Acupuntura para cefaleia

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Acupuntura para cefaleia
CENTRO COCHRANE DO BRASIL
ACUPUNTURA PARA CEFALÉIA
SÃO PAULO
2005
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TÍTULO: ACUPUNTURA PARA CEFALÉIA
REFERÊNCIA: Melchart D, Linde K, Berman B, White A, Vickers A, Allais G,
Brinkhaus B. Acupuncture for idiopathic headache. The Cochrane Database of
Systematic Reviews 2001, Issue 1. Art. No.: CD001218.
Esse trabalho consiste na tradução, atualização e adaptação de Revisão
Sistemática publicada na Cochrane Library, por solicitação do Ministério da
Saúde para seu uso exclusivo
PERGUNTA
Acupuntura é efetiva e segura para o tratamento da cefaléia primária?
RESUMO
Introdução: A acupuntura é amplamente usada para o
tratamento da dor de cabeça, mas sua efetividade é controvérsa.
Objetivos:
Determinar se a acupuntura é:
-mais efetiva que nenhum tratamento
-mais efetiva que acupuntura placebo
-tão efetiva quanto outras intervenções usadas pata tratar dor de
cabeça idiopática (primária)
Estratégia de busca: Foram realizadas pesquisa em base de
dados eletrônicas na MEDLINE, EMBASE, no Registro de
Ensaios Controlados Cochrane, e na base de dados do Campo de
Medicina Complementar Cochrane. Nós também contactamos
pesquisadores no campo e verificamos as bibliografias de todos
os artigos obtidos.
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Critério de seleção: Ensaios clínicos randomizados ou quaserandomizados comparando a acupuntura com qualquer tipo de
intervenção controle para o tratamento das dores de cabeça
idiopáticas (primárias) foram incluídos.
Coleta de dados e análise: Informações dos pacientes,
intervenções, métodos e resultados foram extraídos por pelo
menos dois revisores independentes usando uma forma padrão
pré-testada. Os resultados de freqüência e intensidade da dor de
cabeça
foram
resumidos
descritivamente.
As
proporções
existentes dos pacientes tratados em relação aos pacientes do
grupo controle foram calculadas como um indicador bruto dos
resultados para os ensaios acupuntura-controlados-placebo. A
metanálise quantitativa não foi possível devido à diferença e às
informações insuficientes dos estudos.
Resultados principais: Vinte e seis estudos incluindo um total de
1151 pacientes (média, 37; DP, 10-150) satisfizeram os critérios
de inclusão. Dezesseis estudos foram realizados em pacientes
com enxaqueca, seis em pacientes com dor de cabeça tensional,
e quatro em pacientes com vários tipos de dor de cabeça. A
maioria dos estudos tiveram deficiências metodológicas e/ou de
relatos. Em oito dos dezesseis estudos comparando acupuntura
verdadeira e placebo em pacientes com enxaqueca e dor de
cabeça do tipo tensão, a acupuntura verdadeira foi relatada como
sendo significativamente superior; em quatro ensaios houve uma
tendência a favor da acupuntura verdadeira; e em dois ensaios
não houve diferenças entre as duas intervenções. Dois estudos
não puderam ser interpretados. Os dez estudos comparando a
acupuntura com outras formas de tratamento renderam resultados
contraditórios.
Conclusões dos revisores: A evidência existente apóia o valor
da acupuntura para o tratamento das dores de cabeça idiopáticas.
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Entretanto, a qualidade e quantidade de evidência não são
totalmente convincentes. Há necessidade de estudos bem
planejados, em larga escala para avaliar a efetividade e o custo
da acupuntura sob condições da vida real.
INTRODUÇÃO
As dores de cabeça idiopáticas são a maior fonte de morbidade (Schwartz
1998; Göbel 1994; Pryse-Phillips 1992; Rasmussen 1991) e causam custos
substanciais (Ferrari 1998). A acupuntura é amplamente usada para o
tratamento da dor de cabeça e pode ser aplicada como uma modalidade única
ou como parte de um programa de tratamento mais complexo (Richardson
1986; Millman 1977; Woollam 1998). Apesar desta popularidade, ainda existe
um debate dentro da medicina acadêmica sobre se a acupuntura tem efeitos
além do efeito placebo.
É difícil avaliar os efeitos benéficos da acupuntura porque o tratamento pode
ter uma variedade de formas. Na acupuntura utilizada no ocidente, pontos fixos
são usados para pacientes com um diagnóstico médico ocidental definido. Em
formas mais tradicionais de tratamento, os acupunturistas variam os pontos
dependendo do diagnóstico médico tradicional chinês. Como resultado, os
pacientes com o mesmo diagnóstico ocidental podem ser tratados com
diferentes locais dos pontos de acupuntura.
Revisões sistemáticas sobre o uso da acupuntura para dor crônica em geral
(Patel 1989; ter Riet 1989a; ter Riet 1990) e dores de cabeça em particular (ter
Riet 1989b; ter Riet 1989c; ter Riet 1989d) foram publicadas em 1989 e 1990.
Desde aquela época, um número de novos ensaios clínicos tem sido realizado,
e têm-se alcançado um acordo/consenso sobre a classificação das dores de
cabeça (IHS 1988). Portanto, é necessário uma revisão sistemática das
evidências clínicas disponíveis sobre o uso da acupuntura nas dores de
cabeça.
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OBJETIVOS
Determinar se a acupuntura é:
-mais efetiva que nenhum tratamento
-mais efetiva que acupuntura placebo
-tão efetiva quanto outras intervenções usadas pata tratar dor de cabeça
idiopática (primária)
CRITÉRIOS PARA CONSIDERAR ESTUDOS PARA
ESTA REVISÃO
Tipos de estudos
Foram incluídos ensaios clínicos randomizados ou quase-randomizados (por
exemplo, por alternânica ou data de nascimento).
Tipos de participantes
Foram incluídos ensaios clínicos conduzidos entre os pacientes com dores de
cabeça idiopáticas (enxaqueca, dor de cabeça do tipo tensão, dor de cabeça
acumulativa, dores de cabeça classificadas de forma imprecisa como crônicas
ou primárias recorrentes). Os estudos com foco explícito em pacientes com dor
facial foram excluídos.
Tipos de intervenção
Os tratamentos considerados foram:
-aplicação de agulha em pontos de acupuntura, pontos de dor, ou pontos
gatilho
-outros métodos de estimulação dos pontos de acupuntura (por exemplo,
acupuntura com laser, eletro-acupuntura).
As intervenções controle consideradas foram:
-nenhum tratamento
-placebo
-outro tratamento
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Os ensaios clínicos que compararam apenas diferentes formas de acupuntura
foram excluídos.
Tipos de desfechos
Os estudos foram incluídos se eles relatassem pelo menos um resultado clínico
relacionado a dor de cabeça (por exemplo, intensidade de dor, avaliação global
da dor de cabeça). Os ensaios clínicos relatando apenas parâmetros
psicológicos ou laboratoriais foram excluídos, já que eram estudos com
períodos de desfechos de menos de 4 semanas (do início do tratamento à
observação final).
ESTRATÉGIA DE BUSCA PARA A
IDENTIFICAÇÃO DE ESTUDOS
See: Cochrane Pain, Palliative Care and Supportive Care Group search
strategy
Ver: estratégia de busca do grupo de Dor,Cuidados Paliativos e de Apoio da
Cochrane
As seguintes bases de dados foram pesquisadas:
-MEDLINE 1966 a Abril de 2005
-EMBASE 1989 a Abril de 2005
-base de dados do Campo Cochrane para Medicina Complementar
-Registro de Ensaios Controlados Cochrane 2005, Número 1
-coleções de ensaios individuais e bases de dados particulares
-bibliografias da revisão de artigos dos estudos incluídos.
As palavras chaves utilizadas na pesquisa realizada nas bases de dados
eletrônicas foram “(acupuntura ou acupressão)” e “(dor de cabeça ou
enxaqueca)”.
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PAIN* OR (PAIN-THRESHOLD) OR (PAIN-MEASUREMENT) OR (PAINCLINICS) OR (MYOFASCIAL-PAIN-SYNDROMES*) OR NOCICEPTORS OR
ANALGESIA* OR ANALGESICS* OR HYPERALGESIA OR analgesi* OR
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(transcutaneous electric*) OR (nerve stimulation) OR TENS OR acupuncture
OR Glossalgi* OR nociceptor* OR audioanalgesi* OR (electroacupuncture OR
electro-acupuncture) OR hyperalgesi* OR (epidural NEXT anesthe*) OR
(epidural NEXT anaesthe*)
(VASCULAR HEADACHES*) OR arthralgi* OR arthriti* OR (headache* OR
migraine*) OR neuralgi* OR toothache* OR earache* OR colic* OR
(dysmenorrhea OR dysmenorrhoea) OR metatarsalgi*
Randomized controlled trial
OR Controlled study OR Randomization OR
(Double blind procedure) OR (Single blind procedure) OR (Clinical trial) OR
(clinical adj5 trial$) OR (doubl$ or singl$ or tripl$ or trebl$) OR (blind$ or mask$)
OR Placebo$ OR Random$ OR Methodology OR (latin square) OR crossover
OR (cross-over) OR (Crossover Procedure) OR (Drug comparison) OR
(Comparative study) OR (comparative adj5 trial$) OR (control$ OR prospectiv$
OR volunteer$) OR (exp Evaluation and Follow Up) OR (Prospective study)
_______________________________________________________________
MÉTODOS
Seleção dos estudos
Todas as referências identificadas pela pesquisa nas bases de dados foram
selecionadas por dois revisores. Como primeiro passo, nós tentamos identificar
todos os artigos relacionados ao uso da acupuntura para tratamento de dor de
cabeça recorrentes que relatassem dados originais. Dos 102 estudos
identificados, 58 foram excluídos devido a falta de grupo controle. A avaliação
dos 44 estudos restantes foi realizada por pelo menos dois revisores. Dezoito
estudos foram excluídos (tabela “Características dos estudos excluídos”).
Ocorreram desacordos nos três estudos (Annal 1992; Borglum-Jensen 1979;
Lenhard 1983). Após discussão, foi decidido que todos os três estudos seriam
excluídos (para saber as razões, ver a tabela descrevendo as “Características
dos estudos excluídos”).
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Extração de dados
Informação dos pacientes, métodos, intervenções e resultados foram extraídos
independentemente por pelo menos dois revisores usando uma forma prétestada. Nós tentamos obter informação adicional dos primeiros autores ou dos
autores correspondentes aos estudos primários se necessário.
Os ensaios foram categorizados por tipo de dor de cabeça (enxaqueca e
desordens de enxaqueca, dor de cabeça do tipo tensão, mista [pacientes com
diferentes tipos de dor de cabeça dentro de um ensaio], e pelo tipo de
intervenção controle usada (nenhum tratamento, acupuntura placebo, outro
tratamento).
Avaliação da qualidade
A qualidade da qualidade metodológica dos estudos incluídos foi avaliada por
pelo menos dois revisores independentes usando duas escalas.
A escala de Jadad et al. (Jadad 1996) possui ítens em:
-distribuição randomizada (1 ponto se a distribuição foi descrita como
randomizada + 1 ponto se um método adequado de gerar uma seqüência
randomizada foi descrito)
-duplo-cego (1 ponto se houve um relato que pacientes e avaliadores eram
cegos + 1 ponto quando o procedimento cego foi descrito e adequado)
-relatos das desistências/exclusões (1 ponto se as desistências e retiradas,
como também as razões, foram listadas independentemente para cada grupo
de tratamento)
A pontuação máxima é 5. Estudos com 3 pontos ou mais foram considerados
de alta qualidade. Os pontos alcançados para cada um dos três itens acima
são listados em ordem para cada estudo na tabela descrevendo as
“Características dos estudos incluídos” (por exemplo, para um ensaio obter
todos os pontos em cada item, a pontuação seria 2-2-1). Um resumo dos
pontos para todos os ensaios incluídos também é fornecido na Tabela 01.
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O segundo método de pontuação (a escala de validade interna = EVI) foi
desenvolvido por um membro do time de revisão (KL) e tem sido usado em
várias revisões sistemáticas da medicina complementar (Linde 1996a; Linde
1996b; Linde 1997). Este instrumento tem seis itens:
-método de distribuição aos grupos
-ocultação de alocação
-linha de base de pacientes
-pacientes cegos
-avaliadores cegos
-probabilidade viés de seleção após a distribuição dos grupos por desistência,
etc.
Cada item é pontuado com 0 (critério não satisfeito ou informação fornecida
insuficiente), 0.5 (critério parcialmente satisfeito), ou 1 (critério satisfeito). Os
pontos alcançados para cada dos seis itens são listados em ordem para cada
ensaio na tabela descrevendo as “Características dos estudos incluídos” (Por
exemplo, para um ensaio obter todos os pontos em cada item, a pontuação
seria 1-1-1-1-1-1). Um resumo dos pontos para todos os ensaios também é
fornecido na Tabela 02.
Para o cálculo dos pontos da qualidade metodológica, a informação fornecida
nas publicações ou relatos descritos foi usada. Desacordos entre os revisores
foram resolvidos por discussão.
A qualidade da acupuntura foi avaliada por um revisor (GA) que é um
especialista em acupuntura e dor de cabeça. Este indivíduo aprendeu na
Europa tanto a acupuntura tradicional chinesa e a acupuntura ocidental
(reflexoterapia) e pratica ambos os métodos. Foi entregue apenas a seção de
métodos dos artigos. As indicações de origem e fonte, como também a
introdução, resultados, e seções de discussão não foram fornecidas. O
acupunturista foi primeiramente questionado como ele trataria os pacientes
incluídos no estudo. Suas opções eram “exatamente ou quase exatamente do
mesmo modo”, “similarmente”, “diferentemente”, “completamente diferente”, ou
10
“não poderia avaliar” devido à informação insuficiente (sobre a acupuntura ou
sobre o paciente). Ele foi então questionado a avaliar seu grau de confiança
que a acupuntura foi aplicada de uma maneira apropriada em uma escala
visual de 100-mm (com 0% = completa falta de evidência que a acupuntura foi
apropriada, e 100% = total certeza que a acupuntura foi apropriada). O ultimo
método foi proposto por um membro do time de revisão (AW) e tem sido usado
em uma revisão de ensaios clínicos de acupuntura para dor nas costas (Ernst
1998). Na tabela descrevendo as “Características dos estudos incluídos” a
avaliação do acupunturista é resumida sob “Métodos” (por exemplo,
“similarmente/70%” para um ensaio onde o acupunturista trataria “similarmente”
e é 70% a confiança que a acupuntura foi aplicada apropriadamente). Um
resumo das pontuações designadas para todos os ensaios incluídos também é
fornecida na Tabela 03. Para atualizações desta revisão nós planejamos
envolver mais acupunturistas nestas avaliações.
RESUMINDO OS RESULTADOS
As principais medidas de resultado pré-definidas para a análise quantitativa foi
o número de dias com dor de cabeça por mês no último período de
acompanhamento. Outros resultados pré-planejados incluíam intensidade da
dor, duração e freqüência dos ataques de dor de cabeça, e uso de medicação.
O tipo e a cronometragem das medidas dos resultados foram tão
inconsistentes
e
a
apresentação
dos
resultados
tão
freqüentemente
insuficientes que não foi possível calcular o tamanho do efeito estimado para a
maioria dos ensaios que deveriam ter, a principio, dados descritos. Portanto,
nós extraímos os dados disponíveis em intensidade e freqüência de dor para
as primeiras medidas obtidas (última fase de tratamento superior a um máximo
de 2 meses após o tratamento) e o último acompanhamento (pelo menos 2
meses após o final do tratamento) e resumidas em uma forma de tabela/tabular
(ver Tabelas 04 e 05).
Nós também extraímos dados da “resposta” global ao tratamento. Se não
houvessem dados da resposta global, os dados de freqüência ou índices de
dor de cabeça eram usados. A reposta era definida como pelo menos 33% de
11
melhora (como os ensaios usavam tipicamente ou 33% ou 50% de melhora da
linha de base como um limite para definir resposta). A proporção entre o grupo
de acupuntura e o grupo da acupuntura placebo e seus intervalos de confiança
de 95% foram calculados. Devido à grande diferença clínica nós nos
abstivemos de calcular as estimativas agrupadas.
Devido ao fato de ter sido antecipado que a metanálise quantitativa poderia não
ser possível, pelo menos dois revisores independentes votaram nas seguintes
categorias como uma estimativa bruta do resultado geral para cada estudo:
-2 = grupo controle melhor que o acupuntura (significante)
-1 = grupo controle melhor que o acupuntura (tendência)
0 = sem diferença
1 = acupuntura melhor que o grupo controle (tendência)
2 = acupuntura melhor que o grupo controle (significante)
Ocorreram desacordos para apenas dois estudos (Dowson 1985; Carlsson
1990). Em ambos os casos, a última pontuação favorável foi usada.
DESCRIÇÃO DOS ESTUDOS
Vinte e seis estudos com um total de 1151 pacientes (média, 37; alcance, 10150) satisfizeram os critérios de inclusão. Dezesseis ensaios foram conduzidos
entre pacientes com enxaqueca, seis entre pacientes com dor de cabeça do
tipo tensão, e quatro entre pacientes com vários tipos de dor de cabeça. Um
dos ensaios de enxaqueca foi conduzido entre crianças. Oito ensaios usaram o
critério da Sociedade Internacional de Dor de Cabeça (SID 1988) para
classificar as síndrome da dor de cabeça, dois usaram o critério do Comitê Ad
Hoc (Ad Hoc 1962), e o estudo com crianças usou o critério Prensky (Prensky
1979).
Dezessete ensaios foram “placebo-controlado”. Onze destes usaram agulhas
“placebo”, isto é, as agulhas eram posicionadas em pontos distantes dos
pontos de acupuntura ou eram agulhas superficiais; os seis restantes usaram
outros procedimentos que não envolviam penetração da pele. Quatro estudos
compararam acupuntura com tratamento medicamentoso, dois com fisioterapia,
um combinando relaxamento e massagem, e um combinando medicamentos
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chineses tradicionais. Um estudo (tipo III) comparou acupuntura, nenhum
tratamento, e um programa de tratamento biocomportamental. As intervenções
utilizadas de acupuntura variaram consideravelmente. Em três estudos a
intervenção teste não foi a acupuntura com agulha e sim a acupuntura com
laser (Ho 1999; Lavies 1998) ou estimulação nervosa elétrica transcutânea
(TENS) nos pontos de acupuntura (Heydenreich 1989a). Um estudo tinha um
grupo de acupuntura com agulha e um grupo de TENS nos pontos de
acupuntura (Heydenreich 1989b). Em oito estudos a razão da escolha dos
pontos foi a Medicina Tradicional Chinesa; sete deram outras razões; 10 não
foram claros sobre suas razões; e em um ensaio os pontos eram baseados
apenas no local sensível. A informação básica sobre a qualificação e
experiência dos acupunturistas do estudo foi fornecida em apenas dez casos. A
ativação do DeChi, uma sensação irradiante fornecida para indicar a
efetividade da agulhada, foi raramente relatada.
Todos dos 17 ensaios placebo-controlados tentaram mascarar os pacientes.
Pelo menos cinco destes ensaios não informaram os pacientes que um grupo
iria receber acupuntura placebo (os pacientes foram informados que dois
“tipos” de acupuntura seriam comparados). Em pelo menos dois ensaios
adicionais nos quais a intervenção placebo não envolveu agulhas (Dowson
1985; Shi 2000) parece provável que um procedimento similar foi seguido (de
outra maneira não teria sido possível aos pacientes serem cegos).
O período médio de tratamento foi de 8 semanas (variando de 6-26) com oito
sessões de tratamento (variando de 6-12; um estudo levou em conta a
possibilidade de 3 etapas de tratamento com 10 sessões cada). Nos 21
estudos que acompanharam os pacientes após a conclusão da fase de
tratamento, o tempo médio de acompanhamento foi de 26 semanas (variando
de 3 a 104).
Os resultados mais comumente relatados foram a freqüência da dor de cabeça
(dias com dor de cabeça ou número de crises de dor de cabeça) e intensidade
da dor, mas em muitos estudos os resultados foram relatados com insuficiência
de detalhes. Humor subjetivo, qualidade de vida, uso de medicamento, e
13
incapacidade foram relatados em uma minoria de estudos (algumas vezes
estes desfechos parecem ter sido monitorados, mas não foram relatados).
Dezoito estudos usaram diários de dor de cabeça para avaliação do resultado,
e quatro usaram medidas pontuais (avaliação retrospectiva dos desfechos dos
pacientes em um determinado momento). Os quatro ensaios restantes não
descreveram o método usado de avaliação da dor de cabeça.
Nós tentamos contactar os autores de 20 estudos; 13 responderam. Estes
contatos forneceram informação adicional muito pouco relevante com uma
exceção na qual o autor forneceu dados individuais do paciente (Vincent 1990).
QUALIDADE METODOLÓGICA DOS ESTUDOS
INCLUÍDOS
A maioria destes ensaios tiveram deficiências metodológicas e/ou de
informação. A ocultação de alocação foi descrita em apenas três estudos: um
utilizou uma central de radomização por chamadas telefônicas, e dois usaram
envelopes fechados. O autor de um quarto estudo nos informou que havia
utilizado envelopes fechados. A pontuação média de Jadad foi de 1.5 (variando
de 1 a 5) de uma possível pontuação máxima de 5 (ver Tabela 01), e a
pontuação média de validade interna foi de 2.5 (variando de 1 a 5) de uma
possível pontuação máxima de 6 (ver Tabela 02). O sucesso do mascaramento
foi testado em dois ensaios (ambos relataram que foi bem sucedido). Relatos
de desistência e exclusões foram satisfatórios em apenas metade dos estudos.
Oito estudos não listaram os critérios de inclusão, e 14 não descreveram as cointervenções. O relato dos dados de dor de cabeça complexa foi raro. As
pontuações de qualidade alcançadas por um dado estudo nem sempre
concordaram com nossa impressão subjetiva de sua qualidade.
Nós temos dúvidas particulares sobre quatro estudos (Heydenreich 1989a;
Heydenreich 1989b; Lehmann 1991; Gao 1999), todos relataram resultados
extremamente positivos, mas foram insuficientemente descritos (ver a tabela
descrevendo as “Características dos estudos incluídos” para mais detalhes).
Além de uma falta geral de detalhes nos relatos, nem Heydenreich et al.
(Heydenreich 1989b) nem Lehmann et al. (Lehmann 1991) forneceram
14
informações sobre as desistências. Além disso, a terapia controle usada por
Heydenreich et al. (Heydenreich 1989b) pode não ter sido apropriada (o uso a
longo prazo do composto de ergotamina utilizado poderia, provavelmente,
agravar ao invés de aliviar a dor de cabeça). Finalmente, enquanto está
estabelecido que os paciente incluídos por Lehmann et al. (Lehmann 1991)
tiveram enxaqueca, seu relato de uma freqüência média de linha de base foi de
22 dias de dores de cabeça por mês, o que dificilmente é compatível com este
diagnóstico. Gao et al. (Gao 1999) relataram que 24 dos 32 pacientes tratados
com
acupuntura
estavam
curados
(definido
como
“sintomas
que
desapareceram completamente sem recorrência por um ano”). Embora a
intervenção da acupuntura neste estudo parece ter sido bem feita, uma razão
de sucesso como esta é difícil de acreditar. O estudo não-cego não relata como
a dor de cabeça foi monitorada ou se houve desistências e exclusões. Além
disso, como a duração da doença foi de 1 mês a 15 anos, parece duvidoso se
todos os pacientes realmente sofriam de enxaqueca.
Um estudo (Kubiena 1992) que parecia bem planejado metodologicamente,
falhou completamente na prática: uma grande proporção de pacientes
desistiram na fase inicial do estudo.
O acupunturista avaliador (GA) achou-se incapaz de avaliar a qualidade da
acupuntura em sete estudos devido à descrição ser insuficiente (ver Tabela
03). Em cinco estudos ele teria tratado de uma maneira diferente ou
completamente diferente, em sete estudos similarmente e, em seis estudos,
exatamente da mesma maneira. O grau de confiança sobre a aplicação
apropriadamente da acupuntura variou de 10% a 95%.
RESULTADOS
Os estudos eram muito diferentes em relação aos pacientes, à acupuntura e
intervenções controle, e ao tipo e momento da avaliação dos desfechos. Além
disso, os dados foram freqüentemente apresentados com detalhes insuficientes
(por exemplo, sem desvio padrão e com apenas alguns dos desfechos
apresentados). Portanto, nós não realizamos uma metanálise quantitativa.
15
ENSAIOS PLACEBO-CONTROLADOS EM
PACIENTES COM ENXAQUECA
Um total de 11 estudos comparou acupuntura com acupuntura placebo entre
pacientes com enxaqueca. Dois (Baust 1978; Dowson 1985) não acharam
efeitos sobre a acupuntura placebo, três (Henry 1986; Weinschütz 1993; Ho
1999) mostraram tendências a favor da acupuntura, e em cinco (Ceccherelli
1992; Heydenreich 1989a; Pintov 1997; Vincent 1989; Weinschütz 1994) os
pacientes no grupo da acupuntura foram melhores significativamente do que
aqueles no grupo da acupuntura placebo. No ensaio restante (Kubiena 1992)
uma tendência positiva foi afirmada pelos autores, mas este estudo foi julgado
como não tendo interpretação por ambos revisores que o avaliaram devido à
desistência muito alta.
A Tabela 04 fornece um panorama dos resultados com relação ao número de
dias com dor de cabeça, ou freqüência de crises, e intensidade. A maioria dos
estudos relatou diferenças a favor da acupuntura para pelo menos um
desfecho, porém a magnitude dos efeitos e dos resultados na verdade, foram
consideravelmente influenciados e variados. A duração da dor de cabeça e o
uso de medicação foram raramente relatados de um modo interpretável. Sete
artigos relatarm dados em número de avaliados (Baust 1978; Ceccherelli 1992;
Henry 1986; Heydenreich 1989a; Ho 1999; Weinschütz 1993; Weinschütz
1994). Em dois estudos adicionais tais dados estavam ambos disponíveis em
relação a freqüência da dor de cabeça (Dowson 1985) ou poderiam ser
calculados a partir dos dados individuais do paciente (dias sem dor de cabeça)
(Vincent 1990).
Ensaios placebo-controlados em pacientes com dor de cabeça tensional:
Em um estudo do tipo cross-over Hansen et al. (Hansen 1985) encontraram
que os índices de dor de cabeça foram significativamente melhores após a fase
de acupuntura verdadeira do que após a fase de acupuntura placebo. Não
foram relatados outros desfechos. Tavola et al. (Tavola 1992) não encontraram
diferenças significantes entre acupuntura e placebo (n = 30). Entretanto, todos
os três revisores que avaliaram este estudo interpretaram os dados
16
apresentados mostrando uma tendência a favor da acupuntura (por exemplo,
diminuição da freqüência de dor de cabeça para 44% no grupo da acupuntura
contra 21% no grupo controle; o uso de medicamento diminuiu 58% no grupo
da acupuntura versus 28% no grupo controle). Johansson et al. (Johansson
1991) relataram que a acupuntura foi significativamente mais efetiva do que a
acupuntura placebo, mas não foram apresentados dados atuais. Um pequeno
estudo piloto metodologicamente rigoroso (White 1996) não encontrou
diferenças significantes entre a acupuntura e a acupuntura placebo, mas os
resultados não puderam ser interpretados devido a grandes diferenças nas
características basais entre os dois grupos (a favor do grupo de acupuntura
placebo) a ao tamanho da amostra extremante pequeno (n = 10).
Ensaios comparando acupuntura com outro tratamento e sem tratamento
em pacientes com enxaqueca:
No único ensaio metodologicamente confiável e completo (Hesse 1994)
comparando acupuntura com tratamento farmacológico (metoprolol). Os
autores afirmaram que ambos os tratamentos eram igualmente efetivos, mas
todos os três revisores que avaliaram este estudo concluíram que houve uma
tendência a favor do metoprolol em termos de eficácia. Entretanto, o metoprolol
também apresentou mais efeitos colaterais. Por outro lado, dois ensaios
completos (Heydenreich 1989b; Lehmann 1991), ambos com agulhas e eletroacupuntura
foram
significativamente
mais
efetivos
que
o
tratamento
medicamentoso, mas as dúvidas a respeito da validade destes estudos
parecem ser justificáveis (veja acima, em Qualidade metodológica dos estudos
incluídos).
Em um ensaio de Doerr-Proeske et al. (Doerr-Proske 1985), um programa
biocomportamental foi considerado ser mais efetivo que a acupuntura (sem
diferença estatistica em um ensaio com apenas 10 pacientes em cada grupo).
Este ensaio também incluiu um grupo sem tratamento (lista de espera); os
pacientes neste grupo foram levemente piores do que aqueles recebendo
acupuntura.
17
Gao et al. (Gao 1999) compararam a acupuntura e a prescrição de uma droga
tradicional Chinesa em 64 pacientes com enxaqueca. Os autores relataram
resultados extremamente positivos. Nossas considerações sobre o estudo
estão resumidas acima, na seção de qualidade metodológica de estudos
incluídos, e na tabela descrita sobre as “Características dos estudos incluídos”.
Ensaios comparando fisioterapia e acupuntura em pacientes com dor de
cabeça do tipo tensão:
Carlsson et al. (Carlsson 1990) encontraram que a fisioterapia individualizada
foi mais efetiva que a acupuntura tanto para a intensidade da dor de cabeça e
bem-estar mental. No pequeno ensaio de Ahonen et al. (Ahonen 1984), a
acupuntura foi considerada pelo menos tão efetiva quanto a fisioterapia.
Ensaios placebo-controlados em pacientes com vários tipos de dores de
cabeça:
Lavies (Lavies 1998) não encontrou diferenças significantes entre a acupuntura
com laser e a acupuntura placebo com laser em um estudo cross-over em 12
pacientes com enxaqueca e dor de cabeça tensional. Entretanto, devido à
grande diferença nas características basais entre os dois grupos, este estudo é
de difícil interpretação. Shi et al. (Shi 2000) acharam diferenças clinicamente
relevantes entre a acupuntura verdadeira e a acupuntura placebo com laser
logo após o tratamento e aos 6 meses de acompanhamento, no que diz
respeito a intensidade da dor, incapacidade, queixas, e estado depressivo;
entretanto, eles não apresentaram nem o diagnostico de dor de cabeça dos
participantes, nem qualquer diferença estatística inferencial entre os grupos.
Acupuntura versus tratamento farmacológico em pacientes com vários
tipos de dor de cabeça:
Loh et al (Loh 1984) acharam que a acupuntura foi discretamente mais eficaz
do que o tratamento farmacológico individualizado. Oito dos 23 pacientes do
grupo acupuntura responderam ao tratamento comparados aos 4/25 pacientes
do grupo com medicamento. Os pacientes poderiam passar para o tratamento
alternativo após 3 meses. Onze dos 23 pacientes originalmente recebendo
18
acupuntura escolheram esta opção, comparados aos 18/25 pacientes que
originalmente recebiam medicação.
Acupuntura versus massagem e relaxamento em pacientes com
enxaqueca ou dor de cabeça tensional:
Wylie et al. (Wylie 1997) encontraram uma grande redução nas pontuações de
dor de cabeça após massagem e relaxamento combinados, comparado a
acupuntura em pacientes com dor de cabeça do tipo tensão (n = 40) ou
enxaqueca (n = 27). Entretanto, os dados apresentados sugerem que os
efeitos diferiram consideravelmente entre os pacientes com dor de cabeça
tensional (aqueles recebendo massagem e relaxamento tiveram uma redução
muito maior) comparados aos pacientes com enxaqueca (aqueles recebendo
acupuntura tiveram uma redução muito maior) (ver Tabela 05).
Efeitos a longo-prazo da acupuntura (ver também Tabelas 04 e 05):
Treze estudos tiveram períodos de acompanhamento de pelo menos 6 meses
após a terapia. A maioria destes estudos tiveram que ser interpretados com
cautela devido a perda de acompanhamento (Kubiena 1992, Carlsson 1990),
grandes deficiências de relatos (Dowson 1985; Shi 2000; Weinschütz 1993;
Weinschütz 1994; Ahonen 1984) ou validade geral duvidosa (Gao 1999;
Heydenreich 1989a; Heydenreich 1989b; Lehmann 1991). Os resultados dos
dois ensaios mais rigorosos (Vincent 1990; Tavola 1992) sugeriram que as
melhoras após a acupuntura podem persistir mais que 6 meses após a
interrupção da terapia.
Avaliação de qualidade:
Dos sete estudos interpretáveis com uma pontuação de Jadad de 3 ou mais,
dois estudos de enxaqueca tiveram tendência positiva comparados ao placebo
(Henry 1986; Ho 1999), um não foi diferente do placebo (Baust 1978), e um
teve tendência negativa comparado ao tratamento padrão (Hesse 1994). Para
a dor de cabeça tensional, um estudo foi avaliado positivo (Hansen 1985), e um
teve tendência positiva comparado ao placebo (Tavola 1992). Um estudo de
acupuntura com laser em pacientes com enxaqueca e dor de cabeça tensional
não mostrou diferença em relação ao placebo (Lavies 1998).
19
Entre os quatro estudos interpretáveis pontuando 4 pontos ou mais na escala
de validade interna, um ensaio de enxaqueca foi positivo (Vincent 1989) e um
tendeu ao positivo (Henry 1986) comparados ao placebo, enquanto um estudo
teve tendência ao negativo comparado ao tratamento padrão (Hesse 1994).
Para a dor de cabeça tensional um estudo foi positivo (Hansen 1985) e um
tendeu ao positivo (Tavola 1992) comparados ao placebo.
Finalmente, se apenas estudos interpretáveis foram considerados nos quais o
acupunturista tinha pelo menos 70% de certeza que a acupuntura foi
apropriada, houve, para enxaqueca, três positivos (Ceccherelli 1992; Vincent
1989; Weinschütz 1994) e dois estudos tendendo ao positivo (Ho 1999;
Weinschütz 1994) comparados ao placebo. Outro estudo (Gao 1999) foi
classificado como positivo comparado ao tratamento farmacológico tradicional
chinês com drogas. Para dor de cabeça tensional houve novamente um
positivo (Hansen 1985) e um com tendência ao positivo (Tavola 1992). Um
estudo placebo-controlado adicional, no qual os diagnósticos de dor de cabeça
não foram descritos, foi positivo (Shi 2000).
DISCUSSÃO
A evidência existente apóia o valor da acupuntura para o tratamento das dores
de cabeça idiopáticas. Entretanto, a qualidade e a quantidade de evidência não
é totalmente convincente. A maioria dos estudos comparando a acupuntura
verdadeira e placebo em pacientes com enxaqueca e dor de cabeça tensional
mostra pelo menos uma tendência favorável à acupuntura verdadeira. Porém, a
maioria dos estudos eram pequenos e eram relatados inadequadamente ou
tinham falhas metodológicas. Além disso, os estudos variaram muito em
relação à natureza precisa da intervenção da acupuntura e do método de
avaliação do resultado. Quando a proporção dos pacientes responsíveis ao
tratamento dos estudos placebo-controlado foram plotados no gráfico contra
uma estimativa de precisão, a forma foi assimétrica sugerindo um viés de
publicação ou outros viéses.
20
Há evidência insuficiente para avaliar como o quando a acupuntura é
comparável a nenhum tratamento e o quanto a acupuntura é tão efetiva quanto
como outros tratamentos para para dor de cabeça a não tratamento e se é tão
efetiva quanto outros tratamentos.
Nossos achados são similares aos de duas revisões sistemáticas recentes
sobre uma variedade de modalidades de tratamento comportamental e físico,
incluindo acupuntura para enxaqueca (Goslin 1999) e dor de cabeça tensional
(McCrory 2000).
Nós pesquisamos uma quantidade de fontes diferentes para identificar todos os
ensaios relevantes ao nosso assunto. Nós não fomos capazes de identificar
quaisquer estudos não publicados. Além disso, em nossa pesquisa de literatura
foi selecionado apenas um estudo chinês e nenhum da Rússia, onde a
acupuntura é difundida. A literatura destes países é suprida pelas bases de
dados apenas de forma parcial; sendo assim, é possível que existam estudos
passíveis de inclusão que, porém não foram identificados. Entretanto, as
evidências da Rússia e China devem ser interpretadas com cautela pois tem
sido mostrado, usando acupuntura como um exemplo, que os pesquisadores
destes países publicam resultados positivos quase que exclusivamente
(Vickers 1998).
Relatos insuficientemente difundidos tornaram difícil e até impossível a
avaliação da qualidade metodológica e a extração de dados. A ocultação de
alocação foi raramente descrita, e o relato de desistências e retiradas foi
freqüentemente incompleto. Apenas dois dos estudos cegos testaram o
mascaramento. Testar o sucesso do mascaramento em estudos placebocontrolados parece ser importante, já que uma proporção de pacientes pode
procurar para qual grupo eles foram distribuídos. Esclarecer aos participantes
do estudo placebo-controlado que duas formas de acupuntura serão
comparadas pode ajudar com o recrutamento e no mascaramento; porém isto é
éticamente duvidoso. A pontuação de qualidade para mascaramento dos
avaliadores provou ser difícil em nossa revisão, já que a avaliação foi feita
praticamente pelos próprios pacientes nos diários de dor de cabeça.
21
Conseqüentemente, um estudo no qual os pacientes eram mascarados ao
tratamento pôde ser considerado um duplo-cego (pacientes e avaliadores
cegos). Entretanto, para os nossos métodos de pontuação, aqueles que
recolheram os diários de dor de cabeça, também tinham que ser cegos para o
estudo ser considerado duplo-cego.
Avaliar a enxaqueca e as dores de cabeça tensionais de uma maneira
clinicamente significativa é uma questão complexa. Freqüência, intensidade,
duração, necessidade de medicação, acompanhamento dos sintomas, humor,
função social, atividade diária, e dias de trabalho perdidos, são indicadores
relevantes. Os diferentes métodos de medidas dos desfechos usados nos
estudos incluídos e a falta de detalhes na apresentação dos resultados
impediram o cálculo do tamanho do efeito dos desfechos. O cálculo da
proporção dos pacientes responsíveis ao tratamento tiveram que ser
interpretadas com extrema cautela e devem apenas ser vistas como um
indicador muito bruto da tendência geral dos resultados. Por exemplo, a
resposta não foi definida de uma maneira uniforme nos estudos incluídos. Além
disso, os desfechos dicotômicos como proporção de resposta ao tratamento,
quando usados em estudos pequenos, estão associados com um grande
intervalo de confiança, indicando um poder estatístico e precisão muito baixos.
Isto explica porque nossas opiniões e o resumo narrativo fornecem um
resultado discretamente mais otimista do que a análise da proporção de
resposta ao tratamento.
Em uma versão previamente publicada desta revisão (Melchart 1999) nós
apresentamos uma estimativa para a razão da proporção da resposta ao
tratamento nos estudos placebo-controlados. Reconsiderando a grande
diferença dos estudos em relação aos pacientes, intervenções teste e controle,
métodos de medidas, definições da resposta ao tratamento, validade interna e
externa, e um gráfico de funil assimétrico, nós decidimos nos abster de
qualquer combinação de dados nesta versão atualizada. No processo de
revisão contemporânea para esta revisão, foi sugerido que nós deveríamos
incluir uma análise de sensibilidade incluindo apenas estudos com pontuação
de pelo menos 3 na escala de Jadad. Como nós nos abstivemos de combinar
22
resultados, não foi possível a análise de sensibilidade formal incorporando as
pontuações de qualidade. Quando nós discutimos os três diferentes métodos
de avaliação da qualidade (escala de Jadad, escala de validade interna, e se a
acupuntura é apropriada) os resultados foram contraditórios. Baseados na
escala de Jadad (Jadad 1996), os resultados parecem menos positivos para a
enxaqueca, enquanto os estudos nos quais a confiança de que a adequação
da acupuntura foi classificado como alto e teve mais achados positivos. Dado o
alto grau de heterogeneidade dos estudos e a natureza relativamente bruta dos
métodos de avaliação de qualidade disponíveis e das opiniões, os resultados
dessa abordagem sensitiva não deveriam ser superinterpretados.
CONCLUSÕES DOS REVISORES
Implicações para a prática
Devido à diferença clínica e à baixa qualidade metodológica dos estudos
incluídos, recomendações válidas para a prática clínica não podem ser feitas.
No geral, algumas formas de acupuntura parecem ser benéficas, mas não está
claro qual a estratégia de tratamento (pontos, tipo de estimulação, freqüência,
etc) e quais os profissionais podem ser mais promissores para grupos
particulares de pacientes.
Embora não livre do risco (Norheim 1996; Ernst 1995), a acupuntura parece ser
relativamente segura nas mãos de profissionais qualificados. Portanto, nós
concluímos que pacientes com dor de cabeça que querem tentar a acupuntura
não deveriam ser desencorajados. A proposta de tratamento com acupuntura a
pacientes com dor de cabeça também parece justificável. Se a acupuntura
deve ser mais recomendada e, se assim for, qual o tipo de acupuntura deve ser
oferecido, são questões que não podem ser respondidas atualmente.
Implicações para pesquisa
O uso difundido de acupuntura, os resultados promissores, e a freqüência da
qualidade insuficiente de estudos disponíveis requerem pesquisas adicionais.
Maiores estudos placebo-controlados são necessários para confirmar (ou
refutar) a evidência disponível que os efeitos da acupuntura nos que sofrem de
23
dor de cabeça são verdadeiramente específicos. Entretanto, como a
acupuntura placebo pode ter seus próprios efeitos específicos, ou poderia pelo
menos ser um placebo mais potente que o fornecimento de uma pílula, a
evidência derivada de tais ensaios pode subestimar os benefícios da
acupuntura (Sanchez-Araujo 1998). Mais estudos pragmáticos comparando a
acupuntura com tratamentos não-profiláticos e outras intervenções profiláticas
são necessários para avaliar a efetividade e custo-efetividade sob condições de
vida real. Estudos observacionais a longo prazo seriam úteis para determinar
por quanto tempo os efeitos da acupuntura duram e quais pacientes são mais
prováveis a se beneficiar com o tratamento. Devido ao fato de a acupuntura ser
aplicada de diferentes maneiras por diferentes acupunturistas, é necessário
investigar os padrões de prática para garantir que futuros estudos
randomizados testem as estratégias da acupuntura que são realmente
difundidas na prática.
Estudos de acupuntura de maior tamanho da amostra. Atualmente, os cálculos
do tamanho da amostra para comparações da acupuntura versus acupuntura
placebo ou sem tratamento poderiam ser baseados nas proporções de
resposta ao tratamento obtidas em nosso local de estudo. Em média, a
proporção de resposta nos estudos revisados foram cerca de 60% nos grupos
de tratamento e cerca de 40% nos grupos placebo. Para detectar tamanha
diferença com 90% de poder (alpha nível 0.05, teste two-sided), 140 pacientes
por grupo deveriam ser incluídos em um estudo. Tamanhos de amostras
menores poderiam ser possíveis se outros desfechos (como o número de dias
com dor de cabeça) são empregados como desfechos primários. Além disso,
futuras pesquisas deveriam seguir diretrizes específicas em relação aos
critérios de inclusão, classificação das dores de cabeça, controle de cointervenções, e medidas de resultados para estudos de dor de cabeça (IHS
1991; IHS 1995), e devem seguir as diretrizes gerais para realização dos
estudos (Begg 1996). Devido à evidência atual na questão de se os principais
efeitos da acupuntura, a freqüência das crises de dores de cabeça ou sua
intensidade não é completamente consistente, ambos resultados deveriam ser
cuidadosamente monitorados nos futuros estudos.
24
TABELA 05 ACUPUNTURA VS OUTRAS INTERVENÇÕES: RESULTADOS PARA FREQUENCIA E INTENSIDADE
Estudo
(diagnóstico)
Ahonen 1984
(TTH)
Carlsson 1990
(TTH)
Medida de
freqüência
<2
dias/semana
com dor de
cabeça
5-escala de
índice de
passo
<2mo (acu
vs. outro)
5/12 vs. 2/10
>2mo (acu
Medida de
vs. outro)
intensidade
Não
Escala análogo
relatado
visual
<2mo (acu >2mo (acu
Controle
vs. outro)
vs. outro)
Não relatado Não
fisioterapia
relatado
Contagem
de voto
0
'reduzida em
ambos os
grupos'
Não
relatado
40 +/- 34 vs.
28 +/- 22
52 +/- 32
vs. 29 +/22
-2
48% vs.
44%
Não
Programa
-1
mensurado biocomportamental
Escala análogo
visual (valores de
linha de base
acup 41 +/- 32,
fisioterapia 52 +/22; todos os
valores
extrapolados da
figura)
Doerr-Proske
média %
32% vs. 38% Não
média % de
1985 (Migraine) redução de dias
mensurado redução
de dor de
cabeça
Gao 1999
Não
Não mensurado?
(Migraine)
mensurado?
Hesse 1994
Número de
0.7 (-1.6 to
Não
3-escala pontual
(Migraine)
ataques de
2.7)
mensurado
enxaqueca
(diferença
média acup vs.
metoprolol,
com 95% CI)
Heydenreich
média %
Não
80% vs.
Impreciso
1989b (Migraine) redução de dias apresentado 76% vs.
(needle acu vs.
de dor de
38%
acupuncture-like cabeça
TENS vs. drug
therapy)
Lehmann 1991
Dias com dor
Não
7 vs. 5 vs. Redução do
(Migraine)
de cabeça
apresentado 18
índice médio de
(needle
enxaqueca
acupuncture vs.
electroacupuncture vs.
propanolol)
Loh 1984
impreciso
Não
Não
impreciso
Fisioterapia
Drogas Chinesas
+2
0.3 (0.1 a
0.5)
Não
metoprolol
mensurado
-1
Não
apresentado
45% vs.
44% vs.
15%
iprazochrom e
dihidroergotoxinmesilate
+2
Não
apresentado
54% vs.
72% vs.
8%
propranolol
+2
Não
Não
Terapia de drogas
+1
25
Estudo
(diagnóstico)
(Mixed)
Wylie 1997
(Migraine)
Wylie 1997
(TTH)
Medida de
freqüência
Dias com
enxaqueca
Dias com dor
de cabeça
<2mo (acu
vs. outro)
apresentado
1.7 vs. 2.7
Não
apresentado
>2mo (acu
vs. outro)
mensurado
Não
mensurado
Não
mensurado
Medida de
intensidade
Índice de dor
total
Índice de dor
total
<2mo (acu
vs. outro)
apresentado
61 vs. 154
162 vs. 50
>2mo (acu
vs. outro)
mensurado
Não
mensurado
Não
mensurado
Controle
Massagem e
relaxamento
Massagem e
relaxamento
Contagem
de voto
+1
-2
26
TABELAS
Características dos estudos incluídos
Estudo
Ahonen 1984
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: não cego
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: linha de base? Tratamento? Acompanhamento 28 semanas
Escalas de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-0.5-0-0-0
Avaliação do acupunturista: similarmente/60%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 22?/22
Condição: dor de cabeça miogênica
Demográficos: idade média 46 anos (acup) e 37 (controle); 82% mulheres
Local: departamento neurológico de pacientes externos do hospital universitário na Finlândia
Tempo desde começo das dores de cabeça: 5.7 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: GB8, GB20, BL10, BL12, BL15, Chuanxi e pontos de pressão no pescoço.
Sem informação sobre os acupunturistas
Foi
alcançado
o
DeChi:
sem
Número de sessões de tratamento: impreciso (10 minutos cada)
informação
Freqüência das sessões de tratamento: sem informação
Intervenção controle: fisioterapia (parafango, massagem, ultrassom)
Resultados
Método par medida do resultado: medida do ponto (sem diários); apenas dados por acompanhamento
apresentado.
Razões do entrevistado: 7/12 (acup) vs. 3/10 (fisioterapia)
Freqüência: 5/12 (acup) vs. 2/10 (fisioterapia) com um dia ou menos de dor de cabeça/semana
Intensidade: não relatada
Duração: não mencionada
Medicação: diminuiu em 6/12 (acup) vs. 4/10 (fisioterapia)
Anotações
Conclusão do autor: ambos os tratamentos são similarmente efetivos
Conclusão dos revisores: ambos os tratamentos são similarmente efetivos
Comentários: relatos insuficientes; imprecisos se houve desistências/retiradas, medida de resultado
pobre; tamanho da amostra muito pequeno para avaliar a equivalência das duas terapias.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Baust 1978
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: paciente, medico avaliador
Desistências/retiradas: sem informação
Período de observação: período de observação individualizado (10 intervalos entre os ataques de
enxaqueca no período de linha de base)
27
Escalas de qualidade: Jadad: 1-2-0; IVS: 1-0-0-1-1-0
Avaliação do acupunturista: similarmente/35%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 44/44
Condição: enxaqueca (“terapia-resistente”)
Demográficos: sem informação
Local: impreciso, Alemanha
Tempo de início das dores de cabeça: 75% dos pacientes > 5 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: se a dor é principalmente frontal: GB 14, Ex3, LI 4; temporal: Ex9, GB 20, TE5;
occipital: GV 15, BL 10, BL 60
Informação sobre os acupunturistas: n = 2, sem informação sobre experiência e qualificação
Foi alcançado o DeChi?: sem informação
Número de sessões de tratamento: 6
Freqüência das sessões de tratamento: a cada 2 dias
Intervenção do grupo controle: pontos placebo 2-3 cm de distância dos pontos verdadeiros
Resultados
Método para medida do resultado: diário do paciente, todas as análises tiveram foco em um índice
(freqüência integrada, intensidade e duração)
Razões dos entrevistados: 14/23 (acup) vs. 14/21 (placebo)
Sem informação de freqüência, intensidade, duração ou medicação
Anotações
Conclusão do autor: boa resposta em ambos os grupos, sem diferença entre os grupos
Conclusão dos revisores: boa resposta em ambos os grupos, sem diferença entre os grupos
Comentários: apresentação de dados insuficiente, período de observação variável, os pacientes não
eram informados que poderiam receber um placebo.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Carlsson 1990
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: envelope fechado
Cegueira: não cego
Desistências/retiradas: possível parcialidade (8 desistências em acup., 2 no grupo de fisioterapia)
Período de observação: linha de base 3-8 semanas, tratamento 2-8 semanas, acompanhamento 7-12
meses
Escalas de qualidade: 1-0-1; IVS: 1-0.5-0.5-0-0-0.5
Avaliação do acupunturista: completamente diferente/10%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 62/52
Condição: dor de cabeça crônica de tensão (Ad Hoc)
Demográficos: idade média 34 anos; todas mulheres
Local: hospital/departamento de pacientes externos, Suíça
Tempo de início das dores de cabeça: média de 9 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: pontos locais: GB 20, GB 21; pontos distais: LI 4
Informação sobre os acupunturistas: n = 2; sem informação adicional
Foi alcançado o DeChi?: sim
Número de sessões de tratamento: 5 a 10 sessões de 20 minutos cada
Freqüência das sessões de tratamento: 1-2/semana
28
Intervenção controle: fisioterapia individualizada (10-12 sessões de 30 a 45 minutos cada, incluindo
relaxamento, automassagem, TENS, crioterapia, técnicas de coping)
Resultados
Método para medida de resultado: medida dos pontos (sem diário)
Razões dos entrevistados: não mencionadas
Freqüência: reduzida em ambos os grupos (p < 0,01 em acup., p < 0,001 no grupo de fisioterapia)
Intensidade: pontuação média EAV 40 +/- 34 (acup) vs. 28 +/- 22 (fisioterapia) após tratamento e 52
+/- 32 (acup) vs. 29 +/- 22 (fisioterapia) no acompanhamento
Duração: não mencionada
Medicação: não mencionada
Outros: função total melhorada em ambos os grupos, bem-estar mental apenas na fisioterapia
Anotações
Conclusão do autor: outra terapia significativamente melhor
Conclusão dos revisores: outra terapia significativamente melhor
Comentários: publicação múltipla; desistências diferentes entre os grupos; grupo controle teve mais
terapia que o grupo de acupuntura.
Ocultação da alocação
A
Estudo
Ceccherelli 1992
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes
Desistências/retiradas: sem desistências ou retiradas
Período de observação: linha de base imprecisa, tratamento 10 semanas, acompanhamento apenas
em pacientes com boa resposta
Escalas de qualidade: 1-0-0; IVS: 1-0-0.5-1-0-1
Avaliação do acupunturista: similarmente/70%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 30?/30
Condição: enxaqueca sem aura
Demográficos: idade média de 40 anos; 9 (M), 6 (H) no grupo acup.; 15 (M) no grupo placebo
Local: impreciso, Itália
Tempo de início das dores de cabeça: 179 +/- 127 meses (grupo controle: 226 +/- 140)
Intervenções
Pontos de acupuntura: BL 2, BL10, BL 60, GB 3, GB 20, GV 11, GV 20, LR 3, CV 13 Ex HN1, ST 8 (no
lado não-doloroso)
Sem informações sobre os acupunturistas
Foi alcançado o DeChi?: sem informação
Número de sessões de tratamento: 10
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: acupuntura placebo (procedimento complexo sem agulhas verdadeiras
sugerindo anestesia superficial ao paciente)
Resultados
Método de medida do resultado: diário de dor de cabeça
Razões dos entrevistados: 13/15 (acup) vs. 5/15 (placebo)
Freqüência: 7 +/- 12 (acup) vs. 34 +/- 50 (placebo) horas de dor por semana
Sem informação de intensidade, duração ou medicação
Anotações
Conclusão do autor: acupuntura melhor (significativamente)
29
Conclusão dos revisores: acupuntura melhor (significativamente)
Comentários: provavelmente os pacientes não foram completamente informados que eles poderiam
receber um placebo; técnica placebo incomum; diferenças nos sexos entre os grupos; sem dados de
acompanhamento interpretáveis
Ocultação da alocação
B
Estudo
Doerr-Proske 1985
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: não cego
Desistências/retiradas: sem informação
Período de observação: 2 meses diagnósticos; linha de base 1 mês; tratamento 2 meses;
acompanhamento 1 mês
Escalas de qualidade: 1-0-0; IVS: 1-0-0-0-0-0
Avaliação dos acupunturistas: completamente diferente/20%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 30?/30?
Condição: enxaqueca (“terapia-resistente”)
Demográficos: idade media 39 anos; 77% mulheres
Local: impreciso, Alemanha
Tempo de início das dores de cabeça: > 2 anos (critério de inclusão); 23/30 > 10 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: Extra 2, GB2, TE5
Informação do acupunturista: n = 1; anestesiologista treinado em acupuntura
Foi alcançado o DeChi: sem informação
Número de sessões de tratamento: 10
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana?
Controle 1: lista de espera
Controle 2: programa de tratamento biocomportamental psicológico
Resultados
Método para medida de resultado: diário
Razões dos entrevistados: não mencionada
Freqüência: diminuída em 24% (acup) vs. 10% (lista de espera) vs. 43% (psicológico) após tratamento
e em 32% (acup) vs. 38% (psicológico) no acompanhamento
Intensidade: medida apenas por dias com uma intensidade definida
Duração: não mencionada
Medicação: número pesado de drogas 10.2 (acup) vs. 9.9 (lista de espera) vs. 1.8 (psicológico) após
tratamento e 8.2 (acup) vs. 1.6 (psicológico) no acompanhamento
Anotações
Conclusão do autor: tratamento psicológico é melhor (tendência) que a acupuntura que é melhor
(tendência) que a lista de espera
Conclusão dos revisores: tratamento psicológico é melhor (tendência) que a acupuntura que é melhor
(tendência) que a lista de espera
Comentários: tamanho de amostra muito pequeno; sem informação sobre se houve
desistências/retiradas
Ocultação da alocação
B
Estudo
Dowson 1985
30
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: envelope fechado
Cegueira: pacientes
Desistências/retiradas: maior probabilidade improvável
Período de observação: linha de base 4 semanas; tratamento 6 semanas; acompanhamento 24
semanas
Pontuações de qualidade: Jadad: 2-0-0; IVS: 1-0.5-0.5-0.5-0-0.5
Avaliação do acupunturista: informação insuficiente para uma avaliação
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 48/39
Condição: enxaqueca, dores de cabeça do tipo enxaqueca
Demográficos: idade media 39 anos; 83% mulheres
Local: prática, Reino Unido
Tempo de início da dores de cabeça: pelo menos 1 ano
Intervenções
Pontos de acupuntura: seleção do ponto de acordo com a localização da dor (modificado após 2-3
sessões se não houvesse resposta)
Sem informação sobre os acupunturistas
Foi alcançado o DeChi?: sim
Número de sessões de tratamento: 6
Freqüência das sessões: 1/semana
Intervenção controle: estimulação nervosa transcutânea falsa
Resultados
Método de medida de resultado: diário, mas apenas a apresentação dos dados divididos (33% de
melhora interpretada como uma resposta positiva)
Razões dos entrevistados: não mensuradas
Freqüência: 11/25 dos entrevistados (acup) vs. 13/23 (placebo)
Intensidade: 14/25 dos entrevistados (acup) vs. 7/23 (placebo)
Duração: não apresentada
Medicação: não apresentada
Anotações
Conclusão do autor: na melhor das hipóteses, a acupuntura é levemente melhor
Conclusão dos revisores: na melhor das hipóteses, a acupuntura é levemente melhor
Comentários: apresentação insuficiente dos resultados (sem dados do acompanhamento no total);
método incomum (provavelmente não muito sensitivo) de análise; os pacientes provavelmente não
foram totalmente informados sobre o uso do placebo
Ocultação da alocação
A
Estudo
Gao 1999
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: não cego
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: sem linha de base; acompanhamento de 12 meses
Escalas de qualidade: Jadad: 1-0-0; IV: 1-0-0-0-0-0
Avaliação do acupunturista: exatamente da mesma forma/95%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 64?/64
31
Condição: enxaqueca
Demográficos: idade variava de 15-58 anos; 72% mulheres
Local: impreciso, China
Tempo de início das dores de cabeça: 1 mês - 15 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: seleção dos pontos de acordo com a tradicional medicina Chinesa
Sem informação sobre os acupunturistas
Foi alcançado o De Chi? Sem informação
Número de sessões de tratamento: 1-3 cursos de 10 sessões
Freqüência das sessões de tratamento: 4-5/semana
Intervenção controle: a tradicional medicina Chinesa de composição imprecisa, ergotamina para
ataques agudos.
Resultados
Método para medida do resultado: impreciso
Razões dos entrevistados: após 1 ano, 24/32 (acup) vs. 11/32 (controle) 'curados' (= sintomas
desaparecem completamente sem recorrência por 1 ano) e adicional 6 (acup) vs. 9 (controle)
'melhorados'
Sem informação de freqüência, intensidade, duração ou medicação.
Anotações
Conclusão do autor: a acupuntura é estatisticamente significativamente superior
Conclusão dos revisores: a acupuntura é estatisticamente significativamente superior
Comentários: estudo relatado insuficientemente, proporção de “curas” é difícil de acreditar
Ocultação da alocação
B
Estudo
Hansen 1985
Métodos
Distribuição: randomizada cross-over
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes e investigador de coleta de dados
Desistências/retiradas: 7 dos 25 pacientes foram excluídos antes do código ser quebrado
(probabilidade possível mas não provável)
Período de observação: linha de base 3 semanas; tratamento 3 semanas; intervalo 3 semanas;
tratamento 3 semanas; pós-tratamento 3 semanas
Escalas de qualidade: Jadad: 1-1-1; IVS: 1-0-0.5-1-1-0.5
Avaliação do acupunturista: similarmente/70%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 25/18
Condição: dor de cabeça de tensão crônica
Demográficos: idade media de 36 anos; 67% mulheres
Local: departamento neurológico universitário de pacientes externos, Denmark
Tempo de início das dores de cabeça: 1.5-60 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: agulhas bilateralmente GB 20, LI 4, BL 60
Sem informação sobre os acupunturistas
Foi alcançado o DeChi?: sim
Número de sessões de tratamento: 6 (15 minutos cada)
Freqüência das sessões de tratamento: 2/semana
Intervenção controle: acupuntura placebo perto dos pontos verdadeiros (profundidade de 2-4 mm)
Resultados
Método de medida do resultado: diário (um índice de dor de cabeça para cada fase foi calculado)
32
Razões dos entrevistados (pelo menos 33% diminuiu no índice de dor de cabeça) calculadas de dados
de pacientes individuais para o período pré-cross-over: 4/9 (acup) vs. 2/9 (placebo)
Índice de redução de dor de cabeça comparado à linha de base: 31% (acup) vs. 21% (placebo; p <
0.05)
Sem informação de freqüência, intensidade, duração ou medicação.
Anotações
Conclusão do autor: acupuntura significativamente melhor
Conclusão dos revisores: acupuntura significativamente melhor
Comentários: medida de resultado pobre; sem uma lista explícita dos critérios de inclusão; cegueira
verossímil; os pacientes não foram informados sobre o uso do placebo; relevância clínica limitada
devido à curta duração.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Henry 1986
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: paciente, neurologista avaliador
Desistências/retiradas: maior probabilidade improvável (pelo menos até o final da fase de tratamento)
Período de observação: linha de base imprecisa; tratamento provavelmente 3 meses?
Acompanhamento de 3 meses após a terapia (Segundo acompanhamento após 6 meses) Pontuações
de qualidade: Jadad: 1-2-0; IVS: 1-0-1-1-1-0
Avaliação do acupunturista: diferentemente/45%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 30/26
Condição: enxaqueca (Ad Hoc)
Demográficos: idade media de 34 anos; 73% mulheres
Local: impreciso, França
Tempo de início das dores de cabeça: 12.6 +/- 1.5 anos (placebo: 13.8 +/- 10.6)
Intervenções
Pontos de acupuntura: LI 4, ST36, BL 2, BL 10, BL 60, LR3 agulhas com eletroestimulação
Informação sobre o acupunturista: n = 1, sem informação adicional
Foi alcançado o DeChi?: sem informação
Número de sessões de tratamento: 8 sessões de 30 minutos cada
Freqüência das sessões de tratamento: 6x uma/semana, 2x uma/mês
intervenção controle: agulhas secas 1 cm distantes dos pontos usados no grupo de acupuntura
(mesmos metâmeros)
Resultados
Método de medida do resultado: índice de enxaqueca, avaliações globais (após 3 meses) Razões dos
entrevistados: 11/20 (acup) vs. 3/10 (placebo)
Freqüência: 12/20 (acup) vs. 3/10 (placebo) melhor
Intensidade: 11/20 (acup) vs. 2/10 melhor
Duração: 8/20 (acup) vs. 4/20 melhor
Medicação: 7/20 (acup) vs. 4/10 melhor
Anotações
Conclusão do autor: tendência a favor da acupuntura
Conclusão dos revisores: tendência a favor da acupuntura
Comentários: sem uso de diário; muitas perdas de acompanhamento, portanto os dados do
acompanhamento não são interpretáveis.
Ocultação da alocação
33
B
Estudo
Hesse 1994
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes e avaliadores
Desistências/retiradas: probabilidade improvável
Período de observação: linha de base 4 semanas; tratamento 17 semanas; sem acompanhamento
Escalas de qualidade: Jadad: 1-1-1; IVS: 1-0-1-0.5-1-0.5
Avaliação dos acupunturistas: completamente diferente/50%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 85/77
Condição: enxaqueca com ou sem aura (IHS)
Demográficos: idade media de 45 anos; 84% mulheres
Local: clínica de dor para pacientes externos em Denmark
Tempo desde o início das dores de cabeça: média de 23 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: agulhas individuais nos trigger points mais sensíveis e placas placebo.
Informação sobre os acupunturistas: n = 1, sem informação adicional
Foi alcançado o DeChi?: sem informação
Número de sessões de tratamento: individualizadas
Duração das sessões de tratamento: agulhas por apenas poucos segundos
Intervenção controle: beta bloqueador metaprolol e estimulação placebo (toque com final brusco da
agulha)
Resultados
Método de medida do resultado: diário
Razões dos entrevistados: não mencionadas
Freqüência: ambos os grupos com redução significante; 0.7 (95% CI, -1.6 a 2.7) mais ataques no
grupo de acupuntura
Intensidade: razão global de ataques de enxaqueca 0.3 (95% CI, 0.1 a 0.5) melhor em relação ao
grupo metoprolol
Duração: ataques de 2.4 horas (95% CI, -1.8 a 6.5 horas) mais longos que o grupo de acupuntura
Medicação: não mencionada
Efeitos colaterais: 3 (acup) vs. 18 (metaprolol)
Anotações
Conclusão do autor: a acupuntura é equipotente ao metaprolol
Conclusão dos revisores: tendência em favor do metaprolol (eficácia; menos efeitos colaterais com a
acupuntura).
Comentários: ensaio rigoroso; o procedimento de acupuntura placebo possivelmente distinguível;
técnica incomum de acupuntura).
Ocultação da alocação
B
Estudo
Heydenreich 1989a
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes?
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: linha de base 8 semanas; tratamento 12 semanas; acompanhamento de 6
34
meses.
Pontuações de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-1-0-0-0
Avaliação do acupunturista: informação insuficiente para uma avaliação
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 40?/40?
Condição: enxaqueca
Demográficos: idade media de 41 anos; 90% mulheres
Local: departamento de pacientes externos, hospital universitário, Alemanha Oriental
Tempo desde o início das dores de cabeça: média de 18.5 anos (controle: 16.6)
Intervenções
Pontos de acupuntura: PuTens (estimulação nervosa elétrica transcutânea em pontos de acupuntura)
principalmente em LR3, KI6, SP6, ST36 ou 44, BL60 ou 62, LU7, P6, TE5, LI4, SI3, pontos de dor
local.
Sem informação sobre os acupunturistas
Foi alcançado o DeChi?: sem informação
Número de sessões de tratamento: 12 sessões de 20 a 30 minutos cada
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: placebo 3 cm distante dos pontos verdadeiros.
Resultados
Método para medida do resultado: diário?, apenas dados do acompanhamento apresentados
Razões dos entrevistados: 16/20 (acup) vs. 3/20 (placebo)
Freqüência: 81% (acup) vs. 25% (placebo) redução
Intensidade: 39% (acup) vs. 8% placebo) redução
Duração: não mencionada
Medicação: não relatada
Anotações
Conclusão do autor: PuTens significativamente melhor
Conclusão dos revisores: PuTens significativamente melhor
Comentários: falta de detalhes na apresentação torna uma avaliação da qualidade do estudo quase
impossível – dúvidas parecem justificadas.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Heydenreich 1989b
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: não cego
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: linha de base 8 semanas; 3 a 4 meses de tratamento; 8 meses de
acompanhamento
pontuações de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-1-0-0-0
Avaliação do acupunturista: exatamente da mesma maneira/90%
Participantes
Número de participantes incluídos/analisados: 150?/150?
Condição: enxaqueca
Demográficos: idade media de 39 anos; 84% mulheres
Local: departamento neurológico de pacientes externos, hospital universitário, Alemanha Oriental
Tempo desde o começo das dores de cabeça: média de 15 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura (grupo 1): agulhas em principalmente LR3, KI6, SP6, ST36 ou 44, BL60 ou 62,
35
LU7, P6, TE5, LI4, SI3 e pontos dolorosos locais (acup)
Pontos de acupuntura (grupo 2): estimulação nervosa transcutânea nos mesmos pontos (Pu-Tens)
Sem informação sobre os acupunturistas
Foi alcançado o DeChi (grupo 1)?: sem informação
Número de sessões de tratamento: 12 a 16 sessões (duração das sessões imprecisa)
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: iprazocrom e dihidroergotocinmesilate por 3 a 6 meses
Resultados
Método de medida do resultado: impreciso
Razões dos entrevistados: 38/50 (acup) vs. 42/50 (Pu-Tens) vs. 10/50 (grupo de medicação)
Freqüência: redução em 80% (acup) vs. 76% (Pu-Tens) vs. 38% (grupo de medicação)
Intensidade: redução em 45% (acup) vs. 44% (Pu-Tens) vs. 15% (grupo de medicação)
Duração: não mencionada
Medicação: redução em 76% (acup) vs. 79% (Pu-Tens) vs. 41% (grupo de medicação)
Anotações
Conclusão do aturo: a acupuntura e o Pu-Tens são significativamente melhores que a medicação
testada
Conclusão dos revisores: a acupuntura e o Pu-Tens são significativamente melhores que a medicação
testada
Comentários: estudo insuficientemente relatado de validade duvidosa; sem informação sobre se houve
alguma perda no acompanhamento; resultados extremamente positivos para a acupuntura e o PuTens.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Ho 1999
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes e terapeutas
Desistências/retiradas: sem informação
Período de observação: linha de base 6 semanas; tratamento 8 semanas; acompanhamento 3 meses
Escalas de qualidade: Jadad: 1-2-0; IVS: 1-0-1-1-0.5-0
Avaliação do acupunturista: exatamente do mesmo modo/85%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 52/52
Condição: enxaqueca (IHS)
Demográficos: idade media de 38 anos; 81% mulheres
Local: departamento de dor de pacientes externos de um hospital universitário na Alemanha
Tempo desde o início das dores de cabeça: média de 18 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: acupuntura laser em pontos escolhidos de acordo com a tradicional medicina
Chinesa
Sem informação sobre os acupunturistas
Número de sessões de tratamento: 8 (15 minutos cada)
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
intervenção controle: acupuntura laser placebo (dispositivo emitindo apenas luz controle)
Resultados
Método de medida do resultado: diário (dados apresentados principalmente como uma razão do
entrevistado por uma análise tempo-séries)
Razões dos entrevistados: após o tratamento 5/25 (acup) vs. 1/27 (placebo); no acompanhamento
9/25 vs. 4/27
36
Sem informações de freqüência, intensidade, duração ou medicação.
Outros: sem efeitos nos parâmetros eletropsicológicos (variação de contingente negativo e
catecolaminas)
Anotações
Conclusão do autor: tendência em favor da acupuntura laser verdadeira
Conclusão dos revisores: tendência em favor da acupuntura laser verdadeira
Comentários: provavelmente rigoroso, mas insuficientemente relatado (apesar da publicação dupla);
sem informação sobre se houve desistências/retiradas.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Johansson 1976
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes, avaliadores
Desistências/retiradas: sem informação
Período de observação: período de observação total de 8 semanas (sem informações adicionais)
Escalas de qualidade: Jadad: 1-1-0; IVS: 1-0-0-0.5-0.5-0
Avaliação do acupunturista: informação insuficiente para uma avaliação
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 33?/33?
Condição: dor de cabeça de tensão
Demográficos: sem informação
Local: escola de medicina, Suíça
Tempo desde o começo das dores de cabeça: sem informação
Intervenções
Pontos de acupuntura: sem informação
Informação sobre o acupunturista: n = 1, 'totalmente treinado e especialista experiente'
Foi alcançado o DeChi?: sem informação
Número de sessões de tratamento: sem informação
Freqüência da sessões de tratamento: sem informação
Intervenção controle: ponto placebo a 1 cm distante dos pontos verdadeiros
Resultados
Método de medida do resultado: impreciso
Sem dados numéricos apresentados
Anotações
Conclusão do autor: a acupuntura verdadeira é estatisticamente superior
Conclusão dos revisores: impossível de avaliar
Comentários: apenas uma apresentação muito curta disponível; detalhes insuficientes torna a extração
e a avaliação impossíveis.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Kubiena 1992
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes
37
Desistências/retiradas: desistência extrema (já mais cedo no ensaio)
Período de observação: linha de base 6 semanas; tratamento 6 semanas; acompanhamento 2 anos
Pontuações de qualidade: Jadad: 2-1-0; IVS: 1-0-0-1-0.5-0
Avaliação do acupunturista: informação insuficiente para uma avaliação
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 30/18 (no final do tratamento)
Condição: enxaqueca (IHS)
Demográficos: idade media de 40 anos; 97% mulheres
Local: clínica de acupuntura de pacientes externos na Áustria
Tempo desde o início das dores de cabeça: > 1 ano
Intervenções
Pontos de acupuntura: 4-5 locais e 4-5 pontos distantes (escolhidos de acordo com a escola de
Vienna)
Informação dos acupunturistas: pelo menos 2 acupunturistas; sem informação adicional
Foi alcançado o DeChi?: sem informação
Número de sessões de tratamento: 10-15
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: pontos 1.5-2 cm distantes dos pontos de acupuntura
Resultados
Método para medida do resultado: diário
Razões dos entrevistados: 3/7 de 15 originalmente randomizados a acupuntura) vs. 4/11 (de 15
originalmente randomizados ao placebo)
Dados de freqüência, intensidade, duração e medicação sem interpretação devido ao alto número de
desistências
Anotações
Conclusão do autor: tendência em favor da acupuntura
Conclusão dos revisores: sem interpretação
Comentários: estudo ambicioso relata sinceramente seus maiores problemas logísticos; sem
interpretação devido aos problema de perda de dados.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Lavies 1998
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes e terapeuta
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: linha de base 6 semanas; tratamento 6 semanas; acompanhamento 6
semanas, então o cross-over
Pontuações de qualidade: Jadad: 2-2-0; IVS: 1-0-0-1-0.5-0
Avaliação dos acupunturistas: informação insuficiente para uma avaliação
Participanets
Número de pacientes incluídos/analisados: 12?/12?
Condição: enxaqueca e/ou dor de cabeça do tipo tensão
Demográficos: sem informação
Local: impreciso, Reino Unido
Tempo desde o início das dores de cabeça: sem informação
Intervenções
Pontos de acupuntura: acupuntura laser (Alfalaser) em LR3, ST36, LI4, GB20
Informação sobre o acupunturista: n = 1
38
Número de sessões de tratamento: 6
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: acupuntura laser placebo nos mesmos pontos
Resultados
Método para avaliação do resultado: diário
Razões doa entrevistados: não mencionadas
Freqüência: dados sem interpretação devido às grande diferenças de linha de base
Sem informação de intensidade, duração ou medicação
Índice de dor de cabeça: sem interpretação devido às grande diferenças de linha de base
Anotações
Conclusão do autor: sem diferença entre a acupuntura laser verdadeira e placebo
Conclusão dos revisores: os resultados sugerem não haver diferenças
Comentários: grande diferenças de linha de base tornam uma interpretação muito difícil; relatos
insuficientes.
Ocultação da alocação
C
Estudo
Lehmann 1991
Métodos
Distribuição: randomizada
ocultação: imprecisa
Cegueira: não cego
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: linha de base 3 meses; tratamento 3 meses; acompanhamento 12 meses
pontuações de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-0-0-0-0
Avaliação do acupunturista: informação insuficiente para uma avaliação
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 63?/63?
Condição: enxaqueca com ou sem aura
Demográficos: idade media de 45 anos; 65% mulheres
Local: impreciso, Alemanha oriental
Tempo desde o início das dores de cabeça: > 10 anos
Intervenções
Acupuntura (grupo 1): acupuntura com agulhas (acup); sem informação dos pontos
Acupuntura (grupo 2): eletroacupuntura (e-acup); sem informação dos pontos
sem informação sobre os acupunturistas
Foi alcançado o DeChi: sem informação
Número de sessões de tratamento: 12 sessões com 20 minutos (acup) de estimulação,
respectivamente 1 minuto por ponto (e-acup)
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: Propanolol 75-150 mg/d
Resultados
Método de medida do resultado: diário
Razão do entrevistado: não mencionada
Freqüência: 7 (acup) vs. 5 (e-acup) vs. 18 (propanolol) dias com dor de cabeça
Intensidade: 54% (acup) vs. 72% (e-acup) vs. 8% (propanolol) redução
Duração: não relatada
Medicação: 78% (acup) vs. 81% (e-acup) vs. < 50% (propanolol) redução
Outros: acupuntura e e-acupuntura significativamente melhores para dias perdidos de trabalho
Anotações
Conclusão do autor: acupuntura significativamente melhor
39
Conclusão dos revisores: acupuntura significativamente melhor
Comentários: estudo relatado insuficientemente com validade questionável (relato inconsistente sobre
os procedimentos em caso de falta de resposta; alegaram resultados extremamente positivos; o
diagnóstico de enxaqueca dificilmente é compatível com uma média de 22 dias por mês com dor de
cabeça; sem relatos das desistências em um estudo durando 18 meses)
Ocultação da alocação
B
Estudo
Loh 1984
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: não cego
Desistências/retiradas: maior probabilidade improvável
Período de observação: 3 meses ( com um cross-over opcional após 3 meses)
Escalas de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-0-0-0-0.5
Avaliação do acupunturista: diferentemente/35%
Participantes
Número
de
pacientes
incluídos/analisados:
55/48
Condição: enxaqueca, dor de cabeça do tipo tensão, ambas as formas misturadas
Demográficos:
idade
media
de
42
anos;
69%
mulheres
Local: departamento de pacientes externos de um hospital no Reino Unido
Tempo desde o início das dores de cabeça: média de 19 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: agulhadas fortes e breves em pontos locais no pescoço e região temporal da
cabeça (GB 20 e 21 em quase todos os pacientes) e pontos distais (freqüentemente incluindo LI4 e
LR3). Mínimo de 6 pontos freqüentemente tratados (não foi permitida medicação profilática para
enxaqueca).
Informação sobre os acupunturistas: n = 2; sem informação adicional
Foi alcançado o DeChi?: sim
Número de sessões de tratamento: sem informação
Freqüência das sessões de tratamento: sem informação
Intervenção controle: medicação individualizada (principalmente propanolol)
Resultados
Método de medida do resultado: diário
Razões dos entrevistados: 8/23 (acup) vs. 4/25 (medicação)
Sem informação sobre freqüência, intensidade, duração ou medicação
Outros: 11/23 pacientes no grupo de acupuntura mudaram par o de medicação após 3 meses,
enquanto que 18/25 pacientes no grupo de medicação mudaram para o de acupuntura.
Anotações
Conclusão do autor: tendência em favor da acupuntura
Conclusão dos revisores: tendência em favor da acupuntura
Comentários: estratégia de escolha da medicação imprecisa; apenas avaliações globais apresentadas;
resposta positiva a acupuntura mais provável em pacientes com pontos dolorosos locais.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Pintov 1997
Métodos
40
Distribuição: provavelmente alternação
Ocultação: provavelmente inadequada
Cegueira: pacientes e enfermeiras coletando questionários
Desistências/retiradas: sem resistências ou retiradas
Período de observação: linha de base 10 semanas; tratamento 10 semanas; acompanhamento 10
semanas
Escalas de qualidade: Jadad: 0-1-1; IVS: 0-0-0-0.5-0.5-1
Avaliação do acupunturista: informação insuficiente par uma avaliação
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 22/22
Condição: enxaqueca (critério de Prensky, sem tratamento profilático)
Demográficos: idade de 7 a 15 anos; 58% mulheres
Local: clínica pediátrica em um centro médico em Israel
Tempo desde o início das dores de cabeça: > 6 meses (critério de inclusão)
Intervenções
Pontos de acupuntura: escolhidos individualmente, três agulhas nas extremidades superiors e três nas
inferiores
Sem informação sobre o acupunturista
Foi alcançado o DeChi?: sem informação
Número de sessões de tapamento: 10
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: agulhas superficiais
Resultados
Método para medida do resultado: diário, apenas valores relatados pós-tratamento
Razões dos entrevistados: não mensuradas
Freqüência: 1.4 +/- 0.6 dias (acup) vs. 9.3 +/- 1.5 dias (placebo)
Intensidade: 3.3 +/- 1.0 (acup) vs. 6.2 +/- 0.4 (placebo) na EAV
Duração: não relatada
Medicação: não relatada
Anotações
Conclusão do autor: a acupuntura é melhor (significativamente)
Conclusão dos revisores: a acupuntura é melhor (significativamente)
Comentários: não realmente randomizado; descrição insuficiente da acupuntura; resultados
extremamente positivos; pequenos desvios padrão preocupam.
Ocultação da alocação
C
Estudo
Shi 2000
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: sem linha de base; 5-6 semanas de tratamento; 6 meses de
acompanhamento
pontuações de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-1-0.5-0-0
Avaliação do acupunturista: similarmente/80%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 34?/34?
Condição: “dor de cabeça crônica”
Demográficos: idade media de 46 anos; 74% mulheres
Local: departamento universitário de pacientes externos, Alemanha
41
Tempo desde o início das dores de cabeça: 5-20 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: escolhidos individualmente de acordo com princípios da medicina tradicional
Chinesa.
Informação sobre o acupunturista: n = 1, qualificado na medicina tradicional Chinesa.
Foi alcançado o DeChi?: sim
Número de sessões de tratamento: 10-12, no máximo. 25 minutos cada
Freqüência das sessões de tratamento: 2/semana
intervenção controle: acupuntura laser placebo (dispositivo desligado)
Resultados
Método de medida do resultado: medida dos pontos
Razão do entrevistado: não mencionada
Freqüência: não mensurada
Intensidade: após o tratamento 3.1 +/- 2.8 (acup) vs. 6.0 +/- 2.0 (placebo); em 6 meses 5.5 +/- 2.2 vs.
6.8 +/- 2.0
Duração: não mensurada
Medicação: em 6 meses admissão regular em 0/17 (acup) vs. 10/17 (placebo) pacientes
Outros: a acupuntura foi melhor para o índice de incapacidade de dor, lista de reclamações e
atividades da vida diária.
Anotações
Conclusão do autor: a acupuntura é melhor (significativamente)
Conclusão dos revisores: a acupuntura é melhor (significativamente)
Comentários: as razões do diagnóstico de dor de cabeça não são relatadas; não foi usado diário; boa
apresentação dos resultados, mas sem apresentação de estatística entre-grupos
Ocultação da alocação
B
Estudo
Tavola 1992
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: imprecisa
Cegueira: pacientes e medico coletor de dados
Desistências/retiradas: nenhuma
Período de observação: linha de base 4 semanas; tratamento 8 semanas; acompanhamento 12 meses
Escalas de qualidade: Jadad: 1-1-1; IVS: 1-0-1-1-1-1
Avaliação do acupunturista: exatamente do mesmo modo/80%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 30/30
Condição: dor de cabeça do tipo tensão (Ad Hoc)
Demográficos: idade media de 33 anos; 87% mulheres
Local: departamento de dor de cabeça de pacientes externos de um hospital universitário na Itália
Tempo desde o início das dores de cabeça: média de 8 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: individualizados de acordo com a tradicional medicina Chinesa, possibilidade
de mudar os pontos
Informação sobre o acupunturista: n = 1
Foi alcançado o DeChi: sim
Número de sessões de tratamento: 8 (20 minutos cada)
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: placebo (pontos de não-acupuntura nas mesmas regiões)
Resultados
42
Método para medida do resultado: diário
Razões dos entrevistados: 13/15 (acup) vs. 9/15 (placebo)
Freqüência: diminuída 44% (acup) vs. 21% (placebo)
Intensidade: não relatada
Duração: não relatada
Medicação: diminuída 58% (acup) vs. 22% (placebo)
Anotações
Conclusão do autor: a acupuntura não é diferente do placebo
Conclusão dos revisores: a acupuntura é melhor (tendência) que o placebo
Comentários: ensaio rigoroso; a acupuntura parece ser claramente melhor em todos os resultados,
mas a maioria das diferenças não são estatisticamente significantes; conclusões surpreendentemente
negativas.
Ocultação da alocação
B
Estudo
Vincent 1989
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: envelopes fechados (informação do autor)
Cegueira: pacientes
Desistências/retiradas: probabilidade pouco provável
Período de observação: linha de base 4 semanas; tratamento 6 semanas; acompanhamento 6
semanas, 4 meses, e 1 ano
Pontuações de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-1-1-0-1
Avaliação do acupunturista: similarmente/75%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 32/30 (6-semanas de acompanhamento)/26 (1-ano de
acompanhamento)
Condição: enxaqueca comum ou clássica
Demográficos: média de 37 anos; 84% mulheres
Local: departamento universitário de pacientes externos, Reino Unido
Tempo de início das dores de cabeça: média de 20 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: pontos clássicos escolhidos individualmente pela sensibilidade; 8 pontos
usados no mesmo local e distância
Sem informação sobre os acupunturista
Foi alcançado o DeChi: sem informação
Número de sessões de tratamento: 6 sessões de 15 minutos cada
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção do grupo controle: apenas agulhas superficiais, 2-3 cm dos pontos clássicos
Resultados
Método de medida de resultado: diário
Razões dos entrevistados (pelo menos 33% de redução da linha de base dos dias de dor de cabeça
vs. últimas 4 semanas de acompanhamento precoce) re-calculados dos dados individuais dos
pacientes: 7/15 (acup) vs. 6/15 (placebo)
Freqüência: 3.7 (acup) vs. 3.5 (placebo) dias livres de dor após o tratamento e 4.3 vs. 4.2 no
acompanhamento.
Intensidade: pontuação de dor 18.8 (acup) vs. 27.9 (placebo) após o tratamento e 15.7 vs. 23.6 no
acompanhamento.
Duração: não relatada
Medicação: pontuação de medicação de 6.7 (acup) vs. 9.1 (placebo) após o tratamento e 6.6 vs. 7.6
no acompanhamento.
43
Anotações
Conclusão do autor: a acupuntura é significativamente melhor
Conclusão dos revisores: a acupuntura é significativamente melhor
Comentários: maior efeito em intensidade, mas sem efeitos relevantes nos dias livres de dor;
credibilidade da cegueira testada; ensaio rigoroso; autor forneceu dados individuais dos pacientes.
Ocultação da alocação
A
Estudo
Weinschütz 1993
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: impreciso
Cegueira: pacientes
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: linha de base 6 semanas; tratamento 8 semanas; acompanhamento de 12
meses
Pontuações de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-0.5-0.5-0-0
Avaliação do acupunturista: exatamente do mesmo modo/95%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 40?/40?
Condição: enxaqueca com ou sem aura (IHS)
Demográficos: idade media de 41 anos; 90% mulheres
Local: departamento de dor de pacientes externos de um hospital universitário, Alemanha Tempo
desde o início das dores de cabeça: média de 18 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: mais de 10 pontos escolhidos de acordo com a localização da dor e
modalidades
Informação sobre o acupunturista: n = 1, experiente e qualificado
Foi alcançado o DeChi: sim
Número de sessões de tratamento: 8 sessões de 15 minutos cada
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: acupuntura placebo (agulha superficial 1-2 cm distante dos pontos verdadeiros)
Resultados
Método de medida do resultado: diário (dados principalmente apresentados como razão avaliada do
entrevistado por uma análise tempo-séries)
Razões do entrevistado: 13/20 (acup) vs. 8/20 (placebo) (principal medida de resultado pré-definida
como número de ataques)
Freqüência: 10/20 (acup) vs. 3/20 (placebo) entrevistado após o tratamento e 13/20 vs. 8/20 no
acompanhamento; reduções médias de 37% vs. 26% (após o tratamento) e 45% vs. 40%
(acompanhamento)
Intensidade: não relatada
Duração: 11/20 (acup) vs. 3/20 (placebo) entrevistados após o tratamento e 11/20 vs. 7/20 no
acompanhamento
Medicação: não relatada
Anotações
Conclusão do autor: tendência em favor da acupuntura
Conclusão dos revisores: tendência em favor da acupuntura
Comentários: provavelmente rigoroso, mas insuficientemente relatado (apesar das múltiplas
publicações); sem informação sobre se houve desistências/retiradas.
Ocultação da alocação
B
44
Estudo
Weinschütz 1994
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: impreciso
Cegueira: pacientes
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: linha de base 6 semanas; tratamento 8 semanas; acompanhamento 12 meses
Escalas de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-0.5-0.5-0-0
Avaliação do acupunturista: exatamente do mesmo modo/95%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 41?/41?
Condição: enxaqueca com ou sem aura (IHS)
Demográficos: idade media de 38 anos; 90% mulheres
Local: departamento de dor de pacientes externos de um hospital universitário, Alemanha
Tempo desde o início das dores de cabeça: média de 18 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: mais de 10 pontos escolhidos de acordo com a localização da dor e
modalidades
Informação sobre o acupunturista: n = 1, experiente e qualificado
Foi alcançado o DeChi?: sim
Número de sessões de tratamento: 8 sessões de 15 minutos cada
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: acupuntura placebo (agulha superficial 1-2 cm distante dos pontos verdadeiros)
Resultados
Método de medida do resultado: diário (dados principalmente apresentados como razão avaliada do
entrevistado por uma análise tempo-séries)
Razões do entrevistado: 15/20 (acup) vs. 8/21 (placebo)
Freqüência: 9/20 (acup) vs. 1/21 (placebo) entrevistado após o tratamento e 15/20 vs. 8/21 no
acompanhamento; reduções médias de 45% vs. 20% (após o tratamento) e 51% vs. 31%
(acompanhamento)
Intensidade: não relatada
Duração: 9/20 (acup) vs. 3/21 (placebo) entrevistados após o tratamento e 11/20 vs. 6/21 no
acompanhamento
Medicação: não relatada
Anotações
Conclusão do autor: a acupuntura é significativamente melhor
Conclusão dos revisores: a acupuntura é significativamente melhor
Comentários: provavelmente rigoroso, mas insuficientemente relatado (apesar das múltiplas
publicações); sem informação sobre se houve desistências/retiradas; replicação de Weinschütz 1993
(com agulhas adicionais nos pontos do pé)
Ocultação da alocação
B
Estudo
White 1996
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: randomização central (chamada telefônica)
Cegueira: pacientes e avaliador
Desistências/retiradas: probabilidade pouco provável
Período de observação: linha de base 3 semanas; tratamento 6 semanas; acompanhamento 3
semanas
45
Escalas de qualidade: Jadad: 2-2-1; IVS: 1-1-0-1-1-0.5
Avaliação do acupunturista: similarmente/25%
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 10/9
Condição: dor de cabeça do tipo tensão (IHS)
Demográficos: idade media de 57 anos; 8 mulheres
Local: impreciso, Reino Unido
Tempo desde o início das dores de cabeça: 32 e 36 anos em média
Intervenções
Pontos de acupuntura: 2 a 6 pontos locais, LI4
Informação do acupunturista: n = 1, GP 'que recentemente fez um curso básico de acupuntura'
Foi alcançado o DeChi: provavelmente na maioria dos casos
Número de sessões de tratamento: 6
Freqüência das sessões de tratamento: 1/semana
Intervenção controle: acupuntura placebo (tubo guia de plástico e bastão de cocktail em 4 regiões do
corpo sem conhecimento dos pontos de acupuntura)
Resultados
Método de medida do resultado: diário com intensidade, duração e medicação. Questões de cegueira
Anotações
Comentários: este estudo piloto metodologicamente rigoroso não é interpretável devido ás diferenças
relevantes de linha de base; mais semanas livres de dor no grupo da acupuntura.
Ocultação da alocação
A
Estudo
Wylie 1997
Métodos
Distribuição: randomizada
Ocultação: impreciso
Cegueira: cuidado pós-tratamento
Desistências/retiradas: impreciso
Período de observação: linha de base 4 semanas; tratamento/acompanhamento imprecisos
Escalas de qualidade: Jadad: 1-0-0; IVS: 1-0-0-0-0-0
Avaliação do acupunturista: informação insuficiente para uma avaliação
Participantes
Número de pacientes incluídos/analisados: 67/?
Condição: 27 enxaquecas ou enxaqueca + dor de cabeça do tipo tensão, 40 dores de cabeça do tipo
tensão (IHS)
Demográficos: idade média de 38 anos; 67% mulheres
Local: departamento de dor de cabeça de pacientes externos, Reino Unido
Tempo desde o início das dores de cabeça: média de 10 anos
Intervenções
Pontos de acupuntura: escolhidos individualmente de acordo com a tradicional medicina Chinesa
Sem informação sobre o acupunturista
Foi alcançado o DeChi: sem informação
Número de sessões de tratamento: 6
Freqüência das sessões de tratamento: impreciso
Intervenção controle: massagem e relaxamento
Resultados
Método de medida do resultado: diário
Razões do entrevistado: não mencionadas
46
Freqüência: número médio de ataques de enxaqueca sofridos 1.7 (acup) vs. 2.7 (controle)
Sem informação de intensidade, duração ou medicação
Índice de dor de cabeça: enxaqueca 9.2 (acup) vs. 19.3 (controle); tipo-tensão 16.8 (acup) vs. 6.2
(controle)
Outros: um número de instrumentos foi usado para identificar fatores psicológicos predisponentes a
resposta (nenhum identificado convincentemente)
Anotações
Conclusão do autor: massagem + relaxamento significativamente melhor
Conclusão dos revisores: os resultados parecem diferir consideravelmente entre os subgrupos: no
enxaqueca, resultados a favor da acupuntura; no dor de cabeça do tipo tensão, massagem +
relaxamento; total, pacientes do massagem e controle tiveram um índice de dor de cabeça
significativamente mais baixo.
Comentários: insuficientemente relatado
Ocultação da alocação
B
DeChi = sensação de irradiação que é dita para indicar uma agulhagem efetiva
Características dos estudos excluídos
Estudo
Razão para exclusão
Airaksinen 1992
Intervenção: estimulação elétrica não necessariamente em pontos de acupuntura (trigger points
miofasciais)
Annal 1992
Intervenção: estimulação nervosa elétrica transcutânea não em pontos de acupuntura
Borglum-Jensen 1979
Métodos: alocação randômica pouco provável
Domzal 1980
Não era um ensaio controlado l
Dong 1994
Intervenção: acupuntura vs. acupuntura
Formisano 1992
Estudo Neurofisiológico
Hansen 1982
Pacientes: condição de dor crônica facial
Johansson 1991
Pacientes: condição de dor facial
Junnilla 1983
Pacientes: estudo incluiu pacientes com várias síndromes de dor crônica, incluindo dor de cabeça;
entretanto, os pacientes com dor de cabeça não estavam apresentados como um subgrupo separado,
mas apenas junto com todos os outros pacientes.
Lenhard 1983
Intervenção: acupuntura + naloxona vs. acupuntura + placebo
Lundeberg 1988
47
Relato de uma série de estudos com ECRs sobre outras síndromes dolorosas; apenas ensaios não
controlados em pacientes com dor de cabeça
Okazaki 1975
Intervenção: acupuntura vs. acupuntura
Pikoff 1989
Pacientes/medidas de resultados: estudo sobre dor de cabeça aguda
Sold-Darseff 1986
Métodos: provavelmente não randomizado, apenas um subgrupo tinha dor de cabeça
Stone 1997
Pacientes: pacientes lesionados (dores de cabeça secundárias)
Tekeoglu 1995
Intervenção: eletroacupuntura vs. sons de eletroacupuntura
Turk 1990
Métodos/intervenção/resultados: método impreciso de alocação/acupuntura vs. Acupuntura
laser/acompanhamento < 4 semanas
Vincent 1990
Métodos/resultados: ensaios múltiplos cross-over caso único nos quais 4 tratamentos verdadeiros e 4
placebos foram dados randomicamente em um período de observação de 8 semanas (portanto,
acompanhamento constante > 4 semanas)
Características dos estudos em andamento
Estudo
CRA dor de cabeça
Nome do ensaio ou título
CRA dor de cabeça = Cuidados rotineiros na Acupuntura de dor de cabeça. Grande estudo sendo
realizado pelo Instituto de Medicina Social, epidemiologia e ciências econômicas. Hospital da
Universidade de Charité, Berlim, Alemanha.
Participantes
> 2000 pacientes com dor de cabeça
Intervenções
Acupuntura e lista de espera como controle
Resultados
Dias de dor de cabeça, qualidade de vida
Data de início
Informação para contato
Dr C. Witt: [email protected]
Anotações
Estado atual: análise dos dados
Estudo
ERA enxaqueca
48
Nome do ensaio ou título
ART enxaqueca = Estudo randomizado de Acupuntura em pacientes com enxaqueca. Protocolo
pubicado por Melchart D, Linde K, Streng A, Reitmayr S, Hoppe A, Brinkhaus B, et al. Estudo
randomizado de Acupuntura (ERA) em pacientes com enxaqueca do tipo tensional – desenho e
protocolo. Forschende Komplementärmedizin unid klassische Naturheilkunde 2003; 10(4):179-84
Participantes
302 pacientes com enxaqueca
Intervenções
Acupuntura, acupuntura mínima e lista de espera como controle
Resultados
Principais desfechos: diferença nos dias com dor de cabeça moderada ou severa entre as avaliações
basais, 9ª e 12ª semana;
Desfechos secundários: crises de enxaqueca, dias com dor de cabeça, dias com medicação,
proporção de resposta ao tratamento, qualidade de vida, incapacidade
Data de início
Março de 2002
Informação para contato
Dr. K. Linde: [email protected]
Anotações
Estado atual: completo e submetido para publicação
Estudo
ERA dor de cabeça tensional
Nome do ensaio ou título
ERA DCT = Estudo randomizado de Acupuntura em pacientes com dor de cabeça tensional.
Protocolo publicado por Melchart D, Linde K, Streng A, Reitmayr S, Hoppe A, Brinkhaus B, et al.
Estudo randomizado de Acupuntura em pacientes com dor de cabeça tensional – desenho e
protocolo. Forschende Komplementärmedizin und klassische Naturheilkunde 2003;10(4):179-84.
Participantes
298 pacientes com dor de cabeça tensional
Intervenções
Acupuntura, acupuntura mínima e lista de espera como controle
Resultados
Principais desfechos: diferença nos dias com dor de cabeça entre as avaliações basais, 9ª e 12ª
semana;
Desfechos secundários: dias com medicação, proporção de resposta ao tratamento, qualidade de
vida, incapacidade
Data de início
Março de 2002
Informação para contato
Dr. K. Linde: [email protected]
Anotações
Estado atual: análise dos dados
Estudo
EAA Enxaqueca
49
Nome do ensaio ou título
EAA Enxaqueca = Estudo alemão de acupuntura na enxaqueca. Informação no estudo publicado por
Molsberger A, Diener HC, Krämer J, et al. GERAC-Akupunktur-Studien - Modellvorhaben zur
Beurteilung der Wirksamkeit. Deutsches Ärzteblatt 2002;99:A1819-24.
Participantes
Objetivo de recrutamento: n=900 pacientes com enxaqueca
Intervenções
Acupuntura, acupuntura placebo, medicação profilática padrão
Resultados
Data de início
Informação para contato
Dr. A. Molsberger: [email protected]
Anotações
Estado atual: recrutamento finalizado; resultados provavelmente disponíveis em 2005
Estudo
EAA Dor de cabeça tensional
Nome do ensaio ou título
EAA Dor de cabeça tensional = Estudo alemão de acupuntura na dor de cabeça tensional.
Informação no estudo publicado por Molsberger A, Diener HC, Krämer J, et al. GERAC-AkupunkturStudien - Modellvorhaben zur Beurteilung der Wirksamkeit. Deutsches Ärzteblatt 2002;99:A1819-24.
Participantes
Objetivo de recrutamento: n=900 pacientes com dor de cabeça tensional
Intervenções
Acupuntura, acupuntura placebo, medicação profilática padrão
Resultados
Data de início
Informação para contato
Dr. A. Molsberger: [email protected]
Anotações
Estado atual: recrutamento interrompido precocemente; resultados provavelmente disponíveis em
2005
Estudo
PA-PTA
Nome do ensaio ou título
PA-CPA = Programa para avaliação dos pacientes tratados com acupuntura – Estudo comparativo
Participantes
120 pacientes com enxaqueca
Intervenções
50
Acupuntura, metoprolol
Resultados
Principais desfechos: diferença nos dias com dor de cabeça moderada ou severa entre as avaliações
basais, 9ª e 12ª semana;
Desfechos secundários: crises de enxaqueca, dias com dor de cabeça, proporção de resposta ao
tratamento, qualidade de vida, incapacidade
Data de início
Outubro de 2002
Informação para contato
Dr. K. Linde: [email protected]
Anotações
Estado atual: recrutamento interrompido precocemente; resultados provavelmente disponíveis em
2005
TABELAS ADICIONAIS
Tabela 01 Avaliação da qualidade metodológica: escala de Jadad
Estudo
Randomização
Dupla-cegueira
Desistências/Retiradas
Pontuação total
Ahonen 1984
1
0
0
1
Baust 1978
1
2
0
3
Carlsson 1990
1
0
1
2
Ceccherelli 1992
1
0
0
1
Doerr-Proske 1985
1
0
51
0
1
Dowson 1985
2
0
0
2
Gao 1999
1
0
0
1
Hansen 1985
1
1
1
3
Henry 1986
1
1
0
3
Hesse 1994
1
1
1
3
Heydenreich 1989a
1
0
0
1
Heydenreich 1989b
1
0
0
1
Ho 1999
1
2
0
3
Johansson 1976
1
1
0
2
Kubiena 1992
2
1
52
0
3
Lavies 1998
2
2
0
4
Lehmann 1991
1
0
0
1
Loh 1984
1
0
0
1
Pintov 1997
0
1
1
2
Shi 2000
1
0
0
1
Tavola 1991
1
1
1
3
Vincent 1989
1
0
0
1
Weinschütz 1993
1
0
0
1
Weinschütz 1994
1
0
0
1
White 1996
2
2
53
1
5
Wylie 1997
1
0
0
1
Tabela 02 Avaliação da qualidade metodológica: escala de validade interna
Estudo
Alocação randomizada
Ocultação
Linha de base comparável
Cegueria do paciente
Cegueira do avaliador
Desistências tratadas
Total
Ahonen 1984
1
0
0.5
0
0
0
1.5
Baust 1978
1
0
0
1
1
0
3
Carlsson 1990
1
0.5
0.5
0
0
0.5
2.5
Ceccherelli 1992
1
0
0.5
1
0
1
3.5
Doerr-Proske 1985
54
1
0
0
0
0
0
1
Dowson 1985
1
0.5
0.5
0.5
0
0.5
3
Gao 1999
1
0
0
0
0
0
1
Hansen 1985
1
0
0.5
1
1
0.5
4
Henry 1986
1
0
1
1
1
0
4
Hesse 1994
1
0
1
0.5
1
0.5
4
Heydenreich 1989a
1
0
1
0
0
0
55
2
Heydenreich 1989b
1
0
1
0
0
0
2
Ho 1999
1
0
1
1
1
0
4
Johansson 1976
1
0
0
0.5
0.5
0
2
Kubiena 1992
1
0
0
1
0.5
0
2.5
Lavies 1998
1
0
0
1
1
0
3
Lehmann 1991
1
0
0
0
0
0
1
Loh 1984
1
0
0
56
0
0
0.5
1.5
Pintov 1997
0
0
0
0.5
0.5
1
2
Shi 2000
1
0
1
0.5
0
0
2.5
Tavola 1992
1
0
1
1
1
1
5
Vincent 1989
1
0
1
1
0
1
4
Weinschütz 1993
1
0
0.5
0.5
0
0
2
Weinschütz 1994
1
0
0.5
0.5
0
0
2
White 1996
57
1
1
0
1
1
0.5
4.5
Wylie 1997
1
0
0
0
0
0
1
Tabela 03 Avaliação da qualidade da acupuntura
Estudo
Como você trataria?
Como tem certeza que a acupuntura é adequada?
Ahonen 1984
similarmente
60%
Baust 1978
similarmente
35%
Carlsson 1990
completamente diferente
10%
Ceccherelli 1992
similarmente
70%
Doerr-Proske 1985
completamente diferente
20%
Dowson 1985
não pôde ser avaliado
não pôde ser avaliado
Gao 1999
exatamente do mesmo modo
95%
Hansen 1985
similarmente
70%
Henry 1986
diferentemente
45%
58
Hesse 1994
completamente diferente
50%
Heydenreich 1989a
não pôde ser avaliado
não pôde ser avaliado
Heydenreich 1989b
exatamente do mesmo modo
90%
Ho 1999
exatamente do mesmo modo
85%
Johansson 1976
não pôde ser avaliado
não pôde ser avaliado
Kubiena 1992
não pôde ser avaliado
não pôde ser avaliado
Lavies 1998
não pôde ser avaliado
não pôde ser avaliado
Lehmann 1991
não pôde ser avaliado
não pôde ser avaliado
Loh 1984
diferentemente
35%
Pintov 1997
não pôde ser avaliado
não pôde ser avaliado
Shi 2000
similarmente
80%
Tavola 1992
exatamente do mesmo modo
80%
Vincent 1989
similarmente
75%
Weinschütz 1993
exatamente do mesmo modo
95%
Weinschütz 1994
exatamente do mesmo modo
95%
59
White 1996
similarmente
25%
Wylie 1997
não pôde ser avaliado
não pôde ser avaliado
Tabela 04 Enxaqueca – intervenções verdadeiras vs. placebo: Resultados para
freqüência e intensidade
Estudo (diagnóstico)
Medida de freqüência
< 2mo (verd. vs placebo)
> 2mo (verd. vs placebo)
Medida de intensidade
< 2mo (verd. vs placebo)
> 2mo (verd. vs placebo)
Contagem de voto
Baust 1978 (Enxaqueca)
ataques
Não apresentado
Não mensurado
Escala análogo visual
Não apresentado
Não mensurado
0
Ceccherelli 1992 (Enxaqueca)
Horas de dor por semana
11 +/- 11 vs. 35 +/- 28
Não mensurado
escala 0-5
Não apresentado
Não mensurado
+2
Dowson 1985 (Enxaqueca)
Pacientes com 33% de redução
11/25 vs. 13/23
Não apresentado
Pacientes com 33% de redução
14/25 vs. 7/23
Não apresentado
0
Hansen 1985 (DCT)
Número de dias livres de dor de cabeça
Não apresentado
Não apresentado
impreciso
Não apresentado
Não mensurado
+2
60
Henry 1986 (Enxaqueca)
Redução de acordo com o neurologista
12/20 vs. 3/10
Não apresentado
Redução de acordo com o neurologista
11/20 vs. 2/10
Não apresentado
+1
Heydenreich 1989a (Enxaqueca)
Pacientes com pelo menos 40% de redução
18/20 vs. 6/20
17/20 vs. 3/20
média % redução comparada a linha de base
Não apresentado
39% vs. 8%
+2
Ho 1999 (Enxaqueca)
média % de redução de dias de dor de cabeça
24% vs. -2%
58% vs. 28%
impreciso
Não apresentado
Não apresentado
+1
Johansson 1976 (DCT)
impreciso
Não apresentado?
Não mensurado?
impreciso
Não apresentado?
Não mensurado
+2
Pintov 1997 (Enxaqueca)
Freqüência de enxaqueca
1.4 +/- 0.6 vs. 9.3 +/- 1.4
Não apresentado
Escala análogo visual
3.3 +/- 1.0 vs. 6.2 +/- 0.4
Não apresentado
+2
Shi 2000 (Misto)
Não mensurado?
Escala de índice numérico
3.1 +/- 2.8 vs. 6.4 +/- 2.0
5.5 +/- 2.2 vs. 6.8 +/- 2.0
+1
Tavola 1992 (DCT)
média % freqüência dos episódios
44% vs. 21%
Não apresentado
Escala de índice numérico
Não relatado
61
Não relatado
+1
Vincent 1989 (Enxaqueca)
diferença vs. linha de base de dias com dor/4 semanas
2.7 +/- 04.8 vs. 0.7 +/- 2.9
4.9 +/- 4.6 vs. 3.4 +/- 2.9
Pontuação média de intensidade
18.8 vs. 27.9
8.0 vs. 25.1
+2
Weinschütz 1993 (Enxaqueca)
média % redução de dias de dor de cabeça
37% vs. 26%
45% vs. 40%
Escala análogo visual
Não apresentado
Não apresentado
+1
Weinschütz 1994 (Enxaqueca)
média % redução de dias de dor de cabeça
45% vs. 20%
51% vs. 31%
Escala análogo visual
Não apresentado
Não apresentado
+2
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Referência para outra versão publicada dessa revisão
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70
GRÁFICOS
Este gráfico é dividido em cinco subcategorias comparando diferentes métodos
de acupuntura cm acupuntura placebo. Devido a heterogeneidade das
intervenções, o resultado final do gráfico não deve ser levado em consideração.
Apenas nas subcategorias 1 e 5 há meta análise (combinação de dois ou mais
estudos). Há significância estatística na subcategoria 1, entretanto, devido a
heterogeneidade estatisticamente significante, a interpretação do resultado
deve ser feito com cautela. Na subcategoria 3, há apenas um estudo, que
quando analisado por OR fixo, nota-se significância estatística. Entretanto,
deve-se observar o pequeno tamanho da amostra e o largo intervalo de
confiança. Vale ressaltar que apesar da subcategoria 5 ter metanálise, não
observa-se diferença estatisticamente significante.
71
Este gráfico é dividido em quatro subcategorias comparando diferentes
métodos de acupuntura com acupuntura placebo. Devido a heterogeneidade
das intervenções, o resultado final do gráfico não deve ser levado em
consideração. Apenas nas subcategorias 1 e 4 há meta análise (combinação
de dois ou mais estudos). Há significância estatística na subcategoria 1,
entretanto, devido a heterogeneidade estatisticamente significante, a
interpretação do resultado deve ser feito com cautela. Em relação a
subcategoria 2, há apenas um estudo, que quando analisado por OR fixo, notase significância estatística. Entretanto, deve-se observar o pequeno tamanho
da amostra e o largo intervalo de confiança. Vale ressaltar que apesar da
subcategoria 4 ter metanálise, não observa-se diferença estatisticamente
significante.
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Este gráfico é dividido em quatro subcategorias comparando diferentes
métodos de acupuntura com acupuntura placebo. Devido a heterogeneidade
das intervenções, o resultado final do gráfico não deve ser levado em
consideração. Apenas na subcategoria 1 há meta análise (combinação de dois
ou mais estudos). Há significância estatística na subcategoria 1. Na
subcategoria 3, há apenas um estudo, que quando analisado por OR fixo, notase significância estatística. Entretanto, deve-se observar o pequeno tamanho
da amostra e o largo intervalo de confiança.
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Modelo de Relatório de Atualização
Data: 21.06.2005
ACUPUNTURA PARA CEFALÉIA
Referência Original: Melchart D, Linde K, Berman B, White A, Vickers A, Allais G,
Brinkhaus B. Acupuncture for idiopathic headache. The Cochrane Database of Systematic
Reviews 2001, Issue 1. Art. No.: CD001218.
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PARECER DOS REVISORES COCHRANE
1. ESTRATÉGIA DE BUSCA
A última busca eletrônica desta revisão foi realizada em 2004, dessa forma foi
necessário realizar uma nova busca nas bases de dados:
LILACS
1.1 Estratégia de Busca para Situação Clínica:
(VASCULAR HEADACHES*) OR
arthralgi* OR arthriti* OR (headache* OR
migraine*) OR neuralgi* OR toothache* OR earache* OR colic* OR (dysmenorrhea
OR dysmenorrhoea) OR metatarsalgi*
1.2 Estratégia de Busca para Intervenção:
PAIN* OR (PAIN-THRESHOLD) OR (PAIN-MEASUREMENT) OR (PAIN-CLINICS)
OR (MYOFASCIAL-PAIN-SYNDROMES*) OR NOCICEPTORS OR ANALGESIA* OR
ANALGESICS* OR HYPERALGESIA OR analgesi* OR (transcutaneous electric*) OR
(nerve stimulation) OR TENS OR acupuncture OR Glossalgi* OR nociceptor* OR
audioanalgesi* OR (electroacupuncture OR electro-acupuncture) OR hyperalgesi* OR
(epidural NEXT anesthe*) OR (epidural NEXT anaesthe*)
1.3 Estratégia de Busca para Tipo de Estudo: Randomized controlled trial OR
Controlled study OR Randomization OR (Double blind procedure) OR (Single blind
procedure) OR (Clinical trial) OR (clinical adj5 trial$) OR (doubl$ or singl$ or tripl$ or
trebl$) OR (blind$ or mask$) OR Placebo$ OR Random$ OR Methodology OR (latin
square) OR crossover OR (cross-over) OR (Crossover Procedure) OR (Drug
comparison) OR (Comparative study) OR (comparative adj5 trial$) OR (control$ OR
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Fone: (55**11) 5575-2970 Fax: (55**11) 5579-0469
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prospectiv$ OR volunteer$) OR (exp Evaluation and Follow Up) OR (Prospective
study)
2 ARTIGOS LOCALIZADOS ATRAVÉS DA ESTRATÉGIA DE BUSCA:
Lilacs – 35 estudos
Pubmed – 16 estudos
2.2 Artigos Incluídos : não foram incluídos novos estudos
2.3 Artigos Excluídos: não foram incluídos novos estudos
2.4 Metanálises de Revisão original com os artigos acrescidos pela atualização:
não foram realizadas novas metanálises por não haver novos estudos incluídos.
3 DISCUSSÃO:
Como não foi incluído nenhum estudo na presente atualização, não acrescentamos
nenhum dado adicional. Apenas deve-se avaliar a presente revisão com cautela, visto
que os estudos incluídos foram de baixa qualidade metodológica com amostra
pequena, portanto possibilidade de viéses não pode ser descartada e qualquer
interpretação, favorável ou não a acupuntura, pode ser espúria.
4 CONCLUSÃO DA EQUIPE DO CENTRO COCHRANE DO BRASIL
4.2 Implicações para a Prática Clínica:
As evidências existentes ainda são insuficientes para recomendar o uso da
acupuntura como tratamento de rotina de cefaléias.
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4.3 Implicações para a Pesquisa Científica
É necessário realização de ensaios clínicos randomizados de boa qualidade e que os
novos estudos utilizem variáveis dicotômicas na análise de resultados e não variáveis
contínuas na análise dos desfechos primários, visto que a interpretação de resultados
expressos a partir de variáveis contínuas são de difícil interpretação. Futuros estudos
devem também dar maior ênfase nos resultados a longo-prazo e na ocorrência de
possíveis efeitos adversos da acupuntura.
A realização de ensaios clínicos randomizados de boa qualidade permitirá
estabelecer taxas de eventos mais confiáveis para realização de análise econômica,
preferencialmente usando indicadores de custos de nosso âmbito.
5. Notas
“Nenhuma observação reportada”
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