março de 2012 - edição 46 - ano vi - editora alessi

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março de 2012 - edição 46 - ano vi - editora alessi
Março de 2012
ABCD Real
MARÇO DE 2012 - EDIÇÃO 46 - ANO VI - EDITORA ALESSI
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ABCD Real
Março de 2012
Acisa prevê crescimento de 10%
Para que a data nas vendas em função da Páscoa
não faça água
Neste 22 de março, como em todos os
outros, quando se fala do Dia Mundial da
Água e também do aniversário da Represa Billings (que neste 2012 completa 87
anos de existência), vemos a promoção
de diversos simpósios, palestras, comemorações (se é que há algo a comemorar), enfim, muita gente vira defensora dos
escassos recursos hídricos, muito político
posa de ambientalista, mas fica sempre a
questão: todos estamos nos empenhando de fato por essa causa que interessa a
todos, ou só vamos na onda porque sustentabilidade virou mais do que moda, virou uma espécie de necessidade para se
arrumar emprego, para conseguir votos
ou até mesmo para ser aceito em determinados grupos sociais?
Pois bem, nesta semana temos, por
exemplo, no Centro de Referência em Saneamento Ambiental do Semasa (Serviço
Municipal de Saneamento Ambiental de
Santo André) um ciclo de palestras para
debater como a preservação de áreas de
mananciais está ligada à qualidade da água
consumida. Iniciativa importante, mas
existe qualidade nas ações do Semasa?
São Bernardo preparou atividades especiais para festejar a data, como a programação de trilhas, seminários, ato ecumênico e show musical.
Tudo muito bonito, interessante, mas
o próprio secretário de Gestão Ambiental, Giba Marson, alerta que, mais que um
motivo de celebração, é um momento
propício para a reflexão. "Considero este
assunto vital para a cidade. A represa Billings abastece a região do ABCD e parte
da Zona Sul da Capital. Por isso, é importantíssimo refletirmos sobre o papel de
cada um de nós para salvar esse manancial", afirmou Marson.
Perfeito, mas ainda estamos na fase
dos discursos, dos projetos, dos planos, e
pouco de concreto se vê, mesmo quando
o assunto é recuperação das bacias hidrográficas e áreas de proteção permanente e
o código florestal, tão polêmico quanto
ainda bastante desconhecido.
Fica o alerta, para que no Dia da Água
não continuemos chovendo no molhado.
O editor
A Acisa - Associação Comercial e IndusA executiva substitui Luis Antonio Samtrial de Santo André - prevê para esta Páscoa paio da Cruz e de seu currículo profissional
um crescimento de 10% nas vendas em rela- consta passagem por grandes empresas,
ção ao mesmo período do ano passado.
como Laboratórios Fleury, Mesquita Soluções
Segundo Evenson Robles Dotto, presiden- Logísticas, Diario do Grande ABC e Amil.
te da entidade, a projeção baseia-se não só na
Antes de assumir o cargo de superintenvenda de ovos de chocolates, mas também dente, Renata passou pelo processo de asnos demais produtos tradiciosessment, realizado pelas
nais da época, como chocolaconsultoras Dora Mariano e
tes diversos, bolo pascal, azeiRoseline Fachini, da Meta
te, bacalhau e peixes, frescos e
Treinamento e Desenvolvicongelados.
mento em Recursos Huma“Além da estabilidade
nos.
econômica e facilidades no
Muito utilizado por granparcelamento das compras
des organizações, o assesspor parte das redes supermerment visa a avaliar compecadistas, os fabricantes de
tências comportamentais,
chocolates também apresenmapear o perfil e conhecer
tam neste ano uma série de
com maior eficiência e criténovidades”, justifica Dotto.
rio as pessoas que desemEsse otimismo em relação
penharão determinados caràs vendas da Páscoa também
gos de liderança ou operaciestá tomando conta dos inonal. Através dele também
Renata Gregório assume superintendência
ternautas. Na enquete lançaé possível propor mudanda no site da Acisa – www.acisa.com.br - ças necessárias para gerar melhores resulta66,67% dos votantes acreditam que o perío- dos na obtenção das metas propostas.
do proporcionará volume de vendas maior
A nova superintendente assume juntaque 2011.
mente com a nova diretoria da Acisa, presidida por Evenson Robles Dotto, e terá pela
Nova superintendente
frente uma série de desafios como aumentar
Com formação acadêmica em Direito e o número de associados da instituição, dimiMBA em Marketing de Serviços, Renata Gre- nuir custos, otimizar processos e melhorar o
gório é a nova superintendente da Acisa.
relacionamento interpessoal da equipe.
ABCD REAL É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA ALESSI COMUNICAÇÃO - EMPRESA COM RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
PUBLISHER E DIRETOR DE REDAÇÃO: JOAQUIM ALESSI
DIRETORA ADMINISTRATIVA: ROSANA FRANCO DE OLIVEIRA ALESSI
EDITOR DE ARTE: FERNANDO VALINI
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A Comunicação Social em pauta na
reunião do Comcipas de S. Caetano
Alexandre Yort/PMSCS
Estratégias e ferramentas usadas pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Prefeitura de São Caetano para levar informações
das ações realizadas pela Administração aos
munícipes foram a pauta da reunião do Conselho Municipal de Cidadania e Participação
Social (Comcipas), na terça-feira (28/2) no auditório do Atende Fácil. Na ocasião, os conselheiros puderam acompanhar palestra da publicitária Luciana Patara, titular da Secom.
“São Caetano é uma cidade intensa, com
dezenas de eventos semanalmente. Como
não contamos com a mídia de massa, ou seja,
uma rádio ou TV exclusiva, utilizamos outras alternativas para alcançar o cidadão”, explicou Luciana. “Temos apostado bastante
na internet, com o site oficial da Prefeitura e
das redes sociais, como Twitter e Facebook,
mas não dispensamos os métodos tradicionais já consagrados, como faixas, informativos, jornais e revista bimestral.”
Para o secretário-executivo do Comcipas,
Fausto Cestari, a forma de se fazer comunicação tem mudado nos últimos tempos. “Antes
apenas havia a informação. Agora, o que vemos é uma via de mão dupla, em que o mora-
importantes representantes da sociedade civil organizada sancaetanense, e se tornam
replicadores de informação entre os seus.
Com certeza as explicações da secretária Luciana Patara vão chegar aos quatro cantos
da cidade, em que poderemos, juntos, trabalhar pela excelência da Comunicação Social
em São Caetano”, afirmou Cestari.
Luciana Patara e Fausto Cestari durante a reunião do Comcipas
dor pode interpretar e responder ao que recebe em tempo real. A interação é imediata.”
As ações que a Secom tem efetuado nos
últimos anos já dão resultados. Uma recente
pesquisa apontou que 94% dos moradores
entrevistados aprovam a maneira como as
divulgações são recebidas. “Temos um desafio, que é alcançar não apenas os que moram e vivem em São Caetano, mas aqueles
que trabalham fora da cidade e vem para cá
apenas para dormir, sem saber do que acontece por aqui”, destacou Luciana Patara.
“Todos os conselheiros do Comcipas são
Comcipas
Importante canal de comunicação e planejamento criado em 2005 pela Prefeitura
sancaetanense, o Comcipas permite que entidades e a sociedade civil organizada da cidade participem mais ativamente da administração do município. Embora o secretário-executivo dirija as reuniões mensais, a
presidência do órgão é do prefeito de São
Caetano, José Auricchio Júnior.
Entre as entidades que participam do
Comcipas está a Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul (Aciscs); APAE;
Ciesp; Fiesp; Sindicato dos Metalúrgicos; Senai; SESC; SESI; OAB; Procon; polícias Civil e
Militar; Lions Club; Rotary Club; e Rede Feminina de Combate ao Câncer, entre outras.
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A SECO E A ÁGUA
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4990-7231
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REI E RAINHA
Aidan atribui falta de
UPAs à partidarização
Questionado por Santo André ainda não
ter uma Unidade de Pronto-Atendimento
(UPA) em funcionamento, enquanto São
Bernardo já teria seis ou sete, feitas na atual
administração, o prefeito Aidan Ravin (PTB)
afirmou: “Quero lembrar que o prefeito Luiz
Marinho é do PT, foi ministro de Lula, tem
amplo acesso a Brasília e as verbas já começaram a chegar no primeiro ano de governo,
o que não é o nosso caso”. Dá até para entender a acusação do partidarismo na distribuição de verbas, mas não é Aidan quem
vive dizendo que apoiou Michel Temer
(PMDB) na campanha como vice, e, por tabela, ajudou a presidente Dilma Rousseff (PT)
em 2010? E a compensação, como é que fica?
TORRES GÊMEAS
Paulinho Serra, pré-candidato a prefeito de
Santo André pelo PSDB, o almoço entre o
líder tucano no ABCD, deputado federal William Dib, o presidente do diretório municipal do PSDB, Ricardo Torres, e o prefeito Aidan Ravin (PTB). Tendo como prato principal
a possibilidade de os tucanos desistirem de
lançar candidatura própria na cidade para
apoiar a reeleição do petebista, o almoço provocou indigestão em Serra. O encontro foi
promovido depois de o líder estadual do PTB,
Campos Machado, ameaçar romper acordo
com o governador Geraldo Alckmin (PSDB)
em favor de sua reeleição em 2014. Sem engolir as críticas de Serra, que chegou a falar
em “venda” do partido para Aidan, Dib teria
comentado com aliados que pretende pedir
a expulsão do vereador das fileiras tucanas.
Paulinho insinuou que Dib teria “vendido”
o partido, e o deputado respondeu que o
vereador “está usando a própria régua para,
de forma inconveniente, medir os outros”.
No ninho tucano, está provado, dois bicudos não se beijam.
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jeto político de retomar o comando da Prefeitura de Santo André por meio do processo
eleitoral municipal deste ano. Trata-se do
PSDC (Partido Social Democrata Cristão), oficialmente o primeiro partido a declarar apoio
ao programa de governo petista na cidade. O
anúncio tem as presenças do deputado estadual Carlos Grana (PT), do presidente nacional do PSDC, José Maria Eymael, além de dirigentes e autoridades das duas siglas. Na eleição majoritária, a expectativa do PT é fechar
amplo arco de alianças. O partido tem a maior bancada na Câmara, com seis vereadores
opositores ao atual modelo de gestão que
vem sendo implantado no município.
NOMEAÇÃO
Vereadores aprovam
nomes para dois CEUs
Serra lá, Serra cá, mas BISPO
quem quebra o galho? Grana espera por uma
Ainda pré-candidato à Prefeitura de Santo André pelo PSDB, mesmo depois das con- tripla presença de Lula
fusões tucanas recentes (ler nota abaixo), o
vereador Paulinho Serra animou-se ainda
mais com a decisão do ex-governador José
Serra de entrar na briga pela Prefeitura da
Capital. “Como não temos horário eleitoral
gratuito aqui no ABCD, os eleitores daqui
verão a campanha de São Paulo, e com o
nome Serra em evidência, posso tirar proveito dessa divulgação”, afirma Paulinho, sem
esconder que há um ar de brincadeira na análise. Mas, sério ou não, a verdade é que ele já
vem matutando sobre o slogan “Serra lá,
Serra cá”. Agora, falta arrumar patrocinador
para a campanha, se ela existir.
Está no site da MacroPT ABC: “O précandidato do PT à Prefeitura de Santo André,
Carlos Grana, trabalha com o cenário de uma
tripla presença do ex-presidente Lula na rota
sucessória local. Pouco conhecido, o petista
sabe da importância do padrinho político para
disseminá-lo perante os eleitores”. E depois
dessa introdução, uma frase entre aspas do
próprio pré-candidato a prefeito: “Ele já teve
um papel na construção da candidatura única ao manifestar preferência pela minha candidatura. Ele não vê a hora de estar 100%
para vir a Santo André”.
Parlamentares durante a sessão que aprovou os nomes
Na sessão de 21 de março, os vereadores
de São Bernardo aprovaram os projetos que
dão nome a dois CEUs (Centro Educacional
Unificado) em fase de conclusão. O primeiro
projeto dá nome ao CEU do bairro Três Marias. O nome escolhido foi o do ex-prefeito
de Santo André Celso Augusto Daniel, que
governou a cidade por 10 anos e morreu assassinado em 2002. Segundo o projeto do
Executivo, a homenagem foi dada a ele por
sua notoriedade pública, que influenciou uma
geração de gestores e políticos. A segunda
denominação foi do CEU no antigo clube da
PEÃO
DIAGRAMA
Vokswagen. O centro, que terá dois blocos,
um ginásio poliesportivo e um teatro, ganhará o nome de Regina Rocco Casa. A homenageada faz parte de uma das famílias traPor falar em PT, o partido recebe nesta dicionais de São Bernardo e é mãe de Marisa
Não foi nada bem digerido pelo vereador quinta-feira (22), a primeira adesão ao pro- Letícia, primeira-dama do país por oito anos,
Partido de Eymael dá
Tucanos descem, mas apoio a projeto petista
aí o muro desaba
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por Joaquim Alessi - [email protected]
quando o marido, Luiz Inácio Lula da Silva,
se tornou presidente do Brasil. Além desses
projetos, os vereadores aprovaram pedidos
de informações ao Executivo e fizeram votos
de congratulações pela aposentadoria do funcionário da Câmara Municipal, José Carlos
Alvarenga, e pelo 42º aniversário do padre
Augusto César Casemiro de Andrade e da
pelo 6º aniversário do Santuário Imaculada
Conceição e São Maximiliano Kolbe.
RAINHA
prefeito José Auricchio Júnior (PTB) de mandar fazer panfleto publicitário da Unidade de
Pronto-Atendimento (UPA) que está sendo
construída nos bairros Mauá e Nova Gerty,
sem citar a União, responsável pela liberação da verba. “Farei requerimento para questionar o Executivo. O governo da presidente
Dilma Rousseff foi que liberou os recursos,
mais de R$ 1 milhão”, afirmou o petista.
Auricchio não quis comentar.
ABERTURA
balhadores trabalhou firme para introduzir no
legislativo paulista, o que se deu no período
em que ele ocupava a cadeira de PrimeiroSecretário da Mesa Diretora, 2007/2009. Ela
foi instituída pela Resolução 852, de 17 de
outubro de 2007.
ALA DA DAMA
Vanessa vai coordenar
Frente Basta de Apagão
Partidos já anunciam Pinheiro no Conselho
apoio a Regina Maura de Ética do PMDB
Auricchio, Regina Maura e Tite Campanella no apoio do DEM
Primeiro foi o PR, depois o DEM, o PV e aí
vieram os outros partidos instalados em São
Caetano, como o PPS, em 21 de março, a
declarar apoio à pré-candidatura da médica e
assessora especial de Ação Social da Prefeitura, Regina Maura Zetone, pelo PTB, à chefia do Executivo. Indagado se a ampla aliança
que vem sendo formada seria igual ou maior
que a que apoiou sua reeleição, em 2008, o
prefeito José Auricchio Júnior (PTB) até esnobou: “Acho que foram 20 partidos que
nos apoiaram, acho que sim, e talvez esse
número se repita”, disse, como se desse pouca ou nenhuma importância para a quantidade de agremiações.
ATAQUE
Edgar acusa Auricchio
de boicotar a União
Pré-candidato a prefeito de São Caetano
pelo PT, o vereador Edgar Nóbrega acusou o
O vereador Paulo Pinheiro, pré-candidato a prefeito de São Caetano, foi eleito membro titular do Conselho de Ética e Disciplina
do PMDB paulista. A notícia aparece em destaque no site do peemedebista, como última
notícia, para quem acessou na noite de 21
de março. Mas, é verdade, fala de algo acontecido em “convenção realizada no sábado Vanessa Damo durante a reunião em que foi eleita
(17/12), na sede do partido na capital.” Nada
A deputada estadual Vanessa Damo
como estar atualizado...
(PMDB) foi eleita, na terça-feira (13/03), vicecoordenadora da Frente Parlamentar ‘Basta
ANÁLISE
de Apagão’. Coordenada pelo deputado Marcos Neves (PSB), a Frente pela Melhoria da
Qualidade dos Serviços das Concessionárias
de Energia Elétrica teve, durante seu ato de
O deputado estadual Donisete Braga, do lançamento no Auditório Franco Montoro,
PT, foi eleito na terça-feira (20/3) Líder da Mi- na Assembleia Legislativa, a eleição da vice e
noria na Assembleia Legislativa de São Paulo. a aprovação do Regimento Interno. O priO parlamentar afirmou que vai trabalhar pelo meiro encontro da Frente reuniu, além dos
fortalecimento do bloco de partidos da oposi- deputados integrantes, a Procuradora do Esção - representados pelo PT, PCdoB e PSOL, tado, Luiza Nagib Eluf, o diretor do Deinfra
num total de 27 parlamentares. "Este bloco de (Departamento de Infraestrutra) da Fiesp,
oposição também abriga o deputado Olímpio Carlos Antonio Cavalcanti, do representanGomes, hoje isolado em sua bancada, o PDT, te da Secretaria de Energia do Estado de São
portanto somos 28 deputados", frisou o novo Paulo, Milton Flávio, entre outras lideranças
líder. Segundo ele, além de defender temas de e convidados. A deputada Vanessa Damo enconsenso da oposição nas reuniões do Colé- fatizou em seu discurso a importância da Frengio de Líderes, a missão será de "trabalhar ri- te para a defesa dos interesses da população.
gorosamente por um Poder Legislativo demo- “A Frente Parlamentar é o instrumento que
crático, transparente, livre de ingerências ex- temos para exigir melhorias dos serviços presternas e aberto à participação da sociedade". tados à população e vamos fazer isso. ExiDonisete Braga, que está no quarto mandato, gindo que os consumidores sejam respeitaexplicou que a Liderança da Minoria é um ins- dos pelas concessionárias de energia de São
trumento que a Bancada do Partido dos Tra- Paulo”, afirmou a deputada.
Donisete Braga eleito
líder da minoria na AL
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Cerca de 700 pessoas prestigiam a
posse do novo presidente da Acisa
“A Associação Comercial é a casa do emprego, do desenvolvimento e das oportunidades, e pode contar conosco sempre”, assinalou o governador Geraldo Alckmin (PSDB),
na cerimônia de posse de Evenson Dotto
como presidente da Associação Comercial e
Industrial de Santo André (Acisa), na noite
de 8 de março, em festa no clube Primeiro de
Maio, que contou com a participação de
aproximadamente 700 pessoas.
O prefeito Aidan Ravin (PTB) também
marcou presença no evento e destacou o fato
de Evenson ser de Santo André, nascido na
cidade, e assumir um papel importante num
momento delicado da economia.
O deputado estadual andreense Carlos
Grana (PT) igualmente prestigiou a posse festiva do presidente da Acisa. Ele parabenizou
a diretoria e elogiou o processo democrático
que conduziu Dotto à presidência da entidade. “A eleição por voto direto e a alternância
de poder são a essência da democracia”, destacou Grana.
Dotto, diretor do Diário do Grande ABC,
ficará à frente da gestão que vai de 2012 a
2015, no lugar de Sidnei Muneratti, que esteve no comando da associação comercial de
2009 até este ano.
Alckmin destacou que foi à cerimônia de
posse porque a Acisa, que existe há 74 anos,
é uma entidade de empreendedores, os quais
ele procura valorizar. Além disso, afirmou
que Santo André e o ABCD estão "na melhor
esquina do Brasil", com acesso ao aeroporto
de Guarulhos pelo Rodoanel e ao lado do
Governador Geraldo Alckmin, o novo presidente da Acisa, Evenson Dotto, e Paolo Gambogi, diretor do Colégio Singular
Porto de Santos pelo complexo AnchietaImigrantes. "E estão dentro da região metropolitana de São Paulo, a terceira maior metrópole do mundo", disse.
O governador também citou Santo Agostinho, fazendo referência a eventuais críticas
que a nova gestão da Acisa possa receber de
adversários - houve duas chapas na disputa
à entidade e a de Dotto venceu com ampla
margem de votos. "Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem", afirmou.
Integrantes da diretoria e do conselho da nova diretoria da Acisa posam para a foto histórica na festa de posse, realizada no salão principal do clube Primeiro de Maio, na avenida Portugal
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Mulheres empreendedoras recebem
homenagem em festa no 1º de Maio
A posse festiva da nova diretoria da Associação Comercial e Industrial de Santo
André também foi marcada, por acontecer
exatamente em 8 de março, pela entrega do
I Prêmio da Mulher Empreendedora de Santo André, organizado pelo NME – Núcleo
de Mulheres Empreendedoras.
Todas as 40 finalistas do Prêmio foram
agraciadas com um troféu e a grande vencedora da noite foi a empresária Lina Soares,
proprietária do Restaurante Alfarre. Ela ganhou uma viagem para Buenos Aires com
hospedagem no Hotel Sheraton, e direito a
um acompanhante.
Em segundo lugar ficou Gisele Smith, do
Grupo Vida, Amor e Riso, premiada com um
notebook, e em terceiro lugar, Tereza Vieira
de Carvalho, diretora do Centro Educacional Etip, que ganhou um tablet.
Os 40 cases indicados para a etapa final
foram selecionados pela comissão julgadora, formada por representantes do SebraeSP (escritório de Santo André), OAB Santo
André e da Fundação Getúlio Vargas – SP.
A festa de premiação contou com show
Vencedora Lina Soares, do Restaurante Alfarre, entre a segunda colocada, Gisele Smith, e a terceira, Tereza Vieira de Carvalho
da Banda Belmondo, que interpretou música
popular europeia, a decoração do espaço, com
muitas velas e rosas vermelhas, ficou sob a
responsabilidade da Velas Tactu’s e jantar e
coquetel assinados pelo Buffet Status. Para
encerrar o evento com chave de ouro, integrantes da Escola de Samba SECI levaram para
a pista os convidados, que caíram no samba.
O NME - Núcleo de Mulheres Empreendedoras da Acisa organizou e cuidou dos mínimos detalhes da cerimônia de premiação em homenagem a todas as mulheres de negócios do município
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Colégio VespeR alia inovação tecnoló
Alunos do ensino médio estudam em avançado laboratório, preparando-se ao mesmo tempo para os vestibulares, o processo seletivo, e também para o disputado mercado de trabalho
Joaquim Alessi
“Não queremos, nem precisamos estabelecer comparações com outras escolas.
Toda comparação é odiosa, diz um velho adágio popular. Nós temos uma identidade que
se torna gradualmente visível para nossos
clientes.” É assim que se apresenta o Colégio VespeR, de Santo André, numa primeira
abordagem quando procuramos conhecer
um pouco do seu trabalho voltado para a
Educação, isso mesmo, Educação com letra
maiúscula, que foi o que constatamos ao visitar a unidade durante dois dias.
Já conhecíamos o trabalho do Padre Xavier, criador do sistema de ensino VespeR,
apresentado pelo Padre Edgar Delbem, mas
o contato com professores, alunos e colaboradores da unidade Santo André permitiu
aprofundar esse conhecimento, as instalações, os classmates (notebooks individuais
com os quais os estudantes aprendem melhor, aliando tecnologia ao elevado padrão
de ensino tradicional), e perceber um ensino
levado realmente a sério.
“Nosso projeto educacional tem como
base a evidência de que o processo de desenvolvimento humano realiza-se num núcleo dado de igualdade e diferenças; pelo intercâmbio, as diferenças são assimiladas e
enriquecem esse mesmo núcleo. Assim trabalhamos continuamente com diferenças que
não podem ser reduzidas a semelhanças e
com igualdades que devem operar uma grande interação. Embora trabalhemos com um
amplo projeto Educacional, ele é diuturnamente lido e entendido em função das características de cada sujeito em sua cabal con-
textualização”, ensina Padre Edgar.
Tendo em vista a tradição em educação
de qualidade, o corpo docente do grupo VespeR está em constante atualização e busca
sintonizar-se com as ferramentas da modernidade, sejam elas tecnológicas ou de interação. Os professores da VespeR têm espírito
de trabalho em equipe, incentivando a pesquisa na solução dos questionamentos levantados em sala de aula. Preparados para
desbravar a realidade cotidiana dos alunos,
os integrantes do corpo docente têm como
perfil a garra para o desafio.
No que tange à educação digital, Padre
Edgar explica que “a tecnologia, por si só,
não corresponde às expectativas e questionamentos que fazem parte do processo de
aprendizagem humano, tanto na escola
quanto na sociedade. O professor continua
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ógica ao padrão de ensino tradicional
Hora de contar histórias aos pequenos: momento único
Na aula de Química mistura-se a teoria à prática
Desde os primeiros anos do ensino fundamental, o acesso a ferramentas modernas, com a tecnologia a serviço da inteligência
sendo o grande e legítimo mediador do processo de conhecer, exercendo junto aos alunos a função de modelo das grandes áreas da
ciência, ultrapassando a mera atribuição de
transmissor de informações. No entanto, consorciar as qualidades de mediador do professor com as novas tecnologias de informação,
possibilitando e desenvolvendo uma identidade tecnológica capaz de acessar as ferramentas de Rede Social da Web, possibilitando o desenvolvimento do processo formativo saudável dos alunos, favorecendo a interação colaborativa nas atividades acadêmicas escolares, é a chave da moderna Inteligência Coletiva. Hoje podemos avançar muito em educação se considerarmos o professor (mediador), os alunos (potencial de assimilação) e as ferramentas de tecnologia de
Sustentabilidade, o respeito à natureza e a prática da jardinagem fazem parte dos ensinamentos ministrados pelo VespeR
informação (para-mediador)”, conclui.
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Curso de Enfermagem da Medicina
ABC abre as portas para o mercado
O desempenho dos formados em 2011
está lustrando a imagem do curso de Enfermagem da Faculdade de Medicina do ABC.
Dos 17 recém-concluintes, 13 já passaram
em concursos, inclusive em seleções de equipamentos de saúde célebres como Instituto
Dante Pazzannese de Cardiologia e Hospital
Albert Einstein, na Capital. Há quem já obteve trabalho dois meses após a formatura,
o que mostra que o segundo curso mais antigo da Faculdade, com 13 anos de atividades, está acertando a mão.
O caso mais notável é o de Natalia Antunes Pereira, aprovada em processo seletivo
para trainee na UTI Pediátrica do Hospital
São Camilo e também no programa de pósgraduação em Enfermagem Pediátrica do Albert Einstein. Aos 24 anos, Natalia diz que
realiza grande sonho já no início da carreira
profissional, pois nos dois locais vai atuar na
especialidade que mais a atrai, ou seja, com
crianças e neonatais, respectivamente. “No
São Camilo fico das 6h às 12h, à tarde faço
pós no Einstein. Será um ano intenso”, alegra-se a recém-formada, que entrou na Enfermagem da FMABC como 2ª opção, mas
identificou-se logo de início. “Além da qualidade e do incentivo dos professores, praticamos estágio desde o 2º ano”, cita Natalia.
No São Camilo ela disputou 30 vagas com 4
mil inscritos e no Einstein foram ofertadas
mais de 5,3 mil vagas em diversas especialidades, 319 das quais em Enfermagem Pediátrica, cuja duração é de um ano.
A vice-coordenadora da graduação de
Enfermagem da Medicina ABC, Ana Maria
Fiorano, atribui a performance dos alunos
ao empenho dos professores na busca pela
excelência de formação e à carga horária diferenciada do curso, que requer dedicação
quase em período integral. São seis horas
diárias de estudos. Também enfatiza a vivência prática dos estudantes em todos os 4 anos
da graduação, já que desde o 1º ano há participação em atividades nos hospitais de ensino da mantenedora FUABC, iniciando o
estágio efetivo no 2º ano.
“O projeto do curso também é importante, pois estimulamos a interdisciplinaridade e a reflexão do profissional como membro integrador de uma equipe. Todos os no-
Governador Geraldo Alckmin, o novo presidente da Acisa, Evenson Dotto, e Paolo Gambogi, diretor do Colégio Singular
Natalia Antunes Pereira, de apenas 24 anos, realiza um sonho: foi aprovada em processo seletivo para trainee na UTI
Pediátrica do Hospital São Camilo e também no programa de pós-graduação em Enfermagem Pediátrica do Albert Einstein
vos protocolos em saúde enfatizam a figura
do enfermeiro nos cenários de atenção básica e hospitalar. A enfermagem garante qualidade da assistência e contribui para reduzir
o tempo de internação e custos” – sublinha
a professora. O curso de Enfermagem já atingiu nota 4 no ENADE, na escala de 1 a 5.
Da turma de 2011, outros destaques foram Jacqueline Ester Alves, Cristina Aparecida Rocha, Viviane Silva e Nathalia Barbosa
Martins, aprovadas em concurso na Residência (especialização) do Instituto Dante Pa-
zzannese. Nove ex-alunos também passaram no processo seletivo público de São Bernardo para as quatro unidades do Complexo
Hospitalar de São Bernardo, com destaque
para o novo Hospital Municipal de Clínicas a
ser aberto neste semestre e que será uma
nova mantida da FUABC.
Quatro formandos de Enfermagem da
FMABC também participaram da seleção para
trainee do Hospital Estadual Mário Covas e a
ex-aluna Rosimary Pina de Oliveira já está
contratada na Stillus Home Care.
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Ex-presidente recebe trote e título de
Presidente da Fundação do ABC na gestão 2010-2011 e atual superintendente do
AME-Poupatempo da Saúde de Santo André, o ortopedista Dr. Wagner Octávio Boratto recebeu homenagem em 15 de março,
quando passou a ser “Aluno Honorário” da
Faculdade de Medicina do ABC. A indicação
do gestor foi aceita por unanimidade na Congregação Universitária da FMABC – órgão
máximo de deliberação da escola.
Segundo o coordenador de graduação
e professor titular de Farmacologia, Dr. David Feder, o homenageado da noite conseguiu feito raro no mandato à frente da FUABC: “Dr. Boratto conquistou a simpatia e
agradou todo o corpo discente, o que é
muito difícil. Além disso, é muito querido
pelos funcionários, professores e todos os
que acompanharam seu trabalho como
presidente. É uma justa homenagem que a
Faculdade de Medicina do ABC faz de coração para esse profissional”.
À frente da Fundação do ABC, mante- Dr. Adilson Casemiro Pires, diretor da Medicina ABC, Dr. Wagner Boratto e Dr. Mauricio Mindrisz, presidente da Fundação do ABC
nedora da FMABC, Dr. Wagner Boratto deu
atenção especial à escola médica. Graças à
sensibilidade do gestor, o campus universitário passou por mudanças intensas, entre
as quais a reforma do Ambulatório de Especialidades, do Ginásio Poliesportivo e dos
Diretórios Acadêmicos. Também introduziu
novos espaços, como o Anfiteatro Dr. David Uip, a Medicina do Trabalho, refeitório e
academia para funcionários.
Sonho realizado
O andreense Wagner Boratto cursou o
primeiro ano de Medicina no Rio de Janeiro e
formou-se pela Universidade de Mogi das
Cruzes. É pós-graduado pelo Centro Universitário São Camilo, com MBA pela StrongFGV (Fundação Getúlio Vargas).
Segundo o médico, o título de “Aluno
Honorário” é a realização de um sonho de seu
pai, falecido em 1995. “É como se o telefone
de casa tocasse 30 anos depois com a notícia
de que eu havia passado no vestibular da Faculdade de Medicina do ABC”, declarou emocionado Dr. Boratto, completando: “Quando
fiz o vestibular, meu pai me levou para o local
do exame e disse que gostaria que eu passasse na FMABC. Éramos muito próximos, ele
sempre foi meu grande exemplo e seria ótimo
poder ficar perto da família durante a faculda-
O Diretor da FMABC, Dr. Adilson Casemiro Pires, e o aluno Dr. Wagner Boratto durante o grito de guerra da FMABC, o “Axuxê”
de. Infelizmente não fui aprovado, mas realizei o sonho de meu pai por dois momentos –
primeiro ao assumir a FUABC, podendo de
fato contribuir com a Faculdade, e agora, efetivamente como aluno da escola”.
O atual presidente da Fundação do ABC,
Mauricio Mindrisz, não perdeu a oportunidade
e descontraiu: “Agora que o Wagner é aluno,
deve ser tratado como todos os demais estudantes. Sem privilégios. Por isso, já vamos providenciar com o departamento financeiro os
boletos para que pague as mensalidades do
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“Aluno Honorário” da Medicina ABC
curso”, brincou o presidente, que parabenizou Dr. Boratto pela homenagem: “É muito
difícil suceder o Wagner. Por todos os lugares
em que andamos no campus vemos o que ele
fez pela faculdade e o tanto que é querido por
todos. Hoje somos amigos e admiro muito o
profissionalismo e sua capacidade como gestor”.
Na mesma linha de raciocínio, o professor titular de Farmacologia, Dr. David Feder,
disse que não seria possível entregar o título
de aluno honorário sem que houvesse um
histórico escolar. Por isso, pensou em aplicar
uma prova durante a solenidade. “Como o
clima é festivo, achei melhor trocar a prova
por um trabalho”, brincou o docente.
Após receber diploma das mãos do diretor da FMABC, Dr. Adilson Casemiro Pires, o
homenageado passou por trote simbólico do
veterano Dr. Vanderley da Silva Paula, exaluno da Faculdade e atual Diretor Clínico do
Hospital Estadual Mário Covas. Dr. Vanderley pintou o rosto do mais novo aluno da
Medicina ABC, que vestiu camiseta assinada
pelos atuais acadêmicos da instituição.
Dr. Boratto recebe trote simbólico como novo aluno e veste a camiseta depois de ter a testa pintada com o nome da escola
Como parte da tradição acadêmica, o aluno Dr. Wagner Boratto foi convidado a puxar
o grito de guerra da FMABC, o “Axuxê”, que
precedeu a apresentação da bateria Kossacos, dos alunos de Medicina.
Pedro Gregori homenageado
Na sexta-feira (16 de março) foi a vez de
o ginecologista e obstetra Pedro Gregori receber o título de “Cidadão São-Bernandense” por iniciativa do vereador Sebastião Mateus (PT). Dirigente do Hospital Mário Covas
e também à frente do AME Mauá, ambos geridos pela FUABC, Dr. Pedro Gregori recebeu
a distinção pelo trabalho social que realiza
no Lar Maria Amélia, que atende 185 crianças de 0 a 3 anos. A creche está sendo ampliada para abrigar mais 85 pequenos de São
Bernardo. Há 10 anos, o médico fundou a
ONG Espaço Solidário Associação Assistencial em Diadema, que já atendeu 1.200 crianças carentes e recebeu prêmio da UNICEF.
Também andreense, Dr. Pedro é ex-professor da FMABC e multiprofissional: tem especialidades ainda em medicina ortomolecular, fitoterapia, homeopatia e psicoterapia
analítica. Estudou Física na USP enquanto
foi metelúrgico da Volks em São Bernardo e
optou pela Medicina aos 25 anos de idade. Ginecologista e obstetra Dr. Pedro Gregori recebeu o título de “Cidadão São-Bernandense” em solenidade no Legislativo
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Março de 2012
Gestora do desenvolvimento local
Ivan Cavassani
Sempre acreditei que associações comerciais e industriais devem ser protagonistas no desenvolvimento
socioeconômico municipal.
Mais que meras representantes do meio gerador de riquezas, são gestoras de
ações que promovam avanços na conjuntura produtiva, estrutural e
política das cidades.
Embrenhada na alma de São Caetano
desde 1938, a Aciscs (Associação Comercial
e Industrial de São Caetano) tem cumprido
papel de instrumentalizar atores interessados no crescimento local. A tarefa não se resume apenas a identificar parceiros dispostos a apostar nas potencialidades municipais,
mas integrá-los em amplo processo de desenvolvimento conjunto.
É óbvio que empresas preferem localidades que garantam boas condições para o
fortalecimento dos negócios e
São Caetano tem fatores de
sobra para atrair novos empreendimentos.
Foi em plena vigência do
Estado Novo, regime totalitário de Getúlio Vargas, que
nasceu a Associação Comercial de São Caetano e o dia 23
de fevereiro de 1938 se tornou data histórica na cidade.
Idealizadores e entusiastas, os comerciantes
sancaetanenses enfrentaram adversidades em
busca dos direitos. A associação lutava pelo
fortalecimento da classe empresarial e consequente desenvolvimento local.
A nova avaliação dos municípios em
1944, que colocou São Caetano como 2°
Subdistrito de Santo André, foi estopim para
reacender o movimento autonomista, que
garantiu o direito a plebiscito em 24 de outubro de 1948. A população votou a favor
da emancipação e, no ano seguinte, São Caetano do Sul se tornou município autônomo.
Mesmo quando a autonomia da cidade
ainda era sonho distante, a associação se
manteve como instituição forte e segura.
A experiência e o êxito na presidência da
Aciscs me levaram à vice-presidência da Facesp (Feração das Associações Comerciais do
Estado de São Paulo) por três mandatos, nas
gestões de Alencar Burti e Guilherme Afif Domingos. Fico muito honrado de ser o único
na história de São Caetano a ter conquistado
espaço na Facesp.
A Aciscs sempre foi exemplo no Estado
de São Paulo e se destaca como uma das melhores associações.
As empresas continuam a missão de exigir condições locais e regionais adequadas,
que permitam prosperar em ambiente de
competição. Não podemos esquecer que a
razão de uma associação comercial existir é
o bem-estar do associado e a participação de
cada um nas decisões e no desenvolvimento
da entidade é o que determina o sucesso.
Portanto, os parabéns são para todos que
mantêm a Aciscs viva e valente.
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Simplizzz, inovador desinfetante em pa
Wilson Rainatto, pai de Giuliano e Fabrício, lança oficialmente o Simplizzz, colocando uma pastilha efervescente em um tubo com água, para simbolizar o início das operações do produto
Bárbara Thêrrie
Ele é usado quase que diariamente nas
residências, estabelecimentos comerciais e
industriais. Sua utilização é indispensável
para a conservação de ambientes limpos e
saudáveis, além de agir na eliminação de bactérias e germes. Normalmente, vem numa
embalagem plástica e você tem de manipulá-lo fazendo misturas que nem sempre dão
certo e ainda são desperdiçadas.
Pela descrição, ficou fácil descobrir que
estamos falando do desinfetante, agente químico que destrói a forma vegetativa de todos
os micro-organismos patogênicos. Entretanto, engana-se quem pensa que o objeto em
questão é o desinfetante comum.
Acaba de chegar ao mercado o Simplizzz, o primeiro desinfetante em pastilha efer-
vescente. Como o próprio nome já sugere, a
aplicação do produto é simples e não demanda conhecimento técnico. Ele é muito
parecido com o sal de frutas, usado para azia
e alívio estomacal, em que a pessoa joga a
pastilha num copo com água, espera alguns
segundos até que o líquido faça a combinação do ácido e bicarbonato, produzindo a
efervescência.
Da mesma forma funciona o Simplizzz,
lançado em 13 de fevereiro, na Pizzaria Vicenza, em São Caetano do Sul, pela W Fabrill,
empresa especializada na fabricação e prestação de serviços nas áreas industriais, automotivas e de lavanderias, .
O objetivo dos idealizadores é agregar
facilidade e saúde. O consumidor dilui na água
a quantidade recomendada, de dois litros, e
pode aplicar em todo e qualquer espaço para
a higienização do ambiente, sem prejudicar
seu bem-estar.
O produto vai ser vendido numa caixa
com cinco pastilhas, diferente dos desinfetantes comuns, comercializados em embalagens plásticas, que ocupam mais espaço nos
armários e ainda oferecem riscos às crianças
e animais.
Segundo o diretor administrativo da WFabrill, Giuliano Rainatto (idealizador do novo
produto), a novidade foi criada levando em
conta a consciência ecológica e por este motivo é considerada revolucionária: "Hoje essa
pastilha é biodegradável em 95% em 10 dias,
ou seja, ela cai no meio ambiente e nesse
período está totalmente absorvida, não demora anos para ser degradada como as garrafas plásticas, por exemplo".
Pensando na praticidade e também em
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astilha efervescente que cabe no bolso
economia, a pastilha poderá ser encontrada nos supermercados a um preço acessível. Ainda segundo Giuliano Rainatto, "não
se pode lançar um produto que seja muito
caro, por isso ele terá um custo atrativo,
chegando a ser 30 a 35% mais barato que
os desinfetantes atuais". O Simplizzz será
comercializado em torno de R$ 0,99; cada
pastilha faz dois litros, ou seja, cada litro
custa menos que R$ 0,50. Lembrando que
a caixa vem com cinco e, portanto, chega a
acumular 10 litros.
Com uma linha de atendimento abrangente, a pastilha não é indicada somente
às donas-de-casa, mas também pode ser
usada na esterilização de outros locais,
como restaurantes, hospitais e até frigoríficos. O engenheiro químico e diretor operacional da WFabrill, Fabrício Rainatto, afirma que o produto tem tudo para receber
uma boa aprovação dos clientes e ele explica o porquê: "A pastilha efervescente
possui um alto grau de biodegradabilidade, isto é, a velocidade em que o meio ambiente consegue absorvê-la, enquanto os
desinfetantes comuns têm uma fórmula
química volátil, a essência e potência vão
embora muito fácil".
Assim como a concepção do produto, o
processo de divulgação também deve ser
bem simples. Segundo o publicitário João
Neto, as pessoas precisam experimentar a
substância, conhecê-la, para mudar de opinião e de hábitos.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Caetano, Celso Amâncio, que também compareceu à solenidade,
disse ter ficado muito feliz com o lançamento
do Simplizzz na cidade. Ele contou que há
um ano e meio foi conhecer o projeto e afirmou se tratar de um produto que não existe
igual no Brasil. "Além de limpar, tem um cheiro bom e é bactericida, então você tem uma
limpeza muito garantida".
Há dez anos no mercado, a Senarc (Serviço Nacional de Recuperação de Crédito), que
possui contratos com os maiores varejistas
do país, dentre os principais, o Carrefour, a
Coop e o Joanin, terá a exclusividade da distribuição da pastilha. Segundo o diretor Fábio Amancio, o objetivo da empresa "é em
pouco tempo disponibilizar o produto nas
prateleiras para o consumidor final".
Celso Amâncio, secretário
de Desenvolvimento
Econômico e Trabalho de
São Caetano do Sul, abraça
Fabrício Rainatto, no
lançamento do Simplizzz,
a pastilha efervescente
que vira desinfetante
quando adcionada a dois
litros de água, criada por
Giuliano Rainatto
História da WFabrill
Fundada em 31 de março de 1999, a
WFabrill é uma empresa da família Rainatto, tradicional de São Caetano do Sul. Sua
atuação está voltada à fabricação de produtos químicos e à prestação de serviços
no segmento de limpeza industrial, automotiva e lavanderia.
Um dos carros-chefe do empreendimento é o sistema de reúso de água, processo pelo qual a água, tratada ou não, é
reutilizada para o mesmo ou outro fim. O
diretor operacional Fabrício Rainatto explica que a necessidade da água por parte
de empresários e multinacionais é muito
grande, e às vezes o abastecimento da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico
do Estado de São Paulo) é insuficiente.
"Para você lavar um ônibus ou caminhão
vai cerca de 600 litros e como vai fazer isto
para uma frota de 100, 200 veículos?". Segundo ele, hoje a empresa possui 107 estações de reúso em funcionamento.
Foi a partir dessa demanda de assistência na área de lavagem e conservação
de frotas que a empresa começou a evoluir e se consolidar. O diretor administrativo, Giuliano Rainatto, alerta que o segmento de limpeza está estagnado há anos
e cada vez mais pede uma inovação. "Nós
investimos muito em pesquisa e é isso
que a WFabrill está propondo ao mercado, o aprimoramento contínuo da qualidade de seus serviços, bem como o desenvolvimento de condições que garantam o melhor desempenho do que é oferecido aos seus clientes".
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Edison Parra, um empreendedor e
economia ou da ciência política, co
Joaquim Alessi
De comunista e ateu, a cristão praticante
e convicto. De estudante do Senai, de Engenharia e de Ciências Sociais, a empresário de
sucesso, hoje com cerca de 150 colaboradores em sua conhecidíssima Dr. Doc. De sindicalista de esquerda, daqueles que vivenciaram o surgimento de Lula no ABCD, a consultor de empresas com a missão principal
de evitar, ou pelo menos amortecer, o choque nos conflitos capital-trabalho. De criador do Programa Cafezinho, para colocar na
mesma mesa patrões e empregados, executivos e líderes operários, a sócio de franquia
de uma das mais renomadas e sofistacadas
casas de café, doces e salgados do País, a Cristallo. Esse é um rapidíssimo resumo da história do empresário - e, mais do que isso,
verdadeiro empreendedor - Edison Parra, que
aos 54 anos esbanja fôlego de menino ao
comandar inúmeras atividades durante todo
dia de trabalho e ainda assim arrumar tempo
para dedicar-se à política em sua cidade, São
Caetano, onde preside o diretório municipal
do PHS - Partido Humanista Social.
A ideia de traçar um perfil do empreendedor Edison Parra surgiu exatamente no instante em que ele inaugurou sua franquia da
Cristallo no ParkShopping São Caetano. Frequentador da rede, seja na unidade da badaladíssima rua Oscar Freire, nos Jardins, em
São Paulo, ou no Shopping Paulista, não
conseguia entender como não havia uma
Cristallo no ABCD, a fim de que as pessoas
daqui pudessem vivenciar momentos inesquecíveis com um delicioso café ou chá,
acompanhados de chocolates, doces, tortas,
petit-fours, além de pratos especialmente
preparados para uma refeição diferenciada e
surpreendente.
Quem já teve o privilégio de degustar uma
bomba Baileys, só pra citar o carro-chefe da
casa - feita de massa éclair, recheada com um
saboroso creme de licor do mesmo nome e
coberta com fondant de licor Baileys, com
receita autorizada exclusiva da Cristallo com
licença exclusiva do fabricante - não conseguia imaginar a região sem esse privilégio.
E a bomba Zabaione, feita com massa Parra exibe com orgulho uma bandeja de bomba Baileys, carro-chefe da Cristallo, que o empresário trouxe para o ABCD
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empresário, que, seja no campo da
onhece bem os dois lados do balcão
éclair recheada com creme de zabaione e coberta com fondant rosado? Hummm. E tem
mais: todos esses doces são produzidos e trocados diariamente, sem conservantes.
Bem, poderíamos ainda falar do cafezinho maravilhoso, dos salgados, mas isso exigiria outra reportagem. A ideia aqui, surgida
na inauguração, foi a de mostrar quem teve
essa magnífica ideia de trazer a Cristallo para
o ABCD. E aí chegamos, para nossa surpresa, em um conhecido de alguns anos.
E ele nos recebeu na loja da Cristallo, com
belas bombas Baileys, cafés, sorvete Baileys...
Bem, vamos falar do Parra, que só não é sulsancaetanense de nascimento porque veio
morar na cidade com três meses de vida.
Seu pai, Alberto Parra, já havia morado
aqui, mas ao casar-se, com poucas posses,
foi residir na casa do sogro, em São Paulo. O
amor pelo município, porém, fez com que
voltasse logo para a “jóia rara do triângulo”,
como diz a letra do Hino Municipal, trazendo
Edison no colo.
A patir daí, Edison Parra nunca mais deixou São Caetano. Fez o antigo grupo escolar
(ensino básico) no Sylvio Romero, cursou o
ginásio (hoje ensino fundamental) na escola
Vila Olímpica (hoje Escola Estadual Professora Maria da Conceição Moura Branco), frequentou o colegial (hoje ensino médio) no
famoso Instituto de Ensino de São Caetano,
ao mesmo tempo em que estudou no Senai.
Naquele ano de 1973, quando ingressou no
Serviço Nacional da Indústria, o grande sonho de boa parte dos meninos era virar metalúrgico, profissão com emprego garantido
nas montadoras do ABCD e salários compensadores. Por isso mesmo começou a trabalhar na Volkswagen, mas sem parar de estudar. Foi cursar Engenharia e até Ciências
Políticas e Sociais, este no Imes, hoje USCS,
Universidade Municipal de São Caetano, escola onde igualmente pós-graduou-se em
Administração.
Trabalhou 20 anos na Volks, foi aprendiz
no Senai, atuou em manutenção, professor
de supletivo e instrutor do Senai. “Em 1973,
minha turma chamou o Lula para ser paraninfo”, conta, ao lembrar de sua adolescência de comunista, quando chegou a coorde-
Do lado de dentro do balcão, Edison Parra faz questão de explicar que todos os produtos são feitos e trocados diariamente na Cristallo
nar a chapa de Frei Chico (irmão de Lula)
para disputar a presidência do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Caetano com o então
pelegaço da época João Lins Pereira. Pelego
era o termo que se aplicava aos sindicalistas
que mais ajudavam os patrões do que os trabalhadores.
Mas a vida reservou novas tarefas ao militante Parra. “Fui assessor sindical até cair o
muro de Berlim (9 de novembro de 1989,
exatamente o ano em que Lula disputava
pela primeira vez a Presidência da República
e perdia no segundo turno para Fernando
Collor de Mello) e desse acontecimento em
diante virei consultor de empresas na área
sindical, o outro lado do balcão, pois também já tinha filhos para criar e cheguei à conclusão de que precisava ganhar dinheiro”,
revela Edison Parra.
Assim, ele voltou para a Volks, agora como
consultor da Autolatina (fusão Volks e Ford),
e teve passagens por importantes e gigantescas empresas, como Fiat, Pirelli, Cofap,
Metal Leve e Freios Vargas, Odebrechet, em
Angola, entre outras.
“Havia um despreparo total das empre-
sas para negociar com os sindicatos. Ainda
vinham daquela cultura do tratamento de
choque, de chamar a Polícia para tudo, para
acabar com as manifestações na força bruta,
e não precisava nada disso. A Volks, para você
ter uma ideia, tinha feitor, coisa escravagista.
O termo peão era pejorativo, que as direções
usavam para menosprezar o trabalhador, e
só parou de ser quando os líderes sindicais o
incorporaram, tratando-o com orgulho, e ele
parou de ser uma agressão. É igual ao porco
do Palmeiras. Quando os torcedores passaram eles mesmos a gritar ‘e dá-lhe porco’,
acabou essa história”, diz Parra.
“Tinha um executivo, gringo, que jogava
bola aos sábados com a peãozada, mas ele
chegava ao vestiário, trocava de roupa, calçava as chuteiras, ia pro campo e se recusava
a falar bom dia, a cumprimentar os trabalhadores. E me dizia que em campo dava botinada, levava pancada e não se importava,
era futebol, mas daí a dar a mão a um operário estava fora de sua cultura, veja o absurdo”, relata Parra.
(continua na página seguinte)
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Consultor afirma que o comunismo
que experiência profissional ajuda a
E o assessor sindical que virou consultor
de empresas revela: “Eu chegava em reunião
com executivos dessas multinacionais e explicava que os trabalhadores são seres humanos, que gostam de ser tratados com respeito (e quem não gosta?), que eles são inteligentes, e aí criei o ‘Programa Cafezinho’,
algo muito simples, que fazia o topo da pirâmide relacionar-se com a base, e isso melhorou muito a relação capital-trabalho”. Isso
talvez explique a franquia da Cristallo.
Essa atividade perdurou até o final dos anos
90, quando, amadurecido o relacionamento
entre empresários e trabalhadores, quase sem
greves por parte dos operários, Parra virou
“um consultor normal”, como ele mesmo de-
fine. Mas o espírito de empreendedor não deixou que ele descansasse. Vislumbrou a oportunidade de criar uma empresa voltada para a
regularização de documentos de veículos e assim nasceu, em 2002, a Dr. Doc.
Começou com um funcionário, e nos três
primeiros anos Parra não teve nenhuma retirada. “Esse é um dos segredos para o sucesso de qualquer empreendimento”, ensina,
ao lembrar que muitos trabalhadores, quando demitidos, costumam investir toda a indenização num primeiro negócio e muitos
acabam quebrando. “O cidadão precisa de
dinheiro para o supermercado, pagar as contas de casa, e aí não dá tempo de amadurecer
o negócio, isso é ruim”.
Apaixonado pelo cafezinho, Edison Parra também vive seu momento de cliente Cristallo em uma das mesas da casa
Depois de três anos, a Dr. Doc já tinha 15
funcionários, ou colaboradores, como destaca
Parra, e crescia muito. Hoje, os colaboradores
são 150, e os contratos prosperam com financeiras, bancos, enfim, todos os que emprestam
dinheiro para o cidadão adquirir seu atomóvel.
“São muitos os problemas decorrentes da falta
de pagamento, e aí a documentação fica vencida, faz-se necessário a regularização da parte
jurídica, muitas vezes tem ação judicial, bloqueio, problemas decorrentes de furto, e tudo
isso nós resolvemos”, diz Parra.
Com sua experiência, ele adverte que a
inadimplência (palavão para amenizar o termo calote) “tende a aumentar” em função
dos longos prazos de financiamentos. “Os
bancos flexibilizaram muito as negociações
até porque não compensava tomar o veículo de quem devia, mas o rigor vai voltar, seja
na concessão de financiamento, seja na retomada dos carros”, assevera.
Experiente, Parra acredita estarmos longe de uma crise de crédito. “As reduções das
taxas de juros já sinalizam em favor do mercado, os bancos batem recordes de lucros seguidamente, a parte da inadimplência é administrável, e nunca vai acontecer com o financiamento dos nossos automóveis o que
ocorreu com os imóveis nos Estados Unidos,
mas vai acabar esse negócio de financiar em
60 meses, muito embora os pagamentos em
dia cheguem a 93% dos compradores”.
Administrador de conflitos
Questionado sobre se sua experiência nos
dois lados do balcão o credenciaria como um
“apaziguador”, ele descarta o termo, e explica:
“Minha experiência profissional, tanto como
assessor sindical quanto consultor empresarial
me dá uma visão privilegiada, seja do ponto de
vista do capital, ou do trabalho. Me ajuda a
administrar conflitos, e é disso que eu gosto. O
conflito é importante”, ensina, certamente sem
perder a raiz dos ensinamentos marxistas, baseados na dialética de Hegel, com os conceitos
de tese, antítese e síntese, “a conciliação dos
contrários nas coisas e no espírito”.
“Hoje tenho a facilidade de enxergar o
conflito antes de ele acontecer”, revela Parra, acrescentando: “Enxergar o conflito antes
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ruiu pela ausência de Deus e conta
antever conflitos, muitas vezes bons
é bom para que ele não aconteça, ou mesmo
para que ele aconteça de forma administrável, pois o conflito às vezes é bom”.
Presença de Deus
Juntou-se aí o ex-comunista, ateu, hoje
cristão, e o sangue espanhol a correr nas veias. Ingredientes básicos para a boa formulação de um político, com políticas públicas.
Mas um político que também sabe ouvir.
E ceder, quando o argumento em contrário é
bem fundamentado. Parra acredita que o comunismo ruiu pela ausência de Deus. E revela como converteu-se: “Eu acreditava mesmo no socialismo da então União Soviética,
que isso poderia ser o melhor para a humanidade, mas ele deu muito errado pela expulsão de Deus. Afirmava-se naquela época
que a religião era o ópio do povo, mas falava-se em igualdade social, em justiça social
sem a presença de Deus. Em 1993, eu fui a Duetto, com dois ovos ao leite e crocante, compõe as delícias que a Cristallo preparou especialmente para se festejar a Páscoa
uma reunião para derrubar um pastor, fazia
perguntas de ateu, provocando, e ele respondia com calma, com tranquilidade, sem
exaltar-se com as minhas provocações, com
um jeito diferente, o que me levou a ler a
Bíblia, a conhecer melhor seus ensinamentos. Isso mudou minha maneira de compreender a própria vida, e a colocar nas mãos do
Senhor Jesus.”
Delícias da Cristallo
Bem, mas essa reportagem não poderia
mesmo terminar sem uma rápida exposição
das razões que a motivaram: as delícias da
Cristallo, que você curte nas fotos ao lado.
Ah, também não poderíamos deixar de falar
na Páscoa, que se aproxima. E a doceria também
apresenta sugestões criativas de dar água na
boca. Entre elas, as caixas transparentes que oferecem a degustação de diversificados chocolates
da rede. São apresentadas em três versões: Duetto (foto) , com dois ovos ao leite e crocante
(300g); Linea Oro, três ovos nos sabores ao leite, crocante e torrone (450g) e a Degustazione,
com seis ovinhos nos sabores ao leite, alpinista,
amargo, crocante, gianduia e torrone (120g).
Para saber mais, só mesmo indo até a
loja da Cristallo no ParkShopping São Caetano, no piso superior. É tudo de bom.
Sorvete Baileys está entre as atrações da casa, que se preparou para oferecer inúmeras outras delícias aos seus clientes
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São Caetano homenageia moradores
com o Projeto Cidadão da História
O Projeto Cidadão da História da Prefeitura de São Caetano do Sul homenageia
moradores, entidades e estabelecimentos
comerciais que são verdadeiros símbolos
dos bairros em que estão situados. Na sexta-feira (24/2), no salão de eventos do CISE
Moacyr Rodrigues, o Programa prestou tributos aos habitantes e instituições dos
bairros Santa Paula e Santo Antônio e também do Centro, em cerimônia que contou
com presenças de autoridades municipais
e famílias do município.
Em seu discurso durante o evento, o
prefeito José Auricchio Júnior fez questão
de agradecer aos laureados por emprestarem os seus nomes à história do municí- Programa prestou tributos aos habitantes e instituições dos bairros Santa Paula e Santo Antônio e também do Centro
pio, que, agora, estarão registrados e documentados nos arquivos da Fundação
Pró-Memória da Secretaria de Cultura da
cidade (responsável por resgatar a memória de São Caetano e preservar sua identidade). “Cada um dos homenageados contribuiu de alguma forma com a rica história de São Caetano. Só posso mostrar gratidão nesse momento.”
“O Projeto Cidadão da História remonta
a construção de São Caetano. E tenho certeza de que os homenageados estão muito
felizes nesse momento em que deixam um
grande legado aos seus descendentes”, ressaltou, na cerimônia de sexta, Regina Maura Zetone, assessora especial de CoordenaAssessora especial Regina Maura destacou que o Projeto Cidadão da História remonta a construção de São Caetano
ção da Ação Social da Prefeitura.
Na ocasião, a presidente da Fundação
Pró-Memória, Maria Teresinha Dario Fiorotti, observou que o Cidadão da História
é um Programa muito importante à cidade,
já que valoriza os cidadãos e deixa as suas
histórias definitivamente marcadas no município. “Dezenas de pessoas já foram contempladas por esse Projeto, que preza pela
herança e os laços comunitários.”
Casados há 55 anos, José Incerpi e Nydia
de Moraes Rosa Incerpi, moradores do
Centro há 83 e 55 anos, respectivamente,
foram homenageados pelo Projeto. Eles estavam radiantes ao receberem as láureas.
“Somos muito agradecidos por esse momento que a Prefeitura nos proporcionou”,
afirmou José.
Maria Teresinha Dario Fiorotti, da Fundação Pró-Memória, diz que o projeto “preza pela herança e laços comunitários”
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Histórias de pessoas comuns fazem
parte de livro lançado com emoção
Fotos: Alexandre Yort/PMSCS
A noite de 15 de fevereiro fez do Teatro
Santos Dumont palco de um marco na história de São Caetano do Sul. O lançamento
do livro De Maria a José - Histórias de
pessoas comuns que fizeram de São
Caetano o que é hoje foi realizado com
cadeiras lotadas e muita emoção.
O evento teve início com o violinista Ivo
Alencar e a cantora Ivany Barreto interpretando Maria, Maria, grande sucesso de Milton Nascimento. A performance dos músicos arrancou palmas da plateia e mostrou
que a noite seria realmente especial.
O cerimonial foi aberto pela coordenadora de Livro e Leitura da Secretaria Municipal de Cultura e uma das responsáveis pela
organização do livro, Daniela Fraga, que fez
questão de agradecer a todos e lembrar como
surgiu a ideia da publicação. “Tudo começou
em 2009, com a ideia de modificar projetos
de incentivo à leitura. Depois de muito trabalho, hoje o projeto se torna realidade”.
Daniela encerrou homenageando autores e personagens do livro. “Os autores puderam mostrar talento e criatividade. As histórias que retrataram são de pessoas comuns
que fizeram de São Caetano o que é hoje”.
Quem deu continuidade à cerimônia foi
Ana Maria Guimarães Rocha, presidente da
Academia Popular de Letras do ABCD, diretora da Divisão de Bibliotecas da Secretaria
Municipal de Educação (Seeduc) e também
foi responsável pela organização do livro.
Ana Maria agradeceu à Secretária Municipal de Educação, Magali Selva Pinto, pela
confiança e liberdade no trabalho, e também
à Secretária Municipal de Cultura, Adriana
Sampaio, que, segundo ela, “veio somar na
administração e resgatar autores da Academia, possibilitando que o livro se tornasse
uma obra tão rica”.
Ela também aproveitou para lembrar que
“no espaço democrático da biblioteca, todos
são bem- vindos”. Contou sobre os trabalhos realizados na Biblioteca, como saraus,
chás literários, oficinas de criação literária e
encontros com escritores renomados, além
de convidar as pessoas a irem até a instituição com “convicção de que serão recebidos
com o maior carinho possível”.
Daniela Fraga, assessora da Cultura, lembra que tudo começou em 2009, com a ideia de modificar projetos de incentivo à leitura
Ana Maria passou a palavra à secretária
de Cultura, Adriana Sampaio, que disse que
o livro De Maria a José é a realização de um
sonho. “Um sonho que, diferente da maioria
- que sai do papel -, foi para o papel. É motivo de muito orgulho para nós, sendo nossa
primeira publicação e resultado de um trabalho em conjunto. É uma prova de que cultura e educação têm de andar juntas.”
E acrescentou: “Li o livro e viajei pelas
histórias. Como a que conta quando a Kennedy era um córrego. Enfim, são relatos da
história de São Caetano registrados nas páginas deste livro. Estamos muito felizes e
orgulhosos”.
Representando o prefeito José Auricchio
Júnior, a assessora especial de Coordenação
de Ações Sociais, Regina Maura, disse que,
na verdade, o livro não fala de pessoas comuns. “Pelo contrário, fala de pessoas especiais e foi escrito por pessoas especialíssimas, capazes de mostrar um pouco mais do
que foi e o que é nossa cidade. Cada vez mais
reconhecida pelos seus predicados”.
Regina Maura recebeu o primeiro exemplar do livro e continuou: “A Secretaria de
Cultura tem se mostrado uma usina de ideias
e criatividade. Tenho certeza de que todos
vão degustar essa leitura com muito carinho
e terminá-la com grandes revelações”.
A cerimônia teve sequência homenageando as grandes estrelas da noite: os autores. Representando todos eles, Lenice Duarte Melero recebeu flores e disse que “é uma
honra estar ao lado de tão competentes escritores”. Quem também recebeu homenagens, representando os munícipes da cidade,
foi Maristela Rossi, que disse que “esta publicação colabora para que a vida de outras
pessoas se torne melhor. E é um estímulo
para seguirmos, cada vez mais, nossa missão
de incentivo à leitura”.
Publicação
O livro De Maria a José - Histórias
de pessoas comuns que fizeram de
São Caetano o que é hoje é resultado de
uma parceria entre a Secretaria Municipal de
Cultura (Secult) da Prefeitura Municipal da
cidade, a Academia Popular de Letras do ABC
e a Companhia Editora Nacional, fundada
pelo escritor Monteiro Lobato, inicialmente
chamada Monteiro Lobato & Cia.
Ao longo de quase 80 páginas, o livro
contém crônicas de 28 autores talentosos e
criativos, que contam histórias fascinantes de
pessoas que ajudaram a construir a cidade de
São Caetano do Sul e a torná-la o que é hoje.
Março de 2012
ABCD Real
Adriana Sampaio, secretária municipal de Cultura, foi lembrada por resgatar autores
Evento contou com apresentação musical que agradou a todos os participantes
Ana Maria Guimarães Rocha, presidente da Academia Popular de Letras do ABCD
Lenice Duarte Melero representou os autores e disse ser uma honra estar ao lado deles
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Teatro Santos Dumont foi palco do marco na história de São Caetano, com o lançamento do livro De Maria a José - Histórias de pessoas comuns que fizeram de São Caetano o que é hoje
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ABCD Real
Março de 2012
Apae de São Caetano celebra o Dia
Internacional da Síndrome de Down
Fotos: Du Merlino/PMSCS
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Caetano, com apoio
da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida
(Sedef) da Prefeitura, realizou evento na
manhã de quarta-feira (21/3) para celebrar
o Dia Internacional da Síndrome de Down,
instituído em 2006 por iniciativa da entidade Down Syndrome International. A cerimônia contou com a presença da primeira-dama
de São Caetano, Denise Auricchio, que representou o prefeito José Auricchio Júnior,
além de autoridades e familiares de pessoas
com a síndrome.
“Este não é só um dia de festa. É o momento para passar uma mensagem importante de que ser diferente é normal. Todo
mundo é diferente, todo mundo tem uma
dificuldade, um desafio a enfrentar”, destacou a secretária municipal dos Direitos da
Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida, Lilian Cristina Fernandes. Ela lembrou
que a integração está crescendo e citou como
exemplo a Prefeitura de São Caetano, que
criou o programa Agente Superação para
auxiliar pessoas com deficiência intelectual a
entrar no mercado de trabalho.
A secretária municipal da Educação de
São Caetano, Magali Aparecida Selva Pinto,
também prestigiou o evento e falou sobre a
importância da participação de toda a sociedade na inclusão das pessoas com necessidades especiais – ela lembrou o papel da rede
municipal de ensino na acolhida às crianças
especiais. “Gostaria de aproveitar este dia
Alunos da APAE de São Caetano se apresentam durante a celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down
para parabenizar a APAE pelo trabalho que
realiza e, principalmente, as famílias e educadores que lutam pela integração de crianças, jovens e adultos.”
O presidente do Conselho Regional da
APAE, Jorge Salgado, ressaltou que aos poucos a desigualdade social está diminuindo.
“Aqui em São Caetano a Prefeitura implantou projetos inovadores, entre eles a criação
da Sedef.” Ele informou que nos últimos anos,
26 alunos da associação conseguiram emprego com carteira assinada. “Quando incluímos um aluno no mercado de trabalho, é
uma conquista muito grande. Muitas vezes
nem os pais acreditam que isso é possível”,
afirmou.
A comemoração pelo Dia Internacional
da Síndrome de Down em São Caetano foi
iniciada com uma bela apresentação de dança dos alunos Amanda, Andréia, Tânia, Maíra, Alessandro, Rodrigo, Éder e Jean. Depois,
Luiz Gustavo Corrêa, Rosilene Berto e Indira
Lopes Maranhão falaram sobre os desafios
que enfrentam por conta da Síndrome de
Down e relataram as vitórias que conquistam dia-a-dia.
As famílias também marcaram presença
na celebração da data.
Secretária da Educação de São Caetano, Magali Aparecida Selva Pinto, também prestigiou o evento, e a diminuição da desigualdade foi ressaltada pelo presidente da APAE, Jorge Salgado
Março de 2012
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ABCD Real
Escola encontra cápsula do tempo e
relembra a história de São Caetano
Fotos: Alexandre Yort/PMSCS
Educadores da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Castorina Faria Lima, no
Bairro Santa Maria, em São Caetano, tiveram
agradável surpresa durante as obras de reforma da unidade – reinaugurada pela Prefeitura
no início de março. Quando trabalhadores da
obra de revitalização escavaram o jardim da
escola, encontraram uma cápsula do tempo
enterrada no lançamento da pedra fundamental da construção, local conhecido na época
como Parque Infantil da Rua Teffé. Dentro do
objeto, um jornal do dia, panfletos com listas
de obras a serem inauguradas pela Administração do então prefeito Hermógenes Walter
Braido e documentos históricos.
O ano era 1966. O Brasil, comandado pelo
marechal Humberto Castello Branco, primeiro
presidente do regime militar iniciado dois anos Diretora da EMEI, Valdeci Aparecida Biazoto, se emocionou
antes. Nos Estados Unidos se multiplicavam
os protestos contra a Guerra no Vietnã. Enquanto isso, a União Soviética lançava a sonda
Lunik 9, que tornara-se o primeiro objeto construído pelo homem a pousar na superfície da
Lua. Na China, Mao Tse-tung iniciava a Revolução Cultural que radicalizou a perseguição
aos seus inimigos políticos. E em São Caetano,
a 15 de outubro, o prefeito Hermógenes Walter Braido lançava a pedra fundamental da construção da escola – inaugurada no ano seguinte
com o nome de Castorina Faria Lima.
A diretora da EMEI, Valdeci Aparecida Biazoto, lembra que os funcionários da escola se
emocionaram com a descoberta. “Foi algo mui- EMEI Castorina Faria Lima fica no Bairro Santa Maria
to inesperado. Desde 1966 foram realizadas
muitas reformas neste prédio, mas a cápsula
nunca tinha sido encontrada. Agora, todos brincam que a cápsula é nosso tesouro enterrado”.
Para marcar para sempre a descoberta
histórica, a direção da EMEI Castorina Faria
Lima enquadrou as atas de lançamento da
pedra fundamental da escola, com informações sobre a data de sua recuperação.
Jornal e documentos foram encontrados com a cápsula
Entre os documentos, lista de obras entregues pela Prefeitura
Documentos históricos estão expostos na escola
Ata de lançamento da EMEI Castorina Faria Lima
Cápsula do tempo de 66 achada na EMEI Castorina Faria Lima
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Março de 2012
Querida Marie Claire
Em São Paulo, residi faz muitos anos na
avenida Angélica. Naquela época namorava
uma antiga amiga, adorável, que trabalhava
no Dama da Noite, um casarão da rua Sergipe
que velhos amigos transformaram em bar.
Com agradável quintal e clássica escada de
mármore, o imóvel destacava-se no quarteirão, constituindo agradável cenário art-nouveau cravado na inóspita região central da cidade. Minha namorada, paquerada de mesa
em mesa, servia como garçonete.
Todas as noites sentava-me num canto e
só saía com o último freguês. Íamos a pé para
casa. No caminho para o apartamento da Angélica, era necessário descer uma ladeira e tanto. Marie Claire imaginava que os porteiros e
vigias deveriam se perguntar por que, todas as
noites, descia por ali, sempre à mesma hora,
uma menina bonita arrastando um bêbado.
Falei em Marie, mas quero falar mesmo é
do apartamento — aliás, não propriamente
do apartamento, e sim do telefone grampeado que a gente tinha na sala. No entanto não
resisti ao impulso de descrevê-la, nem à vontade de declarar publicamente a afeição que
sentia por ela e o quanto a admirava e a queria. E de revelar ainda a falta que ela faz aqui,
em nossa contínua caminhada pela Terra. Hoje
torço para que seja verdade tudo o que dizem: que, lá em cima, os corações puros descansam felizes e reencontram os bons amigos. Por você, Marie, sonho que seja verdade.
Havia na sala do apartamento um telefone
grampeado dia e noite. O pitoresco, no caso, é
que nós éramos os grampeadores. Involuntários, mas grampeadores. Bastava que erguêssemos o fone do gancho para ouvir mais um capítulo da história que se desenrolava do outro
lado da linha: um engenheiro grego, morando
no Brasil havia pouco tempo, tentava uma maneira de reunir meios para construir o protótipo
de um invento, que, segundo o que ouvíamos,
era revolucionário. Tratava-se de uma turbina
hidráulica para geração de eletricidade.
Para seguir a novela, incógnitos, tínhamos que pegar no telefone ao mesmo tempo
em que o engenheiro. Nas primeiras vezes em
que aconteceu, eu dizia "alô", e a conversa do
outro lado era imediatamente interrompida.
O grego, com forte sotaque e razoável conhecimento do português, imediatamente
alertava o interlocutor: "Linha crrrruçada!", e
logo resolviam desligar e refazer a chamada.
Só que não adiantava, as duas linhas não se
desgrudavam nunca. Com o tempo fui percebendo que, se permanecesse calado, o inventor não percebia que eu estava bisbilhotando
a conversa. Não me tomem por mal-educado, mas quando notei que negociava a turbina com o Exército Brasileiro, em plena ditadura militar, interessei-me pelo enredo.
E a conversa avançava, cada dia mais interessante. Certa vez interceptei o papo entre o estrangeiro e a mulher de um coronel. Ela
o convidava para jantar em sua casa, onde
estariam reunidos outros oficiais e pessoas
importantes que, certamente, se interessariam pelo invento. Uma semana depois, pude
acompanhar o engenheiro narrando a um
amigo de confiança como havia transcorrido
o jantar. Ele jurava que tudo fora uma armação com o propósito de fazer com que entregasse o projeto, para apreciação dos militares. A parte mais engraçada foi quando deu a
entender que a mulher do coronel até havia
se insinuado para ele. E que se declarara aborrecida por ele ter comparecido ao encontro
sem a papelada do projeto. Nada bobo, confidenciava ao amigo: "Se eu entregar, eles vão
copiar tudo e me dispensar!". Pelo que entendi, ele propunha que o Exército lhe fornecesse pessoal técnico e material para que ele
mesmo comandasse a confecção da turbina.
O grande avanço era que a tecnologia inédita
seria capaz de fazer a turbina fina, leve e de
fácil manejo, e gerar muitos quilowatts a partir de um ribeirão simples, de pouco declive e
sem grande volume de água.
Como tive de me mudar, acabei não sabendo se nosso Onassis, ou Papadopoulos,
conseguiu construir a tal turbina, nem se o
Exército — se estava mesmo interessado —
obteve o projeto inovador. No dia da partida,
tentei grampear sem sucesso mais um pouco
da história que, afinal, ficara fazendo parte da
casa e de minha vida. Às vezes passava em
frente ao prédio e quase perguntava ao porteiro se o apartamento ainda estava sem novo
hóspede, e se não permitia que eu subisse para
curtir mais um trecho da história — que, com
certeza, continuava a se desenrolar. Hoje, com
tantos grampos causando baixas por aí, a novela sempre me vem à cabeça. Já pensei até em
escrevê-la para teatro, dando-lhe um desfecho. Por ora compõe apenas parte de minhas
lembranças, que incluem a saudade dos passos pesados, sob a luz das estrelas, enquanto
seguia ladeira abaixo, ancorado no perfume e
na companhia querida de Marie Claire.
Guttemberg Guarabyra
Março de 2012
ABCD Real
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Qualidade da água leva vereadores
e a Sabesp ao bairro Santa Cruz
Na segunda-feira (12/3), uma comissão
de vereadores da Câmara Municipal de São
Bernardo do Campo realizou uma visita ao
Bairro Santa Cruz, localizado na região do
Riacho Grande. A reunião aconteceu na Associação de Amigos do Bairro e foi motivada
pela reclamação feita pela comunidade aos
parlamentares na sessão da quarta-feira (7/
3) sobre a qualidade da água que estava chegando às casas.
Cerca de 50 moradores acompanharam
a vistoria dos vereadores, que contou com a
presença do coordenador regional da Sabesp
(responsável pelo abastecimento), Claudionor Gabbas, que prestou esclarecimentos
aos munícipes a convite dos vereadores.
Durante a reunião, os moradores mostraram novamente a água de cor escura distribuída no bairro. A coordenadora da UBS
(Unidade Básica de Saúde) do Bairro Santa
Cruz, Elaine Atanes de Jesus, contou que
na última semana foram registrados 20 casos de diarreia no posto e que as ocorrências estão sendo investigadas para ver se há
ligação com o abastecimento de água. Rodrigo Romão, técnico da Vigilância Ambiental, falou que estão sendo recolhidas
amostras periódicas e que a coloração da
água tem clareado gradativamente. Segun-
Vereadores Hiroyuki Minami, José Ferreira e Ary de Oliveira com Claudionor Gabas, da Sabesp, e as garrafas com água escura
do ele, as amostras estão sendo enviadas
para análise e em breve já será possível saber a razão da cor escura na água.
A Sabesp pretende trocar toda a rede de
encanamento do bairro e regularizar cerca de
um terço das casas que não recebem água direto da distribuidora. Gabbas disse aos presentes
que está sendo feito um cronograma de traba-
lho, que será apresentado para a associação
até o final do mês, mostrando todas as ações
no bairro e quanto tempo levará para a conclusão. A companhia estadual ainda reativará
o reservatório, localizado no alto da estrada do
Rio Acima, e começará a usar um novo poço,
que está em fase de licitação, para a retirada da
água. Gabbas orientou também sobre a importância da lavagem das caixas d’água.
O presidente da Câmara, Hiroyuki Minami, considerou que a reunião foi boa para
esclarecimento da população sobre as obras
da Sabesp. O chefe do legislativo ainda explicou que foi aberto um processo para que
os vereadores acompanhem o caso e pediu
para que sejam enviados os laudos de análise da água e os estudos realizados pela
UBS. “Agradecemos a comunidade que foi
até a Câmara para mostrar as demandas do
bairro e que motivaram esta vistoria. A Casa
está aberta à população.”
Os vereadores Fábio Landi, Miranda da
Fé, Cabrera, Zé Ferreira, Toninho da Lanchonete e Ary de Oliveira também participaram da reunião com os moradores e se
comprometeram em fiscalizar o andamentos das obras que serão realizadas e a interceder junto aos órgãos competentes sobre
Vereadores Miranda da Fé, Hiroyuki Minami, José Ferreira, Ary de Oliveira, Claudionor Gabas (da Sabesp) e Antonio Cabrera as demandas da região.
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Março de 2012
Desindustrialização do País preocupa
metalúrgicos de São Caetano do Sul
Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato, William Pesinato, vice-diretor do Ciesp, e Nélson Antônio Braido, presidente da Associação Comercial e Industrial de São Caetano
Cidão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, à mesa com os empresários William Pesinato, vice-diretor do Ciesp, da Fami-Itá, e Nelson Braido, presidente da Aciscs e da Metalúrgica Braido
O Sindicato dos Metalúrgicos de São
Caetano do Sul promoveu na quarta-feira,
21 de março, café da manhã com debate
sobre a desindustrialização do País, com o
comparecimento de trabalhadores e empresários da região, entre eles o presidente
da Associação Comercial e Industrial de
São Caetano do Sul (Aciscs), Nelson Antonio Brasil, e o primeiro-vice-diretor do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), regional São Caetano, William
Pesinato, da Fami-Itá, Fábrica de Artefatos
Metalúrgicos Itá.
Os participantes foram unânimes em
afirmar que é preciso promover mobilização para forçar mudanças de rumo nas ações
levadas efetivamente a cabo pelo governo
federal com o objetivo de salvar a indústria
nacional e os empregos dos trabalhadores.
O presidente do sindicato, Aparecido
Inácio da Silva, Cidão, afirmou que o momento é de união, já que os efeitos da política cambial, mais a elevada carga tributária, entre outros, são fatores determinantes
para a redução da produção e do crescimento das importações que colocam em risco o
futuro do parque industrial brasileiro: “O
nosso caso merece toda a atenção, dado que
estamos perdendo empregos em razão do
encolhimento da produção industrial. Hoje,
a produção industrial representa cerca de
15% do PIB nacional, quando na década de
80 era de 27%, e segundo estudos já realizados, se nada for feito, em 2020 será de
apenas 3%”, afirmou.
Cidão afirmou ainda que a mobilização
em curso visa à realização de uma grande
manifestação em 4 de abril deste ano, em
São Paulo, na Assembleia Legislativa, junto
ao Parque do Ibirapuera, à qual estarão presentes todas as centrais sindicais e sindicatos os mais diversos, além de empresários e
suas representações, “com o objetivo de
mostrar ao governo e ao País que não aceitamos retrocesso” no processo de desenvolvimento brasileiro. “Nosso objetivo é assegurar a manutenção e ampliação do parque industrial nacional, que é o setor em
melhores condições para gerar riqueza e
empregos com qualidade. Não podemos retroceder à década de 30, do século XX, quando o Brasil era um mero exportador de produtos agrícolas. Por isso o nosso grito de
alerta”, destacou Cidão.
Março de 2012
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Seminário e palestra marcam neste
ano homenagem ao Dia da Mulher
Cidão, o presidente do Sindicato que criou a homenagem nos últimos anos às mulheres pelo seu Dia Internacional, abraça dona Joana, de 86 anos, durante a realização do evento
Como tem acontecido nos últimos anos,
o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano
do Sul realizou, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, um seminário com
duas importantes palestras gratuitas.
Aparecido Inácio da Silva, presidente do
sindicato, explicou que o evento aconteceu
em10 de março, dois dias após a data oficial,
para que mais mulheres pudessem participar, já que era um sábado, a partir das 9h da
manhã, e ficava mais fácil para todas as interessadas em participar da atividade.
As palestrantes foram a Dra. Regina Maura Zetone, assessora especial de Ações Sociais
da Prefeitura de São Caetano do Sul, e a Dra.
Valzedina Rodrigues Ferreira, advogada trabalhista da entidade sindical, que abordaram o
papel da mulher na sociedade, bem como suas
lutas, conquistas e perspectivas.
A médica Regina Maura Zetone também foi
homenageada pelo Sindicato dos Metalúrgicos
durante esse evento realizado no sábado, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Mais
de 250 pessoas que participaram da festividade
ouviram sua palestra sobre Saúde da Família.
Para o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, Regina Maura
assina parte da história do Sindicato, onde
atuou como médica logo no início de sua
carreira. "Ela tem tanto amor e compromisso
com seu trabalho que, quando precisou deixar o ambulatório devido a problemas na
gestação de sua primeira filha, recebi até abaixo assinado pedindo seu retorno", explicou.
Logo que terminou a residência, seu primeiro emprego foi como ginecologista no ambula-
tório do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, onde atuou por quatro anos, ao mesmo
tempo em que trabalhava pela Amico na Adria.
Segundo Cidão, Regina Maura foi escolhida para
representar as mulheres por ser exemplo de luta,
superação e sucesso. "As mulheres estão alcançado lugares de extrema relevância nos últimos
anos. Elas fazem parte de movimentos sindicais
e participam ativamente da vida política".
Para Regina a mudança representou uma
re-configuração no mercado de trabalho,
onde mulheres assumem postos importantes em todas as profissões trabalhando em
posições que antes eram apenas direcionadas aos homens. "Hoje há muitas famílias em
que o pai, até que se recoloque no mercado,
precisa assumir por um tempo o lar enquanto a mulher está trabalhando".
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Março de 2012
Em entrevista ao Programa Joaquim Alessi, que vai ao ar pela NET ABCD e NET Cidade SP, Adilson Torres, o Sapão, dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, aborda a desindustrialização
Empregados e Empresários unidos
contra a desindustrialização do País
Duas reuniões, promovidas em 12 e 13
de março, começaram a definir a manifestação que as Centrais Sindicais, como CUT,
Força Sindical e outras, vão promover em
conjunto com representantes da indútria
paulista (Fiesp) em 4 de abril, na Assembleia
Legislativa de São Paulo, na qual pretendem
reunir cerca de 100 mil pessoas para cobrar
do governo federal medidas de combate à desindustrialização do País.
O secretário financeiro do Sindicato dos
Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Adilson Torres, o Sapão, disse que só da sua base
devem ser levados ao Ibirapuera cerca de 3
mil trabalhadores. Levantamento mostra
que, em 20 anos, com dados até 2009, a
indústria da transformação fechou, só no
ABCD, cerca de 50 mil postos de trabalho.
“Tudo o que a gente compra hoje, seja
um tênis, uma calça, camisa, caneta ou até
um carro, é, em grande parte, importado, e
isso está acabando com a nossa indústria e
consequentemente com nossos empregos”,
disse Sapão, em gravação de entrevista ao
Programa Joaquim Alessi. A saída, segundo
sindicalistas e empresários, passa pela redução da carga tributária, que tira competitividade da indústria nacional.
Em seu blog, o ex-ministro-chefe da Casa
Civil (Governo Lula), José Dirceu, comenta
essa mobilização de empresários e empregados e diz o seguinte: “Preocupadas com a
perda de competitividade da indústria nacional, centrais sindicais (Central Única dos Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores, Força Sindical) e entidades patronais,
entre as quais a Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (FIESP) e Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) fecharam um acordo
para fazer dois atos políticos.”
Zé Dirceu diz ainda: “Querem pressionar
o governo a adotar ações que permitam ao
setor retomar o fôlego, reconquistar o espaço perdido para produtos importados - na
década de 1980, a indústria representava 27%
do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil; hoje,
o setor beira os 15% - e se estruturar para
enfrentar os novos desafios que se colocam
num cenário internacional adverso.”
E continua: “O mar não está para peixe.
Boa parte do excedente da produção de mercados tradicionais, hoje deprimidos, vem sendo reorientado para cá. Por outro lado, o excesso de liquidez global tem atraído grandes
volumes de capital externo, o que contribui
para valorizar nossa moeda, o que dificulta a
competitividade do produto nacional frente o
importado. Para piorar, há no país uma guerra
de portos – alguns Estados têm baixado alíquotas do ICMS sobre importados, prejudicando a indústria em Estados vizinhos.”
E o ex-chefe da Casa Civil explica que a
“mobilização das entidades empresariais e
sindicais dará legitimidade e apoio às iniciativas que o nosso governo vem tomando. E
que ainda precisará tomar para enfrentar a
guerra comercial e cambial instalada no comércio mundial.”
Março de 2012
ABCD Real
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Meta é transformar 2012 no ano
da recuperação dos pisos salariais
Cícero Martinha*
Acabamos de começar
um novo ano e, ao avaliarmos as conquistas do ano
passado e anteriores, percebemos que mesmo negociando bons acordos salariais,
com ganhos reais nos últimos
dez anos, nos encontramos
mais ou menos na mesma.
Grande parte dos nossos
pisos salariais não chega nem à metade do
que é definido como o salário mínimo constitucional, ou seja, que seria suficiente pela
Constituição para o sustento de um casal e
seus dois filhos. De acordo com o Dieese, o
valor do mínimo deveria ser em janeiro deste
ano de R$ 2.398,82.
Distante, portanto, da grande maioria dos
holerites que recebemos mensalmente porque somos vítimas, como categoria profissional, de uma ação articulada das direções das
empresas, na maioria das vezes executadas
através dos seus departamentos de recursos
humanos, do uso da rotatividade como mecanismo de
achatamento salarial. Ou
seja, o que ganhamos em
boas negociações salariais,
sustentadas pela mobilização da categoria e articulação da diretoria do Sindicato,
escapa com a substituição
dos trabalhadores por outros
com ganhos inferiores.
De acordo com um estudo do Dieese, na década passada, a rotatividade apresentou elevadas taxas para o
mercado de trabalho: 45,1%, em 2001;
43,6%, em 2004; 46,8, em 2007; 52,5%, em
2008, e 49,4%, em 2009.
Considerando os últimos resultados disponíveis da Relação Anual de Informações
Sociais, a taxa de 2010 atingiu 53,8%. Ou seja,
de cada 100 trabalhadores, 54 foram substituídos por outros com salários inferiores.
O que gera, lamentavelmente, um prejuízo imenso para a massa da classe trabalhadora e no nosso caso para o conjunto da
categoria. Tanto é que o Sindicato fez um
estudo que mostra que as contribuições dos
trabalhadores sindicalizados, que se baseiam
numa porcentagem dos respectivos ganhos,
têm no geral se mantidas estáveis nos últimos oito anos. Um indicador de que a categoria como um todo não tem conseguido
manter os reajustes, com aumento real, que
negociamos a cada ano.
Por isso, temos que nos mobilizar para, mais
do que ampliar os ganhos salariais, conseguir
mantê-los através do aumento do piso para inibir a rotatividade. Pois, com um piso decente,
não vai adiantar muito para as empresas se valerem da rotatividade para achatar salários.
Temos que, ao mesmo tempo, pressionar o Congresso Nacional para que aprove a
Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que vigia de perto as
demissões imotivadas, que passariam a ser
negociadas com os sindicatos das respectivas categorias.
*Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá
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Março de 2012
Marinho inicia fiscalização aérea da
Billings na véspera do aniversário
Fotos: Wilson Magão/PMSBC
O prefeito Luiz Marinho (PTB) sobrevoou,
na manhã desta quarta-feira (21), áreas de
mananciais da Represa Billings para identificar danos ambientais que não podem ser constatados por terra. Ação faz parte do monitoramento aéreo que a Prefeitura passa a fazer,
semanalmente, a partir de agora, para proteger a represa, que no dia 27 completa 87 anos
de existência.
Segundo Luiz Marinho, o voo é uma ferramenta indispensável à proteção dos mananciais e complementa a fiscalização feita
pela Secretaria de Gestão Ambiental. “O próximo passo é a observação de campo com as
coordenadas que foram anotadas no monitoramento aéreo. Este recurso, somado às
ações por terra, possibilita aos munícipes um
futuro ambientalmente mais equilibrado e
uma Billings mais protegida”, afirmou.
O prefeito fez a vistoria aérea de 20 pontos da represa, entre eles: o Pico Bonilha,
estradas do Montanhão, da Pedra Branca, Xiboca e Velha de Mogi, a região do pós-balsa,
Bairro Baraldi, Parque Estoril, Alto da Serra,
os portos de areia, a nascente do Rio Cuba- Marinho diz que o voo é ferramenta indispensável à proteção dos mananciais e completa a fiscalização feita pela Gestão Ambiental
tão, no Parque Estadual da Serra, e a região
do Grande Alvarenga.
A Secretaria de Gestão Ambiental conta hoje
com uma estrutura mais equipada e modernizada, além da parceria com a Guarda Ambiental
do município. Para as ações de fiscalização, educação, licenciamento e preservação ambiental,
possui 10 fiscais, 20 técnicos concursados, três
viaturas e, agora, o voo semanal.
Durante a vistoria foram constatadas algumas irregularidades, como desmatamento, queimada de resíduos sólidos, depósito
irregular de lixo e derrubada de vegetação
nativa. Os infratores serão notificados e as
penalidades variam de acordo com cada caso.
A Billings é o maior reservatório de água da
Região Metropolitana de São Paulo e responsável por atender a 1,6 milhão de pessoas nos
municípios de São Bernardo, Santo André, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
São Bernardo possui 408,773 km² de extensão, dos quais cerca de 80% (325,836 km²)
são áreas de proteção ambiental. Segundo o
IBGE, 198.195 pessoas vivem nessas áreas,
que são fiscalizadas de perto pela Prefeitura.
A represa Billings, por exemplo, tem 70% de
sua área dentro da cidade (75,82 km²).
Billings é o maior reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo e responsável por atender a 1,6 milhão de pessoas
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