Da baleação à ciência
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Da baleação à ciência
Dinamização de Atividades Oficina PROGRAMAÇÃO . 10 julho Sala S.13 Título da Atividade Nome(s) Autores Carla Dâmaso Da baleação à ciência - A Arte do SCRIMSHAW Instituição OMA - Observatório do Mar dos Açores Maria Joana Cruz A baleação nos Açores iniciou-se no século XVIII, praticada por navios americanos com base em Nova Inglaterra. A atividade baleeira necessitava de mão-de-obra intensiva, constituindo uma atração para a população masculina açoriana. O conhecimento que a população açoriana foi adquirindo a bordo dos navios americanos permitiu que, em meados do século XIX, a indústria baleeira nos Açores se desenvolvesse, persistindo até à década de 1980. O cachalote, dadas as suas características para a produção de óleo para iluminação, tornou-se a espécie alvo da baleação açoriana. “Scrimshaw” é uma palavra da língua inglesa, que designa a arte de entalhe e gravação ou pintura em marfim, ou seja, dentes e ossos da mandíbula - de cachalotes. As peças são muito variadas, utilitárias e decorativas, como por exemplo caixas, talas para corpetes de vestidos de senhora, dedais, cabos de sinete, punhos de bengala, dados e até carretilhas para recorte da massa tenra. Essa manifestação artística está ligada à atividade da baleação e constitui a mais autêntica e conhecida manifestação da chamada arte baleeira tendo tido origem no século XIX, nas frotas de baleação, inicialmente formadas por marinheiros norte-americanos. A arte de Scrimshaw correspondia à ocupação nas horas de ócio a bordo e a uma expressão de saudade da família e da terra do artista. As técnicas mais utilizadas são a incisão ou a gravação, sendo os entalhes pigmentados. Outro dos produtos da baleação era o sabão, produzido a partir do óleo da baleia. Esta oficina pretende aliar a história, a arte, a reutilização de materiais e a Educação para a Preservação dos Cetáceos como espécies protegidas a nível mundial, tendo como ponto de partida exatamente estes dois produtos. Assim, em duas fases, e introduzindo conceitos da Anatomia e Conservação das Espécies, propomo-nos a desenvolver duas atividades complementares: 1 – Produção de sabão, a partir de óleo de cozinha usado. 2 – Fazer uma abordagem simples à arte do scrimshaw, apenas a gravação e entalhe, usando o sabão como matéria-prima, substituto do dente ou osso de baleia. Esta é uma atividade que pode ser desdobrada e adaptada às diferentes faixas etárias, aplicando diferentes níveis de complexidade. As duas fases podem funcionar de forma independente.