avaliação experimental do desempenho acústico de divisórias em
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avaliação experimental do desempenho acústico de divisórias em
PROBITI/FAPERGS AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE DIVISÓRIAS EM CÂMARAS REVERBERANTES DE ESCALA REDUZIDA Angélica Piva, Maria Fernanda de Oliveira Nunes (Orientadora), Daniel Tregnago Pagnussat (Co-Orientador) | APOTA 1 OBJETIVO 2 METODOLOGIA O presente trabalho tem como objetivo geral analisar o desempenho acústico de novos materiais produzidos a partir de resíduos poliméricos utilizados como preenchimento de divisórias verticais. A avaliação é fundamentada em ensaios de perda de transmissão sonora em câmaras reverberantes em escala reduzida. Quatro etapas básicas: pesquisa bibliográfica, validação das câmaras, ensaios de laboratório e análises dos resultados. Os ensaios de isolamento acústico realizados, estão de acordo com as normas ISO 10052, 140 e 354: em câmaras separadas, com a utilização de fonte sonora e analisador sonoro. Câmara receptora Câmaras Reverberantes CÂMARAS REVERBERANTES Câmara emissora PREENCHIMENTOS ENSAIADOS Ÿ Pesquisa de caráter experimental; Ÿ Câmaras construídas por Renata Rauber; Ÿ Escala 1:6 - câmaras reverberantes da UFSM; Ÿ Corte das chapas de MDF 18mm - piso, paredes e tetos; Ÿ Vidro - visibilidade no interior das câmaras; Ÿ Vidro duplo 20mm emissão - 14mm recepção; Ÿ Requadro se encaixa na superfície do acoplamento. EVA r. 40% (P) 2 camadas de placas 20x18cm - 12mm EVA r. 40% (G) 1 placa 55x67cm – 10mm FIBRA ACRÍLICA PAC DUPLA 30mm MANTA DE POLIPROPILENO (PP) Metalizado com Fibra Acrílica MANTA DE POLIPROPILENO (PP) com Fibra Acrílica POLIURETANO 10% - 3 camadas de placas de 20x25cm - 30mm PROCEDIMENTOS DE MEDIÇÃO Ÿ Posição das fontes sonoras evitam a emissão em linha direta em relação aos microfones; Ÿ Som de Referência: Computador - Amplificador de potência - Caixas de Som - Microfone - Analisador Sonoro Classe 1 com Filtro de 1/3 de Oitava; Ÿ Geração do ruído de forma permanente e intensidade constante; Ÿ Medição do ruído emitido e recebido, para cálculo de diferença; Ÿ Determinação do tempo de reverberação a partir da ISO 10052; Ÿ Medição do ruído de fundo; Ÿ Para cada amostra, seis medições por frequência – ISO 140: 54 medições – painel simples MDF(requadro em MDF com placas de MDF - 6mm e 3mm) 36 medições – painel simples gesso (requadro em MDF com placas de gesso - 12,5mm; ) Ÿ Resultados comparados a lã de vidro – (Rw conhecido) Painel Simples: MDF Painel Simples: Gesso 3 RESULTADOS - Índice de Redução Sonora por Frequência Amostras Ensaiadas x Painel Simples Gesso 60,0 Índice de Redução Sonoro (dB)Frequência Índice de Redução Sonoro (dB)Frequência Amostras Ensaiadas x Painel Simples MDF 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 Frequência (Hz) Sem preenchimento PAC EVA G PP Metal. + PAC PU10% Lã de Vidro 100 125 160 200 250 315 Sem preenchimento PAC PP + PAC EVA P 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 Frequência (Hz) PP metal. + PAC Lã de Vidro PP + PAC RESULTADOS - A partir da ISO 717 A partir dos resultados do índice de redução sonora ponderado dos materiais ensaiados com o painel simples de gesso, pode-se perceber a eficiência da manta de polipropileno e fibra acrílica em aumentar o índice de redução sonora ponderado quando comparada ao fechamento simples. Além disso, a amostra em questão apresentou melhor resultado que a lã de vidro, considerada o principal isolante acústico. Amostra Índice de Redução Sonoro Ponderado (dB) Painel simples em gesso 38,7 Manta de polipropileno metalizado e fibra acrílica 44,0 Fibra acrílica dupla 42,0 Lã de vidro 44,1 Manta de polipropileno metalizado e fibra acrílica 45,3 Usabilidade Paredes de salas e Cozinhas entre unidade habitacional e área de corredores e halls. Paredes entre unidades habitacionais 4 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS A pesquisa foi desenvolvida conforme as solicitações do campo de estágio (APOTA), e partir desta foi possível obter algumas conclusões: Ÿ o trabalho se justificou na necessidade de propor um destino a toneladas de resíduos poliméricos gerados no estado; Ÿ as câmaras reverberantes produzidas por Renata Rauber se mostraram eficientes nas medições do índice de redução sonoro; Ÿ o preenchimento de manta de polipropileno e fibra acrílica dupla apresentou um comportamento de isolamento ao ruído aéreo muito parecido com a lã de vidro, superando Rw do tradicional isolante acústico; Ÿ a manta de PP e PAC pode ser considerada um isolante acústico, podendo reduzir danos ao meio ambiente a partir da reutilização dos resíduo. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edifícios Habitacionais de até cinco pavimentos - desempenho. Rio de Janeiro, 2010. BISTAFA, Sylvio R. Acústica aplicada ao controle do ruído. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda, 2006. GERGES, Samyr N. Y. Ruído: Fundamentos e Controle. Florianópolis: NR Editora, 2000. 676p. ____. ISO 140-1: Acoustics – measurement of sound insulation in buildings and of building elements – Part 1: Requeriments for laboratory test facilities with suppressed flanking transmission.Gênova: 1997. ____. ISO 140-2: Acoustics – measurement of sound insulation in buildings and of building elements – Part 2: Determination, verification and application of precision data. Gênova: 1991/Cor 1:1993. ____. ISO 140-3: Acoustics – measurement of sound insulation in buildings and of building elements – Part 3: Laboratory measurements of airborne sound insulation of building elements. Gênova: 1995. ____. ISO 717: Acoustics – rating of sound insulation in buildings and of building elements. Gênova: 1996. TOUTONGE, José de Aviz. Projeto e Construção de Câmaras Reverberantes em Escala Reduzida para o Estudo das Características de Perda de Transmissão de Divisórias Confeccionadas a partir de Materiais Regionais. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) Universidade Federal do Pará, 2006.