Revista Municipal Nº 8 - Câmara Municipal de Baião
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Revista Municipal Nº 8 - Câmara Municipal de Baião
boletim informativo mai. jun. jul. ago. 2008 | nº 08 Infomail LIGAÇÃO BAIÃO-PONTE DA ERMIDA VAI A CONCURSO EM 2009 INAUGURADO PRIMEIRO HOTEL DO CONCELHO 30 POSTOS DE TRABALHO CRIADOS E ANUNCIADO UM NOVO HOTEL Secretária de Estado dos Transportes anuncia ligação entre Mirão e Bicheiro, obra esperada há 40 anos Melhorar a mobilidade: 140 mil metros quadrados de novas pavimentações INDICE Página 3 Saneamento: trabalhar para “qualificar o território” Página 7 Alunos vindos de 10 concelhos frequentam ensino superior em Chavães Página 4 Um olhar sobre a obra que encantou Agostinho da Silva Página 9 Centro Escolar de Baião comparticipado a 65 por cento Página 27 António Mota agraciado pelo presidente da República no dia 10 de Junho Página 18 Hotel inaugurado: “O início de um futuro promissor no Turismo de Baião” Página 22 Cidadãos de Idade Maior (re)descobriram Baião Página 25 Primeira creche de Santa Marinha vai receber 33 crianças Página 28 II Feira Medieval de Baião foi uma festa para aprender e divertir Página 30 “A nossa sociedade necessita de mais silêncio e reflexão”, defende o Bispo do Porto Página 40 400 das árvores do Parque Verde de Baião já têm padrinho Página 44 Freixieiro vence Boavista no Multiusos de Baião: 5-2 Página 31 José Luís Carneiro quer quotas para o emprego dos cidadãos em risco de exclusão social Página 42 Câmara e Bombeiros baionenses de mãos dadas na protecção da floresta Página 43 Baião venceu todos os jogos de futsal na Taça da Comunidade Urbana Página 16 Festival do Anho Assado teve do melhor que a terra de Baião dá Página 52 Secretária de Estado dos Transportes dá luz verde a obra esperada há 40 anos Página 54 Mais e melhor mobilidade: 140 mil metros quadrados de pavimentações executadas, lançadas e em processo este mandato contactos Câmara Municipal de Baião Tel. 255 540 500 Fax 255 540 510 [email protected] www.cm-baiao.pt Presidência CMB Tel. 255 540 520 Fax. 255 540 555 2 Auditório Municipal Tel. 255 524 918 Museu Municipal Tel. 255 540 550 Acção Social Tel. 255 541 390 Gabinete de Apoio ao Emigrante Tel. 255 541 500 G.N.R. Tel. 255 540 009 Piscinas e Pavilhão Multiusos Tel. 255 541 265 Centro de Saúde de Baião Tel. 255 542 212/4 Extensão de Eiriz Tel. 255 551 138 Extensão de Gestaçô Tel. 254 882 645 Extensão de Santa Cruz do Douro Tel. 254 882 570 Extensão de Teixeira Tel. 254 890 000 Linha Amiga Tel. 255 540 588 Piquete de Águas Tlm. – 939 998 038/7 PAC Sta. Marinha do Zêzere Tel. 254 886 029 Casa da Juventude de Chavães Tel. 255 542 984 Comboios Linha Verde da CP Tel. 808 208 208 Autocarros Soares Oliveira Tel. 255 551 152 / 255 531 622 Fax: 255 531 634 Bombeiros Voluntários de Baião Tel. 255 541 231 / 255 542 209 Fax – 255 541 719 Bombeiros Voluntários de Santa Marinha do Zêzere Tel. 254 882 544 Fax. 254 881 251 Farmácias Rocha Barros Tel. 255 551 425 Barbosa Tel. 255 541 113 Frende Tel. 254 881 900 Santa Marinha Tel. 254 882 231 Teixeira Tel. 254 896 436 Câmara de Baião sector a sector Saneamento: trabalhar para “qualificar o território” O sector do Saneamento da Câmara Municipal de Baião é o responsável pela construção de redes e ramais e pela limpeza de fossas e Etars e pela manutenção e desobstrução destas últimas. Para a coordenadora do sector, Helena Monteiro, as obras de saneamento “são tarefas de difícil execução, de grande complexidade e, por isso, demoradas”. No entanto, desde que José Luís Carneiro lidera os destinos da autarquia, as redes de saneamento cresceram perto de 30 quilómetros, três dos quais este ano, em virtude de empreitadas, e obras por administração directa, levadas a cabo pela câmara, que elabora os projectos e fiscaliza as obras. Também a tarefa de limpeza de fossas, competência deste sector, se reveste de dificuldade. “Há muitos pedidos, um pouco por todo o concelho. Algumas vezes os requerentes têm problemas com as suas fossas, que ou estão cheias, ou a deitar fora, e reclamam os nossos serviços. Outras vezes somos chamados sem que haja grande necessidade nisso”. Por esse motivo, Helena Monteiro lança um apelo: “É importante averiguar bem a necessidade da limpeza das fossas, porque às vezes deixamos de intervir onde somos mesmo necessários, para ir a locais onde a fossa ainda não atingiu a sua capacidade máxima”. Depois da entrada do actual e x e c u t i v o p a ra a C â m a ra Municipal, foi adquirido um novo tractor para a limpeza de fossas, equipado com uma cisterna de maior capacidade. Este equipamento, que está ao dispor dos munícipes que o solicitem, consegue prestar um serviço significativamente mais barato do que o praticado por privados, e foi responsável, em 2007, pela limpeza de 260 fossas. As redes de Saneamento são fundamentais no sentido de qualificar o território, tal como as vias de comunicação e as obras e as redes de abastecimento de água. Segundo o autarca José Luís Carneiro, “só com um território competitivo e qualificado é que Baião pode tornar-se atractivo para a fixação de mais habitantes e de investidores, nomeadamente 3 …continuação do número anterior Maria da Graça Salema de Castro, Presidente da Fundação Eça de Queiroz Um olhar sobre a obra que encantou Agostinho da Silva Distrital do Porto e nós servíamonos dela enquanto não estavam cá as colónias de férias. Nessa altura as meninas da escola iam para estágios por todo o Portugal e no último ano para Espanha. D. Maria da Graça Salema de Castro Publicamos a segunda parte de uma entrevista com a presidente da Fundação Eça de Queiroz, D. Maria da Graça Salema de Castro. Os elogios de Agostinho da Silva à Ober, as bolachas Maria com Café oferecidas a Américo Tomás e outras peripécias de uma época que mexeu com o concelho de Baião. 4 Voltando à OBER: Uma das principais iniciativas foi a criação de uma Escola Local de Educação Familiar Rural. Quem fez o programa da nossa escola foram dois professores que estavam na direcção: o Prof. Vasconcelos e a Dona Orlanda. O professor Vasconcelos era vereador na Câmara, que nessa altura era presidida pelo meu marido e a mulher tinha o curso de Biologia. Fizeram os programas com as nossas indicações. Tivemos um médico, Dr. Francisco Freire, como Professor de Educação Sanitária; do Ministério da Saúde e Assistência veio uma enfermeira a tempo inteiro, um agrónomo, Eng.º Duilio Marques do Ministério da Agricultura, e um veterinário da Direcção Geral de Veterinária. E o Padre Caetano, que era um homem muito aberto, ensinou a cantar e ensinou a Moral. A Moral foi dada segundo uma maneira muito curiosa: tínhamos o programa da escola e depois fizemos um esquema. No centro estava Deus e ao redor todas as disciplinas que eram dadas na escola. A finalidade era descobrir como se vivia com Deus em cada aspecto das disciplinas. E o curso funcionava onde? Na Casa de Chavães. Que não era tão boa como é hoje. Tentamos arranjá-la o melhor possível, mas na altura era uma casa fria, gelada. Pedimo-la emprestada, porque nessa altura a direcção da casa estava entregue ao Albergue As aulas decorriam no ano lectivo normal? Sim, e havia também aulas agrícolas com vacas e tudo. Isso foi motivo de um grande escândalo porque os pais não percebiam porque é que púnhamos as filhas num campo com a vaca a pastar, que era o que faziam em casa e não entendiam porque o teriam de o fazer na escola. As raparigas iam todos os fins-de-semana a casa para explicar o que aprendiam. Iam ao sábado e vinham à segunda-feira de manhã. As conversas nas camionetas eram de morte. Diziam “isto não dá para nada, vocês ficam desempregadas”. Elas vinham de cabelo em pé e muitas desistiam. Outra coisa engraçada é que a casa foi mobilada com dinheiro que a Gulbenkian nos deu – 300 contos, não foi pouco – e com alguma mobília que já lá existia e que nos deixavam utilizar. Sofremos muito, e eu estou a contar isto como algo cor-de-rosa, mas deu para afligir. Por exemplo: as mobílias que encomendamos não chegaram a tempo e no dia que vieram, chegaram também as raparigas. A minha amiga Teresa era um centro de ideias e sugeriu logo que fossem elas a preparar tudo, com a ajuda das pessoas da OBER. Pintaram os móveis, fizeram as colchas e durante uns meses aprenderam coisas práticas e ensaiaram a festa de abertura que foi no dia de Cristo Rei. concelho pobre, de gente pobre, então vamos fazer uma coisa simples: café e Bolachas Maria”. Levamos as máquinas de café, as bolachas Maria e lá se fez a recepção. Tem seguido o percurso da OBER? Agostinho da Silva Américo Tomás mais trabalho deste, o país estava salvo”. A escola funcionou em que anos? Há um caso particularmente interessante na acção da OBER: o da construção do aldeamento da Pala. É capaz de nos falar sobre ele? Dois anos, 61-62 e 62-63. Entraram cerca de 40 raparigas, de todo o concelho, mas desistiram muitas. Posso dizer que o trabalho delas, em alguns aspectos, mudou a face do concelho: apoiaram a abertura de acessos rurais e de regadios; fizeram colónias de férias e outras iniciativas com crianças. Por outro lado, a acção da OBER fomentou a introdução do Ensino Preparatório e a criação do primeiro “Centro de Saúde” do Distrito, bem como um trabalho sistematizado de assistência materno-infantil, de vacinação da população, de rastreio geral da população escolar e de transporte e encaminhamento de doentes para as diversas especialidades. Chegamos a ter cá o Prof. Agostinho da Silva e juntamos as raparigas que tinham sido formadas na nossa escola. O Agostinho da Silva começou a falar e a dissertar sobre Portugal, ele nunca mais se calava, parecia uma máquina e depois perguntou-lhes o que é que faziam. E elas explicaram. Quando chegaram ao fim ele disse: “Se em Portugal houvesse A empresa que fazia as barragens chegava às povoações que iam ser tomadas pelo caudal e dava a cada família um tanto dinheiro pelas casas que iam ficar submersas. As pessoas ficavam a olhar para aquilo, a pensar que era muito, mas depois era a desgraça das desgraças porque gastavam tudo e ficavam sem ter onde morar. Quando soubemos desta barragem conseguimos que as pessoas todas juntassem o seu dinheiro e, com esse bolo fariam novas casas. A Junta de Colonização Interna trouxe para cá os seus técnicos, as suas máquinas, nós demos o dinheiro que tínhamos recebido e fez-se a obra. Chegamos a receber o Presidente da República, Almirante Américo Tomás, que veio ver o aldeamento. Essa visita foi muito engraçada porque ficou toda a gente preocupada com a recepção que se ia fazer ao Presidente da República. A minha amiga Teresa Avillez, que cortava a direito, disse: “Vivemos num Bastante vagamente. A OBER, hoje em dia, prepara serviços e equipamentos para a população. Nós, antigamente, envolvíamos a população na nossa acção e ela fazia parte da solução de desenvolvimento. De vez em quando sei notícias, vi que vão fazer outra creche no Gôve. Isso é muito interessante e importante. Falando agora sobre Eça de Queirós. Quando entrou para a família a figura do escritor já era tão emblemática como é hoje? Não não era, nem por sombras. Lembro-me de o meu pai dizer, quando Eça começou a ser muito falado, “que estavam a levantar Eça de Queirós”. Nessa altura a sua figura vinha de um certo silêncio para a ribalta. Como surgiu a ideia de criar a Fundação Eça de Queiroz (FEQ)? O facto de não termos descendentes colocou-nos, a mim e ao meu marido, a responsabilidade de preservarmos o que tínhamos herdado; A Tormes d' A Cidade e as Serras - e dois terços do espólio do Escritor. Em vida do meu marido tentamos várias soluções mas surgiram sempre dificuldades por causa da falta de capital; se não fosse o executivo do Prof. Carvalho B orge s te r candidatado a Fundação a fundos comunitários, 5 penso que a FEQ não existiria. Também a ele se deve o almoço a vários Presidentes de Câmara, que se tornaram co-Fundadores, e a outras pessoas importantes que se tornaram mecenas. O trabalho da OBER preparou-nos para a criação da FEQ. Como foi o contacto com Santana Lopes e Cavaco Silva, respectivamente secretário de estado da cultura e primeiro-ministro, ao longo do processo de constituição da FEQ? Quando Santana Lopes foi Secretário de Estado a FEQ pediulhe um subsídio para pagar à família o terço do espólio que nós não tínhamos e, mediante uma avaliação por uma Antiquária do Porto, apresentou-se o orçamento e foi concedido esse apoio. Para poder começar a organizar-se a Casa era precisa essa compra. O subsídio acabou por ser trazido pelo Prof. Cavaco Silva, Primeiroministro de então. Fê-lo com muita alegria. Quais foram as principais dificuldades que se deparou ao longo dos anos de desenvolvimento da FEQ? 6 A FEQ teve sempre dificuldades financeiras muito grandes; e quando no final da década de noventa, o executivo camarário resolveu cobrar os 25% das obras candidatadas aos fundos comunitários, como condição para os trabalhos prosseguirem, as dificuldades multiplicaram-se. Os fundos comunitários vinham para a Câmara; esta assegurou uma fiscalização perfeita das obras e ocupou-se de toda a parte administrativa da candidatura, o que foi muito bom. Que balanço faz do funcionamento da FEQ até ao momento? Qual é o principal mérito da FEQ? E qual é o principal sonho que deseja que a FEQ concretize e que ainda não é uma realidade? O balanço é muito positivo, uma vez que durante estes anos a FEQ criou uma boa notoriedade. Através das actividades culturais, que realiza anualmente, e dos vários apoios que tem recebido ao mais alto nível, conseguiu projectar-se e projectar a região a nível nacional e mesmo internacional. O principal mérito da FEQ é ter conseguido reunir aqui um conjunto de pessoas que, com esforço e dedicação, se empenham na concretização e valorização do seu projecto. Existe um espírito de união e entrega ao projecto, o que faz uma grande diferença e é uma ajuda preciosa para ultrapassar as inúmeras dificuldades que temos vivido. O meu sonho é que a Fundação continue com o mesmo espírito depois da presidência já não ser assegurada pela Fundadora. De que forma é que a Câmara Municipal de Baião tem apoiado, ao longo dos sucessivos mandatos, a FEQ? Numa primeira fase a Câmara de Baião foi crucial na criação da Fundação. Foi responsável pela candidatura das obras de reestruturação da Casa de Tormes e dos espaços da Fundação aos fundos comunitários, tendo assegurado todo o apoio à candidatura (fiscalização das obras e apoio administrativo) e o pagamento dos 25% da comparticipação que cabiam à FEQ. Também nesta fase se organizavam muitas visitas de pessoas ilustres ao concelho, que passavam sempre pela Fundação o que foi muito importante para a nossa projecção. Numa segunda fase, o apoio da Câmara foi apenas ao nível da fiscalização das obras que estavam a decorrer e o apoio administrativo à concretização da candidatura apresentada aos fundos comunitários. Numa terceira fase, a actual, e depois de assinado um protocolo de colaboração entre as instituições, esse apoio tem-se materializado através da atribuição de um subsídio anual (€ 25.000), na realização de obras de restauro nos espaços da FEQ e apoio institucional e divulgação. Qual é o objecto que mais aprecia de entre o espólio da FEQ? Há algum dia, relacionado com a fundação, que se tenha tornado especialmente memorável para si? O objecto do espólio que mais aprecio é a Secretária de Eça de Queiroz. As comemorações do Centenário da morte de Eça de Queiroz, no ano 2000 e a assinatura do protocolo com o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal de Baião foram os dias, para mim mais importantes. ISCIA-Baião Alunos vindos de 10 concelhos frequentam ensino superior em Chavães O vereador da Educação da Câmara Municipal de Baião, Paulo Pereira, recebeu, no dia 13 de Junho, os alunos da PósGraduação em Educação Especial, a ser leccionada na Casa de Juventude e Desporto de Chavães – sede do pólo de Baião do Instituto de Ciências da Informação e Administração. Acompanhado por Ivone Abreu (directora do Iscia-Baião) e Horácio Saraiva (director da pósgraduação), Paulo Pereira pediu empenho aos inscritos, desejando sucesso a nível académico e lançando-lhes também o desafio de aproveitarem a oportunidade para conhecer o concelho de Baião, tanto em termos paisagísticos como culturais e gastronómicos. Depois de em 2007 Baião ter tido pela primeira oferta ao nível do ensino superior, este ano a pós-graduação volta a funcionar naquela emblemática casa da freguesia de Ovil. Actualmente são 27 os inscritos, oriundos dos concelhos de Amarante, Marco de Canaveses, Cinfães, Resende, Paredes, Gondomar, Maia, Fafe, Penafiel e Felgueiras. Isabel Dinis é de Vila Real mas dá aulas de Matemática e Ciências em Paredes. Escolheu frequentar esta pós-graduação porque considera a área “muito interessante” e porque os colegas de agrupamento de escolas lhe “falaram muito bem sobre o curso”. Acha Baião “um lugar simpático”, embora admita “não conhecer muito”, mas deixa uma promessa: “nos próximos meses vou tentar visitar algumas freguesias, conhecer melhor o concelho”. Opinião semelhante tem Leonor Soares, também da área da Matemática e actualmente a viver em Gondomar e a leccionar em Toutosa, Marco de Canaveses. “Baião é muito acolhedor e agradável. E também já percebi que se come bem, porque os colegas do curso juntam-se todos para almoçar e já experimentamos quase todos os restaurantes da vila e arredores”. Há também dois alunos em regime de blended-learning, um sistema que permite que um aluno dos Açores e outro da Madeira possam realizar os seus estudos à distância. As inscrições continuam abertas, sendo que o curso retoma o seu funcionamento em Setembro. 7 Iniciativa “A Tua Voz” Baião vai ter um Conselho municipal de juventude As cerca de três dezenas de jovens que ontem participaram na iniciativa “A Tua Voz”, vão constituir o Conselho Municipal de Juventude de Baião, um órgão consultivo que terá como função aconselhar a autarquia na implementação de políticas relacionadas com a juventude. “Queremos ouvir o que os jovens esperam de nós e ir de encontro aos seus anseios”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro. O anúncio foi feito a 12 de Julho, no encerramento de um encontro de reflexão com jovens sobre temas como a política, o empreendedorismo, a educação e a formação, o ambiente ou a sociedade da informação e do conhecimento, realizado na Casa da Juventude e Desporto de Chavães. José Luís Carneiro acrescentou que esta iniciativa vai ser aprofundada, ainda em 2008, por proposta de um dos grupos de trabalho, começando por ter uma auscultação mais próximas dos problemas, das ideias e das necessidades da juventude, para numa fase posterior, procurar adequar as politicas camarárias às aspirações dos mais jovens. Concurso de escrita sobre Baião para jovens Câmara publica 120 histórias de alunos inspiradas na obra de António Mota 8 Foi perante o entusiasmo de 700 crianças e jovens, recentemente convertidas em escritores, que o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, anunciou no dia 30 de Maio, a publicação, em 2009, de um livro com as histórias escritas nos últimos três anos por alunos baionenses com base na obra do escritor António Mota. Ao todo são 120 as histórias que fazem parte do projecto “Ler e Contar Histórias com António Mota”, que foi desenvolvido nos três agrupamentos de escolas de Baião, mobilizando mais de 2000 alunos do jardim-de-infância ao 6º ano. O anúncio foi feito no Pavilhão Desportivo da Escola EB 2,3 de Eiriz (freguesia de Ancede), onde se comemorou o Dia Mundial da Criança. José Luís Carneiro revelou também que no próximo ano “vai decorrer em todas as escolas do concelho um concurso literário” sobre Baião. “Queremos que os nossos meninos escrevam sobre a sua aldeia, freguesia ou sobre o concelho em geral. Acima de tudo pretendemos promover a criatividade dos jovens baionenses para que estes dêem asas à imaginação e ponham na prática a imaginação e as potencialidades que possuem”. Um sonho cumprido António Mota confessou “estar muito feliz por ter cumprido um sonho que já perseguia há muito e que começou a concretizar há três anos”. E fez uma revelação: “Outras câmaras já me tinham convidado para fazer iniciativas do género mas sempre disse que só o faria em Baião, que é a minha terra. Quando propus a ideia ao presidente José Luís Carneiro ele nem pensou duas vezes e deu-me grande apoio”. Livros maiores que os autores Um dos jovens escritores é Cláudio Sousa, 11 anos, da turma 6º E da EB 2,3 de Eiriz. Em conjunto com os seus colegas de turma, Cláudio imaginou a história “Espanto”, inspirada no livro “Os heróis do 6º F”. O espanto reside na vida de Manuela, uma menina que pede a ajuda à polícia depois de descobrir que o seu padrasto é traficante de porcos. No final acaba tudo em bem e Cláudio confessa, bem- Investimento de 1,1 Milhões de Euros Centro Escolar de Baião comparticipado a 65 por cento O presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, assinou o acordo de financiamento para o primeiro Centro Escolar do concelho, numa cerimónia que teve lugar na Alfândega do Porto, no passado dia 7 de Maio, e que contou com a presença do primeiro-ministro e dos ministros da Educação e Ambiente. Para o autarca baionense, a construção de um Centro Escolar na vila de Baião vai permitir que “as crianças tenham todas as mesmas oportunidades, independentemente de virem de um meio urbano ou rural, do litoral ou do interior e de famílias com ou sem posses”. Este será um “passo decisivo para retirar Baião da cauda dos índices de insucesso escolar do Distrito do Porto”, acrescenta. José Luís Carneiro esteve acompanhado do vice-presidente da autarquia e vereador da Educação, Paulo Pereira, da vereadora independente da autarquia, Paula Freitas, e ainda do presidente do Agrupamento de Vale D`Ovil, Carlos Alberto. O Centro Escolar de Baião já se encontra em fase avançada de construção, junto à EB 2,3/S de Baião (Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil) e entrará em funcionamento no próximo ano lectivo. A obra terá um custo total de 1,1 milhões de Euros (construção e equipamento), sendo a construção comparticipada a 65% pelo Estado e por fundos comunitários. Para que esta comparticipação fosse uma realidade, foi preponderante a elaboração da Carta Educativa do concelho e o arranque da obra no início de 2008. O equipamento terá capacidade para 280 alunos do 1º ciclo das freguesias de Campelo, Ovil e Loivos do Monte, bem como espaços polivalentes, salas multimédia e pavilhão desportivo. Cidália Fernandes Escritora infanto-juvenil foi aos jardins-de-infância de Baião Partilhar histórias foi o motivo que t r o u xe a e s c r i t o ra Cidália Fernandes ao contacto com agrupamentos de escolas do centenas de meninos e meninas concelho. Durante as sessões, a dos do escritora infanto-juvenil de Penafiel concelho de Baião, nos dias 5,6 e fez uso da sua capacidade de 16 de Maio e 2 de Julho. A iniciativa animação e de contar histórias, partiu do Pelouro da Educação da para cativar os jovens baionenses e Câmara Municipal de Baião e espicaçar a sua imaginação, contou com o apoio dos três despertando, desde cedo, o Jardins-de-Infância 9 Universidade Júnior Rapazes e raparigas de Baião foram universitários durante cinco dias 10 São dez, têm entre os 11 e os 17 Música. Foi uma semana em cheio. pareciam ansiosos por voltar para a anos, vivem nas freguesias do As únicas coisas que custaram mais Universidade Júnior. “Ficamos Grilo, São Tomé de Covelas, foi o não conhecerem ninguém muito felizes por terem gostado da Teixeira e Frende e nas suas faces entre as centenas de jovens que experiência. Lembrem-se que jovens é visível o entusiasmo de participaram na Universidade voltar, um dia, a frequentar a quem tem muito para contar. E não Júnior e as primeiras noites, Universidade, na qualidade de é para menos: entre 20 e 25 de passadas entre tanta gente alunos do ensino superior, é algo Julho estiveram no Porto, a desconhecida. Mas depois foram que só depende de vós e do vosso participar na Universidade Júnior, sendo feitas amizades e o Quartel e esforço”, salientou Paulo Pereira. uma proposta da Universidade do o Seminário onde pernoitaram Este foi o terceiro ano consecutivo Porto a pensar nas férias dos mais tornou-se mais familiar. em que a Câmara Municipal de novos. Ali, fizeram experiências em A confiança ganha foi tanta, que no Baião financiou a ida de jovens laboratórios da Faculdade de dia 25 de Julho, quando os jovens acompanhados pela Comissão de Engenharia; experimentaram a voltaram a Baião, e foram Protecção de Crianças e Jovens de piscina da Faculdade de Desporto; recebidos, no Salão Nobre dos Baião para a Universidade Júnior. A e até assistiram a um concerto de Paços do Concelho, pelo vereador autarquia suportou os custos de música clássica na famosa Casa da da Educação, Paulo Pereira, mais transporte, inscrição, alojamento e Presença dos 3 agrupamentos de escolas Estudantes falaram de igual para igual na primeira assembleia de jovens Desabafos, elogios, perguntas e exclamações. Foram estas algumas das formas de expressão encontradas pelos alunos dos três Agrupamentos de Escolas do concelho, que por um dia se tornaram deputados de uma Assembleia especial: a Assembleia Municipal de Jovens Estudantes de Baião, que reuniu pela primeira vez a 5 de Maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. “A maioria dos jovens, aqui presentes, ainda não tem idade para expressar a sua vontade pelo voto, nestas coisas da governação de um país, de um concelho, de uma freguesia ou mesmo de uma escola. Não votamos, mas temos opinião (…) os nossos sonhos e as nossas metas”, disse a porta-voz do Agrupamento de Escolas de Sudeste, Márcia Lopes. No seu discurso, a jovem falou do desinteresse dos jovens pela política: “Fazemos parte da população portuguesa mais jovem que, há alguns dias, impressionou o Senhor Presidente da República pela ignorância e alheamento revelados sobre o 25 de Abril e a política. Terá razão, mas também denunciou uma “notória insatisfação” dos portugueses com o funcionamento da democracia”. E concluiu: “Temos a noção das nossas limitações, não vamos mudar o mundo, mas estamos muito atentos aos pequenos problemas do nosso dia-a-dia e à sua resolução, podendo ser este um bom começo para resolver os de maior dimensão”. Antes, tinha sido a vez de Bruna Vieira, do Agrupamento de Eiriz, falar sobre a importância de proteger o Ambiente. “Tendo em conta a sustentabilidade dos recursos é urgente reduzir os impactes ambientais, conciliando assim o progresso e tecnologia, procurando soluções que apostem na redução dos mesmos”, frisou. E lamentou-se por na EB 2,3 de Eiriz não existir nenhum Ecoponto que permita a separação dos resíduos sólidos (lixo). Bruna deu ainda voz às preocupações dos seus colegas em relação a temas como a poluição do rio Douro, a desflorestação do concelho causada pelos incêndios e os perigos que as linhas de Alta Tensão podem causar à saúde pública. O último discurso a ter lugar foi o do Agrupamento de Vale D` Ovil que ficou a cargo de Carla Carvalho e focou o tema do Poder Local. Explicando a forma como se organiza o Poder Local (o que são os concelhos, as câmaras e assembleias municipais e as freguesias), Carla explicou que “o 25 de Abril permitiu acabar com a influência sufocante do poder central, promovendo uma ímpar contribuição para o desenvolvimento local e regional”. E terminou com uma pergunta: porquê “o desinteresse em consolidar a Democracia” e o afastamento dos 11 cidadãos relativamente à política? 12 RESPOSTAS AOS ANSEIOS A ideia de fazer uma Assembleia Municipal de Jovens partiu do presidente da Assembleia Municipal de Baião, Pinho Silva, que contactou os presidentes dos três Agrupamentos de Escolas. “Sou um adepto do «aprender fazendo» e é com um espírito de grande abertura que hoje aqui estamos todos a dar o primeiro passo no campo da democracia e do debate”, referiu o presidente da Assembleia Municipal. Depois, foi a vez de José Luís Carneiro se dirigir aos alunos e responder a algumas das questões levantadas. Ao Agrupamento de Eiriz, o presidente explicou que não compete à câmara colocar Ecopontos nas escolas. “Essa é uma incumbência da empresa Rebat, que é gerida pelos municípios do Baixo-Tâmega, mas vamos contactá-los para que ponham um Ecoponto na vossa escola”, referiu. De seguida enumerou as dezenas de acções de sensibilização ambiental que têm sido feitas, a elaboração do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios ou a criação de um inovador sistema de vigilância diurna e nocturna. Relativamente à valorização da democracia e do diálogo em Baião, José Luís Carneiro falou da recuperação do “período de antes da ordem do dia” nas reuniões de câmara, que passaram a ser todas à porta aberta e a poder realizar-se em qualquer freguesia. E explicou que a câmara tomou a posição de ouvir os baionenses sobre “os temas cujo impacto no futuro do concelho seja muito grande” – como foram casos do debate sobre a Energia Eólica, o Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde, a Carta Educativa ou as Linhas de Alta Tensão. “O 25 DE ABRIL LEVOU 222 DIAS A SER PREPARADO” “Tenho vindo a muitas escolas falar, mas é a primeira vez que venho a uma iniciativa com este formato, em que políticos e estudantes falam abertamente e sem barreiras; estão de parabéns”, começou por dizer o deputado da Assembleia da República, Marques Júnior, naquele que foi um dos momentos altos da tarde. Militar com a patente de Major, Marques Júnior foi um dos 150 oficiais que preparou a revolução e mostrou-se compreensivo com os jovens que não se empolgam com o 25 de Abril: “viver em Democracia, para vocês, é quase tão natural como beber um copo de água. Não se imaginam a viver sem Democracia e ainda bem que é assim”. Marques Júnior elogiou também a importância dos jovens para que a revolução se fizesse, “já que muitos militares em formação eram jovens licenciados, que acusavam o exército, que é quem detém a força, de não fazer nada para acabar com a Ditadura”. Explicando que a revolução esteve 222 dias a ser preparada, desde as primeiras conversas até ao grande dia, o orador disse que até na lua-de-mel trabalhou para o 25 de Abril. “Casei-me a 20 de Abril e depois da noite de núpcias, quando a minha mulher acordou, já não me encontrou. Andava pelas unidades militares do norte a fazer contactos e fui buscá-la para almoçarmos”. E terminou com outra história caricata: “suspeitávamos que a PIDE ia prender elementos do MFA depois do dia 2 de Maio, por isso a revolução tinha que ser antes. Também tinha que ser depois de dia 22 de Abril, porque a minha unidade, a Escola Prática de Infantaria de Mafra, ia receber 2000 jovens oficiais milicianos, que claramente estariam do lado da revolução. Só que não podíamos fazer a revolução ao fim-desemana porque seria estranho as tropas ficarem no quartel; nem numa segunda-feira, pois as tropas chegavam de madrugada, cansa- Viagem à Assembleia da República Jovens deputados de Baião foram conhecer os deputados da nação A ideia de visitar a Assembleia da assim porque no passado, quando Antes do almoço, na cantina da República, conhecida como a Casa um falar Assembleia, houve tempo para um da Democracia, no nosso país, foi pessoalmente com um Deputado, encontro com os deputados lançada da tinha que aguardar naquele espaço Marques Assembleia Municipal de Baião, – fosse uma manhã, três dias, conhecida, que já havia estado Pinho Silva, no final da Assembleia quinze dias ou o tempo necessário presente na Assembleia de Jovens Municipal de Jovens. E como o até ser atendido. Os passos que ali de Baião e que fez de anfitrião da prometido é devido, os jovens dos se davam, claro, eram perdidos. visita dos jovens baionenses à três Agrupamentos de Escolas Puderam ainda ocupar o lugar de Assembleia tiveram que madrugar, no dia 2 de deputados alguns Fernando Jesus, um deputado de Julho, para rumar à Capital. momentos: a primeira sensação é a Santa Marinha do Zêzere; e Na visita os jovens ficaram a saber de que o Parlamento é muito mais Ricardo Gonçalves, um deputado que a Assembleia da República fica pequeno do que parece visto pela de Braga. situada no Palácio de S. Bento, um televisão. Ali sentados os jovens Da parte da tarde foi tempo de edifício de estilo neoclássico aprenderam como funciona o assistir a uma sessão de plenário construído nos finais do século XVI processo legislativo, e até houve no parlamento. Lá estavam todos como mosteiro beneditino, e que é quem quisesse apresentar uma os políticos que normalmente se a sede do Parlamento Nacional proposta de lei no sentido de vêem na televisão: Francisco desde 1834. Descobriram que a acabar Louçã, Jerónimo de Sousa, Paulo Sala dos Passos Perdidos se chama substituição. pelo presidente cidadão queria d u ra n t e com as aulas de Júnior, da uma cara República; Portas ou Manuel Alegre. 13 Baião Autarca vai ao encontro da população para lhe prestar contas Depois de uma exposição a cargo de José Luís Carneiro, tanto o autarca como os restantes três vereadores do executivo camarário, como ainda os serviços contabilísticos e financeiros da autarquia se colocam-se ao dispor do público para as questões que surgirem. “Pela experiência que temos tido, as questões da governação raramente saem das quatro paredes do Salão Nobre dos Paços do Concelho, o que leva a que as pessoas, infelizmente, “Ir ao encontro dos cidadãos e duas abstenções neste órgão) e da informá-los sobre o que tem sido a Assembleia Municipal (aprovação acção da Câmara Municipal e a com 30 votos a favor, sete forma como o bem público tem sido abstenções e sem votos contra). gerido no concelho”, são os Nestas sessões é abordada a acção objectivos que levaram o presidente da autarquia em domínios como a da Câmara Municipal de Baião, José Economia, Educação, Cultura, Luís Carneiro, a dirigir-se aos Desporto, Acção Social, Obras cidadãos baionenses, freguesias de n a s Públicas e Urbanismo, entre outros. Ancede, Campelo, Gestaçô e Santa Marinha do Zêzere, para lhes prestar contas. A iniciativa, inédita a nível nacional, dá a conhecer ao público o relatório de gestão e a conta de gerência – documentos que constituem a chamada prestação de contas, que todos os anos é apreciada e votada, nas reuniões da Câmara Municipal 14 (este ano os documentos foram aprovados com cinco votos a favor e não andem informadas”, nota José Luís Carneiro. Para o autarca é igualmente importante incutir “hábitos democráticos e de participação cívica” na população: “Desejo que no futuro, quando eu sair desta câmara, a população possa exigir que ninguém lhe esconda nada”. Prestação de Contas aprovada sem votos contra Câmara de Baião passa a pagar a 30 dias aos fornecedores A Câmara Municipal de Baião já reduziu o prazo de pagamento aos fornecedores para 30 dias. Quando esta maioria assumiu funções, a média andava na ordem dos 60 a 90 dias. “Só foi possível atingir este objectivo graças a um grande rigor na gestão, que permitiu reduzir o valor das dívidas e compromissos em 6 milhões e 925 mil Euros (1 milhão e 185 mil contos) desde que tomamos posse”, referiu o autarca, em reunião da Assembleia Municipal, antes da aprovação da Prestação de Contas de 2007 - 30 votos a favor, sete abstenções e sem votos contra. Este documento já havia sido aprovado em reunião de Câmara com os votos favoráveis de cinco vereadores (quatro do executivo e um independente) e duas abstenções (vereadores da oposição). No ano passado os vários pelouros da autarquia levaram a cabo 1971 acções, medidas e projectos de desenvolvimento; e houve 48 empreitadas de obras públicas (mais 18 do que em 2006). No que toca à execução orçamental, a taxa de execução das receitas foi de 89,3%, a execução das despesas foi de 85% e, finalmente, a taxa de execução da despesa de investimento atingiu os 76,3%.“Esta é a maior demonstração da capacidade política deste executivo camarário na realização de projectos e concretização de medidas e acções, sempre no respeito pelo rigor na previsão e concretização orçamental”, declarou José Luís Carneiro. Uma notícia em primeira-mão José Luís Carneiro anunciou ainda, “em primeira-mão, que nunca a saúde económicofinanceira esteve como irá estar no horizonte 2008-2013”. O autarca explicou que o município tem já garantidos 3,5 milhões de Euros de fundos comunitários, até 2010, a que se juntará um pacote financeiro de igual valor entre 2010 e 2013. “Podemos dizer que o valor global do endividamento e dos compromissos da câmara está totalmente coberto pelos valores que iremos receber dos fundos comunitários”, destacou. A dívida actual da autarquia cifrase nos 7 milhões e 326 mil Euros, contando com um empréstimo de 3 milhões e 600 mil Euros já contraído, mas ainda não utilizado. Este empréstimo destina-se aos centros escolares, acessibilidades e à criação de centros cívicos nas várias freguesias. O valor da dívida é assim 3 milhões e 374 mil Euros mais reduzido do que aquele que existia aquando da tomada de posse do actual executivo: nessa altura as dívidas e compromissos eram de 10 milhões e 701 mil Euros. Freguesias recebem o dobro das verbas Na Assembleia Municipal de 28 de Abril ficou-se também a saber que entre 2005 e 2007 a câmara duplicou as transferências de verbas para as Juntas de Freguesia. Em 2007 esse valor foi superior a 590 mil Euros, destinados a obras em caminhos, sedes de Junta, águas, cemitérios e processos toponímicos. José Luís Carneiro sublinhou ainda o facto de, durante 2007, terem sido 17 as empresas de Baião que realizaram obras por empreitada para a câmara, num valor aproximado de 900 mil Euros, o que representou 35% das obras realizadas. Em termos de fornecimentos de serviços, as empresas de Baião prestaram serviços à Câmara no valor de um milhão e 137 mil euros. Ou seja, foram mais de 2 milhões de euros de pagamentos que ficaram nas empresas do Concelho de Baião. Este foi, de resto, um compromisso que José Luís Carneiro assumiu com os eleitores: procurar garantir, num quadro legal e de concorrência, que as empresas de Baião possam concorrer aos concursos da autarquia e prestar serviços à comunidade em que estão inseridas. 15 Mais de 7 mil visitantes Festival do Anho Assado teve do melhor que a terra de Baião dá 16 Mais de 7 mil visitantes, 6000 presidente da Câmara Municipal meio de carne de anho e uma refeições servidas e cerca de 7500 de Baião, José Luís Carneiro. “Por tonelada de vitela na confecção garrafas de vinho de Baião vezes, esta dimensão da econo- das refeições. E para acompanhar, vendidas. Estes são alguns dos mia rural não é valorizada, uma tonelada de batata, 200 números que traduzem aquilo que embora, como se pode verificar, quilos de tomate e alface – tudo à foi a terceira edição do Festival do ela desempenhe um importante base de produtos cultivados no Anho Assado e do Arroz de Forno, papel na geração de riqueza e concelho. que entre 24 e 27 de Julho animou emprego”, defende. “Estes números traduzem, de Baião. O evento gastronómico, É que para além dos números já forma evidente, que a estratégia que se realizou na Feira do referidos, outros dão uma noção assumida pela Câmara Municipal Tijelinho, a do dinamismo do festival: foi de Baião para a valorização e a presença de cinco restaurantes do vendida meia tonelada de Broa de comercialização de produtos concelho e outros tantos produto- Milho e de Biscoito da Teixeira, locais agrícolas está a dar frutos”, res de Broa de Milho, Biscoito da bem como uma tonelada e meia reforça José Luís Carneiro. Para Teixeira, Laranja da Pala e Doces de laranja da Pala convertida em além da componente gastronómi- Regionais serviu de “forte estímu- sumo. Os restaurantes envolvidos ca, o evento serviu também para lo à economia local”, segundo o utilizaram ainda duas toneladas e divulgar tradições locais, com as contando com Opinião dos intervenientes Tivemos que mandar vir Anho do restaurante, José Maria Jesus, proprietá- em rio do Restaurante Monte Marinha, para Rebel cozinhar Netmóvel fez a sua segunda aparição Depois de se ter estreado nas festas do Marco de Canaveses, no fim-de-semana de 18 a 20 de Julho, o Netmóvel, uma espécie de imagem de marca do programa Tâmega Digital, esteve disponível para utilização durante o Festival do Anho Assado. perto de uma dezena de postos de acesso à Internet, fez as delícias de jovens e graúdos. O objectivo é levar as tecnologias da informação e da comunicação jantar c o r r e u Domingo. muito bem. Tivemos muitos clientes de Esta altura Matosinhos, Paredes, Porto e e Paços de Ferreira.” a do negócio. O meu Anho esgotou. Manuel Servimos, para além das pessoas C o s t a , do concelho, outras vindas de proprietá- Oliveira de Azeméis, Aveiro, Porto r i o e Matosinhos.” Restauran António Pinto, proprietário Nova da Adega Regional O Pinto “Foi cinco estrelas. Devemos “Em termos de clientela tivemos continuar a divulgar o concelho e mais ou menos o mesmo do que a promover a nossa gastronomia. no ano passado mas houve mais A afluência de visitantes foi trabalho porque tínhamos mais óptima. No Domingo tivemos 95 capacidade, por cento de pessoas de fora, mais lugares. incluindo de Lisboa, de Coimbra e 80 por cento principalmente do Porto.” – Amarante, Baião, Celorico de Basto, Marco de Canaveses e dos visitantes Mondim de Basto –, especialmen- urbanos e que, como tal, têm mais dificuldade em aceder à Internet. d o te Fonte Comunidade Urbana do Tâmega afastados dos grandes centros de Fumeiro são muito boas para o às populações dos municípios da te aqueles que vivem mais o “O festival Estacionada junto ao recinto do festival, a carrinha, equipada com Santa vieram de António fora: servi gente de Famalicão, P i n t o , Trofa, Barcelos e da zona do proprietá- Porto.” r i o António Teixeira, proprietá- Restaurant d o rio do Restaurante Cruzeiro e Pensão Borges “O Sábado e o Domingo foram “Este festival é uma forma de muito trabalhosos, esgotou tudo. promover e atrair gente para 17 O Douro Palace Hotel fica em Santa Cruz do Douro Hotel inaugurado: “O início de um futuro promissor no turismo de Baião” 18 A freguesia de Santa Cruz do Douro, e o concelho de Baião, viveram no dia 15 de Julho um dia histórico, com a inauguração do primeiro hotel do concelho. Um novo hotel, de 5 estrelas, será apresentado até final do ano e deverá ser construído na Pala, Ribadouro. A cerimónia inaugural do hotel, localizado em Santa Cruz do Douro, a escassas centenas de metros do rio Douro e da estação ferroviária de Aregos/Tormes, foi presidida pelo presidente do Turismo de Portugal, que exortou os empresários e o autarca de Baião a criarem equipas comerciais para promoverem o concelho e com isso atrair mais turistas para Baião. O presidente do Turismo de Portugal deu ainda o exemplo do presidente da câmara de Baião "que sabe convencer-nos que a sua terra é o centro do mundo". José Luís Carneiro, por sua vez, afirmou que a inauguração deste hotel "constitui a demonstração de que Baião tem um futuro promissor" no sector do Turismo. E enumerou as medidas que têm sido tomadas no sentido de promover o turismo: a integração de Baião no Pólo Douro, para efeitos de intervenção turística, "o que confere vantagens aos investidores"; investimentos superiores a 5 milhões de Euros em vias de comunicação, água e saneamento; a redução da taxa de IMI e IMT, em 20% e 12,5%, respectivamente, e uma taxa de IRC de apenas 10% (menos 15% do que a média nacional); e o arranque do processo de revisão do PDM, que tornará o concelho mais competitivo ao nível empresarial. O autarca destacou ainda o facto de 440 cidadãos terem, em dois anos e meio, beneficiado de acções de formação, muitas delas na área do turismo, bem como as qualidades ambientais, paisagísticas e patrimoniais de Baião, como "razões que fazem de Baião o concelho do Distrito do Porto com o ambiente mais favorável ao investimento privado". UM HOTEL COM ALMA Marcaram presença na cerimónia representantes de várias empresas públicas, como a Estradas de Portugal, o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos e a Águas do Douro e Paiva. Assim como várias figuras da vida pública baionense: membros da Assembleia Municipal de Baião, os presidentes das Juntas de Ancede, Tresouras, Valadares, Gestaçô, São Tomé de Covelas, Santa Cruz do Douro e Santa Marinha do Zêzere, e ainda a presidente da Fundação Eça de Queiroz, Maria da Graça Salema de Castro. Terminados os discursos foi altura de uma visita guiada às instalações do hotel: foi possível conhecer a qualidade dos quartos e da suite (ao todo são 60 quartos), ver as condições que o SPA oferece e apreciar os diferentes estilos dos três bares e do restaurante. Pelo meio os visitantes puderam observar alguns recortes de jornais antigos, com notícias que relatavam as vivências do Douro noutros tempos; e alguns espaços decorados com fotografias da região. No total o Douro Palace representou um investimento de quase nove milhões de euros, por parte da empresa JASE, de Vila Nova de Gaia Gaia, e criou 30 postos de trabalho directos (25 deles ocupados por baionenses). Classificando o Douro Palace como um “hotel com alma”, voltado para o "turismo da natureza, da saúde e do lazer", Joaquim Ribeiro, um dos promotores, pretende diversificar a oferta e estabelecer parcerias com entidades de desportos radicais e associações com fins culturais, como é o caso da Fundação Eça de Queiroz, da Casa do Lavrador e do Centro Hípico de Baião. O administrador do Douro Palace aposta também no turismo empresarial, tendo sido anunciado hoje a escolha do hotel para o lançamento mundial de um novo modelo automóvel da Renault. Entre 17 de Agosto e 12 de Setembro, a convite da marca francesa, mais de 200 jornalistas de diversas nacionalidades vão ser alojados no novo hotel de Baião, rodeado por um cenário de rara beleza, sobejamente elogiado por Eça de Queiroz no romance "A Cidade e as Serras". 19 Encontro em Baião com formandas na área da Cozinha Petiscos aguçaram o apetite de empregadores na área da restauração 20 Mousse de Presunto e de Espinafres, Lombinhos de Lagosta e Fondue de Frutas foram alguns dos manjares que, a 17 de Junho, foram oferecidos aos empresários das áreas da hotelaria e da restauração do concelho de Baião, pelas formandas de um curso de formação profissional que decorreu na freguesia de Ancede. O encontro, promovido pela Câmara Municipal com o objectivo de possibilitar “um encontro de vontades” entre a mão-de-obra qualificada e potenciais empregadores, decorreu no Mosteiro de Santo André de Ancede. Ali estiveram presentes vinte e cinco formandas que puderam trocar impressões com representantes de dez restaurantes do concelho, de três empresas de catering e de casas de Turismo Rural (área em que Baião tem um potencial particularmente forte, visto ser o concelho da Região de Turismo da Serra do Marão com mais oferta nestes moldes). Das conversas, pôde perceber-se, para além de uma troca de receitas e dicas sobre como preparar e cozinhar alimentos, uma troca de números de telefone e várias abordagens sobre a possibilidade de colaborações a tempo inteiro ou em períodos sazonais. O presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, destacou a formação na área da restauração, “como vital para que Baião explore todo o seu potencial neste sector, que é muito, e ainda pode crescer. Por outro lado é importante valorizar estes cidadãos em termos de escolaridade e de oportunidades de vida profissional. Estamos a cumprir o que prometemos nesta área do desenvolvimento social e é necessário que, agora, preparadas para trabalhar, as pessoas não desperdicem as oportunidades de emprego, caso contrário não poderão contar connosco”. Já o director regional adjunto da Educação do Norte (DREN), António Leite, apreciou especialmente o Pudim de Café e de Chocolate. Presente na qualidade de elemento do Conselho Municipal de Educação, o responsável referiu Baião “como um concelho que partindo de um grande subdesenvolvimento na área da educação e formação profissional, tem conseguido chegar a patamares de sucesso assinaláveis com este executivo”. Por sua vez a Directora do Centro de Formação Profissional de Vila Real, Doroteia Sousa, enalteceu a “formação à medida”, que caracterizou o curso de Cozinha de Ancede, e que serve para adaptar a oferta formativa às necessidades específicas de cada curso, em termos de competências e de duração. Funcionando graças a uma articulação tripartida entre o Centro de Formação Profissional de Vila Real, o Centro de Emprego de Amarante e a Câmara Municipal de Baião, o curso de formação profissional na área da Cozinha – EFA B3 – garante equivalência ao nono ano de escolaridade. Neste momento, graças à parceria entre aquelas instituições, há 130 baionenses a beneficiarem de acções de formação profissional, noventa e oito por cento são mulheres. Entre 2006 e 2008 440 famílias baionenses foram abrangidas por planos de qualificação profissional. Auditório Municipal de Baião Apartamentos a custos controlados apresentados em Baião Fundo de Solidariedade distribui apoios Câmara municipal contribui para o apoio domiciliário com 30 mil euros O vereador dos Assuntos Sociais da Câmara Municipal de Baião, Manuel Durão, entregou, no passado dia 16 de Junho, vários cheques com apoios contemplados no Fundo de Solidariedade Social da autarquia. Cinco famílias receberam verbas entre os 47 e os 86 Euros para apoio ao pagamento dos passes escolares (esta foi a terceira prestação de apoios desta natureza e a última do ano lectivo). Um cheque de 240 Euros foi para apoio ao arrendamento à habitação e, por fim, um total de 498 Euros destinaram-se a outros domínios. De salientar que todas as famílias apoiadas se encontram em situação de carência económica, tendo-se candidatado aos apoios do Fundo de Solidariedade Social junto do Pelouro dos Assuntos Sociais da Câmara. Por outro lado, no dia 29 de Maio, Manuel Durão reuniu com várias IPSS do concelho, formalizando a entrega de verbas no âmbito do apoio domiciliário. Neste momento a autarquia destina 29 mil e 700 Euros para esta área, o que permite que as IPSS consigam apoiar mais 45 pessoas no acesso a melhores condições de saúde, higiene e dignidade. Em Campelo Mais de cem pessoas beneficiaram do programa “medicina na periferia” 105 pessoas beneficiaram de exames médicos, gratuitos, em áreas como o Colesterol, o Índice de Massa Corporal, a Glicemia e a Tensão Arterial, entre os dias 11 e 14 de Abril. A iniciativa “Medicina na Periferia 2008” decorreu na Junta de Freguesia de Campelo e ficou a cargo de quatro estudantes de Medicina do curso do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Porto). Para além do apoio da junta de freguesia, também a câmara municipal colaborou na iniciativa, fornecendo alojamento e alimentação para os jovens estudantes de medicina. 21 Iniciativa “Vamos Conhecer Baião” Cidadãos de idade maior (re)descobriram Baião Houve quem reencontrasse amigos de velha data, que já não se viam há décadas; houve quem vivesse toda a vida em Baião e só agora, pela primeira vez, visse o rio Douro; e houve casos de pessoas que não costumam sair dos seus lugares e das suas freguesias e que naquela ocasião viveram um dia diferente. Ao todo foram 357 os idosos, vindos de quase todas as freguesias do concelho (só em Ribadouro não houve inscrições), que puderam ver e rever alguns pontos de interesse de Baião graças à iniciativa “Vamos conhecer Baião”, promovida pelo Pelouro dos 22 Assuntos Sociais da Câmara Municipal. O evento visou, segundo o vereador daquele pelouro, Manuel Durão, “proporcionar um dia diferente, de convívio e animação, aos cidadãos de idade maior do concelho e tirá-los do isolamento em que normalmente se encontram”. Os passeios levaram os cidadãos a visitar locais como o Mosteiro de Santo André de Ancede, a Fundação Eça de Queiroz, em Santa Cruz do Douro, ou a zona da Pala, em Ribadouro, onde se realizaram os almoços. As visitas realizaram-se em duas fases: algumas freguesias tiveram a sua vez em Março, na altura da Páscoa; e outras em Junho e Julho. O transporte fez-se com recurso aos veículos da autarquia, que durante o tempo lectivo levam as crianças à escola, e que nestes períodos se encontravam disponíveis. “O nosso objectivo é optimizar os recursos e equipamentos públicos e colocálos aos serviço dos que mais precisam”, explica Manuel Durão, que fez questão de visitar muitos dos grupos participantes. O evento foi organizado com a ajuda das Juntas de Freguesia. Aliás, vários presidentes de junta acompanharam os grupos, onde estão também presentes funcionários da câmara municipal. Para além desta iniciativa, que futuramente terá também um trajecto para dar a conhecer a zona de montanha do concelho, a câmara vai continuar a realizar o Passeio Sénior, no princípio de Setembro e também a Festa de Natal Sénior: dois momentos muito aguardados pelos mais experientes de Baião. Acções para promover as capacidades pessoais CLDS trabalha com os baionenses e para os baionenses Estamos na Cecajuvi, em Santa Leocádia e é à volta de uma grande mesa que encontramos mais de uma dezena de formandos – são quase todas senhoras, contandose apenas um homem –, trocam ideias sobre assuntos como a autoestima, os cuidados básicos de higiene pessoal e habitacional e sobre gestão económica. Grande parte destas pessoas, que participa na formação sobre Economia e Gestão Doméstica, promovida pelo C o n t r a t o L o c a l d e Desenvolvimento Social (CLDS) de Baião, é beneficiária do Rendimento Social de Inserção. Estão ali para reforçar as suas competências pessoais; estão ali para, como diz o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, “se valorizarem de modo a serem mais felizes e fazerem mais felizes aqueles que os rodeiam”. Nesse dia 30 de Julho, José Luís Carneiro está de visita – acompanhado pelo vereador dos Assuntos Sociais, Manuel Durão, e pela coordenadora do CLDS, Goreti Rodrigues –, às acções que o contrato local desenvolve pelo concelho. Na ida à Cecajuvi o autarca ouve histórias difíceis e de sofrimento, mas também encontra sorrisos e esperança no futuro. O CLDS está no terreno desde Março de 2008. Este é um instrumento que funciona graças à articulação entre a Segurança Social, a Santa Casa da Misericórdia de Baião e a Câmara Municipal de Baião. Com uma dotação de 150 mil Euros por ano, até 2010, o CLDS visa apoiar as populações locais nas suas necessidades de formação e capacitação. Para isso, uma equipa de técnicos do concelho trabalha de perto com as populações, formando-as em áreas como a Economia e a Gestão Doméstica, ensinando-as a ler e a escrever e apoiando-as na aquisição de competências nas áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação. O objectivo geral deste projecto é promover a inclusão social dos cidadãos, dinamizando o tecido social, económico e institucional local. Quem sabe nunca esquece Em Santa Marinha do Zêzere, no lar da Santa Casa da Misericórdia, aprende-se é a ler e a escrever. Os formandos são pessoas de idade maior, como Francisco Borges, de 82 anos. “Nasci em Valadares mas estou em Santa Marinha do Zêzere, no lugar de Quebrada, desde os 12 anos”, diz-nos enquanto ensaia a escrita do seu nome com uma caligrafia cuidada. Francisco Borges lamenta-se por nunca ter ido à escola (“comecei logo a trabalhar aos sete anos, como pastor e depois fui para a lavoura”), mas isso não o impediu de aprender a escrever sozinho. “O meu senhorio tinha um alambique e encarregou-me de apontar a contabilidade da aguardente. Como não sabia escrever comprei um caderno com letras e lá fui aprendendo pela minha cabeça”, explica. Ao fim de pouco tempo, diz-nos, “já escrevia para todo o lado e para toda a gente”, até que entregou a escrita à filha de 10 anos e “esqueceu tudo”. Tudo não, porque quem sabe nunca esquece e agora, que o tempo é de sobra, Francisco aproveita para voltar à escrita. Tal como Maria Celeste, oriunda de Frende e que está no Lar da Santa Casa da Misericórdia e depois de uma vida de esforço no Barreiro: “Fui cozinheira e cheguei a escrevinhar algumas receitas, mas depois deixei e esqueceu-me tudo. Agora estou a relembrar”, diz-nos com um brilho comovido 23 às pessoas do CLDS que vos acompanhem e sigam muito de perto para vos apoiarem”. nos olhos azuis. Já chega de “raposas” A última visita do dia deu-se da parte da tarde, no Posto de Atendimento ao Cidadão, também em Santa Marinha, onde 13 jovens beneficiam de formação na área da edição de imagem e fotografia por computador. Ali, José Luís Carneiro pôde observar a aprendizagem que os alunos têm feito nesta área e as “brincadeiras” e efeitos que conseguem dar às fotografias. Depois, o presidente da Câmara 24 Municipal sentou-se com os jovens rapazes e raparigas e ouviu-os falar sobre os seus estudos. Alguns dos jovens contavam já duas e três reprovações na escola, raros eram os que nunca tinham reprovado. “É preciso empenho e dedicação na escola, porque se reprovarem o vosso futuro será mais difícil. Estudar compensa e só assim é que vocês poderão vir a ser homens e mulheres de corpo inteiro”, defendeu, para concluir: “Não quero mais ouvir falar de “raposas” [reprovações na escola], vou pedir Outras acções Para além da formação, o CLDS apoia dinamiza outras áreas como o empreendedorismo (está para breve a criação de uma incubadora de empresas e de um centro de apoio ao empresário) e o voluntariado (será desenvolvido um Banco de Voluntariado para todos os que quiserem dar o seu contributo). Será dinamizado um centro de recursos e qualificação, que para além da formação, visa prestar apoio pedagógico e logístico às organizações locais, será feito o levantamento dos factores de stress e risco na população para elaboração de um plano de intervenção e definição de projectos de vida. Finalmente vai partirse para o levantamento da realidade associativa e das suas necessidades e apoio às novas associações e grupos de jovens, como é o caso do Grupo em Formação dos Escoteiros de Baião. Apoios da câmara e do Pares Primeira creche de Santa Marinha vai receber 33 crianças A construção da primeira creche da freguesia de Santa Marinha do Zêzere avança a bom ritmo. O equipamento, promovido pelo Centro Social Paroquial de Santa Marinha do Zêzere, com o apoio da Câmara Municipal de Baião e do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (Pares), deverá estar pronto em Maio do próximo ano. A creche, situada no lugar do Barreiro, terá capacidade para 33 crianças (dos 0 aos três anos) e vai também permitir que o apoio domiciliário seja alargado a 30 cidadãos idosos (actualmente são apoiadas 20 pessoas). Este é um investimento total de 312 mil Euros, apoiado em 212 mil Euros pelo Pares, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, e em 100 mil Euros pela Câmara Municipal de Baião. A verba comparticipada pela autarquia, à razão de 25 mil Euros anuais, insere-se na política de parceria com as Instituições de Solidariedade Social do concelho. Aquando do aparecimento do Pares, a autarquia comprometeuse a apoiar os projectos que fossem aprovados, de modo a possibilitar às IPSS o desenvolvimento da sua capacidade de trabalho e das suas infraestruturas. As outras infra-estruturas apoiadas pelo Pares são o Centro de Actividades Ocupacionais da Santa Casa da Misericórdia de Baião, em Mesquinhata, e a creche da Ober, no Gôve. No primeiro caso a obra representa um investimento de 630 mil Euros (340 mil Euros pagos pelo Pares, 100 mil pela autarquia e o restante pela instituição), e deverá estar pronta no primeiro trimestre de 2009. Já a creche – que custará 300 mil Euros, 200 mil Euros pagos pelo Pares e o restante pela autarquia –, encontra-se em fase de estudo de propostas e vai receber 33 crianças. 25 Espectáculo promovido pelo ISCIA-Baião A ciência e a música fazem parte da vida Os três Agrupamentos de Escolas do concelho puderam apreciar, a 30 de Abril, uma série de três concertos pedagógicos subordinados ao tema “Ciência e Música de mãos dadas”. Os intérpretes foram dois canadianos, Brad Mahon e Renee Pérez, que não se conseguem definir, em exclusivo, como músicos nem como cientistas, antes como as duas coisas simultaneamente. Os concertos, promovidos pelo Iscia-Baião em parceria com a Associação de Canto Gregoriano, tiveram uma duração média de trinta minutos, durante os quais foram tocadas obras de Da Vinci, Galilei e Bach. As interpretações eram intercaladas com explicações sobre a forma como a ciência e a vida se complementam mutuamente e, em termos gerais, fazem parte da vida. Para além dos concertos realizados nos três agrupamentos de escolas também a Igreja do Convento de Santo André de Ancede recebeu, a 3 de Maio, Mahon e Pérez, que leccionam no Mount Royal College, em Alberta, e na Universidade de Calgary, para um concerto aberto X Curso Internacional de Verão Eça de Queirós voltou a reunir especialistas de todo o mundo em Tormes “Mulheres, Sedução e Desejo”, foi o tema que este ano, entre 21 e 25 de Julho, trouxe à Casa de Tormes, sede da Fundação Eça de Queiroz (em Santa Cruz do Douro), mais de duas dezenas de especialistas na obra do romancista oitocentista. Durante uma semana académicos portugueses, brasileiros, norteamericanos, timorenses, angolanos, espanhóis e de outras nacionalidades interrogaram-se sobre o lugar da Mulher no universo ficcional de Eça de Queirós. A reflexão – que foi intervalada com uma representação teatral da Filandorra, um concerto da Orquestra do Norte, e passeios pela região –, foi coordenada pela ex – ministra da Cultura Isabel Pires de Lima, especialista queirosiana. Dirigiram os trabalhos também as professoras Ana Luísa Vilela (Universidade de Évora e Mónica Figueiredo (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ancede, Campelo e Santa Marinha Jovens de Baião leram livros humanos 26 Os jovens de Campelo, Santa Marinha do Zêzere e Ancede tiveram acesso à leitura de livros muito especiais, entre os dias 26, 27 e 28 de Maio, respectivamente, graças a vinda ao concelho de Baião do projecto Biblioteca Humana pela Igualdade de O p o r t u n i d a d e s e Interculturalidade. Consistindo numa biblioteca itinerante que se instalou nas escolas EB 2,3 de Ancede e Santa Marinha e também na EB 2,3/S de Baião, este projecto permitiu aos estudantes daquelas escolar contactar com “livros humanos”. Com recurso a um programa informático, os alunos podiam conhecer as histórias de diferentes pessoas que falavam da forma como tinham sido vítimas de estereótipos, preconceitos, discriminação e exclusão social. Pretendia-se, desta forma, sensibilizar para a igualdade de oportunidades e para a interculturalidade. À biblioteca humana estiveram associadas outras actividades que visam desenvolver a sensibilização para os direitos humanos, cidadania europeia, música e outros aspectos apelativos para a juventude. A passagem por Baião da biblioteca humana foi organizada pela Federação das Associações Juvenis do Distrito do Porto, em colaboração com a Câmara Municipal de Baião, o Governo Civil do Porto e o IPJ. Recebeu a Ordem da Instrução Pública António Mota agraciado pelo presidente da república no dia 10 de Junho O professor do primeiro ciclo e escritor baionense, António Mota, foi agraciado pelo presidente da República, Cavaco Silva, com o grau de oficial da Ordem da Instrução Pública, nas Comemorações do Dia de Portugal – 10 de Junho. Esta condecoração, que teve lugar em Viana do Castelo, visa “galardoar actos ou serviços meritórios na área da educação” e foi recebida com grande satisfação por António Mota. “É uma honra muito grande ser reconhecido, a nível nacional, pelo trabalho que tenho feito em prol da educação e da leitura dos mais jovens”, frisa o escritor. Para o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, a condecoração do escritor baionense “simboliza a importância da ligação de Baião à arte e à cultura, nomeadamente à literatura e deve orgulhar todos os baionenses”. O autarca refere também que o reconhecimento premeia também a parceria que a autarquia tem desenvolvido com o autor. A este nível destacam-se a iniciativa “Ler e contar histórias com António Mota” (iniciativa mais conhecida por Livro Gigante, e que nos últimos três anos levou mais de 2000 jovens alunos baionenses a escrever histórias originais a partir das obras de António Mota) e o apoio à edição da obra “Outros Tempos” (2006), na qual o autor faz a sua primeira incursão fora da literatura infanto-juvenil, retratando as tradições rurais do concelho baionense. Em Campelo Livros para todos os gostos na III Feira do Livro que trouxe a Baião “O Grilo Verde”, uma obra original de António Mota; e do grupo Faunas, que levou ao Auditório Municipal “Os Miaus”, uma adaptação de “Os Maias”, de Eça de Queirós, que através de personagens encarnadas por gatos conta a história a um público mais jovem. A III Feira do Livro de Baião decorreu de 5 a 8 de Junho, no Jardim das Tílias, em Campelo e trouxe aos expositores centenas de livros das principais editoras do mercado nacional. Subordinada ao tema "Um livro com sabor... a Chá, Café ou Chocolate", a feira ofereceu chá, café ou chocolate, de acordo com as preferências – e a idade dos compradores de livros –, graças a uma parceria com alguns estabelecidos comerciais de Baião. Um dos pontos alto do certame foi a sessão de autógrafos e conversa com o autor baionense António Mota, que teve lugar no dia 6. Mereceu também destaque os momentos teatrais, como as actuações do Teatro Filandorra 27 Organização da autarquia e da EB 2,3/S de Baião II Feira Medieval de Baião foi uma festa para aprender e divertir 28 As largas centenas de visitantes da II Feira Medieval de Baião puderam apreciar o voo de aves de rapina, assistir a teatros profissionais e amadores (dos alunos da EB 2,3/S), à recriação de uma aldeia medieval e de uma mouraria e ainda experimentar jogos medievais. O dia 23 de Maio foi passado em cheio, numa iniciativa ao mesmo tempo pedagógica e divertida. O mau tempo que se fez sentir não impediu a realização do evento organizado em parceria pela Câmara Municipal de Baião e pela Escola EB 2,3/S de Baião -, que se transferiu da Praça D. Manuel de Castro para os armazéns da autarquia. Ali estava montado um palco onde os estudantes da escola recriaram, entre outras peças, alguns episódios da crise de 13831385 (o tema central da feira). Depois, espalhados por todo o recinto havia mercadores que trocavam os seus produtos fumeiro, artesanato, feitiços e bruxarias - pelo real, a única moeda aceite na feira. Um dos visitantes da feira foi o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, que se fez acompanhar pelo vicepresidente da autarquia e vereador da Educação, Paulo Pereira. "É um prazer ver tantos jovens aqui reunidos à volta de um tema que tem muito a ver com a nossa cultura e com a história do nosso país e da nossa terra. Aproveitem para se divertirem e para aprenderem", referiu José Luís Carneiro. Antes, já Carlos Alberto Carvalho, o presidente do Agrupamento de Escolas de Vale D´Ovil, tinha defendido que a escola devia estar "cada vez mais activa e próxima da comunidade baionense", tal como acontecia naquele evento. Uma ceia digna de um Rei José Luís Carneiro visitou de seguida o certame na companhia de Carlos Alberto Carvalho, de Paulo Pereira e de outros elementos da organização e pôde tomar contacto com a exposição de utensílios de cavalaria e equitação disponibilizados pelo Centro Hipíco de Baião, mas também com o artesanato (algum feito no próprio local), trazido pelos ranchos de Santa Cruz do Douro e de Baião. Num canto vários jovens guerreavam entre si pela conquista de um castelo em tamanho real, ao passo que no outro lado do recinto disputava-se uma partida de xadrez, no qual os jovens faziam de bispo, torre ou rei. Durante a tarde juntou-se à animação o grupo de Teatro Filandorra, com a peça interactiva "O Pranto de Maria Parda". Houve também uma exibição de falcoaria e aves de rapina que deixou os presentes de boca aberta; um grupo de bombos e gaitas de foles; cuspidores de fogo e malabaristas; e ainda houve oportunidades a dança do ventre subir ao palco. A noite ficou marcada por uma ceia medieval servida pela Pensão Borges, no qual cerca de 30 comensais - vestidos a rigor puderam provar carne de veado e de javali, vinho e cidra, cogumelos recheados e doce de frutos silvestres. A animar a ceia estiveram alguns dos conjuntos que haviam actuado durante a tarde e ainda um grupo de Canto Gregoriano. De 25 de Julho a 31 de Agosto no Posto de Turismo de Baião O douro pelo traço e pela paleta de Balbina Mendes O Douro é a musa inspiradora da obra de Balbina Mendes e o tema à volta do qual evoluem os trabalhos desta pintora “de grande sensibilidade e sentido estético”, no entender do presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro. Desde o dia 25 de Julho, e até 31 de Agosto, que é possível apreciar, no Posto de Turismo de Baião, vinte telas a óleo da autora transmontana, que formam o conjunto “Baião – Margem Douro”. Desde as paisagens do Douro à nascença, na floresta de Urbião, passando pela jóia da arquitectura que é Salamanca e entrando no território português, onde os seus quadros retratam motivos como uma cozinha rústica, a fauna e a flora duriense, os barcos rabelos ou a paisagem de S. Leonardo de Galafura, é possível apreciar na obra de Balbina Mendes os traços da cultura e da história de dois povos, separados por uma fronteira mas unidos por um rio. Do conjunto de quadros que constituem “Baião – Margem Douro” (“esta era uma série que estava já encerrada e foi reaberta por especial consideração a si”, disse a autora a José Luís Carneiro na inauguração da exposição), encontram-se pinturas que serão rapidamente reconhecidas pelos baionenses: a Tormes de Eça de Queirós, em Santa Cruz do Douro ou o caminho-de-ferro em Mosteirô. Esses foram, inclusivamente, dos quadros mais apreciados durante a inauguração da exposição, cerimónia abrilhantada com a leitura, por parte de dois actores da Companhia Filandorra, dos textos que acompanham as obras (contavam-se autores como Eça de Queirós, Miguel Torga ou Miguel de Unamuno) e adocicada por espumante de Baião (“uma outra forma de Arte”, notou José Luís Carneiro). 29 Debate sobre os “Jovens e a Igreja” “A nossa sociedade necessita de mais silêncio e reflexão”, defende o Bispo do Porto 30 Hoje em dia é difícil os jovens manterem referências e valores sólidos, em grande parte devido à mudança de estilos de vida e à constante presença da informação e da comunicação no nosso dia-adia, entende o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente. “Antigamente tínhamos uma sociedade de referência e que promovia a integração. A Igreja, mais do que dar conhecimentos religiosos, criava um espírito de grupo e de comunhão, que agora se tem esbatido graças à grande quantidade de formas de encarar o Mundo e a vida que existe”, referiu o clérigo, no serão de 11 de Julho, perante um Auditório Municipal de Baião repleto. D. Manuel Clemente veio a Baião a convite da Câmara Municipal, para participar numa conversa dedicada ao tema “Os Jovens e a Igreja”. “Actualmente, um indivíduo recebe mais informação, num dia, do que recebia há cinquenta anos atrás num mês”, notou, para explicar que isso se reflecte numa “complexificação da realidade”. Esta complexificação pode conduzir a fenómenos como o amadurecimento tardio da personalidade: “Há pessoas de meia-idade que ainda não encontraram a estabilidade, verifica-se cada vez mais uma juventude mais prolongada e menos integrada e acompanhada”. D. Manuel Clemente defendeu a necessidade de encontrar “novos momentos de paragem, de interiorização e de silêncio” para compreender a realidade. “Precisamos de momentos para reflectir sobre problemáticas comuns, tal como estamos a fazer aqui. Se não tivermos momentos de assimilação estaremos a colocar a cidadania de lado”. UMA VOZ DO HUMANISMO Terminada a sua exposição, D. Manuel Clemente entrou em diálogo com o público, respondendo a variadas questões. Falou-se sobre como atrair mais jovens e público para a vida da igreja (“Através de uma maior participação dos leigos na vida da igreja e não tendo medo de se actualizar e modernizar ”). Houve quem perguntasse porque é que a igreja é tão rica quando a pobreza subsiste (“A igreja assume uma vertente caritativa e assistencial muito forte e cabe ao Estado, em primeiro lugar, zelar pelo bemestar dos cidadãos. Por outro lado, grande parte do património da igreja é Arte Sacra, e essa pertence às igrejas”). D. Manuel Clemente concordou ainda com a necessidade de se impulsionar a catequese para adultos, já que subsistem lacunas ao nível da formação religiosa num país esmagadoramente católico. No encerramento do encontro, o presidente da Câmara Municipal de Baião disse encontrar pontos de contacto entre a realidade religiosa e a política. “A reflexão, o tempo e o espaço são muito importante para a tomada de decisões e por vezes escasseiam”. José Luís Carneiro elogiou ainda D. Manuel Clemente, considerando-o “em, conjunto com o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, uma das vozes que melhor traduz o humanismo no seio da igreja católica portuguesa”. O autarca baionense referiu, por último, que depois de encontros sobre “Os jovens e as Toxicodependências” e “Os jovens e a Sexualidade”, o próximo encontro a ter lugar no Auditório Municipal de Baião será sobre “Os jovens e a Política”. Autarcas do Baixo Tâmega reuniram com Cavaco Silva José Luís Carneiro quer quotas para a empregabilidade dos cidadãos em risco de exclusão social O presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, lançou a proposta de se legislar, a nível nacional, no sentido de promover a inclusão de cidadãos que estejam no limiar da exclusão social “por intermédio do estabelecimento de um quota obrigatória no regime de contratação pública e privada, à semelhança do que já acontece com as pessoas portadoras de deficiência”. A ideia consta de um dossier entregue pelo autarca socialista, ao presidente da República, aquando de um encontro que Cavaco Silva manteve com os presidentes de câmara do Baixo Tâmega, no dia 17 de Julho, em Celorico de Basto. Segundo José Luís Carneiro, os sistemas de contratação vigentes perpetuam, muitas vezes, situações de pobreza, ao excluírem, por vários motivos, famílias inteiras do mercado de t ra b a l h o . “ M u i t a s p e s s o a s poderiam sair deste círculo vicioso, se tivessem uma oportunidade, e consequentemente ajudar as suas famílias a melhorar o seu nível de vida”, defendeu. Na agenda do encontro – em que participaram ainda os autarcas de Amarante, Marco de Canaveses, Cinfães, Resende, Ribeira de Pena, Cabeceiras de Basto, Mondim de Basto, os anfitriões celoricenses e o presidente da CCDRN, Carlos Lage –, estava o debate sobre a situação social na região, uma das mais pobres do país. O documento entregue por José Luís Carneiro, e que foi subscrito por todos os presentes, solicitava ainda a Cavaco Silva que usasse a sua magistratura de influência no sentido da criação de um Plano de Desenvolvimento Integrado para o Baixo Tâmega. Entre as medidas mais prementes, encontra-se a concretização de um plano de formação e qualificação profissional, destinado ao "enriquecimento de competências pessoais e sociais e institucionais” e a “qualificação da rede de mobilidade (rodovia, ferrovia e fluvial) entre os municípios e interfreguesias”. Em declarações aos jornalistas, no final do encontro, o presidente da República defendeu que os autarcas da região se encontram “a trabalhar no caminho certo mas que faltam meios e recursos para contornar as debilidades estruturais do território”. Cavaco Silva ainda defendeu que o Baixo Tâmega tem potencial para se desenvolver, nomeadamente explorando as suas “capacidades turísticas”. 31 10 de Junho - Dia de Portugal em Newark Baião esteve bem representado nas comemorações O p r e s i d e n t e d a C â m a ra Municipal de Baião, José Luís Carneiro, esteve presente nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, no passado 10 de Junho, em Newark, nos Estados Unidos da América. O autarca baionense e o seu homólogo do Marco de Canaveses, Manuel Moreira, foram convidados pela Fundação Bernardino Coutinho, entidade responsável pelas importantes festividades que todos os anos se realizam em Newark. José Luís Carneiro participou no desfile que ocupa as principais avenidas de Newark, no dia em que se celebra a nacionalidade. Durante várias horas as ruas da cidade americana ficam repletas de elementos da comunidade portuguesa, incluindo os representantes das associações culturais, desportivas e recreativas. O concelho de Baião esteve também representado pelo grupo de Bombos da Associação de Trabalhadores da Câmara Municipal, que participou nas celebrações pelo sétimo ano consecutivo. Animando a festa, os enérgicos Zés-pereiras deram provas da razão pela qual são já uma presença quase obrigatória no 10 de Junho celebrado em terras norte-americanas. Outra imagem de marca de Baião e do Marco de Canaveses, os vinhos verdes, estiveram em destaque em alguns restaurantes americanos ligados à comunidade lusitana. Os vinhos e espumantes do Baixo Tâmega fizeram boa figura, tendo inclusivamente despertado o interesse de empresários sedeados em Newark. Apoio de 7500 Euros para as festas da vila Casa do povo de Santa Marinha do Zêzere vai ser renovada 32 José Luís Carneiro deslocou-se à Casa do Povo de Santa Marinha do Zêzere, no dia 28 de Junho, para cumprir a promessa de duplicar o apoio à organização das festas da vila – passou de 3500 Euros em 2005 para 7500 Euros este ano –, mas foi o anúncio da recuperação das instalações da Casa do Povo que provocou a maior reacção de alegria entre os presentes naquela sala que acusa o desgaste provocado pelos anos e pela humidade. “Da última vez que cá vim disse que gostaria que este espaço tivesse outra dignidade, mas até agora não pudemos apoiar a recuperação da Casa do Povo porque, por incrível que pareça, o imóvel não estava registado”, referiu o autarca. A recuperação da Casa do Povo vai ter um custo estimado em 100 mil Euros (comparticipado em 40 por cento pela câmara) candidatáveis a um apoio da secretaria de estado da administração local. No entanto, e caso a candidatura não seja aprovada, José Luís Carneiro assegurou que a câmara não deixará a obra por fazer e que o orçamento de 2009 vai contemplar um valor destinado a essa obra. “Não podemos deixar que este espaço com tanto valor histórico e patrimonial se degrade. Temos que apoiar a Casa do Povo que realiza um importante serviço público para a nossa comunidade”, frisou. Por seu lado a presidente da direcção da Casa do Povo, Hélia Monteiro, destacou que apesar “da boa notícia que é a recuperação da sede, a Casa do Povo vai continuar a precisar do apoio da população para fazer frente aos custos da sua actividade”. Durante a sua visita, José Luís Carneiro entregou também 9500 Euros de apoio à banda de Santa Marinha do Zêzere – 7500 Euros referentes ao apoio anual e mais 2000 Euros destinados ao Festival de Bandas que aquela banda organiza. Revolução assinalou-se em Baião “Comemorar o espírito de Abril é promover a igualdade de oportunidades” “Comemorar o espírito de Abril é promover a igualdade de oportunidades” O presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, afirmou durante as comemorações do 25 de Abril, que “comemorar o espírito de Abril é também viver e promover a igualdade de oportunidades entre todos os cidadãos”. “Tem constituído preocupação maior para este executivo camarário garantir os bens públicos essenciais a uma parte da população que, nalguns casos, há mais de 20 anos os via negados. Significa que temos procurado garantir o poder público onde a sua ausência mais se faz sentir”, salientou. Para José Luís Carneiro, as principais carências de que alguns cidadãos padecem são: a falta de electricidade, a ausência de abastecimento de água e saneamento e as lacunas, em termos de acessibilidades que permitam a circulação de viaturas, nomeadamente de emergência. E concluiu emocionado: “Se fosse possível retratar, pela escrita, o significado que estes investimentos tiveram para as populações, suponho que esta Assembleia poderia sentir, como nós sentimos, em cada uma destas obras realizadas, o sonho de Abril concretizado”. Restantes intervenções A cerimónia contou ainda com as intervenções do presidente da Assembleia Municipal de Baião, Pinho Silva, e de representantes dos partidos com assento naquela assembleia: António Carvalho pelo PSD e Diogo Magalhães pelo PS. Para Pinho Silva o 25 de Abril significou o “abrir de Portugal para o Mundo e o fim de um regime orgulhosamente só, que pesava poder resistir isolado aos processos de mudança que se faziam sentir a nível nacional e mundial”. O presidente da Assembleia Municipal de Baião explicou que foi por respeito “à diversidade e diferença, valores de Abril”, que foram convidadas para a cerimónia as associações culturais, desportivas, recreativas e humanitárias do concelho. “Esse convite encerra, em si mesmo, a mudança de paradigma que se registou no 25 de Abril. Do orgulhosamente sós, passamos para a construção do futuro com o trabalho de todos”, referiu. Por sua vez o social-democrata António Carvalho mencionou que com o 25 de Abril, “embora se tenha conseguido alcançar o objectivo da liberdade, estará ainda por alcançar um patamar de verdade política, sem o qual o respeito e a credibilidade dos políticos e da política fica verdadeiramente ferido”. Para o porta-voz do PSD na Assembleia baionense “seria interessante que o nosso sistema político, nomeadamente as instituições que têm por objectivo controlar e fiscalizar a acção dos poderes executivos pudessem de uma forma rápida e directa responsabilizar os políticos pelas promessas que fazem e que inevitavelmente não cumprem”. Por fim, António Carvalho, referiu a necessidade de combater o êxodo rural, através da melhoria das acessibilidades internas do concelho; dos acessos aos concelhos limítrofes – nomeadamente a ligação da A4 à Ponte da Ermida; e da criação de bons equipamentos sociais, culturais e desportivos. Já Diogo Magalhães lamentou “a grande dose de frustração e de ausência de rumo” que se abate sobre os jovens portugueses. “Esta preocupação visa todos os Governos, que, 34 anos após a revolução, ainda não conseguiram inverter esta situação sócioeconómica e atender aos anseios dos jovens. Jovens esses que querem contribuir para a construção dos seus concelhos, das suas regiões e do seu país”. O socialista defendeu ainda a criação de “um poder intermédio entre as autarquias e o Governo”, através da Regionalização, “já que falta o conhecimento do terreno a muitos decisores políticos, por exemplo, na área da Educação e na área da Saúde. Cada região tem as suas especificidades, cada Concelho tem as suas necessidades e por vezes realidades muito distintas”. O estado novo visto pelos olhos dos mais novos À entrada para o Salão Nobre dos Paços do Concelho, podia ver-se uma exposição, elaborada pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Eiriz (freguesia Ancede), que retratava várias facetas do Estado Novo e da revolução de Abril. Podia ver-se recortes de páginas marcadas pelo lápis azul da censura, poesias de Manuel Alegre e Sophia de Mello Breyner Andresen ou 33 Realizaram-se 7 serões da aldeia Cooperativa Dolmen poderá gerir programa de 17 milhões de euros 34 Após um longo processo de recepção de contributos de diversos actores locais do Baixo Tâmega, a Cooperativa Dolmen, presidida pelo autarca baionense, José Luís Carneiro, formalizou, em Julho, uma candidatura ao Eixo 3 do Proder – Abordagem Leader. Esta candidatura foi formalizada no âmbito de uma parceria local (Grupo de Acção Local) que abrange 40 entidades associadas da Dolmen (25 privadas e 15 públicas) e envolverá, a ser aprovada, um investimento total de cerca de 17 milhões de Euros, até 2013, para o território DouroVerde. Esta verba servirá para a valorização e a requalificação de espaços e zonas rurais, bem como para dinamizar projectos em áreas como a produção de Vinho e outros produtos agrícolas, o turismo rural ou a restauração. A Dolmen é uma cooperativa sem fins lucrativos, responsável pela gestão do programa Leader nos concelhos do Baixo Tâmega e Douro Sul – Amarante, Baião, Cinfães (quatro freguesias ribeirinhas ao Douro), Marco de Canaveses, Penafiel (cinco freguesias) e Resende (quatro freguesias). 300 participantes em 7 debates Desde o princípio do ano que a cooperativa é presidida por José Luís Carneiro, que se empenhou em retomar uma tradição da cooperativa, os ciclos temáticos “Serões da Aldeia”, com vista a recolher contributos para a elaboração da Estratégia Local de Desenvolvimento. Entre Maio e finais de Junho realizaram-se sete serões, subordinados a temas como “Educação, Formação e Cultura”, “Ambiente e qualidade de vida” ou ainda “Promoção, Valorização e Comercialização do Vinho”. Nomes como Isabel Pires de Lima, Ricardo Magalhães ou Bianchi de Aguiar emprestaram o seu conhecimento aos serões, abrilhantando o debate, no qual participaram, no conjunto, cerca de 300 pessoas. Em todos os casos, os encontros consistiram em visitas a projectos apoiados pela cooperativa ao longo do território (foram visitados 33 projectos), seguidos de debates informais e descontraídos nos vários concelhos. Estiveram presentes, ao longo dos sete encontros, os presidentes das câmaras de Amarante, Baião, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende, empresários e outras forças vivas da região. No último serão, que decorreu na Casa da Cochêca, em Mesquinhata, José Luís Carneiro anunciou a intenção de manter vivos os Serões da Aldeia, sendo que em breve será anunciada a periodicidade com que se irão realizar os encontros. PAM e PAC de Santa Marinha receberam 1456 utentes ...“uma terceira câmara municipal a funcionar, aqui, em Ancede” Desde o dia 12 de Julho que a freguesia de Ancede, e todas as que a rodeiam, passaram a dispor um espaço onde se concentram três serviços: Posto de Atendimento ao Munícipe (PAM), Posto de Atendimento ao Cidadão (PAC) e Centro de Informação e Conhecimento de Ancede (mais conhecido por CICA, este valência foi promovida pelo CLDS e consiste em postos de acesso à Internet e formação na área das Tecnologias da Informação e da Comunicação). Naquele local, situado no lugar de Valbom, é agora possível recorrer aos serviços de instituições concentradas no PAC, como a EDP, a ADSE, o Instituto do Consumidor, a Direcção Geral dos Registos e do Notário ou a Direcção Geral da Administração da Justiça. Podem também ser feitos requerimentos (iluminação pública, água, saneamento, limpeza de fossa); pedidos de recolha de monstros domésticos e de contentores do lixo; e podem ser requeridas licenças especiais de ruído, alvarás para a colocação de divertimentos em lugares públicos ao ar livre, entre muitos outros serviços. O objectivo é “facilitar a vida” às populações, evitando que estas se desloquem vários quilómetros a Baião, apenas para tratar de alguns assuntos. “Não fazia muito sentido que em Campelo existisse um PAC, já que a maior parte dos serviços está lá localizada. Por isso preferimos descentralizar estes serviços para outras zonas do concelho, onde eles não existiam. Estamos a cumprir a promessa de aproximar a administração dos cidadãos”, destaca o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro. “Só vejo vantagens neste espaço” Em 2007 a Câmara Municipal tinha criado um espaço em Santa Marinha do Zêzere com a mesma filosofia: um local que concentra vários serviços, sendo que na vila zezerense se soma também a valência de biblioteca. Em 2007, acorreram ao PAC e ao PAM de Santa Marinha um total de 886 utentes, alguns dos quais vindos de outros concelhos como Resende. Este ano o número de utentes subiu para 1486. Um dos utentes é a professora Arminda Martins, que se considera “uma cliente habitual” do espaço. “Aqui consegue-se resolver assuntos sem termos que nos deslocar à sede do concelho”, explica-nos. Arminda valoriza também o atendimento, que considera ser “muito bom e personalizado” e recorre ao espaço para tratar de licenças de obras, de águas e para utilizar a biblioteca e a Internet. Já Elisabete Cardoso, florista de profissão, lamenta que não estejam disponíveis mais serviços, mas admite “utilizar o PAM ou o PAC duas vezes por mês”. Uma das recentes utentes de Ancede é a jovem, de 26 anos, Neusa Madureira. “Já vim cá algumas vezes e não encontro desvantagens”, diz-nos. Por sua vez, Sónia Monteiro, costureira de profissão, também de Ancede, menciona que agora evita “muitas 35 Afirmação da Europa depende da coerência entre valores e prática “Europa deve falar a uma só voz nas grandes instâncias mundiais” reflexão, lembrou que já está hoje em debate a possibilidade de associação entre a OMC, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) para “efeitos de interligação entre a liberalização da concorrência internacional e o cumprimentos de valores essenciais às sociedades ocidentais mais desenvolvidas como as da UE”. EUROPA DEVE SER COERENTE ENTRE VALORES E PRÁTICA 36 A União Europeia (UE) deve adoptar uma estratégia e uma voz comuns no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da Organização Mundial do Comércio, defendeu, o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, durante um encontro do grupo do Partido Socialista Europeu no Comité das Regiões da União Europeia, que decorreu em Turim. Para José Luís Carneiro, o conselho de Segurança das Nações Unidas, “a principal instância reguladora da política internacional”, tem vindo a ser substituído “por uma abordagem unilateral da parte dos Estados Unidos da América”, pelo que é importante que “a UE fale a uma única voz no quadro deste órgão da ONU”. Relativamente à Organização Mundial de Comércio (OMC), José Luís Carneiro mencionou que, não obstante a crescente abordagem liberal das trocas comerciais internacionais, “a UE deve exigir na OMC o cumprimento por parte de todos os países de um conjunto de valores e de princípios relativos ao respeito pelos Direitos Humanos”. Na sua intervenção foram frisadas três áreas chave que a UE se deve esforçar para que sejam respeitadas: direitos laborais, direitos de saúde e de segurança social. As propostas de José Luís Carneiro mereceram comentários favoráveis da parte de alguns dos presentes em Turim. O francês Michel Delebarre, vice-presidente do Comité das Regiões e autarca de Dunquerque, concordou com as posições do português e defendeu um “proteccionismo construtivo”, ou seja “não um proteccionismo que coloque em causa a livre e a sã concorrência, mas um proteccionismo que obrigue a que todos os países membros cumpram regras fundamentais de humanidade”. O professor universitário Michel Foucher, convidado para a José Luís Carneiro concluiu a sua intervenção referindo que a afirmação da Europa no Mundo “depende da sua coerência entre os valores e os princípios apregoados e a sua prática política em termos internacionais. A Europa unida deve constituir-se como um espaço de referências e de valores fundamentais da Humanidade. O exemplo da guerra do Iraque apenas contribui para colocar em causa o prestígio das instituições ocidentais e a sua crise de valores”. Os socialistas do Comité das Regiões da UE estiveram em Turim, nos dias 15 e 16, a convite de Mercedes Bresso, presidente do grupo socialista naquele órgão europeu e presidente da região italiana do Piemonte. O encontro serviu para preparar o Manifesto do Partido Socialista Europeu para as eleições Europeias de 2009, f o c a n d o t e m a s c o m o “A s A l t e ra ç õ e s C l i m á t i c a s ”, “A Democracia Europeia e a Diversidade” e ainda “O papel da Europa no Mundo”. Estiveram p r e s e n t e s f i g u ra s c o m o o presidente do Partido Socialista Europeu, Poul Rasmussen, o exprimeiro ministro da Grécia, Kostas Simitis ou o líder do Partido Social Democrata da Roménia, Mircea Universidade deve encontrar respostas para compreender a realidade José Luís Carneiro discursou na cerimónia dos 20 anos da universidade Lusíada O presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, defendeu que a Universidade deve procurar novas respostas e soluções para os desafios de uma realidade "mais complexa e difícil de explicitar à luz de anteriores conceitos", fundados durante o século XX. O autarca falava, no dia 7 de Junho, durante a sessão solene comemorativa dos 20 anos da Universidade Lusíada, instituição onde estudou e leccionou. José Luís Carneiro foi convidado pelo Chanceler da Universidade Lusíada, Martins da Cruz, para dar o seu testemunho na qualidade de antigo aluno da instituição e de autarca. Para José Luís Carneiro o mundo mudou muito nos últimos dez, quinze anos: "No início do decénio de noventa, a ordem internacional conheceu importantes mudanças e transformações. A dissolução ideológica, política e militar do bloco soviético; as transições políticas para a democracia; a desintegração e a fragmentação de várias unidades políticas e a criação de novas unidades, por vezes, de natureza e alcance regional e internacional". Esses factos levam, na opinião do autarca, a que "as próprias instâncias reguladoras internacionais – a Organização das Nações Unidas, a Organização Mundial de Comércio (OMC), o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Mundial de Saúde (OMS) – parece não terem capacidade para acompanhar" a nova lógica social, económica e de poder político. O mundo actual caracteriza-se por um maior equilíbrio de poderes, onde pontificam os EUA, a União Europeia (UE), a China, a Índia, o Brasil e a Rússia. "Há uma sensação de termos regressado ao equilíbrio de poderes do século XIX, com a agravante de as economias e as sociedades estarem cada vez mais sujeitas aos movimentos globais. As questões energéticas, ambientais e alimentares, estão a constituir exemplo paradigmático dessa realidade", reflectiu. O autarca terminou alertando para a necessidade de os poderes públicos se articularem com as universidades: "Os poderes públicos carecem dessa reflexão e de pistas de acção política. Os decisores públicos carecem de quadros qualificados e que sejam capazes de responder a um complexo e dinâmico conjunto de novos desafios". E desejou "votos de boa sorte para os jovens licenciados que, agora, esperam que a sociedade seja capaz de acolher a sua inteligência e a sua sensibilidade". Passeio anual da Associação de Trabalhadores Trabalhadores da câmara municipal reuniram-se em convívio na serra O passeio anual da Associação de Tr a b a l h a d o r e s d a C â m a r a Municipal começa já a tornar-se uma tradição: a segunda edição da iniciativa juntou perto de 70 pessoas, entre funcionários e seus familiares. O vice-presidente da autarquia, Paulo Pereira, fez questão de marcar presença, tal como o vereador dos Assuntos Sociais, Manuel Durão. Foi no dia 29 de Junho que o grupo se juntou, ao início da manhã, para percorrer o caminho entre a Fonte do Mel e a Senhora da Guia. Depois de algumas horas de caminho, e já na Aboboreira, foi altura de um convívio bem animado e de um almoço retemperador. O evento – que no ano passado consistiu num passeio a Mafómedes –, prolongou-se até ao final da tarde, sempre com boa disposição e alegre camaradagem. 37 Poder Local Jovem Jovens autarcas debateram centros escolares Os jovens autarcas que constituem o Poder Local Jovem manifestaram reservas face modelo de financiamento dos Centros Escolares no âmbito do QREN. José Luís Carneiro, um dos impulsionadores do fórum, esteve presente na reunião que decorreu em Vouzela, a 9 de Maio. No final da reunião, em declarações aos jornalistas, os jovens autarcas mostraram apreensão relativamente ao financiamento dos Centros Escolares, na medida em que não está definido se este ocorrerá no âmbito das associações de municípios ou a nível nacional. Nesse sentido, os jovens políticos entendem que o "financiamento deve ser da responsabilidade dos programas nacionais e da Administração Central". No que concerne às competências que o estado quer transferir para as autarquias, ao nível da contratação de pessoal não docente, medida vista como positiva, os elementos do Poder Local Jovem defendem um "maior tempo de maturação" das mudanças, que irão provocar um aumento de competências técnicas e da despesa corrente (em particular nos encargos com a ADSE). Para colmatar o esforço que as autarquias terão neste campo, o Poder Local Jovem entende que seria benéfica uma "comparticipação neste tipo de despesa" e a consolidação da mesma, no âmbito do Fundo Social Municipal. Por último, os 13 participantes na reunião de Vouzela - vindos de Arganil, Mira, Murtosa, Tabuaço, Santa Comba Dão, Santarém, Ferreira do Alentejo, Baião defenderam a implantação das novas competências através de metodologias que respeitem as especificidades de cada Município, bem como a criação de projectos- 64 Municípios reunidos no Auditório Municipal Em Baião para debater a transferência de competências na educação 38 Sessenta e quatro municípios nortenhos estiveram reunidos no dia 18 de Julho, em Baião, para debater a transferência de competências para as autarquias no domínio da Educação. A reunião, promovida no âmbito da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), realizou-se no Auditório Municipal local e visou consolidar a posição da ANMP sobre o tema. As reuniões promovidas pela ANMP iniciaramse no dia 16 de Julho, em Coimbra; até 24 de Julho ocorreram outros três encontros nas localidades de Évora, Almada e Tavira, para além da reunião de Baião. As novas competências dos municípios em matéria de educação vão passar pela conservação, manutenção e construção de edifícios escolares de nível básico e deverão entrar em vigor no próximo ano lectivo. As autarquias terão ainda áreas de competência na gestão de pessoal não docente e também na acção social indirecta. AMBT pretende certificar Bengalas de Gestaçô e Laranja da Pala O Baixo Tâmega está unido também na internet Desde o dia 25 de Junho que aquilo que o Baixo Tâmega tem de melhor está patente, à distância de um clique, no portal www.baixotamega.pt. A iniciativa partiu da Associação de Municípios do Baixo Tâmega (AMBT), que, nas palavras do seu presidente, Manuel Moreira, vê o portal como um veículo para “comunicar de uma forma eficaz”, o que permitirá “fomentar a indústria, o comércio e os serviços, mostrar os nossos sabores, saberes e fazeres”. Em jeito de resumo, e apoiando-se no novo lema da região – Baixo Tâmega Acima de Tudo –, Manuel Moreira sintetizou: “acima de tudo pretende-se partilhar o Baixo Tâmega”. José Luís Carneiro esteve na apresentação do Portal, que teve lugar na sede da AMBT, em Amarante, no dia 25 de Junho. Presentes estiveram também os autarcas de Amarante e Celorico de B asto, respectivamente Armindo Abreu e Albertino Mota e Silva, sendo que Manuel Moreira, presidente da AMBT, é também presidente de Câmara do Marco de Canaveses. Para além destes quatro municípios, a AMBT envolve também Cabeceiras de Basto e Mondim de Basto. Aquilo que a terra tem de melhor Na mesma ocasião foram apresentados os primeiros roteiros turísticos do Baixo Tâmega, subordinados aos temas “Aldeias do Baixo Tâmega”, “Tâmega+Basto” e “Tâmega+Douro”. Foi também dado a conhecer o projecto “Diversificação e Promoção do Cabaz Regional de Produtos Tradicionais”, que prevê a implementação de processos de certificação de seis produtos emblemáticos da região: Pão de Padronelo, Doces Conventuais de Amarante, Bengalas de Gestaçô, Linhos de Terras de Basto, Mação Pipo de Basto e a Laranja da Pala. Estes produtos, que no entender de Manuel Moreira “representam uma cultura especial e testemunham a vida quotidiana das comunidades deste território devem ser devidamente promovidos e valorizados”, poderão ser uma “alavanca para o desenvolvimento económico e social da região”. 39 Pulmão verde da vila de Baião já foi inaugurado 400 das árvores do parque verde de Baião já têm padrinho O sol quente que no passado dia 5 de Junho se fazia sentir, ao princípio da tarde, encorajou centenas de crianças e jovens a lançarem-se em alegres brincadeiras na relva verde e fofa daquele que promete ser o pulmão da vila de Baião. Mais de 250 alunos do 1º ano comemoraram o Dia Mundial do Ambiente (5 de Junho) com o apadrinhamento de árvores no Parque Verde de Baião, que assim passa a contar com 400 árvores – de um total de 1000 espécimes como salgueiros, 40 carvalhos ou cedros, entre outros – com uma ligação especial a jovens alunos do concelho (no dia 15 de Março teve lugar uma primeira cerimónia de apadrinhamento). A ideia de associar a educação ao ambiente naquela obra que promete vir a atrair muitos baionenses para a prática desportiva e o lazer partiu do presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, que entende que o Parque Verde se vai tornar “uma referência” de Baião. “Uma árvore demora entre 15 a 20 anos a atingir a idade adulta e será por volta dessa altura que estes jovens se vão tornar homens e mulheres, iniciando a sua participação cívica e profissional na nossa sociedade. Para que cresçam bem, tanto as árvores como os jovens devem ser acompanhados com afecto e estima”, referiu. José Luís Carneiro lançou ainda um apelo aos jovens presentes: “Peço-vos que sempre que possam visitem o parque e cuidem das vossas árvores para que elas cresçam fortes e saudáveis”. E ao que parece os jovens concordam com a posição do autarca baionense. Andreia estuda na EB1 de Ingilde e entende que a inauguração do espaço “é boa para o ambiente e sido alertado o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR, que se deslocou ao local e retirou as informações necessárias para proceder e m c o n fo r m i d a d e . “ S e j a m vigilantes e protectores da natureza, alertando as autoridades e a Câmara Municipal sempre que virem que alguém polui e degrada o meio ambiente”, foi o apelo lançado por José Luís Carneiro aos jovens a este propósito. para todos nós”. Já António José, da EB1 do Convento, gostou das brincadeiras no parque e de ver o rio Ovil a passar tranquilamente. O Parque Verde representa 160 mil Euros de investimento, tem 11 mil metros quadrados de área, condições ideais para a prática desportiva e para o lazer. JOVENS REALIZARAM ACTIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL O Dia Mundial do Ambiente acordou salpicado pela chuva, o que motivou a passagem dos jovens envolvidos para o Pavilhão Multiusos de Baião, onde estavam montados vários jogos e actividades destinadas à sensibilização ambiental: como evitar fogos florestais; que cuidados a ter com as radiações ultravioletas; ou como fazer a reutilização de resíduos. CÂMARA MUNICIPAL RETIROU DA ABOBOREIRA 18 CAMIÕES DE LIXO José Luís Carneiro anunciou ainda, durante a cerimónia do Dia Mundial do Ambiente, que a Câmara Municipal procedeu nos dias 2 e 3 de Junho à limpeza e remoção de resíduos na Serra da Aboboreira. Resultado: foram retirados do local 15 camiões (135 metros cúbicos de capacidade) carregados com resíduos de construções e demolições; dois camiões repletos de “monstros domésticos” (frigoríficos, fogões, colchões, etc.); um camião com invólucros de cabos eléctricos; e cinco carrinhas (20 metros cúbicos) cheias de resíduos domésticos: vidro, plásticos, pilhas. O destino dado pela autarquia àqueles materiais foi variado: os restos de vidro, plástico, metais e pilhas foram separados, colocados em ecopontos e enviados para o aterro sanitário da Rebat, para serem reciclados, tal como os monstros domésticos e os invólucros de cabos eléctricos. Por outro lado, os restos de materiais de construção serão usados para as fundações de obras públicas. Finalmente, foram ainda encontrados restos de animais em estado de decomposição, tendo ANIMAÇÃO ÀS TERÇAS, QUINTAS E DOMINGOS NA PRAIA FLUVIAL Este novo espaço (Parque Verde),aliado à Praia Fluvial, promete ser o local mais concorrido durante o Verão. Três dias por semana, às terças e quintas-feiras e ao Domingo, entre as 15h00 e as 18h00 - os professores do Pelouro do Desporto da autarquia realizam, durante os meses de Julho e Agosto, actividades tão variadas como jogos tradicionais, Aqua Voleibol, mini-pólo ou corridas de estafetas, não esquecendo a frescura das árvores e o ar saudável que se respira, tudo são bons motivos para desfrutar este local. 41 Florestas de Baião vigiadas 24 horas por dia Câmara e bombeiros baionenses de mãos dadas na protecção da floresta 42 A Câmara Municipal de Baião vai submeter uma candidatura a fundos comunitários, no âmbito da Protecção Civil, no valor de 540 mil Euros (150 mil dos quais suportados pela autarquia) e que se destina à aquisição de veículos e fardamento para as corporações de bombeiros do concelho. O anúncio foi feito no dia 28 de Junho, em Santa Marinha do Zêzere, por José Luís Carneiro, durante a cerimónia de assinatura dos protocolos de vigilância nocturna contra incêndios entre a autarquia e os Bombeiros Voluntários de Baião e de Santa Marinha do Zêzere. A partir de 1 de Julho, e até final de Setembro, Baião terá as suas florestas vigiadas 24 horas por dia, graças à entrada em vigor deste sistema. A medida, que representa um investimento na casa dos 20 mil Euros, totalmente suportados pela autarquia baionense, visa anular os incêndios que deflagram durante a madrugada e deter eventuais incendiários, graças à articulação entre bombeiros e forças da GNR. “Em dois anos e meio de mandato, entre transferências, aquisição de serviços e protocolos, a câmara municipal apoiou os bombeiros do concelho com um total de 225 mil Euros”, referiu José Luís Carneiro, para quem a “parceria e a cooperação” entre o poder público e as corporações de bombeiros é “fundamental para vencer as dificuldades”. Antes o segundo Comandante de Operações de Socorro do Distrito do Porto, Alberto Costa, havia elogiado o profissionalismo e a valia dos bombeiros baionenses e deixado um conselho às dezenas de bombeiros presentes: “Tenham cuidado com vocês mesmos, porque só aquele que está em segurança é capaz de salvar”. Também os presidentes dos bombeiros concelhios discursaram. Joaquim Miranda, presidente e comandante dos bombeiros de Santa Marinha e da Federação Distrital de Bombeiros do Porto referiu que “o sistema de vigilância nocturna é uma excelente medida” e que “nunca os baionenses estiveram tão de mãos dadas na protecção da floresta”. Já o presidente dos Voluntários de Baião, Augusto Freixo, referiu a difícil situação que os bombeiros vivem actualmente em todo o país, fruto do aumento dos combustíveis – “de um mês para o outro as facturas aumentam na casa dos 500 Euros”. Na abertura da cerimónia, o presidente da Junta de Santa Marinha do Zêzere, Henrique Gaspar, pediu um minuto de silêncio em homenagem ao pároco António Barbosa, recémfalecido, e desejou aos soldados da paz “uma boa época, com poucos fogos, porque isso será bom para vós, para a população e para a natureza”. Na última década, o concelho de Baião – que tem 175 quilómetros quadrados, dos quais 62,7 por cento são espaços florestais – registou uma média anual de 272 incêndios, que consumiram cerca de 1106 hectares. Em 2006, ano em que o sistema de vigilância nocturna entrou em funcionamento, registaram-se no concelho 132 incêndios e arderam 605 hectares de mato e floresta. Em 2007 houve 167 ocorrências e arderam 459 hectares. Benfica perdeu os três jogos Baião dá sorte ao Leixões: campeões de voleibol pela segunda vez Com três vitórias e perdendo apenas um parcial, o Leixões S.C. ganhou, pelo segundo ano consecutivo, em B aião, o Campeonato Nacional de Voleibol no escalão de Juniores. Os leixonenses foram melhores do que o Esmoriz G.C. (1-3), que o S.L. Benfica (3-0), e venceram também os seus grandes rivais do S.C. Espinho (3-0). Por sua vez o Espinho conquistou duas vitórias, o Esmoriz venceu o Benfica, equipa que não conseguiu qualquer triunfo, vencendo só um parcial (contra o Esmoriz). A fase final do Campeonato Nacional de Voleibol de Juniores disputou-se no Multiusos de Baião entre os dias 23 e 25 de Maio. Vitórias contra Amarante, Marco e Celorico Baião venceu todos os jogos na Taça da Comunidade Urbana de futsal A equipa constituída pelos c o l a b o ra d o r e s d a C â m a ra Municipal de Baião e orientada pelo vereador do Urbanismo, Luís de Carvalho, superiorizou-se às suas congéneres de Amarante, Celorico de Basto e Marco de Canaveses, vencendo todas as partidas disputadas na Taça de Futsal da Comunidade Urbana do Tâmega (Comurb). No último jogo, disputado no dia 25 de Junho, Baião recebeu e venceu a equipa do Marco de Canaveses por 5-2. Antes, os baionenses tinham ido a Amarante ganhar por 5-3 e tinham conquistado uma vitória, em casa, por 6-4 contra os celoricenses. Campeonato nacional de Turismo Equestre Cavalos percorreram a Aboboreira Numa organização conjunta do Centro Hípico de Baião e da Comunidade Urbana do Tâmega realizou-se nos dias 5 e 6 de Julho, na Serra da Aboboreira, o Campeonato Nacional de Turismo Equestre (TREC) 2008. O campeonato arrancou, com a prova de orientação e de regularidade, no dia 5 de Julho às 9h30. Durante a tarde houve uma demonstração de equitação de ensino e de alta escola, com momentos verdadeiramente altos e de rara beleza, protagonizados pelo Cavaleiro Pedro Monteiro. No dia 6 seguiu-se a prova de medição e andamentos e o percurso em terreno variado por esta serra compartilhada pelos concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses. Paralelamente o evento contou com um programa social, que permitiu aos participantes, vindos de todo o país, conhecer e desfrutar de espaços de rara beleza no conjunto dos três concelhos: Fundação Eça de Queiroz, em Baião; Câmara Municipal de Amarante; e Casa da Ribeira, no Marco de Canaveses. De referir que esta foi mais uma prova ao abrigo do protocolo de cooperação estabelecido entre a Câmara Municipal de Baião e o Centro Hípico, localizado em Campelo, contando também com o apoio da Comunidade Urbana do Tâmega. 43 Voleibol em Seniores femininos CS Madeira ergueu a Taça de Portugal em Baião Seiscentas pessoas estiveram no Pavilhão Multiusos de Baião, no passado dia 20 de Abril, para ver o CS Madeira vencer o GDC Gueifães. As madeirenses ganharam a Taça de Portugal de Voleibol feminino por 0-3 (22-25; 17-25; 16-25). Ainda não foi desta que as atletas do GDC Gueifães conquistaram a Taça de Portugal de Voleibol. Depois de no ano passado terem sido derrotadas pelo CA Trofa, também em Baião, as maiatas perderam com o CS Madeira. Numa partida bem disputada, as madeirenses foram mais fortes, apesar de Juliana Antunes, do Gueifães, ter sido a melhor marcadora com 14 pontos. No final da partida, vencedoras e vencidas foram galardoadas com troféus e medalhas, tendo também recebido Bengalas de Gestaçô, símbolo do artesanato local. Freixeiro veio a Baião graças a protocolo com a câmara Freixieiro vence Boavista no Multiusos de Baião: 5-2 O A.R. Freixieiro venceu, no dia 1 de Maio, o Boavista por 5-2. O encontro foi disputado no Pavilhão Multiusos de Baião, que registou uma autêntica enchente. O Freixieiro, uma das principais equipas do futsal português exibiu-se a grande a grande nível, no Multiusos de Baião, controlando a equipa do Boavista. O clube de Matosinhos chegou ao intervalo a ganhar por 3-1, com dois golos de Israel e Wilson, a que o Boavista respondeu com um remate certeiro de Edivaldo. Na segunda parte o rumo do jogo não mudou: o Freixieiro voltou a marcar – Wilson e Júlio – e os axadrezados só conseguiram balançar as redes por uma vez, graças a Ferreira. A vinda do Freixieiro a Baião resulta de um protocolo firmado em 2007 (e renovado no dia 24 de Julho deste ano) entre a Câmara Municipal e o clube de Matosinhos, que permite que o clube passe a fazer os seus estágios de pré-época em Baião, e realize um encontro da liga nacional de futsal no Pavilhão Multiusos de Baião. O estágio da pré-época está agendado para os dias 26, 27 e 28 de Setembro. Prova disputada no Multiusos de Baião O Ginásio de Santo Tirso foi quem mais se divertiu na festa do andebol 44 Não foi por uma grande diferença, apenas por 18-15, que o Ginásio Clube de Santo Tirso conseguiu derrotar o Futebol Clube do Porto e vencer a fase final do Encontro Regional de Andebol da Região Norte, em Infantis, que se disputou no Multiusos de Baião. De resto, na tarde de 22 de Junho, houve mais dois jogos: o F.C. Gaia ganhou ao ISMAI por 12-8; e o Padroense não deu hipótese ao Colégio dos Carvalhos, marcando 15 golos contra nenhum. Foi a primeira vez que Baião recebeu o Encontro Regional de Andebol, evento também conhecido por “festa do Andebol”. Nesta competição defrontam-se todas as equipas de infantis da região norte, independentemente das divisões em que jogam normalmente. Este tipo de prova leva a que, por vezes, se verifiquem resultados desequilibrados – como o da partida entre o Padroense e os Carvalhos –, mas permite também que jovens, de toda a região, compitam e convivam em harmonia. Ancede A segunda freguesia mais populosa de Baião já tem casa mortuária por José Luís Carneiro. Classificando o momento como “especial” – o cumprimento de um compromisso é sempre motivo de alegria” –, o autarca referiu a Casa Mortuária como uma grande necessidade da freguesia. “Infelizmente vim a Ancede muitas vezes a funerais e velórios e vivi a desagradável situação de velar um ente querido num local sem condições”, notou. Foi ruidoso o aplauso que se ouviu assim que a placa de inauguração da Casa Mortuária de Ancede foi descerrada, no dia 15 de Junho, pelo presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, e pelo presidente da Junta de Freguesia local, José Lima. O aplauso partiu das largas dezenas de habitantes daquela que é a segunda freguesia mais populosa do concelho e transmitiu o alívio sentido por ver concretizada uma obra há muito ansiada. O presidente da Junta de freguesia tomou a palavra após a bênção do equipamento, por parte do pároco Francisco Pedrosa, para salientar “que aquela é uma obra que dignifica a freguesia de Ancede e serve as pessoas e as suas necessidades”. José Lima agradeceu ainda à Câmara Municipal “por ter cumprido o prometido e honrado a palavra dada a Ancede”. A qualidade da construção e o respeito pelos prazos e valores estipulados para a obra – investimento de 101 mil Euros, dos quais 75 mil corresponderam a trabalhos feitos por empresas da freguesia –, por parte da empresa Vialsil, foram aspectos realçados Uma obra boa “a todos os níveis” De acordo com Maria Monteiro, moradora do lugar de Lordelo, a quem a Casa Mortuária agrada sobretudo “pelo espaço e pela luz”. Já José Ribeiro, nascido e criado em Valbom, menciona que a freguesia precisava da Casa Mortuária como de “pão para a boca”. “A construção está bonita e os espaços são bons. Esta é uma obra boa a todos os níveis”, conclui. Advertência sobre construções ilegais Mensagem do Vereador do Urbanismo, Luís de Carvalho Caso queira construir algum edifício (arrumos, cozinha de lenha, garagens, muros de suporte e vedações, assim como edifícios destinados à habitação e/ou comércio) dirija-se aos serviços de urbanismo da Câmara Municipal. Não construa sem estar devida- mente informado. Caso contrário podem verificar-se processos de demolição coerciva. Caso já tenha iniciado o processo de licenciamento, procure junto dos serviços da Câmara obter todas as informações sobre o decurso do processo. 45 Ancede Ruas da Barroca e do Bolhão e beneficiação no interior de Esmoriz A mesma freguesia, mas duas realidades diferentes. O presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, esteve no dia 12 de Abril, na freguesia de Ancede, para visitar obras numa zona urbana, Eiriz, e num lugar rural, Esmoriz. Em Eririz o autarca percorreu, na companhia do presidente da Junta de Ancede, José Lima, e de largas dezenas de populares, as ruas da Barroca e do Bolhão. Situadas numa das zonas mais movimentadas e dinâmicas da freguesia, estas ruas foram pavimentadas e beneficiadas com uma rede de drenagem de águas pluviais. Os 60 mil 500 Euros ali investidos mudam a face da Barroca e do Bolhão, permitindo uma melhor circulação ao terminar com os buracos, poças de água e de lama que as caracterizavam na época das chuvas. José Luís Carneiro esteve também no lugar de Esmoriz, onde ouviu o reconhecimento dos moradores. “Agradeço-lhe muito esta obra. Muitas vezes deixámos de vir cá visitar a família, porque no Inverno, com a chuva e lama, não podíamos percorrer 700 metros a pé com as crianças”, referiu um natural do lugar a residir fora. Ao seu lado, a mãe que agora vai receber mais visitas, dizia que “já esperava pela obra há 35 anos”. Representando um investimento de 30 mil Euros, a obra consistiu no alargamento e pavimentação do interior do lugar de Esmoriz. Os caminhos, outrora demasiado estreitos, podem agora ser percorridos com mais facilidade pelas pessoas, sendo que o lugar também fica acessível aos veículos. Para o presidente da Junta de Freguesia de Ancede, José Lima, estas obras têm o mérito de “resolver os problemas das pessoas, melhorando as condições de mobilidade e salubridade”. José Luís Carneiro destacou que se tratam de mais duas “obras para as pessoas”. “O nosso objectivo não é fazer obras grandes e vistosas, que se calhar não são sustentáveis. Queremos é cumprir as promessas que fizemos às populações e melhorar a qualidade de vida dos baionenses, especialmente dos que mais precisam do poder público”, concluiu. Loivos do Monte Câmara apoia recuperação da Igreja de Loivos do Monte 46 Na tarde de 21 de Junho, José Luís Carneiro esteve na freguesia de Loivos do Monte, onde assinou um protocolo de financiamento com a comissão fabriqueira local, com vista a apoiar as obras de restauro da Igreja daquela freguesia. A autarquia contribuiu para aquela intervenção com 15 mil Euros tendo José Luís Carneiro destacado o “património arquitectónico daquela bonita igreja” e as “boas relações com as instituições religiosas e civis de Loivos do Monte”. Na cerimónia, que consistiu numa eucaristia seguida de convívio no salão paroquial da freguesia, estiveram presentes os pároco da freguesia, João Ribeiro, o presidente da Junta de Loivos do Monte, Manuel Gomes Ferreira, e ainda os três vereadores que compõem o executivo da autarquia: Manuel Durão, Paulo Pereira e Luís de Carvalho. Marcaram presença ainda os elementos que compõem a comissão de fábrica, bem como o presidente da Junta de Freguesia vizinha de Carvalho de Rei (Amarante). Em Mesquinhata investimento superior a 61 mil Euros Casa mortuária de Mesquinhata: cumpriu-se o sonho de uma década Ao fim de menos de três meses de obra, e depois de um investimento de 61 mil e 515 Euros, a Casa Mortuária de Mesquinhata já se encontra ao serviço daquela freguesia. A inauguração e bênção do equipamento decorreu no passado Domingo, dia 20 de Julho, e contou com a presença de cerca de uma centena de pessoas. Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, destacou a harmonia e luminosidade do edifício, referindo também que o actual executivo tem apostado em Mesquinhata. “Pode afirmar-se que, desde finais de 2005, foi realizado o maior investimento público de que há memória nesta freguesia que está a atrair muitos habitantes para o concelho graças ao seu dinamismo”, notou José Luís Carneiro. Já Alberto Monteiro, presidente da Junta de freguesia local, mencionou a dignidade da Casa Mortuária e a melhoria da qualidade de vida das populações que esta vai permitir: “as pessoas vão finalmente poder velar os seus entes queridos com conforto e dignidade e sem terem de se deslocar para outras localidades”. E classificou a realização como um objectivo pessoal: “Este era um sonho que eu próprio acalentava há quase uma década e muitos sacrifícios passei para que a obra pudesse ser feita. Tanto esta obra como o futuro Centro Cívico são bons exemplos do investimento que a autarquia está a levar a cabo na freguesia”. Por sua vez, o pároco da freguesia, Hermínio Pinto, elogiou a acção da autarquia no que toca a Mesquinhata: “Este executivo, e este presidente, tratam as pequenas freguesias num plano de igualdade relativamente às grandes. E isso não acontece sempre nem em todo o lado”. Esta é a terceira Casa Mortuária construída pelo actual executivo – as outras localizam-se em Ancede e Grilo – desde Novembro de 2005, altura em que havia catorze equipamentos desta natureza em Baião. Em fase de concurso encontra-se a Casa Mortuária de Santa Leocádia José Luís Carneiro Visitou seis obras na freguesia que deu o nome ao concelho Foi na rua da Tapada que José Luís Carneiro começou, no passado dia 3 de Maio, uma visita às obras que têm sido realizadas na freguesia de Santa Leocádia. Acompanhado pelo presidente da junta local, Manuel Guedes, e por uma comitiva da qual faziam parte os vereadores Paulo Pereira e Manuel Durão, vários técnicos da autarquia e membros da junta. José Luís Carneiro pôde observar uma pavimentação que, segundo os moradores da rua, “só ficou bem feita à quinta tentativa”. Entre as várias visitas, José Luís Carneiro pôde cumprimentar Bernardo Pinto Oliveira, um senhor que, aos 94 anos de idade, se pode orgulhar de ser o mais experiente da freguesia. A visita seguinte foi aos lugares de Pinhadouro, Aldeia e Ferragem, onde foi testado o abastecimento de água. A colocação de 1500 metros de condutas de água para estes três lugares foi executada por Administração Directa, num investimento de perto de 22500 Euros. Serão servidas mais de 100 pessoas e uma delas é Manuel Fonseca, do lugar de Aldeia. “Não há dinheiro que pague a água. Era uma grande necessidade que tínhamos e foi preciso muitas vezes ir ao fontanário do Surrêgo, na Pala, buscar água para termos em casa”, diz-nos. Daí partiu-se para a junta de freguesia, que foi beneficiada graças a uma pavimentação (protocolo entre a câmara e a junta). A tarde que José Luís Carneiro passou na freguesia que deu o nome ao concelho terminou com uma ida ao caminho da Curveira, obra que permite uma melhor mobilidade em Santa Leocádia. 47 População de Santa Cruz marcou presença em grande número Inauguração das obras de beneficiação da capela da Sra. do Martírio 48 Foi uma demonstração de devoção à Senhora do Martírio aquela a que se assistiu no passado dia 1 de Maio, quando centenas de habitantes da freguesia de Santa Cruz do Douro e outros de vários pontos do concelho de Baião fizeram questão de estar presentes na inauguração das obras de beneficiação do espaço exterior da capela. À chegada, José Luís Carneiro tinha à sua espera a presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz, Clara Borges, e o pároco da freguesia, Fernando Fernandes. A marcar o ritmo estava a tocata do Rancho Folclórico de Santa Cruz do Douro, liderado pelo director António Cardoso. E foi a ele que pertenceram as primeiras palavras: “Nesta freguesia existe uma grande devoção à Senhora do Martírio, todos nos lembramos que quando éramos pequenos era a ela que recorríamos e também o nosso rancho assinala esta devoção com uma música. Esta obra já era esperada há muito e portanto a câmara municipal está de parabéns”. Por sua vez, o pároco Fernando Fernandes salientou que a obra de beneficiação e arranjo urbanístico do envolvente à capela “dignifica o espaço sagrado e predispõe para o encontro e para a partilha”. “Em pouco tempo já muito se fez” Já Clara Borges destacou o empenho dos trabalhadores da autarquia, que “até durante o 25 de Abril trabalharam para que a obra estivesse pronta” e referiu que “em pouco tempo já muito se fez pela freguesia, mas ainda muito falta fazer”. José Luís Carneiro, por último, saudou a presença do antigo presidente da câmara, Artur Carvalho Borges e do antigo presidente da junta local, Sr. Costa e elogiou a beleza o local e também da paisagem. “Ainda há muito para fazer, mas para isso é que estamos cá”, reforçou José Luís Carneiro, que acrescentou que em breve o centro do lugar de Eiras será requalificado. A obra de requalificação do adro da Capela da Sra. do Martírio foi executada pelos funcionários da Câmara Municipal de Baião, graças a uma intervenção por Administração Directa. Ao todo, entre materiais de construção e mão-de-obra, foram ali investidos perto de 30 mil Euros, na pavimentação do adro, na criação de uma rede de drenagem de águas pluviais e na instalação de mais de uma dezena de candeeiros de iluminação. 49 Ligação vai ter 10 quilómetros de extensão Ligação da ponte de Baião à ponte da Ermida deverá ser lançada a concurso em 2009 50 José Luís Carneiro e António Borges, presidentes das autarquias de Baião e de Resende, estiveram lado a lado no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Baião, no dia 4 de Julho, altura em que foi dado a conhecer o projecto de traçado para a ligação rodoviária Baião/Ponte da Ermida/Resende. A ligação vai designar-se EN 321-2 e era uma velha aspiração das gentes de Baião e de Resende. A EN 321-2 é uma ligação fundamental para a coesão regional entre o Baixo Tâmega e o Douro Sul e colocará a população de Resende a menos de 45 minutos do Grande Porto. "Falta esta estrada para que a Ponte da Ermida [inaugurada há dez anos] faça sentido", disse o presidente da câmara de Baião, José Luís Carneiro. O novo traçado aproveita os últimos três quilómetros da actual EN108, na margem direita do rio Douro, precisamente o troço que teria mais dificuldades de aprovação ambiental. Com esta solução consegue-se uma redução substancial do valor da obra, que passa de um custo estimado de 45 milhões de euros (na versão anterior) para cerca de 25 milhões no estudo prévio agora apresentado. Apesar da reformulação do traçado, a nova estrada terá cerca de três quilómetros de viadutos dois deles com mais de 500 metros de extensão - e movimentações de terras de um milhão de metros cúbicos, com escavações na encosta de cerca de 50 metros. Embora defendendo que "a falta de acessibilidades não pode perturbar a ligação deste espaço regional", o autarca de Baião reconhece "que é melhor não termos um projecto ideal mas um projecto possível". José Luís Carneiro referia-se à parte final do traçado que terá de adaptar-se às limitações da actual estrada nacional 108, ladeada de construções em pelo menos uma das margens. Como a ligação de Baião à Ermida "é a que está mais adiantada e consolidada" das obras rodoviárias desta zona do Tâmega, Eduardo Gomes admitiu que poderá ser lançada autonomamente pela Estradas de Portugal se for essa a decisão do Governo. O presidente da Câmara de Baião garantiu que tem o compromisso do primeiro-ministro de que esta ligação entre Baião e a Ponte da Ermida "será lançada a concurso em 2009". Santa Cruz do Douro - Um milhão de euros de investimento Obras estruturantes em Santa Cruz do Douro foram inauguradas O Director das Estradas de Portugal no Distrito do Porto, Joaquim Cavalheiro, classificou a estrada nacional 108-2 como “um trajecto de relevante interesse turístico, que poderá funcionar como um cartão de visita para os turistas que vão frequentar a unidade hoteleira de Santa Cruz do Douro”. O responsável pela empresa pública falava na freguesia de Santa Cruz do Douro, durante a inauguração da beneficiação de mais de 7300 metros da EN 108-2, no passado dia 14 de Junho. Ao todo a Estradas de Portugal investiu um total de 750 mil Euros, na melhoria daquela via rodoviária que se estende do centro da freguesia até à Estação de Aregos. Por sua vez o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, quis “agradecer à Administração desconcentrada e ao Estado, pois tem-se verificado uma preocupação em redistribuir os recursos no sentido de conseguir uma maior equidade e justiça social”. Salientando que no último ano o Estado investiu perto de 6,3 milhões de Euros no concelho de Baião – para além da obra em questão, foi beneficiada a EN 108 e foi lançado um investimento de um milhão de Euros em equipamentos sociais. Para José Luís Carneiro tanto a obra de beneficiação da EN 108-2 como o investimento realizado pela autarquia em redes de água e saneamento “são obras estruturantes para a freguesia”. Ao todo a câmara municipal aplicou 288 mil Euros em 4600 metros de rede de água e em 4000 metros de rede de saneamento. O andamento das duas empreitadas foi articulado entre a autarquia baionense e a Estradas de Portugal, de modo a permitir que as redes e condutas de água e saneamento fossem instaladas antes de se proceder à pavimentação da estrada – evitou-se, dessa forma, a futura destruição do pavimento para instalação das redes. O autarca baionense entregou, ainda, à junta de freguesia local um cheque no valor de 25 mil Euros, referente ao financiamento da obra de acesso ao caminho de Serradouro, um local da freguesia onde, outrora, era particularmente difícil chegar. 51 Frende, Loivos da Ribeira e Tresouras Baião: Câmara apoia espaços cívicos e religiosos “Não podemos ficar indiferentes às necessidades destas três freguesias em termos de equipamentos religiosos e cívicos”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Baião, José Luís Carneiro, que visitou Tresouras, Frende e Loivos da Ribeira, no passado dia 12 de Abril. Ao todo a autarquia vai apoiar, com 75 mil Euros, duas obras nestas freguesias: a remodelação da residência paroquial em Tresouras (custo de 90 mil Euros, apoiados em metade pela autarquia) e a recuperação do centro pastoral de Frende (orçado em 60 mil Euros, também custeado a metade pela autarquia). Para Loivos da Ribeira, a câmara municipal estuda a possibilidade de apoiar a comissão fabriqueira, na aquisição de um imóvel, no centro da freguesia, que depois de recuperado funcionará como centro pastoral. Nomeado como pároco de Tresouras, Frende e Loivos da Ribeira em 2006, o padre Luís Ribeiro foi fundamental, no entender de José Luís Carneiro, para o avançar destas obras. “Não é só pelas palavras que se consegue envolver as comunidades. É também graças às acções e ao trabalho e o padre Luís tem sido um exemplo disso, apesar da sua juventude”, frisou José Luís Carneiro. Por sua vez o pároco agradeceu “a forma atenciosa, construtiva e empenhada” como a autarquia acolheu os projectos e definiu José Luís Carneiro como um homem “de cultura, sensibilidade e humanismo”. Mais valias para as freguesias No entender do padre Luís Ribeiro, estas obras representam “mais valias para as freguesias em termos religiosos, sociais e culturais”. A residência Paroquial de Tresouras porque vai permitir “o conforto do pároco e será um espaço aberto à freguesia”; já o salão pastoral de Frende, e o que poderá ser criado em Loivos da Ribeira, serão espaços de formação cívica e religiosa, mas também de convívio, lazer e cultura (foi sugerida a possibilidade de o rancho de Frende ensaiar no salão local). José Luís Carneiro lançou também duas ideias para o espaço de Frende: a realização de cursos de formação profissional ligados à cestaria e a criação de um Centro de Noite destinado às populações mais idosas. 53 Seis quilómetros de pavimentações em curso Mais e melhor mobilidade: 140 mil metros quadrados de pavimentações executadas, lançadas e em processo este mandato 54 Desde Novembro de 2005, altura do início de mandato do actual executivo, foram já executadas praticamente 46 mil metros quadrados de pavimentos por todo o concelho, o que significa, na prática, mais de 11 quilómetros de estradas pavimentadas. Este investimento visa servir as pessoas, facilitando o acesso às habitações de bens de primeira necessidade e de veículos de socorro, e também qualificar o território, tornando-o mais atractivo à fixação de pessoas e ao investimento. Desde o início do ano , e até meados de Agosto, as várias empreitadas de pavimentações em curso, pelo concelho, totalizam seis quilómetros de arrua- mentos beneficiados e qualificados e 23 mil e 348 metros quadrados pavimentados. Em fase processual (obras à espera de propostas, em fase de adjudicação ou prestes a arrancar), estão previstos mais 11 quilómetros e meio de pavimentações (72 mil e 496 metros quadrados), que se traduzem em obras como a pavimentação do acesso a Águas Mortas (Gestaçô), a pavimentação de Cimo de Vila (Ancede) à Casa Nova (Gôve) e ainda a pavimentação de Lameirão (Gôve). EMPREITADA ALARGAMENTO DO ACESSO DESDE S. DOMINGOS A TOREIXAS- ANCEDE - EMPREITADA ALARGAMENTO E PAVIMENTAÇÃO EM MATOS (1ª FASE) - S. JOÃO DE OVIL- EMPREITADA ARRANJO URBANISTICO NO LUGAR DE PRADO CAMPELO - EMPREITADA ARRANJO URBANISTICOS EM FREIXIEIRO CAMPELO - EMPREITADA 55 CONSTRUÇÃO DA ETAR DE FRENDE - EMPREITADA CONCLUSÃO DA REDE DE ÁGUAS RESIDUAIS NAS FREGUESIAS DE LOIVOS DA RIBEIRA E TRESOURAS - EMPREITADA 56 CONSTRUÇÃO DE MUROS DE SUPORTE E PAVIMENTAÇÕES EM VALE DE CUNHA- ANCEDE - EMPREITADA CONSTRUÇÃO DE UM MURO EM CIMO DE VILA ANCEDE - EMPREITADA CONSTRUÇÃO DO MURO DE SUPORTE DA LAPA- FRENDE - EMPREITADA LEVANTAMENTO DA CALÇADA E COLOCAÇÃO DE BETUMINSO EM ERVINS DE BAIXO- EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DA RUA DAS LEIRAS BALDE - SANTA LEOCÁDIA-EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DA RUA DO MARQUÊS LOIVOS DO MONTE - EMPREITADA 57 BENEFICIAÇÃO DO POSTO DE TURISMO CAMPELO - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DE ÁGUAS MORTAS-GESTAÇÔ - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO À CAPELA DA NOSSA SENHORA DAS BOAS NOVAS- ANCEDE- EMPREITADA 58 PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO A FURACASAS 2ª FASE- GESTAÇÔ - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO À PEDREIRA PELO PENEDO DA MINA ANCEDE - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO AO CAIS DE AREGOS-SANTA CRUZ DO DOURO - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO AO ERVEDAL-SANTA MARINHA DO ZÊZERE - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO AO LUGAR DO CASAL ANCEDE -EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO AO TANQUE PÚBLICO CARRAPATELO - SANTA CRUZ DO DOURO - EMPREITADA 59 PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DE ACESSO ENTRE CARVALHA E OUTEIRINHO (2ª FASE)- INGILDE - CAMPELO - EMPREITADA 60 PAVIMENTAÇÃO DE CASAL (ANCEDE) À CASA NOVA (GÔVE) - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DE AREIAS ALTAS ANCEDE - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DE MONINHO SANTA CRUZ DO DOURO - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DE TOJENTOS FREIXIEIRO - CAMPELO - EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DE VINHOZINHOS-1ª FASE - SANTA MARINHA DO ZÊZERE -EMPREITADA PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DO VIASCO - GESTAÇÔ - EMPREITADA PAVIMENTAÇAO DO CAMINHO DOS POUSADOUROS RIBADOURO - EMPREITADA PAVIMENTAÇAO ENTRE O CASAL - ANCEDE E A CASA NOVA - GÔVE - EMPREITADA 61 PAVIMENTAÇÃO ENTRE O LUGAR DO PESO E SANTA EUFÉMIA - STª MARINHA DO ZEZERE - EMPREITADA REQUALIFICAÇÃO DO ACESSO AO RESERVATÓRIO DAS TAPADAS- CAMPELO - EMPREITADA 62 SANEAMENTO EM S. DOMINGOS - ANCEDE - EMPREITADA SANEAMENTO EM VALBOM - ANCEDE - EMPREITADA ADMINISTRAÇÃO DIRECTA BENEFICIAÇÃO DA CANTINA BENEFICIAÇÃO DA CANTINA DA CÂMARA MUNICIPAL DE BAIÃO ABASTECIMENTO DE ÁGUA À SRª DO SOCORRO SANTA MARINHA DO ZÊZERE - ADMINISTRAÇÃO DIRECTA ABASTECIMENTO DE ÁGUA AO LUGAR DE ERVINS DE BAIXO OVIL - ADMINISTRAÇÃO DIRECTA 63 ABASTECIMENTO DE ÁGUA AO LUGAR DE PRADOS - SANTA MARINHA DO ZÊZERE - ADMINISTRAÇÃO DIRECTA ALARGAMENTO E CONSTRUÇÃO DE UM MURO NO LUGAR DE ERVINS DE BAIXO -S. JOÃO DE OVIL - ADMINISTRAÇÃO DIRECTA 64 SANITÁRIOS NO ESPAÇO DE IMPLANTAÇÃO DA ARENA DE TOUROS INGILDE - ADMINISTRAÇÃO DIRECTA PAVIMENTAÇÃO DO LUGAR DO ABELHAL STª CRUZ DO DOURO - ADMINISTRAÇÃO DIRECTA PROTOCOLO ALARGAMENTO E PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO AO BARREIRO-PINHEIRO-CAMPELO - PROTOCOLO PAVIMENTAÇÃO DESDE O ACESSO DE PAÇÔ à POÇA DE SÁ -S. TOMÉ DE COVELAS - PROTOCOLO PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DA MATA DA FOZ AO RIBEIRO LARGO - S.TOMÉ DE COVELAS - PROTOCOLO 65 PAVIMENTAÇÃO DO CAMINHO DE CERRADO - RIBADOURO - PROTOCOLO PAVIMENTAÇÃO E BENEFICIAÇÃO DO CAMINHO DO MARTIGO -S.TOMÉ COVELAS - PROTOCOLO 66 PAVIMENTAÇÃO DO ACESSO A COVELA DE BAIXO VALADARES -PROTOCOLO município baião mensagem do presidente Mais uma vez, vou ao seu encontro para lhe dar conta do trabalho realizado nos últimos quatro meses. De entre todas as notícias, permita-me que lhe destaque quatro delas, pela sua importância no desenvolvimento integrado e sustentado do território e das gentes de Baião. Em primeiro lugar, gostaria de assinalar a inauguração do Hotel «Douro Palace», porque a concretização deste investimento privado - o maior investimento privado de sempre realizado em Baião, nove milhões de euros – ilustra, de modo suficiente, o potencial turístico do nosso Concelho. Não há dúvida de que o desenvolvimento da nossa economia local e regional e a criação de condições para a empregabilidade das pessoas passará, em muito, pelo sector do Turismo. Na inauguração, foi importante termos ouvido da boca dos responsáveis do “Turismo de Portugal” e dos investidores que as políticas que estamos a seguir em Baião são as mais aconselhadas em termos de desenvolvimento económico e social. E quais são essas políticas? – São várias: 1.º conseguimos que Baião ficasse integrado como «envolvente» ao “Pólo Turístico do Douro”, o que possibilita importantes apoios financeiros aos investidores deste sector; 2.º conseguimos que ao projecto «Douro Palace» fosse reconhecido o estatuto de “projecto âncora”; 3.º temos em Baião um IRC de apenas 10%, ou seja, 15% abaixo da média nacional; 4.º baixámos o Imposto Municipal sobre Imóveis e o Imposto Municipal sobre as Transacções Onerosas de Imóveis; 5.º estamos a promover a revisão do PDM; 6.º temos sido um parceiro activo dos investidores, quer no tratamento administrativo dos assuntos, desburocratizando e agilizando processos, quer na qualificação do território, por intermédio do investimento em sectores tão vitais como a melhoria das acessibilidades/mobilidade e da rede de água e saneamento, bem como na formação/qualificação das pessoas em áreas importantes para o turismo. Em segundo lugar, julgo ser importante sublinhar a importância do encontro que ocorreu nos Paços do Município com a Direcção das Estradas de Portugal, destinado a apresentar o traçado da ligação de Baião à Ponte da Ermida. Se tudo correr como está previsto, o traçado seguirá agora para o Estudo de Impacto Ambiental, procedimento que demorará entre 08 a 10 meses. Assim sendo, a obra poderá ser lançada a concurso por volta do Verão do próximo ano. Significa que em inícios de 2010 esta obra, com mais de 20 anos de esperança e de luta, poderá arrancar no terreno. Em terceiro lugar, destacaria a decisão do Governo – Secretaria de Estado dos Transportes e REFER – de avançar com o Protocolo com a Câmara de Baião, destinado a suprimir cinco passagens de nível sem guarda e a requalificar seis e, muito importante para nós, a permitir a construção da ligação entre Mirão (S. Tomé de Covelas) e Bicheiro (Sta. Marinha do Zêzeze). Esta será uma obra que aproximará duas freguesias em mais de 10 quilómetros e abrirá uma das mais belas zonas de Baião ao investimento turístico. Era uma obra com cerca de 40 anos de luta. Esta é uma vitória histórica! Por último, gostaria de dar conta pública de que estão em curso várias empreitadas de obras públicas no sector das acessibilidades e da mobilidade entre os diferentes lugares e as diferentes freguesias. Desde o início do mandato até ao momento actual, são cerca de 140 mil metros quadrados de novas pavimentações efectuadas e em execução. Aceite os cumprimentos do Presidente da C.M. de Baião José Luís Carneiro ficha técnica Baião em Revista nº8 - Agosto 2008 Direcção José Luís Carneiro Redacção Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Baião Edição e Propriedade Câmara Municipal de Baião Rua Heróis do Ultramar 4640-158 Baião [email protected] www.cm-baiao.pt Execução Gráfica Publigraff Depósito Legal 242644/06 Tiragem 7000 exemplares Distribuição Gratuita