Lepera régio
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Lepera régio
Jornalistas JORNAL DOS JORNALISTAS AGOSTO 2010 - número 330 elegem nova direção da FENAJ Pág 5 Plebiscito vai traçar os rumos da Campanha Salarial de Jornais e Revistas Pág 5 André Freire Sindicato solicita audiência para debater crise na TV Cultura Participação expressiva dos jornalistas paulistas na eleição da Fenaj. A Chapa 1, de Celso Schröder, venceu a disputa em São Paulo e obteve a maioria dos votos no país. Pág 3 O trabalho dos profissionais de imprensa nas eleições Pág 4 UNIDADE AGOSTO 2010 A 2 eleição para a renovação da direção da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) representa grande exercício de democracia sindical que se renova e fortalece desde 1983. Foi naquele ano, durante o 19º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado em Guarapari (ES), que a categoria aprovou a eleição direta e voto secreto como método para a escolha de sua direção nacional. A primeira eleição direta aconteceu nos dias 25 e 26 de abril e o eleito foi o jornalista Audálio Dantas, ex-presidente do Sindicato de São Paulo. Naquele período, a sociedade ainda vivia sob o regime militar, comandado pelo general João Figueiredo e a decisão dos jornalistas representou mais que um avanço nas relações sindicais. Significou um protesto político e um passo em direção a redemocratização do país. Em pleno regime democrático, a função atual da Fenaj frente aos ataques que sofre a profissão, é a de aprofundar a organização dos sindicatos e ampliar a interlocução com outros setores sociais para, praticamente, refundar a profissão de jornalista no Brasil. Não é necessário, entretanto, enumerar os ataques que a profissão foi alvo nos últimos anos. Tampouco, explicitar os setores que pensam em obter vantagens com a desregulamentação. Eles já são por demais conhecidos. O fato é que os jornalistas precisam estabelecer um acordo político entre suas entidades e as forças progressistas da sociedade para criar novo marco regulatório para o setor, que mantenha a organização profissional e a liberdade de imprensa como direito dos jornalistas e não propriedade empresarial. Assim, estamos frente ao dilema de superar um trauma passado e construir o alicerce para o futuro. O grande momento para estabelecer as bases desse verdadeiro pacto entre profissionais se dará durante o 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, a ser realizado em Porto Alegre (RS) entre os dias 18 e 22 de agosto. Nesse encontro, os jornalistas brasileiros devem estabelecer as bases de sua atuação nos pró- Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja CEP 01220-010 - São Paulo - SP * Tel: (11) 3217-6299 - Fax: (11) 3256-7191 ximos anos, principalmente quanto aos passos a serem tomados para a reconquista da necessidade de formação universitária para o exercício profissional, ou seja, a aprovação da PEC do diploma. Para dar esse importante passo é necessário equacionar a situação daqueles que, outrora exercendo de maneira ilegal a profissão, agora, com a decisão do STF -, adquiriram o direito legal de exercer este trabalho. Assim, é preciso que os sindicatos resolvam que tipo de relação querem ter com esse grupo de profissionais. Serão ou não aceitos em nossas organizações? O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo acredita que a missão central de toda entidade sindical é a de representar todos os profissionais que, verdadeiramente, atuem na profissão. Entendemos que um jornalista diplomado, que é proprietário de um veículo de comunicação e contrata outros jornalistas para trabalhar em sua empresa, não deve ser representado pelo Sindicato. A questão não se resume apenas a ter o diploma ou não, mas, também, a forma como se deve ser exercido o trabalho jornalístico. Portanto, aqueles que trabalham na legalidade e com seriedade devem ser nossos aliados contra os aproveitadores. A proposta se assemelha a uma anistia aos culpados do passado para que, a partir da compreensão desta realidade, possa ser construída uma nova relação social e profissional que reorganize a profissão com base na formação universitária, na existência de um conselho de classe para registrar os profissionais e uma entidade sindical cada vez mais representativa. Só com esta combinação de atores será possível evitar os erros do passado que, fosse por falta de fiscalização, vontade política do governo ou fraqueza da categoria frente ao patronato, fizeram com que uma lei conquistada a duras penas se tornasse letra morta, mesmo tendo passado 40 anos de vigência. Corrigir esta situação é uma missão que os jornalistas profissionais, os Sindicatos e a Fenaj assumem publicamente. Diretoria do Sindicato E-mail: [email protected] site: www.jornalistasp.org.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou do Sindicato. DIRETORIA EXECUTIVA Presidente José Augusto de Oliveira Camargo (Guto) Secretário Geral André Luiz Cardoso Freire Secretário de Finanças Kepler Polamarçuk Secretário do Interior Alcimir Antonio do Carmo Secretária de Cultura e Comunicação Rose Nogueira Secretária de Relações Sindicais e Sociais Evany Conceição Francheschi Sessa Secretário Jurídico e de Assistêncial Paulo Leite Moraes Zocchi Secretária de Ação e Formação Sindical Telé Cardim Secretária de Sindicalização Márcia Regina Quintanilha CONSELHO DE DIRETORES Suely Torres De Andrade Luigi Bongiovanni José Aparecido Dos Santos (Zezinho) Cláudio Luís De Oliveira Soares Candida Maria Rodrigues Vieira Luiz Francisco Alves Senne (Kiko) Ari De Moura Wladimir Miranda Lílian Mary Parise DIRETORES REGIONAIS Bauru - Rodrigo da Silva Ferrari Campinas- Agildo Nogueira Júnior Oeste Paulista-Sèrgio Barbosa Piracicaba- Martim Vieira Ferreira Ribeirão Preto- Aureni Faustino de Menezes Santos-Carlos Alberto Ratton Ferreira São José do Rio Preto- Daniele Jammal Sorocaba- José Antonio Rosa Vale do Paraíba,Litoral Norte e Mantiqueira - (Diretor adjunto do Interior) Edivaldo Antonio Almeida COM.REG.E FISC. EXERC. PROF. (CORFEP) Douglas Amparo Mansur, Vítor Ribeiro, José Eduardo De Souza. Suplente: Alan Rodrigues (Diretor adjunto de comunicação) Hugo Arnaldo Gallo Mantellato, Katia Maria Fonseca Dias Pinto, Orlando De Arco e Flexa Neto e Fernanda De Freitas Oeste Paulista R. Pedro de Olveira Costa,64 Sbs da CUT CEP. 19010-100 Tel. (18) 3901-1633 E mail. [email protected] Tânia Brandão, Priscila Guidio Bachiega, Danilo Augusto Maschio Pelágio, Fernando Sávio Rodrigues Dos Santos, Hércules Farnesi Da Costa Cunha e Sergio Ricardo Guzzi Piracicaba Pça. José Bonifácio,799 sala 22 CEP.13400-120 Tel.(19) 3434-8152 E mail – [email protected] Vanderlei Antonio Zampaulo, Luciana Montenegro Carnevale, Paulo Roberto Botão,Ubirajara Toledo,Poliana Salla Ribeiro e Fabrice Desmont’s Da Silva Ribeirão Preto R. Dr Américo Brasiliense,405 sala 404 CEP.14015-050 Tel.(16) 3610 – 3740 E mail – [email protected] Firmino Luciano Piton,Eduardo Augusto Schiavoni, Antônio Claret Gouvêa e Tadeu Queiroz Da Silva Santos R.Martin Afonso,101 6° and CEP.11010-061 Tel (13) 3219 – 4359 E mail- [email protected] Joaquim Ordonez Fernandes De Souza, Reynaldo Salgado,Eraldo José Dos Santos Glauco Ramos Braga, Emerson Pereira Chaves,Marcelo Luciano Martins Di Renzo e Pedro Figueiredo Alves Da Cunha Sorocaba R.Cesario Mota,482 CEP.18035-200 centro Tel.(15) 3342 -8678 E mail. [email protected] Adriane Mendes, Fernanda De Oliveira Cruz, Regivaldo Alves Queiroz, Emídio Marques e Marcelo Antunes Cau São José do Rio Preto R.Major Joaquim Borges de Carvalho,497 CEP.15050 -170 Vila Angélica Tel. (17) 3211 – 9621 E mail – [email protected] Jocelito Paganelli, Rubens Cárdia Neto, Luiz Roberto Montagna Zanatta, Sérgio Ricardo Do Amaral Sampaio, Cássia Morgon Fernandes e Antonio Carlos Ribeiro Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira R.Cons Rodrigues Alves,203 casa 02 Cep.12209-540 Tel.(12) 3241-2686 E mail – [email protected] Jorge Silva, Sirlene Santana Viana, Neusa Maria De Melo,Rita De Cássia Dell’ Áquila e Fernanda Soares De Andrade CONSELHO FISCAL José Donizeti Costa, Marcelo Carlos Dias dos Santos, Dulcimara Cirino, Carlos Eduardo Luccas (suplente) e Simone De Marco Rodrigues (suplente) COMISSÃO DE ÉTICA Denise Fon, Roland Marinho Sierra, Antonio Raimundo Chastinet Pontes Sobrinho, Alcides Rocha, Flávio Tiné, Fernando Jorge, Dr. Lúcio França ,Cristina Charão, Antonio Funari Filho e Padre Antonio Aparecido Peres DIRETORIAS DE BASE Bauru R. Primeiro de Agosto,447 sala 604E CEP. 17010-011 Tel.(14) 3222-4194 E mail – [email protected] Marcelo De Souza Carlos, Ieda Cristina Borges, Sergio Luiz Bento, Karina Fernanda Prado Grin e Flavio Augusto Melges (Tuca Melges) Campinas R. Dr Quirino, 1319 9° and CEP . 13015-082 Tel (19) 3231-1638 E mail – [email protected] EXPEDIENTE Diretor responsável: Rose Nogueira (MTb 9736/SP) Editor: Simão Zygband (MTb 12.474/SP) Diagramação: Rubens M. Ferrari (MTb 27.183/SP) Reportagem: Ana Paula Carrion (MTb 8842/RS) Depto. Comercial: Fone (11) 3217-6299 Colaborador: Eduardo Ribeiro (Moagem) Impressão: Foma Certa Fone (11) 3672-2727 Tiragem:10.000 exemplares. Conselho Editorial: Jaqueline Lemos, Luiz Carlos Ramos, Laurindo (Lalo) Leal Filho, Carlos Mello, Assis Ângelo, Renato Yakabe e Adunias Bispo da Luz. O s jornalistas de São Paulo deram uma demonstração de maturidade e determinação política ao participar das eleições para a escolha da nova diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) para o triênio 2010/2013 e que elegeu Celso Schröder, da Chapa 1, “Virar o Jogo! Em defesa do Jornalismo e do Jornalista” como presidente. Em São Paulo, 695 eleitores da Capital e Interior sufragaram seus votos nas urnas e, independentemente da chapa escolhida, número expressivo de profissionais de imprensa, aposentados ou não, decidiu marcar posição sobre o que pretendem sobre os destinos do seu órgão de representação em nível nacional. As eleições em São Paulo, realizadas nos dias 27, 28 e 29 de julho, foram marcadas também por episódios de intransigência e autoritarismo de alguns (poucos) órgãos de imprensa, que impediram a votação dentro de suas instalações, como foi o caso da TV Bandeirantes em São Paulo e da TV Tribuna de Santos. No entanto, esta atitude não foi suficiente para ofuscar o brilho da votação. É importante ressaltar também a maneira democrática que transcorreram as eleições entre as chapas concorrentes que, inclusive chegaram a assinar nota conjunta, durante o pleito, contra a arbitrariedade ocorrida na TV Bandeirantes. Resultados oficiais Os resultados, divulgado já na tarde do dia 30, apontaram a vitória da Chapa1 de Celso Schröder com um total de 415 votos contra 267, da Chapa 2, além de 4 votos em branco e 9 nulos. A Chapa 1 saiu vencedora da disputa tanto nas urnas da Capital (204 votos), quando no Interior (211). Já a Chapa 2 obteve 180 votos na Capital e 87 no Interior. Houve 3 votos em branco e 7 nulos na Capital, totalizando 395 votos. No interior houve 1 voto em branco e 2 nulos, totalizando 301. Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e atual secretário geral eleito da Fenaj, José Augusto Camargo (Guto), a eleição poderia ter obtido uma votação ainda maior expressiva, mas “infelizmente, houve dificuldades como impedimento de entrada de urnas nas TVs Bandeirantes, na Capital e Tribuna, em Santos”. Foram eleitos por São Paulo e também fazem parte da nova diretoria eleita da Fenaj a diretora de Sindicalização, Márcia Quintanilha (como vice-presidente da Regional Sudeste), o diretor do Interior, Alcimir do Carmo (Departamento de Relações Internacionais) e o secretário geral, André Freire (Departamento de Imagem). Em nível nacional, A Chapa 1 obteve 2.952 votos contra 1.371 da Chapa 2, de um total de 5.014 votantes. O resultado oficial foi divulgado no dia 6 agosto. Quadro de votação - SP/Brasil CHAPA 1 CHAPA 2 Brancos Nulos TOTAL Capital 204 180 3 7 394 Interior 211 87 1 2 301 Total SP 415 267 4 9 695 Outros estados 2.537 1.104 75 35 3.751 Total Brasil 2.952 1.371 79 44 4.416 Eleitores votam em urna instalada na sede do Sindicato PEC do Diploma foi adiada mais uma vez no Senado No último mês, jornalistas brasileiros têm concentrado esforços para que a Proposta de Emenda Constitucional 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE) sobre a retomada da obrigatoriedade do diploma seja votada em caráter de urgência no Senado. A expectativa era de que a mesma fosse votada em agosto, após o recesso parlamentar. A PEC foi incluída na pauta mas não chegou a ser apreciada e agora volta ao plenário somente em setembro. A orientação da Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma é para que os apoiadores intensifiquem contatos com os parlamentares buscando apoio à aprovação da PEC. PEC 386/09 A Comissão Especial na Câmara dos Deputados que discute o restabelecimento da exigência de diploma para jornalistas aprovou no mês de julho, o substitutivo do relator, deputado Hugo Leal (PSC-RJ), à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 386/09, de autoria do jornalista e deputado Federal, Paulo Pimenta (PT/RS). “Ganhamos uma batalha importante, mas a guerra ainda não terminou”, disse o então presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. Segundo ele, a Federação e os Sindicatos irão fazer gestões junto aos líderes de bancadas para que o substitutivo do deputado Hugo Leal seja incluído na pauta do esforço concentrado da Câmara. UNIDADE AGOSTO 2010 A Fenaj e a missão de refundar o jornalismo Participação Chapa 1 vence as eleições para a Fenaj em São Paulo Guto Camargo E ditorial Inscrições para o Vladimir Herzog continuam abertas As inscrições para o 32º Prêmio Vladi mir Herzog de Anistia e Direitos Humanos de 2010 se encerram no dia 27 de agosto (exceto livro-reportagem, cuja data é até o dia 30). Desde 2009, o concurso tem in corporado categorias especiais, além das oficiais, que elegem temas relacionados à violação de direitos humanos. Nesta edição o tema será “Saúde como direito do cidadão”. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 25 de outubro, no Tuca. A inscrição para o prêmio Vladimir Herzog é aberta a todos os jornalistas profissionais brasileiros registrados no Ministério do Trabalho e Emprego (Mtb). Todas as informações sobre a premiação, podem ser acessadas no site do Sindicato (www.sjsp.org.br) e no do Instituto Vladimir Herzog www.premio vladimirherzog.org.br 3 UNIDADE AGOSTO 2010 A 4 campanha eleitoral de 2010 que elegerá o presidente da República, governadores, senadores e deputados, federais e estaduais está aberta e junto com ela oportunidades de trabalho para profissionais de comunicação. Produção de programas televisivos, radiofônicos, assessoria de imprensa e profissionais de web são utilizados como ferramentas para ajudar a eleger um candidato. Por entender a importância do profissional de comunicação e, sobretudo, o jornalista na campanha eleitoral, o Unidade procurou os coordenadores de campanha dos principais candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), respectivamente o vereador José Américo Dias e o deputado estadual Sidney Beraldo. Após vários contatos telefônicos e também por intermédio de e-mail com o assessor de imprensa do deputado Sidney Beraldo, Antônio Luiz Magalhães, Unidade não obteve retorno, apesar da insistência. Por este motivo, ouviu apenas José Américo, que como jornalista tem passagens pelo Diário do Comércio, Folha de S. Paulo, entre outras. José Américo, jornalista, vereador e líder da bancada do PT na Câmara Municipal de São Paulo é coordenador de Comunicação da campanha do candidato ao governo do Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante da Coligação União Para Mudar formada pelo PT, PCdoB, PDT, PR, PRB, PSDC, PTN, PRP, PTdoB e PRTB. Unidade: Quantos jornalistas trabalham na campanha do candidato ao governo do estado de São Paulo, pelo PT, Aloizio Mercadante? José Américo: O Partido dos Trabalhadores trabalha com cerca de 30 jornalistas diplomados incluindo os profissionais da produtora de marketing, assessoria de imprensa e web. Fora isso, temos no campo publicitário, profissionais que são oriundos da categoria. Unidade: Na sua avaliação o profissional de comunicação tem peso na campanha eleitoral? José Américo: Com certeza, a presença do jornalista profissional numa campanha eleitoral é fundamental. Ele agrega habilidade profissional com consciência ética. Unidade: É uma realidade que muitos profissionais de comunicação tomaram gosto pelo mercado e hoje trabalham basicamente com campanhas eleitorais? José Américo: Isso é verdade. Muitos marqueteiros são oriundos do jornalismo. João Santana, o responsável pelo marke- ting da Dilma, candidata a presidência da República, é um dos melhores do Brasil e também veio do jornalismo. Durante o impechament do Collor, ele era chefe da sucursal da Revista IstoÉ, em Brasília. Assim como ele poderia citar muitos. Mas independente disso, o jornalista, sem ser marqueteiro, é muito importante para a campanha eleitoral porque exerce pressão positiva para a divulgação de um candidato nos veículos de comunicação. Unidade: Como é realizado o trabalho junto às redações? José Américo: O profissional faz contatos com a imprensa, envia press releases, avisa sobre as atividades que serão realizadas, organiza coletivas e entrevistas exclusivas. Na campanha de Mercadante estamos trabalhando com duas estratégias. Temos uma equipe que acompanha o candidato e outra que antecipa a divulgação de suas atividades no estado, que é o trabalho de assessoria de imprensa. O objetivo é valorizar a agenda do candidato e a mídia é fundamental para isso. Unidade: As eleições de 2010 trouxeram um novo componente que é o embate virtual. Como você analisa o trabalho feito na web e nas redes sociais? José Américo: Neste campo o PT trabalha com dois instrumentos: o site oficial do Mercadante e a Rede Mercadante, que abre espaço para o twitter, facebook e orkut. A web é fórmula que agrega todos simpatizantes do candidato que desejam participar ou ajudar na campanha. É uma espécie de ponto de encontro virtual da militância, onde é possível dar sugestões ao programa de governo. As campanhas do PT sempre foram de participação e a internet é um espaço privilegiado para isso. O lançamento da candidatura Mercadante foi transmitida com grande participação de internautas. Unidade: E os meios tradicionais, TV e Rádio? José Américo: Estes ainda são determinantes na campanha eleitoral. O horário político e os debates ainda têm muito peso e são predominantes na disputa. A web está com bastante inserção, mas não cumpre papel decisivo, serve mais como instrumento de mobilização. Unidade: A mídia ainda tem alguma resistência ao PT? José Américo: Eu acho que alguns órgãos de comunicação ainda têm e a manifestam claramente. O Brasil é dominado por uma imprensa muito conservadora que coloca a militância política acima do seu dever de informar. Esses setores da mídia procuram esconder a campanha estadual, o que é favorável ao adversário. E quando passam a informação relacionada ao PT selecionam o conteúdo. Isso não acontecesse só com o Mercadante. Acontece também com a Dilma que têm coberturas pela grande mídia completamente desproporcionais. Para eles, o importante não é informar e sim fazer a cabeça do eleitor. Essa atitude é péssima para o jornalismo. Graças ao sistema democrático brasileiro nós temos o horário político e os debates, que permitem certo equilíbrio na disputa eleitoral. Quando cito que existe uma imprensa militante no país, é óbvio que também há os que cumprem com o papel de informar. Mas, mesmo assim, com maior atenção à disputa nacional do que a estadual, o que acaba beneficiando o candidato mais conhecido. Unidade: Enquanto jornalista, como você se sente trabalhando na coordenação de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante? José Américo: Eu sou um jornalista com passagem por vários cargos de comunicação e hoje tenho uma atividade política como vereador e como líder do PT na Câmara, mas procuro manter sempre o vínculo com a profissão. Acredito que a condição de jornalista me ajudou muito no exercício da política porque me permite entender a característica da comunicação, embora minha tarefa na campanha do Mercadante seja mais de dirigente político, mas com minha formação, posso coordenar e supervisionar o trabalho realizado por esses diversos profissionais já mencionados aqui. (Ana Paula Carrion) Conheça os jornalistas que são candidatos O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os profissionais de comunicação que concorrem a cargos públicos nas eleições de 2010. Veja a relação abaixo: DEPUTADO FEDERAL Aldo Rebelo (PCdoB); Mario Berti Filho (PCB); Antonio Sérgio Pitton (PSB); Vicente Caprino (PSB); Magda Zamat (PSB); Raul Christiano (PSDB); Thiago Floreio (PSOL); Altair Gouveia (PV); Deise Mara do Nascimento (PV); Fausto Lopes Fº(PV); Francisco José Behr (PV) e Jaime da Rocha (PV) DEPUTADO ESTADUAL Fabiano Gomes dos Santos (PCdoB); Rubens MassashiIto (PDT); Oswaldo Barbosa Junior (PMDB); Fernando Girao (PMN); Armando Barreto (PP); Amarildo de Oliveira (PPS); Conceição Figueiredo (PPS); José Jantalia (PR); Clovis Sobrinho (PRP); Otavio Demasi (PSB); Deuzeni Pimentel (PSC); Marlene Rodrigues (PSC); José Ursilio de Souza e Silva (PSDB); Sebastião de Oliveira (PSDC); Adeir Cupertino (PSL); Ciro José Pinheiro Netto (PSL); Jesse Nunes (PSL); Galeno de Amorim Jr (PT); Rafael Agostini (PT); Reinaldo Nunes (PT); Rui Falcão (PT); José Roberto de Camargo (PT do B); Luiz Carlos Corrêa (PTN); Nelson Pereira dos Santos (PTN) e Cleia de Moraes (PV). Plebiscito define rumo da campanha salarial Os empresários de Revistas e Jornais e de Assessoria de Imprensa da Capital e Interior mantém postura de querer achatar os salários dos jornalistas. As propostas sequer recompõem a inflação medida pelo INPC (5,31%). Porisso, o Sindicato vai consultar a categoria através de um plebiscito para definir os rumos da campanha. Na Capital, os empresários insistem em oferecer apenas 5%, o que representa ligeiro aumento sobre a proposta anterior que era de 4,5%. No entanto, mantém critério já repudiado nas negociações anteriores de dividir a categoria e pagar reajuste fixo de R$ 350,00 para os que recebem acima de R$ 7 mil. Já no Interior, as propostas dos patrões também não são nada animadoras. Eles oferecem índice de 90% do INPC, ou 4,8%, também abaixo da inflação. Quanto a Assessoria de Imprensa, os empresários já aceitaram repor a inflação de 5,31%. Segundo o presidente do Sindicato, José Augusto Camargo, a categoria deve se preparar para enfrentar uma difícil campanha salarial. “Os jornalistas devem se beneficiar do crescimento que as empresas tiveram em 2009 e que deve se reproduzir em 2010”. A diretoria vai intensificar as visitas às redações, ampliar a mobilização e realizar plebiscito para ouvir a opinião da categoria. Participe!!! Denúncias na TV Santa Cecília e Jornal da Orla Sindicato divulga agenda de curso no mês de setembro No mês de julho, a diretoria regional de Santos, Baixada Santista e Vale do Ribeira do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo se reuniu com a direção da TV Santa Cecília e do Jornal da Orla para analisar problemas trabalhistas e cumprimento do acordo coletivo. A denúncia é que a TV Santa Cecília não cumpre a Convenção Coletiva de Rádio e TV, recentemente acordada entre o Sindicato dos Jornalistas e o patronal. Já o jornal da Orla descumpre a Convenção Coletiva e faz utilização excessiva de frilas fixos, estagiários, colaboradores e efetua pagamento de salários abaixo do piso. As diretorias das empresas prometeram tomar providências necessárias, acatando a Convenção Coletiva e respeitando o pisos da categoria. O Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo realiza no mês de setembro o curso de Assessoria de Imprensa no Serviço Público. Informações podem ser obtidas no Departamento de Formação da entidade de segunda à sexta, das 9h00 às 12h00 e das 13h00 às 18h00, pelos telefones (11) 3217 6299 ramais 6233 e 6241 ou pelo e-mail: [email protected] Veja a programação: Assessoria de Imprensa no Serviço Público, no período de 14 a 30 de setembro, às terças, quartas e quintas, das 19h00 às 22h30. O docente é o jornalista e professor Gilberto Lorenzon (jornalista, professor da pós-graduação da Uninove e do curso de Assessoria de Imprensa do Senac). A programação completa está no site, www.jornalistasp.org.br. Sindicato dos Jornalistas está no Twitter O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo está no Twitter. Agora as notícias referentes à categoria podem ser acompanhadas por meio da rede social. O Twitter é uma ferramenta da internet que permite aos usuários que enviem e leiam mensagens (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como “tweets”), por meio da própria web e também por SMS (torpedos). Para seguir as notícias do Sindicato acesse http://twitter.com/ JornalistasSP disponível na página da entidade. Participe você também . Sindicato solicita audiência para debater crise na TV Cultura D iante das denúncias de que a TV Cultura de São Paulo pretende efetuar demissão em massa de seus funcionários, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo encaminhou no último dia 4 de agosto pedido de audiência com o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, para se interar do problema e analisar medidas conjuntas que evitem o corte de profissionais. A emissora enfrenta uma crise sem precedentes e, segundo informações, já efetua cortes pontuais. A diretoria do Sindicato considera inadmissível que a única TV pública gerida pelo governo paulista possa sofrer o desmonte que se prenuncia. Recentemente, o Sindicato emitiu nota de desagravo aos trabalhadores da TV Cultura e pretende agir para impedir as demissões. É inaceitável que a atual gestão da TV Cultura, presidida pelo economista João Sayad, indicado para o cargo pelo ex-governador e presidenciável José Serra, não entenda que a emissora é um patrimônio dos jornalistas e de todo povo paulista. Em seus quadros de funcionários passaram inúmeros profissionais de renome, seja na área técnica ou no departamento de jornalismo, como é o caso do jornalista Vladimir Herzog, mártir da resistência à ditadura militar, assassinado no exercício da chefia de redação da TV Cultura. Não se pode aceitar que a atual direção da TV Cultura apenas enxergue o custo da manutenção da emissora e não leve em conta a relevância social que a TV pública tem ou os prêmios nacionais e internacionais que ganhou com sua programação. O Sindicato acredita que o quadro que se criou em torno da TV Cultura não é compatível com sua função pública e, insiste, não vai compactuar com esta atitude, seja com corte de funcionários ou com interrupção da produção de seus programas. O Sindicato estuda medidas para garantir direitos trabalhistas e vai questionar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a legalidade da dispensa de profissionais em período eleitoral. Agindo assim, O Sindicato pretende garantir o caráter público da emissora e seu relevante papel social. VIIPREMIO ABECIP DE JORNALISMO CRÉDITO ABERTO PARA A MELHOR MATÉRIA UNIDADE AGOSTO 2010 O “peso” do jornalismo na campanha eleitoral Ação sindical 2010 Rubens Chiri E ntrevista CATEGORIAS n Financiamento imobiliário n Fontes de recursos para o mercado imobiliário n Responsabilidade social na construção civil 12 PRÊMIOS E TROFÉUS Em cada categoria serão concedidos 4 prêmios: 2 para imprensa escrita e 2 para mídia eletrônica. Para regulamento, ficha de inscrição e mais informações, acesse: www.abecip.org.br INSCRIÇÕES ATÉ 10 DE SETEMBRO DE 2010 ABECIP Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança Abecip VII Prêmio Jorn-An. Unidade7/10 1 29/07/10 09:58 5 UNIDADE AGOSTO 2010 A história secreta do braço direito de Luiz Carlos Prestes “C omprovei, remexendo em um quadro antigo de meu pai, quando fui trocar a moldura, que ele de fato tinha sido secretário particular de Luiz Carlos Prestes, o dirigente do Partido Comunista Brasileiro. Dentro encontrei uma foto, a única que resistiu aos tempos da ditadura, que mostrava o vínculo entre os dois”. Quem faz este relato é o fotógrafo aposentado Rolando Freitas, que trabalhou na Última Hora, jornal A Gazeta, TV Excelsior e Estadão, e que somente depois de completar 30 anos, descobriu que seu pai, o também jornalista Antonio Aquilino Freitas, tinha sido homem de confiança de Prestes. Soube também, já na maturidade, que ele era conhecido pelo codinome de “Seu Armando” e que o próprio Prestes era tratado como “Seu José”. “Só conheci a história completa de meu pai na idade adulta. Foi ele que me contou, já no final da vida, que tinha vínculos com o PCB. Quando criança, somente me recordo de ter queimado, junto com meu tio Alberto Freitas, livros, cartas e fotografias do meu pai, que o comprometiam. Só restou esta foto, que encontrei recentemente e, por acaso, atrás de um quadro”, disse. Rolando diz que Aquilino (ou seu Armando), juntamente com a família, refugiou-se na casa de Luiz Carlos Prestes, no Rio de Janeiro, próximo à lagoa Rodrigo de Freitas, no bairro de Jardim de Alá, quando a repressão tornou-se mais intensa e passou a persegui-lo. “Só me lembro de que meu pai se referia ao dono da casa como “seu José”. Por uma questão de segurança, jamais se referiu a ele pelo seu verdadeiro nome”. A ação de Aquilino, ou Armando, comprova também que o PCB foi apoiador dos governos de Adhemar de Barros em São Paulo, Jânio Quadros e João Goulart. “Encontrei nos arquivos dos jornais fotos de meu pai em atividades com estes dirigentes”, conta. Como jornalista, Aquilino, que foi associado do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo trabalhou na Última Hora, nos Diários Associados, no jornal Edição Extra e na assessoria de imprensa na secretaria da Saúde do governo de Franco Montoro em São Paulo. Acervo pessoal 6 Francisco Lepera, em uma das últimas fotos Por Eduardo Ribeiro J ornal Rolando (no detalhe) e a foto de seu pai com Prestes (acima, os dois da esquerda) e com Jânio (abaixo) ESTREOU, no final de julho, o novo Diário de S.Paulo, com novo formato (38 cm de altura), nova composição de editorias (apenas três – Dia a Dia, Viver e Esportes – abarcando todas as demais), um único caderno com 64 páginas e o esforço de fazer um jornal pós-noticioso, ou seja, apostando em pautas exclusivas e tratando o noticiário geral com um olhar mais de análise do que de informação. Luiz Caversan (ex-Folha de S.Paulo) atuará como consultor até o final das eleições. SÍLVIA HERRERA deixou o Jornal da Tarde e foi para a agência Fatto como subeditora. Com sua saída, Klester Cavalcanti, editor de Cultura/Comportamento do JT, passou a acumular também as funções de editor da Revista JT e passou a coordenar os suplementos Imóvel, Construção e Empregos. ÉRICA FRAGA está de volta à Folha de S.Paulo, como repórter especial. Cláudio Ângelo, editor de Ciência, deixou a sede do jornal e foi para a sucursal Brasília. R evista Jornalismo perde Francisco Lepera, um dos primeiros perseguidos da ditadura militar No dia 11 de julho, morreu aos 86 anos, na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o jornalista, ex-vereador e ex-deputado estadual Francisco Luciano Lepera, um dos primeiros políticos perseguidos pela ditadura militar, em 1964. Lepera era um vigoroso redator. Trabalhou em A Cidade, “O Diário”, “Diário de Notícias” e “Diário da Manhã”, os dois últimos já extintos. Na década de 40, tornou-se militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Em 1956, elegeu-se vereador pelo PTN (Partido Trabalhista Nacional). A brilhante passagem dele pela Câmara de Ribeirão o levou à Assembléia Legislativa. Em 1958 foi O vaivém do mercado eleito deputado estadual pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), com 8.865 votos. Uma de suas principais bandeiras foi a luta pela sindicalização rural. Participou de uma greve de trabalhadores do campo em Santa Fé do Sul, no início dos anos 60, na qual sofreu agressões da Força Pública (hoje Polícia Militar) e de jagunços e fazendeiros. Em 62, Lepera foi reeleito. Ele assumiria em 63, mas em razão da participação na greve e por ser taxado de comunista, um processo no TRE(Tribunal Regional Eleitoral) impediu a posse dele. O deputado recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e mantinha esperança de reassumir o cargo. No entanto, em abril de 64, depois do golpe militar, Lepera fez parte da primeira leva a ter direitos políticos cassados por dez anos. Depois do golpe, Lepera não conseguia mais trabalhar no jornalismo e tentou vender livros, profissão para a qual, reconhecia, não tinha o menor talento. Retornou à imprensa somente em 1976, em “O Diário”, indo posteriormente para o “Diário da Manhã” em 79 e para o “Diário de Notícias” em 80. Os últimos escritos foram dedicados ao jornal “A Verdade”, convidado que foi pelo ex-deputado Wilson Toni e pelo jornalista José Fernando Chiavenatto. ALFREDO NASTARI está de volta ao mercado editorial com a sua Nastari Editora. E seus primeiros lançamentos são duas revistas italianas que licenciou para o Brasil: Meridiani, especializada em turismo; e Riders, em motos. A equipe da Meridiani já está definida e tem Walterson Sardenberg, o Berg, na Direção de Redação, Valdemir Cunha, na edição de Fotografia, e Leda Trota na Direção de Arte. A publicação será quinzenal e terá 20 mil exemplares de tiragem. As duas primeiras edições vão se debruçar sobre Roma e Egito. Quem cuidará do lançamento da Riders será Edson Rossi (ex-Terra e Contigo). WILSON GOTARDELLO deixou a Pequenas Empresas e Grandes Negócios para temporada de estudos na Dinamarca. FLÁVIA TONIN deixou a DBO para assumir, em Brasília, a Assessoria de Comunicação do Conselho Federal de Medicina Veterinária. T elevisão MARÍLIA GABRIELA é a nova âncora do Roda Viva, no lugar de Heródoto Entre as novidades do mercado, o Moagem de agosto destaca o novo Diário de S.Paulo, o fim da versão impressa do Jornal do Brasil, a criação da Nastari Editora, a fusão das agências S2 e Publicom, a morte de Vera Artaxo e os novos destinos profissionais de Sílvia Herrera, Asdrúbal Figueiró, Edson Porto, Evando Nogueira e Juliano Nóbrega, entre outros. Boa leitura! Barbeiro, que assumirá novas funções na TV Cultura. Ao lado dela estarão como entrevistadores fixos do programa Paulo Moreira Leite e Augusto Nunes. Ainda por lá, registro para as saídas de Pola Galé e Marcelo Bairão. HERMANO HENNING, apresentador do SBT Manhã, estreou no Canal Rural, à frente do Horse Brasil, que vai ao ar de 2ª a sábado, às 20h30. Henning, a propósito, tem um haras com mais de 90 cavalos na região de Sorocaba. O JORNALISMO da TV Gazeta foi reforçado. Chegaram o apresentador Gabriel Cruz, o editor de texto Rodrigo Oliveira, a pauteira Luana Gurgel e a nova chefe de Reportagem/Pauta, Tonha Demasi. ASDRÚBAL FIGUEIRÓ (ex-BBC Brasil) e Edson Porto (ex-Época Negócios) começaram na Rede TV. COMEÇARAM no SBT Renato Rocha (ex-TV Gazeta) na Chefia de Reportagem, Camila Fernandes (ex-R7) na escuta e apuração, e Marcos Cripa (ex-TV Brasil), com a missão de cuidar da Rede (afiliadas) e do Núcleo Eleições. ZEZO CINTRA deixou a TV Brasil (EBC) e foi fazer campanha política no estado de Tocantins. I nternet ODAIR DEL POZZO deixou o Terra, onde por oito meses assinou a Coluna do Dadá, focada em celebridades. A gência COMEÇARAM na Agência Estado o redator Marcelo Galli (AE Conteúdo) e a repórter de Alimentos e Bebidas, Suzana Inhesta. A repórter Ana Conceição foi promovida a editora assistente do AE Agronegócios e o estagiário Gustavo Uribe, efetivado. Luís Eduardo Leal deixou a empresa, após oito anos de casa A ssessorias AS AGÊNCIAS de comunicação Publicom e S2 fundiram suas operações e criaram a S2 Publicom, empresa que nasce com uma carteira de 70 clientes, 125 colaboradores e faturamento anual entre R$ 20 e 25, o que a posiciona como a quinta do mercado de comunicação corporativa, atrás apenas de CDN, FSB, In Press Porter Novelli e Grupo Máquina. EVANDO NOGUEIRA (ex-Santander) começou na Volkswagen, como gerente de Imprensa. JULIANO NÓBREGA deixou a Secom, do Governo de São Paulo, para trabalhar na campanha de Geraldo Alckmin, ao Governo de São Paulo. TÂNIA BERNUCCI retomou seu escritório de comunicação, após temporada atuando como executiva. COMEÇARAM na CDN Ana Paiva, Rodrigo Garutti, Vanessa Jaguski, Andréia Rodrigues e Juliana Almeida. SERGIO SALUSTIANO e Renata Cruz foram para a Textual Novas Mídias. SORAIA NIGRO, Stephanie Mazzarello, Mirella Miranda, Tiago Lira, Claudio Hollanda, Karina Nascimento e Glaucia Ferreira reforçam a equipe da Holofote. RENATA COLTRO deixou a Edelman, após seis anos de casa. FERNANDA CHIOSSI deixou a MM Editorial e o atendimento à Iveco. T elegráficas O JORNAL DO BRASIL, conforme se especulava havia muito tempo, encerra seu ciclo centenário e deixa de ser publicado em papel no dia 31 de agosto. A partir de 1º de setembro só poderá ser lido na versão digital. A opção é mais uma tentativa de salvar a marca, coisa em que poucos acreditam. AS REDAÇÕES do Grupo Estado (Estadão, JT e digitais), após anos de reivindicações, comemoram a decisão da empresa de começarar a compensar os plantões de final de semana por meio de folgas, entre 2ª e 5ª.feira. GALENO AMORIM, ex-diretor do nosso Sindicato, é um dos candidatos do PT a deputado estadual. Seu número é 13.023. JÁ ESTÃO abertas as inscrições para o 21º Concurso Comissão Europeia de Turismo na América Latina, que vai premiar as melhores matérias feitas no Brasil sobre destinos turísticos europeus. São seis categorias: Reportagem de Jornal Impresso, Reportagem de Revista Impressa, Reportagem sobre Europa, Reportagem de Televisão, Reportagem na Internet e Trabalho Fotográfico. Os trabalhos poderão ser inscritos até 31 de agosto. Informações pelo [email protected] ou 11-3151-3686. VÃO ATÉ 30/9 as inscrições para a 28ª edição do Premio de Periodismo Rey de España, que vai distribuir um total de U$ 47.700 nas categorias Impressa, Rádio, Televisão, Fotografia e Jornalismo Digital. Os trabalhos devem ser feitos em português ou espanhol. Haverá ainda o 7º Premio Don Quixote de Periodismo para a melhor matéria escrita. Informações pelo www.efe.com. I nterior LUIZ CLÁUDIO ALBA comanda o programa Planeta Bola nas noites de 2ª.feira pela TV Thathi, de Ribeirão Preto. O programa destaca os times da cidade e notícias do futebol mundial. L ivros UNIDADE AGOSTO 2010 Fotos: acervo pessoal M ilitância O JORNALISTA Helio Gomyde lançou “Do Tamanho do Infinito” – uma seleção de alguns de seus melhores contos de amor, já publicados e inéditos. O autor procura atingir com sua obra tanto jovens como leitores mais experientes. Ele pretende doar aos colegas parte da edição. Contatos através do e-mail jorn. [email protected] MÁRCIA GLOGOWSKI lançou o livro-reportagem Aleijadinho - O Violoncelo – A Luteria de Dantas-Barreto (Editora Alaúde). A RECORD leva para as livrarias Assalto ao poder, de Carlos Amorim, livro que encerra uma trilogia do autor sobre o crime organizado, em sequência a Comando Vermelho e CV, PCC – A irmandade do crime. O prefácio é de Geneton Moraes Neto. R egistro FALECEU dia 3 de agosto, em São Paulo, o advogado Hairton Odir, de 42 anos, que prestava serviços ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo e que junto com Amadeu Mêmolo, presidente da AJAESP, elaborou a defesa do plano de saúde da categoria PSS (Plano de Saúde do Sindicato). Ele foi vitimado por um câncer. 7 I magem Lula, no início da carreira Marina Silva Max Nogueira UNIDADE AGOSTO 2010 Itamar Assunção Lula, Luíza Erundina e José Dirceu (acima) e a fotógrafa Glória Flügel Celso Daniel F Fernando Moraes 8 Cantor Daniel az quase trinta anos que Glória Flügel fotografa sem parar – e escolheu fazer retratos. Essa é aquela parte em que a notícia é a cara do sujeito, o olhar determinado, o que ele pode estar pensando. Caiu como uma luva para os políticos que, naquele tempo, só podiam entrar na TV sem movimento. O programa político como conhecemos hoje é mais recente. Veio com a Constituição. Antes dela os candidatos só podiam entrar com uma foto e um pequeno texto com uma microbiografia. Era a lei Falcão. Os panfletos passaram então a ter prioridade nas campanhas. Era preciso, portanto, ter um bom retrato. Ou melhor, um bom retratista. É assim que começa a história de Glória, com certeza uma das profissionais que mais retratou políticos de São Paulo. “Ninguém quer sair feio na fotografia”, ela diz. “Em 30 anos de retratos aprendi que você tem que ouvir, ouvir e sentir o jeitão de cada um. Não existe uma luz, maquiagem ou direção igual para todos. O que tem que aparecer na foto é ele mais por dentro do que por fora.” Glória é de Curitiba. Chegou em São Paulo no início dos anos 80 e deu duro como free-lancer. No estúdio, que funcionava em sua casa no bairro do Pacaembu, clicava mulheres comuns, que se transformavam em estrelas sob suas lentes. Daí ao retrato e a ganhar a vida em tempos de campanha política foi um pulo. Hoje tem mais de dez mil pessoas na sua lista de fotografados, que vão do candidato a vereador de uma pequena cidade do interior até o presidente Lula, passando pela maioria dos candidatos a deputado estadual e federal, como José Dirceu, Luiza Erundina, Marta Suplicy - além dos artistas. Como político é supersticioso, tem uma história que cerca o trabalho de Glória: ela é pé quente, dá sorte. Mas atrás disso tem o que mais se conhece: trabalho e mais trabalho. Aquela coisa que falam da bom trabalho: 90 por cento de suor e 10 de inspiração. “Vou conversando até pegar o lado bom de cada um. Aí coloco as minhas luzes. O olhar brilha absoluto.” Esse é o segredo do retrato. (texto de Rose Nogueira) Antonio Palocci Dom Claudio Hummes