Prática de precipitação método de Mohr
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Prática – Titulação de precipitação DETERMINAÇÃO DE CLORETO EMPREGANDO O MÉTODO DE MOHR 1. OBJETIVO Determinar a concentração de cloreto de sódio em amostras de soro fisiológico e comparar os resultados com a legislação vigente. 2. INTRODUÇÃO A volumetria de precipitação consiste na formação de um composto muito pouco solúvel através da reação entre cátion e ânion. À medida que o titulante é adicionado ao titulado, eles reagem formando um produto insolúvel. A titulação é encerrada quando não é mais observada a formação de sólido, ou seja, quando toda a substância a ser analisada e que está presente no erlenmeyer reage com o titulante. Esta técnica pode ser utilizada para a determinação do alguns íons metálicos (Ag+, Hg2+, Pb+2, Zn+2) e alguns ânions (Cl¯, Br¯, I¯, CN¯, SCN¯). Os problemas relacionados ao uso desta técnica são a pequena quantidade de íons que podem ter seu teor determinado por precipitação, a dificuldade de visualização do ponto final (existência de poucos indicadores) e a ausência de uma maneira adequada para localizar o ponto de equivalência; O mais importante método de determinação por volumetria de precipitação é o método argentimétrico que utiliza soluções padronizadas de nitrato de prata como solução titulante. Este método baseia-se na formação de sais (haletos, cianetos, tiocianatos) de prata pouco solúveis e sua principal aplicação é a determinação de haletos, cianetos e tiocianatos. Como a solução de nitrato de prata não é um padrão primário, é necessário padronizá-la com um padrão primário adequado. O mais utilizado é o cloreto de sódio. O NaCl pode ser considerado padrão primário se seco em mufla à temperatura de 500-600º C durante 2 a 3 horas, ou em aproximadamente300º C durante 6 horas e mantido em dessecador à vácuo até o momento da pesagem. Os métodos argentimétricos compreendem os métodos diretos na qual a solução titulante (AgNO3) adicionada à bureta e transferida diretamente para a solução titulada (método de Mohr e método de Fajans) e o método indireto na qual a solução de AgNO 3 é adicionada em excesso ao erlenmeyer e o excesso é titulado com solução de tiocianato de potássio (Método de Volhard). Método de Mohr: neste método, o haleto é titulado com uma solução padrão de nitrato de prata usando-se cromato de potássio como indicador. O ponto final da titulação é alcançado com o primeiro excesso de íons prata que reage com o indicador precipitando cromato de prata vermelho, segundo as reações: Reação de titulante e titulado: Ag+(aq) + Cl-(aq) Reação do indicador: 2 Ag+(aq) + CrO42-(aq) AgCl(s) Ag2CrO4 (s) Como esta titulação se baseia nas diferenças de solubilidade do AgX e Ag2CrO4 (precipitação fracionada) é muito importante a concentração adequada do indicador. Quando se adiciona um íon a uma solução contendo dois outros grupos capazes de formar sais pouco solúveis como primeiro, o sal que começa a precipitar é aquele cujo produto de solubilidade é sobre passado em primeiro lugar. Se o precipitado formado pelo segundo íon é corado, então pode servir de indicador para a reação de precipitação do primeiro, desde que se possam ajustar as condições, tal que o composto corado somente comece a se formar depois que o outro tenha sido precipitado completamente. Na prática, o ponto final ocorre um pouco além do ponto de equivalência, devido à necessidade de se adicionar excesso de Ag+ para precipitar Ag2CrO4 em quantidade suficiente para ser notado visualmente. Este método requer que uma titulação em branco seja feita, para que o erro cometido na detecção do ponto final possa ser corrigido. O valor gasto na prova do branco obtido deve ser subtraído do valor gasto na titulação. 3. REAGENTES E MATERIAIS Bureta; béquer; erlenmeyer; pipetas volumétricas; balão volumétrico; proveta; suporte universal e garra para bureta; pisseta; balanças analítica (± 0,001 g); AgNO3 padronizado; K2CrO4 (5%, m/v); NaCl sólido; amostras de soro fisiológico. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1. Preparação da Solução de AgNO3 (169,87 g mol-1) ≈ _____ mol L-1. Calcular a quantidade de nitrato de prata necessário para preparar 100mL de solução. 4.2. Padronização da Solução de AgNO3 ≈ ______ molL-1 com NaCl padrão. Pesar aproximadamente _______ g de uma amostra de NaCl previamente seco (58,44 g mol-1) numa balança analítica (±0,001g) ou pipetar um volume adequado de solução padrão de NaCl. Dissolver a amostra com cerca de 20 a 30 mL de água destilada, adicionar 1,0 mL de solução de K2CrO4 5% (m/v) e titular com AgNO3 até o aparecimento do precipitado avermelhado. Anotar o volume gasto, efetuar a prova do branco. Calcular a concentração da solução de AgNO3. 4.3. Análise de Soro Fisiológico Pipetar o volume de ______ mL da amostra, transferir para um erlenmeyer, adicionar cerca de 50 mL água destilada e 1 mL de K2CrO4 5%. Titular com solução padrão de AgNO3 até a precipitação do cromato de prata vermelho. Fazer a prova do branco e calcular o volume corrigido. Determinar a % (m/v) de cloreto e de cloreto de sódio na amostra. Resultados experimentais Tabela 1- Dados para a padronização do AgNO3 Erlemeyer V NaCl (mL) n NaCl (mol) V AgNO3 (mL) gasto n AgNO3 (mol) [AgNO3] (mol/L) 1 2 3 média Tabela 2 – Dados para a determinação de cloreto no soro fisiológico Erlemeyer 1 2 3 média V amostra (mL) V AgNO3 (mL) gasto Teor de NaCl % (m/V)
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