Estudo do IDC sobre o Perigoso Mundo do Software

Transcrição

Estudo do IDC sobre o Perigoso Mundo do Software
WHITEPAPER
O Mundo Perigoso dos Softwares Falsificados e Piratas
Como Softwares Piratas Podem Comprometer a Segurança Online de
Consumidores, Empresas e Nações. . . e os Custos Resultantes em Tempo e Dinheiro
Patrocinado por: Microsoft
John F. Gantz Thomas Vavra
Sede global: 5 Speen Street Framingham, MA 01701 USA P.508.872.8200 F.508.935.4015 www.idc.com
Joe Howard Rich Rodolpho
Richard Lee
Attaphon Satidkanitkul
Harish N. Taori
Ravikant Sharma
Ricardo Villate
Alejandro Florean
Christian A. Christiansen
Stephen Minton
Albert Wang Marcel Warmerdam
Christian Lachawitz
Março de 2013
NESTE WHITEPAPER
Este whitepaper apresenta os resultados de uma investigação do IDC sobre a
preponderância de códigos mal-intencionados e softwares indesejados — tais como
vírus, cavalos de Troia, softwares de captura de toques no teclado, portas dos fundos
de autenticação e spyware — em softwares piratas e em sites da Web e redes ponto a
ponto (P2P) em que tais softwares são encontrados. Ele atualiza e amplia um estudo
conduzido em 2006.
E também quantifica o custo em termos financeiros e de tempo para indivíduos e
empresas que têm de lidar com os efeitos de malwares encontrados em softwares
piratas usando informações de uma pesquisa em 10 países em que 1.104
consumidores, 973 usuários de negócios e 268 CIOs/gerentes de TI foram
entrevistados.
Observação: Qual é a diferença entre software pirata e falsificado? Neste documento,
"software pirata" se refere a software licenciado indevidamente ou simplesmente não
licenciado, e "software falsificado" se refere a um subconjunto de softwares piratas
que são deliberadamente apresentados como originais, embora não sejam. Neste
whitepaper, usamos esses termos quando apropriado.
INTRODUÇÃO
Você sabe onde o software de seu computador esteve? Em um mundo em que
organizações criminosas têm sido rastreadas na criação de softwares falsificados e
também na criação de todos os tipos de códigos mal-intencionados usados em cyberataques, talvez você devesse saber.
Considere isso:
 O mercado de credenciais e outras informações roubadas por cyber-ladrões foi
1
estimado em US$ 114 bilhões (2011) , suficiente para criar um mercado
multibilionário de ferramentas que possibilitam o cyber—roubo. Um keylogger
razoável — malware que rastreia toques no teclado para coletar senhas e
informações de conta — pode custar até US$ 25 em um mercado de leilões usado
por cyber-ladrões. Botnets são vendidos a US$ 100–200 por 1.000 infecções,
dependendo do local2. Existe toda uma indústria “subterrânea” vendendo kits de
ferramentas (com codinomes como Zeus, Citadel, Ice IX e SpyEye) a cyber-bandidos
que depois criam malwares com nomes igualmente misteriosos como "police
3
ransomware", "spear phishing email", "LuckyCat", "Fakem Rat" ou "HeartBeat APT"
.
 Segundo a BSA | The Software Alliance, 42% de todos os pacotes de software para
PC instalados no mundo em 2011 eram piratas. Entretanto, em 50% dos países
estudados, mais de 60% dos softwares eram piratas. O IDC estima que pelo menos
80% de softwares piratas são falsificados — portanto um terço de softwares para
PCs são falsificados.
 O caminho para a obtenção e uso posterior desses softwares falsificados também é
repleto de perigo para a segurança. Se os próprios softwares não contiverem
malware, os sites e redes P2P dos quais são baixados podem infectar
computadores e usuários durante o processo de download. E, para ativar softwares
falsificados, frequentemente são necessários alguns códigos de autenticação.
Versões falsificadas desses códigos estão disponíveis online — e, novamente, em
locais altamente infecciosos.
 E mais: nossa pesquisa conduzida pela Microsoft e outras empresas mostram
que softwares piratas podem acabar em computadores de consumidores e
de empresas (por exemplo, vindo em softwares pré-instalados em
computadores) sem que o usuário saiba que não são originais.
Frequentemente esses softwares já chegam infectados com malware à
máquina.
Em outras palavras, suas chances de se deparar com código mal-intencionado em
softwares falsificados são altas — quer você saiba que é falsificado ou não. E o custo
para indivíduos, empresas e até mesmo governos e nações pode ser alto: tempo,
dinheiro, dados e paciência perdidos.
1
2
"Cartões de crédito roubados são vendidos a US$ 3,50 em bazar online parecido com a Amazon," Bloomberg, dezembro de 2011.
Mesa redonda sobre serviços financeiros do BITS, Relatório de riscos e atenuação de malwares, junho de 2011.
3
Tirado de uma lista de documentos de pesquisa do site
2
da
Trend Micro.
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©2013 IDC
Em 2006, o IDC completou um estudo similar e
publicou um whitepaper correspondente
patrocinado pela Microsoft, mas aquele estudo
se
concentrou
predominantemente
nos
4.
Estados Unidos
Neste estudo, atualizamos aquele trabalho
anterior tomando uma visão de 360 graus dos
riscos de segurança e obtendo e usando
softwares piratas — comprados como mídia
física, baixados da Internet ou obtidos
inadvertidamente através do canal de
distribuição. Também acrescentamos maior
alcance geográfico em nosso escopo, com
ênfase especial na China.
Além disso, ampliamos nosso trabalho de
laboratório para incluir testes de malware em
várias geografias e conduzimos uma pesquisa
global para avaliar o tempo e dinheiro reais
que indivíduos e empresas precisam
despender para lidar com as violações de
segurança que acompanham a obtenção e o
uso de software pirata.
Diferenças entre 2006 e 2013
O IDC realizou um estudo similar, mas mais limitado, em 2006. Então
o que mudou de lá para cá?
 No geral, encontramos um ambiente um pouco mais limpo. Naquela
época, 25% dos sites da Web tentavam infectar nossos computadores;
desta vez são 14%. Naquela época, 33% dos CDs/DVDs testados
estavam infectados ou tinham vulnerabilidades; desta vez apenas 14%.
Hoje, os navegadores estão muito melhores em defender-se de
sequestradores e redirecionadores, e os mecanismos de busca estão
muito melhores em evitar sites altamente infecciosos.
 Entretanto, com base em nosso trabalho no estudo de pirataria
global da BSA | The Software Alliance, o IDC acredita que, este ano,
pelo menos três vezes mais softwares piratas serão instalados que em
2006.
 Como as conexões de banda larga melhoraram e o número de
computadores que acessam a Internet aumentou — a um fator de 2,2,
para sermos exatos — mais e mais softwares piratas estão chegando
via Internet.
 Os softwares piratas vendidos nas ruas estão ficando melhores —
mais funcionais e mais limpos — mas também mais difíceis de
encontrar em cada vez mais países. Por exemplo, em 2006 não havia
problema em se encontrarem CDs/DVDs falsificados na Rússia; desta
vez não conseguimos encontrar suficientes para testar.
 Segundo a opinião geral, as ameaças fornecidas por malwares hoje
estão piores que em 2006: mais organizações criminosas envolvidas,
mais roubos de dinheiro e dados e ataques e fraudes mais sofisticados.
SUMÁRIO EXECUTIVO
 Com base em estudos do IDC e da BSA | The Software Alliance, o IDC estima que um
terço dos softwares de PC do mundo sejam falsificados. Em virtude da ligação entre
softwares falsificados e questões de segurança de TI por malwares, isso representa um
perigo para consumidores, empresas e nações.
 Em testes de laboratório que incluíram testes de 533 sites e redes P2P que oferecem
softwares e CDs/DVDs falsificados, o IDC encontrou cookies/spywares de rastreamento
em 78% quando baixou softwares da Internet e cavalos de Troia e outros adwares malintencionados em 36% das vezes. Nos CDs/DVDs realmente instaláveis, encontramos
cavalos de Troia e adwares mal-intencionados em 20% deles, em parte por que às
vezes foi necessário obter chaves de ativação ilegais online.
 Além disso, consumidores e CIOs/gerentes de TI nos disseram que softwares fornecidos
através de canais de distribuição normais frequentemente eram licenciados
indevidamente ou infectaram seus computadores com malware. Em média, isso ocorreu
mais de 15% das vezes.
 Devido a esses índices de infecção, se você usar software pirata, as chances são de uma
em três de que encontre malware perigoso no processo de obtenção ou uso daquele
software.
 Como resultado de malwares encontrados em softwares falsificados, o IDC estima que
consumidores em todo o mundo gastem 1,5 bilhão de horas lidando com isso este ano.
4
Os riscos de se obter e usar software pirata, whitepaper do IDC, outubro de 2006.
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3
 O IDC estima que os custos diretos para empresas para lidarem com malwares em
softwares falsificados atinjam US$ 114 bilhões este ano. Os prejuízos potenciais
de violações de dados podem se aproximar de US$ 350 bilhões.
 Os perigos de software falsificado são reais. Para os consumidores, não se trata
apenas do tempo e dinheiro perdidos para corrigir o problema, mas também o risco
de dados perdidos e roubo de identidade. Para empresas e governos, significa
tempo e dinheiro mais que seriam bem gastos em outras coisas, negócios e
reputação prejudicados por violações de dados e ameaças à infraestrutura crítica.
O PANORAMA DA PIRATARIA
Existem várias maneiras para usuários finais obterem softwares piratas.
Além da violação dos termos de uma licença de volume, os métodos mais comuns são:
 Baixar o software de sites ou redes P2P. Com conexões de Internet de banda
larga modernas, downloads podem levar menos de uma hora.
 Obter mídia física à venda na Internet, seja de sites legítimos, como o eBay, ou de
sites que anunciam usando email, spam e assim por adiante.
 Obter mídia física no mundo físico, como em vendedores ambulantes, quiosques e,
às vezes, até mesmo em lojas de computadores. Isso pode incluir obter cópias de
softwares falsificados com amigos.
 Encontrá-lo já instalado nos PCs ou softwares comprados de canais de
distribuição.
Nos primeiros três casos, o software pode exigir ferramentas de ativação falsificadas
para funcionar, o que geralmente requer uma volta a sites ou redes P2P para sua
obtenção.
Baseado em nossa pesquisa, o IDC acredita que, hoje, a maior parte dos softwares
falsificados que simplesmente não vêm com o computador vem pela Internet em vez
de mercados de rua. Pelo menos é o que os consumidores relataram, como mostrado
na Figura 1.
Mas o quadro é mais nebuloso que isso, como indica o quarto ponto da lista anterior.
Consumidores e empresas nos disseram que uma proporção razoavelmente alta de
softwares piratas veio com os computadores que compraram, como mostrado no
quadro na Figura 15. De onde aquele software pirata veio é desconhecido. Por
exemplo, pode ter sido instalado no PC por um canal de distribuição que comprou
hardware sem software ou por uma empresa que monta PCs.
Outra indicação dessa nebulosidade: Os gerentes de TI e CIOs que pesquisamos nos
disseram que de todos os computadores que compraram nos últimos três anos, 7%
mostravam uma marca diferente daquela que os gerentes de TI e CIOs julgavam ter
comprado quando eram inicializados!
5
"Microsoft encontra PCs novos na China com malware pré-instalado," PCWorld, 14 de setembro de 2012.
4
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FIGURA 1
De onde vem os softwares piratas?
50%
Baseado na classificação por consumidores entrevistados
das 3 principais fontes de
softwares piratas
45%
% dizendo que o software
que veio com o
computador era
licenciado indevidamente
(% de menções)
40%
31%
30%
20%
21%
20%
16%
Consumidores
10%
gerentes de
TI/CIOs
7%
4%
3%
4%
0%
Online —
site/rede P2P
Mercado de rua
Emprestado
Site de leilões
Loja/direto
do
fabricante
Loja
especializada
em
computadores
Outros
n = 1.104
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
O software falsificado propriamente dito pode vir de uma variedade de fontes, inclusive
indivíduos, pequenas equipes de hackers, empresas gigantes nebulosas como The
Pirate Bay e grandes sindicatos de pirataria como o desbaratado pelo FBI e autoridades
chinesas em 2007 em que softwares falsificados avaliados em US$ 500 milhões
foram apreendidos 6, ou até mesmo o cartel de drogas mexicano conhecido como
Família Michoacana que vende softwares falsificados com seu próprio logotipo em
mais de 150.000 localidades da América Latina 7.
Em muitos casos, os programas físicos e chaves de ativação falsificados de
downloads da Internet são copiados vezes sem conta e empacotados para revenda
em mercados de rua ou lançamento em canais de distribuição que vendem PCs com
software já carregado.
6
7
"FBI e China apreendem softwares falsificados no valor de US$ 500 milhões," New York Times, 25 de julho de 2007.
"Família, pirataria e a história da unidade CSI da Microsoft," InSight Crime, 10 de fevereiro de 2011.
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5
UM AMBIENTE INFECCIOSO
Nossos testes de laboratório mapeiam o campo minado que os usuários devem
atravessar quando obtêm e tentam usar software falsificado. Considere o seguinte:
 Na busca por cópias falsificadas do Office na Internet (em 270 sites e redes P2P),
encontramos malware apenas por visitar essas fontes: cookies de rastreamento e
spywares detectados em nossos PCs virtuais em 75% dos sites, cavalos de Troia
e adwares mal-intencionados em 14%.
 Quando começamos a baixar o software, as instalações de cookies de
rastreamento/spywares chegaram perto de 78% e a contagem de cavalos de Troia
e adwares mal-intencionados saltaram para 27%.
 Contudo, 60% dos software baixados não vieram com chaves de ativação, o que
significa que alguns usuários tiveram de voltar ao site do download pelo menos uma
vez, e algumas vezes repetidamente para obter chaves ilegais. Uma única volta às
fontes de chaves nos sites/redes P2P por parte de quem precisa delas aumentou
em 36% as chances de infecção por cavalos de Troia/adware pela obtenção de uma
cópia instalável do software.
 Quando navegamos pelos sites ou baixamos o software, desenvolvemos
problemas de desempenho em mais de 25% das vezes. Nossos testadores
estimaram que mais de metade das vezes, ou os PCs virtuais falharam ou o
sistema teve uma redução de desempenho que os inutilizava.
 Dos 155 CDs/DVDs que testamos de todo o mundo, descobrimos que 30% não
eram instaláveis — os computadores travavam, o software simplesmente não
estava lá ou não carregava, as telas ficavam vazias — mas, dos que eram
instaláveis, 15% acabaram infectando nossos computadores com malware.
 A maioria dos programas instaláveis baseados em CD/DVD ofereceram algum tipo de
contorno de ativação ou chaves de ativação ilegais; contudo, 14% exigiram uma
viagem à Internet para a obtenção de chaves de ativação ilegais. Aquela viagem
extra aumenta o índice de infecção de programas instaláveis para 20%.
 A maioria dos CDs/DVDs veio com softwares extras, desejados ou não, e o processo
de instalação frequentemente apresentou comportamento incomum, como a
reprodução de música durante a instalação, pop-ups com links para sites da Web, de
encontros ou de pornografia, ou links para outros sites conhecidos como ameaças
potenciais à segurança.
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©2013 IDC
A Figura 2 resume as conclusões de nossos testes de laboratório. Note que os
índices de infecção de softwares baixados ou baseados em CD/DVD incluem a
infecção causada pela necessidade de se baixarem chaves de ativação ilegais em
alguns casos. Eles não levam em consideração infecções pós-instalação, pois os
usuários podem ter receio de instalar atualizações de segurança em softwares
falsificados.
FIGURA 2
Índices de infecção de softwares falsificados
% de programas baixados*/CDs instalando códigos malintencionados
100%
80%
78%
Sites/redes P2P pesquisados
270
Downloads de sites/redes P2P
108
Testes de softwares de CDs
155
Total de testes realizados
533
60%
36%
40%
28%
20%
20%
0%
Cookie de
rastreamento de
download/spyware
na Web/rede P2P
Cavalos de
Troia/adwares
perigosos da
Web/rede P2P
Problemas de
desempenho do
sistema em
download da
Web/rede P2P
Cavalos de
Troia baseados
em CD/DVD
* O índice de infecção inclui malwares encontrados no retorno à Internet para a obtenção
de códigos de ativação ilegais.
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
©2013 IDC
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7
A Figura 3 oferece uma visão de 360 graus que mostra como softwares falsificados
chegam ao mercado e como cada passo do processo pode ser.
FIGURA 3
O mundo perigoso da pirataria de softwares
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
De fato, devido às fontes de software e os índices de malware por fonte, se você
decidir usar software falsificado, encontrará malware um terço das vezes. Devido aos
índices de pirataria em todo o mundo, isso significa que instalar cerca de um em oito
pacotes de software para PC de consumidor proporciona um encontro com malware,
um em cada nove com pacotes para PCs corporativos8.
8
Note que não dissemos quantos PCs podem ser infectados. Isso por que estudamos apenas o índice de infeção por pacote, não
quantos pacotes falsificados podem estar em um computador. Para fins de análise, a visão conservadora é supor que um
índice de infecção de 33% (1 em 3) para pacotes de software falsificados em um mercado com um índice de falsificação de 33% (1
em 3) significa uma probabilidade de 1 para 9 de um PC ser infectado. Mas o número poderia ser diferente baseado na distribuição
de pacotes de software falsificados — muitos pacotes para poucas PCs ou poucos pacotes falsificados para muitas máquinas.
Acreditamos que a a segunda opção é mais provável e que se 1 em cada 9 pacotes de software estiver infectado, o número
mínimo de máquinas infectadas seria 1 em 9.
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QUAL É O PERIGO DESSE MALWARE?
Alguns dos malwares que encontramos nos testes de laboratório pareceram inócuos,
pois visavam vulnerabilidades que já foram tratadas em atualizações publicadas.
Por outro lado, uma pesquisa publicada em 2008 indicava que apenas 5% dos PCs
9
que executavam o Windows trabalhavam com todas as atualizações instaladas. Um
estudo do Skype em 2012 indicou que 40% dos adultos nem sempre atualizam seus
sistemas quando instruídos para isso e que 25% deles ignoram atualizações
completamente.
Em nossa própria pesquisa, concluímos que 46% dos consumidores não instalam
atualizações de segurança e que 10% das empresas pesquisadas até mesmo
desabilitaram suas atualizações de segurança automáticas.
E nos encontramos alguns malwares maliciosos. Por exemplo:
 O Win32.Generic!BT é descrito pela Lavasoft como "um cavalo de Troia que
extrai de si mesmo outro programa mal-intencionado que dá ao atacante
acesso não autorizado ao computador infectado".
 O Bprotector é um cavalo de Troia que normalmente ataca a partir de sites, mas
também pode ser inserido em softwares baixáveis. A primeira coisa que ele faz
em seu sistema é alterar as configurações padrão para dificultar sua erradicação.
Ele é projetado como um abridor de portas para outros malwares e para permitir
que hackers assumam o controle de seu computador. Ele deve ser removido
manualmente por profissionais.
 O iBryte é um sequestrador de navegador que faz parecer que sua página inicial
está recebendo feeds de notícias ao vivo, mas que serve anúncios pop-up de
spam. Embora isso possa ser apenas irritante, o iBryte também pode rastrear
seus hábitos de navegação, coletar informações pessoais e transmiti-las a
atacantes remotos.
E quanto aos códigos detectados por nossa ferramenta de remoção de
spywares, na maioria agregados como "cookies de rastreamento"? São muito
perigosos?
Isso é discutível. Cookies, ou pequenos arquivos de texto que sites deixam em seu
computador, podem ser úteis. Eles se lembram de informações sobre você que o
ajudam a fazer logon em sites familiares. Cookies de rastreamento são um
subconjunto de cookies que também registram os sites que você visita e transmitem
aquelas informações para o site que os instalou. Eles podem ser usados para
armazenar informações sobre preferências e direcionar campanhas publicitárias
específicas para você.
Por outro lado, você quer deixar informações suas e de seus hábitos de navegação
disponíveis a empresas como aquelas que oferecem softwares, jogos, filmes piratas ou
pornografia?
9
"Como manter seu computador atualizado", BullGuard.
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9
E alguns dos spywares com que nos deparamos não pareciam tão inofensivos. O
GamePlayLabs, por exemplo, se propõe a ajudá-lo em sua navegação na Web, mas
monitora suas atividades para servir anúncios. Mas ele também é projetado para
instalar e lançar outros programas mal-intencionados e permitir que hackers tenham
acesso a seu computador. Ele aparece frequentemente em softwares "gratuitos". O
Babylon é um vírus de redirecionamento de navegador que pode sequestrar seu
navegador da Web e redirecionar resultados de pesquisa para sites indesejados. Ele
pode ser inócuo, mas também pode reduzir a velocidade de seu sistema e levar a
sites infectados.
O QUE ISSO SIGNIFICA PARA VOCÊ?
Se você for um pirata de software, os resultados dos testes falam dos perigos de se
acessar os tipos de sites de que você precisa para obter softwares ou chaves de
ativação falsificados — os riscos de se perambular por uma região desagradável do
cyber-espaço.
Se você for apenas um usuário de PC respeitador das leis, os resultados da pesquisa
falam dos riscos ambientais da pirataria de software — você pode se infectar com
software que não sabe que é falsificado.
Os riscos que devem ser balanceados contra o preço baixo de software falsificado
incluem:
 Infecção por código indesejado — de leve a severa, de uma inundação de popups dominando seu computador a keyloggers que roubam suas senhas
bancárias
 Degradação da proteção de segurança — de falta de acesso a atualizações de
segurança a códigos que desabilitam programas antivírus ou impedem que
firewalls pessoais funcionem
 Degradação do desempenho de aplicativos — de reduções de velocidade do
computador e da rede a paradas completas do sistema, como as que tivemos em
nossos testes de laboratório
Em nossa pesquisa, consumidores indicaram claramente que (1) tiveram problemas
de segurança com softwares piratas e (2) sabiam sobre o que mais se preocupavam
a respeito daqueles problemas de segurança.
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Entrevistados nos disseram que 64% das pessoas que conhecem já usaram
softwares falsificados e tiveram problemas com eles. Os problemas enfrentados
são mostrados na Figura 4.
FIGURA 4
Problemas de software pirata
Consumidores entrevistados que instalaram software nos dois últimos
anos
45%
Reduziu a velocidade do PC, tiveram
de desinstalar
34%
Não funcionava, tiveram de reinstalar
30%
Inundou o PC com pop-ups
26%
Infectou o PC com vírus
24%
Reduziu a velocidade da rede
doméstica
22%
Funcionou por um tempo e depois parou
17%
Tiveram de formatar o disco rígido
23%
Nunca tiveram um problema
0%
10%
20%
30%
40%
50%
n = 1.104
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
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Eles também classificaram o que mais os preocupava a respeito de software infeccioso, como
mostrado na Figura 5.
FIGURA 5
Maior medo de software pirata infeccioso
Consumidores entrevistados
48%
Perda de
dados
29%
Roubo de
identidade
10%
Tempo e custo para desinfectar
Afetar o desempenho do PC
Poder infectar outros
9%
1%
Não se preocupam 2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
n = 1.104
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
Esses temores são bem-fundados. Usando dados da pesquisa e informações de outras
fontes, podemos quantificar os custos de malware em softwares falsificados para os
consumidores. Esses custos incluem o valor monetário do tempo perdido lidando com
problemas10, o custo de profissionais para ajudarem e o custo de reposição de dados
perdidos ou da retificação de roubo de identidade.
A Figura 6 mostra o detalhamento do custo por região por infecção relacionada com
um software pirata. Se você multiplicar o custo por infecção por todas as infeções
causadas por software pirata esperadas em 2013, chegará a um custo total de US$
22 bilhões e uma perda de 1.5 bilhão de horas.
Note que (1) os custos por infecção são afetados pelo preço de mão de obra assim
como pela porcentagem de consumidores que usam serviços externos para corrigir
seus problemas, (2) o total mundial está mais próximo dos números de mercados
emergentes que dos de mercados maduros, pois mais software (mais de 65%) é
pirata ali, e (3) esses números representam médias.
10
Para se quantificar o "transtorno" do tratamento de questões de segurança, escolhemos a média dos honorários por hora em um
país. Economistas discutirão que as horas pessoais perdidas nem sempre ou até mesmo frequentemente equivalem a pagamentos
perdidos, mas pareceu uma forma razoável de quantificar a pergunta não feita: "quanto você pagaria para não ter de lidar com
isso?". O usuário de PC médio também tem salários mais altos que a média do país.
12
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©2013 IDC
FIGURA 6
Custos de software infectado para o cliente
Dinheiro gasto na identificação, reparo, recuperação de dados e
tratamento de roubo de identidade por infecção de pacote de
software falsificado
US$ 300
Total mundial:
1,5 bilhão de
horas
US$ 22
bilhões
$ 250
US$ 203
$ 200
$ 150
US$
199
US$ 52
US$ 75
US$ 105
$ 100
$ 50
US$
151
US$
83
US$
124
US$
44
US$ 39
AN
EO
LATAM
Mão de obra
US$
60
US$
90
US$
36
US$
29
US$ 31
AP
US$ 38
US$ 67
US$ 54
ECO
Mundo
Custos externos
Fonte: Modelo do impacto econômico dos perigos de software falsificado do IDC, 2013
A ironia é que o melhor que pode acontecer com uma infecção de software falsificado é
que programas antimalware existentes funcionem e que somente pouco tempo pessoal
seja perdido caso outras providências tiverem de ser tomadas. Por outro lado, o pior
que pode acontecer é muito pior do que a média mostrada.
Por exemplo, o tempo para se corrigirem problemas se baseia na média das
respostas de todos os 10 países pesquisados. Entretanto, em alguns casos, uma
parcela considerável dos entrevistados estimou a duração dos reparos como mais de
três a cinco vezes a média. Consulte a Figura 7, que também mostra que as
estimativas diferiram por geografia.
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FIGURA 7
Porcentagem de problemas que exigem mais de 10 horas para correção
Estimativas dos consumidores entrevistados
70%
62%
60%
50%
44%
40%
36%
30%
27%
30%
24%
20%
20%
13%
13%
12%
11%
10%
4%
0%
Lidar com
roubo de
Repor dados
Tempo de inatividade
perdidos
Reformatar
Lidar com
disco rígido
velocidade do
Identificar e remover
malware
sistema
identidade
reduzida
Média global
Resposta regional mais alta
n = 1.104
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
Além disso, os custos para reparos também podem variar incrivelmente. Serviços
profissionais para restaurar arquivos de dados corrompidos em computadores
11
.
domésticos podem custar até US$ 2.500 nos Estados Unidos E há estimativas de
que 10% das residências dos EUA que já passaram por roubo de identidade tiveram
12
prejuízos pessoais superiores a US$ 13.000 e que o problema exigiu até 500 horas
durante um período de anos para ser sanado13
.
Esses custos, a propósito, não incluem os custos de questões legais, auditorias fiscais,
multas ou perda de reputação resultantes da identificação pelas autoridades como um
pirata de software.
11
Experiência pessoal do autor Gantz com uma falha de disco em 2010.
Comunicado à imprensa de estatísticas do Departamento de justiça dos EUA, 30 de novembro de 2011.
13
"Como lidar com roubo de identidade pode ser caro, emocionalmente desgastante e demorado," Pittsburgh Post-Gazette, 9 de junho
de 2008.
12
14
no 239751
©2013 IDC
O QUE ISSO SIGNIFICA PARA EMPRESAS?
Empresas têm uma vantagem sobre consumidores — têm profissionais concentrados em proteger
seus ativos de TI e verbas para segurança de computadores.
Mas não são imunes a problemas de segurança provenientes de software falsificado. O IDC trabalho
com a BSA | The Software Alliance, para estudar os índices de pirataria desde 2004; esse trabalho
nos leva a crer que empresas usam menos softwares piratas que consumidores. Ainda assim,
acreditamos que um em cada três pacotes de software em empresas seja pirata.
Embora empresas tenham recursos de segurança de computadores que consumires não tem, não
são a prova de erros.
 Neste estudo global anual de violações de segurança de computadores 14, a Verizon concluiu que
69% dos "eventos de ameaça" envolviam malware, com quase metade daqueles malwares em
dispositivos de usuários finais. (O estudo também concluiu que, das violações causadas por
agentes externos à organização, 83% eram atribuíveis a grupos criminosos organizados que
"deliberadamente tentavam roubar informações que podiam converter em dinheiro".)
 Em nossa própria pesquisa, 30% dos entrevistados relataram violações de segurança que
causaram paradas de rede, computadores ou de sites da Web a cada mês ou mais. Das causas
das paradas, 50% se originaram em malware em computadores de usuários finais.
Em outras palavras, computadores de usuários finais são o elo fraco na maioria das defesas de
segurança corporativas. Agora as más notícias:
Para começar, CIOs/gerentes de TI entrevistados nos disseram que 37% das cópias de software que
instalaram ou que vieram com computadores novos no passado tinham problemas: 12% não podiam
ser instaladas, 22% não podiam ser ativadas, 20% não haviam sido adequadamente licenciadas e
11% vieram com malware.
Funcionários relataram que, de todos os softwares que os departamentos de TI instalaram em
seus computadores nos últimos dois anos, 15% não funcionavam e tiveram de ser
desinstalados, 19% reduziram o desempenho do computador ao ponto de terem de ser
desinstalados e 11% infectaram a máquina.
Devido aos índices mundiais de pirataria, o mercado de computadores sem marca ( "caixas brancas"),
e a porcentagem de computadores entregues sem software pré-instalado (28% em nossa pesquisa),
não nos surpreendemos ao descobrir em nossa pesquisa que se a porcentagem de softwares que
entram na organização era maior em um país que em outro, o mesmo acontecia com a porcentagem
contendo malware. Em muitos casos, é o mesmo software.
Mas, além do software traiçoeiro que entra na empresa através de compras corporativas, também há
os softwares que os próprios usuários finais instalam em seus computadores de trabalho. Na
amostragem completa, 57% dos usuários disseram fazer isso. Quando fizemos a mesma pergunta a
gerentes de TI e CIOs, eles subestimaram como a prática era comum, situando o número em 38%.
14
Relatório de investigações de violação de dados 2012 da Verizon.
©2013 IDC
no 239751
15
A Figura 8 mostra a faixa de respostas por região, comparando respostas de consumidores e de
CIOs/gerentes de TI Parece que os usuários estão instalando mais softwares do que
seus gerentes imaginam!
FIGURA 8
Ponto cego do CIO: Usuários finais instalando seus próprios softwares
% dizendo que usuários finais instalaram seus próprios
softwares em computadores de trabalho nos últimos dois anos
80%
74%
70%
60%
57%
56%
52%
52%
50%
40%
40%
30%
20%
38%
35%
30%
23%
20%
14%
10%
0%
AN
EO
LATAM
Respostas dos usuários
AP
ECO
Mundo
Respostas dos CIOs/gerentes de TI
n = 973 usuários de negócios, 268 CIOs/gerentes de TI
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
Não fizemos a pesquisa de modo a descobrir quais softwares estavam sendo instalados — podia
ser qualquer um, de jogos a software de home banking e diferentes versões de software comercial
— mas descobrimos que esses softwares são ainda mais problemáticos que os instalados por
empresas. Usuários de negócios relataram que somente 30% dos softwares que instalaram em
seus computadores de trabalho eram livres de problemas, 22% inundaram suas máquinas com
pop-ups e 18% funcionaram por um tempo e depois pararam. E o pior: 21% infectaram os
computadores com vírus.
Além disso, 77% dos entrevistados disseram que usam seu computador doméstico para trabalhar e 22%
afirmaram acessar aplicativos corporativos e intranets de casa usando esses computadores.
Mas tanto usuários como empresas não estão fazendo nenhum favor a si mesmos com seu
comportamento a respeito da instalação de atualizações de segurança. 46% dos consumidores
declararam que não instalam atualizações de segurança e 10% dos gerentes de TI e CIOs disseram que
desabilitaram programas que fornecem atualizações automáticas. A Figura 9 mostra as respostas por
região.
16
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©2013 IDC
FIGURA 9
Consumidores e empresas que não instalam atualizações de segurança
% que não instala atualizações (consumidores) ou % que
desabilita programas com atualização automática
(CIOs/gerentes de TI)
57%
60%
49%
50%
46%
40%
36%
31%
31%
30%
20%
13%
13%
12%
9%
10%
10%
4%
0%
AN
OE
LATAM
Respostas dos usuários
AP
ECO
Mundo
Respostas dos CIOs/gerentes de TI
n = 973 usuários de negócios, 268 CIOs/gerentes de TI
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
Com este nível de instalação de softwares por usuários finais em computadores
de trabalho e o potencial para introdução de malware na organização, se poderia
pensar que as empresas seriam diligentes no gerenciamento de software
instalado por usuários. Afinal, apenas 15% dos gerentes de TI e CIOs afirmaram
que softwares instalados por usuários não causaram problemas. O resto teve uma
variedade de problemas, como mostrado na Figura 10.
©2013 IDC
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17
FIGURA 10
O impacto de softwares instalados pelo usuário no trabalho
CIOs e gerentes de TI entrevistados
80%
65%
60%
40%
35%
29%
29%
20%
15%
1%
0%
Aumentam
ameaças de
segurança
Esgotam
recursos
do TI
Interferem com
softwares
autorizados
Aumentam
custos de
suporte
Outros
Nenhum
n = 268 CIOs/gerentes de TI
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
Ao mesmo tempo, um terço dos gerentes de TI e CIOs não fazem auditoria nos
computadores de usuários finais em busca de softwares instalados por aqueles ou o
fazem apenas uma vez por ano.
Não coincidentemente, todos os que não fazem auditorias relataram 34% mais
paradas de segurança resultantes de malware em computadores de usuários finais
que aqueles que fazem auditorias em softwares de usuários finais.
Finalmente, como vemos na próxima seção, esses softwares instalados pelos
usuários aumentam significativamente o custo corporativo de malwares associados
com softwares falsificados.
18
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©2013 IDC
QUAIS SÃO OS CUSTOS PARA AS EMPRESAS?
Até mesmo com menos softwares falsificados em empresas do que em computadores
de consumidores — apesar dos softwares instalados pelos usuários no local de
trabalho — o peso financeiro para as empresas é maior.
Aqui estão apenas alguns dos custos enfrentados por empresas que lidam
com malware:
 Custos de mão de obra para prevenção ou identificação e retificação de
problemas de segurança
 Custos de suporte de terceiros para lidar com os problemas
 Tempo de inatividade de funcionários
 Custo para localizar e reinstalar dados perdidos
 Custos de roubo de dados como resultado de malwares plantados
 Custos de fraudes em roubo de credenciais ou de registros de clientes
 Prejuízos — receita, tempo, ciclos operacionais — de paradas de sites, redes e
computadores
 Custo de recursos para suporte a usuários com credenciais roubadas
E isso nem cobre os custos da substituição do software falsificado por cópias
legítimas, passando por uma auditoria de softwares ou multas quando são pegas com
softwares falsificados.
Quais são os custos reais? Usando informações dos índices de pirataria, do IDC
sobre gastos com segurança e informações de nossa pesquisa, podemos
estimar pelo menos os custos diretos para as empresas de malwares associados
com softwares falsificados. Eles são de mão de obra, despesas externas e uma
pequena parcela da infraestrutura de segurança do TI.
A Figura 11 ilustra nossa melhor estimativa de custos por software falsificado
infectado na empresa em 2013. Note que o número mundial é quase sete vezes os
custos para o consumidor por infecção. Os principais motivos para essa diferença são
custos em salários de profissionais de TI que são mais altos que os usados para
consumidores, o custo do tempo de inatividade de funcionários, custos de serviços
mais altos e o custo de recursos de segurança de TI dedicados.
©2013 IDC
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19
FIGURA 11
O custo por incidente de software infectado para empresas
Dinheiro gasto na identificação, reparo, recuperação de dados e no
enfrentamento de roubo de dados por meio de infecção causada por
pacote de software falsificado
US$ 3.000
US$ 2.500
US$ 2.499
US$
2.315
US$ 2.000
US$ 1.500
US$
672
US$ 1.061
US$ 1.400
US$ 1.000
US$ 1.573
US$
500
US$ 199
AN
US$ 254
EO
Mão de obra
LATAM
Custos externos
US$
997
US$
598
US$ 1.055
US$
716
US$ 0
US$ 1.062
US$
586
US$
236
US$ 315
AP
US$ 308
US$ 360
US$ 658
US$ 551
ECO
Mundo
Parcela de recursos de segurança de TI
Fonte: Modelo do impacto econômico dos perigos de software falsificado do IDC, 2013
Some todos esses custos diretos e terá prejuízos mundiais esperados para empresas com problemas
de segurança da ordem de US$ 114 bilhões. Isso equivale a 8% dos custos de mão de obra de TI.
A Figura 12 mostra esse custo por unidade extrapolado para todos os softwares falsificados infectados
em empresas em todo o mundo. Note o seguinte:
 Os custos são mais altos na Ásia/Pacífico apesar do fato de que os custos de mão de obra na região
são muito mais baixos que os no mundo desenvolvido. Isso se deve à quantidade absoluta de
unidades falsificadas lá. A Ásia/Pacífico abrange 40% da base instalada mundial de computadores
corporativos e mais de 60% das unidades de software falsificadas — sem contar aquelas levadas
para o trabalho por usuários finais.
 De fato, as unidades levadas para o trabalho — se cada usuário que instalar software em seu
computador de trabalho instalar apenas um programa por ano — aumentam os custos corporativos
em um terço.
20
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FIGURA 12
O custo total de softwares infectados para empresas
US$
50
US$
40
US$
12.9
US$
30
US$
20
US$
16.5
US$
20.6
US$
5.7
US$ 4.6
US$
12.9
US$ 3.5
US$ 6.8
US$1
0
US$ 1.6
US$ 6.8
US$ 3.9
US$ 3.5
US$
10.7
US$ 8.4
US$
17.4
US$ 1.9
US$ 1.8
US$ 4.8
US$ 4.1
US$
2.7
US$ 0
Mão de obra
Custos externos
Softwares instalados pelo usuário
Parcela de recursos de TI
Fonte: Modelo do impacto econômico dos perigos de software falsificado do IDC, 2013
Mas empresas têm custos que vão muito além de simplesmente remover e corrigir malware em
computadores de usuários finais. Elas tem os custos de problemas de segurança replicados —
computadores infectados infectando outros — talvez derrubando toda a rede, site ou sistema de TI.
o
De fato, em pesquisa conduzida na China em 2011 para a BSA, a Software Alliance15, IDC
descobriu que softwares piratas causaram paradas completas ou reduções de desempenho do
sistema quase uma vez por mês em organizações de tamanho médio. O custo por parada na
China foi de mais de US$ 100.000. Esses custos não são considerados na Figura 12.
E os problemas não param dentro empresa ou até mesmo das fronteiras nacionais. Por exemplo,
em nossa pesquisa, 22% dos gerentes de TI e CIOs apontaram infecções de malware por
fornecedores ou distribuidores como a causa de paradas de redes, sites ou computadores. Essa
replicação é o motivo pelo qual estimativas de terceiros dos custos de violações de segurança
superam muito nossos valores por pacote de software infectado.
Para empresas, o custo de lidarem com malware podem ser ainda maiores. Em sua pesquisa de
2010 com 348 profissionais de segurança de TI dos Estados Unidos 16, o Computer Security Institute
descobriu que 50% dos entrevistados haviam sido vítimas de um cyber-ataque, e 67% daqueles
ataques envolvia malware. E, no estudo da Verizon mencionado em que malwares
15
16
Riscos de segurança de software pirata: empresas da China tornando-se legais, novembro de 2011.
15a pesquisa anual CSI de crimes e segurança de informática 2010/2011, Computer Security Institute.
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21
figuraram em 69% das violações de dados, 61% destas envolviam uma combinação
de malware e ação de hackers17.
OS CUSTOS DE VIOLAÇÕES DE DADOS
Para empresas, a história de nossa ameaça de softwares falsificados começa de
forma bem simples: a predominância do malware e os custos para se lidar com ele.
Mas a conexidade de computadores corporativos e a finalidade de alguns dos
malwares — roubo de informações, credenciais de contam códigos de acesso, etc.,
— significam que empresas têm exposição muito além dos custos para limpar um
computador de usuário final infectado.
Considere informações perdidas, por exemplo. Nos 855 casos mencionados no estudo
da Verizon mencionado anteriormente, envolveram-se 174 milhões de registros. Mas
qual é o valor de um registro? No caso da TJX, que descobriu em 2007 que pelo menos
45.6 milhões de registros de cartão de crédito de clientes haviam sido roubados por
cyber-criminosos, os custos diretos finais, segundo a TJX, foram de US$ 256
milhões18. Estimativas de terceiros atingiram US$ 1.7 bilhão. Isso
cobre os custos de notificar os titulares de cartões e aconselhá-los, custos legais,
indenizações de ações civis e investigações internas. Assim, neste caso, o custo por
registro variou de US$ 5 a US$ 25.
19
,
No Estudo de 2011 do Custo de uma violação de segurança: Estados Unidos e o
custo por registro é de US$194, mas aqui apenas empresas grandes (>1.000
funcionários) e violações de dados de 4.500 a 100.000 registros foram estudados,
com uma violação média de cerca de 28.000 registros. Para violações de dados
resultantes de ataques, os custos são maiores: US$ 222 por vazamento de registro.
E, para aumentar nosso conhecimento, 50% das violações de por indivíduos de fora
resultaram de malware.
Assim, usando dados do estudo do Ponemon Institute e nosso próprio Modelo do
impacto econômico dos perigos de software falsificado, podemos construir um cenário
para esses custos adicionais de perda de dados. Note que no estudo do Ponemon
Institute, o custo de uma violação de dados se baseia no que a organização gasta
para investigá-la, notificar as vítimas, responder a clientes e outros após o evento e
negócios perdidos, tanto por paradas do sistema como por abandono por parte dos
clientes.
A Figura 13 mostra os resultados do cenário em que uma em mil interações de
software falsificado resulta em vazamento de dados. Esses custos são mais de três
vezes os custos diretos (embora alguns dos custos diretos possam ser incluídos nos
de perda de dados), com o total global de US$ 350 bilhões.
17
Verizon, op. cit.
"O custo da violação de dados na TJX atinge US$ 256 milhões," Boston Globe, 15 de agosto de 2007.
Ponemon Institute,
Estudo de 2011 do Custo de uma violação de segurança: Estados Unidos.
18
19
22
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FIGURA 13
Custo potencial da perda de dados para empresas
Bilhões de US$ de custos direitos para tratamento de software
falsificado e custos de perda de dados de 1 em 1.000 programas
falsificados levar a vazamento de dados
$ 400
US$ 349
$ 300
$ 200
US$
129
$ 100
US$
68
US$ 16
13
AN
US$
47
US$ 21
EO
US$
US$
25
LATAM
Custos diretos
US$
39
US$ 114
US$ 27
US$ 8
AP
ECO
Mundo
Custos de perda de dados
Fonte: Modelo do impacto econômico dos perigos de software falsificado do IDC, 2013
Infelizmente, ainda não sondamos as profundezas dos prejuízos potenciais, já que o
estudo do Ponemon Institute não examina custos legais quando registros dos clientes
resultam em roubo de identidade, fraude de cartão de crédito ou acesso ilícito a
recursos governamentais ou corporativos. No caso da TJX, o custo da reparação
financeira foi muito superior aos custos cobertos no estudo do Ponemon Institute.
©2013 IDC
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23
VARIAÇÕES REGIONAIS
Definimos cinco regiões em nossos dados econômicos e em alguns dos dados da pesquisa para
demonstrar as variações no comportamento de usuários e empresas em riscos financeiros. Mas
as variações se estendem além das representadas. Aqui estão algumas delas:
 América do Norte. Apesar de ter o menor índice de pirataria das regiões, a América do Norte tem a
segunda postura de risco mais alta, pelo tamanho de seu mercado: cerca de 370 milhões de PCs no
final do ano e 45% do mercado de softwares para computadores. Mesmo com um índice de pirataria
baixo, ela responde por 10% a 15% das
unidades pirateadas. Outras razões
Implicações para nações
para seu perfil de alto risco são seus
salários de segurança de TI e seu
custo por registro para perda de
dados, que são mais altos que os de
outras regiões.
 América Latina.
Embora o
índice de pirataria da região tenha
caído de 66% em 2006 para 61% em
2011, segundo o último estudo
publicado pela BSA | The Software
Alliance, por causa do crescimento
rápido da base de computadores da
região — a um fator de 2.8 de 2006
para 2013 — e da crescente
sofisticação dos usuários que leva a
PCs mais altamente configurados, a
quantidade total de softwares piratas
cresceu a um fator superior a 3.5 de
2006 para 2013. Softwares piratas
ainda estão amplamente disponíveis
em mercados de rua — nós os
encontramos no Peru, México e
Brasil — e vender softwares piratas
O impacto econômico de malwares associados com softwares
falsificados sobre consumidores e empresas é coberto em profundidade
neste whitepaper. Mas esse impacto também se estende a nações.
Considere o seguinte:
 Governos são empresas e sujeitos aos mesmos impactos
econômicos que outras empresas. Isso significa pelo menos US$
10 bilhões perdidos mundialmente este ano para malwares
associados com softwares falsificados.
 Os mais de US$ 400 bilhões gastos em trabalho corretivo de TI e
prejuízos com violações de dados são dinheiro que poderia ser
mais bem gasto em atividades mais produtivas. Se até mesmo
1% desse dinheiro perdido pudesse ser gasto em inovação de
TI, com base em proporções econômicas padrão, aquela
inovação poderia levar a US$ 100 bilhões em novas receitas de
negócios.
 Devido à natureza global e complexa de cadeias de fornecimento
industriais, malwares que se originam de softwares falsificados
em um país podem ameaçar facilmente computadores em outro.
Lidar com isso consome recursos mais bem usados para apoiar
a economia local.
 Malware, seja importado ou de fontes locais, leva a uma
infraestrutura nacional menos segura e maior vulnerabilidade a
cyber-ataques.
é um negócio organizado. Embora os grandes centros urbanos — próximos de universidades,
cafés de Internet, metrôs — sejam grandes fontes de softwares e CDs/DVDs piratas, é possível
obtê-los em cidades da segunda e terceira camadas — frequentemente cópias feitas a partir de
CDs/DVDs adquiridos em cidades maiores. Os preços variam de US$ 1,50 em Lima, Peru, a
US$ 10 em São Paulo, Brasil.
 Europa ocidental. Softwares falsificados são quase totalmente encontrados tanto na Internet como
copiados de um usuário para outro. Mesmo em 2006 não pudemos encontrar software à venda em
qualquer tipo de mercado de rua. É possível, entretanto, encontrá-los em PCs e software
movendo-se através do canal: 14% dos consumidores pesquisados na Europa Ocidental disseram
que encontraram algum software pirata instalado em computadores novos que compraram. A
mesma porcentagem de CIOs/gerentes de TI que pesquisamos disseram que o Microsoft Office
que veio pré-instalado em suas máquinas novas era licenciado de forma imprópria. Mas eles
também disseram que cerca de 10% dos PCs que instalaram nos últimos dois anos eram
montados e que 34% dos computadores que compraram vieram sem sistema operacional. Quanto
ao perfil de risco da região, a base instalada de PCs na Europa Ocidental é 10% menor que a da
24
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América do Norte e os gastos com equipes de TI é um terço menor. Assim o
risco financeiro da Europa Ocidental por malwares em softwares falsificados é
um terço menor. Sua exposição à perda de dados é quase metade daquela da
América do Norte, em virtude de menos registros perdidos por violação e um de
prejuízo menor por registro.
 Europa central e oriental. Embora classificada como um mercado emergente, a
região tem algumas características de mercados desenvolvidos, como níveis de
educação razoavelmente altos e alguns programadores de primeira classe —
assim como hackers e criadores de vírus de primeira classe. Segundo uma
entrevista publicada no jornal alemão Der Spiegel em 201120, a Rússia fica atrás
apenas da China e da América Latina na produção de malware. Usuários na
Rússia, contudo, têm os mesmos comportamento e atitudes de usuários em
outras regiões de nossas pesquisas. Eles montam menos computadores que
europeus ocidentais e têm paradas de segurança menos frequentes. Mas a
região responde por cerca de 10% dos softwares piratas do mundo. Está cada
vez mais difícil encontrar softwares falsificados na região em formato de
CD/DVD, mas o acesso à Internet cresceu ao ponto que quase metade da
população utilizá-la, e 25% das residências possuem acesso de banda larga.
 Ásia/Pacífico. Essa é a maior região do estudo em quase todos os aspectos. Ela
contém mais de metade da população mundial, cerca de metade dos usuários de
Internet e 40% dos computadores — sem falar em metade dos softwares piratas —
do mundo. Nossos entrevistados disseram que 32% de seus computadores vieram
sem sistema operacional e 13% não instalam atualizações de segurança. 57% dos
consumidores entrevistados não instalam atualizações de segurança e cerca de
70% dos que utilizam softwares piratas têm problemas com eles. Não encontramos
problemas em adquirir versões em CD/DVD de softwares em mercados de rua,
embora, na China, pareça haver uma maior probabilidade de se obter CDs/DVDs
no ponto de venda que pré-empacotados. Os sites que oferecem softwares
falsificados pareciam ser suportados por receita de publicidade em vez de sites
clandestinos que procuravam extrair dados pessoais. Mas, por outro lado, foi uma
pequena amostragem orientada a Beijing. Os preços variavam, mas cerca de US$4
a US$ 7 por CDs/DVDs contendo cópias não apenas do Microsoft Office, mas
também de malware, era normal. O risco econômico da região também é grande —
simplesmente por causa da quantidade de softwares falsificados e do índice de
infecção — mas é amenizado por salários comparativamente mais baixos e
violações de dados menos onerosas.
PERSPECTIVA DE FUTURO E PLANO DE AÇÃO
Desde que conduzimos nosso primeiro estudo sobre os perigos de software
falsificado em 2006, os índices de pirataria baixaram na maioria dos países — mas o
índice global cresceu, pois o mercado de computadores mudou para mercados
emergentes com índices mais altos, a quantidade de softwares falsificados aumentou
e a criação e implantação de malwares se tornou um negócio maior. O ambiente de
softwares falsificados pode estar ligeiramente menos infeccioso, mas não muito.
20
"Pioneiro antivírus Evgeny Kaspersky: temo que a Internet logo se tornará uma zona de guerra""
Der Spiegel, 27 de junho de 2011.
©2013 IDC
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25
Sim, nos próximos sete anos, a base instalada de computadores crescerá a um fator de
menos de 1.5 — contra um fator de 3 nos últimos sete anos — mas telefones carregados
com software e tablets preencherão a lacuna. E esses dispositivos móveis podem ser
ainda mais difíceis de gerenciar — e manter seguros — em ambientes corporativos que
computadores.
Nem é provável que os criadores de malwares e softwares falsificados deixarão um
negócio lucrativo que pode ser um dos ambientes criminosos mais seguros dentro
dos quais operam.
Então, parece lógico inferir que os riscos de segurança enfrentados por usuários de
softwares falsificados só podem aumentar. Esse é o motivo pelo qual conduzimos
esta pesquisa: quantificar aqueles riscos e ajudar usuários finais e empresas a
tomarem conhecimento deles.
Há maneiras de prevenir ataques como os que detectamos: instalar firewalls no
computador, estar atento a atualizações de segurança, monitorar a instalação de
softwares por usuários finais na empresa, usar ferramentas antimalware atualizadas e
aderir a boas práticas e políticas de segurança. Novas técnicas, como listas de
exceções, em que apenas programas confiáveis são permitidos em um computador e
melhor segurança de navegador também podem ajudar.
Mas a melhor prevenção é simplesmente usar o item genuíno. Isso significa adquirir
computadores e softwares de fontes confiáveis, evitar softwares com preços bons
demais para ser verdade e seguir protocolos de ativação e registro.
APÊNDICE
Metodologia
Testes de laboratório
Para avaliar os riscos da obtenção e uso de softwares e ferramentas de ativação
falsificados, o IDC montou laboratórios de teste em seus próprios departamentos de TI
em Framingham, Massachusetts; Praga e Beijing. Usando técnicas de pesquisa
normais em mecanismos de pesquisa populares, cada laboratório desenvolveu uma
lista de sites e redes P2P para softwares piratas e depois navegou naqueles sites e
baixou softwares deles. Também testamos sites que ofereciam geradores de chave e
outras ferramentas para contornar a ativação, já que aquelas frequentemente são
exigidas depois da instalação de um programa. Após algum tempo, ativávamos nossas
ferramentas antimalware e de remoção de spyware e registrávamos os resultados.
Também tentamos instalar algumas das cópias do Microsoft Office que baixamos
e executamos testes de malware naqueles que conseguimos instalar para
descobrir malwares adicionais e quantificar a necessidade de ferramentas
adicionais de contorno de ativação.
Finalmente, obtivemos versões em CD/DVD do Microsoft Office em mercados de rua
no Brasil, China, Índia, México, Peru e Tailândia e as testamos de uma forma similar
aos software baixados.
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Nossos testes foram conduzidos em janeiro de 2013 por indivíduos que trabalharam
em máquinas virtuais que utilizavam as últimas versões de antivírus e ferramentas
para remoção de spyware comercialmente disponíveis. Todas as nossas máquinas
tinham as últimas atualizações de segurança. Após cada teste, reinstalamos o PC
virtual para garantir que o teste seguinte não seria contaminado por malwares de
anteriores.
A Tabela 1 mostra a extensão de nossos testes.
TABELA 1
Resultados dos testes
Sites/redes P2P pesquisados
270
Downloads de software
108
Testes de programas em CD/DVD
155
Total
533
Fonte: Pesquisa Perigos do software falsificado do IDC, 2013
Três pontos:
 Acreditamos que nosso protocolo de pesquisa e o número de sites testados
significam que testamos uma amostra significativa dos sites de download
mais populares.
 Escolhemos nos concentrar no Microsoft Office, pois e instalado na maioria
dos computadores e é um dos softwares mais piratas do planeta.
 Também acreditamos que criadores de malware visarão mais o Microsoft
Windows que o Microsoft Office, e outros tipos de software menos que o
Office, tornando assim o Office um bom representante para todos os
softwares falsificados.
Pesquisas
Durante janeiro de 2013, o IDC conduziu duas pesquisas globais: uma com
consumidores e funcionários e a outra com CIOs/gerentes de TI. As pesquisas
abrangeram 10 países: Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, Índia, México,
Polônia, Reino Unido, Rússia e Tailândia. A amostragem total incluiu entrevistas com
1.104 consumidores, 973 usuários de negócios e 268 CIOs/gerentes de TI.
Na amostragem de CIOs/gerentes de TI, 47% dos entrevistados vieram de
organizações com mais de 1.000 funcionários e 53% de organizações menores. Na
pesquisa com funcionários, 40% trabalhavam e, organizações com mais de 1.000
empregados, 18% em organizações com menos de 100 e 42% em organizações com
entre 100 e 1.000 funcionários. A combinação do setor nas duas pesquisas foi
representativo de economias gerais.
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As pesquisas foram conduzidas via Internet e usando painéis de terceiros de usuários
de computadores e CIOs/gerentes de TI e fizeram perguntas sobre compras de
computadores e softwares em empresas, problemas com softwares e atitudes e
comportamento para com problemas de segurança. Também pediram aos
entrevistados para quantificarem o tempo gasto lidando com questões de segurança,
que foram usadas como informações para os dados de impacto econômico
apresentados neste whitepaper.
Note que nos números que se referem a dados de pesquisa em que desmembramos
regiões, a legenda "Mundo" significa o total não ponderado de todos os entrevistados.
Observação: Todos os números neste documento podem não ser
exatos devido a arredondamentos.
Modelagem do impacto econômico
Para gerar os números de impacto econômico neste whitepaper, desenvolvemos um
Modelo do impacto econômico dos perigos de software falsificado que incorporou dados
proprietários do IDC, do Estudo de pirataria global de PCs 2012 da BSA | The Software
Alliance, resultados de pesquisa conduzida para este projeto, gastos em TI e pesquisa
de PCs do IDC e em dados de terceiros mencionados nas figuras.
Dois pontos iniciais principais foram:
 A chance de infecção por região
 O número total de unidades de softwares falsificados por região
Nos dois casos, as regiões foram desenvolvidas usando-se um superconjunto de 20
países dos 10 países pesquisados para os quais tivemos dados do estudo da BSA.
Esses 20 países respondem por mais de 75% dos softwares piratas no mundo.
Desenvolvemos estimativas de "resto da região" para completar o quadro global.
Desenvolvemos as estimativas de "chance de infecção" usando dados de nossos
testes de laboratório com alocações por fonte do software — de mercados de
rua, do canal, da Web, etc. Usando dados do trabalho da BSA, desenvolvemos
contagens por região para unidades de software pirateadas (estimadas para
2013 com base no estudo de 2011), que foram fatoradas para se obterem
unidades falsificadas. O fatoramento contou com dados da BSA sobre a fonte de
softwares piratas e outros trabalhos proprietários que o IDC realizou no passado
(por exemplo, a porcentagem de softwares piratas resultantes de uso indevido
de licenciamento por volume).
Isso feito, tínhamos um quadro do número de unidades falsificadas de software para
2013 e que porcentagem seria infectada. O passo seguinte foi estimar que porcentagem
das infecções seria apanhada de forma rotineira por softwares antimalware de usuários
ou empresas sem a necessidade de ações adicionais. Aqui usamos a porcentagem que
optou por não instalar atualizações de segurança como nosso número representativo.
Depois disso, tomamos dados de pesquisa sobre o tempo para se corrigirem várias
questões de segurança e os aplicamos ao número de infecções de falsificações por
região para chegar ao tempo gasto por infecção. Isso levou ao total de horas gastas
por região para lidar com infecções de softwares falsificados.
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Usamos então dados disponíveis do Departamento de estatísticas de mão de
obra dos Estados Unidos sobre salários de TI e dados de terceiros sobre
pagamentos médios por país para extrapolar as horas de mão de obra diretas
para correção de questões de segurança de usuários e de organizações de TI.
Usando dados do IDC sobre o tamanho do setor de segurança de terceiros,
pudemos estimar a porcentagem do tempo que recursos externos tiveram de ser
usados e, novamente, o custo por infecção. Finalmente, usamos aqueles
mesmos dados para desenvolver a parcela de recursos de TI dedicados à
segurança (redes, firewalls, software antimalware, etc.) que se aplicariam a
malware de softwares falsificados.
No geral, esses dados produziram os custos por região e regionais agregados para
se lidar com questões de segurança resultantes de software falsificado.
As informações de violações de dados foram desenvolvidas usando-se estimativas do
Ponemon Institute sobre custos de perda de dados por registro de dados vazado e
número médio de registros de dados comprometidos por violação para um punhado de
países.
Observação: Todos os números neste documento podem não ser
exatos devido a arredondamentos.
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