DESVELANDO A PEDAGOGIA CULTURAL DE DESENHOS
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DESVELANDO A PEDAGOGIA CULTURAL DE DESENHOS
Área: CV ( ) CHSA ( ) ECET ( ) DESVELANDO A PEDAGOGIA CULTURAL DE DESENHOS ANIMADOS EXIBIDOS PELA REDE GLOBO Josefa Tayane Tavares de Moura (bolsista do PIBIC/UFPI),Ana Carmita bezerra de Souza(Orientador, Departamento de Pedagogia – UFPI/CSHNB) Introdução A Presente pesquisa teve como objetivo geral, analisar os discursos sobre sexualidade, gênero, violência entre outros valores presentes naquelas produções exibidas na grade de programação da Rede Globo de Televisão. Mas como a diminuição de exibição de desenhos pela emissora e o favoritismo levantado na pesquisa de campo pelas crianças, desenhos de outros canais televisivos a análise passar ser então de canais da televisão de modo geral. Desse modo utilizou-se para o aprofundamento teórico deste trabalho alguns autores,que contribuíram para melhor entendimento sobre a televisão, o desenho animado, a violência simbólica como também a história da Barbie e o Pica-Pau, desenhos analisados na pesquisa. Metodologia Esta é uma pesquisa qualitativa do tipo etnográfica virtual em educação. Dessa forma, ação metodológica está ocorrendo em dois momentos. O primeiro momento, em lugares públicos da zona urbana do Município de Picos – PI,entrevistando crianças de 4 a 6 anos de idade com a intenção conhecer quais os desenhos favoritos. Para prosseguir com uma analise qualitativa dos desenhos favoritos das crianças e separá-los por sexo (masculino/feminino). Obtendo como resultado para o segundo momento O pica-pau e a Barbie. Assim escolher um episódio do desenho favorito de cada sexo, assistir e analisar. Resultados e Discussão Na primeira parte da pesquisa, o resultado das discussões do que foi realizado no trabalho de campo, e como base na entrevista executada entre as 175 crianças entrevistadas 97 do sexo feminino e 78 do sexo masculino.Na pequisa os desenhos mais citados foram Pica-Pau, Barbie ,Ben 10 e Scooby Doo.Também obtive outros desenhos como Power Ranges ,X-Men,Tom e Jerry,Super Choque,as Winxs,Três Espiãs Demais e outros. Levando em conta para as análises pedagógicas dos desenhos escolhidos, os desenhos mais citados pelas crianças do sexo masculino foram Pica-Pau e do sexo feminino Barbie. Ao descrever e assistir o desenho do Pica-Pau em alguns episódios posso relatar que há diversos tipos de violência mostradas pelo desenho física e simbólica. No episódio assistido que tem como titulo ‘‘Pica-Pau em: barata amiga”, podemos notar diversas ações de violência física, como também violência simbólica vejamos a baixo: Pica-Pau: Bem nem sempre eu tive uma linda casa na árvore,sabia? Eu tive que trabalhar duro pra conseguir. Barata: Por favor, deixe-me ficar! Eu posso aprender com você. Pica-Pau: Ta bom, mas se ficar. Mas se ficar precisa ter juízo e andar na linha; terá que arcar com os compromissos da casa, tem que pagar o aluguel todo mês. E para isso tem que sair e arrumar um trabalho. Tem que ter uma iniciativa, não pode fraquejar! Nem procurar uma saída fácil para as coisas, sem moleza e sem preguiça. Pica-Pau: Agora vai lá e valorize a sua subespécie. Barata: Combinado chefinho eu vou mudar de vida, vou jogar pesado e ganhar em todas, cuidado comigo. Eu sou uma barata em indução, chegando no pedaço! Com o dialogo acima podemos perceber um exemplo de violência simbólica aonde o dominado não pode deixar de conceder ao dominante aquilo que ele deseja. Articulação utilizada pelo Pica-Pau para poder se dar bem em suas travessuras. Pude encontrar também no filme assistido Barbie e as Três Mosqueteiras, cenas que retratam a violência simbólica vejamos na cena abaixo: Mosqueteiro: Têm alguém aqui com coragem suficiente para me desafiar? Barbie: Eu senhor! Também vou ser uma mosqueteira! Mosqueteiro: Então a garotinha também que ser uma mosqueteira! (risos) essa eu quero ver! Barbie: Hangar! (tombo) Mosqueteiro: Por que não volta para casa, e deixa o negocio de mosqueteiro para os garotões! Barbie: Eu trouxe uma carta para Messe Travir. Ele vai me tornar mosqueteira! Onde fica o escritório dele? Mosqueteiro: Fica para lá. Talvez ele precise de sua ajuda para limpa-lo! (risos) Como visto a Barbie é praticamente esnobada por ser uma mulher, querendo exercer uma função; que no filme cabe exclusivamente aos homens. E mesmo com toda esta desonra ao seu gênero ela não reage. Conclusão Ao iniciar esta pesquisa tive com objetivo analisar os discursos sobre sexualidade, gênero, violência entre outros valores presentes naquelas produções exibidas na grade de programação da Rede Globo de Televisão, mas como a diminuição de exibição de desenhos pela emissora e o favoritismo levantado na pesquisa de campo pelas crianças, desenhos de outros canais televisivos a análise passar ser então de canais da televisão de modo geral. A Barbie é um modelo de sonhos vendidos pela indústria de mercado em seus filmes e desenhos ela sempre se apresenta como uma jovem doce, sensível e que corre atrás dos seus sonhos, aonde não existem grande empecilhos que a impeça de alcança-la. O Pica-pau já é um exemplo distorcido da Barbie, pois ele não é nada bonzinho, e não mede esforços para alcançar seus objetivos. Essa pedagogia relata nos desenhos animados trabalha basicamente na ampliação de mercado e a formação de consumidores para seus produtos. É a partir desses fatores que são definidas questões como horários, conteúdos, tempo e formato. Ao tratar dos desenhos animados com especificação na Barbie e o Pica-Pau percebo que, para o pedagogo e para os pai encontramos uma serem de elementos relatados pela pedagogia cultural, como a questão de gênero retratados pelo filme da Barbie analisado, a violência simbólica encontrada por ambos os desenhos. O que se torna importante saber o que se trabalhar e selecionar nos desenhos assistidos pelas crianças, pois a indústria apresentada pelos desenhos é exposta de forma irresistível, atraente, sedutora e ao mesmo tempo ela mobiliza sonhos, emoções, fantasias e imaginações. Apoio: CNPq.UFPI Referências ABRAMOVAY, Miriam et. al. 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