laboratório de geociências
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LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS XI- INTEMPERISMO OU METEORIZAÇÃO 1. DEFINIÇÃO: é o conjunto de processos operantes na superfície terrestre (agentes atmosféricos e biológicos), que ocasionam a decomposição das rochas e minerais, formando o manto de intemperismo ou regolito. 2. EROSÃO: é o processo de remoção e transporte do material que constitui o manto do intemperismo. OBS: O intemperismo difere da erosão, por ser um fenômeno de alteração das rochas executado por agentes essencialmente imóveis, enquanto que a erosão é a remoção e transporte de materiais, por meio de agentes móveis (água, vento, etc.) 3. FATORES QUE INFLUENCIAM O INTEMPERISMO 3.1. Tempo: condições temporárias de um local, que se integram no espaço, para formar o clima de uma região. 3.2. Clima: condições gerais e médias da atmosfera. 3.3. Outros Fatores: ventos, temperatura, umidade, evaporação, insolação, atividades biológicas, latitude, topografia, correntes-marítimas, distribuição da água nos dois hemisférios, etc. 4. INTEMPERISMO FÍSICO: destruição das rochas mecanicamente; ocorre em regiões de clima árido, semi-árido, quente e frio. 4.1. Cristalização de sais: em regiões de clima árido ou semi-árido, os sais não são removidos pela água da chuva, visto que o índice de precipitação é baixíssimo e a evaporação é alta. Assim os sais são transportados para a superfície, pelo movimento de iluviação (água sobe dos lençóis freáticos por capilaridade), concentrando os sais na superfície ou nas fendas das rochas. Quando os sais se concentram nas fendas das rochas, e ao cristalizarem aumentam de volume, exercendo uma força expansiva, que aumenta cada vez mais com o crescimento dos cristais, acarretando na desagregação das rochas. Os sais (sulfatos, cloretos, nitratos e carbonatos), quando cristalizam formam as Eflorescências. No estado de Pernambuco ocorrem eflorescências de salitre e nitrato de potássio, que são raspadas e usadas na fabricação de pólvora. As de cloreto de sódio são utilizadas na alimentação do gado. 4.2. Congelação ou Gelividade: a água ao congelar-se expande em 9% seu volume. Assim a água congelada inclusa nas fendas de rochas, exerce uma força expansiva. Este efeito sendo repetitivo acaba quebrando as rochas mecanicamente. É característico de regiões frias. 4.3. Esfoliação Esferoidal: a variação de temperatura diária (durante o dia as rochas dilatam-se com o calor e a noite contraem-se com o frio), acarreta na destruição da rocha. A desagregação dá-se na forma de escamas ou lâminas concêntricas com a superfície (como uma cebola), produzindo blocos arredondados, ou Matacões. 4.4. Marmitamento: a rocha é destruída pelo turbilhar da água, movendo seixos que vão desgastando a rocha, acarretando na formação de orifícios. Quando os orifícios são grandes denominam-se de Caldeirões e os pequenos Marmitas. 4.5. Erosão Antrópica ou Agente Físico-Biológico: a pressão do crescimento das raízes vegetais pode provocar a desagregação das rochas, desde que existam pequenas fendas. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 51 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS 5. INTEMPERISMO QUÍMICO: caracteriza-se pela reação química entre a rocha e soluções aquosas diversas. Estes processos acarretam no desaparecimento de certos minerais, originando a alteração das rochas e conseqüentemente aparecimento de outros minerais, por precipitação de soluções aquosas que contém produtos solúveis, assim como minerais resultantes da alteração dos originais. 5.1. Generalidades: O intemperismo químico é característico de regiões com clima tropical úmido, visto que as reações químicas são mais rápidas, quanto maior for a temperatura e a disponibilidade de água. A água de precipitação atmosférica não é pura, devido aos gases dissolvidos (oxigênio, gás carbônico, nitrogênio, etc.) Ex: O nitrogênio atmosférico sob a ação das descargas elétricas e do oxigênio do ar em dias chuvosos, forma o ácido nitroso e nítrico de ação corrosiva sobre as rochas. 5.2. Fatores que influenciam o Intemperismo Químico: A vegetação, permeabilidade do terreno, declividade, quantidade anual de precipitação, temperatura, etc. 5.3. Tipos de Intemperismo Químico: a) Oxidação: pode ser provocado tanto por agentes orgânicos, quanto inorgânicos; os primeiros são resultantes do metabolismo de bactérias. Os elementos mais suscetíveis de oxidação durante o intemperismo são: Carbono, Nitrogênio, Fósforo, Ferro, Manganês. Os compostos de Enxofre, como os sulfatos, formam o ácido sulfúrico (agente poderosos na decomposição das rochas). A cor dos minerais é modificada, passando pelo amarelo, castanho, laranja e vermelho. Ex: Hematita (Fe2O3) + (H2O) Limonita (Fe2O3 H2O) b) Dissolução ou Carbonatação: o CO2 (gás carbônico) contido na águ forma pequenas quantidades de ácido carbônico, que pode ser proveniente da atmosfera devido à quantidade de poluentes (derivados de combustíveis fósseis), ou originado da respiração das raízes de plantas e da decomposição dos resíduos orgânicos do solo. O ácido carbônico na água, quando atinge os calcários (CaCO3) dissolve-se. Se o CO2 escapar da água o carbonato de cálcio volta a precipitar-se, dando origem às estalactites e estalagmites em cavernas calcárias. CaCO3 Calcita + H2CO3 Ácido Carbônico Ca(HCO3) 2 Bicarbonato de Cálcio Ex: Os buracos de Cajamar, são resultados de dissolução. c) Hidratação: determinados minerais podem adicionar moléculas de água à sua composição, formando novos minerais. Ex.: Anidrida (CaSO4) Gipsita (CaSO4 . H2O) Hematita (Fe2O3) Limonita (Fe2O3 . H2O) Obs: O caso da hematita é também um processo de oxidação. Assim, os minerais têm seus volumes aumentados, diminuindo a coesão e causando a decomposição das rochas. Também neste processo a decomposição pode dar-se na forma de blocos concêntricos hidratados, (como uma cebola), denominando-se de decomposição esferoidal. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 52 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS d) Hidrólise: este processo encontra-se intimamente ligado ao anterior. Pela hidratação, a água faz parte do edifício cristalino. Os íons da água combinam-se com os minerais constituintes da rocha, devido à hidrólise (separação da água nos seus íons), originando novos minerais. O processo ocorre de fora para dentro, gradativamente, ocasionando a remoção de Al2O3 e de SiO2, através de soluções iônicas verdadeiras. Forma-se então, uma película delgada de 0,03 u de espessura constituída por AlO2 e SiO2, na proporção de 1 alumina para 5 de sílica. À medida que a reação progride para o interior, a parte externa vai sendo desfeita, e a espessura da película mantém-se constante. A partir de Si e do Al formam-se novos compostos insolúveis, os minerais de argila. Constituem-se de partículas de tamanho coloidal, quimicamente são hidratados ou hidrosilicatos de Alumínio, Caulim, Montmorilonita, flita, Bentonita etc. Ex: 2KalSi3O8 + Feldspato (ortoclásio) 3H2O Água Al2Si2O5(OH)4 + 2KOH + 4SiO2 Caulim O feldspato sofre decomposição hidrotermal, por hidratação e hidrólise, resultando no mineral de argila (Caulim). Este resultado denomina-se Caulinização. 5.4. Decomposição Químico-Biológica A ação química dos organismos é muito variada. Algas, Líquens e Musgos, quando se fixam em rochas, provocam a formação de uma camada fina de regolito, que com o passar do tempo aumenta, favorecendo a fixação de plantas de maior porte. O húmus, resultado da decomposiçao microbiana e química dis restos orgânicos, origina o ácido húmico, que possui grande poder corrosivo sobre as rochas quando lixiviado. Este tipo de decomposição envolve ainda a oxidação e a dissolução, quando estes processos são de origem orgânica. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 53 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS XII- PEDOLOGIA 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS: a) Pedologia: do grego, pedon = solo ou terreno e logos = conhecimento, que estuda a origem e o desenvolvimento do solo, assim como os processos e fenômeno que nele ocorrem. b) Edafologia: do grego, edafos = chão ou terreno e logos = conhecimento (estudo). Ciência que estuda a camada superficial do solo e a sua capacidade de produção agrícola. c) Solo: último grau de decomposição das rochas. Representa o ambiente natural de crescimento e desenvolvimento das plantas. A extensão, intensidade e grandeza das transformações, dependem da combinação em que os fatores de gênese se encontram. d) Fatores que influenciam na Formação do Solo: clima, organismos, rocha original, relevo, tempo de formação, etc. e) Outros Fatores: • Biostasia: em regiões arborizadas a vegetação atua como fixação da parte insolúvel. Assim existe o equilíbrio entre a cobertura vegetal e os processos de intemperismo. • Resistasia: se a vegetação desaparece, a erosão intensificada leva os produtos residuais, surge então a quebra no equilíbrio entre a cobertura vegetal e os processos de intemperismo. 2. DESCRIÇÃO DO SOLO: 2.1- Perfil do Solo: é o conjunto de horizontes, num corte vertical que vai da superfície até o material que se deu origem ao solo. 2.2. Horizonte: são camadas de aspecto e constituição diferentes, que se sucedem em profundidade, mais ou menos paralelas à superfície, que se formam sob a ação de um conjunto de fenômenos biológicos, físicos 3. MORFOLOGIA DO SOLO: estudo da aparência do solo no meio natural , segundo características visíveis a olho nú. Corresponde à anatomia do solo, sendo a base fundamental de identificação. São: cor, textura, estrutura e consistência. 4. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS: as categorias mais usadas de aordo com a classificaçao americana, são: • • • • Ordem Sub-ordem ou Grande Grupo Família Série 5. ORDEM ZONAL: solos formados sob influência direta do clima, bem desenvolvidos. a) A mesma rocha poderá formar solos diferentes, se decompostos em diferentes climas; b) Rochas diferentes podem formar solos idênticos, quando sujeitos ao mesmo clima. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 54 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS 5.1. Subordem: Latossolo ou Solo Laterítico a) Características: • Coloração vermelha, laranja, amarela ou castanha; • Poroso, profundo, com textura variável; • Envelhecido e estável; • Minerais primários pouco resistentes, assim como o limo, encontram-se ausentes ou em baixa porcentagem; • Teores de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio elevados; • Pequena diferença entre horizontes. b) Clima: forma-se em regiões de clima tropical úmido, de intensa umidade e calor, portanto maior decomposição dos materiais, com pouca erosão; c) Formação: Na época das chuvas a água da superfície lava os horizontes (lixiviação), transportando óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, que são depositados nos horizontes intermediários. Na época da seca, como o solo fica seco, a água sobe por capilaridade, a partir dos lençóis freáticos (iluviação), transportando para cima óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio que são depositados nos mesmos horizontes intermediários, onde se formam as crostas lateríticas ou ferruginosas e a bauxita. d) Vegetação: predomina a floresta tropical e arbustos de trono tortuoso “Cerrado”. e) Utilidade: • Favoráveis à mecanização no cultivo, se forem declives suaves; • Construção de tijolos; • A terra roxa: propícia para a agricultura de cana-de-açúcar, café, algodão e soja. f) Esquema do Solo - Horizonte com restos de vegetais e transição difusa - Horizonte subsuperficial de acúmulo de argila - Horizonte de acúmulo de óxidos de hidróxidos de ferro (formando a Laterita) e alumínio (formando a Bauxita) - Horizonte de consistemte friável - Rocha parcialmente alterada - Rocha original ou matriz 5.2. Subordem: Solo Podzólico a) Características: • Ácido, com baixa fertilidade; • O perfil é bem desenvolvido, com profundidade mediana; • Possui o horizonte “B” de acúmulo de argila; • As cores variam do vermelho ao amarelo Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 55 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS b) Clima: úmido; c) Tipos: Podzólico vermelho-amarelo; Podzólico marrom-acincentado; Podzólico laterítico bruno-avermelhado; Terra-roxa estrutural; d) Vegetação: florestas com árvores de folhas largas; e) Utilidades: • Agricultura, desde que sejam usados corretivos e fertilizantes para diminuir a acidez do solo. • O “Salmourão” (tipo de solo do Rio Grande do Sul), é utilizado na agricultura intensiva, pela retirada da cascalheira e a utilização de corretivos. f) Esquema do solo: - Horizonte A1- Acúmulo de matéria orgânica - Horizonte A2- Transição entre A e B - Horizonte B2- Acúmulo de argila translocada de A e B - Horizonte B3- Transição entre B e C - Rocha Matriz 5.3. Subordem: Solo Podzol a) Características: • Acúmulo de óxidos de ferro e humús no horizonte “B” • Arenoso • Possui um manto espesso de humús e folhas em decomposição no horizonte “O” • As baixas temperaturas, a umidade, favorecem a ocorrência no horizonte “O”, de fungos e bactérias, que produzem condições redutoras; b) Clima: temperado ou frio c) Vegetação: florestas de coníferas (pinheiros) d) Utilidade: exploração de madeira Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 56 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS e) Esquema do solo: - Cobertura vegetal- Presença de Coníferas -Horizontes O1 e O2 – restos orgânicos em decomposição --Horizonte A1 - Horizonte A2 - Horizonte B – acúmulo de húmus e óxidos de ferro translocados do Horizonte A - Horizonte C – arenoso - Rocha Original 5.4. Subordem: Brunizen ou Solo de Pradaria a) Características: • Relativamente raso, não muito intemperizado; • Horizonte “A” escuro, espesso, com acúmulo de matéria orgânica e cálcio. b) Clima: regiões subúmidas c) Tipos: • Chernozem • Loes • Solo castanho • Solo Brunizen-avermelhado d) Vegetação: gramíneas, alguns arbustos esparsos. Estas regiões recebem nomes variados: Pradaria, Campinas, estepes, etc. e) Utilidade: é o melhor solo para a agricultura, devido à fertilidade natural e facilidade de cultivo (especificamente cereais). Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 57 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS f) Esquema do solo: - Cobertura vegetal- Gramíneas - Horizonte A1 rico em restos de vegetais em decomposição e também em Cálcio. - Horizonte B - Rocha original 5.5. Subordem: Solo Bruno-Não-Cálcio a) Características: • Moderadamente raso • Com um horizonte superficial marrom (bruno) • Fica endurecido quando seco b) Clima: regiões semi-áridas, onde as chuvas são escassas e mal distribuídas, o que dificulta a decomposiçao das rochas e conseqüentemente o aprofundamento do solo. A chuva mal distribuída, concentra-se em alguns meses do ano sob a forma de grandes aguaceiros, que provocam a erosão, contribuindo para a pequena profndidade do solo. Ex: Nordeste Brasileiro c) Vegetação: no Nordeste Brasileiro predomina a “caatinga”, formada por arbustos espinhos e cactos. É a região de transição entre florestas e campinas d) Utilidade: pastagens naturais de gado bovino e caprino Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 58 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS e) Esquema do solo: - Vegetação “Caatinga” -Horizonte A – com rocha superficial - Horizonte B – mais argiloso que A - Rocha Matriz 5.6. Subordem: Solo Desértico, Aridissolo ou Yermossolo a) Características: • Solo muito raso, pouco intemperizado • Possui um horizonte superficial geralmente arenoso, pouco espesso, podendo aparecer recoberto por um manto de cascalhos (pavimento desértico), que podem ser ligados- por carbonato de cálcio (CaCO3), formando Calcretes. • No horizonte “B” ocorre a concentração a concentração de carbonato de cálcio (CaCO3), que em alguns casos pode constituir uma camada endurecida, denominada de Caliche. b) Clima: árido, devido à escassez de chuva, a evaporação é muito maior que a precipitação. c) Vegetação: rarefeita, constituída por cactos e pequenos arbustos espinhosos. d) Utilidade: de acordo com os sais que se precipitam, podem ser usados na mineração. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 59 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS e) Esquema do solo: - Vegetação “Cactáceas” - Horizonte A (arenoso) - Horizonte B (arenoso c/ CaCO3) - Concentração de Carbonato de Cálcio “Caliche” - Horizonte arenoso com CaCO3 - Rocha Matriz 5.7. Subordem: Solo de Tundra a) Características: • Ocupam as terras que cercam o oceano Ártico, na Antártica e as partes altas. • Possui um horizonte superficial de acúmulo de matéria-orgânica sem sofrer decomposição. • horizonte “B”, mineral, pouco espesso. • Segue-se um horizonte que permanece sempre congelado, denominado de Permafrost. b) Clima: extremamente frio, onde a temperatura do mês mais quente é inferior a 10º C c) Vegetação: Líquens, musgos, ervas diversas e arbustos de pequeno porte; d) Utilidade: pastagens de renas, caribus e mamíferos Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 60 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS e) Esquema do solo: - Vegetação de Líquens - Camada com restos de vegetais - Horizonte mineral - Camada que permanece sempre congelada “Permafrost” - Rocha Matriz 6. ORDEM INTRAZONAL: solos com características que refletem a influência do relevo local, material de origem, em relação ao efeito produzido pelo clima ou por organismos, assim como também pelo excesso de umidade ou concentração elevada de sais. 6.1. Subordem: Solo Hidromórfico a) Características: • Desenvolve-se sob a influência de lençóis freáticos altos, encontrando-se geralmente saturado de água. • tipo orgânico, forma-se pelo excesso de umidade e acúmulo de vegetais. • tipo inorgânico, possui pouca matéria orgânica. O encharcamento reduz o ferro, tornando o solo acinzentado, e em alguns casos aparecem manchas vermelhas no forizonte “B”, denominado de horizonte Mosqueado. b) Clima: úmido, em áreas de topografia plana, próxima a rios, lagos ou depressões fechadas, onde se formam as Turfas. c) Tipos: • Glei Húmico • Glei pouco Húmico • Planossolo • Podzol Hidromórfico • Laterita Hidromórfico d) Utilidade: • Alguns são usados na agricultura • Depósitos orgânicos (Turfa), são usados como combustíveis, adubos, etc. • Depósitos argilosos cinzentos, são usados em cerâmica. Ex: Argila Tabatinga • Cultivo de arroz Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 61 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS e) Esquema do solo: - Vegetação de Pântano - Horizonte A1- acúmulo de restos de vegetais - Horizonte A2- com restos de vegetais - Horizonte B com concreções ferruginosas “Mosqueado” - Argila com lençol freático 6.2. Subordem: Halomórfico ou Solo Salino a) Características: • Concentração muito alta de sais solúveis, predominando o cloreto de sódio • Ocorre em locais de baixo relevo • Em alguns casos, ocorre uma crosta de sais, na superfície, sendo denominado de Solonchak. • Em outros casos a crosta de sais localiza-se no horizonte “B”, sendo denominado de Solonetz. b) Clima: árido e semi-árido, onde as chuvas são escassas. Ex: Polígono das secas no Nordeste brasileiro. c) Vegetação: escassa, poucas plantas conseguem sobreviver em tão altas concentrações salinas (eflorescências). d) Utilidade: para ser usado na agricultura, é necessário que seja lavado com água doce, através de irrigação e drenagem. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 62 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS e) Esquema do solo: - Horizonte A (arenoso) - Horizonte B, com estrutura colunar e alta concentração de sais “Solonetz” - Rocha Matriz 6.3. Subordem: Grumossolo a) Características: • Possui coloração cinza-escuro • Elevado teor de argila Montmorilonita • Sofre contração e endurecimento quando seco, formando Gretas de Contração • Quando umedecido, fica pegajoso, formando montículos na superfície, denominados de microrelevo Gilgai. b) Clima: com alternância de estação seca e chuvosa c) Tipos: • Vertissolo • Regur • Argila preta tropical • Barro preto • Massapé do nordeste brasileiro d) Utilidade: Pode ser usado na agricultura desde que seja feita a dosagem adequada de umidade. É difícil para a engenharia. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 63 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS e) Esquema do solo: Época de Chuva Época Seca - “Montículos”, microrrelevo Gligai - Fendas fecham com umedecimento - Fendas de Ressecamento ou Gretas de Contração - Material cai da superfície ficando preso forçando o solo para cima - Argila Montmorilonita - Argila montmorilonita seca 7. ORDEM AZONAL: não possuem relação com o clima, são solos jovens. 7.1. Subordem: Litossolo: É raso, possui apenas o horizonte “A”, - que assenta diretamente sobre a rocha original. Geralmente forma-se em rampas muito inclinadas, áreas de relevo montanhoso e ao lado de afloramentos rochosos. - Horizonte A1 - Rocha semi-alterada - Rocha Matriz 7.2. Subordem: Regossolo – Forma-se sobre mantos de intemperismo profundos. É uniforme e muito solto, localiza-se em colinas com declives suaves. A vegetação é variada, desde campos de arbustos até florestas. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 64 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS 7.3. Subordem: Solo Aluvial- Desenvolve-se sobre sedimentos recentes, geralmente de origem fluvial, sendo formado por camadas alternadas. 7.4. Subordem: Cambissolo – Possui as características dos três solos anteriores. Apresenta o início de desenvolvimento do horizonte “B”. É considerado como intermediário entre os poucos e bem desenvolvidos. Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 65 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS XIII- NOÇÕES DE CARTOGRAFIA 1. ESCALAS NUMÉRICAS E GRÁFICAS 1.1. Escalas de mapas A representação total ou parcial da superfície terrestre é feita através de cartas ou mapas topográficos, onde se inclui a aplicação de princípios de escalas. • Escala: é uma relação matemática que indica quantas vezes as dimensões reais do terreno são maiores que as dimensões representadas na carta. Indica quantas vezes a realidade que estamos representando no papel, foi reduzida. Portanto, a escala é o quociente entre as distâncias medidas sobre o mapa e as correspondentes distâncias reais sobre o terreno. a) Escala Numérica: é a forma fracionária de indicação. Os valores são apresentados numa razão (1 / 100.000) ou proporção (1:100.000), onde cada 1 cm do papel equivale a 100.000 cm no terreno, ou seja 1 Km, conforme representação abaixo: 1 Km 0 hm 0 . dam 0 m 0 dm 0 cm b) Escala Gráfica: permite medir as distâncias nos mapas. É uma reta dividida em partes iguais, onde cada divisão corresponde a certo número de metros ou quilômetros, dependendo da escala, mostrando a relação com as dimensões do terreno. Ex.: Escala Numérica: 1:3.000.000 onde cada 1cm equivale a 30 Km, representamos gráficamente da seguinte forma. 1 cm 30 0 30 60 90 Km EXERCÍCIOS 1) Interprete a transforme em unidades de comprimento as escalas abaixo: a - 1:50:000__________________________________________________________________ b - 1:15.000.000 ______________________________________________________________ c - 1:800.000_________________________________________________________________ d - 1:5.000.000_______________________________________________________________ e - 1:75.000__________________________________________________________________ f – 1:1.000 ___________________________________________________________________ g – 1:100.000 ________________________________________________________________ h – 1:500 ____________________________________________________________________ Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 66 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS 2) Construa uma escala gráfica correspondente à escala 1:13 Km, onde cada segmento represente 10 Km. 3) Dada a escala numérica de 1:500.000 construa uma escala gráfica em quilômetros. 4) Dada a escala gráfica abaixo, transforme-a em escala numérica. 1 0 1 2 4 Km Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 67 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS 5) Desenhe uma planta do Laboratório seguindo as seguintes instruções: a) Escala numérica: 1:100 b) Represente na planta a posição exata das portas e janelas. c) As dimensões do Laboratório são: • 5 metros de largura • 10 metros de comprimento • 4 metros de janela • 80 centímetros de porta 6) Desenhe outra planta na escala 1:200, utilizando as mesmas medidas do exercício anterior: Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 68 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS 7) Qual a diferença entre as duas plantas? Qual a escala maior? O que você conclui? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 2. CURVAS DE NÍVEL OU ISÓPACAS: são linhas que unem pontos de mesma altitude, representadas nos mapas topográficos. Fornecem a idéia da conformação altimétrica ou relevo da superfície terrestre. As altitudes dos pontos são chamadas cotas, e é por meio delas que se distiguem as elevações das depressões. As cotas podem ser determinadas através do nível do mar ou qualquer outro nível de referência. • EQÜIDISTÂNCIA: é a distância vertical entre as curvas de nível, em metros. EXERCÍCIOS 1) O que são Curvas de Nível? O que representam? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 69 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS 2) Calcular a Equidistância das Curvas de Nível e traçar os perfis topográficos nas figuras abaixo usando a escala vertical 1:100. a) Equidistância:_____________________ b) Relevo:_______________________ 900 1.300 A Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia B 70 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS B) Utilizando a escala vertical de 1:5000 a) Equidistância: __________________ b) Relevo:_______________________ 1.500 1.100 A Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia B 71 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS C) Utilizando a escala vertical de 1:10.000 a) Equidistância: ______________________ b) Relevo:_____________________ 400 400 100 A Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia B 72 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS D) Utilizando a escala vertical de 1:100.000 a) Equidistância:_____________________ 100 200 300 400 b) Relevo:___________________________ 500 300 200 100 300 400 500 400 300 200 400500 400 300 200 100 Disciplina: Elementos de Mineralogia e Petrologia 73 LABORATÓRIO DE GEOCIÊNCIAS XIV- BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1-ABREU, S.F. 1978. 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