São Judas e Você - Paróquia Santuário São Judas Tadeu
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São Judas e Você - Paróquia Santuário São Judas Tadeu
São Judas e Você FACEBOOK COMVIDA VINDE: Segundo Encontro Vocacional para jovens que aconteceu no Santuário e reuniu mais de 100 jovens. Andresa Teixeira – Que emoção!!! Acompanhando a Paixão de Cristo do Grupo Vivarte pela WebTV de São Judas Tadeu. Está tudo lindo. Parabéns! fotos: Cidinha Panhoca fotos: reprodução WebTV São Judas ENCENAÇÃO PAIXÃO DE CRISTO Stella Conrado – Parabéns pela iniciativa. É lindo ver esta juventude que busca a Deus acima de tudo. Que Deus abençoe os padres e religiosos que orientam estes jovens na caminhada vocacional. T. Nuzzi Adriana Cerri - Obrigada por nos dar forças no nosso dia a dia e ajudar a conquistarmos nossos ideais. João Costa – Mais um...Te agradeço, São Judas Tadeu, por hoje, por ontem. São Judas Tadeu, rogai por nós! São Judas Tadeu, rogai por nós... amém... amém. Maria Fátima Garcia Cruz - Não fui à missa, mas meu coração estava lá presente. Tenho tanto a agradecer... Zara Gonçalves Neves - São Judas Tadeu, sempre no meu coração com toda a fé, amor e confiança. Amém. INSTAGRAM Pe. Damião Silva fazendo divulgação do Santuário São Judas Tadeu na Rádio Capital AM 1040 no programa do Eli Corrêa. ENVIE SUA MENSAGEM! ELA PODE SER PUBLICADA NESTA PÁGINA! Av. Jabaquara, 2.682 – Jabaquara – CEP 04046-500 – São Paulo/SP twitter.com/saojudas28 facebook.com/saojudastadeu instagram.com/santuariosaojudastadeu Luzia Dionizia - Casei nesta igreja! Saudades! Danúbia Menezes - São Judas Tadeu, rogai por nós! fotos: Cidinha Panhoca cila foto: Pris Falcoon Fal – Te amo, querido São Judas Tadeu! Pra mim todo dia é dia de São Judas Tadeu! foto: reprodução Santuário é um lugar “santo”, um lugar de encontro com Jesus Cristo, principalmente no Sacramento da Confissão, na oração, na Eucaristia. Santuário é lugar de encontro de irmãos que vivem e testemunham a mesma fé. É um lugar de renovação de ânimo e forças para a missão nas comunidades e junto à família, trabalho, enfim, nossa missão na sociedade e no mundo de hoje. A Paróquia/Santuário São Judas Tadeu está se preparando, sempre e cada vez melhor, para acolher você, devoto e devota de São Judas Tadeu, de qualquer parte do nos- so imenso Brasil. Mais do que falar do amor de Deus, queremos que você sinta-se acolhido e amado por Jesus Cristo neste Santuário. Portanto, além de nossas Pastorais com seus diversos agentes, nos esforçamos para ajudar as necessidades dos que precisam, para resgatar sua dignidade de ser filho e filha de Deus. Espero, com todos os funcionários, colaboradores e voluntários, continuar ajudando e servir bem todos os que procuram a Obra Social São Judas Tadeu e seus serviços. Fé e obras aqui caminham juntos! Neste mês, teremos a oportunidade de renovar o dom precioso da fé, que, de graça, recebemos de Deus, mas que precisa ser nutrida e renovada constantemente. Teremos em Junho na Liturgia da nossa Igreja, a Festa da Ascensão do Senhor (no dia 1º), o Domingo de Pentecostes (dia 08), a Santíssima Trindade (dia 15), Corpus Christi (dia 19), a Festa do Sagrado Coração de Jesus (dia 27) e do Coração Imaculado de Maria (dia 28), e de São Pedro e São Paulo Apóstolos, dia do Papa (dia 29). Que este mês de Junho seja favorável para a renovação de nosso amor e nossa fé e que nos traga um novo vigor para continuar e nos encorajar a sermos verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo! Como devotos colaboradores e paroquianos de São Judas Tadeu, continuemos sempre prontos a acolher a Palavra de Deus, em meio às alegrias e esperanças, tristezas e angústias de nosso tempo. Que juntos continuemos sendo Comunidade construtora do Reino de Deus. São Judas Tadeu, Apóstolo escolhido por Jesus e enviado em missão, interceda por nós. Aprecio quando ele próprio diz em sua Carta: “Que a misericórdia, a paz e o amor sejam concedidos em abundância a vocês (São Judas, versículo 2). Que Maria, nossa mãe, rogue por todos e nos ajude a levar a Palavra de Jesus a todos os corações. Estarei rezando por você e sua família! Pe. Sérgio Hemkemeier,scj Pároco e Reitor da Paróquia/ Santuário São Judas Tadeu EXPEDIENTE - A Revista São Judas é uma publicação mensal do Santuário São Judas Tadeu. Av. Jabaquara, 2.682 – Jabaquara – São Paulo/SP – CEP 04046-500 - Tel: (11) 3504-5700 / 5072-9928 Pároco e Reitor: Pe. Sérgio Hemkemeier, scj. Diretor: Pe. Damião da Silva, scj. Realização: PASCOM/Santuário São Judas Tadeu (Marli Amaro, Marcos, Érika Takahashi, Marcelo Alves e Anderson Guedes). Jornalista Responsável: Priscila Thomé Nuzzi – MTb nº 29753 L. 131 F. 26. Colaboração Revisão: Fernanda Buniotto e Maria Angélica Cunha. Diagramação: Sidnei da Cunha – www.sidneicunha.com.br . Contato: [email protected] foto: Priscila T. Nuzzi Eis, a cada dia tu te humilhas, como quando do trono real desceste no seio da Virgem; cada dia desces do seio do Pai sobre o altar nas mãos do sacerdote. E como aos santos apóstolos apareceste em verdadeira humanidade, assim agora te mostras a nós no pão consagrado; e como eles com os olhos físicos viam apenas tua humanidade, mas, contemplando-te com os olhos da fé, criam que tu eras Deus, assim também nós, vendo pão e vinho com os olhos do corpo, vemos e firmemente cremos que teu santíssimo sangue e corpo são vivos e verdadeiros. De tal maneira tu, Senhor, estás sempre presente com teus fiéis assim como tu dizes: "Eis, estou convosco até o fim dos tempos". São Francisco de Assis 2 Revista São Judas Junho 2014 toral e isso se concretizou e eu também fui! Fui cheio de expectativas, de esperança, pedi demissão do meu emprego e fui! Só que chegando lá, me deparei com um desemprego terrível, procurei, busquei e não achei nada. Comecei a ficar triste e angustiado, pensando: “Pôxa vida, tinha o meu emprego em São Paulo e arrisquei tudo num lugar em que eu não sabia como era a vida!” Esta situação se arrastou por meses, até que apareceu a Junho 2014 oportunidade em um concurso público. Lembrei-me das graças que São Judas Tadeu já tinha me concedido anteriormente e pedi a intercessão dele a Deus para que me ajudasse a conseguir a aprovação nesse concurso. Fiz a prova confiante, até que finalmente chegou o dia do resultado, eu tinha passado, tinha conseguido a aprovação! Portanto, mais uma vez, agradeço a São Judas Tadeu e a Nosso Senhor Jesus Cristo por esta graça alcançada! Fábio Tadeu Pereira Jordão Revista São Judas 3 foto: reprodução foto de São Judas: Priscila T. Nuzzi Olá pessoal do Santuário São Judas Tadeu, eu venho por meio deste e-mail expressar o meu agradecimento a São Judas Tadeu por uma graça alcançada. Muito obrigado São Judas Tadeu, muito obrigado Senhor Jesus por esta graça, obrigado a todos, se quiserem, podem publicar esta graça no site, muito obrigado! Há sete meses me mudei da cidade de São Paulo para o Litoral Norte. Tinha o meu emprego em São Paulo, minha família queria se mudar para o li- foto: reprodução O ser humano naturalmente tem necessidade de falar, de uma companhia, de alguém que o escute, pois não nascemos para vivermos como ilha, isolados ou distantes. Ao longo da História, a humanidade procurou desenvolver métodos, formas, ferramentas, para pôr em prática aquilo que está no interior de cada um de nós, isto é, o desejo de comunicar-se. E essas ferramentas tem se aprimorado cada dia mais, sobretudo, nas últimas três décadas. Percebemos a quantidade de aparelhos celulares, de modelos diversos, que enchem nossos olhos quando passamos diante das diversas lojas espalhadas pelas cidades. Temos ainda os computadores, que cada vez mais se tornam menores, facilitando o transporte e o manuseio, com belíssimas telas e teclados, acessíveis a muitas pessoas por um preço que “cabe no bolso” de qualquer um... mas tudo isso tem um “preço”. 4 Revista São Judas Diante dessa facilidade em adquirir um aparelho eletrônico, podemos nos deparar com alguns problemas quando esses mesmos benefícios não são bem utilizados. E o maior deles seria esquecer-se das pessoas com as quais convivemos, nos debruçando sobre a tecnologia que agora está ao nosso alcance e fechando o horizonte das nossas relações. Certamente, já ouvimos por aí que, existem pessoas que passam horas diante de um computador ou celular, mergulhados na internet, enviando mensagens etc.. A tecnologia que seria uma ferramenta para aproximar as pessoas, muitas vezes, é justamente o que separa, distancia. Quando não bem usada, a tecnologia nos faz trocar as pessoas pelas coisas ou assim dizendo, pelas máquinas. Pesso- Junho 2014 as que vivem na mesma casa e não se encontram, que possuem diversas comunidades virtuais, mas não conseguem participar da pequena comunidade que se chama família. O ser humano, desde sempre, sente necessidade de falar, mas ao mesmo tempo está carente de alguém que possa ouvilo. Portanto, ouvir alguém de perto é melhor do que escutá-lo no viva voz de um celular. Escutar alguém pode ser o único remédio que muitos precisam para serem “curados”. Que possamos comunicar as maravilhas que Deus fez em nós, mas também ouvir aquelas que Ele realizou nos outros. Comunicar é um presente, mas ouvir é um dom. Fr. Agnaldo Aparecido Gonzeli, scj foto: reprodução Caro devoto de São Judas Tadeu, é comum ouvirmos, durante a Quaresma, muitas pessoas falando sobre jejum, dizendo que ofertarão tal alimento a Deus como forma de penitência. Para a maioria de nós, penitência está associada ao pecado, ao sofrimento, e talvez por isso ao ouvirmos falar de jejum, a primeira reação é geralmente negativa. É necessário entendermos a importância do jejum na espiritualidade católica. Não se trata apenas de abstinência, e sim de autocontrole, de liberdade. “Liberdade?”, você pode perguntar, “mas liberdade não é fazer o que eu tenho vontade?”. Bem, sim e não. Para entender melhor, vamos nos lembrar de Jesus no deserto da Judéia, quando sofreu as tentações do inimigo, mais especificamente da primeira tentação: transformar as pedras em pães para aliviar a sua fome. É claro que Jesus tinha esse poder, e também acredito ser óbvio que ele tivesse fome após quarenta dias em jejum. Ou seja, ele tinha poder e também vontade. Então por que Jesus se recusou a fazer a transformação quando o inimigo o desafiou? Exatamente por isso, porque é livre! Nem o seu corpo nem o seu orgulho e muito menos o diabo determina como ou quando Jesus deve agir. Nosso jejum deve aspirar ser como o jejum de Jesus. Serve para nos colocar de volta ao controle, para nos libertar completamente de nossos corpos e vontades, e nos submetermos apenas à vontade de Deus. E mesmo assim continuamos livres, pois Deus Pai em sua misericórdia nos concedeu o livrearbítrio, nos dando o poder de aceitar ou não os seus planos para cada um de nós. O jejum é muito mais do que simplesmente abster-se de comida. Trata-se de ter o controle sobre os instintos e o corpo, e não se deixar ser controlado por eles, e, por isso, ser verdadeiramente livre. Quando compreendido como instrumento poderoso de espiritualidade que é, o jejum passa a ser um exercício de plenitude e consciência de si mesmo e, por isso, parte fundamental no caminho para a paz e felicidade que tanto buscamos. Erika e Marcos Takahashi Nosso jejum deve aspirar ser como o jejum de Jesus. Junho 2014 Revista São Judas 5 6 Revista São Judas amigo e ou de cultivar uma amizade? A amizade é algo que brota gratuitamente sem muitos esquemas, numa relação de conhecimento recíproco de doação, confiança e partilha num encontro de vidas e histórias. Naturalmente entre os jovens há uma pré-disposição para se cultivar a amizade e isso deve ser alimentado, contudo, sabemos que não é possível ser amigo de muitas pessoas, pelo menos no sentido pleno da amizade. O próprio Cristo expressa a nós o profundo sentido da relação entre amigos: “Já não vos chamo de servos, mas amigos” (Jo 15, 15). Querendo dizer que pelo vínculo constituído com os seus discípulos, concretiza-se uma relação entre amigos, ou seja, não há estranheza ou indiferença entre os mesmos, mas sim, um movimento de vidas que se doam e se comprometem entre si. Ninguém vive solitariamente, sendo que a natureza humana que se recusa à solidão, parece sempre procurar um “apoio” que se encontra e se realiza nos meandros da constituição de vínculos de amizade, isto é, na segurança do coração Junho 2014 de um terno amigo. Podemos dizer que a nossa juventude de hoje rejeita a solidão e isso é muito positivo na medida de um bom discernimento no cultivo das relações com os outros, na busca de uma amizade sincera e verdadeira. O jovem que tem amigos se torna mais criativo e forte, pois a amizade é uma semente resistente que brota e floresce nos corações. A amizade não se improvisa, por isso deve ser bem cultivada, pois ela sempre nos levará a contemplar o universo do outro, trazendo em si uma responsabilidade para com aquele que cativamos. Devemos considerar ainda que a partir da amizade profunda que cultivarmos com o próprio Deus, brotará em nós o desejo de cultivar outros amigos, pois essa mesma amizade é um dom, ou seja, um transbordamento do amor de Deus em cada um de seus filhos. Por isso, não perca tempo em redescobrir e cultivar o valor das verdadeiras amizades, pois “quem encontrou um amigo encontrou um tesouro”, sendo assim, cuide bem do seu. Fraterno abraço e até a próxima! Frater José Ronaldo de Castro Gouvêa, scj foto: reprodução Caro leitor, em nosso último bate papo, na edição anterior da Revista São Judas, partilhávamos sobre a importância das relações interpessoais, que vão além dos contatos virtuais que vivenciamos em nossa realidade cotidiana. Alargando a nossa reflexão, e não fugindo desta vertente, queremos ampliar o nosso horizonte batendo um papo sobre o tema da amizade, isto mesmo, tendo presente que a partir das nossas relações abre-se a possibilidade de construirmos laços com outrem, vínculos que nos faz sentir bem pelo fato de se ter um amigo. Mesmo sendo uma palavra pronunciada com facilidade e frequência, o significado da amizade é bem profundo. A amizade se traduz no relacionamento que as pessoas têm de afeto e carinho por outra, um sentimento de lealdade, confiança e proteção. Em um sentido amplo, amizade compreende-se por um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, abarcando uma gratuidade ao ponto do altruísmo. Você já parou para pensar no profundo sentido de se ter um foto: reprodução O Evangelho da ressurreição de Jesus Cristo começa referindo o caminho das mulheres para o sepulcro, ao alvorecer do dia depois do sábado. Querem honrar o corpo do Senhor e vão ao túmulo, mas encontram-no aberto e vazio. Um anjo majestoso diz-lhes: “Não tenhais medo!” (Mt 28, 5). E ordena-lhes que levem esta notícia aos discípulos: “Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia” (28, 7). As mulheres fogem de lá imediatamente, mas, ao longo da estrada, sai-lhes ao encontro o próprio Jesus que lhes diz: “Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão” (28, 10). Depois da morte do Mestre, os discípulos tinham-se dispersado; a sua fé quebrantara-se, tudo parecia ter acabado: desabadas as certezas, apagadas as esperanças. Mas agora, aquele anúncio das mulheres, embora incrível, chegava como um raio de luz na escuridão. A notícia espalhase: Jesus ressuscitou, como predissera... E de igual modo a ordem de partir para a Galileia; duas vezes a ouviram as mulheres, primeiro do anjo, depois do próprio Jesus: “Partam para a Galileia. Lá me verão”. A Galileia é o lugar da primeira chamada, onde tudo começara! Trata-se de voltar lá, voltar ao lugar da primeira chamada. Jesus passara pela margem do lago, enquanto os pescadores estavam a consertar as redes. “Chamara-os e eles, deixando tudo, seguiram-no” (cf. Mt 4, 1822).Voltar à Galileia significa reler tudo a partir da cruz e da vitória. Reler tudo – a pregação, os milagres, a nova comunidade, os entusiasmos e as deserções, até a traição – reler tudo a partir do fim, que é um novo início, a partir deste supremo ato de amor. Também para cada um de nós há uma “Galileia”, no princípio do caminho com Jesus. “Partir para a Galileia” significa uma coisa estupenda, significa redescobrirmos o nosso Batismo como fonte viva, tirarmos Junho 2014 energia nova da raiz da nossa fé e da nossa experiência cristã. Voltar para a Galileia significa, antes de tudo, retornar lá, àquele ponto incandescente onde a Graça de Deus me tocou no início do caminho. É desta fagulha que posso acender o fogo para o dia de hoje, para cada dia, e levar calor e luz aos meus irmãos e às minhas irmãs. A partir daquela fagulha, acende-se uma alegria humilde, uma alegria que não ofende o sofrimento e o desespero, uma alegria mansa e bondosa. Na vida do cristão, depois do Batismo, há também uma “Galileia” mais existencial: a experiência do encontro pessoal com Jesus Cristo, que me chamou para o seguir e participar na sua missão. Neste sentido, voltar à Galileia significa guardar no coração a memória viva desta chamada, quando Jesus passou pela minha estrada, olhou-me com misericórdia, pediu-me para o seguir; recuperar a lembrança daquele momento em que os olhos dele se cruzaram com os meus, quando me fez sentir que me amava. Hoje, nesta noite, cada um de nós pode interrogar-se: Qual é a minha Galileia? Onde é a minha Galileia? Lembro-me dela? Ou a esqueci? Andei por estradas e sendas que ma fizeram esquecer. Senhor, ajudai-me! Dizei-me qual é a minha Galileia. Como sabeis, eu quero voltar lá para vos encontrar e deixar-me abraçar pela vossa misericórdia. O Evangelho de Páscoa é claro: é preciso voltar lá, para ver Jesus ressuscitado e tornar-se testemunha da sua ressurreição. Não é voltar atrás, não é nostalgia. É voltar ao primeiro amor, para receber o fogo que Jesus acendeu no mundo, e levá-lo a todos até aos confins da terra. “Galileia dos gentios” (Mt 4, 15; Is 8, 23): horizonte do Ressuscitado, horizonte da Igreja; desejo intenso de encontro... Ponhamo-nos a caminho! Rádio Vaticano, enviada por Pe. Walmor Zucco, scj Revista São Judas 7 Sacrifício é uma expressão comprometedora que desperta certa inquietação quando a pessoa se vê em vias de colocá-lo em prática em algum momento. O sacrifício pode ter um tom negativo por sugerir autodestruição, negação da própria vida. A morte e o derramamento de sangue estão na essência do sacrifício que tinha como fim a relação e a comunhão do homem primitivo com o “seu Deus”, a partir de uma vida doada. O mistério de comunhão deste sacrifício, todavia, não se revelou com o culto no Templo, que os profetas já diziam não ser o sangue de touros e cabritos que agradaria a Deus, pois eram limitados e apenas cumpriram, em seu tempo, o seu papel na História da Salvação. Porém, o mistério do sacrifício único e definitivo se revelou no ato da Cruz de Cristo, que o deixou como exemplo. Da obstinação em cumprir o plano de salvação, Deus demonstrou no Filho o seu profundo amor pela humanidade. Na Cruz se revela o verdadeiro sacrifício que leva à redenção e à comunhão. Do sacrifício da Cruz surge o sacrifício do Matrimônio e da família, que se torna sacramento, na perspectiva do sacrifício de Cristo que amou e se doou inteiramente pela sua amada esposa, a Igreja. Talvez seja 8 Revista São Judas Junho 2014 gra com a comunhão restabelecida. É evidente que o sacrifício somente se torna comunhão e vida quando o amor o dinamiza. O sacrifício, portanto, não é mais uma chave de entendimento com viés negativo, mas a chave para a realização de um bem maior. O amor doado, a vida doada por amor, admite o sacrifício, porém, este, na perspectiva da comunhão familiar: um que se doa ao outro para que haja a vitória de todos. Está é indiscutivelmente a lógica do amor! O sacrifício de Cristo superou todos os outros sacrifícios antigos porque reatou verdadeiramente a comunhão do homem com Deus. O sacrifício na família, sob a assistência do Espírito de Cristo, leva à comunhão, além de ser exemplo que transpõe os muros para incentivar outras famílias a viverem a beleza da comunhão interpessoal. O mistério do sacrifício na família é positivo, pois se revela na mesma dinâmica do amor doado de Cristo à humanidade. O sacrifício na família existe para que haja vida e a superação das realidades de morte; para que cada um tenha no outro o suporte para crescer; para que cada um experimente a força do outro naquilo que é chamado por Deus a realizar. Assim, a família encontra o sentido da sua existência. A família é o lugar de Deus! Lugar de sacrifício para que exista vida, e vida em comunhão. Sami N. Abraão – Teólogo. Participa do grupo de dirigente do ECC São Judas Tadeu e é agente de pastoral da Paróquia. foto: reprodução complicado pensar que na família deva existir sacrifício, pela dimensão negativa que o relaciona à morte e ao descarte da vida. Porém, torna-se compreensível o sacrifício quando observamos a vocação familiar em ação. Sacrifício diário na doação da vida por amor, de um ao outro. A cruz sacrifical está na doação do pai que dedica cada minuto ao trabalho e ao sustento; a mãe que está atenta às necessidades da família; o filho que acolhe com disposição as palavras dos pais. Enfim, são dinâmicas sacrificiais que geram a comunhão na família. “A primeira tarefa da família é viver a comunhão”, diz São João Paulo II (FC 18), “e para isso o sacrifício surge como sinal de entrega”. Ao mesmo tempo, não raras são outras circunstâncias em que se exige maior sacrifício de toda a família: filhos que se perdem nas drogas e nos vícios desordenados, pais e mães que se envolvem com álcool, traições e etc; problemas psicológicos e morais que atormentam o lar. Muitas são as cruzes, porém a vitória sobre elas vem com o espírito obstinado e amoroso da vocação familiar: vocação que assume o Calvário, mas o supera para alcançar a vida. O mistério do sacrifício se revela quando tudo isso fica para trás. A superação da cruz tem o pressuposto da doação integral que conduz à comunhão e à felicidade no seio da família. Quando a cruz do sacrifício é superada, não há um só coração que não se rejubila e um só rosto de pai, mãe e filhos que não se ale- foto: reprodução G. K. Chesterton dizia, no início do século XX, que os “humanos estavam praticando o suicídio do pensamento”. Concordo com ele, Cristo. Cada dia mais, uma sociedade que, na propaganda política, diz que defende nosso direito de pensar com liberdade, vai cerceando nossas opiniões e as estrangula, a ponto de as pessoas terem medo de opinar. Pregadores andam com medo de pregar contra a exibição do homossexualismo, contra casamento entre pessoas do mesmo sexo, contra o aborto, contra novelas abusivas, contra o uso indiscriminado da pílula, contra as drogas, contra os traficantes, contra os pecados veiculados em plena luz do dia, contra os abusos da imagem, do prazer, a ostentação do luxo que ofende, o consumismo desenfreado, a descriminalização da maconha, o salário aviltado, o tra- balho escravo, o tráfico de órgãos, a prostituição infantil, os conchavos e conluios no Congresso à revelia dos eleitores. Andamos com medo de pregar contra as novas Sodomas e Gomorras do mundo. Muitos, para não terem de bater de frente com governos e poderes econômicos, combatem os diabos do inferno e atribuem a algum demônio o que é maldade nacional, daqui mesmo, perpetrada por grupos com endereço no Congresso e na internet. Não é o diabo que assina leis permitindo o aborto ou a morte de anencéfalos. Não é o diabo que faz campanha para descriminalizar o uso das drogas. Não é o diabo que faz melar e acabar em pizza os mensalões e outros desvios colossais de verbas do povo. São pessoas a quem interessa permitir o que lhe convém e permitir o que as incomoda. Esses dias, Senhor, mais uma vez alguém tentou cercear a liberdade da imprensa e o uso de crucifixo em salas públicas. Mas em passeatas de milhões de participantes, desfilam jovens nus e ninguém vai preso por atentado ao pudor. Podem mostrar corpos nus ou em lingeries sumárias em desfiles, pode mostrar cenas de alcovas a qualquer hora, mas não se pode, em nome da democracia, pôr uma cruz em lugares do Estado quando o estado nasceu à sombra da cruz e até chamou-se Vera Cruz. Querem não ser obrigados a ver imagens de Ti crucificado, mas aceitam passivamente que criJunho 2014 anças vejam casais nus na cama e dentro da casa deles, porque a sedução vai visitá-los em casa. Depois usam de filigranas do Direito para justificar porque pessoas podem ficar nuas e expor-se na televisão; mas Jesus nu e torturado numa cruz, não pode ser visto numa sala de aula. A quem querem enganar? É claro que o povo não votaria contra. Nem mesmo os evangélicos que não usam imagens em seus cultos, mas que não aceitam isso, porque amanhã também será proibido ler a Bíblia em público, sob o pretexto de que feriria ouvidos de outros credos. Penso no meu país onde os pregadores estão cada dia mais medrosos, e o que deveriam combater não combatem. Em vez de combater os hospitais com filas homéricas e esperas inconcebíveis, transformam seus templos em salas de milagres. Poderiam gastar meia hora alertando contra o iníquo sistema de preços para a saúde, a insuficiência de verbas e outra meia hora curando e orando por milagres. Mas silenciam contra os “demônios do preço alto” enquanto expulsam demônios da dengue, da diarréia e da cefaléia, doenças que nada têm de demônio e que seriam bem mais fáceis de curar se não faltassem remédios nos hospitais e se não houvesse as intermináveis filas à espera de uma receita médica. Quanto a mim, ensina-me a opinar. Se tiver que pagar o preço de opinar, pensarei em Ti. Tu opinavas! E assumias o que dizias! Pe. Zezinho,scj - “Ensina-me a opinar”, Orar sem saber orar. Revista São Judas 9 10 Revista São Judas grado Coração de Jesus, estamos evocando a “Festa do Amor”. É o amor que brota em toda a sua essência afetiva e emocional. Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, tem um coração plasmado no ventre humano e castíssimo da Virgem Maria. O Coração de Jesus possui majestade infinita, pois Ele e o Pai são inseparáveis. Assim, o “Amor” que brota deste Sagrado Coração é infinito e jamais se extingue. Certamente, pensando neste infinito “Amor” de Jesus, foi que o Papa Francisco, no início deste ano de 2014, deu início ao Consistório, pedindo aos cardeais que o ajudem a refletir sobre a realidade das famílias cristãs nos dias de hoje, pois concluiu que o maior problema familiar consiste, exatamente, na falta de amor. Aliás, nosso Pontífice, anteriormente (Outubro/2013), quando da peregrinação das famílias ao Vaticano, por ocasião do Ano da Fé, afirmou: “Aquilo que pesa mais do que tudo isso é a falta de amor. Pesa não receber um sorriso, não ser benquisto. Pesam certos silêncios, às vezes mesmo em família, entre marido e esposa, entre pais e filhos, entre irmãos. Sem amor, a fadiga torna-se mais pesada, intolerável”. E sempre pensando no amor, continua o Papa Francisco: “A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração e que nos faz sentir a beleza de estarmos juntos, de nos apoiarmos uns aos outros no caminho da vida”. E prossegue: “é preciso ter um Amor paciente. Só Deus sabe criar a harmonia a partir das diferenças. Se falta o amor de Deus, a família também perde a harmonia, prevalecem os individualismos, se apaga a alegria. Pelo contrário, a família que vive a alegria da fé, comunica-se espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade”. Peçamos ao Sagrado Coração de Jesus que possamos continuar realizando esta Revista dos Devotos com muita fé e amor! E que vocês queridos Devotos, sensíveis a este amor, continuem prestigiando as nossas publicações, fiéis em suas colaborações como membros efetivos da Família do Santuário São Judas Tadeu! Marli Amaro, coordenadora da PASCOM-Pastoral da Comunicação da Paróquia/Santuário São Judas Tadeu Junho 2014 foto: reprodução Caríssimos devotos e devotas, colaboradores do Santuário São Judas Tadeu, mais um ano se passou e estamos novamente em clima de festa, comemorando nossos dois anos de publicações desta nossa querida Revista do Devoto, que já se tornou um marco em nossas vidas! Alegria, especialmente, para nós que ajudamos a produzir este periódico mensal que chega aos seus lares sempre recheado de novidades, informações, notícias, acontecimentos e ensinamentos fundamentais a respeito de nossa fé cristã, do dia a dia de nosso Santuário, da nossa Igreja Católica, Apostólica, Romana e que me concede, todos os meses, a felicidade de manter com vocês este descontraído dedinho de prosa... Falando-se em alegria, não podemos esquecer que estamos em Junho, mês sempre muito significativo para nós católicos, pois vamos vivenciar grandes solenidades da nossa Igreja – Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi – as festas juninas, nas quais homenageamos Santo Antônio de Pádua, São João Batista e os apóstolos São Pedro e São Paulo, além da festa do Imaculado Coração de Maria e do Sagrado Coração de Jesus, esta que especialmente, cala fundo nos corações dos Padres de nosso Santuário São Judas Tadeu, a cujo carisma estão consagrados todos os sacerdotes da Congregação dos Dehonianos. Na verdade, ao festejarmos o Sa- foto: reprodução O amor recebido do Coração de Jesus precisa circular em nossas veias, precisar transbordar de nossa boca e irrigar nossos pensamentos. Precisamos sentir como Jesus sente! Precisamos amar da maneira dele! Neste mês, ao contemplarmos o Sagrado Coração de Jesus, queremos conhecer seus sentimentos para podermos mergulhar no mistério de seu amor misericordioso. O que move o Coração de Jesus? O que o faz chorar? O que o faz sorrir? O que sente Jesus diante daqueles que sofrem? De que forma Ele ama? O que é capaz de fazer por amor? Primeiramente precisamos reconhecer que a humanidade foi “envenenada” pelo pecado da indiferença, fruto de um relativismo materialista com rótulo de liberdade, uma falsa liberdade. É como se colocassem veneno num frasco de remédio: somos tentados a considerar que os que sofrem precisam de ajuda, pois eles têm direito a uma moradia digna, uma educação decente e uma saúde de qualidade, mas concluímos que infelizmente nada disso nos cabe e, portanto, não podemos ajudá-los. Será que não podemos fazer nada? Será que fui tomado pela cegueira do egoísmo a ponto de não enxergar que existem pequenos gestos de amor à espera de serem praticados por mim? Será que não percebemos que o Coração de Cristo palpita de amor por cada irmão que passa dificuldades? O que nos impede de amar concretamente? O que nos impede de irmos visitar os doentes, de socorrer os necessitados, de abraçar os que precisam de consolo? Por que a dor do outro é apenas do outro e não minha também? Por que me acho no direito de me preocupar sempre primeiro comigo? O Papa Leão XIII, em 1891, ao final de sua Encíclica Rerum Junho 2014 Novarum chegou a seguinte conclusão: “Portanto, a Salvação desejada deve ser principalmente o fruto de uma grande efusão da caridade, queremos dizer, daquela caridade que compreendia em si todo Evangelho, e que sempre pronta a sacrificar-se pelo próximo, é o antídoto mais seguro contra o orgulho e o egoísmo do século” (Rerum Novarum, 37). O Sagrado Coração Jesus que celebramos, sempre foi tomado de um amor incontrolável e particular por cada um de nós. O amor sempre transbordou de seu Coração, quer seja através do sangue derramado no Calvário, quer seja através do Espírito Santo derramado sobre nós. No entanto, esse amor recebido do Coração de Jesus precisa circular em nossas veias, precisar transbordar de nossa boca e irrigar nossos pensamentos. Precisamos sentir como Jesus sente! Precisamos amar da maneira dele! O Papa tem razão: precisamos de uma Efusão de Caridade, precisamos de uma Efusão do Espírito que nos leve ao sacrifício pelo outro. Uma frase famosa de Madre Teresa de Calcutá diz que “o amor, para ser verdadeiro, tem de doer. Não basta dar o supérfluo a quem necessita, é preciso dar até que isso nos machuque”. Só o Espírito Santo pode nos ensinar a amar com tamanha radicalidade! Só em Deus conseguiremos transpor a cerca da indiferença e revelarmos ao mundo o sagrado e solidário Coração de Jesus! Vinícius Paiva, Fundador da Comunidade Servos de Caná, Rio de Janeiro Revista São Judas 11 12 Revista São Judas Junho 2014 ORAÇÃO A SÃO JUDAS TADEU fotos: arquivo SãoJudas Tadeu São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saúdo e louvo pela fidelidade e amor com que cumpristes vossa missão. Chamado e enviado por Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam a verdadeira Igreja fundada por Cristo. Inúmeras pessoas, imitando vosso exemplo e auxiliadas por vossa oração, encontram o caminho para o Pai, abrem o coração aos irmãos e descobrem forças para vencer o pecado e superar todo o mal. Quero imitar-vos, comprometendo-me com Cristo e com sua Igreja , por uma decidida conversão a Deus e ao próximo, especialmente o mais pobre. E, assim convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o Evangelho, como membro ativo de minha comunidade. Espero, então, alcançar de Deus a graça que imploro confiando na vossa poderosa intercessão. (Faça o pedido da graça a ser alcançada). São Judas Tadeu, rogai por nós! Amém! fotos: Cidinha Panhoca e Angélica Cunha