livro Final - Master Eco
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livro Final - Master Eco
ECO-POLIS - MASTER INTERNAZIONALE IN POLITICHE AMBIENTALI E TERRITORIALI PER LA SOSTENIBILITÀ E LO SVILUPPO LOCALE Maragogi Porto Calvo Japaratinga UM TERRITÓRIO DESEJÁVEL Compromisso integrado para a Costa dos Corais Master Eco-Polis | Workshop | Alagoas | Brasil | 2010 Porto de Pedras São Miguel dos Milagres Passo de Camaragibe Barra de Santo Antônio Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento ESTADO DE ALAGOAS BRASIL Paripueira International Master on environmental and regional policies for sustainability in local development università di ferrara DA SEICENTO ANNI GUARDIAMO AVANTI Facolta di Economia e Scienza MM.FF.NN Apresentação Divulgação - web università di ferrara DA SEICENTO ANNI GUARDIAMO AVANTI Facolta di Economia e Scienza MM.FF.NN Responsáveis Júlio Sérgio de Maya Pedrosa Moreira (SEPLAN_Alagoas) Gianfranco Franz (Università di Ferrara) Antônio Carlos Sampaio Quintiliano (SEPLAN_Alagoas) Coordenadores Alyne Vieira (SEPLAN_Alagoas) Daniel Sardo (Università di Ferrara) Emanuela De Menna (Università di Ferrara) Gregory Delaune (Università di Ferrara) Massimo Zupi (Università della Calabria) Tutores Barbara Dovarch (Università di Sassari) Camilla Sabattini (Università di Ferrara) Corinne Corbau (Università di Ferrara) Pierluca Gaglioppa (Lands Network) Especialistas Liliani Tiepolo (UFPR) Michele Mistri (Università di Ferrara) Umberto Simeoni (Università di Ferrara) Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento International Master on environmental and regional policies for sustainability and local development Equipe de apoio Juan Manuel Priegues Castro (SEPLAN_Alagoas) Maria de Fatima Santos Pires (SEPLAN_Alagoas) Nicole Pistelli (IFPR) Polianna Kristine Alves Bugarin (SEPLAN_Alagoas) Humberto Barbosa Ferreira Júnior (SEPLAN_Alagoas) Adeilto Ferreira de Lima (SEPLAN_Alagoas) Paulo Gustavo Alves Calado (SEPLAN_Alagoas) Cristiane Souza (SEPLAN_Alagoas) Aulas, Palestras, Contribuições e Colaborações Anna Cláudia Marques (APL Costa dos Corais) Arnaldo Cecchini (Università di Sassari) Fábio Leão (AFAL) Hebert Freire (Secretaria de Turismo de Maragogi) João Lessa (SEMARH_Alagoas) Lindemberg Medeiros de Araujo (UFAL) Lucilla Previati (Parco del Delta del Po) Márcia Túlia (Projetur) Marcos Rocha (OCB-AL) Monica Dorigo (UFAL) Rachel Rocha (UFAL) Rochana Campos (UFAL) Alunos Eco-Polis Ana Paula Tomas (BRA) Débora Ramos Costa (BRA) Débora Rocha (BRA) Eva Merloni (ITA) Flaviana Rosa (BRA) Francesca Bettedi (ITA) Giuseppe Lippo (BRA) Gloria Velasquez Oliveira (BOL) Laura Travaglia (ITA) Leandro Panigo (ARG) Leticia Camargo (BRA) Lorenzo Mormiro (ITA) Maria Florencia Guidobono (ARG) Maria Stella Spinelli (ITA) Mauro Cossu (ITA) Michael Chinelato Soares (BRA) Samuel Silva (BRA) Sandra Días (BRA) Silvanise Marquez (BRA) Sofia Burioli (ITA) Aluna convidada Kizzi Utizi (Università di Ferrara) CURSA Consorzio Universitario per la Ricerca Socioeconomica e per l'Ambiente BANCO INTERAMERICANO DE DESARROLLO FONDO MULTIRATERAL DE INVERSIONES 1 O Master 3 Introdução | Metodologia 4 O Território: Localização | Nossa Primeira Impressão 7 Do Seminário Internacional à Análise Análise crítica do território Análise ambiental Análises dinâmicas (urbana e territorial) Análise econômica Análise social Lista dos atores locais Lista dos programas 25 26 27 33 42 52 61 63 Visão 66 Propostas e Projetos 68 l Rede de observatórios l Geodatabase l PTC Costa dos Corais l Vulnerabilidade ambiental l Oficina de ideias l Espaço urbano de identidade l Turismos desejáveis l Produção frutífera de qualidade Seminário Internacional 11 13 14 16 17 19 21 22 23 70 79 81 86 91 93 96 101 COMPROMISSO PARA O DESENVOLVIMENTO 104 Conclusões 108 Glossário | Referências bibliográficas | Anexo: Diário dos encontros com os atores locais 110 Análise Crítica Mesa temática 1: Meio Ambiente. Gestão dos riscos naturais e segurança do território. Mesa temática 2: Turismo, território e políticas de marketing. Mesa temática 3: Desenvolvimento local e redes de empresa. Mesa temática 4: Inovação tecnológica e pesquisa. Mesa temática 5: Agricultura, pesca e marcas de qualidade. Mesa temática 6: Educação, formação, capacitação, empoderamento e comunicação. Mesa temática 7: Qualidade urbana, panejamento e infraestrutura. Mesa temática 8: Capital cultural, patrimônio e sociedade. Mesa temática 9: Políticas, instituições e governança. 10 Propostas e Projetos Seminário Internacional 2 O Master Divulgação - web Como o próprio nome diz, o Master Eco-Polis sintetiza o objetivo cultural, científico e didático de conjugar as dimensões da economia e da ecologia com aspectos do território e da cidade, do ambiente e da paisagem. A visão estratégica do Eco-Polis está orientada a prover os instrumentos para perseguir o desenvolvimento econômico, social e espacial, ecologicamente orientado e democraticamente participativo nos processos de governo, na promoção das políticas e na definição dos instrumentos. Portanto, o objetivo do Master Internacional Eco-Polis é formar os graduados em diversas disciplinas com conhecimentos técnicos e culturais sólidos e específicos, desenvolvendo assim, uma visão sistêmica dos problemas e das possíveis soluções em diversas escalas e sobre as diversas dimensões de governo, de desenvolvimento e do território. Da análise das políticas à dimensão do planejamento; Da dimensão da programação até a escala do projeto; Da lógica e da técnica de avaliação até o problema da gestão. Eco-Polis propõe um modelo de formação multidisciplinar fundamentado na integração das competências e no enfrentamento entre diversos enfoques multidisciplinares (direito, economia, ecologia, planejamento). Os docentes do Master são especialistas do mundo acadêmico, da administração pública, profissional e empresarial. Os conteúdos didáticos se dividem em momentos teórico-metodológicos e momentos prático-projetuais, com ilustrações e discussões de casos de estudos concretos e realizados. Como complemento do curso de estudos, as competências dos estudantes serão confrontadas por meio de trabalhos de workshop (Itália e América Latina), durante os quais se promove a prática de trabalho em grupo com docentes e profissionais. Desta forma, os estudantes têm a possibilidade de conhecer realidades profundamente diversas, desenvolvendo a capacidade de elaborar propostas adequadas ao contexto no qual lhes corresponde a operar. Eco-Polis tem o objetivo de ampliar os horizontes culturais e técnicos de referência dos alunos, favorecendo a construção de redes transnacionais e a realização de experiências de estudo e trabalho em outros países. Este livro recolhe os resultados do terceiro workshop do Master Eco-Polis da edição de 2010, realizado em Maceió e Costa dos Corais, de 15 de setembro a 15 de outubro, junto à Seplan e instituições parceiras. A ideia do workshop surgiu da necessidade de dar continuidade a algumas ações já iniciadas nos meses anteriores como o Seminário Internacional realizado em Maragogi em setembro de 2009 e ações promovidas em parceria entre Unife -Seplan-Ufal e Uneal. Parte integrante do workshop foi o Seminário Internacional “Os turismos desejáveis”, realizado em Maragogi nos dias 22-2324 de setembro e organizado em conjunto pelo Master Eco-Polis e Seplan. O grupo de alunos do Master Eco-Polis é composto por 9 estudantes de Alagoas, todos funcionários públicos, que receberam uma bolsa de estudos do Estado de Alagoas para receber uma formação de alto nível sobre temas específicos do desenvolvimento local. A partir do Seminário Internacional “Os turismos desejáveis”, o objetivo do workshop foi o desenvolvimento de uma agenda estratégica, junto a projetos e propostas de políticas voltadas para o planejamento sustentável, em relação à gestão integrada do território do APL Costa dos Corais. Mapas, gráficos e imagens Todos os mapas, gráficos e imagens não creditados são de responsabilidade da equipe do Master Eco-Polis Análise Crítica Eco-Polis tem como finalidade transmitir os conhecimentos e práticas mais inovadoras em matéria de sustentabilidade e desenvolvimento local, por meio do cruzamento de um amplo espectro de conhecimentos específicos. o apoio de docentes de diversas universidades e países. Este enfoque é destacado como fundamental já que ajuda a superar os restritos enfoques que frequentemente abatem as práticas da sustentabilidade e do desenvolvimento local. Propostas e Projetos Eco-Polis, Master Internacional em Políticas Ambientais e Territoriais para a Sustentabilidade Local é um curso itinerante de formação avançada e multidisciplinar. Seminário Internacional O Master Caracterizado de forma específica, por ser um curso itinerante, o Master Eco-Polis se desenvolve em distintas sedes, nações e com 3 Introdução Divulgação - web Propriamente pela dificuldade de reconhecer estes recursos, vêm sendo valorizados normalmente os aspectos mais aparentes do território (o turismo é quase somente o de “sol e mar”). Ao mesmo tempo mostra-se necessario destacar o turismo como um setor econômico com características peculiares: usando as palavras do antropólogo inglês Robin Fox, “é como o fogo, pode cozinhar a comida, mas também pode queimar a sua casa”; em muitos casos isto contribui para um desenvolvimento de breve período, mas compromete aquele de longo período (consumo de recursos naturais e dos valores ambientais); é extremamente suscetível as variações de mercado (mudanças de gostos, modelos do momento e variações da capacidade de compra do consumidor). Portanto, uma região que se baseia exclusivamente no turismo é destinada a ter uma economia frágil e pouco resiliente. Além disso, O APL do turismo “Costa dos Corais” presente em oito municípios está conduzindo as políticas comuns e compartilhadas, procurando reunir, associar e integrar. Trata-se de um programa setorial que alcançou boa parte dos resultados previstos na sua missão. Porém, percebe-se a necessidade de integrar uma abordagem do tipo setorial para obter uma visão conjunta que considere a gestão integrada das potencialidades e das problemáticas presentes, e que permita afrontar uma série de questões: Como fazer emergir os valores implícitos, suaves e sutis do território? Qual tipo de desenvolvido o território deseja? Qual visão possui de seu futuro? Como se pode articular entre estes valores os diversos atores e interesses? Perguntas-chave que revelam uma abordagem de fundo que caracteriza o trabalho apresentado nas páginas seguintes: a necessidade de afirmar a natureza territorial do desenvolvimento geral e do desenvolvimento turístico em particular. As reflexões propostas pelo workshop são orientadas a definir qual é o território que desejamos antes de perguntarmos qual é o turismo que queremos. Análise Crítica Mas a analogia não cessa aqui: os corais constituem um ecossistema extremamente frágil, que necessita de séculos para se formar e pode ser destruído em brevíssimo tempo; da mesma forma, muitos dos recursos deste território são frutos de longas e complexas estratificações que podem ser canceladas repentinamente por ações inadequadas. não é possível construir uma oferta turística de qualidade real, se não se constrói uma boa qualidade de vida para todos os habitantes, se as vantagens provenientes do turismo não beneficiam de maneira difusa a população. Nem todos os territórios são adequados para todos os turismos. Alguns turismos reforçam-se reciprocamente, outros são incompatíveis. As políticas para os turismos devem ser necessariamente políticas também de território. Propostas e Projetos O nome “Costa dos Corais” reflete fielmente o caráter deste território: como os corais, que são um ‘‘tesouro’’ escondido abaixo do nível do mar que por efeito do incessante movimento das marés somente às vezes afloram na superfície, assim é o território inteiro do APL Costa dos Corais, rico em muitos recursos, valores, saberes, mas em boa parte implícitos, suaves, sutis que só ocasionalmente, e por vezes casualmente, surgem à superfície. Seminário Internacional INTRODUÇÃO 4 Metodologia METODOLOGIA primeira impressão do território seminário internacional; elaboração das mesas temáticas análise / síntese visão compartilhada: das propostas das mesas à uma costa integrada articulação das propostas estratégias de atuação integrada Análise Crítica construção do mapa dos atores e programas, fundamental para compreender as possibilidades reais de implementação das propostas, para compreender quem pode exercê-las e acompanhá-las; e de quais programas são existentes para um possível início e ainda para reforçá-los e complementá-los. De um ponto de vista metodológico, esta fase de análise foi realizada através de palestras sobre aspectos específicos, análises de dados secundários e, sobretudo, levantamentos de dados qualitativos em campo através de entrevistas e encontros com atores institucionais e sociedade civil. Escutar os atores locais foi o que constituiu o principal aspecto do Master; de fato todas as propostas nasceram do confronto direto com os stakeholders, administradores e cidadãos do território. A fase de análise foi concluída com uma síntese das potencialidades e das problemáticas do território. A partir disso, foi construída uma visão unitária do território e foram individualizados cinco eixos estratégicos definidos como prioritários para suportar as propostas operativas. Os cinco eixos estratégicos representam a chave para integrar, coordenar e relacionar as propostas emersas das mesas temáticas. As trintas propostas iniciais foram reorganizadas em 8+1 propostas integradas entre elas. A nona proposta representava a individualização de um processo de governança territorial capaz de gerir e coordenar a atuação das próprias propostas Para cada uma das propostas foi reservada atenção particular dos possíveis executores e parceiros que possam garantir a concreta atuação das propostas, as possíveis formas de financiamento e a necessidade de haver ações de breve termo que possam dar visibilidade e resultados imediatos. Na conclusão é esclarecido que todo o trabalho representa somente uma pequena etapa de um percurso apenas iniciado, que para alcançar os resultados esperados é necessário o empenho de todos os atores públicos e privados que operam no território em vários níveis (político, técnico, de empreendimento e de habitação). Propostas e Projetos O trabalho do Master foi concretizado na metade de setembro e incluiu a participação e a coordenação do Seminário Internacional “Os turismos desejáveis”, organizado conjuntamente com a Seplan. Fizeram parte deste evento administradores, funcionários, operadores econômicos, representantes dos setores público e privado, especialistas brasileiros e internacionais. A primeira semana de trabalho foi destinada a preparação deste importante evento. Os estudantes coordenaram as nove mesas temáticas de discussão que debateram os principais temas para o desenvolvimento do território. A possibilidade de confrontar-se com os principais atores locais operantes no território e dispor de um dia inteiro para debater sobre as possibilidades de desenvolvimento para a ‘‘Costa dos Corais’’ representou um momento fundamental para o trabalho do workshop e para este território. Por este motivo a primeira semana do Master, em preparação para o seminário, incluiu encontros, levantamento de informações e palestras com o objetivo de gerar as primeiras impressões do território. Essas impressões foram sintetizadas e elaboradas através de uma análise SWOT que, por não ter pretensão de detalhamento, foi útil para individualizar as questões principais discutidas nas mesas. Todas as mesas também foram introduzidas com três questões-chave, a partir das quais os participantes discutiram ate chegar a uma proposta operativa. Como objetivo adicionado, em cada mesa deveria surgir um número mínimo de propostas operativas para o resultado final desta primeira fase de trabalho. Cerca de trinta propostas foram coletadas diretamente dos atores locais. A segunda fase do trabalho, de reelaboração das informações obtidas, foi iniciada com o objetivo de aprofundar a primeira impressão elaborada a partir do seminário. Portanto, os argumentos das nove mesas temáticas são confluídos em quatro categorias de análise (ambiente, economia, sociedade e dinâmica urbana e territorial) para compreender melhor o contexto de referimento no qual se deve inserir as proposta e para verificar a sua possibilidade de concretização. Uma parte da análise foi dedicada a Seminário Internacional Divulgação - web 5 Propostas e Projetos Análise Crítica Seminário Internacional O Território: Nossa Primeira Impressão 6 O Território 1 2 Venezuela Colômbia Ecuador BRASIL Peru Bolívia BRASIL Alagoas Paraguai Chile Argentina Uruguai Seminário Internacional Fonte: divulgação web Região Norte Região Centro-Oeste Localização mundial Região Sudeste Região Sul Análise Crítica Região Nordeste PERNAMBUCO JACUÍPE JUNDIÁ Porto Calvo Maragogi Japaratinga MATRIZ DE CAMARAGIBE JOAQUIM GOMES Porto de Pedras 3 São Miguel dos Milagres Estado de Alagoas FLEXEIRAS Passo de Camaragibe SÃO LUÍS DO QUITUNDE Barra de Santo Antônio MACEIÓ Costa dos Corais Área total Km2: 1.428.704 População residente: 90.973 4 Propostas e Projetos NOVO LINO Paripueira 7 O Território Nossa Primeira Impressão ´ nos níveis Análise Crítica - Uma introdução e três questões-chave, resultado da análise FOFA, que serviram para dar um start-up na discussão do tema; - Reflexões e propostas que representam a síntese dos resultados emersos do dia de debates ´ is Propostas e Projetos Com o objetivo de preparar a coordenação das mesas temáticas do Seminário Internacional “Os turismos desejáveis” e ter uma primeira impressão do território, foram realizadas na primeira semana de trabalho, diversas entrevistas, visitas de campo e palestras. Este primeiro contato com a realidade local objetivou o aproveitamento da visão de diferentes especialistas provenientes de contextos diversos para realizar uma fotografia das características do território. O resultado está sintetizado na FOFA ao lado. Esta serve para identificar temas e questões-chave a serem propostos aos participantes da mesa temática. Nas páginas seguintes são colocados os resumos das discussões das mesas temáticas do Seminário Internacional. A proposta das mesas foi dada da seguinte forma: Seminário Internacional INTRODUÇÃO ANÁLISE FOFA 8 Propostas e Projetos Análise Crítica Seminário Internacional Seminário Internacional 9 Seminário Internacional O Governo do Estado de Alagoas, por meio da Secretaria do Planejamento e do Orçamento (SEPLAN), em colaboração com a Universidade Federal do Alagoas (UFAL), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL), o Master Eco-Polis da Universidade de Ferrara (Itália) e o Consórcio Ferrara de Pesquisa (Consorzio Ferrara Ricerche CFR), realizarão um workshop (15 setembro a 15 outubro) no qual os temas de questionamento e trabalho de campo têm como foco a Gestão Integrada do Arranjo Produtivo Local da Costa dos Corais, na região do litoral norte de Alagoas, Brasil. O workshop é parte integrante do programa didático do Master Eco-Polis, em Políticas Ambientais e Territoriais para Sustentabilidade e o Desenvolvimento Local, organizado pela Universidade de Ferrara e Universidade Federal do Alagoas, em colaboração com outras universidades italianas (Calábria e Sassari) e latino-americanas (Universidade Católica de Córdoba – Argentina, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Brasil, a Pontifícia Universidade Católica do Chile e Refletir sobre o modelo turístico mais adequado e aplicável para determinar o processo de desenvolvimento local é o objetivo do Governo do Estado de Alagoas, por isso a escolha do tema do Seminário “Os Turismos Desejáveis”. PROGRAMA SEMINÁRIO 22 DE SETEMBRO Cerimonial de Abertura Secretário de Planejamento e do Orçamento do Estado de Alagoas: Sérgio Moreira Reitora da Universidade Federal de Alagoas: Ana Dayse Rezende Dórea Diretor do Master Internacional Eco-Polis: Gianfranco Franz Gerente executivo da unidade de cooperação internacional da CNI: Renato Caporali Apresentações: Marco Dini, Consultor Internacional BID Danielle Mazzonis, Consultora Internacional BID Fernando Burrows, Diretor do Centro de Desenvolvimento Local de Villarrica, Pontifícia Universidade Católica do Chile Arnaldo Cecchini, Universidade de Sassari, Itália Luca Claudio, Prefeito de Montegrotto, Itália Gianfranco Franz, Master Internacional Eco-Polis, Universidade de Ferrara Mesa 2: Turismo, território e políticas de marketing Mesa 3: Desenvolvimento local e redes de empresa Mesa 4: Inovação tecnológica e pesquisa Mesa5: Agricultura e marcas de qualidade Mesa 6: Educação, formação, capacitação, empoderamento e comunicação Mesa 7: Qualidade urbana, planejamento e infraestrutura Mesa 8: Capital cultural, patrimônio e sociedade Mesa 9: Políticas, Instituições e Governança Elaboração de um quadro de síntese das mesas temáticas 24 DE SETEMBRO Relatório do Presidente da Associação Italiana de Turismo 23 DE SETEMBRO Debate em grupos temáticos Mesa 1: Meio Ambiente, gestão dos riscos naturais e segurança do território Responsável, Maurizio Davolio: “Por um turismo responsável e solidário. Experiências e perspectivas” Apresentação dos quadros de síntese dos grupos temáticos Proposta da agenda estratégica para Gestão Integrada do APL da Costa dos Corais Análise Crítica Apresentação a Universidade da República – Uruguai). O workshop contará com a participação de 20 alunos (2 argentinos, 11 brasileiros, 7 italianos), graduados em diversas áreas: economia, economia do turismo, marketing, arquitetura, planejamento territorial, ciências ambientais e ecologia aplicada, ciências diplomáticas e sociologia. Dentro destes, um grupo de nove alunos composto de funcionários, dirigentes, jovens acadêmicos alagoanos, está sendo financiado pelo Governo do Estado de Alagoas, que assumindo as despesas de permanência na Itália e a Ilha de Páscoa (onde se desenvolvem os primeiros workshop, de 15 de agosto a 12 de setembro 2010) . A SEPLAN, a UFAL, o Master Eco-Polis e o CFR organizarão concomitante ao desenvolvimento do workshop, um Seminário Internacional (de 22 a 24 de setembro 2010) com o tema do desenvolvimento integrado do turismo, com o objetivo de contribuir e definir uma Agenda Estratégica para o Desenvolvimento Local Integrado da Costa dos Corais. Propostas e Projetos Reflexões para uma Agenda Estratégica do desenvolvimento local integrado da Costa dos Corais. Seminário Internacional. Hotel Salinas, Maragogi, 22-24 setembro 2010 Seminário Internacional OS TURISMOS DESEJÁVEIS 10 Seminário Internacional Mesa temática 01: Meio Ambiente, gestão dos riscos naturais e segurança do território Porém, este território está sujeito a diversos impactos que ameaçam seu ambiente e comprometem o desenvolvimento de importantes atividades econômicas como, por exemplo, o turismo. As piscinas naturais e recifes são os principais atrativos turísticos desta região e encontram-se ameaçados pela constante presença turística não controlada resultando na caracterização de um ecossistema extremamente vulnerável. Identifica-se também como grande problemática a falta de dados e informações sobre sua situação atual, num monitoramento ambiental. Ainda soma-se aos aspectos críticos a falta de saneamento básico e relevantes processos de erosão costeira. Três questões-chave - Considerando a integridade dos ambientes aquáticos marinhos (qualidade da água, mangue, etc.) e a presença dos corais como maior atrativo turístico da região, o que se pode fazer para preservá-los de impactos turísticos e outros? - Considerando a presença de pontos críticos na linha de costa (erosão e acúmulo de sedimentos) causado como conseqüências da utilização do solo e urbanização do território, é fundamental o desenvolvimento de um programa para diagnosticar, avaliar e apontar soluções para esta situação. Como implementá-lo? - Considerando o interior da área de estudo, em que a principal atividade realizada é o cultivo intensivo da cana de açúcar, os pequenos fragmentos de mata nativa e vegetação ciliar remanescentes devem ser preservados e, em muitos casos recuperados. Neste sentido, como conectar estas áreas entre elas e também com a costa, mantendo a unidade deste sistema? Seminário Internacional A Costa dos Corais no litoral norte é um dos setores de maior relevância no contexto alagoano concentrando importantes aspectos morfológicos, paisagísticos e ecológicos. Num mesmo território encontram-se manguezais, praias, falésias, rios, remanescentes de floresta atlântica e recifes de arenitos e/ou de corais que compõem a segunda maior barreira do mundo. Convidados Kizzi Utizzi – Master Internacional Eco-Polis, Università di Ferrara Liliani Tiepolo – UFPR Michele Mistri – Università di Ferrara Umberto Simeoni – Università di Ferrara Maria Pia Toso – AZZURRA Ricardo César de Barros Oliveira – GERCO/ IMA Regina Coeli Marques – UFAL Eduardo Normande – IMA / PDTIS Marcelo Françoso – ICMBIO Mônica Dorigo Correia – UFAL José Roberto de Moura – Guarda Ambiental João da Silva Mota – Secretaria Municipal de Meio Ambiente Cícero de Oliveira – ARIBAMA José Elias da Silva – Guarda Ambiental Luis Henrique Peixoto Cavalcante – Secretaria de Meio Ambiente de Maragogi Edjanete Cândido Pereira – Secretaria de Meio Ambiente de Maragogi Rochana Lima – UFAL Eva Merloni – Aluna Master Internacional Eco Polis, Università di Ferrara Relator: Giuseppe Coimbra Lippo Acioli, Aluno Master Internacional Eco-Polis, Università di Ferrara Reflexões A comparação de diferentes experiências, apesar da barreira da língua, destacou e discutiu os pontos críticos comuns e as possíveis intervenções por parte dos órgãos competentes. Os vários componentes da mesa, da área científica e de gestão, destacaram a fragmentação das informações e dados relativos ao ambiente, fato que, por vezes, também influencia na aquisição, dificultando o processo de homogeneização, certificação e acessibilidade dos dados. Análise Crítica Introdução DESENVOLVIMENTO DA MESA Identificou-se a necessidade de criar um centro responsável por coletar, padronizar e processar dados. A discussão prosseguiu focada nos principais assuntos críticos e impactos: • turismo e urbanização não regulamentados por largo prazo; • destruição dos ecossistemas naturais e da biodiversidade; • diminuição da qualidade da água e perda de vitalidade do recife; • erosão costeira; • desconhecimento do valor dos recursos naturais do território; • fenômenos de poluição pontuais e difusos; • falta de controle e planos de monitoramento; Da integração das propostas que surgiram para confrontar estas problemáticas que visam um planejamento futuro mais sustentável da área, nasceram quatro propostas projetuais que se reforçam mutuamente eestãointimamenterelacionadascomoutrasmesastemáticas. Propostas e Projetos PREPARAÇAO DA MESA 11 Seminário Internacional 1. Observatório de gestão da Costa dos Corais Descrição da proposta Descrição da proposta A vulnerabilidade da zona costeira é uma função da sensibilidade e adaptabilidade de um sistema natural, que depende fortemente das suas características físicas e sócio-econômicas. A perda de território costeiro, temporária ou permanente, causa uma perda de recursos ambientais e também do valor das atividades econômicas e das atividades de atração turística. A gestão integrada da zona costeira é um processo dinâmico, interdisciplinar e interativo, com a finalidade de promover a sustentabilidade da zona costeira. A criação de um Observatório da Costa dos Corais tem a função de reunir a informação disponível nas diversas instituições, criar um banco de dados em rede de acesso comum e compartilhado além de adquirir novas informações e novos dados por meio de uma rede de monitoramento. Motivação - exigência de existência Baseia-se em uma política de gestão compartilhada e programação do território costeiro que tem como pressuposto fundamental a salvaguarda dos valores ambientais. A fragmentação da informação nos diversos níveis (federal, estadual, municipal e de várias instituições públicas e privadas) e a falta de coordenação na planificação comportam uma dispersão de dados com consequências na qualidade, comprometendo a possibilidade de buscar uma gestão sustentável da costa. O Observatório da Costa dos Corais possibilita a coordenação flexível e elástica de várias informações. Sua implementação, reunindo e coordenando os diversos atores da costa, favorece o fornecimento sistemático de informações passadas, presentes e futuras sobre a costa para apoiar o desenvolvimento de sistemas integrados de previsões e de observações. valorizam os recuros de biodiversidade de fauna e flora e a cultura tradicional das comunidades locais. A rede ecológica consiste na criação, formação e constituição de tais percursos com envolvimento direto das comunidades, que normalmente são isoladas e às margens dos benefícios socioambientais do turismo. 4. Zoneamento ambiental e socioeconômico Descrição da proposta Criar um zoneamento multitemático que utilize ferramentas, diretrizes e legislações existentes, como o Ato declaratório Ambiental (ADA), Plano Diretor dos Municípios, PNGC, o Projeto Orla, Plano de Manejo da APA Costa dos Corais, Zoneamento Ecológico e Econômico. Este zoneamento leva em consideração diferentes aspectos que caracterizam o território, como por exemplo, o social, o político, o urbano, o ambiental, o geomorfológico, o arquitetônico, o uso da terra, o econômico, o morfológico, as áreas naturais protegidas, as emergências ambientais, o histórico, o cultural, etc. O conhecimento de valoração de sedimentos (ou seja, a soma dos processos de perda de sedimentos e assoreamento) assume grande impor tância na avaliação da possibilidade de desestabilização do equilíbrio costeiro, portanto, são essenciais para qualquer hipótese e estimativa de uso da terra. Também podem traduzir a vulnerabilidade e os impactos nos custos das perdas econômicas que permitem avaliar o custo/efetividade das intervenções a serem tomadas. Motivação - exigência de existência É importante adquirir conhecimento adequado dos fenômenos que caracterizam a costa, a fim de prosseguir com a implementação de medidas estruturais de proteção contra a erosão, que produzem resultados satisfatórios, levando a impactos ambientais a médio e longo prazo. A erosão costeira é suscetível a graves danos ambientais e econômicos, em termos de perda de biodiversidade e dos habitats e agravamento dos fenômenos climáticos extremos, e sobre as atividades econômicas localizadas no litoral tendo como mais atingida o turismo. A correta avaliação da vulnerabilidade costeira ajuda a organizar a tomada de decisões com base na participação das partes interessadas e pessoas envolvidas. É importante na obtenção de um entendimento comum sobre os impactos potenciais relacionados com as mudanças na evolução da morfologia e as estratégias mais adequadas para enfrentá-los e atenuá-los. 3. Restauração das funções e conexões ecológicas Descrição da proposta A notável biodiversidade alagoana é comprometida pela monocultura da cana-de-açúcar, mas resiste na forma de ilhas de natureza que devem ser conectadas por corredores ecológicos a fim de permitir, ainda que parcialmente, a pré-existente funcionalidade ecossistêmica. As conexões entre as ilhas de fragmentos e os corredores naturais originam percursos naturais e culturais do território, com o ativo envolvimento das comunidades locais. Motivações A monocultura da cana-de-açúcar fragiliza o ecossistema terrestre alagoano de forma extrema, causando também perda de biodiversidade e homogeneização do território. Entretanto ainda se mantêm fragmentos florestais, verdadeiras ilhas de natureza – formações residuais da Mata Atlântica localizadas em áreas de difícil acesso às culturas agrícolas, mas extremamente vulneráveis pelo isolamento. É necessário estabelecer conexões mediante a constituição de corredores ecológicos. A diminuição do terreno cultivado pode ser compensada pela adoção do instrumento ADA (Ato Declaratório Ambiental), que trata de compensar economicamente a perda de áreas cultivadas. Fazem falta percursos naturais/culturais nas áreas interioranas que não O projeto visa destacar recursos e valores com o objetivo de criar um programa de desenvolvimento e gestão ambiental estreitamente ligado às realidades locais. Além disso, também fornece uma ferramenta para a gestão do território e de indicações adequadas sobre onde estabelecer possíveis atividades de produção, o desenvolvimento urbano e áreas para a conservação natural. Análise Crítica 2. Vulnerabilidade do território costeiro Motivação - exigência de existência Confrontado com a falta de conhecimento do território pela população local, o zoneamento permite uma leitura imediata dos recursos existentes e, desta forma, um planejameneto compartilhado no desenvolvimento econômico e no uso da terra, o que consiste em uma visão completa das várias temáticas sociais, econômicas e ambientais, favorecendo um desenvolvimento das estruturas de ocupação turística e roteiros ligados à beleza da paisagem. Também evidencia as áreas particularmente críticas relacionadas a uma sobreposição de uso, por vezes com necessidades conflitantes ou eventuais fontes de poluição antrópica (por exemplo, plantas industriais, insumos agrícolas, etc.). Propostas e Projetos Propostas Seminário Internacional Mesa temática 01: Meio Ambiente, gestão dos riscos naturais e segurança do território 12 Seminário Internacional Mesa temática 02: Turismo, território e políticas de marketing Convidados Propostas Os atrativos ambientais da Costa dos Corais, de relevante valor ecológico, representam significativo potencial turístico para a região. Nos últimos anos isto favoreceu a consolidação de uma economia turística a um segmento de turismo específico de sol e praia. A economia turística é uma opor tunidade de gerar um desenvolvimento local para o território, mas ao mesmo tempo, pode determinar efeitos negativos (monocultura do turismo etc.) caso não seja governada e estruturada de maneira integradaa (com outras economias), participadaa (com as expectativas e os desejos exprimidos pela população) e estratégicaa (através de uma visão compartilhada que estabelece prioridades e objetivos). Deve-se implementar políticas turísticas que sejam políticas territoriais. O território representa um valor agregado pelo desenvolvimento local. Para tanto, uma abordagem territorial assegura um desenvolvimento equilibrado no sentido, não só econômico, mas também do ponto de vista social e da preservação dos valores ambientais. ? Lucilla Previati - Diretora do Parque do Delta do Po - Itália ? Camilla Sabattini - Master Internacional Eco-Polis Universidade 1. Unidade central de coordenação turística Três questões-chave 1. Turismo(s) para quem? A economia turística pode ser decisiva para catalisar recursos, projetos em um mesmo território. Para favorecer um desenvolvimento local através da economia turística é necessário passar por uma estratégia de longo prazo, baseada sobre a definição de um TARGET (público alvo) desejado (publico desejado = turismo desejado). Portanto, são necessárias considerações relacionadas a diferentes escalas (local/global) que permitam avaliar as oportunidades possíveis e limites objetivos. Focando neste sentido, é indispensável compreender qual é a condição (em perspectiva) das classes médias européias e quais são as condições das brasileiras e dos outros países da América do Sul? Como realizar um turismo estável a partir de um público local/nacional que ponha a base para o desenvolvimento diferenciado sucessivo (abertura aos outros mercados)? 2. Turismo(s) onde (uma estratégia territorial)? Concentrar a intervenção a Maragogi esperando que os benefícios da economia turística se estendam a todo o território, ou construir as políticas territoriais, agora, todos os territórios da Costa dos Corais? Como pensar em um plano territorial do turismo que não seja limitado a determinado município, mas que compreenda toda a Costa dos Corais, em todos os seus aspectos (sociedade, meio ambiente...). 3. Turismo(s) como? Como estabilizar e reforçar a economia turística para que se torne o principal motor do desenvolvimento local? Como pode atuar uma diversificação dos segmentos turísticos na região da Costa dos Corais? de Ferrara ? Mauro Cossu - Aluno Master Internacional Eco-Polis, Universidade de Ferrara ? Ângelo Antônio Martins - UFAL ? Lindemberg de Morais - UFAL ? Renato Lobo - Secretaria de Estado do Turismo de Alagoas ? Alcome Chrisina Lopes – Salinas ? Elisangela Braga - Tropicana Turismo ? José Severino de Vasconcelos – Pousada Sol e Mar ? Elizane V. Santana - Pousada Sol e Mar ? Ana Paula Cavalcanti Rocha Neves - Pousada Sol e Mar ? Antonio de Pádua Gomes de Almeida Lins - UFAL ? Luciana Botafogo Brito - BID/ FOMIN ? Fernando Lacerda Noronha - AFAL ? Katja Sophia Becker - Secretaria de Turismo de Maragogi ? José Ulisses dos Santos - CMA / ICMBIO ? Robéria Bandeira - Trade Consultoria ? Joaquim Ferreira - Secretaria di Turismo do Estado de Alagoas ? Tertuliana Flávia Rego - Associação do Peixe Boi ? Ana das Dores Albuquerque Verçosa - Associação dos Amigos do Peixe Boi ? Evelange Furtunato - Associação do Peixe Boi ? Maria Marta da Silva - Associação Aribama ? Perolina Lyra - Trade Consultoria ? Relatora: Silvanise Santos, Aluna Master Internacional Eco- Polis, Universidade de Ferrara Descrição da proposta Pensar numa estrutura física e também organizativa para coordenar, articular, promover, divulgar, monitorar, etc. as atividades turísticas no território. Essa estrutura se constitui de vários serviços: • Observatório do turismo - Função de Avaliação Para compreender quanto o turismo influencia o desenvolvimento e se os benefícios são úteis e distribuídos com equidade no território. • Centro de formação - Função de capacitação Para capacitar os que trabalham diretamente e indiretamente com o turismo • Centro de coordenação turística - Função de articulação Para integrar ações e projetos presentes no território também com as sugestões da população • Órgão de Comunicação - Informação Para fornecer informações sobre as ofertas turísticas presentes (info-point, site web, etc.) Objetivos do território ? Explorar e/ou descobrir novas formas de turismo para integrar a economia do Sol e Praia; ? Motivação – exigência de existência ? Ter uma visão completa dos valores disponíveis no território; ? Conscientizar a população sobre as riquezas (particularidades) do território; ? Explorar e/ou descobrir novas formas de turismo para integrar a economia do Sol e Praia. 3. Projeto-Piloto para a inclusão de Porto Calvo nas políticas territoriais do turismo Descrição da proposta Porto Calvo é o único município, inserido nas Costa dos Corais, que não está localizado na orla marítima. Então pode representar uma oportunidade de concessão entre os municípios costeiros com o entro terra (lugar para experimentar). Porém, não é necessário que seja um lugar para desenvolver economias turísticas (meta turística), mas ao mesmo tempo, é necessário integrá-lo através de estruturas de suporte ao turismo e/ou estruturas diferente de serviço à população em nível territorial. Motivação - exigência de existência Ter uma base de dados atualizados e específicos sobre o fenômeno turístico, (indicadores) ? Melhorar as economias turísticas na região; ? Compreender quais são as repercussões (econômicas, ambientais, sociais) do turismo no território; ? Criar um lugar de referência pela comunidade. desenvolvimento; ? Explorar e/ou descobrir novas formas de turismo para integrar a economia do Sol e Praia; ? Inserir a zona rural (a partir de Porto Calvo) nas políticas territoriais de desenvolvimento local. 2. Mapa do patrimônio da comunidade da Costa dos Corais 4. Revisão dos instrumentos de planejamento turístico em nível territorial Os recursos (patrimônio) de um território não são reconhecidos – então não pertencem – pelo mundo científico. Um recurso existe quando é emerso pela comunidade local. Só assim uma comunidade pode revelá-lo, cuidá-lo e valorizá-lo. Descrição da proposta Descrição da proposta ? Redação de um mapa do patrimônio através da participação da população; ? As fases de realização deste mapa podem ser: Levantamento - Reconhecimento Identificação - Desfrute sustentável ? Motivações/Exigências; ? Ter uma visão completa dos valores disponíveis no território; ? Conscientizar a população sobre as riquezas (particularidades) ?Inserir a zona rural nas estratégias territoriais de Os níveis de planejamento turístico são setoriais, se sobrepõem, não são operativos. As propostas são muitas, mas nem sempre coordenadas e estruturadas de forma estratégica. Motivação - exigência de existência ? Ter uma visão completa das dinâmicas que estão sendo desenvolvidas no território; ? Inserir entre as estratégias turísticas existentes a definição de um target turístico (público alvo) de referência; ? Eliminar a dicotomia entre turistas/habitantes e pensar em políticas para ambos. Análise Crítica Introdução Seminário Internacional DESENVOLVIMENTO DA MESA Propostas e Projetos PREPARAÇÃO DA MESA 13 Seminário Internacional Mesa temática 03: Desenvolvimento local e redes de empresas Atualmente não se percebe a existência de uma rede de empresas, as cadeias produtivas são pequenas e frágeis e os pequenos empresários possuem foco na produção local em detrimento da possibilidade de ampliação de mercado externo. Além disso, não há confiança na cultura associativa nem tampouco uma percepção do trabalho associativo como uma vantagem, o que é influenciado por um forte interesse particular. Ainda percebe-se no território, uma falta de infraestrutura básica, garantida por parte do poder público e necessária para o desenvolvimento da produção econômica local. Também é identificado uma falta de coerência entre as políticas que se pretende implementar e sua real concretização. Por fim, seria necessário inovar as diversas cadeias produtivas e criar a possibilidade da construção de uma rede de pequenas e médias empresas com economia diversificada, para assim garantir maior independência do turismo enquanto atividade econômica, mas que de outro modo, essa atividade possa ser um meio para a gestão integrada no território. Três Questões-chave ? Como criar ou fortalecer a cultura de associativismo? Como estimular a crença dos atores locais sobre as vantagens do processo associativo? ? Como superar a visão de curto tempo e desenvolver visão de médio e longo prazo? Como superar a produção de sobrevivência e disseminar a visão empreendedora? ? Quais são as vocações locais? Como diversificar a economia local para diminuir a dependência do turismo? Seminário Internacional O território apresenta como ponto de força as atividades tradicionais que expressam sentimento de pertinência à comunidade local. Assim, tradição e pertencimento são dois conceitos que unidos podem converter-se em base para possível formação de redes de empresas ou cadeias produtivas sólidas que contribuam com o desenvolmento local partindo da valorização da identidade. Convidados ? MarkLundell–Depto.DesenvolvimentoSustentável–WorldBank ? Renato Caporali - CNI ? Juarez de Paula - SEBRAE ? Cecília Lustosa - UFAL ? Eliana Sá - IEL ? Ronaldo Moraes– SEBRAE ? Helena Costa - Universidade de Brasília ? Aliete Estanislau da Silva Luna – FDLIS – Ass. Amarativa ? Maria Inez Santos – Pousada Sol e Mar ? Anivaldo Miranda – SEMARH Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas ? Fabíola Nardoto – SPU/ PE - Ministério do Planejamento ? Humberto Barbosa – SEPLAN/AL ? Emanuela de Menna – Universidade de Ferrara ? Lorenzo Mormiro – Aluno Master internacional Eco Polis, Universidade de Ferrara ? Florencia Guidobono – Aluna Master Internacional Eco Polis, Universidade de Ferrara ? Luiz Claudio G. de Melo – AHMAJA ? Ana Cristina Moreira – SEBRAE/AL ? Vanessa Rocha – SEBRAE/AL ? Relator: Flaviana Rosa Barbosa Rabelo Santos, Aluna Master Internacional Eco-Polis, Universidade de Ferrara Reflexões Oportunidades A partir da discussão desta mesa temática, foram apontados elementos importantes para desenvolver algumas propostas: 1. Desenvolver uma ideia bandeira; 2. Herança histórica na conformação da identidade; 3. Recursos federais disponíveis para contribuir para o desenvolvimento do território. Questões gerais 1. Articulardesenvolvimentoeconômicocomdesenvolvimentosocial; 2. Priorizar políticas públicas; 3. Capital humano (formação, capacitação, empoderamento) e capital social (definição difícil, como formar esse capital, como conquistar, motivar, governança, cooperação entre os atores locais); 4. Como gerir e mediar os conflitos? 5. Importância de monitoramento, avaliação e de execução de projetos com resultados visíveis para motivar/estimular a confiança da comunidade; Questões específicas 6. Turismo como atividade principal: diversificação do turismo dentro da Costa dos Corais, segundo zonas e roteiros turísticos 7. Integração com áreas rurais, interiorizar o turismo e trazer produtos da área rural para a costa; 8. Valorizar a agricultura familiar e artesanato; 9. Necessidade de estimular novas atividades. Análise Crítica Introdução DESENVOLVIMENTO DA MESA Propostas 1. Mapeamento das aglomerações produtivas e das redes de relações entre os atores das atividades econômicas, considerando as vocações existentes na Costa dos Corais. Descrição da proposta A proposta consiste em identificar as aglomerações produtivas na região da Costa dos Corais, por município e por atividade econômica e também as relações estabelecidas no seu interior, entre as aglomerações e suas interações com o ambiente macro (instituições de apoio, instituições governamentais e instituições financeiras). Propostas e Projetos PREPARAÇÃO DA MESA 14 Seminário Internacional Descrição proposta Esta proposta pretende realizar oficinas e reuniões periódicas para discussão da situação atual, opor tunidades, ameaças, dificuldades e ações necessárias, mediadas por consultores, para construir um plano de desenvolvimento setorial que seja contemplado num plano de desenvolvimento territorial integrado. Motivação - exigência de existência Favorecer a organização dos empresários locais em redes setoriais e multisetoriais para aumentar a capacidade de influência nas políticas e também para adensar e fortalecer cadeias produtivas locais. 3. For talecimento e/ou criação de espaços participativos para empoderamento dos atores locais Descrição proposta Criação de espaços participativos para planejamento de políticas públicas (comunidades e poder público), difusão de estratégias de empoderamento e visão empreendedora, com foco no desenvolvimento local. Motivação - exigência de existência O baixo grau de participação e a pouca visão empreendedora das comunidades locais. Descrição proposta Trata-se de normas, legislações e procedimentos que estabeleçam contrapartidas obrigatórias ou voluntárias para investidores, em especial, aqueles que demandam estímulos ou subsídios públicos para suas atividades. Motivação - exigência de existência Muitos investidores se beneficiam do capital natural, da cultura autóctone e de recursos públicos diretos ou indiretos sem oferecer qualquer contrapartida para a comunidade local ou para o desenvolvimento sustentável. 5. Biodiversidade como instrumento de inovação de produtos Descrição proposta A partir do mapeamento do Projeto nº 1 se propõe utilizar, aproveitar e transformar os produtos identificados que sejam típicos e viáveis da região da Costa dos Corais, que posteriormente podem converter-se em uma marca territorial. O projeto escolheria ao menos um produto diverso para cada município, permitindo a especificidade funcional e caracterização diferenciada dos mesmos. Os produtos podem ser transformados, mostrados, pesquisados e visitados através de espaços que contemplem também etapas de produção, valorizando o processo de fabricação do produto. Por exemplo: através da matéria-prima (coco, graviola, etc.), estes produtos serão beneficiados e concentrados em pontos de venda como “casas da fruta” (casa do coco, casa da graviola, casa da banana). Em cada casa segundo as potencialidades da matéria-prima, pode-se fazer diversos produtos como doce, suco, artesanato, cremes, etc. Motivação Existem muitos produtos que não são aproveitados em todo seu potencial. Falta valorização da especificidade do território. Falta uma imagem característica com capacidade de promoção de cada lugar. Análise Crítica 2. Articulação de redes empresariais 4. Política de contrapartidas para investimentos em turismo Propostas e Projetos Motivação - exigência de existência O mapeamento das aglomerações produtivas da região, seja por município seja por atividade econômica, é fundamental para direcionar as ações das diversas instituições que apóiam projetos de desenvolvimento local sustentável. Dessa forma a ação se justifica como sendo o ponto de partida para um projeto integrado de intervenção na região, considerando os aspectos sociais, ambientais e econômicos. Seminário Internacional Mesa temática 03: Desenvolvimento local e redes de empresas 15 Seminário Internacional Mesa temática 04: Inovação tecnológica e pesquisa ? Daniela Moderini - EnDe - Itália ? Dante Bandiera - Assessor de Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Econômico, Voghiera/Itália ? Chico Rosário - Universidade Federal de Alagoas ? Márcio Andrade - BRASKEM ? Janesmar Cavalcante - Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação de Alagoas - SECTI O Estado de Alagoas, com o propósito de elaborar um plano de gestão integrada para o território Costa dos Corais, mobiliza ações coletivas de forma a identificar alternativas operacionais para este território. Analisando a realidade da Costa dos Corais, identificamos três pontos de ações: Infraestrutura: para suprir a falta de infraestrutura básica, responsabilidade em grande escala do Estado, que resulte em rápidas instalações de baixo custo e facilmente replicáveis. Produção e Comercialização: introdução de novas tecnologias – máquinas e equipamentos que melhorem a produção e a competitividade da empresa, aumentando a capacidade de introduzir seus produtos no mercado. Fornecer e gerar alternativas responsáveis e inovadoras para o uso dos recursos existentes, bem como, capacitar os recursos humanos para a utilização das novas tecnologias e conhecimento das vantagens intrínsecas das inovações, tanto no processo produtivo como na comercialização. Pesquisa: identificar soluções tecnológicas relacionadas à geração de novos conhecimentos para introduzir no contexto das necessidades dos pequenos e microempresários, bem como, no plano territorial (necessidades endógenas e exógenas). ? Sandra Vilela - Gerente de Tecnologia - SEBRAE/AL ? Sérgio Kelner – Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ / CGEE ? Uriel Costa – UNEAL ? Margarida Maria Rocha Albuquerque – SECTI ? Wallescka Morellato - FAPEAL ? Célio Fernando de Souza Rodrigues – UNCISAL/ UFAL ? Adeilto Ferreira Lima – SEPLAN/AL ? José Lima – UNEMET ? Maria Stella Spinelli – Aluna Master Internacional Eco-Polis ? Sandra Cavalcanti Dias - Aluna Master Internacional Eco-Polis ? Relator: Daniel Sardo – Università di Ferrara/Itália Reflexões e Propostas A proposta é baseada no processo de identificação e valorização da vocação do território, promovendo a pesquisa, o desenvolvimento, a transferência e a difusão da tecnologia, para agregar valor aos produtos e serviços existentes. Como resultado das discussões durante a mesa temática surgiram tais propostas: Proposta 1: Centro de inovação tecnológica e empreendedorismo Um centro que servirá de base para fornecer oportunidade de desenvolvimento econômico mais eficiente, nova possibilidade de emprego, renda e retorno socioeconômico ao território, tendo como foco a sustentabilidade dos recursos. INCUBAR CAPACITAR GERAR CONSCIÊNCIA AGREGAR VALOR Seminário Internacional Conviados O Centro de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo se articula em 4 áreas temáticas ou funções: Incubar A realização de uma “incubadora” tem como objetivo incentivar amplamente a criação de pequenas empresas (agricultura, pesca, artesanato, etc.). Durante o processo, deve-se identificar novas oportunidades, possíveis incubados e também apontar a criação de valor agregado aos produtos próprios do território. Outro ponto não menos importante é a identificação e desenvolvimento de novos canais de comercialização. Capacitar A partir da análise das cadeias produtivas existentes no território, deve-se elaborar um programa de formação dos atores vinculados a cada uma delas, mediante a realização de cursos profissionalizantes ofertados pelas instituições de formação e através dos centros especializados (Centro de Vocação Tecnológica). Como complemento deste processo, é impor tante o desenvolvimento de pesquisas que forneçam subsídios para mapeamento da realidade local, a fim de criar um banco de dados a partir das experiências existentes que permitam compartilhar as informações. Agregar valor A geração de valor agregado deve partir da mobilização dos atores (cooperativas, produtores e empresas), observando a inovação do produto, o processo e os serviços, atendendo a normas de certificação de qualidade que valorizem a região, seus produtos, serviços e que norteiam um desenvolvimento local integrado. Gerar consciência O desenvolvimento de todas e cada uma das funções do Centro deve se adequar ao processo participativo que envolva a população e as administrações locais, com a finalidade de estabelecer as bases para que o território possa interagir e retroalimentar-se. Alguns aspectos que o Centro deve envolver são a captação de fundos e financiamentos voltados à inovação de produtos, processos e serviços; a criação de um banco de dados de gestão e de conhecimentos específicos, disponibilizando e disseminando estes conhecimentos para os diversos setores produtivos, baseando-se em boas práticas adaptáveis à realidade local, para ser introduzidas nos diversos setores produtivos e nos âmbitos governamentais. Proposta 2: “rede” de inovação comunitária “A energia renovável se insere dentro de uma economia em vertiginoso crescimento em nível mundial.” O projeto nasce deste conceito, vai muito além da simples produção de eletricidade, relaciona uma série de ações coligadas, que estão atentas ao desenvolvimento do território a partir de: - Melhoramento da infraestrutura; - Identificação e definção de itinerário temático; - Estímulo à formação de redes entre pequenas realidades rurais; - Melhoramento da comercialização dos produtos; - Formação de novas cooperativas; - Melhoramento da qualidade de vida, gerando vantagens compartilhadas e melhor uso do recurso através da inovação; - Valorização e difusão da consciência que possa influenciar o planejamento e o desenvolvimento sustentável de todo o território. Análise Crítica Introdução Divulgação - web DESENVOLVIMENTO DA MESA Divulgação - web Propostas e Projetos PREPARAÇÃO DA MESA 16 Seminário Internacional Mesa temática 05: Agricultura e marcas de qualidade Introdução Convidados Reflexões e Propostas Atualmente a área rural da região da Costa dos Corais encontra-se desarticulada com o sistema da costa em relação às suas atividades econômicas e ao acesso a serviços básicos. A grande presença de assentamentos de movimentos sociais agrícolas no território agrava o cenário, somado a intensa produção da cana-deaçúcar, que é realizada através de uma monocultura socialmente e ambientalmente insustentável. Identificam-se também produções mais diversificadas, baseadas na agricultura familiar que ainda não são ordenadas e não possuem o incentivo e apoio do setor público, necessários para seu verdadeiro desenvolvimento. Em relação à pesca presente no território, encontra-se prevalentemente uma atividade artesanal realizada de diversas formas. Esta característica agrega maior valor tradicional e sustentável à atividade pesqueira que, porém, pode ser potencialmente ameaçada pela contaminação dos ecossistemas aquáticos e por pressões decorrentes das atividades econômicas presentes na região. ? Fábio Leão - AFAL Ausência dos atores locais nos espaços de discussão de pesca e agricultura e a consequente não participação nas tomadas de decisões, pois o grupo era formado somente por técnicos. ? Irmã Miria Zendron - COOPEAGRO / Irmãs FSCJ ? Ivens Barboza Leão - Ministério do Desenvolvimento Agrário ? José Luis Rhi-Saussi - CESPI ? Katherine Teixeira - AFAL ? Liza Myrella - SEBRAE/AL ? Letícia Camargo - Aluna Master Internacional Eco-Polis, Universidade de Ferrara ? Mário Alberto Paiva - SEPLAN/AL ? Miguel Alencar – APL Piscicultura ? Nelianne de Gusmão - SEAGRI / SAF ? Nelson Issa - IBAM ? Nicole Pistelli - Instituto Federal do Paraná ? Pierluca Gaglioppa - CURSA, Lands Network– Itália ? Rivaldo Vasconcelos do Rego - COOPEAGRO ? Tertuliano Moreno - SEAGRI ? Relator: Michael Chinelato Soares - Aluno Master Internacional ? Desenvolvimento da agricultura familiar é possível? Como? ? Como relacionar a atividade rural com outras atividades econômicas? ? É possível produzir uma marca e/ou certificação local de qualidade (responsabilidade social e ambiental)? Como? Eco-Polis, Universidade de Ferrara Grande parte dos agricultores presentes no território não são oriundos da região e por isso não possuem vínculo com a terra. Consequente falta de identidade com o território. Desconhecimento e não cumprimento das normas de proteção ambiental relacionadas ao território de pesca e de agricultura. Fenômeno de marginalização agrária decorrente de políticas inadequadas a realidade do agricultor familiar. Necessidade de uma figura articuladora e capacitada para apoio e auxílio na organização da produção familiar Dificuldade das cooperativas em acolher novos sócios devido ao desconhecimento de seus benefícios e exigência de resultados imediatos. Problemática dos jovens da área rural que tendem a se desinteressar pela prática agrícola. Análise Crítica Três questões-chave ? Inês Pacheco - SEAGRI Seminário Internacional DESENVOLVIMENTO DA MESA Falência da assistência técnica disponível ao pequeno agricultor Políticas públicas muito evoluídas, mas que ainda não tocam de forma efetiva as esferas municipais Dificuldade de comercialização da produção do setor agrícola local e regional. Pesquisas desenvolvidas pelas instituições de ensino não são coerentes com as necessidades e demanda da atividade produtiva e nem com as demandas de políticas locais, muita produção acadêmica, porém não integrada e não comunicada. Propostas e Projetos PREPARAÇÃO DA MESA 17 Seminário Internacional Descrição da proposta Criar um ambiente favorável para articular e fortalecer os organismos produtivos presentes no território envolvendo os atores locais de diferentes segmentos da produção na Costa dos Corais, municipalidades, instituições públicas e privadas envolvidas nas atividades agrícolas e pesqueiras. Motivação - exigência de existência Pouca participação dos trabalhadores do setor primário nas discussões e tomadas de decisões governamentais; Dificuldades de escoamento e comercialização da produção; Pouca articulação entre estes representantes; Enfraquecimento de feiras de produtos locais. 2. Melhoria da infraestrutura de serviços básicos e da qualidade ambiental do território da pesca e da agricultura. Descrição da proposta Melhorar a infraestrutura de serviços básicos e da qualidade ambiental do território da agricultura e da pesca de forma a garantir uma melhor qualidade de vida aos produtores através da estruturação de serviços básicos e da participação e cooperação na proteção ambiental do território, necessários para o desenvolvimento e sustentabilidade destas atividades econômicas. 3. Melhoria da Assistência Técnica no território da Costa dos Corais Descrição da proposta Fortalecer a agricultura familiar através da capacitação e assistência técnica de qualidade, proporcionando um desenvolvimento rural sustentável e integrado a outras atividades do território. Motivação - exigência de existência Melhorar a assistência técnica que hoje é insuficiente nos municípios da Costa dos Corais, agravada pela extinção da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) do Estado de Alagoas no ano 2000; Evitar o êxodo de jovens na zona rural destes municípios, que vão para outros locais em busca de melhores condições de vida; Ter acesso a políticas e financiamentos públicos que hoje não são alcançados devido ao baixo nível de organização; 4. Valorização da área rural através da integração de outras atividades econômicas. atividades (turismo, artesanato ...), sejam estas, integradas ou não com as atividades agrícolas. Motivação - exigência de existência Geração de renda extra para contribuir com a melhoria da qualidade de vida da população local; Integrar a comunidade rural com a costa de forma que o território possa ofertar mais opções de turismo sustentável, valorizando ainda mais o território da Costa dos Corais; Criar capital humano e social para a população. 5. Uma marca de qualidade: Costa dos Corais Descrição da proposta Destina-se a proteger e promover, processos e produtos. Estes, podem ser orgânicos, locais, tradicionais ou mesmo inovadores, mas devem se identificar com o território da Costa dos Corais. A criação de uma regulamentação para o acesso a marca vai “aumentar a qualidade" de produção, dando o valor agregado necessário através de processos previamente analisados que podem ser o início de certificação de qualidade, onde envolvem não somente um segmento, mas todo o conjunto de potencialidades da região nos aspectos sociais, econômicos e ambientais. Motivação - exigência de existência Conceito de que o desenvolvimento do território somente é possível se todas suas peculiaridades ambientais, paisagísticas e culturais (bens materiais e imateriais) sejam protegidas e preservadas; Sistema de qualidade embasada na utilização de uma marca como garantia de melhores condições sociais, de trabalho e de um desenvolvimento local sustentável; Estímulo para o crescimento de atividades econômicas ambiental e socialmente responsáveis. Análise Crítica 1. Arranjo institucional do setor primário presente na Costa dos Corais Motivação - exigência de existência Melhor qualidade de vida aos produtores locais e garantia de um ambiente saudável produtivo a todos os presentes no território. Descrição da proposta Aproveitando a grande oferta turística proveniente da vocação do território costeiro, idealiza-se com este projeto, uma interação da zona rural com a costa, de forma que a população venha a ser beneficiada com uma renda extra através da participação em novas Propostas e Projetos Propostas Seminário Internacional Mesa temática 05: Agricultura e marcas de qualidade 18 Seminário Internacional Mesa temática 06: Educação, formação, capacitação, empoderamento e comunicação Desta análise emergiram alguns temas importantes que permitiram identificar questões-chave ligadas aos setores da educação, da formação técnica e do empoderamento que serviram de base para a discussão com os atores locais da mesa temática do Seminário. Questões-chave ? Gianfranco Franz - UNIFE, Università di Ferrara ? Ian Dutari - UCC, Universidad Católica de Córdoba, Argentina ? José Niraldo de Farias - UFAL ? Enézia Figueiredo - SENAC/AL ? Dácio Monteiro - Diretor IFAL/ Maragogi ? Corinne Corbau - Unife, Università di Ferrara ? Paulo Gustavo Alves Calado - SENAC / SEPLAN ? Daniel Kelley ? Guilherme Lamenha - SEPLAN ? Polianna Bugarin - SEPLAN ? Jehovanissi Barros - Assessor Técnico - SENAC ? Ana Cristina Cavalcanti de Almeida - Coord. Universidade Aberta do Brasil, UAB - Polo Maragogi ? Betania - Secretária de Estado do Trabalho, Emprego e Renda de As questões-chave discutidas no Seminário foram subdivididas por macrotemas, resultando como reflexão da mesa temática a análise preliminar: Educação: ? Analfabetismo; ? Abandono escolar (trabalho familiar, estradas sem manutenção, pouco interesse); ? Educação Básica Fundamental; Formação, Capacitação: ? Formação e capacitação para jovens e adultos; ? Formação em alto nível; ? Desarticulação do sistema de formação e capacitação; Comunicação e Empoderamento: ? Comunicação entre os atores do APL Costa dos Corais; ? Capacidade para construir uma comunidade participativa; ? Consciência de um pensamento coletivo (Identidade local). Seminário Internacional Antes de participar do Seminário Internacional “Os turismos desejáveis”, o grupo de trabalho realizou uma análise preliminar do território da Costa dos Corais, através de visitas in loco, entrevistas com os atores locais e aulas direcionadas sobre os aspectos ambientais, econômicos, sócioculturais e histórico-patrimoniais que caracterizam o território. Convidados Alagoas ? Valquíria de Lima Soares - UNCISAL ? Iraneide Pereira da Silva - IFAL/ Maragogi ? Roberta Cajaseiras Carvalho - IFAL/ Maragogi ? Relatora: Gloria Velazquez Oliveira - Aluna Master Internacional Eco Polis, Università di Ferrara ? Sofia Burioli - Aluna Master Internacional Eco Polis, Università di Ferrara Reflexões Propostas Em seguida foi elaborada uma síntese das principais questões discutidas durante a mesa temática: 1- Estudo Regional – Diagnóstico da Educação Fundamental na Costa dos Corais. ? Para qualquer forma de desenvolvimento territorial é necessário aumentar o nível de qualidade de vida da comunidade local e em particular melhorar e tornar mais eficiente o sistema educativo de base; ? Num mundo globalizado e competitivo é necessário a realização de uma troca de conhecimento que permita desenvolver ações, estratégias e políticas com maior desempenho. Na Costa dos Corais faltam pesquisadores, técnicos e profissionais com conhecimento de alto nível que possam contribuir com um desenvolvimento territorial de qualidade; ? Atualmente na região da Costa dos Corais é notória uma desarticulação entre os serviços de formação e capacitação que inviabilizam a inserção da mão de obra no mercado local. Por este motivo é necessário criar um ponto de referência para a divulgação eficiente da oferta formativa; Num primeiro momento o projeto prevê a elaboração e análise do diagnóstico da situação atual da educação básica na região, para revelar os problemas presentes e as necessidades futuras. Paralelamente será organizada uma MESA INTEREDUCACIONAL, para discutir os dados obtidos e promover ações que desenvolvam um modelo de educação integrada. O Diagnóstico é fundamental para: ? estimular a participação coletiva para a elaboração do diagnóstico; ? formatar cursos específicos de atendimento à educação básica, que correspondam às necessidades reais; ? criar indicadores específicos para validar a longo prazo as ações propostas; As possíveis ações podem ser: ? A divulgação das ações realizadas e a interlocução entre os atores na região da Costa dos Corais é deficiente, prejudicando sua realização de forma mais efetiva. Análise Crítica Introdução DESENVOLVIMENTO DA MESA ? Realização do diagnóstico através da análise do sistema educativo e entrevistas em campo; ? Identificação de proposta estratégica de melhoria da realidade educacional; ? Realização da mesa intereducacional. Propostas e Projetos PREPARAÇÃO DA MESA 19 Seminário Internacional O projeto prevê a formação de uma rede internacional para criar sinergias entre o mundo acadêmico, setor público e privado, para desenvolver um espaço de diálogo entre eles, promovendo capacitação de alto nível. O objetivo geral do projeto é criar um sistema de formação de alto nível para capacitar técnicos, administradores e diretorias técnicas sobre os temas da gestão e do desenvolvimento local. O projeto prevê ainda o envolvimento de atores brasileiros (Ufal, Senac, Sebrae, Ifal, Polo UAB Maragogi, Uncisal, Uneal) e Internacional como a Universidade de Ferrara (Itália), a LIGACOOP (Itália), a PUC de Villarica (Chile), a Universidad Católica de Córdoba (Argentina), a Municipalidad de Rafaela e Agencia de Desarrollo de Rafaela (Argentina). O projeto pretende desenvolver recursos humanos para o atendimento em eventos especiais. A região da Costa dos Corais necessita de recursos humanos qualificados para receber turistas em grandes eventos. Assim, é importante preparar o território para receber e gerir grande fluxo de pessoas e de recursos para eventos de grande porte, envolvendo numa ação conjunta entre municípios, empresários, associações de classe, o Sistema “S” e todos os outros atores participantes do processo. As possíveis ações podem ser: ? Criação de um Master Universitário profissionalizante entre a Ufal (Brasil), a Unife (Itália), UCC (Argentina), PUC (Chile); ? Identificação de pesquisas coordenadas e de intercâmbio acadêmico; ? Realização de excelências locais que possam representar campos de experimentação e inovação; ? Realização de um sistema para o desenvolvimento humano. 3- Observatório Profissional Costa dos Corais O projeto pretende desenvolver um observatório profissional com a participação de empresas e outras instituições públicas/privadas, com a finalidade de monitorar de modo contínuo a capacidade laborativa, as ofertas do mercado e sua evolução e desenvolver a inserção da mão de obra qualificada no mercado produtivo. Os resultados obtidos por meio do monitoramento terão a condição de retorno avaliativo para as instituições do sistema “S”, otimizando os serviços. O observatório é, portanto, um instrumento essencial para o desenvolvimento sustentável da região da Costa dos Corais. As possíveis ações podem ser: ? Idenficar possibilidades de trabalho e de formação profissional; ? Definir novos cursos de formação e capacitação para atender às exigências futuras do mercado de trabalho; ? Desenvolver novos meios de comunicação para difundir os dados e as atividades do Observatório. As possíveis ações podem ser: ? Realização de cursos nos segmentos envolvidos (idiomas, segurança, gestão de projetos, técnicas em logística); ? Preparar recursos humanos para receptivo em grandes eventos; ? Redimencionar os serviços e a infraestrutura local; ? Melhorar a imagem da Costa dos Corais na ótica do turismo e por consequência do território. 5- Plano estratégico de comunicação “Costa dos Corais” O projeto pretende desenvolver um plano estratégico de comunicação para o APL Costa dos Corais, reforçando a comunicação entre os atores locais e externos de modo mais eficaz e inovativo. O Plano permitirá estimular a reflexão e a construção conjunta do planejamento estratégico de comunicação para a região Costa dos Corais. As possíveis ações podem ser: ? Identificar o público a ser trabalhado; ? Propor a realização de oficinas de planejamento participativo em comunicação; ? Propor o fluxo da informação entre os agentes envolvidos; ? Criar um grupo de facilitadores que se reúnam com regularidade para acompanhar os resultados do plano; ? Otimizar a comunicação entre os diversos segmentos que compõem a Costa dos Corais. 6Rede “Marie Curie” - Programa de Formação de Doutorado voltado para o Desenvolvimento Regional Costeiro O projeto prevê a formação inicial de pesquisadores envolvidos na criação de uma rede internacional “Marie Curie” para aprofundar o conhecimento científico sobre o impacto humano na zona costeira. O projeto permitirá em particilar: ? Promover o intercâmbio internacional, a formação em alto nível e a mobilidade dos estudantes na Costa dos Corais; ? Melhorar o conhecimento do território sobre o impacto humano; ? Desenvolver novos modelos conceituais de abordagem e modelos conceituais para preservar e restaurar o ambiente costeiro; ? Elaboração de um modelo conceitual interdisciplinar, proveniente do desenvolvimento territorial e do ambiente físiconatural; ? Criar novas oportunidades de trabalho e de pesquisa nos setores público e privado. As possíveis ações podem ser: ? Criação de uma rede interdisciplinar e internacional de pesquisadores; ? Analisar mudanças territoriais, socioeconômicas e físicoambientais de área de estudo com densidade territorial e velocidade diversa; ? Valorar o peso antrópico sobre a evolução do território; ? Mensurar no campo a resposta do sistema costeiro, urbanista e alguns eventos naturais; ? Desenvolvimento do modelo conceitual integrando o físico e o antrópico com a identificação da fase do problema. Análise Crítica 4- Capacitação preparatória para suporte de grandes eventos Propostas e Projetos 2- Rede internacional para formação e capacitação de gestores em desenvolvimento local Seminário Internacional Mesa temática 06: Educação, formação, capacitação, empoderamento e comunicação 20 Seminário Internacional Mesa temática 07: Qualidade urbana, planejamento e infraestrutura DESENVOLVIMENTO DA MESA Convidados ? Geraldo Magela Gaudêncio Faria - Docente FAU/UFAL ? Verônica Robalinho Cavalcanti - Docente FAU/UFAL ? Regina Dulce Barbosa Lins - Docente FAU/UFAL ? João Lessa de Azevedo -Técnico da SEMARH ? Gregory Delaune - Docente da Universidade de Ferrara na Itália ? Arnaldo Cecchini - Docente da Universidade de Sassari na Itália ? Kátia S. D. Simões Pires - Técnica da SPU- PE ? Juan Priegue - Técnico da SEPLAN ? Maria de Lourdes de Almeida Ferro - Consultora ? Luzinete Luzia do Santos - Técnica da Prefeitura de Maragogi ? Relatora: Ana Paula Vieira Tomas - Aluna do Máster Eco-Polis ? Débora Rocha - Aluna do Máster Internacional Eco-Polis ? Leandro Panigo - Aluno do Máster Internacional Eco-Polis Posteriormente, na intenção de estimular e direcionar o debate, foram feitos os seguintes questionamentos: ? Quais são os atuais obstáculos para o planejamento territorial e como podem ser enfrentados? ? Quais podem ser as ações-chave para o desenvolvimento deste território? ? Quais são os atores fundamentais para ativar novas ações e como mediar os potenciais conflitos entre eles? Reflexões Durante a realização do debate os principais temas foram: A debilidade dos instrumentos de planejamentoo, na medida em que a maioria dos municípios, apesar da necessidade de instrumentos, não possuem os instrumentos elaborados, ou quando possuem são utilizados de forma deficiente, o que foi citado como reflexo da falta de visão de futuro por parte dos gestores públicos. O reduzido planejamento integrado na elaboração de projetoss, em virtude da realização de vários projetos de nível federal, estadual e municipal que possuem ações coincidentes, devido à falta de informações entre os diversos níveis. A elevada autonomia dos municípioss que por um lado foi considerada positiva, possibilita a agilidade de ações emergenciais, favorecendo a resposta de demandas locais; no entanto foi considerada negativa, visto que pode permitir o imediatismo, por meio da fragilidade na priorização de ações. A reduzida comunicação e cooperação entre os municípioss, visto que, apesar de alguns municípios possuírem várias características e necessidades em comum, no entanto, não possuem ações em conjunto para resoluções destas questões. A deficiência de acesso aos serviços de infraestrutura básica 1. Comunicação, participação e empoderamento. mencionada como uma das principais prioridades desse território,já que se relaciona diretamente com a qualidade de vida da população. A reduzida participação popular em decisões públicass colocada em debate como um reflexo da baixa escolaridade e capacitação da população, como também de um baixo empoderamento das problemáticas existentes neste território. A existência de um tipo de turismo que possibilita uma reduzida interação com a população locall , inserida em debate devido à existência de empreendimentos turísticos de grande porte com variados serviços, que possibilitam o isolamento dos turistas da realidade local, reduzindo as possibilidades de interação com a cultura local e circulação dos recursos financeiros gerados através da atividade turística. A reduzida quantidade de informações e ausência de banco de dadoss, na medida em que se observa que muitos dos programas realizados nesse território não possuem avaliação de seus resultados e que os dados existentes encontram-se dispersos entre os diversos órgãos públicos. A carência de capital humano para a captação de recursos financeiros e avaliação de projetos e investimentoss, sendo considerada pela mesa uma problemática de elevada importância para desenvolvimento local deste território, ocasionada principalmente em virtude da baixa capacitação dos técnicos, como também da baixa porcentagem de funcionários concursados, ou seja, fixos no quadro de técnicos. O projeto orla como uma boa prática locall , citado por ser uma iniciativa de participação popular na gestão da orla de Paripueira. Após o debate em que foram identificadas as principais problemáticas deste território, iniciou-se a fase de elaboração de proposta das ações para intervenção destas problemáticas, sendo elaboradas as seguintes propostas: ? Sensibilizar os gestores, possibilitando o reconhecimento da relevância do planejamento estratégico, através de suas vantagens políticas e econômicas; ? Fortalecer o envolvimento da universidade para realização de estudos no território.; ? Formação de agentes multiplicadores locais de diversos níveis de escolaridade que possam auxiliar na sensibilização da importância da participação popular nas decisões públicas; ? Motivação: deficiente participação popular no processo de planejamento; ? Reduzida Integração entre sociedade e governo. Seminário Internacional O objetivo desta mesa temática foi promover um debate dos aspectos críticos relacionados ao planejamento e a gestão urbana do território, no intuito de produzir um quadro síntese de propostas com ações prioritárias para região da Costa dos Corais. Propostas O debate foi iniciado com uma breve introdução do cenário existente no território, fazendo menção a carência de instrumentos efetivos de planejamento, capazes de ordenar e integrar as principais dinâmicas existentes, enfatizando uma série de questões-chave identificadas até o momento como entrave para o desenvolvimento desse território. Como exemplo: a implantação de infraestrutura e de serviços básicos, a realização de melhorias na infraestrutura viária e no sistema de transportes, a requalificação urbana, a recuperação do patrimônio histórico e a valorização do meio ambiente. Objetivo: ? Estimular o sentimento de pertencimento ao território; ? Inclusão social e geração de renda; ? Gerar dados, e atualizar os já existentes; 2. Acordo territorial da Costa dos Corais para o desenvolvimento local ? Estimular uma visão compartilhada em nível regional, através da implementação de políticas que somem o conhecimento e recursos de cada município para maximizar o acesso a infraestrutura e servicos básicos; ? Fortalecer o compromisso entre os municípios, como instrumento de monitoramento das ações no território. Motivação: ? Reduzida comunicação e cooperação entre os municípios; ? Fragmentação da região e a competição entre os municípios; ? Carência e insuficiência de infraestrutura Objetivos: ? Aumentaraeficiênciaeeficácianoacessoàinfraestruturaeserviços; ? RealizarumPlanoEstratégicoRegionalparaaCostadosCorais(PER) ? Realizar os Planos Diretores Municipais Participativos (PDM) Análise Crítica Introdução Questões-chave Propostas e Projetos PREPARAÇÃO DA MESA 21 Seminário Internacional Propostas 1. Formalização de Consórcio Introdução Em preparação para o Seminário Internacional “Os Turismos Desejáveis” o grupo de trabalho efetuou uma análise preliminar, onde percebeu que Alagoas possui, em seu território, várias passagens importantes da história do Brasil (Resistência à Escravidão, com Zumbi; personagens controversos como Lampião, Calabar, Floriano Peixoto...) e sobre estas, apresenta um patrimônio cultural com poucos testemunhos e várias possibilidades (mescla de culturas negra, indígena, portuguesa, visíveis na toponímia, gastronomia e artesanato). Todavia, esse rico patrimônio aparece pouco valorizado seja pela frágil consciência das comunidades locais, seja pela falta de investimentos (entre outras ações pontuais voltadas para o folclore; os engenhos que restam são poucos e mal conservados). Três questões- chave ? Como construir a consciência sobre a importância do o Patrimônio? Como criar a cultura da memória? ? Como reforçar a identidade cultural de Alagoas, identificando especificidades locais que possam acrescentar, por exemplo, na atividade turística, a oferta cultural? ? Como fazer emergir e comunicar este patrimônio suave e discreto seja para população, seja para fins turísticos? Como criar, a partir do patrimônio existente, algo novo? Convidados ? Ana Cláudia Magalhães - Secretaria de Estado da Cultura Pró- Memória ? Barbara Dovarch - Master Internacional Eco-Polis, Università di Sassari ? Bruno Cavalcanti - ICS/UFAL ? Danielle Mazzonis - Consultor BID/FOMIN ? Daniela Fantoni - UNB/ IFB ? Dyacy Moreira- Fundepes/UFAL ? Irã Cavalcante- Pousada Vila de Taipa ? Flavia Juliana Silva - Guia de Turismo ? LauraTravaglia-AlunaMasterEco-Polis,UniversitàdiFerrara ? Maria Angélica da Silva - FAU/UFAL ? Osvaldo Viegas - Secretário de Estado da Cultura ? Rachel Rocha Barros - ICS/UFAL ? Relatora: Débora Ramos Costa - UNEAL / Aluna Master Internacional Eco-Polis, Università di Ferrara Reflexões Os participantes da mesa discutiram sobre as questões chave, alcançado uma série de reflexões. Em primeiro lugar, foram colocadas em evidência algumas razões a cerca da baixa consciência sobre a importância do patrimônio cultural e que as mesmas não devem ser resumidas à esfera do indivíduo, mas também a um processo histórico, no qual o Estado e outras instituições não têm se envolvido adequadamente em valorizá-lo. Outro ponto ressaltado foi a importância de fortalecer o sentimento de pertencimento e de identidade regional, através da redescoberta do passado cultural, representado em suas diversas tradições, histórias, línguas e manifestações artísticas. Um terceiro aspecto abordado pelos participantes versa sobre o modo para valorizar e criar uma cultura da memória. Desta feita, identificou-se que é necessário agir sobre vários fatores como: a educação e o senso de coesão social, no intuito de reconhecer, conservar, proteger um bem coletivo. Uma vez que o patrimônio é reconhecido e valorizado como bem comum pela população local. Assim este patrimonio pode ser um atrativo importante para a atividade turística de forma a complementar o turismo de sol e mar articulando o território e ampliando as oportunidades de desenvolvimento do mesmo. O Consórcio através de um órgão de gestão do território composto pelos oito municípios que fazem parte do Arranjo Produtivo Local Costa dos Corais em Alagoas, com o objetivo de envolver os municípios a trabalharem de forma conjunta, comprometendo e responsabilizando os atores locais com a gestão integrada na execução e no financiamento dos projetos. Algumas ações podem ser: ? Realizar reuniões com os envolvidos mediante convite aos parceiros; ? Estabelecer uma agenda mínima a cumprir na região; ? Criar leis estaduais e municipais para a efetivação das políticas fiscais, educacionais, de preservação e recuperação do patrimônio histórico, valendo-se de incentivos fiscais; ? Criar um Centro de Referências Turísticas; ? Criar um fundo comum. 2. Educação Patrimonial A partir da identificação da escassa consciência sobre a importância do patrimônio material e imaterial presente no território, destacou-se a importância de um programa de formação e capacitação em vários níveis sobre questões relativas ao patrimônio, fortalecendo os elementos da identidade cultural da região da Costa dos Corais, visando o desenvolvimento do sentimento de pertencimento em suas comunidades. Algumas ações podem ser: ? Produzir material didático para uso nas escolas; ? Fomentar a realização de festivais, concursos, etc.; ? Promover e realizar cursos/capacitações para guias de turismo da região. 3. Criação de roteiros turísticos articulados incorporados aos passeios turísticos já existentes na região A partir da necessidade de redescobrir, sistematizar e articular as potencialidades dos municípios e de dispor de produtos que apresentem estes aos visitantes, esta proposta visa integrar e crear redes de percursos culturais na região. O objetivo principal é estimular o senso de pertencimento ao território reapropriando-se do patrimônio existente e oferecendo aos visitantes possibilidades organizadas de acessar este território. Algumas ações podem ser: Discutir com as comunidades envolvidas sobre a existência desses lugares com potencial valor turístico-cultural; ? Inventariar a infraestrutura existente na região para articulação e funcionamento da proposta ? Conhecer as produções tradicionais das comunidades envolvidas e seus impasses; ? Identificação dos lugares turísticos da região Costa dos Corais; ? Sinalização turística dos 'lugares' escolhidos; ? Elaboração dos roteiros tomando dois eixos norteadores: 1. Atividade da Pesca (tipos de pesca existentes na região, artesanatos a elas associados, gastronomia, etc.); 2. História Local (apresentando personagens, eventos e locais históricos da região, toponímia indígena e africana, antigos engenhos, antigos portos de contrabando de escravos,presença de folguedos, etc.). Análise Crítica DESENVOLVIMENTO DA MESA Propostas e Projetos PREPARAÇÃO DA MESA Seminário Internacional Mesa temática 08: Capital cultural, patrimônio e sociedade 22 Seminário Internacional Mesa temática 09: Políticas, Instituições e Governança Convidados Reflexões O Arranjo Produtivo Local da Costa dos Corais surge como um programa que prevê no nível político-institucional, uma maior integração entre os oito municípios do território. Porém, através da análise efetuada, essa região apresenta suas relações institucionais fragilizadas, uma comunicação insuficiente entre os atores de governo (secretarias municipais não coordenadas) e também entre o poder público e a comunidade local (muitos cursos de capacitação não são conhecidos pela maior parte da população). Outro aspecto é a sobreposição de diferentes projetos dos mais variados níveis institucionais, tanto federal, estadual e municipal, (como exemplo temos o grupo gestor do APL e o grupo gestor de destino indutor), que não são levados adiante pela falta de planejamento estratégico de longo prazo, o que não permite a priorização das ações, o monitoramento e avaliação deste. ? Francesca Bettedi - Aluna do Master Internacional Eco-Polis, A partir da discussão desta mesa temática, foram apontados elementos importantes: • Dependência econômica do Governo; • Ineficiente taxação fiscal no nível municipal; • Dificuldade de captar recursos; • Turismo: impor tante, porém não único vetor de desenvolvimento; • Necessidade de um novo modelo de relação entre Estado, Empresa e Sociedade Civil; • Carência de uma liderança local; • Necessidade de fortalecer o tecido associativo; • Escassa comunicação das vantagens do associativismo e dificuldade para criar cooperação; • Necessidade de definir um foco estratégico; • Sobreposição dos diversos programas e projetos com iguais objetivos; • Carência de pontos físicos de referência no território (estruturas reconhecidas); • Escassa capacidade técnica dos funcionários das prefeituras; Três questões-chave a)) Existe uma percepção geral de que Maragogi tem maior visibilidade que as outras cidades da Costa dos Corais. Como fortalecer as demais cidades individualmente para aumentar a importância de cada uma na região e como criar uma maior integração entre as mesmas para que a relação entre os setores público e privado seja verdadeiramente mais equilibrada? Isso permitiria maior poder de decisão e maior possibilidade de acesso a financiamentos. b)) O programa APL, pensado para as pequenas e microempresas da área, não é ligado diretamente ao território e isto justifica um baixo conhecimento público do programa. Como fazer entrar a dimensão territorial no processo de desenvolvimento turístico do APL a fim de torná-lo um fator que gere vantagens competitivas e que garanta a qualidade do desenvolvimento? c)) Carência de visão estratégica na gestão integrada do poder. Como se pode desenvolver uma visão deste tipo que contemple os princípios de equidade, integração e responsabilidade, que ao mesmo tempo identifique as prioridades de ação, os métodos de monitoramento e avaliação e a consciência dos tempos de realização? Università di Ferrara ? Massimo Zupi - Docente do Master Internacional Eco-Polis, Università di Ferrara ? Roberta Trovarelli - Lega Coop Emilia-Romagna ? Antônio Carlos Guedes - CGEE ? Luiz Antônio Cabral - UFAL ? Raquel Novoliso – Diretora de Turismo – Secretaria Municipal de Turismo de Maragogi/AL ? Anna Claudia Marques - Gestora do APL Costa dos Corais ? Alyne Vieira - Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento de Alagoas ? Antônio Barbosa - Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Alagoas ? Cecília Bonilla - AFAL ? Tony Bleurer - Empresário de Japaratinga ? Alexandre Santos - IBAM ? Solemar - Associação dos Bugueiros de Maragogi ? Relator: Samuel Valdomiro da Silva, Aluno Master Internacional Eco-Polis, Universidade de Ferrara. Divulgação - web Proposta 01 - Compromisso para o desenvolvimento Descrição da proposta Deve-se fomentar uma ação de governance eficaz que acompanhe a construção da visão estratégica do território Costa dos Corais. Criação de Fórum permanente composto pelos atores públicos (prefeituras, Seplan, Sebrae, APL,...) e privados (associações de empresas, cooperativas e entidades de classes,...) Agenda estratégica: ? Articulação de dados presentes no território (ex: observatório do turismo e do meio ambiente); ? Ações de mobilização, sensibilização e capacitação nos níveis: governo, empreendedores e trabalhadores. ? Fortalecimento dos municípios do território: ? Recursos estruturais (prédios e equipamentos) e humanos (corpo técnico); ? Construção de uma identidade coletiva (sentimento de pertencimento); ? Fortalecer o associativismo; ? Comunicação mais eficiente (dentro e fora dos municípios). Consórcio Ao fim de 12 meses será constituído o consórcio das prefeituras da Costa dos Corais composto por uma parte política (prefeituras e secretarias estaduais) e outra executora (técnicos). O Consórcio terá como primeira meta articular a visão estratégica elaborada pela Unife. Análise Crítica Introdução Seminário Internacional DESENVOLVIMENTO DA MESA Propostas e Projetos PREPARAÇAO DA MESA 23 Propostas e Projetos Análise Crítica Seminário Internacional Do Seminário Internacional à Análise 24 Do Seminário Internacional à Análise ? Observatório ambiental; ? Vulnerabilidade costeira; ? Corredor ecológico; ? Zoneamento ambiental; ? Observatório de turismo; ? Mapeamento do patrimônio; ? Política de turismo em Porto Calvo; ? Planejamento turístico territorial; ? Mapeamento de vocações; ? Articulação de rede de empresas; ? Fortalecimento de espaços de participação; ? Investimentos em turismo; ? Biodiversidade para inovação; ? Incubadora; ? Energia alternativa; ? Fórum para o setor primário; ? Melhoramento do serviço de base; ? Assist. técnica ao setor primário; ? Integração de atividades com a zona rural; ? Desenvolvimento de marca de qualidade; ? Diagnóstico da educação fundamental; ? Colaboração Int. para formação superior; ? Observatório mercado de trabalho; ? Capacitação para grandes eventos; ? Plano estratégico de comunicação; ? Doutorado sobre desenvolvimento costeiro; ? Comunicação, part. empowerment; ? Pacto territorial para o desenvolvimento; ? Plano de espaço público; ? Consórcio municipal; ? Educação para o patrimônio; ? Roteiro histórico cultural; ? Oficina Fábrica de Ideias; ? Compromisso para o desenvolvimento. As trinta propostas que surgiram como resultado das mesas temáticas representam um repertório de pontos de discussão, sugestões e recomendações, que necessita ser integrado e coordenado. Para alcançar este objetivo é imprescindível realizar uma análise mais aprofundada que consiste em definir melhor o contexto de referimento, no qual as propostas seriam colocadas, para melhor ilustrar as reais condições de factibilidade e indicar um escala de prioridades. As mesas temáticas “Turismo, território e políticas de marketing”, “Desenvolvimento local e redes de empresas”, “Agricultura, pesca e marcas de qualidade”, “Políticas, instituições e governança” foram somadas e incluídas na categoria de análise intitulada “Economia”. Por fim, a mesa temática “Inovação tecnológica e pesquisa”, por ter caráter transversal, será uma referência em todos os grupos de análise. Para a fase de análise render de forma eficaz, foi decidido agrupar os temas das nove mesas temáticas em quatro categorias. Primeiramente, visto a importância da temática ambiental na Costa dos Corais, foi definido que a mesa temática “Meio ambiente, gestão, riscos naturais e segurança do território” se tornasse uma categoria a parte, denominada apenas como “ambiente”. Para cada uma das categorias de análise, foi realizada uma introdução que faz referência às problemáticas levantadas nas mesas temáticas, indicando as informações de base e as características principais do território relativas ao tema específico de análise e apresenta um esquema com os atores locais e os programas realizados ou em execução no território. De maneira análoga, com relação ao conteúdo que abrange tanto a dimensão territorial quanto a urbana, a mesa temática “Qualidade urbana, infraestrutura e planejamento” foi o único tema da categoria de análise “Dinâmicas urbanas e territoriais”. Este último é de grande importância, pois indica quais são os sujeitos ativos no território e que podem ajudar na atuação das propostas, e quais iniciativas, já em execução, podem representar um importante ponto de partida para serem finalizadas e integradas. A mesa temática “Educação, formação, capacitação, empoderamento e comunicação” e a mesa “Capital cultural, patrimônio e sociedade” foram agrupadas e inseridas na categoria de análise denominada “Sociedade”. Por fim, a análise de cada categoria é concluída com uma síntese interpretativa que tenta sintetizar as problemáticas e potencialidades, através de uma representação gráfica que evidencia as ligações e relações entre os diversos âmbitos do território. Análise Crítica DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL À ANÁLISE Propostas e Projetos PROPOSTAS DAS MESAS TEMÁTICAS Seminário Internacional Divulgação - web 25 Propostas e Projetos Análise Crítica Análise Crítica 26 Seminário Internacional Análise Crítica do Território Divulgação - web A região da Costa dos Corais está localizada no Litoral Norte do Estado de Alagoas, no Nordeste do Brasil e compreende oito municípios, desde Paripueira até Maragogi, na divisa com Pernambuco, compondo um território de grandes belezas naturais, que mescla ecossistemas marinhos e terrestres. A diversidade costeira ao longo do litoral de Alagoas deve-se principalmente às variações do nível do mar, ocorridas entre 7 mil e 2 mil anos atrás (Correia & Sovierzoski, 2008). O território apresenta grandes potencialidades naturais que precisam ser entendidas e valorizadas pela comunidade local. A escassa disponibilidade, dispersão e a descontinuidade das informações ambientais estratégicas, juntamente com a precária e desarticulada gestão pública regional dificultam processos de reflexão dos benefícios que a região costeira agrega em si. A compreensão da complexa realidade local faz emergir a necessidade de integração entre a costa e o ecossistema terrestre de forma a promover o envolvimento responsável dos diferentes atores com seu próprio ambiente. Fonte: www.ufal.br/zeecal/index.htm A região possui grande potencial ambiental com áreas que incluem restingas, estuários, manguezais e recifes. A distribuição dos ecossistemas nos vários municípios da Costa dos Corais está representada no gráfico 1 proveniente do Zoneamento Ecológico Econômico derivante do Plano Estadual de Gestão e Desenvolvimento Sustentável da Zona Costeira do Estado de Alagoas. Além destes, a Mata Atlântica que é representada pelas matas dos tabuleiros, das encostas e ciliares, consideradas muito frágeis devido à elevada biodiversidade e as poucas áreas ainda existentes como manchas de mata nativa (Correia & Sovierzoski, 2005), vem sofrendo desmatamento iniciado desde o período colonial. Atualmente, a Mata Atlântica encontra-se reduzida a pequenas manchas que representam apenas 5% da cobertura vegetal inicial. Grande parte dessas áreas na região dos tabuleiros, formação quaternária com topografia plana, sedimentar e de baixa altitude, ocupada pela agricultura, baseada na monocultura intensiva açucareira (Correia & Sovierzoski, 2008). Neste território de elevado valor paisagístico encontram-se o Parque Municipal Marinho de Paripueira, a Área de Preservação Ambiental Costa dos Corais (APA Costa dos Corais), ambos com objetivos de preservar ecossistemas costeiros. Também existem algumas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) que conservam fragmentos de Mata Atlântica nas áreas rurais dos municípios. Os recifes presentes na costa fazem parte de uma formação de barreira de corais que se estendem por 135 km do litoral entre Maceió (AL) e Recife (PE) e é definida como a segunda maior e mais importante do mundo (Correia & Sovierzoski, 2008). Com a maré baixa, formam-se piscinas naturais que unidas à presença de corais e sua diversidade biológica característica, contempla numerosas espécies endêmicas de inestimável beleza, contribuindo por representar o principal atrativo da região. Estas condições físicas expõem os corais à interferências externas que contribuem para o aumento da vulnerabilidade do ecossistema e para o seu risco do deterioração. Além disso, a barreira coralina é caracterizada por uma baixa resiliência, o que significa que o ecossistema naturalmente tenha uma escassa capacidade de recuperar seu estado inicial após ser submetido a um stress. Fonte: www.ufal.br/zeecal/index.htm Análise Crítica Dada a importância das questões ambientais na Costa dos Corais, esta seção de análise deriva inteiramente da questão mesa ‘‘Meio ambiente, gestão de riscos naturais e segurança do território”. INFORMAÇÕES SIGNIFICATIVAS E CARACTERISTICAS PRINCIPAIS Propostas e Projetos INTRODUÇÃO Seminário Internacional Análise Ambiental 27 Análise Crítica do Território Divulgação - web Como todos os ecossistemas inseridos em contextos sujeitos à intensa pressão, evidencia-se na Costa dos Corais uma elevada fragilidade e vulnerabilidade ambiental recorrentes de fatores e problemáticas presentes no território, das quais seus impactos e consequências estão representados na tabela 1. Análise Crítica Todavia, justamente devido aos grandes atrativos naturais, a costa do Litoral Norte teve uma rápida e crescente demanda por atividades turísticas nos últimos anos, que provocaram uma ocupação urbana desordenada e desregulada dos sistemas de infraestrutura, convergindo em graves impactos locais com diversos efeitos negativos aos ambientes. Com isso a região Para a elaboração da análise foram consideradas várias informações derivadas de diversos entes institucionais que definem os aspectos ambientais deste território. Em particular apresenta-se ao lado alguns mapas que representam as peculiaridades e as características da área de estudo: presença de áreas protegidas conforme dados do IMA, disposição dos ecossistemas de mangue e recifes proveniente do zoneamento ecológico e econômico do Estado de Alagoas, características geomorfológicas da costa e cartografia de uso do solo elaboradas pelo IMA. -ZEEC- Alagoas. Mapa do Ecossistema de Manguezal, 2001 Praias, dunas, falésias, barreira de corais, rios costeados de mangues, sambaquis e a presença da Mata Atlântica compõem um conjunto natural que encanta os visitantes e indica um recurso de fundamental importância para o desenvolvimento do território da Costa dos Corais e significativa a potencialidade do Estado de Alagoas encontra-se vulnerável, pois sua potencialidade é limitada pela capacidade de cada ecossistema suportar a carga imposta por estas atividades que vêm sendo desenvolvidas sem critérios, normas e controle. -BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Mapa das Áreas Protegidas. Macro-diagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil, 2008. Propostas e Projetos A geomorfologia desta área é bem definida por duas unidades: os tabuleiros e a planície costeira. A planície costeira é caracterizada pelo acúmulo de sedimentos ‘praiais’ e flúvio-lagunares, onde há o desenvolvimento de feições acumulativas, tais como campos de dunas e restingas, feições estas que, associadas aos rios, favorecem a proliferação de manguezais. Feições erosivas, como falésias vivas e subatuais também são observadas. Seminário Internacional Análise Ambiental 28 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Ambiental -MMA/IMA-GERCO/UFAL-LGAL. Mapa do Litoral Norte do Estado de Alagoas - Uso dos solos, 2001 PROBLEMÁTICAS IMPACTOS AMBIENTAIS CONSEQUÊNCIAS Escassa pesquisa básica e aplicada, organização de dados e planos de monitoramento ambiental -Escasso conhecimento do estado ambiental atual; -Escasso conhecimento dos pontos críticos e das potencialidades presentes; -Precários mecanismos de controle e proteção ambiental; -Dificuldade em planejar um desenvolvimento harmônico que considere as peculiaridades ambientais; -Dificuldade em planejar intervenções eficazes e eficientes na manutenção da qualidade ambiental. Pouca consciência, percepção e sensibilidade ambiental -Destruição dos ecossistemas presentes; -Poluição dos ambientes aquáticos, terrestres e aéreos; -Exploração inconsequente e mal uso dos recursos naturais; -Degradação ambiental e perda de recursos naturais; -Redução da biodiversidade, com a extinção de espécies endêmicas; -Redução da qualidade de vida humana e ambiental; -Poucas intervenções relacionadas à conservação; -Poucas iniciativas sustentáveis como a reciclagem. Atividades canavieiras -Desmatamento de encostas e de margens de rios para o cultivo de canade-açúcar; -Aumento dos processos de erosão; -Contaminação por lançamento de produtos e resíduos químicos e orgânicos sem tratamento em corpos hídricos e solo; -Contaminação de organismos aquáticos e terrestres; -Potencial poluição atmosférica; -Acidificação e perda da qualidade do solo. -Redução da área de cober tura vegetal nativa e fragmentação da paisagem; -Degradação dos solos; -Contaminação do ambiente por insumos agrícolas; -Alteração da qualidade das águas e solos; -Substituição de ambientes biodiversos por ambientes homogêneos; -Perda de diversidade biológica; -Perda da estabilidade ecossistêmica. -Aumento da vulnerabilidade de áreas críticas. Falta de saneamento básico -Lançamento direto de resíduos urbanos e industriais; -Descarte inadequado de lixo sem destinação apropriada; -Impacto paisagístico. -Deterioração da qualidade do solo e da água super ficial e subterrânea; -Comprometimento da saúde humana; -Comprometimento da saúde dos ecossistemas aquáticos de água doce e marinhos; -Comprometimento da estrutura dos recifes de corais; -Presença de passivos ambientais depositados de forma difusa no território; -Desperdício de material orgânico e reciclável. Ocupação desordenada -Construção de estrada e edifícios sem planejamento adequado e violando a legislação vigente; -Crescimento desordenado das cidades; -Desmatamentos ilegais, acarretando a retirada da cober tura vegetal natural; -Construção de obras individuais de contenção de erosão na praia. - Erosão das praias com consequente perda de capital econômico; -Inter ferência nas dinâmicas naturais da costa com drásticas alterações ambientais, muitas vezes irreversíveis, nos ecossistemas atingidos; -Redução e alteração do fluxo das águas, com consequente deterioração da qualidade da água; -Deterioração e desvalorização paisagística. Pesca e atividades predatórias -Pesca ilegal realizada com bombas e candangos e uso de redes com tamanho de malha reduzida; -Pesca em período de reprodução das espécies; -Retirada de fauna e flora para ar tesanato o com finalidades ornamentais; -Biopirataria e comércio ilegal. -Redução no estoque pesqueiro; -Comprometimento da sustentação das populações tradicionais; -Redução da biodiversidade; -Danos a ecossistemas costeiros. Turismo sem controle -Passeios realizados por guias com pouco conhecimento dos danos ambientais; -Movimentação de embarcações em áreas com pouca profundidade e lançamento de âncoras que quebram o substrato recifal; -Destruição e depredação dos ecossistemas, decorrentes de impactos antrópicos diretos; -Aumento da quantidade produzida de lixo, sem destino apropriado. -Destruição de recifes e redução da saúde dos ecossistemas recifais; -Prejuízo irreparável do substrato recifal, tanto vivo quanto mor to; -Construção de infraestrutura e serviços para turistas em áreas de alta vulnerabilidade (por exemplo manguezais e restingas); -Depredação da Mata Atlântica e dos recifes; -Perda de qualidade paisagística com consequente diminuição do interesse dos visitantes. ESTADO DE ALAGOAS LITORAL NORTE GEOMOFOLÓGICO -MMA/IMA-GERCO/UFAL-LGAL. Mapa do Litoral Norte do Estado de Alagoas - Geomorfológico, 2001 Seminário Internacional Tabela 1: Problemáticas ambientais, principais impactos e consequências identificadas. Análise Crítica LITORAL NORTE USO DOS SOLOS Propostas e Projetos ESTADO DE ALAGOAS 29 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Ambiental ENTES TRANSVERSAIS UFAL Universidade Federal de Alagoas SEMARH Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos SME Secretaria Municipal de Educação Conselho Municipal de Educação PARIPUEIRA SAO MIGUEL DOS MILAGRES MARAGOGI IMA Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas MACAMBIRA Associação de Proprietários de Reservas Privadas ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade UFPE PROJETO PEIXE BOI:: Desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos. PROJETO RECIFES COSTEIROS:: Desenvolvido por pesquisadores da UFPE e ICMBio a partir do “Projeto Iniciativa de Manejo Integrado para o Sistema Recifal Costeiro entre Tamandaré e Paripueira”. Visa fornecer base científica e assistência técnica na elaboração do plano de manejo da APA Costa dos Corais. Atualmente é administrado pela Fundação Mamíferos Marinhos. Universidade Federal de Pernambuco PROJETO ORLA:: Articula as políticas patrimonial, urbanística e socioambiental que visa o planejamento do uso e ocupação da orla brasileira por meio de gestão compartilhada e participativa. IRCO Instituto Recifes Costeiros ARAMA ATA Associação dos Ribeirinhos Amigos do Meio Ambiente Amigos da Terra e da Água Seminário Internacional Instituto Brasilero do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ÓRGÃO FEDERAL ÓRGÃO ESTADUAL ÓRGÃO MUNICIPAL REEF CHECK BRASIL:: Objetiva diagnosticar a saúde dos recifes brasileiros bem como a efetividade das medidas de conservação em vigor. IBAMA Análise Crítica Ministério do Meio Ambiente PROGRAMAS Propostas e Projetos NÍVEL INSTITUCIONAL 30 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Ambiental Código Florestal Lei No 4.771/65 -Termo de Ajuste de Conduta Usina Santa Maria, em Porto Calvo; -Reservas Legais de Mata Atlântica. -Listas vermelhas de esp écies amea çadas de extinção; planos e programas de conservação de espécies ameaçadas. -Projeto Peixe-Boi; -Projeto Mero; -Reef Check Brasil; -Portaria do IBAMA 71/2002 (restrição da pesca nos recifes). -Sistema Nacional do Meio Ambiente; -Conselho Nacional do Meio Ambiente; -Zoneamento Ecológico Econômico; -Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro. -Conselho Municipal de Meio Ambiente de Maragogi; -Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte. -Licenciamento ambienta;l -Estudo de impacto ambienta;l -Relatório de impacto ambiental. -EIA/RIMA Aeroporto Maragogi; -EIA RIMA Ponte Rio Manguaba; -EIA/RIMA BR-101; -EIA/RIMA AL-101; -EIA/RIMA Gasoduto; -EIA/RIMA Hotéis. -Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro; -Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro; -Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro; -Criação de Unidades de Conservação na Zona Costeira. -Criação da APA Costa dos Corais; -Projeto Recifes Costeiros; -Zoneamento Costeiro (em andamento); -Projeto Orla em Pirapueira. -Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; -Comitê Gestor de Bacias Hidrográficas. -Plano Estadual de Gestão de Recursos Hídricos (em andamento); -Criação do Comitê Gestor de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte (em andamento). Lei de Crimes Ambientais Lei No 9.605 /98 -Condutas lesivas ao Meio Ambiente; -Fundos derivados de multas ambientais; -Termos de ajuste de conduta. - TAC Usina Santa Maria, em Porto Calvo; -TAC das Gal és de Maragogi. Política Nacional de Educação Ambiental Lei No 9.795/99 -Programa Nacional de Educação Ambiental; -Diretriz Nacional de Educação Ambiental. -Gincana Ambiental e Oficinas realizadas pelo IMA. -Criação de UC’s; -Conselhos Gestores; -Gestão Participativa; -Planos de Manejo; -Compensação ambiental (EIA/RIMA). -Parque Municipal Marinho de Paripueira; -RPPN Fazenda Placa em Paripueira; -APA Costa dos Corais; -Plano de Manejo da APA Costa dos Corais (em andamento) -Normas e procedimentos para a prestação de serviços vinculados à visitação e ao turismo na APA Costa dos Corais. Lei de Proteção à Fauna Lei No 5.197/67 Política Nacional do Meio Ambiente Lei No 6.938/81 Resolução 001/86 Conama e Lei No 7.735/89 Política Nacional de Gerenciamento Costeiro Lei N° 7.661/88 Política Nacional de Recursos Hídricos Lei No 9.433/97 Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza Lei No 9.985/2000 SÍNTESE CRÍTICA A Costa dos Corais caracteriza-se pela elevada vulnerabilidade ambiental, quer seja na área costeira marinha ou nos ecossistemas terrestres, exposta aos fenômenos causados por riscos naturais e antrópicos. A vulnerabilidade da área está diretamente relacionada à sensibilidade e à capacidade de adaptação natural do sistema, entendido como o conjunto de interrelações dos componentes presentes no território considerando seus aspectos naturais e humanos. Esta adaptação depende fortemente das suas próprias características físicas e também das socioeconômicas. O fenômeno da erosão costeira propicia a ocorrência de graves danos para o território e sua consequente desvalorização, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. No que se refere ao ambiente, a repercussão é identificada em termos de perda da biodiversidade, de habitats e do agravamento de fenômenos climáticos extremos. Paralelamente em relação às atividades econômicas, verificam-se grandes impactos no turismo, na pesca, no ordenamento do território e na deterioração de edificações ou infraestrutura urbana. Seminário Internacional AÇÃO LOCAL IDENTIFICADA -Área de preservação permanente; -Reserva legal; -Recuperação de mata ciliar; -Restauração ecológica; -Pagamento por servi ços ambientais. Análise Crítica POLÍTICAS/PROGRAMAS/DIRETRIZES Propostas e Projetos LEGISLAÇÃO 31 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Ambiental Este fenômeno afeta a funcionalidade dos serviços ecossistêmicos que as florestas podem prestar aos seus territórios tais como: a regulação climática; a manutenção da biodiversidade; a influência sobre o ciclo hidrológico, por exemplo no controle de inundações, na proteção de nascentes, no mantimento dos lençóis freáticos, etc; entre outros serviços fundamentais para manutenção do sistema. As problemáticas, peculiaridades e também potencialidades ambientais do território parecem não ser comunicadas de forma transversal a todos os atores da comunidade, revelando uma necessidade de reforçar a percepção e sensibilização ambiental local. Ainda, a escassez de recursos humanos, a capacitação do pessoal, a fragmentação da informação entre os diversos níveis de gestão (federal, estadual e municipal assim como entes privados e públicos) e a falta de coordenação no planejamento do território, leva à uma dispersão de dados que influencia na qualidade dos mesmos. Todos estes fatores somados impossibilitam e comprometem o desenvolvimento de uma gestão voltada à sustentabilidade da costa. Somente por meio do conhecimento detalhado dos aspectos socioambientais, físicos, ecológicos que atuam em sinergia e que são derivados dos impactos ambientais já estabelecidos e sobrepostos no território, juntamente com projeções de cenários futuros, será possível progredir a uma quantificação destes fatores, inclusive em termos econômicos, e assim obter as informações estratégicas necessárias à uma gestão que possa intervir e mitigar de maneira adequada e eficaz nos diversos setores e escalas. APA da Costa dos Corais Parque Municipal Marinho de Paripueira Reserva Particular do Patrimônio Natural Elementos Naturais Mata Atlântica Coqueiros Falésia viva Mangues Recifes Uso do solo $ Área de monocultura Peixe-Boi – Área de reintrodução Propostas e Projetos É fundamental adquirir o adequado conhecimento dos fenômenos que caracterizam o território, sensibilizando, educando e envolvendo a comunidade. Desta forma, se pode avançar nos processos de tomadas de decisão através da participação dos stakeholders em busca de um planejamento sustentável e de longo prazo. Este também seria o procedimento necessário para o delineamento e construção de uma visão compartilhada sobre os possíveis cenários futuros, considerando os principais impactos naturais e antrópicos relacionados às mudanças morfo-evolutivas na Costa dos Corais, e nas estratégias apropriadas para afrontá-los e mitigálos. Unidades de Conservação Análise Crítica Seminário Internacional Ao mesmo tempo, a vulnerabilidade do ecossistema terrestre é causada pela presença de um excessivo desenvolvimento da monocultura da indústria da cana-de-açucar que torna este sistema extremamente impactado, frágil e fragmentado. Na região, verificam-se somente algumas “ilhas” de remanescentes florestais de mata atlântica localizadas em áreas de difícil acesso para cultivo e em frações de Reserva Legal das propriedades privadas. Propriamente por este isolamento entre elas e entre os ecossistemas dos quais são naturalmente vinculadas (como o ecossistema costeiro), estes mosaicos se apresentam extremamente vulneráveis e suscetíveis ao efeito “ilha” de diminuição progressiva da sua função ecológica. Área em erosão 32 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais Primeiramente, é válido considerar que, tanto a descrição territorial se desenvolveu em duas escalas de observação, uma gera,l que é composta pela zona dos oito municípios em conjunto (Costa dos Corais) e outra mais pontual que se refere a cada município, suas características e dinâmicas em particular. Para inserir o território em um processo de desenvolvimento local é necessário conhecê-lo, reconhecer seus limites e exigências, integrar os diversos níveis de conhecimento (local/técnico) e avaliar o impacto das diversas ações no território. Para isto, foi realizada uma análise de diagnóstico das dinâmicas presentes no território, estruturando-a em quatro temas principais, desenvolvidos em diferentes escalas e de acordo com os deferentes níveis de informação disponíveis, que são: análise sobre as dinâmicas intermunicipais atuais (relações, conexões, características, etc.); considerações sobre legislação existente, instrumento de planejamento, organização e manejo do território; qualidade urbana e infraestrutura básica. Com base nestas questões, se identificam uma série de potencialidades presentes, que serviram como diretrizes para a elaboração de posteriores propostas que direcionem diversas ações para o desenvolvimento local. Ao mesmo tempo, também identificou-se os diferentes obstáculos que dificultam e, em muitos casos, impedem seu desenvolvimento. Sendo, portanto, o objetivo final definir as vocações ou a diversidade vocacional que caracteriza este território. Contextualização Além disso, o reflexo do baixo crescimento urbano e econômico, nas décadas de 1980 e 1990, acentuou as mazelas urbanísticas (relacionadas ao solo) e influiu no aparecimento de novos aspectos negativos nas grandes cidades: o desemprego e a violência. Esta era praticamente desconhecida nas cidades até o início dos anos 1970. Posteriormente, a privatização, desregulamentação, enfraquecimento do Estado-nação e das políticas públicas sociais e competição entre cidades são algumas das características que, somadas ao primado do mercado, tiveram grande impacto sobre as cidades formadas sob o peso da herança histórica descrita acima. Para entender a situação atual do território em estudo, é válido analisar a origem do processo de urbanização do país, o qual foi iniciado de forma mais efetiva no século XX, durante o regime republicano. O Brasil começou o século com 10% da população nas cidades e terminou com 81%. Entretanto, é valido ressaltar que o peso das heranças colonial e escravista é notável na formação das cidades (com base em MARICATO, 2006). Uma das questões mais relevantes é o patrimonialismo brasileiro, cuja origem é caracterizada pela relação entre a concentração do patrimônio, poder econômico e poder político, o qual além de ser condição para a concentração de poder, explica ainda a captura da esfera pública por interesses privados. Assim, O Estado instrumentalizado gera uma burocracia exagerada cuja principal finalidade não é a regulação impessoal de processos e procedimentos baseados na lei, no mérito e na eficiência (para a acumulação de capital), mas a garantia do poder baseado em No momento, nota-se que o desprestígio da esfera pública dificulta a cooperação entre diversos governos de um mesmo nível ou governos de diversos níveis. Como mencionado anteriormente, planos e leis são aplicados de acordo com as circunstâncias. A experiência histórica com planos diretores no Brasil, mostra que eles se aplicam apenas a uma parte da cidade, tomam o mercado como referência e ignoram a demanda da maior parte da sociedade, bem como ignoram a cidade ilegal (VILLAÇA, 2005). Como os demais estados brasileiros, o Estado de Alagoas é partícipe deste processo histórico e convive com as dificuldades oriundas deste modo de administrar. Somados a este processo, os investimentos em infraestrutura básica são insuficientes, há certa fragilidade econômica, com alto índice de analfabetismo e, em geral, com baixa qualificação profissional. Tais dificuldades refletem e são refletidas em diversos setores seja social, organização econômica e espacial dos municípios, bem como nos impactos ambientais e em como se percebem e enfrentam estes problemas. Na região em estudo, os problemas já citados para o Brasil e para o Estado de Alagoas também se encontram nesse território agravados por uma pressão imobiliária e econômica cada vez mais forte, somada ao insipiente planejamento para o território. Neste contexto, é urgente identificar iniciativas a fim de interromper o processo histórico da monocultura e do individualismo e, então, planejar ações que possam subsidiar o ordenamento territorial bem como a qualidade de vida da comunidade local, através da melhoria dos serviços básicos de infraestrutura e habitação, diversificação e inserção de inovações tecnológicas nas atividades econômicas. Seminário Internacional Atualmente, não se pode considerar o território como uma variável independente e isolada, por isto, entende-se o território como a base onde se desenvolvem uma série de dinâmicas que envolvem a sociedade, a economia, a cultura local e o meio ambiente. Neste caso, a categoria “Análise do Território” se refere ao desenvolvimento das condições e dinâmicas territoriais atuais dentro da zona denominada Costa dos Corais, exercendo particular ênfase em elementos ligados principalmente à infraestrutura, estrutura urbana e à relação entre os municípios. relações de troca. A cultura de acumulação de terras e imóveis também pode ser justificada pelo patrimonialismo, uma vez que trava o desenvolvimento urbano e a produtividade na construção civil. Análise Crítica Essa seção da análise compreende as reflexões e discussões realizadas no âmbito da mesa temática “Qualidade Urbana, Infraestrutura e Planejamento”. INFORMAÇÕES SIGNIFICATIVAS E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Propostas e Projetos INTRODUÇÃO 33 Análise Crítica do Território Fonte: divulgação web Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais MAPA INFRAESTRUTURA 10000 - 20000 Hab 20000 - 30000 Hab JACUÍPE RODOVIA HOSPITAL ÁGUA % de população atendida ENERGIA % de população de consumo PORCENTAGEM Maragogi 334 km2 JUNDIÁ NOVO LINO Porto Calvo 260 km2 DENSIDADE DEMOGRAFICA Pessoas x m2 GRAU DE URBANIZAÇÃO % Japaratinga 85 km2 MATRIZ DE CAMARAGIBE JOAQUIM GOMES Paripueira Passo de Camaragibe 187 km2 São Miguel dos Milagres 65 km2 Barra de Santo Antônio Passo de Camaragibe São Miguel dos Milagres Porto de Pedras Porto Calvo Japaratinga Maragogi 10.429 14.731 14.119 7.777 10.550 25.968 7.792 29.363 Urbana 9.049 13.263 7.039 2.464 5.562 18.971 3.186 19.531 Rural 1.380 1.469 7.080 5.314 4.988 7.015 4.607 9.832 Cana-de-açúcar Cana-de-açúcar Cana-de-açúcar Cana-de-açúcar Turismo Turismo População Porto de Pedras 266 km2 A fim de embasar as análises procedentes, o mapa a seguir, indica a infraestrutura presente no território, com ênfase no saneamento básico, indicando o percentual de abrangência do sistema de abastecimento de água e energia, e coleta de resíduos sólidos, além de enumerar a densidade demográfica (hab/m²) e o grau de urbanização. LIXO % de lixo coletado Atividades Econômicas FLEXEIRAS SÃO LUIS DO QUITUNDE Cana-de-açúcar Cana-de-açúcar Cana-de-açúcar Cana-de-açúcar Pesca artesanal Turismo Turismo Milho Turismo Turismo Pesca artesanal Pesca artesanal Coco Pesca artesanal Pesca artesanal Feijão Pesca artesanal Pesca artesanal Coco Milho Coco Coco Mandioca Coco Coco Milho Feijão Milho Milho Banana Milho Milho Feijão Mandioca Feijão Feijão Batata Feijão Feijão Mandioca Banana Mandioca Mandioca Arroz Mandioca Mandioca Banana Banana Coco Maracujá Laranja Infraestrutura Barra de Santo Antônio 138 km2 MACEIÓ Paripueira 92 km2 Energia 73% 35% 34% 43% 25% 39% 57% Água 76% - 50% - 25% - 21% 63% 50% Lixo coletado 66% 6% 30% 28% 15% 60% 40% 46% Análise Crítica A definição dos municípios da área de estudo foi realizada após a discussão de qual seria o melhor enquadramento para a Costa dos Corais, uma vez que essa denominação é utilizada em vários projetos, aos quais tivemos acesso, porém, muitas vezes, possuem composições diferentes no números de municípios componentes dessa área. Então, para fins de análise, a área de estudo compreende os 08 municípios integrantes do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) de turismo, localizado na Costa dos Corais. 0 - 10000 Hab Propostas e Projetos POPULAÇÃO Seminário Internacional A Costa dos Corais REFERÊNCIAS PERNAMBUCO Fonte: IBGE 34 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais Agricultura familiar Maragogi Porto Calvo Japaratinga Atrativos Naturais Turismo incipiente Produção de coco Turismo em desenvolvimento Pesca comercial Turismo PERNAMBUCO JACUÍPE Pesca artesanal Maragogi Porto de Pedras Porto Calvo Japaratinga NOVO LINO Passo de Camaragibe Maragogi JUNDIÁ Pesca artesanal Porto de Pedras São Miguel dos Milagres Porto Calvo São Miguel dos Milagres Passo de Camaragibe Japaratinga MATRIZ DE CAMARAGIBE Barra de Santo Antônio JOAQUIM GOMES Barra de Santo Antônio Detectou-se uma diversificação de atividades de sustento que na escala territorial não possuem peso, entretanto, na escala municipal e/ou comunitária bem representam as dinâmicas de cada núcleo. Além da cana-de-açúcar, que é a principal atividade econômica desta zona, e é também o componente fundamental da paisagem do interior desta região, identifica-se a presença de várias atividades como: a pesca, a produção de coco e sobre tudo a agricultura familiar, considerada de subsistência, baseada na produção de outros produtos como: mandioca, banana, feijão e milho. Enquanto à atividade pesqueira, identificam-se pontos onde esta atividade é exercida de forma artesanal e, em outros, adquire um nível mais comercial. Com relação à produção de coco, em algumas zonas se apresenta como a segunda atividade mais importante depois da canavieira, desenvolvendo-se na faixa costeira, tem como ponto de força não somente o produto em si, mas também outros derivados, como o artesanato, a produção de painéis de decoração e mobiliário, mesmo que em pequena escala. Por outro lado, a agricultura familiar é identificada em praticamente todos os municípios, em alguns casos a quantidade produzida permite sua comercialização e proporciona outras dinâmicas, como a formação de feiras locais e mercado informal nas ruas. Porto de Pedras Paripueira Co co Paripueira Por fim, o principal elemento de configuração da Costa dos Corais são os atrativos naturais que ao proporcionar a atividade turística, a qual possui diferentes níveis de desenvolvimento neste território, tem este objeto de discussão. Como síntese desta análise interpretativa, observou-se que as atividades alternativas ao turismo e à cana-de-açúcar se distribuem de forma dispersa no território, podendo ser melhor analisadas conforme mapa ao lado; ao mesmo tempo pode servir para evidenciar potencialidades e, também, como instrumento de base para a definição de propostas que respondam às mesmas. Sobre a costa, identificou-se uma um zoneamento que mistura a capacidade da atividade pesqueira, onde se observam zonas pontuais de pesca artesanal e zonas difusas onde a pesca poderia representar uma atividade potencial para o desenvolvimento da economia. Como atividade de relação entre a costa e o interior, se posiciona a produção do coco que, futuramente poderia se caracterizar como alternativa para integrar outros processos produtivos mais amplos, além da produção do coco como fruta. Por fim, uma das atividades desenvolvidas no interior do território, como a agricultura familiar se caracteriza por uma possibilidade de integrar o território a partir da conformação de uma dinâmica econômica combinada com a dinâmica social dos mercados e feiras, seu desenvolvimento em espaços de agregação e socialização. Pesca industrial Análise Crítica Produção de cana-de-açúcar Seminário Internacional SÍNTESE INTERPRETATIVA REFERÊNCIAS São Miguel dos Milagres FLEXEIRAS Passo de Camaragibe Pesca artesanal Pesca industrial Pesca artesanal SÃO LUÍS DO QUITUNDE Barra de Santo Antônio Produção de Coco MACEIÓ Pesca artesanal Paripueira Propostas e Projetos ATIVIDADES TERRITORIAIS 35 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais No que diz respeito ao patrimônio arquitetônico, histórico e cultural desta região, é válido relevar a presença das edificações históricas da época da colonização portuguesa e holandesa e da produção canavieira, principalmente representada pelos engenhos de cana, as comunidades tradicionais quilombolas e os assentamentos agrícolas, resultado do processo de distribuição de terras. Estes patrimônios enumerados refletem que a questão da terra é elemento fundamental na história deste território, não se podendo desconsiderar que sua implantação vai além das questões histórico-políticas, pois também simboliza aspectos sociais ligados ao território, como a produção artesanal. Considerando individualmente os municípios da Costa dos Corais, pode-se dizer que estes apresentam vocações distintas que, no contexto regional, caracterizam uma diversidade territorial. Como o território é um tema muito abrangente, conforme justificado no capítulo introdutório desta análise, optou-se por dividi-lo em quatro temáticas especificas, as quais constituem a base da dinâmica da ocupação analisada, com especial atenção às áreas urbanas, que são: aplicação das legislação/instrumentos de planejamento, sistema rodoviário e de transportes, infraestrutura básica e qualidade urbana. 1- Aplicação das normativas/instrumentos de planejamento: O estudo da legislação vigente, apresentada como parte desta análise no capítulo a seguir, mostrou a carência de elaboração e implementação dos instrumentos de planejamento, os quais são essenciais para organizar e integrar as principais dinâmicas existentes no território, sejam em escala territorial, como a Gestão Integrada da Costa ou o Plano de Manejo da APA da Costa dos Corais, quanto em escala urbana, como o Plano Diretor Municipal, Código de Obras e Posturas. Notou-se também que, não somente em consequência da ocupação histórica da faixa costeira do litoral em análise, mas também com relação à falta de fiscalização do cumprimento da legislação vigente, possibilitou a ocupação de áreas públicas e de marinha. Esta ocupação abusiva desencadeia não somente problemas ambientais, como a erosão da costa e poluição pontual, mas também um tecido urbano desestruturado. Outro ponto a ser relevado é que, a ocupação da faixa entre a costa e a rodovia AL-101 e suas conexões, que pode se considerar privilegiada por sua localização próxima ao mar e por possuir um maior percentual de infraestrutura que outras localidades mais distantes. Também está sendo realizada pela iniciativa privada de forma desequilibrada, pois além de se beneficiar da infraestrutura existente sem contrapartida, propicia a especulação imobiliária e segrega a comunidade local, caracterizando, assim, notável divergência entre interesse público e privado. Com relação à Costa dos Corais, no que representa uma iniciativa de identificar um território “unitário”, identificou-se: a carência de um planejamento integrado e de visão estratégica, além de escassa comunicação entre os municípios; a sobreposição de projetos idealizados por diferentes esferas de governo como também a falta de avaliação e monitoramento dos projetos existentes e em execução. No âmbito municipal, em geral, pode-se identificar a carência de um banco de dados e, principalmente, a carência de capital humano dentro da estrutura administrativa. Além disso, nota-se o abandono do patrimônio histórico-cultural, com poucas iniciativas de preservação e reabilitação do patrimônio existente. Seminário Internacional Com relação aos núcleos urbanos, pelo fato de o índice de ocupação do solo e o gabarito (altura das edificações) serem baixos, estes núcleos não representam grandes cicatrizes na paisagem, apesar de serem significativas as intervenções na morfologia deste território. Outro ponto a ser relevado é que, como a taxa de ocupação é pequena, inclusive a impermeabilização do solo, favorece que futuras intervenções sejam executadas com mais facilidade. Análise Crítica A Costa dos Corais possui grandes potenciais, no que diz respeito não somente às condições naturais da sua costa, mas também do interior do território. Como pontos de força da costa, pode-se indicar: a barreira coralina e suas piscinas naturais, que são o maior atrativo turístico da região; as praias de areia branca e coqueirais que compõem uma paisagem ainda selvagem, não somente pelo caráter natural, mas também pelo fato de ainda sofrerem pouca interferência antrópica; e resquícios de Mata Atlântica, ainda presentes no território. Problemática Propostas e Projetos Potencialidades 36 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais Com relação à acessibilidade, observou-se que o acesso à maioria dos municípios, encontra-se bem sinalizado, e com recentes obras de manutenção. Com relação às rodovias municipais de ligação da área urbana com a zona rural, observou-se que, em geral, não se encontram em boas condições de trafegabilidade, o que ocasiona longos períodos de deslocamento além de contribuir para a segregação das comunidades que se encontram em porções mais interiorizadas. Além disso, é valido considerar que o poder público municipal, por não possuir recursos para realizar a manutenção destas rodovias, depende de acordos informais com o setor privado. No que diz respeito ao sistema viário local, os municípios possuem características muito parecidas, como: vias estreitas com passeios precários, muitas vezes inexistentes e arborização urbana ocasional. Outro aspecto marcante é que as edificações, em geral, encontram-se no alinhamento predial identificando-se, em muitos casos, a invasão dos espaços de circulação para possibilitar o acesso às habitações. Além disso, o transporte público disponível no território é o intermunicipal através da “Linha DEF”, que possui dois itinerários: um que sai de Maceió com destino a Maragogi, parando em todos os municípios ao longo do percurso pela AL-101; e o outro, que sai de Maceió com destino a Porto de Pedras, via Barra de Camaragibe. Não foram identificadas linhas municipais de transporte urbano, indicando que o transporte individual é premissa básica para deslocamentos velozes e de longa distância. A carência de um sistema viário eficiente e de meios de transporte adequados impacta a qualidade de vida, que se entende como possibilidade de acesso à serviços básicos (hospitais e escolas) e dificulta também o desenvolvimento das atividades econômicas. Análise Crítica estaduais, uma vez que as mesmas, não somente nos trechos urbanos, são ocupadas de forma irregular, situação esta caracterizada pelos usos habitacional e comercial de pequeno porte, além do não cumprimento do recuo mínimos estabelecido pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER) de 15 metros. Propostas e Projetos A atual situação da infraestrutura rodoviária é insuficiente para responder às necessidades de mobilidade, tanto da população local quanto em relação ao fluxo turístico. Esta situação se dá principalmente pelo conflito de uso em todas as escalas, pois a rodovia AL-101 é um importante canal de escoamento da produção canavieira do Litoral alagoano, como também representa a ligação entre os municípios litorâneos e os dois grandes polos (Maceió e Recife), além de ser a principal amarração entre os mesmos. Esses conflitos se agravam com as péssimas condições em que esta rodovia se encontra, pois além de representar risco para os usuários e custos extra de transporte, implica em grande perda de tempo. Notou-se que existe um conflito de uso ao longo das rodovias Seminário Internacional 2- Infraestrutura rodoviária e de transportes 37 Análise Crítica do Território Divulgação - web A infraestrutura básica, aqui entendida por: saneamento básico (água potável, esgotamento sanitário, coleta e destinação de lixo e drenagem urbana) e sistema de energia e comunicação, representa de modo simplificado a condição e qualidade de vida de um lugar. A qualidade urbana dos municípios da Costa dos Corais é diretamente ligada a fatores político-sociais como a carência de especialidade da mão de obra local, sendo as edificações realizadas em grande parte por autoconstrução, atrelada à falta de fiscalização da ocupação do solo, imprimindo no tecido urbano características de desordem e improviso. Além disso, o conflito entre espaço público e privado fica evidente, não somente pela falta de espaços públicos de qualidade, mas analisando a tipologia das edificações, percebe-se que estas, muitas vezes, avançam sobre os passeios e possuem espaços abertos no pavimento térreo que se confundem com o espaço público. Nota-se que esta característica está presente em quase todos os municípios do território e reflete as características da comunidade local, uma vez que este hábito é histórico. No caso do território de análise, foi identificado que o problema mais relevante é com relação à falta de esgotamento sanitário em todos os municípios da Costa dos Corais. Essa deficiência estrutural influi diretamente nas condições de saúde pública, e não menos importante, no equilíbrio ambiental. Outra questão é a dos resíduos sólidos, que possuem coleta frequente e satisfatória, entretanto, sua destinação é feita em depósitos irregulares (lixões), indicando uma falha do poder público e omissão aos riscos para a população e o meio ambiente. A falta de infraestrutura repercute diretamente sobre o sistema de saúde e reforça a dependência dos grandes polos, uma vez que as unidades de saúde presentes no território, muitas vezes não tem condições de tratar todas as enfermidades advindas dessa condição. É válido ressaltar que o território possui alta taxa de abastecimento de água potável, existindo poucas localidades que não possuem este serviço e, em geral, também existe cobertura de telefone fixo, celular e internet. O conflito público-privado também pode ser percebido na ocupação da faixa costeira, não somente por empreendimentos hoteleiros de grande porte, mas também por condomínios fechados de casas de veraneio. Este fenômeno impacta o tecido urbano não somente no que diz respeito à infraestrutura, mas também na paisagem urbana e na segregação das comunidades locais, identificando um desequilíbrio na estrutura da cidade. Com relação à arborização urbana, percebeu-se que nos espaços públicos existentes e ao longo das vias, em geral, não existe a preocupação de inserir indivíduos arbóreos como elementos projetuais de sombreamento e ventilação, além de composição da paisagem. Outro ponto a ser evidenciado é com relação às obras de requalificação/reconstituição das orlas em decorrência dos eventos climáticos, pois existe a preocupação em recompor espaços, na maioria das vezes, destinados ao turista, dexaindo assim, a comunidade excluída deste espaço público que é o mais almejado nesta região. A falta de regulamentação e fiscalização da ocupação do solo contribui para a baixa qualidade urbana, e esta só pode ser enriquecida se houver mobilização do setor público, no intuito de estabelecer padrões mínimos de habitabilidade e conforto ambiental, além da conscientização da população de que estes padrões são necessários para a melhoria das condições de vida no meio urbano. Finalmente, as problemáticas acima enumeradas se tornaram latentes a partir da inserção do turismo, como atividade econômica fundamental para o território. Não obstante, com a indicação de Maragogi como Destino Indutor pelo Macro Programa 04 do Plano Nacional de Turismo (MTur), pode-se perceber que, ao contrário do que propõe este programa, que é a estruturação de roteiros turísticos intermunicipais com o objetivo de propagar o desenvolvimento nas regiões às quais fazem parte (no caso da Costa dos Corais), parece que as ações estão ainda concentradas apenas em Maragogi, enquanto os outros municípios continuam menos assistidos. Esta situação reflete que a denominação “Costa dos Corais” é puramente estrita ao sentido geográfico, pois o território encontra-se desarticulado no que diz respeito à ações existentes nos municípios do APL Costa dos Corais. Análise Crítica 4- Qualidade urbana Propostas e Projetos 3- Infraestrutura básica Seminário Internacional Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais 38 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais ENTES TRANSVERSAIS Ministério da Cidades Ministério da Cultura ÓRGÃO FEDERAL Ministério de Minas e Energia Ministério do Turismo Ministério da Integração Nacional Faculdade de Arquitetura e Urbanismo MMA Ministério do Meio Ambiente Secretaria Nacional de Programas Urbanos Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes IPHAN Defesa Civil Estadual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Ministério dos Transportes Ministério do Desenvolvimento Agrário DNIT SNPU UFAL Universidade Federal de Alagoas INCRA SEPPIR Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial PROGRAMAS Caixa Econômica Federal Projeto Orla; Programa Brasil Quilombola; Comitês de Bacias Hidrográficas: Plano Diretor de São Miguel dos Milagres (em elaboração); Plano Diretor de Passo de Camaragibe; Seminário Internacional NÍVEL INSTITUCIONAL Plano Diretor de Paripueira (em elaboração); SETUR Secretaria de Estado do Turismo de Alagoas SEPLAN SEINFRA Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento do Estado de Alagoas Secretaria de Estado da Infraestrutura do Estado de Alagoas CEAL Eletrobrás Distribuição Alagoas UNEAL Cesmac AFAL Centro de Estudos Superiores de Maceió Agência de fomento de Alagoas FAPEAL SEMARH Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos Defesa Civil e Corpo de Bombeiros Universidade Estadual de Alagoas SERVEAL Serviços de Engenharia de Alagoas DER ITERAL Departamento de Estradas e Rodovias Instituto de terras de Alagoas CASAL Companhia de Abastecimento e Saneamento de Alagoas ÓRGÃO MUNICIPAL Paripueira Prefeituras Municipais Barra de Santo Antônio Passo de Camaragibe São Miguel dos Milagres Porto de Pedras Porto Calvo Japaratinga Maragogi Petrobras Companhia de Petróleo e Gás Associações de moradores Empresas de consultoria Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV (Paripueira, – Barra de Santo Antônio, Porto Calvo, Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras, Japaratinga, e Maragogi); Ampliação do sistema de abastecimento de água em Paripueira. Análise Crítica IMA Istituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas Propostas e Projetos ÓRGÃO ESTADUAL Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maragogi (em elaboração); 39 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais Constituição Federal do Brasil Capítulo sobre função social da propriedade - Política de Gestão do Patrimônio da União; - Política Nacional de Regularização Fundiária; - Programa Nacional de Regu larização Fundiária Sustentável; - Programa Papel Passado; - Projeto Orla; - Programa Brasil Quilombola; AÇÃO LOCAL IDENTIFICADA Reconhecimento da comunidade tradicional Quilombola Bom Despacho; Estatuto da Terra Lei N. 4.504/1964 - Fundo Nacional da Reforma e do Desenvolvime nto Agrário - FUNMIRAD - Plano Nacional de Reforma Agrária; - Planos Regionais de Reforma Agrária; - Regularização de assentamentos agrícolas em Maragogi; Estatuto da Cidade Lei No 10.257/2001 - Política Urbana; - Política Nacional de Desenvolvimento U rbano; - Programa de Fortalecimento da Gestão Municipal Urbana; - Programa Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários; - Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais; - Programa Revitalização de Bens do Patrimônio Histórico Na cional; - Plano Diretor de Maragogi; - Plano Diretor de São Miguel dos Milagres (em elaboração); - Plano Diretor de Paripueira (em elaboração) ; - Reestruturação da Orla de Maragogi; - Plano Nacional da Habitação – PlanHab; - Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS; - Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS; - Conselho Gestor do FNHIS; - Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social – PSH; - Polí tica de Regulação do Uso do Solo; - Programa de Atendimento Habitacional Através do Poder Público - PRÓ-MORADIA; - Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV; - Plano Local de Habitação de Interesse Social de Maragogi (em elaboração); - Plano Local de Habitação de Interesse Social de Passo de Camaragibe (em elaboração) ; - Casas através do Programa Minha Casa, Minha Vida: Paripueira, Barra de Santo Antônio, Porto Calvo, Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras, Japaratinga e Maragogi; - Plano Nacional de Saneamento Básico – PNSB; - Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico – SINISA; - Estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento; -Previsão de ampliação do sistema de abastecimento de água em Paripueira ; -Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos ; -Comitê Gestor de Bacias Hidrográficas; - Comitês de Bacias Hidrográficas (em elaboração); - Política Nacional De Resíduos Sólidos; - Política Federal de Saneamento Básico; - integra a Política Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de Educação Ambiental; - Plano Nacional de Resíduos Sólidos; - Plano Estadual de Resíduos Sólidos; - Fundo Nacional do Meio Ambiente; - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; - Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR); - Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA); - Conselhos de Meio Ambiente; - Consórcio para a questão dos resíduos (em elaboração); -Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa); -Programa Nacional de Eletrificação do Meio Rural; - Elaboração de Atlas Eólico e disseminação da energia eólica no Estado de Alagoas ; - Sistema Nacional de Viação; - Plano Nacional de Viação; - Sistema Nacional dos Transportes Urbanos; - Conselho Nacional de Transportes; - PREVISÃO: Maceió - Barra de Santo Antônio: 29,2 KM; - Barra de Santo Antônio - Matriz do Camaragibe: 35,6 KM; - Japaratinga - Porto de Pedras: 5 KM ; - Acesso aos assentamentos; - Licenciamento Ambiental; -Estudo de Impacto Ambiental; -Relatório de Impacto Ambiental; -EIA/RIMA Aeroporto Maragogi; -EIA/RIMA Resort Grupo Investur (Barra de Camaragibe); Política Nacional de Gerenciamento Costeiro Lei N° 7.661/1988 -Plano de Gerenciamento Costeiro; -Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro; -Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro; -Projeto Orla em Paripuei ra; Política Nacional do Meio Ambiente Lei Nº 6.938/1981 -Sistema Nacional de Meio Ambiental; -Conselho Nacional de Meio Ambiente; -Zoneamento Ecológico Econômico; -Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro; -Conselho Municipal de Meio Ambiente; -Fundo Municipal do Meio Ambiente; -Conselho Municipal de Meio Ambiente de Tamandaré (PE) (está na APA Costa dos Corais) ; Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social Lei Nº 11.124/ 2005 Pol ítica Nacional para o Saneamento Básico Lei Nº 11.445/2007 Política Nacional de Recursos Hídricos Lei No 9.433/1997 Política Nacional de Gestão de Resíduos Lei nº 12.305/2010 Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia Lei nº 10.295/2001 Plano Nacional de Viação Lei Nº 5.917/ 1973 Resolução CONAMA 001/86 e Lei No 7.735/1989 De acordo com as atividades de campo realizadas e os dados levantados em diversas fontes, a região da Costa dos Corais apresenta dinâmicas que se expressam em diferentes linhas de interpretação demonstradas no mapa síntese (próxima página), que são: a composição e importância dos núcleos urbanos, as relações atuais entre os municípios, a conexão física tangível e as relações derivadas de ações conjuntas. Na espacialização destas dinâmicas foram considerados dois outros núcleos de forte influência nas dinâmicas territoriais, Maceió e Recife. Primeiramente, se reconheceu que quase todos os municípios que configuram a área em estudo são considerados núcleos urbanos de pequeno porte, com exceção de Maragogi, classificado como núcleo urbano de meio porte, e Maceió e Recife que são de grande porte. Com relação às relações territoriais entre esses municípios, a primeira questão evidente é a ligação física, através de estradas pavimentadas. No caso, identificou-se que dois municípios (Passo de Camaragibe e São Miguel dos Milagres) encontram-se fora do principal eixo de ligação rodoviário, o que faz com que, de certa maneira, fiquem fora do sistema. Entretanto, esta espécie de isolamento não pode ser classificada apenas como um ponto negativo, pois é esta condição que preconiza características peculiares destes municípios, e de certa forma, os preserva do turismo de massa e outras atividades mais agressivas. Seminário Internacional Políticas/Programa/Diretrizes SÍNTESE CRÍTICA Análise Crítica LEGISLAÇÃO Principais bases legais nacionais, políticas derivadas e ações relacionadas identificadas na Costa dos Corais Propostas e Projetos MAPA DOS ATORES E PROGRAMAS 40 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise das Dinâmicas Urbanas e Territoriais Em segundo lugar, foram identificadas dinâmicas intangíveis, aqui fortemente relacionadas à questões econômicas que se desenvolvem tanto pela proximidade geográfica, quanto pelas atividades econômicas coordenadas ou dependentes, e a necessidades de ações em conjunto entre os municípios. Inicialmente, reconhece-se a forte relação de Maragogi com Maceió e Recife, sobretudo pela sua posição estratégica equidistante de ambas capitais, e também por ser o principal polo indutor de turismo externo. Em segundo plano, mas não menos importante, entra Japaratinga que se relaciona diretamente com Maragogi, pela sua proximidade, mas também pela dependência comercial, como também para aquisição de insumos. Passo de Camaragibe ND E D ÊNCI EI AC N S OM U M ER OS CI A L PE - Desintegração territorial (política); - Falta de visão estratégica; Análise Crítica DE Núcleo Urbano de Grande Porte Barra de Santo Antônio Núcleo Urbano de Médio Porte Núcleo Urbano de Pequeno Porte Rota Pavimentada (Conexão Física) Maceió Além disso, a Costa dos Corais é apenas um conceito de integração territorial, pois praticamente não se concretiza. O desafio é evidenciar um mecanismo que permita o início deste processo de integração territorial para desenvolvimento local. São Miguel dos Milagres VALOR AMBIENTAL Paripueira Seminário Internacional SO M UÇÃ OA OT URI I ND MO TUR IS ÇÃO AO POUSADAS DE CHARME ROTA ECOLÓGICA Considerando o território como base das relações antrópicas com o meio físico e natural, percebeu-se que, no que diz respeito à ocupação do território e a infraestrutura, as dinâmicas decorrentes na área de estudo não apresentam grandes transformações nos últimos anos. Porém, a carência de aplicação dos instrumentos de planejamento e fiscalização das atividades no território, que já eram insuficientes, está latente em virtude da introdução da atividade turística na região, a qual não está sendo orientada e monitorada, indicando um risco não somente ao território físico, mas também econômico, social e cultural. Relações entre municípios Propostas e Projetos Por fim, valorizar Porto Calvo como polo de serviços, para que o mesmo possa integrar-se com os outros municípios da Costa dos Corais, uma vez que, por não possuir faixa litorânea, no momento encontra-se isolado das dinâmicas relacionadas ao APL Costa dos Corais. Porto de Pedras FE N 2 D ÔM A . EN CA O SA Em terceiro plano, potencializar e reforçar o conceito de Rota Ecológica a partir de ações concretas que permitam reconhecer este percurso, e associar seu nome não só a ações de marketing, mas posturas eficazes de preocupação ambiental. Japaratinga PE ES N DÊN TR C UR UTU I A D BA RA E NA Em segundo lugar, identifica que Barra de Santo Antonio e Paripueira são pontos atrativos de um tipo de turismo especializado, como drenante do turismo local, conformando uma zona de especial importância e com alto valor ambiental, em conjunto com Passo de Camaragibe, que possui caráter cultural elevado. Porto Calvo DE A partir da analise das dinâmicas territoriais identificadas, nota-se que existe uma primeira aproximação entre as possíveis vocações do setor. Primeiramente, reconhecendo Maragogi como atual polo indutor de turismo, se poderia pensar em desenvolver o seu papel na região como polo difusor, ou melhor, distribuidor do turismo ao interno da Costa dos Corais. Maragogi RELAÇÃO DIRETA I N DU Outra característica em comum observada, é uma estreita relação entre Paripueira e Barra de São Miguel com Maceió, pois devido à proximidade, recebem um fluxo turístico proveniente de Maceió, e são o loco de onde está presente o fenômeno da segunda casa, o qual caracteriza intensamente a malha urbana deste ponto do território. Finalmente, como terceiro ponto, identificou-se uma relação particular entre os municípios de Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedra e Japaratinga, estabelecida a partir de uma associação que formou a Rota Ecológica, que a priori pode ser entendida como uma resposta ao fato de estar fora do percurso habitual (através da rodovia) e caracteriza um ponto de força na região. TESE E PALAVRAS-CHAVE Recife Rota Ecológica (Associações Intermunicipais) Caminho 41 Análise Crítica do Território Divulgação - web “Não podemos mais avançar em pequenos passos, também porque não sabemos nem ao menos se estamos avançando ou retrocedendo. Temos uma necessidade urgente de imaginar, de pensar, de construir o nosso futuro.” Alain Touraine, La Repubblica, 29 de setembro 2010 Os atrativos ambientais da Costa dos Corais de relevante valor ecológico, representam um significativo potencial turístico. Nos últimos anos isto favoreceu a consolidação de um polo turístico em torno do município de Maragogi com atividades ligadas principalmente ao segmento de Sol e Praia. Com este sentido, um novo conceito de governancee unido a uma visão renovada do turismoo, que se afaste da ideia exclusiva de Sol e Praia, representa o ponto de partida para um desenvolvimento integradoo da Costa dos Corais. Mesmo que se reconheça no turismo o setor condutor da economia local, isto não pode representar a única possibilidade e, por isso, é necessário reforçar a agricultura, a pesca, e as outras produções artesanais tradicionais construindo em cada setor, primeiramente de maneira integrada entre todos, e sucessivamente, uma rede de empresas que resultem num meio eficaz para tornar o território mais competitivo no mercado local e extraterritorial. Por esta razão, foram considerados na análise os pontos críticos e potencialidades de todos os diversos setores econômicos e produtivos existentes. INFORMAÇÕES SIGNIFICATIVAS E CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS A seguinte análise desenvolvida individualiza as informações, as características, as potencialidades e as problemáticas por setor econômico específico. Turismo(s) O turismo de Sol e Praia na Costa dos Corais representa um setor econômico forte em que concentram-se os esforços das políticas públicas e os investimentos dos atores privados, muitas vezes desfavorecendo as outras atividades. Este turismo apresenta-se como um segmento fechado que atualmente não trabalha de forma sinérgica com as outras economias e no qual as vantagens distribuem-se essencialmente entre os sujeitos diretamente envolvidos. Normalmente estes são externos ao território. Mesa 2 Mesa 3 Mesa 5 Ao mesmo tempo este turismo produz impactos ambientais e sociaiss que repercutem em toda a comunidade. Releva-se que os níveis de planejamento turísticos são muitas vezes setoriais, sobrepostos e não operativos. As propostas são muitas mas nem sempre coordenadas e estruturadas de forma estratégica. Falta, portanto, um plano territorial das atividades econômicas a partir da turística, que não seja setorial (limitado a determinado município) mas que compreenda toda a Costa dos Corais, em todos os seus aspectos (sociedade, economia, ambiente). É necessário um turismo dinâmico e diversificado que não procure somente recursos e ações através de atores público, mas que seja capaz de ativar outras economias como artesanato, agricultura, gastronomia, manutenção técnica dos empreendimentos e das estruturas receptivas. Limites - Repartição desigual dos benefícios; - Perda do valor ecológico; - Contaminação da qualidade das águas; - Uso insustentável das piscinas naturais; - Aceleração dos processos de erosão costeira (estruturas rígidas no litoral); - Ausência de situações de contato entre visitantes e comunidade local (enclaves turísticos); - Dependência econômica de um turismo sazonal; - Níveis de planejamento turístico setoriais, sobrepostos e não operativos. Exigências - Plano territorial das atividades econômicas a partir da atividade turística; - Turismo dinâmico e diversificado capaz de ativar outras economias. Propostas e Projetos A partir das mesas temáticas do Seminário: Mesa 2: “Turismo, Território e Políticas de Marketing”; Mesa 3: “Desenvolvimento Local e Redes de empresas”; Mesa 5: “Agricultura, Pesca e Marcas de Qualidade”; Mesa 9: “Políticas, Instituições e Governança”. Mesa 9 O turismo na Costa dos Corais sofre também de uma forte sazonalidadee que determina o fechamento de uma série de pequenas atividades nos meses de menor fluxo. Análise Crítica INTRODUÇÃO Seminário Internacional Análise AnálisisEconômica Economía Surgiu a vontade de orientar os setores produtivos e institucionais na direção de uma gestão integrada, dinâmica e de longo prazoo. As temáticas de cada mesa evidenciaram como os vários objetivos setoriais se direcionassem à macroárea “economia”. Cada um destes possui um papel seja particular na economia da região, seja fundamental se integrado com todos os outros. Macroárea “economia” 42 Análise Crítica do Território Divulgação - web Identifica-se no território experiências de sucesso promovidas por indivíduos isolados, que demonstram a possibilidade de testar novos percursos para reforçar o setorr . Porém, para conseguir aumentar o nível de qualidadee , deve-se abandonar a agricultura informal, sustentar o associativismo e o cultivo de produtos típicos. Exigências - Regulamentação dos trabalhadores do setor primário; - Fiscalização do uso dos recursos hídricos; - Políticas direcionadas ao fortalecimento de culturas alternativas. Pesca A pesca é uma atividade de fortes conexões com as tradições e a cultura local por ser realizada até hoje de maneira artesanal utilizando os mesmos métodos tradicionais. Com quase 7.000 pescadores cadastrados nos municípios da Costa dos Corais, tal setor sempre representou uma forma direta de sustento familiar. De qualquer forma, atualmente, a pesca não possui grandes mercados de escoamento, nem em nível regional (por exemplo não existem pontos de coleta e venda do produto) nem mercados externos (Estatística da Pesca 2007, MMA/IBAMA) Tabela 1: Produção pesqueira do Estado de Alagoas (t%), no ano de 2009 Classes Produção (t) (%) Peixes Crustáceos Moluscos 4.845,4 1.942,0 999,9 62,2 24,9 12,8 Total 7.787,3 100,0 Fonte: IBAMA 2009 Os principais sistemas de pesca são de tipo: - Extrativa marinha; - Extrativa continental; - Maricultura (peixes e crustáceos); - Aquicultura de água continental (em particular tilápia, tambaqui e curimatã). Tabela 3: Produção estimada de peixes, crustáceos e moluscos da pesca extrativa marinha Regiões do Nordeste Maranhão Peixes (t) Crustáceos (t) Moluscos (t) 41.839,5 34.568,5 6.789,0 502,0 Piauí 2.207,0 1.241,0 938,0 28,0 Ceará 17.920,0 15.428,5 2.415,5 76,0 Rio Grande do Norte 18.157,5 16.461,0 1.520,5 176,0 Paraíba 4.079,5 1.966,5 702,5 1.410,5 11.777,0 5.069,5 1.270,5 5.437,0 Alagoas 9.699,0 6.269,5 2.496,5 933,0 Sergipe 5.014,0 2.831,0 2.048,0 135,0 Bahia 44.932,0 35.995,0 8.585,0 352,0 Total 155.625,5 119.830,5 26.745,0 9.049,5 Pernambuco A pesca de tipo artesanal não prevê licença formal e os pescadores devem simplesmente ser registrados na própria colônia a qual pertencem. As colônias são identificadas como conjunto de pescadores no interno das prefeituras de onde habitam. Em qualquer uma delas existe um representante que é encarregado de organizar a quantidade de peixe capturado e decidir sobre sua distribuição e venda. Total (t) Análise Crítica O território é caracterizado pela presença de extensas áreas cultivadas de cana-de-açúcar. Estudos elaborados pela Seplan (Agropecuária Municipal 2008), destacam que tal cultivo está perdendo competitividade progressivamente; por este motivo é necessário pensar em novas alternativas na região que possam estar ligadas à fruticultura (particularmente coco, banana e mamão), tal produção pode ser favorecida por fundos disponíveis do Banco do Brasil. Limites - Debilidades infraestruturais (para atender aos terrenos agrícolas e aos produtores agrícolas); - Erosão e perda de qualidade do solo (cultivo intensivo da cana-deaçúcar); - Uso não regulamentado dos recursos hídricos; - Contaminação do lençol freático (queimadas de cultivo e presença de lixões); - Gestão ineficiente de resíduos líquidos derivados do processo açucareiro (vinhoto); - Baixo valor do produto; - Baixo nível de formação; Fonte: Estatística da Pesca 2007 Tabela 2: Relação dos pescadores por gênero nos municípios da região Norte de Alagoas Municípios Pescadores Pescadoras Total Paripueira 147 133 280 Barra de Santo Antônio 546 650 1.196 Passo de Camaragibe 242 95 337 São Miguel dos Milagres 303 169 472 Porto de Pedras 194 156 350 Japaratinga 465 824 1.289 Porto Calvo Maragogi Total 09 21 30 1.192 1.841 3.033 3.098 3.889 6.987 Propostas e Projetos Agricultura e Agropecuária Seminário Internacional Análise Econômica Fonte: Dados apurados do RGP do MPA/SFPA/AL 43 Análise Crítica do Território Divulgação - web Defeso/espécie Ato normativo Início Término Área Piramutaba IN MMA nº 06/2004 15/set 30/11 (anualmente) Área de ocorrência da espécie na foz dos rios Amazonas e Pará Gurijuba Portaria IBAMA nº 073/96 1/nov 31/03 (anualmente) Na área entre as desembocaduras dos rios Araguari e Cunani até o limite de 3 milhas e no entorno (até 3 milhas) das ilhas Maracá e Jipioca. No Estado do AMAPA. Camarão-rosa, branco, sete barbas I IN MMA nº 009/2004 15/out 15/02 (anualmente) Fronteira da Guiana Francesa com o Brasil até divisa entre PI e CE Pargo (Norte / Nordeste) IN MMA nº 007/2004 1/fev 31/03 (anualmente) Limite Norte do AP até divisa entre AL e SE. Estados: AP, PA, MA, PI, CE, RN, PB, PE e AL Lagosta (Cabo verde, Vermelha) Norte / Nordeste IN IBAMA nº 206/08 1/dez 31/05 (anualmente) Mar territorial Brasileiro e ZEE 1/abr 15/05 (anualmente) 1/dez 15/01 (anualmente) 31/10 (anualmente) II - Divisa dos municípios de Mata de São João e Camaçari no Estado da Bahia e a divisa dos estados da Bahia e Espírito Santo I - Divisa dos estados de PE e AL e a divisa dos municípios de Mata de São João e Camaçari no estado da Bahia. Robalo, robalo branco e camurim IN MMA n° 10/2009 1/mai 30/06 (anualmente) Litoral e águas interiores do ES Robalo, robalo branco e camurim Portaria IBAMA nº 049/92 15/mai 31/07 (anualmente) Litoral e águas interiores do BA 1/mar 31/05 (anualmente) I-área compreendida entre os paralelos 21º18`04,00"s (divisa dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro) e 33º40`33,00"s (Foz do Arroio Chuí, estado do Rio Grande do Sul). 15/nov 15/1 (anualmente) 1/abr 31/5 (anualmente) Camarão-rosa, sete-barbas, branco BA, AL e SE IN MMA 014/2004 Camarão-sete-barbas, branco, santana ou v ermelho e barba ruça (Sudeste / Sul) IN IBAMA nº 189/2008 Sardinha (Sudeste / Sul) IN IBAMA nº 15/2009 Anchova Portaria 127/1994 Rosado (Bagres) Portaria 042/84 Camarão-rosa e camarão-branco IN IBAMA nº 21/2009 Camarão-branco e camarão-rosa Portaria 070/2003 Camarão Portaria IBAMA nº 133/94 IBAMA n° SUDEPE nº IBAMA nº 15/set II-área compreendida entre os paralelos 21º18`04,00"s (divisa dos estados do Espirito Santo e Rio de Janeiro) e 18º20`45,80"s (divisa dos estados da Bahia e Espirito Santo). 1/nov 15/2 (anualmente) 15/jun 31/7 (anualmente) Área entre o Cabo de São Tomé - RJ e o Cabo de Santa Marta - SC 1/dez 31/3 (anualmente) Estados: RS, SC e PR 1/jan 31/03 (anualmente) Estados do SP, PR, SC e RS 15/jul 15/11 (anualmente) Complexo Lagunar Sul de SC 1/nov 31/1 (anualmente) Baía de Babitonga - SC 15/2 (anualmente) Baías do estado PR Estados do ES, RJ, SP, PR e SC 1/dez 30/11 (anualmente, machos e fêmeas) 31/12 (anualmente, somente fêmeas) Portaria IBAMA nº 53/2003 1/out 31/3 (anualmente) Estados do ES, RJ e SP Mexilhão IN IBAMA nº 105/2006 1/set 31/12 (anualmente) Estados do ES, RJ, SP, PR, SC e RS Tainha, corvina, bagre e camarão IN Conjunta MMA/SEAP nº 03/2004 1/jun 30/9 (anualmente) Lagoa dos Patos Ostra Portaria SUDEPE nº 46/87 18/dez 18/2 (anualmente) Litoral de SP e região estuarina de Paranaguá/PR Caranguejo, caranguejo-uçá, caranguejo-do-mangue, caranguejo verdadeiro ou catanhão Portaria 052/2003 Caranguejo, guaiamun, goiamú, Caranguejo-azul, caranguejo-do-mato IBAMA nº 15/dez 1/out Algumas espécies de crustáceos e peixes são ameaçadas pela pesca não controlada. São previstos por lei, períodos de proteção da pesca que respeitam fases de reprodução (alguns meses ao ano dependendo da espécie), porém, identifica-se carência na fiscalização e no controle da atuação destas normativas. (ver Tabela 4) Atualmente diversos projetos estão em atuação com o objetivo de desenvolver a aquicultura na região, particularmente em Barra de Santo Antonio e Porto de Pedras. Já s atividade de cultura de ostras encontra-se em nível avançado, da mesma forma a carcinicultura em Maragogi. Limites - Ausência de sistemas para a conservação do recurso; - Ausência de espaços físicos para a conservação e venda do produto; - Acesso ao mar limitado (instalações turísticas reduzem os espaços para a prática da atividade); - Impactos da carcinicultura no ecossistema de manguezais. Exigências - Implementação das políticas existentes; - Monitoramento do quantitativo e tipologia de peixe pescado. Análise Crítica Período Propostas e Projetos Tabela 4: Defeso da pesca: espécies marinhas Seminário Internacional Análise Econômica Fonte: Ministério do Meio Ambiente 44 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Econômica Em relação aos produtos que empregam a utilização de recursos naturais, destaca-se a presença incisiva de "coco" e "banana"; com o resto do coco são fabricados acessórios e móveis que alcançaram um alto nível de qualidade (fornecem à resorts da região) e que por isso, já possuem uma forte potencialidade para expandir o próprio mercado. Já, com a fibra da banana produzem acessórios e artigos de vestuário. Produtos alimentares Em relação ao setor de produtos alimentícios, um aspecto importante para o desenvolvimento econômico da comunidade local, é a produção das Bolachas de Maragogi e dos Bolinhos de Goma. Este ultimo é típico da Costa dos Corais e composto de ingredientes do território como margarina, polpa de coco e farinha de mandioca; é feito de maneira simples e facilmente comerciável. Todavia, o processo de produção é em escala familiar, ainda não é associado a uma visão empreendedora capaz de ampliar o mercado. Limites - Escasso empreendedorismo; - Escasso processamento e comercialização dos produtos naturais em pequena escala; - Baixo nível de condições higiênico-sanitárias; - Baixo nível de formação técnica e setorial (transferência informal de competência). Exigências -Acesso aos recursos financeiros para o desenvolvimento do empreendedorismo; - Difundir o conhecimento das vantagens e benefícios do associativismo; - Marketing territorial; - Regulamentação dos setores informais; - Reforçar relações comerciais entre vários setores econômicos Análise Crítica As entrevistas realizadas indicaram a existência de uma atitude fortemente individualista que dificulta a formação de cooperativas e associações, especialmente em relação a pouca confiança que existe entre os operadores do setor e as instituições, assim como o pouco conhecimento dos benefícios derivados do associativismo. Entre os casos interessantes presentes no território, citamos a associação Aribama inserida no roteiro ecológico peixe-boi, que recicla materiais para a criação de produtos artesanais. Essa associação contribui para a sensibilização de conflitos socioambientais com particular referimento ao acúmulo dos resíduos sólidos nos ecossistemas marinhos e fluviais. Propostas e Projetos O setor do artesanato relativo à Costa dos Corais não aparenta ter um peso relevante na economia local. As produções artesanais parecem estar ainda em fase embrionária, mesmo tendo alguns exemplos de importância, que representam um recurso potencial muito importante. Seminário Internacional Produtos e processos artesanais 45 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Econômica: Mapa de Atores Locais e Programas | ARTESANATO MDA Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Ministério do Desenvolvimento Agrário PAB – Programa do Artesanato Brasileiro UFAL BNB Universidade Federal de Alagoas Banco do Nordeste PRONAF – Programa Nacional de Agricultura Familiar Projeto Fibra de Banana MPA SEBRAE Ministério da Pesca e Aquicultura. SETUR Secretaria Estadual de Turismo SEDEC Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística SECTI Secretaria de Ciência e Tecnologia Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas FAPEAL SENAC Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Comunidade Quilombola Prefeituras Municipais do APL Costa dos Corais Associações de artesãos Seminário Internacional MAPA Análise Crítica ÓRGÃO FEDERAL ÓRGÃO ESTADUAL ÓRGÃO MUNICIPAL MDIC PROGRAMAS Propostas e Projetos ENTES TRANSVERSAIS NÍVEL INSTITUCIONAL 46 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Econômica: Mapa de Atores Locais e Programas | TURISMO ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade APL: Arranjo Produtivo Local FPM FUNDEPES Fundo de Participação Municipal Fundação de Desenvolvimento à Pesquisa AFAL EMBRATUR Agência de Fomento de Alagoas Empresa Brasileira de Turismo UAB Universidade Aberta do Brasil PETROBRAS PEDITS: Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do Polo Costa dos Corais PNT 2011-2014: Plano Nacional de Turismo 65 Destinos Indutores SEBRAE BB Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas Banco do Brasil BNB Banco do Nordeste do Brasil Seminário Internacional ÓRGÃO FEDERAL Ministerio do Turismo PROGRAMAS ENTES TRANSVERSAIS NÍVEL INSTITUCIONAL PRODETUR: Programa de Desenvolvimento do Turismo LEI GERAL DO TURISMO 11 set 2008 SECTI Secretaria de Ciência e Tecnologia Capitania dos Portos/AL SENAC IFAL Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial Instituto Federal de Alagoas Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas SEBRAE Corpo de Bombeiros/AL Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas Grupo gestor APL ÓRGÃO MUNICIPAL PLANO ACQUERELA: marketing turístico nacional FAPEAL GRAL Grupo de Receptivos do Estado de Alagoas Polícia Militar/AL Prefeituras com Secretaria de Turismo COOPEAGRO Cooperativa de Agricultores Prefeituras com Secretaria de Turismo e Meio Ambiente PRONAF Análise Crítica SEPLAN Secretaria de Planejamento do Estado de Alagoas AMPA Associação dos Amigos doPeixe-boi AFOTUR Associação de Fomento ao Turismo de Paripuera e Barra de S.Antonio AEJATUR Grupo destinos indutores AHMAJA Associação do Trade-turístico de Maragogi e Japaratinga ARIBAMA Associação de Empreendedores de Japaratinga em Turismo Associação dos Ribeirinhos Amigos do Meio Ambiente Ass. dos Catamarãs de Maragogi Ass. dos Buggeiros de Maragogi Plano de Turismo de Passo de Camaragibe Propostas e Projetos ÓRGÃO ESTADUAL SETUR Secretaria Estadual do Turismo 47 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Econômica: Mapa de Atores Locais e Programas | AGRICULTURA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Ministério do Desenvolvimento Agrário Ministério da Ciência e Tecnologia UFAL Universidade Federal de Alagoas BID Banco Interamericano de Desenvolvimento BB BNB Banco do Brasil EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SEAGRI ÓRGÃO ESTADUAL MCT Secretaria de Estado de Agricultura e do Desemvolvimento Agrario CONAB Companhia Nacional de Abastecimento Banco do Nordeste do Brasil INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária SECTI Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas SEBRAE UAB Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Universidade Aberta do Brasil IFAL AFAL Instituto Federal de Alagoas Agência de Fomento de Alagoas IDERAL FAPEAL Instituto do Desenvolvimento Rural de Alagoas Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas PNAE: Programa Nacional de Alimentação Escolar é o nome oficial do programa de merenda escolar do governo Federal. É responsável pela alimentação dos alunos do sistema público de ensino. Foi criado em 1954 e ao longo dos anos vem sofrendo uma série de adaptações. Desde 1994, a gestão da merenda funciona de forma descentralizada, isto é, sob a responsabilidade d e e s t a d o s e m u n i c í p i o s . O PNAE tem o objetivo de suprir no mínimo 20% das necessidades nutricionais diárias dos alunos do sistema público de ensino, contribuir para uma melhor aprendizagem e favorecer a formação de bons hábitos alimentares em crianças e adolescentes. PRONAF:: destina-se ao apoio financeiro das atividades agropecuárias e não agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor rural e de sua família. Entende-se por atividades não agropecuárias os serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor emprego da mão de obra familiar. Seminário Internacional MDA Análise Crítica ÓRGÃO FEDERAL MAPA PROGRAMAS ENTES TRANSVERSAIS NÍVEL INSTITUCIONAL Programa Agricultura Sustentável SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas PAA:: Programa Assistência Alimentar Secretaria de Agricultura Maragogi Porto Calvo Barra de Santo Antônio Japaratinga Passo de Camaragibe Porto de Pedras Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente Paripueira Projeto Agricultura Periurbana COOPEAGRO Cooperativa de Agricultores COOPERNORTE Cooperativa de Agricultores de Porto Calvo Associação de Agricultores Propostas e Projetos ÓRGÃO MUNICIPAL ZEE:: Zoneamento Econômico Ecológico São Miguel dos Milagres 48 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Econômica: Mapa de Atores Locais e Programas | PESCA ENTES TRANSVERSAIS ÓRGÃO MUNICIPAL MCT Ministério de Ciência e Tecnologia UFAL BNB Universidade Federal de Alagoas Banco do Nordeste Programa de implementação de zona fluvial (Maragogi) Projeto de capacitação e formação de pescadores (Sebrae) ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade IBAMA SEAAP Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento e Pesca Projeto de aquicultura SEBRAE Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, e dos Recursos Naturais Renováveis Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas IMA SECTI Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas Secretaria de Ciência, Tecnologia a Inovação FAPEAL Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas Projeto Ostras SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas SEMARH Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos Prefeituras Municipais do APL Costa dos Corais Colônia de Pescadores Seminário Internacional MMA Ministério do Meio Ambiente Análise Crítica ÓRGÃO ESTADUAL ÓRGÃO FEDERAL MPA Ministério da Pesca e Aquicultura PROGRAMAS Propostas e Projetos NÍVEL INSTITUCIONAL 49 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Econômica Tem de se pensar na comunidade, correspondendo às suas expectativas e desejos, de uma forma em que ela possa se beneficiar de um desenvolvimento durávell , mostrando necessário a articulação de políticas territoriais capazes de proteger o patrimônio natural. Para fazer desenvolvimento local, deve-se considerar todos os fatores determinantes nos setores econômicos e também os componentes ambientais que os sustentam, dando relevância as potencialidades nas quais se deve apostar em termos de investimentos, mas sobretudo na capacitação humana. Como estabilizar e reforçar a economia turística para que se torne o principal motor do desenvolvimento local? Para alcançar um desenvolvimento local através da economia turística é necessário passar por uma estratégia de longo prazoo, com políticas resilientes, adaptáveis e sustentáveis. Na verdade não se deve falar de turismo e sim de turismos, mais do que pensar os turistas como grupos distintos dos residentes, se deve pensar as diversas populações que vivem, trabalham, compram, se divertem ou estudam num território. Políticas devem ser adaptadas aos locais, ao tempo e ao contexto, porém não deixando de reivindicar uma repartição igualitária dos benefícios gerados do turismo, inclusive entre as áreas limítrofes. Mas deve-se considerar o turismo como meio e não como fim; com ações orientadas ao bem estar de todas a comunidade que trabalha com o turismo e não endereçadas exclusivamente às exigências dos turistas. A política turística para quem trabalha com turismo serve para melhorar a qualidade dos serviços turísticos a partir do melhoramento da qualidade de vida de quem faz turismo. Trata-se, por um lado, de como construir os espaços e as condições que permitem, dentro de uma visão compartilhada, a auto-organização dos diferentes atores,, através dos quais se estrutura a sociedade (as populações) para viabilizar as políticas, quase como se fossem embriões de nova civitas, mais extensa e mais aberta; por outro, inventar e experimentar formas e modalidades de projeto físico, como meio para implementar e efetivar as políticas (um projeto não definitivo, flexível, sustentável, "aberto"), para criar embriões de nova urbs. Fazer do turismo o motor do desenvolvimento locall da Costa dos Corais é um desafio possível, que vai mais além da integração entre todos os setores econômicos. O turismo pode transformar realmente o setor condutor se for capaz de envolver todos os outros setores. Novo papel do APL Turismo Costa dos Corais Quando os atores locais (líderes) se unem para comunicar e trabalhar juntos pelo desenvolvimento de um território, necessitam de uma esfera política que os suportem; um nível político que corrompe com a inércia do pré-ordenado e com a estrutura de regras atuais que se revelam ineficazes. É necessário construir novos percursos políticos, pois um sistema passivo não é capaz de governar as transformações. O poder público não deve se limitar a esperar que o privado "traga" o desenvolvimento através de investimentos e iniciativas no território. Seminário Internacional Em uma região caracterizada por déficit econômico e infraestrutural relevante, com um dos mais baixos índices sociais em nível federal, a economia do turismo representa uma oportunidade enorme na construção do desenvolvimento locall e seus benefícios se estendem a toda comunidade. Esta oportunidade deve ser vista não somente como um desafio projetual, mas como um objetivo ético que pode ser realizado através de políticas não endereçadas apenas pelo turismo, e sim pela pluralidade do território. O território representa substancialmente um valor agregado do desenvolvimento local, por esta razão uma abordagem territorial é a única que assegura o desenvolvimento equilibrado e équoo não somente dentro do aspecto econômico mas também do social. A economia turística pode ser decisiva para catalisar recursos, ações, projetos em um mesmo território. Mas é fundamental ter a consciência de que essa atividade é uma "indústria fortemente impactante" e por isso seus efeitos nos territórios envolvidos são positivos (desenvolvimento econômico, promoção e "abertura" do território, economias induzidas), e negativos (repartição desigual dos benefícios, impactos ambientais e sociais, riscos de uma monocultura econômica, etc.). Esta última é inevitável, caso a gestão territorial não seja governada e estruturada de maneira: - Participativa:: Considerando as expectativas e os desejos exprimidos pela comunidade; - Estratégica:: Através de uma visão compartilhada que estabelece prioridades e objetivos; - Integrada:: Com outras atividades econômicas. Políticas sustentáveis devem ser aplicadas, já que os recursos que tornam uma área atrativa e interessante são consumidos rapidamente com efeitos devastadores. Logo, essas políticas servem para todas a população e para todo o conjunto do território. Planejar para governar o turismo é melhorar a sua competitividade, pois o atual conceito de "sol e praia" não oferece vantagens comparativas. Para quem não conhece o Nordeste, tudo aparenta ser igual. É necessário propor uma visão diferente que valorize as peculiaridades da Costa dos Corais. O "sol e praia" não deve ser toda igual, necessita promover os aspectos típicos, as cachoeiras, a pesca, a gastronomia, e as produções artesanais. Nesta ótica o APL Costa dos Corais se apresenta como um sujeito fundamental para encaminhar tal processo. Análise Crítica Síntese Crítica Diversos tipos de turismos como motor do desenvolvimento local Contudo, o turismo é um fenômeno complexo, o seu planejamento não pode ser parcial, ele deve considerar todos os elementos que agem sobre o sistema, seguindo para superar visões e políticas setoriais. Propostas e Projetos ELENCO DOS ATORES LOCAIS E DAS POLÍTICAS E PROGRAMAS ENVOLVIDOS Fonte: Gunn, 1994 50 Análise Crítica do Território Divulgação - web SETORES ECONÔMICOS E PRODUTIVOS DA COSTA DOS CORAIS PERNAMBUCO Essa mapa pretende fornecer uma visão conjunta dos setores econômicos e produtivos da Costa dos Corais. JACUÍPE Maragogi JUNDIÁ A paisagem tropical vem atraindo a consolidação do setor de turismo e das atividades imobiliárias e, consequentemente, a modificação da economia local. O turismo tem forte potencial, com capacidade de se tornar no motor do desenvolvimento local. Porto Calvo MATRIZ DE CAMARAGIBE Japaratinga A proximidade com o mar propicia a economia da pesca praticada com meios tradicionais, de forma artesanal. Os extensos canaviais, que movimentam as usinas instaladas na região, definem a paisagem da cana-de-açúcar. Na região, são presentes formas alternativas de cultivo ligadas à fruticultura e à agricultura de tipo familiar. JOAQUIM GOMES Porto de Pedras Desde os anos 90, a região assistiu ao crescimento da pecuária que, diferentemente da agricultura familiar, não gera emprego nem renda suficientes para o desenvolvimento. Os produtos e processos artesanais atualmente não tem um peso relevante na economia local. Porém, estão presentes alguns exemplos de boas práticas que representam um recurso potencial muito importante, caso seja ligado à outras economias. São Miguel dos Milagres Análise Crítica NOVO LINO Os oito municípios que pertencem à Costa dos Corais tem algumas características comuns: a pesca litorânea, os coqueirais, que desenham a paisagem tropical de suas praias e a forte relação com a economia pernambucana. Estes municípios tem, na maioria das vezes, uma relação de dependência com o setor de serviços e comércio da capital Maceió. Seminário Internacional Análise Econômica Passo de Camaragibe TURISMO SÃO LUÍS DO QUITUNDE Barra de Santo Antônio Paripueira MACEIÓ AGRICULTURA E AGROPECUÁRIA Alimentação Bugueiros Cana-de-açúcar Frutas Bovinos Ovinos Hospedagem Catamarã Tubérculos Legumes Equinos Laticínios Pousada de charme Rota ecológica Cereais PESCA Aves PIMENTA-DO-REINO PRODUTOS E PROCESSOS ARTESANAIS Cultivo de camarão Pesca de crustáceos Artesanato Reciclagem do plástico Gastronomia Cultivo de peixe Pesca de peixe Fibra de banana Artesanato de coco Geleia e mel Cultivo de ostras Propostas e Projetos FLEXEIRAS Bolinho de goma 51 Análise Crítica do Território Divulgação - web Para cada uma das três temáticas foi realizada uma análise crítica sobre o seu estado atual, destacando as características, as potencialidades e as problemáticas que, interrelacionadas entre si, permitiram a definição de uma Linha Interpretativa,, que é a síntese da leitura crítica do território que faz emergir a problemática de fundo, prioritária para a definição de interventos pontuais e concretos. A Costa dos Corais é caracterizada por um quadro social muito complexo: de um lado a aristocracia da cana-de-açúcarr , constituída por poucas famílias que detêm latifúndios, e de outro muitas famílias em situação de pobreza. Nesse território existem comunidades que se identificam fortemente com vocações tradicionais, em particular com a agricultura e a pesca. Apesar dos recentes melhoramentos, a sociedade da Costa dos Corais é no momento caracterizada por um alto nível de pobreza e por uma baixa qualidade de vida, devida a um baixo grau de escolarização, dificuldade de acesso a todos os níveis de atenção à saúde e falta de estrutura sanitária (saneamento básico, aterros sanitários, etc.) para maior parte das pessoas. 2.631 alunos frequentam o ensino fundamental e apenas 496 no ensino médio (Ver Tabela 01). Nesse território evidencia-se que além da alta taxa de abandono escolar no ensino médio há um número insuficiente de professores, uma elevada quantidade de monitores, o que contribui para a descontinuidade do ensino. Educação Básica Atualmente falta um estudo específico sobre as causas do abandono escolar, mas há indícios de que o trabalho sazonal na produção da cana-de-açúcar repercute na permanência de crianças na escola, em razão da necessidade de mudança de endereço da família em procura de novos postos de trabalho, principalmente no período de entresafra desta produção. Considerando a forte vocação para agricultura nesse território, é necessária a ampliação de escolas técnicas rurais, uma vez que no momento só existe uma para toda a demanda do Estado. Com base no estudo realizado em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em colaboração com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no Brasil a taxa de analfabetismoo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, baixou de 13,3% no ano de 1999 para 9,7% em 2009, correspondendo a um contingente de 14,1 milhões de pessoas analfabetas. As principais características deste grupo são as seguintes: 32,9% das pessoas analfabetas têm 60 anos ou mais de idade; 10,2% são pessoas de cor preta e 58,8% pardas; e 52,2% residem na região Nordeste. Analisando os indicadores de educação no Estado de Alagoas, os dados apontam que a taxa de analfabetismo atinge 19% da população. Dentre aqueles que estão frequentando a rede de ensino, uma informação positiva é que 94,4% da população na faixa etária entre 06 a 14 anos estão frequentando a rede de ensino, mas por outro lado apenas 29,1% da população jovem de 18 a 24 anos de idade dão continuidade aos estudos. Em Alagoas a proporção de alunos na faixa etária entre 18 e 24 anos que frequentam o ensino médio é de 41,2%, o que indica alta taxa de alunos fora da faixa etária escolar, reduzindo consideravelmente o percentual de pessoas que cursam o ensino superior no Estado. Todos estes dados demonstram que não há continuidade no percurso educativo básico e que a faixa de jovens entre 18 e 24 anos é caracterizada por um baixo nível de preparação técnica, o que não facilita a inserção no mercado de trabalho e diminui a possibilidade de ocupação em postos de trabalho com melhores remunerações. Outro dado significativo é que 91,1% de todos os alunos que frequentam a escola fundamental em Alagoas são matriculados na rede pública de ensino, o que exige atenção por parte do poder público no sentido de realizar mais investimentos para melhorar a qualidade do ensino. Os dados revelam falhas na educação básica, repercutindo no desenvolvimento educacional de todo o território de Alagoas, inclusive na região Costa dos Corais. Nessa região em particular existe um alto nível de abandono escolarr que deve ser considerado pelos órgãos competentes e os municípios de Barra de Santo Antônio e Paripueira são emblemáticos nesse sentido. Na medida em que existem 3.600 alunos matriculados no ensino fundamental em Barra de Santo Antônio, existem apenas 412 matriculados no ensino médio, realidade semelhante também em Paripueira onde MUNICÍPIOS DA COSTA DOS CORAIS POPULAÇÃO ESTUDANTES NO ENSINO DOCENTES ESTUDANTES NO DOCENTES FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO Barra de Santo Antônio 14435 3600 132 412 10 Japarintinga 7763 2045 86 316 11 Maragogi 26978 7490 236 914 39 Paripueira 10222 2631 89 496 21 Passo de Camaragibe 14621 3855 153 246 14 Porto Calvo 26044 6391 224 1453 41 Porto de Pedras 10649 1898 91 257 13 São Miguel dos Milagres 7601 1718 104 329 Tabela 01 A mensuração da escolaridade é considerada essencial para avaliar a eficácia do sistema educacional de um país, bem como a capacidade de uma sociedade para combater a pobreza e melhorar a coesão social, segundo avaliação da Comissão das Comunidades Europeias (Statistical Office of the European Communities - EUROSTAT). Nesse sentido o governo federal em parceria com os estaduais e municipais tem realizado muitos investimentos na educação pública para reverter os baixos índices educacionais. Em Alagoas, por exemplo, o sistema de educação básica prevê a 19 Fonte: IBGE, 2009 possibilidade de criar um referencial curricular de base, que permite a inclusão de temáticas diversificadas, o que incorpora na política pedagógica as particularidades de cada região no interior do Estado, valorizando a realidade dos estudantes e as características específicas do territórioo. Os novos programas da Secretaria de Estado da Educação estão voltados a facilitar e ampliar o acesso escolar e aumentar o número de estudantes que frequentem de maneira contínua o ensino básico, bem como, existem iniciativas para resgatar os alunos fora de faixa escolar. Análise Crítica Partindo da junção da mesa temática Educação, Formação, Capacitação, Empoderamento e Comunicaçãoo com a mesa sobre Capital Cultural, Patrimônio e Sociedade,, foi decidido analisar o contexto social da Costa dos Corais, aprofundando três temáticas específicas: Educação (básica, técnica/profissionalizante e superior), Assistência Social e Saúdee e por fim Cultura e Identidade. INF ORMAÇÕES SIGNIF ICATIVAS E CARACTERISTICAS PRINCIPAIS Propostas e Projetos INTRODUÇÃO GERAL Seminário Internacional Análise Social 52 Análise Crítica do Território Divulgação - web Em Alagoas existem algumas instituições federais que organizam cursos de formação técnica e de capacitação profissionalizante em diversos setores (turismo, marketing, gestão de empresa, gastronomia, etc.). Geralmente essas instituições que contribuem com os interesses de categorias profissionais e econômicas fazem parte do “Sistema S”, que é composto pelas seguintes empresas: Na cidade de Maragogi há o Polo de Universidade à Distânciaa , em funcionamento desde 2008, e implantado mediante iniciativa do Governo Federal em parceria com o Projeto Universidade Aberta do Brasil, com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e o município. A Prefeitura Municipal de Maragogi exerce papel fundamental no desenvolvimento do curso, viabilizando um polo com dois laboratórios de informática, equipados com 20 computadores cada, com a utilização do ambiente virtual de aprendizagem (Moodle), no qual os professores disponibilizam as tarefas que serão respondidas pelos alunos com a ajuda de Professores/ Tutores presenciais e à distância. ? SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas ? SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial ? SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial ? SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Também existe em Maragogi o Centro de Vocação Tecnológica (CVT)), resultado da parceria entre a Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas (SECTI) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Este Centro tem como objetivo difundir a tecnologia nas pequenas e médias empresas para o desenvolvimento da vocação territorial, em parceria com o APL. Ainda para esse território a SECTI prevê a execução do novo projeto chamado “Cidade Digital”, que tem como objetivo implantar uma rede intranet (utilizando o sinal de rádio) para coligar os diversos institutos de pesquisa, as universidades e as prefeituras dos municípios do Estado de Alagoas. Em Maceióó, o SENAC oferece cursos no Centro de Formação Profissional e Escola de Moda (localizados no bairro do Poço) e nas Unidades Centenário (Farol). No interior de Alagoas, o SENAC leva capacitação profissional por meio das Unidades Móveis, além da Unidade Arapiraca (cidade de Arapiraca), que oferece cursos nas áreas de Informática, Gestão e Negócios, Moda e Beleza, Saúde e Idiomas. A campanha de comunicaçãoo para a promoção de cursos e das atividades do “Sistema S” prevê a utilização do site na internet, publicidade em outdoor, rádios locais e o “boca a boca”. Por outra lado, é cada vez maior a oferta de cursos à distância do “Sistema S” que estão na sede central em Maceió. Como potencialidade, analisamos que a proposta de interiorização da Ufal, com a implantação de um campus no município de Porto Calvo, vai contribuir para o desenvolvimento local da Região Costa dos Corais através da ampliação do acesso ao ensino público superior. Das entrevistas realizadas com alguns atores locais (Senac e Ifal) é emersa a necessidade de compreender o mercado de trabalho e das empresas, em particular, para otimizar as atividades do “Sistema S” e melhorar a oferta de cursos específicos. Evidencia-se, por exemplo, a falta de um banco de dados que permita criar um cadastro de reserva com contatos dos cursistas para encaminhamento dos mesmos a empresas, facilitando a inserção no mercado de trabalho ao término dos cursos. De outro modo, emergiu também uma baixa consciência difusa das vantagens e da importância da formação dos gestores e administradores das empresas (91% dos empresários iniciam uma atividade sem frenquentar cursos sobre gestão e administração de empresas). Esse dado revela uma comunicação pouco eficaz e eficiente sobre as vantagens da formação específica e por consequência pouco envolvimento da população nesse processo. Análise Crítica Educação Superior Propostas e Projetos Educação técnica/profissionalizante Seminário Internacional Análise Social 53 Análise Crítica do Território Divulgação - web Segundo o PNUD (2000), os indicadores de educação, longevidade e renda, os quais compõem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), apresentaram avanços nas últimas décadas, o que contribuiu para a elevação do IDH de 0,548 em 1991 para 0,649 em 2000 no Estado de Alagoas. Ainda assim, o Estado é classificado entre as regiões com desenvolvimento humano mediano, e quando comparado aos outros Estados brasileiros apresenta uma situação ruim, ocupando a 26ª colocação, estando apenas um Estado em situação igual ou pior que Alagoas. Quando analisamos os indicadores sociais nos municípios da Costa dos Corais percebemos que não há significativa mudança em relação aos indicadores do Estado. Todos os municípios dessa região apresentam incidência de pobreza acima de 50% da população, chegando a atingir 77,25% em Paripueira (ver Tabela 02). Diante desse cenário, o Bolsa Família representa um importante programa para minimizar a elevada pobreza das famílias em situação de vulnerabilidade social, seja através da transferência de renda seja através do acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Em todos os municípios dessa região, mais de 50% das famílias estão cadastradas no programa, contudo são necessárias ações de geração de renda concomitantes aos programas assistenciais para desenvolver o território de modo sustentável e menos dependente dos recursos federais. Uma boa prática é desenvolvida no Município de Passo de Camaragibe, onde a comunidade quilombola remanescente produz doces que são comprados pelo poder público e ofertados como merenda às crianças que participam do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil do município. POPULAÇÃO* IDH-M ** INCIDÊNCIA DE N°. DE FAMÍLIAS**** FAMÍLIAS CADASTRADAS NO POBREZA*** PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA ***** PARIPUEIRA 10.222 0,617 77,25% 2.589 1.357 BARRA DE SANTO ANTONIO 14.435 0,594 61,48% 3.783 2.173 PASSO DE CAMARAGIBE 14.261 0,563 55,71% 3.475 2.300 SÃO MIGUEL DOS MILAGRES 7.601 0,621 51,05% 1.864 1.003 PORTO DE PEDRAS 10.649 0,499 61,23% 2.222 1.433 PORTO CALVO 26.044 0,599 65,14% 6.378 3.779 JAPARATINGA 7.763 0,613 57,32% 1.786 1.378 MARAGOGI 26.978 0,619 64,12% 6.893 4.017 . Tabela 02 Fontes: (*) (**) IBGE Cidades, 2003. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)/PNUD, 2000. (***) IBGE Cidades, 2003. (****) Sistema de Informa ção da Atenção Básica (SIAB)/Ministério da Saúde, 2010. (*****) Sistema de Benefícios ao Cidadão (SIBEC) 2010 No que se refere aos serviços de saúde em Alagoas, ao longo da década de 90 o número de estabelecimentos de saúde aumentou, passando de 632 em 1990 para 1304 no ano de 2005, conforme demonstra o documento “Estatísticas da Saúde: assistência médico-sanitária, 2005” (IBGE, 2006). Embora exista uma concentração de estabelecimentos de saúde na rede pública (1.066 são públicos e 238 privados), quando analisamos a oferta de leitos para internamentos percebemos que dos 5.235 leitos apenas 2.131 estão nos serviços públicos, havendo uma concentração na rede privada. Esse aspecto é relevante do ponto de vista do acesso quando consideramos que aproximadamente 91,6% da população (IBGE, 2005) do estado dependem dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Outro aspecto importante é que quanto maior o nível de complexidade, menor a disponibilidade nos serviços públicos de saúde, o que compromete o acesso dos usuários aos exames mais complexos. Com toda oferta de serviços de saúde que o Estado de Alagoas humanos e direcionamento de recursos financeiros de investimento ao longo dos anos. Maceió, além de constituir polo da macrorregião, é o único município que oferece referência a todos os municípios do Estado sendo também polo estadual. Assim, a implantação do Programa Saúde da Família (PSF) na Região Costa dos Corais proporciona uma importante ampliação do acesso aos serviços de saúde da atenção básica, na medida em que prioriza a população em situação de vulnerabilidade social, pela maior probabilidade dos indivíduos adoecerem e/ou morrerem em razão da condição social. Nos municípios da região a cobertura de atendimento atinge mais de 90% da população e tem impacto positivo nos indicadores de saúde do território. Essa ampliação somada a investimentos em ações preventivas e a melhores condições de infraestrutura urbana poderiam reduzir, por exemplo, as doenças infecciosas e parasitárias e do aparelho circulatório, alterando o perfil de morbidade nos municípios. Ainda se faz necesssário a descentralização no Litoral Norte de serviços de média e alta complexidade, para redução da superlotação da rede de assistência de maior complexidade localizada em Maceió e para garantia do direito à saúde integral. Análise Crítica Apesar dos indicadores sociais do Estado de Alagoas ainda não serem os desejados, o Atlas de Desenvolvimento Humano (PNUD, 2000) aponta que entre os anos de 1991 e 2000 houve aumento na renda per capita média e na média dos anos de estudo, bem como, diminuição na taxa de analfabetismo e na proporção de pobres. Se em 1991 a proporção de pobres em Alagoas era de 67,2% da população (PNUD, 2000), em 2003 reduziu para 59,54% (IBGE, 2003), embora ainda bastante elevado, representa mudança significativa. MUNICÍPIOS DA COSTA DOS CORAIS Fonte: divulgação web disponibiliza, os indicadores de saúde revelam a condição de pobreza, de baixa escolaridade e baixa renda da população, a exemplo da mortalidade infantil (46,4%), que apesar dos esfoços para redução do indicador ainda é considerada a mais elevada do país (IBGE, 2010). Segundo GOMES & HORTALE (2004, p. 52) no Estado de Alagoas somente os municípios de Arapiraca e Maceió desempenham papel de polos macrorregionais na saúde, em função da estrutura existente em termos de rede física, equipamentos, recursos Propostas e Projetos Assistência Social e Saúde Seminário Internacional Análise Social 54 Divulgação - web Análise Crítica do Território Análise Social Divulgação - web Seminário Internacional Cultura Patrimônio histórico-cultural No território da Costa dos Corais é presente um patrimônio material e imaterial que deveria ser redescoberto. Fazendo referência à sua história, descobre-se, por exemplo, que Porto Calvo foi um dos primeiros núcleos habitativos do Estado de Alagoas, onde antes do período colonialista viviam os índios Potiguares, que deixaram dentre vários outros legados influências linguísticas derivadas do Tupi, como a nomenclatura da cidade de Passo de Camaragibe, Maragogi e Paripueira. Durante o período da colonização europeia se implantou no território a monocultura da cana-de-açúcar, que utilizou como mão de obra escrava populações de origem africana, descendentes da corrente linguística Bantu (Congo, Moçambique e Angola), de tal maneira que no século XVII a região teve a maior concentração de população escrava do Brasil. A cidade atual de Porto de Pedras foi um ponto de contrabando de escravos,, inclusive após a proibição da escravidão por volta de 1855, recordando a condição desumana que impunham a todas as pessoas deportadas. Um exemplo é o ditado popular de Bode do Ponte,, que narra a história de um patrão muito perverso que maltratava seus escravos, o que representa perfeitamente o imaginário coletivo de sofrimento que vivenciaram os antecendentes. Calabarr : Porto Calvo. Proprietário do Engenho Comandatuba (hoje totalmente descaracterizado). Calabar está supostamente enterrado em cemitério localizado atrás da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, construída pelos padres beneditinos. Zumbi:: líder dos escravos fugidos das senzalas, fundou a República dos Palmares, que era costituída de uma rede de quilombos onde se refugiavam os escravos fugitivos. Da presença de Missionários Beneditinos, Franciscanos e Carmelitas, que importaram a religião católica, associada à presença de muitos escravos africanos se originou o forte sincretismo cultural, devido à sobreposição entre dogmas católicos e tradições africanas, que resultou na religião candomblé. Já no interior é revelada a presença de numerosos Assentamentos do “Movimetno dos Sem Terra”, considerado o mais numeroso do Brasil, ao mesmo passo que ao longo da costa vivem os pescadores, os quais desenvolvem como principal atividade de sobrevivência a pesca artesanal. Nessa região também seidentifica a presença do quilombo Bom Despacho, localizado na cidade de Passo de Camaragibe, fundado no século XIX pelos escravos rebelados e que procuravam libertarar-se dos senhoresde-engenho. Este Quilombo representa um exemplo da identidade do patrimônio histórico-cultural local, bastante expressivo também através de aspectos tradicionais como os “folguedos” (Chegança, Reisado, Baianas, Caboclinhos), que precisam ser redescobertos e valorizados. Outros personagens: Aurélio Buarque de Holandaa , Fernandes Lima, Moreira e Silva entre outros. Análise Crítica Personagens históricos da região Divulgação - web Propostas e Projetos Um fator natural que influenciou os eventos históricos e toda a região foi a água, tanto dos rios quanto do mar. O rio Manguaba, com seus 42 km de extensão, transformou-se em canal de acesso para os colonizadores portugueses e holandeses durante os séculos XVI e XVII, quando desembarcaram no Porto do Varadouro próximo a Porto Calvo. Ao mesmo tempo no Litoral Norte, precisamente em Barra Grande (Maragogi), foi o primeiro ponto descoberto durante a primeira expedição exploratória na região. 55 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Social Divulgação - web PERNAMBUCO JACUÍPE Porto Calvo Igreja Nossa Senhora da Guia * Igreja Nossa Senhora da Apresentação NOVO LINO Patrimônio Histórico-natural Engenho Escurial Barra Grande Artesanato do coco Folclore - Danças Tradicionais Calabar Porto Calvo Povoado Caxangá Porto de Varadouro Um dos Primeiros Núcleos Habitados de Alagoas MATRIZ DE CAMARAGIBE Japaratinga Igreja Nossa Senhora da Piedade Igreja Nossa Senhora da Glória Igreja Nossa Senhora de São Gonçalo JOAQUIM GOMES 1.. Biquinha de São Tomé, em Japaratinga. É assinalada já no mapa holandês de George Mcgrave datado de 1653. Em suas proximidades havia uma pequena cidade, na Barreira do Boqueirão, que foi engolida pelo mar, restando apenas ali o cemitério; 2. Antigas caieiras para a fabricação de call , nos corais de Paripueira, hoje extintas; 3. Sítio Histórico de Porto das Ostrass, às margens do rio Santo Antônio Grande, em Barra de Santo Antônio, onde portugueses cultivavam ostras para o comércio de pérolas; 4. Várzea do Bernardo Grandee, em Passo de Camaragibe, onde se travou a primeira batalha naval entre portugueses e holandeses; 5. Povoado Caxangáá – pequeno vilarejo em Porto Calvo, onde parte da população conserva traços holandeses e as mulheres do local são conhecidas como “as galegas do Caxangá”; 6. Sítio Taquanduba,, em Porto de Pedras, onde se originou a cidade; 7. Coqueiro da Peçaa , árvore centenária localizada no Morro do farol, em Porto de Pedras, assim chamado por se acreditar que em suas raízes os portugueses escondiam “peças de guerra”, as armas usadas na luta contra os holandeses; 8. Oitizeiros antigos,, em Porto de Pedras, à sombra dos quais o imperador Dom Pedro II teria descansado em sua visita ao local, em 1860. Reconhecimento:: O IPHAN reconheceu como patrimônio material no território da Costa dos Corais três edifícios: 1. A Cadeia de Porto Pedras; 2. A Igreja de Porto Calvo; e 3. A casa de Aurélio Buarque de Holanda. Maragogi Engenho Jenipapo Porto de Pedras Lugar de contrabando de escravos Taquanduba Estrada Real Coqueiro da Peça Oitizeiros antigos Cadeia Publica * Igreja de São José São Miguel dos Milagres Passo de Camaragibe Engenho Buenos Aires FLEXEIRAS SÃO LUÍS DO QUITUNDE Quilombo (Zumbi) Lugar de Contrabando de Escravos Casa de Aurélio Buarque de Holanda Varzea de Bernardo Grande Artesanato Palha de Ouricuri Bode do ponte Cavalhada Medieval * Patrimônio Cultural Legenda Patrimônio imaterial Patrimônio material Barra de Santo Antônio Igreja Nossa Senhora da Conceicão Igreja Sítio Hístorico de Porto das Ostras MACEIÓ Análise Crítica JUNDIÁ Paripueira * Engenho Patrimônio Histórico Nacional 1955 Propostas e Projetos 1. Igreja Nossa Senhora da Conceiçãoo (século XVIII e reconstruída em 1938), em Barra de Santo Antônio; 2. Igreja de São Joséé (1885), no povoado de Barra de Camaragibe; 3. Forte Holandês e Alto da Forcaa , em Porto Calvo, construções de 1637 demolidas e em seu lugar construído o Hospital Municipal; 4. Ruínas do Convento de São Bento e do Cemitérioo, próximo ao povoado de São Bento (final do século XVII), em São Bento, Maragogi; 5. Engenho Jenipapoo (1806, século XIX), em Maragogi; 6. Igreja Nossa Senhora da Guiaa (século XVII), em Barra Grande, Maragogi (consta nos relatórios holandeses do período); 7. Capela de São Gonçaloo (1610, século XVII), no povoado de Tatuamunha, Porto de Pedras; 8. Cadeia Públicaa (1630, século XVII), reformada em 1920, em Porto de Pedras; 9. Igreja Nossa Senhora da Piedadee (1850, século XIX), em Porto de Pedras; 10. Igreja Nossa Senhora da Glóriaa (1864, século XIX), em Porto de Pedras; 11. Ruínas da antiga Fonte dos Francesess (1600), na subida do Morro do Farol, em Porto de Pedras, da qual só resta a fundação; 12. As Salinass (1800), hoje transformada em viveiro de peixes, em Porto de Pedras; 13. Estrada Reall , construída no século XIX a mando de D. Pedro II, em Porto de Pedras. Tem 160 curvas. 14. Engenho Escuriall , em Porto Calvo, considerado um dos mais antigos do Brasil, hoje totalmente descaracterizado, restando do núcleo original apenas o antigo bueiro; 15. Igreja Matriz Nossa Senhora da Apresentação,, fundada pelos padres beneditinos em 1610 (século XVII). É considerada a quinta igreja mais antiga do Brasil. Foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1955. 16. Engenhos Antigos da Região:: Porto Lino, Estaleiro, Porto das Ostras, Caxangá, Bateria, Areal, Porto Gercino, Sabiaú, Tibau, Capivara, Barbaço, Preguinha e Pinheiro. Seminário Internacional Patrimônio Histórico-cultural (material) 56 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Social ? A legislação prevê que cada município costitua o Conselho Municipal de Educação, por serr um órgão representativo da sociedade que deve instituir práticas consultivas, organização de fórum participativo para a definição dos princípios gerais e das prioridades na área da educação. Para garantir a ampla participação, o Conselho poderá ser composto por representantes de pais, alunos, professores, associações de moradores, sindicatos, Secretaria Municipal de Educação e demais órgãos e entidades ligados à educação municipal do setor público e privado, indicados e/ou eleitos democraticamente. É interessante a garantia, por meio de lei, de que a escolha dos representantes se faça de forma democrática salientando que a composição deste órgão observe uma proporcionalidade. Apesar da relevância, nenhum município na Costa dos Corais instituiu o Conselho Municipal de Educação. ? A política da SEE é direcionada para definição de programas escolares específicos que consideram as particularidades de cada região e/ou municípios. Essa possibilidade representa uma potencialidade importante para iniciar o processo de qualificação da educação básica e para criar um sistema de educação integrado com temáticas específicas (ambiente, agricultura, turismo, etc.), município de Maragogi representa uma oportunidade única para a Costa dos Corais, no sentido de desenvolver e difundir no território a formação técnica e superior, além de reforçar a relação entre Universidades, instituições de pesquisa e os outros atores locais envolvidos na área educacional; diminui a capacidade de aprendizagem dos mesmos, pela baixa formação básica que possuem, o que rende pouca eficácia; ? Escassa comunicação entre o sistema educacional de base e o “Sistema S”; ? Comunicação da atividade do “Sistema S” pouco capilar e eficaz no território da Costa dos Corais. ? A presença da Universidade (Ufal, Uncisal, Uneal) no território da Costa dos Corais pode permitir também o desenvolvimento de projetos e programas de “extensão”, aspecto relevante em razão da necessidade de valorização do processo educativo, cultural e científico, que articulado ao ensino e à pesquisa viabiliza a relação transformadora entre a universidade e a sociedade, inserida numa proposta pedagógica que se articula com as políticas públicas; Linha interpretativa ? Da análise crítica emerge que o território da Costa dos Corais apresenta uma desarticulação interna do sistema educacional: vertical entre vários níveis institucionais e a comunidade educativa, e outra horizontal entre o sistema de educação básica, o sistema de educação técnica (Sistema “S”) e o mercado de trabalho. ? A presença do “Sistema S” pode favorecer a capacitação e o desenvolvimento técnico/profissional da população da Costa dos Corais; ? O território da Costa dos Corais é caracterizado por uma forte vocação turística em expansão, que abre novas perspectivas de emprego e contribui para o desenvolvimento do território. Esse quadro representa uma potencialidade importante para o “Sistema S”, que poderá melhorar e otimizar a sua atividade de formação técnica realizando novos cursos específicos. Divulgação - web Seminário Internacional Da análise pontual do sistema de educação básica, técnicoprofissionalizante e do ensino superior presente na Costa dos Corais emergiram as seguintes potencialidades: Divulgação - web A análise destacou as seguintes problemáticas: ? Altas taxas de analfabetismo no Estado de Alagoas (19% da população); (IBCE, 2009) ? Altas taxas de abandono escolar nos municípios da Costa dos Corais, somado ao número insuficiente de docentes e do número elevado de monitores, que compromete a qualidade do ensino na educação básica; ? Falta de estudos específicos sobre o sistema educacional na região Costa dos Corais, que demonstrem, por exemplo, a causa do abandono escolar, as causas dos elevados índices de analfabetismo, etc.; ? Baixa escolaridade da população jovem de 18 a 24 anos em todo o Estado, o que revela uma descontinuidade no percurso educativo entre o ensino básico e superior, e por consequência, uma escassa preparação especializada destes jovens, que dificilmente poderão se inserir no mercado de trabalho melhor remunerado; ? No Estado de Alagoas existe apenas uma escola técnica rural; ? Falhas na educação básica que repercute no desenvolvimento educacional de todo território da Costa dos Corais; ? A maior parte dos cursos técnicos e profissionalizantes organizados pelo “Sistema S” está concentrada em Maceió; ? Falta um banco de dados dos profissionais formados pelos cursos do “Sistema S” que sirva de base para encaminhamentos à demanda das empresas por mão de obra qualificada, facilitando a inserção no mercado de trabalho; ? Os cursos de formação técnica exigem um nível educacional que nem sempre corresponde à realidade dos cursistas, o que Análise Crítica Educação ligado ao contexto territorial da Costa dos Corais; ? A presença do Polo de Universidade à Distância e do CVT no Propostas e Projetos Síntese Crítica 57 Análise Crítica do Território Fonte: divulgação web Análise Social - Existe um importante patrimônio histórico-cultural imaterial, representado no folclore tradicional (danças típicas como o Coco de Roda, Chegança, Samba de Matuto, etc.) e na história local ligada a eventos, personagens e heróis (Calabar, Zumbi). Outra característica importante é o artesanato típico do coco, o trabalho feminino na produção do flié, artesanato da folha do ouricuri (atividade desenvolvida na comunidade quilombola) e a toponomástica indígena ligada à narrativa histórica; - O APL da Costa dos Coraiss desempenha um importante papel de coordenação e de incentivos ao associativismo e cooperativismo, cultura ainda pouco difusa no território alagoano; - O território da Costa dos Corais apresenta do ponto de vista dos recursos naturais e sociais um importante atrativo turístico; - A águaa é um elemento caracterizante e unificante no território da Costa dos Corais, pois une a costa ao interno através dos rios e dos lagos. Pontos Críticos ? O Programa Saúde da Família tem uma alta cobertura da Potencialidades ? O Programa Saúde da Família repercute positivamente nos indicadores de saúde da criança e da mulher e tem a possibilidade de melhorar os indicadores de saúde dos homens e idosos; ? Oferta de serviços de saúde especializados (média e alta complexidade, conforme o perfil epidemiológico) pela rede pública na região Costa dos Corais para ampliar acesso da população e diminuir a dependência dos serviços ofertados em Maceió; ? Envolvimento das universidades nas atividades de extensão universitária em ações de educação em saúde; ? O Programa Bolsa Família repercute positivamente na economia local, na permanência das crianças na escola e na redução de morbidade; Pontos críticos - Neste território falta uma consciência do valor do patrimônio histórico-cultural material e imaterial, no nível institucional e da comunidade local; - Existe um baixo conhecimento acerca dos recursos naturais existentes no território e pouca valorização do patrimônio; - O fenômeno turístico atualmente se apresenta externo à realidade local, desenvolvendo-se na maior parte dos casos de modo independente e desarticulado da vocação específica de cada município e da comunidade residente; Divulgação - web população no território, porém o atendimento médico não é disponível diariamente, o que dificulta o acesso e o não cumprimento das normativas do programa; ? Os serviços de saúde especializados estão concentrados em Maceió, o que caracteriza frágil descentralização desses serviços na região e por consequência dificulta o acesso dos usuários em razão da distância geográfica, do tempo de atendimento e de deslocamento, do custo de viagens, etc. ? A alta incidência de pobreza na região Costa dos Corais (77,25% em Paripueira, 64,12% em Maragogi e 61,23% em Porto de Pedras, IBGE 2003) repercute diretamente na dependência de parcela significativa da população aos serviços de assistência social (Bolsa Família), em razão de escassas oportunidades de inclusão no mercado de trabalho; Seminário Internacional - Existe no território da Costa dos Corais um relevante patrimônio histórico-cultural material,, como os antigos engenhos e a monocultura da cana-de-açúcar, os edifícios históricos ligados ao período colonial e os quilombos distribuídos em número elevado no território alagoano, inclusive com alguns muito populosos; - Atualmente a comunidade se identifica com atividades econômicas locaiss, em particular com a pesca artesanal e a agricultura familiar, que representa vocações específicass deste território. Essas atividades são realizadas através de técnicas tradicionais, repassadas de geração a geração com base no saber local; Assistência Social e Saúde Linha Interpretativa ? A baixa capacidade de resposta do poder público à demanda coletiva contribui para a grande escala de vulnerabilidade social no território, o que compromete o desenvolvimento do capital humano e social, e por consequência o desenvolvimento local. Análise Crítica Potencialidades - A gastronomiaa resulta num ponto de força deste território; - Não existe uma “cultura da memória”” que seja compartilhada coletivamente; - Falta no interno do sistema educativo o envolvimento de programas específicos de educação patrimonial. Linha Interpretativa Na Costa dos Corais existe um patrimônio material e imaterial ligado à sua história, à cultural local, à tradição e também à vocação específica de atividades econômicas desenvolvidas com técnicas artesanais. Este patrimônio não é reconhecido nem valorizado coletivamente. Uma consequência é que a comunidade local não se sente partee e ao mesmo tempo é excluídaa do desenvolvimento turístico que atualmente caracteriza este território. Propostas e Projetos Patrimônio Cultural 58 Análise Crítica do Território Divulgação - web Análise Social SEE Secretaria de Estado da Educação e do Esporte SEBRAE SENAC Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SECTI Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas UNCISAL Universidade de Ciências da Saúde FAPEAL SME Secretaria Municipal da Educação Conselho Municipal de Educação IMA Instituto do Meio Ambiente SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial UFAL Universidade Federal de Alagoas IFAL Instituto Federal de Alagoas PNAE:: Programa Nacional de Alimentacao Escolar. Programa federal do Ministério da Educação que garante a alimentação escolar dos alunos da Educação Básica, inclusive das unidades indígenas e quilombolas, matriculados em escolas públicas e filantrópicas. O programa é executado em todos os municípios da Costa dos Corais. PDDE:: Programa Dinheiro Direto na Escola Programa federal implantado pelo Ministério da Educação e executado pelo FNDE, que tem como objetivo a transferência de recursos financeiros às escolas públicas do Ensino Fundamental das redes estadual e municipal com mais de vinte alunos e de educação especial. O programa é executado em todos os municípios da Costa dos Corais. PDE:: Programa de Desenvolvimento Educacional A principal meta do PDE é uma educação básica de qualidade, para isso investe na educação profissional e na educação superior envolvendo alunos, professores e gestores, em busca da permanência do aluno na escola. O programa é executado nos municípios de Maragogi, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres e Paripueira. Programa de Informacão - Proifo Programa de Inclusão digital atende alunos do 6º ao 9º ano, iniciou em 2009, há um espaço físico com 10 computadores. Programa Caminhos da Escola Programa para aquisição de ônibus escolar, iniciou em 2009, os recursos vão para a conta da prefeitura como forma de diminuir o tempo do processo de aquisição dos veículos. Hoje conta com dois ônibus e uma proposta para mais dois veículos. Estes veículos servem para atender as 40 escolas municipais, sendo 32 na área rural. Programa de Aceleracãoo da Aprendizagem Programa de reforço para alunos do 1º ao 5º ano, com o objetivo de atingir um nivelamento entre os alunos, iniciado em 2009. Programa Nacional do Livro Didático Programa de motivação de leitura. Através de um Termo de Adesão, o município solicita os livros. Programa Brasil Alfabetizado Programa de apoio para a conclusão do ensino fundamental, para os alunos fora da faixa etária regular. Programa ProJovem Urbano Programa de apoio para a conclusão do ensino fundamental, para os jovens que estão fora da faixa etária regular e se encontram desestimulados. Programa Jovem Trabalhador Programa de capacitação para cursos específicos, com duração de 6 meses. O pré-requisito é ter concluído o ensino fundamental. São 400 alunos matriculados. Esse programa também capacita professores, uma vez ao mês, tem cursos em Maceió. Programa Pradine Programa que capacita os dirigentes municipais de educação para uma melhor gestão escolar, os cursos são realizados em Maceió. Programa Gestão e Avaliacão Programa de formação pela escola que capacita pessoas de vários segmentos da sociedade, para que posteriormente e em conjunto com a comunidade educativa, avaliem e monitorem as ações da escola, principalmente sobre o uso de recursos financeiros. Programa Proletramento Programa de desenvolvimento da educação, beneficia professores do 1º ao 5º ano fundamental, das disciplinas de matemática e por tuguês com a aquisição de materiais/recursos que possam auxiliar na melhoria do ensino, iniciou em 2007. Programa “Futuros Cientistas Alagoanos” O objetivo do programa é proporcionar um ambiente favorável para a descoberta de novos talentos na área científica através da criação de polos em todo o Estado de Alagoas, para estimular alunos do ensino fundamental por meio de palestras, cursos, olimpíadas, entres outras atividades. Um dos Polos será implantado no município de Porto de Pedras. Projeto “Saber” O projeto funciona desde o ano de 2001 no Estado de Alagoas, atendendo em espaços alternativos em parceria com a sociedade civil organizada, setores empresariais, poderes públicos, etc. O projeto tem por finalidade oferecer escolarização em nível do 1º ciclo do Ensino Fundamental e a partir disto encaminhar o aluno a rede oficial de ensino, para que ele possa continuar estudando até a conclusão do Ensino Médio. Produção de sabão ecológico Projecto “Territorio da Cidadania” O Projeto tem como objetivo a realização de cursos de capacitação para agricultores, em particular sobre os temas de artesanato, fruticultura e própolis vermelho. Ação de conscientizacão ambiental de turistas e moradores CVT de Maragogi (Centro de Vocação Tecnologica) O Centro é um ponto de acesso ao conhecimento científico voltado a todos os cidadãos, em particular àqueles indivíduos que estão fora da escola de formação oficial. Um dos objetivos específicos é articular a vocação local/tradicional com a vocação turística do território. Existe um Centro em Maceió e outro em Maragogi. Programa para “Popularização da Tecnologia” Projeto “Cidade Digital” Polo da Universidade à Distância Polo de Formação Superior (Porto Calvo) Pesquisa sobre Própolis Vermelho Seminário Internacional MEC Ministério da Educação Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas ÓRGÃO MUNICIPAL PROGRAMAS Análise Crítica ENTES TRANSVERSAIS Propostas e Projetos ÓRGÃO ESTADUAL ÓRGÃO FEDERAL NÍVEL INSTITUCIONAL 59 Análise Crítica do Território Fonte: divulgação web Análise Social Ministério da Saúde UNCISAL SESAU Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas Secretaria Municipal de Saúde Conselho Municipal de Saúde UFAL Hospital Universitário SESC Serviço Social do Comércio Serviços Privados Ministério do Desenvolvimento Social SEE Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social . Secretaria Municipal de Assistência Social Conselho Municipal de Assistência Social CRAS Centro de Referência de Assistência Social Associações Comunitárias IGREJA Programa Saude da Família Atendimento multiprofissional em unidades básicas de saúde, com acompanhamento de famílias. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos. Programa SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência O SAMU faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergências e ajuda a organizar o atendimento na rede pública prestando socorro à população em casos de emergência. Programa Brasil sorridente Reúne uma série de ações para ampliar o acesso a atendimento odontológico, voltadas a todos cidadãos, investindo em prevenção e na saúde bucal. Programa Combate a Dengue Controle da transmissão do vírus da dengue para erradicação do mosquito e redução dos danos causados pela doença. Centro de atendimento psicossocial Realiza atenção à saúde mental, organiza uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico e fortalece os laços familiares e comunitários. Programa Bolsa Familia Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. PETI - Programa de Eradicação do Trabalho Infantil Articula um conjunto de ações visando a retirada de crianças e adolescentes de até 16 anos das práticas de trabalho infantil. Programa Benefício da Prestação Continuada Integrante do Sistema Único da Assistência Social – SUAS, permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência a um salário mínimo para prover as condições mínimas de uma vida digna. Iniciativa de Articulação de Programas Federais com a Produção Artesanal Local Na comunidade do Quilombo Bom Despacho, existe um grupo de mulheres que produz doces de frutas de forma artesanal. . Seminário Internacional PROGRAMAS Análise Crítica ENTES TRANSVERSAIS Propostas e Projetos ÓRGÃO ESTADUAL ÓRGÃO FEDERAL ÓRGÃO ESTADUAL ÓRGÃO MUNICIPAL ASSISTÊNCIA SOCIAL ÓRGÃO MUNICIPAL SAÚDE ÓRGÃO FEDERAL NÍVEL INSTITUCIONAL 60 Análise Crítica do Território Divulgação - web AEJATUR_Associação de Empreendedores de Japaratinga em Turismo Paraíba e Rio Grande do Norte, tendo como foco de ação a Mata Atlântica do Nordeste. ATA_Amigos da Terra e da Água:: Organização de defesa e ação ambiental. B AFAL_Agência de Fomento de Alagoas BB_Bando do Brasil BID_ Banco Interamericano de Desenvolvimento BNB_Banco do Nordeste AFOTUR_Associação de Fomento ao Turismo de Paripuera e Barra de Santo Antônio C AHMAJA_Associação do Trade-turístico de Maragogi e Japaratinga Caixa Econômica Federal Capitania dos Portos/AL AMPA_Associação dos Amigos do Peixe-boi CASAL - Companhia Abastecimento e Saneamento de Alagoas ARIBAMA_Associação dos Ribeirinhos Amigos do Meio Ambiente:: Projeto social com propostas de preservação ambiental, voltadas para o turismo ecológico sustentável dos moradores da Comunidade de Tatuamunha em Porto de Pedras. CEAL_Eletrobrás Distribuição Alagoas:: Oferece soluções competitivas e inovadoras em energia elétrica para o desenvolvimento Associação dos Agricultores Associações de Artesãos Associação dos Buggeiros de Maragogi Associação dos Catamarãs de Maragogi Associação Folclórica:: No território da Costa dos Corais estão presentes algumas associações culturais que se ocupam de música, teatro, capoeira e danças típicas. Associação de Pescadores:: As associações de pescadores estão presentes em vários municípios da Costa dos Corais, e desenvolvem atividades de pesca de forma artesanal, passada de geração a geração. Associação de Produção Artesanal:: Estão presentes no território, em nivel municipal, varias associações que se ocupam de produção artesanal. Associação de Proprietários de Reservas Privadas Macambira: Congrega proprietários de Reservas Particulares e apóia a criação e regularização de RPPN's. Possui associados de Alagoas, CESMAC_Centro de Estudos Superiores de Maceió Colônia dos Pescadores Comunidade Quilombola CONAB_Companhia Nacional de Abastecimento:: está presente em todas as regiões brasileiras, acompanhando a trajetória da produção agrícola, desde o planejamento do plantio até chegar a mesa do consumidor. A atuação da Companhia contribui com a decisão do agricultor na hora de plantar, colher e armazenar, e ainda segue até a distribuição do produto no mercado, fase em que a garantia dos preços mínimos oferecidos pelo governo é traduzida em abundância no abastecimento e estímulo à produção. As operações realizadas pela Conab são coordenadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Conselho Municipal de Assistência Social:: O Conselho Municipal de Assistência Social é um órgão responsável pela formulação, controle, acompanhamento e fiscalização da Política Municipal de Assistência Social, no intuito de garantir a predominância do atendimento por entidades públicas na qualidade de direito social. É interessante a garantia, por meio de lei, de que a escolha dos representantes se faça de forma democrática, salientando que a composição deste órgão observe uma proporcionalidade. Conselho Municipal de Educação:: O Conselho Municipal de Educação é um órgão representativo da sociedade que deve instituir práticas consultivas, organização de fórum participativo para a definição dos princípios gerais e das prioridades na área da educação. Para garantir a ampla participação, o Conselho poderá ser composto por representantes de pais, alunos, professores, associações de moradores, sindicatos, Secretaria Municipal de Educação e demais órgãos e entidades ligados à educação municipal do setor público e privado, indicados e/ou eleitos democraticamente. É interessante a garantia, por meio de lei, de que a escolha dos representantes se faça de forma democrática salientando que a composição deste órgão observe uma proporcionalidade. Apesar da relevância, nenhum município na Costa dos Corais instituiu o Conselho Municipal de Educação. Conselho Municipal de Saúde:: Os Conselhos Municipais de Saúde são órgãos permanentes e deliberativos com representantes do Governo, dos prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. COOPEAGRO - Cooperativa de Agricoltores COOPERNORTE - Cooperativa de Agricultores de Porto Calvo Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas CRAS - Centro de Referência de Assistência Social:: O CRAS é uma unidade pública estatal localizada em áreas de vulnerabilidade social que desenvolve o Programa de Atenção Integral às Famílias, atendendo preferencialmente famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada, através de serviços socioassistenciais, encaminhamento da população para a rede de proteção social local e para acesso a outras políticas públicas. D Defesa Civil Estadual DER - Departamento de Estradas e Rodovias:: Planifica o sistema rodoviário estadual e sua integração DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte E EMBRAPA_Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária: vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi criada em 26 de abril de 1973. Sua missão é viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. EMBRATUR_Empresa Brasileira de Turismo:: fomenta a atividade turística do País. F FAPEAL_Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas: Promove o intercâmbio e a formação de pesquisadores através da concessão de bolsas de estudo, financiamento de pesquisas e apoio aos programas e projetos de desenvolvimento do Estado. FPM - Fundo de Participação do Município FUNDEPES_ Fundação de Desenvolvimento à Pesquisa G GRAL_Grupo de Receptivos do Estado de Alagoas Grupo Gestor APL Grupo Gestor dos 65 destinos indutores H Hospital Universitário da UFAL:: Referência Estadual em atendimento de alta complexidade I IBAMA_Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis:: Autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Caráter deliberativo. I CMBio_I nstituto Chico Mendes de Conser vação da Biodiversidade:: Órgão ambiental do governo brasileiro com foco na conservação dos recursos naturais e biodiversidade e na gestão ambiental federal, é uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). IDERAL_Instituto do Desenvolvimento Rural de Alagoas:: Tem como objetivo permitir meios e suporte para a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Pesca de Alagoas, ajudando a implementar seu programa para a agricultura, pesca e abastecimento, promovendo o desenvolvimento rural através do apoio ao pequeno e médio empresário agrícola, incrementando a agroindústria rural, estimulando e fomentando o progresso empresarial no campo. Análise Crítica ABCH_Associação Brasileira de Cidades Históricas:: A Associação foi criada pelo Ministério da Cultura e IPHAN. A Associação comprende todas as cidades históricas reconhecidas do Brasil. Propostas e Projetos A Seminário Internacional Lista dos Atores Locais 61 Análise Crítica do Território Divulgação - web IMA_Instituto do Meio Ambiente:: Órgão executor que busca a observância da legislação ambiental, a educação e conscientização da comunidade quanto à necessidade de zelar pelos recursos naturais e pela melhoria da qualidade de vida no Estado de Alagoas. Caráter deliberativo. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome INCRA_Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária: autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), criada pelo Decreto-lei n.º 1.110, de 9 de julho de 1970, teve sua estrutura regimental aprovada pelo Decreto n.º 5.735, de 27 de março de 2006, (com nova redação dada pelo Decreto nº 6.812, de 03 de abril de 2009). Tem como missão: Implementar a política de reforma agrária e realizar o ordenamento fundiário nacional, contribuindo para o desenvolvimento rural sustentável. Visão de Futuro: Ser referência internacional de soluções de inclusão social. Ministério do Transporte IPHAN_Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: Organismo federal de proteção ao patrimônio que define a partir de suas formas de expressão; de seus modos de criar, fazer e viver; das criações científicas, artísticas e tecnológicas; das obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e dos conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, ar tístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. Ministério da Integraçao Nacional Ministério de Minas e Energia MMA_Ministério do Meio Ambiente:: Órgão executivo da estrutura administrativa da repúplica federativa do Brasil que trata das questões ambientais. Caráter deliberativo. MPA_Ministério da Pesca e Aquicultura SEBRAE_Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas: Instituição para apoiar e fomentar a criação, a expansão e a modernização das micro e pequenas empresas do Estado, capacitando-as para cumprir, eficazmente, o seu papel no processo de desenvolvimento econômico e social. SEBRAE_Departamento de Cultura:: Desenvolve atividades de suporte as associaçoes culturais presentes no território. Secretaria de Agricultura dos Municípios Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas Secretaria Municipal de Cultura MTUR_Ministério do Turismo Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social de Alagoas P SECTI_Secretaria de Estada da Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas PETROBRAS_Companhia de Petróleo e gás Polícia Militar de Alagoas SEDEC_Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística. Prefeituras Municipais do APL Costa dos Corais SEE_Secretaria de Estado da Educação e do Esporte de Alagoas Prefeitura Municipal de Barra do Santo Antonio Prefeitura Municipal de Japaratinga SEMARH_Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos:: Órgão de gestão ambiental e dos recursos hídricos do Estado de Alagoas. Caráter deliberativo. Prefeitura Municipal de Maragogi SESAU_Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas Prefeitura Municipal de Paripueira Secretaria Municipal de Assistência Social Prefeitura Municipal de Passo de Camarigibe SME_Secretaria Municipal de Educação Prefeitura Municipal de Porto Calvo Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Maragogi MAPA_Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Prefeitura Municipal de Porto de Pedras Secretaria Municipal de Saúde MCT_Ministério da Ciência e Tecnologia Prefeitura Municipal de Sao Miguel dos Milagres Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente de Paripueira S Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente de São Miguel dos Milagres IRCO_Instituto Recifes Costeiros:: Iniciativa de gestão costeira integrada para a Costa dos Corais, atuam na manutenção de áreas de recuperação recifal trabalhando com guias turísticos locais e inserção das comunidades nas atividades de monitoramento e conservação de recifes. ITERAL_Instituto de Terras de Alagoas M MDA_Ministério do Desenvolvimento Agrário MDIC_Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. SEAGRI _Secr etar ia de Estado de Agr icul tur a e do Desenvolvimento Agrário MEC_Ministério da Educação SEAAP_Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento e Pesca Ministério da Cidades SENAC_Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial: Instituição profissionalizante para quem trabalha ou deseja se aperfeiçoar tecnicamente. SENAI_Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial:: Instituição para promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria brasileira. SENAR_Serviço Nacional de Aprendizagem Rural:: Instituição para organizar, administrar e executar a Formação Profissional Rural (FPR) e a Promoção Social (PS) da população que exerce atividades no meio rural, bem como, para assistir a entidades empregadoras na programação e elaboração de programas de treinamento no próprio emprego. SEINFRA_Secretaria Estadual de Infraestrutura:: Formula e implementa politicas de habitação saneamento e transporte SEPLAN_Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento de Alagoas:: Coordena e executa política de planejamento do Estado SEPPIR_Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial SERVEAL_Serviços de Engenharia de Alagoas SETUR_Secretaria Estadual de Turismo:: Planeja, coordena e executa política de promoção e fomento ao turismo SNPU_Secretaria Nacional de Planejamento Urbano: Implementa o estatuto das cidades apoiando os municípios na execução da política nacional de desenvolvimento urbano Análise Crítica Ministério da Cultura U UAB_Universidade Aberta do Brasil UFAL_Universidade Federal de Alagoas:: Instituição pública federal de nível superior do Estado de Alagoas, com sede em Maceió e expansões no interior do Estado. UFAL_Facudade de Arquitetura e Urbanismo da Ufal UFAL_ICS : Levantamento do Patrimônio Imaterial UFPE_Universidade Federal de Pernambuco:: Instituição pública federal de nível superior com ensino (graduação e pós-graduação) e pesquisa científica. UNCISAL_Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas: Referência Estadual em serviços de saúde de média e alta complexidade Propostas e Projetos IFAL_Instituto Federal de Alagoas Seminário Internacional Lista dos Atores Locais UNEAL_Universidade Estadual de Alagoas 62 Análise Crítica do Território Divulgação - web Projeto Recifes Costeiross - UFPE Desenvolvido por pesquisadores da UFPE e ICMBio a partir do “Projeto Iniciativa de Manejo Integrado para o Sistema Recifal Costeiro entre Tamandaré e Paripueira”. Visa fornecer base científica e assistência técnica na elaboração do plano de manejo da APA Costa dos Corais. Atualmente administrado pela Fundação Mamíferos Marinhos. Projeto Orlaa - Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente de Paripueira Iniciativa que articula as políticas patrimonial, urbanística e socioambiental que visa o planejamento do uso e ocupação da orla brasileira por meio de gestão compartilhada e participativa. Implementado de forma conjunta entre Ministério do Planejamento e Ministério do Meio Ambiente. SAÚDE Programa Saúde da Família - Ministério da Saúde, SESAU, Secretaria Municipal de Saúde Atendimento multiprofissional em unidades básicas de saúde, com acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes e na manutenção da saúde desta comunidade. Programa SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Ministério da Saúde, SESAU, Secretaria Municipal de Saúde O SAMU faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergências e ajuda a organizar o atendimento na rede pública prestando Programa Brasil Sorridente-- Ministério da Saúde, SESAU, Secretaria Municipal de Saúde Reúne uma série de ações para ampliar o acesso a atendimento odontológico, voltadas para cidadãos de todas as idades, investindo em prevenção e na saúde bucal de crianças, adolescentes, adultos e idosos. Programa Combate à Denguee Ministério da Saúde, SESAU, Secretaria Municipal de Saúde Controle da transmissão do vírus da dengue no âmbito coletivo para erradicação do mosquito e redução do dano causado pela doença. Centro de Atendimento Psicossocial - Ministério da Saúde, SESAU, Secretaria Municipal de Saúde Realiza atenção à saúde mental, organiza uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico, na medida em que se configura em serviço aberto e oferece atendimento diário para acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. EDUCAÇÃO BÁSICA Programa PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar - MEC, SEE e Secretarias Municipais de Educação da Costa dos Corais Programa federal do Ministério da Educação que garante a alimentação escolar dos alunos da Educação Básica, inclusive das unidades indígenas e quilombolas, matriculados em escolas públicas e filantrópicas. O programa é executado em todos os municípios da Costa dos Corais. Programa PDDE - Programa Dinheiro Direto na Escola - MEC, SEE e Secretarias Municipais de Educação da Costa dos Corais Programa federal implantado pelo Ministério da Educação e executado pelo FNDE, que tem como objetivo a transferência de recursos financeiros às escolas públicas do Ensino Fundamental das redes estadual e municipal com mais de vinte alunos e de educação especial. O programa é executado em todos os municípios da Costa dos Corais. Programa PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional MEC, SEE e Secretarias Municipais de Educação da Costa dos Corais A principal meta do PDE é uma educação básica de qualidade, para isso, investe na educação profissional e na educação superior envolvendo alunos, professores e gestores, em busca da permanência do aluno na escola. O programa é executado nos municípios de Maragogi, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres e Paripueira. Programa De Informação - Proifo - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi Programa de Inclusão digital atende alunos do 6º ao 9º ano, iniciou em 2009, há um espaço físico com 10 computadores. Programa Caminhos Da Escola - MEC/FNDE e Prefeitura Municipal de Maragogi Programa para aquisição de ônibus escolar, iniciou em 2009, os recursos vão para a conta da prefeitura como forma de diminuir o tempo do processo de aquisição dos veículos.hoje conta com dois ônibus e uma proposta para mais dois veículos. Estes veículos servem para atender as 40 escolas municipais, sendo 32 na área rural. Programa De Aceleração Da Aprendizagem - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi Programa de reforço para alunos do 1º ao 5º ano, com o objetivo de atingir um nivelamento entre os alunos, iniciou em 2009. Programa Nacional Do Livro Didático - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi Programa de motivação de leitura. Através de um Termo de Adesão, o município solicita os livros. Programa Brasil Alfabetizado - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi Programa de apoio para a conclusão do ensino fundamental para os alunos fora da faixa etária regular. OBSERVAÇÃO: O EJA (Programa de Educação de Jovens e Adultos) não funciona mais como programa, hoje é uma modalidade que atua com jovens de 15 a 21 anos. Programa ProJovem Urbano - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi Programa de apoio para a conclusão do ensino fundamental,para os jovens que estão fora da faixa etária regular e se encontram desestimulados. Atua com jovens de 18 a 29 anos que concluem o curso em 20 meses e, ainda os capacita (paralelamente) para o mercado de trabalho nas áreas de hotelaria, turismo e informática. Programa Jovem Trabalhador - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi e Barra de Santo Antônio Programa de capacitação para cursos específicos, com duração de 6 meses. Os alunos podem concluir o ensino médio de forma paralela. O pré-requisito é ter concluído o ensino fundamental. São 400 alunos matriculados. Este programa também capacita professores, uma vez ao mês tem cursos em Maceió. Programa Pradine - MEC/FNDE, SEE,Prefeitura Municipal de Maragogi Programa que capacita os dirigentes municipais de educação para uma melhor gestão escolar, os cursos são realizados em Maceió. Programa Gestão e Avaliação - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi, sociedade civil organizada Programa de formação que capacita pessoas de vários segmentos da sociedade, para que posteriormente e em conjunto com a comunidade educativa avaliem e monitorem as ações da escola, principalmente sobre o uso de recursos financeiros. Análise Crítica Projeto Peixe-boii - ICMBio Desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos. Dedicam-se à pesquisa, resgate, recuperação e devolução à natureza do peixe-boi, em parceria com comunidades ribeirinhas e costeiras. socorro à população em casos de emergência. Programa Gestar - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi Programa de capacitação para os docentes das disciplinas de matemática e português, do 6º ao 9º ano fundamental, permite fortalecer a capacidade de lecionar as disciplinas. Programa Proletramentoo - MEC/FNDE, Prefeitura Municipal de Maragogi Programa de desenvolvimento da educação, beneficia professores do 1º ao 5º ano fundamental, das disciplinas de matemática e português com a aquisição de materiais/recursos que possam auxiliar na melhoria do ensino, iniciou em 2007. Programa Dinheiro Direto Na Escola - MEC/FNDE, Prefeitura unicipal de Maragogi Programa que objetiva a transferência de recursos financeiros, possibilitando ao Diretor da escola em conjunto com o Conselho Escolar priorize necessidades e efetue as compras diretamente. O requisito para a obtenção do programa é ter registro, seguir as Propostas e Projetos AMBIENTE Reef Check Brasil – MMA A partir do Programa de Monitoramento dos Recifes Brasileiros, executado pelo Instituto Recifes Costeiros com apoio do MMA e UFPE. Objetiva diagnosticar a saúde dos recifes brasileiros bem como a efetividade das medidas de conservação em vigor. Seminário Internacional Lista dos Programas 63 Análise Crítica do Território Divulgação - web Polo da Universidade à Distância (Maragogi) - Ufal O Pólo foi iniciado em 2008 por uma iniciativa do Governo Federal, com o Projeto Universidade Aberta do Brasil junto com a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o município de Maragogi. Ação de conscientização ambiental de turistas e moradores Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente de São Miguel dos Milagres Atividades de conscientização ambiental de turistas e moradores através de materiais informativos de divulgação e inclusão da disciplina “Educação Ambiental” na grade curricular das escolas do município. Polo de Formação Superior (Porto Calvo) - Ufal A Ufal tem a intenção de instalar um novo polo de formação superior na cidade de Porto Calvo, com abertura de uma nova sede universitária. Projeto Território da Cidadania - SEBRAE O Projeto tem como objetivo a realização de cursos de capacitação para agricultores, em particular, sobre os temas de artesanato, fruticultura e própolis vermelho. Projeto Saber - SEE O projeto funciona desde o ano de 2001 no Estado de Alagoas, atendendo em espaços alternativos em parceria com a sociedade civil organizada, setores empresariais, poderes públicos, etc. O projeto tem por finalidade oferecer escolarização de nível do 1º ciclo do Ensino Fundamental e a partir disto encaminhar o aluno a rede oficial de ensino, para que ele possa continuar estudando até a conclusão do Ensino Médio. Curso intensivo de alfabetizaçãoo - SEE A SEE organiza curso específico intensivo para alfabetização, com duração de 6 -7 meses. Produção de sabão ecológico - IMA – Instituto do Meio EDUCAÇÃO SUPERIOR CTV de Maragogi (Centro de Vocação Tecnológica) - SECTI e IFAL O Centro é um ponto de acesso ao conhecimento científico voltado a todos os cidadãos em particular àqueles indivíduos que estão fora da escola de formação oficial. Um dos objetivos específicos é articular a vocação local/tradicional com a vocação turística do território. Existe um centro em Maceió e outro em Maragogi. Programa para Popularização da Tecnologia - SECTI (em fase de realização) Projeto Cidade Digital - SECTI O projeto tem como objetivo facilitar o acesso de cidadãos à tecnologia digital (internet e intranet). Já está em execução em cinco municípios, inclusive Maragogi e existe a possibilidade de realizar uma rede intranet (utilizando o sinal de rádio) para conectar os diversos Institutos de Pesquisa, as universidades e os municípios no interior do Estado de Alagoas.. Existe ainda a possibilidade de conectar através de intranet o CVT de Maceió com o de Maragogi. Programa Bolsa Família - Secretarias Municipais, Estadual e Ministério de Desenvolvimento e Combate a Fome Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. PETI - Programa de Eradicação do Trabalho Infantil - Ministério de Desenvolvimento e Combate a Fome Articula um conjunto de ações visando a retirada de crianças e adolescentes de até 16 anos das práticas de trabalho infantil. CULTURA Programa Benefício de Prestação Continuada - Secretarias Municipais e Estadual Integrante do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência a um salário mínimo para prover as condições mínimas de uma vida digna. Programa Territórios da Cidadania - Município de Passo de Camaragibe Programa Federal do MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário) - tem o objetivo de trabalhar com a comunidade local para o desenvolvimento econômico sustentável. Na Comunidade de Passo de Camaragibe se trabalha com a comunidade Quilombola de Bom Despacho, na produção artesanal de marmelada e outros doces. Iniciativa de Articulação de Programas Federais com a Produção Artesanal Local - Município de Passo de Camaragibe e Comunidade Quilombola Bom Despacho Na comunidade do Quilombo Bom Despacho, situada no Município de Passo de Camaragibe, existe um grupo de mulheres que produz doces de frutas de forma artesanal. Este produto é adquirido pela prefeitura e fornecido às crianças que participam do programa PETI, como merenda. EDUCAÇÃO TÉCNICA Programa Futuros Cientistas Alagoanos - SECTI O objetivo do programa é proporcionar um ambiente favorável para a descoberta de novos talentos na área científica através da criação de polos em todo o Estado de Alagoas, para estimular alunos do ensino fundamental por meio de palestras, cursos, olimpíadas, entres outras atividades. Um dos polos será implantado no município de Porto de Pedras. Pesquisa sobre Própolis Vermelho - Uncisal A Uncisal desenvolve pesquisa específica para investigar a característica e a potencialidade comercial do Própolis Vermelho. ASSISTÊNCIA SOCIAL Projeto Laboratório da Cidade - Ufal O laboratório tem como objetivo analisar e estudar o patrimônio material presente no território para direcionar ações de valorização. A universidade elaborou um mapa do patrimônio cultural e material existente no território, e, realiza estudos para a valorização e o reconhecimento da cultura e do patrimônio local. Programa Um Passo a Mais - Município de Passo de Camaragibe Programa municipal de Passo de Camaragibe com o objetivo de agregar valor e resgatar a sociedade loca, realizando atividades culturais e esportivas que atuam apoiando e sensibilizando a sociedade por meio do curso de capoeira, da escola de música, e de torneios de futebol. Análise Crítica Projeto Escola Aberta - MEC, SEE - Escolas Estaduais em Maceió O objetivo do projeto é contribuir para a melhoria da qualidade da educação, a inclusão social e a construção de uma cultura de paz, por meio da ampliação das relações entre escola e comunidade e do aumento das oportunidades de acesso à formação para a cidadania. O Projeto é realizado através de uma parceria entre o MEC e a UNESCO. O projeto é aplicado em escolas estaduais em Maceió e sua ampliação é prevista pela SEE para outras escolas da rede, para a realização de atividades recreativas e para encontro da família com estudantes nos finais de semana. Ambiente Gincana Ambiental e Oficinas sobre “produção de sabão ecológico” feito de óleo de cozinha reutilizado e produção de artefatos com material reciclado. Atividade realizada em vários municípios da Costa dos Corais. TURISMO APLL - Arranjo Produtivo Local - MTUR A Política de apoio aos Arranjos Produtivos Locais é fruto de uma nova percepção de políticas públicas de desenvolvimento, em que o local passa a ser visto como um eixo orientador de promoção econômica e social. Seu objetivo é orientar e coordenar os esforços governamentais na indução do desenvolvimento local, buscando em consonância com as diretrizes estratégicas do governo, a geração de emprego e renda e o estímulo às exportações. A opção estratégica pela atuação em APL decorre, fundamentalmente, do reconhecimento de que políticas de fomento a pequenas e médias empresas são mais efetivas quando direcionadas a grupos de empresas e não a empresas individualizadas. Propostas e Projetos normas educacionais, ter uma proposta pedagógica e um Conselho Escolar. OBSERVAÇÃO: o Conselho Escolar, objetiva o acompanhamento das ações da escola, fiscalizando os recursos repassados de forma direta e propondo ações extraensino, como por exemplo: promover palestras sobre temas como a gravidez precoce, a desestrutura familiar, o alcoolismo, etc. Seminário Internacional Lista dos Programas 64 Análise Crítica do Território Divulgação - web PNT Plano Nacional de Turismoo – PNT 2007/2010 - MTUR Uma Viagem de Inclusão é um instrumento de planejamento e gestão que coloca o turismo como indutor do desenvolvimento e da geração de emprego e renda no País. O Plano é fruto do consenso de todos os segmentos turísticos envolvidos no objetivo comum de transformar a atividade em um importante mecanismo de melhoria do Brasil e fazer do turismo um importante indutor da inclusão social. PRODETUR – Programa de Desenvolvimento do Turismo - MTUR Os Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo buscam organizar as intervenções públicas para o desenvolvimento da atividade turística, através de prévios processos de planejamento das regiões turísticas. A partir do planejamento das áreas turísticas prioritárias são propostas intervenções públicas a serem implantadas de forma que o turismo venha a constituir uma verdadeira alternativa econômica geradora de emprego e renda principalmente para a população local. Projeto 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional - MTUR Objetiva definir parâmetros, avaliar o estágio de desenvolvimento e elaborar plano de ação para que os 65 destinos indutores do desenvolvimento alcancem competitividade de nível internacional. Em 2008 foi realizada a primeira edição do estudo, que apresentou o estágio de competitividade turística de cada destino e do País. Lei Geral do Turismo (N. 11.771 17 SET.2008):: MTUR A Lei estabelece normas sobre a Política Nacional de Turismo. Define as atribuições do governo federal no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico e disciplina a prestação de serviços turísticos, o cadastro, a classificação e a fiscalização dos prestadores de serviços turísticos. área rural, e distribuição às instituições sociais cadastradas. PNAEE: O Programa Nacional de Alimentação Escolar - MAPA E MDA É o nome oficial do programa de merenda escolar do governo federal. É responsável pela alimentação dos alunos do sistema público de ensino. Foi criado em 1954 e ao longo dos anos vem sofrendo uma série de adaptações. Desde 1994, a gestão da merenda funciona de forma descentralizada, isto é, sob a responsabilidade de estados e municípios. O PNAE tem o objetivo de suprir no mínimo 20% das necessidades nutricionais diárias dos alunos do sistema público de ensino, contribuir para uma melhor aprendizagem e favorecer a formação de bons hábitos alimentares em crianças e adolescentes. ZEEE - Zoneamento Econômico Ecológico - MAPA E MDA É um instrumento para planejar e ordenar o território brasileiro, harmonizando as relações econômicas, sociais e ambientais que nele acontecem. Demanda um esforço efetivo de compartilhamento institucional, voltado para a integração das ações e políticas públicas territoriais, bem como articulação com a sociedade civil, congregando seus interesses em torno de um pacto pela gestão do território. PRONAFF - MAPA E MDA O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) destina-se ao apoio financeiro das atividades agropecuárias e não agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor rural e de sua família. Entende-se por atividades não agropecuárias os serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor emprego da mão de obra familiar. Programa Agricultura Sustentável - MAPA E MDA Se inspira na atuação de pequenos produtores que optam por fazer uma agricultura sustentável, sem uso de produtos tóxicos e com a preocupação de preservar o meio ambiente. Integrando técnicas simples e já conhecidas por muitas comunidades rurais, tem como premissas básicas: reduzir a dependência de insumos vindos de fora da propriedade; diversificar a produção; utilizar com eficiência e racionalização os recursos hídricos; alcançar a sustentabilidade em pequenas propriedades e produzir em harmonia com os recursos naturais. O PAS visa a discussão do conceito de Tecnologia Social, ou seja, a transferência e difusão de tecnologia social e o desenvolvimento sustentável através da agricultura orgânica. PAA Programa Assistência Alimentarr - MAPA E MDA É um programa de segurança alimentar e nutricional mantido pelo Serviço Social do Comércio em todo País. O programa consiste na captação de alimentos excedentes, tanto na área urbana como na Projeto Agricultura Periurbana - MAPA E MDA Tem com objetivo intervir no abastecimento social, de forma a integrar as atividades de produção, beneficiamento e comercialização de produtos agroalimentares. Essas atividades devem pautar-se pelo respeito aos saberes e conhecimentos locais, pela promoção da equidade de gênero através do uso de tecnologias apropriadas e processos participativos promovendo a gestão urbana social e ambiental das cidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população urbana e para a sustentabilidade das cidades. ARTESANATO PAB - Programa do Artesanato Brasileiro - MDIC Estabelece ações conjuntas no sentido de enfrentar os desafios e potencializar as muitas oportunidades existentes para o desenvolvimento do Setor Artesanal, gerando oportunidades de trabalho e renda, bem como estimular o aproveitamento das vocações regionais, levando à preservação das culturas locais e à formação de uma mentalidade empreendedora, por meio da preparação das organizações e de seus artesãos para o mercado competitivo. PRONAF - Programa Nacional de Agricultura Familiar - MAPA O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar destina-se ao apoio financeiro das atividades agropecuárias e não agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força de trabalho do produtor rural e de sua família. Entende-se por atividades não agropecuárias os serviços relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor emprego da mão de obra familiar. PESCA Cultivo de Ostras - Associação dos Maricultores (Rio Mar) Nasce com o intuito de aumentar a renda familiar através do cultivo das ostras no rio Camaragibe. Carcinicultura - Maragogi Cultivo de camarão por iniciativa privada. TERRITÓRIO Programa Brasil Quilombola Responsável pela execução de ações de atendimento às comunidades: infraestrutura e qualidade de vida, desenvolvimento local, inclusão produtiva, direitos e cidadania. Programa Minha Casa Minha Vida – Ministério das Cidades (Paripueira, Barra de Santo Antônio, Porto Calvo, Passo de Camaragibe, São Miguel do Milagres, Porto de Pedras, Japaratinga e Maragogi). Programa em convênio com a Caixa Econômica Federal e o Governo do Estado de Alagoas para construção de habitações para pessoas de baixa renda. Análise Crítica Plano Aquarela Marketing Turístico Internacional do Brasil MTUR Os objetivos foram impulsionar o turismo internacional no Brasil, incrementando o número de turistas estrangeiros no país e a consequente ampliação da entrada de divisas. AGRICULTURA Propostas e Projetos PEDITS S - Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável do Polo Costa dos Coraiss (o PRODETUR/NE II) MTUR Define e prioriza as ações e investimentos necessários à consolidação do turismo na região, completando e complementando os investimentos que foram objeto do PRODETUR/NE I. Seminário Internacional Lista dos Programas 65 Propostas e Projetos Análise Crítica Visão 66 Seminário Internacional Visão VISÃO Contemporaneamente, a área é caracterizada de uma preciosa “biodiversidade social” (se considerar, por exemplo, a presença de comunidades quilombolas) e, no geral, de um patrimônio cultural que, se por um lado é pouco evidente, em relação às outras regiões nordestinas, é na verdade muito importante considerando a permanência na língua, na gastronomia, na toponomástica, etc. Um patrimônio reduzido, feito de pequenas coisas, suaves, desconhecidas aos turistas que visitam a região, mas que constituem a base dos saberes locais e compartilhados pela população. O território aparenta ser caracterizado por uma tríplice sazonalidade: a turística , a ligada a cana-deaçúcar e a da pesca, normalmente sobrepostas. Tais condições determinam os desequilíbrios e sugerem a oportunidade da “falta de zonalidade”, diversificando e experimentando de forma a valorizar todos os recursos disponíveis. O conjunto destas reflexões pode ser resumido em uma série de questões-chave: como proteger os recursos ambientais? Como incentivar uma cultura estética? Como fazer emergir os valores implícitos? Como conseguir um reconhecimento unitário da região? Como reforçar as vocações específicas do território? Como obter, afinal, a diversidade na unicidade? A população local representa a terceira grande potencialidade desta área; o capital humano é fundamental, porém ainda faltam instrumentos e recursos para fortalecer a população. Para alcançar tais resultados é necessário investir em educação de base, formação e acesso ao mercado de trabalho, mas, sobretudo na articulação entre todos estes âmbitos de intervenção. Para responder a tudo ou partes destas questões, foram definidos 5 eixos estratégicos que movemse em torno de outras ideias-chave: - aprofundar o tema do conhecimento, coordenando, integrando e disponibilizando as informações sobre os valores e sobre oportunidades presentes no território, de modo a orientar de forma mais eficaz as políticas de intervenção; - formular uma visão conjunta, considerando o território como um conjunto integrado, o ambiente como um sistema complexo (litoral e interior) e construindo uma imagem única da Costa dos Corais na qual a população se reconheça. Por outro lado, existe uma série de obstáculos que impedem que tais potencialidades possam ser completamente desenvolvidas, eliminá-los, por inteiro ou em parte, representa uma prioridade estratégica. -aumentar a integração imaginando políticas não setoriais, associando os atores e coordenando os programas, relacionando os diversos setores produtivos, conectando fisicamente os âmbitos territoriais e incluindo a população nos processos de desenvolvimento econômico. De encontro a um ambiente natural de qualidade elevada, encontra-se um ambiente degradado, com elevada carência de infraestrutura de base, serviços e equipamentos públicos. Por esta razão é necessário empenhar-se para valorizar a qualidade e o padrão urbano em termos gerais, não se concentrando exclusivamente nos ligados ao turismo. São necessários projetos e ações que não contemplem somente a infraestrutura de base, mas que favoreçam a afirmação de uma cultura estética; uma cultura “do belo” que possa reforçar o senso de pertencimento e de orgulho dos cidadãos. -enaltecer a qualidade com fim de elevar os padrões do território de um ponto de vista físico, urbano e ambiental. Melhorar os processos de produção, injetar capital humano através de formação específica e da difusão de tecnologias. - fazer emergir as vocações, com o objetivo de considerar os aspectos peculiares e as características destas diversas porções do território, dos diversos municípios, das diversas culturas, de forma a destacar e preservar as especificidades locais. As atividades hoje são muito concentradas espacialmente e setorialmente: o turismo se localiza na costa e é escassamente conectado a outras atividades, já que a monocultura da cana-de-açúcar é o que predomina no interior da região. Tais concentrações determinam uma escassa difusão de benefícios em termos econômicos, sociais e territoriais. Portanto, nota-se a necessidade de difundir espacialmente as atividades, movendo o turismo em direção ao interno e aproximando as outras atividades econômicas da costa. Na realidade, imaginar um território desejável significa colocar em prática ações estratégicas que possam articular os eixos acima descritos. Através disso é possível diversificar e valorizar os recursos específicos e cada vocação individualizada para atribuir maior valor ao território dentro do seu conjunto. Análise Crítica Em primeiro lugar, a área apresenta uma notável biodiversidade ambiental (corais, mata atlântica, mangues, estuários e espécies protegidas). Esta variedade e disponibilidade de recursos naturais é uma grande potencialidade, seja do ponto de vista econômico seja na qualidade de vida dos habitantes. Todavia, tais recursos atualmente são usufruídos somente em seus aspectos mais evidentes (para fazer turismo, somente turismo de sol e mar) e normalmente não são considerados pelos seus valores intrínsecos ou como base para estimular outras atividades econômicas. A elevada vulnerabilidade ambiental, se acompanhada de uma programação pouco atenta, pode comprometer de maneira irreversível a biodiversidade existente. O território revela um caráter profundamente artesanal. Esta condição apresenta certo atrativo, mas também um risco potencial de incapacidade para oferecer níveis de serviços mínimos. Evidenciase uma oportunidade de inovar em respeito à vocação artesanal e introduzir formas de tecnologia social que melhorem a padronização sem perder o valor tradicional de qualidade (produtivas e de trabalho). Propostas e Projetos A análise transparece um território muito rico que guarda múltiplos bens frequentemente desvalorizados a respeito de sua real importância. Seminário Internacional Divulgação - web 67 Seminário Internacional Análise Crítica Os cincos eixos estratégicos identificados ao término da fase de análise foram adotadas como critério para sintetizar e ordenar as propostas derivadas das mesas temáticas. Através do filtro das palavras-chave (conhecimento, visão conjunta, vocação, integração e qualidade) foram individualizadas oito propostas operativas. Tais propostas não serão consideradas como projetos a serem aplicados no território agregados aos que já estão sendo realizados. Estes, ao contrário, emergem de um apurado processo de “escuta” do território e de seus habitantes e de uma pontual reconexão dos programas em curso, com o objetivo declarado de complementar, articular e integrar as iniciativas existentes de modo a multiplicar os efeitos e difundir os benefícios. Para gerir e guiar de forma coordenada o conjunto de ações propostas, vem surgindo um percurso para construir uma governance territorial baseada em um pacto entre os atores locais que se empenham em unir as próprias forças para conquistar uma visão compartilhada de desenvolvimento. Propostas e Projetos Propostas e Projetos PROPOSTAS E PROJETOS 68 Vocações Análise Crítica VISÃO Propostas e Projetos Qualidade Produção frutífera de qualidade Turismos desejáveis Integração Espaço urbano de identidade Visão Coletiva Oficina de ideias Vulnerabilidade ambiental CATEGORIAS DE PROPOSTAS Conhecimento / Comunicação PTC Costa dos Corais Geodatabase Rede de observatórios PROJETOS Seminário Internacional Compromisso Para o Desenvolvimento Oficina Fábrica de Ideias Roteiro Histórico Cultural Educação Para o Patrimônio Consórcio Municipal Plano de Espaço Público Pacto Territorial Para o Desenvolvimento Comunicação, Part. Empowerment Doutorado sobre Desen. Costeiro Plano Estratégico de Comunicação Capacitação para Grandes Eventos Observatório Mercado de Trabalho Colaboração Int. p/ Formação Superior Diagnóstico da Educação Fundamental Desenvolvimento de Marca de Qualidade Integração de Atividades c/ Zona Rural Assist. Técnica ao Setor Primário Melhoramento do Serviço de Base Fórum para o Setor Primário Energia alternativa Incubadora Biodiversidade Para Inovação Investimentos em Turismo Fortalecimento de Espaços de Participação Articulação de Rede de Empresas Mapeamento de Vocações Planejamento Turístico Territorial Política de Turismo em Porto Calvo Mapeamento do Patrimônio Observatório de Turismo Zoneamento Ambiental Corredor Ecológico Vulnerabilidade Costeira Observatório Ambiental PROPOSTAS DAS MESAS TEMÁTICAS Propostas e Projetos Divulgação - web SEMINÁRIO INTERNACIONAL TURISMOS DESEJÁVEIS COMPROMISSO PARA O DESENVOLVIMENTO 69 Propostas e Projetos Rede de observatórios 2. A importância da comunicação e divulgação de informações à comunidade e outras partes interessadas, para priorizar as intervenções na área e cooperar com as políticas de gestão espécificas. Para dar esta importância é necessário dispôr de quadros de referência, que funcionem como antenas capazes de captar necessidades, e seguidamente, transmiti-las ao território. O observatório é uma estrurura aberta, não é só para cientistas e técnicos, é um espaço de compartilhamento dinâmico para interagir com a escola, universidade, empresa, administração pública, comunidade local e visitantes. Favorece o fornecimento sistemático de informações, presentes, passadas e futuras. Sua implementação permitirá reunir coordenadores e diversos atores por meio de programas de formação e sensibilização da comunidade local. 3. A necessidade de não concentrar os dados em um único ponto do território e de integrar a estrutura com o outro, formando uma rede. A integração pode ser física, através da criação de estruturas, e, na forma digital por meio da criação de uma rede intranet, com o apoio do Projeto Cidade Digital promovido pala Secretaria de Estado de Ciencia e Tecnologia. A proposta da rede será formada por três observatórios, cujas ações servirão de estímulo à participação dos oito municípios, nas áreas de: Educação e Trabalho, Turismo e Meio Ambiente. OBJETIVO GERAL Proporcionar uma política de apoio à decisão e programação de gestão do território, que tenha como pressuposto fundamental a salvaguarda dos valores ambientais, sociais, econômicos e que pode funcionar, a longo prazo, como órgão de consultoria para as instituições e a comunidade. COMPETÊNCIA DO OBSERVATÓRIO O observatório desenvolverá as seguintes atividades específicas ? Recolhimento, organização, integração de dados, mantendoos atualizados; ? Monitoramento; ? Formação; ? Divulgação e sugestões. Observatório de turismo OBJETIVOS ESPECÍFICOS ? Disponibilidade de informações atualizadas; ? Transparência na execução de programas e projetos; ? Interação entre entidades para elaboração de propostas; BOA PRÁTICA Universidade Livre do Meio Ambiente Um caso de sucesso é o da Universidade Livre do Meio Ambiente, que, mesmo não sendo um Observatório, tem a missão de repassar à comunidade experiências relacionada às questões ambientais, para criar e consolidar consciência e postura ambientalmente correta, como forma de aprimoramento da qualidade de vida global. Possui uma estrutura dinâmica, interativa e representativa que fez Curitiba ser conhecida como capital ecológica. Divulgação - web MARAGOGI ? Reunir as informações dispóniveis nas diferentes instituições, criando um banco de dados em rede, de acesso comum e compartilhado, impulsionando a comunicação constante das entidades público/privada e demais atores. Adquirir novas informações, novos dados e constituir uma rede de monitoramento; ? Sensibilizar, educar e envolver a comunidade local nas atividades do observatório e no processo decisório do próprio território; Dinamizar o processo de informação que possibilite a definição de objetivos claros e de comprometimento no desenvolvimento sustentável do território. VANTAGENS de especialistas – formalizar um comitê de especialistas, que terá vertentes acadêmicas e técnicas, para monitorar as ações do observatório; ? Centro de documentação – uma configuração física e virtual, com possibilidade de utilizar todo o centro de forma efetiva; ? Rede de fontes de informação – estruturada em uma rede de pesquisadores da administração pública e privada, especialistas independentes, acadêmicos, com forte integração entre os mesmos, que facilitará a profissionalização do desenvolvimento da atividade educativa e do trabalho. Seminário Internacional A projeto proposto se fundamenta em tres razões principais: 1. O principal papel atribuído à disponibilidade de dados, de conhecimento, e integração para acompanhar a dinâmica da região. Ao criar a rede de observátorios pretende-se superar os problemas de fragmentação da informação em diversos níveis público/privado, como também a deficiência de coordenação no planejamento que acarreta uma dispersão de dados, comprometendo a busca de uma gestão sustentável no território. O observatório sistematizará os dados recolhidos disponibilizandoos de forma homogênea. ESTRUTURA DO OBSERVATÓRIO ? Comitê Análise Crítica O projeto nasce a partir da integração das diversas propostas que surgiram nas mesas temáticas, definindo sobre a criação de centros de observação que colaborem com a superação de deficiências presentes na região da Costa dos Corais, priorizando questões ligadas a educação, mercado de trabalho, turismo e ambiente. A palavra rede, em sua origem, remete à noção de junção de nós (amarração) que, interligados entre si, permitem a união, a permuta e a transformação. Observamos que a importância de uma Rede de Observatórios está diretamente relacionada à capacidade de favorecer: a circulação e a troca de informações; o compartilhamento de experiências; a colaboração em programas e projetos; o aprendizado coletivo; o fortalecimento dos laços entre as entidades públicas, privadas, organizações não governamentais, e a sociedade. Características estas, que são deficientesnosmunicípiosquecompõemaRegiãodaCostadosCorais. Observatório de educação e trabalho Propostas e Projetos JUSTIFICATIVA Observatório de ambiente REDE DE OBSERVATÓRIOS 70 Propostas e Projetos A partir disto, emerge a necessidade de realizar um centro de coleta, homogeneização e elaboração dos dados ambientais existentes, utilizando-os para estudos e pesquisas específicas, e que realize campanhas de monitoramento eficazes e contínuas. Esse centro, aqui denominado como Observatório, também tem como objetivo possibilitar a conexão da zona costeira à zona rural do território da Costa dos Corais. Por exemplo, o Centro de Dados Oceânicos de NOAA (USA), representa um local onde dados estão arquivados por imagem de satélite e derivados, além dos dados levantados em campo. Conectando-se a internet é possível ter acesso a estes arquivos e visualizá-los com vários programas de software padronizados. No relatório Rapport français d'application de la Recommandation du Parlement européen et du Conseil du 30 mai 2002 relative à la mise en œuvre d'une stratégie de gestion intégrée des zones côtières en Europe, estão evidenciados de que forma cada nível estratégico e de gestão, indicados na estratégia nacional, deve dispor de um observatório capaz de levantar e uniformizar uma escala dos dados e elaborar os indicadores necessários à gestão, ao controle e à avaliação. Estes observatórios devem desenvolver função de observação e informação, além de ser acessível ao público, às instâncias decisórias e de administração, e aos responsáveis pela avaliação. O Observatório está dividido em várias macroáreas, que apresentam diversos aspectos ambientais: - Ecologia marinha e terrestre; - Geomorfologia; - Recursos hídricos; - Mudanças climáticas; OBJETIVOS O principal objetivo do Observatório Ambiental é de ser um ponto de referência para todas as atividades ambientais que requerem o levantamento e a elaboração de dados, a pesquisa científica, a educação e a educação ambiental. O Observatório Ambiental é um espaço aberto, em constante diálogo com o território onde está inserido através da troca de conhecimento, da divulgação e difusão de informações, compartilhando objetivos e estratégias comuns de gestão, e a valorização do patrimônio natural. É uma estrutura de apoio e suporte para o desenvolvimento de consciência ambiental, que reforce o senso de pertencimento da comunidade ao próprio território. Todas as ações do território são fundamentais para sustentar e orientar políticas de gestão ambiental. AÇÕES E FASES PARA A CONSTITUIÇÃO DO OBSERVATÓRIO A seguir, são indicadas as ações prioritárias para a constituição do Observatório Ambiental: 1. Difusão do questionário para a identificação do grupo gestor do Observatório Ambiental; Esta ação, em paralelo com a realização do projeto “Geodatabase: mapeamento temático da Costa dos Corais”, prevê a identificação do grupo gestor do Observatório Ambiental através da distribuição de um questionário, para levantar a disponibilidade e a forma de participação de cada ator envolvido, as necessidades específicas de cada um, e a obtenção de todos os dados fundamentais, disponíveis no âmbito ambiental, para criar uma base de dados inicial. O questionário será entregue e explicado a diversos atores locais interessados em promover esta iniciativa. 1.1 Realização de um primeiro encontro com os atores envolvidos Depois de identificar a disponibilidade dos atores locais, é necessário realizar um primeiro encontro no qual se deve discutir os resultados do questionário, indicando os objetivos compartilhados e que permitam delinear uma estratégia comum para tornar operativo o comitê gestor e a atividade do observatório. 1.2 Identificação de uma sede operativa para o Observatório Ambiental Para a escolha da localização do observatório, existem duas possibilidades: a criação de uma sede para a realização das funções do observatório, ou a recuperação de espaços já existentes não utilizados atualmente. Considerando o elevado interesse ambiental que existe nos municípios de Barra de Santo Antônio e Passo de Camaragibe, a sede do observatório poderia ser implantada nestes municípios; 1.3 Estruturação da sede operativa Estruturação de salas e laboratórios de análises químicas, físicas e biológicas específicas para as quatro sessões do Observatório Ambiental; 1.4 Elaboração de um web site Esta fase tem por objetivo começar o processo de divulgação multimídia, que será constantemente atualizada sobre as atividades do observatório. Desta maneira, toda a comunidade poderá ter conhecimento e, assim, sentir-se participante dos programas e projetos. Análise Crítica O território da Costa dos Corais afronta fenômenos de erosão, poluição e degradação dos ecossistemas que são agravados pela ausência de um plano de monitoramento e controle ambiental que atue de maneira eficaz no território. Além disso, as atenções das autoridades e dos atores locais muitas vezes são focadas somente na zona costeira, deixando a zona rural, que também possui um representativo potencial natural, praticamente abandonada, sem proteção adequada e não valorizada. O Observatório Ambiental da Costa dos Corais possibilita a coordenação flexível e elástica de várias informações. Com a participação e formação de novos pesquisadores e profissionais, será possível somar os conhecimentos para a criação de uma nova metodologia aplicável a toda área. Os dados coletados podem ser disponibilizados para os pesquisadores através da internet, de forma sintetizada. O observatório também poderá realizar consultoria ambiental, seja para entes envolvidos como também para a comunidade local. Propostas e Projetos MOTIVAÇÃO Seminário Internacional Rede de observatórios: observatório ambiental da Costa dos Corais 71 Propostas e Projetos Rede de observatórios: observatório ambiental da Costa dos Corais 4.Programa de formação para técnicos e pesquisadores Tais setores desenvolverão as seguintes atividades: O Centro desenvolverá cursos de formação específicos para técnicos que realizarão atividades de avaliação dos impactos ambientais, identificação de potenciais pontos de poluição, seleção de técnicas e instrumentos de qualidade ambiental, gestão de recursos naturais além de desenvolver atividades de mitigação e recuperação. 1. Difusão de material informativo para os cidadãos 5. Programa de educação ambiental Esta ação tem caráter prioritário pela importância de informar aos munícipes da Costa dos Corais sobre esta nova estrutura, suas funções e finalidade. O envolvimento da comunidade local nas primeiras fases do projeto é necessário e fundamental para que se consiga a realização de todas as ações propostas a longo prazo pelo Observatório Ambiental. Esta ação tem por escopo a sensibilização dos turistas e capacitação da população sobre as potencialidades, problemáticas, oportunidades e ameaças do território no qual estão, com o envolvimento preferencial das escolas municipais e estaduais. Este processo pode ser executado através de aulas presenciais, laboratórios interativos, percursos ecológicos, saída de campo, mostras e palestras, implementando ações já efetuadas no Instituto do Meio Ambiente (IMA), e de ONGs como a Amigos da Terra e Água (ATA) e ARIBAMA. 2. Levantamento, elaboração e sistematização de dados Uma vez levantados, os dados deverão ser geridos, organizados, ‘standarizados’ e inseridos no geodatabase, de forma a disponibilizar uma leitura imediata e representativa do território. 6. Definição de um sistema de informação ambiental Este sistema de informação, na maneira do possível, deve ser disponível a todos aqueles que participam do processo decisório do funcionamento do observatório, servindo como suporte à gestão, monitoramento e conservação de áreas protegidas. Esta atividade prevê a organização de redes de monitoramento que possam identificar as lacunas de informações sobre o território decorrentes da falta de ponto suficientes de monitoramento. Tais atividades devem ser embasadas por análises químico-físicas e indicadores biológicos específicos para cada aspecto ambiental analisado. A partir da linha elaborada poderão ser estabelecidos os indicadores que podem aportar melhor informação sobre o estado do território e conservação de áreas protegidas. Havendo, entre outros critérios os custos de recolhimento e processamento de informação, se estabelecerá o tempo e frequência de tomada de dados e a metodologia de monitoramento a implementar, prevalecendo o critério de qualidade de informação. Quando for necessário, a metodologia deverá ser revisada e adaptada de acordo com as exigências de análise. Esta atividade prevê a organização de uma rede de monitoramento que poderá identificar lacunas de informações existentes com o aumento do número de pontos de monitoramento, tais atividades devem ser embasadas através de análises químico-físicas e de indicadores biológicos específicos para cada aspecto ambiental caracterizado. A partir desta estruturação será possível estabelecer os indicadores adequados para aportar novos dados sobre o território e a conservação de áreas naturais protegidas. Em seguida, define-se a frequência e a metodologia que será utilizada, prevalecendo o critério de qualidade de informação. Quando for necessário a metodologia deverá ser revisada e adaptada de acordo com as exigências de análise. RESULTADOS ESPERADOS Para a completa execução das atividades que garantam o funcionamento de todas as suas seções, o observatório ambiental necessita de um período entre oito a doze meses. As primeiras atividades podem ser realizadas sem que a sede física seja definida (seis meses). -Empenho entre os atores locais para a constituição do observatório (três meses); - Observatório fisicamente individualizado (seis meses); - Equipe técnica com dez membros (seis meses); - Página do observatório na web (três meses); - Publicaçãosemestraldeboletimdedivulgaçãodasatividadesdocentro; - Estratégia de monitoramento definida (três meses); - Dois programas de formação e educação ambiental ao ano - Mapa ambiental inserido no geodatabase (doze meses); - Organização de três seminários ao ano sendo um de caráter internacional. Seminário Internacional Esta ação acontece através de cursos de formação e sensibilização destinados a todos os atores que desenvolvem atividades de potencial impacto ambiental, como pescadores, proprietários de catamarãs e agricultores. Os cursos se concentram na descrição dos ecossistemas presentes no território, definição dos impactos antrópicos e problemáticas relacionadas, indicando boas práticas para a sua redução. 7. Monitoramento Arq. Gregory Delaune Análise Crítica O observatório, através de suas atividades de coordenação, integração e otimização das atividades ambientais, poderá ser estruturado com os seguintes setores: - Setor de planejamento e gestão: responsável por indicar diretrizes aos setores específicos; - Setor de desenvolvimento de estudos para proposta de projetos e ações no âmbito institucional; - Centro informativo estadual: o qual garante a integridade e acessibilidade dos dados científicos, promovendo a implementação e o funcionamento do banco de dados; - Setor técnico-operativo: encarregado de fazer o levantamento e o monitoramento das intervenções no território; - Centro de documentação e divulgação: que sintetize as informações levantadas e indique as ações presentes no território; 3. Promoção de percursos participativos com o fim de melhorar a eficiência do sistema ambiental 8. Coleta dos dados e inserimento no geodatabase As atividades de monitoramento devem ser efetuadas costantemente e os dados obtidos permitirão a atualização do sistema GIS que desta forma, além de ser representativo do momento também poderá ilustrar as mudanças mais amplas do território. 9. Difusão dos dados para a população Os dados e os resultados obtidos com o monitoramento, com a análise, com os cursos e de todas as outras atividades desenvolvidas pelo observatório serão divulgados e difundidos a toda a comunidade de forma a continuar com o processo de participação e sensibilização ambiental. 10. Seminário Propostas e Projetos ATIVIDADES DO OBSERVATÓRIO Organização de um seminário para discutir os primeiros resultados obtidos das atividades do Observatório. 72 Propostas e Projetos Rede de observatórios: observatório ambiental da Costa dos Corais A SEMARH desenvolve diversas atividades no território cumprindo seu papel de ente responsável pela gestão ambiental do Estado. Vale citar por exemplo o atual envolvimento com projetos e programas relacionados à gestão dos recursos hídricos do Litoral Norte. Por estas razões, este pode ser um ator fundamental na seção de recursos hídricos e de ecologia marinha para fornecer dados e informações de apoio que contribuam para a realização de projetos específicos, o que poderia contribuir da mesma forma nas atividades que atualmente desenvolvem na Costa dos Corais. As secretarias municipais realizam diferentes atividades no território de estudo ao aplicar as políticas ambientais de esferas de governo superiores e realizar atividades diversas aos projetos desenvolvidos em cada local, além disso, possuem um papel fundamental para a concretização das ações do observatório. Estes atores podem contribuir principalmente na difusão e divulgação dos dados, na organização de eventos, nas atividades de educação ambiental, no apoio técnico e de conhecimento da área. Pode-se considerar as Secretarias Municipais de Turismo e Meio Ambiente de Paripueira, de Turismo e Meio Ambiente de São Miguel dos Milagres e do Meio Ambiente de Maragogi como parceiros potenciais. SISBIOTA BRASIL é um programa nacional de financiamento voltado à ampliação da competência e do fomento à Pesquisa em Biodiversidade. Dentro da estrutura do Edital 2010, a primeira fase apresenta chamada pública orientada para o fomento à pesquisa em redes temáticas sendo a chamada 2 intitulada “Pesquisa em redes temáticas para ampliação do conhecimento sobre a biota, o papel funcional, uso e conservação da biodiversidade brasileira” interessante para a proposta do projeto piloto. Institutos O instituto milênio 2. Programa Petrobras Ambiental O IBAMA e o IMA são essenciais ao observatório por possuírem informações, dados e conhecimento de processos de fundamental importância na gestão e execução de políticas ambientais no território. Para o projeto, o IMA pode ser especialmente importante no desenvolvimento de atividades de monitoramento e educação ambiental. O ICMBio como órgão gestor da APA dos corais e como principal instituição federal responsável pela conservação de recursos naturais e biodiversidade é um importante ator que poderá coordenar e participar da gestão do observatório. Além disso, poder reforçar todas as ações do observatório através dos projetos que coordena como o projeto peixe-boi e o projeto de conservação de ecossistemas recifais. Apresenta-se como parceiro essencial nas pesquisas e nos cursos de formação do observatório, pois se trata de uma rede interinstitucional de pesquisa que opera em três campos específicos (geoquímica ambiental, dimensão humana e cenários de mudanças climáticas) com o objetivo de quantificar o transporte, transformações e destino de sedimentos, nutrientes, matéria orgânica e metais-traço do continente para o mar na costa brasileira e sua interação com as cadeias produtivas locais e processos naturais. Por meio de sua política de patrocínio ambiental, a Petrobras investe em iniciativas que visam a proteção ambiental e a difusão da consciência ecológica. O Programa Petrobras Ambiental periodicamente seleciona projetos para financiamento com temas relacionados ao desenvolvimento sustentável. Este ano o edital busca por propostas que contemplem iniciativas que contribuam para criar soluções e oferecer alternativas de potencial transformador que estejam em sinergia com políticas públicas, o tema principal é “Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”. Secretarias Técnicas ? A rede é formada das seguintes instituições de ensino: ? Universidade Federal do Ceará; ? Universidade Federal de Alagoas; ? Universidade Estadual de Santa Cruz; ? Universidade Estadual do Norte Fluminense; ? Universidade Federal Fluminense. 1. Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade SISBIOTA BRASIL Seminário Internacional FINANCIAMENTOS Análise Crítica Secretarias municipais Universidade Federal de Alagoas A Ufal representa um ator ativo na Costa dos Corais envolvido em pesquisas e programas que veem sendo aplicados ou que fundamentam outros projetos em atuação no território. A Ufal pode contribuir potencialmente nas atividades de iniciação científica do observatório, como também participar com apoio a realização de cursos de formação, ações de educação ambiental e organização de seminários. Associações Considera-se as associações ARIBAMA e ATA como importantes parceiros do projeto, pois estas desenvolvem diversas ações na área de estudo, como por exemplo: campanhas de educação ambiental com a comunidade local. Propostas e Projetos EXECUTORES E PARCEIROS 73 Propostas e Projetos Da análise ambiental foi constatado a importancia deste elemento natural que é definido como uma das barreiras de corais mais importantes do mundo, caracterizado por uma elevada diversidade de espécies coralíferas endêmicas de inestimável beleza cênica e de alto valor ecológico em termos de biodiversidade. Os fenômenos da baixa maré unidos à particular morfologia do fundo costeiro plano e pouco profundo formam piscinas naturais que representam um atrativo turístico único na costa. Esta condição física expõe os corais a perturbações externas que aumentam a vulnerabilidade do ecossistema e o risco de deterioramento da costa. A este quadro se acrescenta uma quase total falta de dados sobre a qualidade dos corais, as informações disponíveis são insuficientes e muitas vezes pouco detalhadas e de difícil acesso. Atualmente falta um mapeamento dos corais, um estudo sobre todos os estados ecológico e um programa de monitoramento ambiental específico de todas as suas características. Por todas essas razões a necessidade de aquisição de novos dados e informações sobre o estado ecológico dos corais e a ampla difusão capilar entre os atores e a comunidade local demanda ações urgentes para delinear estratégias de proteção, mitigação e valorização deste recurso natural fundamental a Costa dos Corais. OBJETIVOS Realizar um Centro de Coleta de Dados e Monitoramento da Qualidade dos Corais para preservação e valorização da biodiversidade costeira, atuar e gerir de modo sustentável os corais e as piscinas naturais, planejar ações de prevenção, sensibilizar a comunidade local e os turistas sobre a potencialidade de tais recursos e das problemáticas ambientais conexas. AÇÕES E FASES Ações a curto prazo 1. Registro fotográfico subaquático dos recifes Esta ação prevê o uso da fotografia subaquática para realizar um primeiro registro do estado dos corais, efetuado por um técnico já disponível. O tempo estimado para esta ação é de uma semana. O resultado será a base para iniciar a construção do mapa temático sobre a costa e o estado dos corais. 2. Registro fotográfico de satélite dos recifes Esta ação prevê o uso da fotografia de satélite para efetuar um mapeamento inicial dos corais ao longo da costa. O tempo estimado para esta ação é de uma semana. O resultado será a base para iniciar a construção dos mapas temáticos. 3. Estudo sobre e estado ecológico dos recifes Em paralelo à Ação 1 é necessário realizar um estudo específico sobre o estado ecológico dos recifes para avaliar a vitalidade dos corais ao longo da costa. A realização do estudo prevê as seguintes fases: todas as informações, com as quais será elaborado um mapa temático sobre localização, o valor ecológico dos corais e os pontos críticos ao longo da costa. Formação de equipe técnica e especializada Realizar um curso inicial intensivo para formar uma equipe técnica que possa classificar os corais, avaliar seu estado de qualidade ecológico, elaborar e gerir os dados coletados. Uma vez formada, a equipe terá o papel de gerir e realizar o estudo sobre o estado ecológico dos recifes. 4. Realização de um evento para a difusão das informações coletadas Coleta de dados em campo efetuada por: - Equipe de técnicos especializados com saídas em campo com barco e com realização de mergulho para catalogar e fotografar a barreira de corais. - Em paralelo, um grupo de educadores ambientais iniciará o trabalho com a comunidade local de pescadores envolvendo-os nas atividades de coleta em campo com dados “informais” que ao fim serão integrados aos mais técnicos. O envolvimento da comunidade local é fundamental para realização das ações do Centro que, dentre outros, tem como objetivo sensibilizar a comunidade sobre o valor dos recursos ambientais como forma de responsabilizá-los e aumentar a consciência coletiva, estimulando o sentimento de pertencimento ao território, também incentivando a participação ativa na proteção do patrimônio ambiental. Esta fase prevê a realização de uma exposição pública para apresentar à comunidade local os primeiros resultados obtidos pelo Centro e pelas ações do Observatório Ambiental sobre o território. A ideia é que a exposição seja organizada pelo Centro em colaboração com as escolas e a comunidade de pescadores que participaram da coleta de dados em campo. Nas escolas será organizado um concurso de desenho com o título “O meu mais belo coral”. O evento final deverá: - Criar painéis ilustrativos sobre atividades e objetivos do Centro e do Observatório Ambiental; - Organizar uma mostra fotográfica que ilustre o trabalho de coleta de dados em campo bem como o primeiro mapeamento dos corais, realizado por técnicos em colaboração com a comunidade de pescadores; - Divulgação dos resultados do concurso de desenhos das escolas participantes com uma pequena cerimônia final de premiação. Elaboração dos dados Os dados coletados serão analizados no laboratório da seção de “Ecologia Marinha e Terrestre” e em seguida será elaborado e sistematizado um sistema de geodatabase que permitirá integrar Análise Crítica O projeto piloto desenvolve ações específicas para criação de um Centro de Coleta de Dados e Monitoramento da Qualidade dos Corais que será parte da seção “Ecologia Marinha e Terrestre” do Observatório Ambiental. Nasce da necessidade urgente de coletar informações sobre o estado de qualidade ecológica dos corais, que representam o principal atrativo turístico da Costa dos Corais e que atualmente sofre ameaças de fenômenos naturais (variações de marés, temperatura, ondas, sedimentos, etc.) e de fenômenos antrópicos (presença turística não controlada, pesca, fenômeno de poluição difusa, etc.). O Centro realizará as seguintes atividades específicas: 1) Coleta, organização e integração dos dados sobre a qualidade ecológica dos recifes; 2) Monitoramento dos recifes; 3) Formação de equipe técnica e especializada; 4) Difusão de dados e organização de eventos; 5) Educação ambiental sobre os recifes. Divulgação - web Propostas e Projetos JUSTIFICATIVA Seminário Internacional Projeto Piloto: “Centro de coleta de dados e monitoramento da qualidade dos corais” 74 Propostas e Projetos Ações a médio prazo 1. Realização de uma rede de monitoramento de recifes Uma das funções principais do observatório será o monitoramento das condições ambientais dos recifes de corais. O monitoramento constante do estado ecológico dos corais é fundamental para orientar ações de prevenção e realizar intervenções pontuais e eficazes em caso de necessidade. Esta ação realizará uma rede de monitoramento dos recifes formada por boias oceânicas ancoradas no fundo, mediante bloco de cimento ou concreto com sensores de parâmetros múltiplos (abastecidos com um painel de energia solar) para a análise dos principais parâmetros das águas que influenciam diretamente os corais e a sua vitalidade como temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, e ph. Outro parâmetro importante a medir é a quantidade de hidrocarbonetos presente na água, derivado dos As estações de monitoramento devem ser localizadas na parte interna mais próxima às piscinas naturais. O monitoramento dos parâmetros físico-químicos da água será paralelo ao monitoramento biológico através da utilização de bioindicadores individualizados a partir de um estudo específico na área de levantamento. 2. Programas de formação para técnicos Depois do primeiro curso intensivo a breve prazo, o centro desenvolverá outros cursos de formação específicos para capacitar parte da equipe da seção “Ecologia Marinha e Terrestre” do observatório e a equipe técnica do centro, ampliando o conhecimento sobre a questão dos corais em laboratório e em pesquisa em campo. Considera-se também a realização de um curso específico de capacitação para guias ecológicos. Nesta fase, espera-se uma estreita colaboração com as universidades locais e internacionais na base técnica e de conhecimento na definição e realização dos cursos. 3. Educação ambiental sobre os recifes da Costa dos Corais Em colaboração com o IMA, o Centro desenvolverá novas atividades específicas realizadas nas escolas presentes no território, a comunidade local e com os turistas para difundir as atividades em ação e para desenvolver uma maior sensibilidade e responsabilidade ambiental no contexto territorial. As atividades consideram temáticas específicas entre elas: - O ecossistema da barreira de corais; - O valor ambiental dos corais; - A biodiversidade marinha; - A gestão sustentável dos recifes e da costa; - O turismo responsável; - A pesca tradicional na Costa do Corais, etc. E preveem por exemplo: Realização de percursos didáticos na escola: ex.: laboratórios interativos ao interno do centro, saídas de campo para observação dos corais, reconhecimento das espécies íctias através de escala apropriada de classificação, divulgação final com resultados das atividades, etc. Realização de atividade específica com os turistass: ex.: entrega de uma lista esquematizada para a classificação dos corais e espécies íctias aos mergulhadores como fonte de dados alternativos a integrar o monitoramento do centro etc. Organização de um ciclo de conferência e projeçõess relacionadas ao observatório ambiental dos quais participarão professores universitários, técnicos do centro, pescadores da comunidade, etc., para discutir as problemáticas e potencialidades dos recifes de corais, sobre desenvolvimento de ações futuras, sobre experiências internacionais de conservação, etc. Análise Crítica Esta ação prevê a organização de um seminário internacional para apresentar os resultados obtidos pelo Centro depois dos primeiros 6 meses de atividade na Costa de Corais. O seminário é um momento fundamental de confronto com a comunidade científica internacional, para avaliação das atividades realizadas e para definição de ações futuras, programadas e integradas a partir dos resultados do seminário. motores de embarcação. As sondagens de parâmetros múltiplos podem executar a análise da água em todas as horas e enviarão os resultados via modem diretamente ao centro de coleta Observatório Ambiental no qual serão processados e padronizados. Divulgação - web Propostas e Projetos 5.Realização de um Seminário Internacional sobre os recifes da Costa dos Corais Seminário Internacional Projeto Piloto: “Centro de coleta de dados e monitoramento da qualidade dos corais” 75 Propostas e Projetos RESULTADOS ESPERADOS FINANCIAMENTO O projeto piloto prevê o envolvimento de todos os atores que participam da criação e as atividades do Observatório Ambiental, e em particular com os seguintes atores locais: A seguir apresentam-se os principais resultados esperados do projeto piloto em ordem temporal: A seguir propõem-se algumas linhas de financiamento para a realização do centro de coleta de dados e monitoramento da qualidade dos corais. - Secretarias técnicas A SEMARH desenvolve e elabora planos e projeto sobre recursos hídricos e meio ambiente em todo o estado de Alagoas, por esta razão representa um ator fundamental no desenvolvimento do projeto piloto, pois pode fornecer dados e informações de apoio e contribuir para a realização dos estudos específicos sobre os corais. - Institutos O IRCO O, que trabalha pela manutenção da barreira de corais desenvolvendo projetos com os guias turísticos e com a comunidade local, também participa do Projeto Reef Check Brasil. O ICMBioo é um ator fundamental no projeto por ser o órgão gestor da APA dos Corais além de estar diretamente envolvido com projetos de conservação do território. - Universidade A Ufall é um ator fundamental para suportar e apoiar tecnicamente o projeto através de pesquisas e participação na execução de cursos de formação, de atividades de educação ambiental e na organização de seminários e convênios. A Ufal em parceria com UFPE, colaboraram para a realização de pesquisas na Costa dos Corais no Programa Reef Check Brasill , um programa de monitoramento dos recifes brasileiros, executado pelo Instituto Recifes Costeiros com apoio do MMA. Para o sucesso do projeto piloto será necessário reforçar esta colaboração interuniversitária e internacional de modo a favorecer o intercâmbio de informação e programar ações integradas que possam também ser inseridas no Programa Reef Check Brasil. - Construção de uma equipe técnica de pelo menos dois especialistas em reconhecimento de qualidade de corais e com licença para mergulho Prazo: 01 mês; - Realização de uma mostra fotográfica pública Prazo: 02 meses; - Realização de um mapa da localização dos corais na Costa dos Corais Prazo: 02 meses e 01 semana; - Publicação semestral de um boletim de divulgação das atividades do Centro; - Estudo sobre o estado ecológico dos recifes da Costa dos Corais Prazo: 12 meses; - Mapa do estado ecológico dos recifes da Costa dos Corais Prazo: 12 meses; - Publicação dos resultados relativos ao estudo sobre o estado ecológico dos recifes da Costa dos Corais Prazo: 12 meses; - Organização de três seminários ao ano (sendo 01 de caráter internacional); - Rede internacional de pesquisa instituída para a participação em editais, pesquisa, etc. Prazo: 18 meses; - Apresentação de uma proposta operativa para a proteção dos corais da Costa dos Corais Prazo: 18 meses. 1. Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade - SISBIOTA BRASIL SISBIOTA BRASIL é um programa nacional de financiamento voltado à ampliação da competência e do fomento à Pesquisa em Biodiversidade. A estrutura do edital de 2010 prevê uma primeira fase de chamada pública orientada para o fomento à pesquisa em redes temáticas. O edital será estruturado em três chamadas das quais a primeira – Sínteses e Lacunas do Conhecimento da Biodiversidade Brasileira – pode ser utilizada para o projeto, pois financia “propostas categorizadas por bioma, com objetivo de elaborar sínteses das informações disponíveis e lacunas sobre todos os grupos taxonômicos de vertebrados, invertebrados, plantas e microorganismos” (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico- DOCUMENTO BASE do Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade - SISBIOTA BRASIL). 2. Programa PETROBRAS ambiental Por meio de sua política de patrocínio ambiental, a Petrobras investe em iniciativas que visam a proteção ambiental e a difusão da consciência ecológica. O Programa Petrobras Ambiental periodicamente seleciona projetos para financiamento com temas relacionados ao desenvolvimento sustentável. Este ano o edital busca por propostas que contemplem iniciativas que contribuam para criar soluções e oferecer alternativas de potencial transformador que estejam em sinergia com políticas públicas, o tema principal é “Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”. Análise Crítica EXECUTORES E PARCEIROS Propostas e Projetos Divulgação - web Seminário Internacional Projeto Piloto: “Centro de coleta de dados e monitoramento da qualidade dos corais” 76 Propostas e Projetos AÇÕES RESULTADOS ESPERADOS A necessidade de conciliar uma agenda de crescimento econômico com o crescimento social é um desafio com o qual se depara a região da Costa dos Corais, notadamente quando se trata da relação entre a formação, inclusão social e o ingresso a um mercado de trabalho digno, que aflui para a realização profissional e pessoal evidenciando providencias promotoras de articulação e cooperação. A exigência de estabelecer vínculos entre as esferas públicas, privadas, organizações não governamentais e demais instituições que atuam na região, aliada a insuficiência de informações que permitem que a população fique à margem de espaços de discussão, reflexão e exposição de suas opiniões para interagir, cooperar e participar em programas e projetos que atenda às necessidades locais, importa no fortalecimento do exercício da atividade informativa, reconhecendo a necessidade de existir estruturas locais e regionais que proporcionem articulação, valorização, desenvolvimento do território e uma visão conjunta. -Diagnóstico da educação básica; -Identificação do perfil do desempregado e a duração do desemprego na região; -Database das empresas que operam no território (perfil do trabalhador); -Transparência na execução de programas e projetos; -Efeito positivo da capacitação nos salários; -Melhor rentabilidade por meio da capacitação nas empresas; -Atender às exigências dos consumidores de informação, gerando retorno financeiro para sustentar a atividade. EXECUTORES/PARCEIROS BOA PRÁTICA A proposta de implantar um observatório de educação e trabalho nasce da importância de existir estruturas locais que proporcionem o fortalecimento do empoderamento da sociedade e que sejam indutoras de articulação e cooperação para o desenvolvimento do conhecimento em formação profissional capaz de permitir que instituições e demais atores envolvidos obtenham ampla informação para análise, consulta e promovam um cambio dinâmico e assertivo permitindo a identificação de objetivos comuns. Assim, o observatório adquire o papel de disseminador do conhecimento em formação profissional e facilita a articulação enfatizando prioridades para a região, demonstrando transparência e confiabilidade. Um espaço de concentração dos trabalhos a ser implantado no município de Porto Calvo, no Campus Universitário - uma extensão da Universidade Federal de Alagoas - devendo estar equipado adequadamente para poder funcionar com uma estrutura de comunicação que facilite o acesso às informações em toda a região da Costa dos Corais, no Estado de Alagoas, no Brasil e no mundo. Um outro fator que favorece a implantação do observatório é que existe a possibilidade de realizar em curto prazo uma parceria entre o Estado de Alagoas e a Secretaria de Formação da Região de Emilia Romagna (Itália), na área de capacitação profissional, em particular no setor de hotelaria. OBJETIVO GERAL Desenvolver um modelo de valorização da informação que possibilite a sistematização e divulgação de dados concretos e atualizados geradores de integração, par ticipação e empoderamento entre os atores da região da Costa dos Corais, por meio da implantação de um observatório de educação e trabalho interligados com o observatório de turismo e meio ambiente, formando uma rede de observatórios. OBJETIVO ESPECÍFICOS -Sistematizar e divulgar o conhecimento existente para melhorar a elaboração de programas e projetos pela educação básica e técnica; -Fornecer informações atualizadas para melhorar a rentabilidade nas empresas; -Divulgar dados e fatos, para fortalecer o exercício da cidadania; -Favorecer a transição dos estudantes no mercado de trabalho; -Favorecer a interação entre entidades e a participação da comunidade na elaboração de programas e projetos. -Ufal - Universidade Federal de Alagoas - possibilidade de observatório no Campus Universitário a ser implantado em Porto Calvo; -Ifal- Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia – deve coordenar o CVT - Centro Vocacional Tecnológico em Maragogi; -Seplan - Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento, (APL Tecnologia da Informação - com finalidade de incrementar a economia digital); -SECTI - Secretaria de Ciência e Tecnologia - fomento à educação tecnológica; -SEE - Secretária de Estado da Educação e do Esporte - Educação do ensino médio; -Prefeituras e Secretarias de educação e trabalho municipais; -SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Formação de recursos humanos na área de informática; -SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Alagoas - ações direcionadas aos micros e pequenos empresários e empreendedores; -AHMAJA - Associação do trade turístico de Maragogi e Japaratinga - associação atuante na região. Rede de observatório - educação e trabalho Observatório de Educação no Campo – debate e formação de professores da área rural. Dados do Conselho de Desenvolvimento Social da Presidência da República, mostram que 50% dos 300.000 professores de educação básica que ensinam na área rural do Brasil, não tem formação superior, o que influi no rendimento dos alunos, que são obrigados a migrar para os centros urbanos (quando tem condições). 60 professores rurais realizaram o curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade de Brasília. Como levar uma educação de qualidade integrada no contexto em que vivem? Debater essa formação foi um tema importantíssimo, uma experiência do Observatório do Campo. Análise Crítica JUSTIFICATIVA Propostas e Projetos INTRODUÇÃO Seminário Internacional Rede de observatórios: observatório educação e trabalho 77 Propostas e Projetos INTRODUÇÃO AÇÕES PARCEIROS BOA PRÁTICA Um observatório de turismo atua como um núcleo de investigações, pesquisas e estudos. Disponibiliza e facilita o fornecimento de dados e informações, analisa e monitora o compor tamento/desenvolvimeto das atividades turísticas, acompanhando e avaliando seus impactos e resultados, formando um cenário de referências. Para tanto, é uma forma de continuar e fortalecer as possibilidade de manutenção e ampliação da rede de informações. Amplia ainda, o horizonte de análises e de reconhecimento concreto com a realidade, busca também, elementos para a reflexão sobre região da Costa dos Corais. A área de implantação do observatório do turismo poderá ser localizada no município de Maragogi, que representa o maior polo turístico, e ser classificado como um dos 65 destinos indutores. - Sistematizar o conhecimento existente; - Criar uma database da estrutura hoteleira existente na Costa dos Corais; - Identificar de um target turístico atual (perfil do turista: idade, proveniência, período de visita, tempo de permanência); - Analisar pessoal operante na estrutura turística (idade, nível de escolaridade, proveniência, salário médio); - Recolher e sistematizar programas de desenvolvimento turístico realizado e em desenvolvimento no território da Costa dos Corais; - Monitorar os fluxos turísticos que se interessam nos recursos que são mais vulneráveis (ex: fluxo turístico nas piscinas naturais); - Promover palestras e cursos para professores, agentes comunitários e demais lideranças; - Estimular e divulgar a produção de conhecimento; Administração pública federal Observatório do turismo da Cidade de São Paulo OBJETIVO GERAL Implantar um observatório sistematizado que disponibilize informações e dados atualizados sobre o turismo na região da Costa dos Corais, para identificar os impactos ocasionados pelo turismo e endereçar a política de desenvolvimento turístico Consolidação de um banco de dados turísticos, atualizados da região da Costa dos Corais; Conhecimento e reconhecimento dos impactos ocasionados pelo turismo; Organização de pelo menos dois cursos de formação ao ano, para operador turístico; Target turístico definido (também para microrregião) e ação específica identificadas; Ações de mitigação dos impactos dos produtos do turismo identificadas (ex: sugestão por regulação específica fluxo turístico nas piscinas naturais) - Setur – Secretaria de Estado do Turismo de Alagoas - Seplan/APL– Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento de Alagoas/Arranjo Produtivo Local. - Administração pública municipal SMT/FMP - Secretarias municipais de turismo/ Fundo de Participação Municipal Outros - Senac – Serviço Nacional do Comércio - Sebrae – Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas de Alagoas; - Coopeagro – Cooperativa de Agricultura - Aribama – Associação dos Ribeirinhos Amigos do Meio Ambiente FINANCIADORES Análise Crítica Sabe-se que o turismo é uma fonte geradora de renda e de empregos diretos e indiretos, interage significativamente com a sociedade, a cultura e o meio ambiente de uma região. Com isso, promove a evolução de uma atividade econômica que consequentemente desenvolve e poderá desenvolver mais impactos ambientais ( atividades degradantes) para o local. A insuficiência de informações e pesquisas relacionadas às atividades turísticas da região da Costa dos Corais, bem como a falta de dados, faz-se necessário a construção de um observatório do turismo, que por sua vez fornecerá e disponibilizará dados atualizados, além de incentivar a utilização desses dados para projetos e pesquisas, pode ainda, integrar ou articular, de forma participativa, a gestão pública e privada do setor turístico. RESULTADOS ESPERADOS Administração pública estadual É um núcleo criado pela São Paulo Turismo (SPTuris) que tem como objetivo analisar o comportamento do turismo paulistano, destacando seus impactos e resultados mais significantes. Entre suas atividades destacam-se: realização de pesquisas específicas da demanda turística nos megaeventos; acompanhamento periódico do desempenho de indicadores e atividades do turismo paulistano; acompanha e desenvolve pesquisas. MTUR/ Prodetur - Ministério do Turismo/Programa de Desenvolvimento do Turismo; Setur – Secretaria de Estado do Turismo de Alagoas Propostas e Projetos JUSTIFICATIVA - MTUR - Ministério do Turismo; - Prodetur - Programa de Desenvolvimento do Turismo; - PDITS - Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo sustentável. Seminário Internacional Rede de observatórios: observatório do turismo 78 Propostas e Projetos Fonte: divulgação web Para iniciar este eixo ordenador, propõe-se a utilização do SIG, que funcionaria como um sistema útil para complementar o trabalho de levantamento dos dados existentes e, assim, avançar com a proposta de soluções sustentáveis nos diversos campos de ação. De fato, a complexidade dos problemas presentes na área de estudo evidencia a necessidade de se utilizar ferramentas de análise não tradicionais, mas de tecnologia avançada. ? Permite identificar os espaços que se adaptaram para desenvolver-se como uma comunidade e as atividades que são realizadas nestes espaços. Pode-se monitorar as mudanças do território no tempo; ? Incentivar a comunidade a participar no esforço de melhoria urbana, proporcionando a forma de visualizar a informação que eles coletam na forma de mapas; ? A existência de softwares livres de boa qualidade permite a construção de um sistema de forma gratuita; ? É um sistema de fácil uso; ? Ajuda a encontrar as possíveis soluções para os problemas existentes no território. Assim, um Sistema de Informação Geográfica (SIG) é uma integração organizada de hardware, software e dados geográficos projetados para capturar, armazenar, manipular, analisar e exibir em todas as suas formas a informação geograficamente referenciada, a fim de resolver os problemas complexos de planejamento e gestão. A partir desta motivação geral identificou-se três principais áreas de estudo: turismo, ambiente e sistema de educação e mercado de trabalho, que serão objetos da rede de observatórios na costa dos corais. Para apoiar esta atividade será projetada uma plataforma SIG que define os protocolos para coleta de dados, métodos de integração SIG e regras específicas que serão utilizadas por cada observatório para organizar a informação coletada. A utilização do SIG é pertinente porque: OBJETIVO GERAL ? Permite compilar e manipular grande quantidade de informações espaciais da região de forma rápida e eficaz; ? Permite obter uma leitura clara e atual do território; Geodatabase + Rede de Observatórios CONSTRUÇÃO: OBSERVATÓRIOS E GEODATABASE 1.)Ações Motivadoras 2.) Questionário 3a.) Construção plataforma SIG OBJETIVO ESPECÍFICO ATIVIDADES: OBSERVATÓRIOS E GEODATABASE Tratamento dos Dados Coleta dos Dados Georreferenciamento Geodatabase 3b.) Construção dos Observatórios Gerenciar os recursos da região através de uma leitura orgânica do território, mediante a compilação de dados relativos a diferentes âmbitos de estudo, e, a partir dos dados levantados, identificar suas forças e fragilidades para um desenvolvimento sustentável da região. Divulgação Formação / capacitação técnica Obter leituras de dados setoriais integrados, permitindo considerar os efeitos combinados das dinâmicas em curso no domínio como: a influência da ocupação do uso do solo, as problemáticas ambientais, as relações entre os fluxos turísticos e outras atividades econômicas, assim como a relação entre o uso da terra e da renda média da população. AÇÕES E FASES A partir deste objetivo, a metodologia necessária para criação de um geodatabase prevê as seguintes fases: estabelecer quais dados são necessários para a posterior criação de mapas temáticos; destacar pontos, trajetos e áreas de interesse através da tecnologia GPS, inserção de dados relevantes em um sistema georeferrenciado; organizar e classificar os dados através da criação de camadas e tabelas; cruzar as informações encontradas e exibir os resultados no mapa territorial. ETAPA 0: Dados necessários e criação de mapa informal da Costa dos Corais (3 mesi) Esta fase inclui a elaboração de um questionário destinado a instituições de pesquisa, órgãos públicos, ONGs, agências de desenvolvimento, para reconstruir o quadro dos dados disponíveis e convidá-los para compartilhamento. Além disso, os questionários serão orientados para identificar parceiros para a construção da rede de observatórios. Ao mesmo tempo será promovida uma ação de envolvimento dos cidadãos a fim de construir um mapa informal da costa dos corais. Esta atividade será desenvolvida visando um concurso entre a população para a foto (ou desenho) do lugar mais bonito, a história ou a lenda mais interessante, o animal ou vegetal mais diferente ou estranho. Os resultados do concurso poderão ser divulgados em um evento público no qual será apresentado o mapa SIG de todas as informações coletadas. Esta iniciativa, por um lado, possue um valor de divulgação e de ilustração das potencialidades do SIG, por outro, demonstra o escopo de envolver a comunidade no processo de conhecimento, permitindo a descoberta de elementos, recursos e valores locais que não estão incluídos nos âmbitos acadêmicos e científicos. Portanto, as ações desta fase são: -Elaboração do questionário; -Aplicação do questionário: este não será simplesmente enviado, mas será entregue a cada pessoa e explicado aos interlocutores escolhidos, sucessivamente (depois de cerca de 15 dias) se passará para recolhê-lo e eventualmente se completará no próprio local; -Mapa informal da Costa dos Corais. Análise Crítica A partir das mesas temáticas percebeu-se a necessidade de realização de alguns estudos, mapas e reconhecimentos do território. Este trabalho de mapeamento em vez de proceder a pesquisas e investigações isoladas e desconectadas uma das outras, poderia ser organizado através de um Sistema de Informação Geográfica (SIG ou GIS), com o objetivo de chegar a um Geodatabase da Costa dos Corais. Assim, um SIG oferece uma ajuda importante para a leitura e compreensão do território, permitindo a fácil gestão de dados e imediata representação geográfica no mapa. Um exemplo poderia ser evidenciar o patrimônio natural, permitindo a definição de seu sistema composto de vários elementos, relacionando-o, de forma adequada, com atividade turística. Além disso, podem-se identificar assentamentos e cadeias produtivas informais presentes no território, relacionando cada uma das suas características. Tudo isso, constitui a base de levantamento de informações que tem sido feito na área, através do observatório, cuja compreensão precisa depende do nível e da quantidade de informação que pode ser cruzada com o mapa territorial. Divulgação - web Propostas e Projetos MOTIVAÇÃO Seminário Internacional Geodatabase: Mapeamento Temático da Costa dos Corais Monitoramento contínuo 79 Propostas e Projetos Fonte: divulgação web Divulgação - web ETAPA 2: Técnica-operativa Para o desenvolvimento da parte operativa com o sistema SIG, se utilizará o modelo raster que subdivide de maneira regular o espaço, alcançando elementos espaciais simples que permitem a análise num nível mais detalhado em capas de informação individualizada. Os critérios estão formados pelas capas de informação individualizada que representam os indicadores, que unidas através de uma regra de decisão formam uma capa intermediária. Por sua vez, cada uma destas capas, através de outra regra de decisão, formam a capa final ou mapa síntese. Para as restrições dos critérios, se podem utilizar capas tipo máscaras, que funcionem como limitantes no processo. A operação técnica se estrutura com os seguintes passos: ETAPA 3: Gestão do sistema ? Georreferenciamento: após a fase de levantamento, transferem-se automaticamente os dados dos instrumentos móveis (GPS) para o software SIG (software gratuito Quantum SIG http://www.qgis.org) e desta forma, obtém-se o georreferenciamento dos elementos levantados pelo sistema de coordenadas internacional. Outros dados descritivos pesquisados são introduzidos nas tabelas correspondentes. Estas duas ações constituem a base de dados do trabalho. Os vários mapas derivados do sistema GIS poderão ser trabalhados de forma integrada, cruzando as informações e elaborando indicadores complexos que caracterizarão os diferentes aspectos territoriais. Deste modo, será possível obter uma leitura imediata e visivelmente eficaz da potencialidade e dos pontos críticos presentes. Além disso, esta metodologia, que se desenvolve em paralelo com um plano de monitoramento eficaz e contínuo, permite uma maior velocidade e facilidade na atualização dos dados levando a um resultado final representativo, não só da situação atual, mas também das mudanças que poderão ocorrer no território. Estas informações devem ser difundidas e compartilhadas, seja com os orgãos competentes seja com a comunidade em geral, permitindo uma maior acessibilidade aos dados, através da prestação simplificada e de fácil utilização. ? Construção de capas intermediárias: inserção dos dados tomados no terreno, em mapas existentes da área de estudo, através de um software que contenha a Avaliação Multicritério. (exemplo: IDRISI). ? Superposição de mapas: através do emprego do modelo raster, dando como resultado um mapa síntese (capa final), se permite a atualização constante do sistema, no qual ajudará a analisar de maneira espacial a realidade da zona. A este ponto, a metodologia poderá ser transferida aos responsáveis pelo Observatório para iniciar a atividade de alimentação dos dados coletados por cada um deles. Ao término desta fase serão disponíveis os primeiros mapas integrados dos dados provenientes do Observatório. A gestão do sistema se articula em diversas ações: ? Análises de dados; ? Atualização do sistema; ? Difusão da informação e participação. RESULTADOS ESPERADOS ? Mapa informal da Costa dos Corais concluído após três meses do início da atividade; ? Formação de 10 pesquisadores para o uso da tecnologia GPSSIG, entre os primeiros meses do início das atividades; ? Protocolo de coleta dos dados e metodologia de georreferenciamento definidos entre os seis primeiros meses; ? Versão preliminar do geodatabase da Costa dos Corais pronta em seis meses; ? Versão definitiva do geodatabase com inclusão dos dados provenientes dos levantamentos do Observatório (12 meses). Executores e parceiros O principal parceiro que pode acompanhar o projeto pode ser a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia que dispõe da competência específica e já tem promovido iniciativas de difusão de inovações tecológicas no estado de Alagoas, como a “Cidade Digital” que inclui Maceió e cinco outras cidades do interior. O Sebrae e o Senac podem participar inserindo a metodologia dentro dos cursos de formação de informática que atualmente ocorrem no território. Análise Crítica Para o levantamento dos dados se sugere o emprego de um sistema de posicionamento que nos dá as coordenadas de um lugar a partir de um receptor de sinais emitidos por satélite ou seja a tecnologia GPS, por este permitir levantar pontos, rotas e áreas significativas. Para cada elemento, o instrumento registra o posicionamento (coordenadas geográficas); outros dados descritivos são registrados manualmente. Estas informações podem ser de natureza diferentes (datas, descrições, imagens, anotações pessoais, entre outras). ? Para dar maior eficácia a campanha de coleta de dados, será oportuno formar uma série de pessoas capazes de utilizar o GPS no campo e, posteriormente, transferir e organizar os dados através do SIG. Portanto, as ações específicas relativas a esta fase são as seguintes: ? Definição da modalidade de coleta de dados e seus instrumentos; ? Formação da equipe para a coleta dos dados; ? Inclusão da ferramenta SIG em curso de aprendizagem de informática (ex. SENAC) e a criação de cursos especiais desenvolvidos, por exemplo, pelo Observatório Ambiental. Propostas e Projetos ETAPA 1: Metodologia coleta de dados e Formação da equipe para a coleta dos dados Seminário Internacional Geodatabase: Mapeamento Temático da Costa dos Corais 80 Propostas e Projetos INTRODUÇÃO MOTIVAÇÃO/JUSTIFICATIVA OBJETIVOS PRESSUPOSTOS A forma da ocupação da Costa dos Corais é um reflexo genuíno da carência de planejamento territorial e visão estratégica, não somente de cada município, mas de toda a região. Uma vez que muitas das ações em execução no território não possuem um instrumento que as “focalize” à um cenário vindouro, estas se tornam paliativas e pouco eficazes, pois remediam problemáticas que provém de longa data ou situações emergenciais, e não completam uma visão comum. Quando os atores locais se unem para trabalhar juntos para o desenvolvimento do território, têm necessidade de um nível político de planejamento que os dê suporte. Este nível de planejamento deve ser consciente da responsabilidade de romper com a inércia da ordem precedente e regras existentes, que se revelam ineficazes, no governo das dinâmicas em andamento no território. Portanto, é preciso planejar para administrar e guiar as transformações para uma visão comum para o território da Costa dos Corais. A articulação desse conjunto de âmbitos de ordenamento territorial pode se estabelecer a partir deste plano, que seja a expressão de um projeto de desenvolvimento com estratégia territorial definida pela sociedade da Costa dos Corais. Daí a necessidade da elaboração participada, possibilitando, assim, dirimir conflitos de interesse e imprimir uma trajetória convergente para o uso harmonioso do território em consonância com os objetivos do desenvolvimento sustentável que esta região almeja. O pretexto principal desta proposta é dar forma espacial ao conceito de integração territorial presente na intitulação da Costa dos Corais que, por hora, corresponde apenas a posição geográfica dos sujeitos em questão. Esta estratégia de integraçãoo parte do suposto que cada município individualmente possui pouca expressão política e recursos financeiros para a implantação de infraestrutura, como também para proporcionar sensíveis mudanças socioeconômicas, porém somadas as forças e oportunidades presentes no território através da associação entre os municípios, facilita-se a obtenção de benfeitorias e o instrumento apresentado é proposto a fim de formalizar o acordo pactuado pelo “Compromisso pelo Desenvolvimento”. Elaborar, de forma participada, um instrumento técnico-político de coordenaçãoo das transformações territoriais através da indicação de parâmetros/regras básicas para a consolidação de uma visão comum m para a região da Costa dos Corais, a partir da identificação da vocaçãoo prevalente em cada município para reforçá-las e potencializá-las, além de propiciar a reflexão sobre o seu desenvolvimento futuro e indicar a direção mais conveniente a seguir, evitando a concorrênciaa entre os municípios, e proporcionando a competitividade do território. Para isto, é necessário que este instrumento supere os limites políticoss dos municípios integrantes da Costa dos Corais, e considere fundamentalmente as características ambientais e econômicas. É valido ressaltar que este instrumento deve ser capaz de, além de orientar o desenvolvimento da ocupação do território de acordo com as diretrizes do Plano de Desenvolvimento do Nordeste (PDNE), tem como premissa compatibilizar de forma mais eficaz a sobreposição dos projetos provenientes de vários setoress (por exemplo: Plano de Desenvolvimento Turístico, Zoneamento socioeconômico, Plano de Manejo da APA Costa dos Corais), a fim de viabilizar que as intervenções sejam mais eficazes no território. A elaboração deste plano é diretamente ligada aos projetos: Redes de Observatórios e Pacto para o Desenvolvimento Local da Costa dos Corais. O primeiro fornecerá informações fundamentais para a formulação de estudos específicos que subsidiarão a tomada de decisões na constituição do plano e posteriormente, poderá monitorar a aplicação e eficácia do mesmo. Dimensão do Plano de Coordenação Territorial - Manutenção da diversidade territorial, especialmente nos aspectos culturais e ambientais, itens que constituem uma das riquezas e potencialidades do território; - O aspecto regional do Plano deverá combinar as prioridades sociais e de realização de investimentos em infraestrutura, de modo que a distribuição seja homogênea a fim de reduzir as desigualdades entre as regiões e também as disparidades dentro delas; - As políticas adotadas pelo Plano devem ser baseadas no princípio de que o mercado não pode ser o único determinante do Ordenamento Territorial porque promove a concentração econômica, e dessa forma, acirra as desigualdades sociais; - Elaborar estudos técnicos específicos, como, por exemplo, o Projeto Piloto “Avaliação e Mitigação de Vulnerabilidade do território para o planejamento da Costa dos Corais”, descrito no próximo capítulo, o qual pode subsidiar as diretrizes apresentadas pelo plano. Duração e efeitos do PCT - O Plano de Coordenação Territorial tem vigor por tempo indeterminado; - Todos os municípios cujo território esteja compreendido, em parte ou todo, no plano de coordenação do território, deverão compatibilizar seu Plano Diretor Municipal de acordo com o PCT. Análise Crítica Conceitos fundamentais para o escopo do Plano Propostas e Projetos Fonte: divulgação web O PCT deve englobar as circuncisões de todos os municípios que tenham o seu desenvolvimento ligado, de modo a elucidar que determinadas ações - indicadas à modificação e à evolução do edificado, à sistematização da viabilidade, à implantação de infraestrutura ou transformação dos serviços de transporte ou de outros serviços públicos adotados em comum - influenciam diretamente sobre os outros e podem dar lugar a melhorias, ou agravamento, das condições econômicas, higiênico-sanitárias, estéticas ou de tráfego de toda a zona à qual o plano se refere. Seminário Internacional PTC : Plano Territorial de Coordenação da Região Costa dos Corais 81 Propostas e Projetos A paisagem pode se tornar ainda mais interessante a partir da disciplinarização das atividades de ocupação do solo, assim como pode ser irreparavelmente deturpada a partir do corte de árvores, da construção de forma não apropriada ao ambiente, da construção mal disposta, de instalações industriais ou ferroviárias que não levem em conta a necessidade de deixar inalteradas algumas características da zona. Melhorias no sistema rodoviário FASES DO PLANO O princípio do macrozoneamento deve aplicar-se também em nível territorial (região), através de um esquema que determine o uso a cada uma das partes do território, uso este que pode ser conferido a partir de características especificas, posição geográfica e relações com outras localidades (zonas agrícolas, industriais, residenciais, etc.) e que também assegurem uma reserva de espaços livres, tendo a preocupação não somente com necessidades atuais mas também com o futuro. Através deste ponto de vista, o pré-zoneamento representa o único meio para evitar que terrenos particularmente adaptados para a implantação de parques, zonas de recreação e equipamentos públicos, sejam irremediavelmente deturpados por construções anteriores à efetiva especificação do uso da superfície. Esse instrumento também constitui um meio de aumentar as atrações turísticas no entorno dos centros urbanos mais importantes. Ordenar o território exige, obrigatoriamente, considerar alternativas de usos possíveis e aceitáveis. Eleger os usos mais adequados exige, por outro lado, o conhecimento dos agentes públicos e privados que atuam em um dado território, seus interesses e suas práticas de ocupação. O processo de como elaborar este plano é a finitude do território, conforme se entenda território como espaço qualificado e dotado de recursos naturais ou de infraestrutura, com mais ou menos valor de uso e troca. Valem, portanto, os princípios de escassez – no estabelecimento desses valores, e da equidade – na definição das alternativas e usos recomendados (SANTOS, 2006). Para isto, apresentam-se algumas diretrizes que pressupõem o processo de elaboraçãoo e que apresentam vínculos que já condicionam as alternativas de ações possíveiss: O macrozoneamento não exime o zoneamento a ser realizado por cada município quando da elaboração do seu Plano Diretor Municipall . Plano de trabalho É necessário examinar a possibilidade de repartir o tráfego sobre as diversas rodovias, algumas reservadas a meios leves e velozes, outras destinadas à veículos de carga e lentos, ou àqueles que fazem serviços locais, levando estas modificações a introduzir as cidades de menor expressividade através da estrada de grande comunicação, prevendo a criação de novas artérias de conexão que facilitarão a mobilidade entre o centro urbano e os outros centros menores. Economia na implantação e no funcionamento de serviços públicos Coordenação das iniciativas e procedimentos voltados a garantir a sistematização e o desenvolvimento dos núcleos habitados existentes no território que é bastante extenso, permitindo a qualquer administração suprimir determinadas demandas (abastecimento de água, sistema de esgotamento sanitário, comunicação viária entre os municípios e suas comunidades rurais, etc.) com um gasto menor. Além de poder evitar inconvenientes particularmente graves no funcionamento de alguns serviços públicos. O Plano de Trabalho descreve o teor e o processo de elaboração do PCT, conteúdo deste documento, no qual é apresentada a sequência de atividades a serem desenvolvidas e a metodologia de trabalho adotada, atribuição de responsabilidades, estratégias para a obtenção de dados, bem como as formas de participação popular. Na fase preparatória à elaboração do Plano, sugere-se que a primeira atividade do Grupo Gestor, coordenador do processo, seja a constituição da equipe técnica responsávell pela condução e pela articulação do processo de formulação do plano, e também que a elaboração do mesmo aconteça dentro de um mandato político (04 anos), a fim de garantir sua finalização. Fonte: divulgação web Elaboração: As etapas de elaboraçãoo do Plano não são rígidas e cronológicas, em algumas situações, pode-se modificá-las ou adaptá-las, conforme a necessidade, o nível de organização e interação técnicos/atores locais e o contexto no qual se desenvolvem. 1. Levantamento dos projetoss existentes para o território, através de contato direto com as instituições responsáveis e municípios; 2. Individualizar dados primários e secundárioss a fim de subsidiar a análise diagnóstica do território. Sistematizar as informações: ordenar as informações obtidas sobre um mesmo tema e estabelecer as relações horizontais e verticais entre elas. Complementar as informações com consultas diretas e levantamentos de dados primários, por meio de metodologias participativas e adequadas a cada tipo de informação requerida; 3. Deslocamento aos municípioss que compõem o território de forma que a equipe possa manter contatos locais, com pessoaschave, formação de parcerias e envolvimento de colaboradores eventuais. Nesse percurso a equipe já poderá identificar: I) os diferentes tipos de atividades produtivas; II) identificar os condicionantes socioambientais mais evidentes; e III) levantar as primeiras hipóteses considerando as primeiras impressões das potencialidades e limitações no território; 4. Estabelecimento da visão de futuro,, pois representa uma primeira reflexão sobre a transformação da realidade que ajudará a orientar o que se deve aprofundar no diagnóstico para a definição mais segura das diretrizes (eixos de desenvolvimento) e das estratégias (linhas de ação). 5. Reflexão crítica sobre a realidadee , com base em tudo que se obteve nas etapas anteriores e no conhecimento dos atores envolvidos, identifica-se as potencialidades, as limitações e as relações causa/efeito no contexto histórico dado; 6. Formulação do diagnóstico críticoo com as informações devidamente analisadas, apontando as potencialidades e limitações do território estudado; 7. Socialização das informaçõess, a todos que, direta ou indiretamente participam do processo, transmitindo-as por meio de métodos variados e técnicas, que garantam a igualdade de oportunidades entre homens, mulheres e jovens, para prosseguir com a reflexão sobre a realidade e propostas de mudanças; Análise Crítica Tutela da paisagem e do meio ambiente Macrozoneamento/Linhas guias 8. Com o uso de ferramentas apropriadass que permitam a participação ativa e dialógica dos atores sociais, deflagra-se a fase da planificação com a rediscussão e o aprofundamento das diretrizess (eixos de desenvolvimento) e as respectivas linhas de ação; 9. Da mesma forma, a partir das linhas de açãoo, se discutem os principais fundamentos para elaboração dos projetos específicos; 10. O Grupo Gestor em plenária,, com a participação de todos os atores envolvidos legitimam as ações previstas; 11. Ajustes e redação final do PCT. Propostas e Projetos EXIGÊNCIAS: Seminário Internacional PTC : Plano Territorial de Coordenação da Região Costa dos Corais 82 Propostas e Projetos Implementação do Plano O Plano representa uma importante obrigação moral, mas em muitos casos isso não basta para atuar com perfeita colaboração entre as várias administrações municipais na fase executiva, inegavelmente a mais delicada. Para o bom andamento da execução do plano, é necessário que todos os municípios envolvidos no processo, conscientes dos efeitos do não cumprimento das obrigações previstas pelo plano sobre si mesmos e sobre os outros, possam a atuar como vigilantes da correta realização por todas as partes abraçadas. Com isso fica evidente a responsabilidade do Grupo Gestor (vide projeto “Compromisso pelo Desenvolvimento”) de controlar a perfeita compatibilização dos Planos Diretores Municipais com o de Coordenação Territorial, acompanhar a execução do mesmo, tanto para obras de competência de cada autoridade local quanto para as que dependem/envolvem, a partir do acordo, outras partes interessadas. Com a aprovação do Plano, a implementação do mesmo acontece a partir da elaboração de planos municipais específicos, que devem considerar as diretrizes indicadas pelo Plano de Coordenação Territorial. Além do Plano, sugere-se a criação de outros instrumentos que auxiliem na execução do mesmo, são eles: Sistema Informativo Territorial Este instrumento é baseado no projeto “Geodatabase Territorial” e tem como fim: - Disponibilizar as informações sobre o território a todos sujeitos operantes no território, caracterizando a base daquilo que se tornará um moderno sistema de monitoramento da evolução territorial. O objetivo é condicionar: - as instituições e trabalhar sobre dados comuns e ‘standarizados’, mantendo sua autonomia; - as instituições a relacionar-se com outros entes e entre si; - os cidadãos de usufruir de informações e serviços em modo simplificado e direto com suas necessidades; - as empresas para utilizarem dados no âmbito de seus próprios processos. Monitoramento e Avaliação O monitoramento e a avaliação do Plano acontecem de forma interminável, uma vez que o Plano não se configura em um instrumento estático e rígido, devendo ser avaliado constantemente, a fim de corrigir-se e adaptar-se a novas dinâmicas que emergem ao longo do processo de ocupação território. Divulgação - web CONTEÚDO DO PLANO O Plano de Coordenação do Território será apresentado através de documento legal, composto das seguintes partes: Parte 01 - Identificação dos valores e vocações territoriais A primeira estratégia a ser adotada é o início das atividade de elaboração do plano a partir do levantamento das vocações territoriais presentes em subaspectos do território, hierarquizando e identificando as atividades que prevalecem, além de identificar as áreas com valor ambiental que necessitam ser preservadas. Segue sugestão de algumas das fontes importantes para consulta: Anuários Estatísticos do IBGE e dos estados; Sistema de Informações Territoriais – SIT em elaboração pela SDT; Sistema de Informações Geográficas – SIG, disponíveis nos estados; Sistema Nacional de Informação Ambiental (SINIMA) – MMA; estudos da FAO/Incra sobre Sistemas Produtivos da Agricultura Familiar em várias regiões do Brasil; estudos da EMBRAPA; Plano de Governo Estadual; Atas de reuniões dos Conselhos municipais (Desenvolvimento Rural, Educação, Saúde entre outros); Planos de Desenvolvimento dos Assentamentos – PDAs; Planos de Consolidação de Assentamentos – PCAs; Relatórios do Sipra/Incra; programas, federal e/ou estadual, de desenvolvimento (regional, de bacias hidrográficas, setoriais etc) relacionados ao território em estudo; publicações, mapas e estudos diversos sobre a região de interesse. De modo geral, na identificação das vocações territoriais, apresentam-se também a avaliação, a situação atual do território referente à sua localização e contextualização regional, aspectos físico-ambientais, territoriais, de infraestrutura, socioculturais, econômicos e institucionais. Este levantamento é importante e permite o embasamento da definição das linhas estratégicas do plano. Parte 02 - Disciplina Transitória (medidas de proteção) A disciplina transitória tem a função de regular a realização das intervenções permitidas até a adequação dos Planos Diretores Municipais ao Plano de Coordenação Territorial, conciliando reais expectativas com a exigência de garantir a tutela do território através da aplicação das disposições do PTC: a. Previsão de normas de proteção do território, aplicáveis no tempo de adequação dos planos municipais ao plano de coordenação; b. Individualização e mapeamento dos bens que devem ser protegidos para a preservação de seu valor ecológico-ambiental. Nesta fase, recomenda-se a elaboração do Projeto Piloto “Avaliação e Mitigação da Vulnerabilidade do Território para o Planejamento da Costa dos Corais”. Parte 03 - Diretrizes e Proposições A função primordial deste produto é descrever os eixos de desenvolvimento e dar as diretrizess de desenvolvimento do município, propor a instrumentalização de ordenação de uso e ocupação do solo e definir as ações estruturais das diversas temáticas. Estas definições formam a base do Plano de Coordenação do Território e serão transformadas em Leis Ordinárias ou Decretos (a compor a terceira parte – Legislação Básica). Dentro deste produto deverá constar a cartografiaa básica que contém todos os mapas e tabelas que reproduzem as diversas áreas da região, propostos em diversas escalas, além dos mapas temáticos realizados para ilustrar as propostas estratégicas do Plano. Aconselha-se, como escopo mínimo: Sistema de circulação Alinhamento das estradas mais importantes, tanto as já construídas quanto as previstas; Análise Crítica Após a finalização da redação do documento final do plano, constituído de quatro partes fundamentais, descritas no capítulo “Conteúdo do Plano”, este documento deverá ser aprovado e concordado entre as partes envolvidas através de Assembleia Pública. O web site “Costa dos Corais Território” Nele constarão informações geográficas e ortofotográficas, permitindo a consulta dos instrumentos de planejamento, em nível estadual e municipal, representando também uma das ações de conhecimento do território. Além disso, são acessíveis instrumentos geográficos e informativos de diversas complexidades, os quais se destinam a simplificar a circulação e a troca de know-how e de recursos/informações entre os atores locais, instituições públicas e privadas. Propostas e Projetos Aprovação do Plano Seminário Internacional PTC : Plano Territorial de Coordenação da Região Costa dos Corais 83 Propostas e Projetos PTC : Plano Territorial de Coordenação da Região Costa dos Corais Parte 04 - Legislação Básica A legislação básica constitui os instrumentos legais que ativam o Plano, e ainda endereçam as diretrizes para que os aspectos evidenciados nos mapas temáticos componentes do produto “Diretrizes e Proposições” possam ser concretizados. É também através das normativas que são atribuídos os deveres e direitos de cada município componente da área de atuação do Plano de Coordenação do Território. 4. APROVAÇÃO 5. IMPLEMENTAÇÃO Parte 05 - Plano de ações e investimentos A definição do Plano de Ação e Investimentos é resultado das discussões de ações necessárias para a concretização da estratégia do PCT, registrado nas Diretrizes e Proposições. No processo de planejamento e definição da estratégia territorial devem ser definidas prazos para implementação de ações/obras fundamentais que formalizem o Plano, quais sejam: imediato, curto, médio e longo prazo. 10 anos 4 anos 3 anos 6. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EXECUTOR/PARCEIROS Identifica-se como um grande parceiro na elaboração do Plano de Coordenação do Território o APL Costa dos Corais, que é um sujeito que pode acompanhar tal processo, movendo-se entre diversos níveis institucionais e da sociedade civil, tendo capacidade de: mediação entre diversos sujeitos ativos no território; de diálogo com diversas instituições e associações de categoria, e também de propor soluções a problemas pontuais, porém não sustenta uma visão complexa e de longo prazo. Além disso, a forma como está estruturado atualmente, ao interno de uma política de estruturação econômica e não sendo sujeito jurídico, não possui instrumentos operativos adequados e recursos humanos necessários para modificar seu perfil de articulador para executor neste processo. Outros parceiros fundamentais no processo de levantamento de dados, discussão e troca de experiências, são, inicialmente: a Instituição Brasileira de Administração Municipal (IBAM) e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Em relação às ferramentas inovadoras para a elaboração de projetos de desenvolvimento de longo prazo, foi identificado o “Cidades 2030”, que é um modelo metodológico que pode ser adotado por qualquer cidade brasileira e que busca incluir no planejamento dos municípios a criação de espaços urbanos que atraiam, retenham e desenvolvam pessoas, empresas e investimentos focados na inovação. - Desenvolvimento regional e socioambiental; Seminário Internacional 3. ELABORAÇÃO DO PLANO No que diz respeito a recursos financeiros que podem ser disponibilizado para a elaboração do Plano, foram identificados: o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) operado pelo Banco do Nordeste; o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) e o Fundo de Desenvolvimento Regional do Nordeste (FDRNE), além do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), que dispõe de uma linha de financiamento voltada ao apoio da formulação e a implantação de programas de desenvolvimento integrado dos estados brasileiros e do Distrito Federal; Vale ressaltar que, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) é um instrumento de política pública federal operado pelo Banco do Nordeste que objetiva “contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste, através da execução de programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento” possibilitando, assim, a redução da pobreza e das desigualdades. O BNDES dispõe de uma linha de financiamento voltada a apoiar a formulação e a implantação de programas de desenvolvimento integrado dos estados brasileiros e do Distrito Federal. Tais programas devem representar um conjunto de investimentos definidos a partir de um planejamento estratégico e de longo prazo, de caráter multissetorial, integrado e sustentável, observadas as seguintes prioridades: Análise Crítica 2. DISCIPLINA TRANSITÓRIA - Redução de desigualdades regionais e sociais, em bases sustentáveis; - Promoção do trabalho e renda; - Melhoria da cobertura e da qualidade dos serviços públicos prestados a coletividade; - Desenvolvimento institucional e modernização da gestão dos entes federados. Os procedimentos de análise e acompanhamento das operações de financiamento são estruturados pelo BNDES de forma a viabilizar o monitoramento e a avaliação dos resultados dos programas de investimento apoiados. Além destes, outro possível parceiro que pode ser envolvido é o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Propostas e Projetos Esta cartografia básica deverá tornar-se padrão para os futuros projetos a serem desenvolvidos na região, propiciando, assim, a uniformidade. Além das diretrizes a serem adotadas neste produto, sugere-se que sejam propostas mediadas e premiações para incentivar a elaboração dos Planos Diretores Municipais de acordo com a visão estratégica do Plano. Assim, o prêmio “Bom Governo” poderia ser condecorar os municípios que elaborassem seu PDM em um período mais breve e, posteriormente, presentear aqueles que realizam maior número de ações que impactem não somente a sua comunidade, mas o território em geral. RECURSOS 1. PRÉ-PLANO 2 anos Uso do Solo - Indicação espacial das zonas destinadas à: agricultura, pecuária, silvicultura, instalações e atividades industriais, comércio e serviço, e habitação; - Indicação das características dos próximos núcleos de expansão urbana (cidade-jardim, vila rural, casas populares, etc.); - Enumerar zonas de preservação, que sejam núcleos urbanos ou terrenos, que por razões higiênicas, artísticas ou paisagísticas não devem sofrer transformações ou que possam ser apenas parcialmente modificadas com cautela; - Indicar a natureza e a localização dos espaços comunitários (parques, praças, zonas esportivas, etc.) ou dos equipamentos públicos indispensáveis para o funcionamento de serviços de interesse comum (sistema de abastecimento de água, estação de tratamento de água e esgoto, matadouros, aeroportos, portos marítimos e fluviais, obras de contenção de inundações e cheias, hospitais, posto de saúde, etc.). CRONOGRAMA 1 ano Indicação das modificações a serem propostas ao sistema viário local, em relação ao tráfego. Tais modificações devem ser estabelecidas e indicadas no Plano de Coordenação do Território e posteriormente, detalhadas no Plano Diretor Municipal de cada município; 84 Propostas e Projetos PTC : Plano Territorial de Coordenação da Região Costa dos Corais POLO DE SERVIÇOS Maragogi Porto Calvo POLO DE DIFUSÃO DO TURISMO Japaratinga Porto de Pedras POLO DO TURISMO DE PRIVACIDADE E MAIOR IDADE Passo de Camaragibe VALOR AMBIENTAL São Miguel dos Milagres POLO DO TURISMO AMBIENTAL Barra de Santo Antônio Polo de serviços Paripueira Polo de difusão do turismo Polo do turismo de privacidade e maior idade Polo do turismo ambiental POLO DO TURISMO LOCAL Polo do turismo local Corredores ecológicos Triângulo da cultura Maceió Difusão do turismo O Plano Paisagístico Regional da Sardenha representa uma das experiências de planejamento mais interessantes da Itália, seja pelo caráter pioneiro – pois foi o primeiro plano paisagístico aprovado segundo as normas do Código de Bens Culturais e da Paisagem (DLgs. 42/2004) – quanto por ter sido conceituado e elaborado de maneira coerente a um modelo geral de desenvolvimento e crescimento econômico. O PPR considera três setores de análisee que dão suporte às regras a serem cumpridas em cada parte do território, sendo tutelados e evidenciados os valores de acordo com a natureza (aspecto ambientall ), à consolidação da história e da cultura (aspectos histórico-culturaiss), à organização da ocupação do território pelo homem (aspectos da ocupação do soloo), que compõem o processo de composição da paisagem. Durante a fase de planejamento foram evidenciados 27 âmbitos de paisagem m que representam as áreas de referência das diferenças qualitativas da paisagem no território regional, que foram escolhidos a partir das relações entre os aspectos ambientais, histórico-culturais e de ocupação. Para cada um dos âmbitos do PPR são indicadas diretrizes específicas para orientar o respectivo planejamento (municipal e intermunicipal, em particular), com o fim de alcançar objetivos e a promoção de determinadas ações, especificadas através de uma série de esquemas técnicos componentes das normas técnicas descritas pelo plano. Os âmbitos da paisagem constituem uma importante linha divisória entre o planejamento paisagístico e o planejamento urbano, pois são o testemunho que o Estado (Região Autônoma da Sardenha) confia nos entes locais para que estes façam o detalhamento e completem obras e ações de valorização da paisagem à escala de suas competências e responsabilidades. Seminário Internacional PPR – Plano Paisagístico Regional da Região Autônoma da Sardenha Análise Crítica BOAS PRÁTICAS Fonte: Piano Paesaggistico Regionale - Regione Autonoma della Sardegna. Disponível em: http://www.regione.sardegna.it Propostas e Projetos Proposta de esquema territorial Integração com o interior Melhoramento da rodovia 85 Propostas e Projetos Vulnerabilidade Ambiental: avaliação e mitigação da vulnerabilidade do território para o planejamento da Costa dos Corais A ocorrência destes eventos induz graves repercussões sobre a riqueza do ecossistema e biodiversidade e sua perda de capital natural e econômico, portanto, a proteção de valores ambientais e a manutenção das características naturais do território parte do conhecimento do estado da arte do ambiente e sua vulnerabilidade. Para isto é necessário identificar as áreas mais vulneráveis para uma eficiente gestão da zona costeira e das áreas interiores, representando o ponto de partida para o planejamento territorial. Esta avaliação também é determinante na definição de instrumentos eficientes e critérios adequados para a mitigação dos impactos que possibilitem fundamentar a gestão integrada do território. JUSTIFICATIVA A análise ambiental realizada destacou a riqueza e o valor dos ecossistemas e da biodiversidade do território, porém revelou a progressiva decadência da sua qualidade e sustentabilidade com riscos a comprometer de forma irreversível a saúde destes ecossistemas com consequências desastrosas ao patrimônio natural e sobre a economia local. Os desastres naturais como inundações, enxurradas, ressacas, erosão costeira, deterioramento da barreira de corais, degradação dos ambientes naturais terrestres da Mata Atlântica e de manguezais são alguns dos problemas que afligem este território e que vêm se acentuando devido a atividades antrópicas. Esses definem-se no o uso não regulado de recursos naturais, no desenvolvimento descontrolado da atividade econômica e turística e no assentamento da população em área de risco sem que se observe um planejamento territorial. Estes processos além de acelerarem o deterioramento do ambiente, comprometem seriamente a estrutura dinâmica natural e aumentam a vulnerabilidade do território com graves repercussões na qualidade de vida da populações local. OBJETIVOS GERAIS Articular a identificação dos valores ambientais do território e avaliar seus níveis de vulnerabilidade. Estabelecer cenários futuros frente às mudanças climáticas e propor diretrizes para políticas ativas de proteção, recuperação e valoração do território. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Oferecer suporte técnico e científico para o planejamento do território e propor ações de prevenção e precaução em áreas vulneráveis. Propor ações eficazes de mitigação de impactos ambientais e de proteção de ecossistemas. Para realizar este processo, consideramos as ações já iniciadas no território que promovem a identificação dos aspectos ambientais da Costa dos Corais: ''Diagnóstico Ambiental de Paripueira'', elaborado através da iniciativa do município em participar do Projeto Orla e a Campanha Alagoas de Olho no Litoral (COASTWATCH) 2010 coordenada pela organização não governamental Amigos da Terra (ATA) e em cooperação com Ibama, IMA e SEMARH. O relatório é consequência de levantamento de campo realizado por alunos e professores das escolas estaduais e municipais da região litorânea durante a campanha e mostra como se encontra o litoral alagoano em relação a questões como lixo, esgoto, erosão costeira, pressão imobiliária e acessibilidade das praias. Áreas Urbanas Restinga Lei 11.428/06 da Mata Atlântica Corredor de Biodiversidade do Nordeste RN Da mesma forma serão consideradas as áreas presentes no território suscetíveis às dinâmicas naturais e de relevância ecológica que dispõem de proteção pela legislação brasileira tais como: Reserva Legal, Área de Proteção Permanente (APP), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), Área de Proteção Ambiental (APA) e Parque Municipal Marinho. E também o fato que o território da Costa dos Corais encontra-se dentro da área do Corredor de Biodiversidade do Nordeste que compreende áreas de alto valor biológico da Mata Atlântica ao longo da costa dos Estados de Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Se considerarmos as previsões de mudanças climáticas, este quadro é ainda pior com os efeitos nos ecossistemas e ambientes (IPCC, 2007). A sensibilidade do ciclo hidrológico e as variações de temperatura e da precipitação poderão resultar em significativas modificações na disponibilidade e qualidade da água, nos riscos decorrentes das chuvas e na redução de biodiversidade. Muitas regiões costeiras estão vivenciando alguns dos efeitos das mudanças climáticas, um exemplo é o evento catastrófico das enchentes verificadas em junho de 2010 no próprio Estado de Alagoas, com consequências desastrosas a economia, a populaçao e ao ambiente das áreas atingidas. Atualmente se assiste a um aumento da intensidade e frequência de tempestades, de fenômenos erosivos, de inundações e de invasões de águas marinhas, com consequente salinização do lençol freático e também ondas com energia suficiente para Mata Divulgação - web Seminário Internacional Para pensar em um Plano de Coordenação Territorial é de importância primária o conhecimento do ambiente em questão. Por esta razão o presente projeto propõe a avaliação e a mitigação da vulnerabilidade do território como suporte na elaboração técnica do PCT a fim de proporcionar uma gestão integrada da Costa dos Corais. Atlas dos Remanescentes Florestais Da Mata Atlântica - 2008 AÇÕES Análise Crítica destruir recifes, já debilitados e degradados, chegam a costa com maior poder erosivo (SHEPPARD et al., 2005). PE AL Propostas e Projetos INTRODUÇÃO SE 86 Propostas e Projetos TRAINING em área piloto 3 meses a)) Avaliação da vulnerabilidade Fase 1 Análise das áreas naturais para individualização de áreas vulneráveis b)) Previsão futura da vulnerabilidade do território Extensão da ação realizada na área piloto a todo o território 6 meses Avaliação aproundada da vulnerabilidade das áreas identificadas 18 meses Definir uma metodologia de análise de previsão das respostas do sistema ambiental às variações climáticas 22 meses Elaborar cenários futuros e mapas relativos 24 meses Definir interventos através de obras de baixo impacto ambiental Fase 2 Definicão de critérios de mitigação da vulnerabilidade nos diversos ambientes Definir áreas de conservação, proteção e de recuperação ambiental Definir formas de interligar os fragmentos naturais de importante valor ecológico para possibilitar seu desenvolvimento e fortalecimento Fase 3 Elaboração de diretrizes e critérios de uso e atuação nas áreas identificadas imprescindíveis para o PTC e para a gestão eficiente e monitoramento das mesmas Sugerir critérios de uso e gestão adequados Training em área piloto • Proposta de ação em área piloto de estuário do Rio Camaragibe que contempla os municípios de Barra Santo Antônio e Passo de Camaragibe. Esta área foi definida como piloto porque comporta aspectos ambientais importantes para uma ação demonstrativa como rios, mangues, costa e floresta de mata atlântica; • Identificar áreas de APP, Reserva Legal e Unidades de Conservação presentes na área; • Definir uma checklist como método para analisar as problemáticas ambientais e socioeconômicas de maneira imediata e adequada ao trabalho; • Rconhecimento técnico da região piloto e seus ambientes naturais por parte de técnicos, acadêmicos (Ufal e outros) e população local através do uso da checklist para avaliação qualitativa dos ambientes, individualização das peculiaridades locais e emergências naturais; • Elaboração de um mapa simplificado das áreas problemáticas identificadas; • Evento de divulgação dos resultados. Tempo estimado de execução: 18 meses Tempo estimado de execução: 3 meses. b) Previsão futura da vulnerabilidade do território Extensão da ação realizada na área piloto a todo o território • Primeira coleta, homogenização e análise de dados existentes através da Rede de Observatórios da Costa dos Corais e o Geodatabase; • Reconhecimento técnico do território e seus ambientes naturais por parte de profissionais e acadêmicos (Ufal e outros) e população local através do uso da checklist na avaliação qualitativa dos ambientes, individualização das peculiaridades locais e emergências naturais; • Elaboração de um mapa simplificado das áreas problemáticas identificadas na Costa dos Corais que pode ser utilizada como primeira base para o PTC; • Evento de divulgação dos resultados. O mapa obtido e os índices avaliados de vulnerabilidade costeira (CVI) serão a base para simular a evolução dessas áreas como possíveis respostas do ambiente às mudanças climáticas previstas. A projeção do risco em longo prazo permite definir possíveis situações de alarme e, portanto as medidas e estratégias preventivas a adotar para minimizar seus efeitos. • Definir uma metodologia de análise de previsão das respostas do sistema ambiental as variações climáticas; • Elaboração de cenários futuros e mapas relativos. Tempo estimado de execução: 6 meses. Propor programas de monitoramento Avaliação aprofundada da vulnerabilidade das áreas identificadas • Coleta específica de dados, documentos e informações existentes em parceria com a Rede de Observatórios; Tempo estimado de execução: 24 meses. Análise Crítica a) Avaliação da vulnerabilidade • Definir metodologia de trabalho sistematizada para levantamento de dados, análise e utilizo dos instrumentos e avaliação de vulnerabilidade; • Definir uma lista de indicadores ambientais e socioeconômicos para avaliar o estado atual e as possíveis variações no tempo; • Levantamento detalhado através da averiguação de características mor fológicas, ecológicas, físicas e socioeconômicas que influenciam no estado de vulnerabilidade do território mediante instrumentos de medição precisos como o GPS. Esta etapa pode ser realizada através da cooperação com parceiros de instituições de ensino nacionais e estrangeiras por meio de programas europeus para estudantes e pesquisadores como Erasmus Mundus (programa de cooperação e mobilidade no campo do ensino superior promovido pela Comissão Europeia) e Marie Curie (financiamento pela mobilidade e transição de pesquisadores e para a formação da pesquisa e do desenvolvimento profissional); • Definir índices de vulnerabilidade e avaliar os indicadores ambientais; • Elaboração de um mapa da vulnerabilidade territorial detalhado e completo considerando aspectos ambientais e socioeconômicos de fundamental importância para o planejamento territorial; Propostas e Projetos FASE 1: Análise das áreas naturais para individualização de áreas vulneráveis As ações desenvolvem-se em três fases principais que contemplam diferentes etapas e tempos de execução como representado abaixo. Seminário Internacional Vulnerabilidade Ambiental: avaliação e mitigação da vulnerabilidade do território para o planejamento da Costa dos Corais 87 Propostas e Projetos Neste contexto, por meio de ações gerais articuladas nos diversos ambientes naturais presentes no território, quais sejam: mar, recifes de corais, mangues, restingas, rios e floresta atlântica – se poderá manter as condições ambientais que são inevitavelmente fundamentais para o desenvolvimento e realização de atividades econômicas praticadas da região, como agricultura, turismo e a pesca. Para qualificar e ampliar as condições ambientais do território é necessário considerar as seguintes linhas de atuação principais: intervenções físicas no território, conservação, proteção e reconstituição de áreas; conexão dos diferentes ambientes e percepção e sensibilização ambiental. Considerando que o interior da Costa dos Corais é caracterizado predominantemente pela presença de monocultura e que por esta razão é uma região composta por áreas privadas, os principais fragmentos de florestas ainda presentes encontramse em áreas particulares com vínculo legal de proteção ou não. Dentre estes fragmentos estão as Reservas Legais (RL) e as Áreas de Proteção Permanente (APP). Os proprietários que mantêm áreas como estas, por exemplo, além de contribuírem com a manutenção da qualidade ambiental de todo território, também podem ser beneficiados através de mecanismos financeiros de incentivo ao proprietário rural. Um exemplo é isenção tributária adquirida através do Ato Declaratório Ambiental que foi criado para que o produtor rural usufrua do benefício da isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) em razão da existência das áreas de Em busca de intervenções que contemplem estas necessidades emergenciais e ações que diminuam efetivamente a vulnerabilidade do território, são elencadas as seguintes medidas, a realizar: Definir intervenções através de obras de baixo impacto ambiental para: ? Aumentar a resiliência morfológica das praias através de adaptações planejadas (por exemplo, ao estabelecer uma linha limite, além da qual não se efetue nenhum outro intervento ou obra) aumentando a capacidade autônoma de adaptação às novas condições energéticas (Klein et. al, 1999) ou simplesmente conforme a reconstrução das dunas atualmente destruídas; ? Estabelecer diretrizes para obras de intervenção de proteção costeira (estudos preliminares, técnicas, metodologias) visando a promoção de ações preventivas no território; ? Acompanhar a execução de medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias de obras de significativo impacto ambiental (por exemplo: duplicação da rodovia; construção de pontes, aeroporto, hotéis e demais obras de infraestrutura). Definir áreas de conservação, proteção e de recuperação ambiental para: ? Recuperar margens ciliares de rios e demais cursos d’água em processos de degradação ou já degradados; ? Promover mecanismos para restaurar áreas de encosta degradadas com espécies nativas; Localizar e proteger nascentes de rios e demais cursos d’água no território; interesse ambiental em sua propriedade que estejam cadastradas junto ao IBAMA. No caso dos produtores que possuem Reserva Particular do Patrimônio Natural, o beneficio é ainda maior por ser uma unidade de conservação que dispõem de maior proteção e valorização da área em questão. Desta forma, o proprietário além de ter direito ao ADA, pode desenvolver diversas formas de atividades turísticas, de alimentação, de hospedagem e de pesquisa realizadas de forma controlada dentro da sua reserva, podendo assim promover maior desenvolvimento econômico para a região. • Observar o atendimento das zonas que impõem limites à ocupação, definindo zonas de amortecimento e zonas de restrição de uso; ? Conservar e reconstituir zonas naturais sob efeito da ocupação desordenada; ? Promover a criação de áreas naturais estratégicas no território de modo a aumentar o número de unidades de conservação já existentes na costa e no interno que preservam os diferentes ecossistemas presentes, exemplo: RPPN’s. [ver Box de Informação] Estas ações serão acompanhadas por campanhas para informar, sensibilizar, divulgar e orientar proprietários rurais, comunidades locais e gestão pública da Costa dos Corais quanto à importância e benefícios da preservação de APP e Reserva Legal, quanto a possibilidade de converter estas áreas em RPPN’s de forma a garantir maiores vantagens a todos e quanto a importância da gestão participativa das Unidades de Conservação do território. Definir formas de interligar os fragmentos naturais de i mpor ta nte va l or e col ógi co pa r a possi bi l i ta r se u desenvolvimento e fortalecimento ? Aumentar a conexão de fragmentos florestais entre a costa e a floresta, conservando amostras de diferentes ambientes representativos do Litoral Norte; ? Estabelecer corredores ecológicos e mosaicos de vegetação que conectem áreas de grande valor ambiental; ? Ampliar a rede de corredores naturais já existentes, como por ? exemplo, as áreas de distribuição de manguezais, corredores de rios, fragmentos florestais com alto nível de conexão; ? Apoiar estratégias e programas de conexão mais abrangentes já estabelecidos, como o Corredor de Biodiversidade do Nordeste e Reservas Particulares do Patrimônio Natural; ? Avaliar a potencialidade local para o estabelecimento de percursos para constituir uma rede ecológica de turismo histórico, cultural e ecológico a partir dos conceitos de conservação da natureza; ? Reduzir a fragmentação da paisagem natural e consequentemente os problemas ambientais que afetam a região costeira marinha; A definição dos critérios de mitigação será acompanhada de ati vi dades que desenvol vam ações de per cepção, sensibilização e educação ambiental que permitam: ? Criar um programa contínuo de percepção, sensibilização e educação ambiental que integre os municípios da Costa dos Corais; ? Apoiar e constituir mecanismos participativos para o desenvolvimento responsável e desejável do Litoral Norte e Costa dos Corais, considerando todos os elementos da paisagem. Análise Crítica A partir do reconhecimento das vulnerabilidades se inicia um segundo processo de atuação que visa efetivar maior estabilidade, segurança e qualidade ambiental ao território costeiro. Estas iniciativas consideram as áreas naturais como detentoras de um papel intrínseco para garantir a manutenção dos sistemas ambientais da região, sendo imprescindíveis no controle de fenômenos naturais e na prestação de serviços ecossistêmicos. Além destas funções estas áreas também possuem um relevante potencial de beleza cênica e grande riqueza de espécies, que se apresenta como elemento de elevada atração na Costa dos Corais, portanto, áreas prioritárias para se proteger e conservar. Propostas e Projetos Fase 2: Definição de critérios de mitigação da vulnerabilidade nos diversos ambientes Seminário Internacional Vulnerabilidade Ambiental: avaliação e mitigação da vulnerabilidade do território para o planejamento da Costa dos Corais Existem muitos outros benefícios para os proprietários de áreas com RPPN's, dos quais também vale citar a preferência da propriedade na análise de pedidos de concessão de créditos agrícolas. 88 Propostas e Projetos EXECUTORES E PARCEIROS x Universidade Federal de Alagoas e Universidade Federal de Pernambuco: Principais instituições de Ensino Superior que atuam em diversos programas e estudos na região; x Estudantes e Pesquisadores participantes dos programas europeus de estudo, pesquisas e intercâmbio: Erasmus Mundus e Marie Cure; x Associação Macambira de Proprietários de Reservas Privadas: Organização Não Governamental que congrega proprietários de Reservas Particulares que desenvolvem ações de apoio a criação e regularização de RPPN's. Possui associados em Paripueira e tem como foco de ação a Mata Atlântica do Nordeste; x Amigos da Terra e Água: Organização Não Governamental que atua na Costa dos Corais em ações ambientais de defesa aos recursos naturais; x Instituto de Meio Ambiente (IMA), Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA): Órgãos públicos gestores e executores da política ambiental nacional e estadual atuantes na Costa dos Corais; x Secretarias Municipais do Meio Ambiente; x Ministério Público Federal (MPF): Órgão público jurídico que fiscaliza as ações do Estado observando a aplicação das leis aplicadas ao território. RECURSOS x Mapas produzidos que serão integrados ao Geodatabase da Costa dos Corais: mapa simplificado das áreas problemáticas identificadas na área piloto; mapa simplificado das problemáticas ambientais da Costa dos Corais; mapa detalhado da vulnerabilidade da Costa dos Corais; mapas de cenários futuros. x Indicadores ambientais e socioeconômicos e seus resultados; x Diretrizes para intervenções de defesa, proteção e prevenção para a costa e interior do território; x Consolidação de corredores ecológicos entre áreas isoladas e entre os diversos ecossistemas melhorando a qualidade da paisagem e associando a criação de roteiros da natureza de acesso as áreas preservadas de alto valor ambiental, de forma a valorizar também o patrimônio cultural e histórico, além de incentivar a diversificação de atrativos turísticos. x Elaboração de critérios e diretrizes úteis ao planejamento territorial sustentável. Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticoss: O CEPF é fruto de uma aliança entre a Conservation International, o Banco Mundial, o Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), a Fundação MacArthur e o governo do Japão para apoiar projetos de conservação dos hot spots de biodiversidade mundiais (Mittermeier et al., 2004). O CEPF financia projetos na Mata Atlântica, pois é um dos hot spots brasileiros, apoiando propostas que complementam os objetivos estabelecidos pelo Projeto Corredores Ecológicos. A coordenação local do Fundo nesse bioma é realizada pela Aliança para a Conservação da Mata Atlântica, parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica e a Conservação Internacional que apoiam projetos e programas de incentivo às reservas particulares do patrimônio natural. Entre os principais financiamentos que realizam está o de projetos que objetivam estabelecer reservas particulares ou conjuntos de reservas na mata atlântica que estejam localizadas nos corredores de biodiversidade já existentes e definidos, como por exemplo o Corredor de Biodiversidade do Nordeste. Análise Crítica A avaliação da vulnerabilidade do território é fundamental para compreender a quais riscos estão expostos determinados ambientes, além de permitir um profundo conhecimento das áreas mais afetadas seja na zona costeira ou no interno da Costa dos Corais. Este produto torna-se um instrumento indispensável para um correto planejamento territorial e para a determinação de critérios de uso e gestão adequados destas áreas com ótica ao desenvolvimento sustentável local. Esta avaliação também deve ser utilizada como mecanismo para o fortalecimento do desenvolvimento da identidade local de forma a considerar a vocação natural do território, interligando o ser humano e seu ambiente. RESULTADOS ESPERADOS Propostas e Projetos FASE 3: Elaboração de diretrizes e critérios de uso e atuação nas áreas identificadas imprescindíveis para o PTC e para sua gestão e monitoramento Seminário Internacional Vulnerabilidade Ambiental: avaliação e mitigação da vulnerabilidade do território para o planejamento da Costa dos Corais 89 Propostas e Projetos Vulnerabilidade Ambiental: avaliação e mitigação da vulnerabilidade do território para o planejamento da Costa dos Corais Petrobrass: Por meio de sua política de patrocínio ambiental, a Petrobras investe em iniciativas que visam a proteção ambiental e a difusão da consciência ecológica. O Programa Petrobras Ambiental seleciona projetos financiáveis na linha de ações que articulam iniciativas que contribuem para criar soluções e oferecer alternativas com potencial transformador e em sinergia com políticas públicas. O novo tema do Programa 2010, por exemplo, é “Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável”. A GIZC constitui um projeto de alto valor estratégico no plano da integração ambiental. Iniciado em 2002 o projeto representa um dos primeiros exemplos de aplicação da metodologia e dos objetivos definidos pela União Européia em 1995 para a gestão integrada da zona costeira, envolvendo todos os entes governamentais do território. Regiões, províncias e municípios costeiros compartilharam as diretrizes, os resultados e os objetivos para os anos futuros. Nove grupos temáticos (defesa da costa, turismo, transporte, urbano, recursos hídricos, pesca, agricultura, política energética, habitat e paisagem) avaliaram as condições atuais, as tendências evolutivas e interações recíprocas entre os vários componentes que agem no sistema costeiro. x Em 2005 o Conselho aprovou as Linhas Guias para a Gestão Integrada da zona Costeira. Relativamente à defesa da costa as linhas guias indicam como objetivos a conseguir: x A gestão integrada do litoral, a organização e o aprofundamento do conhecimento; x A remoção ou mitigação das causas de erosões das praias e do ingresso marinho, como por exemplo, a redução da subsidência e a restauração do transporte sólido dos rios; x A defesa e a requalificação das praias favorecendo a proteção dos territórios naturais e potencializando a defesa das praias através de metodologias de baixo impacto ambiental como o repreenchimento de areia. Divulgação - web O Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural da Mata Atlântica, coordenado pela Aliança para a Conservação da Mata Atlântica contempla ações concretas no fomento à ampliação da área protegida da floresta mais ameaçada do País. No caso da região do Corredor da Biodiversidade da Serra do Mar já foram 118 RPPN's beneficiadas sejam na sua criação ou gestão abrangendo ao todo 5.400 hectares de Mata Atlântica, que agora se encontram permanentemente protegidos. Este corredor também vem proporcionando modelos de conservação em terras privadas com atividades que vão da proteção e fiscalização a construção de laboratórios, centros de visitantes e observatórios científicos no interno de suas reservas. Seminário Internacional Gestão Integrada da zona costeira (GIZC), Emilia-Romagna, Itália. Corredores de Biodiversidade integram diferentes escalas de proteção ambiental, desde a local até a regional. O objetivo de um Corredor é aumentar a conexão entre remanescentes de paisagens permitindo o trânsito e as trocas genéticas de espécies em longo prazo. Grandes parcelas de habitats são necessárias para a manutenção da biodiversidade e dos processos ecológicos e hoje, todas as oportunidades para a proteção permanente dessas grandes áreas devem ser aproveitadas. Neste aspecto, um caso de sucesso é o Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar que é compreendido pela bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, no Estado de São Paulo, parte da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais e o Estado do Rio de Janeiro, tendo como limite norte o Rio Paraíba do Sul. Análise Crítica Sisbiota Brasill : O Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade é um programa nacional de financiamento voltado à ampliação da competência e do fomento à pesquisa em biodiversidade que contempla diversos eixos temáticos e linhas de atuação. O edital 2010 apresenta a linha ''Entendimento e previsão de respostas às mudanças climáticas e nos usos da terra''' que comporta propostas que contemplem a detecção das alterações de mudanças ambientais regionais e globais e modelagem descritiva e preditiva de respostas e alterações da biodiversidade sob diferentes cenários de alterações globais e regionais. Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar, Brasil. BOAS PRÁTICAS Divulgação - web Propostas e Projetos Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiçaa : O Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CF DD)) administra recursos oriundos, sobretudo, de indenizações a danos cometidos contra direitos coletivos e multas aplicadas como condenações judiciais relacionadas ao meio ambiente e a outros direitos difusos, como direito do consumidor, direito da concorrência e patrimônio histórico, cultural e artístico. O CFDD realiza chamadas anuais para financiamento de projetos que contemplem diversos temas, entre eles “Promoção da recuperação, conservação e preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população brasileira”. 90 Propostas e Projetos OBJETIVO GERAL AÇÕES E FASES O termo “oficina” refere-se à vontade de criar e fazer uma atividade dinâmica e sempre evolutiva, um processo em que a comunidade seja envolvida e ao mesmo tempo protagonista do próprio futuro. O termo “ideia” refere-se às atividades próprias do ser humano baseadas no senso crítico e reflexivo que podem ser inovadoras partindo das tradições culturais do território. A oficina de ideias é um projeto direcionado à população da Costa dos Corais com o escopo de aumentar a coesão social, descobrindo e fortalecendo o saber local que faz parte do patrimônio cultural territorial. Também se pretende aumentar o sentimento de pertencimento agregando valores aos recursos presentes na área, criando e difundindo inovações, estimulando o desenvolvimento social e econômico em uma ótica sustentável. 1. Coleta de dados e informações: Coletar e analisar informações sobre o saber local e valor cultural presentes na região, mas também realizar esta pesquisa com universidades, especialistas do setor, entes públicos e privados com o intuito de identificar espaços, produtos e serviços nos quais se possam investir. Por este motivo é constatado a necessidade de desenvolver o projeto “Oficina de Ideias” que possui a função de promover a formação, pesquisa e o conhecimento; uma espécie de incubadora capaz de agregar valores aos produtos e serviços existentes e de criar novas atividades a partir das potencialidades e da vocação do território e seus habitantes. 1. Coleta de dados e informações 2. Envolvimento 3. Laboratórios 4. Eventos 7. Troca de conhencimento OBJETIVOS ESPECÍFICOS ? Incentivar a participação da população, aumentando a consciência, autoestima e o capital humano; ? Incentivar a formação de capital social através de ações de associativismo e cooperativismo com base no saber local; ? Favorecer a emersão, circulação e a troca de conhecimento tácito e conhecimento local, transferindo e difundindo know-how; ? Possibilitar o surgimento de produtos e serviços inovadores; ? Gerar emprego e renda através de novas oportunidades de trabalho, estimulando a agregação de valor aos produtos, processos e serviços. ? Estimular uma “cultura estética” como chave para aumentar a consciência e a tutela de bens coletivos. 2. Ações de envolvimento: Dialogar com stakeholders: artesão local, microempresários, professores de universidades, instituições governativas e não governativas para um envolvimento no projeto. Nesta fase serão organizados vários encontros entre os promotores do projeto e os stakeholders, procurando integrar e fazer participar todos os atores locais que são fundamentais para o início do projeto. 3. Organização de laboratórios temáticos: Criação de laboratórios de pesquisa, estudo de aplicação para valorização das vocações da região criando inovações, em colaboração com o Sebrae e outras instituições. A partir da análise das potencialidades existentes, as mesmas, serão individualizadas por setores que deverão ser desenvolvidos. 4. Organização de eventos: Com o intuito de promover o projeto e envolver os habitantes da região, serão organizados eventos e concursos sobre as temáticas identificadas no laboratório. As propostas sugeridas para a realização desta ação estão inseridas na seção “Laboratórios temáticos – ações-chave”. 6. Acompanhamento e formação de associações e cooperativas de produtores em colaboração com o Sebrae: Esta ação será realizada com a colaboração do Sebrae e tem o intuito de contribuir com os atores envolvidos no início de um sistema associativo e cooperativo através de métodos de aprendizagem no que diz respeito a formação, gestão administrativa e financeira de cooperativas. A atividade prevê também a identificação de possibilidades de mercado e comercialização dos produtos. 7. Difusão e troca de conhecimento: Será necessária uma campanha de comunicação para mostrar os primeiros resultados à população e aos possíveis novos financiadores organizando eventos nos municípios, podendo ser utilizado o ônibus itinerante. Pode ser realizada também a organização de seminários específicos sobre temas de inovação, ilustrando o processo do qual se originou os novos produtos. EVOLUÇÃO DA IDEIA SEMENTE GERMINAÇÃO Nascimento da ideia Desenvolvimento da ideia FLOR 6. Assistência à empresa 5. Ônibus da oficina Propostas e Projetos Analisando o sistema educacional da Costa dos Corais encontra-se uma desarticulação, seja vertical entre os vários níveis de instituições educativas, ou horizontais, entre a oferta educacional e o mercado de trabalho. É visível também a falta de uma consciência sobre todo o território, no que diz respeito ao conhecimento e valorização do patrimônio material e imaterial presente na região, e como consequência a perda de uma cultura estética representada no bem coletivo que não são preservados e nem mesmo tutelados. É encontrada ainda uma inadequada comercialização da produção local devido a presença de atividade caracterizada pela pouca atenção a aspectos como: pesquisa, design, inovação, empreendedorismo e soluções tecnológicas. O sistema S, em particular o Sebrae, realiza uma série de atividades com este objetivo. O projeto pretende complementar e integrar tais atividades. 5. Criação de um ônibus da oficina: Com a possibilidade de participação do Senac, que possui um ônibus itinerante de capacitação, as atividades da oficina poderão ser promovidas nos municípios da Costa dos Corais, mostrando os cursos e as iniciativas propostas e aumentando os contatos com os artesãos presentes no território, incentivando a formação de uma rede entre os atores locais. Além da possibilidade de promoção o ônibus pode vir a ser uma “oficina móvel” realizando workshops itinerantes para aumentar a participação e individualizar novos atores em potencial. Esses workshops se configuram em possíveis laboratórios criativos direcionados às crianças de escolas e artesãos. Análise Crítica MOTIVAÇÃO Seminário Internacional Oficina de Ideias Realização da ideia “da ideia ao produto” 91 Propostas e Projetos Oficina de Ideias Partindo de ações sobre design já realizadas pelo Sebrae, pretendese incentivar o uso de matérias-primas presentes no território que podem ser utilizadas de forma diferente das já existentes. Como exemplo, a polpa de coco que é usada para a fabricação de produtos alimentícios, através do estímulo à pesquisas pode-se descobrir novos usos alternativos. Na Itália existem empresas (ex: Gonnella Living) que já usam o coco importado para fazer objetos de design e que têm um bom resultado comercial. Ação motivadora: Concurso “Valorização dos recursos locais” para estudantes do Ifal – Instituto Federal de Alagoas (curso superior tecnológico de design) que seria baseado na concepção de objeto com designs feitos de matéria-prima local como coco, banana, etc. O projeto vencedor será contemplado com recursos dos financiadores do projeto. Depois da realização o produto será lançado no mercado. Ação motivadora: Seminário “Design: uma nova oportunidade de desenvolvimento econômico”. Este seminário tem o objetivo de aumentar o relacionamento entre especialistas do setor trocando conhecimentos, estimulando o desejo de encontrar novos percursos para a realização da oficina de ideias. Além disso, o seminário tem como objetivo ativar uma rede de contatos para atuar em conjunto, é de extrema importância a presença de atores locais, estudantes, acadêmicos nacionais e internacionais, empresas de design,instituiçõesgovernativaseassociaçõesdeartesãos. CRONOGRAMA Organização 1. CONCURSO 2. SEMINÁRIO Comunicação 3. LABORATÓRIO MÓVEL (ÔNIBUS DA OFICINA) 5 meses 4 meses 3 meses 2 meses 1 mês 4. LABORATÓRIO TEMÁTICO Ação Motivadora: Encontro com a comunidade “Quando o lixo se torna um recurso”. Consiste em explicar à população o quanto é útil respeitar o ambiente oferecendo pequenos prêmios a quem deseja participar da coleta diferenciada. A partir de pequenas quantidades que se pode levar diretamente ao laboratório, para desta forma sempre haver material a disposição. Através deste encontro dar-se a oportunidade da comunidade conhecer o laboratório e fazê-los entender que o lixo pode ser um novo “produto comercial”. c) Laboratório da Biodiversidade É proposto neste laboratório a redescoberta da biodiversidade local na atividade agrícola, valorizando o patrimônio existente, onde é necessário salvaguardar as espécies em risco de extinção. É necessário um banco de sementes e depois propor aos municípios da Costa dos Corais um espaço físico de utilização para pesquisa e utilizo de práticas, métodos e técnicas para cultivação da terra. Entre as atividades possíveis temos a prática de enxerto e horta sinérgica. A oficina poderá desenvolver outras atividades ou laboratórios com outras temáticas relacionadas a pesquisas desenvolvidas ou em desenvolvimento: Arquitetura, Turismo e Urbanismo: Realizar oficinas de aprendizado através do resgate do processo histórico cultural do município de Porto Calvo, como projeto piloto para a região da Costa dos Corais. EXECUTORES E PARCEIROS Para a realização da oficina de ideias serve uma estrutura “leve” e eficiente, desta forma é necessário criar o grupo promotor que fará o processo de envolvimento ativo de todos os atores locais. Este grupo deve ser composto por poucos componentes (3 a 5 pessoas) com representantes do Sebrae e do Senac para coordenar as ações. Sua função principal é organizar todas as atividades (encontros, eventos, seminários, concursos) úteis a participação dos atores e da população. O grupo promotor deverá também ocupar a gestão da campanha de comunicação e as atividades do calendário. Uma vez conseguido o envolvimento dos atores locais (universidade, municípios, ar tesãos, micro e pequenos empresários) será formado o grupo gestor composto por um representante por setor e mais o grupo promotor, tornando um grupo único. BOA PRÁTICA - LABORATÓRIO MÓVEL DE OTRANTO - RENZO PIANO Em 1979, Renzo Piano inventou o laboratório do distrito de Otranto em colaboração com a Unesco, onde os habitantes estavam envolvidos nas diversas fases do Projeto de Restauração do Centro Histórico, tais como:diagnóstico, projeção,operação do laboratório e no armazenamento de informações. Todas as atividades envolviam os moradores e entravam em cena participando e apresentando relatórios das ações projetadas definindo a “arte de escutar”. O laboratório estava configurado com uma estrutura móvel e aberta: um grande cubo que se abre formando uma tenda na praça. Também é certo que o laboratório de Renzo Piano era semelhante a bodega medieval: um “laboratório aberto” onde todos podiam assistir ao trabalho que se realizava vizinho a sobre a estrada. O trabalho foi realizado com paixão e era motivo de orgulho. Foi acionado como uma escola produtiva onde o mestre ensinava e o aluno o recompensava. O conceito principal do laboratório de Otranto, era de criar uma base cultural essencial para a participação ativa dos cidadãos. RESULTADOS Seminário Internacional a) Laboratório de Design Esta atividade tem como objetivo encontrar novas possibilidades de utilização comercial de produtos feitos com material reciclado. Deve-se lançar uma campanha de sensibilização endereçada a população sobre a coleta seletiva, onde seja possível oferecer serviços para os municípios através, por exemplo, de uma cooperativa de coleta de lixo porta a porta. para melhorar a troca de conhecimento entre as pessoas que derem uma contribuição para criar inovações dentro da oficina. Análise Crítica Sugestão para desenvolvimento de temáticas: ? Cidadão todos os dias: Elaborar mensalmente oficinas de ideias sobre gestão ambiental e cidadania nas escolas públicas e nos bairros, através de alunos que levem esses conhecimentos de forma itinerante. ? Preservação da culinária – nossos sabores: reunir os produtores de bolos de goma, professores de marketing e produção em oficinas para fazer brainstorm, mais conhecido como chuva de ideias para tornar os produtos mais competitivos no mercado. Curto Prazo: Realização do diagnóstico das potencialidades presentes no território: relatório do saber local de fácil compreensão como material para consulta da Oficina de Ideias; Realização de eventos motivadores das ações como: seminário para estimular a troca de conhecimentos e o concurso endereçado aos estudantes para individualizar recursos humanos em qual se deve investir. Médio Prazo: Ativação dos Laboratórios temáticos. Ativação do ônibus da Oficina com um calendário das atividades e um percurso itinerante em todos os municípios da Costa dos Corais Longo Prazo: Criação de micro empresas ou cooperativas através do processo de envolvimento e participação sobre o território Recursos: Os principais parceiros do projeto são: Sebrae e Senac, que organizarão cursos de capacitação e que já investem recursos nestes setores. Os municípios da Costa dos Corais poderão contribuir financeiramente sobretudo para aumentar o envolvimento no projeto e o senso de responsabilidade. A Ufal poderá colocar a bolsas de estudo e viagens de estudo ao exterior Divulgação - web Propostas e Projetos b) Laboratório de reciclagem LABORATÓRIOS TEMÁTICOS 92 Propostas e Projetos Qualidade urbana : Espaço urbano de identidade Apesar de reconhecer que esse território possui uma elevada deficiência em infraestrutura básica, este projeto considera que partindo da iniciativa de requalificação de espaço urbano pode-se gerar um processo de requalificação de todo território, na medida em que pequenas ações podem estimular a população a uma ? Promover o reconhecimento da identidade do território e de MOTIVAÇÃO O processo de requalificação desse território deve ter como elemento essencial a participação popular, no entanto deve também contagiar os gestores públicos no seu papel de provocador desse processo, favorecendo a elaboração de instrumentos de planejamento, essencialmente o plano diretor. As diversas ações previstas para este projeto devem ser iniciadas ao mesmo tempo em diversos municípios, estimulando um processo de competição positiva entre eles, tendo como foco principal a melhoria da qualidade urbana, e a consequente melhoria da qualidade de vida. OBJETIVO GERAL Melhorar a qualidade do ambiente urbano, através da difusão de um processo de recuperação e apropriação do espaço público, aliado ao fortalecimento da identidade local. suas vocações; ? Estimular a produção cultural local, através da disponibilização de espaços para o desenvolvimento das ações da Oficina de ideias e atividades culturais; ? Promover melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, a partir da integração das várias expressões culturais e criação de momentos de participação ativa nas dinâmicas de transformação urbana; Seminário Internacional O contexto urbano das cidades que compõem a região da Costa dos Corais, atualmente caracteriza-se em sua maioria por ambientes de reduzida qualidade, devido: a baixa manutenção das edificações, a reduzida qualidade técnica das construções, a deficiência no ordenamento efetivo no uso e ocupação do solo (edificações e feiras agrícolas), a existência de espaços públicos degradados e pouco utilizados devido à baixa adaptabilidade a necessidades e costumes locais. Em relação à reduzida representatividade da identidade local no ambiente urbano, o que se identifica é a falta de uma linguagem arquitetônica local e reduzida capacidade de explicitar os elementos que fazem parte da cultura local. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ? Gerar novas dinâmicas urbanas, relacionadas ao uso e ocupação do solo; ? Estimular criação de colaboração entre os municípios, por meio de ideias e projetos que podem ser desenvolvidos de forma conjunta. . FASES DO PROJETO 1. Laboratório urbano social A primeira fase desse projeto prevê a constituição do Laboratório Urbano Social, que será formado por técnicos locais, professores Análise Crítica O projeto espaços urbanos de identidade tem como ponto de partida a atual situação de degradação e uma reduzida representatividade da identidade local no ambiente urbano, visualizada tanto nas residências como nos espaço públicos. apropriação do espaço público, que parte da valorização da imagem de sua casa, direcionando posteriormente essa atenção a toda cidade que deve propagar-se por todo território. Propostas e Projetos INTRODUÇÃO 93 Propostas e Projetos a)Envolvimento O envolvimento da população local será a primeira ação realizada pelo Laboratório Urbano Social, que se iniciará através de um concurso que incentiva a coleta de informações relacionadas à história e cultura local. A documentação coletada deve ser considerada pela população como representativa deste território, seja por meio de imagens históricas, imagens atuais, cartas e objetos, através de contos, lendas e cantigas, auxiliando portanto na caracterização da identidade deste território. A ação de comunicação deste concurso deve ocorrer da forma mais direta e prática possível, como anúncio em carro de som e na rádio local. Nessa comunicação é essencial que seja explicitado a importância da participação popular, que deve ser estimulada através de premiação. b) Coleta de informações O material coletado no concurso deve ser analisado por meio de uma oficina de leitura, realizada pelo laboratório urbano social em conjunto com a população participante, no intuito de desenvolver uma leitura interpretativa do significado destes documentos para a população. O processo de requalificação/construção da edificação deve ser iniciado através da realização de um concurso de ideias para os estudantes de arquitetura, onde o autor do projeto selecionado deve ser premiado com uma bolsa de estudos da Fapeal para desenvolvê-lo até a sua execução, fortalecendo a relação já existente entre a Ufal e a região. Considera-se essencial para o sucesso dessa ação a contribuição da população como par te desse processo de requalificação/construção, intervindo seja na definição dos espaços que melhor se adaptem as suas necessidades, que na escolha de técnicas construtivas. Esse novo modo de projeto participativo pode fazer com que população reconheça este espaço como seu, podendo assim utilizá-lo de forma intensa, como também empenhar-se na sua manutenção. 3. Requalificações das edificações e dos espaços públicos Simultaneamente à criação do “espaço de sinergia”, será desenvolvida uma série de concursos relacionados à qualidade urbana, como por exemplo: casa, rua e bairro mais belo. Esses concursos terão como finalidade incentivar a população a participar da manutenção da qualidade do ambiente urbano, através de uma competição sadia, que ao mesmo tempo irá ajudar na identificação de elementos representativos do território. Algumas destas ações podem ser apoiadas através de incentivos públicos e privados como, por exemplo, a premiação através fornecimento de materiais de construção para melhoria da manutenção do espaço público. Após o desenvolvimento de todo um processo de participação nas etapas anteriores, se prevê nesse momento uma maior participação popular e reconhecimento da identidade do território, propondo-se então uma mudança de escala de intervenção, passando agora atuar na requalificação de espaços públicos urbanos, como praças e orlas urbanizadas. Os espaços públicos requalificados devem ser um reflexo da identidade local, devendo ter em consideração a estrutura urbana existente, as principais dinâmicas (caminhos, pontos de encontro e jogos) e a estas acrescentar novas dinâmicas. Podendo então depois de requalificados, possibilitar a realização de uma série de eventos de várias escalas, como: feiras, festivais de música, teatro, cinema. 4. Escritório de assistência técnica pública A assistência técnica iniciada no laboratório urbano social se consolidará com a constituição de um grupo definido de arquitetos e engenheiros sociais, tendo como função promover a assistência técnica gratuita à população de baixa renda (lei nº11.888/04) na construção de edificações mais seguras, baseada no uso de manuais técnicos de construção. 5. Redes de atrativos do território A última fase deste projeto prevê formação de uma rede de atrativos culturais, realizada a partir da ligação entre os diversos “espaços sinérgicos” distribuídos por todo território, através da criação de um percurso turístico. Divulgação - web Divulgação - web A partir da leitura interpretativa desses documentos deve se desenvolver também uma classificação ou agrupado, na medida em que esse material deve ser exposto ao público, de forma que possa recontar todo o processo. Análise Crítica e alunos da universidade, que atuarão com a participação da população. Este laboratório terá como objetivo desenvolver ações relacionadas à melhoria da qualidade urbana e a proposição de intervenções que possam fortalecer a identidade cultural. Seminário Internacional Qualidade urbana : Espaço urbano de identidade O “Espaço sinérgico” iniciará suas ações através de uma estrutura itinerante que facilita o acesso às informações recolhidas sobre o território e ambiente, como também o encontro entre população e técnicos, estimulando as primeiras discussões sobre a qualidade urbana. A sua vantagem é que possibilita o desenvolvimento de ações em curto prazo, simultâneas e difusas em todo território. Posteriormente ao desenvolvimento da etapa itinerante do “espaço sinérgico”, se prevê a criação de uma sede fixa, que poderá ser abrigada num espaço obtido através da requalificação ou construção de um edifício. Esta estrutura terá como função receber toda documentação recolhida através do concurso e da Oficina de ideias, atuando também como espaço multifuncional, onde poderão ser desenvolvidas atividades culturais, como cursos e mostras culturais itinerantes, e também outras atividades de necessidade local. MONITORAMENTO E ATIVAÇÃO DE PROJETOS Propostas e Projetos 2. “Espaço sinérgico” 94 Propostas e Projetos Qualidade urbana : Espaço urbano de identidade RESULTADOS ESPERADOS Este projeto possui como principais executores as Secretarias Estaduais e Municipais de Infraestrutura, Turismo e Cultura e a Ufal - Universidade Federal de Alagoas, através da FAL - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e o CTEC - Centro de Tecnologia, que devem ser responsáveis pela coordenação e monitoramento das ações previstas. A ação destes executores se acrescentará à presença da população que será tanto executora, como parceira, sendo representada através de associações de artesãos, agricultores e de moradores, como também de forma individual. Os Empreendedores privados podem ser considerados parceiros na medida em que podem ajudar na realização de pontuais requalificações de espaços públicos como a praça e orla, sabendo que um espaço de melhor qualidade será mais utilizado principalmente pela população local, tornando-se também mais atrativo para os turistas. Através das intervenções realizadas no território se pretende ao final do projeto ser possível identificar na região da Costa dos Corais: ? A existência de um ambiente urbano mais agradável, devido a uma efetiva manutenção participativa e reconhecimento de uma linguagem arquitetônica local; ? Os espaços públicos como referência da identidade local; ? A existência de espaços especializados para exposição de feiras agrícolas e artesanais; ? A consolidação do escritório de assistência técnica gratuita de Arquitetura e Engenharia de apoio a construção popular, possibilitando a melhoria das condições habitacionais; ? A cooperação entre os municípios da Costa dos Corais pela recuperação e manutenção do território; ? A consolidação do percurso turístico de atrativos culturais recuperados e criados. Projeto “a sua ideia na praça” BOAS PRÁTICAS Projeto cores de Entremontes e Ilha do Ferro Esta boa prática realizada nos municípios alagoanos de Pão de Açúcar e Piranhas, especificamente nos povoados de Entremontes e Ilha do Ferro foi financiada pelo Sebrae e trata-se de um estudo para a requalificação das fachadas residenciais e comerciais através da pintura. Este processo foi iniciado a partir da identificação das características de tipologias existentes e da variedade de cores mais representativas das localidades. Divulgação - web Putignano - Bari - Itália 2010 O projeto “a sua ideia na praça” tem como finalidade requalificar duas praças de maneira participativa, através do envolvimento de toda população para decidir de modo consciente e compartilhado quais usos e funções deve haver nas duas praças. A escolha de envolver a população na requalificação das praças nasce da consideração que a praça é o coração da cidade, o centro urbanístico e social, lugar de encontro, de eventos culturais e testemunho da história da cidade. Por essas razões a praça pertence a todos, então todos terão a possibilidade de exprimir sua opinião e dizer o que pensam da requalificação. O projeto inicia com um percurso participativo e envolvente, para recolher sugestões, compartilhar ideias e elaborar uma nova visão das praças. A programação é composta de diversos encontros, eventos públicos, mesas de discussão, para que todos possam se informar, discutir, participar de maneira ativa e responsável, e no final apropriar-se da própria praça. Seminário Internacional EXECUTOR E PARCEIROS de cultura; ? Sebrae – Possibilidade de financiar a requalificação de fachadas através de pintura; ? Fapeal – fornecendo bolsa de estudo para os estudantes da faculdade de Arquitetura e Engenharia. Divulgação - web duas praças; ? Concurso fotográfico – “A minha, a sua, a nossa praça”; ? Foco nas praças - Aprofundamento do uso e função; ? Laboratório conclusivo de síntese das funções - Escolha das funções prioritárias com os representantes da oficina de projeto. Divulgação - web Propostas e Projetos ? Ministério da Cultura - Financiamento para a criação de pontos ? Assembleia cidadã; ? Oficina de projeto participativo com toda população de Putignano; ? Galeria na Praça – mostra fotográfica e documental da história das Análise Crítica Programa de atividades RECURSOS 95 Propostas e Projetos MOTIVAÇÃO OBJETIVO GERAL A região da Costa dos Corais tem adquirido visibilidade ao longo dos anos, através de investimentos públicos e privados para expansão da atividade turística. A inclusão do município de Maragogi no Programa Nacional “65 Destinos Indutores”, do Ministério do Turismo, introduz a região no mercado competitivo entre os demais roteiros nacionais, com capacidade inclusive de atrair o turismo internacional. Diversificar o turismo na Costa dos Corais, valorizando as potencialidades de cada município, criando uma identidade comum ao território e integrando as atividades econômicas para sustentabilidade do desenvolvimento local. A partir de 2009, quando foi realizado o Seminário Internacional de Gestão do Desenvolvimento de Áreas Costeiras, foram lançadas iniciativas no sentido de estimular o desenvolvimento sustentável no território Costa dos Corais, culminando na realização do Seminário Turismos Desejáveis, realizado em Maragogi em 2010, com a participação de diversos especialistas internacionais e os principais atores locais da região, onde foram lançadas diversas propostas nas mesas temáticas (incluindo o tema de turismo), a exemplo da necessidade da diversificação do turismo na região da Costa dos Corais. Segundo os participantes do evento, é fato que o turismo pode vir a ser o principal vetor de crescimento da região, porém é necessário desenvolver “turismos” para ampliar os atrativos, ao mesmo tempo em que devem ser estimuladas outras potencialidades econômicas como estratégia de desenvolvimento integrado e sustentável, valorizando assim as vocações das comunidades locais. Com o intuito de evitar a dependência exclusiva do turismo de Sol e Mar presente na região, a diversificação do turismo é fundamental, desde que seja feita de forma organizada, para possibilitar ao turista uma visualização do potencial do território através da promoção das vocações individuais de toda a região, gerando mais emprego e renda e dinamizando o desenvolvimento local. Análise Crítica Ações 1. Realizar um mapeamento da vocação turística dos municípios na região, identificando por município ou grupo de municípios (microrregiões) aspectos ligados ao turismo que contemplem a vocação local; (03 meses) 2. Identificar nos municípios ou microrregiões os equipamentos turísticos presentes; (01 mês) 3. Criar rotas e roteiros turísticos pertinentes às vocações das microrregiões; (03 meses) 4. Identificar as associações e cooperativas que porventura se beneficiarão da diversificação turística; (06 meses) 5. Formar e capacitar atores locais para receber o turista de acordo com as características do tipo de turismo; (03 meses) 6. Formar e capacitar os operadores turísticos locais para a comercialização dos roteiros turísticos. (03 meses) CRONOGRAMA Propostas e Projetos Essa diversificação é uma estratégia necessária para o desenvolvimento local, visto que ao longo dos últimos anos o turismo é uma atividade econômica com acentuado crescimento no estado de Alagoas, além disso, a regionalização faz parte das ações norteadoras do programa “65 Destinos Indutores”, o que facilita a congruência de esforços entre governo federal, estadual e no caso da Costa dos Corais, dos oito governos municipais. a. Diversificação do Turismo E x e cu t or : C o r p o t é c n i c o d o “ C o m p r o m i sso p e l o Desenvolvimento” responsável pela gestão do turismo. Parceiros: Ministério do Turismo; Setur-AL; Fapeal; Secretarias de Turismo dos municípios; APL Costa dos Corais; Associações representativas do setor turístico; Associações de setores que se relacionam com as rotas/roteiros turísticos (artesãos, agricultores, pescadores, etc.); Resultados Esperados 1. Crescimento do fluxo turístico nos próximos 12 meses, de forma distribuída entre os 8 municípios da região; 2. Estimular o turista a uma permanência média de 07 dias; 1. DIVERSIFICAÇÃO DO TURISMO 2.VALORIZAR E PROMOVER UMA MARCA TURÍSTICA DO TERRITÓRIO 3. INTEGRAR AS ATIVIDADES ECONÔMICAS AO TURISMO 2 anos Outro grande problema da região é a sazonalidade, quer dizer, alta concentração de turistas em determinado período do ano e pouca concentração em outros, o que nos sugere que a diversificação do turismo pode estimular a chegada do turismo distribuída em todo o ano e a possibilidade de explorar outros atrativos além de sol e mar. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1 ano No momento, Maragogi concentra a maior parte de turistas e tem como principal produto explorado pelos operadores turísticos o turismo de Sol e Mar, o que restringe as potencialidades de oferecer outros atrativos e não valoriza a diversidade local em todos seus aspectos identitários (história, produção típica, estilo de vida, etc.). Seminário Internacional Turismos desejáveis para a Costa dos Corais 96 Propostas e Projetos Através da identificação de suas potencialidades a região da Costa dos Corais pode ser visualizada a partir de uma imagem única, facilitando a promoção no mercado nacional e internacional e desper tando na comunidade local um sentimento de pertencimento importante para o desenvolvimento social do território. Ações 1. Identificar através da diversificação turística um target turístico; (01 mês) 2. Criar uma marca turística territorial; (06 meses) 3. Criar um programa de sensibilização com a comunidade local sobre a importância e o valor de uma identidade territorial (12 meses) 4. Capacitar empresários da região para obter um melhor aproveitamento do uso da marca territorial; (03 meses) 5. Criar material promocional único da região Costa dos Corais exaltando as vocações das microrregiões; (03 meses) 6. Criar material promocional para o turismo nacional de acordo com as características deste público alvo; (03 meses) 7. Criar material promocional para o turismo internacional de acordo com as características deste público alvo; (03 meses) E x e cu t or : C o r p o t é c n i c o d o “ C o m p r o m i sso p e l o Desenvolvimento” responsável pela gestão do turismo. Parceiros:: Ministério do Turismo; Setur-AL; Sebrae-AL; APL Costa dos Corais; Associações representativas do setor turístico. Resultados esperados 1. Valorização da cultural local e fortalecimento do orgulho da população local; 2. Crescimento do fluxo turístico na região no período de baixa estação; 3. Crescimento do número de turistas internacionais; BOA PRÁTICA Integrar as atividades econômicas para geração de emprego e renda e envolvimento de todos os setores na atividade turística, for talecendo as atividades associativas, cooperativas e empreendedoras na região, para melhorar o desenvolvimento socioeconômico no território. A Prainha do Canto Verde é uma comunidade de pescadores, localizada a 120 km de Fortaleza-CE, considerada boa prática em desenvolvimento do turismo pautado na sustentabilidade do ambiente e na valorização das tradições comunitárias, como elementos propulsores do desenvolvimento local. As prioridades de trabalho da comunidade em relação ao turismo são: Ações 1. Identificar as atividades econômicas com potencialidade para integrá-las ao turismo; (02 meses) 2. Identificar as associações e cooperativas ligadas às atividades econômicas que possam ser interligadas ao turismo; (03 meses) 3. Incentivar o associativismo, cooperativismo e empreendedorismo dos pequenos empresários e/ou produtores das atividades econômicas identificadas; (12 meses) 4. Realizar encontros entre o trade turístico e os atores de cada atividade econômica; (12 meses) 5. Criar opções de rotas turísticas integradas com atividades econômicas. (12 meses) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Melhorar a gestão dos negócios; Melhorar a qualidade de serviços e produtos; Diversificar oferta de serviços e produtos; Estratégia de marketing em conjunto; Desenvolver as redes nacionais e globais; Capacitação: profissionalizar jovens empreendedores; Intercâmbio entre as comunidades; Inclusão de mais comunidades e redes; Fortalecer a Aliança Social entre comunidade e turistas. Análise Crítica b.Valorizar e promover uma marca turística do território C.Integrar as atividades econômicas ao turismo (Pesca, Agricultura, Artesanato, etc). Executor:: Corpo técnico do “compromisso pelo desenvolvimento” responsável pela gestão do turismo e das atividades econômicas identificadas. Parceiros:: Sebrae-AL; AFAL; Operadores turísticos locais; APL Costa dos Corais; Associações e Cooperativas das atividades econômicas identificadas; Secretarias de Turismo da região; Demais Secretarias com atividades afins. Resultados esperados: 1. Integração das atividades econômicas presentes no território se favorecendo das vantagens do turismo como atividade articuladora; 2. Geração do processo de consciência das vantagens do associativismo para região; 3. Contribuição com a diversificação turística; 4. Geração de emprego e renda para a população local; 5. Melhoramento das condições de vida dos habitantes do território; 6. Valorização das tradições e vocações da Costa dos Corais. Divulgação - web Propostas e Projetos 3. Captação de investimentos locais e regionais, aumentando o número de empresas conectadas com o setor turístico; 4. Valorização e promoção do turismo em nível nacional e internacional; 5. Contribuição para a criação de uma identidade do território através de ações condizentes com as vocações locais; 6. Contribuição no aumento de emprego e geração de renda através de serviços turísticos ofertados na região. Seminário Internacional Turismos desejáveis para a Costa dos Corais Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo 97 Propostas e Projetos Sol e Mar (Paripueira – Maragogi) PERNAMBUCO O fato da região ter conquistado o prêmio nacional de melhor roteiro segmentado de turismo de sol e praia mostra a potencialidade da região neste tipo de turismo, entretanto é necessário a melhoria da qualidade de serviços e estrutura, além de uma política ambiental comprometida com a sustentabilidade dos recursos naturais, a exemplo de normas que regulamentem a exploração dos recursos existentes. JACUÍPE NOVO LINO Maragogi JUNDIÁ Turismo de “Privacidade” (São Miguel Dos Milagres – Porto de Pedras) A situação em que se encontra essa microrregião é bastante particular, o fato de ser uma região de difícil acesso e ainda sem a “invasão” de grandes empreendimentos torna o lugar para visitação de “poucos”. A já existente rota ecológica, com pousadas de charme e sua gastronomia em nível internacional, favorece o ambiente tranquilo e reservado, ideal para aqueles que querem privacidade, conforto e um bom descanso. É importante nesse segmento interagir com as vocações locais através, por exemplo, da promoção de eventos ligados ao bem-estar (massagem, SPAs) ou eventos de nicho (literatura, música, etc). Seminário Internacional Turismos desejáveis para a Costa dos Corais Porto Calvo MATRIZ DE CAMARAGIBE Japaratinga Turismo da Melhor Idade (Japaratinga) JOAQUIM GOMES Importante segmentação turística para interligar economicamente e socialmente a zona rural com a zona costeira, contribuindo para o desenvolvimento e melhoria das condições de vida da população local, partindo das potencialidades do território para realizar agroturismo e/ou do turismo de experiência (vivência) exaltando a história local, o modo de vida dos habitantes, os produtos típicos, entre outras características. Porto de Pedras A proximidade com Maragogi e a tranquilidade oferecida pelo município faz deste local uma excelente opção para a realização do turismo de melhor idade. É um nicho em crescimento no país, uma vez que esse público dispõe de tempo livre e condições financeiras favoráveis para aproveitar o turismo. Análise Crítica Turismo Rural (Ligação da zona rural com a zona costeira) São Miguel dos Milagres Passo de Camaragibe Centro Administrativo (Porto Calvo) SÃO LUÍS DO QUITUNDE (Barra de Santo Antônio – Passo de Camaragibe) A abundante natureza desta região desperta a necessidade da preservação e conseqeentemente abre um grande espaço para o desenvolvimento do turismo ecológico e científico/pedagógico. A possibilidade da observação da rica fauna e flora (mangues, mata atlântica, caranguejos, etc.) junto à oportunidade de realização de pesquisas científicas sobre a biodiversidade local faz do roteiro um “museu” ao ar livre, um dos principais diferenciais do território em relação ao turismo sustentável. Além disso, a proximidade dos municípios à capital alagoana, onde se concentra o maior número de instituições de ensino, possibilita a inclusão de atividades pedagógicas ambientais na agenda escolar. Podem ser realizadas ações a exemplo de eventos ecológicos (semana ecológica), construção de empreendimentos turísticos com energia renovável, material reciclável, etc. Barra de Santo Antônio Pela sua estratégica localização, Porto Calvo agrega hoje uma série de serviços e tende a transformar-se em centro administrativo da região, no intuito de potencializar os serviços públicos e privados necessários para o desenvolvimento do território Costa dos Corais, diminuindo assim a dependência dos serviços hoje concentrados em Maceió. Propostas e Projetos Turismo Ecológico/Científico/Pedagógico Paripueira MACEIÓ 98 Propostas e Projetos O território que compreende a região Costa dos Corais é marcado por forte contradição. De um lado um patrimônio ambiental riquíssimo pela biodiversidade existente, de outro modo um frágil capital social e humano, caracterizado por índices relevantes de pobreza e desigualdade social, associado à baixa oferta de infraestrutura básica e poucas oportunidades de trabalho. Para apoiar a luta contra a pobreza e a inclusão social já iniciada pelo governo brasileiro, em parceria com organizações nãogovernamentais e instituições privadas, percebemos a necessidade de desenvolver atividades formativas, de capacitação e de assistência técnica específica, voltadas para a formação do capital social nas comunidades locais do território em questão, bem como articulação com programas de intercâmbio entre Brasil/Itália através da realização de seminários, palestras e ações de natureza comerciais. Parte do processo será focada em produtos típicos que possam ser inseridos no comércio nacional e internacional aos moldes da economia solidária. Percebemos que é um território fértil em possibilidades e podemos potencializar atividades já desenvolvidas, a exemplo da agricultura familiar que já é bastante difundida em todo território e em particular nos assentamentos do Movimento Sem Terra (MST) e Já o MST é presente de forma bastante acentuada principalmente no município de Maragogi, onde existem 22 assentamentos com mais de 1.200 famílias, sendo considerado o município com maior quantidade proporcional de assentamentos do Brasil. O MST é emblemático porque é o maior movimento social que luta pelo direito à terra e pela reforma agrária no país, e que tem como resultado a desapropriação de terras improdutivas e o assentamento de agricultores. Desse modo, pretendemos fornecer suporte ao desenvolvimento sustentável do sistema produtivo no Litoral Norte do Estado de Alagoas, estimulando a iniciativa de turismo rural, que deverá compreender ações para aperfeiçoamento da economia familiar e para valorização e proteção da cultura e da biodiversidade, enquanto aspecto estratégico para o desenvolvimento local da região da Costa dos Corais. OBJETIVO GERAL Gerar iniciativas de turismo rural através da qualificação da economia familiar, valorização da cultura e biodiversidade. O desenvolvimento da área rural no território da Costa dos Corais será através do fortalecimento das atividades com base familiar dos setores da agricultura, artesanato e suas interrelações, assim como a integração destas atividades com o setor turístico sustentável na forma de organização social tradicional. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Valorizar características específicas da zona rural; 2. Promover as atividades econômicas ligadas às vocações do território; 3. Integrar comunidades menos favorecidas ao turismo e aos turistas. ATIVIDADES PRINCIPAIS: 1. Identificação / criação de espaço físico / roteiros turísticos Através de estudo e de consulta aos atores locais, da sociedade civil organizada e da comunidade local, se pretende identificar e desenvolver roteiros de ecoturismo/geoturismo/turismo de experiência, acessíveis a partir dos principais pontos turísticos da região Costa dos Corais que devem exaltar os seguintes critérios: adequação, distinção, viabilidade, sustentabilidade. No cultivo agrícola familiar encontra-se um grande potencial para a observação pelos turistas da biodiversidade e o ciclo de cultivação do produto (sazonalidade, características, equipamentos, histórias. Com estas ações se pretende valorizar e promover a cultura e identidade local através da construção de uma interação com a região costeira trabalhando como vetor de integração de grupos “marginalizados” que atualmente são isolados dos percursos turísticos tradicionais. Ações 1. Identificação e desenvolvimento de rotas e roteiros turísticos; (04 meses) 2. Construção de trilhas, pontos de observação e aulas didáticas presenciais; 3. Acordo com produtores agrícolas, artesãos, grupos folclóricos e municípios para formatação do espaço para receptividade dos turistas; 4. Criação de estrutura física para receptividade turística; 5. Identificar informações, fotos, tradições e organizar instrumentos de comunicação; 6. Desenvolver acordos com o trade turístico local para organizar tours a zona rural e/ou ao espaço físico demonstrativo; 7. Capacitar atores locais sobre as vantagens do associativismo; 8. Capacitar atores locais com cursos de receptividade turística; 9. Criar associação dedicada ao turismo rural. Resultados 1. Criação de 01 ponto de apoio turístico com características vocacionais dos municípios como: agricultura familiar, artesanato, folclore, pesca, gastronomia, etc.; 2. Criação de 01 mostra permanente de fotos e documentos narrando a história local; 3. Fortalecimento da capacidade associativa dos atores da zona rural; 4. Criação de 01 associação de turismo rural. Análise Crítica MOTIVAÇÃO nos Quilombos. Os quilombos são assentamentos formados por descendentes de ex-escravos (fugidos da aristocracia escravocrata); no município de Passo de Camaragibe existe o segundo mais populoso do Estado, onde vivem cerca de 280 famílias, onde além da agricultura produzem artesanato e uma culinária peculiar com bastante influência histórica. Os quilombolas podem representar um importante traço histórico e cultural ajudando a promover a identidade da região. Propostas e Projetos Desenvolvimento sustentável do turismo rural e do setor econômico produtivo artesanal do território Costa dos Corais no estado de Alagoas: A Cultura, o saber, a tradição e seus habitantes. Seminário Internacional Turismos desejáveis para a Costa dos Corais 99 Propostas e Projetos Através do projeto se pretende acompanhar grupos familiares, sejam produtores agrícolas e/ou quilombolas, envolvendo-os no desenvolvimento do território, oferecendo suporte para o desenvolvimento de atividades de empreendedorismo, suporte ao start-up e consolidação de seus negócios. O crédito será gerado seja pelo custo da excursão que será ofertada ao turista, seja, pela degustação e/ou venda de produtos típicos característicos ao território. Desta forma acredita-se criar condições necessárias para a participação no sistema de governança do território. A criação de ponto de venda e de integração (entre turistas e sociedade local) é um ponto de força para o estímulo do empreendedorismo, pois com o espaço físico criado e o acréscimo de tecnologias se pretende superar os obstáculos estruturais e de acessibilidade presentes na região. O espaço físico é necessário para facilitar o processo logístico e comercialização dos produtos típicos oriundos dos setores agrícolas, pesqueiro e artesanais fortalecendo a economia solidária que pode ser identificado em nível nacional e internacional através da criação de uma marca territorial de qualidade. Com esta ação se pretende reforçar/criar competências de base social (àqueles que acolhem os turistas) e a formação de guias especializados (àqueles que orientam os turistas). O objetivo da atividade de formação é o de incentivar nos atores locais beneficiados pelo projeto a consciência da importância da biodiversidade existente no próprio território junto à importância da integração e do equilíbrio das atividades econômicas (turismo, agricultura, pesca, etc.) existentes no território. Ações 1. Organizar reuniões para consciência associativa, organizativa e produtiva; 2. Realizar um estudo para construção de marca territorial de qualidade; 3. Criação de 01 marca territorial de qualidade que contemple valores da produção familiar, processos sustentáveis e vocações territoriais; 4. Identificar tutores para acompanhar o público alvo (agricultores, artesãos, etc.); 5. Certificar as cadeias produtivas de produtos típicos; 6. Identificar produtos idôneos para a economia solidária. Resultados 1. Criação de um grupo informal/formal para gestão do espaço físico; 2. Criação de um associação de produtores para cada atividade econômica fortalecendo a comercialização dos produtos; 3. Comercialização de produtos inseridos na economia solidária com o mercado nacional e internacional (principalmente europeu). Ações 1. Formar/capacitar trabalhadores (agricultores, artesãos, etc) que podem ter contato direto e/ou indireto com o turista em receptividade turística; 2. Formar/capacitar promotores de turismo (estudantes, guias turísticos, operadores turísticos) sobre valorização da identidade territorial e produtos típicos da Costa dos Corais; 3. Aplicar pesquisa sobre hospitalidade familiar e perfil de marketing; 4. F o r t a l e c e r c a p a c i d a d e a s s o c i a t i v a / cooperativa/empreendedorismo das organizações e operadores locais (Bugueiros, agricultores, pescadores, etc.); 5. Identificar e formar tutores do projeto para acompanhar a construção de rotas turísticas que envolvam famílias e atores locais durante toda a fase de criação e consolidação dos negócios. Resultados: 1. Inserção de 20% dos trabalhadores da zona rural na atividade turística; 2. Capacitação de 90% dos operadores turísticos locais sobre história/cultura, valorização do ambiente, técnicas e comercialização do produto turístico; 3. Iniciar o processo de venda de produtos típicos da zona rural e artesanato para os turistas; 4. Valorização do turismo sustentável e do turismo rural; 5. Captar 01 projeto a cada 06 meses que contemple a zona rural da Costa dos Corais; Pr opone nte : F unde pe s – Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa Parceiros:: Ufal – Universidade Federal de Alagoas; Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; AHMAJA – Associação do trade turístico de Maragogi e Japaratinga; Lands Networks – Organização especializada em fornecer consultoria e formação de áreas protegidas; Legacoop – Associação de cooperativas italiana; Consórcio Iniciativa Solidária – especialistas que tratam da temática da economia solidária. Associados:: Municípios da Costa dos Corais; AEJATUR; CFR (Consórcio Ferrara e Pesquisa); Coopeagro; Senac; Parque Delta do Pó; Seplan. Recursos: 600.000 Euros (União Européia). Análise Crítica 3. Formação e assistência técnica para a cadeia produtiva de produtos típicos Propostas e Projetos 2. Identificação e assistência ao desenvolvimento de comunidades produtivas Seminário Internacional Turismos desejáveis para a Costa dos Corais 100 Propostas e Projetos OBJETIVOS AÇÕES A economia agrícola na região, como também na maior parte do Estado, se baseia na monocultura extensiva da cana-de-açúcaa r; aquela mais interessante para as potencialidades econômicas e ocupacionais, também de menor extensão, é aquela familiar ou de subsistência. A renda criada pela produção agrícola é estritamente ligada à necessidade familiar e a uma venda desarticulada do produto, sem um mercado específico no território que leve a ter uma venda não regularizada e fiscalizada, portanto sem um lugar físico onde negociar os produtos agrícolas. Porém, o sustento da agricultura familiarr representa uma das preocupações principais do governo brasileiro nos últimos anos, como demonstram o crescimento dos recursos e dos incentivos colocados à disposição deste setor nos últimos anos, como exemplo: Pronaf, Pais e PNCF. Consequentemente, existem algumas produções que conseguem alargar o mercado de referência, estendendo-as além dos limites do Estado e manifestando uma tendência ao crescimento nos últimos anos. Pode-se indicar a produção da banana, que é difusa particularmente em alguns municípios como Porto Calvo, Japaratinga e Maragogi. Este último tem presenciado um incremento da produção nos últimos anos de diversas centenas de toneladas (Seplan, 2008). Duas destas, Porto Calvo e Maragogi, são envolvidas no Programa de Aquisição de Alimentos - PAA, do Governo Federal coordenado pela Seagri. Aumentar a produtividade do setor agrícola através da indicação de novos espaços e métodos para a comercialização e a difusão do produto local. A longo período, a criação de uma marca de qualidade para os produtos da Costa dos Corais, com a qual se possa valorizar a agricultura sustentável. Curto prazo: (3 meses) - Ação-chave x Aumentar o conhecimento e a visibilidade da produção local; x Fortalecer o associativismo entre os pequenos e médios produtores locais; x Melhorar as condições de trabalho no setor agrícola através da regularização das atividades informais, elevação dos níveis de segurança, introdução de condições mínimas higiênico-sanitárias; x Selecionar os produtos locais, indicando quais investir através de políticas específicas; x Fortalecer as conexões entre a produção agrícola e o APL do Turismo; x Proteger as áreas rurais familiares para promover a conexão ecológica e igualdade social, com foco na terra utilizada pelos Quilombolas e os Sem Terra. 2. Uma maneira para difundir o conhecimento do produto local em todos os municípios da região e, como consequência, para abrir um mercado mais amplo para sua comercialização, é a disponibilidade de um ônibus itinerante, que possa transportar os produtos agrícolas para toda a costa. Como ponto de partida neste projeto e de integração, sugere-se a Coopeagro e os meios de que se dispõe. Médio prazo: (3 - 36 meses) 1. Sensibilização dos produtores que participaram da Feira da Fruta e que decidiram associar-se ou como primeiro passo de colaborar, para a importância da tutela do terreno agrícola para elevar a qualidade e a sustentabilidade da produção, coadjuvado pela inserção da tecnologia social; Longo período: (36 - 60 meses) 7. Desenvolver linhas de produtos derivados dos produtos básicos agrícolas, como exemplo: banana, sabão, sucos, xaropes, doces, objetos de artesanato, para alargar o mercado a partir do diagnóstico das potencialidades de vendas dos produtos. Tais produtos podem se difundir pelo território em uma estrutura específica (“casa da banana”, “casa do coco”, etc); 8. Promover um percurso para o reconhecimento dos produtos locais como produtos de qualidade em nível estadual, com a colaboração entre entes públicos e os produtores. A marca de qualidade leva em conta não somente os aspectos inerentes à qualidade do produto, mas também os aspectos sociais. Reconhecer a marca não significa apenas considerar a qualidade do produto final, mas é ter um instrumento de controle sobre a ética das pequenas empresas e promover uma qualidade social e de vida a todos os sujeitos envolvidos. 2. Fortalecimento e melhoramento da produção do território, usando programas já existentes como o Pronaf e o PNCF; 3. Ações de assistência técnica considerando a possibilidade de instituir a figura profissional de um agrônomo especializado que trabalhe em direto contato com os produtores locais. Esta figura profissional pode ser disponibilizada pelo Seagri para acompanhar os pequenos produtores na aquisição de novos métodos de produção; 4. Acompanhamento das novas associações e cooperativas e também das já existentes, na produção de qualidade e na procura de estratégias de mercado para a comercialização dos produtos; 5. Criação de uma “rota de comércio”, com postos de venda reservados aos produtores associados, ou de cooperativas já existentes, localizadas em pontos estratégicos para a acessibilidade e para o fluxo turístico; Propostas e Projetos Desfrutando desta tendência, esta produção poderia representar o momento para iniciar a execução de um projeto-piloto destinado a melhorar as condições de comercialização e difusão do produto. Tal projeto representaria um “ponto-chave” para fortalecer as vocações produtivas naturais do local e das técnicas agrícolas tradicionais, implementando com programas existentes, como por exemplo, o Pais (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável) que está atualmente em andamento em dois municípios da Costa dos Corais: Barra de Santo Antônio e Porto de Pedras. Estão em curso no território diversos programas referentes à capacitação dos trabalhadores do setor primário. Estes, porém, frequentemente se atêm ao treinamento de base sem dar a devida atenção às possibilidades de comercialização do produto e ao melhoramento das conexões com os outros setores produtivos. Normalmente, de fato, os pequenos produtores confiam a venda a um intermediário, que não oferece garantia da venda duradoura e um retorno econômico adequado. Daí nasce a exigência de superar este problema, oferecendo novos espaços para a venda e mercados diversificados. Objetivos Específicos 1. Realização de uma “Feira da Fruta” de produtos regionais e seus derivados, coordenada pelo APL de Turismo da Costa dos Coraiss. Isto deve favorecer o encontro e conhecimento entre os pequenos produtores locais e os operadores turísticos. O evento é o momento para convidar os protagonistas de boas práticas brasileiras que sejam exemplo de como possa funcionar a integração entre os setores econômicos (Coopeagro, fruta sustentável, associações de hotéis e pousadas, etc.). 6. Organização de eventos (feiras, jornadas de agricultura, etc.) realizados periodicamente no tempo, nos quais os representantes das associações e cooperativas possam apresentar seus produtos, trocar informações para criação de rede e conhecimento das tipologias produtivas. Esta ação é diretamente vinculada com o projeto para o desenvolvimento do turismo rural “Turismos Desejáveis”; Análise Crítica MOTIVAÇÃO Seminário Internacional Produção frutífera de qualidade na Costa dos Corais 101 Propostas e Projetos Produção frutífera de qualidade na Costa dos Corais FINANCIAMENTOS PARA O FOMENTO O projeto piloto para a sua realização necessita de uma série de sujeitos que sejam integrados e colaborem sobre o mesmo nível em modo transversal, para concretizar as ações propostas sobre o território. Nível Federal Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário MCT - Ministério Ciência e Tecnologia Os primeiros sujeitos a serem envolvidos devem ser os produtores, os empreendedores de setores já existentes ou de novas associações e cooperativas que passem a existir. Sucessivamente é necessário instaurar a colaboração com as associações de categoria que representam os trabalhadores a fim de instaurar um processo produtivo ético e qualificado, no que diz respeito às normativas existentes sobre direito dos trabalhadores. Nível Estadual Seagri - Secretaria de Agricultura SECTI - Secretaria de Ciência e Tecnologia Sebrae - Serviço de apoio às micro e pequenas empresas Em uma segunda fase, devem intervir outros sujeitos de natureza pública, os quais representam os recursos materiais, tecnológicos e de recursos humanos para a formação dos empreendedores e dos trabalhadores. Primeiramente, é necessário envolver a municipalidade como sujeito territorial diretamente interessado ao crescimento e à integração da região. A partir de então, isso significa ramificar as instituições envolvidas, colaborando com os entes públicos que tenham papéis bem definidos na perseguição das ações propostas. Também devem ser envolvidos no processo, entes como o SECTI, que seria a referência para o apoio e assistência técnica na introdução de novas tecnologias, além da introdução de novas tecnologias sociais. Nível Municipal Secretária Municipal de Agricultura Entes Transversais BB- Banco do Brasil BNB - Banco do Nordeste BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento Programas presentes no Estado de Alagoas, identificados na Costa dos Corais Pronaf: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Incra: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária PNCF: Programa Nacional de Crédito Fundiário Análise Crítica EXECUTORES E PARCEIROS Propostas e Projetos x Estabelecer contato com outras experiências de sucesso, dentro de 3 meses; x Organização da “Jornada da Fruta”, dentro de 3 meses; x Ônibus operativo no território dentro de 3 meses; x Linhas guia para o pacto ético e produção sustentável entre os produtores dentro de 12 meses; x Agrônomo social atuando no território dentro de 12 meses; x Espaço da rota do comércio realizado dentro de 12 meses; x Associação ética entre os produtores constituída dentro de 24 meses; x Proposta de marca de qualidade dentro de 36 meses; x Linha de produtos derivados realizados dentro de 48 meses; Seminário Internacional O Senac e Senar podem desenvolver um papel mais amplo, eles teriam o compromisso de formar o corpo técnico empenhado no desenvolvimento do projeto, com pequenas ações de dupla natureza, seja técnica no processo de produção para os agricultores (Senar), que imaterial, no que diz respeito à formação de sujeitos aptos à executar serviços administrativos para a gestão financeira e contábil das pequenas propriedades formadas e dos pontos de venda (SENAC). RESULTADOS ESPERADOS: 102 Propostas e Projetos Características Componentes Indicadores de qualidade externos Atributos tangíveis, pelos quais a experiência doconsumidor permite verificação Atributos intangíveis, ligados à crença, a experiência não permite verificação 1) Tamanho: dimensões, peso e volume; 2) Forma: diâmetro longitudinal ou transversal; Aparência 3) Cor: intensidade, uniformidade; 4) Brilho: lustre, aparência externa; 5) Defeitos físicos: externos e internos, físicos ou mecânicos, patológicos e/ou entomológicos; 1) Firmeza, dureza, maciez; Formação fisiológica 2) Fragilidade ou resistência; 3) Suculência e granulosidade. Presença de substâncias alimentares Presença de resíduos 1) Informações sobre o processo 1) Frescor: manutenção de todas 1) Segurança do consumo; as características do fruto; de produção; 2) Respeito ao meio ambiente; 2) Comodidade do consumo: 2) Sinais de qualidade: marca, adequação ao estilo do 3) Salubridade; selo; consumidor; 4) Características ligadas à saúde; 3) País de origem; 3) Satisfação: prazer de 5) Aspectos sociais da produção. consumir aquele fruto. 4) Reputação do distribuidor (marca do supermercado, marca do importador). Doçura (brix), acidez (ácidos), amargo, aromas. Presença de proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e sais minerais. Substâncias tóxicas e contaminantes. Fonte: Araújo apud Siriex, 2000 1. Na cidade de Junqueirópolis, interior de São Paulo, um grupo de fruticultores em parceria com o Sebrae, buscou formas de melhorar a qualidade na produção da acerola como também ampliar suas vendas. A solução encontrada foi adequar a produção às técnicas da sustentabilidade conquistando o selo “Global GAP”, que se trata de uma instituição europeia de certificação sustentável. Cidade: Junqueirópolis (São Paulo) Cultura: Acerola Nome do selo: Global GAP Inclui: Apoio de agrônomo para assistência técnica, controle de pragas de forma natural, respeito ao meio ambiente, responsabilidade social Publico alvo: Estado de São Paulo Ano do início: Maio de 2010 2. Na região Nordeste do Estado de São Paulo, quatro municípios considerados próprios para o cultivo de cafés de qualidade, por seu clima, solo e altitude, desenvolveram juntamente com a marca Café do Ponto, um projeto de cafeicultura sustentável para ser aplicado em pequenas propriedades familiares. Trata-se de um sistema de produção agrícola competitivo, produtivo e eficiente que, ao mesmo tempo, preserva o meio ambiente e melhora as condições socioeconômicas das comunidades locais. Região: 04 municípios de São Paulo (Serra Negra, Amparo, Socorro e Monte Alegre do sul) Cultura: café Nome do produto: Café do ponto - safra social Nome do selo: UTZ Certified (selo de qualidade de produtos sustentáveis) Inclui: adoção de métodos de trabalho seguros, cumprimento das leis, respeito à segurança alimentar, às boas práticas agrícolas, ao meio ambiente e ao comércio justo. Público alvo: Comércio nacional e internacional; Ano de início: Implementação do selo em 2006. Divulgação - web Análise Crítica Indicadores de qualidade intrínsecos BOAS PRÁTICAS DE UTILIZAÇÃO DE SELO SUSTENTÁVEL NO BRASIL Propostas e Projetos Indicadores e atributos de qualidade das frutas frescas para o consumo direto Seminário Internacional Produção frutífera de qualidade na Costa dos Corais 103 Propostas e Projetos Divulgação - web INTRODUÇÃO MOTIVAÇÃO OBJETIVO GERAL Esta proposta nasce da expressa necessidade de gestão integrada na Região Costa dos Corais, e que se desdobra em processos, por vezes, desarticulados e setoriais com reduzida participação dos cidadãos. As motivações para a definição desta proposta foram identificadas tanto em visitas aos municípios, entrevistas aos atores locais (público, privado e sociedade) como a partir da análise de diagnósticos, planos e programas presentes ou não naquele território. A partir de então, as motivações identificadas foram: Uma certa dependência dos municípios e das comunidades em geral em relação aos governos estadual e federal; ? Tímido envolvimento da sociedade nos processos de tomadas de decisão e execução das propostas pelo desenvolvimento territorial; ? Sobreposição e desarticulação de planos, programas e projetos atuando na mesma área; ? Comunicação ineficiente em todos os níveis; ? Dificuldades em assimilar o associativismo, apesar dos esforços sistemáticos empreendidos pelo APL Costa dos Corais; ? Pouca integração entre os municípios, o que pode levar ao desperdício de recursos e ao não aproveitamento das oportunidades e levar à competição em detrimento da colaboração; Construir uma visão coletiva sobre a identidade territorial compartilhada pelos oito municípios compreendidos pelo APL Costa dos Corais. Em geral percebe-se que é necessário definir a visão geral e integrada da Região Costa dos Corais. Para tal é necessário responder questões como: qual a visão para o território? Quais os objetivos comuns que se quer alcançar? Que tipo de desenvolvimento se deseja? Assim, acredita-se que o processo de Governança aqui proposto através do estabelecimento do Compromisso pelo Desenvolvimento é um importante passo para a elaboração coletiva da gestão integrada do território. Divulgação - web OBJETIVOS ESPECÍFICOS ? Construir o Compromisso pelo Desenvolvimento através de um processo de governança aberto aos diversos atores locais (público, privado e sociedade civil); ? Criar espaços de comunicação para estimular e aumentar a participação de todos os atores locais a fim que juntos possam construir uma visão e uma gestão integrada do território; ? Identificar e desenvolver ações integradas em prol do desenvolvimento do território que sejam complementares entre elas e que sejam eficientes, eficazes e efetivas; ? Identificar e potencializar as especificidades locais a partir da diversidade e da pluralidade presentes na região. Análise Crítica Este novo processo de atuação sobre o território servirá para atuar sobre as propostas elencadas anteriormente e para estimular maior interesse pelo envolvimento de todas as partes da sociedade nos processos de Gestão Integrada. Divulgação - web Propostas e Projetos Desta forma, compreende-se que é imprescindível atrair e engajar os oito municípios do Arranjo Produtivo Local (APL) da Costa dos Corais a fim de que se possa ampliar um processo de governança já iniciado pelo arranjo, no intuito de que o mesmo seja intra e intersetorial somando esforços que resultem em atuações estratégicas coordenadas, planejadas e executadas coletivamente na Região. Seminário Internacional Governança: Compromisso Para o Desenvolvimento 104 Propostas e Projetos Fonte: divulgação web Governança: Compromisso para o Desenvolvimento 1. Lançamento (1mês): O Processo de Governança inicia-se com o Seminário Internacional “Turismos Desejáveis” (22, 23, 24.09.10) que através de nove mesas temáticas foram envolvidos ativamente numerosos atores locais de diferentes setores econômicos, sociais e ambientais. Dos debates estabelecidos, algumas diretrizes foram apontadas e foram aprofundadas em pré-projetos durante Workshop do Master Eco-polis sobre a Costa dos Corais em Alagoas e serão apresentadas, em Audiência dia 15.10.10. Identifica-se como última fase deste processo de estruturação do Compromisso pelo Desenvolvimento, que sugere ao Grupo Gestor as linhas estratégicas que ativam a elaboração e as ações dos projetos, formulados e executados pelo Grupo Técnico e monitorados pelo Grupo Científico. 3. Síntese preliminar (1 mês) Médio (3-5 anos) e longo prazo (5-10 anos) Reunião entre os representantes dos oito municípios para a construção compartilhada de uma agenda estratégica preliminar baseada nas prioridades identificadas pelos grupos temáticos que reunidos elaboram a análise FOFA setorial, para identificar os aspectos de Forças, Oportunidades, Fragilidades, Ameaças presentes na região. Assembleia semestral do Grupo Gestor, Técnico e Científico para apresentar o resultado do acompanhamento dos projetos e do percurso realizado até o momento. Avaliação da Visão Estratégica e da Gestão Integrada através de diversos instrumentos de avaliação atuantes em todas as esferas da sociedade, por exemplo: a partir de dados oficiais e questionários. Ações de comunicação e Marketing da imagem da região dentro e fora do estado de Alagoas. Início do Master Eco-polis Alagoas como oportunidade de especialização em análise e políticas para o desenvolvimento do território. 4. Elaboração do documento final (3 meses) Série de encontros para escrever o documento final do Compromisso pelo Desenvolvimento. 5. Apresentação e assinatura do Compromisso pelo Desenvolvimento 2. Análise diagnóstica participativa (5 meses) O processo continua com a realização de uma análise diagnóstica do território já iniciada durante a realização do Seminário Turismo Desejáveis e levada avante pelo Grupo Técnico (Seplan e Master Eco-Polis). Contemporaneamente, haverá a formulação de um portal (Web) para favorecer a divulgação e a participação no processo de todos os atores locais. Seminário Internacional O processo de Governança foi subdividido em seis fases, que devem ser realizadas em diversos pontos estratégicos de todos os municípios que compõem o APL em questão, caracterizando um percurso itinerante e possibilitando uma maior participação de todos os atores de forma democrática sem privilegiar lugar, setor ou ator específico. 6. Atuação e monitoramento Esse instrumento será útil também para a coleta de informações e dados formais e informais sejam eles: sobre o ambiente, socioeconômicos e de infraestrutura. Ainda para ampliar os espaços de participação serão organizados eventos para compartilhar o processo e formular um elenco de prioridades de atuação. Análise Crítica FASES DO PROCESSO DE GOVERNANÇA A organização de um Seminário, doze meses depois do início do processo, para a apresentação e aprovação de um documento final (Agenda Estratégica), a assinatura do Compromisso entre todos os atores e a concomitante formação do Grupo Gestor, cujo funcionamento e composição pode contar com a seguinte estrutura: Fórum, Conselho e Diretoria. POLI S/ALAGO MASTER ECO- 1 mês ano SÍNTESE E AGENDA ESTRATÉGICA PRELIMINAR ANÁLISE DIAGNÓSTICA PARTICIPADA LANÇAMENTO 2 01 3 05 06 ELABORAÇÃO ESTRATÉGICA DEFINITIVA APRESENTAÇÃO E ASSINATURA COMPROMISSO 4 5 09 MONITORAMENTO E ATIVAÇÃO DE PROJETOS ASSEMBLEIAS SEMESTRAIS IMPLANTAÇÃO E MONITORAMENTO 6 11 AS COMUNICAÇÃO E IMAGEM DO TERRITÓRIO 12 1ºANO 2ºANO 3ºANO 4ºANO 5ºANO Propostas e Projetos = ASSEMBLEIA PLENÁRIA MESAS TEMÁTICAS 10 ANOS 105 Propostas e Projetos Fonte: divulgação web Governança: Compromisso para o Desenvolvimento ar .A ag nto nio ibe Pedra s urismo ores T ended Empre Empreendedores Agricola Associaçao civil Porto Calvo Jarapatinga itu Prefe i ragog ra Ma Sindic Ar t esa c Pes o a Sistemas nat o m ris Tu PARTE PÚBLICA Agricultura Un ive rs ida de Ets ado Ala go as L AP atos PARTE PRIVADA Aponta as prioridades e Formação Grupos LINHA ESTRATÉGICAS PROJETOS PROJETOS Para o desenvolvimento do processo de Governança aqui proposto é imprescindível o engajamento de atores de diversos setores: público, privado, sociedade civil. A partir da formulação e assinatura do Compromisso pelo Desenvolvimento serão escolhidos os representantes para compor os grupos abaixo relacionados. Em tempo, é importante ressaltar que a rotatividade dos membros dos Grupos que constituem o Compromisso pelo Desenvolvimento é um exercício de democracia e de transparência. Grupo gestor Composição: representantes do poder público estadual e dos municípios, representante(s) da sociedade civil organizada, representantes dos empreendedores locais, representante(s) das universidades, representante(s) das organizações sindicais que, por sua vez, podem ser convidados permanentemente aos trabalhos deste Grupo. Dentre estes será(ão) eleito(s) do(s) Coordenador(s) deste Grupo Gestor. ? Papel: Órgão político e deliberativo. ? Responsabilidades: Fornecer as diretrizes políticas e aprovar o Projeto do Plano. 1. Nome: Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral – COLIT Descrição: O Conselho Territorial de Desenvolvimento do Litoral é um importante instrumento de gestão do território do Litoral do Paraná; tem atribuições diretas e legais, além de intentar e contribuir com articulação da construção de soluções para problemas regionais. Assim, participam da elaboração de planos diretores, de diagnósticos, possuem câmeras técnicas, enfim é consultivo, deliberativo e executivo. Grupo científico Composição: se sugere a formação de um grupo interdisciplinar de cientistas de alto nível proveniente, sobretudo, das Universidades Ufal, Uneal, Uncisal, Cesmac, mas também possa contar com profissionais altamente especializados que desenvolvam pesquisas na região bem como experts internacionais. Dentre aqueles será escolhido o coordenador do grupo. ? Papel: órgão de avaliação e monitoramento; ? Responsabilidade: fazer a avaliação e o monitoramento dos projetos e documentar este processo. Secretaria A secretaria deve ser formada por pessoa(s) especializada(s). Grupo técnico ? Responsabilidades: deve apoiar os grupos, gerir os aspectos Composição: um grupo interdisciplinar de profissionais de alto nível técnico e científico. Tal grupo pode ser contratado para desenvolver e implantar os projetos em conjunto com os técnicos dos municípios e/ou do Estado. Divulgação - web práticos e burocráticos, manter as relações entre os membros, organizar os encontros políticos e técnicos, os eventos com os cidadãos, assembleias e mesas temáticas, logística e comunicação. RESULTADOS ESPERADOS ? Constituição de espaços permanentes de participação; ? Agenda Estratégica para elaboração e execução dos projetos de Funçã o Monitoramento Função Deliberativa GRUPO GESTOR GRUPO TÉCNICO GRUPO CIENTÍFICO Funçã o executiva SECRETÁRIA Funçã o comunicativa TERRITÓRIO Seminário Internacional Ca m BOA PRÁTICA Análise Crítica Por to de do Atualmente, a Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento junto à equipe do Master Eco-Polis compõem o grupo técnico com o encargo de desenvolver as atividades nos doze primeiros meses. ? Papel: Órgão técnico executivo ? Responsabilidades: elaborar os projetos seguindo as diretrizes fornecidas a partir das exigências e sugestões que emergem dos seminários, fóruns, assembleias, reuniões e das mesas temáticas. Uma vez formado o Grupo Gestor, este definirá através dos diversos mecanismos participativos acima descritos as diretrizes para os trabalhos. desenvolvimento territorial; ? Compromisso pelo desenvolvimento estabelecido e assinado; ? Constituição dos Grupos Gestor e Científico; ? Acordo para a realização do Plano de Coordenação Territorial da Costa dos Corais; ? Imagem do território identificada e comunicada internamente e externamente ao Estado; ? Integração real entre os oito municípios do APL Costa dos Corais. ? Reconhecimento da região da Costa dos Corais como uma boa prática da política de regionalização; Unidades de Conservaçao 01.PARNA Saint Hilaire Lange 02.PARNA Superagui 03.PE Pau Oco 04.PE Pico do Marumbi 05.PE Roberto Ribas Lange 06.PE Pico Parana 07.PE Serra da Baitaca 08.PE Graciosa 09.PE do Bogueçu 10.PE das Lauráceas 11.PE da Ilha do Mel 12.EE de Guaraqueçabe 13.EE de Guaraguaçu 14.EE Ilha do Mel 15.FE do Palmito 16.PF Rio da Onça 17.APA de Guaraqueçaba 18.APA Cuaratuba 19.APA de Guaraqueçaba 20.AIET Marumbi 21.RPPN Momo da Mina 22.RPPN Salto Moreto 23.RPPN Sebuí 24.RPPN Águas Belas Propostas e Projetos ra S ira so Bar S. Miguel dos Milagres ipue Par Pa s EXECUTORES 106 Propostas e Projetos Conclusões 107 Análise Crítica Seminário Internacional Conclusões CONCLUSÕES Análise Crítica Seminário Internacional Divulgação - web O território do APL Costa dos Corais representa atualmente um desafio sugestivo: a oportunidade, a possibilidade e as aspirações existentes são índices de potencialidades latentes que querem emergir. As iniciativas múltiplas em curso, se corretamente geridas e governadas, podem determinar benefícios difusos a todos os níveis. As expectativas de desenvolvimento e de mudança, portanto são hoje muito elevadas. Ao contrário, quando as expectativas são elevadas, também são altos os riscos de desilusão e desmotivação. Por esta razão é necessário um forte empenho e uma forte responsabilidade da parte de todos os atores operantes no território, em todos os níveis, para maximizar as iniciativas positivas do território e remover os obstáculos que ainda permanecem. Por este motivo é necessário agir em tempo breve com ações que determinem resultados imediatos e visíveis, capazes de coagular e envolver diversos atores e interesses, porém sem perder de vista a necessidade de programar políticas de desenvolvimento a longo prazo. Somente desta forma se poderá passar de um território não desejável àquele que queremos. Propostas e Projetos A construção de um processo de governance territorial para a Costa dos Corais pode contribuir para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento humano, ao empreendedorismo, à geração de crédito e de ocupação, a preservação do ambiente e ao melhoramento da qualidade urbana. 108 Propostas e Projetos Glossário | Referências bibliográficas | Anexo Diário 109 Análise Crítica Seminário Internacional Glossário Divulgação - web COMPROMISSO O: corresponde a uma obrigação contraída através da ação voluntária por parte de cada ator local, seja público ou privado, de ceder parte de seu poder no intuito de cooperação em um processo de governança integrado, que supera o interesse individual em prol dos interesses coletivos. AGRICULTURA FAMILIAR: Considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. ARQUITETO E ENGENHEIRO SOCIAIS: Tem como função promover a assistência técnica gratuita a população de baixa renda na construção de edificações mais seguras, baseada no uso de manuais técnicos de construção, possibilitando a melhoria das condições habitacionais. ARTESANATO TRADICIONAL: Conjunto de artefatos mais expressivos da cultura de um determinado grupo, representativo de suas tradições e incorporados à vida cotidiana, sendo parte integrante e indissociável dos seus usos e costumes. A produção, geralmente de origem familiar ou comunitária, possibilita e favorece a transferência de conhecimentos de técnicas, processos e desenhos originais. Sua importância e valor cultural decorrem do fato de preservar a memória cultural de uma comunidade, transmitida de geração em geração. B BIOINDICADORES S: espécie animal, planta ou fungo particularmente sensíveis a mudanças resultantes de fatores poluentes ao ecossistema. D DESTINOS INDUTORES: Aqueles lugares que possuem infraestrutura básica e turística além de atrativos qualificados, que se caracterizam como núcleo receptor e/ou distribuidor de fluxos turísticos. São aqueles capazes de atrair e/ou distribuir significativo número de turistas para seu entorno e dinamizar a economia do território em que está inserido. E ECONOMIA SOLIDÁRIA A: É uma inovadora alternativa de geração de trabalho e renda, a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. ECOSSISTEMA: Conjunto de seres vivos e do meio ambiente em que eles vivem, e todas as interações destes organismos com o meio entre si. ESTATUTO DA CIDADEE: Lei Federal que regulamenta os art. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo diretrizes gerais da política urbana através de normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem- estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. G GEODATABASEE: é um banco de dados relacional que armazena dados geográficos. GEORREFERENCIAMENTO O: é tornar as coordenadas de uma informação geográfica conhecidas num dado sistema de referência, este processo é iniciado com a tomada das coordenadas dos pontos de controle da imagem a serem georreferenciadas. GESTÃO SOCIAL: condiz com o empoderamento da sociedade, com a formulação de compromissos entre o público e o privado, garantindo a participação social na gestão pública que requer sistemas descentralizados, baseados em forte participação, maior densidade de informação, parcerias e articulações em rede. GOVERNANÇA A: é um processo que funciona a par tir da inclusão e responsabilização de diversos atores (Governos, sociedade civil e iniciativa privada) com seu papéis, princípios, normas e procedimentos compartilhem e delineiem um desejo de construção coletiva. Com este processo se espera a parte de uma comunicação mais eficiente, estimular a participação dos cidadãos de forma efetiva e usando mecanismos de avaliação constantes e transparentes. GPS:: (Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global) é um sistema de posicionamento que nos dá as coordenadas de um lugar a partir de um receptor de sinais emitidos por satélites. Tem cobertura global e contínua, é gerenciado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos da América. I INDICADORES: físicos, químicos, biológicos ou socioeconômicos que melhor representam os elementos-chave de um ecossistema complexo ou problema ambiental. Um indicador é incorporado a uma estrutura bem desenvolvida interpretativa e tem significado para além da medida que ela representa. K KNOW HOW: Literalmente significa “saber como fazer” e refere-se ao conhecimento de processos, práticas e habilidades relacionadas ao saberes locais e tradicionais. L LABORATÓRIO URBANO: Um laboratório formado por técnicos, professores e alunos da universidade, que atuam com a participação da população. Este laboratório tem como objetivo desenvolver ações relacionadas à melhoria da qualidade urbana e a proposição de intervenções, a partir de mesas de discussãoo, possibilitando que a população se informe e participe de maneira ativa e responsável. MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS: Ações e interventos para atenuar danos ou problemáticas causadas no meio ambiente. M Seminário Internacional AGENDA ESTRATÉGICA A: compreende a definição e hierarquização das prioridades e ações para o desenvolvimento estratégico do território. Que é discutida e acordada entre todos os representantes dos diversos atores presentes no território, que se empenham em respeitar tal programação no tempo e nos pontos decididos. Estes dados são armazenados, analisados e consultados como layers semelhantes a ficheiros shape. Facilita a gestão de dados, atualiza automaticamente comprimentos, áreas e perímetros, relações entre classes, regras para manutenção da inegridade referencial etc. Preserva a localização espacial dos elementos e das informações a eles ligadas. Análise Crítica C MONITORAMENTO O: é a coleta contínua de informações sobre uma temática específica (projeto, processo, fato, fenômeno) a fim de acompanhar o comportamento do mesmo e relatá-lo a fim de que funcionem como subsídio na tomada de decisões e aperfeiçoamento. O OBSERVATÓRIO: é um centro ou dispositivo de observação criado por entidades públicas, privadas, instituições ou organizações, para disponibilizar dados ou acompanhar a evolução de um fenômeno, de um tema estratégico, no tempo e no espaço. Permite definir indicadores, cujos cálculos necessitam estar atualizados para a realização de análises, sínteses. Propostas e Projetos A 110 Glossário PARCELAMENTO DO SOLO URBANO: é estabelecido mediante loteamento ou desmembramento, versa sobre a subdivisão de glebas, áreas ou terrenos indivisos em lotes. É primordialmente regulamentado por Lei Municipal, fundamentado pela Lei Federal n.º 6.766/79, alterada pela Lei Federal n.º 9.785/99. PLANEJAMENTO: é o momento de tomada de decisões e estabelecimento das diretrizes e das estratégicas, a partir das capacidades e dos recursos (materiais, humanos, tecnológicos, financeiros, etc.) mobilizados e de arranjos institucionais, em função das prioridades de intervenção discutidas para os territórios e materializadas na forma de plano; PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: é o processo técnico e político de decisão compartilhada e consensuada sobre as ações necessárias ao desenvolvimento territorial, que assegura o envolvimento efetivo dos diversos atores sociais na apreensão da realidade e na definição das prioridades (BUARQUE, 1997). Q QUALIDADE PRODUTO-QUALIDADE SOCIAL: Estes dois conceitos devem ser colocados em teste no mesmo instante, ou seja, a qualidade do produto agrícola, graças também a conformação do território e aos meios de produção, se unem a uma QUALIDADE URBANA: considera-se como um cenário desejado para o meio urbano, onde existe relativa harmonia entre os diversos aspectos, relacionada à qualidade dos edifícios, espaços públicos e infraestrutura possibilitando o desenvolvimento das necessidades dos cidadãos. SUSCETIBILIDADE COSTEIRA: Refere-se à possibilidade de um sistema costeiro de ser suscetível ao aumento ou não do nível do mar. R T RECUOS S: são os afastamentos obrigatórios da edificação com as divisas do lote (fundos e laterais) e com a frente do mesmo. TECNOLOGIA SOCIAL: Introduzir instrumentos tecnológicos que tome exemplo de métodos tradicionais de trabalho, de modo que não mude totalmente aquilo que são as reais atitudes e vocações locais, fornecendo a possibilidade de se melhorar sem transformar radicalmente. RESILIÊNCIA: potencialidade ou possibilidade que um determinado sistema pode resistir a um dano, possibilidade esta determinada pela sua própria elasticidade ou de recuperação em respeito ao dano. A resiliência é então o oposto da vulnerabilidade. ROTA COMERCIAL: ação pontual do projeto piloto “Implementação e Desenvolvimento da Produção Frutífera de Qualidade na Costa dos Corais”, que se proponha a criar um percurso entre os municípios da costa dos corais para difundir de modo itinerante um particular produto agrícola. S SISTEMA: Objetos individuais (ambientes como água, solo, montanha, etc. ou mesmo humanos como habitações, propriedades fundiárias, veículos, etc.), sistemas ou subsistemas (componentes ambientais como o sistema hidrológico, ecossistema marinho costeiro, ou mesmo, sistemas humanos como sistema econômico, sociossanitário, de transporte, produtivo, etc.) SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICO (SIG OU GIS): é um sistema informatizado para captura, armazenamento, verificação, integração, manipulação, análise e visualização de dados relacionados a posições na superfície terrestre". TERRITÓRIO O: Espaço que sintetiza e materializa num determinado espaço geográfico um processo social, econômico, ecológico e cultural complexo, em interação com outros espaços diferenciados. Não se limita a uma simples demarcação geográfica ou políticoadministrativa, traçado de forma mais ou menos arbitrária ou como reflexo de interesses políticos, mas só existe enquanto articulação e relação com outros espaços ou formações socioculturais (BUARQUE, 1986). TURISMO ECOLÓGICO OU ECOTURISMO O: Surge no Brasil como uma proposta de contemplação e conservação da natureza. Os debates sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis atingem a atividade turística e inserem uma nova maneira de vivenciar e usufruir as paisagens rurais, as áreas florestadas, as regiões costeiras, entre outros ecossistemas que são vistos como possíveis para um modelo de turismo mais responsável. TURISMO NA AGRICULTURA FAMILIAR: é a atividade turística que ocorre no âmbito da propriedade dos agricultores familiares que mantêm as atividades econômicas típicas da agricultura familiar, dispostos a valorizar, respeitar e compartilhar seu modo de vida, o patrimônio cultural e natural, ofertando seus produtos e serviços de qualidade e proporcionando bem-estar aos envolvidos. TURISMO RURAL: Conjunto das atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. V VISÃO O: Corresponde à imagem que se deseja para o futuro da região, para chegar a essa imagem é necessário o estabelecimento de um processo cujas ações são definidas para curto, médio e longo prazo onde todos os atores atuam de forma integrada, organizada e perseverante na gestão do processo, nas decisões, na execução e na avaliação do compromisso VOCAÇÃO LOCAL: Particularidade do território que é ligada a fenômenos naturais, culturais ou tradicionais nos métodos produtivos, para utilizar como base para inovar e desenvolver uma região sem modificar radicalmente o seu valor. VULNERABILIDADE: Potencial ou possibilidade que um determinado sistema pode ser danificado durante certos distúrbios, possibilidade esta, determinada essencialmente pela incapacidade do sistema de tolerar estas perturbações. Seminário Internacional PACTO ÉTICO: Instrumento que é instituído entre os produtores a fim de que se possa instaurar um clima de confiança na gestão das problemáticas ligadas a produção do produto, aos métodos de trabalho e ao salário, com o objetivo de um trabalho prioritariamente formal com regras que venham a respeitar todos. SISTEMA VIÁRIO MUNICIPAL: compreende o conjunto de vias de diversas características que promovem a mobilidade no município como um todo, sendo compreendidas as vias urbanas e as rodovias municipais de ligação rural/rural e urbano/rural. Análise Crítica PACTO O: aliança formal de todos os atores seja: público, privado e sociedade civil organizada, empenhados em identificar as linhas estratégicas, definir e executar os projetos. Há uma validade expressa em tempo e representa a cessão voluntária de cada expressão individual de poder por uma ação política compartilhada e construída por todos. qualidade social; esta permite dar condições excelentes (de excelência) para o trabalhador criando no mesmo momento uma competitividade socioeconômica no território para a comunidade. Z ZONEAMENTO: é o mecanismo de planejamento urbano que visa caracterizar formas de uso e ocupação do solo, estabelecendo zonas com funções específicas, de modo a orientar os investimentos e disciplinar as atividades. Propostas e Projetos P Fonte: divulgação web 111 Referências bibliográficas -ARAÚJO, Fábio Boretti Netto de. Participação popular e a construção do espaço público. [Dissertação] Mestrado em Urbanismo do Centro de Ciências Exatas, Ambientais de tecnologias/PUC, Campinas, 2007. –BRASIL. Ministério do Turismo. Caracterização e dimensão do turismo doméstico. Brasília: MTUR, 2009. Disponível em: <www.turismo.gov.br.>. 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Fabricação de Bolo de Goma de Maragogi Visita à Agência de Receptivo Local Tropicana Visita à Receptivo Local Costa Azul Artesano do coco (Arte em Coco Produtos Ecológicos – Artesão Iran Luna) Entrevistas com habitantes locais em Maragogi Grupo B Saída com Rochana Campos De Andrade Lima - Profesora do Instituto de Geografia, Desenvolvimiento e Meio Ambiente – Ufal. Visita ao município São José da Coroa Grande-PE Visita à Barra Grande (Maragogi) Visita à Praia do Boqueirão (Japaratinga) Visita à Pousada do Alto (Japaratinga) 19.09.10 Grupo A Visita ao assentamento Bom Jesus (Maragogi) - Coord. Irmã Miriam Zendron - Coordenadora do Projeto Semear a Vida Grupo B Visita ao Projeto Peixe-boii (Rio Tatuamunha) Encontro com Maria Marta da Silvaa e Cícero de Oliveira Associação Aribama Visitas às pousadas: Borapirá, Vila Pantai, do Toque 20.09.10 Maragogi Mergulho nas Barreiras Recifais. Visita Técnica às piscinas naturais de Maragogi com o instrutor Erasmo Rochaa - Técnico Ambiental 22/23 e 24 de Setembro de 2010 Seminário Os Turismos Desejáveis Hotel Salinas (Maragogi) 25.09.10 Paripueira Palestra sobre o “Projeto Orla/Costa dos Corais” João Lessaa - Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos/AL 28.09.10 Maceió - SEPLAN Palestra “Aspectos Geográficos e biodiversidade Monica Dorigoo – Profa. da Ufal Palestra “Projetos Inovadores na Costa dos Corais” Fábio Leãoo - Afal Palestra “Associativismo e Cooperativismo no Brasil e na Região Costa dos Corais” Marcos Rochaa – OCB-AL Palestra de Márcia Túliaa - Projetur 29.09.10 Visitas técnicas à Maceió SEINFRA - Secretaria de Estado de Infraestrutura de Alagoas Marisa Torress - Superintendente de Política Habitacional Juliana Martinss - Diretoria de Desenvolvimiento Urbano Nilson Andradee - Diretoria de Apoio e Assistência Técnica aos Municípios Jamerson Cavalcantee - Seinfra SEAGRI - Secretaria de Estado da Agricultura de Alagoas Edson Maruta - Superintendente do Desenvolvimento Agropecuário Marcelo Maiolo - Gerente do Programa Especial Quilombola SECTI - Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas Janesmar Camilo Cavalcantee – Secretária da SECTI Augusta Menezess - Diretoria de Políticas da SECTI Margarida Maria Rocha Albuquerque - Diretoria de Articulação Institucional e Cooperação Técnica Fátima Pinto - Diretoria de Apoio e Fomento à Estruturação de Parques Tecnológicos José de Lima Filho - Gerente de Programa Janaina Galdino de Barros - SECTI Roberta Rocha Minervino - SECTI SEE – Secretaria de Estado de Educação e do Esporte de Alagoas Kátia Câmara de Carvalho - Chefe UNMP/CEGP Tércio Alexandre da Silva - CEGPO Teógenes M. Café – Assessoria de Gabinete Maridalva Santos Passos Campos – DIAGE/SUGER Angela Maria Costa do Santos - Superintendente de Políticas Educacionais UNCISAL – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas Rozangela Maria de Almeida Fernandes Wyszomirska - Reitora IMA - Instituto do Meio Ambiente Gustavo Carvalho - Diretor técnico Ricardo César de Barros Oliveira - Coordenador do Programa de Gerenciamento Costeiro de Alagoas IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Nazir Salmann - Engenheiro Florestal SEMARH – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Rochana Campos de Andrade Limaa - Superintendente de Recursos Hídricos Anivaldo Mirandaa - Superintendente de Meio Ambiente João Lessa de Azevedoo - SEMARH 30.09.10 Participação dos Alunos na Jornada Turística da Costa dos Corais (Maragogi) 04.10.10 Maceió Ufal Palestra do Prof. Lindemberg Medeiros de Araujoo – Geógrafo FAL/Ufal (Estava presente também a Profa. Adriana Capretzz, Coordenadora do Mestrado de Arquitetura/Ufal) Entrevista com o Prof. Paulo da Cruz e Luiz Antonio Cabral (Administração de Empresa/Ufal) Entrevista com Prof. Niraldo Fariass (Responsável pelas Relações Internacionais/Ufal) Entrevista com a Magnífica Reitora. Ana Dayse Rezende Dorea (Reitora/Ufal) 05.10.10 Passo de Camaragibe Encontro com: Josina Quirino - Secretária da Saúde Érica Torress - Secretária do Turismo Aramis Alvess - Turismólogo (Secretaria da Cultura) Isabel Cristina - Coordenadora Local do Programa Territórios da Cidadania 06.10.10 AABB Entrevista com Secretários Municipais e outros Técnicos: Gilson Ângelo - Secretário de Meio Ambiente e Turismo de Barra de Santo Antônio Hebert Freire - Secretário de Turismo de Maragogi Ana Cristina C. Silva - Universidade Aberta do Brasil - Sede de Maragogi Luiz Antônio Lula – Secretário de Agricultura de Maragogi Cícera Cristinaa – Diretora Geral de Ensino - Maragogi 07.10.10 Japaratinga Tony Bleuler - Presidente da Aejatur Anna Cláudia Marquess - Gestora do APL Costa dos Corais Alyne Vieira - Seplan Renato Lôbo - Secretaria de Estado do Turismo de Alagoas 08.10.10 Visitas técnicas em Maceió SEBRAE Vanessa Fogá Rocha - Gerente da Unidade de Turismo, Artesanato e Cultura Ana Cristina Moreira - Coordenadora do APL Lagoas e Mares do Sul SENAC Enezia Vigolvino Figueiredo - Assessora Técnica Telma Ribeiro - Diretora Regional Análise Crítica 15.09.10 Barra de Santo Antônio (Coopeagro) Propostas e Projetos DIÁRIO DOS ATORES LOCAIS Seminário Internacional Diário dos encontros com os atores locais 115 Master Eco-Polis Parceiros International Master on environmental and regional policies for sustainability in local development Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento Com a colaboração BANCO INTERAMERICANO DE DESARROLLO FONDO MULTIRATERAL DE INVERSIONES Análise Crítica Seminário Internacional O Master é realizado por CFR CFR www.consorzioferrararicerche.it Consorzio Ferrara Ricerche CURSA Consorzio Universitario per la Ricerca Socioeconomica e per l'Ambiente Propostas e Projetos Com o apoio 116