Competência 01 - Cultura e Identidade
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Competência 01 - Cultura e Identidade
COMPETÊNCIA 1 CULTURA E IDENTIDADE É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida. SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a) a) dissolução do saber científico. b) recuperação dos antigos juízos. c) exaltação do pensamento clássico. d) surgimento do conhecimento inabalável. e) fortalecimento dos preconceitos religiosos. 105 O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos. 106 Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O presidente do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está “inserida na cultura do que é ser mineiro”. Folha de S. Paulo, 15 maio 2008. Entre os bens que compõem o patrimônio nacional, o que pertence à mesma categoria citada no texto está representado em: a) Mosteiro São Bento (RJ) 1 104 COMP. ATIVIDADES a) demarcação do território indígena. b) manutenção da organização familiar. c) valorização dos líderes religiosos indígenas. d) preservação do costume das moradias coletivas. e) comunicação pela língua geral baseada no tupi. Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Humanas CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado). Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela COMPETÊNCIA 1 - Cultura e Identidade 45 Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Humanas b) Tiradentes esquartejado (1893), de Pedro Américo d) Conjunto arquitetônico e urbanístico da cidade de Ouro Preto (MG) e) Sítio arqueológico e paisagístico da Ilha do Campeche (SC) c) Ofício das paneleiras de Goiabeiras (ES) 107 Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens. J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventureux. 1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado). Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento de 46 Ciências Humanas e suas Tecnologias Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. a) gosto pela aventura. b) fascínio pelo fantástico. c) temor do desconhecido. d) interesse pela natureza. e) purgação dos pecados. Anotações 108 Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano. EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974. No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim a) alcançar o prazer moderado e a felicidade. b) valorizar os deveres e as obrigações sociais. c) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação. d) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade. e) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber. 109 1 COMP. SANZIO, R. Detalhe do afresco A Escola de Atenas. Disponível em: http://fil.cfh.ufsc.br. Acesso em: 20 mar. 2013. No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a a) suspensão do juízo como reveladora da verdade. b) realidade inteligível por meio do método dialético. c) salvação da condição mortal pelo poder de Deus. d) essência das coisas sensíveis no intelecto divino. e) ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade. COMPETÊNCIA 1 - Cultura e Identidade 47 Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Humanas 110 Parecer CNE/CP nº 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. FIGURA 1 Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial — descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos — para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br. Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado). Princesa Alexandra. Disponível em: www.democraciafashion.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012. FIGURA 2 A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da inclusão social a a) práticas de valorização identitária. b) medidas de compensação econômica. c) dispositivos de liberdade de expressão. d) estratégias de qualificação profissional. e) instrumentos de modernização jurídica. 111 A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, tinha em seu centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela é a intersecção de dois eixos monumentais. Bem nesse cruzamento está o Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos que contam os reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés III. Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito ao povo francês e, em 1836, instalado na praça diante de mais de 200 mil espectadores e da família real. NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com. Acesso em: 12 dez. 2012. A constituição do espaço público da Praça da Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a) a) lugar da memória na história nacional. b) caráter espontâneo das festas populares. c) lembrança da antiguidade da cultura local. d) triunfo da nação sobre os países africanos. e) declínio do regime de monarquia absolutista. 48 112 Ciências Humanas e suas Tecnologias Duquesa de Cambridge, Kate Middleton. Disponível em: http://rockandglamour. blogspot.com. Acesso em: 4 ago. 2012. As figuras indicam mudanças no universo feminino, como a a) decadência da Monarquia, revelada pela aparição solitária e informal das nobres. b) redução na escolaridade, simbolizada pela vida dinâmica e sem dedicação à leitura. c) ampliação do status, conferida pela passagem do local rústico para os jardins do palácio. d) inclusão na política, representada pela diferença entre o espaço privado e o espaço público. e) valorização do corpo, salientada pelo uso de roupas mais curtas e pela postura mais relaxada. Desde 2002, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem registrado certos bens imateriais como patrimônio cultural do país. Entre as manifestações que já ganharam esse status está o ofício das baianas do acarajé. Enfatize-se: o ofício das baianas, não a receita do acarajé. Quando uma baiana prepara o acarajé, há uma série de códigos imperceptíveis para quem olha de fora. A cor da roupa, a amarra dos panos e os adereços mudam de acordo com o santo e com a hierarquia dela no candomblé. O Iphan conta que, registrando o ofício, “esse e outros mundos ligados ao preparo do acarajé podem ser descortinados”. Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 113 Anotações KAZ, R. A diferença entre o acarajé e o sanduíche de Bauru. Revista de História da Biblioteca Nacional. N. 13, out. 2006 (adaptado). De acordo com o autor, o Iphan evidencia a necessidade de se protegerem certas manifestações históricas para que continuem existindo, destacando-se nesse caso a a) mistura de tradições africanas, indígenas e portuguesas no preparo do alimento por parte das cozinheiras baianas. b) relação com o sagrado no ato de preparar o alimento, sobressaindo-se o uso de símbolos e insígnias pelas cozinheiras. c) utilização de certos ingredientes que se mostram cada vez mais raros de encontrar, com as mudanças nos hábitos alimentares. d) necessidade de preservação dos locais tradicionais de preparo do acarajé, ameaçados com as transformações urbanas no país. e) importância de se treinarem as cozinheiras baianas a fim de resgatar o modo tradicional de preparo do acarajé, que remonta à escravidão. TEXTO I 1 COMP. 114 Abaporu. Disnponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012 COMPETÊNCIA 1 - Cultura e Identidade 49 Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Humanas TEXTO II Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o Abaporu. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário tupi-guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. Disponível em: www.tarsiladoamaral.com.br. Acesso em: 4 ago. 2012 (adaptado). a) ampliação da violência nas guerras intertribais. b) desistência da evangelização dos povos nativos. c) indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas. d) pressão da Metrópole pelo abandono da catequese nas regiões de difícil acesso. e) sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da catequese. O movimento originado da obra Abaporu pretendia se apropriar a) da cultura europeia, para originar algo brasileiro. b) da arte clássica, para copiar o seu ideal de beleza. c) do ideário republicano, para celebrar a modernidade. d) das técnicas artísticas nativas, para consagrar sua tradição. e) da herança colonial brasileira, para preservar sua identidade. 115 A mitologia comparada surge no século XVIII. Essa tendência influenciou o escritor cearense José de Alencar, que, inspirado pelo estilo da epopeia homérica na Ilíada, propõe em Iracema uma espécie de mito fundador do povo brasileiro. Assim como a Ilíada vincula a constituição do povo helênico à Guerra de Troia, deflagrada pelo romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a formação do povo brasileiro aos conflitos entre índios e colonizadores, atravessados pelo amor proibido entre uma índia – Iracema – e o colonizador português Martim Soares Moreno. DETIENNE, M. A invenção da mitologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998 (adaptado). A comparação estabelecida entre a Ilíada e Iracema demonstra que essas obras a) combinam folclore e cultura erudita em seus estilos estéticos. b) articulam resistência e opressão em seus gêneros literários. c) associam história e mito em suas construções identitárias. d) refletem pacifismo e belicismo em suas escolhas ideológicas. e) traduzem revolta e conformismo em seus padrões alegóricos. 116 Quando Deus confundiu as línguas na torre de Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, ainda que todos falassem e todos ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve setenta e duas línguas; na Babel do rio das Amazonas, já se conhecem mais de cento e cinquenta. E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos e todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto trabalho serão necessários para que esses mudos falem e esses surdos ouçam. VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES, J. H. História viva. São Paulo: Global. 1985 (adaptado). 50 No decorrer da colonização portuguesa na América, as tentativas de resolução do problema apontado pelo padre Antônio Vieira resultaram na Ciências Humanas e suas Tecnologias 117 De modo geral, os logradouros de Fortaleza, até meados do século XIX, eram conhecidos por designações surgidas da tradição ou de funções e edificações que lhes caracterizavam. Assim, chamava-se Travessa da Municipalidade (atual Guilherme Rocha) por ladear o prédio da Intendência Municipal; S. Bernardo (hoje Pedro Pereira) por conta de igreja homônima; Rua do Cajueiro (atual Pedro Borges) por abrigar uma das mais antigas e populares árvores da capital. Já a praça José de Alencar, na década de 1850, era popularmente designada por Praça do Patrocínio, pois em seu lado norte se encontrava uma igreja homônima. SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult - CE, 2001 (adaptado). Os atos de nomeação dos logradouros, analisados de uma perspectiva histórica, constituem a) formas de promover os nomes das autoridades imperiais. b) modos oficiais e populares de produção da memória nas cidades. c) recursos arquitetônicos funcionais à racionalização do espaço urbano. d) maneiras de hierarquizar estratos sociais e dividir as populações urbanas. e) mecanismos de imposição dos itinerários sociais e fluxos econômicos na cidade. Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 118 Anotações A Estátua do Laçador, tombada como patrimônio em 2001, é um monumento de Porto Alegre/RS, que representa o gaúcho (em trajes típicos). Disponível em: www.portoalegre.tur.br. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado). O monumento identifica um(a) a) exemplo de bem imaterial. b) forma de exposição da individualidade. c) modo de enaltecer os ideais de liberdade. d) manifestação histórico-cultural de uma população. e) maneira de propor mudanças nos costumes. 119 Canto dos lavradores de Goiás 1 COMP. Tem fazenda e fazenda Que é grande perfeitamente Sobe serra desce serra Salta muita água corrente Sem lavoura e sem ninguém O dono mora ausente. Lá só tem caçambeiro Tira onda de valente Isso é que é grande barreira Que está em nossa frente Tem muita gente sem terra Tem muita terra sem gente. MARTINS, J. S., Cativeiro da terra. São Paulo: Ciências Humanas, 1979. No canto registrado pela cultura popular, a característica do COMPETÊNCIA 1 - Cultura e Identidade 51 Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Humanas mundo rural brasileiro no século XX destacada é a a) atuação da bancada ruralista. b) expansão da fronteira agrícola. c) valorização da agricultura familiar. d) manutenção da concentração fundiária. e) implementação da modernização conservadora. 122 Nas ultimas décadas, a capoeira está cada vez mais presente no ambiente escolar, seja por intermédio de estudantes que a praticam nos intervalos das aulas, seja como parte das propostas curriculares de diversas instituições de ensino. 120 O Ministério da Verdade – ou Miniver, em Novilíngua – era completamente diferente de qualquer outro objeto visível. Era uma enorme pirâmide de alvíssimo cimento branco, erguendo-se terraço sobre terraço, trezentos metros sobre o solo. De onde Winston conseguia ler, em letras elegantes colocadas na fachada, os três lemas do Partido: GUERRA É PAZ, LIBERDADE É ESCRAVIDÃO; IGNORÂNCIA É FORÇA. ORWELL, G. 1984. São Paulo: Nacional, 1984. Na referida obra ficcional, o autor critica regimes existentes ao longo do século XX. O mecanismo de dominação social utilizado pela instituição descrita no texto promoveria a) o enaltecimento do sentimento nacionalista. b) o investimento maciço nas forças militares. c) a exaltação de uma liderança carismática. d) a prática de reelaboração da memória. e) a valorização de direitos coletivos. 121 À primeira vista que encontrei as ilhas, dei o nome de San Salvador, em homenagem à Sua Alta Majestade, que maravilhosamente deu-me tudo isso. Os índios chamam esta ilha de Guanaani. À segunda ilha dei o nome de Santa Maria de Concepción, à terceira, Fernandina, à quarta, Isabela, à quinta, Juana, e assim a cada uma delas dei um novo nome. Cristóvão Colombo. Carta a Santangel, 1493. In: TODOROV. T. A Conquista da América: a questão do outro. São Paulo: Martins Fontes, 1996. O processo de nomeação e renomeação realizado pelos europeus no contexto da conquista da América expressa a) a valorização da natureza americana, uma vez que ela era considerada por europeus o prêmio pela conquista e colonização. b) o desejo de estabelecer comunicação com os indígenas, uma vez que a busca pelo ouro dependia do contato com os nativos. c) a tomada de posse do Novo Mundo, uma vez que renomear era impor aos povos indígenas os signos culturais europeus. d) o caráter sagrado da América, uma vez que fora considerada pelos europeus o paraíso terrestre em virtude da bondade dos nativos. e) a necessidade de orientação geográfica, uma vez que o 52 ato de nomear permitia criar mapas para futuras viagens na América. Ciências Humanas e suas Tecnologias Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br (adaptado). Cada vez mais reconhecida, a capoeira é considerada a 14ª expressão artística do país, registrada como patrimônio imaterial pelo IPHAN. Sua prática representa nas escolas um(a) a) atividade que proporciona diálogo e inclusão para os praticantes. b) alternativa que contraria o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). c) meio didático desvinculado da cultura popular. d) movimento teórico e intelectual sem práxis coletiva. e) prática sem vínculo identitário e cultural. 123 Capítulo XIII Dos vadios e capoeiras Art. 402. Fazer nas ruas e praças publicas exercicios de agilidade e destreza corporal conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em correrias, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, provocando tumultos ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena – de prisão cellular por dous a seis mezes. Paragrapho unico. É considerado circumstancia aggravante pertencer o capoeira a alguma banda ou malta. Aos chefes, ou cabeças, se imporá a pena em dobro. BRASIL. Código Penal de 1890. Disponível em: www.senado.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2012. A mudança diante da prática cultural descrita está relacionada à a) verificação de que a ampliação do patrimônio possibilita novos mercados de trabalho. b) compreensão de que a capoeira deixou de ser um elemento identitário para os negros. c) comprovação de que a prática da capoeira foi fundamental para a abolição da escravatura. d) legitimação da contribuição dos negros como componente fundamental da cultura brasileira. e) crença de que uma etnia minoritária precisa ter seus costumes preservados pelos legisladores. Uma vez que a razão me persuade de que devo impedir-me de dar crédito às coisas que não são inteiramente certas e indubitáveis tanto quanto àquelas que nos parecem manifestamente ser falsas, o menor motivo de dúvida que eu nelas encontrar bastará para me levar a rejeitar todas. Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 124 Anotações DESCARTES, R. Meditações de Filosofia Primeira. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado). Ao introduzir a dúvida como método, Descartes busca alcançar uma certeza capaz de re-fundar, sobre princípios sólidos, a ciência e a filosofia. Seu procedimento teórico indica a) a capacidade de o entendimento humano duvidar das certezas claras e distintas. b) a ideia de que o ceticismo é base suficiente para edificar a filosofia moderna. c) o rompimento com o dogmatismo da filosofia aristotélico-tomista que prevalecera na Idade Média. d) a primazia dos sentidos como caminho seguro de condução do homem à verdade. e) o estabelecimento de uma regra capaz de consolidar a tradição escolástica de pensamento. 125 A abordagem do patrimônio cultural, centrada nos aspectos técnicos da conservação e da restauração, tende a ocultar a ideia de que sua preservação é uma prática social que implica um processo de interpretação da cultura, não apenas material como simbólica, portadora de referência à identidade, à ação e à memória dos grupos formadores da sociedade. FONSECA, M. C. L. Para além da pedra e cal. In: ABREU, R: CHAGAS, M. Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro. DP&A. 2003 (adaptado). A defesa do patrimônio histórico busca valorizar os bens que representam a nossa identidade. Nesse sentido, há manifestações culturais cuja preservação demanda seu reconhecimento como patrimônio imaterial. Essa concepção de patrimônio expressa-se 1 COMP. a) no conjunto de bens culturais classificados segundo a sua natureza: arqueológica, histórica e etnográfica. b) no tombamento dos bens imóveis, como grupos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos. c) na preservação e proteção de monumentos históricos e bens culturais de diversas regiões brasileiras. d) no conhecimento transmitido entre gerações e recriado pelas comunidades, gerando um sentimento de pertencimento. e) no arquivamento da produção intelectual como os livros e a conservação de pinturas e esculturas. COMPETÊNCIA 1 - Cultura e Identidade 53 Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Humanas 54 126 Feijoada é um prato que consiste num guisado de feijão com carne. É um prato com origem no Norte de Portugal, e que hoje em dia constitui um dos pratos mais típicos da cozinha brasileira. Em Portugal, cozinha-se com feijão branco no noroeste (Minho e Douro Litoral) ou feijão vermelho no nordeste (Trás-os-montes), e geralmente inclui também outros vegetais (tomate, cenouras ou couve) juntamente com a carne de porco ou de vaca, às quais se podem juntar chouriço, morcela ou farinheira. No Brasil, os negros faziam uma mistura de feijões pretos e de vários tipos de carne de porco e de boi. Atualmente, o prato chega à mesa acompanhado de farofa, arroz branco, couve refogada e laranja fatiada, entre outros ingredientes. CASCUDO, L. C. História da alimentação no Brasil. Rio de Janeiro: Itatiaia, 1983. A criação da feijoada na culinária brasileira está relacionada, no texto, à atividade a) mercantil, exercida pelos homens que transportavam mercadoria e gado. b) agropecuária, exercida pelos homens que trabalhavam no campo. c) mineradora, exercida pelos homens que extraíam o ouro. d) culinária, exercida na senzala com as sobras da cozinha dos senhores. e) comercial, exercida pelo cavaleiros do Sul do Brasil. Ciências Humanas e suas Tecnologias Reprodução proibida. A cópia dessa distribuição das questões do ENEM por competência caracteriza dano ao direito autoral. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. COMP. Anotações 104 105 106 107 108 D E C C A 109 110 111 112 113 1 GABARITO B A A E B 114 115 116 117 118 A C E B D 119 120 121 122 123 D D C A D 124 125 126 C D D Respostas equivalentes aos gabaritos oficiais publicados pelo INEP/MEC. COMPETÊNCIA 1 - Cultura e Identidade 55 Humanas Um projeto:
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