A Equitação de Kyra Kyrklund

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07-01-2008
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Mestria com Arte, Firmeza com Ternura
A Equitação de Kyra Kyrklund
Dr. Bruno Caseirão
Kyra Kyrklund com
uma impressionante
carreira, que se
estende por mais de
três décadas, é hoje
um dos nomes
cimeiros
e incontestados
da Dressage de Alta
Competição, ocupando
presentemente
o 10º lugar
do ranking mundial.
P
ara muitos, o principal
barómetro de tamanho
sucesso são as medalhas, as classificações e constantes ascensões ao pódio, para outros, o não menos impressionante
facto de ter treinado mais de vinte
cavalos até ao mais alto nível
(Grande Prémio) e a quantidade
de cavaleiros de topo que com ela
treinaram, trilhando, eles também,
o caminho do sucesso.
Ao longo desta extensa entrevista, Kyra Kyrklund fala-nos das
suas origens, da sua equitação,
dos alunos (portugueses também), da alta competição e sobre
tudo, do profundo respeito e
amor que nutre pelo mais nobre
dos animais – O Cavalo –.
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Revista Equitação
É oriunda da Finlândia um país
sem grandes t radições eques tres, podemos afirmar que foi autodidacta?
Penso que não. Tive sorte, bons
professores e uma óptima escola
de equitação, apesar de ser a única, em Helsínquia. Aí aprendi o
método alemão bem como o sueco, foi na verdade um óptimo início. Mais tarde conheci Herbert
Rehbein, fantástico cavaleiro e
treinador alemão cuja filosofia de
equitação teve e tem (ainda hoje
apesar de já falecido) uma enorme influência. Mas devo confes-
sar que na verdade não sou adepta de uma “escola” ou “sistema”
de equitação. Quando, como no
meu caso, passámos por tantas
experiências, conhecemos inúmeras pessoas e opiniões diferentes,
apenas podemos construir por
nós próprios o nosso caminho,
guardando as coisas boas e esquecendo aquelas que não resultam. Não nos podemos esquecer
que o cavalo sempre foi o mesmo,
talvez os objectivos se tenham alterado, naturalmente que a competição é muito mais difícil hoje
em dia, mas a Dressage não dei-
xa de ser uma arte e, uma vida humana, é curtíssima para aprendermos tudo o que queremos sobre
cavalos. O meu objectivo, e aquele que tento transmitir aos meus
alunos é, ainda hoje, o de aprender o máximo que puder através
de uma mente aberta a novas experiências. Daí não querer manter
alunos por mais de cinco anos, é
salutar aperceber-me que agora,
quando nos voltamos a reencontrar, eles compreendem de forma
mais clara o meu próprio ensino.
É interessante ter referido a parcialidade dos sistemas alemão e