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TENDÊNCIAS Drones ganham espaço na vigilância, mas seu uso no país ainda carece de legislação específica EVENTOS Sesvesp e Fenavist montam estande conjunto na Exposec em busca de novas oportunidades GESTÃO Grandes eventos: proteger a integridade física de multidões não é para amadores R E V I S TA SESVESP Ano XVIII– Nº 121 - Mar/Abr 2015 XI FESP FÓRUM EMPRESARIAL DE SEGURANÇA PRIVADA DO ESTADO DE SÃO PAULO Promovido pelo Sesvesp, o evento que ocorreu no Guarujá reuniu empresários e especialistas para debater o cenário nacional e os avanços para a atualização da regulamentação do setor 2 | Revista SESVESP EDITORIAL MISSÃO CUMPRIDA! P ara aqueles que não tiveram a oportunidade de participar do XI Fesp, esta edição traz um apanhado das palestras, discussões e dos momentos de descontração, com uma galeria de imagens do evento. Quero aproveitar este espaço para agradecer publicamente a todos os renomados palestrantes, que abrilhantaram o fórum com suas expertises; a equipe de organização do Sesvesp, coordenada por coronel Marcondes, Edson Rodrigues e Priscilla Coelho, com o apoio imprescindível de Sérgio Borges e Victor Saeta, que não mediram esforços durante quase um ano, planejando e cuidando dos detalhes para assegurar a qualidade do evento; e, sobretudo, agradecer aos participantes, o motivo maior de todo nosso empenho. Na maravilhosa cidade do Guarujá, fomos muito bem acolhidos e prestigiados pela presença de Antonio Carlos Viana, representando a prefeita Maria Antonieta de Brito. Sem falar que o atendimento do staff do tradicional Casa Grande Hotel continua impecável. Foi uma honra realizar o XI Fesp simultaneamente com o 27º Geasseg e poder contar com a presença de presidentes, diretores e membros da Fenavist, Febrac, Abseg, Abrevis, do Semeesp, Seac e diversos Sindesps. Essa união é muito importante para o nosso setor. Precisamos fortalecer essa integração, porque é assim que vamos mostrar para a sociedade, as autoridades e o governo a força dos setores de serviços e de segurança privada. Atualmente, representamos 530 empresas, que empregam e treinam cerca de 220 mil vigilantes. Alcançamos muitas conquistas, mas ainda há muito a avançar. Nossa principal bandeira é conseguir a aprovação do Estatuto da Segurança Privada, um instrumento jurídico de fiscalização da Polícia Federal fundamental para pôr fim às empresas clandestinas, que tanto denigrem nossa atividade perante a sociedade. Nesta edição do Fesp, ofertamos a placa de “Colaborador Emérito da Segurança Privada de São Paulo", para homenagear personalidades da esfera pública ou privada que tenham prestado contribuições relevantes ao setor. Vocês, profissionais que trabalham com afinco para o engrandecimento da categoria, sintam-se agraciados com essa honraria. JOÃO ELIEZER PALHUCA Presidente do Sesvesp Precisamos fortalecer essa integração, porque é assim que vamos mostrar para a sociedade, as autoridades e o governo a força dos setores de serviços e de segurança privada. Conto com todos vocês no Fesp 2016, que, aliás, já começou a ser preparado. Revista SESVESP | 3 iStock SUMÁRIO 06 HOMENAGENS Sesvesp prestigia a entrega do título de cidadão paulistano ao seu diretor, José Adir Loiola, e a comemoração dos 71 anos da Polícia Federal 07 COLUNA JURÍDICA O advogado José Carlos Martins avalia a descaracterização da jornada de trabalho 12x36 para a categoria 15 08 12 XI FESP Fórum organizado pelo Sesvep no Guarujá discute os avanços para a aprovação do Estatuto da Segurança Privada TENDÊNCIAS Drones são aliados na vigilância, mas ainda falta uma legislação para o uso da nova tecnologia no país 14 GESTÃO Grandes eventos demandam profissionais com curso específico para atuar como segurança Presidente: João Eliezer Palhuca 1º Vice-presidente: José Jacobson Neto 2º Vice-presidente: Waldemar Pellegrino Junior SOLUÇÃO Diretor de Comunicação e Marketing: José Evaldo Vieira Revista SESVESP Liqui scilloris alis consequ Produção Editorial: Scritta – www.scritta.com.br Órgão oficialodistrunt, do Sindicatoconsequ das Empresas Coordenação: Bete Hoppe de Segurançaodistrunt, Privada, Segurança sa commoluptat. Redação: Arthur Cagliari, Bete Hoppe e Katia Simões Eletrônica e Cursos de Formação do Revisão: Júlio Yamamoto At volupta volorem Estado de São Paulo Fotos: João Rubens Shinkado Foto de capa: Divulgação Diagramação: Graziele Tomé – Eco Soluções em Conteúdo - www.ecoeditorial.com.br EXPEDIENTE 16 4 | Revista SESVESP 20 22 EVENTOS Com estande conjunto na Exposec, Sesvesp e Fenavist buscam novas oportunidades para o setor EM FOCO Advogado Diogo Akashi comenta a possibilidade de recuperação de créditos de contribuições previdenciárias sobre verbas indenizatórias para associados do Sesvesp OPINIÃO O videomonitoramento urbano e a integração das seguranças pública e privada, na visão do coronel Alvaro Camilo Jornalista Responsável: Paulo Piratininga – MTPS 17.095 – [email protected] Impressão: Pancrom Indústria Gráfica Tiragem: 4.500 exemplares Endereço: Rua Bernardino Fanganiello, 691 CEP 02512-000 - São Paulo/SP Telefone/Fax: 11 3858-7360 E-mail: [email protected] É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte. NOTAS ESPORTE O Projeto de Lei 7.874/14 (PL), do deputado federal Vander Loubet (PT), ainda se encontra em tramitação. Mas, uma vez sancionado, deve exigir que as entidades de práticas desportivas contratem empresas privadas para realizar a segurança interna de estádios ou dos locais onde ocorrem eventos esportivos. Atualmente, quem executa a atividade dentro desses locais são os agentes públicos de segurança (Polícia Militar). Esse modelo já foi adotado durante a Copa do Mundo de 2014 e teve avaliação positiva dos frequentadores dos jogos. A ideia defendida pelo deputado é que, por serem eventos privados, que arrecadam renda com os negócios ali realizados, a responsabilidade da segurança deve ser assumida por entidades também privadas. Como a contratação de seguro de acidentes pessoais, equipe médica e ambulância já é realizada pelas confederações, federações e ligas (entidades privadas ligadas à administração dos eventos), o PL determina que os clubes devem financiar a segurança interna dos locais. Na parte externa, os agentes públicos continuam sendo responsáveis pelo trabalho. Foto: Istock PROJETO DE LEI PROPÕE QUE CLUBES FINANCIEM A SEGURANÇA NO INTERIOR DE ESTÁDIOS ANIMAIS SEGURANÇA “ÔNIBUS BBB” VAI MONITORAR CRACK Com o objetivo de combater o tráfico e uso de drogas, a cidade de Cotia, na Grande São Paulo, vai adotar um ônibus com cinco câmeras de vídeo e uma central de monitoramento de imagens. O veículo faz parte do programa Crack, é Possível Vencer e resultou de um convênio assinado entre a prefeitura e o governo federal, com intermédio do Ministério da Justiça. A proposta ainda conta com 20 câmeras, que devem ser instaladas na região central da cidade, para ajudar o trabalho de fiscalização. O projeto prevê, ainda, assistência aos dependentes de drogas. Para isso, as secretarias da Saúde e de Assistência Social vão encaminhar os usuários flagrados pelas câmeras ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). O atendimento nesses centros é gratuito e segue um projeto terapêutico com tratamento individual e por tempo indeterminado. Atualmente, as CAPS atendem 187 pessoas. Aprovado pela Câmara Municipal em 10 de março, o Projeto de Lei (PL) do vereador Roberto Tripoli (PV) pretende proibir a utilização de cães por empresas de segurança. De acordo com o PL, podem ser considerados infratores aqueles que forem proprietários do animal e o usarem para fins de guarda, vigilância e atividades similares; o proprietário do imóvel guardado ou vigiado; aquele que realizar contrato de empréstimo, locação, mútuo ou comodato, verbal ou escrito, que implique a utilização de cães para atividades de guarda. O texto ainda deve passar por uma segunda votação antes de seguir à prefeitura. Se o projeto for sancionado pelo prefeito Fernando Haddad (PT), as empresas que descumprirem a ordem poderão ser multadas em R$ 5 mil por animal. Foto: Istock Foto: Quel Moraes PROJETO QUER PROIBIR CÃES EM SERVIÇOS DE SEGURANÇA Revista SESVESP | 5 HOMENAGENS ANIVERSÁRIO HONRARIA PF COMPLETA 71 ANOS CIDADÃO PAULISTANO Campinas foi palco da comemoração dos 71 anos da Polícia Federal. Realizada no Hotel Nacional INN, em 27 de março, a cerimônia reuniu autoridades civis, militares e do Judiciário, na ativa e da reserva. O Sesvesp foi representado pelos diretores José Evaldo Vieira e Waldemar Pellegrino Junior. “Não poderíamos deixar de prestigiar a festa de um parceiro estratégico para o nosso segmento”, diz Evaldo. “Como fiscalizadora, o trabalho da Polícia Federal é fundamental para combater as empresas clandestinas”, completa Pellegrino. Para o delegado-chefe da Polícia Federal em Campinas, Sebastião Augusto de Camargo Pujol, a interface entre os setores de segurança pública e privada vem se expandindo. “Esperamos que os parlamentares aprovem o novo estatuto da segurança privada. Responsabilizando e punindo os contratantes será importante para inibir as empresas ilegais”, avalia Pujol. Em sessão solene na Câmara Municipal de São Paulo, na noite de 10 de abril, o diretor Institucional do Sesvesp, José Adir Loiola, recebeu o Título de Cidadão Paulistano das mãos da 1ª vice-presidente da casa, Edir Sales. “Este, que é mais a alta honraria desta casa, é um reconhecimento justo pelos relevantes serviços que esse mineiro de nascimento prestou para a comunidade da cidade que adotou para viver, principalmente na área da segurança privada”, justificou a vereadora. [ Loiola e a vereadora Edir Sales Para José Loiola, o trabalho social em prol de comunidades carentes é sua contribuição mais importante para a cidade. “Sou religioso, acredito que estou colhendo o que plantei. Sinto-me contemplado com esse título, que permanecerá na galeria de minhas conquistas”, declarou, emocionado. [ Márcia Souza Silva de Oliveira, juíza da 1ª Vara Criminal Federal de Campinas; Henrique Damiano, vice-presidente do TRT da 15ª Região – Campinas; Roberto Ciciliati Troncon Filho, superintendente regional da PF no estado de SP; general de brigada Ricardo Rodrigues Canhaci, comandante da 11ª Brigada de Infantaria Leve; e Sebastião Augusto de Camargo Pujol, delegado-chefe da PF em Campinas Entre as autoridades, parlamentares, familiares e personalidades presentes no Salão Nobre do Palácio Anchieta estavam diretores e empresários ligados ao Sesvesp. “Loiola presidiu o sindicato por quase oito anos. Estamos prestando uma homenagem a essa liderança empresarial do estado e da nação em nome de toda a comunidade da segurança privada, que se orgulha de tê-lo como líder e amigo”, declarou João Eliezer Palhuca, presidente do Sesvesp. Waldemar Pellegrino Junior e José Evaldo Vieira, diretores do Sesvesp A partir da esquerda: ex-deputado Benedito Ribeiro; casal Maria Thereza e Carlos Loiola com os filhos Francisco (colo), Beatriz e Gabriela; casal Regiléa e José Adir Loiola; vereadora Edir Sales e Daniele Loiola com o filho Leonardo 6 | Revista SESVESP COLUNA JURÍDICA JOSÉ CARLOS MARTINS A DESCARACTERIZAÇÃO DA JORNADA 12X36 Sócio-proprietário da Toledo & Martins Advogados e membro da Comissão de Relações Institucionais do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região pela OAB São Paulo A jornada de trabalho em escala 12x36 caracteriza-se pela concessão de 36 horas de descanso, após 12 horas de trabalho, e encontra respaldo na cláusula 14 da convenção coletiva dos vigilantes e no artigo 7º, inciso XII da Constituição federal, que prevê a flexibilização da jornada regular de 8 horas diárias e 44 horas semanais, mediante acordo ou convenção coletiva. A Súmula 444 do Tribunal Superior do Trabalho anuncia que, para a validade da escala 12x36, a remuneração dos feriados laborados deve ser em dobro. Importante salientar que o regime de trabalho exige a concessão do intervalo para refeição e descanso de no mínimo um hora, sendo observada, ainda, a jornada noturna reduzida para os empregados que laborem após as 22 horas. Apesar dos benefícios, alguns juízes do trabalho têm descaracterizado a jornada 12x36 reiteradamente, em razão da prestação de horas extras e da inobservância do tempo para refeição e descanso, condenando as empresas de vigilância em horas extras excedentes à 8ª diária ou 44ª semanal. Labor em dia de folga (conhecida como FT), chegada antecipada e saída após 12 horas de trabalho, muitas vezes sob a justificativa de troca de uniforme e rendição de posto, são emblemáticas horas extras expostas em juízo. Para alguns magistrados, a simples prestação de horas extras invalida a jornada 12x36, ainda que elas sejam registradas em cartão de ponto e pagas no holerite. Contudo, essa posição não é razoável e merece ser rediscutida no ambiente sindical e judicial. As atividades ligadas à categoria dos vigilantes possuem suas particularidades. Por exem- plo, a necessidade de continuidade da prestação de serviço em face do zelo e da atenção redobrada exigidos. Assim, a escala 12x36 é indispensável à prestação de serviço e garantia da segurança contratada. Outrossim, oferece vantagens ao empregado que cumpre 42 horas de trabalho em uma semana e 36 horas na outra, além da concessão de folgas a ensejar, em sua globalidade, uma vantajosa jornada aos empregados quando comparada à jornada comum de trabalho de 44 horas semanais. A escala 12x36 é mais benéfica aos empregados; para garantir sua efetividade e aplicabilidade, é necessário construirmos argumentos jurídicos favoráveis às empresas de vigilância. Para tal, sugere-se que seja incluída na convenção coletiva uma cláusula que admita a prestação de eventuais horas extras na referida jornada, sem que isso a descaracterize. Com mais esse argumento e previsão, talvez possamos construir jurisprudências favoráveis às empresas de vigilância. Não se trata de solução, mas sim de bom senso e compreensão para com a atividade diferenciada de vigilância, a fim de garantir embasamento técnico jurídico para a validade e manutenção da jornada 12x36, ainda que eventualmente seja necessária a realização de horas extras. Por oportuno, é necessário demonstrar aos sindicatos dos trabalhadores que a frequente descaracterização da jornada 12x36 pela Justiça do Trabalho poderá levar as empresas de vigilância a restabelecer a jornada regular de 8 horas diárias, extinguindo a aplicação e efetividade daquela jornada em face das decisões judiciais, descabidas segundo nosso entendimento. Revista SESVESP | 7 O XI FESP DISCUTIU OS DESAFIOS E AVANÇOS DO SETOR Organizado pelo Sesvesp, o fórum reuniu empresários e especialistas no Guarujá para analisar o cenário atual em busca de soluções para os gargalos da segurança privada D e 16 a 18 de março, o Casa Grande Hotel Resort & SPA, na litorânea Guarujá (SP), foi palco do XI Fesp – Fórum Empresarial de Segurança Privada do Estado de São Paulo. Organizado pelo Sesvesp, o evento reuniu empresários, autoridades e especialistas das áreas econômica, jurídica e de segurança pública, que analisaram o cenário nacional, discutiram os entraves e avanços para a atualização da regulamentação do setor e apresentaram as melhores práticas da atividade para aumentar a eficiência das empresas e dos profissionais da categoria. Três dias de troca de experiências, networking, congraçamento e entretenimento. “Hoje, nossa principal bandeira é a aprovação do Estatuto da Segurança Privada, que permitirá um combate efetivo à clandestinidade e pirataria empresarial que denigre a atividade regularmente constituída”, salientou o presidente do Sesvesp, João Eliezer Palhuca. 8 | Revista SESVESP PALESTRANTES (no sentido horário): Eliana Calmon, Diógenes Lucca, Paulo Storani e Octávio Manoel Rodrigues de Barros Fotos: João Rubens Shinkado FÓRUM CENÁRIO ECONÔMICO E JURÍDICO A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, abordou o tema “Os empresários e a segurança jurídica” e revelou os meandros processuais, sobretudo a partir da revisão da Constituição, de 1988. “Não há leis sérias, rígidas, imutáveis, e as relações jurídicas são viciadas, o que deságua na insegurança”, analisou. Segundo a jurista, o excesso de leis e de demandas, leis incoerentes, que disciplinam sobre uma atividade, mas embutem artigos conflitantes, e a falta de recursos, de estrutura e de normas específicas dificultam e atrasam o trabalho dos juízes. A Justiça trabalhista brasileira, única no mundo, também foi alvo de críticas: “O viés ideológico, de proteção do trabalhador, é um problema muito sério para a Justiça, a sociedade e os empresários. Precisa ser mexida, mas ninguém tem coragem”. Para Eliana Calmon, reformas no Judiciário são necessárias, mas ainda há dificuldades econômicas, funcionais e culturais a vencer. “Não se faz mudança na cultura de um país com legislação, mas com cultura. É a cultura de um povo que leva a mudanças. Não verei este país grande e organizado, mas acredito que será uma realidade no futuro”, concluiu, sob aplausos. GRUPO do Geasseg prestigou o Fesp PARTE DA EQUIPE organizadora do Sesvesp “O Brasil em busca de uma nova segurança macroeconômica” foi tema da palestra do diretor Estatutário e economista-chefe do Bradesco, Octávio Manoel Rodrigues de Barros, que analisou o cenário econômico atual e as perspectivas para 2015. Ele acredita que será um ano difícil, de ajustes inevitáveis, mas que a macroeconomia está razoavelmente bem encaminhada pela equipe do ministro Joaquim Levy. “Quanto mais rápido fizermos as mudanças, mais rapidamente a confiança dos investidores voltará e retomaremos a rota de crescimento. Mas é preciso virar a página da corrupção”, avaliou. Na análise do economista, o Brasil promoveu a inclusão social e, agora, o desafio é com a qualidade, para aumentar a eficiência e a produtividade, fazer mais com o mesmo ou com menos, única forma de um país crescer. Neste momento complexo, salientou que as empresas têm de aproveitar para pensar de forma inteligente, estrategicamente, proteger caixa e cortar gastos em geral. O recado para o setor de serviços foi integrar-se cada vez mais com a indústria e investir em tecnologia: “Não precisa reinventar a roda, basta olhar para as boas práticas dos países mais maduros”. MISSÃO DADA É MISSÃO CUMPRIDA Conhecido do público como consultor de segurança da TV Globo, o tenente-coronel e ex-comandante do Gate – Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar de São Paulo, Diógenes Lucca, cativou o público com a palestra “Negociação sob pressão”. “As técnicas, táticas e estratégias empregadas em negociações das tropas especiais servem também para o mundo corporativo. O serviço de segurança é um segmento cada vez mais importante no Brasil, e as ferramentas que compartilhamos hoje podem ajudar a fazer mais e melhor”, Revista SESVESP | 9 afirmou. “Se não estiver preparado, atento às boas práticas, buscando crescer e se solidificar, a tendência é desaparecer do mercado.” No último dia do XI Fesp, o ex-integrante do Bope – Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro – , o antropólogo Paulo Storani literalmente levantou a plateia com a palestra “Construindo uma Tropa de Elite”. Para falar sobre o trabalho em equipe, o consultor traçou um paralelo com o filme dirigido por José Padilha. “Tropa de Elite produziu uma reflexão não só sobre segurança pública, mas também sobre o que temos a fazer e aonde queremos chegar”, disse o inspirador da personagem capitão Nascimento. “A seleção, o treinamento e a avaliação rígidos, princípios do Bope, são muito úteis no dia a dia da empresa.” FAMÍLIA VOOS: Edgard pai e Edgard filho GABRIEL LOUCHARD diverte a plateia 10 | Revista SESVESP Fotos: João Rubens Shinkado FÓRUM Amauri de Oliveira, Sidney Tinoco, Paulo Lacerda, Lourdes e José Evaldo Vieira, José Jacobson, Waldemar Pellegrino Jr, João Palhuca, José Mattos Lopes e Fábio Sales Roberto Mendes e João Almeida entre Lopes pai (à esq.) e filho (à dir.) COFFE BREAK: pausa para reabastecer as energias SEBRAE: Marcio Bertolini anuncia parceria com o Sesvep QUINTETO BEMOL PARCERIA O convênio de cooperação entre o Sesvesp e o Sebrae-SP foi anunciado pelo advogado do setor de atendimento setorial do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Marcio Bertolini. Com a parceria, os associados do sindicato terão acesso gratuito aos cursos de gestão empresarial EAD - Educação a Distância do Sebrae, que já estão alocados no site do Sesvesp. São cursos práticos e rápidos, de cerca de 3 horas, que estão disponíveis 24 horas. O próximo passo será a criação de uma cartilha, com informações técnicas do Sesvesp, específicas sobre o setor, e dicas de gestão do Sebrae. “Temos de nos municiar de todas as ferramentas possíveis para passarmos por este momento delicado da melhor maneira possível”, disse Bertolini. SHOWS O tempo livre foi ocupado por momentos de lazer e descontração, em coquetéis e jantares, embalados pelo som do Quinteto Bemol. O ponto alto da diversão foi o show do performático Gabriel Louchard, mix de ator e mágico, que arrancou gargalhadas do público. Felipe Villarinho, João Almeida, Gabriel Tinoco, José Jacobson, Waldemar Pellegrino Jr, Ricardo Tadeu, Amauri de Oliveira, Erasmo Prioste, José Evaldo, Fábio Sales, João Palhuca e Marco Lopes A TROPA de elite feminina Marcos Serafim José Mattos Lopes Reinilda Magalhães e Sérgio Borges Luana e André Azevedo Boris Wyrgun, Marcelo Cruz, Marcelinho e Shirlei Melo João Gabriel, Devair Aparecido Reis, Helvio Rodrigues e Fábio Garbus João Diniz, Michel Pípolo e Erasmo Prioste Tatiana Diniz, Marcos Serafim, Tácito Augusto Leite, Gabriel Tinoco e Michel Pípolo Fernando Bazote Puccia, Erika Puccia, Pedrinho, Miriam Bazote e Antonio Puccia Revista SESVESP | 11 TENDÊNCIAS VIGILÂNCIA TECNOLÓGICA Os drones ganham cada vez mais adeptos, mas ainda não há uma legislação de seu uso no Brasil 12 | Revista SESVESP Divulgação P ara muitos, eles não passam de um brinquedo de luxo, para outros, uma novidade tecnológica com múltiplas funções, capaz de servir desde fotógrafos até cineastas de Hollywood em busca de imagens aéreas exuberantes; geólogos dispostos a descobrir rochas no meio do mar, bombeiros ansiosos por apagar incêndios em áreas de difícil acesso e Forças Armadas, como um aliado na luta pela segurança. O certo é que os drones, também conhecidos como Vants (Veículo Aéreo Não Tripulado), vêm ganhando cada vez mais espaço no dia a dia das pessoas. Recentemente, um modelo usado por um jornal para captar imagens foi notícia ao cair sobre um manifestante durante a passeata na Avenida Paulista, em São Paulo. Essa, sem dúvida, é uma das maiores preocupações das autoridades. Em tese, quem mantém o aparelho abaixo de 120 metros de altura, com controle visual, e está disposto a pagar a partir de US$ 500 por um modelo de baixa autonomia de voo, por exemplo, não está fazendo nada de errado. Não existe uma legislação específica sobre o assunto. Cada um opera de acordo com os seus próprios princípios e regras de segurança. Nos Estados Unidos, proibiu-se o uso comercial dos aparelhos, uma determinação que começa a ser revista; na França, estabeleceramse regras básicas para voos horizontais de até 100 metros. No Brasil, ainda não há uma lei própria sobre o tema, embora 15 das 44 indústrias de drones da América Latina estejam instaladas no país. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) promete editar normas em breve, limitando o voo sobre pessoas e o voo não autorizado sobre áreas de terceiros. Enquanto o setor não está regulamentado, o Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) é o único dispositivo que legaliza as operações com Vants no país. Tanto a Anac quanto o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), contudo, proíbem o voo de drones sobre as cidades brasileiras. As demais operações, mesmo em áreas abertas e com baixa circulação de pessoas, precisam ser comunicadas com antecedência de 15 a 30 dias para evitar que os Vants dividam o espaço aéreo com aviões comerciais. Na prática, porém, não é difícil confirmar que os voos se realizam, até mesmo diante das câmeras de TV, a exemplo do que se viu no Carnaval carioca de 2015. Criada em 2007 por ex-alunos do curso de engenharia mecatrônica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), a XMobots, hoje sediada em São Carlos, no interior do estado, é responsável pela criação do primeiro Vant desenvolvido por uma empresa nacional privada a receber da Anac o certificado que autoriza as operações de voo com aviões não tripulados, o Cave. A autorização foi dada ao Nauru 500 A, com 5,5 horas de autonomia, 15 kg, comunicação de 30 km e que voa a uma altura de 3 mil milhas. “O Vant é equipado com câmera com resolução que pode variar de 2,5 a 30 cm por pixel, que permite a transmissão das imagens em tempo real”, afirma o sócio Giovani Amianti. “Nas operações de vigilância, essa câmera se torna um grande diferencial, pois permite a ação imediata por parte das autoridades.” Segundo o empresário, o Nauru pode ser usado no policiamento de áreas não urbanas, na fiscalização de fronteiras terrestres e marítimas, nas operações de policiamento ambiental e fiscalizações fundiárias, entre outras ações. Dos laboratórios da XMobots também saiu o Apoena 1000B, Vant de 32 quilos e autonomia de voo de oito horas, que se transformou no primeiro drone a operar na Amazônia para mapear e quantificar o desmatamento legal, necessário para a realização de obras no Rio Madeira. “Desde os primeiros anos de atuação no mercado, nos preocupamos com a regulamentação de nossas aeronaves”, afirma Amianti. “A certificação permitiu que a empresa atendesse novos mercados, entre eles a agricultura de precisão.” DÉCADAS DE USO Originalmente, os Vants controlados remotamente tinham como objetivo permitir que soldados vigiassem ou até mesmo alcançassem determinada região de forma mais segura – a máquina poderia ser abatida, mas a vida do militar não seria posta em jogo. Os drones foram usados pela primeira vez como instrumento de guerra pelos norte-americanos durante a Guerra do Golfo, no início dos anos 1990. De lá para cá, a tecnologia embarcada nesses aparelhos mudou muito. De acordo com estudo da consultoria americana Teal Group, especializada em indústria aeroespacial, em 2013 o mercado de Vants movimentou no mundo US$ 5,2 bilhões, e a expectativa para os próximos 10 anos é que atinja a cifra de US$ 90 bilhões. Os drones, militares ou civis, já estão presentes em mais de 75 países. Uma evolução e tanto, já que apenas 40 nações contavam com esse tipo de equipamento em 2005, segundo relatório do Congresso americano. No Brasil, as Forças Armadas foram os primeiros a adotar os Vants, usados para missões de reconhecimento, avaliação de danos e vigilância terrestre e marítima de fronteiras, especialmente na Amazônia. Mais tarde, com a queda do preço e a possibilidade de locação, muitas empresas passaram a contar com drones em suas atividades. A diária de um aparelho pode variar de R$ 1.500 a R$ 6.000, dependendo da complexidade do equipamento. Há versões com menos de 2 kg, que voam até 150 metros de altura; outras com maiores autonomia e dimensão, a exemplo dos Vants criados pela XMobots. EMPRESAS DE SEGURANÇA X ESPIÕES DO CÉU Por enquanto, apenas as Forças Armadas têm autorização para usar os Vants em áreas públicas, para efeitos de segurança. Mas, como a legislação ainda não está clara, muitas empresas pri- vadas estão lançando mão dos drones para patrulhar seus espaços. É o caso, por exemplo, da Sonae Sierra Brasil, que começou a usar drones para fins de segurança e manutenção de dois shopping centers do grupo – o Passeio das Águas, em Goiânia (GO), e o Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP). De acordo com a empresa, os aparelhos têm sido adotados em atividades pontuais, como monitoramento externo em momentos de necessidade de uma visão aérea, vistoria de telhados e situações que exigem imagens de alta resolução. Embora reconheça que o uso do drone para inspeção em grandes áreas seja o ideal, sobretudo em locais remotos e inacessíveis, Ademar Barbosa, diretor de operações da Verzani & Sandrini, adverte que as empresas de segurança privada precisam operar sob legislação. “Estamos aguardando a lei para saber quais serão os nossos limites de aplicação”, afirma, observando que a demanda por parte da clientela já é grande. “O que existe hoje não é ilegalidade de uso, mas omissão das regras de adoção.” O executivo observa, ainda, que o emprego dos Vants ainda esbarra em algumas questões operacionais, a exemplo da falta de sinal em algumas regiões e áreas do país. A opinião é compartilhada por Clodomir Ramos Marcondes, diretor de novos negócios do grupo Tejofran, especializado em vigilância patrimonial e segurança eletrônica. “Independentemente do custo, não daremos nenhum passo em direção ao uso sem antes ter uma legislação clara sobre o assunto”, diz. De acordo com o executivo, há muitas questões a ser esclarecidas, por exemplo: os drones sofrem interferência da corrente elétrica? Seria possível patrulhar uma rede férrea com esses aparelhos sem o uso de efetivo humano? Em caso de queda, quem responde, o fabricante ou o usuário? “Sabemos que os drones têm muita utilidade, mas sem legislação de nada valem”, finaliza Marcondes. CURIOSIDADES n A empresa Lakemaid Beer realizou a primeira entrega de cervejas via drone nos Estados Unidos. Os habitantes de Stevens Point foram os primeiros a desfrutar a aplicação da tecnologia. n No início deste ano, o serviço secreto americano foi surpreendido com a queda de um veículo aéreo não tripulado nos jardins da Casa Branca às 3h da manhã. O brinquedinho pertencia a um funcionário do governo e chamou a atenção de todos sobre a fragilidade dos sistemas de segurança quando o assunto é drone. n A FAA (agência norte-americana de aviação) anunciou em 19 de março último a concessão para a Amazon começar os testes com drones para entregas rápidas pelo ar. O certificado permite que a Amazon conduza voos com drones a 400 pés (122 metros) ou abaixo disso durante o dia, inicialmente em área rural privada no estado de Washington (EUA). A empresa pretende desenvolver um sistema de entregas capaz de despachar pequenos pacotes em até 30 minutos, com aparelhos que podem voar a 80 km/h, funcionar automaticamente, ‘sentir’ objetos e desviar deles. n A escola de samba carioca Portela foi advertida pela Anac por ter usado no desfile de Carnaval de 2015 nada menos do que 450 pequenos drones em formato de águia, que foram alçados ao céu e voaram em direção ao público. Durante o desfile, a escola também utilizou um drone maior em forma de águia, que veio na frente da escola, e outros dois em formato de bola de futebol , que sobrevoaram a passarela ao redor do carro que representava o Maracanã. Revista SESVESP | 13 GESTÃO PROTEÇÃO SUPERLATIVA Divulgação Grandes eventos atraem multidões, e apenas as empresas efetivamente legalizadas podem garantir a segurança do público O planejamento de segurança exige análise de vulnerabilidade minuciosa, demanda tempo. Em média, os preparativos começam com seis meses de antecedência, conforme a complexidade do evento. E os profissionais devem ser capacitados em cursos específicos. Ao apagar das luzes, o trabalho continua. “É hora de fazer o balanço, analisar cada passo do processo, o que funcionou e o que pode ser melhorado”, explica Marco Antônio Lopes, diretor da Sefra. “O aperfeiçoamento é constante, diário, o ano todo, trocando expertises, discutindo os cases, treinando os profissionais. Tem de estar muito bem preparado, porque garantir a integridade física de multidões é muita responsabilidade, não é para amador. Por isso, o Sesvesp criou a Diretoria de Eventos.” DE OLHO NOS CLANDESTINOS Pela lei, a segurança intramuros em grandes eventos é privada e extramuros, atribuição da polícia. O artigo 19 da Portaria nº 3.233/12 exige formação específica para que os seguranças privados atuem em eventos com público superior a 3 mil pessoas. Lamentavelmente, há organizadores que contratam empresas de segurança clandestinas. 14 | Revista SESVESP Uma praga que macula a imagem dos empresários sérios. Na visão de Fábio Sales, diretor de Eventos do Sesvesp e sócio-diretor da Faqui, alguns mascaram as funções, e a Polícia Federal, com recursos escassos, não consegue fiscalizar. “Isso ocorre inclusive em eventos da Federação Paulista de Futebol. O vigilante intitulado como fiscal, orientador de público, faz o serviço de segurança, barrando a passagem, coibindo brigas e drogas, o que não é permitido”, revela o diretor. E salienta: “O Sesvesp comunica à PF assim que recebe uma denúncia de contratação de seguranças clandestinos em eventos”. “O tomador procura sempre o mais barato, e nem sempre o mais barato é o legal. Ou se aplica rigorosamente a lei, responsabilizando também o tomador, ou se rasga a legislação”, defende José Lopes, diretor da Gocil. Para ele, se em caso de acidentes os promotores do evento fossem responsabilizados com rigor, a segurança seria mais eficaz, com custo muito menor e efeito legal muito maior. “A polícia poderia se concentrar apenas na parte estratégica, o que aumentaria sua eficiência.” E evitaria casos como o da Universidade de São Paulo (USP), quando um aluno morreu depois de uma festa. A segurança era feita pela COS Serviços, que alugou o alvará de outra empresa, também desqualificada. O caso ainda não foi solucionado, ninguém foi responsabilizado e, pior, a empresa continua atuando no mercado, mesmo sem o alvará da Polícia Federal e sem profissionais capacitados para grandes eventos. PLANO DE SEGURANÇA “Cada local tem suas peculiaridades e exige um efetivo de segurança específico. O mesmo show em Interlagos e no Jockey é completamente diferente, muda a logística. Por isso, é preciso fazer um plano de segurança, com análise de risco, definição dos pontos nevrálgicos, para não pôr o público em situação de vulnerabilidade”, explica Fábio Sales. “Hoje, a análise é feita conforme a verba do contratante. A segurança é limitada aos recursos disponíveis, o que põe em risco a vida de todos que estão no evento.” José Lopes completa: “E deveria ser divulgado nas mídias, assim, as pessoas saberiam o que foi feito e se sentiriam seguras”. Sales e Lopes concordam que o assunto é preocupante e que a legislação deveria impor mais rigor aos promotores de grandes eventos, exigindo que todos requeiram autorização prévia do poder público, incluindo as polícias Federal, Militar e Civil, além da prefeitura local, com anuência das instituições representativas das categorias envolvidas. LUZ NO FIM DO TÚNEL Há esperanças: o Estatuto da Segurança Privada proposto pelo setor, que obriga a contratação de empresas efetivamente legalizadas para atuar em grandes eventos, define e pune os responsáveis. Mas aguarda aprovação há anos. O público conta com o bom senso dos parlamentares, para que a Olimpíada 2016, no Rio de Janeiro, bata recordes nos jogos e na segurança. ABESE CARD PRINTERS SEG IMAGEM JFL MAXTRACK 505A FIESP SENAI SAMSUNG SAMSUNG TECHWIN 510A NT VIE SECOTEC DELTA CABLE RCG Portão 13 CAME W VOLT 516A GIA SYMCAM OIW INFORMÁTICA VTV ADVANSAT PRIMETEL FIBERWAN UNICOBA PIXELPLUS POLOSAT VIRTUEYES 521A 521B 3S VISION VALOR BRASIL RM . COMERCIO DEGGY SECULLUM MPT CASA CARIBE GFORCE 707A SIM EXACTA CARDS SINDVEL SEBRAE-MG 437 439 441 443 436 438 440 442 ANCHOR ROCKETERIAS 535 537 535A 537A SULTON BLUECOM SHENZHEN TV DIGITAL 305 405 206 110 111 112 113 543 539 539A 536 538 115 STREAMAX LOCTEK HASCO E-C TONG 118 ONIX 654A GOLD POWER SDC ENGA. MONUV MPCI TYDEL BROOK SEGBOOK 763 637 639 641 672 674 676 765 790 406 608 PHILIPS SONY 767 792 KRAMER APPE 705 IHOUSE J.YAZBEK 651 650 708 RENTAL STAGE 306 207 LG 307 GAIA 208 209 308 309 210 NEC 211 311 407 509 512 513 SOLUTIONE 408 409 514 310 LJFL PROJETELAS CLEARONE STARX 505 508 TAIDEN 114 JTC POLICESHOP QIHAN NETSEG 504 504 817 818 LOUDNESS 819 ANALOG WAY TECNOMULTIMEDIA INFOCOMM BRASIL 109 MUNDDO 541 EPSON CHRISTIE 410 RGB LINK 609 612 613 WILLIAN SOUND 614 AUDIO TECHNICA 652 WULIAN 654 655 HARMAN INTERNATIONAL 411 615 656 SHURE BENO PARALAX DISCABOS 616 PINNACLE BROADCAST 412 413 214 314 414 215 315 415 820 REALITY LOCAÇÕES 821 INFO 3 822 HOME THEATER 515 FZ HOME CINEMA AUDIO 709 CASIO 652 TECNOMULTIMEDIA INFOCOMM BRASIL 312 313 116 VOOLKR SONY TRIKDIS 739A SEKTRONIX 205 DATATON 108 QUALITY 648A 404 EXTRON 107 SINDVEL SEBRAE-MG SMART CORE BWS TECHNOLOGY RESERVADO 403 RHOX 204 ONUMEN SAMSUNG ARANDA ET GN MA AFT MULTILASER KR REV.IPESI PRIEL NEXTTECH MONI SOFTWARE SINDVEL SEBRAE-MG ENGERADIOS ST COM OMEGASAT SEGURIEXPO INTERLAKEN GRUPO SGW REPUBLICA TCHECA IMPACTO SEGURANÇA CONDOR TECHSEC WD-40 GARONE 105 SINDVEL SEBRAE-MG 617 KROMP 344 304 LIGHTWARE INMUSIC BRANDS MCU 617A JORNAL DA SEGURANÇA 342 TEM ROSSI ROSSI 519A 340 349 HDL GREATEK DIGICON PECCININ INTELBRAS FUJISTU GRUPO SUHAI COMMAX SYSTEMSAT NEOCAM GRAVO 515A 338 347 106 332A MUL-T-LOCK ELDES 345 THINK LOGICAL 419A 419 343 RADIOENGE ASATEC SPEEDRITE CONTROLID ON DISTRIBUIDORA PPA 339 PANASONIC DO BRASIL CS 24m² VENDIDO 15m² 36m² 72m² ABSOLUT TECHNOLOGIES KING LATIN LINEAR TECVOZ PROSEGUR 807A NOVO CONVÊNIO GERTEC 301 302 303 2MG ICAP GILTAR ACESSÓRIOS 103 REV.AUDIO VIDEO 104 337 330 VAULT 201 202 203 CHIAVE PROTEGE SECURI SERVICE SEGWARE SEVENTH INSIDE KIPER IATEC VP GROUP GIGA SECURICENTER SAÍDA GLOBAL AMERICA 236 101 GARDINER LEMON 855 102 335 FERCATRONIC DSC ENTRADA CLEAR CFTV 234 232 854 BARCO FULL TIME 208K 230 853 CRESTRON ARECONT 208F 228 SESVESP FENAVIST 321 319E 319G 226 224 SHOWTEC capacitação técnica ALIARA BRASIL KING LATIN 319B 319C SAMSUNG MOKAY 208H 208J 222 220 208G 208E DIGICON 319H KING LATIN KING LATIN TYCO STAR LIGHT POSONIC KING LATIN KING LATIN 319J KING LATIN KING LATIN 317A 208A KING LATIN 852 SAMSUNG 317B 208D MUNDIAL LINK SOLUTIONS TYDENBROOKS 208B KING LATIN 851 MONOPRICE 319F 208C 206E 208 KING LATIN KING LATIN BIAMP 319B 319D 206B 206C 206D KING LATIN MULTITOC JES MEDIA CO N DE SE TE LH TI O D VE O S S BRASPARK AÇO CORTANTE KING LATIN KING LATIN KING LATIN 204L KING LATIN WELSIN 206A 204J 204B KING LATIN KING LATIN KING LATIN 204K KING LATIN KING LATIN BILFINGER 206 204G 204C 204E 657 PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO 823 712 713 PACK TOUR 824 714 825 NARDELLI 715 GOBOS 826 716 516 517 518 117 RIOLE 204F 204H 204A 204D 202B KING LATIN GRUPO DIRECIONAL 204 202D KING LATIN KING LATIN MAX ELETRON 202B 202A JL PROTEC TERZIAN KING LATIN 850 202C 9m² 15m² 18m² ACTPOWER ACT POWER FORTE CAM KING LATIN KING LATIN KING LATIN KING LATIN KING LATIN KING LATIN KING LATIN KING LATIN KING LATIN KING LATIN EVENTOS 769 794 796 PLANO AVI LATINAMERICA ATENDIMENTO AO EXPOSITOR BRASIL 2016 WEBCAST 519 LOUNGE VIP INFOCOMM Portão 11 SESVESP NA EXPOSEC retamente cerca de 200 mil pessoas e, de modo geral, chega a englobar 1,7 milhão de postos. Em 2013, a área, que reúne 18 mil empresas, movimentou R$ 4,6 bilhões e teve um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. A perspectiva é que o setor continue se Sindicato terá estande conjunto com a Fenavist na principal desenvolvendo e possa expandir até 20% feira de equipamentos de segurança da América Latina. Em nos próximos anos. Isso porque, além do sua 18ª edição, já há mais de 120 expositores confirmados e a surgimento contínuo de tecnologias, o organização espera receber público superior a 38 mil visitantes ramo imobiliário e o mercado de segurança residencial estão se ampliando, e os sistemas de segurança mais antigos estão se e 12 a 14 de maio, será reali- SETOR EM CRESCIMENTO zado, no Centro de Exposições Organizada em parceria do Grupo adaptando às exigências atuais. Imigrantes, o principal evento Cipa Fiera Milano com a Associação Brade equipamentos eletrônicos sileira das Empresas de Sistemas Ele- SERVIÇO para sistemas de segurança da América trônicos de Segurança (Abese), a Expo- • Data: 12 a 14 de maio de 2015 Latina, a Exposec International Securi- sec contou, em 2014, com mais de 700 • Horário: das 13h às 20h ty Fair. O Sesvesp está entre os mais de marcas e teve um público superior a 38 • Local: Centro de Exposições Imigrantes 120 expositores confirmados no evento mil pessoas, marca que os organizado- – Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Água Funda, São Paulo, SP e terá um estande conjunto com a Fede- res esperam superar neste ano. Mais de • Transporte gratuito: sai da Estação Jaração Nacional das Empresas de Segu- 120 expositores de vários setores, como baquara do metrô (Rua Nelson Fernandes, rança e Transporte de Valores (Fenavist). de detectação de incêndio, transporte 400) Paralelamente à Exposec, ocorrerá a de valores, segurança eletrônica, armas • Credenciamento: embora seja possível fazê-lo no dia da feira, recomenda-se TecnoMultimedia InfoComm, um even- e cofres, entre outros, já estão confirma- que os visitantes se antecipem e façam pela internet — www.exposec.tmp.br to sobre tecnologia que, por apresentar dos para esta 18ª edição. e exibir soluções para sistemas audioDe 2011 a 2014, a exposição recebeu • Não é permitida a entrada de menores visuais, pode interessar quem busca in- um crescente número de visitantes. de 18 anos (mesmo acompanhados) e de pessoas trajando bermuda, camiseta reformações sobre segurança por meio de E não é à toa. O mercado de sistemas gata e/ou chinelos aparelhos de monitoramento. eletrônicos de segurança emprega di- D Revista SESVESP | 15 PONTO DE VISTA iStock ESCOLTA ARMADA: FERRAMENTA FUNDAMENTAL NA PROTEÇÃO DE CARGAS A AUTAIR IUGA Presidente do Sindicato das Empresas de Escolta do Estado de São Paulo 16 | Revista SESVESP utilização da escolta armada vem se monstrando cada vez mais como a ferramenta mais eficiente na proteção ao transporte de cargas perigosas em todo o território nacional. O serviço tem aumentado em razão dos resultados positivos, certamente observando a contratação de empresa devidamente autorizada e fiscalizada pela Polícia Federal. Produtos de suma importância para que o Brasil não pare são protegidos adicionalmente pelas empresas de escolta armada. Entre os insumos protegidos, incluem-se: → Medicamentos → Eletroeletrônicos → Cigarros → Pneus → Produtos alimentícios → Combustíveis Digo adicionalmente porque a proteção principal deve vir dos poderes públicos, mas como não é suficiente, a escolta armada mostra-se como um aliado forte na proteção de cargas por todos os bairros, cidades e rodovias. Preocupante também é o número de ataques às empresas de escolta armada, o que, muitas vezes, deixa homens feridos ou mor- tos, além da subtração de material bélico que certamente reforça o crime organizado. O crime de roubo de carga sempre foi e sempre será praticado por organizações criminosas totalmente estruturadas com seus modus operandi de abordagem, descarga e distribuição com notas fiscais frias. Sabemos que esse tipo de crime só acabará ou será drasticamente reduzido quando asfixiarmos essas quadrilhas, tirando os milhões que eles movimentam com as ações criminosas. E tem de ser com inteligência unificada das polícias, do poder público, das empresas de segurança e da população, além de ações investigativas precisas, que culminem com o desbaratamento dessas quadrilhas, a prisão dos envolvidos no crime e o confisco e redirecionamento do dinheiro que os fazem tão fortes. Certamente estamos nas "mãos de Deus” porque os marginais estão soltos e muito bem armados e a população, presa e desarmada; hoje, realmente, eles têm certeza de que não terão por parte da população nenhuma reação, cabendo assim à segurança privada, apesar de suas limitações, cumprir seu papel de “auxiliar” na proteção de cargas e na segurança de modo geral. Cada vez que uma viatura de escolta armada circula em qualquer local, seja ele urbano ou rural, estamos externando a sensação de segurança ao motorista e à carga escoltada, bem como aos usuários de ruas e rodovias, pois temos ali caracterizada de acordo com a lei viaturas com quatro portas, com logotipo com a inscrição Escolta Armada, e seus homens fardados, armados e identificados, treinados, além de fiscalizados pela Polícia Federal do Brasil. Entendo que a escolta armada caminha por necessidade complementar de segurança, da mesma forma que as escolas particulares de ensino, os planos de assistência médica, as frotas particulares de transporte, e assim por diante. Ou seja, uma tendência que, mesmo não sendo aceita por muitos, será certamente perpetuada em nosso país, pelo histórico de insegurança até hoje apresentado. ANÁLISE CARREIRA DO GESTOR DE SEGURANÇA NO PANORAMA ATUAL DO MERCADO A TÁCITO AUGUSTO SILVA LEITE, presidente da Abseg (Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança), diretor de Segurança da Indra no Brasil e idealizador do site Biblioteca de Segurança crise econômica brasileira é pauta diária dos veículos jornalísticos do país e das conversas da população. A previsão é de uma tendência sustentável de aumento do desemprego até o fim de 2015, o que não ocorria havia uma década. Esse cenário afeta os profissionais de segurança privada de diversas formas, entre elas o próprio desenvolvimento da carreira. A melhor forma de prevenir esse quadro é buscando mais e mais qualificação. A carreira de gestor e a de consultor em segurança patrimonial apresentam novas dificuldades e oportunidades. É grande o mercado de trabalho para técnicos e gestores de segurança. A questão é que as necessidades de perfil para a segurança empresarial têm sido supridas de maneira insuficiente. Nossas escolas não estão provendo todas as capacitações necessárias. Nas últimas duas décadas, os profissionais de segurança patrimonial têm procurado conhecimento também em administração e nas ciências sociais. É cada vez mais aceita a ideia de que não se pode transferir, sem ajustes, um procedimento militar para locais como um condomínio residencial, um shopping center, uma agência bancária etc. No Brasil, em nível superior, de 1997 a 2005, só havia cursos de pós-graduação. Atualmente, a demanda reprimida para pós-graduação foi atendida, e sua oferta diminuiu sensivelmente. Em movimento complementar, nos últimos 10 anos começaram a surgir cursos de graduação, com três anos de duração, que formam tecnólogo de administração com aperfeiçoamento em segurança. Os tecnólogos podem fazer pós-graduação lato senso, que são as especializações e os MBAs. Infelizmente, nem todas as instituições dedicadas à formação de tecnólogos têm tradição de qualidade no ensino. Como resultado, nem todas posicionam no mercado profissionais bem preparados. A carência de mão de obra lhes garante colocação, porém esse quadro desfavorece a imagem da categoria. Estima-se entre 50 e 70 o total de cursos no Brasil, incluindo graduação e pós-graduação. Em contraponto, os profissionais empenhados em aperfeiçoar suas habilidades participam de congressos, seminários e cursos livres para adquirir novos conhecimentos e abordagens, além de trocarem experiências com seus pares. Sabendo disso, a Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança (Abseg) realizará seu primeiro Encontro Nacional de Profissionais de Segurança, voltado para associados e não associados, com o objetivo de promover o aperfeiçoamento e o networking tão necessário ao desenvolvimento de todas as carreiras. Com o tema "Os desafios da integração no setor de segurança", o evento acontecerá de 12 a 14 de maio, no Auditório do Espaço Maestro, no bairro do Paraíso, na cidade de São Paulo, e contará com palestras dos mais proeminentes nomes da segurança privada. O encontro vai abordar assuntos como procedimentos de segurança operacional, como integrar sua equipe e melhorar a comunicação interna, planejamento estratégico de segurança cibernética corporativa, a tecnologia a favor da segurança: biometria e reconhecimento facial, entre outros. PERSPECTIVAS No futuro, certamente, um único profissional coordenará a gestão de riscos globais, operacionais, de mercado e lógicos. Será também o responsável pela elaboração de planos de gestão de riscos, emergência, contingência, recuperação, entre outros projetos globais de segurança. O fato é que não estamos atendendo às necessidades de perfil para segurança empresarial. As lacunas estão aparecendo, as empresas estão desenhando cargos e as oportunidades estão surgindo. Afinal, todos os riscos se encontram na empresa, não existe fronteira física nem lógica. Cada especialista precisa aprender muito sobre a área de outros profissionais, mesmo que isso demande esforços de capacitação e volta à escola. A grande questão é a carência de profissionais prontos para assumir a função de gestor global de riscos. A dinâmica do mercado de segurança empresarial certamente trará mudanças na oferta dos cursos de nível universitário. É um momento de grandes oportunidades aos profissionais de segurança. Revista SESVESP | 17 ARTIGO A CLANDESTINIDADE AVANÇA A segurança privada brasileira é fiscalizada pelo Ministério da Justiça por intermédio da da Polícia Federal. Todas as empresas prestam contas de seus atos a uma delegacia especializada, que tem como ferramenta a Lei 7.102 e portarias regulamentadoras. Essas lhe permitem fiscalizar, coordenar, disciplinar e exigir o cumprimento de todas as normas que regem a atividade. A fiscalização é enérgica e, em alguns casos, pode até cancelar autorizações, dependendo do grau da irregularidade constatada. Em razão disso, pode-se afirmar que o Brasil tem uma das mais controladas regulamentações des- JOSÉ JACOBSON NETO Presidente da Abrevis VICTOR SAETA DE AGUIAR Diretor da Abrevis 18 | Revista SESVESP se tipo de atividade. Toda e qualquer movimentação que se refira ao armamento, por exemplo, é objeto de recolhimento de tributo específico, e a movimentação só ocorre após autorização da Polícia Federal por meio de um documento oficial, a Guia de Tráfego. Essa é apenas uma das muitas responsabilidades que as empresas obedecem para sua atuação. Além dessas obrigações específicas do setor, as empresas submetem-se a todas as leis trabalhistas existentes e são recolhedoras da imensa carga de tributos que incidem sobre suas receitas. Enfim, o setor, por ser considerado como atividade específica, presta conta de todas as suas ações. Em razão disso tudo, reconhecemos que a fiscalização é necessária, pois entre nossas atividades está a manutenção da ordem, a preservação do patrimônio e, principalmente, a defesa da vida. Operamos em toda a rede bancária brasileira, em hospitais, assim como na indústria, no comércio, em transporte de valores, escolta de cargas e bens, e na segurança pessoal de altos execu- tivos. Atuamos também em portos e aeroportos. Temos pleno conhecimento das técnicas de controle de multidões, haja vista que nossas empresas trabalham em grandes eventos de forma absolutamente competente. Por exemplo: Carnaval de rua, Fórmula 1, rodeios, apresentações artísticas, além de termos contribuído com absoluta capacidade operacional e técnica para o sucesso da realização da Copa Fifa no Brasil. Porém, toda essa fantástica força de trabalho e contribuição para a sociedade vem sofrendo uma corrosão inadmissível. Embora as empresas invistam vultosas somas na busca de tecnologia moderna e treinamentos atualizados visando a oferecer excelência na prestação de serviços, somos vítimas de empresas clandestinas que em nada contribuem para a sociedade. São firmas que oferecem seus serviços de forma irregular e utilizam mão de obra sem qualificação, pondo em risco o patrimônio e a vida Foto: Istock de pessoas e empresas, além de denegrirem a imagem do nosso setor. Essa situação piora quando fica patente que não somos vítimas apenas de empresas clandestinas. Ultimamente temos recebido inúmeras denúncias de que galerias comerciais e outros estabelecimentos utilizam mão de obra desqualificada para exercer a função ...reconhecemos que a fiscalização é necessária, pois entre nossas atividades está a manutenção da ordem, a preservação do patrimônio e, principalmente, a defesa da vida. de segurança. Esses pseudoprofissionais, ao depararem com uma ocorrência, atuam com extrema violência contra os frequentadores. Por se tratar de clandestinos, não há sequer a possibilidade de identificá-los. Trabalham sem registro nem identificações visíveis. Suas vítimas não têm como registrar reclamações, pois não se apresentam como funcionários do condomínio. Nos bairros mais movimentados frequentados por jovens que buscam os bares da moda, os proprietários contratam policiais de folga para exercer a função de segurança. É uma situação absurda. Os policiais agem com violência e arbitrariedade, conduzindo jovens para os fundos de bares e agredindo com selvageria frequentadores que se envolvam em qualquer tipo de rusga. Pior: nem sempre são apenas os policiais que estão trabalhan- do. Muitas vezes um policial organiza um corpo de “seguranças” e lhes dá cobertura em qualquer irregularidade que cometam. Lamentavelmente já ocorreram mortes de jovens agredidos covardemente por esse verdadeiro exército clandestino que opera como segurança irregular. A nossa atividade é controlada pela Polícia Federal, que se mostra muito exigente quando efetua suas fiscalizações rotineiras nas empresas regulares. Somos penalizados por quaisquer deslizes administrativos porventura cometidos. Por que não podemos contar com sua atuação igualmente enérgica sobre esses verdadeiros absurdos? Por que suas equipes não efetuam fiscalizações buscando coibir, punir, reprimir e penalizar quem executa a função de forma clandestina? Se somos tão fiscalizados agindo dentro da lei, por que esses verdadeiros criminosos agem sem que haja nenhuma repressão? Como fazer para que possamos, como empresários e sobretudo como cidadãos, contar com a eficiência da Polícia Federal para nos socorrer? Revista SESVESP | 19 EM FOCO RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS SOBRE VERBAS INDENIZATÓRIAS A tendendo à literal disposição da legislação em vigor, as empresas de segurança privada vêm recolhendo contribuições previdenciárias sobre todas as verbas pagas aos seus empregados. Contudo, nem todas essas verbas sofrem a incidência de contribuição previdenciária patronal, entre as quais destacamos as verbas trabalhistas de natureza indenizatória, como o aviso prévio indenizado, o auxílio-doença e acidente, o terço constitucional de férias e o abono de férias. Isso porque os pagamentos de natureza indenizatória efetuados aos empregados não são destinados a “retribuir o trabalho”, como exige a lei para que haja a incidência de contribuição previdenciária patronal, sendo, portanto, conceitualmente excluídas da base de cálculo do referido tributo. Entretanto, embora possa parecer óbvia a não incidência de contribuição previdenciária patronal sobre as referidas verbas, as empresas que simplesmente deixarem de recolher o tributo estarão sujeitas à fiscalização da Receita Federal do Brasil, a qual, em razão da ausência de expressa autorização legal, vem exigindo esse recolhimento. A única forma de as empresas se livrarem da incidência desse tributo é por meio de ação judicial, seja de caráter individual, quando a própria empresa ingressa com ação para reconhecer o seu direito, seja pela adesão a ações de natureza coletiva, ajuizadas por entidades das quais a empresa é associada. Atento à jurisprudência pátria, o Sesvesp vem ingressando com diversas ações judiciais coletivas em favor de seus associados, sendo representada pelo escritório Maricato Advogados Associados, banca de reconhecida expertise no mercado e um dos pioneiros dessas teses tributárias. Tais ações obtiveram liminar, sentença e acórdão favorável do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, reconhecendo a procedência do pleito. A novidade é que essas ações foram agora incluídas na sistemática de “Recursos Repetitivos” do Superior Tribunal de Justiça (art. 543-C do CPC), o que vincula seus resultados aos precedentes já fixados por essa Corte, de modo que as decisões proferidas nesses processos estão devidamente consolidadas para serem utilizadas de imediato para aproveitamento dos créditos tributários decorrentes, mediante adesão das empresas interessadas. 20 | Revista SESVESP DIOGO TELLES AKASHI é advogado do Sesvesp e sócio do escritório Maricato Advogados Associados Atento à jurisprudência pátria, o Sesvesp vem ingressando com diversas ações judiciais coletivas em favor de seus associados. Os associados que tiverem interesse poderão solicitar sua adesão ao escritório Maricato Advogados Associados, o que permitirá a suspensão imediata dos recolhimentos e a apuração de créditos sobre contribuições previdenciárias pagas desde 2004, gerando um montante a compensar entre 3 e 5 vezes o valor mensal da folha de pagamento da empresa, para utilização imediata. CURSOS PROGRAME-SE PARA AS AULAS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Os cursos de aprimoramento voltados para os profissionais de segurança privada promovidos pelo Sesvesp, no período de 16 de abril a 9 de junho, vão abordar 16 temas, entre os quais “A nova ISO 9001: 2015 – Entendimento e interpretação para o segmento de segurança”, “Liderança intermediária, supervisão e gerenciamento”, “PNL – Programação Neurolinguística na prática”, “B.O.P. (Brigada Operacional Proativa) na segurança privada” e “Sistemas físicos de proteção e tecnologias utilizadas”. Ministradas nas cidades de São Paulo, São José dos Campos, ABC, Santos, São Carlos, Bauru e Campinas, as aulas são gratuitas aos associados do Sesvesp em dia com suas contribuições. Os cursos estão abertos a empresas não vinculadas ao sindicato e de outros segmentos e a pessoas físicas. As inscrições podem ser feitas pelo site www.sesvesp.com.br. DATA LOCAL HORÁRIO CURSO INSTRUTOR 16/abr São Paulo 9h às 18h A NOVA ISO 9001:2015 - ENTENDIMENTO E INTERPRETAÇÃO PARA O SEGMENTO DE SEGURANÇA Werner Nopper Jr. 16/abr São José dos Campos 9h às 18h COMO DESENVOLVER UMA INVESTIGAÇÃO/ SINDICÂNCIA 23/abr ABC 9h às 18h SISTEMAS FÍSICOS DE PROTEÇÃO E TECNOLOGIAS UTILIZADAS Maurício de Faria 23/abr Santos 9h às 18h SISTEMAS DE GESTÃO PARA EMPRESAS DE SERVIÇOS Werner Nopper Jr. 24/abr São Carlos 9h às 18h PNL - PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA NA PRÁTICA 28/abr Bauru 9h às 18h LIDERANÇA INTERMEDIÁRIA, SUPERVISÃO E GERENCIAMENTO 6/mai São Paulo 9h às 18h SEGURANÇA INTEGRADA E SOLUÇÕES CONTRA A VIOLÊNCIA URBANA 7/mai São Carlos 9h às 18h SISTEMAS FÍSICOS DE PROTEÇÃO E TECNOLOGIAS UTILIZADAS 12/mai Bauru 9h às 18h TECNOLOGIA NA SEGURANÇA PRIVADA - NOVOS DESAFIOS DO GESTOR MODERNO 21/mai São Paulo 9h às 18h SISTEMAS DE GESTÃO PARA EMPRESAS DE SERVIÇOS Werner Nopper Jr. 22/mai Campinas 9h às 18h FAP: ESTUDO E ANÁLISE DOS RISCOS DE ACIDENTE DE TRABALHO André Eduardo Dantas 28/mai Campinas 9h às 18h O SUCESSO DO CLIENTE É O SEU NOVO NEGÓCIO 29/mai Santos 9h às 18h INSS: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS E VERBAS NÃO SALARIAIS 2/jun ABC 9h às 18h B. O. P. NA SEGURANÇA PRIVADA 3/jun São Paulo 9h às 18h TECNOLOGIA NA SEGURANÇA PRIVADA - NOVOS DESAFIOS DO GESTOR MODERNO Celso Calazans 9/jun Campinas 9h às 18h A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO, SUAS CARACTERÍSTICAS E FORMAS DE PROTEÇÃO Claudio Moretti Marcy J. Campos Verde Roberto Costa Ricardo Fera Celso Calazans Maurício de Faria Celso Calazans Marcos Menichetti André Eduardo Dantas Ricardo Fera Revista SESVESP | 21 OPINIÃO CORONEL CAMILO O VIDEOMONITORAMENTO URBANO E A INTEGRAÇÃO DAS SEGURANÇAS Coronel Alvaro Batista Camilo, deputado estadual (PSD) e ex-comandante da Polícia Militar de São Paulo D 22 | Revista SESVESP esde meados do século 20, vivenciamos uma explosão populacional nas cidades brasileiras. Algumas unificaram-se com as cidades vizinhas, constituindo as regiões metropolitanas. A gestão desses aglomerados urbanos é muito complexa. E mesmo cidades pacatas, tradicionalmente seguras, atraem criminosos, pois ali o efetivo policial é reduzido e as pessoas estão menos atentas à ação de delinquentes, o que favorece a prática de roubos. Como os orçamentos públicos não apresentam folga para contratar mais servidores, é preciso recorrer ao planejamento, ao aprimoramento da gestão e ao suporte da tecnologia para responder ao desafio da violência. Daí, o surgimento do conceito das Cidades Digitais. Muitos municípios têm utilizado a tecnologia na prevenção e resposta a atos antissociais, levando aos cidadãos a esperada sensação de segurança, por favorecer a pronta resposta. O videomonitoramento urbano é uma dessas soluções. Conectadas a uma central de comando operacional, câmeras são instaladas em pontos estratégicos da cidade, e agentes treinados e supervisionados observam os espaços públicos, a fim de acionar as autoridades assim que haja necessidade. A título de exemplo, um projeto criado pelo Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, do Ministério da Justiça), o GGIM (Gabinete de Gestão Integrada Municipal) possibilita a integração, nas centrais de comando operacional dos municípios, de autoridades representativas de diversas instituições, como a Polícia Militar, a Guarda Civil Municipal, Trânsito e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A integração do uso da tecnologia facilita o deslocamento de efetivo para atender ocorrências e solucionar eventos com agilidade e economia de meios. O software utilizado também grava as imagens captadas e as mantém em arquivo, o que auxiliará eventual investigação criminal posterior. Há limites, porém. Ao optar por esse recurso, é preciso prever os custos de manutenção e a reposição de equipamentos. É preciso prever falhas no funcionamento, furtos e depredações. E, além da tecnologia, há que investir no maior recurso que uma cidade possui: as pessoas. Todos os municípios possuem um grande número de profissionais exercendo tarefas de vigilância patrimonial. A eficiência de seu trabalho aumenta quando, ao preservarem o patrimônio privado, objeto de seu trabalho, também estiverem atentos ao que acontece no entorno do negócio pelo qual o vigilante zela. Ao constatar qualquer anormalidade, comunicará a polícia de imediato. Com o fornecimento de informações em tempo real, patrimônios e vidas poderão ser preservados. Cabe aos gestores das áreas da segurança pública e privada dialogar mais intensamente, promovendo maior integração, por meio de encontros e treinamentos conjuntos, inclusive otimizando o uso dos espaços das delegacias regionais do Sesvesp. A superação de paradigmas, em face de desafios que se renovam, resultará em benefícios para as empresas e, especialmente, para as pessoas que vivem no espaço urbano. Foto ilustrativa Sua vida foi construída tijolo por tijolo. Proteja-se com a Muralha. Segurança Patrimonial e Pessoal Tudo o que você precisa para ficar seguro e tranquilo. Grupo Muralha. Inteligência, estratégia e seriedade desde 1993. www.muralha.com.br • (11) 4223-5600 Revista SESVESP | 23