bolsistas edital pibid - Universidade Federal de Viçosa
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bolsistas edital pibid - Universidade Federal de Viçosa
UFV Universidade Federal de Viçosa - Pró-Reitoria de Ensino Viçosa - 17 DE ABRIL DE 2014 - Ano 3 - Número 4 “ SEM A CURIOSIDADE QUE ME MOVE, QUE ME INQUIETA, QUE ME INSERE NA BUSCA, NÃO APRENDO NEM ENSINO “ PAULO FREIRE BOLSISTAS EDITAL PIBID 2011 Ciências Biológicas Coordenadora Mara Garcia Tavares Supervisores Andréa Cristina Pimentel de Carvalho Denise de Figueiredo Barbosa Licenciandos Aline Luquini Pereira Ariana da Silva Neto Bruno Geovany Sacco Pinto Marques Danubia Pereira Pinheiro Deisy Guimarães Carneiro Deivid da Silva Costa Elisa da Silva Barreto Elizabeth Lopes de Oliveira Francelina Aparecida Duarte Rocha Ivan Becari Viana Josimara Aparecida Lessa Silveira Juliana Deprá Stelzer Liliam Maria Cabral Lucas Braga de Ávila Salgado Luiz Carlos da Costa Marcos Vinicius Vieira Mattos Mariana Cação Costa Mateus Brandão Chagas Basílio Nayara Soares Smith Braga Patrícia Ciacco Gianelli Paula Brandão Chagas Basilio Raquel Garcia da Silva Rodrigo Campos Cardoso Simone Rodrigues Silva Thais Mendes Orlando Vanessa de Paula Guimarães Lopes Física Coordenador Orlando Pinheiro da Fonseca Rodrigues Supervisores Regina Fátima Silveira Ferreira Antônio Martins Lopes Licenciandos Alvimar Neto Celes Gentil Ana Paula Miranda Anderson Coelho Cunha André Peixoto Lorenzoni André Persechino Américo de Oliveira Cássio Pacheco de Oliveira Danielle Aline Ribeiro dos Santos Elaine Soares Brito Eliete da Conceição Bernardo Gabriel Vinicius de Oliveira Silva Gregori Alexandre Gordiano Gylmmar Elias Teixeira Lacerda Alves Junior Hamilton Nogueira Sales Filho Netto Igor de Souza Lana Antoniazzi Jéssica Avelar Pereira João Vitor Castioni Jacinto Júlio César Pereira Rossoni Laís Rosa Oliveira Leonel Muniz Meireles Luana Aparecida dos Reis Luiz Henrique de Souza Mariana Meyer Ferraz da Costa Mário Rodrigues de Oliveira Júnior Silas Teixeira de Souza Vitor Ferreira Daher Viviane Valquíria do Nascimento Pedagogia Coordenadora Maria do Carmo Couto Teixeira Supervisores Solange das Dores de Sousa Márcia Guimarães Soares de Freitas Licenciandos Aline Tatiana Ribeiro Janayna Avelar Motta Janayna Avelar Motta Jéssica de Freitas da Silva Laís Leite Fonseca Ludmilla Carneiro Araújo Marina Silva Reghim Monize Paes de Lucena Ciências Biológicas Florestal Coordenador Eduardo França Castro Supervisora Cleide Santos Oliveira Licenciandos Afrânia Patrícia Rezende Carolina Teodoro Marinho Cintia de Oliveira Meneses Cristiane de Abreu Melgaço Gustavo Rezende Rios Joyce Cristina Rosa de Oliveira Juliana Jacomini Oliveira Marluana Almeida Ferreira Rodrigues Paulo Henrique Morato Verônica Passos Lara Física - Florestal Coordenadora Natália Rezende Landin Supervisor Márcio Maurício da Silva Licenciandos Daniela Almeida Cançado Érica Cristina Gonçalves Eulencássio Alves Ferraz Gilber Gustavo de Almeida Humberto Dias Andrade João Alves de Oliveira Neto Lucas Faria Corgosinho Lucas Moreira de Oliveira Lacerda Maique Andrade Xavier Mateus José Melo Costa Paula Yohana Suriba Lanes Robinson Murilo Badin Sabrina Veríssimo do Nascimento Dança Coordenadora Alba Pedreira Vieira Supervisores Edilane Aparecida Rosado Sônia Alice Maria Licenciandos Aline Dutra Fialho Ana Lídia Martiniano Ferreira Debora Kamasche Henrique de Souza Edlene Maldonado Gama Fernanda Ribeiro de Nardi Bastos Isabela Alves Vieira Joice Rayra Vieira Diniz Juliana Rodrigues Cancio Lívia Marina Salomão Metzker Mariana Alvarenga Góis de Assis Mayara Wermelinger Soares Rafaela Jorge de Oliveira Supervisores José Carlos Barbosa Soares Ana Maria Viana de Souza Lopes Luciano David Pereira Licenciandos Allan Arnon de Magalhães Ana Paula Silva Camila Rafaela Gomes Dias Cristiane Neves Mello Cynthia Martins Diório Edenilson Antônio Lopes Elizena das Graças e Silva Erli de Souza Romualdo Geraldo Magela da Cruz Pereira Giuvaney Martins Carlos Guilherme Rodrigues Batista Heitor Enes Carvalho Isabela Basílio Josaphá Jaquicele Aparecida da Costa Leísa Pires Lima Leonardo Rodrigues Leite Lucas Souza da Silveira Marcela Nascimento Matheus de Paula Ferreira Matheus Enrique da Cunha Pimenta Brasiel Maurício Silva Lacerda Mayara Permanhane Nascimento Michele Pereira da Costa Mislene Aparecida Lopes Rafael Henrique dos Anjos Raul de Oliveira Castro Ricardo Barbosa Lima Mendes Oscar Rúbia Drumond Magalhães Shirleny Pedrosa Freitas Thamires Ribeiro Medeiros Tobias Fernando Pinto Vanessa da Luz Vieira Vanessa Pereira Lima Viviane Mendes Magalhães Coordenador Guilherme de Azambuja Pussieldi Supervisores Adriana Alves Ribeiro Duarte Adriana Ferreira Rios Alvarenga Licenciandos Adriano de Almeida Silva Claudinéia Silva Teixeira Oliveira Franciany de Jesus Silva Laís Couto de Morais Marconany Anatanael Martins da Silva Rondinelli Pereira da Silva Roniery Silveira de Freitas Duarte Roniery Silveira de Freitas Duarte Taciany Melo Gonçalves Geografia Coordenador André Luiz Lopes de Faria Letras Supervisora Cássia Silva Freitas Coordenadora Cristiane Cataldi dos Santos Paes Licenciandos Ana Cristina Lopes Jorge Angélica Ladeira Teixeira Cleiton Sávio de Oliveira Edilberto Buonicontro Junior Fábio Aparecido da Rosa Filipe Silveira Trindade Franciane Daniela de Queiroga Frank Dany Palma Soares Gisele Aparecida Pereira Karla do Vale Silva Michele Tidisco Padovani Telma Oliveira Soares Velloso Thuany Soares Mendes William Moreira Xisto Supervisores Patrícia Muratori de Lima e Silva Negrão Letícia Maria Ferreira da Silva Elaine Regina do Carmo Matemática Coordenadoras Lucy Tiemi Takahashi Marli Regina dos Santos Luciana Maria Mendonça Bragança Educação Física Florestal Matemática - Florestal Coordenador Sérgio Henrique Nogueira Supervisores Cláudia Aparecida Gonçalves Silveira Diego Joander Walder Carvalho Luciana da Silva Faria Norma Sueli da Silva Diniz Licenciandos Aline de Oliveira Vidigal Aurélio de Aquino Araújo Bruna de Paula Machado Cristiano Borges Gontijo Daiana Cristina Lemos Eliane Gusmão de Freitas Franciele Fátima Dutra Bárbara Jéssica de Mendonça Luíza Augusta Moreria Sorice Márcia Cristina Teixeira Reyssila Franciane Dutra do Nascimento Química - Florestal Coordenadores Inácio Luduvico Leandro José dos Santos Supervisores Neide dos Santos Henriques Marilene Aparecida Melo Paulino Licenciandos Carla Natane Rodrigues de Medeiros Bicalho Danila Francisca Guimarães de Paula Eduardo Gustavo dos Santos Fillipe Rattes Telles Jessica Adriele de Freitas Lima Joyce Cristine da Silva Ferreira Saturnino Luís Rafael Barbosa Raphaela Faustino dos Santos Sabrina dos Santos Silva Licenciandos Danielle Roberta Dias Danúbia de Paula Oliveira Juscélia de Sales Dias Margarett Rosa da Silva Mariana Lenir Moura de Jesus Moniki Andrade Costa Lins Natalícia Aparecida Máximo Richardson Dutra da Costa Pego Química Coordenadora Mayura Marques Magalhães Rubinger Supervisores Maria de Fátima Vaz de Melo Rodrigues Lúcia Soares Ferreira Maria Moreira da Silva Licenciandos Aline Aparecida dos Santos Silva Aline Aparecida Teixeira da Silva Amanda Raimundi Pereira Andreia Fernandes Correia Augusto Theodoro de Carvalho Bruna Olívia da Silva Lopes Camilla Soares Amoroso Lima Carolina Silva Ferreira Cyntia de Oliveira Marques Daniele Cristina de Rezende Danilo Aniceto da Silva Eduardo Andrade Gomes Francine Aparecida da Silva Alves Gabriela Maria Caixeta Campioto Jilma Luzia Batalha Rosa Dias de Carvalho Josiane Lopes de Oliveira Lucius Flavius Ourives Bomfim Filho Maria Luiza Santana Rena Martins Mariana Zanotelli Gomes Mayara Priscila de Faria Nathalia de Aguiar Porto Paloma Viana Ferreira de Sousa Patricia Faria Pereira Rayane Cistian Ferreira Silva Rosiane Keila Santos Costa Sabrina Késsia Gonçalves Pereira Shayenne Figueiredo de Souza Oliveira Sofia Azevedo de Almeida César Vanessa da Silva Batista Vinicius Alexandre de Carvalho EDITORIAL A frase que estampou as camisas dos bolsistas PIBID 2011 ganha um sentido especial quando pensamos na figura do professor. Ser professor é também ser aprendiz e exige que a chama da curiosidade e da esperança no outro não se apague, mesmo frente aos problemas e dificuldades enfrentados no cotidiano escolar. Essa ideia tem norteado os trabalhos realizados pela equipe de bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da UFV, que objetiva, principalmente, inserir os licenciandos no espaço escolar de educação básica por meio de uma ação conjunta com os professores das licenciaturas e das escolas. Muitos bolsistas (coordenadores, supervisores e licenciandos, relacionados na página ao lado) participaram do edital 2011 e suas interações permitiram a cada um conhecer, vivenciar e refletir sobre a escola, os processos de ensino-aprendizagem e acerca da importância da Educação em nossa sociedade. Foram muitas as ações realizadas e os resultados obtidos. Foram desenvolvidos jogos educativos, aulas com metodologias diversificadas de ensino, projetos, feiras de ciências, gincanas interdisciplinares, mostras e apresentações etc. Centenas de alunos das escolas foram atendidos em horário extraclasse pelos bolsistas, com positivo reflexo na aprendizagem. Muitos resultados foram apresentados pelos bolsistas em eventos e encontros e nesta edição do jornal PIBID UFV destacamos algumas ações, focando em suas contribuições para a formação do licenciando. Mas é claro que, para além da formação do futuro professor, as consequências das ações repercutiram também nas salas de aula e em toda a escola perpassando alunos, professores, coordenadores, direção, etc. Isso porque ensinar e aprender são faces de uma mesma moeda e são ações movidas pelo combustível da busca e da inquietude. Ao trabalhar o conteúdo da sua disciplina com a turma, enfrentando e superando os obstáculos do cotidiano escolar, o professor ensina muito mais que a sua matéria. Ele deixa um pouco de si e leva um pedaço do outro. Mas nessa conta o saldo certamente é positivo: cada envolvido acrescenta na sua formação os ensinamentos proporcionados por essas vivências. Marli e Oderli SUMÁRIO 04 Biologia - Viçosa 06 Dança - Viçosa Física - Florestal 10 Letras - Viçosa 12 Matemática Florestal Matemática Viçosa 14 Pedagogia - Viçosa 18 Física - Florestal EXPEDIENTE Ciências Biológicas: Mara Garcia Tavares Dança: Alba Pedreira Vieira Física: Orlando Pinheiro da Fonseca Rodrigues Geografia: André Luiz Lopes de Faria Letras: Cristiane Cataldi dos Santos Paes Matemática: Luciana Maria Mendonça Bragança Pedagogia: Maria do Carmo Couto Teixeira Química: Mayura Marques Magalhães Rubinger 16 Química - Viçosa Coordenadores do PIBID 2011 Coordenador Institucional: Oderli de Aguiar Coordenadora de Gestão de Processos Educacionais: Aparecida de Fátima Andrade da Silva Marli Regina dos Santos Coordenadores de Áreas - Campus de Viçosa 08 Coordenadores de Áreas - Campus de Florestal Ciências Biológicas: Eduardo França Castro Educação Física: Guilherme de Azambuja Pussieldi Física: Natália Rezende Landin Matemática: Sérgio Henrique Nogueira Química: Leandro José dos Santos 21 Editora Chefe: Marli Regina dos Santos Tiragem: 200 exemplares Projeto Gráfico e Diagramação: Lauzemir Carvalho Apoio Técnico: Cláudio P. de Carvalho A contribuição do PIBID - Biologia/Viçosa para a formação de professores inovadores e transformadores Mara Garcia Tavares O 4 PIBID 2011 da área de Ciências Biológicas, Campus Viçosa, da UFV desenvolveu suas atividades em duas escolas estaduais, Effie Rolfs e Dr. Raimundo Alves Torres. Entre as ações realizadas pelos licenciandos, destaca-se o acompanhamento das aulas dos professores efetivos, muitas vezes, com a participação ativa dos mesmos nessas aulas. Isso contribuiu para a sólida formação profissional desses licenciandos, pois os mesmos tiveram a oportunidade de manter contato direto com alunos do Ensino Médio, desde o início de seu curso de Graduação. Os licenciandos também participaram de gincanas interdisciplinares, reuniões das escolas, mini-cursos e seminários promovidos pelo próprio grupo. Eles também foram incentivados a participar de Seminários sobre ensino de Ciências e/ou Biologia e formação de professores. Essa prática propiciou experiências e aprendizagens, aos futuros professores de Ciências e Biologia que serão de extrema importância para sua atuação profissional. Durante o atendimento no contra turno das aulas formais, os alunos também realizam visitas a ambientes específicos da UFV, como o Horto Botânico, o Museu de Zoologia e a Trilha do Sauá. Essas atividades permitiram aos licenciandos manter contato direto com um grupo de alunos e buscar formas mais diversificadas e dinâmicas de ensinar. Elas tam- Alunos participando das Gincanas Interdisciplinares do PIBID bém contribuíram para despertar o interesse e o olhar dos alunos para as Ciências, além de terem estimulado atitudes sociais e ambientalmente mais conscientes. Nessas aulas, os licenciando também utilizaram materiais didáticos atrativos e motivadores, tais como aulas práticas, vídeos, maquetes e jogos educativos. Muitos desses materiais didáticos foram produzidos pelos próprios licenciandos, o que ajudou no desenvolvimento das habilidades investigativas e criativas do grupo, além de evidenciar a importância e as dificuldades de se trabalhar em equipe. Com relação aos modelos didáticos desenvolvidos pelos licenciandos, destaca-se a confecção de um modelo de flor e outro de fruto, utilizando-se EVA (Etileno Acetato de Vinila) de diferentes cores. Esse modelo foi elaborado pela bolsista Paula Brandão Chagas Basílio ao perceber as dificuldades de alunos do segundo ano de Ensino Médio de uma Escola Estadual de Viçosa para entender conteúdos relacionados ao ensino de Botânica. Constatada essa dificuldade, a bolsista pensou em desenvolver um modelo que permitisse construir com os alunos uma aprendizagem significativa e, consequentemente, ajudasse na compreensão do assunto em questão. Ao mesmo tempo, o modelo foi elaborado para representar um material didático alternativo para os docentes e, foi testado durante uma das aulas bimestrais da bolsista. O diferencial desse modelo é que as diferentes partes da flor são unidas entre si através de Modelo didático da flor, evidenciando sua forma completa, seus órgãos internos (após a retirada da pétala superior) e os óvulos no interior do ovário (após a retirada da parte superior do gineceu) imãs do tipo ferrite, o que facilita a retirada dessas partes durante a aula, para explicar a morfologia e função das estruturas da flor, de maneira individualizada e também garante a fixação do modelo em um quadro magnético, para que todos os alunos da sala possam visualizá-lo. As pétalas da flor foram confeccionadas em EVA vermelho e as sépalas, em EVA verde escuro. Durante a utilização do modelo foi possível retirar as sépalas e as pétalas, para simular um corte transversal da flor, o que permitiu aos alunos a observação dos órgãos internos da flor, androceu (órgão reprodutor masculino) e gineceu (órgão reprodutor feminino). As partes do androceu foram confeccionadas em EVA verde claro (filetes) e em amarelo (anteras). Uma dessas anteras possui uma bolinha de isopor amarela (simulando um grão de pólen). Esse grão de pólen também é aderido ao modelo através de um imã e, portanto, pode ser destacado e utilizado para explicar o processo de polinização. O modelo permite diferenciar ainda, as várias regiões do gineceu: o ovário, porção mais inferior e dilatada e que armazena os óvulos no seu interior; o estilete, porção alongada e o estigma, porção mais apical do estilete. O gineceu foi confeccionado em EVA verde claro e em duplicata, de tal modo que, quando a parte superior foi retirada, os alunos puderam observar os óvulos, dentro do ovário. Essa estratégia facilitou a visualização de que as sementes do fruto são os óvulos que foram fecundados e o fruto Modelo didático da flor sendo utilizado durante as atividades do PIBID/ Biologia. Em destaque, a possibilidade de o modelo ficar aderido a um quadro magnético, por meio de imãs do tipo “ferrite” é o ovário desenvolvido. A partir daí foi possível trabalhar com os alunos o corte longitudinal do fruto em desenvolvimento. Posteriormente, a bolsista utilizou os cortes longitudinal e transversal do fruto completamente desenvolvido, para evidenciar as diferenças entre esses cortes e ressaltar as transformações do ovário e do óvulo em fruto e semente, respectivamente. A utilização dos modelos nas turmas do 2º ano do ensino médio, em uma escola Estadual de Viçosa, se mostrou bastante eficiente. Foi possível mostrar com clareza para os alunos as diferentes partes da flor e a partir daí a explicação do processo de polinização e formação do fruto. Foi notável a participação e o interesse dos alunos durante a aula. Adicionalmente, as professoras de biologia da Escola avaliaram positivamente o modelo e o adotaram para utilização em suas aulas, o que fortalece a interação Escola-Universidade. De maneira geral, a confecção de modelos trouxe muita motivação aos licenciandos, representando o engajamento deles em inovar as práticas e a maneira de abordar conceitos. De acordo com os licenciandos, o desenvolvimento destas ações contribuiu para mudar a rotina de aulas expositivas, com uso de quadro e giz, além de trazer mais elementos para a contextualização e a participação dos alunos. Ressalta-se ainda, que com a utilização de modelos, os bolsistas passaram a ter mais facilidade para trabalhar didaticamente o conteúdo e também desenvolveram o domínio de sua atuação em classe. Os licenciandos também puderam perceber, através das discussões/seminários, que para implementar novas práticas pedagógicas em sala de aula é necessário que o processo de apropriação de referenciais teóricos, produção e utilização de materiais didáticos sejam acompanhados de reflexão sobre os seus impactos no ensino de ciências e sobre os fatores que limitam a utilização dessas práticas no contexto real da escola pública. 5 Processos criativos do PIBID/Dança: compartilhando ações e propostas artístico-pedagógicas Alba Pedreira Vieira Alunos dançando no palco na mostra de dança “Ladrilho” (novembro de 2012) A 6 equipe do subprojeto PIBID de Dança da UFV atuou na e com o corpo docente e discente da Escola Municipal Anita Chequer desde maio de 2011 e tem desenvolvido inúmeros trabalhos e propostas artístico-pedagógicas cujo foco principal é subsidiar a formação de futuros professores de dança que sejam capacitados a atuarem como artistas e transformadores do contexto educacional em que atuam. Este processo intenso e colaborativo gerou, ao longo destes anos, a produção de vários espetáculos e apresentações de dança, além de artigos em que a equipe tem compartilhado suas ações e propostas artístico-pedagógicas, por meio de apresentações em eventos e publicações, tanto no Brasil como no Exterior. O artigo completo produzido intitulado“Analisando o Conhecimento sobre Dança em uma Escola Pública de Viçosa-MG” foi apresentado no “III Engrupe dança - Encontro Nacional de Grupos de Pesquisa em Dança: Dilemas e Desafios” realizado de 18 a 20 de outubro na Universidade Estadual de Maringá-PR. Nesse artigo, o foco principal foram os resultados obtidos com o diagnóstico inicial realizado pela equipe na escola Anita Chequer, sobre o conhecimento prévio que os participantes, alunos da escola, tinham em dança. As respostas dos alunos foram coletadas por meio de questionários orais. Nosso desejo era saber o que os participantes entendiam sobre dança, para então, a partir deste conhecimento anterior ao início das ações do projeto, elaborarmos as atividades e propostas do PIBID que seriam desenvolvidas. Os resultados indicaram que a concepção de dança dos participantes se baseava no que é geralmente exposto pela mídia, pois isso é o que faz parte de seu cotidiano e está atrelado a formas de comunicação que os alunos têm mais contato como televisão e internet. Deste modo, eles demonstraram pouca vivência com cultura e arte de qualidade devido a fatores sociais e econômicos, e pela falta também de ensino das quatro linguagens artísticas (dança, teatro, música e artes visuais) na escola. Muitos também expressaram sentimentos positivos sobre a dança, tais como: sentem-se felizes, alegres, querem dançar, acham bonito. Relataram sentir bem estar devido ao prazer que a dança promove no corpo. A maioria das crianças disse já ter dançado e o lugar onde isso é mais frequente é na escola. Isso se deve Aluno feliz durante apresentação com seus colegas na III Semana de Arte ao fato das festas populares que geralmente acontecem no âmbito escolar tais como festa junina, comemorações dançantes do dia das mães, dos pais e outras datas comemorativas. Entretanto, os participantes afirmaram também que não tiveram aula de dança na escola que os preparasse adequadamente para dançarem em tais eventos. As danças mais conhecidas por eles eram o funk, dança de rua e o forró, por estas estarem presentes na chamada cultura de massa, e o balé pelo fato da dança clássica ser bem conhecida na sociedade ou eles aliarem a imagem de dança com a de uma bailarina. A análise reflexiva destes resultados pela equipe nos levou a pensar na necessidade de ampliar o conhecimento em arte, em especial em dança, dos participantes. Assim, embasamos o planejamento das atividades futuras, que buscaram propiciar a estes participantes maior acesso e ampliação do saber em arte por meio de aulas de dança, com vocabulários e gêneros artísticos variados, que passaram a acontecer duas vezes na semana durante 50 minutos, contando com oficinas culturais, excursões educativas para apreciação de diferentes tipos de dança, além da apresentação dos trabalhos artísticos dos alunos nas três Mostras de Dança “Ladrilho, Ladrilhando e Brincando” e nas três “Semana de Arte”. Os espetáculos produzidos foram as Mostras de Dança “Ladrilho, Ladrilhando e Brincando” que aconteceram em dezembro de 2011, junho e novembro de 2012 no Espaço Acadêmico-Cultural Fernando Sabino da UFV. Cada evento teve uma apresentação matutina e outra vespertina que se diferenciaram uma da outra. Também foi realizada a Semana de Arte da Escola Anita Chequer em três datas: outubro de 2011, novembro de 2012 e junho de 2013. Foi feita uma apresentação de dança dos alunos, além de uma performance da profa. Alba Vieira e da bolsista Fernanda Basto no Campus da UFV em Florestal em fevereiro de 2013. A última apresentação dos alunos foi a Mostra de Dança realizada na Sede do Departamento de Artes e Humanidades em 01/12/2013. Em todos estes eventos artísticos, os alunos apresentaram ao público em geral o trabalho artístico de composição coreográfica desenvolvido, colaborativamente, ao longo de meses de várias aulas de dança, os laboratórios de criação e ensaios. Ou seja, nos processos criativos, a equipe, juntamente com os alunos, construíram coreografias a partir do conteúdo específico da dança ministrado, dos movimentos criados pelos alunos e do trabalho de temas transversais escolhidos em cada semestre, como meio ambiente, literatura e diversidade cultural aliados à dança (espetáculos da Mostra de Dança de junho e novembro de 2012, e III Semana de Arte em junho de 2012, respectivamente). As aulas realizadas tiveram caráter teórico-prático de modo que as bolsistas buscaram construir o saber artístico junto com os alunos (e.g., composição coreográfica; usufruição e fruição da dança, improvisação, fatores do movimento), estimulando, dentre outros, a sua autonomia e competência em criar e sua expressividade corporal. Além das aulas, as bolsistas atuaram em oficinas extra-curriculares (abertas aos alunos da escola e à comunidade), oficinas com professores da escola, oficinas com os pais dos alunos, e visitas e excursões com cunho interdisciplinar. Todos estes espetáculos, apresentações e a elaboração do artigo foram realizados para possibilitar que os bolsistas articulassem cada vez mais, teoria e prática, além de refletir sobre suas práxis. 7 Atividades experimentais nas aulas de Física Natália Rezende Landin A s atividades do PIBID da área de Física do campus UFV Florestal ocorrem na Escola Estadual Fernando Otávio, em Pará de Minas – MG e tiveram início em junho de 2011. Após um contato inicial com a estrutura física e organizacional da escola, os licenciandos passaram a observar a prática docente de um professor regente (supervisor) por meio de acompanhamento das aulas. A primeira ação de destaque do PIBID-Física foi realizada em conjunto com as áreas de Química e Ciências Biológicas (que atuam na mesma escola) e foi de fundamental importância para a execução do projeto: a reativação de dois laboratórios. A reativação e organização dos laboratórios viabilizou a realização das atividades experimentais relacionadas ao PIBID das três áreas. Algumas atividades desenvolvidas no âmbito do programa merecem destaque. Em 2011, o professor supervisor Márcio Silva, juntamente com os licenciandos do PIBID-Física, escreveu uma peça teatral intitulada “Física Divertida”. Nesta peça, diversos fenômenos físicos são abordados de maneira descontraída. A peça foi apresentada na IIIa Semana Acadêmica Integrada da UFV Florestal e no auditório da escola. Em outubro de 2012, foi realizada a 1a Feira de Ciências do PIBID UFV, juntamente com a 8a Feira de Ciências da CEDAF. Este evento reuniu todas as áreas do PIBID-UFV-Florestal e alunos de duas escolas da mesma cidade, além dos alunos da CEDAF e da E.E. Fernando Otávio. No dia 8 Atividade experimental sobre estações do ano com estudantes da educação básica 19 de novembro de 2012, ocorreu 1o Festival de Paródias, que reuniu dezenas de paródias escritas pelos estudantes do ensino médio abordando fenômenos físicos. As 20 (vinte) melhores paródias foram gravadas em um CD e apresentadas no auditório da E.E. Fernando Otávio. No que diz respeito as atividades extra-classe desenvolvidas com os alunos da educação básica, as ações do PIBID se concentraram na utilização de várias metodologias alternativas de ensino, como atividades lúdicas, experimentais, uso softwares, recursos multimídia, vídeos, animações, dentre outras. O objetivo desta abordagem é despertar o interesse dos estudantes pela disciplina e motivá-los na construção de seu próprio conhecimento. Como o principal objetivo do PIBID é melhorar a formação dos licenciandos, uma atenção es- pecial foi dada à formação do professor-pesquisador, analisando as experiências didáticas vividas na escola a partir de uma visão científica. Várias atividades de ensino foram elaboradas e aplicadas visando contemplar as diversas estratégias complementares de ensino citadas acima. Os licenciandos investigaram o impacto de cada uma delas no processo de aprendizagem dos alunos avaliados e os resultados foram descritos em vários trabalhos científicos apresentados em congressos da área de Ensino de Física. No total foram 11 (onze) trabalhos apresentados na forma de painel e 2(duas) apresentações orais. Um dos trabalhos foi apresentado no XX Simpósio Nacional de Ensino de Física, um dos mais importantes do país, o que rendeu a publicação de um artigo completo nos anais do congresso. Dentre as diversas estratégias de ensino utilizadas, as atividades experimentais merecem destaque especial por serem as mais populares entre os alunos, as mais utilizadas pelos professores e as mais investigadas pelos pesquisadores da área. Vamos descrever brevemente 4 (quatro) atividades experimentais desenvolvidas pelo PIBID-Física. A primeira e a segunda abordam o tema Queda-Livre através do uso de diferentes recursos, desde materiais facilmente encontrados em nosso dia a dia, até a construção de vídeos editados com programas especiais. A terceira atividade se refere ao Movimento Circular Uniforme e a quarta atividade está relacionada com o Magnetismo Terrestre. As 3 (três) primeiras atividades foram realizadas com alunos do ensino médio e a quarta, com alunos do ensino fundamental. Para a primeira atividade, colocamos uma certa quantidade de água em uma garrafa pet. Em uma segunda garrafa pet, idêntica à primeira, foi colocado o dobro da quantidade de água. Dois barbantes de 30 cm cada foram amarrados nas extremidades superiores das garrafas. As extremidades livres dos barbantes foram atados, através de laços, em dois pregos sem cabeça que foram afixados em uma haste de madeira a uma distância de aproximadamente 20 cm. Nosso objetivo com este experimento era demonstrar que, desprezando a resistência do ar, dois objetos de formas iguais quando soltos de uma mesma altura (pequena), levam o mesmo tempo para atingir o solo, independente de suas massas. Inicialmente, os estudantes posicionaram a haste de madeira horizontalmente, de modo que os fundos das garrafas ficassem a, aproximadamente, a 1 (um) metro do solo. Em seguida eles giraram a haste suavemente em torno do eixo horizontal para que os barbantes se desprendessem dos pregos e as garrafas fossem abandonadas a partir do repouso. Os estudantes cronometraram o tempo de queda das duas garrafas, calcularam a velocidade da garrafa imediatamente antes dela atingir o solo utilizando o tempo e a altura da queda e discutiram os resultados encontrados. Para a segunda atividade, ainda sobre queda-livre, foram construídos dois vídeos em que dois corpos com massas e geometrias diferentes são abandonados de uma certa altura e caem sob a ação da gravidade. Os vídeos foram filmados com uma máquina fotográfica digital, e colocados em câmera lenta através do Software Windows Movie Maker. Uma fita de medida, de 2,5 m de altura e escalonada de 5 em 5 cm, foi posicionada de forma a proporcionar o acompanhamento da posição em que o objeto se encontrava no decorrer da queda. Na edição, os vídeos, que tinham o tempo total de queda igual a 1 segundo, foram colocados em câmera lenta, de modo a obter 33 quadors (frames) por segundo. Dessa forma, foi possível distinguir 33 posições diferentes, para os objetos em queda, no decorrer da queda. Os vídeos foram disponibilizados para os alunos, que tiveram que fazer medições da altura e do tempo de queda, calcular a velocidade que o objeto deveria ter imediatamente antes de tocar o solo e esboçar gráficos da altura em função do tempo e da velocidade em função do tempo. Neste último caso, o estudantes utilizaram o software KaleidaGraph. Na terceira atividade experimental foi utilizado um equipamento chamado “aparelho rotacional”, que simula o movimento circular uniforme de um dado corpo. Com este equipamento é possível demonstrar de maneira prática diversas propriedades do MCU, como a velocidade, a frequência e o raio da trajetória. Existe, também, a possibilidade de posicionar setas coloridas ao longo da trajetória do objeto para representar a velocidade e aceleração em um dado ponto. Inicialmente, os alunos ajustaram a frequência do equipamento e posicionaram o objeto a certa distância do centro da trajetória. Com o auxílio de um cronômetro, os alunos mediram o tempo gasto pelo objeto para percorrer uma volta completa. Em seguida, posicionaram o objeto em uma trajetória de raio diferente e repetiram o mesmo procedimento. Os diversos aspectos envolvidos nos movimentos dos dois corpos foram discutidos e analisados em conjunto pelos estudantes. A quarta atividade refere-se ao magnetismo terrestre. Antes da realização da atividade propriamente dita, os alunos assistiram a uma aula, com recursos multimídia, sobre a origem do campo magnético terrestre e algumas de suas propriedades e funções. Na parte experimental, disponibilizamos para os alunos esferas ocas de isopor, ímãs circulares que continham as indicações dos pólos, tinta guache e cola quente. Inicialmente, os estudantes construíram um globo terrestre com as bolas de isopor e pintados com a tinta guache. Os imãs foram posicionados de modo a produzir no globo um campo magnético semelhante ao observado na superfície da Terra, certificando-se, através de bússolas, que o Norte Magnético é o Sul Geográfico e o Sul Magnético é o Norte Geográfico. Com o auxílio do material construído, os estudantes respoderam algumas questões qualitativas e quantitativas a respeito do campo magnético terrestre. A repercussão destas atividades entre os alunos da educação básica foi muito positiva. De acordo com os estudantes, as atividades experimentais tornam as aulas mais interessantes e os estimulam a se dedicar mais à disciplina buscando conhecimento em outros contextos. 9 Pibid Letras Português: (In)formar formando alunos críticos e conscientes Cristiane Cataldi dos Santos Paes 10 A proposta de trabalho apresentada pelo curso de Letras da UFV (Português) para participação no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) no Edital de 2011 objetivou o aperfeiçoamento da Leitura/Compreensão e Produção de Textos de diversos gêneros para todos os alunos do Ensino Fundamental II da Escola Estadual Dr. Raimundo Alves Torres (ESEDRAT), situada na cidade de Viçosa (MG). O desenvolvimento dessas práticas sócio-comunicativas pressupõe a criação e implementação de diversas atividades de Prática Textual para que os licenciandos em Letras possam aplicar as teorias relacionadas ao ensino de Leitura/ Produção de Textos, desde perspectivas diversas que enfocam a linguagem em uso em toda a sua dimensão e que possibilitam um ensino efetivo e significativo da língua portuguesa. Os diversos gêneros textuais que circulam dinamicamente em nosso dia a dia foram trabalhados com os alunos de forma bastante interativa. A partir do trabalho realizado, constatamos uma importante inter-relação entra a Educação Básica e a Comunidade Universitária, propiciada pelos docentes e discentes participantes do projeto, que evidencia uma convivência plena e uma efetiva troca de saberes, possibilitando uma integração constante entre ensino, pesquisa e extensão em relação às práticas sociais de Leitura/Compreensão e Produção Textual. “ Atividade experimental sobre estações do ano com estudantes da educação básica Em função dessa intensa e profícua relação entre a Universidade e a Educação Básica, foi organizada e realizada em dezembro de 2014 a ‘I Gincana Literária do ESEDRAT’ em comemoração ao centenário de nascimento do nosso grande escritor Vinícius de Moraes. Foram realizadas diversas tarefas, baseadas em um regulamento específico, obedecendo aos critérios necessários para sua realização. As equipes foram formadas em cada turma do Ensino Fundamental II. Todos os alunos Todos os alunos participantes estavam muito motivados e se envolveram bastante na realização das tarefas, que contemplavam músicas, poemas, filmes, fotos referentes tanto à vida como à obra desse nosso eterno ‘poetinha’ participantes estavam muito motivados e se envolveram bastante na realização das tarefas, que contemplavam músicas, poemas, filmes, fotos referentes tanto à vida como à obra desse nosso eterno ‘poetinha’. Os licenciandos também ficaram entusiasmados com a Gincana e, ao finalizá-la, disseram textualmente: “Gostamos tanto de organizar e realizar a Gincana que, se fosse possível, faríamos uma Gincana por mês com os alunos do ESEDRAT”. Essa declaração mostra a importância e a dimensão do PIBID enquanto um programa voltado para a iniciação à docência de alunos que muitas vezes não sabem o real significado da missão que os espera como profissionais: (In)formar formando alunos críticos e conscientes para atuarem como cidadãos frente aos desafios do mundo moderno. Finalizo esse programa como coordenadora de área com a certeza de que essa inter(ação) entre a Universidade e a Educação Básica será cada vez mais aprimorada e significativa. 11 “ MATEMÁTICA FLORESTAL Sérgio Henrique Nogueira Oficina deXADREZ O PIBID da área de Matemática de Florestal foi desenvolvido na Escola Estadual Serafim Ribeiro de Rezende e, desde 2011, o projeto atendeu aproximadamente mil alunos do ensino fundamental e médio em atividades dentro e fora da sala de aula. Durante a execução do projeto, os bolsistas tiveram oportunidade de conhecer a estrutura básica de funcionamento da escola, bem como sua rotina de trabalho. Foram desenvolvidas atividades alternativas como forma de despertar o interesse dos alunos e também fazer sempre com que os bolsistas tivessem a oportunidade de reflexão sobre a prática docente. Desde o início, diversas atividades têm sido desenvolvida pelos alunos bolsistas, buscando o aprimoramento da sua formação como professor e refletindo sobre sua prática docente. Destacaremos algumas das atividades desenvolvidas pelos bolsistas ao longo do projeto: 12 A oficina de Xadrez trabalhada com os alunos teve o intuito de desenvolver a capacidade de cálculos mentais por meio dos movimentos das peças no tabuleiro, reforçar a capacidade de cálculos, concentração, responsabilidade e tomada de decisões. Trabalhamos também com os alunos o raciocínio lógico, formas geométricas devidas ao movimento das peças. Além disso, ao aprenderem as regras do jogo, suas condutas são influenciadas dentro e fora da sala de aula. ORIGAMI A oficina de Origami trabalhada com os alunos foi voltada para o ensino da geometria de figuras planas, sólidos espaciais e conceitos e teve o intuito de levar aos alunos um aumento da percepção espacial, do conhecimento do todo e das partes, desenvolver a percepção. O trabalho foi realizado diversas vezes, para verificar se os alunos compreenderam a construção e estavam relacionando a dobra a um conceito, definição ou resultado da geometria, e não apenas estavam dobrando sem refletir sobre as ações que efetuavam. Durante a oficina, os alunos foram incentivados a estimular a concentração para obterem maior precisão na construção dos sólidos e isso provocou a observação atenta para a realidade e para os saberes matemáticos, gera um esforço pessoal, além de despertar a curiosidade para a matéria e a forma do objeto e também estimular o desenvolvimento perceptivo. Concluindo, as atividades desenvolvidas tiveram boa aceitação e um bom desempenho dos alunos, demonstrados pela boa participação e isso é um grande aprendizado também para os licenciandos, que sempre procuraram alternativas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. 13 Gincanas interdisciplinares e cinema com pipoca: promovendo a matemática nas escolas Luciana Maria Mendonça Bragança Trilha dos desafios matemáticos C om o intuito de promover atividades lúdicas e culturais para estudantes do ensino básico, a equipe do PIBID na área de Matemática realizou duas gincanas interdisciplinares e sessões de “cinema com pipoca e matemática”. Estas atividades ocorreram durante o segundo semestre de 2013, em parceria com os bolsistas de iniciação à docência, supervisores e coordenadores PIBID das áreas de Educação Física, Química e Biologia. A primeira gincana foi realizada no Ginásio de esportes da UFV e contou com a participação dos estudantes do ensino médio das Escolas Estaduais Effie Rolfs, Raul de Leoni e Santa Rita de Cássia. A segunda gincana ocorreu no Parque Recanto das Cigarras e foi destinada a todos os estudantes da E. E. Effie Rolfs, desde o sexto ano do ensino fundamental ao 14 terceiro ano do ensino médio. Fizeram parte da programação das gincanas várias atividades recreativas que utilizam raciocínio lógico e conteúdos de Matemática, Química e Biologia: Caça - Figuras Geométricas, Caça ao Quebra-Cabeça, Estourando balões matemáticos, Jogo da Mímica, Trilha dos desafios matemáticos, Brincando com o Tangram, Quadrado Mágico, Torre de Hanói Cronometrada, Corrida no Saco com questões matemáticas e a Prova “Acerte a capacidade de cada superfície geométrica”. As sessões de cinema com pipoca e matemática, apelidadas de CINEMAT, ocorreram em todas as escolas participantes do PIBID da área. Após a exibição dos filmes “O Quarto de Fermat” e “Donald no país da matemágica”, foram propostas várias atividades contendo Lógica Matemática e Geometria Euclidiana, principalmente as questões que foram abordadas nas cenas dos filmes. Ao promover estas atividades, os bolsistas do PIBID almejaram despertar nos alunos o interesse pela disciplina, mostrando que a matemática pode ser divertida e prazerosa e que todos podem aprende-la. A metodologia adotada contribuiu para despertar o senso crítico, contextualizar a matemática, além de possibilitar a integração entre os alunos, a troca de ideias e tornar o processo de ensino aprendizagem mais dinâmico e significativo. As atividades propostas possibilitaram a reflexão sobre a importância de se buscar novos “cenários” de aprendizagem que foquem nas diversas competências dos alunos nas escolas, auxiliando na sua formação e contribuindo com a prática dos bolsistas PIBID, futuros docentes. Estudantes da E. E. Effie Rolfs na expectativa do resultado final da gincana Abaixo, equipe PIBID das áreas de Matemática e Educação Física na abertura da Gincana realizada no Ginásio de esportes da UFV Acima, alunos do 8º ano da Escola Estadual Santa Rita Rita de Cássia assistindo o filme, “Donald nos país da Matemágica” 15 Com alegria e pés no chão se faz Arte Educação Maria do Carmo Couto Teixeira D ois eixos teórico-metodológicos orientaram as práticas educativas do PIBID Pedagogia, na escola municipal rural José Lopes Valente Sobrinho (“Tico Tico”) em Viçosa: “Educação do Campo” e “Ecopedagogia”. O trabalho se fundamenta na “Educação do Campo”, um movimento educativo que busca construir outro paradigma de educação e de escola no meio rural em nossa sociedade. A Ecopedagogia, também inserida nesse movimento, representa uma proposta de educação ambiental popular, com base na Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, ressignificada por princípios da sustentabilidade e da diversidade cultural. Nessa perspectiva de educação ambiental popular e inclusiva, a aprendizagem de todos os estudantes, que é de responsabilidade da escola, se torna mais significativa e prazerosa através da Arte, vista como um componente curricular integrador dos conteúdos escolares, o fio condutor das experiências educativas. A ênfase no trabalho com Arte vem da reflexão sobre a importância deste conteúdo curricular, da discussão sobre a desvalorização do desenho e outras formas de expressão artística, tanto na escola como na família e sobre a problemática dos estereótipos no fazer artístico. O PIBID Pedagogia preparou 16 Trabalho sobre Árvores – Colagem com materiais da natureza (2013) a licencianda para encorajar a aprendizagem, relacionando conhecimento, arte e cultura. O fazer artístico aciona diferentes áreas do conhecimento, sendo considerado uma das maneiras de representar valores, sentimentos ou ideias do repertório imaginário individual e repertório cultural grupal. As crianças sentirem prazer em desenhar, pintar, rabiscar e se expressar livremente, utilizando a imaginação para inventar e recriar o mundo. Nas atividades artísticas foram utilizados materiais diversificados, buscando partir de te- mas geradores, o que significa a possibilidade de articular, no trabalho pedagógico, a realidade socioambiental e cultural das crianças, o desenvolvimento infantil e os interesses específicos que as crianças manifestam. A culminância do trabalho com Arte no contexto deste projeto, no final do ano de 2013, foi a “II Mostra de Alguns Aspectos da Expressão das Crianças da Escola Tico Tico”, um evento aberto a toda comunidade escolar (escola básica e universidade) durante o Simpósio de Integração Acadêmica – SIA “ Mostra de arte no Simpósio de Integração Acadêmica da UFV (2013) Parte da equipe do PIBID Pedagogia com a coordenadora recebendo prêmio durante o SIA/UFV A criança vai se tornando progressivamente autônoma frente aos adultos, com capacidade de se expressar de diferentes formas, além de se tornar mais curiosa e observadora “ Para desenvolver um trabalho como este, a sala de aula não pode ter excesso de carteiras enfileiradas e sim, garantir um espaço de mobilidade para as crianças, onde possam deitar no chão, sentar em roda, organizar mesas em grupos ou círculos, de acordo com a atividade proposta. O trabalho também não deve ser restrito à sala de aula, mas ampliado para a área externa, para o entorno da escola e outras localidades. Sem material, espaço ou possibilidade de recriar o Desenho livre com giz de cera e anilina ambiente, não há condições de trabalhar com Arte enquanto “atividades escolares vivas”, correndo-se o risco de aprisionar o pensar e o sentir da criança. Como resultado desse trabalho, a criança vai se tornando progressivamente autônoma frente aos adultos, com capacidade de se expressar de diferentes formas, além de se tornar mais curiosa e observadora. Outro aspecto observado foi o envolvimento das crianças com as “ati- vidades escolares vivas”, o desenvolvimento do gosto e da alegria de aprender através da Arte. Um terceiro aspecto a ser destacado é o desenvolvimento das crianças, nas áreas cognitiva, psico-física e socioafetiva, tomando a realidade das crianças como referencial e ponto de partida da prática educativa transformadora. Dessa forma, constatou-se os benefícios de educar com arte, usando metodologias inovadoras e lúdicas. 17 5 ANOS DE PIBIDQUÍMICA NA UFV Mayura M. M. Rubinger O PIBID na UFV iniciou-se em novembro de 2008, com as áreas Química, Física, Matemática e Ciências Biológicas. A Química contou com 16 bolsas para licenciandos e atuou em 4 escolas. Alguns estudantes permaneceram por 2 anos neste primeiro projeto, resultando na formação de 25 licenciandos até 2010. No edital do PIBID-2011 a equipe se concentrou nas Escolas Estaduais: Dr. Raimundo Alves Torres (sob a supervisão da Profa. Maria de Fátima V. M. Rodrigues) e Effie Rolfs (inicialmente sob a supervisão da Profa. Lúcia S. Ferreira e, mais tarde, da Profa. Maria M. da Silva). Nesta segunda edição do PIBID-Química participaram 30 licenciandos. Durante estes 5 anos, metodologias de formação foram aplicadas e avaliadas, consolidando-se as práticas mais eficientes para a capacitação dos futuros professores. As principais atividades podem ser agrupadas nas seguintes linhas de ação: Estudo da dinâmica em sala de aula e do trabalho do professor – Para conhecer em linhas gerais o trabalho do professor, os licenciandos observam aulas e analisam a sua dinâmica; por meio de entrevistas, conhecem a carreira de magistério, sistemas de concurso e contratação, obrigações e direitos; estudam a LDB e documentos como PCNs e CBC junto ao supervisor; aprendem a preencher diários de classe. Além disso, simulam o processo de escolha do livro didático, através da análise de várias opções, entre elas o livro adotado na escola. Conhecimento da estrutura e 18 funcionamento da escola – Para conhecer o ambiente de trabalho do professor, os bolsistas participam de reuniões administrativas e de pais e mestres, entrevistam funcionários, diretores e supervisores (questionários pré-estruturados) e fazem um levantamento da infraestrutura disponível, como laboratórios, equipamentos, salas de aula etc. Preparação e realização de Curso paralelo de Química ou Ciências durante o ano letivo – Para completar sua experiência didática, uma situação de ensino contínuo é simulada através de cursos extraclasse. Os licenciandos planejam o curso anual considerando o conteúdo de um ano letivo e 2 horas de aula por semana para o Ensino Médio ou 1 hora para o Fundamental II. Este trabalho é feito em equipe Aulas de Química para estudantes surdos oferecidas pelo bolsista Eduardo em 2013 aulas supervisionadas – Os licenciandos preparam e ministram individualmente pelo menos duas aulas por semestre, com metodologias especiais de ensino como demonstração de experimentos em sala de aula, uso de multimídia, dinâmicas e jogos didáticos, ou aulas práticas em laboratório. Os tema das aulas são definidos pelo professor da classe. O supervisor do PIBID assiste e avalia essas aulas, com a finalidade orientadora. sob orientação da coordenadora. Em seguida, os estudantes divulgam a oportunidade na escola e coletaram inscrições, organizando turmas de até 10 alunos. A participação dos alunos é facultativa e depende de autorização dos pais, pois as aulas ocorrem extraturno. Cada aula é planejada visando manter o interesse dos alunos e a alta frequência. Assim, a maioria das aulas envolve um experimento investigativo. Outros recurso utilizados: jogos Oficina oferecida por bolsistas PIBID sobre Cana-de-açúcar e derivados na Escola Estadual Effie Rolfs educativos desenvolvidos pela equipe de bolsistas, modelagem, uso de computadores, dinâmicas, exercícios e visitas a espaços não formais de educação. Embora as aulas sejam preparadas coletivamente, cada bolsista lecionava individualmente para uma ou duas turmas. Os conteúdos acompanham a matéria que está sendo vista na escola, aprofundando-a ou ampliando-a. As turmas são pequenas de forma que o bolsista possa diagnosticar possíveis dificuldades de aprendizagem devidas à falta de conhecimentos prévios, intervindo positivamente na aprendizagem. E também, para permitir a observação da evolução conceitual individual, à medida que as aulas vão ocorrendo. Avaliação da aprendizagem – Os bolsistas participam de estudos com a coordenadora e supervisores; Preparam questões sob a orientação do supervisor, que podem fazer parte das avaliações formais da escola; Participam da correção de provas sob a orientação dos supervisores; Ao final de cada bimestre analisam estatisticamente as notas, obtendo as médias das turmas e da escola. Estas notas são utilizadas para avaliação da aprendizagem e da metodologia por eles desenvolvida e aplicada nos cursos extraclasse. A evolução da aprendizagem é assim acompanhada no decorrer do ano. Além das avaliações clássicas, os bolsistas utilizam jogos avaliativos, questionários e entrevistas. Aulas de recuperação – Aulas de reforço são oferecidas pelos bolsistas para alunos que farão provas de recuperação. Também oferecem sessões de exercícios de recuperação paralela. Estas ações complementam a sua qualificação para atuação em situações de déficit de aprendizagem. Troca de experiências, Trabalho em equipe, Colaboração – Os bolsistas, organizados em equipes conforme o ano para o qual estão lecionando, planejam as aulas para o curso extraclasse em conjunto. Em reuniões semanais com a coordenadora, cada equipe recebe orientações quanto à metodologia e ao conteúdo, e discute resultados das aulas anteriores e ideias para novas aulas. Licenciandos que atuam em diferentes anos em uma mesma escola se reúnem semanalmente e trocam informações buscando um trabalho integrado e o desenvolvimento da noção de pré-requisitos. Atividades complementares – Os bolsistas, em projetos individuais ou coletivos, realizam pesquisas e apresentam seus re- sultados em congressos; Organizam gincanas e outros eventos lúdicos e orientam projetos para apresentação em feiras de ciências. Estas atividades visam ampliar a ação do professor incluindo componentes de pesquisa e extensão. Os resultados obtidos nos 5 anos do PIBID na UFV têm validado a metodologia proposta para a formação dos licenciandos. Um questionário foi respondido pelos supervisores, que foram unânimes em afirmar que os bolsistas que participaram do PIBID-Química estavam mais preparados para ingressarem na carreira docente do que eles mesmos quando iniciaram na profissão. Eles também ponderaram que supervisionar esses trabalhos modificou suas metodologias de ensino, pois o contato semanal com os jovens lhes trouxe muitas ideias novas. Além disso, puderam utilizar em suas aulas jogos, slides e outros materiais paradidáticos preparados pelos bolsistas. As análises das notas mostraram que o trabalho dos bolsistas foi benéfico para a escola. As atividades de recuperação resultaram em redução de reprovações. A comparação das notas dos alunos que participaram dos cursos extraclasse com as médias 19 das escolas mostrou que as propostas de ensino dos bolsistas foram eficientes, uma vez que as médias foram superiores às das escolas e, na maioria dos casos, crescentes no decorrer do ano. Assim, tanto o trabalho com alunos com dificuldades de aprendizagem, quanto com aqueles mais interessados em Química tiveram sucesso. Os trabalhos com a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental foram tão produtivos que uma das escolas ofereceu dois laboratórios e um horário regular por semana para que todos os alunos pudessem participar das aulas do PIBID. A professora de Ciências assistiu as aulas oferecidas pelas licenciandas e aprovou a metodologia. As bolsistas vivenciaram fortemente a atividade docente e se prepararam para realizar algo que na maioria das vezes aparece apenas nas recomendações do MEC 20 e das Secretarias de Estado de Educação: A interdisciplinaridade na escola. Questionários foram enviados para coleta das impressões dos atuais e ex-bolsistas. Entre os itens avaliados, é interessante ressaltar que 100% afirmaram que o PIBID foi muito importante para sua formação e, para 76% participar do PIBID aumentou seu interesse pelo magistério. Entre as atividades acima descritas, as aulas supervisionadas foram consideradas muito importantes. Estas aulas receberam o apelido de “Aulas Inesquecíveis” nas escolas. Nós acreditamos que a alcunha é adequada, pois foram experiências marcantes para os licenciandos e momentos agradáveis de aprendizado significativo para os alunos. Porém, o diferencial do PIBID-Química ficou mesmo por conta dos cursos extraclasse, considerados por 100% dos bolsistas e ex-bol- sistas como as atividades mais relevantes para a sua formação. A coordenadora, que acompanhou semanalmente essas atividades, observou o crescimento pessoal e profissional dos licenciandos, que a cada dia desenvolviam seus conhecimentos e habilidades para o magistério, sua capacidade para trabalhar em equipe, criatividade para a preparação de materiais paradidáticos inovadores e motivantes. O nosso balanço sobre esses primeiros 5 anos do PIBID é positivo: A UFV formou (ou formará) 55 novos professores com um grande potencial para elevar a qualidade do ensino de Química caso venham a atuar em escolas públicas do Ensino Básico. Para que isto se concretize, cremos que basta uma política nacional que valorize mais a profissão, tornando-a mais atrativa, com melhores salários e condições de trabalho na rede pública. Atividades em sala de aula na escola: A bolsista Andreia na E. E. Effie Rolfs - aula de exercícios CHEMGAMES Leandro José dos Santos A tividades lúdicas são práticas que visam o desenvolvimento pessoal do aluno, o atraem, o estimulam e o motivam. Quando estas atividades lúdicas possuem regras podem ser consideradas jogos. O uso de jogos pedagógicos pode ser utilizado como um método alternativo para se trabalhar conteúdos de Química de uma maneira fácil e dinâmica evitando aulas exaustivas e monótonas. O interesse despertado pelo jogo no aluno, graças ao desafio que este o impõe, leva a um maior poder de assimilação e consequentemente a um maior grau de aprendizagem. Uma das ações desenvolvidas no Pibid-Química da UFV-Campus Florestal foi a confecção de diferentes jogos didáticos que pudessem auxiliar aos professores no ensino e aos alunos do Ensino Médio no aprendizado de conteúdos de Química. A seguir são apresentados os principais jogos que foram confeccionados. Nos dois primeiros jogos são trabalhados alguns conteúdos de Química Orgânica, dentre eles, nomenclatura, estrutura plana, forças intermoleculares, propriedades físicas e estrutura tridimensional. O jogo intitulado “Forca de Nomenclatura”, tem suas regras similares ao de uma forca comum. O jogo “Jogando com as Forças” se baseia na dinâmica do tradicional jogo de cartas “mau-mau”, porém ao invés de naipes convencionais das cartas temos diferentes funções orgânicas. Os principais conteúdos trabalhados são interações intermoleculares, propriedades físicas, nomenclatura e estruturas dos compostos orgânicos. Os dois últimos jogos também são jogos de cartas e os conteúdos trabalhados são de Tabela Periódica. No jogo “Pôquer dos Elementos dos 21 Algumas cartas que compõem o jogo “Batalha dos Elementos” Alunos jogando Pôquer dos Elementos dos Blocos s e p Blocos s e p” são trabalhados conceitos de Tabela Periódica, periodicidade dos elementos e algumas curiosidades da História da Química. O jogo “Batalha dos Elementos” é um jogo de cartas base- 22 ado no popular jogo de cartas “Yu-gi-oh!” criado em 1996 pelo japonês Kazuki Takahashi. O jogo foi desenvolvido para auxiliar no ensino-aprendizagem da Tabela Periódica e para proporcionar a reflexão dos alu- nos do Ensino Médio e diminuir a memorização das propriedades periódicas. Ao longo do desenvolvimento e aplicação dos jogos foram realizadas análises qualitativas e quantitativas. Estas demonstraram que os alunos do Ensino Médio se sentiram mais estimulados a estudar e consequentemente conseguiram compreender o conteúdo de uma forma divertida e interativa. O desenvolvimento dos jogos descritos anteriormente além de auxiliar no processo de ensino-aprendizagem também foi muito importante para o desenvolvimento da prática docente dos licenciandos integrantes do Pibid-Química os incentivando a utilizar, sempre que necessário, métodos menos tradicionais para abordagem de um conteúdo em Química. A finalização dos editais 2011 e 2012 e a nova configuração do programa, que agora é único e contínuo em cada instituição, constituem um marco para a nova etapa do PIBID da UFV. O programa que se inicia em 2014 tem uma nova dimensão em termos de número de subprojetos, bolsistas e escolas envolvidas. No I Fórum PIBID UFV – Socializando aprendizagens construídas, ocorrido em janeiro de 2014, criou-se um espaço de reflexão sobre as ações das diferentes áreas e o trabalho realizados, subsidiando ações que possam contribuir para a consolidação desse importante programa institucional. Espera-se que o licenciando crie ferramentas para a produção de sua concepção docente, compreendendo que para atuar na educação básica pública é preciso APRENDER a todo momento, usar o SABER na condução dos alunos para conhecimento e AGIR com confiança de que se pode fazer a diferença e, assim, VENCER os desafios da Educação.