Revista da Anicer | nº 81
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Revista da Anicer | nº 81
Revista da Anicer | nº 81 1 2 NONONONONONNNOONO Compromisso com desenvolvimento sustentável e responsabilidade ambiental Consultorias para análise dos processos produtivos, com foco no controle sistêmico das ações, redução das emissões, desperdícios, sustentabilidade e tecnologia. Qualificação com foco no desenvolvimento da indústria e na consolidação da avaliação da conformidade dos produtos de cerâmica vermelha como método fundamental à qualificação de produtos e ampliação do mercado. Consultoria com objetivo de maximizar o rendimento no uso das formas de energias (elétrica/térmica) e evitar perdas, identificando os pontos de desperdício de energia no processo. Desenvolvido para medir o impacto ambiental decorrente de toda a cadeia de produção de um produto, sistema ou processo, com o objetivo principal de minimizar os impactos ambientais. A indústria cerâmica é o primeiro setor da construção civil brasileira a desenvolver a Avaliação do Ciclo de Vida de seus produtos. Promove a sustentabilidade nas Micro e Pequenas indústrias de cerâmica vermelha, por meio de um conjunto de ações para implantação da Gestão Empresarial, promoção da Inovação Tecnológica, Eficiência Energética e Licenciamento Ambiental. A execução do projeto fortalece a economia do setor e melhora a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Saiba mais sobre nossos projetos pelo telefone (21) 2524.4431 ou e-mail: [email protected] Revista da Anicer | nº 81 www.fundacer.org.br Caros colegas, Passados 21 anos desde sua fundação oficial na CNI, em Brasília, a Anicer inicia o 9º mandato de suas diretorias. Olhando para trás, sentimos grande satisfação em ver o que foi realizado e conquistado pelo e para o setor: visibilidade, confiança e respeito da sociedade, dos consumidores, dos governos e seus organismos e de entidades com as quais nos relacionamos. E nesta evolução, a Anicer foi peça fundamental. Agora olhamos para o futuro e pensamos, qual é o horizonte de nossas fábricas e as perspectivas daqui para frente? Esperamos o progressivo crescimento da construção habitacional e a já anunciada continuidade do programa “Minha Casa Minha Vida”. Entretanto, esse mercado não nos está garantido e será necessário conquistá-lo de forma competitiva, principalmente com blocos, tijolos, telhas e tubos fabricados em conformidade com as Normas e qualificados nos PSQs do PBQP-H. Precisaremos também caracterizar nossos produtos de acordo com a nova NBR 15.575 (Norma de Desempenho). Para isso, o Ministério das Cidades está em busca de soluções para implementação de laboratórios que realizem ensaios necessários à caracterização dos materiais. Fabricamos produtos que certamente atendem ao desempenho requerido. Construções seculares, no Brasil e no mundo inteiro, comprovam isso. Mas é preciso demonstrar. Vale ainda lembrar que a regra é válida para todos os setores de materiais que compõem o PBQP-H. O novo projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida”, com o parceiro Sebrae, facilitará em muito a busca das cerâmicas por maior qualidade, eficiência energética e gerencial, além de competitividade e adequação ambiental, quando necessária. Temos também outro importante trabalho a ser feito em nossas fábricas: a adequação às Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego, com destaque para a NR 12, que já tem trazido transtornos a algumas Cerâmicas. Vale destacar que a importância do atendimento da “Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos”, é principalmente para evitar ou minimizar a ocorrência cos e judiciais. de acidentes. A prevenção é muito positiva, principalmente nos aspectos sociais, econômicos minário de SensibilizaJá fizemos, em parceria com o Ministério e nossas entidades do sudeste, o primeiro Seminário cas e principalmenção, realizado propositalmente em Itu, região que aglomera grande quantidade de cerâmicas te necessidade de te de fabricantes de equipamentos, dos quais espero que tenham compreendido a urgente os seminários em adequação de equipamentos novos e de ajuda às fábricas para os já instalados. Faremos todas as regiões, possivelmente nesta sequência: Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte. Aos ceramistas que pensam em comprar algum equipamento novo, tenham o cuidado de adquiri-lo em urem profissionais conformidade com a NR 12. Quanto à adequação de suas instalações, é saudável que procurem habilitados. Normalmente o Sesi de todas as regiões dispõe desse serviço bastante qualificado. Independente m locais onde exista disso, leiam a Norma e posteriormente entrem em suas fábricas com olhar crítico, procurem risco iminente de acidente, fazendo as correções necessárias. Esse procedimento já será um bom começo. Precisamos também ficar atentos ao novo Código de Mineração, que está prestes a ser enviado ao Cono atual. gresso Nacional pelo Governo, e que poderá trazer importantes modificações na legislação A icer An e Conto com a ajuda de nossa nova Diretoria, associados de todo o Brasil e da equipe da Anicer para continuarmos com sucesso o grande trabalho que temos pela frente. Saudações, Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves Presidente da Anicer Sumário NONONONONONNNOONO DIRETORIA ANICER PRESIDENTE: Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves 1º VICE-PRESIDENTE: Ralph Luiz Perrupato 10 2º VICE-PRESIDENTES: (todos os presidentes de entidades mantenedoras) MEIO AMBIENTE Mineradoras fluminenses livres do EIA/Rima 18 CENÁRIO Novos fabricantes estreiam no mercado brasileiro 32 MATERIAIS Para todos os gostos 1º SECRETÁRIO: Fernando Ibiapina 2º SECRETÁRIO: Natel Moraes 40 FEICON BATIMAT 2013 Anicer lança novo projeto durante Feicon Batimat DIRETOR DA ÁREA AMBIENTAL: Henrique Morg 54 CAPA Sob novo comando 56 ENCONTRO NACIONAL Anicer e Sindicer/PE lançam o 42º Encontro Nacional 03 ARTIGO DO PRESIDENTE 06 CARTAS 08 INTEGRADAS 12 METRO QUADRADO Residencial com ares modernos DIRETOR DE MARKETING: Constantino F. Neto 14 PONTO DE VISTA Fernando Razuk, diretor de Incorporação da EBM DIRETOR DE NORMAS E QUALIDADE: Claudio Kurth 16 TENDÊNCIA DE MERCADO Vinte e quatro quadros DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Luis Lima 24 ARTIGO TÉCNICO Caracterização de resíduo de lâmpada fluorescente para incorporação em cerâmica vermelha 30 MOMENTO INSPIRAÇÃO Arquitetura vermelha 48 COLUNA DA QUALIDADE 50 CERÂMICA VERDE Por um tijolo mais sustentável 52 PERFIL Cerâmica Romana 62 MAROMBANDO Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves, presidente da Anicer 65 MERCADO E INOVAÇÃO 66 SOCIAL 68 NOTÍCIAS DA ANICER 70 EVENTOS 1º TESOUREIRO: Marcelo Augusto Lima 2º TESOUREIRO: Jamilton Nunes 16 DIRETOR DA ÁREA DE BLOCOS E TIJOLOS CERÂMICOS: Juan Roberto Germano DIRETOR DA ÁREA DE PISOS CERÂMICOS: Luiz Cláudio Fornari DIRETOR DA ÁREA DE TELHAS CERÂMICAS: José Joaquim Gomes da Costa DIRETOR DA ÁREA DE TUBOS CERÂMICOS: Luciano C. Furtado DIRETOR DA ÁREA ECONÔMICA E FISCAL: Antônio Carlos C. Fortes 18 DIRETOR DA ÁREA INDUSTRIAL: Benedito Betiol DIRETOR TÉCNICO: Carlos André F. Lanna CONSELHO CONSULTIVO MEMBROS NATOS 1° e 2° vice-presidentes 1° presidente da Anicer: Sylvio de Barros MEMBROS ELETIVOS Eustáquio Machado, Evandro Simonassi, Gustavo Barduchi, Nelson Ely Filho, Osvaldo Rosalino, Rivanildo Hardman 28 CONSELHO FISCAL EFETIVOS Cláudia Pinedo Z. Volpini, Edézio Menon, Manuel Ventin SUPLENTES Francisco Belfort , Jorge Ritter, Otiniel Barbosa 4 Revista da Anicer | nº 81 42 Editorial Caros leitores, É com grande satisfação que apresentamos a nova Diretoria da Anicer, recém-empossada em evento na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, no dia 2 de abril. Eleita durante pleito realizado na última Assembleia Ordinária de 2012 da Associação, o novo grupo vem encabeçado por Cesar Gonçalves, que deixa a Diretoria de Relações Institucionais para reassumir o cargo de presidente da casa. A Revista da Anicer também traz um interessante artigo desenvolvido no Laboratório de Materiais Avançados (LAMAV) da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), da doutoranda Alline Morais, sob a orientação do professor Carlos Maurício Fontes Vieira. O texto trata da caracterização de resíduos de lâmpadas fluorescentes para incorporação em cerâmica vermelha. Convidamos também o leitor a conhecer experiências bem sucedidas do setor, como a da Cerâmica Romana, com investimentos em atividades recreativas e na qualificação de seus colaboradores, e da Gomes de Matos, com a utilização de coco de babaçu, bagaço de cana e até galhos que sobram da poda das árvores urbanas como combustível em seus fornos, o que resultou na criação de commodities ambientais, ou créditos de carbono. Na coluna Ponto de Vista, o especialista Fernando Razuk fala sobre a sustentabilidade na construção civil, e na Metro Quadrado, o arquiteto baiano Alexandre Prisco apresenta seu conjunto residencial que mistura economia, sustentabilidade e beleza. Depois de realizar uma encantadora viagem pelos prédios da Pinacoteca e da Cinemateca da cidade de São Paulo, por que não se deliciar um pouco com a culinária pernambucana que será degustada pelos participantes do 42º Encontro Nacional? Boa leitura! Diretor Executivo de Comunicação: Ricardo Kelsch - [email protected] Editor: Carlos Cruz - [email protected] Repórter: Manuela Souza - [email protected] Estagiária: Lilian Dias - [email protected] Projeto gráfico, diagramação e design: Tatiana Batalha - [email protected] Design: Jan Athayde - [email protected] Foto capa: Eny Miranda Colaboração Administrativa: Daiana Admiral, Elaine Araújo, Fernanda Duarte, Gilmar Moraes, Patrícia Dantas, Regina Junqueira, Sandra de Carvalho e Silvia Oliveira - [email protected] Colaboração Técnica: Antônio Carlos Pimenta Araújo - [email protected], Bruno Frasson – [email protected], Edvaldo Costa Maia - [email protected], Liliane Guimarães – [email protected] Luciano Pereira – [email protected], Max Piva - [email protected]., Natália dos Santos – [email protected], Osíris Júnior - [email protected], Silvia Ramos – [email protected], Vagner Oliveira - [email protected], Publicidade: Márcia Sales - [email protected] Fotolito e impressão: Primil Tiragem: 10.000 exemplares Veiculação: Abril/2013 Associação Nacional da Indústria Cerâmica Fone/fax: (21) 2524-0128, Rua Santa Luzia, 651-12º andar Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041 Revista da Anicer | nº 81 5 CARTAS Trabalhamos com a reciclagem de materiais de empresas dem gases tóxicos em caso de incêndio. Os fabricantes de de energia elétrica, temos um grande volume de isoladores lajes cerâmicas estão espalhados em todo território nacional, cerâmicos, queria saber se esse produto é reciclável e se se- e isto causa um barateamento do frete. Além disso, o produto ria possível que a Anicer nos indicasse alguma empresa que cerâmico é mais ecológico e sustentável que o isopor, que é possa se interessar pela compra desse produto – ARTUR (RS) um derivado de petróleo. Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Geralmente Quais seriam os eventos mais adequados para um fabricante isoladores elétricos sofrem um processo de queima em tem- de produtos utilizados na indústria de cerâmica (abrasivos, etc) peraturas superiores a 1200ºC. Como a cerâmica vermelha apresentá-los ao mercado? Obrigado – WARLEY ROBSON (ES) utiliza temperaturas por volta de 900ºC, os isolantes agirão como inertes. Tecnicamente é possível, porém, é necessário Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Todo ano te- realizar um estudo com adição do mesmo na massa cerâmi- mos o Encontro Nacional que está na 42ª edição e a Expoani- ca e verificar se haverá alteração nas propriedades da mes- cer (16ª edição), no qual recebemos visitantes ceramistas de ma. Deve-se também avaliar as questões ambientais, princi- todo o Brasil e demais países do continente. Em sua última palmente se os isoladores forem esmaltados, podendo conter edição, nosso evento contou com 2.873 visitantes de todas em sua composição elementos que podem vir a trazer danos as regiões do país e 99 empresas expositoras, nacionais e à saúde humana. Lembramos que estas questões devem ser internacionais, que movimentaram R$ 43 milhões em novos verificadas junto aos órgãos ambientais competentes. Em negócios. Para informações sobre estandes, contate nossa relação ao interesse das empresas, pedimos a gentileza de colaboradora Márcia Sales pelo telefone (21) 2524-0128 ou entrar em contato com o Sindicato das Indústrias de Olaria pelo e-mail [email protected]. Visite também o Hot- e de Cerâmica para Construção no Estado do Rio Grande do site do evento: http://www.anicer.com.br/encontro42/. Sul – Sindicer/RS, através do e-mail [email protected]. br ou telefone (51) 3347-8755. Gostaria de saber qual o Senai que oferece o curso para a construção da casa cerâmica e se existe alguma em- Vocês tem algum material que pudessem me enviar, com re- presa que vende a casa cerâmica montada ou um Kit – lação às vantagens de se trabalhar com blocos de cerâmica NELSON GONÇALVES (SP) para laje e não com os blocos de isopor? Também gostaria de informações e conteúdos blocos de laje em cerâmica – ANY KAROLLINY (PI) Assessoria Técnica e da Qualidade responde: O Senai dispõe de cursos específicos, a exemplo de assentamento de alvenaria e revestimentos, telhados cerâmicos en- Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Em relação a tre outros. As cerâmicas de sua região seu questionamento sobre lajes com blocos cerâmicos ver- talvez também possam sugerir sus blocos de isopor, podemos fazer alguns apontamentos: boas referências. ambas são, em sua aplicação, elementos de enchimento das lajes; as de cerâmica têm seu preço muito menor que os blocos de isopor; a durabilidade da cerâmica é conhecida e inquestionável; a aderência ao concreto, nas lajes cerâmicas, é excelente, bem como a do reboco para enchimento; a resistência ao calor em caso de incêndio também é superior nas lajes cerâmicas; e as lajes cerâmicas não despren- 6 Revista da Anicer | nº 81 Para entrar e m contato c onosco, envie um e- mail para : revista@an ic ou ligue para er.com.br +55 (21) 25 24-0128 Revista da Anicer | nº 81 7 INTEGRADAS Evento discute produção de cerâmica em SE Minas Sustentável Uma Frente Parlamentar em de- Criado para ajudar as indústrias a adotarem pro- fesa das indústrias de transfor- cessos de produção mais sustentáveis, o “Ciclo mação em cerâmica vermelha de Capacitações Minas Sustentável” será leva- do Estado de Sergipe foi consti- do à Manhuaçu, município atendido pela Fiemg/ tuída com o intuito de promover Regional Vale do Aço. O objetivo é orientar as debates e decisões para o seg- empresas nos temas essenciais da sustentabi- mento. Em reunião realizada em lidade e abordar a ecoeficiência e a responsabi- 8 de abril, no plenário da Assem- lidade social de forma prática. O ciclo é dividido bleia Legislativa de Aracaju (SE), o secretário de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes, falou sobre a importância econômica do ramo para Sergipe, destacando a regularização ambiental do segmento na região. Para viabilizar melhorias nas 125 cerâmicas cadastradas pela Administração Estadual do Meio Ambiente – Adema, e atender à legislação ambiental, o secretário citou algumas providências tomadas pelo órgão ambiental em 2010. “A primeira foi à mudança da matriz energética, que passou a ser de madeira legal plantada, ao invés da utilização da madeira nativa, promo- em quatro módulos e o primeiro foi sobre “Licenciamento e gestão ambiental”, no dia 17 de abril. As empresas inscritas também participarão dos módulos: “Gestão de resíduos e água”, no dia 5 de maio; “Gestão de emissões e energia”, no dia 22 de maio; e “Responsabilidade social”, no dia 5 de junho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone (31) 3263-6880. vendo assim o reequilíbrio da Caatinga. A segunda foi a regularização ambiental das Jazidas para utilização da argila, saindo da clandestinidade. E por fim, do tratamento da fuligem, com a utilização de forno especial com lavador de gás”, concluiu Nunes. Mais de 20 ceramistas participaram do encontro, além de parlamentares, representantes de instituição financeira e órgãos públicos. Construção sustentável e saneamento ambiental recebem R$ 30 mi Produtos inovadores para construções susten- Firjan promove Prêmio Ambiental O Sistema Firjan está promovendo o Prêmio Firjan de Ação Ambiental. O objetivo é reconhecer iniciativas que se destacaram em prol da sustentabilidade no Estado do Rio de Janeiro, conciliando as atividades produtivas com a proteção ambien- 8 táveis e saneamento ambiental integram o primeiro pacote lançado pelo Plano Inova Empresa, iniciativa do Governo Federal para impulsionar a produtividade e a competitividade da economia nacional. As duas temáticas fazem parte do programa estruturante Tecnologias para Cidades Sustentáveis, da Secretaria de Ciência e Tecnolo- tal, o equilíbrio econômico e o bem estar gia para Inclusão Social do Ministério da Ciência social. Empresas que tenham desenvolvido projetos no Estado do Rio Tecnologia e Inovação - MCTI Secis e possuem nos últimos dois anos poderão concorrer em cinco categorias: Água e R$ 30 milhões em recursos de subvenção eco- Efluentes, Biodiversidades, Emissão de Gases do Efeito Estufa e Mudan- nômica. Os recursos vêm do Fundo Nacional ça do Clima, Gestão de Resíduos Sólidos e Relação com Públicos de de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Interesse. As inscrições estão abertas até o dia 6 de maio. A cerimônia - FNDCT. Segundo o coordenador executivo do de premiação acontecerá no Rio de Janeiro, durante a Semana do Meio programa da Secis, Guilherme Wiedman, a cria- Ambiente, em junho. Mais informações através do e-mail premioam- ção de um ambiente favorável à inovação é fun- [email protected]. damental para a linha de construção sustentável. Revista da Anicer | nº 81 O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou variação de 0,18% em Cerâmica vermelha é tema de Workshop março, indicando queda de 0,55% ante ao resultado registrado em fevereiro (0,73%). O Ministério do Desenvolvimen- Considerando o período de janeiro a março de 2013, a alta está em 1,10%, contra to, Indústria e Comércio Exterior Custo das obras desaceleram em março 1,21% em igual período de 2012. Nos últimos doze meses, o índice acumulou variação de 5,55%, abaixo dos 5,69% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em março de 2012 o índice foi de 0,31%. O custo nacional da construção por metro quadrado no último mês fechou em R$ 865,03, sendo R$ 457,60 relativos aos materiais e R$ 407,63 à mão de obra. Em fevereiro, o custo foi de R$ 863,46. O índice de materiais apresentou variação de 0,22%, taxa menor que a registrada no mês anterior (0,33%). Também houve variação menor do índice de mão de obra, que foi de 0,14% em março e de 1,18% em fevereiro. - MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial ABDI promoveram, no dia 21 de março, na antiga sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte, um workshop para debater o Estudo Setorial de Cerâmica Vermelha. Ainda em fase Faturamento da indústria recua de elaboração pela consultoria Inventta, o estudo traz um levan- A indústria de transformação continua com dificuldades para crescer. As oscila- tamento dos desafios e oportu- ções entre queda e crescimento dos indicadores que medem a atividade industrial nidades para o desenvolvimento são sinais de que a indústria ainda não encontrou sua trajetória de crescimento. das indústrias produtoras de ce- Os resultados dessazonalizados de fevereiro apontam queda de 3,7% do fatura- râmica vermelha do País. A ela- mento real – a segunda seguida – e retração de 1,9 ponto percentual da utilização boração de um diagnóstico tem da capacidade instalada. Esse último indicador reverteu praticamente todo o cres- o objetivo de ajudar o governo cimento registrado em janeiro, na mesma base de comparação. As horas trabalhadas cresceram 0,4% e o emprego 0,3% na comparação com janeiro. A massa salarial real e o rendimento médio real também cresceram entre janeiro e fevereiro (1,9% e 0,4%, respectivamente). e a indústria a conhecerem melhor os gargalos do segmento. Durante o encontro, empresários ceramistas e agregados da construção civil mineira conhe- Pini realiza seminário no Ceará ceram as bases da iniciativa e O portal da Editora Pini realizará, no dia 23 de maio, no Hotel Gran Marquise, em que vão se juntar a outras levan- Fortaleza (CE), o Seminário Inovação e Sistemas Construtivos para baixa renda. O tadas em mais dois workshops evento é destinado a diretores e coordenadores técnicos, engenheiros de obras, projetistas de estruturas, arquitetos, tecnólogos, professores, pesquisadores, estudantes e demais profissionais envolvidos nas áreas de projeto e execução de obras imobiliárias. Entre os palestrantes estarão presentes o engenheiro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, Claudio Mitidieri, e o arquiteto da Royal do Brasil Tecnologies, Tiago Ferrari. Para ter acesso à programação completa e realizar sua inscrição, envie e-mail para [email protected] ou ligue para (11) 3334-5600. apresentaram suas demandas, realizados em Curitiba e Fortaleza. O presidente do Sindicer/ MG e vice-presidente da Anicer, Ralph Luiz Perrupato, disse que a participação dos realizadores da pesquisa no workshop mostra a importância do Estado para o setor. Revista da Anicer | nº 81 9 MEIO AMBIENTE Mineradoras fluminenses livres do EIA/Rima Estado do Rio derruba exigência ambiental na mineração de olho na Copa Por Sabrina Lorenzi / Agência Reuters S ob o argumento de que já faltam insumos próprios para grandes obras preocupado com o abastecimento de insumos de infraestrutura da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o governo do Es- para a construção civil, como areia e brita. Um tado do Rio conseguiu aprovar uma lei permitindo a extração de "bens mine- estudo recém-concluído pelo Serviço Geológico rais de utilização imediata" sem estudos completos de impacto ambiental, exigidos por lei federal. oferta de brita, areia e rochas carbonáticas (cal- O objetivo do governo do Rio é acelerar a mineração de materiais necessários cário e mármore). O Rio já está importando pelo à construção civil, que já estão sendo importados de outros Estados por cau- menos 25 por cento das suas necessidades de sa da velocidade da demanda, crescente em razão da realização da Copa do cimento de outros Estados. "Este dado se torna Mundo no ano que vem, dos Jogos Olímpicos em 2016 e de outros projetos preocupante à medida que o Estado ocupa a se- desenvolvidos no Estado. 10 do Estado aponta a necessidade de aumento na gunda posição em construção civil, tem um im- "Há necessidade de maior crescimento da produção desses minerais para que portante e diversificado parque industrial, é obje- possam atender aos investimentos robustos no Estado. Essa lei ajuda a resol- to de diversos planos de desenvolvimento social ver a questão do licenciamento ao substituir o EIA-Rima (estudo e relatório de do governo federal e eleito para sediar grandes impacto ambiental) por estudos mais simplificados", afirmou o presidente do eventos", cita o estudo Panorama Mineral do Es- Serviço Geológico do Estado do Rio, Flávio Erthal. Segundo ele, o governo está tado do Rio de Janeiro 2012. Revista da Anicer | nº 81 Retrocesso Aprovada e sancionada nos últimos dias de 2012, a lei estadual empreendimentos de EIA-Rima e por isso foi alvo de 6.373/2012 que derruba a obrigatoriedade de estudos ambientais uma ação civil pública, registrando derrotas em to- para a mineração de insumos da construção civil é duramente cri- das as esferas judiciais. Com a decisão, segundo ele, ticada por ambientalistas. A lei diz que a necessidade de estudos de várias empresas tiveram de interromper atividades. impacto ambiental fica a critério do órgão ambiental responsável, "Se elas estão paralisadas, é porque houve irregula- neste caso o próprio governo estadual, e que o empreendimento po- ridades do governo do Estado", disse. "E o mesmo derá ser dispensado de estudos e relatório de impacto ambiental. defensor da lei que derruba a obrigatoriedade do es- "É um retrocesso dos mais graves que eu já vi. Normas que foram conquistadas pelo meio ambiente na década de 80 estão sendo derrubadas por meio desta lei, fazendo-nos retroceder ao modelo de desenvolvimento vislumbrado nos anos 60 e 70", afirmou o analista ambiental Rogério Rocco, do Instituto Chico Mendes (ICM-Bio), órgão do governo federal criado para a conservação de parques e reservas. tudo hoje foi quem lutou pela lei que exige o estudo na década de 80", disse o ambientalista, referindo-se ao secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc. A assessoria de imprensa de Minc disse que a resolução federal já flexibiliza o EIA-Rima para pequenas atividades de exploração de areia. E acrescentou que A lei estadual, segundo ele, poderá ser questionada, já que pode estar o secretário Minc batalhou para retirar da lei pontos passando por cima de uma legislação federal, que obriga a realiza- ainda mais polêmicos, que estendiam a flexibiliza- ção de estudos de impacto ambiental em empreendimentos de mi- ção dos estudos ambientais a outros bens minerais neração. Rocco afirma que o Estado fluminense já vinha dispensando além de insumos para a construção Revista da Anicer | nº 81 11 METRO QUADRADO Residencial com ares modernos Arquiteto Alexandre Prisco A rquiteto e urbanista, gra- sonho antigo. A tentativa de duado pela Universidade reposicionamento do arquiteto Federal da Bahia – UFBA em como condutor e líder no pro- 2001, com formação comple- cesso de implementação de mentar em cursos de extensão empreendimentos. e especialização na área de Paisagismo, Alexandre Prisco tem atuado na elaboração de projetos de arquitetura e de espaços urbanos e na concepção, revisão e estudo de planos urbanísticos. Possui também trabalhos premiados em seminários e concursos, incluindo a seleção de dois projetos reali- mente da visão “mais focada” dos engenheiros, corretores e publicitários, hoje, maiores formuladores dos empreendimentos no Brasil, o arquiteto deveria ser reconduzido a uma posição central e cerebral. Localizado na Praia de Ipi- edição da Bienal Internacional tanga, no município de Lauro de Arquitetura, em São Paulo. de Freitas (BA), o Residencial enfrentadas pelos arquitetos na elaboração de projetos com algum mérito arquitetônico para o mercado consumidor residencial aliado ao constante processo de desvalorização profissional e de representatividade do arquiteto perante a sociedade foram determinantes para a realização deste pequeno empreendimento, um Revista da Anicer | nº 81 manista e holística, diferente- zados por seu escritório na 9ª “As dificuldades profissionais 12 Por sua formação mais hu- Jatobá possui 300m2 de área construída e está inserido em um terreno de 12 m de frente por 36 m de profundidade. Entre as principais vantagens, dentro da premissa de procurar ser uma arquitetura minimamente correta, sem entrar na questão de ser boa ou ruim, bela ou feia, o projeto buscou soluções que possibilitassem: conforto térmico aos moradores; ambientes agradáveis de Fachada lateral facilita a iluminação e ventilação Recortes no painel permitem a apreciação da vista O arquiteto responsável pelo projeto, Alexandre Prisco ao mesmo tempo regional onde os buracos previstos permitem a penetração da vegetação trepadeira que deverá ocupar essa fachada futuramente. A superfície vermelha será transformada em verde. A cerâmica vermelha possui produtos, inegavelmente, muito vinculados com as tradições popuse usar e com áreas maiores do que a média do mercado para essa faixa de renda; lares de construção e, portanto, muito pre- área verde e permeável maior que a exigida pela legislação; e preocupação com sentes no inconsciente da sociedade brasi- o entorno urbano evitando o confinamento da rua ao permitir a visão do espaço leira e mais especificamente a nordestina. interno do condomínio e estabelecendo um "fato" urbano inusitado com a empena Esse inconsciente se revela como expres- de blocos cerâmicos trabalhada com uma certa monumentalidade em relação à são estética, mas também como elemento escala da rua. construtivo. O principal ponto positivo foi o baixo custo e o negativo a demora na execução. A meta do projeto é atender ao mercado Inseri uma empena vazada que constitui a fachada principal com visão a partir da consumidor com um produto arquitetônico rua. Essa empena tem a função primordial de proteger do sol poente os aparta- mais coerente e honesto, com as premis- mentos voltados para essa orientação. Por estar afastada da parede dos quartos, sas de uma arquitetura minimamente cor- cria um colchão de ar que ventila e impede a incidência direta do sol sobre essa reta, compromissada com a cidade, com a parede. Por outro lado, os blocos cerâmicos trabalhados como um painel pos- qualidade de habitabilidade do seu usuário suem a clara intenção estética de representar uma linguagem contemporânea e e com a simplicidade estética.” Revista da Anicer | nº 81 13 PONTO DE VISTA Sustentabilidade na Construção Civil I mpossível dizer que a construção civil, va e realidade. E essa missão pode e deve embora extremamente importante para a ser cumprida pelas empresas do setor da geração de empregos, renda e movimenta- construção civil segundo prerrogativas uni- ção da economia, não interfira na dinâmica versais na contemporaneidade. Isso é sinal do ambiente em que acontece. de amadurecimento e responsabilidade Poluição visual, sonora, do ar, utilização de Fernando Razuk é diretor de Incorporação da EBM Incorporações e da Ademi-GO matérias-primas de origem não renovável e As estatísticas expõem bem a importância mudança na dinâmica do entorno são algu- de uma postura consciente das incorpora- mas das consequências indesejáveis das doras. Estima-se que a quantidade de re- atividades dessa indústria. Sabe-se que a síduos gerados por construções seja cinco disposição de resíduos sólidos da constru- vezes maior do que o volume de material ção civil em locais inadequados é um dos empregado no produto. Para se ter uma principais agravantes da degradação da ideia, o setor consome aproximadamente qualidade ambiental – e que a responsa- 55% da madeira, 40% de matérias-primas bilidade pela destinação do lixo de obra é e energia em âmbito mundial, segundo es- de quem o produziu, ou seja, a construtora. tudos do Worldwatch Institute. Em Goiânia, Por isso, são elas que devem tomar a fren- o volume de resíduos gerados pela cons- te em um movimento permanente em favor trução civil já supera o de lixo doméstico, do meio ambiente, estimulando uma pos- atingindo o índice de 55%. A cada dia são tura sustentável de toda a rede de fornece- recolhidas na capital pelo menos 1.300 dores e consumidores do mercado goiano. toneladas geradas por obras e reformas. O número crescente de obras tem explicação. É uma consequência inevitável do crescimento populacional. É uma resposta à necessidade da população de morar bem 14 Revista da Anicer | nº 81 ambiental. Considerando estes dados, percebe-se que sustentabilidade não é mais um diferencial, mas, sim, uma necessidade iminente na indústria da construção civil. e conquistar a casa própria. Afinal, mesmo É preciso que o setor se desdobre para gerando impactos, sem construção não há reduzir os impactos das obras dentro das moradia. Cabe às incorporadoras atender a cidades e, principalmente, para os vizinhos essa demanda social, produzindo a quan- das construções. Sustentabilidade e quali- tidade suficiente para conciliar expectati- dade de vida são conceitos cada vez mais interdependentes. Minimizando os danos que uma obra pode mentos em sustentabilidade. No entanto, a economia a mé- gerar na região em que se insere – das mudanças no trânsito dio e longo prazo, que gira em torno de 30% nos gastos com à criação de zonas sombreamento e insolação, dos ruídos à água e energia, compensa os gastos extras. Sem contar que, produção de poeira –, o ser humano é também colocado à para o meio ambiente, os benefícios são inestimáveis. Uma frente dos avanços almejados pela indústria. empresa que decide gastar 30% a mais para utilizar apenas As construtoras e incorporadores devem se preocupar em reduzir os impactos ambientais desde o projeto, passando pela seleção de matérias-primas, consumo, reutilização até a dis- madeira de origem certificada em seus empreendimentos, por exemplo, sabe que a despesa extra é, na verdade, um investimento no futuro. posição final dos resíduos. Essa postura deve ser resultado Quem lidera o setor já dá os primeiros passos consistentes de um entendimento amplo, de que o meio ambiente envolve em favor do meio ambiente e da qualidade de vida, reconhe- todas as coisas vivas e não vivas no planeta. Ao exigir a sus- cendo que boas práticas são os melhores instrumentos para tentabilidade aos fornecedores e oferecê-la aos consumido- transformar o mundo. Mas é preciso ainda mais. res em cada serviço e produtos, as empresas de construção civil assumem sua responsabilidade pela interferência no meio ambiente. As construtoras precisam incentivar ações sustentáveis em todas as etapas de seus projetos. Este é o momento de sustentabilidade deixar de ser apenas um conceito ideal para Pesquisas recentes indicam aumento de cerca de 5% nos começar a ser aplicada efetivamente em toda a cadeia da in- gastos no processo de construção caso sejam feitos investi- dústria de Construção Civil Revista da Anicer | nº 81 15 TENDÊNCIA DE MERCADO Vinte e quatro quadros Antigas instalações do Matadouro Municipal de São Paulo agora são sede da Cinemateca Brasileira Por Manuela Souza | Fotos Google 16 Revista da Anicer | nº 81 F undada à partir da criação do Clube de Cinema de São Paulo por estudantes do curso de filosofia da Universidade de São Paulo – USP, a Cinemate- ca Brasileira foi criada em 1940. Fechada pelo Estado Novo, foi incorporada em 1984 ao governo federal, vinculada ao Ministério de Educação e Cultura. Hoje está ligada à Secretaria do Audiovisual. Sede da Cinemateca desde 1992, o edifício histórico do século XIX do Matadouro Municipal foi reformado para garantir a recuperação física das instalações que receberiam o acervo da Instituição. A obra foi capitaneada pelo arquiteto Nelson Dupré, que optou por não restaurar o que poderiam ser elementos originais da edificação e sim assimilar e evidenciar as alterações realizadas ao longo dos anos. Para não entrar em conflito com os tijolos cerâmicos da construção, Dupré optou por utilizar grandes janelas de vidro. Além disso, a cobertura que conecta os três galpões também foi revestida com vidro, o que possibilita a entrada de luz nos antigos armazéns. As janelas laterais e frontais são estruturadas com esquadrias metálicas e vidros. Toda a parede mantém uma irregularidade que A Cinemateca Brasileira mostra fechamentos efetuados em períodos de tempo diferentes. possui o maior acervo de A construção é tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, imagens em movimento Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat. A da América Latina, formado por cerca de Cinemateca Brasileira possui o maior acervo de imagens em movimento da América Latina, formado por cerca de 200 mil rolos de filmes, que correspondem a 30 mil títulos. São obras de ficção, documentários, cinejornais, 200 mil rolos de filmes, filmes publicitários e registros familiares, nacionais e estrangeiros, produ- que correspondem a 30 zidos desde 1895 mil títulos. Revista da Anicer | nº 81 17 CENÁRIO Novos fabricantes estreiam no mercado brasileiro As norte-americanas John Deere e LBX, as chinesas Shantui e Zoomlion e as europeias Ammann e Bomag acirram ainda mais a competição no mercado ao anunciar planos para produção local * Conteúdo jornalístico originalmente produzido e publicado pela Revista M&T (Sobratema) O estudo de mercado da Sobratema, apresentado anualmente em meados de novembro, revelou, em sua última edição, que 29% dos quase 30 mil equipamentos de terraplenagem comercializados no Brasil são importados. Grande parte desse volume diz respeito a fabricantes que detêm linhas de produção no país, mas que complementam seu portfólio de produtos com a importação de determinados modelos com demanda em menor escala, o que não justifica sua produção local. Pelo que a reportagem da revista M&T apurou durante a feira M&T Expo 2012, essa porcentagem pode permanecer estável ou até mesmo aumentar nos próximos anos. Com a chegada de novos players que anunciaram investimentos em fábricas no Brasil, o que deverá crescer consideravelmente, entretanto, é a quantidade de modelos com produção local. Além de casos já divulgados extensamente pela imprensa, como as fábricas em implantação pela Hyundai, Doosan, Sany e XCMG, outras empresas reforçam o coro de novos competidores dispostos a investir em produção local. A M&T Expo 2012 ajudou a identificar esse cenário com maior precisão. Das 494 empresas presentes na feira, 170 eram expositores novos e sem operações no país. Entre outras empresas, a lista incluiu as norte-americanas John Deere e LBX Excavator, as chinesas Shantui e Zoomlion Edward Geber, da LBX: nova alternativa em equipamentos de primeira linha e as europeias Ammann e Bomag, todas com planos para a instalação de fábricas no Brasil. Os planos da Deere A John Deere por exemplo, que já possui uma fatia significativa do mercado de máquinas agrícolas, inclusive com a produção de alguns modelos no Brasil, anunciou investimentos de US$ 180 milhões na construção de duas fábricas de equipamentos para construção no país. Uma dessas unidades será destinada exclusivamente à produção de escavadeiras hidráulicas em parceria com a japonesa Hitachi, que será responsável por US$ 56 milhões do aporte total previsto. A outra unidade industrial, controlada exclusivamente 18 Revista da Anicer | nº 81 pela John Deere, será destinada à produção de retroescavadeiras mento das marchas, de forma a proteger o conjunto de eventuais e pás carregadeiras. Segundo Roberto Marques, gerente de vendas “trancos” durante a operação. Para disputar o segmento de escava- da empresa, as duas fábricas serão construídas em Indaiatuba, no deiras hidráulicas, a John Deere contará com quatro modelos de 16 interior de São Paulo, e entram em operação até o final de 2013. t, 21 t, 25 t e 35 t, que contam respectivamente com potência de 121 Enquanto isso, a empresa inicia suas operações no país com a im- HP, 159 HP, 188 HP e 271 HP. Além dessas escavadeiras, que serão portação de modelos produzidos nos Estados Unidos. A empresa produzidas em Indaiatuba, a linha poderá ser complementada com planeja disputar outros segmentos do mercado, como o de moto- outros modelos importados. Marques destaca que os modelos de niveladoras e tratores de esteiras, porém apenas com modelos im- fabricação local serão disponibilizados com as marcas John Deere portados. Sua prioridade atualmente é estruturar a rede de distri- e Hitachi. No primeiro caso, eles serão equipados com motor da pró- buição e atendimento aos clientes, com o objetivo de cobrir 92% do pria John Deere e no outro, contarão com motorização de tecnologia território brasileiro. “A rede de dealers que está sendo montada não Isuzu. dependerá exclusivamente dos grupos que já atendem à marca na área agrícola”,comenta Marques. Aposta da LBX Novos modelos A norte-americana LBX Excavator é outra que aposta na força de Por questões estratégicas, o executivo evita revelar maiores deta- sileiro. A empresa, pertencente ao grupo japonês Sumitomo, dedica- lhes sobre a rede em fase de estruturação. Mas ele antecipa que o -se exclusivamente à produção de escavadeiras hidráulicas da mar- dealer responsável pela área de Minas Gerais será o grupo Inova, ca Link-Belt, uma das mais tradicionais na América do Norte. “Para que já responde pela distribuição de máquinas agrícolas da marca atender os usuários brasileiros, contaremos com quatro modelos de e de caminhões Volvo. Marques explica que, mundialmente, a em- 13 t, 16 t, 21 t e 35 t de peso operacional”, diz Edward Gerber, geren- presa conta com alguns dealers comuns aos segmentos agrícola e te geral da LBX para a área de negócios internacionais. Segundo o de construção, porém com operações separadas “já que esses dois executivo, a marca já é conhecida no Brasil, o que permite à empresa mercados são diferentes e apresentam demandas igualmente dife- apostar no ganho de mercado entre clientes de “primeira linha”, ou rentes, que requerem especialização e foco.” Segundo o executivo, seja, aqueles que demandam equipamentos com alto nível de tec- a participação na M&T Expo 2012 permitiu à empresa uma apre- nologia embarcada e foco no aumento de produtividade. “Queremos sentação em grande estilo ao mercado brasileiro, por meio de um conquistar 10% do mercado brasileiro de escavadeiras nos próximos contato direto com os clientes para ouvir suas necessidades. Du- dois anos e a prova da importância que damos a essa empreitada é rante o evento, ela destacou a retroescavadeira 310K, que provavel- a presença do alto escalão de executivos mundiais da empresa na mente será produzida no Brasil, equipada com caçamba frontal de M&T Expo 2012”, diz Gerber. Ele se refere, principalmente, ao fato 1 m³ de capacidade e com opção para caçamba retro de 18, 24 ou de o presidente mundial da LBX, Chuck Martz, ter comparecido ao 30 polegadas. O equipamento possui 80 HP de potência e pode ser evento para um contato direto com os clientes locais. Mesma aten- configurado com tração 4x2 ou 4x4 e cabine com proteção ROPS/ ção vem sendo dedicada à montagem da rede de distribuidoras, que FOPS, dependendo da opção do usuário. Outra família de equipa- deverá ser constituída por 10 parceiros para a cobertura da maior mentos destacada pela John Deere foi a de pás carregadeiras. A parte do território nacional. “Já nomeamos quatro deles, sendo que empresa está disponibilizando cinco modelos, na faixa de 146 a no do Rio Grande do Sul contamos com a experiência da Tauron, 246 HP de potência, com caçambas de 2,1 a 3,6 m³ de capacidade, uma empresa renomada que já distribui equipamentos da Terex há respectivamente. Eles têm sistema hidráulico sensível à carga, que muitos anos”, diz Gerber. proporciona o fluxo necessário para funções suaves e simultâneas, proporcionando ciclos de trabalho mais rápidos com menor consu- sua marca para conquistar uma fatia significativa do mercado bra- Avanço da Shantui mo de combustível. Além disso, vêm equipados com transmissão Outro fabricante internacional com intenção de fincar raízes no Bra- Powershift dotada de um sistema de ajuste automático do acopla- sil é a chinesa Shantui. A empresa tem a sua disposição o terreno de Revista da Anicer | nº 81 19 CENÁRIO Roberto Marques, da Deere: duas fábricas até 2013 uma fazenda, na cidade de Presidente Prudente (SP), de proprieda- formado basicamente por empresas de menor porte, poderá ser- de do atual presidente da Shantui no Brasil, Julio Gonzalez-Reyes, vir de embrião para a montagem da rede nos próximos seis me- onde o executivo pretende instalar uma fábrica de equipamentos ses. Reyes inclui nessa lista de revendedores até mesmo a Brasil para construção. Segundo ele, há também uma verba de US$ 120 Máquinas de Construção (BMC), que não se enquadra no perfil de milhões disponibilizada pela matriz mundial para investimento no uma empresa de pequeno porte, mas atua na comercialização de Brasil. “Com esses recursos, instalaremos inicialmente uma uni- produtos da marca há alguns anos. dade para a montagem dos equipamentos e, em até três anos, contaremos com uma fábrica com índice de nacionalização acima do exigido para os financiamentos pela linha Finame”, ele afirma. Atualmente, a empresa está montando o escritório administrativo nesse mesmo local. “Esse foi o primeiro passo após constituirmos a Shantui do Brasil, em setembro passado, consolidando uma relação comercial que a marca já tinha com diversas construtoras Em termos mundiais, a Shantui ocupa a 19ª posição no ranking de maiores fabricantes de equipamentos, segundo Dave Lightle, consultor sênior e global de comunicação da empresa. “No segmento de tratores de esteiras, detemos mais de 60% do mercado chinês, que é o maior do mundo”, ele complementa. Tecnologia suíça brasileiras que adquiriram nossos equipamentos”, completa o exe- 20 cutivo. Apesar de ser reconhecida no Brasil pela família de trato- Na linha de equipamentos para obras rodoviárias, o destaque na res de esteiras, a Shantui aposta na comercialização da sua linha M&T Expo 2012 foi a chegada de dois competidores europeus já completa de equipamentos, que inclui desde escavadeiras, pás conhecidos dos usuários brasileiros, mas que se preparam para carregadeiras e rolos compactadores, até bombas de concreto, a instalação de fábricas no país: a suíça Ammann e a alemã Bo- caminhões betoneira, perfuratrizes e empilhadeiras, entre outros. mag, que é controlada pelo grupo francês Fayet. Segundo Gilvan Para isso, a companhia está estruturando uma rede de distribui- Pereira, diretor da Ammann para a América Latina, os resultados dores que se comprometa a priorizar sua marca. “Nossos dealers obtidos em um ano de operação no Brasil motivaram essa estraté- terão de trabalhar com dedicação para a Shantui, pois só assim gia. “Nesse período, comercializamos mais de 100 rolos compac- poderão explorar melhor o potencial competitivo de nossos equi- tadores”, diz ele. O projeto da nova fábrica, que entra em operação pamentos”, diz Reyes. Atualmente, a Shantui não dispõe de dis- até o fim deste ano, deve consumir investimentos de 9 milhões de tribuidores para atendimento aos clientes brasileiros, mas conta euros, mas Gilvan evita revelar sua localização. “A empresa se tor- com alguns revendedores locais. Segundo o executivo, esse grupo, nou conhecida no mercado local com o trabalho inicial de um dis- Revista da Anicer | nº 81 Nascimento e Stefan Karbach, da Bomag: objetivo é disputar a liderança tribuidor, a Commingesoll, e agora estamos trabalhando na am- experiência na fabricação de equipamentos para obras rodoviá- pliação dessa rede para cobertura de todo o território nacional.” rias. “Somos líderes mundiais na produção de usinas de asfalto A CHB já assumiu essa função em Minas Gerais e outros dealers e os planos para o Brasil também incluem posicionar a empresa estão sendo nomeados para o Nordeste e Sul do país. O objetivo entre os principais fornecedores nesse segmento de mercado.” é consolidar a fabricante suíça como uma alternativa de primeira Ele ressalta que os misturadores e secadores utilizados em suas linha no fornecimento de usinas de asfalto, vibroacabadoras e ro- usinas são fabricados pela própria empresa e que a cabine dos los compactadores para os usuários brasileiros. A Ammann não modelos a serem produzidos no Brasil, que realiza todo o con- revela informações sobre o negócio no país, mas Pereira admite que ele ainda é pequeno em relação às receitas globais do grupo, de um milhão de francos suíços. “Temos de produzir localmente para sermos competitivos”, admitiu o vice-presidente mundial da Ammann, Elmar Egli, em entrevista à imprensa, ao ressaltar a importância dos financiamentos via Finame para a viabilização de vendas no país. Além dos rolos compactadores da marca, a empresa já comemora a venda de uma usina gravimétrica, que, segundo Pereira, seria o primeiro modelo gravimétrico móvel em operação no país. O crescimento no Brasil, aliado ao avanço nos demais países emergentes, é peça fundamental do planejamento estratégico da empresa. Suas vendas nesses mercados respondem por 10% do faturamento e, em cinco anos, Elmar Egli espera trole da operação e é o coração do equipamento, será trazida da Suíça. Além da fabricação de usinas de asfalto, disponibilizadas para os clientes em modelos gravimétricos e do tipo contrafluxo, em capacidades de 80 a 400 t/h, a empresa pretende produzir na unidade brasileira um modelo de rolo compactador – de um cilindro, na faixa de 12 t de peso – e quatro modelos de vibroacabadoras. “Nossa linha, entretanto, é muito ampla, envolvendo pavimentadoras de asfalto com capacidade entre 800 mm e até 6,5m de largura, incluindo a extensão de mesa, e uma família de compactadores que vai desde os sapinhos de pequeno porte até rolos vibratórios de 25 t de peso”, afirma Pereira. Entre os destaques da linha, Pereira aponta a usina de asfalto contínua móvel Prime 140, montada sobre rodas, que atinge 140 t/h de capacidade de produção. Toda a sua operação é controlada automati- que esse número chegue a 30%. camente e o sistema de pré-dosagem conta com três dosadores Linha da Ammann individuais, cada um equipado com dispositivo próprio de pesa- Gilvan Pereira aposta no sucesso da empreitada em função da ca. “Além disso, nossos rolos vibratórios contam com tecnologia excelência e tradição da marca suíça, que conta com 143 anos de de primeiro mundo”, ele completa. gem, o que garante alta precisão à formulação da massa asfálti- Revista da Anicer | nº 81 21 CENÁRIO Fábrica da Bomag projeto é apoiado por uma ampla rede de suporte em pós-vendas aos clientes, composta por distribuidoras renomadas como A competição no segmento de rolos compactadores, aliás, deverá crescer ainda mais com o anúncio da Bomag, que pretende investir R$ 12 milhões na instalação de uma fábrica no país. A nova unidade industrial, que vai ocupar um terreno de 22 mil m2, em Campinas (SP), entra em operação no mês de outubro, com a produção de rolos de vibratórios de um cilindro e 12 t de peso operacional. “Depois, ampliamos a linha com o modelo de 17 t e os compactadores de pneus”, afirma Rogério do Nascimento, gerente comercial da Bomag para a América do Sul. Segundo ele, desde que iniciou as vendas no país, há quatro anos, a empresa contabiliza cerca de 700 equipamentos da marca em operação, 22 a Brasif (que atende o Sudeste e parte da região Centro-Oeste), Renco (Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste), Romac (Sul e Mato Grosso do Sul) e Dinamape (responsável pela linha leve, lançada durante a M&T Expo 2012). “Apenas na Construtora Odebrecht, reconhecida pelo padrão de exigência em relação à qualidade dos equipamentos e do atendimento, contamos com mais de 40 unidades em operação na obra da Ferrovia Transnordestina”, ele pondera. A opção por iniciar a produção pelo rolo de um cilindro (12 t) se deve ao fato de que esse modelo responde por cerca de 55% da demanda do mercado, segun- o que a coloca entre os quatro principais competidores nesse do explica Nascimento. “Nosso modelo dispõe de diferenciais, segmento do mercado. “Em todos os países que está presente, como um cilindro com chapa de 35 mm, mais resistente que a Bomag sempre se posiciona como líder ou vice líder e nosso os de outras marcas, que têm apenas 25 mm de espessura, e o propósito no Brasil é atingir também essa posição”, diz ele. A fato de sua articulação e oscilação serem livres de lubrificação”. nova fábrica inicia suas operações com uma capacidade para Além disso, ele ressalta que o rolo liso é reversível para adoção a produção de 250 unidades de rolos compactadores por ano. de patas sem apresentar perda de potência de compactação, Além da qualidade dos produtos, Nascimento ressalta que esse que nos concorrentes chega a 20% Revista da Anicer | nº 81 Revista da Anicer | nº 81 23 ARTIGO TÉCNICO Caracterização de resíduo de lâmpada fluorescente para incorporação em cerâmica vermelha Alline Sardinha Cordeiro Morais1, Sergio Neves Monteiro2, Jonas Alexandre3, Gustavo de Castro Xavier3, Carlos Maurício Fontes Vieira3 1Instituto Federal Fluminense – IFF | 2Instituto Militar de Engenharia - IME | 3Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF Introdução mais de 50 anos, trabalhos têm se dedicado à incorporação de vidro para emprego em cerâmica vermelha [5-14]. Lâmpadas fluorescentes usam mercúrio como componente vital para seu funcionamento. Este metal altamente tóxico pode A elevação dos teores de óxidos considerados fundentes, res- contaminar o solo, os animais e a água. O problema se agrava ponsáveis pela densificação da estrutura durante a queima se em proporções muito maiores se levarmos em consideração apresenta como uma possibilidade de melhoria da qualidade a quantidade de lâmpadas comercializadas e descartadas no da cerâmica com a utilização de vidro de lâmpadas fluores- Brasil [1]. centes, além da possibilidade de dar um destino ambientalmente correto para este tipo de resíduo. Na etapa de queima A partir de processos adequados de reciclagem de lâmpadas descartadas pode-se reaproveitar grande parte dos materiais constituintes das mesmas, em novos processos produtivos. O da cerâmica o vidro pode contribuir para a redução da porosidade, por meio da formação de fase líquida, reduzindo a absorção de água e aumentando a resistência mecânica. estudo mostra que de um milhão de lâmpadas fluorescentes comuns, pode conduzir a 900.000 tubos de vidro limpo [2]. Como o vidro de lâmpada fluorescente não pode ser reciclado por meios tradicionais, esse estudo visou caracterizá-lo, de Recuperar e reciclar todos os materiais que constituem a lâmpada, em vez de simplesmente descartá-los, é muito importante, pois protege os aterros, evitando a formação de passivos ambientais [3]. Destaca-se ainda que o vidro proveniente da forma a servir como base para trabalhos futuros em reaproveitamento do resíduo de vidro, principalmente, no que se refere à sua incorporação à massa argilosa para fabricação de cerâmica vermelha. reciclagem de lâmpadas fluorescentes é 100% reciclável, e sua permanência no meio ambiente demanda milhares de anos, já que seu tempo de decomposição é indeterminado [4]. Materiais e Métodos Para o desenvolvimento da presente pesquisa utilizou-se o Resíduos de vidros correspondem a todos os tipos de produtos resíduo de vidro de lâmpada fluorescente proveniente do pro- de sucata ou peças quebradas, tais como garrafas, lâmpadas, cesso de descontaminação de mercúrio. Durante o proces- pequenos frascos, placas de janela, espelhos, fibras de vidro e so de descontaminação, as lâmpadas são trituradas em um esteiras, entre outros. Apesar do vidro soda-cal, um tipo comum equipamento denominado de “Papa-lâmpadas” (Fig. 1), que de vidro, ser facilmente reciclado, devido à sua baixa tempera- realiza a absorção do mercúrio por um sistema de filtros con- tura de fusão e temperatura de processamento, uma enorme tendo carvão ativado, os demais componentes da lâmpada quantidade ainda é descartada em lixões e aterros da cidade. são depositados em um tambor metálico. O resíduo de vidro A incorporação de resíduos de vidro em cerâmica vermelha é gerado é do tipo sodo-cálcico, portanto, bom fundente e pro- uma alternativa viável, devido à boa compatibilidade entre a ar- pício para ser reaproveitado na produção de cerâmica verme- gila e componentes do vidro sodo-cálcico atuando como fonte lha. Segundo avaliação realizada pela empresa fornecedora de sílica, além de óxidos fundentes, como sódio e potássio. Há do resíduo, este é classificado, pela NBR 10004/04 [17], como Classe II – A, portanto, não perigoso e não inerte. 24 Revista da Anicer | nº 81 A distribuição de tamanho de partícula da argila foi realizada de acordo com a norma NBR 7181- 84 (ABNT), a qual combina técnicas de peneiramento e de sedimentação [18]. A morfologia das partículas do resíduo foi analisada por microscopia óptica (MO), através do microscópio Tecnival, modelo CGA e, por microscopia eletrônica de varredura (MEV), metalizadas com ouro, em um microscópio Jeol JSM 6460 LV com sistema de energia dispersiva (EDS). Figura 1 – Estágio inicial do processo de descontaminação de mercúrio de tubos de lâmpada fluorescente: (a) Equipamento “Papa-lâmpadas”, e (b) fragmentos da lâmpada triturada Foram realizados ensaios de ATD/TG do resíduo num instrumento de análise térmica simultânea TA Instruments SDT 2960. As O resíduo de vidro foi caracterizado sob diversos aspectos: fluorescência de raios X (FRX), microscopia óptica (MO), distribuição de tamanho de partícula, microscopia eletrônica de varredura (MEV), análise térmica diferencial e termogravimétrica (ATD/TG) e dilatometria óptica. Com a intenção de conhecer a composição química do resíduo de vidro e verificar as diferenças em relação à composição química teórica, as amostras foram enviadas para análise química por FRX em equipamento Philips PW 2400. amostras foram aquecidas de 25 a 1000°C à taxa de 10°C/min e resfriadas naturalmente. A análise térmica é uma técnica de análise que cujo princípio de medição consiste na quantificação das variações dimensionais que sofre um corpo-de-prova quando submetido a um ciclo de aquecimento definido, onde as variações dimensionais são acompanhadas por dispositivos ópticos. Esse teste foi efetuado no SENAI de Criciúma, utilizando o dilatômetro óptico (MISURA) com taxa de aquecimento de 40ºC/min. Revista da Anicer | nº 81 25 ARTIGO TÉCNICO Resultados e Discussão A Figura 2 apresenta a curva de distribuição de tamanho de A composição química do vidro de lâmpada, determinada por partículas do resíduo de vidro de lâmpada fluorescente. Esta fluorescência de raios-X, foi realizada no resíduo de vidro tal análise foi realizada com o resíduo bruto, ou seja, na for- como recolhido na empresa fornecedora, ou seja, para efeito de ma com o qual é recolhido na fonte fornecedora. Nota-se análise química, o resíduo não sofreu nenhum processo de la- que o resíduo não apresenta percentuais associados à “fra- vagem. Os resultados desta análise são ilustrados na Tabela 1. ção argila” (tamanhos de partícula menores que 2 μm). Já Para um vidro de bulbo de lâmpada fluorescente, geralmente, encontramos uma composição química coerente à composição padrão para um vidro sodo-cálcico (SiO2 – 73%; Al2O3 – 1%; Na2O – 17%; MgO – 4% e CaO – 5%) [5]. Observa-se que os principais componentes presentes no resíduo são o a “fração silte” que corresponde partículas com tamanhos compreendidos entre 2 e 20 μm é de apenas 1%. A “fração areia”, associada com tamanho de partícula maiores que 20 μm, é de 99% conferindo ao resíduo um comportamento de um material não plástico. Esta característica indica que o óxido de silício (SiO2), óxido de cálcio (Na2O), óxido de sódio resíduo necessitará de um beneficiamento prévio para re- (CaO), tal como reportado na literatura, porém em percentu- duzir a sua granulometria e ser posteriormente misturado à ais diferentes. A sílica é um óxido importante que constitui a massa de cerâmica vermelha. Isto levaria a um investimento estrutura de vidro, já os óxidos de sódio e cálcio são usados em equipamento de moagem apropriado, o que tornaria o como modificadores de rede cristalina e estabilizantes, res- processamento cerâmico mais caro. A densidade real das pectivamente [19]. partículas medida por meio de picnometria é de 2,48 g/cm3. Além destes óxidos, observa-se um elevado teor de óxido de fósforo (P2O5). O óxido de fósforo está associado ao fosfato de cálcio, que é uma das principais matérias-primas utilizadas em lâmpadas fluorescentes. Cabe ressaltar que o interior do tubo é revestido com uma poeira fosforosa composta por vários elementos tais como, fósforo e cálcio (com relevância quantitativa nas lâmpadas), além de magnésio, sódio, alumínio, ferro e manganês. Na2O MgO Al2O3 SiO2 P2O5 K2O CaO MnO Fe2O3 SrO PbO BaO LoI 8,53 1,94 2,74 44,80 15,74 0,69 21,21 0,33 0,24 0,13 0,19 0,29 2,58 Tabela 1 – Composição química do resíduo de vidro (wt%) 26 Revista da Anicer | nº 81 Figura 2: Curva de distribuição de tamanho das partículas do resíduo A análise morfológica por MO, Fig. 4, revela a presença de partículas de vidro indicadas por setas brancas, partículas com coloração branca associadas à presença da camada de pó de fósforo que recobre o tubo de vidro da lâmpada, setas pretas, e ainda partículas associadas às impurezas mais grosseiras presentes no resíduo, tais como plásticos e metais, circundadas. Figure 3 – Optical micrographs of particles in the fluorescent lamp glass waste As imagens do resíduo obtidas por MEV são apresentadas na Figura 4. Observa-se que o resíduo é constituído por partículas angulosas e irregulares de diferentes tamanhos. Na Figura 5, correspondente ao mapeamento da amostra por EDS, foram observadas partículas com predomínio de Si. Estas partículas estão associadas à sílica que constitui a estrutura de vidro, conforme mostrado na Tabela 1. O espectro de EDS também identificou picos mais intensos dos elementos O, Na, Ca, Mg e Al, que estão de acordo com a análise química. Outros picos apresentaram predomínio de P e C, os quais estão presentes, em predominância, na composição da poeira fosforosa. A Figura 2 mostra as curvas termogravimétricas, ATG e sua derivada DTG, para o Figura 4 - Micrografia de MEV do resíduo de vidro Figura 5 - Micrografia de MEV com espectros de EDS do resíduo de vidro Revista da Anicer | nº 81 27 ARTIGO TÉCNICO resíduo de vidro investigado como uma função da temperatura. Nesta figura observa-se uma diminuição contínua em peso da curva de ATG, com uma queda súbita de cerca de 200oC. Isto causou um pico na curva de DTG, Fig. 2, a 205oC. Este evento está provavelmente associado a um rápido processo de liberação de menos de 0,2% de componente volátil do resíduo de vidro. Outro aspecto importante a ser observado na fig. 2 é que a 1100°C a perda de peso é muito pequena, da ordem de apenas 1,4%. Por conseguinte, a sua incorporação em uma cerâmica vermelha, que normalmente é sinterizada abaixo de 1100°C, não deve provocar grandes problemas de emissão durante o processo de sinterização, devido aos resíduos de vidro. Na Figura 7 apresenta-se o resultado do ensaio de dila- 28 Figura 2 – Curvas Termogravimétricas ATG e DTG para resíduo de vidro de lâmpada fluorescente tometria óptica (microscopia de estágio a quente) do re- onde (Tg) indica a temperatura que um material não cristalino se transforma síduo. De acordo com a sequência de imagens obtidas, de um líquido superesfriado em um vidro rígido e (Ts) a temperatura máxima pode-se observar a contração significativa até 1049°C, que uma peça de vidro pode ser manuseada sem causar alterações dimen- após isso o material funde a 1117°C. Além disso, podem sionais significativas [5]. ser notadas as temperaturas de transição vítrea (Tg) e Observa-se ainda que o resíduo de vidro exibe uma faixa de trabalho, cor- de amolecimento (Ts), a 711 e 868°C, respectivamente; respondente aos limites de operação de um vidro de 868 a 1049°C. Estes Revista da Anicer | nº 81 dados são compatíveis com os apresentados na literatura para os tipos de vidro sodo-cálcicos, variando de 700 a 1000°C [5]. É importante ressaltar que quando o resíduo inicia o fluxo viscoso, ou seja, passa a se comportar como líquido, seu efeito quando adicionado a uma cerâmica vermelha pode proporcionar melhorias nas propriedades físicas e mecânicas através do fechamento de poros, isto devido à temperatura do vidro ser compatível com a temperatura da cerâmica vermelha, que resistem a temperaturas de até 1100°C. Referências [1] C. Raposo, C.C. Windmoller and W.A.D. Junior: Waste Management, Vol. 23, (2003). [2] M.A. Rabah: Waste Management, Vol. 24 (2004), p. 119-126. [3] V.L. Mombach, H.G. Riella, N.C. Kuhnen and E.F.U. Carvalho, In: 17º CBECIMat - Brazilian Congress of Engineering and Materials Science. Foz do Iguaçu, PR (2006). [4] C.H. Wiens: Thesis (MBA). School of Management, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). [5] W.D. Callister, in: Materials Science and Engineering: An Introduction. 7ed., (2007). [6] C.M.F. Vieira and S.N. Monteiro: Revista Matéria, Vol. 14 n. 3, (2009), p. 881 – 905. [7] J.O. Everhart: American Ceramic Society Bulletin, Vol. 36 (1957), p. 268-271. [8] T.C. Shutt, H. Campbell and J.H. Abrahams Junior: American Ceramic Society Bulletin, (1972), p. 670-671. [9] N.F. Youssef, M.F. Abadir and M.A.O. Shater: Journal of the European Ceramic Society, Vol. 18 (1998), p. 1721-1727. [10] F. Matteucci, M. Dondi and G. Guarini: Ceramics International, Vol. 28, n. 8, (2002), p. 873-880. [11] S.R. Teixeira, F.B. Costa, A.E. Souza and G.T.A. Santos: Revista Ciências Exatas, Unitau. Vol. 2, n. 2, (2007). Figura 7 – Fotografias ópticas correspondentes aos perfis assumidos por amostras cilíndricas de resíduo de vidro de lâmpada fluorescente em um teste óptico dilatométrica Conclusões • O resíduo de vidro lâmpada fluorescente investigado tem composição química próxima de um vidro sodo-cálcico, que provavelmente está associado com o tubo da lâmpada. Constataram-se também compostos com características do revestimento fosfórico e conectores da lâmpada. • A análise termogravimétrica do resíduo mostrou pequena perda de peso pequena em temperaturas superiores a 1000°C. Isto indica que o resíduo pode ser incorporado em cerâmica argilosa sem problemas de emissão. • O teste de dilatometria óptica corroborou o comportamento típico de um vidro de sodo-cálcico que pode ser amolecido acima de 800°C facilitando [12] M. Dondi, G. Guarini, M. Raimondo and C. Zanelli: Waste Management, Vol. 29 (2009), p. 1945-1951. [13] K.O. Godinho, J.N.F. Holanda and A.G.P. Silva: Cerâmica, Vol. 51, n. 320, (2005). [14] Y. Pontikes, A. Christogerou, G.N. Angelopoulos, E. Rambaldi, A. Tucci and L. Espósito: Glass Technology, Vol. 46, n. 2, (2005), p. 200-206. [15] Y. Pontikes, L. Espósito, A. Tucci and G.N. Angelopoulos: Journal of the European Ceramic Society, n. 27, (2007), p. 1657-1663. [16] A.S.C. Morais, T.C.C. Caldas, S.N. Monteiro and C.M.F. Vieira, In: TMS 2011 - 140th Annual Meeting & Exhibition. San Diego, Vol. 1 (2011), p. 1053-1060. [17] Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Resíduos Sólidos-Classificação, NBR 10004/04, 2004. • Evidências na microestrutura das partículas de impurezas corroboram [18] Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Determinação da Análise Granulométrica dos solos, NBR – 7181-84, 1984. a contaminação do resíduo de vidro por revestimento fosfórico e detritos [19] G.W. McLellan and E. B. Shand, in: Glass Engineering Han- metálicos finos. dbook, edtied by McGraw-Hill, (1984), in press. a sinterização da estrutura cerâmica. Revista da Anicer | nº 81 29 MOMENTO INSPIRAÇÃO Arquitetura vermelha Pinacoteca transpira cultura e tradição no coração de São Paulo Por Manuela Souza | Fotos Google L ocalizada no centro da cidade de São Paulo, o prédio da Pinacoteca possui uma arquitetura monumental em conformidade com o estilo eclético italiano. São três pavimentos com dois pátios internos que garantem iluminação e ventilação ao projeto de Ramos de Azevedo e seu colaborador Domiciano Rossi. Entre os materiais utilizados na obra, o que predomina é o tijolo cerâmico, que empresta um ar imponente em toda a construção. O jardim se integra ao prédio por meio de varandas laterais e de grandes janelas e o saguão chama atenção pelo seu pé direito muito alto, onde ao centro nota-se que a obra não foi concluída, faltando a cúpula prevista no projeto original e nunca construída. A ausência de alguns tijolos na fachada também indica a não conclusão de todo o espaço. O prédio foi tombado em 1982 com o objetivo de preservar o conjunto arquitetônico do bairro da Luz, onde se inserem ainda a Estação da Luz, a Estação Júlio Prestes e o Museu de Arte Sacra de São Paulo. A Pinacoteca do Estado possui um acervo de pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias, tapeçarias, objetos de arte decorativa e um seleto conjunto de imaginária do período colonial. São mais de sete mil obras brasileiras com destaque nos séculos XIX, XX e artistas modernistas, como Victor Brecheret, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Anita Malfatti, Cândido Portinari e Di Cavalcanti 30 Revista da Anicer | nº 81 Revista da Anicer | nº 81 31 MATERIAIS Para todos os gostos Anicer reedita catálogo de produtos cerâmicos para ajudar profissionais e consumidores na hora da escolha Fotos Terra Brasil e Manuela Souza M uito utilizados pela humanidade desde o início dos A leveza deste material é uma característica valorizada pelos tempos, com a concorrência em expansão na metade engenheiros calculistas e que lhe confere maior eficiência do século passado mas novamente em alta no novo milênio, energética e ecológica. Como os blocos de cerâmica pesam os produtos cerâmicos estão presentes na maioria das al- aproximadamente a metade do peso de seus equivalentes venarias e coberturas do País, sendo os preferidos dos bra- feitos com outros materiais, isto possibilita a economia no sileiros por diversas razões. consumo de energia no transporte horizontal – das fábricas Produzida a partir dos quatro elementos da natureza, a cerâmica é 100% natural e não utiliza aditivos insalubres aos ocupantes dos imóveis e ao meio ambiente. Estes produtos são os mais procurados por quem deseja uma construção 32 32 para os canteiros de obras - e no vertical – nos elevadores dos canteiros. Devido às qualidades estéticas, também são os mais procurados pelos arquitetos, pois conferem charme aos projetos quando usados de forma aparente. ecológica com mais conforto térmico e acústico. Os pro- A indústria de cerâmica vermelha ou cerâmica estrutural dutos cerâmicos possuem características físico-químicas fornece ao mercado brasileiro uma grande gama de produ- que resultam em uma condutibilidade térmica inferior aos tos. Para esclarecer as diferenças entre tantas opções e aju- outros materiais ou, em outras palavras, têm o melhor iso- dar na hora de fazer a escolha certa, a Anicer acaba de ree- lamento termoacústico. Isto permite grandes economias ditar seu Catálogo de Produtos Cerâmicos, material voltado de energia com condicionadores de ar ao longo de toda a para construtoras, engenheiros, arquitetos e consumidores vida útil do imóvel. p p ç finais com exemplos e especificações técnicas. Revista Rev Re R evvist e is stta d s da aA Anicer niiic nic n cer er | n nºº 8 81 1 BLOCOS Utilizados em alvenarias de vedação ou estruturais não armadas, armadas e protendidas, têm suas especificações determinadas pela Norma NBR 15270, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, o que garante mais qualidade para o consumidor. Os blocos se dividem em dois tipos: blocos estruturais e blocos de vedação. Blocos de Vedação São utilizados em alvenarias de vedação, principalmente na construção de paredes e muros. No caso de estruturas, é necessária a construção de vigas, pois estes blocos suportam apenas cargas leves. Possuem furos na posição horizontal ou vertical. Sendo estes últimos para alvenarias de vedação racionalizada. Confira as medidas destes blocos na Tabela A. 9x9x19 Linha 29 Linha 39 Furo Vertical 14x19x29 Blocos Estruturais São utilizados nas alvenarias estruturais. Além de função de vedação, têm função estrutural, pois suportam cargas oriundas da edificação. Seu emprego permite construir edificações sem o uso de vigas e pilares. Confira as medidas destes blocos na Tabela B. Seccional Hidráulico Muro 14x19x39 Vertical 14x19x29 Economia: Devido às suas características tecnológicas, a Alvenaria Estrutural com Blocos Cerâmicos (NBR 15812) permite reduzir gastos com mão de obra, ferragem, cimento e madeira. Isto resulta em uma redução de até 30% no custo final da obra e canteiros ecológicos com desperdício mínimo. Revista da Anicer | nº 81 33 NONONONONONNNOONO TIJOLOS Os tijolos podem possuir, conceitualmente, até 25% de sua superfície perfurada. Tanto os maciços como os perfurados são produzidos em dimensões menores que os blocos e possuem diversos tipos de acabamentos, cores e formatos de furos. Tijolos Maciços Tijolos sem furos, podendo conter um rebaixo em uma face de assentamento. São os mais procurados pelos arquitetos pelo charme e rusticidade que conferem aos ambientes. Tijolos Perfurados Semelhantes aos maciços, com as mesmas dimensões externas mas com furos na vertical ou horizontal, são encontrados geralmente com dois, quatro, dez, dezoito ou vinte e um furos. Cobogós O cobogó é um elemento cerâmico estrutural vazado que tem por objetivo proteger o espaço, permitindo a passagem de luz e ventilação naturais. Além de função estrutural, tem função estética, motivo pelo qual a indústria abastece o mercado com grande diversidade de formatos. 34 Revista da Anicer | nº 81 TELHAS Utilizadas em sistemas de cobertura, as telhas cerâmicas têm especificações determinadas pela Norma NBR 15310 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Esta norma determina que informações como fabricante, medidas, galga média, entre outras, estejam impressas na telha. Isto permite que o consumidor tenha maior precisão no cálculo para sua cobertura, garante a qualidade dos produtos e ampla variedade de modelos para escolha. As telhas dividem-se em 4 categorias: Planas de encaixe Planas de sobreposição Francesa Compostas de encaixe Germânica â Simples de sobreposição Romana Colonial Acessórios: As coberturas cerâmicas se utilizam ainda de acessórios especiais para os acabamentos, como a meia telha, cumeeira e telha de ventilação, por exemplo. Esmaltadas: As telhas esmaltadas de alta qualidade são consideradas produtos semi-grés, ou seja, possuem qualidades físico-químicas próximas às de rochas, tornando estes produtos muito mais resistentes a todo o tipo de intempéries, sujam menos e tem alto valor estético agregado. Rendimento: Telhas maiores permitem um rendimento melhor por m². Enquanto o rendimento de vários modelos fica entre 12 a 15 peças/m², uma telha Colonial gigante de 31 x 64 cm rende 9 peças/m². Além de economia isto representa praticidade para o consumidor. Revista da Anicer | nº 81 35 MATERIAIS TUBOS Os Tubos Cerâmicos são os materiais preferidos em países europeus e no Brasil quando há preocupação com a qualidade do saneamento público, para sistemas de abastecimento de água e saneamento devido à sua grande longevidade – cerca de 100 anos – o que reduz drasticamente os custos de manutenção. Além disso, têm o menor custo de instalação por metro entre os sistemas disponíveis no mercado. Por serem “inertes” e de alta resistência – não deformam – são os mais ecológicos e eficientes para proteger a terra e lençóis freáticos dos resíduos de saneamento. Junta Rígida/Semi-Rígida Os tubos possuem diâmetros variados, de 94mm a 414mm, e comprimentos de 1m a 1,20m, além de uma profusão de acessórios e conexões que garantem maior vedação e atendem aos mais diversos projetos. 36 Revista da Anicer | nº 81 Junta Elástica do Tipo “P” LAJOTAS São elementos cerâmicos vazados destinados ao preenchimento de lajes, assentados entre as vigas. As dimensões deste produto são especificadas segundo a NBR 14.859, e as alturas mais comuns no mercado são o H6 e H12 (6 cm e 12 cm de altura, respectivamente). PISOS E PLACAS DE REVESTIMENTO A indústria de cerâmica vermelha também produz placas de revestimento para paredes ou pisos em pequenas dimensões. São produtos valorizados pelos arquitetos devido à sua estética avermelhada e texturas rústicas que tornam ambientes mais acolhedores ou elegantes. Há enorme variação de modelos e opções. Destacam-se nesta categoria as placas que simulam tijolos aparentes, as texturizadas e decoradas. Os pavers, ou adoquins, são procurados para conferir charme às áreas externas ou àquelas que se quer dar um toque de rusticidade Revista da Anicer | nº 81 37 NONONONONONNNOONO 38 Revista da Anicer | nº 81 Não deixe a qualidade fora da sua empresa! C onsiderado um dos pilares estratégicos para a evolução da qualidade no setor, os Programas Setoriais da Qualidade de Blocos e Telhas Cerâmicos, integrantes do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), do Ministério das Cidades, avançam pelo País. Crescimento impulsionado por um intenso trabalho de difusão da Anicer, entidade mantenedora dos programas, que está mudando o padrão de qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Você sabia? Pelo Código de Defesa do Consumidor, fabricantes e comerciantes devem fornecer produtos de acordo com as Normas Técnicas da ABNT. Isso é lei! Faça a adesão da sua empresa hoje mesmo! Ligue para a Anicer: +55 21 2524 0128 Consulte a lista das empresas qualificadas nos sites: www.anicer.com.br e www.cidades.gov.br/pbqp-h [email protected] 14 15 16 6 17 7 18 8 19 9 20 0 21 1 22 2 23 3 Revista da Anicer | nº 81 24 4 39 25 5 FEICON BATIMAT 2013 Anicer lança novo projeto durante Feicon Batimat Com cinco linhas de atuação em parceria com o Sebrae, o “Cerâmica Sustentável é + Vida” vai atender a 600 micro e pequenas empresas de cerâmica do País Por Manuela Souza Durante a abertura oficial da Feicon, o governador Geraldo Alckmin destacou as grandes obras e investimentos do governo do Estado de São Paulo, em pareceria com a indústria e comércio da construção civil. A Anicer marcou presença na 19ª edição da Feicon Batimat, considerado o maior evento da cadeia da construção no País e que reúne os grandes líderes do segmento. Representada por um número expressivo de empresas, a cerâmica vermelha mostrou as novidades das marcas: Green Wall, Top Telha, Eurotop, Telhas Lopes, Barrobello, Nivoloni e Terra Brasil. Dispondo de um estande próprio, a Anicer realizou o lançamento do seu mais novo projeto em parceria com o Sebrae, o Cerâmica Sustentável é + Vida, que durante os próximos 36 meses vai atender a 600 micro e pequenas indústrias do setor de cerâmica vermelha de todo o País. O objetivo do projeto é promover a sustentabilidade através da Gestão Empresarial, da promoção da Inovação Tecnológica, da Eficiência Energética e do Licenciamento Ambiental que permita a incorporação e o tratamento de resíduos sólidos nos processos produtivos. Além disso, vai servir de apoio à qualificação dos produtos cerâmicos nos Programas Setoriais da Qualidade (PSQ), pertencentes ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H, do Governo Federal. Veja as consultorias disponíveis a seguir. Segundo o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, a ideia é fortalecer a economia do setor e melhorar a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. “As empresas só terão a ganhar com esse novo Projeto que é um dos mais completos já executados pela Anicer, por das necessidades básicas para o bom funcionamento de uma cerâmica mais sustentável”, explica Gonçalves. 40 Revista da Anicer | nº 81 O projeto desenvolve e consolida ações sustentáveis e o aumento da competitividade do segmento para sua ampliação de mercado. Consultoria para Inovação Tecnológica (175 empresas) Estruturação do layout da fábrica para análise da estrutura disponível, com proposta de alteração e melhorias, inclusive com a indicação dos equipamentos adequados, conforme os produtos fabricados e a demanda mercadológica existente. O objetivo é aumentar a produtividade da empresa, evitando o desperdício de recursos humanos e de material cerâmico com excessivo transporte interno desnecessário, por exemplo. Outro ponto importante é o aproveitamento do calor do forno para a secagem ou o uso de equipamentos modernos dentro das normas vigentes de segurança. Contrapartida por empresa: R$ 1.356,00 Consultoria para Eficiência Energética (100 empresas) Auditoria e consultoria, distribuídas em todo o território nacional, organizadas em ações coletivas ou individualmente, por meio dos parâmetros desenvolvidos em conjunto com o CTCV, de Portugal. O diagnóstico vai avaliar as perdas energéticas para elaboração de plano de racionalização do uso de energia e definição de cronograma de implantação das medidas indicadas com o objetivo de Revista da Anicer | nº 81 41 NONONONONONNNOONO eliminar desperdícios energéticos, reduzir custos de produção, modernizar equipamentos e processos produtivos, melhorar a qualidade dos produtos e aumentar a produtividade e o faturamento da empresa. As cerâmicas também receberão um software para melhor gestão no tema. Contrapartida por empresa: R$ 3.738,00 www.resdilrefratarios.com.br Consultoria Ambiental (120 empresas) Análise minuciosa da documentação disponível ou não em cada empresa com base na legislação federal, estadual e municipal em vigor em todas as regiões. A ação irá orientar cada Cerâmica sobre os procedimentos a serem adotados para a obtenção ou manutenção das licenças obrigatórias. Contrapartida por empresa: R$ 1.130,00 Consultoria para incorporação e tratamento de resíduos sólidos, biomassas e geração de crédito de carbono (30 empresas) Visita de especialistas às cerâmicas para traçar condições disponíveis e oportunidades para a incorporação de resíduos industriais no processo de fabricação de cerâmica vermelha, estabelecidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos vigente no País. Entre os benefícios da incorporação de resíduos no processo de fabricação, as cerâmicas podem obter créditos de carbono e receitas regulares para compra de novos equipamentos e modernização dos processos fabris. Ações de marketing paralelas serão executadas pela Anicer com as empresas. Contrapartida por empresa: R$ 1.130,00 Consultoria para Qualificação nos PSQ/PBQP-H Treinamentos e cursos no interior de cada cerâmica para implantação das ferramentas de controle de processos e gestão da qualidade para obtenção do certificado de qualificação no Programa Setorial da Qualidade (PSQ/PBQP-H) de Blocos e/ ou Telhas Cerâmicas. O objetivo é elevar a imagem da empresa; reduzir perdas no processo produtivo; atender às exigências da Caixa, do Inmetro, construtoras, revendas e consumidores, também com a incorporação de estratégias de marketing, aumento do valor agregado do produto, entre outros. FÁBRICA E VENDAS TELEFAX: (19) 3893-2888 email: [email protected] Rua Hamilton Bernardes, s/nº Cx. Postal 522 CEP 13920-990 Pedreira | nº 81 - SP 42 Revista da Anicer Contrapartida por empresa: R$ 2.260,00 Saiba mais sobre o Cerâmica Sustentável é + Vida pelo telefone (21) 2524.0128 ou pelo hotsite www.anicer.com.br/ceramicasustentavel Novidades da Feicon Casa Cerâmica A Casa Cerâmica mais uma vez atraiu milhares de curiosos durante a Feicon. Resultado de uma parceria entre a Fiesp, Sebrae, Sindicercon/SP, BID e o Governo do Estado de São Paulo, a construção tinha dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Os 54 m² da alvenaria foram montados em pouco mais de seis horas. A obra Terra Brasil A empresa atraiu o público jovem da feira para o seu estande com um game em que os usuários tinham que encaixar perfeitamente os blocos cerâmicos em uma construção. Top Telha apresentou a telha branca com tecnologia da Dow, além de uma grande variedade de fachadas ventiladas e brises. Game movimentou o estande da Terra Brasil completa, com sistema elétrico e hidráulico, levou cinco dias para ser concluída. A Casa Cerâmica foi coberta por telhas e blocos cerâmicos de alto Top Telha desempenho, o que proporciona bom isolamento térmico e telhado A TopTelha apresentou ao mercado um produto mais ecológico, no qual a madeira é substituída por aço galvani- inovador: a telha branca, que recebe um reves- zado. O objetivo da ação é oferecer produtos de qualidade e refor- timento que usa tecnologias de ponta da Dow, çar a competitividade das empresas de cerâmica vermelha de São uma das mais importantes provedoras de solu- Paulo. A confecção dos tijolos utilizados na casa é da Tecno Logys. ções químicas do mundo. A proposta é simples, Também expositora da Feicon Batimat 2013, a empresa apresen- mas revolucionária. O telhado de alta refletividade tou o conceito de Alvenaria Integrada para edifícios. reduz consideravelmente a temperatura nas edi- GreenWall Ceramic Novas ideias de aplicações foram os destaques da GreenWall Ceramic, que trabalha com módulos cerâmicos para a criação de jardins verticais. Para isso a empresa trouxe um sistema inovador para a construção de muros verdes, que permite o crescimento livre das raízes e a durabilidade das plantas. A proposta também ficações, contribuindo para uma maior eficiência energética e uma menor geração de CO2. Para se ter uma ideia, pode representar uma redução de até 6ºC no interior de um imóvel e aproximadamente 18ºC na superfície de um telhado, dependendo do tipo de material e condições climáticas. oferece um sistema de irrigação por gotejamento automatizado, A Feicon Batimat 2013 reuniu 1030 marcas ex- além de proporcionar isolamento acústico e térmico aos ambien- positoras, nacionais e internacionais, que mos- tes. O produto pode ser trabalhado com acabamentos diversos em traram novidades e lançamentos para um públi- ambientes como restaurantes, hotéis e áreas internas e externas, co de cerca de 130 mil visitantes. A estimativa de atendendo à criatividade de arquitetos, paisagistas e designers. negócios realizados foi de 400 milhões de reais Revista da Anicer | nº 81 43 NONONONONONNNOONO UF CIDADE CE CE CE Aquiraz Ceará Cerâmica (85) 3348-0492 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Cerâmica Cerampedras (85) 3276-2009 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Cerâmica Assunção (85) 3377-1262 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19 CE Aracati Cerâmica Armando Praça (88) 3421-1121 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Beberibe Cerâmica Brasília (85) 3301-1200 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Cascavel Cerâmica Cajazeiras (85) 3301-1220 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x39 CE Cascavel Cerâmica Luma (85) 3301-1220 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Caucaia Cerâmica Martins (85) 3342-2526 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Crato Cecrato Cerâmica Crato (88) 3521-1096 / 3521-1778 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Crato Cemonte Cerâmica Monte Alegre (88) 3521-1096 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Jaguaruana Jacerama Jaguaruana Cerâmica (88) 3418-1300 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19 CE Milagres Cerâmica Artrical Argila do Triângulo Caririense (88) 3531-1231 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Cerâmicas Kappa Indústria (88) 3411-1413 www.kappaceramica.com.br Vedação 9x19x19 9x14x24 CE Russas São Gonçalo do Amarante Sobral ES João Neiva CE 44 EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS Acopiara Cerâmica Rufino (88) 3565-0240 / 3565-0873 [email protected] Vedação 9x19x19 Aquiraz Ceagra Cerâmica Agrop. Assunção (85) 3377-1212 www.ceagra.com.br Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 Cerâmica Santa Rita (85) 3421-5214 [email protected] Vedação 9x19x19 Cerâmica Torres (88) 3614-3311 [email protected] Vedação 9x19x19 9x14x19 Cerâmica Acioli (27) 3278-1101 [email protected] Vedação 9x19x39 9x19x19 ES João Neiva Cerâmica Argil (27) 3258-2386 [email protected] Vedação 9x19x39 9x19x19 9x19x29 ES Nova Venécia Cerâmica Adélio Lubiana (27) 3752-2236 [email protected] Vedação 9x19x19 GO Ouvidor Cerâmica Paraíso (64) 3478-1139 [email protected] Vedação 9x19x24 9x14x29 11,5x19x24 MA Balsas Cerâmica Balsas (99) 3541-9668 [email protected] Vedação 9x14x19 MG Belo Horizonte Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Braúnas (31) 3499-7801 www.braunas.com.br MG Ribeirão das Neves Cerâmica Jacarandá (31) 3638-1855 www.jacarandanet.com.br MG Ribeirão das Neves Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Marbeth (31) 3499-7801 www.braunas.com.br Estrutural 11,5x19x19 11,5x19x39 14x14x19 14x19x19 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44 Vedação 9x19x29, 14x19x29, 09x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44 Vedação 9x19x29 Estrutural 14x19x29 MG Salinas Cerâmica União (38) 3841-1590 www.ceramicauniao.com.br Vedação 9x19x24 11,5x19x24 MG Sete Lagoas Cerâmica Setelagoana (31) 3773-0600 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 19x19x29 Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29 MS Terenos Cerâmica Volpiso (67) 3246-7360 [email protected] MS Terenos Volpini Indústria Cerâmica (67) 3246-7166 [email protected] Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 MT Várzea Grande Argiblocos Indústria Cerâmica (65) 3686-4300 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 11,5x19x19 PA Inhangapi Cerâmica Vermelha Ind. e Comércio (91) 3809-1221 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PA Santa Isabel do Pará Tijotelha Industrial (91) 3744-1287 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PA Uruará Cerâmica Santa Terezinha (93) 3532-1238 [email protected] Vedação 9x19x19 PB Caldas Brandão Cerâmica Santa Cândida (83) 3226-1566 [email protected] PB Santa Rita Cia Industrial de Cerâmica - Cincera (83) 3015-1450 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x44 PB Rio Tinto Cerâmica DRM (83)3246-7102 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 PE Ferreiros Cerâmica Araçá (81) 3631-1398 [email protected] Vedação 9x19x19 PE Paudalho Cerâmica Bom Jesus (81) 3636-1554 / 3636-1200 [email protected] / www.cbjceramica.com.br Vedação 9x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29 PE Paudalho Cerâmica Porto Seguro (81) 3636-4171 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x39 PE Paudalho Cerâmica São José (81) 3636-1258 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44 PE Paudalho Cabel (81) 3636-1198 [email protected] Vedação 9x19x19 PE Tacaimbó Indústria de Cerâmica Kitambar (81) 3726-1668 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PI Miguel Alves Cerâmica Santa Vitória Ltda (86) 3244-1303 [email protected] Bloco de Vedação 9x14x19 9x19x19 9x19x24 PI Teresina Blocomar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44 Revista da Anicer | nº 81 Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e REALIZAÇÃO: www.anicer.com.br UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS PI Teresina Cerâmica Mafrense (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Telhamar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Telhas Mafrense (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Unimar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PR Arapoti Cerâmica Irmãos Almeida (43) 3557-1121 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Curitiba Cerâmica São Pedro (41) 3265-6921 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Entre Rios do Oeste Cerâmica Stein (45) 3257-1168 [email protected] Vedação 9x14x19 9x14x24 11,5x14x24 PR Prudentópolis Cerâmica São Gerônimo (42) 3446-1622 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Missal Cerâmica Pasquali e CIA Ltda (45)3244-1498 [email protected] Vedação 9x14x24 RJ Campos dos Goytacazes A C Cerâmica Indústria e Comércio (22) 2722-2205 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Barra do Piraí Olaria São Sebastião (24) 3346-6544 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x29 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica Abud Vagner (22) 2734-0363 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica Olivier Cruz Indústria e Comércio (22) 2728-2800 [email protected] Vedação 9x19x19 9X19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica São Sebastião de Campos (22) 2721-7105 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Campos dos Goytacazes F.P.R. Indústria Cerâmica (22) 2723-5590 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 Estrutural 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Wagner Linhares Indústria Cerâmica (22) 2721-8111 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Itaboraí Cerâmica Colonial (21) 2635-9333 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 14x19x19 14x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x44 RJ Itaboraí Cerâmica Santa Izabel (21) 2635-7089 [email protected] RJ Paraíba do Sul Cerâmica GGP (24) 2263-1267 www.ceramicaggp.com.br RJ Três Rios Cerâmica Argibem (24) 2258-2127 www.argibem.com.br Vedação 9x19x19 9x19x29 Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x19 14x19x29 Vedação 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x29 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 19x19x39 RJ Vassouras Cerâmica Porto Velho (24) 2258-3110 [email protected] [email protected] RO Ji Paraná Cerâmica Belém Indústria e Comércio (69) 3421-1419 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Candelária Cerâmica Kottwitz (51) 3743-1789 [email protected] Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 RS Bom Princípio Cerâmica Construrohr (51) 3635-8085 [email protected] Vedação 14x19x29 Estrutural 14x19x29 RS Candelária Cerâmica Candelária (51) 3743-1202 [email protected] Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 RS Faxinal do Sotur Cerâmica Veber (55) 3263-1379 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Nova Santa Rita Cerâmica Flores (51) 3479-5080 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Sapucaia do Sul Pauluzzi Produtos Cerâmicos (51) 3451-5002 www.pauluzzi.com.br Estrutural 14x19x29 RS Venâncio Aires Cerâmica Eckert (51) 3741-1509 [email protected] Vedação 9x14x19 SC Pouso Redondo Cerâmica Constrular (47) 3545-1249 www.ceramicaconstrular.com.br Vedação 9X9X24 9x14x24 9x14x29 11,5X19x19 11,5x19x24 14x19x29 Estrutural 14x19x29 14X19X44 SC Rio do Sul Cerâmica Princesa Indústria e Comércio (47) 3525-1540 www.princesa.ind.br Vedação 9x9x24 9x14x24 14x19x29 11,5x19x24 Estrutural 14x19x29 SC Cocal do Sul Cerâmica Galatto Ltda (48) 3447-6259 [email protected] Vedação 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 SC Ituporanga Bela Vista Tijolos Ltda (47) 3533-9090 [email protected] Bloco de Vedação 11,5x19x24 SC Pouso Redondo Cerâmica Lorenzetti Ltda (47) 3545-0049 [email protected] Bloco de Vedação 9x14x24 SP Cesário Lange Cerâmica City (15) 3246-1133 www.ceramicacity.com.br Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x39 SP Itu Selecta Estrutural Blocos e Telhas (11) 2118-2001 www.selectablocos.com.br Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39 SP Santa Cruz da Conceição Cerâmica Barrobello Indústria e Comércio (19) 3567-1533 [email protected] (15) 3222-8336 www.ceramicamatieli.com.br Vedação 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 Estrutural 14x19x29 14x19x39 SP Sorocaba Indústria Cerâmica Matieli CONTATO PRODUTOS Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x29 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 Vedação 14x19x39 Estrutural 14x19x29 Revista da Anicer | nº 81 45 NONONONONONNNOONO 46 UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS BA Alagoinhas Cerâmica Santana de Alagoinhas (75) 3423-3000 www.ceramicasantanaba.com.br Telha Extrudada BA Alagoinhas Telhas Simonassi (75) 3182-5000 [email protected] Romana /Telhas Plan Macho /Fêmea BA Candiba Cerâmica Alves Neves (77) 3661-2070 [email protected] Colonial ES Colatina Cerâmica Cinco (27) 3722-7400 [email protected] Romana /Portuguesa GO São Simão Cerâmica Dolar (64) 3658-4001 [email protected] Americana /Romana /Portuguesa GO Mara Rosa Rosa e Cavalcante - Cerâmica Santo Antônio (62) 3366-1382 [email protected] Plan /Portuguesa /Romana MG Abadia dos Dourados CBS Indústria Cerâmica (34) 3847-1309 [email protected] Americana /Plan CBS /Colonial MG Capinópolis Cerâmica Drummond (34) 3263-1340 [email protected] Americana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Depaula (34) 3268-8319 [email protected] Romana MG Ituiutaba Cerâmica Maracá (34) 3268-8596 www.ceramicamaraca.com.br Romana /Americana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Santorini (34) 3268-5400 www.santorini.com.br Portuguesa /Americana / Romana MG Monte Carmelo Azteca Indústria Cerâmica (34) 3842-8900 www.incatelha.com.br Plan /Colonial MG Monte Carmelo Cerâmica Azteca (34) 3842-8900 www.incatelha.com.br Americana MG Monte Carmelo Cerâmica Carmelitana (34) 3842-2424 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Cerâmica Cruzado (34) 3842-1524 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Cerâmica Mineira (34) 3842-2688 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Colonial Capa e Canal MG Salinas Cerâmica União (38) 3841-1590 /3841-1087 www.ceramicauniao.com.br Plan /Colonial /Paulista /Planzinha / Portuguesa /Americana MS Três Lagoas Cerâmica MS (67) 3521-1221 www.ceramicams.com.br Romana /Portuguesa /Americana MS Rio Verde Ceramitelha (67) 3292-1769 [email protected] Romana /Portuguesa PE Caruaru Cerâmica kitambar (81) 3722-7777 www.kitambar.com.br Telha Extrudada Revista da Anicer | nº 81 Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e REALIZAÇÃO: www.anicer.com.br UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS RJ Campos de Goytacazes Cerâmica São José (22) 2721-1403 [email protected] Romana /Portuguesa RJ Itaboraí Cerâmica Sul América - Cerâmica R. J. Nunes (21) 2635-2581 [email protected] Romana /Portuguesa RJ Tanguá Cerâmica Marajó (21) 2747-1207 [email protected] Romana /Portuguesa RO Cacoal Cerâmica Rio Machado (69) 3441-5210 [email protected] Romana RO Cacoal Cerâmica Cena (69) 3441-6079 [email protected] Romana RO Pimenta Bueno Cerâmica Romana (69) 3451-2631 / 3451-8560 [email protected] Romana /Portuguesa RS Bom Princípio Cerâmica João Vogel (51) 3634-2602 [email protected] Portuguesa /Americana SC Agrolândia Telhas Hobus Esmaltados (47) 3534-4037 [email protected] Portuguesa SC Rio do Sul Telhas Rainha Unicerâmica Indústria e Comércio (47) 3411-5000 www.telhasrainha.com.br Portuguesa SC Sangão Icetec Indústria Cerâmica de Telhas Coloniais (48) 3656-3600 www.icetec.ind.br Americana SC Sombrio Bella Telha (48) 3533-9001 [email protected] Portuguesa SC Taió Cerâmica Taió Ltda (47) 3562-0507 [email protected] Telha Germânica SC Mafra Cerâmica Vila Rica Ltda (47) 3643-0040 [email protected] Portuguesa SP Conchas Cerâmica Lopes (14) 3845-8000 www.ceramicalopes.com.br Americana / Portuguesa /Romana SP Conchas Cerâmica Argiforte (14) 3845-1212 [email protected] Romana /Portuguesa SP Leme Top Telha - Maristela Telhas (19) 3573-7777 www.toptelha.com.br Mediterrânea /M14 SP Panorama Cerâmica Modelo Ltda-EPP (18) 3871-1116 [email protected] Romana SP Santa Cruz da Conceição Cerâmica Barrobello Ind. e Comércio (19) 3567-1533 www.ceramicabarrobello.com.br Portuguesa Reta /Portuguesa /Romana / Italiana SP Tambaú Morandin Produtos Cerâmicos (19) 3673-3190 [email protected] Romana /Portuguesa Revista da Anicer | nº 81 47 COLUNA DA QUALIDADE Fiep investe R$ 8 milhões em Instituto no Paraná o Sebrae intitulado “Cerâmica Sustentá- dia 20 de março no Senai Ítalo Bologna, vel é + Vida”. Exposição de maquinários, em Itu, com a presença dos ceramistas leilões, sorteios, jantares dançantes e da região. Os responsáveis ainda estão uma missa em intenção dos ceramis- avaliando a real demanda do setor para tas e funcionários também animaram a a realização do curso, mas segundo o programação do evento. assessor técnico do Sindicato, arquiteto Antonio Carlos Gomes Pereira, até o início Reunião estuda ações no PR De olho nos bons negócios que vêm sen- “Acredito que conseguiremos montar o do realizados em Ponta Grossa (PR), o curso ainda este ano. Se não o curso téc- Sistema Fiep, com o apoio do Sesi/Senai nico completo, conforme pretendemos, local, vai investir R$ 8 milhões na cons- montaremos um curso menor, apenas de trução do Instituto Senai de Tecnologia cerâmica vermelha. Mas a intenção é de em Construção Civil e Cerâmica Verme- que seja um programa mais amplo, com lha. O setor escolhido pela entidade é im- Uma reunião entre a Anicer e represen- status de técnico, que englobe todas as prescindível no momento econômico que tantes do Sebrae foi realizada no dia 12 cerâmicas”, informou. a cidade de Ponta Grossa vive. Segundo de abril, no Paraná, na sede do Sebrae a gerente do Sesi local, Denise Bininca, a local. Entre os assuntos abordados es- cidade foi escolhida por ser referência na tavam as ações conjuntas do Sebrae e área e pela logística, por ficar num dos Anicer no Estado, incluindo atividades maiores entroncamentos rodo-ferroviá- do novo projeto Cerâmica Sustentável é rios do sul do País. Para a secretária de + Vida, parceria das duas entidades, com Governo, Indianara Milléo, a região está agendamento de apresentações e even- em franco desenvolvimento e ainda deve tos para os próximos meses. Participa- crescer acima da média das cidades pa- ram da reunião Antônio Carlos Pimenta, ranaenses nos próximos anos. da Anicer; Edison Carlos Charavara e O Centro de Ações Móveis do Senai/RJ José Gava Neto, do Sebrae/PR e Renato inaugurou, no dia 2 de abril, na sede da Perlingeiro Salles Júnior, da Carteira de Firjan, no Centro, sua Unidade Móvel de Anicer faz palestra em Prudentópolis/PR Cerâmica do Sebrae Nacional. Senai inaugura laboratório móvel Laboratório de Materiais de Construção Civil. Com capacidade para realizar 160 A 4ª Festa Nacional das Cerâmicas, Olei- ensaios por mês, a unidade irá atender de abril em Bracantina, no município de Curso técnico em Cerâmica é projeto em SP Prudentópolis (PR), contou com a parti- O Sindicercon/SP, em parceria com a melha da região de Campos, no norte cipação da Anicer em sua programação, Acervir e a Acertar, está realizando um fluminense, descendo em seguida para com uma palestra do assessor Técnico projeto com o Núcleo de Cerâmica da Es- Itaboraí até chegar aos municípios do sul e da Qualidade, Antônio Carlos Pimenta, cola Senai Mário Amato para viabilizar o do estado. “Através da unidade móvel, o sobre as oportunidades e os desafios curso de formação técnica em cerâmica Senai amplia a sua capacidade de aten- do setor de cerâmica vermelha para os na região de Itu e Tatuí (SP). Para avaliar dimento, contribuindo para melhoria dos próximos anos. Pimenta aproveitou a o interesse dos ceramistas da região na processos e dos produtos deste setor”, ocasião para apresentar ao público o realização do programa e apresentar seu analisa a gerente operacional do Senai, novo projeto da Anicer em parceria com conteúdo, uma reunião foi realizada no Joselaine Rampini ros e do Tijolo, realizada nos dias 12 e 13 48 de maio já será possível ter uma posição. Revista da Anicer | nº 81 primeiramente o polo de cerâmica ver- Revista da Anicer | nº 81 49 CERÂMICA VERDE Por um tijolo mais sustentável Pesquisadora da Engenharia Civil mostra como transformar lodo de tratamento de água, cinzas e cascas de arroz em tijolos e revestimentos Por João Paulo Vicente (Secretaria de Comunicação da Universidade de Brasília – UnB) “Estava em busca de materiais recicláveis que poderiam ser misturados à argila sem diminuir a qualidade do produto final”, diz Elisandra. No fim das contas, ela escolheu três tipos de resíduos que não recebem muita atenção, mas que são produzidos em enorme quantidade. Cinza da casca de arroz, lodo de estação de tratamento de águas e cinza da lenha usada nos fornos da cerâmica foram os escolhidos. Elisandra desenvolveu vinte composições diferentes de cerâmica que integravam um ou mais resíduos à argila. Para descobrir se os compostos atenderiam às exigências de baixa absorção de água e resistência exigidos dos tijolos e revestimentos, ela foi ao laboratório Estação de tratamento de água: lodo do fundo dos tanques poderá ser usado no preparo da massa cerâmica. 50 Revista da Anicer | nº 81 S e depender de Elisandra Medeiros, é com isso que sua casa será construída no futuro. Em de cerâmica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). tese defendida pelo Programa de Pós-Graduação Como resultado, ela diminuiu sua lista da Engenharia Civil da Universidade de Brasília de sugestões de cerâmica que agrega (UnB), Elisandra estudou a possibilidade de usar resíduos reaproveitados para três. Em restos de tratamento de água, preparo do arroz e um deles, para 95% de argila, são usados da própria indústria de cerâmica na composição 5% de lodo de estação de tratamento de de argila que, depois de aquecida à alta tempera- águas. Em outro, cada 83,3% de argila re- tura, gera a base estrutural e de acabamento da cebe o complemento de 8,33% de cinzas maioria das construções. de lenhas e 8,33% de cinzas de casca de Cinzas dos fornos cerâmicos com um novo destino muito mais ecológico arroz. No terceiro, é usado um quarto tal do Distrito Federal (Caesb), onde de cinzas de lenhas para três quartos conseguiu o lodo, eram retiradas dez de argila. caçambas de lixo do resíduo por dia. Para blocos cerâmicos, todas as com- Já as cinzas de lenha são encontra- posições se mostraram eficientes. Já das aos montes nas próprias indús- para revestimentos de cerâmica, os trias de cerâmica. A lenha é o princi- compostos que utilizaram cinzas de pal material utilizado nos fornos de lenha não foram aprovados. Elisandra fábricas deste tipo. Um estudo feito ressalta, no entanto, que é possível que em 2006 mostra que são gerados 300 outras misturas sejam criadas com os toneladas de cinzas de lenha só no diferentes tipos de resíduos. município de Campos de Goycatazes, no Rio de Janeiro. Por ano, o Brasil produz cerca de treze milhões de toneladas de arroz. A De uma forma ou de outra, todos es- casca dos grãos, no entanto, termi- ses resíduos trazem danos ao meio na queimada. O resultado é que para ambiente, seja poluindo, seja enchen- cada uma das toneladas de arroz que do ainda mais depósitos de lixo nos vai para o mercado, sobram quarenta arredores das cidades. quilos de cinza de casca de arroz. A proposta de Elizandra, por exemplo, Antes que chegue limpa à torneira, a apesar de poder baratear a produção água passa por processos químicos da cerâmica, ainda não foi adotada e físicos de filtragem, que resultam por nenhuma indústria da área. “Elas em um lodo espesso que pode con- precisariam fazer um investimento, taminar nascentes de rios e lençóis mudar a forma de produção. No mé- freáticos. Elisandra conta que só na dio prazo poderiam economizar, mas estação de tratamento de água da primeiro precisariam se reorganizar”, Companhia de Saneamento Ambien- explica a autora da tese Revista da Anicer | nº 81 51 PERFIL Cerâmica Romana Foco em sustentabilidade faz empresa investir em projetos de venda de crédito de carbono Por Carlos Cruz | Foto Divulgação blocos de vedação (09x14x24), que abastecem construtoras e revendas nos Estados de Rondônia, Acre e Mato Grosso. Para isso, a empresa investiu em prensas com sistema de extração automatizado e controladores de temperatura de queima em seus 13 fornos Abóbada e um forno Túnel. Como combustível, a Cerâmica Romana utiliza maravalhas e pó de serra provenientes do descarte de marcenarias e serrarias locais, o que lhe permitiu dar entrada num projeto para venda de créditos de carbono. Ainda com foco no meio ambiente, a empresa investe na piscicultura como forma de recuperar as áreas de extração de matéria-prima. João Fredi, proprietário da Cerâmica Romana, e sua colaboradora do departamento financeiro, Silvana. A companhados por suas famílias e com uma certa experiência na arte da cerâ- mica, os irmãos João e Ademir Fredi deixaram São Paulo rumo ao município de Pimenta Bueno, em Rondônia, onde estabeleceram residência e fundaram a Cerâmica Romana. O ano era 1998. Revista da Anicer | nº 81 qualificação no Programa Setorial de Qualidade (PSQ) de Telhas Cerâmicas. “Passamos a executar nossos produtos em conformidade com as normas técnicas, o que nos trouxe aumento na qualidade e maior satisfação dos nossos clientes. Além disso, o PSQ nos possibilitou atender às exigências de obras tocadas pela Caixa Econômica Federal e pelos governos estaduais e “Antes, no mercado, existiam somente as te- municipais. Temos uma grande responsabilidade com lhas Plan e Francesa. Logo que chegamos resultados positivos a cada análise de ensaios labo- aqui, foi lançada no mercado a telha Romana, ratoriais”, conta Fredi. A empresa também desenvolve e foi daí que escolhemos o nome para a nossa uma política voltada para o bem estar de seus funcio- empresa, Cerâmica Romana”, explica o irmão nários, com atividades recreativas, treinamentos e qua- João Fredi, que hoje é o responsável pelos ne- lificação certificada pelo Sesi local. gócios da família. 52 Em agosto de 2011, a Cerâmica Romana alcançou sua Futuramente, a Cerâmica pretende ampliar seu parque Com um quadro de funcionários composto por fabril, construindo uma nova unidade para a fabrica- 180 colaboradores, a Cerâmica Romana repre- ção de blocos de vedação. O projeto inclui também a senta um importante segmento na geração de implantação de uma sala de preparação de massa e a renda e empregos para a região. Sua produção automação da entrada e saída do bastão das prensas. mensal é de 1,2 milhão de telhas do tipo Ro- Para o empresário, essas medidas permitirão buscar mana, 200 mil telhas do tipo Italiana e 800 mil novos mercados Revista da Anicer | nº 81 53 CAPA Sob novo comando Nova diretoria da Anicer toma posse em cerimônia realizada na sede da Firjan Por Carlos Cruz | Foto Divulgação Eduardo Eugênio, presidente da Firjan, discursa durante cerimônia de posse da nova diretoria da Anicer E m cerimônia realizada no dia 2 de abril na sede o novo presidente, passados doze anos, a dife- da Federação das Indústrias do Estado do Rio rença está no tamanho dos desafios e na repre- de Janeiro – Firjan e que contou com a presença sentatividade da Associação. “Crescemos muito, de autoridades, empresários e representantes do estamos fortes, resultado de um trabalho contí- setor da construção civil de todo o País, a Ani- nuo de muita competência e comprometimento. cer deu posse à sua nova diretoria para o triênio Muda a figura do presidente, mas o trabalho da 2013/2016. Eleitos durante o pleito que aconteceu Anicer continua sempre focado no desenvolvi- na última Assembleia Ordinária da Associação de mento e no crescimento da cerâmica vermelha 2012, em novembro, o novo grupo é encabeçado brasileira”, afirmou Gonçalves. por Cesar Gonçalves, que deixa o cargo de diretor de Relações Institucionais e passa agora a ocupar a presidência da Anicer. O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, também participou da cerimônia. Em seu discurso, Vieira falou sobre a importância do setor, 54 Revista da Anicer | nº 81 Esta é a terceira vez que Gonçalves assume o da parceria de muitos anos entre a Firjan e a Anicer cargo. A primeira foi em 2001, quando ficou por que gerou importantes frutos e desejou sucesso dois mandatos consecutivos até 2007. Segundo ao novo presidente. “Trata-se de um importante setor da economia brasileira, que emprega mais de Anicer e o trabalho de seu antecessor para trazer es- um milhão de trabalhadores direta e indiretamente e tabilidade e força para a Associação. O novo presi- representa 4,8% da construção civil”, lembrou Vieira. dente também chamou a atenção para importantes Depois foi a vez de Luis Lima, que deixou a presidência, fazer uso da palavra. Ao transmitir o cargo ao seu sucessor, Lima recordou os seis anos em que esteve à frente da Associação e fez elogios ao novo presidente e amigo de longa data. “Estou certo de que deixo a Anicer em boas mãos, com certeza melhores que as minhas. Todos nós conhecemos a competência e o comprometimento desse grande nome da cerâmica vermelha”, enfatizou o ex-presidente, que agora assume a diretoria de Relações Institucionais. Lima foi ainda homenageado com uma placa comemorativa entregue pelo presidente do Sindicer/MG e vice-presidente da Anicer, Ralph Perrupato, em nome de todos os presidentes de Sindicatos, Associações e Cooperativas do segmento cerâmico. Ao final, o ex-presidente citou um antigo slogan da Associação para expressar seu sentimento: “orgulho de ser ceramista”. questões que precisam ser trabalhadas em parceria Luis Lima exibe placa em homenagem à sua gestão aç lado de Cesar Gonçalves e Ralph Perrupato. com toda a Diretoria e filiadas, como a adequação dos ceramistas e dos fabricantes de equipamentos à Norma Regulamentadora nº 12 e o novo Marco Regulatório da Mineração Brasileira. “Vamos dar continuidade à sequência de seminários em todas as regiões do País para ajudar no trabalho de esclarecimento do setor sobre a nova legislação. É importante trabalharmos em conjunto, associação, empresariado e mercado consumidor, já que dependemos uns dos outros”, enfatizou Gonçalves. Para ele, o novo projeto da Anicer “Cerâmica Sustentável é + Vida”, desenvolvido em parceria com o Sebrae, contribuirá de maneira considerável para a solução de antigos problemas do setor. “Atenderemos a 600 empresas em todo o País, com consultorias em importantes áreas como eficiência energética e qualidade na gestão. Este, sem dúvida, é o maior projeto Gonçalves foi o último a discursar. Bastante emo- já tocado pela Anicer”, lembrou Gonçalves. Após a cionado, o novo presidente agradeceu o empenho e cerimônia de posse, os convidados foram recebidos o comprometimento de todos os colaboradores da num coquetel de confraternização Revista da Anicer | nº 81 55 ENCONTRO NACIONAL Anicer e Sindicer/PE lançam o 42º Encontro Nacional Organização do evento apresentou aos expositores a estrutura do Centro de Convenções de Pernambuco e a planta da 16ª Expoanicer. Os ceramistas já podem se inscrever a partir de Maio com preços promocionais Por Manuela Souza | Foto Divulgação Fabricantes de máquinas e equipamentos se reuniram com representantes da Anicer e do Sindicer/PE, anfitrião do Encontro, para definir suas participações na feira e conhecer as novidades desta edição. Além disso, as montadoras contratadas para atender o evento puderam apresentar os seus serviços. “A realização do Encontro Nacional em Recife será uma oportunidade única para empresários que nunca compareceram a tal evento em outros Estados, além de ser uma influência positiva para a economia local, visto o montante de negócios que geralmente são fechados nesses encontros”, explica o presidente do Sindicer/PE, Otiniel Barbosa. Lançamento do 42º Encontro Nacional, no Rio de Janeiro O 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha e a 16ª Expoanicer foram oficialmen- te lançados no início do mês de abril pela Anicer e o Sindicer/PE. O evento, que este ano será realizado na cidade do Recife, de 25 a 28 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, é considerado o maior do setor na América Latina. “Dentro da nossa política de itinerância, a região Nordeste do País deveria receber o Encontro Nacional e o Estado de Pernambuco oferece as condições que o evento requer, além das atrações naturais e culturais. Com o Encontro, as empresas de cerâmica daquela região e de todo o continente terão acesso a palestras com temas importantes para o setor e oportunidade de conhecer o que existe de melhor nas indústrias nacionais e internacionais”, disse o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves. 56 Revista da Anicer | nº 81 O evento utilizará a infraestrutura do Centro de Convenções de Pernambuco – Cecon e segundo a sua Gestora Comercial, Graziella Fatta, os participantes serão muito bem recepcionados. “O Encontro Nacional é extremamente importante para Pernambuco, que está crescendo em um ritmo acelerado, e eventos desse porte, que estão sempre trazendo novidades para o mercado e tratando de temas relevantes, são um reflexo dessa evolução. Além disso, o mercado da indústria da cerâmica está sendo cada vez mais explorado devido ao grande crescimento da construção civil, em especial no Estado de Pernambuco, com a instalação de indústrias de peso, o desenvolvimento do Porto de Suape, além do mercado imobiliário em geral que traz novidades a cada minuto. Tudo isso faz com que a economia do “Alguns fatores nos levam a prever mais uma Estado cresça e se torne referência, não só no vez o sucesso da Expoanicer e do Encontro Nordeste, mas no Brasil”, afirmou Graziella. Si- Nacional. O Nordeste se destaca por ser uma tuado a apenas 4Km dos centros históricos das região do País com tendência para grandes cidades de Recife e Olinda e a menos de 12Km investimentos nos próximos anos, onde estão da praia de Boa Viagem, o Cecon reservou para instaladas mais de 1.500 empresas de cerâ- o evento uma área de exposição climatizada mica. A proximidade com Estados vizinhos a de 9.040m² e um auditório com capacidade Pernambuco também fortalece a expectativa para 900 pessoas. Acompanhando o desenvol- de público para o evento, além da confirmação vimento da construção civil no País, o evento de expositores nacionais e internacionais. Te- tem registrado um crescimento expressivo na nho certeza que será uma grande feira, sempre última década e já figura nas primeiras posi- focada em negócios”, aposta Márcia. ções do ranking mundial de feiras voltadas à cerâmica vermelha. “Tenho certeza que boas oportunidades surgirão, muitos negócios serão firmados no decorrer da feira e o anfitrião será sempre lembrado como um Estado de bons negócios”, finalizou a gestora. Evolução do Evento A Expoanicer faz parte do Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras, uma publicação conjunta do Departamento de Politicas de Comércio e Serviços (DECOS), da Secretaria de Após o lançamento, um almoço foi servido aos Comercio e Serviços (SCS), do Ministério do participantes. A Expoanicer vem, a cada ano, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exte- surpreendendo expositores e visitantes com o rior (MDIC), do Departamento de Promoção aumento do volume de novos negócios realiza- Comercial e Investimentos (DPR) e do Minis- dos em suas instalações. Só no ano passado, tério das Relações Exteriores (MRE). Editado um total de R$ 43 milhões foram movimen- anualmente, o catálogo abrange eventos dos tados, aproximadamente R$ 5 milhões a mais mais variados setores, evidenciando a multipli- que no ano anterior. Segundo a diretora da cidade da economia nacional. O material tem Feira, Márcia Sales, a edição Nordeste do En- distribuição gratuita no Brasil e no Exterior sob contro Nacional tem tudo para ser um sucesso. a responsabilidade do MDIC e do MRE. O Encontro Nacional agora está no Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras, do Governo Federal. Abaixo, da esquerda para a direita: a Gestora Comercial do Cecon, Graziella Fatta, o Presidente da Anicer, Cesar Gonçalves e o Presidente do Sindicer/PE, Otiniel Barbosa. Revista da Anicer | nº 81 57 ENCONTRO NACIONAL Slogan do 42º Encontro Nacional Ainda durante o lançamento, foi apresentado o novo slogan do evento: Com cerâmica é melhor! A iniciativa faz parte da estratégia de marketing desenvolvida pela Associação nas últimas edições do Encontro Nacional e tem como objetivo potencializar as ações do setor de cerâmica vermelha. O slogan, que estará integrado a todo material publicitário do evento, consolida a ideia de que a cerâmica é a melhor opção construtiva, além de promover a autoestima dos empresários-ceramistas. Ainda durante o lançamento, os expositores e parceiros também foram informados que já estão disponíveis banners de divulgação do Encontro para inserção em sites, além de outras peças e ações de marketing especiais para promoção das marcas junto aos ceramistas. Os interessados devem solicitar o material pelo e-mail [email protected] Prêmio Jovem Ceramista A terceira edição do Prêmio Jovem Ceramista será lançada durante a abertura do 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica & 5º Congresso Ibero-americano de Cerâmica, que acontecerá na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, de 19 a 22 de maio. Direcionado a estudantes dos cursos técnicos e universitários em cerâmica, o Prêmio Jovem Ceramista é uma iniciativa da Associação Nacional da Indústria Cerâmica - Anicer, com o apoio da Associação Brasileira de Cerâmica – ABC, e tem como objetivo promover a reflexão e a pesquisa, além de revelar e investir em jovens talentos que procuram alternativas para solucionar questões 58 Revista da Anicer | nº 81 Volume de expositores Volume de negócios (R$) 99 43 89 38 71 32 33 63 2009 2010 2011 2012 2009 2010 2011 2012 Onde ficar em Pernambuco da indústria de cerâmica vermelha brasileira. Assim, estimula pesquisas direcionadas ao setor, com foco em soluções práticas e no aprimoramento do processo fabril e premia projetos, com destaque para questões de inovação e sustentabilidade, que contribuam para o desenvolvimento do segmento. A Luck Viagens, Agência Oficial do Evento, disponibilizou no hotsite do Encontro Nacional uma tabela de hotéis onde os interessados em participar, poderão efetuar as suas reservas. Além disso, a Tam, como Transportadora Oficial, O vencedor da segunda edição do Jovem Ceramista na categoria oferece um desconto de 25% na compra das passagens universitário, Bruno Frasson, irá apresentar no evento o seu projeto para a capital pernambucana. vencedor “Estudo da viabilidade de utilização da areia de fundição em massa de cerâmica vermelha”. Além disso, a ABC irá homenagear o vencedor da edição 2012 do Prêmio. As inscrições para o Jovem Ceramista 2013 poderão ser realizadas à partir do dia 19 de maio no site da Anicer: www.anicer.com. br/premiojovemceramista. Os primeiros colocados das catego- O 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha acontece de 25 a 28 de outubro, em Recife, Pernambuco. Acesse o hotsite do evento e fique por dentro de todas as novidades: www.anicer.com.br/encontro42. As inscrições também já podem ser feitas pelo hotsite a partir de maio. rias Técnico e Universitário receberão o seu prêmio durante o Siga o Encontro no Twitter: @EncontroAnicer e curta a fan page 42º Encontro Nacional. da Anicer no Facebook: www.facebook.com/aniceroficial. Pacote de 4 noites por pessoa HOTEL DISTÂNCIA CECON 24/10/2013 a 28/10/2013 Noite extra por pessoa Solteiro (R$) Duplo (R$) Triplo (R$) Solteiro (R$) Duplo (R$) Triplo (R$) Beach Class (4*) 10 Km 2132 1080 - 533 270 - Atlante Plaza (5*) 16 Km 1640 940 - 410 235 - Hotel Jangadeiro (4*) 12 Km 1844 1160 888 461 290 222 Mar Hotel (4*) 16 Km 1188 668 - 297 167 - Recife Praia Hotel (3*) 8 Km 1256 688 576 314 172 144 ** Todos os valores são com café da manhã incluído. ** Valores são válidos para reservas confirmadas e pagas até 30 de junho de 2013, após essa data os valores sofrerão aumento. Revista da Anicer | nº 81 59 ENCONTRO NACIONAL Dicas gastronômicas para Recife e Olinda RECIFE Para quem planeja ir a Recife ÇA VA - Na casa desfilam pratos elaborados pela chef Carla Chakrian. Há cama- conhecer a cidade dos rios Ca- rão empanado com purê de wassabi ao molho de cupuaçu, camarão ao molho de pibaribe e Beberibe, é importan- fondue de queijo com linguine ao pesto e coxa e sobrecoxa de pato ao molho de te saber que hoje ela é uma das vinho tinto e menta servido com risoto de pera. Para sobremesa, sorvete de tapio- quatro capitais mais importantes ca escolta o petit gâteau de doce de leite. da cozinha brasileira, além de ser Rua Capitão Rebelinho, n° 519 - Pina considerada o terceiro polo gastronômico do País, com mais de seis mil estabelecimentos. GUAIAMUM GIGANTE - O restaurante Guaiamum Gigante, como o próprio nome sugere, chama a atenção devido ao tamanho dos guaiamuns servidos no local. A Resultado da influência de diver- casa possui um primoroso cardápio de petiscos e pratos completos, com caran- sas cozinhas, como a indígena, a guejo, siri e camarão. Entre os mais procurados estão os casquinhos e o camarão negra e a portuguesa, a gastro- ao alho e óleo. A moqueca de arraia é tentadora e o surubim ao molho de maracujá nomia pernambucana passeia vai bem para os que gostam da tradicional mistura doce com salgado. entre frutos do mar e a tradicional carne de bode. Entre os doces, é Rua Dr. José de Goés, 299, Parnamirim - Recife fácil encontrar o famoso bolo de rolo, o mungunzá, a tapioca e a BAR DO NENO E LULA - A casa leva o nome dos dois sócios, Licínio Dias, o Neno, e cartola. Abaixo, algumas dicas Lula Sampaio, que são amigos de infância. Empadinha de queijo do reino, codorna imperdíveis para se saborear: recheada com farofa e pastel de feijoada lideram os pedidos entre os petiscos. O risoto feito com polvo, camarão, peixe e verduras é o queridinho entre as refeições. Rua Padre Roma, 722 – Espinheiro - Recife ENTRE AMIGOS | O BODE - Tudo começou com o sonho de um ex-garçom de montar seu próprio negócio que tivesse como carro chefe a carne de bode. O movimento é grande nas duas unidades do Recife. A linguiça de porco defumada e assada na brasa com mostarda Dijon figura como entrada. Ingrediente principal da casa, a carne de bode pode ir para as mesas cozida na companhia de arroz, feijão-verde, macaxeira cozida e pirão de queijo. O menu também contempla pescados - o bacalhau entre amigos chega grelhado, coberto com pasta de alho e escoltado de arroz com brócolis e batata sautée. Rua Marquês de Valença, 30 - Boa Viagem - Recife 60 Revista da Anicer | nº 81 OLINDA OFICINA DO SABOR - Inaugurado em 1992 pelo chef César Santos, o restaurante Oficina do Sabor é considerado um dos melhores do Brasil. O local é ideal para quem quer desfrutar de pratos da culinária pernambucana, preparados com muita criatividade e sofisticação. O cardápio também dá espaço ao paladar mais tradicional em receitas como o gratinado de macaxeira com charque, o polvo ao molho picante, o camarão com ervas nordestinas e o peixe ao molho de maracujá. Rua do Amparo, 335 - Amparo - Olinda CASA DE NOCA - Eraldo Pereira e sua esposa, Noêmia Batista, até tentaram incorporar outras receitas ao cardápio da casa, que funciona há 32 anos. Mas nenhuma delas fez tanto sucesso como a macaxeira cozida, envolta em charque e queijo de coalho frito. O único prato servido no restaurante sai em três tamanhos: para duas, três e seis pessoas. Rua da Bertioga, 243, Bonfim Olinda BEIJUPIRÁ - Cozinha criativa que flerta com o comfort food e utiliza insumos regionais. Os frutos do mar são o carro chefe do cardápio, onde uma grande variedade de peixes, camarão, lagosta, vôngoles e polvo aparecem em receitas frutadas, que abusam de temperos aromatizados. O beijucanela traz o filé de pescada amarela grelhado com canela e temperos indianos, banana flambada e coco ralado, e é servido com arroz de curry e molho de tamarindo. Antes, o cliente pode pedir a porção de rolinho crocante recheado de peixe e geleia de jaca. Para sobremesa, a aussuba é um crepe de fios de ovos com sorvete de tapioca, calda de mel de engenho e farofa de castanha de caju. Rua Saldanha Marinho, s/n - Amparo – Olinda Revista da Anicer | nº 81 61 MAROMBANDO Cesar Gonçalves Por Manuela Souza Quais os seus planos para o triênio à frente da Anicer? Dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado pela Associação, a exemplo dos significativos avanços que o setor tem obtido nos PSQ’s, tanto de telha com o de bloco; na finalização do projeto “Conheça Seu Produto” que vem ampliando a cultura de ensaios de conformidade; na importantíssima implementação do novo projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida”, desenvolvido em parceria com o Sebrae para as micro e pequenas empresas; na divulgação da “Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos Cerâmicos”; no trabalho de sensibilização, quanto à implementação da NR-12, tanto em nossas fábricas quanto junto aos fornecedores de equipamentos; e na nova Norma de Desempenho, que traz desafios competitivos para a cerâmica vermelha. Também não nos descuidaremos do Novo Código de Mineração, que será enviado ao Congresso pelo Governo em breve e onde será necessário agirmos em conjunto com as entidades dos minerais para a Construção Civil, para que não tenhamos surpresas desagradáveis no futuro. Fluminense de Barra do Piraí, Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves (61) é o novo presidente da Associação Nacional da Indústria Cerâmica - Ani- A Anicer vem qualificando seus profissionais e ampliando forte- cer, onde cumpriu 2 mandatos anteriores (2001 mente a equipe de trabalho ao longo dos últimos anos, dando- a 2007). Diretor do Sindicer Médio Paraíba/RJ e -lhes condições plenas de atendimento às cerâmicas que aderi- conselheiro da Firjan, Gonçalves é graduado em rem a todos os projetos em curso e nos novos serviços que vêm Engenharia Mecânica pela Universidade Federal Fluminense. No segmento da cerâmica há 35 anos, é sócio-proprietário da Olaria São Sebastião, localizada no Estado do Rio de Janeiro, fabricante de blocos de vedação e estruturais e elementos de enchimento. 62 Como pretende colocá-los em prática? Revista da Anicer | nº 81 sendo criados. Nossos diretores são motivados, capazes e dividirão as atribuições institucionais, visto que procuramos reunir no novo grupo a maior parte das lideranças do setor, oriundas dos nossos Sindicatos, Associações e Cooperativas filiados de todo o Brasil. O que o senhor identifica que precisa ser feito pelo setor trabalhar nacionalmente pelo mercado e para que mais e mais com maior afinco? empresas sejam atendidas e façam parte do ambiente Sindical. É preciso continuar mostrando para a sociedade as qualidades Prova dessa união é o maior número de Sindicatos, Associa- incontestáveis de nossas telhas, tubos, tijolos e demais produtos, incentivar os ceramistas a investirem cada vez mais em melhoria de qualidade, eficiência energética, ambiente de trabalho, marketing, entre outras coisas estratégicas. ções, Cooperativas e empresas filiadas de nossa história. Entendo que nesse período o ceramista acordou para a importância do trabalho conjunto. Mesmo com opiniões diferentes e, algumas vezes, até com interesses não coletivos que toda O que os empresários de cerâmica podem esperar da entidade precisa administrar, a maioria das nossas lideranças sua gestão? é unida e engajada na defesa do que realmente importa para o Dentro de minha capacidade e disponibilidade, a dedicação de setor, o mercado. sempre para superarmos os velhos e novos desafios do setor. A dinâmica do nosso mercado é grande e temos que estar atentos. Qual será a sua missão? Trabalhar cada vez mais para o engrandecimento da cerâmica Qual será a sua prioridade e como pretende colocá-la vermelha e da Anicer no mercado. em prática? As prioridades são várias, de acordo com o planejamento es- Qual será o seu principal desafio? tratégico definido por nossa Diretoria para 2011-2014. Vejo o novo projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida” como promissor Conciliar o tempo para atender à ampla agenda da Anicer com para nossas empresas. Nossa equipe está pronta para tocá-lo, as atividades na minha fábrica. Obviamente que os pares de novos consultores e competências estão chegando para me- Diretoria serão indispensáveis para este sucesso entre o presi- lhorarmos e promovermos mais os negócios nas cerâmicas. dente e o empresário. Importantes parceiros tem atuação estreita conosco, como o Sistema Indústria (CNI, Senai e Sesi) e o Sebrae com sua re- Qual a diferença do Cesar de 2007 para o de 2013? conhecida vocação para a pequena empresa. Diversos órgãos governamentais acompanham a evolução da cerâmica verme- Um pouco menos de cabelos e os que restaram, ficaram mais lha e estão sensíveis as demandas do setor. Sinto que muitos brancos (risos). Acho que um pouco mais de experiência, co- avanços no nosso setor vem ocorrendo porque nós ceramistas nhecimento e capacidade de escuta. O que não mudou foi mi- estamos atentos e receptivos para as melhorias. nha disposição para superar novos desafios. Como será a sua política de diálogo com as Associações, Qual sua estimativa de crescimento para o setor em 2013? Cooperativas e Sindicatos filiados à Anicer? As relações com nossas entidades e empresas filiadas sempre foram de parceria e cooperação e vai continuar evoluindo sempre. A Anicer atingiu a maioridade em 2013 (21 anos) e A construção habitacional no Brasil continua em expansão entre períodos de maior ou menor aquecimento, principalmente com o programa “Minha Casa Minha Vida”. Quanto melhor fi- todos os resultados são fruto do trabalho coletivo com as nos- zermos tijolos, telhas e tubos, maior será a nossa participação sas lideranças em todas as regiões. Esse é o papel da Anicer, na competitiva cadeia da construção civil Revista da Anicer | nº 81 63 NONONONONONNNOONO 64 Revista da Anicer | nº 81 Mercado e inovação Green Wall Solução inovadora em jardins verticais para ambientes internos e externos, criada para aplicação em paredes com alturas e formatos variáveis. Em ambientes fechados, uma parede verde pode diminuir a temperatura em até 3ºC, o que proporciona economia no uso do ar condicionado e uma melhora do micro clima local. Telha branca com Tecnologia Dow A Top Telha lançou a telha branca com Tecnologia Dow para reduzir a temperatura interna. O material recebe um revestimento que usa tecnologias de ponta da Dow, uma das mais importantes provedoras de soluções químicas do mundo. O telhado de alta refletividade reduz consideravelmente a temperatura no interior das edificações, contribuindo para uma maior eficiência energética e uma menor geração de CO². Tijolo Rose Satin Palimanan Tijolo “Estilo Inglês” Rose Satin, nas cores: shiraz, rose satin, autumn e duet. Aplicação em paredes, área interna e externa, lembrando a arquitetura inglesa. Revista R Rev ev evis ist is s a da Anicer | nº 81 65 Social 4 1 5 6 2 1. Cesar Gonçalves e Luis Lima homenageiam suas esposas durante cerimônia de posse da nova diretoria da Anicer na Firjan. 2. Luis Lima, Constantino Frollini Neto e Cesar Gonçalves (Anicer), com Sérgio Moretto (Sicecc/SC) e Marcelo Oliveira (Sicov/SP), durante cerimônia de posse 3. Benedito Betiol (Anicer) e sua filha Aline, Edézio Menon (Sindicer/RJ), Rivanildo Hardman (Cerâmica Vermelha/PA) e Osvaldo Rosalino (Sindicer/RO). 4. Constantino Frollini Neto (Anicer), Francisco Malavasi (Acertar/Tatuí), Sandro Silveira e Paulo Barduchi (Acervir) 5. Alvaro Gonçalves Jr (Olaria São Sebastião/RJ), Edvaldo Carvalho (Firjan Sul Fluminense), Marcelo Lima (Anicer), Luiz Aragão e Melo (Sipacon), Mauro Pereira (Sinduscon Sul Fluminense) e Henrique Nora (Sindicer Médio Paraíba/RJ) 6. Ricardo Kelsch (Anicer) com Rivanildo Hardman e sua esposa Bianca. 66 Revista da Anicer | nº 81 3 9 7 10 8 7. Daniel Wosniak (Sindicer/PR) com Luis Lima, Cesar Gonçalves e Ralph Perrupato (Anicer) 8. Silvério Kopke e equipe do Senai exibem unidade móvel que funcionará como laboratório de cerâmica vermelha. 11 9. Sandro Silveira (Acervir), Eduardo Putz (Verdés), Xico Xavier (Cerâmica Salema/PB), Ralph Perrupato (Anicer) e Paulo Barduchi (Acervir) 10. Walter Gimenez Félix (Sindicercon/SP), Eduardo Putz (Verdés), Augusto Dourado (Sesi-SP), Hildeberto Nobre e Celso Haddad (MTE), durante seminário sobre NR-12, em Itu/SP. 11. Helena Grecco (Sebrae) e Antônio Carlos Gomes Pereira (Sindicercon/SP), durante Seminário sobre a NR-12, em Itu/SP. 12. Otiniel Barbosa, Cesar Gonçalves e Abílio Laranjeira, durante lançamento do 42º Encontro Nacional, no Rio, com a Anicer, Sindicer/PE e fornecedores do setor. 13. Luis Lima e Cesar Gonçalves visitam estande do PBQP-H durante a Feicon 2013, em São Paulo. 12 13 Revista da Anicer | nº 81 67 NOTÍCIAS DA ANICER EE e PSQs serão temas de palestras no Encontro do Nordeste Anicer participa de lançamento do Guia Orientativo A 8ª Convenção da Região Nordeste de Cerâmica Vermelha, realizada de 18 a 20 de abril, na cidade de Natal/RN, mais uma vez contou com o apoio da Anicer, que disponibilizou um estande para atendimento técnico e institucional aos participantes, além da reprodução de vídeos sobre os principais projetos da casa. Durante a abertura oficial, o presidente da Associação, Cesar Gonçalves, falou sobre o “Panorama do O presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, e o diretor de Relações Institu- Setor de Cerâmica Vermelha”. Já no se- cionais, Luis Lima, estiveram presentes na sede da CBIC, em Brasília, no gundo dia da programação, os Assessores dia 10 de abril, para o lançamento do Guia Orientativo sobre a Norma de Técnicos e da Qualidade, Vagner Oliveira e Desempenho de Edificações Habitacionais. O Guia tem como principal ob- Max Piva, apresentaram palestras sobre jetivo facilitar o entendimento na Norma por meio de resumos, comentá- os temas “Eficiência Energética e Susten- rios e recomendações para coordenadores de obras e de projetos, técnicos, tabilidade na Cerâmica Vermelha” com engenheiros, arquitetos, empresários (construtores e incorporadores), es- destaque ao novo projeto com o Sebrae e tudantes e demais agentes da cadeia produtiva. O material também contri- “ Venda Técnica dos Produtos de Cerâmica buirá para a disseminação de seu conteúdo junto ao público e possibilitará Vermelha – Atendimento as Normas e Pro- uma melhor compreensão sobre as principais definições quanto ao tema do gramas Setoriais da Qualidade – PSQ-BC e desempenho (requisitos, critérios e parâmetros). Os interessados poderão PSQ-TC”, respectivamente. realizar o download gratuito do material no site da CBIC. Representantes do setor se reúnem no Rio de Janeiro Presidentes dos Sindicatos, Associações e Cooperativas das indústrias de cerâmica vermelha de todo o País se reuniram na manhã do dia 2 de abril no Rio de Janeiro para discutir, entre outros assuntos, estratégias para ampliar a atuação do setor no mercado, as vendas e a qualidade dos produtos. Na ocasião, os presidentes apresentaram os principais problemas de suas regiões e pediram o apoio da Anicer, que sugeriu a criação de novos grupos de estudo para solucionar os gargalos do setor através das normas técnicas. Na parte da tarde, o grupo voltou a se reunir para a primeira Assembleia Ordinária da Anicer de 2013. Entre os assuntos em pauta estavam a apresentação do novo projeto Anicer/Sebrae “Cerâmica Sustentável é + Vida”, a prorrogação dos ensaios do projeto “Conheça Seu Produto”, a indicação dos Coordenadores Estaduais dos PSQs e agendamento da próxima reunião, a NR 12, a comunicação externa ACV, a agenda do 42° Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, além da delegação à Batimat 2013, em outubro. 68 Revista da Anicer | nº 81 Prêmio Jovem Ceramista 2013 A 3ª edição do Prêmio Jovem Ceramista será oficialmente lançada durante o 57º Congresso da Associação Brasileira de Cerâmica - ABC, no dia 19 de maio, na cidade de Natal (RN). Iniciativa da Anicer em parceria com a ABC, o prêmio é direcionado a estudantes dos cursos técnicos e universitários em m cerâmica e tem como objetivo promover a reflexão e a pesquisa, além de revelar e investir em jovens talentos que procuram alternativas para solucionar questões da indústria de cerâmica vermelha brasileira. Para mais informações, acesse o site da Anicer: www.anicer.com.br/premiojovemceramista Paraná mostra união do setor Ceramistas associados ao Sindicer Oeste/PR se reuniram pela primeira vez este ano no dia 21 de fevereiro, no município de Santa Helena (PR) para debater, entre outros assuntos, o planejamento de ações para o ano de 2013 e a composição de uma grande delegação de ceramistas para participar do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, que este ano será realizado na cidade do Recife (PE), de 25 e 28 de outubro. Além do prefeito de Santa Helena e seu vice, participaram da reunião representantes de várias empresas integrantes dos programas Anicer na Sua Empresa e do PSQ de Blocos e Telhas Cerâmicas. Novos Associados No mês de abril, três novas empresas se associaram à Anicer. São elas: • Cerâmica Dolar (GO) • Cerâmica Santa Maria (PI) • Cerâmica Forte (PI) Revista Rev R Re e ista evist stta da da Anic A Anicer nicer er | n nºº 81 81 6 Eventos 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica da ABC Local: Centro de Convenções do Hotel Praiamar – Natal/RN Data: 19/5 a 22/5 O evento tem como objetivo promo- 70 Edificar 2013 – Feira de Negócios da Habitação e Construção de Mato Grosso Local: Centro de Eventos do Pantanal – Cuiabá/MT Data: 23/5 a 26/5 Construction Expo 2013 – 2ª Feira Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura Local: Centro de Exposição Imigrantes – São Paulo/SP Data: 5/6 a 8/6 ver a interação dos diversos setores Evento voltado a toda cadeia produtiva do envolvidos com o meio cerâmico setor da construção, envolvendo a indústria Feira que integra fornecedores de serviços, (indústrias, escolas técnicas, uni- de materiais e equipamentos, os prestadores materiais, equipamentos, construtoras e versidades, institutos de pesquisas de serviços, as construtoras e incorporadoras entidades setoriais em um evento compro- e fornecedores de matérias-primas, e as imobiliárias. Todos alinhados para aten- metido com as novas tecnologias, a mo- de equipamentos e insumos) para der à demanda de parceiros e consumidores. dernização dos processos construtivos e a melhor contribuir para o desen- Uma agenda positiva a todos os exposito- valorização da sustentabilidade ambiental, volvimento da cerâmica brasileira. res, patrocinadores e apoiadores, criando social e econômica. Um ambiente propício Portanto, ele tem um caráter amplo, oportunidades de negócios e apresentando para as empresas de rental de equipamen- onde são debatidos temas de inte- números significativos que representam o tos estreitarem o relacionamento com um resse para os diversos segmentos papel primordial que um grande evento seto- mercado que, cada vez mais, mecaniza cerâmicos. rial é capaz de desenvolver. suas obras. www.abceram.org.br www.edificar2013.com.br www.constructionexpo.com.br Revista da Anicer | nº 81 Quer ser visto pelo setor de Cerâmica Vermelha? Anuncie conosco! Dirigida a um público composto por cerâmicas e olarias em todo o Brasil, arquitetos,, engenheiros, universidades, empresários, pesquisadores, sindicatos, associações, federaçõess da indústria, construtoras e entidades parceiras, a Revista da Anicer é considerada o primeiro o veículo de imprensa voltado exclusivamente ao setor de cerâmica vermelha no país.. Com 15 anos de existência, apresenta conteúdo informativo segmentado apurado por uma a equipe de jornalistas conectados com o universo da cadeia da construção civil. Além disso,, conta com uma versão online no site da Anicer, acessível a todos os interessados. Tiragem: 10 mil exemplares Distribuição: Brasil, Américas e Europa Consulte preços e formatos dos anúncios Contato: Márcia Sales: [email protected] Telefone: + 55 (21) 2524.0128 www.anicer.com.br Revista da Anicer | nº 81 71 NONONONONONNNOONO 25 a 2 28 de outubro de 20 201 2013 013 EM OUTUBRO A CERÂMICA VERMELHA INVADE O RECIFE! Normalmente realizado de quinta a sábado, a 42º edição do Encontro Nacional, desta vez, será realizada de sexta a segunda. As reservas já podem ser efetuadas junto à agência oficial, e no hotsite do Evento os interessados poderão encontrar os tarifários dos hotéis disponíveis na Capital Pernambucana. Hotel Distância Pacote de 4 noites por pessoa CECON 24/10/2013 a 28/10/2013 Noite extra por pessoa Solteiro (R$) Duplo (R$) Triplo (R$) Solteiro (R$) Duplo (R$) Triplo (R$) Beach Class (4*) 10 Km 2132 1080 - 533 270 - Atlante Plaza (5*) 16 Km 1640 940 - 410 235 - Hotel Jangadeiro (4*) 12 Km 1844 1160 888 461 290 222 Mar Hotel (4*) 16 Km 1188 668 - 297 167 - Recife Praia Hotel (3*) 8 Km 1256 688 576 314 172 144 ** Todos os valores são com café da manhã incluído. ** Valores são válidos para reservas confirmadas e pagas até 30 de junho de 2013, após essa data os valores sofrerão aumento. Agência oficial: Luck Viagens [email protected] ¦ + 55 81 3366 6200 ¦ 3366 6222 Faça já a sua reserva! 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