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ELASTICIDADE-PREÇO DO GÁS NATURAL: UM ENSAIO COMPARATIVO. GUERRA, S. M. G. ; LINO, A. R. ; MACEDO, G. DE G. DE/FEM/UNICAMP CP 6122 13083-970 CAMPINAS, SP, BRASIL. TEL. 55.19.3788.3284 [email protected] 1. RESUMO O estudo das elasticidades-preço do gás natural objetiva encontrar um indicador da sensibilidade da demanda frente a variações no preço deste produto e da causalidade entre esse preço e do petróleo no Brasil e nos EUA. O propósito discursivo é examinar, comparativamente inter-países mas também por setor de atividade (industrial, residencial, energético e transporte) as séries de dados temporais de modo a melhorar a percepção acerca dos padrões de comportamento do consumidor e do preço do GN. Algumas conclusões teóricas sobre os resultados serão feitas buscando discutir os obstáculos à utilização do gás natural como fonte energética primária, já que se trata de um substituto ao carvão e ao petróleo mais econômico e menos poluente. Os resultados indicam que variações nos preços do GN não têm causalidade com variações nos preços do petróleo na série. Com relação a demanda, esta se mostrou mais inelástica no Brasil que nos EUA. Em ambos os países o setor industrial foi o que apresentou maior flexibilidade reativa decorrente de variações de preços. 2. ABSTRACT The natural gas price-elasticity study pretends to find a demand sensibility index due to variations of the NG prices and of the causality between the NG and oil prices in Brazil and in the USA. The purpose is to examine the time series data in order to improve our perception about the pattern of the consumer behavior and the NG prices. Some theoretic conclusions over the results will be also necessary to discuss the obstacles of the NG wide utilization like primary energy source, instead oil and coal. The issues reveal that NG and oil prices variations have no causality relations and the demand is more inelastic in Brazil than in the USA in the series. In both countries, the industrial sector exhibited higher flexibility to change his energy source due to prices variations. 3. INTRODUÇÃO Existe uma firme crença de que o gás natural, enquanto fonte fóssil mais limpa que o petróleo ou o carvão, oferece solução parcial para problemas associados à má qualidade do ar. Além disso, o GN seria preferível ao álcool e à energia hidrelétrica devido ao impacto ambiental das lavouras monocultoras no primeiro caso e das barragens no segundo. Antes considerado refugo da produção de petróleo, o GN passa por um expressivo aumento de demanda em termos mundiais: abundante, viável economicamente e de baixo impacto ambiental, parece ser, segundo alguns especialistas, o combustível ideal para suprir parte da demanda de energia a curto e médio prazo. No sentido de testar esta crença, este trabalho procurará analisar o comportamento das variáveis econômicas preço e demanda do gás natural no Brasil e nos EUA. Para tanto, calcular-se-ão as elasticidades-preço da demanda para medir o padrão da reação, ou resposta, da demanda decorrente de variações no preço. Também será calculado o poder de resposta do preço do GN como decorrência de variações no preço do petróleo, para captar o quanto o primeiro esteve atrelado ao segundo nestes últimos anos. Esta análise econométrica simples fornecer-nos-á subsídios que reforçarão determinadas hipóteses acerca da relutância do GN em tornar-se a principal fonte energética nestes países. A imposição de estudar os EUA se deve ao fato desse país possuir um peso relativamente muito grande na participação no consumo mundial de combustíveis fósseis (26,8% do consumo mundial de gás natural em 2000)1 e, conseqüentemente, na formação do seu preço mundial. Além disso, os EUA têm uma história mais longa com o GN comparativamente ao Brasil. Os problemas relacionados ao consumo de gás natural referem-se, em substância, as dificuldades de transporte e a proximidade (acesso) das reservas. Nesse sentido, o preço final do GN traz embutido custos de investimentos em capital fixo bastante elevados (pipelines, navios criogênicos) o que implica reflexões de ordem geopolítica. Portanto, cada país deve desenvolver sua própria política energética. Não obstante, como ver-se-á na análise dos resultados, as restrições ao crescimento da demanda de GN nos EUA podem servir, em algum momento, de lição para o Brasil. Este trabalho será desenvolvido na seguinte ordem: a segunda parte apresentará o modelo de regressão utilizado para a análise. Na terceira serão expostos os dados. A quarta parte discutirá os resultados da regressão e na quinta e última será apresentada a conclusão. 4. O MODELO O cálculo da elasticidade é a aplicação do modelo log-linear por meio regressão exponencial: β2 µ i (1) Yi = β1Xi e Com: Yi a variável dependente; Xi é a variável explicativa; β1 e β2 são os parâmetros; µi é a variável estocástica e e é a base do logaritmo neperiano (isto é, log de base e, onde e = 2,718). 1 O segundo maior consumidor de gás natural é a Rússia, consumindo, aproximadamente, 25% da produção mundial. 2 A equação (1) pode ser expressa alternativamente como: ln Yi = ln β1 + β2lnXi + µi (2) Se α = ln β1, então a equação (2) pode ser escrita em termos dos parâmetros α e β2: ln Yi = α + β2lnXi + µi _ Onde ⎢β2 ⎢= Σ (Xi-Xi)(Yi-Yi) Σ (Xi-Xi)² (3) (4) O coeficiente de elasticidade pode ser escrito em notação de cálculo como (dY/Y)/(dX/X)=[(dY/dX)(X/Y)], donde pode-se deduzir que ⎢β2⎢ é o coeficiente de elasticidade. Trata-se, portanto, de um modelo clássico de regressão linear e que pode ser estimado pela regressão por mínimos quadrados ordinários. A elasticidade é uma estimativa aplicada da regressão logarítmica que indica um padrão de resposta de uma variável a outra. Este modelo log-log permite obter o coeficiente de inclinação β2, que mede a elasticidade de Y com relação a X.2 Assim, através de uma regressão simples de ln Y em ln X se obtém o coeficiente ⎢β2⎢, cujo valor mede a variação percentual em Y (variável dependente) decorrente de uma variação de um ponto percentual em X (variável explicativa). 5. OS DADOS Os dados para a Brasil foram coletados do Relatório Anual do Balanço Energético Nacional (BEN) — Ministério das Minas e Energia — de 1995 e de 2001 para formarem a série temporal de 1979 a 2000. Os preços do GN estão convertidos a dólares de 1994 (R$0,90/US$) descontados da inflação segundo o IGP-DI anual calculado pelo IBGE. Para os EUA, foram coletados os dados disponíveis no EIA (Energy Information Administration), órgão vinculado ao U.S. Department of Energy, que fornece estatísticas oficiais do governo dos EUA sobre energia.3 As séries de tempo do consumo e do preço de gás natural estão contidas no intervalo 1967-2001. Os preços estão calculados em dólares por pés cúbicos (ano base 1990). Os dados do preço do petróleo vão de 1985 a 2001. As séries temporais são estacionárias. O setor de transportes foi desconsiderado em decorrência da sua participação irrelevante no consumo total de gás natural (menos de 1% nos EUA e 5% no Brasil)4. Dos restantes, o setor industrial é responsável pelo 2 No modelo log-log, os coeficientes de inclinação e de elasticidades são os mesmos, mas não no modelo linear. ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION Annual Energy Outlook 2003. Disponível em http://www.eia.doe.gov/emeu/era/contents.html . Acesso em: 28 maio 2003. 4 No Brasil a participação percentual do setor de transportes não é de fato desprezível mas a série de tempo sim, em termos estatísticos. Um fato interessante a ser destacado é a rápida ascensão do consumo de GN (em termos 3 3 maior percentual do consumo total (66% no Brasil e 45% nos EUA), seguido pelo setor de geração de energia elétrica e residencial. Este último setor, no caso brasileiro, consome relativamente pouco GN se comparado aos EUA. Gráfico 1: Percentual de consumo setorial do gás natural no Brasil em 2000. Consumo de Gás Natural no Brasil por Setor de Atividade em 2000 Transporte 5% Residencial 6% Elétrico 23% Industrial 66% Fonte: BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL (BEN) Relatório Anual 1995 e 2001. Nos EUA, os setores de geração de energia elétrica e a indústria pagam tarifas reduzidas em comparação ao setor doméstico que desembolsa praticamente o dobro do valor em dólares pela mesma quantidade, em pés cúbicos, de gás natural. O setor doméstico inclui o comércio e as repartições públicas. No Brasil, não há diferenciação de preços. Consumo de Gás Natural nos EUA por Setor de Atividade em 2001 indústria 45% transporte doméstico 1% 26% energia elétrica 28% Gráfico 2: Percentual de consumo setorial do gás natural nos EUA em 2001. Fonte: ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION Annual Energy Outlook 2003. Disponível em http://www.eia.doe.gov/emeu/era/contents.html . Acesso em: 28 maio 2003. de porcentagem do total) pelos usuários de transporte no Brasil em comparação com os EUA. A tendência parece ser de crescimento no setor. 4 Nos dados para os EUA, no setor de geração de energia elétrica, foram usados os preços do petróleo combustível residual e os preços do petróleo combustível indicado como de uso residencial pelo U.S. Department of Energy. Para a indústria não foi possível identificar o tipo de petróleo mais usado, já que este setor produz diversos artigos provenientes de diferentes derivados do petróleo. Para o Brasil foi utilizado o preço do óleo combustível sem diferenciação por setor. É interessante notar que os preços do gás natural nos EUA, para todos os setores, observam uma trajetória de aumento, durante o final da década de 70, que se reverte somente em meados da década de 80. A partir de então, os preços se mantêm ou caem levemente até o ano de 2000. No Brasil, o mesmo movimento de aumento a partir do final da década de 70 e a de queda em meados dos anos 80 também é observado. Em 1994, há uma forte queda em decorrência da valorização cambial que se mantém até o final da série. Gráfico 3: Preço setorial do gás natural nos EUA. 10,00 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 1984 1983 1982 1981 1980 1979 1978 1977 1976 1975 1974 1973 1972 1971 1970 1969 1968 0,00 1967 Dolares por milhares de pés cúbicos 9,00 Ano Gas Natural - Preço Setor Elétrico Gas Natural - Preço Setor Residencial Gas Natural - Preço Setor Industrial 5 2000 1500 1000 500 0 R$ de 2000 por tonelada 100 80 60 40 20 0 19 85 19 87 19 89 19 91 19 93 19 95 19 97 19 99 Centavos de US$ de 1990 por galão Gráfico 4: Preço de derivados de petróleo no Brasil e nos EUA. Ano EUA Óleo Combustível - Preço Setor Residencial EUA Óleo Combustí Brasil Óleo Combustível - Preço Todos Setores 6. ANÁLISE DOS RESULTADOS A tabela 2 mostra o teste “t de Student” de significância dos coeficientes da regressão. Ao examiná-la, seguir-se-á a seguinte regra geral: para graus de liberdade maiores ou iguais a 20 e nível de significância (α) igual a 0,05, rejeitar-se-á a hipótese nula se t for maior que 2 em valor absoluto, ou seja, estatisticamente significante (GUJARATI, 2000). Por suposto, as lacunas em destaque contêm os valores estatisticamente “não aceitos”. Através da aplicação da regressão log-log, foi elaborada a tabela 3 relacionando os três setores de atividade com os dados do coeficiente ⎢β2 ⎢, ou seja, com as elasticidades-preço da demanda e elasticidades-preço-dopetróleo do preço do gás natural. Foi observado que, para o setor brasileiro de geração de energia, a elasticidade-preço da demanda é baixa, significando que aumentos do preço do GN não afetaram a demanda no período estudado. Para o setor de geração de energia elétrica mudar o combustível-insumo significaria ter de mudar a estrutura dos equipamentos com os quais trabalha. Isto implicaria custos fixos altíssimos, o que pode explicar a inelasticidade da demanda. Falando ainda sobre o Brasil, o setor industrial (que consome 66% do GN total) apresentou uma elasticidade-preço da demanda um pouco maior e próxima a 1, isto é, variações de 1% no preço fazem variar em aproximadamente 1% a demanda por GN. Não é um valor alto, mas indica algum poder de resposta do setor industrial brasileiro em substituir a fonte energética quando há variações de preços. 6 Dois resultados, porém, mostraram significância estatística: as elasticidades-preço da demanda para os setores doméstico e industrial nos EUA. No setor doméstico, o coeficiente β2 indica que a cada variação de 1% no preço do GN, a demanda doméstica agregada por este bem varia de 1,76%, ou seja, uma resposta elástica da demanda frente a variações no preço. Apesar de ser um produto de grande necessidade neste país (aquecimento central, chuveiro e alimentação) houve economia ou substituição por outro energético semelhante por parte das residências, do comércio e das repartições públicas. O coeficiente β2 mais alto encontrado foi referente a elasticidadepreço da demanda para a indústria nos EUA. Este setor, justamente o maior consumidor de GN naquele país, mostrou bastante flexibilidade para mudar de fonte energética em resposta a aumentos de preços. De fato, os resultados foram bastante significativos. A cada 1% de variação do preço, a demanda variou (para cima ou para baixo) 2,3%. A explicação pode estar no fato de não serem raros os casos de indústrias que investem na aquisição de conversores que utilizam insumos energéticos diferentes (GN, óleo e energia elétrica). Além disso, é possível que modifiquem organizações e métodos de produção visando reduzir o consumo daquele insumo que ganha significância na formação do preço. Os preços do gás natural e do petróleo não mostraram correlação significante nem para os EUA nem para o Brasil. Apesar de, em linhas gerais, observarem os mesmos ciclos de aumento (final dos das décadas de 1970 e 1990) e diminuição (medos da década de 1980) de preços ao longo do tempo (como se pode constatar nos gráficos 3 e 4), não há relação de causalidade entre preço do petróleo e o preço do GN nos dois países no período. 7. CONCLUSÕES O gás natural é a terceira mais importante fonte de energia no mundo industrializado hoje. Nos períodos estudados, o consumo de GN relativo ao Brasil observou um aumento médio de 14% ao ano ao longo de 22 anos. Relativo aos EUA, o aumento do consumo foi de 2,1% ao ano em média. Em termos mundiais, o consumo e a produção de gás natural se elevou cerca de 2% ao ano em média no período 1990-2000, ou seja, a taxas próximas à dos EUA. Estas não são, definitivamente, taxas de crescimento que indicam a consolidação do gás natural como substituto do petróleo ou do carvão como fonte energética. Os resultados da regressão corroboram. O principal setor consumidor de gás natural nos EUA, o industrial, apresenta alto coeficiente de elasticidade-preço da demanda, isto é, substitui o consumo do GN quando seu preço se eleva e volta a consumi-lo quando este se reduz. O mesmo acontece, em menor medida, com o setor doméstico deste país, que apresentou um coeficiente β2 igual a 1,76. O setor industrial do Brasil também indica ter certa flexibilidade frente a variações no preço dos bens energéticos, mas em menor medida que o mesmo setor nos EUA. Apesar de ser um bem substituto ao petróleo, variações nos preços do GN não são explicadas por variações nos preços do petróleo nem no 7 Brasil nem nos EUA. Este não é um resultado óbvio e explica-se, por um lado, pela rigidez (constância) na oferta, depois que os investimentos em capital fixo são realizados e, por outro, no fraco aumento percentual anual da procura por GN. Outros resultados são interessantes, porém não se pode consideralos ingenuamente. O coeficiente de elasticidade-preço da demanda para o setor energético brasileiro apresenta um baixo coeficiente de elasticidade. Entretanto isto não significa que não haja alternativas melhores, do ponto de vista econômico, ao GN como insumo para a geração de energia elétrica. Significa, isto sim, que este setor apresenta uma grande rigidez no processo produtivo. A partir dessa constatação, pode-se aventar a dificuldade estratégica de se trabalhar com o gás natural como fonte primária energética. Como conseqüência dessa rigidez no setor de geração de energia elétrica, observa-se uma questão crítica de segurança geopolítica: como o Brasil (e os EUA) não é auto-suficiente em GN, depende de produtores externos que podem interromper sua produção a qualquer momento sem maiores danos para si. A dependência a um só fornecedor (ao contrário do petróleo), por conta dos altos custos fixos de instalação de pipelines ou usinas de processamento, estreita a flexibilidade de escolha do consumidor, fato comprovado pelos resultados da regressão referente ao setor energético. Dessa forma, apesar dos benefícios econômicos e ambientais, o gás natural encontra dificuldades em se concretizar como fonte primária de energia nos países importadores de combustíveis fósseis. 8 Tabela 1: Total de consumo de gás natural: Brasil, EUA e mundo. Consumo Total Brasil Consumo Total Consumo Mundial % Brasil no Consumo Mundial % EUA no Consumo Mundial 1990 1993 1996 1999 2000 2404 2979 4216 5542 6561 449672 489980 530619 529900 554812 1671643 1756201 1901860 1977239 2070194 0,14% 0,17% 0,22% 0,28% 0,32% 26,9% 27,9% 27,9% 26,8% 26,8% British Petroleum. Statistical review of US Energy, June 2001. http://www.bp.com Tabela 2: Calculo do t de Student para os parâmetros de elasticidade t de Student para elasticidades-preço da demanda t de Student para elasticidade-preço-óleo/preço GN Setor energético Setor industrial Setor residencial Setor energético Setor industrial Setor residencial EUA 0,2494 -3,0951 -2,0976 -0,3132 nd 10,3814 Brasil -2,7000 -3,2871 nd 2,3590 2,3590 2,3590 nd — dados inexistentes ou série temporal estatisticamente insignificante Tabela 3: Elasticidades-Preço da Demanda do Gás Natural e Preço do Gás Natural – Preço do Petróleo por Setor de Atividade no Brasil e nos EUA. Setores Elasticidades – Parâmetro β2 Brasil Estados Unidos ln Qgi = ln Qgi = ln Pgi = ln Pgi = α + β2 ln Pgi α + β2lnPpi α + β2 ln Pgi α + β2lnPpi Preço Petróleo Preço da /Preço GN Preço da Demanda Preço Petróleo /Preço GN Demanda Energéti -0,86 0,53 não aceito co Industria -0,95 0,53 -2,3 l Domésti nd 0,53 -1,76 co Qgi = quantidade de gás natural demandada. Pgi = preço do gás natural em dólares e Ppi = preço dos derivados de petróleo substitutos do gás natural para cada setor. não aceito nd 0,32 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITISH PETROLEUM Statistical review of US Energy, June 2001. http://www.bp.com CONANT, Melvin Bem & GOLD, Fern R. A Geopolítica Energética. Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1981. EDEN, R.; POSTNER, M.; BENDING, R.; CROUCH, E. & STANISLAW, J. Energy Economics. Cambridge University Press, London, New York, New Rochelle, Melbourne, Sydney, 1981. ENERGY INFORMATION ADMINISTRATION Annual Energy Outlook 2003. 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BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL (BEN) l 1995 e 2001. b. EIA Annual Energy Outlook 2003 (http://www.eia.doe.gov/emeu/era/contents).