O bilinguismo para as crianças, um grande trunfo para
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O bilinguismo para as crianças, um grande trunfo para
O bilinguismo para as crianças, um grande trunfo para a vida. Na Bretanha, as crianças nem sempre chamam “chat” a um gato! Informação destinada a pais de crianças dos 0 aos 4 anos em Finistère Novidade! Esta brochura prolonga-se no seu smartphone. www.cg29.fr www.divskouarn.fr www.bretagne.fr Para ler os códigos QR transfira gratuitamente a aplicação bookBeo disponível para iPhone e Android. Se não, clique no endereço abaixo do código QR no seu navegador. Digitalize esse código e publique a sua opinião na página Web de Divskouarn directamente a partir do seu telefone móvel. Resumo Que língua escolher? p. 5 O bilinguismo, um verdadeiro trunfo p. 7 O desenvolvimento da língua junto da criança p. 9 Boas ideias para se tornar bilingue no quotidiano! p. 17 Informações úteis p. 23 Redacção: Conselho Geral de Finistère, Missão língua bretã – Conselho Regional da Bretanha – Divskouarn Ficha técnica de fotografia: ©Augural – BananaStock – Iwerzhonphoto – Juice – PhotoAlto – P. Sicard-CG29 Concepção, realização: Conselho Geral de Finistère, direcção da comunicação Traduções: BTU (UBO) – Skrid Produções audiovisuais: Lionel Buannic Krouiñ – France 3 Impressão: Imprimerie du Commerce - Quimper Data: Janeiro de 2012 PEFC/10-31-1283 Favorecer o bilinguismo desde tenra idade. Neste momento de internacionalização das trocas e da Europa, já ninguém contesta o benefício, para a criança, de dominar diversas línguas. De um ponto de vista científico, os investigadores são unânimes a pensar que a construção de um bilinguismo equilibrado depende estreitamente da idade em que a língua é aprendida: o bilinguismo precoce é, ao mesmo tempo, um trunfo para a aprendizagem de diversas línguas estrangeiras e uma oportunidade para o desenvolvimento pessoal da criança. Em Finistère, a prática da língua bretã desde tenra idade é incentivada pelo Conselho Geral, já que estimula o desenvolvimento da criança, concedendo-lhe capacidades para aprender línguas e preparando-a para o multilinguismo. A aprendizagem da língua bretã inscreve-se nesta dinâmica que pretende fazer do bilinguismo não apenas um trunfo no plano linguístico, mas também perpetuar esta língua regional que pertence ao nosso património comum. Favorecer a aprendizagem da língua bretã desde tenra idade contribui assim para a preservação da diversidade cultural e linguística de Finistère. Gostaria que as famílias naturais de Finistère investissem ainda mais na transmissão de uma segunda língua, quer seja o bretão ou uma língua materna estrangeira. Estas participarão assim na promoção da nossa língua regional, pilar da cultura bretã, e na construção de um Finistère onde a diversidade é um enriquecimento recíproco e colectivo. Pierre MAILLE Presidente do Conselho Geral de Finistère Através da sua política linguística, o Conselho Regional da Bretanha comprometeu-se com um projecto ambicioso de apoio e promoção da transmissão da língua bretã durante toda a vida. Se a formação dos adultos e o ensino bilingue são os elementos essenciais para que todos se possam reapropriar do bretão, há já alguns anos que se desenvolve uma dinâmica a favor da aprendizagem precoce da língua. A Região pretendeu acompanhar da melhor forma possível o desenvolvimento deste novo sector. Incentivar o gosto pelo bretão aos mais pequenos permite, na verdade, estimular o seu desenvolvimento, facilitar a aprendizagem posterior de outras línguas, ajudálos a conhecer melhor a cultura que os rodeia e a abrir-se aos outros. É um trunfo precioso, tanto para o seu bem-estar como para o seu desenvolvimento. Este pequeno guia ajudará os pais a aproveitar esta oportunidade para os seus filhos. Jean-Yves LE DRIAN Presidente do Conselho Regional da Bretanha Se são pais, se desejam familiarizar os vossos filhos com uma outra língua além do francês, então esta brochura foi feita para vocês! Se é um profissional da primeira infância, então isto também lhe diz respeito. A brochura irá ajudá-lo a compreender por que motivo é importante para o seu filho falar ou aprender diversas línguas nos primeiros anos da sua vida. Nestas páginas encontrará conselhos e informações que permitirão facilitar a educação bilingue ou plurilingue dos seus filhos. Duas entidades ao serviço do bilinguismo Os primeiros anos de vida de uma criança são um período ideal para adquirir as línguas, pois os bebés e as crianças pequenas dispõem de capacidades importantes para assimilar os sons que ouvem. Pouco a pouco, essas capacidades ir-se-ão reduzindo, por isso, o melhor é começar o mais cedo possível! Um interesse reconhecido pelo Conselho Geral de Finistère e pelo Conselho Regional da Bretanha está na origem desta brochura. Ambas as entidades desenvolvem o bilinguismo precoce, especialmente na promoção das potencialidades do território. Sabia? A educação bilingue das crianças não preocupa apenas os pais bretões! Mais de 50 milhões de Europeus falam uma língua regional, sem contar com as pessoas que emigraram e que falam uma língua materna diferente das línguas nacional e regional do local onde residem. 4 Que língua escolher? É legítimo interrogar-se sobre a escolha da língua complementar do francês. Segundo as famílias, a escolha será natural e evidente ou o resultado de uma reflexão. O bretão? Reside em Finistère, então porque não o bretão? Esta língua é falada por 110 000 pessoas no departamento, das quais 6 000 crianças e adolescentes, escolarizados no ensino bilingue. É uma língua viva que permite criar laços. Os encontros intergeracionais também são incentivados pelo Conselho Geral e pelo Conselho Regional, visto que estes favorecem a solidariedade de proximidade. Uma aprendizagem eficaz será, portanto, feita naturalmente num contexto caloroso e amigável! E quando a criança utiliza o bretão além do francês, possui a capacidade de aprender outras línguas rapidamente graças à transposição dos seus conhecimentos para estabelecer “pontes” e à flexibilidade intelectual da qual dá provas. O bretão em Finistère não é uma língua estrangeira. É esse carácter autêntico que faz dele a ferramenta ideal para fazer do seu filho uma criança bilingue equilibrada num contexto calmo e tranquilizador. Este bilinguismo enraizado será, futuramente, a melhor abertura possível ao plurilinguismo! E as outras línguas? Não devemos esquecer a diversidade de línguas faladas em Finistère como o árabe, o turco, o wolof ou o inglês. Quando a sua língua materna não é o francês, é normal interrogar-se sobre o interesse de falar nela ao seu filho. A língua materna é a língua da ternura, da comunicação cúmplice em casa, da filiação e de uma ligação preciosa com a família e a comunidade de origem. Esta é, portanto, insubstituível! E depois as línguas, nas suas diferenças, fazem parte da riqueza e da diversidade culturais da humanidade. Por conseguinte, cabe-nos testemunhar isso mesmo falando a nossa língua materna sem receios, com convicção, sempre que surja oportunidade para tal e, principalmente, transmiti-la aos nossos filhos. Quando comunica com o seu filho na sua língua materna, e mais geralmente na vida familiar, a criança deve perceber que essa língua é importante para si e que é valorizada. Para transmitir a sua língua com sucesso, dê ao seu filho uma imagem positiva da mesma! 5 O bretão no coração! A maior parte dos Bretões tem consciência de que o desaparecimento da língua regional seria uma grande perda. Inúmeros naturais de Finistère estão ligados à sua língua e à sua cultura pois participam na construção da identidade da criança e do futuro adulto. Essa identidade engloba não só os pais originários da Bretanha como também os Bretões por adopção, com curiosidade pela cultura local. Embora pareça que a transmissão familiar do bretão progride novamente, a maioria dos pais naturais de Finistère vê-se na incapacidade de utilizar o bretão em casa. Isso não deve ser um obstáculo para a transmissão da língua! Ao longo desta brochura poderá ver que um pai ou uma mãe que fale ou não bretão pode apoiar-se em diversos elementos para oferecer a língua bretã ao seu filho! O seu bilinguismo, eles falam nisso! As famílias testemunham o seu bilinguismo no quotidiano em Finistère. Encontre os seus testemunhos ao longo da sua leitura! Maxime Rohart, 16 anos, partilha a sua vida entre Berlim e Douarnenez Ich spreche Deutsch und Französisch ! Maxime, 16 anos, exprime-se num francês impecável ligeiramente colorido por uma pronúncia alemã. Isto porque cresceu do outro lado do Reno. Em pequeno, a sua mãe falava alemão e o seu pai falava francês. Foi, portanto, naturalmente e graças a um verdadeiro empenho dos seus pais que seguiu uma escolaridade bilingue em Berlim. Aos 6 anos, já falava fluentemente ambas as línguas e aprendeu inglês sem dificuldade. “Estou a aprender espanhol há 2 anos e noto bem que é mais fácil para mim do que para os que falam apenas alemão” explica o adolescente. “E depois ser bilingue abriu-me para o mundo, tenho muitos amigos que vêm de outros países.” O seu desejo para o futuro: trabalhar na área do direito e “ir aos Estados Unidos para melhorar o meu inglês.” Um percurso que o seu pai, residente em Douarnenez, observa com “inveja”. Ele é “um zero à esquerda em línguas!” 6 O bilinguismo, um verdadeiro trunfo É possível distinguir duas situações principais: • os pais francófonos de nascença que desejam que o seu bebé ou filho pequeno adquira uma segunda língua; • os pais em que, pelo menos, um dos membros tem como língua materna uma outra língua que não o francês. De modo geral, é importante favorecer o mais cedo possível o desenvolvimento da língua junto da criança, que a sua família fale uma ou várias línguas, independentemente de quais as línguas faladas. Porquê? • As competências linguísticas estão na base da imagem que a criança tem de si mesma, da sua identidade e da sua pertença cultural e servem, portanto, em todas as interacções. Poder comunicar contribui para o bem-estar da criança. Aprender diversas línguas permite à criança sentir-se envolvida e descobrir o mundo que a rodeia de forma lúdica e natural. • Os estudos efectuados indicam os efeitos positivos do bilinguismo no desenvolvimento linguístico e escolar da criança. O facto de tratar a informação nas duas línguas permite-lhe adquirir uma maior flexibilidade de pensamento. Para isso, é necessário que a criança evolua num ambiente estimulante. O bilinguismo contribui para essa abertura quando este último evolui num contexto preciso: a língua materna é dominante no meio em que a criança vive e esta aprende uma língua que, embora menos utilizada, é valorizada. É, por exemplo, o caso do ensino bilingue actual na Bretanha. Como fazer? Os estudos sugerem às famílias que falam mais do que uma língua que reflictam antes do nascimento dos seus filhos sobre a forma de lhes transmitir essa herança. Uma das possibilidades pode ser atribuir a cada um dos pais a responsabilidade de uma língua. Uma outra possibilidade pode ser utilizar o mais possível a segunda língua, como o bretão, em casa. 7 O seu bilinguismo, eles falam nisso! O bilinguismo espontâneo Erell, Jean e Mona residem em Mahalon Mona, um ano e três meses, está sentada na sua cadeira alta pronta para comer um puré de ervilhas. “Humm, ar piz-bihan” diz-lhe o pai, aproximando o garfo da sua boca Quando o bebé nasceu, Jean, músico, cantarolava-lhe naturalmente canções em bretão: “A utilização das duas línguas era uma evidência!”. Mas ele não se tinha preparado verdadeiramente para os preparativos com Erell, que utiliza essa língua no dia-a-dia no seu trabalho. Actualmente a família, que vive em Mahalon no Cap Sizun, ilustra na perfeição o bilinguismo pelo facto de passar de uma língua para outra sem esforço. “Quando vamos passear os dois, eu falo com ele em bretão, mas posso passar para o francês se alguém quiser participar na nossa conversa” explica a mãe. A situação é idêntica para o Jean. O bretão fez-lhe sempre cócegas nos ouvidos e hoje em dia tem aulas. “Se não consigo fazer uma frase ou exprimir uma ideia em bretão prefiro passar para o francês, continuando o principal a ser a troca, a comunicação.” “Queremos que as coisas permaneçam naturais. Será que deveríamos ser mais radicais? Não queremos que a Mona sinta que isso representa um grande esforço ou um sacrifício, apenas um prazer: em conjunto, sem complexos”. O casal também deseja que outras pessoas conversem em bretão com a Mona. Jean pediu ao seu pai para falar com a sua menina no seu belo bretão bigouden, coisa que não teve o prazer de fazer com os seus próprios filhos. E isso funciona! O bilinguismo precoce permite, então, recriar a cadeia de transmissão linguística, interrompida pelo tempo de uma geração. Sabia? Recomenda-se que os pais que possuam um domínio relativo ou pouco seguro do francês se dirijam aos seus filhos na sua língua materna, a língua que dominam perfeitamente (léxico, estruturas de frases, pronúncia). A criança terá assim todas as oportunidades de adquirir a língua nas melhores condições. Caso a língua materna não seja o Francês, não tenha receio, a criança aprenderá com os vizinhos e amigos, no bairro e na escola. 8 O desenvolvimento da língua junto da criança Algumas crianças ouvem falar diversas línguas em casa, outras aprendem novas línguas na escola ou na creche. Essas línguas ouvidas servem de base à aprendizagem de novas línguas. Quer seja um pai francófono que deseja que o seu filho adquira uma segunda língua, quer tenha uma língua materna diferente do francês, nas páginas seguintes irá compreender como se constrói a aquisição da língua junto da criança. Também lhe são dadas sugestões para colocar a teoria em prática! Não se esqueça que os ritmos de aprendizagem podem variar de criança para criança. 9 Antes do nascimento Durante o último trimestre de gravidez, o feto já ouve determinados sons, a voz da sua mãe, obviamente, mas também a daqueles que lhe são próximos. Este regista assim o ritmo da língua falada no meio ambiente. Alguns estudos demonstraram mesmo que a voz da mãe tem um efeito calmante para o bebé que irá nascer! Sugestão Mesmo antes do nascimento do bebé, não hesite em falar com ele! E comece a pensar nas línguas que deseja transmitir-lhe, principalmente se falar diversas línguas. Atenção! Não é pelo facto de ser bilingue que o seu filho também o será! Será necessário transmitir-lhe as suas línguas. À nascença O recém-nascido é atraído muito rapidamente pelos elementos musicais da fala. Já sabe distinguir entre uma voz humana e outros sons. Após 10 dias, este reconhece a voz da sua mãe e a sua língua materna. Por volta dos 3 meses O bebé dá o seu primeiro sorriso, chamado “sorriso social”, orientado para um rosto sorridente. Este faz também o seu primeiro “som vocal”, um vocalismo que introduz a palração, que encanta aqueles que estão próximos do bebé. Este compreende então que uma produção vocal está associada a uma troca. Este repete-as, melhora-as e associa os seus gritinhos com movimentos de braços e de pernas. 10 Dos 3 aos 6 meses A criança palra, imita os sons que ouve, ouve-se e comunica. Os que a rodeiam, principalmente a sua mãe, imitam por sua vez os vocalismos do bebé no quadro de uma troca que já se assemelha a uma “conversa”. Por volta dos 6 meses, a sua palração integra múltiplos sons e engloba os que não existem no seu ambiente linguístico. Sugestões É importante que ouça o seu filho e que lhe responda para introduzir o diálogo. Cante e fale com ele! Pronuncie palavras sobre as pessoas e os objectos que ele vê e sobre as suas emoções: “Oh! Estás contente? Tens medo?” Fale-lhe regularmente nas duas línguas para o familiarizar com os sons e com a melodia de ambos os códigos linguísticos. Sorria e exprima-se de forma clara olhando para ele e dê-lhe tempo para responder. Por vezes, isso pode levar algum tempo mas a resposta surgirá sob a forma de um olhar, de um movimento de pernas ou de um sorriso. Ao encontrar-se com os outros pais, partilhem as vossas experiências! Dos 6 aos 12 meses A criança reage ao seu primeiro nome e compreende a diferença entre uma afirmação “Sim, é um livro, muito bem” e a uma pergunta como “Tens fome?”. Este período é importante para o “fabrico” da primeira palração com contornos melódicos e com os sons da língua materna. O bebé integra as especificidades das línguas com as quais é confrontado. 11 Por volta de um ano de idade “Papá, mamã”. Estas são muitas vezes as primeiras palavras da criança, às quais adicionará rapidamente as entoações. Já se reconhece a, ou as línguas faladas. A criança compreende mais palavras do que as que consegue dizer. Quando a criança cresce num ambiente bilingue, as suas primeiras palavras pertencem frequentemente à língua falada pela mãe. Sugestões Fale, cante e descreva ao seu filho tudo aquilo que ele observa. Também irá adorar brincadeiras como “Cu-cu… não está cá!”, jogos com as mãos, canções em rima, que permitem desenvolver a sua linguagem. Dê-lhe livros concebidos para a sua idade, com imagens claras e contrastadas. Deixe-o observá-los e mesmo levá-los à boca! Discutam as imagens em conjunto. Escolha livros que lhe agradem também a si e não hesite em lê-los nas duas línguas, se tiver capacidade para o fazer. Por volta dos 18 meses A criança começa a formar frases como “Não ó-ó” ou “Papá não ‘tá cá” com entoações significativas, o que lhe permite diversificar o seu discurso. O vocabulário enriquece-se graças aos gestos que faz para apontar: a criança aponta com o dedo os objectos que as pessoas que a rodeiam vão enumerando. Uma criança pequena que cresça num universo bilingue apanha desde esse momento a arbitrariedade da linguagem: um objecto pode corresponder a duas palavras. Portanto, é possível que esta demore mais tempo do que uma criança monolingue a entrar no discurso. Durante algum tempo esta formará frases com misturas de palavras das duas línguas, antes de as distinguir verdadeiramente. Isso contribui para um funcionamento mais flexível que a criança poderá aplicar noutras situações. 12 Sugestões Nomeie as coisas que interessam à criança e dê-lhe explicações simples. Repita as palavras que ela diz e reformule as frases completando-as. Leia-lhe pequenas histórias ilustradas com regularidade e em ambas as línguas, sempre que possa fazê-lo. É preferível favorecer a segunda língua. O seu filho tem oportunidades suficientes para ouvir e se exprimir nessa língua? Aos 2 anos A língua falada ganha cada vez mais importância, mas a linguagem corporal permanece como um suporte de comunicação. Entre elas, as crianças utilizam uma comunicação não-verbal, feita por gestos de troca, de ternura ou de intimidação. As pessoas próximas da criança compreendem o que ela diz e o facto de esta falar é mais importante do que a forma como se exprime. A criança compreende frases mais longas do que antes, responde às perguntas que lhe fazemos e partilha o que viu. Esta toma consciência da influência e até mesmo do controlo que podemos exercer nela através da linguagem. Aos 3 anos A criança consegue fazer-se compreender mais facilmente: constrói frases mais longas, com menos erros de pronunciação ou de sintaxe e solicita menos a ajuda dos adultos numa conversa. A criança bilingue distingue melhor as suas duas línguas e compreende qual a língua em que deve falar consoante o seu interlocutor. Em breve irá dominar bem ambas as línguas, embora uma delas lhe seja naturalmente mais espontânea. 13 Sugestões Repita e complete o que o seu filho diz. Consoante as situações ou a sua própria vontade, este fala mais uma língua do que outra. Pode dar a sensação de as misturar, pois ainda não as domina completamente. Na verdade, a criança experimenta-as pois está em curso de aprendizagem. Já pensou em inscrever o seu filho numa creche/infantário bilingue? Este poderá completar a aprendizagem da sua segunda língua num contexto exterior à família. Aos 4 anos Se a criança tiver sido confrontada desde o nascimento com uma língua estruturada, daí para a frente irá dominar as bases da língua e compreender a maioria do que é dito. Esta comenta facilmente o que se passa em seu redor e as suas capacidades de conversação melhoram. Também se interessa pelas letras do alfabeto, pelas cores e pelos números, que pode começar a aprender em ambas as línguas. No plano linguístico, a criança já não está limitada ao presente. Também já fala no passado ou do que irá acontecer num futuro próximo, o que se alargará à medida que for evoluindo. A criança faz referências concretas para compreender os prazos: “Vamos de férias daqui a três noites de ó-ó!” Sugestões Mostre-se interessado pelo que a criança diz e inclua informações adicionais. Esta adora responder e fazer perguntas, executar pequenas tarefas e também jogos em que lhe dizemos disparates, canções em rima ou adivinhas. Pode contar-lhe histórias mais longas: ela irá identificar as personagens e fazer perguntas sobre elas. Para facilitar o seu acesso ao bilinguismo, pode ler-lhe livros ou pô-la a ouvir canções 14 em ambas as línguas. E depois? Em 4 anos, a criança construiu as potencialidades essenciais que fazem dela um pequeno “adulto”, como a marcha e a língua. E vai progredir ainda mais e adquirir principalmente um segundo nível de linguagem feito de jogos de palavras e de humor. Capaz de se exprimir em dois códigos linguísticos diferentes, a criança dispõe de um trunfo complementar a que se agarrar posteriormente durante o seu percurso. Poderá reflectir sobre uma educação bilingue para o seu filho. Em Finistère existem escolas bilingues de francês/bretão, como as escolas Diwan. O seu bilinguismo, eles falam nisso! Uma família “breto-nipónica” David, Aya e Lena Le Meur entre o Japão e Quimper Somos uma família “breto-nipónica” e falamos com a nossa filha Lena (3 anos) em francês, em japonês e, por vezes, também em inglês. Após o seu nascimento em Quimper, colocámo-nos diversas questões sobre a forma de proceder. Foi quando regressámos ao Japão pela primeira vez com ela que nos apercebemos da importância da dupla cultura e do bilinguismo desde tenra idade. Brincar com as primas, falar com a tia, com a avó sem que houvesse necessidade de um tempo de tradução, são outros tantos elementos que lhe permitem compreender as suas origens e construir a sua identidade para ser mais forte numa sociedade em constante evolução. Algumas pessoas dirão que a mãe da criança deve falar na sua língua e o pai na dele, mas no final de contas o que importa é que a criança esteja à vontade tanto numa como na outra, tal como nós trabalhamos para isso, da nossa parte. 15 O seu bilinguismo, eles falam nisso! “Não perdemos nada por aprender outra língua” Annaïck, Visant e Tivizio Rouxel residem em Plogastel-Saint-Germain no Pays Bigouden Aos dois anos e meio, Tivizio já consegue designar uma colher e dizer “loa” ao pai e “cuillère” à mãe. Isto porque, desde muito pequeno, foi embalado pela língua bretã. Em 2004 os seus pais, Visant e Annaïck, começaram a aprender bretão. Quando soube que ia ter um bebé, o casal procurou uma assistente materna que falasse bretão. Ficaram num impasse. “Na altura decidimos que eu tiraria licença de maternidade durante 3 anos” explica o pai. “Disse a mim mesmo que iria falar-lhe em bretão, mas sem conhecer todas as vantagens do bilinguismo precoce!” Foi depois de se documentarem que os futuros pais compreenderam que a criança aprenderia mais rapidamente outras línguas, que a aprendizagem na escola seria facilitada e que, mais tarde, seria mais fácil para ela encontrar emprego. Quando Tivizio nasceu, Visant e Annaïck começaram desde logo a falar-lhe em bretão, não sem uma certa apreensão de início. “Perguntávamo-nos a nós mesmos se seríamos capazes, mas afinal acabou por acontecer naturalmente”. Mas para o lindo bebé louro, o bretão é mais a língua do pai, simplesmente porque passa mais tempo com ele em casa. Este conta-lhe histórias, escreveu um livro com fotografias tiradas em casa e legendas em bretão. Visant até inventa canções de embalar para o adormecer! Brevemente, o menino irá para a escola a tempo inteiro. E mesmo que venha a frequentar a recente Skol Diwan de Plogastel-Saint-Germain, Visant tem receio que ele esqueça ou que se afaste da sua língua materna. “Será necessário que voltemos a estar os dois sozinhos, de tempos a tempos, para partilhar momentos unicamente em bretão” explica o jovem pai. E porque não com uma irmã ou um irmão mais novo? “É esse o nosso desejo e iremos proceder da mesma forma para a aprendizagem do bretão. De qualquer modo, não perdemos nada em aprender outra língua, só tem aspectos positivos!” 16 Boas ideias para se tornar bilingue no quotidiano! Estas actividades lúdicas podem ser adaptadas a todas as línguas que desejar transmitir. Você é um modelo! (para todas as idades) Enquanto pai/mãe, é importante multiplicar as oportunidades de o seu filho ouvir e praticar a segunda língua. Perca algum tempo para lhe falar nela! É importante utilizar, com a criança, um vocabulário rico e variado, tal como com os seus outros interlocutores! Lembre-se que você e os outros adultos do seu meio são, para ela, modelos em termos de linguagem. Se estiver em curso de aprendizagem, do bretão por exemplo, e se desejar que o seu filho aprenda essa língua, pode munir-se de álbuns, CDs e DVDs para facilitar a troca. Não esconda do seu filho que ainda não fala fluentemente bretão: diga-lhe que, tal como ele, ambos estão a aprender! Ele compreenderá e isso evitará que os erros da sua parte sejam interpretados como instruções correctas e, portanto, reproduzíveis. Sirva-se de fotografias como suportes de conversação (a partir dos 2 anos) Tire fotografias durante as saídas ou ocasiões especiais. Depois poderá conversar com a criança e perguntar-lhe o que pensa delas e o que sente ao observá-las. Seguidamente, esta poderá expô-las na parede ou no frigorífico. Fale com ela sobre essas fotografias e pergunte-lhe por que motivo as escolheu. É bastante útil escrever ao lado das fotografias para se lembrar das suas palavras. Depois poderá guardá-las num álbum. Nem sempre é fácil para uma criança exprimir as suas ideias, mas as fotografias podem incentivá-la a comunicar. 17 Crie uma personagem que só conheça a segunda língua (desde muito tenra idade) Um brinquedo, um ursinho de peluche simpático que só fala bretão ou outra segunda língua. Diga isso ao seu filho e se ele falar ou brincar com ele, as trocas serão feitas nessa mesma língua. Nas creches do País de Gales, por exemplo, as crianças brincam com Dewin (mágico em gaulês). Este consegue fazer todos os tipos de truques de magia mas, por vezes, necessita da ajuda do seu fiel amigo, um pequeno cão chamado Doti. Poderá criar uma personagem semelhante em casa, com o objectivo de tornar a aprendizagem da língua minoritária mais fácil e interessante para o seu filho. Utilize cartazes (a partir dos 2-3 anos) Prepare um cartaz sobre um tema da actualidade e afixe-o de modo a que seja visível para o seu filho. Escreva nele palavras-chave (adjectivos, nomes, verbos…). As crianças adoram parar diante de cartazes para fazer perguntas ou para contar as suas próprias histórias relacionadas com o tema apresentado. As palavras-chave irão permitir-lhe responder às questões do seu filho. O suporte também pode incentivar os pequenos a jogar a um jogo relacionado com o tema abordado. 18 Faça os seus próprios postais ilustrados Faça postais ilustrados com o seu filho e decore-os com penas, estrelas, papel crepe, folhas e pétalas secas… O seu filho pode escrever nele a sua própria mensagem. Vá com ele aos correios para que possa comprar um envelope e um selo. Ajude-o a escrever o endereço do destinatário que ele tiver escolhido e depois coloque o postal no correio! Colabore com os profissionais das creches/ infantários e de educação (para todas as idades) Um trabalho entre os pais e os educadores das creches/infantários ou da escola é essencial para o bem da criança. Graças aos pais, os funcionários aprendem a conhecer melhor a criança, enquanto os pais descobrem as actividades quotidianas dos seus filhos. Esta colaboração é igualmente importante para o desenvolvimento da linguagem. 19 O apadrinhamento linguístico (para todas as idades) É importante criar uma ligação entre o local onde a criança ouve falar a segunda língua (creche, escola) e o seu lar, a sua família. Se não fala a língua cível, poderá encontrar uma pessoa que facilitará a criação dessa ligação linguística. Um avô ou uma avó, por exemplo. Recomenda-se escolher um locutor da língua minoritária de quem a criança goste, que mostre interesse pelas actividades da criança e que tenha capacidade para lhe fornecer vocabulário e estruturas de frases na língua cível. Também é necessário que este esteja disponível (uma ou duas horas por semana durante um longo período). O locutor poderá também participar nas actividades das creches/infantários e aprender a conhecer o quotidiano do estabelecimento. Mas não se preocupe se não encontrar ninguém no meio que o rodeia. Existem outros métodos, como os ateliês de pais e filhos para reforçar a ligação linguística. 20 Crie livros (a partir de 1 ano de idade) Em algumas línguas, existe muito pouca literatura para crianças pequenas. Nesse caso, cabe-lhe a si criar um livro para introduzir a escrita e para lerem em conjunto! Muna-se de papéis coloridos, de lápis, de desenhos já feitos, de números e de letras para realizar este processo criativo. Poderá escrever uma história de que tenha gostado quando era criança, algumas canções em rima ou adivinhas, uma recordação de infância, uma canção ou um assunto que interesse ao seu filho. Quando as páginas estiverem prontas, poderá cortá-las por igual e uni-las. De seguida, deixe o seu filho escolher as ilustrações do seu livro e peça-lhe que as descreva. Escreva o que ele lhe disser. O tamanho e a espessura do livro não são importantes: a criança não necessita de muitas páginas ou palavras. Poderá realizar esta actividade com outras famílias ou na creche. É uma forma de dar a conhecer aos outros as ideias do seu filho, mostrando-lhe a ligação que existe entre a escrita e a fala. Sirva-se do contexto favorável da nossa região É importante que a criança encontre no seu ambiente referências e situações em que seja aplicado aquilo que vive e aprende. A língua bretã é, portanto, uma escolha pertinente para os naturais de Finistère. É fácil encontrar um “padrinho” que domine a língua e o ambiente quotidiano na Bretanha faz frequentemente referência à língua ou à cultura bretã. A sinalética dos painéis rodoviários, alguns espaços comerciais ou clubes desportivos têm nomes bretões. Várias estações de rádio, de televisão, páginas de Internet propõem conteúdos em bretão. É possível ouvir pessoas a falar bretão, a ouvir música bretã… a criação na língua bretã é bastante dinâmica! Este conjunto faz com que a presença da língua bretã seja palpável, mesmo num ambiente quase exclusivamente francófono. O que, na verdade, reforça a coerência de um bilinguismo francês/bretão. 21 Já pensou no ensino bilingue quando o seu filho for para a pré-primária? Consulte a lista das escolas no seguinte endereço: http://www.ofis-bzh.org/upload/ travail_paragraphe/fichier/237fichier.xls Para se informar e colocar todas as suas questões sobre estas escolas bilingues, quer sejam públicas, católicas ou associativas, poderá contactar: • Div Yezh, associação de pais de alunos para o ensino bilingue em escolas públicas: Judith Castel, telef. 02 56 35 51 21 – http://div-yezh.org – correio electrónico: [email protected] • Dihun, associação de pais de alunos para o ensino bilingue em escolas católicas: Yann Le Corre, telef. 02 97 63 43 64 ou 07 61 72 43 64 – http://www.dihun.com – correio electrónico: [email protected] • Diwan, uma rede de escolas associativas por imersão linguística na língua bretã: Anna-Vari Chapalain, telef. 02 98 21 33 69 – http://www.diwanbreizh.org – correio electrónico: [email protected] DISPOSITIVO ELCO na Educação nacional Ensino de língua e cultura de origem O princípio no qual se baseiam os ensinamentos da língua e da cultura de origem é o domínio da língua materna, pois isso é uma preparação necessária para o êxito da aprendizagem de uma segunda língua. O dispositivo ELCO diz respeito ao primeiro e segundo grau. São organizadas aulas em todas as escolas onde exista um pedido das famílias. Destinadas originalmente às crianças da respectiva nacionalidade, ou em que um dos pais possua ou tenha possuído essa nacionalidade, estas aulas estão abertas doravante a todas as crianças cujas famílias desejem a inscrição, dentro do limite de vagas disponíveis. Para o departamento de Finistère, os ensinamentos da língua e cultura de origem são dados na língua árabe por professores Tunisinos ou Marroquinos, em Brest, Morlaix e Quimper. Os mesmos são dados na língua turca em Brest, Briec, Guerlesquin, Landerneau, Pont-de-Buis, Quimper. As informações precisas relativamente aos locais e horários das aulas ELCO estão disponíveis junto dos inspectores da Educação nacional (Brest Ville, Brest Nord, Landerneau, Morlaix, Quimper Nord, Quimper Ville). 22 Informações úteis Aprender bretão em Finistère Creches, infantários – jardins-escola e locais de encontro de assistentes maternas Creche P’tit Mousse 4 rue du Languedoc – BREST 02 98 03 40 55 – [email protected] Infantário – Acolhimento Les Mini Mômes Ti Glaz – 4 rue J.-M. Pédel – PLOUGASTEL-DAOULAS 02 98 37 57 60 – [email protected] Multi-acolhimento Galipette Maison de l’enfance – 7 rue Kernigez – CARHAIX 02 98 93 79 64 – [email protected] Local de encontro de pais e assistentes maternas de Plougastel Ti Glaz – 4 rue J.-M. Pédel – PLOUGASTEL-DAOULAS 02 98 37 57 34 [email protected] Multi-acolhimento creche parental À la Rue Béole Les Ximenias – 12 rue des Frênes – Kerandon CONCARNEAU 02 98 50 66 20 – [email protected] Creche municipal Rue Saint-Germain – PLOUGERNEAU 02 98 04 58 28 – [email protected] Dorn ha Dorn 13 rue du Vieux Bourg – GOUESNOU 02 98 37 92 86 Multi-acolhimento Petits Korrigans Rue des Écoles – PLOUHINEC 02 98 70 89 93 – [email protected] Infantário – Jardim-escola La main dans la main Centre Henri Queffelec – Rue Reichstett GOUESNOU – 02 98 07 75 31 Infantário – Jardim-escola Ti ar Bugelig Centre social Courte Échelle 1 rue des Myosotis – PLOUZANÉ 02 98 45 42 43 [email protected] Les Pitchouns Maison de l’enfance – 5 rue Jeanne d’Arc LESNEVEN 02 98 83 16 78 – [email protected] Local de encontro de assistentes maternas de Cap Sizun ULAMIR – Rue Abbé Conan – POULLAN 02 98 74 27 71 – [email protected] Associação de assistentes maternas Nid d’Anges – Chez Mme Lamer 17 rue Guyader – LESNEVEN 02 98 21 09 51 – [email protected] Les Petits Mousses 1 rue de Bretagne – Penhars – QUIMPER 02 98 55 25 33 [email protected] Creche Océane Rue Kerdiaoulic – MOËLAN-SUR-MER 02 98 96 58 92 [email protected] Local de encontro de assistentes maternas da COCOPAQ Kermec – TRÉMÉVEN 02 98 35 13 57 – [email protected] Multi-acolhimento Plabennec 25 rue de l’Aber – PLABENNEC 02 98 37 60 72 [email protected] Local de encontro de assistentes maternas de Trégunc-Concarneau Mairie de Trégunc – TRÉGUNC 02 98 50 17 75 [email protected] Creche La Bambinerie Ti Glaz – 4 rue J.M Pédel – PLOUGASTEL-DAOULAS 02 98 37 57 36 – [email protected] 23 Informações úteis Aprende bretão em Finistère Álbuns, livros e CDs Lista não exaustiva, informe-se junto da sua livraria e loja de música, ou na página Web www.klask.com Canções em rima e canções Encontrará canções em rima tradicionais ou modernas, canções para os mais pequenos, canções de embalar, álbuns ilustrados, alguns acompanhados por uma gravação em CD, livros educativos e de desenvolvimento, fichas com imagens e jogos adaptados aos seus filhos junto das editoras seguintes: • Éditions An Here Diversas obras, livros em cartão, livros de imagens, álbuns, colecções como a Spot, Nanarzh (Nounours), Arzhur, etc. Encomendar em www.Klask.com – correio electrónico: [email protected] • Coop Breizh, editora de livros e de música, distribuidor www.coop-breizh.fr – correio electrónico: [email protected] • Éditions Bannoù Heol www.b-heol.com – correio electrónico: [email protected] Citamos as colecções Leo ha Popi, Arzhig Du (Petit ours brun) • Éditions Dastum www.musiques-bretagne.com – correio electrónico: [email protected] Colecções de canções em rima – por exemplo Doub ha doub ha doup, rimas e canções em rima para crianças, ou Dibedibedañchoù • Éditions Emgleo Breiz www.emgleobreiz.com – correio electrónico: [email protected] Citamos, entre outros: Rimadelloù hengounel (canções em rima tradicionais), Kanaouennoù nevez evit ar vugale (canções novas para crianças) • Éditions Keit Vimp Bev www.keit-vimp-bev.info – correio electrónico: [email protected] Citamos, entre outros: Rimadelloù al loened (canções em rima sobre os animais), a colecção Toupig, Lizherenneg al lutun glas (abecedário)… e também uma revista mensal a partir dos 3 anos: Rouzig, com assinatura. CDs musicais • Kalon ur vamm 2 – Y. Ribis e S. Le Hunsec – canções de embalar em bretão • Kanit bugaligoù! – M. Jaouen – Miroir Magique • Heitou! – M. Jaouen – Goasco Music • Fiñval – Enfants de l’école publique de Lannion – Keit Vimp Bev • Pok-ha-Pok – Jakez Ar Born – Brennig ar C’hurnig 24 Produtos audiovisuais e programas emitidos na televisão e na Internet Os produtos audiovisuais • Breizh VODE Encontre diversos programas em bretão para crianças (revistas, desenhos animados) para alugar ou comprar através de descarga no novo portal VOD (video on demand) em língua bretã. Hiperligação na página http://www.dizale.org As emissões • Brezhoweb Canal de televisão exclusivamente na Internet, em que uma parte da programação é destinada às crianças – em directo todos os dias das 18h00 às 22h30 ou em streaming gratuitamente para ver a emissão que pretender – página Web: http://www.brezhoweb. com/ • France 3: na sua televisão: emissão semanal Mouchig dall, à quarta-feira à tarde, ou a visualizar na Internet: http://bretagne.france3.fr/mouchigdall/?page=accueil&lang=fr • Tébéo: na sua televisão: canal 21 da TNT: Dibikouz, emissão para crianças. Emissão à quarta-feira de manhã e ao fim-de-semana. www.tebeotv.fr E também na rádio A emissão das crianças “Deomp Dezhi” Canções, entrevistas, histórias gravadas nas escolas ou no local, produzida e difundida por: • Radio Kerne: em directo e em repetição: Na FM: 90.2 (Quimper), 92.0 (Douarnenez, Crozon, Brest), 97.5 (Concarneau) Na Internet: http://radiokerne.antourtan.org: em directo ou em podcast. • Arvorig FM Na FM: 91.7 (Landerneau e Brest) e 107 (frequência de conforto em Landerneau) Na Internet: http://www.arvorigfm.com VOCABULÁRIO dorme, pequenino(a) = irmão e irmã = breur ha kousk ma bihanig, c’hoar da goukou ma bombom = madig vamos = deomp dezhi poupig come = debr ‘ta ursinho de peluche = nanarzh papá e mamã = tadig ha mammig 25 Informações úteis Aprender português em Finistère As associações de Finistère Associação Lusitania Pen Ar Bed Aulas particulares, aulas de grupo em Brest 16 rue Voltaire Penhars – QUIMPER Telef. 02 98 55 20 61 3/8 anos, 9/14 anos e adultos leccionadas por Natália Nunes Bonnaud, professora e tradutora licenciada Telef. 06 21 86 91 50 correio electrónico: [email protected] Associação Casa de Portugal Associação Le Portugais au Pays de la Lune 13 rue du Tromeur Lambézellec – BREST Telef. 02 98 46 70 56 A partir dos 6 anos e adultos 50 rue Théodore Botrel LANDERNEAU Telef. 02 98 21 98 18 A partir dos 4 anos e adultos Comprar livros em português Páginas Web de distribuidores: Toca, Bebé - Livro das Abas www.abrakadabra.eu, www.attica.fr (a livraria das línguas), www.librairie-portugaise.com Editora: Livraria Civilização Editora Data de edição: 2011 Números Espreita! Primeiras Palavras Editora: Porto Editora Data de edição: 2011 Desenhos animados na Internet Zigzag em www.rtp.pt, www.canalpanda.pt, www.junior.te.pt, www.iguinho.lg.com.br, www.cn3.cartoonetwork.com.br, www.leme.pt/criancas/, www.sitiodosmiudos.pt/sitio.asp Canais de televisão captados em França RTPi: www.rtp.pt ou satélite Hotbird 8, SICi: pacote de cabo, operador Orange, TV Globo Internacional: http://tvglobointernacional.globo.com ou satélite Hotbird 6. VOCABULÁRIO papa = papá maman = mamã bonbon = bombom, rebuçado fais dodo = faz óó regarde ça = olha para isto 26 chien = cão chat = gato poisson = peixe Informações úteis Aprender árabe em Finistère As associações de Finistère ADELCA, Associação para o desenvolvimento da língua e cultura árabes AMELA, Associação de Morlaix para o ensino da língua árabe 1 rue de l’Harteloire – BREST Telef. 02 98 02 55 97 - 06 82 26 59 38 Rue Eugène Pottier – MORLAIX Telef. 02 98 67 23 20 http://association-amela.jimdo.com AAPRI, Associação argelina para as relações interculturais 4 B rue Gavarni – BREST – Telef. 02 98 41 44 08 [email protected] Não se esqueça das bibliotecas, das associações e das livrarias Os CDs e livros para o seu filho Página Web de distribuidores: Alef Baa Taa Alhayawanat www.abrakadabra.eu Autor: A. Norbtilian À l’ombre de l’olivier Editora: Didier 29 canções em rima árabes e berberes Alkali (Bright baby first words) Canal de televisão captado em França Baraem.TV, primeiro canal em árabe para as crianças da pré-primária e seus pais: www. baraem.tv ou satélite Hotbird 6. VOCABULÁRIO papá = mamã = bombom = Dorme, pequenino(a) = come = 27 bebe = cão = gato = Informações úteis Aprender turco em Finistère As associações de Finistère Associação cultural turca de Quimper 205 route de Douarnenez – QUIMPER Telef. 02 98 55 55 48 correio electrónico: www.actq.org Associação Línguas do Bósforo 15 rue de Mesgall – GOUESNOU Telef. 06 03 19 10 60 correio electrónico: [email protected] Os CDs e livros para o seu filho Página Web de distribuidores: www.abrakadabra.eu Benim Ilk Sözlügüm Bilmecelerle ABC Autor: Helen Melville Editora: Net Turistik Yayinlari Autor: Can Göknil Resimli Sözcükler Renkler, Sekiller Sözcükler Autores: Caroline Young, Jo Litchfield Canais de televisão captados em França TRT çocuk e YumurcakTV satélite Turksat 2A e 3A. VOCABULÁRIO dorme, pequenino(a) = irmão e irmã = abi et abla uyusun benim vamos = gidelim bebeğim bombom = şeker come = yemek ursinho de peluche = ayıcık brinquedo = oyuncak olha = bak papá e mamã = baba et anne 28 Informações úteis Aprender alemão em Finistère As associações de Finistère Casa da Alemanha 105 rue de Siam – BREST Telef. 02 98 44 64 07 http://mda.infini.fr correio electrónico: [email protected] Os CDs e livros para o seu filho Páginas Web de distribuidores: www.abrakadabra.eu e www.amazon.fr O “Goethe Institut” de Nancy é especializado na literatura jovem em língua alemã: www.goethe. de/ins/fr/nan/prj/kjl/frindex.htm Rolf Zuckowski canta para as crianças: as suas canções são muito populares na Alemanha, principalmente “Winterkinder” de 1987 e “Die Jahresuhr” de 1994. Mein erstes buntes Bildwörterbuch: Im Kindergarten Hallo, kleiner Elefant! Amelie Benn, Carlsen Verlag Autor: Sandra Grimm Ilustrador: Christine Denk Ravensburger Buchverlag Anton ist krank So gehe ich schlafen Judith Drews Beltz Autor: Miriam Cordes Editora: Oetinger Canal de televisão captado em França KI.KA ou Kinderkanal: em www.kika.de (clique em “Fernsehen”, depois em “Ki.Ka am PC gucken” e finalmente em “Deine Online-Mediathek”) ou satélite Astra 1M e 1H. VOCABULÁRIO papá e mamã = Papa und Mama ursinho de peluche = Teddybär gato = Katze bombom = Bonbon dorme = Ab in’s Bett olha para isto = Guck mal cão = Hund 29 peixe = Fisch Informações úteis Aprender crioulo das Antilhas em Finistère As associações Gwa Ka Tam Eddy Dinga – 89 rue Milin Avel – LANHOUARNEAU Telef. 06 64 74 63 65 www.gwakatam.com correio electrónico: [email protected] Aulas de dança, percussão e canto, manifestações culturais. Os CDs e livros para o seu filho Je colorie la ferme créole DICO KFE Dicionário em quatro línguas, inclui 3 CDs Autor: Jala Éditions Lafontaine: www.editions-lafontaine.com Éditions Lafontaine: www.editions-lafontaine.com VOCABULÁRIO Crioulo da Martinica irmã = sê papá = papa ursinho de peluche = nounouss irmão = frê vamos comer = annou manjé dorme, pequenino(a) = mamã = manman olha = gadé bombom = bonbon pran sonmèy ich mwen Informações úteis Aprender wolof em Finistère A aprendizagem em casa As associações Croisade culturelle France J’apprends le Wolof Telef. 06 60 87 32 74 correio electrónico: [email protected] VOCABULÁRIO papá = baay mamã = yaay aprender = jangg Autores: Jean-Léopold Diouf, Marina Yaguello Editora: Karthala bombom = taangal comer = lèkk frio = sèdd ! 30 quente = tangg ! brinquedo = fowoukaay Os trabalhos que permitiram a realização desta brochura Esta brochura recupera os documentos publicados anteriormente e que servem de apoio à educação nas regiões participantes no projecto “Multilingual Early Language Transmission” (MELT). Este projecto surgiu de uma parceria entre quatro grupos linguísticos: bretão (Bretanha, França), gaulês (País de Gales, Grã-Bretanha), frísio (Frísia neerlandesa, Países Baixos) e sueco (Finlândia). O objectivo deste projecto está relacionado com o desenvolvimento das competências linguísticas das crianças dos seis meses aos quatro anos. O projecto MELT visa: • definir as boas práticas em matéria de aquisição da língua ou das línguas; • melhorar as competências bilingues dos intervenientes na primeira infância; • fornecer às crianças uma base de aprendizagem sólida no domínio de diversas línguas; • fornecer aos pais informações sobre o bilinguismo; • reforçar e promover a diversidade cultural e linguística. Na parte consagrada ao desenvolvimento da língua junto da criança, voltámos a frisar elementos do conteúdo da brochura Folkhälsan “Språkgroddar”, destinada aos falantes de sueco da Finlândia. O MELT é um dos projectos surgidos do trabalho efectuado no seio da rede europeia NPLD (“Network to Promote Linguistic Diversity”) da qual são membros o Conselho Geral de Finistère e o Conselho Regional da Bretanha. DG da Educação e da Cultura Política de aprendizagem ao longo da vida Informações e contactos para os pais A Associação Divskouarn tem por objectivo a promoção e o desenvolvimento do bretão antes da escolarização junto dos pais e dos profissionais da primeira infância na Bretanha: na página Web www.divskouarn.fr encontrará diversas informações, exemplos de um pouco de tudo, testemunhos e um pouco de actualidade sobre o bilinguismo precoce. Nessa página encontrará também as versões desta brochura em árabe, bretão, inglês, português e turco. Telef.: 09 60 04 79 83 – correio electrónico: [email protected] O Conselho Geral de Finistère A Missão Língua bretã Telef.: 02 98 76 20 84 – correio electrónico: [email protected] O Conselho Regional da Bretanha Serviço das línguas da Bretanha Telef.: 02 99 27 10 10 www.bretagne.fr Agradecimentos Este documento não poderia ter sido realizado sem os conselhos esclarecidos e a ajuda preciosa de inúmeras pessoas, entre as quais Irène Le Gouill, Pascale Planche, Clarisse Cadiou, Gregor Mazo, Gwenn an Dreo, Natalia Nunes Bonnaud, Erwan ar C’hoadig, Ali Kivrak, Slimane Harrag, Yaroslava Nekhay, Seynabou Badiane, Alex Riemersma, etc. Aqui lhes deixamos os nossos sinceros agradecimentos! Queremos também agradecer às pessoas que prestaram o seu testemunho ou que, simpaticamente, nos deram autorização para reproduzir as suas reportagens ou as suas fotografias.