O Automóvel e Moda

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Paris - “Mondial de l'Automobile”
O Automóvel e Moda
Texto e fotos: Thierry Lesparre
Dezembro 2014 | www.toposeclassicos.pt | 7
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P
or ocasião do “Mondial de
l'Automobile”, em Paris, um
pavilhão é reservada para uma
exposição de veículos históricos. Este ano, o tema foi "O Automóvel e
a Moda".
A exposição estava dividida cronologicamente e mostrava as principais
épocas que marcaram a história do
automóvel e da moda: o pré-guerra (Alta
Costura e Concursos de Elegância), o
post guerra (o desejo do automóvel), os
anos pop, as décadas 70/80 combinando
carros futuristas e anúncios que marcaram uma época, até à era contemporânea marcada pela explosão de nichos, o
biodesign ou a personalização.
A exposição tinha mais de 50 carros
relacionados com o tema da moda.
Um soberbo Talbot Lago T150C SS
Figoni & Falaschi ilustrava com elegância os anos 30. Dos 25 Talbot Lago SS
construídos apenas 15 foram carroçados
por Figoni & Falaschi. Devido à fluidez
da concepção da carroçaria, seriam apelidados "gota de água". Para o período
50-60, outro carro francês, que atraiu
a atenção, o Facel HK II. Jean Daninos,
criador da marca Facel Vega decidiu
durante o final dos anos cinquenta
modernizar e expandir a gama Facel.
Apresenta então o Facel II no Salão
de 1961. Tornou-se o carro favorito de
uma clientela rica e, por vezes, famosa
como: o Xá do Irão, Rob Walker chefe de
“Écurie Ecosse” ou do Beatle Ringo Star.
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Outro carro raro exposto, o Toyota 2000 GT representando os anos 70.
Apresentado no Motor Show de Tokyo,
em 1965, entrou em produção apenas
na Primavera de 1967. Era vendido, na
época, por 52.290 Fr em comparação
com os 48.500 Fr que custava o Porsche
911S, e de que seriam produzidas apenas
351 unidades. Uma pequena curiosidade
- James Bond, em "You Only Live Twice"
filmado no arquipélago japonês trocou
o seu tradicional Aston Martin por um
GT 2000. Sean Connery, que tinha sérias
dificuldades para se extrair do apertado
cockpit do 2000 GT, exigiu que a Toyota
fizesse duas spyders, para facilitar a
rodagem do filme.
Para o público deste Salão de Paris,
que não é, necessariamente, apreciador
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Clássicos entre modernos
de carros antigos, os três protótipos: o
Alfa-Romeo 33 Carabo, o Maserati Boomerang e o Mercedes-Benz C111 suscitaram muita curiosidade. O Alfa-Romeo
33 Carabo, construído sobre a base de
um Alfa-Romeo Stradale, foi desenhado
por Giorgetto Giugiaro e apresentado
no Salão de Paris, de 1968. O Maserati
Boomerang, cujo modelo à escala 1 foi
apresentado em Turim, em 1971, e o
protótipo em Genebra no ano seguinte, também é uma criação de Giugiaro
desta vez usando a base de um Maserati
Bora.
Outras curiosidades desconhecidas
presentes foram os três carros elétricos projetados por Coqueline Courrège: a Bola, o Zooop e o Pixi. Coqueline
Courrège, fundadora da famosa casa de
costura, tem uma paixão pelo automóvel desde há muitos anos. Já em 1969,
durante a apresentação da coleção, um
modelo de um carro elétrico desfilou
na passerelle, e em 1974, colaborou
com a Matra para dar à luz o Courrège
Bagheera, que também estava presente
no âmbito da exposição "O Automóvel e
a Moda ".<
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O
s fabricantes de automóveis
estão a tomar consciência da
importância de sua herança.
Muitos deles apostam na
carta do revivalismo e oferecem cada
vez mais novos modelos em honra dos
seus “best-seller” do passado, como a
Citroën e o DS ou a BMW com o Mini,
por exemplo.
Esta tendência confirmou-se no
“Mondial de l'Automobile” de Paris, em
Outubro passado.
A Citroën lançou sua marca topo de
gama o DS, expondo em seu espaço um
elegante DS e um mais popular 2CV.
Enquanto um excelente Alfa Romeo
Giulietta Sprint, de 1954, apresentou-se
no meio do enorme stand do fabricante
italiano ao lado dos mais recentes modelos desportivos da marca: 4C Giulietta
Sprint e 4C Spider.
Venturi apostou seriamente nos
veículos elétricos com o "High Voltage
Buggy" América, um Fórmula E e um
impressionante VBB-3, o mais poderoso
carro elétrico do mundo com 300 CV, no
entanto, não virou as costas ao seu passado, uma vez que apresentou um MVS
Venturi, o primeiro exemplar a rodar
derivado do concept-car revelado há 30
anos atrás, no Motor Show de Paris de
1984.
Após oito anos de ausência a Honda
prepara seu regresso à F1 em 2015 com
um motor para a McLaren, lembrou
aqueles que se esqueceram de que o seu
envolvimento na disciplina não data
de ontem. De fato, no início dos anos
60, o fabricante japonês já disputou o
campeonato de F1 como o construtor e a
prová-lo apresentou um soberbo RA 271
vindo directamente do Museu da marca
e que foi exibido com orgulho no stand
no meio dos carros de série.
No espaço do vendedor de peças
Oscaro, os visitantes puderam admirar
um De Lorean DMC, um carro raro e original, que deve o seu sucesso ao filme
“regresso ao Futuro”.<
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