SEMANA DA ENG NUCLEAR - UFRJ V final
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SEMANA DA ENG NUCLEAR - UFRJ V final
Primeira Semana de Engenharia Nuclear da UFRJ História da Engenharia Nuclear no Brasil Rex Nazaré Alves COPPE , 17 de agosto de 2011 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA DCT/EB FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS FILHO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1895 a 1932 • 1895 - Wilhelm Roentgen - Alemanha – raios-X • 1896 - Antoine Henri Becquerel - França - a radioatividade. • 1896 – Alvaro Alvim – França - se especializou em Física Médica. No Brasil, RJ, foi pioneiro da radiologia e da radioterapia. • 1902 - Ernest Rutherford e Soddy - teoria decaimento radioativo. • 1903 - Pierre e Marie Curie – Ra e Po. • 1905 - Albert Einstein - E = mc2. • 1911 a 1913 - Victor Hess e Kolhorster – raios côsmicos. • 1926 – 17 de agosto – visita da Marie e Irene Curie no Instituto Radium – BH (utilização de agulhas de Ra226, e em Águas da Prata e de LIndóia (Radônio em água). • 1932 - Fevereiro - James Chadwick - nêutron. 1933 a 1934 • 1933 - Leo Szilard – prevê reação em cadeia. • 1934 - Frédéric e Irène Joliot-Curie radioatividade artificial. Enrico Fermi irradia urânio com nêutrons. Acreditava primeiro elemento transurânico. Produzira entretanto a primeira fissão nuclear induzida. • 1934 – Início das pesquisas no Brasil – USP – Prof. Gleb Wataghin em Raios cósmicos Gleb Wataghin A bordo de um avião cedido pela FAB realizou medidas sobre os raios cósmicos 1933 a 1939 FISSÃO • 1938 - 22 de dezembro - Otto Hahn carta para Lise Meitner com resultados experimentais - interpretados por Meitner e Otto Frisch como a fissão nuclear. • 1939 - 06 de janeiro - Hahn e Fritz Strassmann publicam os resultados da descoberta da fissão. Fim da época de troca livre de informações. 1941 a 1943 1941 - 23 de fevereiro - Glenn Seaborg - plutônio. 5 de dezembro – calutron – Y12 – Oak Ridge 06 de dezembro - Roosevelt autoriza o Projeto Manhattan. 1942 - 05 de novembro - Construção de usina de enriquecimento de urânio em Oak Ridge - Tennessee. 1942 – 2 de dezembro - Fermi – comprovação do controle de reação em cadeia – Universidade de Chicago. 1943 - K-25 – enriquecimento de urânio – início junho de 1943 operação no começo de 1945 - empregou 12.000 trabalhadores 1943 - janeiro - Construção de reatores em Hanford, Washington, para produzir Pu – critico em 1944. 1945 a 1946 1945 - 16 de julho - E.U.A - teste de Trinity explode a primeira bomba atômica de plutônio em Alamogordo - Novo México. 06 de agosto - Little Boy, bomba de urânio, lançada sobre Hiroshima, no Japão. 09 de agosto - Fat Man, bomba de plutônio, lançada sobre Nagasaki Japão. 1946 - 14 de junho – Plano Bernard Baruch - Tratado visando a internacionalização das reservas de urânio no mundo. 1946 a 1949 •1946 - 25 de dezembro - a União Soviética atinge sua primeira reação nuclear em cadeia nuclear em Moscou. • 1947 - agosto - o Reino Unido constrói o seu primeiro reator nuclear. • 1947 – criação da Comissão de Fiscalização de Minerais Estratégicos – controle das exportações de monazita – MG e MRE 1950 a 1952 • 1950 - Marcello Damy - Bétatron da USP primeiro acelerador a funcionar na América Latina ( Oscar Salas). • 1951 – criação do CNPq (com atribuições de controle das reservas de urânio e tório). 1952 a 1954 • 1952 – criação da Comissão de Exportação de Materiais Estratégicos com participação dos ministérios Ministério das Relações Exteriores e da Fazenda, da Agricultura, das Forças Armadas, do CNPq e da Cacex. • 1954 – aquisição de três ultracentrifugas para o enriquecimento de urânio. Interceptadas pelo Alto Comissariado do Pós Guerra antes do embarque para o Brasil. • 1945 – 1955 - acordos com os EUA: de Cooperação para o Desenvolvimento de Energia Atômica com Fins Pacíficos ( Brasil arrendaria dos EUA até seis quilos de urânio enriquecido a 20% para reatores de pesquisa - EUA). Programa para Pesquisa de Urânio no Brasil. • 1954 – julho – primeira usina nuclear de geração de energia elétrica para fins civis – Obminsk (5MWe – 30 MWth) – RBMK – urânio natural moderado a grafite – refrigerado a água leve. 1955 a 1957 • 1956 – Criação do IEA (Instituto de Energia Atômica) na USP - que foi transformado no IPEN (Instituto de Pesquisas Energética e Nucleares) - Primeiro reator de pesquisa no Brasil (IEA-R1) • 1957 - 29 de julho - Nações Unidas – criação da International Atomic Energy Agency. A agência inspeciona atividades e instalações nucleares para garantir que elas estão sendo utilizados para fins pacíficos. Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1 Assinatura do contrato para aquisição do Reator Nuclear de Pesquisa IEA-R1 pela Comissão De Energia Atômica do CNPq, em 1955. O Prof. Dr. Marcello Damy de Souza Santos, foi o responsável pela construção. Juscelino Kubitschek inaugura o Reator Nuclear IEA-R1, em 25 de janeiro de 1958, sob o olhar do então Governador do Estado, Jânio Quadros e do Diretor do Instituto, Dr. Marcello Damy de Souza Santos. Purificação do urânio – no Brasil Fausto Walter de Lima e Alcídio Abrão, em 1960, quando se iniciavam os processos de purificação do urânio. 1957 a 1958 • 1957 – IPR (CDTN)– Belo Horizonte (no campus da UFMG)- mark-triga – General Atomic. • 1957- dezembro – primeiro reator para produção de energia elétrica nos EUA – PWR (68 MWe) • 1958 - Novembro de 1958 a Setembro de 1961 - E.U., Reino Unido, URSS - moratória informal sobre os ensaios nucleares. • 09 de junho - primeiro submarino nuclear Polaris E.U. capazes de lançar mísseis balísticos. Reator de pesquisa, do tipo TRIGA MARK I - IPR Meados de 1952, junto à Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais era criado o Instituto de Pesquisas Radioativas – IPR – hoje CDTN 1958, um reator de pesquisa, do tipo TRIGA MARK I, fabricado pela General Atomic, divisão da General Dynamics Corporation 1958 a 1962 • 1956 – 10 de outubro - CNEN – Criação da Comissão Nacional de Energia Nuclear, absorvendo todas as responsabilidades do setor nuclear subordinada diretamente à Presidência da República. • 1959 - Projeto Mambucaba – (projeto para construção de uma usina de geração nucleo-elétrica). • 1960 - 13 fevereiro - primeiro teste nuclear francês em Reganne, Argélia, deserto do Sahara. (60-70 kilotons). 07 janeiro - Polaris E.U - primeiro míssil balístico capaz de ser lançado de submarino nuclear. • 1962 – IEN - Instituto de Energia Nuclear UFRJ - Reator ARGONAUTA – operação 1965. 1960 a 1966 1964 - 16 de outubro - China explode primeira bomba atômica em Lop Nur. (urânio 235 implosão chamado "596" com 22 quilotons). 1965 a 1970 – IPR - desenvolvimento de um reator de pesquisa que usasse urânio enriquecido – a água pesada e tório - atividades encerradas em 1975. 1967 a 1972 • 1967 - 14 de fevereiro - Tratado de Tlatelolco - cria uma zona na América Latina livre de armas nucleares. • 1968 - 01 de julho - Tratado de Não Proliferação abertura para assinaturas – o Brasil assinou o tratado em 1998. • 1970 – 05 de março - Tratado de Não Proliferação – entra em vigor • • 1972 – 21 de março – IRD – nova sede – RJ 1969 a 1984 • 1969 – Costa e Silva: Estudo sobre o setor energético brasileiro: – Decisão para a construção da usina nuclear; – Aberta a concorrência para a compra do reator; – Acordo sem transferência de tecnologia – Westinghouse – Reator do tipo PWR. • 1984 – Angra I: • –Primeira criticalidade em 1982; • –Integração com a rede 2 anos depois • Angra II: • –Parceria Brasil Alemanha. • –Primeira criticalidade em 1999; • –Integração com a rede 2 anos depois. Constituição (1988) - Angra 3 Constituição: Uso da energia nuclear para fins pacíficos (art. 21 – XXIII – a) Angra III • • • • • 70% dos aparelhos estocados Previsões de distribuição Construção de novas usinas Contratos Aspectos ambientais - aquecimento global Indústria de equipamentos nucleares Viabilização do ciclo do combustível nuclear 1967 a 1972 • 1967 a CNEN - vinculada ao Ministério das Minas e Energia, • Construção da primeira central de geração de energia nuclear. • Lugar escolhido é Angra dos Reis, principalmente pela proximidade com os grandes centros do sudeste. • Concorrência internacional é aberta, em 1970, para a compra do reator de Angra 1 - vencida pela norte-americana Westinghouse, subsidiária da General Electric. • Angra1 é um PWR (Reator de Água Pressurizada). Contrato do tipo caixa-preta. • Em 1972 o Brasil assina um novo acordo com os EUA - urânio enriquecido para 30 anos). 1974 a 1975 • 1974 – procura de parceiros para acordo amplo envolvendo o ciclo do combustível. • 1975 - assinado o Acordo Brasil-República Federal da Alemanha • 1978 – non proliferation act - Carter • dificuldades financeiras enfrentadas pelo Brasil na década de 1980, inviabilizaram a continuidade como prevista. • As empresas criadas quando do acordo com a Alemanha (Nuclebrás e suas subsidiárias) não alcançaram êxito. 1956 a 1979 • Neste período ocorreu: – a criação de cursos de especialização de engenharia nuclear; – a especialização de profissionais nos institutos de pesquisa do País e no exterior; – o desenvolvimento de tecnologias para purificação de urânio, produção de UO2 e de UF4, e a produção de radioisópos para aplicação na medicina, indústria e agricultura; – a autonomia na prospecção de urânio. 1975 – 1985 - PRONUCLEAR 1978 a 1988 • 1978 – Decisão brasileira de produzir UF6 com tecnologia nacional. • 1979 – Início do Programa Autônomo de Tecnologia Nuclear. • 1979 - 28 de Março - Usina Nuclear de Three Mile Island, perto de Harrisburg, Pennsylvania, sofre uma fusão parcial do núcleo. • 1981 - 07 junho - Aeronaves israelense destroem o reator iraquiano de Osirak. • 1986 - Abril - Chernobyl - fusão de reator nuclear na União Soviética. 1970 a 1989 • 1987 - setembro - José Sarney anunciou o domínio do enriquecimento do urânio, por pesquisadores do Programa Autônomo de Tecnologia Nuclear - PATN. • 1987 – setembro – acidente com Cs137 em Goiania, • 1988 – Reformulação da estrutura de execução do Programa Nuclear Brasileiro (incorpora as atividades do PATN com as de responsabilidade da extinta Nuclebrás). • 1988 – O controle de Angra 1 e do canteiro de obras de Angra 2 e 3 foi transferido para a Eletrobrás (com a criação da Eletronuclear como conseqüência). Sistema de Teste do Secundário Reator IPEN – MB 01 Iniciado em 1983 e concluído em Julho de 1988. Licença em 19 de Outubro de 1988, para a sua operação inicial. Possui a forma de paralelepípedo com dimensões ativas de 39x42x54,6 cm, sendo constituído de um arranjo de 28x26 varetas combustíveis e 48 tubos guias( para varetas de controle/segurança), Total de 680 varetas. 1995 a 1996 1995 - Criação do Distrito de Recife da Comissão Nacional de Energia Nuclear - DIREC/CRCN 1996 – 14 de junho - CRCN, viabilizado por convêncio entre CNEN, FUNDACENTRO e Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. 1997 - 2011 • 1997, o CRCN-CO - tem como objetivo abrigar e monitorar os depósitos definitivos de rejeitos oriundos do acidente radiológico de Goiânia (setembro de 1987). • 2009 - Retomada da construção de ANGRA III • 2011 – Acidente Fukushima ( 03 de abril ) – impacto nos programas enérgéticos. CONSUMO DE ENERGIA DEMOGRÁFICO CONSUMO PERCAPITA DE ENERGIA PRIMÁRIA DIFERENTES PAÍSES DO MUNDO - 2010 FONTE: BP – 2011 DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA PRIMÁRIA E ELÉTRICA POR GRUPO DE PAÍSES CLASSIFICADOS POR FAIXA DE RENDA Classes de Renda Ano Alta Renda Média Renda Baixa Renda Número de Países 2007 54 93 61 % de Energia Primária Consumida 2007 57,71 38,88 3,41 % da População 2008 14,57 69,47 15,96 % do PIB Mundial 2008 71,88 27,81 0,93 % da Energia Elétrica na Energia Primária 2007 54,67 43,83 1,7 Alta Renda (> U$ 11.906) ; U$ 976< Média Renda <U$ 11905 ; Baixa Renda (<U$975) (Fonte: WDI 2010) L E N H A VIDA DAS RESERVAS CONHECIDAS DE COMBUTÍVEIS FÓSSEIS FONTE: IEA – 2010 POR REGIÃO - 2010 L E N H A GERAÇÃO DE ELETRICIDADE POR TIPO DE COMBUSTÍVEL FONTE: IEA - 2010 MUNDO - (2008-2015) CONCLUSÕES - Energia é um elemento essencial para o atendimento dos interesses nacionais. - A implementação de novas soluções, na geração e para o consumo, demanda tempo e investimentos. - A correção de erros cometidos não é imediata. - As variáveis de consumo e de oferta são influenciadas por vários outros setores não energéticos. - O processo decisório deve ter participação de todos os setores envolvidos, na geração e no consumo. CONCLUSÕES - Os efeitos das mudanças tecnológicas no consumo de fontes energéticas são lentos e dependem de incentivos e credibilidade do fornecedor e do usuário. - Não é esperada uma considerável mudança das fontes geradoras de grande porte (petróleo, gás, carvão, hidro e nuclear) em uso nos próximos 20 anos. CONCLUSÕES - A estimativa da AIE indica que pode ocorrer um aumento das reservas recuperáveis de óleo e gás se ocorrer: • novas descobertas de reservas; • novas tecnologias para aumentar a taxa de recuperação; • um aumento de preço que justifique os custos envolvidos. CONCLUSÕES - Há indicação de que nos próximos 25 anos sejam incluídos na produção de combustíveis fontes “não convencionais”. - Consideram-se fontes convencionais: • óleos ultra-pesados; • carvão gaseificado; • xisto; • biocombustíveis; e • hidrogênio. CONCLUSÕES ENERGIA: • COMPROMISSO DA GERAÇÃO ATUAL COM AS GERAÇÕES FUTURAS. • AUTONOMIA COMO FATOR ESSENCIAL À INDEPENDÊNCIA. • INDEPENDÊNCIA NO COMBUSTÍVEL E NA TECNOLOGIA. • DIVERSIFICAÇÃO DAS FONTES. • INDISPENSÁVEL RECURSOS HUMANOS QUALIFICADOS