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Plano de Actividades 2005 / 2008 ACOLHER E INTEGRAR - MAIS E MELHOR (3 Novembro 2005) Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 1 Nota de apresentação do Plano Na sua missão de serviço aos Imigrantes - e, através dela, a Portugal e aos Portugueses - o Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME) promoveu, no início de um novo mandato, uma profunda reflexão interna e um conjunto de audições externas - das quais se destacam o COCAI e as Associações de Imigrantes - para avaliar o trabalho desenvolvido e, sobretudo, para conceber do seu Plano de Actividades para o triénio 2005/2008. O nosso País tem vindo, nos últimos anos, a aprender a ser país de acolhimento de diferentes comunidades imigrantes. Passos importantes foram dados, com a criação de vários serviços, programas e acções, quer de iniciativa de instituições públicas, quer de privadas. Mas, apesar disso, as respostas criadas ainda estão longe de ser suficientes. Portugal precisa de continuar a fazer mais e melhor no acolhimento e integração de imigrantes. No acolhimento dos recém-chegados, na integração laboral, no acesso a uma habitação condigna, na defesa dos seus direitos sociais, culturais e políticos ou no exercício do reagrupamento familiar, na plena integração dos seus descendentes, muito há a fazer. E não nos podemos satisfazer, sequer, com atingir níveis razoáveis de políticas de imigração. Devemos ambicionar a estar entre os melhores no acolhimento e integração de imigrantes e de minorias étnicas. Esse é o desafio que nos convoca, aos que nos motivamos pela construção de uma sociedade inclusiva e intercultural, onde todos possam exercer uma cidadania Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 2 responsável, solidária, participante e livre de qualquer discriminação, independentemente da sua origem. O Plano de Actividades ACIME 2005/2008, que engloba não só o trabalho específico do ACIME, como o do Secretariado Entreculturas e o Programa Escolhas, pretende corresponder aos compromissos do Programa do XVIIº Governo Constitucional e assumir-se como um roteiro para os próximos anos. Será, contudo, um projecto em permanente construção. Aberto e flexível, capaz de responder a diferentes contextos, constitui um ponto de partida que se quer sólido, ambicioso, partilhado e mobilizador. Apresentado publicamente aos membros do Conselho Consultivo para os Assuntos de Imigração e aos dirigentes associativos, este Plano de Actividades assume-se porém como um compromisso que sabemos não poder cumprir sozinhos. Sem o apoio de uma forte rede institucional e o empenho pessoal de todas e todos a/os que militam na causa da integração, não será possível concretizar integralmente este Plano. Assim, em consenso social alargado, com participação alargada, procuraremos mobilizar portugueses e comunidades imigrantes para este enorme desafio de, através do acolhimento e integração dos imigrantes que nos procuram, erguer um País mais justo, mais desenvolvido e mais humano. Contamos consigo. Rui Marques Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 3 Princípios Gerais O presente Plano de Actividades obedece a um conjunto de 10 Princípios gerais que inspirarão a política de acolhimento e integração e se desenvolverão posteriormente nos diferentes eixos de acção. I - Acolhimento e integração como eixo central da política de imigração O sucesso ou insucesso das políticas migratórias define -se cada vez mais pela adequação e eficácia da integração dos imigrantes. Assim, importa transferir o centro da discussão e da prioridade política, da gestão de fluxos migratórios para o acolhimento e a integração. Abdicando de uma visão de imigração de curto prazo, descartável, opta-se por uma abordagem de medio-longo prazo que privilegia a integração através da criação de laços e de redes entre autóctones e imigrantes. Defende-se nesse contexto, como princípios inspiradores, um Acolhimento com Hospitalidade e uma Integração como expressão de plena Cidadania. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 4 II - A interculturalidade como modelo de gestão da diversidade cultural para Portugal Nenhuma sociedade moderna pode ignorar a questão da diversidade cultural e do modelo que propõe para a sua gestão. Para Portugal, defendemos a opção pela interculturalidade. Queremos um Portugal intercultural que celebre e promova a diversidade. Aceitamos como legitima a especificidade cultural e social de diferentes comunidades aqui presentes, mas sublinhamos sempre carácter interactivo e relacional entre comunidades, suportado no respeito mútuo e inquestionável cumprimento das Leis do País, nomeadamente a sua Constituição. III - Afirmação simultânea de Direitos e de Deveres dos imigrantes Á afirmação permanente e combativa pelo respeito integral dos direitos do imigrantes deve somar-se o estímulo ao cumprimento irrepreensível dos seus deveres. Com a credibilidade e a força do cumprimento dos deveres, seremos mais fortes na consolidação do acesso dos imigrantes aos direitos. IV – Uma imigração de Famílias: reforço da prioridade ao Reagrupamento Familiar Fundamentado no direito a viver em Família e no extraordinário contributo que a família representa para a boa integração dos imigrantes, constitui um princípio Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 5 estruturante a agilização do processo de reagrupamento familiar, bem como da consolidação da permanência das famílias imigrantes na sociedade portuguesa. V - Desburocratização da relação do imigrante com o Estado A vida do imigrante não pode continuar a ser um inferno burocrático, feito de sucessivas barreiras de difícil ultrapassagem. Assume-se como princípio fundamental da política de acolhimento e integração, a simplificação dos requisitos formais e melhoria da qualidade dos serviços prestados, transformando o Estado no principal aliado da integração dos imigrantes. VI - Protecção nas vulnerabilidades específicas e redução das desvantagens competitivas Para defender a dignidade humana, é princípio estruturante atender às vulnerabilidades específicas dos imigrantes, decorrentes nomeadamente da exploração laboral e na habitação, na pobreza extrema e na exclusão social. Os imigrantes, antes de tudo, são Pessoas. De igual forma, constitui um princípio fundamental para uma sociedade inclusiva e justa, reduzir as desvantagens competitivas no acesso ao trabalho e aos direitos sociais, decorrentes de qualquer discriminação em função da etnia, nacionalidade, língua ou religião, bem como de qualquer disfunção legal ou administrativa. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 6 VII - Cooperação institucional dentro do Estado. Fortes pontes com a Sociedade Civil Uma política de integração na Imigração só pode ter sucesso se, respeitado o princípio da permanente cooperação entre diferentes órgãos do Estado, procurar proporcionar respostas articuladas, transversais e multisectoriais. Em simultâneo, é fundamental reforçar a aliança com instituições da sociedade civil, potenciando a sua intervenção generosa, flexível e, normalmente, mais eficiente. Particular atenção deve ser dada à dimensão local do acolhimento, promovendo uma integração de proximidade. VIII - Consolidação e inovação em busca da excelência na política de imigração A intervenção na política de imigração deve visar, como princípio, a consolidação dos projectos e iniciativas que estão no terreno, na área do acolhimento e integração bem como deve igualmente promover a inovação através de novas respostas a questões devidamente identificadas. Este conjugação da consolidação e da inovação deve ser impulsionada pelo princípio da excelência: Portugal deve ambicionar à melhor política de acolhimento e integração de imigrantes. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 7 IX – Pelos imigrantes, com os imigrantes: participação e co- responsabilidade Aprofundar as parcerias com as Associações de Imigrantes e as diferentes comunidades migrantes por forma a transformá-las em protagonistas participantes e co-responsáveis pelas políticas de imigração e não só publicos-alvo. Assim se consolidará também o objectivo de criação e desenvolvimento do capital social destas comunidades: dentro de cada uma delas, entre elas e com toda a comunidade. X – Incentivo a maior participação cultural e política dos imigrantes na sociedade de acolhimento Só se constrói uma sociedade inclusiva através do respeito pelo princípio da plena participação cultural e política de todos cidadãos - nacionais e imigrantes - que constituem, num determinado tempo e espaço, uma sociedade. Os imigrantes devem ambicionar essa participação e, sobretudo, a sociedade de acolhimento deve estar aberta a essa participação na polis. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 8 As actividades do ACIME (2005/2008) Nas várias actividades consideradas neste Plano de Actividades, destacam-se sete novas iniciativas consideradas estruturantes pela sua relevância social e política. Sete novas iniciativas estruturantes I - Plano Nacional para o Acolhimento e Integração de Imigrantes – PNAII (Dezembro 2005) Elaboração do PNAII que, partindo do diagnóstico já disponível sobre as principais questões do acolhimento e integração de imigrantes em Portugal, faça um mapamento sectorial (Trabalho, Habitação, Saúde, Educação, Segurança Social, ..) das respostas já existentes e/ou a desenvolver para melhorar o acolhimento e integração dos imigrantes em Portugal. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 9 II - Contributo para a revisão da política de admissão e permanência de imigrantes em Portugal. (Dezembro 2005) A partir da experiência do ACIME, e particularmente do conhecimento acumulado no trabalho diário dos Centros Nacionais e Locais de Apoio ao Imigrante, bem como da reflexão e aconselhamento do COCAI, elaborar um documento contendo propostas para a revisão da lei de entrada, permanência, saída e expulsão de estrangeiros. A intenção é privilegiar uma política de admissão e permanência que se potencie à dinâmica da economia portuguesa no encontro entre procura e oferta de mão-de-obra complementar, que seja pró-activa e célere e que trabalhe a dimensão do acolhimento e integração como fundamental e desde o país de origem, até á plena integração em Portugal. III - Aposta na Integração de Proximidade – O novo conceito de CLAIIs. (Maio 2006) Promover uma diferenciação do modelo dos CLAIs para que se constituam como plataformas promotoras do acolhimento e integração dos imigrantes a nível local, com capacidade de interacção com estruturas locais. Enquanto Centros Locais de Apoio à Integração de Imigrantes (CLAII) terão como missão ir além da informação e procurarão apoiar o processo multivectorial de integração. Nesta iniciativa procurar-se-á expandir a rede dos CLAIs dos actuais 42 para 80 no final do mandato. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 10 IV - “ACIME no terreno” – Presença do ACIME nos bairros/comunidades imigrantes (Novembro 2005) Cultivando uma política de maior proximidade às comunidades, o ACIME desenvolverá um programa de trabalho de 3-4 dias em bairros seleccionados, com a presença nesse período do AC e de parte da equipa, em contactos com tecido social e associativo local e em associação com outros parceiros institucionais. V – Equipa móvel de Formação para o Acolhimento e da Integração (Setembro 2006) Procurando descentralizar o esforço de sensibilização e mobilização para a causa do acolhimento e integração, constituição de uma Bolsa de Formadores, capaz de desenvolver em qualquer região do País acções de formação e informação sobre Imigração e Minorias Étnicas. Acções em parceria com Autarquias, Escolas, Empresas, Associações.. VI – Escolhas 3ª Geração – prioridade absoluta aos descendentes de imigrantes e de minorias étnicas. (Jan. 2007) Continuação do Programa Escolhas com uma especialização e maior foco do Escolhas 3ª Geração nos descendentes de imigrantes e de minorias étnicas, sem exclusividade mas com prioridade. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 11 G - Grandes eventos de sensibilização da opinião pública portuguesa Apoio e/ou realização de grandes eventos que sensibilizem a opinião pública portuguesa para o acolhimento e integração, nomeadamente o IIº Congresso Imigração em Portugal (Maio 2006), a Conferência Metropolis Internacional (Out. 2006), a Conferência do cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian “Imigração: ameaça ou oportunidade?” (Março 2007) e o Forum de Povos e Culturas (Maio 2008) Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 12 Cinco Eixos principais das Actividades do ACIME Ás sete novas iniciativas estruturantes, somam-se as Actividades em curso, que se deverão manter e algumas novas propostas de iniciativas a desenvolver (assinadas a itálico). A sua organização alinha-se nos seguintes eixos: I – Informar para defender Direitos e cumprir Deveres II – Criar soluções para resolver problemas III – Conhecer mais para agir melhor IV – Com os imigrantes e as minorias V - Formar a opinião pública para o acolhimento e a integração I - Informar para defender Direitos e cumprir Deveres Neste eixo de actividades contemplam-se diferentes suportes de comunicação, em diferentes línguas que destinando-se quer a imigrantes, quer a nacionais, procuram difundir informações úteis e práticas. 1.1. Boletim Informativo/Revista 1.1.1. ACIME ( periodicidade mensal) 1.1.2. ESCOLHAS (periodicidade trimestral) 1.2. Sites na Internet 1.2.1. www.acime.gov.pt 1.2.2. www.oi.acime.gov.pt Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 13 1.2.3. www.programaescolhas.pt 1.2.4. Site Entreculturas (Março 2006) 1.2.5. Site sobre Comunidades Ciganas (Nov. 2006) 1.3. Folhetos informativos 1.4. Campanhas publicitárias 1.5. Publicações 1.5.1. do Observatório da Imigração 1.5.2. do Entreculturas 1.5.3. sobre Comunidades Ciganas 1.5.4. Anuário da Imigração – Quem é quem (Jan 2007) 1.6. SOS Imigrante – serviço telefónico de informação sobre Imigração 1.7. Televisão – Programa NÓS (RTP 2) 1.8. Rádio – produção para rádios locais de programa semanal (Abril 2006) 1.9. Exposição itinerante (Set. 2006) Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 14 II – Criar soluções para resolver problemas Para além de informar, o ACIME tem como ambição desenvolver serviços que correspondam a soluções concretas para resolução dos problemas que os imigrantes sentem no seu dia-a-dia. 2.1.Centros Nacionais de Apoio ao Imigrante (Lisboa e Porto) 2.2. Centros Locais de Apoio à Integração do Imigrante - CLAII(Rede Sociedade Civil / Rede Autárquica) 2.3. Programa Escolhas 2ª/3ª Geração – Inclusão de crianças e jovens vulneráveis particularmente os descendentes de imigrantes. 2.4. Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) Unidade de Apoio à Vitima Imigrante ou de Minorias Étnicas (em parceria com - a APAV) 2.5. Gabinetes de Apoio (geridos pelo ACIME em parceria com AI/ONGs): 2.5.1. Gabinete de Apoio ao Reagrupamento Familiar (GARF). 2.5.2. Gabinete de Apoio Jurídico ao Imigrante (GAJI). 2.5.3. Gabinete de Apoio ao Emprego (UNIVA) 2.5.4. Gabinete de apoio à regularização via Art. 71º 2.5.5. Gabinete de Apoio Social. (GAS) - Apoio ao Centro de Acolhimento Temporário 2.5.6. Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo Imigrante (Fev. 2007) 2.5.7. Gabinete de Apoio à Habitação (Março 2006) Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 15 2.5.8. Gabinete de Apoio à aquisição de Nacionalidade (Jan. 2006) 2.6..Parcerias para a Integração (iniciativas desenvolvidas por outras instituições, com apoio do ACIME): 2.6.1. Acesso às Prestações Sociais (Ministério do Trabalho e Segurança Social). (Jan 2006) 2.6.2.Apoio ao Reconhecimento de Habilitações e Competências (Universidades portuguesas) (Abril 2006) 2.6.3. Acesso à Saúde (Ministério da Saúde) (Fev. 2006) 2.6.4.Ensino de Português – Relançamento Portugal ACOLHE (IEFP) 2.6.5.Apoio à Integração de Estudantes estrangeiros nas Universidades (MCTES/CRUP) (Set 2006) 2.7. Apoio ao Programa de formação de técnicos para apoio a Vítimas de Trafico (desenvolvido pela OIM) (Jan. 2006) 2.8..Serviço de Conferência Telefónica de Tradução : apoio telefónico a serviços públicos (hospitais, esquadras, tribunais, juntas freguesia..) para a resolução de situações de limitações de comunicação por desconhecimento da língua portuguesa. (Março 2006) Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 16 III - Conhecer mais para agir melhor Para o desenho, implementação e avaliação de políticas públicas sobre imigração torna-se necessário conhecer bem a realidade da imigração, através do contributo da investigação das Ciências sociais. A investigação aplicada, desenvolvida por académicos e investigadores nacionais, é fundamental para o sucesso das medidas a adoptar. 3.1. Observatório da Imigração 3.1.1.Realização de Estudos 3.1.2. Edição da Colecção “Teses” 3.1.3. Revista “Migrações” (Out. 2006) 3.2. Centro de Recursos e Documentação 3.3. Relação com Centros de investigação em migrações. 3.4. Cooperação com Conferência Metropolis (Out.2006) e com Projecto do Cinquentenário da FCG “Imigração: oportunidade ou ameaça?” (Março 2007). 3.5. IIº Congresso “Imigração em Portugal” (Maio 2006) Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 17 IV - Com os Imigrantes e as Minorias étnicas Cumprindo o principio da co-responsabilidade e da participação, desenvolve este eixo que visa capacitar as comunidades imigrantes e de minorias étnicas a se autoorganizarem e em contexto associativo desenvolverem as suas actividades. 4.1. Gabinete de Apoio Técnico de Apoio às Associações de Imigrantes e Minorias Étnicas. 4.1.1. Apoio Técnico-Financeiro 4.1.2. Formação de líderes associativos. 4.1.3. Capacitação das AI/ME nas áreas de gestão de projectos e contabilidade. 4.1.4. Apoio ao 1º Encontro Nacional de Associações de Imigrantes (Junho 2006) 4.2. Programa de Apoio à Integração das Comunidades Ciganas 4.2.1. Acesso ao Emprego 4.2.2. Acesso à Saúde 4.2.3. Acesso Educação 4.3. Campanha de promoção do recenseamento eleitoral e participação política dos imigrantes. (Jan 2008) 4.4. Grupo de Trabalho para a inclusão dos descendentes de imigrantes Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 18 V - Formar para o Acolhimento e a integração No quadro de um sistema democrático, a formação, quer no contexto inicial na Escola, quer ao longo da vida (nomeadamente através dos media) é essencial para consolidar uma atitude positiva face ao acolhimento e à integração. 5.1. Entreculturas – Educação e Formação para a Interculturalidade 5.1.1. Acções de Formação 5.1.2. Materiais pedagógicos e publicações 5.2. Programa Media e Imigração 5.2.1. Prémio “Jornalismo pela Tolerância” 5.2.2. Código de conduta para auto-regulação dos media (Nov. 2006) 5.3. Semana da Diversidade Cultural (com a UNESCO) (Maio 2006) 5.4. Campanha de promoção da ratificação da Convenção de protecção de todos os imigrantes e suas famílias. (Dez. 2006) 5.5. Forum Povos e Culturas (Maio 2008) Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 19 Novas Iniciativas por ordem cronológica 2005 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2006 .Gab. Apoio à Nacionalidade .Prog. Acesso às Prestações Sociais .Apoio a Prog. OIM Formação de Técnicos para Apoio a Vitimas de Tráfico .Prog. Acesso á Saúde .ACIME junto das Comunidades .Site Entreculturas .Gab. Apoio à Habitação .Serviço Telefónico de Tradução .Rádio Nós .Prog. Apoio ao Reconhecimento de Habilitações e Competências .CLAII – Integração de Proximidade .IIº Congresso Imigração em Portugal .I º Encontro Nacional de Associações de Imigrantes .ACIME junto das Comunidades 2007 .Escolhas 3ª geração .Anuário da Imigração 2008 .Campanha de recenseamento e participação política .ACIME junto das Comunidades Gabinete Empreendedorismo Imigrante .Conferência Internacional da FCG “Imigração: ameaça ou oportunidade?” .ACIME junto das Comunidades ACIME junto das Comunidades Forum Povos e Culturas Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 20 2005 2006 Julho/Agosto Outubro Dezembro 2008 .ACIME junto das Comunidades Setembro Novembro 2007 ACIME junto das Comunidades . Plano Nacional de Acolhimento e Integração de Imigrantes. . Contributo para a revisão da lei de entrada, permanência e saída de estrangeiros. .Equipa Móvel de Formação .Exposição Itinerante .ACIME junto das Comunidades .Prog. Apoio à Integração de Estudantes estrangeiros .Metropolis Internacional – Lisboa 2006 . Revista Migrações Site Comunidades Ciganas .Código de Conduta dos jornalistas .Convenção UN .ACIME junto das Comunidades .ACIME junto das Comunidades Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 21 Grandes linhas do Orçamento do ACIME para 2006 O Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME), no quadro das competências e atribuições previstas no DL 251/2002, para desenvolver o Plano de Actividades anteriormente apresentado apresentou o respectivo Orçamento para o Ano de 2006. A estrutura de receitas de funcionamento está assim organizada: Orçamento 2006 OE Transferência IEFP Receitas próprias* Total Variação face a 2005 889 710,00 € + 7,6% 3 950 000,00 € + 5,3% 984 860,00 € (não aplicável) 5.824.570 € * Inclui verbas referentes a 2005 e 2006, por atraso de pagamento. No que se refere à estrutura de Despesas, o valor global é de 5.824.570 € e a sua construção pautou-se pelo rigor e contenção, bem como pela racionalidade e eficácia Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 22 nas despesas efectuadas, maximizando a rentabilidade – medida numa óptica de serviço público - dos meios investidos. 1- Foi dada prioridade absoluta a um formato orçamental que privilegie os custos variáveis decorrentes de Actividades (82% do Orçamento global, correspondendo a 4,78 M €) em detrimento dos custos fixos de Estrutura central que representam somente 18 % do Orçamento (cerca de 1 M. €). 2 - A despesa com pessoal contratado directamente pelo ACIME, esteja afecto a custos centrais ou a custos variáveis, corresponde a 19,3% dos custos globais (cerca de 1,1 M €). Os custos associados a mediadores socio-culturais mobilizados pelos parceiros para os CNAI e CLAIS corresponde a 26,9% dos custos globais (1,56 M€). 3 - Salienta-se ainda a aposta estruturante de cooperação estreita com a Sociedade Civil, através de Associações de Imigrantes, ONG, IPSS e outras instituições sem fins lucrativos que trabalham com imigrantes. Esse princípio reflecte-se na conta 04.07.01 Instituições Sem Fins Lucrativos que representa 39% do Orçamento Global (cerca de 2.2 M €). Numa outra abordagem pode evidenciar-se que, no quadro do seu Plano de Actividades, o ACIME estabeleceu prioridades, com a consequente expressão orçamental 1: 1 Percentagens calculadas em função de 100%=Despesa total do ACIME (5.624.570 €), pelo que somam na totalidade 81,4% referentes a custos variáveis Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 23 - Eixo I - Informar para defender Direitos e cumprir Deveres 21,8%, correspondendo a 1,27 M€, dos meios orçamentais disponíveis destinar-se-ão ao reforço dos sistemas e suportes de informação – em papel, telefónico, electrónico, rádio e televisão e em atendimento presencial – aos imigrantes, por forma a facilitar o seu acolhimento e integração em Portugal. Pretende-se promover a sua disseminação pelo território nacional, com particular incidência nas zonas de maior presença de imigrantes. - Eixo II - Criar Soluções para resolver Problemas 37,6%, correspondendo a 2,18 M€, dos meios orçamentais disponíveis serão dedicados à criação e manutenção de interfaces amigáveis e de resposta integrada ao Acolhimento e Integração dos Imigrantes. Salientamse, neste contexto, os Centros Nacionais de Apoio ao Imigrante e os vários Gabinetes de Apoio temáticos. Eixo III - Conhecer mais para Conhecer melhor. 3%, correspondendo a 0,17 M€ dos meios orçamentais disponíveis serão aplicados a aprofundar o conhecimento das realidades da Imigração, através de estudos promovidos pelo Observatório da Imigração, por forma a apoiar o desenho, execução e avaliação das políticas públicas neste domínio. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 24 - Eixo IV - Com os Imigrantes e as Minorias Étnicas 11,3%, correspondendo a 0,65 M€ dos meios orçamentais estarão vocacionados para apoiar e estimular a rede associativa de imigrantes e de minorias étnicas, bem como de associações nacionais que trabalham com imigrantes, promovendo a sua participação na definição e na execução das políticas de imigração e viabilizando o desenvolvimento de iniciativas que favoreçam a integração dos imigrantes na sociedade portuguesa. - Eixo V - Formar para o Acolhimento e a Integração 8,5%, correspondendo a 0,5 M€ dos meios orçamentais disponíveis servirão para sensibilizar a opinião pública para o acolhimento e integração, numa perspectiva intercultural e enquanto valores civilizacionais estruturantes da sociedade portuguesa. Fá-lo-á através de acções nos domínios sociais, culturais, artísticos e desportivos. Por outro lado, procurar-se-á sensibilizar os meios de comunicação social para um contributo para a integração e combate à estigmatização dos imigrantes e das minorias étnicas, nomeadamente através do Prémio de Jornalismo pela Tolerância. Presidência do Conselho de Ministros Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas 25