março de 2012 - edição 46 - ano vi - editora alessi
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março de 2012 - edição 46 - ano vi - editora alessi
Março de 2012 ABCD Real MARÇO DE 2012 - EDIÇÃO 46 - ANO VI - EDITORA ALESSI 1 2 ABCD Real Março de 2012 Acisa prevê crescimento de 10% Para que a data nas vendas em função da Páscoa não faça água Neste 22 de março, como em todos os outros, quando se fala do Dia Mundial da Água e também do aniversário da Represa Billings (que neste 2012 completa 87 anos de existência), vemos a promoção de diversos simpósios, palestras, comemorações (se é que há algo a comemorar), enfim, muita gente vira defensora dos escassos recursos hídricos, muito político posa de ambientalista, mas fica sempre a questão: todos estamos nos empenhando de fato por essa causa que interessa a todos, ou só vamos na onda porque sustentabilidade virou mais do que moda, virou uma espécie de necessidade para se arrumar emprego, para conseguir votos ou até mesmo para ser aceito em determinados grupos sociais? Pois bem, nesta semana temos, por exemplo, no Centro de Referência em Saneamento Ambiental do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) um ciclo de palestras para debater como a preservação de áreas de mananciais está ligada à qualidade da água consumida. Iniciativa importante, mas existe qualidade nas ações do Semasa? São Bernardo preparou atividades especiais para festejar a data, como a programação de trilhas, seminários, ato ecumênico e show musical. Tudo muito bonito, interessante, mas o próprio secretário de Gestão Ambiental, Giba Marson, alerta que, mais que um motivo de celebração, é um momento propício para a reflexão. "Considero este assunto vital para a cidade. A represa Billings abastece a região do ABCD e parte da Zona Sul da Capital. Por isso, é importantíssimo refletirmos sobre o papel de cada um de nós para salvar esse manancial", afirmou Marson. Perfeito, mas ainda estamos na fase dos discursos, dos projetos, dos planos, e pouco de concreto se vê, mesmo quando o assunto é recuperação das bacias hidrográficas e áreas de proteção permanente e o código florestal, tão polêmico quanto ainda bastante desconhecido. Fica o alerta, para que no Dia da Água não continuemos chovendo no molhado. O editor A Acisa - Associação Comercial e IndusA executiva substitui Luis Antonio Samtrial de Santo André - prevê para esta Páscoa paio da Cruz e de seu currículo profissional um crescimento de 10% nas vendas em rela- consta passagem por grandes empresas, ção ao mesmo período do ano passado. como Laboratórios Fleury, Mesquita Soluções Segundo Evenson Robles Dotto, presiden- Logísticas, Diario do Grande ABC e Amil. te da entidade, a projeção baseia-se não só na Antes de assumir o cargo de superintenvenda de ovos de chocolates, mas também dente, Renata passou pelo processo de asnos demais produtos tradiciosessment, realizado pelas nais da época, como chocolaconsultoras Dora Mariano e tes diversos, bolo pascal, azeiRoseline Fachini, da Meta te, bacalhau e peixes, frescos e Treinamento e Desenvolvicongelados. mento em Recursos Huma“Além da estabilidade nos. econômica e facilidades no Muito utilizado por granparcelamento das compras des organizações, o assesspor parte das redes supermerment visa a avaliar compecadistas, os fabricantes de tências comportamentais, chocolates também apresenmapear o perfil e conhecer tam neste ano uma série de com maior eficiência e criténovidades”, justifica Dotto. rio as pessoas que desemEsse otimismo em relação penharão determinados caràs vendas da Páscoa também gos de liderança ou operaciestá tomando conta dos inonal. Através dele também Renata Gregório assume superintendência ternautas. Na enquete lançaé possível propor mudanda no site da Acisa – www.acisa.com.br - ças necessárias para gerar melhores resulta66,67% dos votantes acreditam que o perío- dos na obtenção das metas propostas. do proporcionará volume de vendas maior A nova superintendente assume juntaque 2011. mente com a nova diretoria da Acisa, presidida por Evenson Robles Dotto, e terá pela Nova superintendente frente uma série de desafios como aumentar Com formação acadêmica em Direito e o número de associados da instituição, dimiMBA em Marketing de Serviços, Renata Gre- nuir custos, otimizar processos e melhorar o gório é a nova superintendente da Acisa. relacionamento interpessoal da equipe. ABCD REAL É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA ALESSI COMUNICAÇÃO - EMPRESA COM RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL PUBLISHER E DIRETOR DE REDAÇÃO: JOAQUIM ALESSI DIRETORA ADMINISTRATIVA: ROSANA FRANCO DE OLIVEIRA ALESSI EDITOR DE ARTE: FERNANDO VALINI TIRAGEM: 10.000 EXEMPLARES Sede própria: Avenida Pereira Barreto, 1.395, sala 11 Torre Norte Telefone: 4425-5062 - www.abcdreal.com.br - E-mail: [email protected] Março de 2012 3 ABCD Real A Comunicação Social em pauta na reunião do Comcipas de S. Caetano Alexandre Yort/PMSCS Estratégias e ferramentas usadas pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Prefeitura de São Caetano para levar informações das ações realizadas pela Administração aos munícipes foram a pauta da reunião do Conselho Municipal de Cidadania e Participação Social (Comcipas), na terça-feira (28/2) no auditório do Atende Fácil. Na ocasião, os conselheiros puderam acompanhar palestra da publicitária Luciana Patara, titular da Secom. “São Caetano é uma cidade intensa, com dezenas de eventos semanalmente. Como não contamos com a mídia de massa, ou seja, uma rádio ou TV exclusiva, utilizamos outras alternativas para alcançar o cidadão”, explicou Luciana. “Temos apostado bastante na internet, com o site oficial da Prefeitura e das redes sociais, como Twitter e Facebook, mas não dispensamos os métodos tradicionais já consagrados, como faixas, informativos, jornais e revista bimestral.” Para o secretário-executivo do Comcipas, Fausto Cestari, a forma de se fazer comunicação tem mudado nos últimos tempos. “Antes apenas havia a informação. Agora, o que vemos é uma via de mão dupla, em que o mora- importantes representantes da sociedade civil organizada sancaetanense, e se tornam replicadores de informação entre os seus. Com certeza as explicações da secretária Luciana Patara vão chegar aos quatro cantos da cidade, em que poderemos, juntos, trabalhar pela excelência da Comunicação Social em São Caetano”, afirmou Cestari. Luciana Patara e Fausto Cestari durante a reunião do Comcipas dor pode interpretar e responder ao que recebe em tempo real. A interação é imediata.” As ações que a Secom tem efetuado nos últimos anos já dão resultados. Uma recente pesquisa apontou que 94% dos moradores entrevistados aprovam a maneira como as divulgações são recebidas. “Temos um desafio, que é alcançar não apenas os que moram e vivem em São Caetano, mas aqueles que trabalham fora da cidade e vem para cá apenas para dormir, sem saber do que acontece por aqui”, destacou Luciana Patara. “Todos os conselheiros do Comcipas são Comcipas Importante canal de comunicação e planejamento criado em 2005 pela Prefeitura sancaetanense, o Comcipas permite que entidades e a sociedade civil organizada da cidade participem mais ativamente da administração do município. Embora o secretário-executivo dirija as reuniões mensais, a presidência do órgão é do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior. Entre as entidades que participam do Comcipas está a Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul (Aciscs); APAE; Ciesp; Fiesp; Sindicato dos Metalúrgicos; Senai; SESC; SESI; OAB; Procon; polícias Civil e Militar; Lions Club; Rotary Club; e Rede Feminina de Combate ao Câncer, entre outras. LAVAGEM A SECO E A ÁGUA • Lavagem de roupas, tênis e cortinas • Couras e camurças • Tingimento • Serviço de costura • Serviço completo de sapataria • Lavagem expressa (entregamos em 1 hora) Pça. Pça. Pres. Pres. 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TORRES GÊMEAS Paulinho Serra, pré-candidato a prefeito de Santo André pelo PSDB, o almoço entre o líder tucano no ABCD, deputado federal William Dib, o presidente do diretório municipal do PSDB, Ricardo Torres, e o prefeito Aidan Ravin (PTB). Tendo como prato principal a possibilidade de os tucanos desistirem de lançar candidatura própria na cidade para apoiar a reeleição do petebista, o almoço provocou indigestão em Serra. O encontro foi promovido depois de o líder estadual do PTB, Campos Machado, ameaçar romper acordo com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em favor de sua reeleição em 2014. Sem engolir as críticas de Serra, que chegou a falar em “venda” do partido para Aidan, Dib teria comentado com aliados que pretende pedir a expulsão do vereador das fileiras tucanas. Paulinho insinuou que Dib teria “vendido” o partido, e o deputado respondeu que o vereador “está usando a própria régua para, de forma inconveniente, medir os outros”. No ninho tucano, está provado, dois bicudos não se beijam. Março de 2012 jeto político de retomar o comando da Prefeitura de Santo André por meio do processo eleitoral municipal deste ano. Trata-se do PSDC (Partido Social Democrata Cristão), oficialmente o primeiro partido a declarar apoio ao programa de governo petista na cidade. O anúncio tem as presenças do deputado estadual Carlos Grana (PT), do presidente nacional do PSDC, José Maria Eymael, além de dirigentes e autoridades das duas siglas. Na eleição majoritária, a expectativa do PT é fechar amplo arco de alianças. O partido tem a maior bancada na Câmara, com seis vereadores opositores ao atual modelo de gestão que vem sendo implantado no município. NOMEAÇÃO Vereadores aprovam nomes para dois CEUs Serra lá, Serra cá, mas BISPO quem quebra o galho? Grana espera por uma Ainda pré-candidato à Prefeitura de Santo André pelo PSDB, mesmo depois das con- tripla presença de Lula fusões tucanas recentes (ler nota abaixo), o vereador Paulinho Serra animou-se ainda mais com a decisão do ex-governador José Serra de entrar na briga pela Prefeitura da Capital. “Como não temos horário eleitoral gratuito aqui no ABCD, os eleitores daqui verão a campanha de São Paulo, e com o nome Serra em evidência, posso tirar proveito dessa divulgação”, afirma Paulinho, sem esconder que há um ar de brincadeira na análise. Mas, sério ou não, a verdade é que ele já vem matutando sobre o slogan “Serra lá, Serra cá”. Agora, falta arrumar patrocinador para a campanha, se ela existir. Está no site da MacroPT ABC: “O précandidato do PT à Prefeitura de Santo André, Carlos Grana, trabalha com o cenário de uma tripla presença do ex-presidente Lula na rota sucessória local. Pouco conhecido, o petista sabe da importância do padrinho político para disseminá-lo perante os eleitores”. E depois dessa introdução, uma frase entre aspas do próprio pré-candidato a prefeito: “Ele já teve um papel na construção da candidatura única ao manifestar preferência pela minha candidatura. Ele não vê a hora de estar 100% para vir a Santo André”. Parlamentares durante a sessão que aprovou os nomes Na sessão de 21 de março, os vereadores de São Bernardo aprovaram os projetos que dão nome a dois CEUs (Centro Educacional Unificado) em fase de conclusão. O primeiro projeto dá nome ao CEU do bairro Três Marias. O nome escolhido foi o do ex-prefeito de Santo André Celso Augusto Daniel, que governou a cidade por 10 anos e morreu assassinado em 2002. Segundo o projeto do Executivo, a homenagem foi dada a ele por sua notoriedade pública, que influenciou uma geração de gestores e políticos. A segunda denominação foi do CEU no antigo clube da PEÃO DIAGRAMA Vokswagen. O centro, que terá dois blocos, um ginásio poliesportivo e um teatro, ganhará o nome de Regina Rocco Casa. A homenageada faz parte de uma das famílias traPor falar em PT, o partido recebe nesta dicionais de São Bernardo e é mãe de Marisa Não foi nada bem digerido pelo vereador quinta-feira (22), a primeira adesão ao pro- Letícia, primeira-dama do país por oito anos, Partido de Eymael dá Tucanos descem, mas apoio a projeto petista aí o muro desaba Março de 2012 5 ABCD Real por Joaquim Alessi - [email protected] quando o marido, Luiz Inácio Lula da Silva, se tornou presidente do Brasil. Além desses projetos, os vereadores aprovaram pedidos de informações ao Executivo e fizeram votos de congratulações pela aposentadoria do funcionário da Câmara Municipal, José Carlos Alvarenga, e pelo 42º aniversário do padre Augusto César Casemiro de Andrade e da pelo 6º aniversário do Santuário Imaculada Conceição e São Maximiliano Kolbe. RAINHA prefeito José Auricchio Júnior (PTB) de mandar fazer panfleto publicitário da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) que está sendo construída nos bairros Mauá e Nova Gerty, sem citar a União, responsável pela liberação da verba. “Farei requerimento para questionar o Executivo. O governo da presidente Dilma Rousseff foi que liberou os recursos, mais de R$ 1 milhão”, afirmou o petista. Auricchio não quis comentar. ABERTURA balhadores trabalhou firme para introduzir no legislativo paulista, o que se deu no período em que ele ocupava a cadeira de PrimeiroSecretário da Mesa Diretora, 2007/2009. Ela foi instituída pela Resolução 852, de 17 de outubro de 2007. ALA DA DAMA Vanessa vai coordenar Frente Basta de Apagão Partidos já anunciam Pinheiro no Conselho apoio a Regina Maura de Ética do PMDB Auricchio, Regina Maura e Tite Campanella no apoio do DEM Primeiro foi o PR, depois o DEM, o PV e aí vieram os outros partidos instalados em São Caetano, como o PPS, em 21 de março, a declarar apoio à pré-candidatura da médica e assessora especial de Ação Social da Prefeitura, Regina Maura Zetone, pelo PTB, à chefia do Executivo. Indagado se a ampla aliança que vem sendo formada seria igual ou maior que a que apoiou sua reeleição, em 2008, o prefeito José Auricchio Júnior (PTB) até esnobou: “Acho que foram 20 partidos que nos apoiaram, acho que sim, e talvez esse número se repita”, disse, como se desse pouca ou nenhuma importância para a quantidade de agremiações. ATAQUE Edgar acusa Auricchio de boicotar a União Pré-candidato a prefeito de São Caetano pelo PT, o vereador Edgar Nóbrega acusou o O vereador Paulo Pinheiro, pré-candidato a prefeito de São Caetano, foi eleito membro titular do Conselho de Ética e Disciplina do PMDB paulista. A notícia aparece em destaque no site do peemedebista, como última notícia, para quem acessou na noite de 21 de março. Mas, é verdade, fala de algo acontecido em “convenção realizada no sábado Vanessa Damo durante a reunião em que foi eleita (17/12), na sede do partido na capital.” Nada A deputada estadual Vanessa Damo como estar atualizado... (PMDB) foi eleita, na terça-feira (13/03), vicecoordenadora da Frente Parlamentar ‘Basta ANÁLISE de Apagão’. Coordenada pelo deputado Marcos Neves (PSB), a Frente pela Melhoria da Qualidade dos Serviços das Concessionárias de Energia Elétrica teve, durante seu ato de O deputado estadual Donisete Braga, do lançamento no Auditório Franco Montoro, PT, foi eleito na terça-feira (20/3) Líder da Mi- na Assembleia Legislativa, a eleição da vice e noria na Assembleia Legislativa de São Paulo. a aprovação do Regimento Interno. O priO parlamentar afirmou que vai trabalhar pelo meiro encontro da Frente reuniu, além dos fortalecimento do bloco de partidos da oposi- deputados integrantes, a Procuradora do Esção - representados pelo PT, PCdoB e PSOL, tado, Luiza Nagib Eluf, o diretor do Deinfra num total de 27 parlamentares. "Este bloco de (Departamento de Infraestrutra) da Fiesp, oposição também abriga o deputado Olímpio Carlos Antonio Cavalcanti, do representanGomes, hoje isolado em sua bancada, o PDT, te da Secretaria de Energia do Estado de São portanto somos 28 deputados", frisou o novo Paulo, Milton Flávio, entre outras lideranças líder. Segundo ele, além de defender temas de e convidados. A deputada Vanessa Damo enconsenso da oposição nas reuniões do Colé- fatizou em seu discurso a importância da Frengio de Líderes, a missão será de "trabalhar ri- te para a defesa dos interesses da população. gorosamente por um Poder Legislativo demo- “A Frente Parlamentar é o instrumento que crático, transparente, livre de ingerências ex- temos para exigir melhorias dos serviços presternas e aberto à participação da sociedade". tados à população e vamos fazer isso. ExiDonisete Braga, que está no quarto mandato, gindo que os consumidores sejam respeitaexplicou que a Liderança da Minoria é um ins- dos pelas concessionárias de energia de São trumento que a Bancada do Partido dos Tra- Paulo”, afirmou a deputada. Donisete Braga eleito líder da minoria na AL 6 ABCD Real Março de 2012 Cerca de 700 pessoas prestigiam a posse do novo presidente da Acisa “A Associação Comercial é a casa do emprego, do desenvolvimento e das oportunidades, e pode contar conosco sempre”, assinalou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), na cerimônia de posse de Evenson Dotto como presidente da Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa), na noite de 8 de março, em festa no clube Primeiro de Maio, que contou com a participação de aproximadamente 700 pessoas. O prefeito Aidan Ravin (PTB) também marcou presença no evento e destacou o fato de Evenson ser de Santo André, nascido na cidade, e assumir um papel importante num momento delicado da economia. O deputado estadual andreense Carlos Grana (PT) igualmente prestigiou a posse festiva do presidente da Acisa. Ele parabenizou a diretoria e elogiou o processo democrático que conduziu Dotto à presidência da entidade. “A eleição por voto direto e a alternância de poder são a essência da democracia”, destacou Grana. Dotto, diretor do Diário do Grande ABC, ficará à frente da gestão que vai de 2012 a 2015, no lugar de Sidnei Muneratti, que esteve no comando da associação comercial de 2009 até este ano. Alckmin destacou que foi à cerimônia de posse porque a Acisa, que existe há 74 anos, é uma entidade de empreendedores, os quais ele procura valorizar. Além disso, afirmou que Santo André e o ABCD estão "na melhor esquina do Brasil", com acesso ao aeroporto de Guarulhos pelo Rodoanel e ao lado do Governador Geraldo Alckmin, o novo presidente da Acisa, Evenson Dotto, e Paolo Gambogi, diretor do Colégio Singular Porto de Santos pelo complexo AnchietaImigrantes. "E estão dentro da região metropolitana de São Paulo, a terceira maior metrópole do mundo", disse. O governador também citou Santo Agostinho, fazendo referência a eventuais críticas que a nova gestão da Acisa possa receber de adversários - houve duas chapas na disputa à entidade e a de Dotto venceu com ampla margem de votos. "Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem", afirmou. Integrantes da diretoria e do conselho da nova diretoria da Acisa posam para a foto histórica na festa de posse, realizada no salão principal do clube Primeiro de Maio, na avenida Portugal Março de 2012 7 ABCD Real Mulheres empreendedoras recebem homenagem em festa no 1º de Maio A posse festiva da nova diretoria da Associação Comercial e Industrial de Santo André também foi marcada, por acontecer exatamente em 8 de março, pela entrega do I Prêmio da Mulher Empreendedora de Santo André, organizado pelo NME – Núcleo de Mulheres Empreendedoras. Todas as 40 finalistas do Prêmio foram agraciadas com um troféu e a grande vencedora da noite foi a empresária Lina Soares, proprietária do Restaurante Alfarre. Ela ganhou uma viagem para Buenos Aires com hospedagem no Hotel Sheraton, e direito a um acompanhante. Em segundo lugar ficou Gisele Smith, do Grupo Vida, Amor e Riso, premiada com um notebook, e em terceiro lugar, Tereza Vieira de Carvalho, diretora do Centro Educacional Etip, que ganhou um tablet. Os 40 cases indicados para a etapa final foram selecionados pela comissão julgadora, formada por representantes do SebraeSP (escritório de Santo André), OAB Santo André e da Fundação Getúlio Vargas – SP. A festa de premiação contou com show Vencedora Lina Soares, do Restaurante Alfarre, entre a segunda colocada, Gisele Smith, e a terceira, Tereza Vieira de Carvalho da Banda Belmondo, que interpretou música popular europeia, a decoração do espaço, com muitas velas e rosas vermelhas, ficou sob a responsabilidade da Velas Tactu’s e jantar e coquetel assinados pelo Buffet Status. Para encerrar o evento com chave de ouro, integrantes da Escola de Samba SECI levaram para a pista os convidados, que caíram no samba. O NME - Núcleo de Mulheres Empreendedoras da Acisa organizou e cuidou dos mínimos detalhes da cerimônia de premiação em homenagem a todas as mulheres de negócios do município 8 ABCD Real Março de 2012 Colégio VespeR alia inovação tecnoló Alunos do ensino médio estudam em avançado laboratório, preparando-se ao mesmo tempo para os vestibulares, o processo seletivo, e também para o disputado mercado de trabalho Joaquim Alessi “Não queremos, nem precisamos estabelecer comparações com outras escolas. Toda comparação é odiosa, diz um velho adágio popular. Nós temos uma identidade que se torna gradualmente visível para nossos clientes.” É assim que se apresenta o Colégio VespeR, de Santo André, numa primeira abordagem quando procuramos conhecer um pouco do seu trabalho voltado para a Educação, isso mesmo, Educação com letra maiúscula, que foi o que constatamos ao visitar a unidade durante dois dias. Já conhecíamos o trabalho do Padre Xavier, criador do sistema de ensino VespeR, apresentado pelo Padre Edgar Delbem, mas o contato com professores, alunos e colaboradores da unidade Santo André permitiu aprofundar esse conhecimento, as instalações, os classmates (notebooks individuais com os quais os estudantes aprendem melhor, aliando tecnologia ao elevado padrão de ensino tradicional), e perceber um ensino levado realmente a sério. “Nosso projeto educacional tem como base a evidência de que o processo de desenvolvimento humano realiza-se num núcleo dado de igualdade e diferenças; pelo intercâmbio, as diferenças são assimiladas e enriquecem esse mesmo núcleo. Assim trabalhamos continuamente com diferenças que não podem ser reduzidas a semelhanças e com igualdades que devem operar uma grande interação. Embora trabalhemos com um amplo projeto Educacional, ele é diuturnamente lido e entendido em função das características de cada sujeito em sua cabal con- textualização”, ensina Padre Edgar. Tendo em vista a tradição em educação de qualidade, o corpo docente do grupo VespeR está em constante atualização e busca sintonizar-se com as ferramentas da modernidade, sejam elas tecnológicas ou de interação. Os professores da VespeR têm espírito de trabalho em equipe, incentivando a pesquisa na solução dos questionamentos levantados em sala de aula. Preparados para desbravar a realidade cotidiana dos alunos, os integrantes do corpo docente têm como perfil a garra para o desafio. No que tange à educação digital, Padre Edgar explica que “a tecnologia, por si só, não corresponde às expectativas e questionamentos que fazem parte do processo de aprendizagem humano, tanto na escola quanto na sociedade. O professor continua Março de 2012 ABCD Real 9 ógica ao padrão de ensino tradicional Hora de contar histórias aos pequenos: momento único Na aula de Química mistura-se a teoria à prática Desde os primeiros anos do ensino fundamental, o acesso a ferramentas modernas, com a tecnologia a serviço da inteligência sendo o grande e legítimo mediador do processo de conhecer, exercendo junto aos alunos a função de modelo das grandes áreas da ciência, ultrapassando a mera atribuição de transmissor de informações. No entanto, consorciar as qualidades de mediador do professor com as novas tecnologias de informação, possibilitando e desenvolvendo uma identidade tecnológica capaz de acessar as ferramentas de Rede Social da Web, possibilitando o desenvolvimento do processo formativo saudável dos alunos, favorecendo a interação colaborativa nas atividades acadêmicas escolares, é a chave da moderna Inteligência Coletiva. Hoje podemos avançar muito em educação se considerarmos o professor (mediador), os alunos (potencial de assimilação) e as ferramentas de tecnologia de Sustentabilidade, o respeito à natureza e a prática da jardinagem fazem parte dos ensinamentos ministrados pelo VespeR informação (para-mediador)”, conclui. 10 ABCD Real Março de 2012 Curso de Enfermagem da Medicina ABC abre as portas para o mercado O desempenho dos formados em 2011 está lustrando a imagem do curso de Enfermagem da Faculdade de Medicina do ABC. Dos 17 recém-concluintes, 13 já passaram em concursos, inclusive em seleções de equipamentos de saúde célebres como Instituto Dante Pazzannese de Cardiologia e Hospital Albert Einstein, na Capital. Há quem já obteve trabalho dois meses após a formatura, o que mostra que o segundo curso mais antigo da Faculdade, com 13 anos de atividades, está acertando a mão. O caso mais notável é o de Natalia Antunes Pereira, aprovada em processo seletivo para trainee na UTI Pediátrica do Hospital São Camilo e também no programa de pósgraduação em Enfermagem Pediátrica do Albert Einstein. Aos 24 anos, Natalia diz que realiza grande sonho já no início da carreira profissional, pois nos dois locais vai atuar na especialidade que mais a atrai, ou seja, com crianças e neonatais, respectivamente. “No São Camilo fico das 6h às 12h, à tarde faço pós no Einstein. Será um ano intenso”, alegra-se a recém-formada, que entrou na Enfermagem da FMABC como 2ª opção, mas identificou-se logo de início. “Além da qualidade e do incentivo dos professores, praticamos estágio desde o 2º ano”, cita Natalia. No São Camilo ela disputou 30 vagas com 4 mil inscritos e no Einstein foram ofertadas mais de 5,3 mil vagas em diversas especialidades, 319 das quais em Enfermagem Pediátrica, cuja duração é de um ano. A vice-coordenadora da graduação de Enfermagem da Medicina ABC, Ana Maria Fiorano, atribui a performance dos alunos ao empenho dos professores na busca pela excelência de formação e à carga horária diferenciada do curso, que requer dedicação quase em período integral. São seis horas diárias de estudos. Também enfatiza a vivência prática dos estudantes em todos os 4 anos da graduação, já que desde o 1º ano há participação em atividades nos hospitais de ensino da mantenedora FUABC, iniciando o estágio efetivo no 2º ano. “O projeto do curso também é importante, pois estimulamos a interdisciplinaridade e a reflexão do profissional como membro integrador de uma equipe. Todos os no- Governador Geraldo Alckmin, o novo presidente da Acisa, Evenson Dotto, e Paolo Gambogi, diretor do Colégio Singular Natalia Antunes Pereira, de apenas 24 anos, realiza um sonho: foi aprovada em processo seletivo para trainee na UTI Pediátrica do Hospital São Camilo e também no programa de pós-graduação em Enfermagem Pediátrica do Albert Einstein vos protocolos em saúde enfatizam a figura do enfermeiro nos cenários de atenção básica e hospitalar. A enfermagem garante qualidade da assistência e contribui para reduzir o tempo de internação e custos” – sublinha a professora. O curso de Enfermagem já atingiu nota 4 no ENADE, na escala de 1 a 5. Da turma de 2011, outros destaques foram Jacqueline Ester Alves, Cristina Aparecida Rocha, Viviane Silva e Nathalia Barbosa Martins, aprovadas em concurso na Residência (especialização) do Instituto Dante Pa- zzannese. Nove ex-alunos também passaram no processo seletivo público de São Bernardo para as quatro unidades do Complexo Hospitalar de São Bernardo, com destaque para o novo Hospital Municipal de Clínicas a ser aberto neste semestre e que será uma nova mantida da FUABC. Quatro formandos de Enfermagem da FMABC também participaram da seleção para trainee do Hospital Estadual Mário Covas e a ex-aluna Rosimary Pina de Oliveira já está contratada na Stillus Home Care. Março de 2012 ABCD Real 11 12 ABCD Real Março de 2012 Ex-presidente recebe trote e título de Presidente da Fundação do ABC na gestão 2010-2011 e atual superintendente do AME-Poupatempo da Saúde de Santo André, o ortopedista Dr. Wagner Octávio Boratto recebeu homenagem em 15 de março, quando passou a ser “Aluno Honorário” da Faculdade de Medicina do ABC. A indicação do gestor foi aceita por unanimidade na Congregação Universitária da FMABC – órgão máximo de deliberação da escola. Segundo o coordenador de graduação e professor titular de Farmacologia, Dr. David Feder, o homenageado da noite conseguiu feito raro no mandato à frente da FUABC: “Dr. Boratto conquistou a simpatia e agradou todo o corpo discente, o que é muito difícil. Além disso, é muito querido pelos funcionários, professores e todos os que acompanharam seu trabalho como presidente. É uma justa homenagem que a Faculdade de Medicina do ABC faz de coração para esse profissional”. À frente da Fundação do ABC, mante- Dr. Adilson Casemiro Pires, diretor da Medicina ABC, Dr. Wagner Boratto e Dr. Mauricio Mindrisz, presidente da Fundação do ABC nedora da FMABC, Dr. Wagner Boratto deu atenção especial à escola médica. Graças à sensibilidade do gestor, o campus universitário passou por mudanças intensas, entre as quais a reforma do Ambulatório de Especialidades, do Ginásio Poliesportivo e dos Diretórios Acadêmicos. Também introduziu novos espaços, como o Anfiteatro Dr. David Uip, a Medicina do Trabalho, refeitório e academia para funcionários. Sonho realizado O andreense Wagner Boratto cursou o primeiro ano de Medicina no Rio de Janeiro e formou-se pela Universidade de Mogi das Cruzes. É pós-graduado pelo Centro Universitário São Camilo, com MBA pela StrongFGV (Fundação Getúlio Vargas). Segundo o médico, o título de “Aluno Honorário” é a realização de um sonho de seu pai, falecido em 1995. “É como se o telefone de casa tocasse 30 anos depois com a notícia de que eu havia passado no vestibular da Faculdade de Medicina do ABC”, declarou emocionado Dr. Boratto, completando: “Quando fiz o vestibular, meu pai me levou para o local do exame e disse que gostaria que eu passasse na FMABC. Éramos muito próximos, ele sempre foi meu grande exemplo e seria ótimo poder ficar perto da família durante a faculda- O Diretor da FMABC, Dr. Adilson Casemiro Pires, e o aluno Dr. Wagner Boratto durante o grito de guerra da FMABC, o “Axuxê” de. Infelizmente não fui aprovado, mas realizei o sonho de meu pai por dois momentos – primeiro ao assumir a FUABC, podendo de fato contribuir com a Faculdade, e agora, efetivamente como aluno da escola”. O atual presidente da Fundação do ABC, Mauricio Mindrisz, não perdeu a oportunidade e descontraiu: “Agora que o Wagner é aluno, deve ser tratado como todos os demais estudantes. Sem privilégios. Por isso, já vamos providenciar com o departamento financeiro os boletos para que pague as mensalidades do Março de 2012 ABCD Real 13 “Aluno Honorário” da Medicina ABC curso”, brincou o presidente, que parabenizou Dr. Boratto pela homenagem: “É muito difícil suceder o Wagner. Por todos os lugares em que andamos no campus vemos o que ele fez pela faculdade e o tanto que é querido por todos. Hoje somos amigos e admiro muito o profissionalismo e sua capacidade como gestor”. Na mesma linha de raciocínio, o professor titular de Farmacologia, Dr. David Feder, disse que não seria possível entregar o título de aluno honorário sem que houvesse um histórico escolar. Por isso, pensou em aplicar uma prova durante a solenidade. “Como o clima é festivo, achei melhor trocar a prova por um trabalho”, brincou o docente. Após receber diploma das mãos do diretor da FMABC, Dr. Adilson Casemiro Pires, o homenageado passou por trote simbólico do veterano Dr. Vanderley da Silva Paula, exaluno da Faculdade e atual Diretor Clínico do Hospital Estadual Mário Covas. Dr. Vanderley pintou o rosto do mais novo aluno da Medicina ABC, que vestiu camiseta assinada pelos atuais acadêmicos da instituição. Dr. Boratto recebe trote simbólico como novo aluno e veste a camiseta depois de ter a testa pintada com o nome da escola Como parte da tradição acadêmica, o aluno Dr. Wagner Boratto foi convidado a puxar o grito de guerra da FMABC, o “Axuxê”, que precedeu a apresentação da bateria Kossacos, dos alunos de Medicina. Pedro Gregori homenageado Na sexta-feira (16 de março) foi a vez de o ginecologista e obstetra Pedro Gregori receber o título de “Cidadão São-Bernandense” por iniciativa do vereador Sebastião Mateus (PT). Dirigente do Hospital Mário Covas e também à frente do AME Mauá, ambos geridos pela FUABC, Dr. Pedro Gregori recebeu a distinção pelo trabalho social que realiza no Lar Maria Amélia, que atende 185 crianças de 0 a 3 anos. A creche está sendo ampliada para abrigar mais 85 pequenos de São Bernardo. Há 10 anos, o médico fundou a ONG Espaço Solidário Associação Assistencial em Diadema, que já atendeu 1.200 crianças carentes e recebeu prêmio da UNICEF. Também andreense, Dr. Pedro é ex-professor da FMABC e multiprofissional: tem especialidades ainda em medicina ortomolecular, fitoterapia, homeopatia e psicoterapia analítica. Estudou Física na USP enquanto foi metelúrgico da Volks em São Bernardo e optou pela Medicina aos 25 anos de idade. Ginecologista e obstetra Dr. Pedro Gregori recebeu o título de “Cidadão São-Bernandense” em solenidade no Legislativo 14 ABCD Real Março de 2012 Gestora do desenvolvimento local Ivan Cavassani Sempre acreditei que associações comerciais e industriais devem ser protagonistas no desenvolvimento socioeconômico municipal. Mais que meras representantes do meio gerador de riquezas, são gestoras de ações que promovam avanços na conjuntura produtiva, estrutural e política das cidades. Embrenhada na alma de São Caetano desde 1938, a Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano) tem cumprido papel de instrumentalizar atores interessados no crescimento local. A tarefa não se resume apenas a identificar parceiros dispostos a apostar nas potencialidades municipais, mas integrá-los em amplo processo de desenvolvimento conjunto. É óbvio que empresas preferem localidades que garantam boas condições para o fortalecimento dos negócios e São Caetano tem fatores de sobra para atrair novos empreendimentos. Foi em plena vigência do Estado Novo, regime totalitário de Getúlio Vargas, que nasceu a Associação Comercial de São Caetano e o dia 23 de fevereiro de 1938 se tornou data histórica na cidade. Idealizadores e entusiastas, os comerciantes sancaetanenses enfrentaram adversidades em busca dos direitos. A associação lutava pelo fortalecimento da classe empresarial e consequente desenvolvimento local. A nova avaliação dos municípios em 1944, que colocou São Caetano como 2° Subdistrito de Santo André, foi estopim para reacender o movimento autonomista, que garantiu o direito a plebiscito em 24 de outubro de 1948. A população votou a favor da emancipação e, no ano seguinte, São Caetano do Sul se tornou município autônomo. Mesmo quando a autonomia da cidade ainda era sonho distante, a associação se manteve como instituição forte e segura. A experiência e o êxito na presidência da Aciscs me levaram à vice-presidência da Facesp (Feração das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) por três mandatos, nas gestões de Alencar Burti e Guilherme Afif Domingos. Fico muito honrado de ser o único na história de São Caetano a ter conquistado espaço na Facesp. A Aciscs sempre foi exemplo no Estado de São Paulo e se destaca como uma das melhores associações. As empresas continuam a missão de exigir condições locais e regionais adequadas, que permitam prosperar em ambiente de competição. Não podemos esquecer que a razão de uma associação comercial existir é o bem-estar do associado e a participação de cada um nas decisões e no desenvolvimento da entidade é o que determina o sucesso. Portanto, os parabéns são para todos que mantêm a Aciscs viva e valente. Março de 2012 ABCD Real 15 16 ABCD Real Março de 2012 Simplizzz, inovador desinfetante em pa Wilson Rainatto, pai de Giuliano e Fabrício, lança oficialmente o Simplizzz, colocando uma pastilha efervescente em um tubo com água, para simbolizar o início das operações do produto Bárbara Thêrrie Ele é usado quase que diariamente nas residências, estabelecimentos comerciais e industriais. Sua utilização é indispensável para a conservação de ambientes limpos e saudáveis, além de agir na eliminação de bactérias e germes. Normalmente, vem numa embalagem plástica e você tem de manipulá-lo fazendo misturas que nem sempre dão certo e ainda são desperdiçadas. Pela descrição, ficou fácil descobrir que estamos falando do desinfetante, agente químico que destrói a forma vegetativa de todos os micro-organismos patogênicos. Entretanto, engana-se quem pensa que o objeto em questão é o desinfetante comum. Acaba de chegar ao mercado o Simplizzz, o primeiro desinfetante em pastilha efer- vescente. Como o próprio nome já sugere, a aplicação do produto é simples e não demanda conhecimento técnico. Ele é muito parecido com o sal de frutas, usado para azia e alívio estomacal, em que a pessoa joga a pastilha num copo com água, espera alguns segundos até que o líquido faça a combinação do ácido e bicarbonato, produzindo a efervescência. Da mesma forma funciona o Simplizzz, lançado em 13 de fevereiro, na Pizzaria Vicenza, em São Caetano do Sul, pela W Fabrill, empresa especializada na fabricação e prestação de serviços nas áreas industriais, automotivas e de lavanderias, . O objetivo dos idealizadores é agregar facilidade e saúde. O consumidor dilui na água a quantidade recomendada, de dois litros, e pode aplicar em todo e qualquer espaço para a higienização do ambiente, sem prejudicar seu bem-estar. O produto vai ser vendido numa caixa com cinco pastilhas, diferente dos desinfetantes comuns, comercializados em embalagens plásticas, que ocupam mais espaço nos armários e ainda oferecem riscos às crianças e animais. Segundo o diretor administrativo da WFabrill, Giuliano Rainatto (idealizador do novo produto), a novidade foi criada levando em conta a consciência ecológica e por este motivo é considerada revolucionária: "Hoje essa pastilha é biodegradável em 95% em 10 dias, ou seja, ela cai no meio ambiente e nesse período está totalmente absorvida, não demora anos para ser degradada como as garrafas plásticas, por exemplo". Pensando na praticidade e também em Março de 2012 17 ABCD Real astilha efervescente que cabe no bolso economia, a pastilha poderá ser encontrada nos supermercados a um preço acessível. Ainda segundo Giuliano Rainatto, "não se pode lançar um produto que seja muito caro, por isso ele terá um custo atrativo, chegando a ser 30 a 35% mais barato que os desinfetantes atuais". O Simplizzz será comercializado em torno de R$ 0,99; cada pastilha faz dois litros, ou seja, cada litro custa menos que R$ 0,50. Lembrando que a caixa vem com cinco e, portanto, chega a acumular 10 litros. Com uma linha de atendimento abrangente, a pastilha não é indicada somente às donas-de-casa, mas também pode ser usada na esterilização de outros locais, como restaurantes, hospitais e até frigoríficos. O engenheiro químico e diretor operacional da WFabrill, Fabrício Rainatto, afirma que o produto tem tudo para receber uma boa aprovação dos clientes e ele explica o porquê: "A pastilha efervescente possui um alto grau de biodegradabilidade, isto é, a velocidade em que o meio ambiente consegue absorvê-la, enquanto os desinfetantes comuns têm uma fórmula química volátil, a essência e potência vão embora muito fácil". Assim como a concepção do produto, o processo de divulgação também deve ser bem simples. Segundo o publicitário João Neto, as pessoas precisam experimentar a substância, conhecê-la, para mudar de opinião e de hábitos. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Caetano, Celso Amâncio, que também compareceu à solenidade, disse ter ficado muito feliz com o lançamento do Simplizzz na cidade. Ele contou que há um ano e meio foi conhecer o projeto e afirmou se tratar de um produto que não existe igual no Brasil. "Além de limpar, tem um cheiro bom e é bactericida, então você tem uma limpeza muito garantida". Há dez anos no mercado, a Senarc (Serviço Nacional de Recuperação de Crédito), que possui contratos com os maiores varejistas do país, dentre os principais, o Carrefour, a Coop e o Joanin, terá a exclusividade da distribuição da pastilha. Segundo o diretor Fábio Amancio, o objetivo da empresa "é em pouco tempo disponibilizar o produto nas prateleiras para o consumidor final". Celso Amâncio, secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Caetano do Sul, abraça Fabrício Rainatto, no lançamento do Simplizzz, a pastilha efervescente que vira desinfetante quando adcionada a dois litros de água, criada por Giuliano Rainatto História da WFabrill Fundada em 31 de março de 1999, a WFabrill é uma empresa da família Rainatto, tradicional de São Caetano do Sul. Sua atuação está voltada à fabricação de produtos químicos e à prestação de serviços no segmento de limpeza industrial, automotiva e lavanderia. Um dos carros-chefe do empreendimento é o sistema de reúso de água, processo pelo qual a água, tratada ou não, é reutilizada para o mesmo ou outro fim. O diretor operacional Fabrício Rainatto explica que a necessidade da água por parte de empresários e multinacionais é muito grande, e às vezes o abastecimento da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) é insuficiente. "Para você lavar um ônibus ou caminhão vai cerca de 600 litros e como vai fazer isto para uma frota de 100, 200 veículos?". Segundo ele, hoje a empresa possui 107 estações de reúso em funcionamento. Foi a partir dessa demanda de assistência na área de lavagem e conservação de frotas que a empresa começou a evoluir e se consolidar. O diretor administrativo, Giuliano Rainatto, alerta que o segmento de limpeza está estagnado há anos e cada vez mais pede uma inovação. "Nós investimos muito em pesquisa e é isso que a WFabrill está propondo ao mercado, o aprimoramento contínuo da qualidade de seus serviços, bem como o desenvolvimento de condições que garantam o melhor desempenho do que é oferecido aos seus clientes". 18 ABCD Real Março de 2012 Edison Parra, um empreendedor e economia ou da ciência política, co Joaquim Alessi De comunista e ateu, a cristão praticante e convicto. De estudante do Senai, de Engenharia e de Ciências Sociais, a empresário de sucesso, hoje com cerca de 150 colaboradores em sua conhecidíssima Dr. Doc. De sindicalista de esquerda, daqueles que vivenciaram o surgimento de Lula no ABCD, a consultor de empresas com a missão principal de evitar, ou pelo menos amortecer, o choque nos conflitos capital-trabalho. De criador do Programa Cafezinho, para colocar na mesma mesa patrões e empregados, executivos e líderes operários, a sócio de franquia de uma das mais renomadas e sofistacadas casas de café, doces e salgados do País, a Cristallo. Esse é um rapidíssimo resumo da história do empresário - e, mais do que isso, verdadeiro empreendedor - Edison Parra, que aos 54 anos esbanja fôlego de menino ao comandar inúmeras atividades durante todo dia de trabalho e ainda assim arrumar tempo para dedicar-se à política em sua cidade, São Caetano, onde preside o diretório municipal do PHS - Partido Humanista Social. A ideia de traçar um perfil do empreendedor Edison Parra surgiu exatamente no instante em que ele inaugurou sua franquia da Cristallo no ParkShopping São Caetano. Frequentador da rede, seja na unidade da badaladíssima rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo, ou no Shopping Paulista, não conseguia entender como não havia uma Cristallo no ABCD, a fim de que as pessoas daqui pudessem vivenciar momentos inesquecíveis com um delicioso café ou chá, acompanhados de chocolates, doces, tortas, petit-fours, além de pratos especialmente preparados para uma refeição diferenciada e surpreendente. Quem já teve o privilégio de degustar uma bomba Baileys, só pra citar o carro-chefe da casa - feita de massa éclair, recheada com um saboroso creme de licor do mesmo nome e coberta com fondant de licor Baileys, com receita autorizada exclusiva da Cristallo com licença exclusiva do fabricante - não conseguia imaginar a região sem esse privilégio. E a bomba Zabaione, feita com massa Parra exibe com orgulho uma bandeja de bomba Baileys, carro-chefe da Cristallo, que o empresário trouxe para o ABCD Março de 2012 19 ABCD Real empresário, que, seja no campo da onhece bem os dois lados do balcão éclair recheada com creme de zabaione e coberta com fondant rosado? Hummm. E tem mais: todos esses doces são produzidos e trocados diariamente, sem conservantes. Bem, poderíamos ainda falar do cafezinho maravilhoso, dos salgados, mas isso exigiria outra reportagem. A ideia aqui, surgida na inauguração, foi a de mostrar quem teve essa magnífica ideia de trazer a Cristallo para o ABCD. E aí chegamos, para nossa surpresa, em um conhecido de alguns anos. E ele nos recebeu na loja da Cristallo, com belas bombas Baileys, cafés, sorvete Baileys... Bem, vamos falar do Parra, que só não é sulsancaetanense de nascimento porque veio morar na cidade com três meses de vida. Seu pai, Alberto Parra, já havia morado aqui, mas ao casar-se, com poucas posses, foi residir na casa do sogro, em São Paulo. O amor pelo município, porém, fez com que voltasse logo para a “jóia rara do triângulo”, como diz a letra do Hino Municipal, trazendo Edison no colo. A patir daí, Edison Parra nunca mais deixou São Caetano. Fez o antigo grupo escolar (ensino básico) no Sylvio Romero, cursou o ginásio (hoje ensino fundamental) na escola Vila Olímpica (hoje Escola Estadual Professora Maria da Conceição Moura Branco), frequentou o colegial (hoje ensino médio) no famoso Instituto de Ensino de São Caetano, ao mesmo tempo em que estudou no Senai. Naquele ano de 1973, quando ingressou no Serviço Nacional da Indústria, o grande sonho de boa parte dos meninos era virar metalúrgico, profissão com emprego garantido nas montadoras do ABCD e salários compensadores. Por isso mesmo começou a trabalhar na Volkswagen, mas sem parar de estudar. Foi cursar Engenharia e até Ciências Políticas e Sociais, este no Imes, hoje USCS, Universidade Municipal de São Caetano, escola onde igualmente pós-graduou-se em Administração. Trabalhou 20 anos na Volks, foi aprendiz no Senai, atuou em manutenção, professor de supletivo e instrutor do Senai. “Em 1973, minha turma chamou o Lula para ser paraninfo”, conta, ao lembrar de sua adolescência de comunista, quando chegou a coorde- Do lado de dentro do balcão, Edison Parra faz questão de explicar que todos os produtos são feitos e trocados diariamente na Cristallo nar a chapa de Frei Chico (irmão de Lula) para disputar a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano com o então pelegaço da época João Lins Pereira. Pelego era o termo que se aplicava aos sindicalistas que mais ajudavam os patrões do que os trabalhadores. Mas a vida reservou novas tarefas ao militante Parra. “Fui assessor sindical até cair o muro de Berlim (9 de novembro de 1989, exatamente o ano em que Lula disputava pela primeira vez a Presidência da República e perdia no segundo turno para Fernando Collor de Mello) e desse acontecimento em diante virei consultor de empresas na área sindical, o outro lado do balcão, pois também já tinha filhos para criar e cheguei à conclusão de que precisava ganhar dinheiro”, revela Edison Parra. Assim, ele voltou para a Volks, agora como consultor da Autolatina (fusão Volks e Ford), e teve passagens por importantes e gigantescas empresas, como Fiat, Pirelli, Cofap, Metal Leve e Freios Vargas, Odebrechet, em Angola, entre outras. “Havia um despreparo total das empre- sas para negociar com os sindicatos. Ainda vinham daquela cultura do tratamento de choque, de chamar a Polícia para tudo, para acabar com as manifestações na força bruta, e não precisava nada disso. A Volks, para você ter uma ideia, tinha feitor, coisa escravagista. O termo peão era pejorativo, que as direções usavam para menosprezar o trabalhador, e só parou de ser quando os líderes sindicais o incorporaram, tratando-o com orgulho, e ele parou de ser uma agressão. É igual ao porco do Palmeiras. Quando os torcedores passaram eles mesmos a gritar ‘e dá-lhe porco’, acabou essa história”, diz Parra. “Tinha um executivo, gringo, que jogava bola aos sábados com a peãozada, mas ele chegava ao vestiário, trocava de roupa, calçava as chuteiras, ia pro campo e se recusava a falar bom dia, a cumprimentar os trabalhadores. E me dizia que em campo dava botinada, levava pancada e não se importava, era futebol, mas daí a dar a mão a um operário estava fora de sua cultura, veja o absurdo”, relata Parra. (continua na página seguinte) 20 ABCD Real Março de 2012 Consultor afirma que o comunismo que experiência profissional ajuda a E o assessor sindical que virou consultor de empresas revela: “Eu chegava em reunião com executivos dessas multinacionais e explicava que os trabalhadores são seres humanos, que gostam de ser tratados com respeito (e quem não gosta?), que eles são inteligentes, e aí criei o ‘Programa Cafezinho’, algo muito simples, que fazia o topo da pirâmide relacionar-se com a base, e isso melhorou muito a relação capital-trabalho”. Isso talvez explique a franquia da Cristallo. Essa atividade perdurou até o final dos anos 90, quando, amadurecido o relacionamento entre empresários e trabalhadores, quase sem greves por parte dos operários, Parra virou “um consultor normal”, como ele mesmo de- fine. Mas o espírito de empreendedor não deixou que ele descansasse. Vislumbrou a oportunidade de criar uma empresa voltada para a regularização de documentos de veículos e assim nasceu, em 2002, a Dr. Doc. Começou com um funcionário, e nos três primeiros anos Parra não teve nenhuma retirada. “Esse é um dos segredos para o sucesso de qualquer empreendimento”, ensina, ao lembrar que muitos trabalhadores, quando demitidos, costumam investir toda a indenização num primeiro negócio e muitos acabam quebrando. “O cidadão precisa de dinheiro para o supermercado, pagar as contas de casa, e aí não dá tempo de amadurecer o negócio, isso é ruim”. Apaixonado pelo cafezinho, Edison Parra também vive seu momento de cliente Cristallo em uma das mesas da casa Depois de três anos, a Dr. Doc já tinha 15 funcionários, ou colaboradores, como destaca Parra, e crescia muito. Hoje, os colaboradores são 150, e os contratos prosperam com financeiras, bancos, enfim, todos os que emprestam dinheiro para o cidadão adquirir seu atomóvel. “São muitos os problemas decorrentes da falta de pagamento, e aí a documentação fica vencida, faz-se necessário a regularização da parte jurídica, muitas vezes tem ação judicial, bloqueio, problemas decorrentes de furto, e tudo isso nós resolvemos”, diz Parra. Com sua experiência, ele adverte que a inadimplência (palavão para amenizar o termo calote) “tende a aumentar” em função dos longos prazos de financiamentos. “Os bancos flexibilizaram muito as negociações até porque não compensava tomar o veículo de quem devia, mas o rigor vai voltar, seja na concessão de financiamento, seja na retomada dos carros”, assevera. Experiente, Parra acredita estarmos longe de uma crise de crédito. “As reduções das taxas de juros já sinalizam em favor do mercado, os bancos batem recordes de lucros seguidamente, a parte da inadimplência é administrável, e nunca vai acontecer com o financiamento dos nossos automóveis o que ocorreu com os imóveis nos Estados Unidos, mas vai acabar esse negócio de financiar em 60 meses, muito embora os pagamentos em dia cheguem a 93% dos compradores”. Administrador de conflitos Questionado sobre se sua experiência nos dois lados do balcão o credenciaria como um “apaziguador”, ele descarta o termo, e explica: “Minha experiência profissional, tanto como assessor sindical quanto consultor empresarial me dá uma visão privilegiada, seja do ponto de vista do capital, ou do trabalho. Me ajuda a administrar conflitos, e é disso que eu gosto. O conflito é importante”, ensina, certamente sem perder a raiz dos ensinamentos marxistas, baseados na dialética de Hegel, com os conceitos de tese, antítese e síntese, “a conciliação dos contrários nas coisas e no espírito”. “Hoje tenho a facilidade de enxergar o conflito antes de ele acontecer”, revela Parra, acrescentando: “Enxergar o conflito antes Março de 2012 ABCD Real 21 ruiu pela ausência de Deus e conta antever conflitos, muitas vezes bons é bom para que ele não aconteça, ou mesmo para que ele aconteça de forma administrável, pois o conflito às vezes é bom”. Presença de Deus Juntou-se aí o ex-comunista, ateu, hoje cristão, e o sangue espanhol a correr nas veias. Ingredientes básicos para a boa formulação de um político, com políticas públicas. Mas um político que também sabe ouvir. E ceder, quando o argumento em contrário é bem fundamentado. Parra acredita que o comunismo ruiu pela ausência de Deus. E revela como converteu-se: “Eu acreditava mesmo no socialismo da então União Soviética, que isso poderia ser o melhor para a humanidade, mas ele deu muito errado pela expulsão de Deus. Afirmava-se naquela época que a religião era o ópio do povo, mas falava-se em igualdade social, em justiça social sem a presença de Deus. Em 1993, eu fui a Duetto, com dois ovos ao leite e crocante, compõe as delícias que a Cristallo preparou especialmente para se festejar a Páscoa uma reunião para derrubar um pastor, fazia perguntas de ateu, provocando, e ele respondia com calma, com tranquilidade, sem exaltar-se com as minhas provocações, com um jeito diferente, o que me levou a ler a Bíblia, a conhecer melhor seus ensinamentos. Isso mudou minha maneira de compreender a própria vida, e a colocar nas mãos do Senhor Jesus.” Delícias da Cristallo Bem, mas essa reportagem não poderia mesmo terminar sem uma rápida exposição das razões que a motivaram: as delícias da Cristallo, que você curte nas fotos ao lado. Ah, também não poderíamos deixar de falar na Páscoa, que se aproxima. E a doceria também apresenta sugestões criativas de dar água na boca. Entre elas, as caixas transparentes que oferecem a degustação de diversificados chocolates da rede. São apresentadas em três versões: Duetto (foto) , com dois ovos ao leite e crocante (300g); Linea Oro, três ovos nos sabores ao leite, crocante e torrone (450g) e a Degustazione, com seis ovinhos nos sabores ao leite, alpinista, amargo, crocante, gianduia e torrone (120g). Para saber mais, só mesmo indo até a loja da Cristallo no ParkShopping São Caetano, no piso superior. É tudo de bom. Sorvete Baileys está entre as atrações da casa, que se preparou para oferecer inúmeras outras delícias aos seus clientes 22 ABCD Real Março de 2012 São Caetano homenageia moradores com o Projeto Cidadão da História O Projeto Cidadão da História da Prefeitura de São Caetano do Sul homenageia moradores, entidades e estabelecimentos comerciais que são verdadeiros símbolos dos bairros em que estão situados. Na sexta-feira (24/2), no salão de eventos do CISE Moacyr Rodrigues, o Programa prestou tributos aos habitantes e instituições dos bairros Santa Paula e Santo Antônio e também do Centro, em cerimônia que contou com presenças de autoridades municipais e famílias do município. Em seu discurso durante o evento, o prefeito José Auricchio Júnior fez questão de agradecer aos laureados por emprestarem os seus nomes à história do municí- Programa prestou tributos aos habitantes e instituições dos bairros Santa Paula e Santo Antônio e também do Centro pio, que, agora, estarão registrados e documentados nos arquivos da Fundação Pró-Memória da Secretaria de Cultura da cidade (responsável por resgatar a memória de São Caetano e preservar sua identidade). “Cada um dos homenageados contribuiu de alguma forma com a rica história de São Caetano. Só posso mostrar gratidão nesse momento.” “O Projeto Cidadão da História remonta a construção de São Caetano. E tenho certeza de que os homenageados estão muito felizes nesse momento em que deixam um grande legado aos seus descendentes”, ressaltou, na cerimônia de sexta, Regina Maura Zetone, assessora especial de CoordenaAssessora especial Regina Maura destacou que o Projeto Cidadão da História remonta a construção de São Caetano ção da Ação Social da Prefeitura. Na ocasião, a presidente da Fundação Pró-Memória, Maria Teresinha Dario Fiorotti, observou que o Cidadão da História é um Programa muito importante à cidade, já que valoriza os cidadãos e deixa as suas histórias definitivamente marcadas no município. “Dezenas de pessoas já foram contempladas por esse Projeto, que preza pela herança e os laços comunitários.” Casados há 55 anos, José Incerpi e Nydia de Moraes Rosa Incerpi, moradores do Centro há 83 e 55 anos, respectivamente, foram homenageados pelo Projeto. Eles estavam radiantes ao receberem as láureas. “Somos muito agradecidos por esse momento que a Prefeitura nos proporcionou”, afirmou José. Maria Teresinha Dario Fiorotti, da Fundação Pró-Memória, diz que o projeto “preza pela herança e laços comunitários” Março de 2012 ABCD Real 23 24 ABCD Real Março de 2012 Histórias de pessoas comuns fazem parte de livro lançado com emoção Fotos: Alexandre Yort/PMSCS A noite de 15 de fevereiro fez do Teatro Santos Dumont palco de um marco na história de São Caetano do Sul. O lançamento do livro De Maria a José - Histórias de pessoas comuns que fizeram de São Caetano o que é hoje foi realizado com cadeiras lotadas e muita emoção. O evento teve início com o violinista Ivo Alencar e a cantora Ivany Barreto interpretando Maria, Maria, grande sucesso de Milton Nascimento. A performance dos músicos arrancou palmas da plateia e mostrou que a noite seria realmente especial. O cerimonial foi aberto pela coordenadora de Livro e Leitura da Secretaria Municipal de Cultura e uma das responsáveis pela organização do livro, Daniela Fraga, que fez questão de agradecer a todos e lembrar como surgiu a ideia da publicação. “Tudo começou em 2009, com a ideia de modificar projetos de incentivo à leitura. Depois de muito trabalho, hoje o projeto se torna realidade”. Daniela encerrou homenageando autores e personagens do livro. “Os autores puderam mostrar talento e criatividade. As histórias que retrataram são de pessoas comuns que fizeram de São Caetano o que é hoje”. Quem deu continuidade à cerimônia foi Ana Maria Guimarães Rocha, presidente da Academia Popular de Letras do ABCD, diretora da Divisão de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Educação (Seeduc) e também foi responsável pela organização do livro. Ana Maria agradeceu à Secretária Municipal de Educação, Magali Selva Pinto, pela confiança e liberdade no trabalho, e também à Secretária Municipal de Cultura, Adriana Sampaio, que, segundo ela, “veio somar na administração e resgatar autores da Academia, possibilitando que o livro se tornasse uma obra tão rica”. Ela também aproveitou para lembrar que “no espaço democrático da biblioteca, todos são bem- vindos”. Contou sobre os trabalhos realizados na Biblioteca, como saraus, chás literários, oficinas de criação literária e encontros com escritores renomados, além de convidar as pessoas a irem até a instituição com “convicção de que serão recebidos com o maior carinho possível”. Daniela Fraga, assessora da Cultura, lembra que tudo começou em 2009, com a ideia de modificar projetos de incentivo à leitura Ana Maria passou a palavra à secretária de Cultura, Adriana Sampaio, que disse que o livro De Maria a José é a realização de um sonho. “Um sonho que, diferente da maioria - que sai do papel -, foi para o papel. É motivo de muito orgulho para nós, sendo nossa primeira publicação e resultado de um trabalho em conjunto. É uma prova de que cultura e educação têm de andar juntas.” E acrescentou: “Li o livro e viajei pelas histórias. Como a que conta quando a Kennedy era um córrego. Enfim, são relatos da história de São Caetano registrados nas páginas deste livro. Estamos muito felizes e orgulhosos”. Representando o prefeito José Auricchio Júnior, a assessora especial de Coordenação de Ações Sociais, Regina Maura, disse que, na verdade, o livro não fala de pessoas comuns. “Pelo contrário, fala de pessoas especiais e foi escrito por pessoas especialíssimas, capazes de mostrar um pouco mais do que foi e o que é nossa cidade. Cada vez mais reconhecida pelos seus predicados”. Regina Maura recebeu o primeiro exemplar do livro e continuou: “A Secretaria de Cultura tem se mostrado uma usina de ideias e criatividade. Tenho certeza de que todos vão degustar essa leitura com muito carinho e terminá-la com grandes revelações”. A cerimônia teve sequência homenageando as grandes estrelas da noite: os autores. Representando todos eles, Lenice Duarte Melero recebeu flores e disse que “é uma honra estar ao lado de tão competentes escritores”. Quem também recebeu homenagens, representando os munícipes da cidade, foi Maristela Rossi, que disse que “esta publicação colabora para que a vida de outras pessoas se torne melhor. E é um estímulo para seguirmos, cada vez mais, nossa missão de incentivo à leitura”. Publicação O livro De Maria a José - Histórias de pessoas comuns que fizeram de São Caetano o que é hoje é resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) da Prefeitura Municipal da cidade, a Academia Popular de Letras do ABC e a Companhia Editora Nacional, fundada pelo escritor Monteiro Lobato, inicialmente chamada Monteiro Lobato & Cia. Ao longo de quase 80 páginas, o livro contém crônicas de 28 autores talentosos e criativos, que contam histórias fascinantes de pessoas que ajudaram a construir a cidade de São Caetano do Sul e a torná-la o que é hoje. Março de 2012 ABCD Real Adriana Sampaio, secretária municipal de Cultura, foi lembrada por resgatar autores Evento contou com apresentação musical que agradou a todos os participantes Ana Maria Guimarães Rocha, presidente da Academia Popular de Letras do ABCD Lenice Duarte Melero representou os autores e disse ser uma honra estar ao lado deles 25 Teatro Santos Dumont foi palco do marco na história de São Caetano, com o lançamento do livro De Maria a José - Histórias de pessoas comuns que fizeram de São Caetano o que é hoje 26 ABCD Real Março de 2012 Apae de São Caetano celebra o Dia Internacional da Síndrome de Down Fotos: Du Merlino/PMSCS A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Caetano, com apoio da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida (Sedef) da Prefeitura, realizou evento na manhã de quarta-feira (21/3) para celebrar o Dia Internacional da Síndrome de Down, instituído em 2006 por iniciativa da entidade Down Syndrome International. A cerimônia contou com a presença da primeira-dama de São Caetano, Denise Auricchio, que representou o prefeito José Auricchio Júnior, além de autoridades e familiares de pessoas com a síndrome. “Este não é só um dia de festa. É o momento para passar uma mensagem importante de que ser diferente é normal. Todo mundo é diferente, todo mundo tem uma dificuldade, um desafio a enfrentar”, destacou a secretária municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida, Lilian Cristina Fernandes. Ela lembrou que a integração está crescendo e citou como exemplo a Prefeitura de São Caetano, que criou o programa Agente Superação para auxiliar pessoas com deficiência intelectual a entrar no mercado de trabalho. A secretária municipal da Educação de São Caetano, Magali Aparecida Selva Pinto, também prestigiou o evento e falou sobre a importância da participação de toda a sociedade na inclusão das pessoas com necessidades especiais – ela lembrou o papel da rede municipal de ensino na acolhida às crianças especiais. “Gostaria de aproveitar este dia Alunos da APAE de São Caetano se apresentam durante a celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down para parabenizar a APAE pelo trabalho que realiza e, principalmente, as famílias e educadores que lutam pela integração de crianças, jovens e adultos.” O presidente do Conselho Regional da APAE, Jorge Salgado, ressaltou que aos poucos a desigualdade social está diminuindo. “Aqui em São Caetano a Prefeitura implantou projetos inovadores, entre eles a criação da Sedef.” Ele informou que nos últimos anos, 26 alunos da associação conseguiram emprego com carteira assinada. “Quando incluímos um aluno no mercado de trabalho, é uma conquista muito grande. Muitas vezes nem os pais acreditam que isso é possível”, afirmou. A comemoração pelo Dia Internacional da Síndrome de Down em São Caetano foi iniciada com uma bela apresentação de dança dos alunos Amanda, Andréia, Tânia, Maíra, Alessandro, Rodrigo, Éder e Jean. Depois, Luiz Gustavo Corrêa, Rosilene Berto e Indira Lopes Maranhão falaram sobre os desafios que enfrentam por conta da Síndrome de Down e relataram as vitórias que conquistam dia-a-dia. As famílias também marcaram presença na celebração da data. Secretária da Educação de São Caetano, Magali Aparecida Selva Pinto, também prestigiou o evento, e a diminuição da desigualdade foi ressaltada pelo presidente da APAE, Jorge Salgado Março de 2012 27 ABCD Real Escola encontra cápsula do tempo e relembra a história de São Caetano Fotos: Alexandre Yort/PMSCS Educadores da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Castorina Faria Lima, no Bairro Santa Maria, em São Caetano, tiveram agradável surpresa durante as obras de reforma da unidade – reinaugurada pela Prefeitura no início de março. Quando trabalhadores da obra de revitalização escavaram o jardim da escola, encontraram uma cápsula do tempo enterrada no lançamento da pedra fundamental da construção, local conhecido na época como Parque Infantil da Rua Teffé. Dentro do objeto, um jornal do dia, panfletos com listas de obras a serem inauguradas pela Administração do então prefeito Hermógenes Walter Braido e documentos históricos. O ano era 1966. O Brasil, comandado pelo marechal Humberto Castello Branco, primeiro presidente do regime militar iniciado dois anos Diretora da EMEI, Valdeci Aparecida Biazoto, se emocionou antes. Nos Estados Unidos se multiplicavam os protestos contra a Guerra no Vietnã. Enquanto isso, a União Soviética lançava a sonda Lunik 9, que tornara-se o primeiro objeto construído pelo homem a pousar na superfície da Lua. Na China, Mao Tse-tung iniciava a Revolução Cultural que radicalizou a perseguição aos seus inimigos políticos. E em São Caetano, a 15 de outubro, o prefeito Hermógenes Walter Braido lançava a pedra fundamental da construção da escola – inaugurada no ano seguinte com o nome de Castorina Faria Lima. A diretora da EMEI, Valdeci Aparecida Biazoto, lembra que os funcionários da escola se emocionaram com a descoberta. “Foi algo mui- EMEI Castorina Faria Lima fica no Bairro Santa Maria to inesperado. Desde 1966 foram realizadas muitas reformas neste prédio, mas a cápsula nunca tinha sido encontrada. Agora, todos brincam que a cápsula é nosso tesouro enterrado”. Para marcar para sempre a descoberta histórica, a direção da EMEI Castorina Faria Lima enquadrou as atas de lançamento da pedra fundamental da escola, com informações sobre a data de sua recuperação. Jornal e documentos foram encontrados com a cápsula Entre os documentos, lista de obras entregues pela Prefeitura Documentos históricos estão expostos na escola Ata de lançamento da EMEI Castorina Faria Lima Cápsula do tempo de 66 achada na EMEI Castorina Faria Lima 28 ABCD Real Março de 2012 Querida Marie Claire Em São Paulo, residi faz muitos anos na avenida Angélica. Naquela época namorava uma antiga amiga, adorável, que trabalhava no Dama da Noite, um casarão da rua Sergipe que velhos amigos transformaram em bar. Com agradável quintal e clássica escada de mármore, o imóvel destacava-se no quarteirão, constituindo agradável cenário art-nouveau cravado na inóspita região central da cidade. Minha namorada, paquerada de mesa em mesa, servia como garçonete. Todas as noites sentava-me num canto e só saía com o último freguês. Íamos a pé para casa. No caminho para o apartamento da Angélica, era necessário descer uma ladeira e tanto. Marie Claire imaginava que os porteiros e vigias deveriam se perguntar por que, todas as noites, descia por ali, sempre à mesma hora, uma menina bonita arrastando um bêbado. Falei em Marie, mas quero falar mesmo é do apartamento — aliás, não propriamente do apartamento, e sim do telefone grampeado que a gente tinha na sala. No entanto não resisti ao impulso de descrevê-la, nem à vontade de declarar publicamente a afeição que sentia por ela e o quanto a admirava e a queria. E de revelar ainda a falta que ela faz aqui, em nossa contínua caminhada pela Terra. Hoje torço para que seja verdade tudo o que dizem: que, lá em cima, os corações puros descansam felizes e reencontram os bons amigos. Por você, Marie, sonho que seja verdade. Havia na sala do apartamento um telefone grampeado dia e noite. O pitoresco, no caso, é que nós éramos os grampeadores. Involuntários, mas grampeadores. Bastava que erguêssemos o fone do gancho para ouvir mais um capítulo da história que se desenrolava do outro lado da linha: um engenheiro grego, morando no Brasil havia pouco tempo, tentava uma maneira de reunir meios para construir o protótipo de um invento, que, segundo o que ouvíamos, era revolucionário. Tratava-se de uma turbina hidráulica para geração de eletricidade. Para seguir a novela, incógnitos, tínhamos que pegar no telefone ao mesmo tempo em que o engenheiro. Nas primeiras vezes em que aconteceu, eu dizia "alô", e a conversa do outro lado era imediatamente interrompida. O grego, com forte sotaque e razoável conhecimento do português, imediatamente alertava o interlocutor: "Linha crrrruçada!", e logo resolviam desligar e refazer a chamada. Só que não adiantava, as duas linhas não se desgrudavam nunca. Com o tempo fui percebendo que, se permanecesse calado, o inventor não percebia que eu estava bisbilhotando a conversa. Não me tomem por mal-educado, mas quando notei que negociava a turbina com o Exército Brasileiro, em plena ditadura militar, interessei-me pelo enredo. E a conversa avançava, cada dia mais interessante. Certa vez interceptei o papo entre o estrangeiro e a mulher de um coronel. Ela o convidava para jantar em sua casa, onde estariam reunidos outros oficiais e pessoas importantes que, certamente, se interessariam pelo invento. Uma semana depois, pude acompanhar o engenheiro narrando a um amigo de confiança como havia transcorrido o jantar. Ele jurava que tudo fora uma armação com o propósito de fazer com que entregasse o projeto, para apreciação dos militares. A parte mais engraçada foi quando deu a entender que a mulher do coronel até havia se insinuado para ele. E que se declarara aborrecida por ele ter comparecido ao encontro sem a papelada do projeto. Nada bobo, confidenciava ao amigo: "Se eu entregar, eles vão copiar tudo e me dispensar!". Pelo que entendi, ele propunha que o Exército lhe fornecesse pessoal técnico e material para que ele mesmo comandasse a confecção da turbina. O grande avanço era que a tecnologia inédita seria capaz de fazer a turbina fina, leve e de fácil manejo, e gerar muitos quilowatts a partir de um ribeirão simples, de pouco declive e sem grande volume de água. Como tive de me mudar, acabei não sabendo se nosso Onassis, ou Papadopoulos, conseguiu construir a tal turbina, nem se o Exército — se estava mesmo interessado — obteve o projeto inovador. No dia da partida, tentei grampear sem sucesso mais um pouco da história que, afinal, ficara fazendo parte da casa e de minha vida. Às vezes passava em frente ao prédio e quase perguntava ao porteiro se o apartamento ainda estava sem novo hóspede, e se não permitia que eu subisse para curtir mais um trecho da história — que, com certeza, continuava a se desenrolar. Hoje, com tantos grampos causando baixas por aí, a novela sempre me vem à cabeça. Já pensei até em escrevê-la para teatro, dando-lhe um desfecho. Por ora compõe apenas parte de minhas lembranças, que incluem a saudade dos passos pesados, sob a luz das estrelas, enquanto seguia ladeira abaixo, ancorado no perfume e na companhia querida de Marie Claire. Guttemberg Guarabyra Março de 2012 ABCD Real 29 Qualidade da água leva vereadores e a Sabesp ao bairro Santa Cruz Na segunda-feira (12/3), uma comissão de vereadores da Câmara Municipal de São Bernardo do Campo realizou uma visita ao Bairro Santa Cruz, localizado na região do Riacho Grande. A reunião aconteceu na Associação de Amigos do Bairro e foi motivada pela reclamação feita pela comunidade aos parlamentares na sessão da quarta-feira (7/ 3) sobre a qualidade da água que estava chegando às casas. Cerca de 50 moradores acompanharam a vistoria dos vereadores, que contou com a presença do coordenador regional da Sabesp (responsável pelo abastecimento), Claudionor Gabbas, que prestou esclarecimentos aos munícipes a convite dos vereadores. Durante a reunião, os moradores mostraram novamente a água de cor escura distribuída no bairro. A coordenadora da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Bairro Santa Cruz, Elaine Atanes de Jesus, contou que na última semana foram registrados 20 casos de diarreia no posto e que as ocorrências estão sendo investigadas para ver se há ligação com o abastecimento de água. Rodrigo Romão, técnico da Vigilância Ambiental, falou que estão sendo recolhidas amostras periódicas e que a coloração da água tem clareado gradativamente. Segun- Vereadores Hiroyuki Minami, José Ferreira e Ary de Oliveira com Claudionor Gabas, da Sabesp, e as garrafas com água escura do ele, as amostras estão sendo enviadas para análise e em breve já será possível saber a razão da cor escura na água. A Sabesp pretende trocar toda a rede de encanamento do bairro e regularizar cerca de um terço das casas que não recebem água direto da distribuidora. Gabbas disse aos presentes que está sendo feito um cronograma de traba- lho, que será apresentado para a associação até o final do mês, mostrando todas as ações no bairro e quanto tempo levará para a conclusão. A companhia estadual ainda reativará o reservatório, localizado no alto da estrada do Rio Acima, e começará a usar um novo poço, que está em fase de licitação, para a retirada da água. Gabbas orientou também sobre a importância da lavagem das caixas d’água. O presidente da Câmara, Hiroyuki Minami, considerou que a reunião foi boa para esclarecimento da população sobre as obras da Sabesp. O chefe do legislativo ainda explicou que foi aberto um processo para que os vereadores acompanhem o caso e pediu para que sejam enviados os laudos de análise da água e os estudos realizados pela UBS. “Agradecemos a comunidade que foi até a Câmara para mostrar as demandas do bairro e que motivaram esta vistoria. A Casa está aberta à população.” Os vereadores Fábio Landi, Miranda da Fé, Cabrera, Zé Ferreira, Toninho da Lanchonete e Ary de Oliveira também participaram da reunião com os moradores e se comprometeram em fiscalizar o andamentos das obras que serão realizadas e a interceder junto aos órgãos competentes sobre Vereadores Miranda da Fé, Hiroyuki Minami, José Ferreira, Ary de Oliveira, Claudionor Gabas (da Sabesp) e Antonio Cabrera as demandas da região. 30 ABCD Real Março de 2012 Desindustrialização do País preocupa metalúrgicos de São Caetano do Sul Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato, William Pesinato, vice-diretor do Ciesp, e Nélson Antônio Braido, presidente da Associação Comercial e Industrial de São Caetano Cidão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, à mesa com os empresários William Pesinato, vice-diretor do Ciesp, da Fami-Itá, e Nelson Braido, presidente da Aciscs e da Metalúrgica Braido O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul promoveu na quarta-feira, 21 de março, café da manhã com debate sobre a desindustrialização do País, com o comparecimento de trabalhadores e empresários da região, entre eles o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul (Aciscs), Nelson Antonio Brasil, e o primeiro-vice-diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), regional São Caetano, William Pesinato, da Fami-Itá, Fábrica de Artefatos Metalúrgicos Itá. Os participantes foram unânimes em afirmar que é preciso promover mobilização para forçar mudanças de rumo nas ações levadas efetivamente a cabo pelo governo federal com o objetivo de salvar a indústria nacional e os empregos dos trabalhadores. O presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, Cidão, afirmou que o momento é de união, já que os efeitos da política cambial, mais a elevada carga tributária, entre outros, são fatores determinantes para a redução da produção e do crescimento das importações que colocam em risco o futuro do parque industrial brasileiro: “O nosso caso merece toda a atenção, dado que estamos perdendo empregos em razão do encolhimento da produção industrial. Hoje, a produção industrial representa cerca de 15% do PIB nacional, quando na década de 80 era de 27%, e segundo estudos já realizados, se nada for feito, em 2020 será de apenas 3%”, afirmou. Cidão afirmou ainda que a mobilização em curso visa à realização de uma grande manifestação em 4 de abril deste ano, em São Paulo, na Assembleia Legislativa, junto ao Parque do Ibirapuera, à qual estarão presentes todas as centrais sindicais e sindicatos os mais diversos, além de empresários e suas representações, “com o objetivo de mostrar ao governo e ao País que não aceitamos retrocesso” no processo de desenvolvimento brasileiro. “Nosso objetivo é assegurar a manutenção e ampliação do parque industrial nacional, que é o setor em melhores condições para gerar riqueza e empregos com qualidade. Não podemos retroceder à década de 30, do século XX, quando o Brasil era um mero exportador de produtos agrícolas. Por isso o nosso grito de alerta”, destacou Cidão. Março de 2012 31 ABCD Real Seminário e palestra marcam neste ano homenagem ao Dia da Mulher Cidão, o presidente do Sindicato que criou a homenagem nos últimos anos às mulheres pelo seu Dia Internacional, abraça dona Joana, de 86 anos, durante a realização do evento Como tem acontecido nos últimos anos, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul realizou, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, um seminário com duas importantes palestras gratuitas. Aparecido Inácio da Silva, presidente do sindicato, explicou que o evento aconteceu em10 de março, dois dias após a data oficial, para que mais mulheres pudessem participar, já que era um sábado, a partir das 9h da manhã, e ficava mais fácil para todas as interessadas em participar da atividade. As palestrantes foram a Dra. Regina Maura Zetone, assessora especial de Ações Sociais da Prefeitura de São Caetano do Sul, e a Dra. Valzedina Rodrigues Ferreira, advogada trabalhista da entidade sindical, que abordaram o papel da mulher na sociedade, bem como suas lutas, conquistas e perspectivas. A médica Regina Maura Zetone também foi homenageada pelo Sindicato dos Metalúrgicos durante esse evento realizado no sábado, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Mais de 250 pessoas que participaram da festividade ouviram sua palestra sobre Saúde da Família. Para o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, Regina Maura assina parte da história do Sindicato, onde atuou como médica logo no início de sua carreira. "Ela tem tanto amor e compromisso com seu trabalho que, quando precisou deixar o ambulatório devido a problemas na gestação de sua primeira filha, recebi até abaixo assinado pedindo seu retorno", explicou. Logo que terminou a residência, seu primeiro emprego foi como ginecologista no ambula- tório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, onde atuou por quatro anos, ao mesmo tempo em que trabalhava pela Amico na Adria. Segundo Cidão, Regina Maura foi escolhida para representar as mulheres por ser exemplo de luta, superação e sucesso. "As mulheres estão alcançado lugares de extrema relevância nos últimos anos. Elas fazem parte de movimentos sindicais e participam ativamente da vida política". Para Regina a mudança representou uma re-configuração no mercado de trabalho, onde mulheres assumem postos importantes em todas as profissões trabalhando em posições que antes eram apenas direcionadas aos homens. "Hoje há muitas famílias em que o pai, até que se recoloque no mercado, precisa assumir por um tempo o lar enquanto a mulher está trabalhando". 32 ABCD Real Março de 2012 Em entrevista ao Programa Joaquim Alessi, que vai ao ar pela NET ABCD e NET Cidade SP, Adilson Torres, o Sapão, dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, aborda a desindustrialização Empregados e Empresários unidos contra a desindustrialização do País Duas reuniões, promovidas em 12 e 13 de março, começaram a definir a manifestação que as Centrais Sindicais, como CUT, Força Sindical e outras, vão promover em conjunto com representantes da indútria paulista (Fiesp) em 4 de abril, na Assembleia Legislativa de São Paulo, na qual pretendem reunir cerca de 100 mil pessoas para cobrar do governo federal medidas de combate à desindustrialização do País. O secretário financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Adilson Torres, o Sapão, disse que só da sua base devem ser levados ao Ibirapuera cerca de 3 mil trabalhadores. Levantamento mostra que, em 20 anos, com dados até 2009, a indústria da transformação fechou, só no ABCD, cerca de 50 mil postos de trabalho. “Tudo o que a gente compra hoje, seja um tênis, uma calça, camisa, caneta ou até um carro, é, em grande parte, importado, e isso está acabando com a nossa indústria e consequentemente com nossos empregos”, disse Sapão, em gravação de entrevista ao Programa Joaquim Alessi. A saída, segundo sindicalistas e empresários, passa pela redução da carga tributária, que tira competitividade da indústria nacional. Em seu blog, o ex-ministro-chefe da Casa Civil (Governo Lula), José Dirceu, comenta essa mobilização de empresários e empregados e diz o seguinte: “Preocupadas com a perda de competitividade da indústria nacional, centrais sindicais (Central Única dos Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores, Força Sindical) e entidades patronais, entre as quais a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) fecharam um acordo para fazer dois atos políticos.” Zé Dirceu diz ainda: “Querem pressionar o governo a adotar ações que permitam ao setor retomar o fôlego, reconquistar o espaço perdido para produtos importados - na década de 1980, a indústria representava 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil; hoje, o setor beira os 15% - e se estruturar para enfrentar os novos desafios que se colocam num cenário internacional adverso.” E continua: “O mar não está para peixe. Boa parte do excedente da produção de mercados tradicionais, hoje deprimidos, vem sendo reorientado para cá. Por outro lado, o excesso de liquidez global tem atraído grandes volumes de capital externo, o que contribui para valorizar nossa moeda, o que dificulta a competitividade do produto nacional frente o importado. Para piorar, há no país uma guerra de portos – alguns Estados têm baixado alíquotas do ICMS sobre importados, prejudicando a indústria em Estados vizinhos.” E o ex-chefe da Casa Civil explica que a “mobilização das entidades empresariais e sindicais dará legitimidade e apoio às iniciativas que o nosso governo vem tomando. E que ainda precisará tomar para enfrentar a guerra comercial e cambial instalada no comércio mundial.” Março de 2012 ABCD Real 33 Meta é transformar 2012 no ano da recuperação dos pisos salariais Cícero Martinha* Acabamos de começar um novo ano e, ao avaliarmos as conquistas do ano passado e anteriores, percebemos que mesmo negociando bons acordos salariais, com ganhos reais nos últimos dez anos, nos encontramos mais ou menos na mesma. Grande parte dos nossos pisos salariais não chega nem à metade do que é definido como o salário mínimo constitucional, ou seja, que seria suficiente pela Constituição para o sustento de um casal e seus dois filhos. De acordo com o Dieese, o valor do mínimo deveria ser em janeiro deste ano de R$ 2.398,82. Distante, portanto, da grande maioria dos holerites que recebemos mensalmente porque somos vítimas, como categoria profissional, de uma ação articulada das direções das empresas, na maioria das vezes executadas através dos seus departamentos de recursos humanos, do uso da rotatividade como mecanismo de achatamento salarial. Ou seja, o que ganhamos em boas negociações salariais, sustentadas pela mobilização da categoria e articulação da diretoria do Sindicato, escapa com a substituição dos trabalhadores por outros com ganhos inferiores. De acordo com um estudo do Dieese, na década passada, a rotatividade apresentou elevadas taxas para o mercado de trabalho: 45,1%, em 2001; 43,6%, em 2004; 46,8, em 2007; 52,5%, em 2008, e 49,4%, em 2009. Considerando os últimos resultados disponíveis da Relação Anual de Informações Sociais, a taxa de 2010 atingiu 53,8%. Ou seja, de cada 100 trabalhadores, 54 foram substituídos por outros com salários inferiores. O que gera, lamentavelmente, um prejuízo imenso para a massa da classe trabalhadora e no nosso caso para o conjunto da categoria. Tanto é que o Sindicato fez um estudo que mostra que as contribuições dos trabalhadores sindicalizados, que se baseiam numa porcentagem dos respectivos ganhos, têm no geral se mantidas estáveis nos últimos oito anos. Um indicador de que a categoria como um todo não tem conseguido manter os reajustes, com aumento real, que negociamos a cada ano. Por isso, temos que nos mobilizar para, mais do que ampliar os ganhos salariais, conseguir mantê-los através do aumento do piso para inibir a rotatividade. Pois, com um piso decente, não vai adiantar muito para as empresas se valerem da rotatividade para achatar salários. Temos que, ao mesmo tempo, pressionar o Congresso Nacional para que aprove a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que vigia de perto as demissões imotivadas, que passariam a ser negociadas com os sindicatos das respectivas categorias. *Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá 34 ABCD Real Março de 2012 Marinho inicia fiscalização aérea da Billings na véspera do aniversário Fotos: Wilson Magão/PMSBC O prefeito Luiz Marinho (PTB) sobrevoou, na manhã desta quarta-feira (21), áreas de mananciais da Represa Billings para identificar danos ambientais que não podem ser constatados por terra. Ação faz parte do monitoramento aéreo que a Prefeitura passa a fazer, semanalmente, a partir de agora, para proteger a represa, que no dia 27 completa 87 anos de existência. Segundo Luiz Marinho, o voo é uma ferramenta indispensável à proteção dos mananciais e complementa a fiscalização feita pela Secretaria de Gestão Ambiental. “O próximo passo é a observação de campo com as coordenadas que foram anotadas no monitoramento aéreo. Este recurso, somado às ações por terra, possibilita aos munícipes um futuro ambientalmente mais equilibrado e uma Billings mais protegida”, afirmou. O prefeito fez a vistoria aérea de 20 pontos da represa, entre eles: o Pico Bonilha, estradas do Montanhão, da Pedra Branca, Xiboca e Velha de Mogi, a região do pós-balsa, Bairro Baraldi, Parque Estoril, Alto da Serra, os portos de areia, a nascente do Rio Cuba- Marinho diz que o voo é ferramenta indispensável à proteção dos mananciais e completa a fiscalização feita pela Gestão Ambiental tão, no Parque Estadual da Serra, e a região do Grande Alvarenga. A Secretaria de Gestão Ambiental conta hoje com uma estrutura mais equipada e modernizada, além da parceria com a Guarda Ambiental do município. Para as ações de fiscalização, educação, licenciamento e preservação ambiental, possui 10 fiscais, 20 técnicos concursados, três viaturas e, agora, o voo semanal. Durante a vistoria foram constatadas algumas irregularidades, como desmatamento, queimada de resíduos sólidos, depósito irregular de lixo e derrubada de vegetação nativa. Os infratores serão notificados e as penalidades variam de acordo com cada caso. A Billings é o maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo e responsável por atender a 1,6 milhão de pessoas nos municípios de São Bernardo, Santo André, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. São Bernardo possui 408,773 km² de extensão, dos quais cerca de 80% (325,836 km²) são áreas de proteção ambiental. Segundo o IBGE, 198.195 pessoas vivem nessas áreas, que são fiscalizadas de perto pela Prefeitura. A represa Billings, por exemplo, tem 70% de sua área dentro da cidade (75,82 km²). Billings é o maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo e responsável por atender a 1,6 milhão de pessoas Março de 2012 ABCD Real 35 36 ABCD Real Março de 2012