura disponível, com proposta de alteração e melhorias, inclusive com a
indicação dos equipamentos adequados, conforme os produtos fabricados e a demanda mercadológica existente. O objetivo é aumentar a produtividade da empresa, evitando o desperdício de recursos humanos e de material cerâmico com excessivo transporte
interno desnecessário, por exemplo. Outro ponto importante é o aproveitamento do calor do forno para a secagem ou o uso de
equipamentos modernos dentro das normas vigentes de segurança.
Contrapartida por empresa: R$ 1.356,00
Consultoria para Eficiência Energética (100 empresas)
Auditoria e consultoria, distribuídas em todo o território nacional, organizadas em ações coletivas ou individualmente, por meio dos
parâmetros desenvolvidos em conjunto com o CTCV, de Portugal. O diagnóstico vai avaliar as perdas energéticas para elaboração
de plano de racionalização do uso de energia e definição de cronograma de implantação das medidas indicadas com o objetivo de
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eliminar desperdícios energéticos, reduzir custos de produção, modernizar equipamentos e processos produtivos, melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a
produtividade e o faturamento da empresa. As cerâmicas também receberão um
software para melhor gestão no tema.
Contrapartida por empresa: R$ 3.738,00
www.resdilrefratarios.com.br
Consultoria Ambiental (120 empresas)
Análise minuciosa da documentação disponível ou não em cada empresa com base
na legislação federal, estadual e municipal em vigor em todas as regiões. A ação irá
orientar cada Cerâmica sobre os procedimentos a serem adotados para a obtenção
ou manutenção das licenças obrigatórias.
Contrapartida por empresa: R$ 1.130,00
Consultoria para incorporação e tratamento de resíduos sólidos, biomassas e geração de crédito de carbono (30 empresas)
Visita de especialistas às cerâmicas para traçar condições disponíveis e oportunidades para a incorporação de resíduos industriais no processo de fabricação de
cerâmica vermelha, estabelecidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos vigente
no País. Entre os benefícios da incorporação de resíduos no processo de fabricação,
as cerâmicas podem obter créditos de carbono e receitas regulares para compra
de novos equipamentos e modernização dos processos fabris. Ações de marketing
paralelas serão executadas pela Anicer com as empresas.
Contrapartida por empresa: R$ 1.130,00
Consultoria para Qualificação nos PSQ/PBQP-H
Treinamentos e cursos no interior de cada cerâmica para implantação das ferramentas de controle de processos e gestão da qualidade para obtenção do certificado de qualificação no Programa Setorial da Qualidade (PSQ/PBQP-H) de Blocos e/
ou Telhas Cerâmicas. O objetivo é elevar a imagem da empresa; reduzir perdas no
processo produtivo; atender às exigências da Caixa, do Inmetro, construtoras, revendas e consumidores, também com a incorporação de estratégias de marketing,
aumento do valor agregado do produto, entre outros.
FÁBRICA E VENDAS
TELEFAX: (19) 3893-2888
email: [email protected]
Rua Hamilton Bernardes, s/nº Cx. Postal 522 CEP 13920-990
Pedreira
| nº 81 - SP
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Contrapartida por empresa: R$ 2.260,00
Saiba mais sobre o Cerâmica Sustentável é + Vida pelo telefone (21)
2524.0128 ou pelo hotsite
www.anicer.com.br/ceramicasustentavel
Novidades da Feicon
Casa Cerâmica
A Casa Cerâmica mais uma vez atraiu milhares de curiosos durante a Feicon. Resultado de uma parceria entre a Fiesp, Sebrae,
Sindicercon/SP, BID e o Governo do Estado de São Paulo, a construção tinha dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Os 54 m² da
alvenaria foram montados em pouco mais de seis horas. A obra
Terra Brasil
A empresa atraiu o público jovem da feira para o
seu estande com um game em que os usuários
tinham que encaixar perfeitamente os blocos cerâmicos em uma construção.
Top Telha
apresentou a
telha branca com
tecnologia da
Dow, além de uma
grande variedade
de fachadas
ventiladas e brises.
Game movimentou
o estande da Terra
Brasil
completa, com sistema elétrico e hidráulico, levou cinco dias para
ser concluída.
A Casa Cerâmica foi coberta por telhas e blocos cerâmicos de alto
Top Telha
desempenho, o que proporciona bom isolamento térmico e telhado
A TopTelha apresentou ao mercado um produto
mais ecológico, no qual a madeira é substituída por aço galvani-
inovador: a telha branca, que recebe um reves-
zado. O objetivo da ação é oferecer produtos de qualidade e refor-
timento que usa tecnologias de ponta da Dow,
çar a competitividade das empresas de cerâmica vermelha de São
uma das mais importantes provedoras de solu-
Paulo. A confecção dos tijolos utilizados na casa é da Tecno Logys.
ções químicas do mundo. A proposta é simples,
Também expositora da Feicon Batimat 2013, a empresa apresen-
mas revolucionária. O telhado de alta refletividade
tou o conceito de Alvenaria Integrada para edifícios.
reduz consideravelmente a temperatura nas edi-
GreenWall Ceramic
Novas ideias de aplicações foram os destaques da GreenWall Ceramic, que trabalha com módulos cerâmicos para a criação de
jardins verticais. Para isso a empresa trouxe um sistema inovador
para a construção de muros verdes, que permite o crescimento
livre das raízes e a durabilidade das plantas. A proposta também
ficações, contribuindo para uma maior eficiência
energética e uma menor geração de CO2. Para se
ter uma ideia, pode representar uma redução de
até 6ºC no interior de um imóvel e aproximadamente 18ºC na superfície de um telhado, dependendo do tipo de material e condições climáticas.
oferece um sistema de irrigação por gotejamento automatizado,
A Feicon Batimat 2013 reuniu 1030 marcas ex-
além de proporcionar isolamento acústico e térmico aos ambien-
positoras, nacionais e internacionais, que mos-
tes. O produto pode ser trabalhado com acabamentos diversos em
traram novidades e lançamentos para um públi-
ambientes como restaurantes, hotéis e áreas internas e externas,
co de cerca de 130 mil visitantes. A estimativa de
atendendo à criatividade de arquitetos, paisagistas e designers.
negócios realizados foi de 400 milhões de reais
Revista da Anicer | nº 81
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NONONONONONNNOONO
UF
CIDADE
CE
CE
CE
Aquiraz
Ceará Cerâmica
(85) 3348-0492 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Aquiraz
Cerâmica Cerampedras
(85) 3276-2009 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Aquiraz
Cerâmica Assunção
(85) 3377-1262 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19
CE
Aracati
Cerâmica Armando Praça
(88) 3421-1121 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Beberibe
Cerâmica Brasília
(85) 3301-1200 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
CE
Cascavel
Cerâmica Cajazeiras
(85) 3301-1220 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x39
CE
Cascavel
Cerâmica Luma
(85) 3301-1220 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
CE
Caucaia
Cerâmica Martins
(85) 3342-2526 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
CE
Crato
Cecrato Cerâmica Crato
(88) 3521-1096 / 3521-1778 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Crato
Cemonte Cerâmica Monte Alegre
(88) 3521-1096 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Jaguaruana
Jacerama Jaguaruana Cerâmica
(88) 3418-1300 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19
CE
Milagres
Cerâmica Artrical Argila do Triângulo Caririense
(88) 3531-1231 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Cerâmicas Kappa Indústria
(88) 3411-1413 www.kappaceramica.com.br
Vedação 9x19x19 9x14x24
CE
Russas
São Gonçalo
do Amarante
Sobral
ES
João Neiva
CE
44
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
Acopiara
Cerâmica Rufino
(88) 3565-0240 / 3565-0873 [email protected]
Vedação 9x19x19
Aquiraz
Ceagra Cerâmica Agrop. Assunção
(85) 3377-1212 www.ceagra.com.br
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
Cerâmica Santa Rita
(85) 3421-5214 [email protected]
Vedação 9x19x19
Cerâmica Torres
(88) 3614-3311 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x14x19
Cerâmica Acioli
(27) 3278-1101 [email protected]
Vedação 9x19x39 9x19x19
ES
João Neiva
Cerâmica Argil
(27) 3258-2386 [email protected]
Vedação 9x19x39 9x19x19 9x19x29
ES
Nova Venécia
Cerâmica Adélio Lubiana
(27) 3752-2236 [email protected]
Vedação 9x19x19
GO
Ouvidor
Cerâmica Paraíso
(64) 3478-1139 [email protected]
Vedação 9x19x24 9x14x29 11,5x19x24
MA
Balsas
Cerâmica Balsas
(99) 3541-9668 [email protected]
Vedação 9x14x19
MG
Belo Horizonte
Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Braúnas
(31) 3499-7801 www.braunas.com.br
MG
Ribeirão das Neves
Cerâmica Jacarandá
(31) 3638-1855 www.jacarandanet.com.br
MG
Ribeirão das Neves
Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Marbeth
(31) 3499-7801 www.braunas.com.br
Estrutural 11,5x19x19 11,5x19x39 14x14x19 14x19x19 14x19x29
14x19x34 14x19x39 14x19x44
Vedação 9x19x29, 14x19x29, 09x19x39 Estrutural 14x19x29
14x19x34 14x19x39 14x19x44
Vedação 9x19x29 Estrutural 14x19x29
MG
Salinas
Cerâmica União
(38) 3841-1590 www.ceramicauniao.com.br
Vedação 9x19x24 11,5x19x24
MG
Sete Lagoas
Cerâmica Setelagoana
(31) 3773-0600 [email protected]
Vedação 9x19x29 14x19x29 19x19x29
Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 11,5x19x29
14x19x29
MS
Terenos
Cerâmica Volpiso
(67) 3246-7360
[email protected]
MS
Terenos
Volpini Indústria Cerâmica
(67) 3246-7166
[email protected]
Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 14x19x29
11,5x19x29
MT
Várzea Grande
Argiblocos Indústria Cerâmica
(65) 3686-4300
[email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 11,5x19x19
PA
Inhangapi
Cerâmica Vermelha Ind. e Comércio
(91) 3809-1221 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x19x19
PA
Santa Isabel do Pará
Tijotelha Industrial
(91) 3744-1287 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x19x19
PA
Uruará
Cerâmica Santa Terezinha
(93) 3532-1238 [email protected]
Vedação 9x19x19
PB
Caldas Brandão
Cerâmica Santa Cândida
(83) 3226-1566 [email protected]
PB
Santa Rita
Cia Industrial de Cerâmica - Cincera
(83) 3015-1450 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x44
PB
Rio Tinto
Cerâmica DRM
(83)3246-7102 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
PE
Ferreiros
Cerâmica Araçá
(81) 3631-1398 [email protected]
Vedação 9x19x19
PE
Paudalho
Cerâmica Bom Jesus
(81) 3636-1554 / 3636-1200
[email protected] / www.cbjceramica.com.br
Vedação 9x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29
PE
Paudalho
Cerâmica Porto Seguro
(81) 3636-4171 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x39
PE
Paudalho
Cerâmica São José
(81) 3636-1258 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44
PE
Paudalho
Cabel
(81) 3636-1198 [email protected]
Vedação 9x19x19
PE
Tacaimbó
Indústria de Cerâmica Kitambar
(81) 3726-1668 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x19x19
PI
Miguel Alves
Cerâmica Santa Vitória Ltda
(86) 3244-1303 [email protected]
Bloco de Vedação 9x14x19 9x19x19 9x19x24
PI
Teresina
Blocomar
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44
Revista da Anicer | nº 81
Vedação 9x19x19
Estrutural 14x19x29
Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites
http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e
REALIZAÇÃO:
www.anicer.com.br
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
PI
Teresina
Cerâmica Mafrense
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19
PI
Teresina
Telhamar
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19
PI
Teresina
Telhas Mafrense
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19
PI
Teresina
Unimar
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19
PR
Arapoti
Cerâmica Irmãos Almeida
(43) 3557-1121 [email protected]
Estrutural 14x19x29
PR
Curitiba
Cerâmica São Pedro
(41) 3265-6921 [email protected]
Estrutural 14x19x29
PR
Entre Rios do Oeste
Cerâmica Stein
(45) 3257-1168 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x14x24 11,5x14x24
PR
Prudentópolis
Cerâmica São Gerônimo
(42) 3446-1622 [email protected]
Estrutural 14x19x29
PR
Missal
Cerâmica Pasquali e CIA Ltda
(45)3244-1498 [email protected]
Vedação 9x14x24
RJ
Campos dos
Goytacazes
A C Cerâmica Indústria e Comércio
(22) 2722-2205 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ
Barra do Piraí
Olaria São Sebastião
(24) 3346-6544 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x29 14x19x29
RJ
Campos dos
Goytacazes
Cerâmica Abud Vagner
(22) 2734-0363 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ
Campos dos
Goytacazes
Cerâmica Olivier Cruz Indústria e Comércio
(22) 2728-2800 [email protected]
Vedação 9x19x19 9X19x29
RJ
Campos dos
Goytacazes
Cerâmica São Sebastião de Campos
(22) 2721-7105 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ
Campos dos
Goytacazes
F.P.R. Indústria Cerâmica
(22) 2723-5590 [email protected]
Vedação 9x19x29 14x19x29
Estrutural 14x19x29
RJ
Campos dos
Goytacazes
Wagner Linhares
Indústria Cerâmica
(22) 2721-8111
[email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ
Itaboraí
Cerâmica Colonial
(21) 2635-9333
[email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 14x19x19 14x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x44
RJ
Itaboraí
Cerâmica Santa Izabel
(21) 2635-7089 [email protected]
RJ
Paraíba do Sul
Cerâmica GGP
(24) 2263-1267 www.ceramicaggp.com.br
RJ
Três Rios
Cerâmica Argibem
(24) 2258-2127
www.argibem.com.br
Vedação 9x19x19 9x19x29
Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x19
14x19x29
Vedação 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x29 Estrutural 11,5x19x39
14x19x29 19x19x39
RJ
Vassouras
Cerâmica Porto Velho
(24) 2258-3110
[email protected]
[email protected]
RO
Ji Paraná
Cerâmica Belém Indústria e Comércio
(69) 3421-1419 [email protected]
Vedação 9x14x19
RS
Candelária
Cerâmica Kottwitz
(51) 3743-1789 [email protected]
Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29
RS
Bom Princípio
Cerâmica Construrohr
(51) 3635-8085 [email protected]
Vedação 14x19x29 Estrutural 14x19x29
RS
Candelária
Cerâmica Candelária
(51) 3743-1202 [email protected]
Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29
RS
Faxinal do Sotur
Cerâmica Veber
(55) 3263-1379 [email protected]
Vedação 9x14x19
RS
Nova Santa Rita
Cerâmica Flores
(51) 3479-5080 [email protected]
Vedação 9x14x19
RS
Sapucaia do Sul
Pauluzzi Produtos Cerâmicos
(51) 3451-5002 www.pauluzzi.com.br
Estrutural 14x19x29
RS
Venâncio Aires
Cerâmica Eckert
(51) 3741-1509 [email protected]
Vedação 9x14x19
SC
Pouso Redondo
Cerâmica Constrular
(47) 3545-1249
www.ceramicaconstrular.com.br
Vedação 9X9X24 9x14x24 9x14x29 11,5X19x19 11,5x19x24
14x19x29 Estrutural 14x19x29 14X19X44
SC
Rio do Sul
Cerâmica Princesa Indústria e Comércio
(47) 3525-1540
www.princesa.ind.br
Vedação 9x9x24 9x14x24 14x19x29 11,5x19x24
Estrutural 14x19x29
SC
Cocal do Sul
Cerâmica Galatto Ltda
(48) 3447-6259
[email protected]
Vedação 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29
SC
Ituporanga
Bela Vista Tijolos Ltda
(47) 3533-9090
[email protected]
Bloco de Vedação 11,5x19x24
SC
Pouso Redondo
Cerâmica Lorenzetti Ltda
(47) 3545-0049
[email protected]
Bloco de Vedação 9x14x24
SP
Cesário Lange
Cerâmica City
(15) 3246-1133
www.ceramicacity.com.br
Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39
Estrutural 14x19x29 14x19x39
SP
Itu
Selecta Estrutural Blocos e Telhas
(11) 2118-2001
www.selectablocos.com.br
Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39
Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39
SP
Santa Cruz da
Conceição
Cerâmica Barrobello Indústria e Comércio
(19) 3567-1533
[email protected]
(15) 3222-8336
www.ceramicamatieli.com.br
Vedação 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 Estrutural 14x19x29
14x19x39
SP
Sorocaba
Indústria Cerâmica Matieli
CONTATO
PRODUTOS
Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x29 11,5x19x39
14x19x29 14x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39
Vedação 14x19x39 Estrutural 14x19x29
Revista da Anicer | nº 81
45
NONONONONONNNOONO
46
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
BA
Alagoinhas
Cerâmica Santana de Alagoinhas
(75) 3423-3000
www.ceramicasantanaba.com.br
Telha Extrudada
BA
Alagoinhas
Telhas Simonassi
(75) 3182-5000
[email protected]
Romana /Telhas Plan Macho /Fêmea
BA
Candiba
Cerâmica Alves Neves
(77) 3661-2070
[email protected]
Colonial
ES
Colatina
Cerâmica Cinco
(27) 3722-7400
[email protected]
Romana /Portuguesa
GO
São Simão
Cerâmica Dolar
(64) 3658-4001
[email protected]
Americana /Romana /Portuguesa
GO
Mara Rosa
Rosa e Cavalcante - Cerâmica Santo
Antônio
(62) 3366-1382
[email protected]
Plan /Portuguesa /Romana
MG
Abadia dos Dourados
CBS Indústria
Cerâmica
(34) 3847-1309
[email protected]
Americana /Plan CBS /Colonial
MG
Capinópolis
Cerâmica
Drummond
(34) 3263-1340
[email protected]
Americana /Portuguesa
MG
Ituiutaba
Cerâmica Depaula
(34) 3268-8319
[email protected]
Romana
MG
Ituiutaba
Cerâmica Maracá
(34) 3268-8596
www.ceramicamaraca.com.br
Romana /Americana /Portuguesa
MG
Ituiutaba
Cerâmica Santorini
(34) 3268-5400
www.santorini.com.br
Portuguesa /Americana / Romana
MG
Monte
Carmelo
Azteca Indústria Cerâmica
(34) 3842-8900
www.incatelha.com.br
Plan /Colonial
MG
Monte
Carmelo
Cerâmica Azteca
(34) 3842-8900
www.incatelha.com.br
Americana
MG
Monte
Carmelo
Cerâmica
Carmelitana
(34) 3842-2424
[email protected]
Plan Universal /Americana /
Portuguesa /Romana
MG
Monte
Carmelo
Cerâmica Cruzado
(34) 3842-1524
[email protected]
Plan Universal /Americana /
Portuguesa /Romana
MG
Monte
Carmelo
Cerâmica Mineira
(34) 3842-2688
[email protected]
Plan Universal /Americana /
Portuguesa /Colonial Capa e Canal
MG
Salinas
Cerâmica União
(38) 3841-1590 /3841-1087
www.ceramicauniao.com.br
Plan /Colonial /Paulista /Planzinha /
Portuguesa /Americana
MS
Três Lagoas
Cerâmica MS
(67) 3521-1221
www.ceramicams.com.br
Romana /Portuguesa /Americana
MS
Rio Verde
Ceramitelha
(67) 3292-1769
[email protected]
Romana /Portuguesa
PE
Caruaru
Cerâmica kitambar
(81) 3722-7777
www.kitambar.com.br
Telha Extrudada
Revista da Anicer | nº 81
Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites
http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e
REALIZAÇÃO:
www.anicer.com.br
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
RJ
Campos de Goytacazes
Cerâmica São José
(22) 2721-1403
[email protected]
Romana /Portuguesa
RJ
Itaboraí
Cerâmica Sul
América - Cerâmica R. J. Nunes
(21) 2635-2581
[email protected]
Romana /Portuguesa
RJ
Tanguá
Cerâmica Marajó
(21) 2747-1207
[email protected]
Romana /Portuguesa
RO
Cacoal
Cerâmica Rio
Machado
(69) 3441-5210
[email protected]
Romana
RO
Cacoal
Cerâmica Cena
(69) 3441-6079
[email protected]
Romana
RO
Pimenta Bueno
Cerâmica Romana
(69) 3451-2631 / 3451-8560
[email protected]
Romana /Portuguesa
RS
Bom Princípio
Cerâmica João Vogel
(51) 3634-2602
[email protected]
Portuguesa /Americana
SC
Agrolândia
Telhas Hobus
Esmaltados
(47) 3534-4037
[email protected]
Portuguesa
SC
Rio do Sul
Telhas Rainha Unicerâmica
Indústria e Comércio
(47) 3411-5000
www.telhasrainha.com.br
Portuguesa
SC
Sangão
Icetec Indústria Cerâmica de Telhas
Coloniais
(48) 3656-3600
www.icetec.ind.br
Americana
SC
Sombrio
Bella Telha
(48) 3533-9001
[email protected]
Portuguesa
SC
Taió
Cerâmica Taió Ltda
(47) 3562-0507
[email protected]
Telha Germânica
SC
Mafra
Cerâmica Vila Rica Ltda
(47) 3643-0040
[email protected]
Portuguesa
SP
Conchas
Cerâmica Lopes
(14) 3845-8000
www.ceramicalopes.com.br
Americana / Portuguesa /Romana
SP
Conchas
Cerâmica Argiforte
(14) 3845-1212
[email protected]
Romana /Portuguesa
SP
Leme
Top Telha - Maristela Telhas
(19) 3573-7777
www.toptelha.com.br
Mediterrânea /M14
SP
Panorama
Cerâmica Modelo Ltda-EPP
(18) 3871-1116
[email protected]
Romana
SP
Santa Cruz da
Conceição
Cerâmica Barrobello Ind. e Comércio
(19) 3567-1533
www.ceramicabarrobello.com.br
Portuguesa Reta /Portuguesa /Romana
/ Italiana
SP
Tambaú
Morandin Produtos Cerâmicos
(19) 3673-3190
[email protected]
Romana /Portuguesa
Revista da Anicer | nº 81
47
COLUNA DA QUALIDADE
Fiep investe R$ 8 milhões
em Instituto no Paraná
o Sebrae intitulado “Cerâmica Sustentá-
dia 20 de março no Senai Ítalo Bologna,
vel é + Vida”. Exposição de maquinários,
em Itu, com a presença dos ceramistas
leilões, sorteios, jantares dançantes e
da região. Os responsáveis ainda estão
uma missa em intenção dos ceramis-
avaliando a real demanda do setor para
tas e funcionários também animaram a
a realização do curso, mas segundo o
programação do evento.
assessor técnico do Sindicato, arquiteto
Antonio Carlos Gomes Pereira, até o início
Reunião estuda ações no PR
De olho nos bons negócios que vêm sen-
“Acredito que conseguiremos montar o
do realizados em Ponta Grossa (PR), o
curso ainda este ano. Se não o curso téc-
Sistema Fiep, com o apoio do Sesi/Senai
nico completo, conforme pretendemos,
local, vai investir R$ 8 milhões na cons-
montaremos um curso menor, apenas de
trução do Instituto Senai de Tecnologia
cerâmica vermelha. Mas a intenção é de
em Construção Civil e Cerâmica Verme-
que seja um programa mais amplo, com
lha. O setor escolhido pela entidade é im-
Uma reunião entre a Anicer e represen-
status de técnico, que englobe todas as
prescindível no momento econômico que
tantes do Sebrae foi realizada no dia 12
cerâmicas”, informou.
a cidade de Ponta Grossa vive. Segundo
de abril, no Paraná, na sede do Sebrae
a gerente do Sesi local, Denise Bininca, a
local. Entre os assuntos abordados es-
cidade foi escolhida por ser referência na
tavam as ações conjuntas do Sebrae e
área e pela logística, por ficar num dos
Anicer no Estado, incluindo atividades
maiores entroncamentos rodo-ferroviá-
do novo projeto Cerâmica Sustentável é
rios do sul do País. Para a secretária de
+ Vida, parceria das duas entidades, com
Governo, Indianara Milléo, a região está
agendamento de apresentações e even-
em franco desenvolvimento e ainda deve
tos para os próximos meses. Participa-
crescer acima da média das cidades pa-
ram da reunião Antônio Carlos Pimenta,
ranaenses nos próximos anos.
da Anicer; Edison Carlos Charavara e
O Centro de Ações Móveis do Senai/RJ
José Gava Neto, do Sebrae/PR e Renato
inaugurou, no dia 2 de abril, na sede da
Perlingeiro Salles Júnior, da Carteira de
Firjan, no Centro, sua Unidade Móvel de
Anicer faz palestra em
Prudentópolis/PR
Cerâmica do Sebrae Nacional.
Senai inaugura laboratório
móvel
Laboratório de Materiais de Construção
Civil. Com capacidade para realizar 160
A 4ª Festa Nacional das Cerâmicas, Olei-
ensaios por mês, a unidade irá atender
de abril em Bracantina, no município de
Curso técnico em Cerâmica é
projeto em SP
Prudentópolis (PR), contou com a parti-
O Sindicercon/SP, em parceria com a
melha da região de Campos, no norte
cipação da Anicer em sua programação,
Acervir e a Acertar, está realizando um
fluminense, descendo em seguida para
com uma palestra do assessor Técnico
projeto com o Núcleo de Cerâmica da Es-
Itaboraí até chegar aos municípios do sul
e da Qualidade, Antônio Carlos Pimenta,
cola Senai Mário Amato para viabilizar o
do estado. “Através da unidade móvel, o
sobre as oportunidades e os desafios
curso de formação técnica em cerâmica
Senai amplia a sua capacidade de aten-
do setor de cerâmica vermelha para os
na região de Itu e Tatuí (SP). Para avaliar
dimento, contribuindo para melhoria dos
próximos anos. Pimenta aproveitou a
o interesse dos ceramistas da região na
processos e dos produtos deste setor”,
ocasião para apresentar ao público o
realização do programa e apresentar seu
analisa a gerente operacional do Senai,
novo projeto da Anicer em parceria com
conteúdo, uma reunião foi realizada no
Joselaine Rampini
ros e do Tijolo, realizada nos dias 12 e 13
48
de maio já será possível ter uma posição.
Revista da Anicer | nº 81
primeiramente o polo de cerâmica ver-
Revista da Anicer | nº 81
49
CERÂMICA VERDE
Por um tijolo mais
sustentável
Pesquisadora da Engenharia Civil mostra como transformar lodo de
tratamento de água, cinzas e cascas de arroz em tijolos e revestimentos
Por João Paulo Vicente (Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília – UnB)
“Estava em busca de materiais recicláveis que poderiam ser misturados à argila sem diminuir a qualidade do produto
final”, diz Elisandra. No fim das contas,
ela escolheu três tipos de resíduos que
não recebem muita atenção, mas que
são produzidos em enorme quantidade.
Cinza da casca de arroz, lodo de estação
de tratamento de águas e cinza da lenha
usada nos fornos da cerâmica foram os
escolhidos. Elisandra desenvolveu vinte
composições diferentes de cerâmica que
integravam um ou mais resíduos à argila.
Para descobrir se os compostos atenderiam às exigências de baixa absorção de
água e resistência exigidos dos tijolos
e revestimentos, ela foi ao laboratório
Estação de tratamento de água:
lodo do fundo dos tanques
poderá ser usado no preparo da
massa cerâmica.
50
Revista da Anicer | nº 81
S
e depender de Elisandra Medeiros, é com isso
que sua casa será construída no futuro. Em
de cerâmica da Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG).
tese defendida pelo Programa de Pós-Graduação
Como resultado, ela diminuiu sua lista
da Engenharia Civil da Universidade de Brasília
de sugestões de cerâmica que agrega
(UnB), Elisandra estudou a possibilidade de usar
resíduos reaproveitados para três. Em
restos de tratamento de água, preparo do arroz e
um deles, para 95% de argila, são usados
da própria indústria de cerâmica na composição
5% de lodo de estação de tratamento de
de argila que, depois de aquecida à alta tempera-
águas. Em outro, cada 83,3% de argila re-
tura, gera a base estrutural e de acabamento da
cebe o complemento de 8,33% de cinzas
maioria das construções.
de lenhas e 8,33% de cinzas de casca de
Cinzas dos fornos cerâmicos com um novo destino muito mais ecológico
arroz. No terceiro, é usado um quarto
tal do Distrito Federal (Caesb), onde
de cinzas de lenhas para três quartos
conseguiu o lodo, eram retiradas dez
de argila.
caçambas de lixo do resíduo por dia.
Para blocos cerâmicos, todas as com-
Já as cinzas de lenha são encontra-
posições se mostraram eficientes. Já
das aos montes nas próprias indús-
para revestimentos de cerâmica, os
trias de cerâmica. A lenha é o princi-
compostos que utilizaram cinzas de
pal material utilizado nos fornos de
lenha não foram aprovados. Elisandra
fábricas deste tipo. Um estudo feito
ressalta, no entanto, que é possível que
em 2006 mostra que são gerados 300
outras misturas sejam criadas com os
toneladas de cinzas de lenha só no
diferentes tipos de resíduos.
município de Campos de Goycatazes,
no Rio de Janeiro.
Por ano, o Brasil produz cerca de treze milhões de toneladas de arroz. A
De uma forma ou de outra, todos es-
casca dos grãos, no entanto, termi-
ses resíduos trazem danos ao meio
na queimada. O resultado é que para
ambiente, seja poluindo, seja enchen-
cada uma das toneladas de arroz que
do ainda mais depósitos de lixo nos
vai para o mercado, sobram quarenta
arredores das cidades.
quilos de cinza de casca de arroz.
A proposta de Elizandra, por exemplo,
Antes que chegue limpa à torneira, a
apesar de poder baratear a produção
água passa por processos químicos
da cerâmica, ainda não foi adotada
e físicos de filtragem, que resultam
por nenhuma indústria da área. “Elas
em um lodo espesso que pode con-
precisariam fazer um investimento,
taminar nascentes de rios e lençóis
mudar a forma de produção. No mé-
freáticos. Elisandra conta que só na
dio prazo poderiam economizar, mas
estação de tratamento de água da
primeiro precisariam se reorganizar”,
Companhia de Saneamento Ambien-
explica a autora da tese
Revista da Anicer | nº 81
51
PERFIL
Cerâmica Romana
Foco em sustentabilidade faz empresa investir em projetos de venda de crédito de carbono
Por Carlos Cruz | Foto Divulgação
blocos de vedação (09x14x24), que abastecem construtoras e revendas nos Estados de Rondônia, Acre e
Mato Grosso. Para isso, a empresa investiu em prensas
com sistema de extração automatizado e controladores de temperatura de queima em seus 13 fornos Abóbada e um forno Túnel. Como combustível, a Cerâmica
Romana utiliza maravalhas e pó de serra provenientes
do descarte de marcenarias e serrarias locais, o que lhe
permitiu dar entrada num projeto para venda de créditos de carbono. Ainda com foco no meio ambiente, a
empresa investe na piscicultura como forma de recuperar as áreas de extração de matéria-prima.
João Fredi,
proprietário da
Cerâmica Romana,
e sua colaboradora
do departamento
financeiro, Silvana.
A
companhados por suas famílias e com
uma certa experiência na arte da cerâ-
mica, os irmãos João e Ademir Fredi deixaram São Paulo rumo ao município de Pimenta
Bueno, em Rondônia, onde estabeleceram residência e fundaram a Cerâmica Romana. O
ano era 1998.
Revista da Anicer | nº 81
qualificação no Programa Setorial de Qualidade (PSQ)
de Telhas Cerâmicas. “Passamos a executar nossos
produtos em conformidade com as normas técnicas, o
que nos trouxe aumento na qualidade e maior satisfação dos nossos clientes. Além disso, o PSQ nos possibilitou atender às exigências de obras tocadas pela
Caixa Econômica Federal e pelos governos estaduais e
“Antes, no mercado, existiam somente as te-
municipais. Temos uma grande responsabilidade com
lhas Plan e Francesa. Logo que chegamos
resultados positivos a cada análise de ensaios labo-
aqui, foi lançada no mercado a telha Romana,
ratoriais”, conta Fredi. A empresa também desenvolve
e foi daí que escolhemos o nome para a nossa
uma política voltada para o bem estar de seus funcio-
empresa, Cerâmica Romana”, explica o irmão
nários, com atividades recreativas, treinamentos e qua-
João Fredi, que hoje é o responsável pelos ne-
lificação certificada pelo Sesi local.
gócios da família.
52
Em agosto de 2011, a Cerâmica Romana alcançou sua
Futuramente, a Cerâmica pretende ampliar seu parque
Com um quadro de funcionários composto por
fabril, construindo uma nova unidade para a fabrica-
180 colaboradores, a Cerâmica Romana repre-
ção de blocos de vedação. O projeto inclui também a
senta um importante segmento na geração de
implantação de uma sala de preparação de massa e a
renda e empregos para a região. Sua produção
automação da entrada e saída do bastão das prensas.
mensal é de 1,2 milhão de telhas do tipo Ro-
Para o empresário, essas medidas permitirão buscar
mana, 200 mil telhas do tipo Italiana e 800 mil
novos mercados
Revista da Anicer | nº 81
53
CAPA
Sob novo comando
Nova diretoria da Anicer toma posse em cerimônia realizada na sede da Firjan
Por Carlos Cruz | Foto Divulgação
Eduardo Eugênio,
presidente da Firjan,
discursa durante
cerimônia de posse da
nova diretoria da Anicer
E
m cerimônia realizada no dia 2 de abril na sede
o novo presidente, passados doze anos, a dife-
da Federação das Indústrias do Estado do Rio
rença está no tamanho dos desafios e na repre-
de Janeiro – Firjan e que contou com a presença
sentatividade da Associação. “Crescemos muito,
de autoridades, empresários e representantes do
estamos fortes, resultado de um trabalho contí-
setor da construção civil de todo o País, a Ani-
nuo de muita competência e comprometimento.
cer deu posse à sua nova diretoria para o triênio
Muda a figura do presidente, mas o trabalho da
2013/2016. Eleitos durante o pleito que aconteceu
Anicer continua sempre focado no desenvolvi-
na última Assembleia Ordinária da Associação de
mento e no crescimento da cerâmica vermelha
2012, em novembro, o novo grupo é encabeçado
brasileira”, afirmou Gonçalves.
por Cesar Gonçalves, que deixa o cargo de diretor
de Relações Institucionais e passa agora a ocupar
a presidência da Anicer.
O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia
Vieira, também participou da cerimônia. Em seu
discurso, Vieira falou sobre a importância do setor,
54
Revista da Anicer | nº 81
Esta é a terceira vez que Gonçalves assume o
da parceria de muitos anos entre a Firjan e a Anicer
cargo. A primeira foi em 2001, quando ficou por
que gerou importantes frutos e desejou sucesso
dois mandatos consecutivos até 2007. Segundo
ao novo presidente. “Trata-se de um importante
setor da economia brasileira, que emprega mais de
Anicer e o trabalho de seu antecessor para trazer es-
um milhão de trabalhadores direta e indiretamente e
tabilidade e força para a Associação. O novo presi-
representa 4,8% da construção civil”, lembrou Vieira.
dente também chamou a atenção para importantes
Depois foi a vez de Luis Lima, que deixou a presidência, fazer uso da palavra. Ao transmitir o cargo ao seu
sucessor, Lima recordou os seis anos em que esteve
à frente da Associação e fez elogios ao novo presidente e amigo de longa data. “Estou certo de que
deixo a Anicer em boas mãos, com certeza melhores
que as minhas. Todos nós conhecemos a competência e o comprometimento desse grande nome da
cerâmica vermelha”, enfatizou o ex-presidente, que
agora assume a diretoria de Relações Institucionais. Lima foi ainda homenageado com uma placa
comemorativa entregue pelo presidente do Sindicer/MG e vice-presidente da Anicer, Ralph Perrupato, em nome de todos os presidentes de Sindicatos,
Associações e Cooperativas do segmento cerâmico. Ao final, o ex-presidente citou um antigo slogan
da Associação para expressar seu sentimento: “orgulho de ser ceramista”.
questões que precisam ser trabalhadas em parceria
Luis Lima exibe placa
em homenagem à sua
gestão aç lado de Cesar
Gonçalves e Ralph
Perrupato.
com toda a Diretoria e filiadas, como a adequação
dos ceramistas e dos fabricantes de equipamentos à
Norma Regulamentadora nº 12 e o novo Marco Regulatório da Mineração Brasileira. “Vamos dar continuidade à sequência de seminários em todas as
regiões do País para ajudar no trabalho de esclarecimento do setor sobre a nova legislação.
É importante trabalharmos em conjunto, associação,
empresariado e mercado consumidor, já que dependemos uns dos outros”, enfatizou Gonçalves. Para
ele, o novo projeto da Anicer “Cerâmica Sustentável
é + Vida”, desenvolvido em parceria com o Sebrae,
contribuirá de maneira considerável para a solução
de antigos problemas do setor. “Atenderemos a 600
empresas em todo o País, com consultorias em importantes áreas como eficiência energética e qualidade na gestão. Este, sem dúvida, é o maior projeto
Gonçalves foi o último a discursar. Bastante emo-
já tocado pela Anicer”, lembrou Gonçalves. Após a
cionado, o novo presidente agradeceu o empenho e
cerimônia de posse, os convidados foram recebidos
o comprometimento de todos os colaboradores da
num coquetel de confraternização
Revista da Anicer | nº 81
55
ENCONTRO NACIONAL
Anicer e Sindicer/PE lançam
o 42º Encontro Nacional
Organização do evento apresentou aos expositores a estrutura do Centro de Convenções de Pernambuco e
a planta da 16ª Expoanicer. Os ceramistas já podem se inscrever a partir de Maio com preços promocionais
Por Manuela Souza | Foto Divulgação
Fabricantes de máquinas e equipamentos se
reuniram com representantes da Anicer e do
Sindicer/PE, anfitrião do Encontro, para definir
suas participações na feira e conhecer as novidades desta edição. Além disso, as montadoras contratadas para atender o evento puderam
apresentar os seus serviços. “A realização do
Encontro Nacional em Recife será uma oportunidade única para empresários que nunca compareceram a tal evento em outros Estados, além
de ser uma influência positiva para a economia
local, visto o montante de negócios que geralmente são fechados nesses encontros”, explica
o presidente do Sindicer/PE, Otiniel Barbosa.
Lançamento do 42º
Encontro Nacional, no
Rio de Janeiro
O
42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica
Vermelha e a 16ª Expoanicer foram oficialmen-
te lançados no início do mês de abril pela Anicer e o
Sindicer/PE. O evento, que este ano será realizado na
cidade do Recife, de 25 a 28 de outubro, no Centro de
Convenções de Pernambuco, é considerado o maior do
setor na América Latina. “Dentro da nossa política de
itinerância, a região Nordeste do País deveria receber o
Encontro Nacional e o Estado de Pernambuco oferece
as condições que o evento requer, além das atrações
naturais e culturais. Com o Encontro, as empresas de
cerâmica daquela região e de todo o continente terão
acesso a palestras com temas importantes para o setor e oportunidade de conhecer o que existe de melhor
nas indústrias nacionais e internacionais”, disse o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves.
56
Revista da Anicer | nº 81
O evento utilizará a infraestrutura do Centro de
Convenções de Pernambuco – Cecon e segundo
a sua Gestora Comercial, Graziella Fatta, os participantes serão muito bem recepcionados. “O
Encontro Nacional é extremamente importante
para Pernambuco, que está crescendo em um
ritmo acelerado, e eventos desse porte, que estão sempre trazendo novidades para o mercado
e tratando de temas relevantes, são um reflexo
dessa evolução. Além disso, o mercado da indústria da cerâmica está sendo cada vez mais explorado devido ao grande crescimento da construção civil, em especial no Estado de Pernambuco,
com a instalação de indústrias de peso, o desenvolvimento do Porto de Suape, além do mercado
imobiliário em geral que traz novidades a cada
minuto. Tudo isso faz com que a economia do
“Alguns fatores nos levam a prever mais uma
Estado cresça e se torne referência, não só no
vez o sucesso da Expoanicer e do Encontro
Nordeste, mas no Brasil”, afirmou Graziella. Si-
Nacional. O Nordeste se destaca por ser uma
tuado a apenas 4Km dos centros históricos das
região do País com tendência para grandes
cidades de Recife e Olinda e a menos de 12Km
investimentos nos próximos anos, onde estão
da praia de Boa Viagem, o Cecon reservou para
instaladas mais de 1.500 empresas de cerâ-
o evento uma área de exposição climatizada
mica. A proximidade com Estados vizinhos a
de 9.040m² e um auditório com capacidade
Pernambuco também fortalece a expectativa
para 900 pessoas. Acompanhando o desenvol-
de público para o evento, além da confirmação
vimento da construção civil no País, o evento
de expositores nacionais e internacionais. Te-
tem registrado um crescimento expressivo na
nho certeza que será uma grande feira, sempre
última década e já figura nas primeiras posi-
focada em negócios”, aposta Márcia.
ções do ranking mundial de feiras voltadas à
cerâmica vermelha. “Tenho certeza que boas
oportunidades surgirão, muitos negócios serão
firmados no decorrer da feira e o anfitrião será
sempre lembrado como um Estado de bons negócios”, finalizou a gestora.
Evolução do Evento
A Expoanicer faz parte do Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras, uma publicação
conjunta do Departamento de Politicas de Comércio e Serviços (DECOS), da Secretaria de
Após o lançamento, um almoço foi servido aos
Comercio e Serviços (SCS), do Ministério do
participantes. A Expoanicer vem, a cada ano,
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exte-
surpreendendo expositores e visitantes com o
rior (MDIC), do Departamento de Promoção
aumento do volume de novos negócios realiza-
Comercial e Investimentos (DPR) e do Minis-
dos em suas instalações. Só no ano passado,
tério das Relações Exteriores (MRE). Editado
um total de R$ 43 milhões foram movimen-
anualmente, o catálogo abrange eventos dos
tados, aproximadamente R$ 5 milhões a mais
mais variados setores, evidenciando a multipli-
que no ano anterior. Segundo a diretora da
cidade da economia nacional. O material tem
Feira, Márcia Sales, a edição Nordeste do En-
distribuição gratuita no Brasil e no Exterior sob
contro Nacional tem tudo para ser um sucesso.
a responsabilidade do MDIC e do MRE.
O Encontro Nacional agora
está no Calendário Brasileiro
de Exposições e Feiras, do
Governo Federal.
Abaixo, da esquerda para a
direita: a Gestora Comercial
do Cecon, Graziella Fatta, o
Presidente da Anicer, Cesar
Gonçalves e o Presidente do
Sindicer/PE, Otiniel Barbosa.
Revista da Anicer | nº 81
57
ENCONTRO NACIONAL
Slogan do 42º Encontro Nacional
Ainda durante o lançamento, foi apresentado o novo slogan do evento:
Com cerâmica é melhor!
A iniciativa faz parte da estratégia de marketing desenvolvida pela Associação
nas últimas edições do Encontro Nacional e tem como objetivo potencializar as
ações do setor de cerâmica vermelha. O slogan, que estará integrado a todo material publicitário do evento, consolida a ideia de que a cerâmica é a melhor opção construtiva, além de promover a autoestima dos empresários-ceramistas.
Ainda durante o lançamento, os expositores e parceiros também foram informados que já estão disponíveis banners de divulgação do Encontro para inserção
em sites, além de outras peças e ações de marketing especiais para promoção
das marcas junto aos ceramistas. Os interessados devem solicitar o material
pelo e-mail [email protected]
Prêmio Jovem Ceramista
A terceira edição do Prêmio Jovem Ceramista será lançada durante a abertura do 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica & 5º Congresso
Ibero-americano de Cerâmica, que acontecerá na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, de 19 a 22 de maio.
Direcionado a estudantes dos cursos técnicos e universitários em cerâmica, o Prêmio Jovem Ceramista é uma iniciativa da Associação Nacional da Indústria Cerâmica - Anicer, com o apoio da Associação Brasileira de Cerâmica – ABC, e tem como objetivo
promover a reflexão e a pesquisa, além de revelar e investir em jovens talentos que procuram alternativas para solucionar questões
58
Revista da Anicer | nº 81
Volume de expositores
Volume de negócios (R$)
99
43
89
38
71
32
33
63
2009
2010
2011
2012
2009
2010
2011
2012
Onde ficar em Pernambuco
da indústria de cerâmica vermelha brasileira.
Assim, estimula pesquisas direcionadas ao setor, com foco em
soluções práticas e no aprimoramento do processo fabril e premia
projetos, com destaque para questões de inovação e sustentabilidade, que contribuam para o desenvolvimento do segmento.
A Luck Viagens, Agência Oficial do Evento, disponibilizou
no hotsite do Encontro Nacional uma tabela de hotéis onde
os interessados em participar, poderão efetuar as suas reservas. Além disso, a Tam, como Transportadora Oficial,
O vencedor da segunda edição do Jovem Ceramista na categoria
oferece um desconto de 25% na compra das passagens
universitário, Bruno Frasson, irá apresentar no evento o seu projeto
para a capital pernambucana.
vencedor “Estudo da viabilidade de utilização da areia de fundição
em massa de cerâmica vermelha”. Além disso, a ABC irá homenagear o vencedor da edição 2012 do Prêmio.
As inscrições para o Jovem Ceramista 2013 poderão ser realizadas à partir do dia 19 de maio no site da Anicer: www.anicer.com.
br/premiojovemceramista. Os primeiros colocados das catego-
O 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha
acontece de 25 a 28 de outubro, em Recife, Pernambuco.
Acesse o hotsite do evento e fique por dentro de todas as
novidades: www.anicer.com.br/encontro42. As inscrições
também já podem ser feitas pelo hotsite a partir de maio.
rias Técnico e Universitário receberão o seu prêmio durante o
Siga o Encontro no Twitter: @EncontroAnicer e curta a fan page
42º Encontro Nacional.
da Anicer no Facebook: www.facebook.com/aniceroficial.
Pacote de 4 noites por pessoa
HOTEL
DISTÂNCIA
CECON
24/10/2013 a 28/10/2013
Noite extra por pessoa
Solteiro
(R$)
Duplo
(R$)
Triplo
(R$)
Solteiro
(R$)
Duplo
(R$)
Triplo
(R$)
Beach Class (4*)
10 Km
2132
1080
-
533
270
-
Atlante Plaza (5*)
16 Km
1640
940
-
410
235
-
Hotel Jangadeiro (4*)
12 Km
1844
1160
888
461
290
222
Mar Hotel (4*)
16 Km
1188
668
-
297
167
-
Recife Praia Hotel (3*)
8 Km
1256
688
576
314
172
144
** Todos os valores são com café da manhã incluído.
** Valores são válidos para reservas confirmadas e pagas até 30 de junho de 2013, após essa data os valores sofrerão aumento.
Revista da Anicer | nº 81
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ENCONTRO NACIONAL
Dicas gastronômicas
para Recife e Olinda
RECIFE
Para quem planeja ir a Recife
ÇA VA - Na casa desfilam pratos elaborados pela chef Carla Chakrian. Há cama-
conhecer a cidade dos rios Ca-
rão empanado com purê de wassabi ao molho de cupuaçu, camarão ao molho de
pibaribe e Beberibe, é importan-
fondue de queijo com linguine ao pesto e coxa e sobrecoxa de pato ao molho de
te saber que hoje ela é uma das
vinho tinto e menta servido com risoto de pera. Para sobremesa, sorvete de tapio-
quatro capitais mais importantes
ca escolta o petit gâteau de doce de leite.
da cozinha brasileira, além de ser
Rua Capitão Rebelinho, n° 519 - Pina
considerada o terceiro polo gastronômico do País, com mais de
seis mil estabelecimentos.
GUAIAMUM GIGANTE - O restaurante Guaiamum Gigante, como o próprio nome
sugere, chama a atenção devido ao tamanho dos guaiamuns servidos no local. A
Resultado da influência de diver-
casa possui um primoroso cardápio de petiscos e pratos completos, com caran-
sas cozinhas, como a indígena, a
guejo, siri e camarão. Entre os mais procurados estão os casquinhos e o camarão
negra e a portuguesa, a gastro-
ao alho e óleo. A moqueca de arraia é tentadora e o surubim ao molho de maracujá
nomia pernambucana passeia
vai bem para os que gostam da tradicional mistura doce com salgado.
entre frutos do mar e a tradicional
carne de bode. Entre os doces, é
Rua Dr. José de Goés, 299, Parnamirim - Recife
fácil encontrar o famoso bolo de
rolo, o mungunzá, a tapioca e a
BAR DO NENO E LULA - A casa leva o nome dos dois sócios, Licínio Dias, o Neno, e
cartola. Abaixo, algumas dicas
Lula Sampaio, que são amigos de infância. Empadinha de queijo do reino, codorna
imperdíveis para se saborear:
recheada com farofa e pastel de feijoada lideram os pedidos entre os petiscos. O
risoto feito com polvo, camarão, peixe e verduras é o queridinho entre as refeições.
Rua Padre Roma, 722 – Espinheiro - Recife
ENTRE AMIGOS | O BODE - Tudo começou com o sonho de um ex-garçom de
montar seu próprio negócio que tivesse como carro chefe a carne de bode. O movimento é grande nas duas unidades do Recife. A linguiça de porco defumada e
assada na brasa com mostarda Dijon figura como entrada. Ingrediente principal
da casa, a carne de bode pode ir para as mesas cozida na companhia de arroz,
feijão-verde, macaxeira cozida e pirão de queijo. O menu também contempla
pescados - o bacalhau entre amigos chega grelhado, coberto com pasta de
alho e escoltado de arroz com brócolis e batata sautée.
Rua Marquês de Valença, 30 - Boa Viagem - Recife
60
Revista da Anicer | nº 81
OLINDA
OFICINA DO SABOR - Inaugurado em 1992 pelo chef César Santos,
o restaurante Oficina do Sabor é considerado um dos melhores do
Brasil. O local é ideal para quem quer desfrutar de pratos da culinária pernambucana, preparados com muita criatividade e sofisticação. O cardápio também dá espaço ao paladar mais tradicional
em receitas como o gratinado de macaxeira com charque, o polvo
ao molho picante, o camarão com ervas nordestinas e o peixe ao
molho de maracujá.
Rua do Amparo, 335 - Amparo - Olinda
CASA DE NOCA - Eraldo Pereira e sua esposa, Noêmia Batista,
até tentaram incorporar outras receitas ao cardápio da casa, que
funciona há 32 anos. Mas nenhuma delas fez tanto sucesso como
a macaxeira cozida, envolta em charque e queijo de coalho frito.
O único prato servido no restaurante sai em três tamanhos: para
duas, três e seis pessoas.
Rua da Bertioga, 243, Bonfim Olinda
BEIJUPIRÁ - Cozinha criativa que flerta com o comfort food e utiliza
insumos regionais. Os frutos do mar são o carro chefe do cardápio,
onde uma grande variedade de peixes, camarão, lagosta, vôngoles
e polvo aparecem em receitas frutadas, que abusam de temperos
aromatizados. O beijucanela traz o filé de pescada amarela grelhado com canela e temperos indianos, banana flambada e coco
ralado, e é servido com arroz de curry e molho de tamarindo. Antes,
o cliente pode pedir a porção de rolinho crocante recheado de peixe
e geleia de jaca. Para sobremesa, a aussuba é um crepe de fios de
ovos com sorvete de tapioca, calda de mel de engenho e farofa de
castanha de caju.
Rua Saldanha Marinho, s/n - Amparo – Olinda
Revista da Anicer | nº 81
61
MAROMBANDO
Cesar Gonçalves
Por Manuela Souza
Quais os seus planos para o triênio à frente da Anicer?
Dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado pela
Associação, a exemplo dos significativos avanços que o setor
tem obtido nos PSQ’s, tanto de telha com o de bloco; na finalização do projeto “Conheça Seu Produto” que vem ampliando
a cultura de ensaios de conformidade; na importantíssima implementação do novo projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida”,
desenvolvido em parceria com o Sebrae para as micro e pequenas empresas; na divulgação da “Avaliação do Ciclo de Vida dos
Produtos Cerâmicos”; no trabalho de sensibilização, quanto à
implementação da NR-12, tanto em nossas fábricas quanto
junto aos fornecedores de equipamentos; e na nova Norma de
Desempenho, que traz desafios competitivos para a cerâmica
vermelha. Também não nos descuidaremos do Novo Código
de Mineração, que será enviado ao Congresso pelo Governo
em breve e onde será necessário agirmos em conjunto com as
entidades dos minerais para a Construção Civil, para que não
tenhamos surpresas desagradáveis no futuro.
Fluminense de Barra do Piraí, Cesar Vergílio
Oliveira Gonçalves (61) é o novo presidente da
Associação Nacional da Indústria Cerâmica - Ani-
A Anicer vem qualificando seus profissionais e ampliando forte-
cer, onde cumpriu 2 mandatos anteriores (2001
mente a equipe de trabalho ao longo dos últimos anos, dando-
a 2007). Diretor do Sindicer Médio Paraíba/RJ e
-lhes condições plenas de atendimento às cerâmicas que aderi-
conselheiro da Firjan, Gonçalves é graduado em
rem a todos os projetos em curso e nos novos serviços que vêm
Engenharia Mecânica pela Universidade Federal
Fluminense. No segmento da cerâmica há 35
anos, é sócio-proprietário da Olaria São Sebastião, localizada no Estado do Rio de Janeiro,
fabricante de blocos de vedação e estruturais e
elementos de enchimento.
62
Como pretende colocá-los em prática?
Revista da Anicer | nº 81
sendo criados. Nossos diretores são motivados, capazes e dividirão as atribuições institucionais, visto que procuramos reunir
no novo grupo a maior parte das lideranças do setor, oriundas
dos nossos Sindicatos, Associações e Cooperativas filiados de
todo o Brasil.
O que o senhor identifica que precisa ser feito pelo setor
trabalhar nacionalmente pelo mercado e para que mais e mais
com maior afinco?
empresas sejam atendidas e façam parte do ambiente Sindical.
É preciso continuar mostrando para a sociedade as qualidades
Prova dessa união é o maior número de Sindicatos, Associa-
incontestáveis de nossas telhas, tubos, tijolos e demais produtos, incentivar os ceramistas a investirem cada vez mais em
melhoria de qualidade, eficiência energética, ambiente de trabalho, marketing, entre outras coisas estratégicas.
ções, Cooperativas e empresas filiadas de nossa história. Entendo que nesse período o ceramista acordou para a importância do trabalho conjunto. Mesmo com opiniões diferentes
e, algumas vezes, até com interesses não coletivos que toda
O que os empresários de cerâmica podem esperar da
entidade precisa administrar, a maioria das nossas lideranças
sua gestão?
é unida e engajada na defesa do que realmente importa para o
Dentro de minha capacidade e disponibilidade, a dedicação de
setor, o mercado.
sempre para superarmos os velhos e novos desafios do setor. A
dinâmica do nosso mercado é grande e temos que estar atentos.
Qual será a sua missão?
Trabalhar cada vez mais para o engrandecimento da cerâmica
Qual será a sua prioridade e como pretende colocá-la
vermelha e da Anicer no mercado.
em prática?
As prioridades são várias, de acordo com o planejamento es-
Qual será o seu principal desafio?
tratégico definido por nossa Diretoria para 2011-2014. Vejo o
novo projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida” como promissor
Conciliar o tempo para atender à ampla agenda da Anicer com
para nossas empresas. Nossa equipe está pronta para tocá-lo,
as atividades na minha fábrica. Obviamente que os pares de
novos consultores e competências estão chegando para me-
Diretoria serão indispensáveis para este sucesso entre o presi-
lhorarmos e promovermos mais os negócios nas cerâmicas.
dente e o empresário.
Importantes parceiros tem atuação estreita conosco, como o
Sistema Indústria (CNI, Senai e Sesi) e o Sebrae com sua re-
Qual a diferença do Cesar de 2007 para o de 2013?
conhecida vocação para a pequena empresa. Diversos órgãos
governamentais acompanham a evolução da cerâmica verme-
Um pouco menos de cabelos e os que restaram, ficaram mais
lha e estão sensíveis as demandas do setor. Sinto que muitos
brancos (risos). Acho que um pouco mais de experiência, co-
avanços no nosso setor vem ocorrendo porque nós ceramistas
nhecimento e capacidade de escuta. O que não mudou foi mi-
estamos atentos e receptivos para as melhorias.
nha disposição para superar novos desafios.
Como será a sua política de diálogo com as Associações,
Qual sua estimativa de crescimento para o setor em 2013?
Cooperativas e Sindicatos filiados à Anicer?
As relações com nossas entidades e empresas filiadas sempre foram de parceria e cooperação e vai continuar evoluindo
sempre. A Anicer atingiu a maioridade em 2013 (21 anos) e
A construção habitacional no Brasil continua em expansão entre períodos de maior ou menor aquecimento, principalmente
com o programa “Minha Casa Minha Vida”. Quanto melhor fi-
todos os resultados são fruto do trabalho coletivo com as nos-
zermos tijolos, telhas e tubos, maior será a nossa participação
sas lideranças em todas as regiões. Esse é o papel da Anicer,
na competitiva cadeia da construção civil
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NONONONONONNNOONO
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Mercado
e inovação
Green Wall
Solução inovadora em jardins verticais
para ambientes internos e externos, criada
para aplicação em paredes com alturas
e formatos variáveis. Em ambientes
fechados, uma parede verde pode diminuir a
temperatura em até 3ºC, o que proporciona
economia no uso do ar condicionado e uma
melhora do micro clima local.
Telha branca com Tecnologia Dow
A Top Telha lançou a telha branca com Tecnologia
Dow para reduzir a temperatura interna. O
material recebe um revestimento que usa
tecnologias de ponta da Dow, uma das mais
importantes provedoras de soluções químicas
do mundo. O telhado de alta refletividade reduz
consideravelmente a temperatura no interior
das edificações, contribuindo para uma maior
eficiência energética e uma menor geração de CO².
Tijolo Rose Satin
Palimanan
Tijolo “Estilo Inglês” Rose
Satin, nas cores: shiraz,
rose satin, autumn e duet.
Aplicação em paredes, área
interna e externa, lembrando
a arquitetura inglesa.
Revista
R
Rev
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ist
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Social
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1. Cesar Gonçalves e Luis Lima homenageiam suas esposas durante cerimônia
de posse da nova diretoria da Anicer na Firjan.
2. Luis Lima, Constantino Frollini Neto e Cesar Gonçalves (Anicer), com Sérgio
Moretto (Sicecc/SC) e Marcelo Oliveira (Sicov/SP), durante cerimônia de posse
3. Benedito Betiol (Anicer) e sua filha Aline, Edézio Menon (Sindicer/RJ), Rivanildo
Hardman (Cerâmica Vermelha/PA) e Osvaldo Rosalino (Sindicer/RO).
4. Constantino Frollini Neto (Anicer), Francisco Malavasi (Acertar/Tatuí), Sandro
Silveira e Paulo Barduchi (Acervir)
5. Alvaro Gonçalves Jr (Olaria São Sebastião/RJ), Edvaldo Carvalho (Firjan Sul
Fluminense), Marcelo Lima (Anicer), Luiz Aragão e Melo (Sipacon), Mauro Pereira
(Sinduscon Sul Fluminense) e Henrique Nora (Sindicer Médio Paraíba/RJ)
6. Ricardo Kelsch (Anicer) com Rivanildo Hardman e sua esposa Bianca.
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8
7. Daniel Wosniak (Sindicer/PR) com Luis Lima, Cesar Gonçalves e
Ralph Perrupato (Anicer)
8. Silvério Kopke e equipe do Senai exibem unidade móvel que
funcionará como laboratório de cerâmica vermelha.
11
9. Sandro Silveira (Acervir), Eduardo Putz (Verdés), Xico Xavier (Cerâmica
Salema/PB), Ralph Perrupato (Anicer) e Paulo Barduchi (Acervir)
10. Walter Gimenez Félix (Sindicercon/SP), Eduardo Putz (Verdés),
Augusto Dourado (Sesi-SP), Hildeberto Nobre e Celso Haddad (MTE),
durante seminário sobre NR-12, em Itu/SP.
11. Helena Grecco (Sebrae) e Antônio Carlos Gomes Pereira
(Sindicercon/SP), durante Seminário sobre a NR-12, em Itu/SP.
12. Otiniel Barbosa, Cesar Gonçalves e Abílio Laranjeira, durante
lançamento do 42º Encontro Nacional, no Rio, com a Anicer, Sindicer/PE
e fornecedores do setor.
13. Luis Lima e Cesar Gonçalves visitam estande do PBQP-H durante a
Feicon 2013, em São Paulo.
12
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NOTÍCIAS DA ANICER
EE e PSQs serão
temas de palestras no
Encontro do Nordeste
Anicer participa de lançamento do Guia
Orientativo
A 8ª Convenção da Região Nordeste de Cerâmica Vermelha, realizada de 18 a 20 de
abril, na cidade de Natal/RN, mais uma vez
contou com o apoio da Anicer, que disponibilizou um estande para atendimento técnico e institucional aos participantes, além
da reprodução de vídeos sobre os principais projetos da casa. Durante a abertura
oficial, o presidente da Associação, Cesar
Gonçalves, falou sobre o “Panorama do
O presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, e o diretor de Relações Institu-
Setor de Cerâmica Vermelha”. Já no se-
cionais, Luis Lima, estiveram presentes na sede da CBIC, em Brasília, no
gundo dia da programação, os Assessores
dia 10 de abril, para o lançamento do Guia Orientativo sobre a Norma de
Técnicos e da Qualidade, Vagner Oliveira e
Desempenho de Edificações Habitacionais. O Guia tem como principal ob-
Max Piva, apresentaram palestras sobre
jetivo facilitar o entendimento na Norma por meio de resumos, comentá-
os temas “Eficiência Energética e Susten-
rios e recomendações para coordenadores de obras e de projetos, técnicos,
tabilidade na Cerâmica Vermelha” com
engenheiros, arquitetos, empresários (construtores e incorporadores), es-
destaque ao novo projeto com o Sebrae e
tudantes e demais agentes da cadeia produtiva. O material também contri-
“ Venda Técnica dos Produtos de Cerâmica
buirá para a disseminação de seu conteúdo junto ao público e possibilitará
Vermelha – Atendimento as Normas e Pro-
uma melhor compreensão sobre as principais definições quanto ao tema do
gramas Setoriais da Qualidade – PSQ-BC e
desempenho (requisitos, critérios e parâmetros). Os interessados poderão
PSQ-TC”, respectivamente.
realizar o download gratuito do material no site da CBIC.
Representantes do setor se reúnem no Rio de Janeiro
Presidentes dos Sindicatos, Associações e Cooperativas das indústrias de cerâmica vermelha de todo o País se reuniram na manhã do
dia 2 de abril no Rio de Janeiro para discutir, entre outros assuntos,
estratégias para ampliar a atuação do setor no mercado, as vendas e a
qualidade dos produtos. Na ocasião, os presidentes apresentaram os
principais problemas de suas regiões e pediram o apoio da Anicer, que
sugeriu a criação de novos grupos de estudo para solucionar os gargalos do setor através das normas técnicas. Na parte da tarde, o grupo
voltou a se reunir para a primeira Assembleia Ordinária da Anicer de
2013. Entre os assuntos em pauta estavam a apresentação do novo
projeto Anicer/Sebrae “Cerâmica Sustentável é + Vida”, a prorrogação dos ensaios do projeto “Conheça Seu Produto”, a indicação
dos Coordenadores Estaduais dos PSQs e agendamento da próxima reunião, a NR 12, a comunicação externa ACV, a agenda do
42° Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, além da delegação à Batimat 2013, em outubro.
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Prêmio Jovem Ceramista 2013
A 3ª edição do Prêmio Jovem Ceramista será oficialmente lançada durante o 57º
Congresso da Associação Brasileira de Cerâmica - ABC, no dia 19 de maio, na cidade
de Natal (RN). Iniciativa da Anicer em parceria com a ABC, o prêmio
é direcionado
a estudantes dos cursos técnicos e universitários em
m
cerâmica e tem como objetivo promover a reflexão
e a pesquisa, além de revelar e investir em jovens
talentos que procuram alternativas para solucionar
questões da indústria de cerâmica vermelha brasileira. Para mais informações, acesse o site da Anicer:
www.anicer.com.br/premiojovemceramista
Paraná mostra união do setor
Ceramistas associados ao Sindicer Oeste/PR se reuniram pela primeira vez este ano
no dia 21 de fevereiro, no município de Santa Helena (PR) para debater, entre outros
assuntos, o planejamento de ações para o ano de 2013 e a composição de uma grande delegação de ceramistas para participar do 42º Encontro Nacional da Indústria de
Cerâmica Vermelha, que este ano será realizado na cidade do Recife (PE), de 25 e 28 de
outubro. Além do prefeito de Santa Helena e seu vice, participaram da reunião representantes de várias empresas integrantes dos programas Anicer na Sua Empresa e do
PSQ de Blocos e Telhas Cerâmicas.
Novos Associados
No mês de abril, três novas empresas se associaram à Anicer. São elas:
• Cerâmica Dolar (GO)
• Cerâmica Santa Maria (PI)
• Cerâmica Forte (PI)
Revista
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Anicer
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nºº 81
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6
Eventos
57º Congresso Brasileiro
de Cerâmica da ABC
Local: Centro de Convenções do
Hotel Praiamar – Natal/RN
Data: 19/5 a 22/5
O evento tem como objetivo promo-
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Edificar 2013 – Feira de
Negócios da Habitação e
Construção de Mato Grosso
Local: Centro de Eventos do Pantanal –
Cuiabá/MT
Data: 23/5 a 26/5
Construction Expo 2013
– 2ª Feira Internacional
de Edificações & Obras de
Infraestrutura
Local: Centro de Exposição Imigrantes
– São Paulo/SP
Data: 5/6 a 8/6
ver a interação dos diversos setores
Evento voltado a toda cadeia produtiva do
envolvidos com o meio cerâmico
setor da construção, envolvendo a indústria
Feira que integra fornecedores de serviços,
(indústrias, escolas técnicas, uni-
de materiais e equipamentos, os prestadores
materiais, equipamentos, construtoras e
versidades, institutos de pesquisas
de serviços, as construtoras e incorporadoras
entidades setoriais em um evento compro-
e fornecedores de matérias-primas,
e as imobiliárias. Todos alinhados para aten-
metido com as novas tecnologias, a mo-
de equipamentos e insumos) para
der à demanda de parceiros e consumidores.
dernização dos processos construtivos e a
melhor contribuir para o desen-
Uma agenda positiva a todos os exposito-
valorização da sustentabilidade ambiental,
volvimento da cerâmica brasileira.
res, patrocinadores e apoiadores, criando
social e econômica. Um ambiente propício
Portanto, ele tem um caráter amplo,
oportunidades de negócios e apresentando
para as empresas de rental de equipamen-
onde são debatidos temas de inte-
números significativos que representam o
tos estreitarem o relacionamento com um
resse para os diversos segmentos
papel primordial que um grande evento seto-
mercado que, cada vez mais, mecaniza
cerâmicos.
rial é capaz de desenvolver.
suas obras.
www.abceram.org.br
www.edificar2013.com.br
www.constructionexpo.com.br
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25 a 2
28 de outubro de 20
201
2013
013
EM OUTUBRO A CERÂMICA VERMELHA INVADE O RECIFE!
Normalmente
realizado
de
quinta a sábado, a 42º edição do
Encontro Nacional, desta vez, será
realizada de sexta a segunda. As
reservas já podem ser efetuadas
junto à agência oficial, e no
hotsite do Evento os interessados
poderão encontrar os tarifários
dos hotéis disponíveis na Capital
Pernambucana.
Hotel
Distância Pacote de 4 noites por pessoa
CECON
24/10/2013 a 28/10/2013
Noite extra por pessoa
Solteiro
(R$)
Duplo
(R$)
Triplo
(R$)
Solteiro
(R$)
Duplo
(R$)
Triplo
(R$)
Beach Class (4*)
10 Km
2132
1080
-
533
270
-
Atlante Plaza (5*)
16 Km
1640
940
-
410
235
-
Hotel Jangadeiro (4*)
12 Km
1844
1160
888
461
290
222
Mar Hotel (4*)
16 Km
1188
668
-
297
167
-
Recife Praia Hotel (3*)
8 Km
1256
688
576
314
172
144
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