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Bahianest agosto 2010 | 1 Padrão em segurança para fármacos Único sistema de embalagem com: Vaporização por peróxido de hidrogênio 1 + TYVEC® • Não é tóxico • Não polui o meio ambiente • Indicado para materiais termosensíveis 2 | Bahianest agosto AF_An_20,3x27_ilustras.indd 1 2010 5/14/10 5:36 P Editorial BAHIANEST é uma publicação da SAEB Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia em parceria com a COOPANEST-BA- Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas Estado da Bahia. Redação Av. Garibaldi, 1815, Sobreloja, Bloco B, Centro Médico Empresarial, Ondina, Salvador - Bahia. Fone: 71 3247-4333 DIRETORIA Presidente Dr. Marco Aurélio Oliveira Guerra CRM/Ba 11.048 Tivemos um semestre muito proveitoso com vários eventos e assídua participação dos associados. Realizamos o 15º ENAI em Teixeira de Freitas com engajamento da comunidade médica e acadêmica do extremo sul da Bahia, resultando no maior número de participantes dos últimos 10 anos. A SAEB esteve presente apoiando outros eventos como o Curso do Instituto de Anestesia Regional, ABNM - Bloqueio Residual, Monitorização e Reversão, Proteção de Órgãos com Inalatórios e Gas Man. Tudo isso evidencia o quanto os anestesiologistas baianos tem grande interesse em atualização científica. Modernizamos o site da SAEB tornando-o mais prático e acrescentamos novidades como a área de classificados e a revista on-line. A partir de agora, o associado terá acesso a todas as edições atuais e anteriores da Bahianest através do site. No momento estamos empenhados num novo desafio, a realização da 23ª JORBA nos dias 24 e 25 de setembro no Hotel Sauípe Class, no Complexo Costa do Sauípe. Será um evento inovador para o associado e sua família. Contamos com a sua presença! Dr. Marco Aurélio Oliveira Guerra Presidente da SAEB CRM-Ba 11.048 Vice-Presidente Dr. Adhemar Chagas Valverde CRM/Ba 6.055 Secretário Geral Dr. Gilvan da Silva Figueiredo CRM/Ba 12.617 1º Secretário Dr. Hugo Eckener Dantas de Pereira Cardoso CRM/Ba 15.709 1ª Tesoureira Dra. Ana Cláudia Morant Braid CRM/Ba 9.622 2º Tesoureiro Dr. Luiz Alberto Vicente Teixeira CRM/Ba 5.739 Diretor Científico Dr. Márcio Henrique Lopes Barbosa CRM/Ba 11.988 Diretor de Defesa Profissional Dr. Jedson dos Santos Nascimento CRM/Ba 11.927 Prezado Colega, A 23ª Jornada Baiana de Anestesiologia está se aproximando. Nos dias 24 e 25 de setembro, Sauípe será o palco de grandes debates em anestesiologia. A programação científica está envolvente. Convidamos renomados palestrantes e, teremos três importantes cursos durante a jornada. Tudo isso para que você possa trocar experiências e incorporar novos conhecimentos. O destino é Sauípe, na JORBA! Dr. Márcio Henrique Lopes Barbosa Diretor Científico da SAEB CRM/Ba 11.988 www.saeb.org.br Presidente da COOPANEST-BA Dr. Carlos Eduardo Aragão Araujo CRM/Ba 3811 Responsável pela revista: Dr. Marco Aurélio Oliveira Guerra CRM/Ba 11.048 Textos e Edição Cinthya Brandão - Jornalista DRT 2397 www.cinthyabrandao.com.br Designer Gráfico Carlos Vilmar www.carlosvilmar.com.br Fotografias Hitanez Freitas Tiragem 800 exemplares Impressão Cartograf Bahianest agosto 2010 | 3 23ª JORBA em Costa do Sauípe: conhecimento científico no paraíso Comissão Nacional de Acreditação Especialidades: Anestesiologia: 15,0 pontos Medicina Intensiva: 8,0 pontos Nos dias 24 e 25 de setembro, a SAEB – Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia realizará o evento mais importante da especialidade no estado. A 23ª JORBA – Jornada de Anestesiologia do Estado da Bahia acontecerá num local paradisíaco, no Complexo Costa do Sauípe. “Após ouvir a opinião de vários colegas, surgiu uma idéia: porque não fazer um evento onde pudéssemos unir o científico ao lazer? Então a diretoria decidiu fazer a JORBA no Hotel Sauípe Class, para que os associados possam desfrutar de um fim de semana com suas famílias e seus colegas fazendo uma interação entre ambos, já que nossas rotinas tão corridas muitas vezes não permitem que haja essa convivência”, explica o presidente da SAEB, Dr. Marco Guerra. No contrato com o complexo, a SAEB buscou condições diferenciadas de hospedagem para os sócios. “Para tornar o fim de semana proveitoso e acessível, procuramos montar um pacote all inclusive com o passaporte de lazer para que enquanto o associado participe das aulas, sua família desfrute de toda a estrutura que o hotel dispõe. Montamos uma programação cientifica iniciando às 9h e terminando às 16h para que o associado também aproveite com sua família”, acrescenta Dr. Marco. A programação científica também é inovadora, este ano, com os cursos: SAVA (Suporte de Vida Avançado em Anestesia), Ultrassonografia em Anestesia e Monitorizarão Hemodinâmica, além das aulas teóricas com palestrantes competentes de todo o Brasil e um destacado convidado internacional. “Estamos trabalhando com muito afinco para reali4 | Bahianest agosto 2010 zar uma jornada inesquecível. O tema é atualização em perioperatório. Destarte, abordaremos o que é relevante para os anestesiologistas. Ademais, os cursos durante a jornada, frutos de parcerias com a SBA e outras entidades de relevo, proporcionarão educação continuada com qualidade”, ressalta o diretor científico da SAEB, Dr. Márcio Henrique Barbosa. As perspectivas são as melhores possíveis de acordo coma diretoria e comissão organizadora da jornada. “Com uma programação científica de alto padrão e a possibilidade de integração entre as famílias dos associados, acredito que a JORBA terá sucesso nos seus objetivos e resultando num final de semana diferente e agradável”, finaliza Dr. Marco Guerra. Cinthya Brandão Jornalista DRT/Ba 2.397 Programação 24 de setembro (6ª feira) 8h Entrega de material de pré-inscritos Inscrições 9h – 9h50 Painel: Hemotransfusão Coordenador: Dr. Eron Garcia de Santana (Ba) 9h – 9h20 Gatilho transfusional: o que há de novo? Dr. Eron Garcia de Santana (Ba) 9h20 – 9h40 Estratégias alternativas em pacientes que recusam transfusão Dra. Liana Torres de Araújo Azi (Ba) Debate 9h50 – 10h10 Diabetes mellitus – Como conduzir a farmacoterapia no perioperatório? Dr. Marcos Antonio Albuquerque (Se) 10h10 – 10h30 Hipotermia perioperatória não intencional: influência no resultado cirúrgico Dr. Macius Pontes Cerqueira (Ba) 10h30 – 10h50 Coffee-break 10h50 – 11h30 Painel: Obstetrícia Coordenador: Dr. Jedson dos Santos Nascimento 10h50 – 11h10 Alterações fisiológicas na gestante e implicações para a anestesia Dra. Ana Paula Cronemberger (DF) 11h10 – 11h30 Como conduzir a anestesia nas emergências obstétricas Dr. Jedson dos Santos Nascimento (Ba) 11h30 – 11h50 Guidelines em PCR. O que pode mudar? Dr. Márcio Pinho (RJ) 11h50 – 12h10 Betabloqueadores: estratégia clínica e aspectos práticos do uso Dr. Marcius Vinicius Maranhão (Pe) 12h10 – 13h20 Almoço 13h30 – 14h00 Anestesia e medicina perioperatória Dr. Enis Donizetti Silva (SP) 14h – 14h20 Aspectos relevantes na anestesia para o obeso mórbido Dr. Luiz Marcelo Sá Malbouisson (SP) 14h20 – 15h10 Painel: Dor Coordenadora: Dra. Anita Perpétua de Castro 14h20 – 14h40 Bloqueio de nervo periférico – Uma boa opção para otimizar a analgesia pós-operatória? Dr. Antonio Argolo Sampaio Filho (Ba) 14h 40 – 15h00 Hiperalgesia induzida por opióides no centro cirúrgico: como devo manejá-la? Dra. Anita Perpétua de Castro (Ba) Debate 15h10 – 16h Painel: Responsabilidade médica Coordenador: Dr. José Abelardo Garcia de Meneses 15h10 – 15h30 A prática da anestesia e o Novo Código de Ética Médica Dr. José Abelardo Garcia de Meneses (Ba) 15h30 – 15h50 Responsabilidade médica: uma visão jurídica Dr. Iran Furtado (Ba) Debate 18h Sessão Solene 25 de setembro (sábado) 9h – 9h30 Avanços na anestesia para cirurgia torácica Dr. Eduardo Chini (EUA) 9h30 – 10h40 Painel: Monitorização hemodinâmica Coordenador: Dr. Gustavo França (Ba) 9h30 – 9h50 Monitorização minimamente invasiva Dr. Enis Donizetti Silva (SP) 9h50 – 10h10 Monitorização hemodinâmica avançada Dr. Gustavo França (Ba) 10h10 – 10h30 Avaliação hemodinâmica da adequação da volemia Dr. Luiz Marcelo Sá Malbouisson (SP) Debate 10h40 – 11h Coffee-break 11h – 11h20 Impacto do sugamadex no uso dos relaxantes musculares Dr. Edmar José Santos (RJ) 11h20 – 11h40 Anestesia na criança-como minimizar riscos e complicações baseadas em evidências? Dr. Alexandre Vieira Figueiredo (Ba) 11h40 – 12h Anestesia no paciente com TCE Dr. Antonio Carlos Brandão (MG) 12h – 13h30 Almoço 13h30 – 14h40 Painel: Cardiopata em cirurgia não cardíaca Coordenador: Dr. Márcio Henrique Barbosa (Ba) 13h30 – 13h50 Algoritmo para avaliação do cardio pata em cirurgia não cardíaca Dr. Jedson dos Santos Nascimento (Ba) 13h50 – 14h10 Revascularização miocárdica pré-operatória Dr. Márcio Henrique Barbosa (Ba) 14h10 – 14h30 Abordagem ao paciente em uso de antiagregantes plaquetários Dr. Carlos Hohlenwerger Tavares (Ba) Debate 14h40 – 15h Proteção de órgãos no intraoperatório Dra. Alexandra Rezende Assad (RJ) 15h – 15h20 Anestesia venosa total: fundamentos práticos. Dr. Marcos Antonio Albuquerque (Se) 15h20 – 15h40 Equilibrando custo e qualidade em anestesia Dr. Alexandre Goulart Pustilnik (Ba) 15h40 – 16h Fatos sobre o idoso para consideração do anestesiologista Dr. Eduardo Chini (EUA) Bahianest agosto 2010 | 5 SALVAMENTO Ato de coragem e profissionalismo salva vida de homem soterrado O desabamento de um casarão de três andares na noite do dia 17 de julho, em Conceição da Praia, ficará marcado na memória da população baiana e, principalmente, de quem vivenciou o dramático resgate. Elielson dos Santos Oliveira, 40 anos, foi uma das quatro vítimas soterradas. Com o braço esquerdo preso em uma das vigas que sustentava os escombros, ele precisou amputar o membro para conseguir ser salvo com vida. Puxá-lo seria uma tentativa arriscada já que poderiam ocorrer novos desmoronamentos. Elielson ficou debaixo dos escombros durante todo o sábado e a cirurgia, que durou cerca de duas horas, começou por volta das 22h. História teve diversos protagonistas, dentre eles um jovem médico que se dedica a salvar vidas nas mais adversas e inusitadas situações, há 2 anos e 6 meses, no SAMU da Região Metropolitana de Salvador: o anestesiologista em último ano de residência, Dr. Enox de Paiva Júnior, natural de Catolé do Rocha, na Paraíba, formado em 2006 pela Universidade Federal de Campina Grande. Dr. Enox Júnior é um dos integrantes do CET das Obras Sociais Irmã Dulce, coordenado pela Dra. Vera Azevedo. Em entrevista, ele conta como foi a experiência de realizar uma anestesia numa situação de tamanho risco. Bahianest: Como qualifica o momento vivido durante o resgate? Dr. Enox Jr: Uma experiência que envolve 6 | Bahianest agosto 2010 o estudo dos riscos envolvido, pois a equipe do SAMU não estava pensando apenas em Elielson. Nossa preocupação era com a equipe do corpo de bombeiros e do SAMU que já estavam lá há quase 24 horas. A retirada de Elielson com segurança, também garantiu a segurança de todos os profissionais envolvidos no resgate. Bahianest: Qual a técnica utiliza para realizar o bloqueio? Dr. Enox Jr: Inicialmente tentei utilizar a técnica de Vieira modificada. Palpação da 1° costela, progressão com agulha toque na 1° costela com agulha, recuo e administração. O posicionamento da vítima dificultou a abordagem sendo optado pela técnica interescalenica perivascular de winnie. Não me recordo com certeza a duração do procedimento, mas devo ter demorado uns 40 minutos. Com muita sorte consegui parestesia logo na primeira tentativa, não dispunha de estimulador de nervo periférico, e mesmo que tivesse, não sei se conseguiria manipular agulha, seringa e estimulador na posição em que estava. Seguro pelas pernas e ancorado pelo cinto quase de cabeça para baixo. Tive que descer duas vezes ao local. A primeira infiltração com 20 ml de lidocaína 2% com vasoconstrictor forneceu melhora de 80 por cento da dor, segundo Elielson. Não sei se por latência ou por falha, ele referiu dor ao início da desarticulação ao nível do cotovelo esquerdo. A nova infiltração do mesmo volume da mesma solução favoreceu anestesia suficiente para o procedimento. Bahianest: O que contribuiu para o sucesso da ação? Dr. Enox Jr: A preparação da cena pelos colegas do SAMU e pela equipe do corpo de bombeiros foi decisiva. No atendimento pré-hospitalar, só se resgata vítimas se a equipe estiver segura. O mandamento do socorrista é em primeiro, 2° e 3° lugar a segurança da equipe. Outros fatores que contribuíram foi o treinamento fornecido pelo SAMU em resgate vertical (não chamar de rapel) e o treinamento que o CET me ofereceu na prática de bloqueios regionais. Cinthya Brandão Jornalista DRT/Ba 2397 DICA DE LEITURA DICA DE SITE www.perfline.com/livro Este site traz na íntegra uma boa oportunidade de introdução aos conceitos da circulação extracorpórea. Com uma linguagem fácil e tópicos objetivos o livro está em sua segunda edição e pode ser baixado em pdf. Recomendo especialmente aos residentes em anestesiologia com interesse em anestesia cardíaca. www.nysora.com/ Para os admiradores da anestesia regional recomendo o site da escola de anestesia regional de NY. O site traz textos ilustrados e atualizados sobre as diversas técnicas de bloqueio. Traz também suas últimas publicações e vídeos sobre as diversas técnicas de anestesia guiadas por US. Dr. Daniel Adans Wenzinger Médico Anestesiologista CRM-SP 127.016 - CRM-BA 21.732 SER MÉDICO E SER HUMANO Dr. Décio Iandoli Jr. O livro conta, através de várias histórias, a trajetória do seu aprendizado, no que se refere à verdadeira vocação do médico, hoje um tanto apagada pelo tecnicismo e pela industrialização da medicina. Talvez esse livro possa ser capaz de despertar os ideais mais nobres, aqueles que levam as pessoas a escolher as profissões da Área da Saúde, e resgatar o brilho e a empolgação do início de suas formações profissionais. A leitura desta obra é um bálsamo para nossos atribulados dias. Dr. Décio Iandoli Jr. (43 anos) é médico, formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista, no ano de 1987. Especializou-se em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo e é membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia do Aparelho Digestivo (CBCD). Concluiu o Doutorado em Medicina no ano de 1999 pela Universidade Federal Paulista – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM). É professor titular da cadeira de “Fisiologia” dos cursos de Biologia, Fisioterapia e Farmácia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) e ministra a disciplina de “envelhecimento e espiritualidade” no curso de Gerontologia na mesma universidade. Professor doutor do departamento de Cirurgia do Centro Universitário Lusíada – Faculdade de Ciências Médicas de Santos (UNILUS-FCMS). Dra. Cidália Maria Limoeiro de Araújo Auad Médica Anestesiologista CRM/Ba 9640 Bahianest agosto 2010 | 7 15º ENAI atrai público recorde dos últimos 10 anos N o dia 22 de maio, a cidade de Teixeira de Freitas foi palco do 15º ENAI - Encontro de Anestesiologia do Interior da Bahia, que trouxe o Seminário de Medicina Perioperatória e Emergências. O evento foi uma realização da SAEB Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia, em parceria com a Unimed Extremo Sul e a Secretaria Municipal de Saúde de Teixeira de Freitas. A médica Cidália Auad, anestesiologista em Teixeira de Freitas, membro ativo da Saeb e delegada em exercício do Conselho Regional de Medicina, abriu o evento agradecendo aos membros da Saeb, pela oportunidade para realização deste encontro em Teixeira de Freitas. Agradeceu também a participação expressiva da sociedade médica do extremo sul da Bahia, bem como a inscrição de outros profissionais da saúde. Dra. Cidália ressaltou que o evento foi um marco na história da medicina do extremo sul, iniciando uma nova era de atualizações e de inclusão da região no cenário científico da Bahia. Dentre as 105 inscrições encontravam-se médicos de várias especialidades, representando toda região do extremo sul, inclusive de Eunápolis e dos municípios da 9ª DIRES, enfermeiros, estudantes de enfermagem, biomedicina e fisioterapia. Todos participaram com entusiasmo e aproveitamento, atualizando e adquirindo mais conhecimentos no atendimento em emergências médicas durante palestra sobre as no8 | Bahianest agosto 2010 vas diretrizes na ressuscitação cardiopulmonar, com apresentação prática da médica anestesiologista Roseny Rodrigues, em manequim cedido pela FASB. Os temas foram abordados pelos 6 palestrantes, mestres e professores da SAEB, Dr. Hugo Eckener Cardoso, Dr. Jedson Nascimento, Dr. Luciano Garrido, Dr. Márcio Henrique Barbosa, Dra. Roseny Rodrigues e Dra. Vera Lúcia Azevedo, acompanhados do vice-presidente da Saeb, Dr. Adhemar Chagas Valverde e do seu presidente Dr. Marco Guerra, que destacou a importância deste evento para a região do extremo sul, ressalvando o interesse dos profissionais locais por mais conhecimentos e melhores condições de trabalho. Ao final do evento os participantes receberam Certificado da Saeb, com validação para crédito de título e com carga horária de 10 horas para os estudantes. O vice-prefeito Hosmário Ferreira, esteve presente e proferiu palavras de incentivo a este projeto, parabenizando a iniciativa e reforçando a importância de se vencer as distâncias para trazer mais conhecimento à região. Na sexta-feira, 21 de maio, a direção da Saeb reuniu-se com diretores técnicos de hospitais de Teixeira de Freitas e municípios visinhos, quando o Dr. Jedson Nascimento, Dr. Márcio Henrique Barbosa e Dr. Marco Guerra discorreram sobre a importância da consulta pré-anestésica para diminuir o risco cirúrgico e a incidência de suspensão de cirur- Dra. Cidália Auad é homenageada pelo grande apoio ao 15º ENAI. gias após todo preparo do paciente. Foi solicitado para que todos os hospitais da região implantem consultórios de Consulta Pré-anestésica em atendimento às Normas da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, resultando num grande avanço para a medicina do Extremo sul Baiano. Por fim, o presidente Dr. Marco Guerra, em nome da Diretoria da Saeb, convidou Dr. Adhemar Chagas Valverde para entregar uma placa de agradecimento e reconhecimento à médica anestesiologista Cidália Auad com a seguinte descrição: “A Sociedade de Anestesiologia da Bahia presta homenagem à Dra. Cidália Maria Limoeiro de Araújo Auad, por sua dedicação e esmero na organização do 15º ENAI, registrando, com a entrega desta placa, o agradecimento e reconhecimento pelo seu grande trabalho desenvolvido, tornando possível a realização de mais um Encontro de Anestesiologia do Interior da Bahia, neste ano, na cidade de Teixeira de Freitas. Diretoria da SAEB”. Também foram agraciados os patrocinadores e parceiros que tornaram possível o Seminário: Unimed Extremo Sul representada pelo presidente Michel Correia Auad e seus diretores Cláudio Ferreira Chagas e Ronaldo Silva, Secretaria Municipal de Teixeira de Freitas na pessoa do secretário Geraldo Magela, representado pelo Vice-Prefeito Hosmário Ferreira e Laboratório Cristália, presente no evento através do Gerente Distrital, Arnol Brito da Silva Filho e do seu Gerente Regional, Isaias Gonçalves da Silva. Ainda foram lembrados: o Laboratório B. Braun, Hospital São Paulo, Cenarium Eventos, FASB, além da Decoração Rebouças, Pousada Lord, Gil Som, Arte e Festa, e pelas secretárias voluntárias do evento Magna Lima, Tawana Passos e Thalita Alves. Fonte: www.teixeiranews.com.br NÚMERO DE PARTICIPANTES DOS ÚLTIMOS 10 ANOS ANO Nº CIDADE INSCRITOS 2001 6º FEIRA DE SANTANA 91 2002 7º LENCÓIS 42 2003 8º PORTO SEGURO 40 2004 9º VALENÇA 62 2005 10º VITÓRIA DA CONQUISTA 43 2006 11º ITABUNA 24 2007 12º FEIRA DE SANTANA 52 2008 13º VITÓRIA DA CONQUISTA 37 2009 14º GUANAMBI 24 2010 15º TEIXEIRA DE FREITAS 105 “Esta nova abordagem atraiu um grande número de profissionais ao evento, dando a todos a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, participando de debates e aula prática em ressuscitação cardiopulmonar. O momento de troca e aprendizagem aumentou a confraternização entre colegas, incentivando novos encontros científicos. Toda a população sentiu-se homenageada com esta oportunidade de sediar o 15º ENAI e aguarda novos eventos da SAEB.”, Dra. Cidália Auad. “A Unimed extremo sul parabeniza a SAEB pela iniciativa de trazer à nossa região evento científico deste porte. Nosso interesse em propiciar mais oportunidade de atualização aos cooperados nos fez parceiros desta sociedade que disponibilizou seu quadro de professores para ministrar aulas e debater assuntos de grande importância no atendimento em emergência. Diminuindo as distâncias, o 15º ENAI trouxe da capital incentivo à educação continuada, que, muitas vezes, falta no interior dos estados.”, Michel Correia Auad, presidente da Unimed Extremo Sul. “O segredo do sucesso do ENAI foi a inovação. Procuramos fazer algumas alterações para tornar o encontro atrativo: pesquisamos o interesse dos anestesiologista, temas importantes - discutimos a medicina perioperatória e urgência, aulas práticas, o trabalho abnegado da Dra.Cidália e a motivação dos palestrantes. Nesse diapasão, posso dizer que o caminho para a criatividade passa pelo hábito de buscar o novo e o diferente, sempre. E o ENAI de Teixeira de Freitas foi diferente.”, Dr. Márcio Henrique Barbosa, diretor científico da SAEB. “Para um evento como esse ter um resultado tão positivo não há “fórmula secreta”. O que precisamos é de trabalho, engajamento, temas que sejam do interesse dos envolvidos e divulgação do evento. No caso do ENAI, contamos com o grande apoio de Dra. Cidália, o envolvimento da comunidade médica na escolha dos temas e no formato do encontro além da presença de médicos altamente qualificados como palestrantes.”, Dr. Marco Guerra, presidente da SAEB. “Em qualquer evento o patrocinador espera entre outras coisas uma boa programação científica, no sentido de que possa atrair um bom público, objetivo que neste evento em particular, foi plenamente alcançado conforme mostrado no elevado número de inscritos que marcaram presença, o que para nós da Cristália possibilitou a oportunidade de vários e importantes contatos”, Isaias Gonçalves da Silva, gerente regional da Cristália. Bahianest agosto 2010 | 9 ARTIGO CIENTÍFICO Estratégia de controle glicêmico no paciente crítico: parceira ou vilã? A reposta do organismo a uma situação ameaçadora à homeostase foi descrita pela primeira vez em 1936 por Hans Selye que a denominou de Síndrome de Adaptação Geral (SAG) e a dividiu didaticamente em três fases interdependentes – Alarme, Estresse contínuo e Exaustão. Naquela época, o pesquisador sugeria a mobilização de glicose pelo fígado como uma resposta inerente à primeira fase desta síndrome e necessária ao restabelecimento da homeostasia. Atualmente, sabemos que a hiperglicemia é um achado comum em pacientes críticos, podendo acometer até 70% dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva. Estes desenvolvem uma resposta neuroimunometabóloca ao estresse, responsável pela liberação aumentada de hormônios contra-regulatórios à ação da insulina (glucagon, hormônio do crescimento, catecolaminas e glicocorticóides) e citocinas inflamatórias (IL-1, IL-6 e TNF-α). Assim, o estado hormonal gerado, favorece a elevação e manutenção destes níveis glicêmicos por promover glicogenólise, gliconeogênese e resistência periférica à insulina; e, ainda, perpetra uma alteração no metabolismo dos carboidratos. Além disso, outros fatores colaboram para a elevada prevalência deste estado em pacientes críticos: o uso prévio de anestésicos inalatórios pode propiciar a diminuição da secreção de insulina; a utilização de drogas vasoativas e fontes de glicose exógenas; nutrição enteral e parenteral; além de outros fármacos e 10 | Bahianest agosto 2010 a restrição ao leito interferindo no metabolismo glicídico. Até o final dos anos 1990, acreditava-se que o aumento da glicemia relacionado à injúria era oriundo de uma resposta adaptativa e não deletéria, devendo a glicemia permanecer em nível alto o suficiente para maximizar a captação de glicose pela célula sem, entretanto, causar um estado hiperosmolar. Assim, convencionalmente só eram tratados pacientes com níveis glicêmicos acima de 215 mg/dL. Entretanto, parece que estávamos equivocados. Estudos posteriores apontaram para um possível efeito negativo da manutenção de níveis glicêmicos elevado no desfecho de pacientes críticos. O estudo DIGAMI (Diabetes and Insulin-Glucose Infusion in Acute Myocardial Infarction), por exemplo, em 1995 já sugeria que a hiperglicemia à admissão hospitalar estava relacionada à piores resultados em pacientes diabéticos, com infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC). A hiperglicemia e a liberação aumentada de ácido graxos livres, pela demanda metabólica aumentada, elevam o consumo de oxigênio no cenário de um IAM ou AVC, podendo aumentar a área de isquemia. Outrossim, predispõe a uma diminuição da função imunológica, aumento da resposta inflamatória e adesividade plaquetária, distúrbios eletrolíticos, disfunção endoltelial e diurese osmótica; influenciando, assim, negativamente no desfecho do tratamento destes indivíduos. Experimentalmente, a utilização de insulina para controle glicêmico apresenta efeitos antiinflamatórios. A insulina suprime vias reguladas pelo fator nuclear kappa beta (NFkB), inibindo a produção de TNF-alfa, fator inibitório da migração de macrófagos e geração de superóxido. Em pacientes, o controle glicêmico reduziu a proteína C reativa e a TNF-alfa (importantes mediadores inflamatórios). Reconhecendo, deste modo, o potencial efeito deletério da hiperglicemia aguda, a sua associação com piores resultados em pacientes críticos e o provável efeito salutar que a insulina exerce suprimindo a transcrição de fatores pró-inflamatórios, imaginamos que o controle estrito destes episódios de elevação glicêmica com a infusão contínua de insulina seja benéfico – e que influencie positivamente o resultado no cuidado do paciente crítico! Ledo engano – talvez! A despeito do resultado obtido pela Dra. Greet Van den Berghe e colaboradores - em 2001, em um estudo prospectivo e randomizado, envolvendo 1548 pacientes internados em uma UTI cirúrgica que, entre outras coisas, demonstrou a diminuição da mortalidade em 34% dos pacientes tratados com controle intensivo dos valores glicêmicos (Alvo variando entre 80-110 mg/dL) -, os estudos adicionais não conseguiram validá-lo de maneira contundente ou, então, não conseguiram extrapolar este resultado para a população de pacientes não cirúrgicos. Ao contrário, estudos recentes apontam para uma maior incidência de eventos adversos, hipoglicemia e mortalidade entre a população submetida ao controle intensivo da glicemia. Recentemente (Abril, 2009), o resultado do NICE-SUGAR (Normoglycemia in Intensive Care Evaluation and Survival Using Glucose Algorithm Regulation) - um estudo multicêntrico, multinacional, randomizado, envolvendo 6104 pacientes, dos quais 35% haviam sido admitidos à unidade após procedimentos cirúrgicos eletivos ou de emergência – mostrou não haver diferença na mortalidade em 90 dias, no número de dias de internamento em UTI e até a alta hospitalar, na necessidade de ventilação mecânica ou terapia de substituição renal entre os pacientes tratados agressivamente (Glicose: 81 -108 mg/dL) e os tratados convencionalmete (Glicose: 144 -180 mg/dL). E, ainda, observou um aumento da mortalidade no grupo de tratamento intensivo (27,5% x 24,9%: OR= 1,14). Antes dele, dois grandes ensaios (o VISEP e o GLUCONTROL) foram interrompidos precocemente devido aos episódios de hipoglicemia. Todavia, as técnicas de coleta e os dispositivos utilizados atualmente para mensurar os valores de glicose sanguíneos podem estar implicados nos episódios de hipoglicemia iatrogênica. A hipoglicemia promove uma resposta compensatória ao estresse e é uma grave ameaça à homeostase. Níveis persistentemente baixos de glicose levam á disfunção celular irreversível, apoptose celular, falência orgânica múltipla e óbito. Entretanto, os sinais de episódios hipoglicêmicos e a resposta fisiológica do organismo a estes episódios podem estar diminuídos, ou ausentes, em pacientes críticos e, então, associar-se a conseqüências deletérias relacionadas ao aumento da mortalidade nessa população. Porém, para nós anestesiologistas, isto não significa que esta terapêutica poderá ser totalmente abandonada e que quaisquer níveis de glicemia serão aceitáveis para os nossos pacientes. Apesar de inúmeros estudos abordando este assunto já terem sido concluídos, observase que a heterogeneidade das populações estudadas, dos alvos de glicemia toleradas e dos protocolos de mensuração e controle destas deixaram muitas perguntas. A utilização de insulina está freqüentemente associada aos eventos hipoglicêmicos na prática médica, sendo esta uma das cinco drogas mais comumente relacionadas á erros de importância clínica nos EUA. Atualmente, muitos especialistas em terapia intensiva e no manejo do paciente crítico permanecem incertos a respeito das estratégias de controle glicêmico. Parece- lhes equivocada a alternativa sugerida pelo estudo de Leuven (Dra Greet Van der Berghe) de manutenção de valores de glicose <110 mg/dL e de qual população se beneficiaria de uma estratégia menos rigorosa (Glicose: 140-180 mg/dL). Estratégia de controle glicêmico no paciente crítico: parceira ou vilã? Esperamos que os estudos atualmente em andamento possam encontrar essa resposta. Dr. Luís Maurício Freitas Médico Anestesiologista CRM 18.679 Referências: 1. Griesdale DE, de Souza RJ, van Dam RM, Heyland DK, Cook DJ, Malhotra A, Dhaliwal R, Henderson WR, Chittock DR, Finfer S, Talmor D. Intensive insulin therapy and mortality among critically ill patients: a meta-analysis including NICESUGAR study data. CMAJ 2009;180:821–7 2. Umpierrez GE, Isaacs SD, Bazargan N, You X, Thaler LM, Kitabchi AE. Hyperglycemia: an independent marker of inhospital mortality in patients with undiagnosed diabetes. J Clin Endocrinol Metab 2002;87:978–82 3. Gandhi GY, Nuttall GA, Abel MD, Mullany CJ, Schaff HV, O’Brien PC, Johnson MG, Williams AR, Cutshall SM, Mundy LM, Rizza RA, McMahon MM. Intensive intraoperative insulin therapy versus conventional glucose management during cardiac surgery: a randomized trial. Ann Intern Med 2007;146: 233–43 4. Van den Berghe G, Wouters P, Weekers F, Verwaest C, Bruyninckx F, Schetz M, Vlasselaers D, Ferdinande P, Lauwers P, Bouillon R. Intensive insulin therapy in the critically ill patients. N Engl J Med 2001;345:1359–67 ton R, Potter J, Robinson BG, Ronco JJ. Intensive versus conventional glucose control in critically ill 5. Shamsuddin A, Paul GB, Silvio EI. Scientific Principles and Clinical Implications of Perioperative Glucose Regulation and Control. Anesth Analg 2010; 110: 478-497 8. Dluhy RG, McMahon GT. Intensive Glycemic Control in the ACCORD 6. Gandhi GY, Murad HM, Flynn DN, Erwin PJ, Cavalcante AB, Nielsen HB, Capes SE, Thorlund K, Montori VM, Devereaux PJ. Effect of Perioperative Insulin Infusion on Surgical Morbidity and Mortality: Systematic Review and Meta-analysis of Randomized Trials. Mayo Clin Proc 2008; 83(4): 418430 7. Finfer S, Chittock DR, Su SY, Blair D, Foster D, Dhingra V, Bellomo R, Cook D, Dodek P, Henderson WR, Hebert PC, Heritier S, Heyland DK, McArthur C, McDonald E, Mitchell I, Myburgh JA, Nor- patients. N Engl J Med 2009;360:1283–97 and ADVANCE Trials. 2008;358;24:1630-1633 N Engl J Med 9. Skyler JS, Bergenstal R, Bonow RO, Buse J, Deedwania P, Gale EA, Howard BV, Kirkman MS, Kosiborod M, Reaven P, Sherwin RS. Intensive glycemic control and the prevention of cardiovascular events: implications of the ACCORD, ADVANCE, and VA diabetes trials: a position statement of the American Diabetes Association and a scientific statement of the American College of Cardiology Foundation and the American Heart Association. Circulation 2009;119:351–7 Bahianest agosto 2010 | 11 DEIXARAM SAUDADES Dr. Eduardo Lins Ferreira de Araujo Filho Anestesiologista Nascido a 03 de agosto de 1921, na capital baiana, filho do Professor Eduardo Lins Ferreira de Araujo e de Beatriz Marques de Araujo, foi o segundo filho de três irmãos: Helga, Eduardo e Rubens. Teve as suas primeiras letras ensinadas por sua mãe e, posteriormente, na Escola Jesus Maria José, e o seu curso secundário no Colégio Antonio Vieira que ficava em frente a sua casa no Garcia 82, e nele viveu a sua juventude, pois quando não estava a estudar, participava dos campeonatos de futebol que era um de seus esportes preferidos, cultivando-o até quando a saúde não o impediu, nos babas do Clube dos Médicos aos sábados à tarde. Além do futebol praticou o remo na Ribeira, nos quadros do Esporte Clube Vitória que era seu time de coração. Em 1940, entrou na Faculdade de Medicina da Bahia, quando prestou o seu Concurso vestibular, e obteve a classificação em primeiro lugar. Lá concluiu o seu curso médico e dela guardava várias recordações. Em 1944, trabalhou como interno da Cadeira de Clínica Propedêutica Cirúrgica, e foi iniciado como todos naqueles tempos se orientavam para as especialidades cirúrgicas, a pulso e a contra gosto na realização de anestesias gerais. Por necessidade e por obrigação tornou-se íntimo das máscaras de Ombredane e Yankhauer e de outros dispositivos utilizados para administração de anestésicos inalatórios. O basofórmio, o clorofórmio e o cloreto de etila passaram a fazer parte da sua respiração e certamente foram os agentes indutores da futura especialização. Em 1945, após a sua formatura na turma Adriano Pondé, foi em busca de mais conhecimentos num centro maior, pois faltavam equipamentos, e tudo aquilo que os livros já indicavam, à épo12 | Bahianest agosto 2010 ca e, sobretudo, à experiência de uma especialidade que estava nascendo e se afirmando no meio médico, pois ainda muito seria necessário para a responsabilidade de ato tão complexo como a anestesia geral. Foi apresentado a um colega da força expedicionária brasileira, o Dr. José Monteiro que o convidou para acompanhá-lo no Hospital das Clinicas da USP, em cujo Serviço de Anestesia trabalhava, e neste convívio cultivou grandes amizades de quem sempre se recordava com carinho: Kentaro Takaoka, Alberto Caputo, Varela e a figura para ele inesquecível de Gil Soares Bairão. Terminado o estágio, na época não existia ainda residência médica, teve que retornar a Salvador, pois o dinheiro acabou e o pouco que restava mal dava para comprar e pagar as prestações de um aparelho de anestesia, um jogo de laringoscópio, cal sodada, ciclopropano, protóxido de azoto e dois cilindros de oxigênio. Em Salvador fez os seus primeiros contatos e começou a prestar serviços inicialmente gratuitos, a cirurgiões da época no Hospital Santa Izabel, e na Maternidade Climério de Oliveira, transportando o material e todo o equipamento, inclusive drogas e o próprio oxigênio. Usando o “carro de praça”, pois na época não possuía ainda carro e não existia “TAXI”. Em 1954 já eram 17 especialistas em Salvador e, juntamente com aqueles pioneiros da anestesia baiana atentos à necessidade gregária da especialidade ao perigo de desagregação e do aviltamento da especialidade que lhes queriam impor os IAP’S, fundou o SAS – Serviço de Anestesia de Salvador Ltda, em 16 de outubro de 1954, sendo então o seu primeiro presidente. Em seguida veio a fundação da SAB – Sociedade de Anestesia da Bahia de que também foi presidente na gestão 1955 que se tornou a SAEB – Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia. Da consciência dessa importância de união nasceu em 1948 e consolidou-se o movimento associativo da anestesiologia nacional simbolizado pela nossa organização maior a SBA – Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Destacou-se pela sua extraordinária capacidade de organizar e pela incessante disposição de luta. Participou da organização de todos os congressos realizados na Bahia até 1995, pois a esta época a idade e a saúde já o tinha afastado das atividades profissionais embora se manifestasse atento a leitura dos periódicos nacionais, e regionais das entidades médicas. Foi sócio da ABM e AMB por vários anos até o seu jubilamento. Podemos destacar a sua atuação na AR – Assembléia de Representantes realizada no Congresso Brasileiro de Anestesiologia em 1962, quando ficaram definidos os valores a quantificar os honorários dos anestesiologistas aliandose com Paulo Legerini, do Rio Grande do Sul e outros valentes companheiros, conquistado através da edição da famosa Resolução 062/63 do Departamento Nacional de Previdência Social, pleito que recompensou por vários anos o trabalho realizado pelos anestesiologistas. Até a criação da tabela da AMB e do INAMPS. Participou de muitos movimentos da SBA, em 1969; no mais rigoroso domínio da farda, se alinhou com os anestesiologistas do Rio Grande do Sul e em seguida aos do Pará em movimento de paralisação, pleiteando recomposição de perdas decorrentes do desrespeito já em andamento desde aquela época por uma remuneração digna do nosso trabalho. Eram tempos de mares agitados, pairavam nos ares sensações de medo e insegurança, não havia ambiente para reivindicações litigiosas com órgãos do governo. Contido pela cautela dos mais jovens numa inversão das situações habituais de vida lhe restou apenas apoiar o movimento. No seu trabalho privado pertenceu a CAS – Clínica de Anestesia de Salvador atuando nos Hospitais Português, Hospital Espanhol e IBOPC locais que guardava grandes recordações de convívio com os colegas. Em 1977 ao realizar-se em Salvador a primeira JONNA foi nela agraciado com o titulo de sócio honorário da SAEB – Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia. Em 2004 participou das comemorações dos 50 anos da SAEB recebendo a medalha dos ex-presidentes, acredito que foi uma das suas últimas participações associativas. Em 1987 a dinâmica social, com as suas leis inexoráveis, lançou faíscas na nossa comunidade de trabalho e o SAS que dirigiu por 30 anos deu lugar a COPAS e posteriormente a COOPANEST-BA – Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia da qual foi também seu fundador. Deixando em seus quadros dois anestesiologistas, um filho e um neto. Não podemos deixar de referir o seu papel de professor de microbiologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, que veio a se aposentar quando da transferência da Faculdade de Medicina do Terreiro. Ainda continuou lecionando na UFBA, no Departamento de Biologia a cadeira de Zoologia por vários anos apaixonado que foi pela vida marinha, tendo uma união muito afetiva com o mar, seja nos seus estudos de biologia marinha, nos dias contemplativos de veraneio em Mar Grande, na determinação das regatas de Itapagipe ou na sutileza do seu pincel ao fixar na tela de suas marinhas, a poesia e a beleza que o nosso mar é capaz de transmitir. Sua personalidade marcante, não teria por certo tantas realizações se não tivesse ao seu lado uma mulher, com quem se casou em 22 de dezembro de 1947, RUBRIA, serena e determinada, com capacidade de compreender e amar, características do seu perfil de esposa, mãe, avó, e bisavó. Com quem partilhou a sua vida enquanto esteve ao seu lado. Faleceu em 25 de julho de 2010 aos 88 anos. Deixando uma família com seis filhos, onze netos, e cinco bisnetos inspirados por princípios morais construtivos e orientados para o amor, e a construção de um mundo melhor. Por, Dr. Carlos Eduardo Aragão Araujo CREMEB 3811 Presidente da COOPANEST-BA Dr. Walter Vianna – uma vida dedicada à anestesiologia baiana Um dos precursores da anestesiologia baiana, Walter Vianna (TSA-SBA) faleceu no dia 28 de abril de 2010 na cidade de Salvador. Walter nasceu em Juazeiro, no norte do estado, no dia 07 de dezembro de 1922. Filho de família abastada e de grande influência política do sertão baiano, região do rio São Francisco, dois dos seus ascendentes próximos foram governadores da Bahia, no entanto, Walter Vianna foi pessoa modesta e de fácil convivência, avesso a ostentação e honrarias, mais interessado em SER do que TER, sempre bem humorado, e pronto para servir onde o seu concurso fosse necessário. Fez os seus primeiros estudos na cidade natal e veio posteriormente para Salvador, onde cursou o ginasial e o colegial; ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal onde graduação em 1946. Concluído o curso de medicina, dedicou-se ao estudo da anestesiologia, fez estágio no Hospital Moncorvo Filho, na cidade do Rio de Janeiro. Retornou à Salvador e assumiu o cargo de assistente em uma das cadeiras de clínica cirúrgica do Hospital das Clínicas da FMUFBA, passando a che- fiar o serviço de anestesiologia. Foi estagiário, em 1952, do JOHN HOPKINS HOSPITAL – BALTIMORE MEDICAL COLLEGE OF VIRGINIA – RICHMOND, USA, como bolsista do CNPQ - Conselho Nacional de Pesquisa. Ao retornar à Faculdade de Medicina da UFBA, exerceu o cargo de Professor Adjunto, responsável pela formação de várias gerações de anestesiologistas. Fundador da Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia (SAEB), em 1953, Walter Vianna fez parte da primeira diretoria como Diretor Científico e exerceu o cargo de presidente de 1963 a 1965, cuja administração foi marcada por diversos eventos científicos. Diretor da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, em 1966, honrou a Regional da Bahia pela sua competência e serenidade nas decisões da entidade maior da especialidade. Walter Vianna tinha fome de saber. De formação clínica primorosa, viveu para ensinar e aprender. Não satisfeito com a sua vasta cultura médica, resolveu estudar odontologia e graduouse pela Faculdade de Odontologia da UFBA em 1969. Durante a sua trajetória acadêmica publicou diversos trabalhos científicos, participou de várias bancas examinadoras de concursos e foi conferencista em inúmeros congressos e jornadas. Ao longo de sua vida profissional foi fundador de quase todas as organizações relacionadas com a especialidade em nossa capital, a exemplo do Serviço de Anestesia de Salvador (SAS), Clínica de Anestesia de Salvador (CAS) e Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia (COOPANESTBA). Além disso, trabalhou em quase todos os hospitais de Salvador, embora sua maior dedicação tenha sido ao Hospital da Beneficência Portuguesa, o qual lhe conferiu o título de Sócio Honorário pelos relevantes serviços prestados à instituição. Walter deixa viúva a competente e dedicada enfermeira Suzani Costa Vianna, que lhe conferiu dignidade nos seus momentos finais. Deixa também os filhos Valéria, Walter Filho, Marcos e os netos Felipe, Lucas e Maria Eduarda. Dr. Altamirando Santana, Presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, 1982. CRM/BA 1863 Bahianest agosto 2010 | 13 FIQUE POR DENTRO Médicos não praticam cartel, defendem entidades A partir de denún¬cias de planos de saúde, a SDE man¬tém o entendimento de que os médicos, ao se “juntarem em bloco para impor uma tabela de honorários, impossibilitam a con¬corrência entre pres¬tadores de serviços e elevam os custos para as operadoras e consumidores”. go. “Argumentamos que os médicos não pre¬tendem cartelizar nem impor tabela. Dis-semos que não há nenhum sistema de reajuste para os mé¬dicos, como existe para outras classes de trabalhadores, pois as empresas não aceitam acordo, não aceitam cláusula contratual de repasse aos médicos e blo¬queiam qualquer ne¬gociação”. O jurídico do CFM defende que a CBHPM é nomrati¬va e referencial, não impositiva. Por par¬te da SDE, segundo Florisval, houve pelo menos um avanço no entendimento de que os médicos po-dem se organizar para negociar, aceita-se a negociação através de entidade médica, associação ou grupo de médicos, o que dá maior equilíbrio em relação à concepção anterior, de que a ne¬gociação deveria ser individual entre médi¬co e operadora. Na avaliação de Flo¬risval Meinão, membro da COMSU e diretor da AMB, o encontro foi positivo, pois reabriu o diálo- A SDE abriu recente¬mente processos ad-ministrativos contra a União Nacional das Instituições de Auto¬gestão (Uni- Membros da COM¬SU, juntamente com o departamento jurídico do CFM, estiveram no dia 24 de março reuni¬dos com técnicos da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. A SDE mais o Con¬selho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda são encarregados de zelar pela defesa da concorrência no Brasil. das), refe¬rentes a negociações de preço no Amazo¬nas, Espírito Santo e Distrito Federal. De acordo com a SDE, a Unidas faz negocia¬ções em bloco, em nome de suas filiadas, para a contratação de prestadores de servi¬ços médicoshospita¬lares nestas regiões. Para a SDE, a atuação concertada da Unidas impede a concretiza¬ção das vantagens de um mercado compe¬titivo, eliminando as possibilidades de ne¬gociações individuais entre operadoras e prestadores de servi¬ços e a consequente possibilidade de con¬tratação sob condi¬ções variadas. Essa medida con¬tra as operadoras demonstra que quem tem muito mais poder econômico e capa¬cidade de atuar em forma de cartel são os planos de saúde, não os médicos. Fonte: Boletim da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU) - Abril/2010 PLS 276: reajuste anual dos honorários pode virar lei Após mobilização da Comissão Nacional de Saúde Suplemen¬tar (COMSU) e da Co-missão de Assuntos Políticos (CAP), que reúne representantes das entidades mé¬dicas nacionais, foi aprovado no dia 10 de fevereiro de 2010, na Comissão de Assun¬tos Sociais do Senado Federal, o substitutivo do senador Augusto Botelho (PT-RR) ao Projeto de Lei do Se¬nado (PLS) 276/2004, de autoria da Senado¬ra Lucia Vânia (PSDB-GO). O PLS 276 altera a Lei dos Planos de Saúde (Lei 9656/98) ao tornar obrigató¬ria a existência de contratos firmados entre as operadoras e os médicos pres¬tadores de serviços. O substitutivo apro¬vado contém emen¬da apresentada pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que prevê a periodi¬cidade anual do rea¬juste a ser repassado aos honorários médi¬cos. De acordo com a emenda, os planos de saúde devem pro¬mover o reajuste no prazo de 90 dias após o início de cada ano. Caso o prazo não seja cumprido caberá à ANS definir o reajuste a ser repassado aos médicos. O projeto contempla, assim, o PL3466/04, já aprova¬do na Câmara Federal, que instituiu a CBHPM na saúde supementar. A aprovação na Co¬missão de Assuntos Sociais do Senado teve caráter terminati¬vo e, como não houve recurso em Plenário, no dia 13 de março o Senado Federal reme¬teu o PLS 276 para a apreciação da Câma¬ra dos Deputados. Fonte: Boletim da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU) - Abril/2010 Receita Federal aperta o cerco contra os contribuintes 1. O QUE SERÁ CRUZADO: Todos devem começar a acertar a sua situação com o leão, pois neste ano o fisco começa a cruzar mais informações e no máximo em dois anos eles vão cruzar tudo. As informações que envolvam o CPF ou CNPJ serão cruzadas on-line com: • CARTÓRIOS: Checar os Bens imóveis - terrenos, casas, aptos, sítios, construções; 14 | Bahianest agosto 2010 • DETRANS: Registro de propriedade de veículos, motos, barcos, jet-skis e etc.; • BANCOS: Cartões de crédito, débito, aplicações, movimentações, financiamentos; EMPRESAS EM GERAL: Além das operações já rastreadas (Folha de pagamentos, FGTS, INSS, IRR-F e etc), passam a ser cruzadas as operações de compra e venda de mercadorias e Serviços em geral, incluídos os básicos (luz, água, telefone, saúde), bem como os financiamentos em geral. Tudo através da Nota Fiscal Paulista, Nota Fiscal Eletrônica e Nota Fiscal Digital. TUDO ISSO NOS ÂMBITOS MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL, amarrando pessoa física e pessoa jurídica através destes cruzamentos e o pior, podem FISCALIZAR OS ÚLTIMOS 5 ANOS !!! 2. MODERNIDADE DO SISTEMA: Este sistema é um dos mais modernos e eficientes já construídos no mun- do e logo estará operando por inteiro!!! Só para se ter uma idéia, as operações relacionadas com cartão de crédito e débito foram cruzadas em um pequeno grupo de empresas varejistas no fim do ano passado, e a grande maioria deles sofreram autuações enormes, pois as informações fornecidas pelas operadoras de cartões ao fisco (que são obrigados a entregar a movimentação), não coincidiram com as declaradas pelos lojistas. Este cruzamento das informações deve, em breve, se estender o número muito maior de contribuintes, pois o resultado foi “muito lucrativo” para o governo. 3. Foco nas empresas do SIMPLES: Sua empresa é optante pelo SIMPLES? Veja esta curiosidade inquietante: TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO REAL: Maioria das empresas de grande porte. Representam apenas 6% das empresas do Brasil e são responsáveis por 85% de toda arrecadação nacional; TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO: Maioria das empresas de pequeno e médio porte. Representa 24% das empresas do Brasil e são responsáveis por 9% de toda arrecadação nacional; TRIBUTAÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL: 70% das empresas do Brasil e respondem por apenas 6% de toda arrecadação nacional. OU SEJA, é nas empresas do SIMPLES que o FISCO vai focar seus esforços, pois é nela onde se concentra a maior parte da informalidade, leia-se, sonegação!!! 4. INFORMALIDADE DEVERÁ DIMINUIR: Acredita-se que muito em breve, a prática da informalidade tende a diminuir muito!!! A recomendação é de que as empresas devem se esforçar cada vez mais no sentido de ir acertando os detalhes que faltam para minimizar problemas com o FISCO. 5. Supercomputador T-REX e Sistema Harpia: FISCO APERTA O CONTROLE DOS CONTRIBUINTES. A Receita Federal passou a contar com o T-Rex, um supercomputador que leva o nome do devastador Tiranossauro Rex, e o software Harpia, ave de rapina mais poderosa do país, que teria até a capacidade de aprender com o “comportamento” dos contri- buintes para detectar irregularidades. O programa vai integrar as secretarias estaduais da Fazenda, instituições financeiras, administradoras de cartões de crédito e os cartórios. 6. DIMOF: Com fundamento na Lei Complementar nº 105/2001 e em outros atos normativos, o órgão arrecadador-fiscalizador apressou-se em publicar a Instrução Normativa RFB nº 811/2008, criando a Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (DIMOF), pela qual as instituições financeiras têm de informar a movimentação de pessoas físicas, se a mesma superar a ínfima quantia de R$ 5.000,00 no semestre, e das pessoas jurídicas, se a movimentação superar a bagatela de R$ 10.000,00 no semestre. A primeira DIMOF foi apresentada em 15 de dezembro de 2008. 7. Declaração do Imposto de renda já pronta pelo Fisco previamente: IMPORTANTE: O acompanhamento e controle da vida fiscal dos indivíduos e das empresas ficarão tão aperfeiçoados que a Receita Federal passará a oferecer a declaração de Imposto de renda já pronta, para validação do contribuinte, o que poderá ocorrer já daqui a dois anos. 8. Primeira etapa já iniciada em 2008, 37.000 contribuintes: Apenas para a primeira etapa da chamada Estratégia Nacional de Atuação da fiscalização da Receita Federal para o ano de 2008 foi estabelecida a meta de fiscalização de 37 mil contribuintes, pessoas físicas e jurídicas, selecionados com base em análise da CPMF, segundo publicado em órgãos da mídia de grande circulação. 9. Criação do Sistema Nacional de Informações Patrimoniais do contribuinte: O projeto prevê, também, a criação de um sistema nacional de informações patrimoniais dos contribuintes, que poderá ser gerenciado pela Receita Federal e integrado ao Banco Central, DETRAN, e outros órgãos. juiz a decretação instantânea, por meio eletrônico, da indisponibilidade de dinheiro ou Bens do contribuinte submetido a processo de execução fiscal. 11. Revisão procedimentos e controles contábeis: Tendo em vista esse arsenal, que vem sendo continuamente reforçado para aumentar o poder dos órgãos fazendários, recomenda-se que o contribuinte promova revisão dos procedimentos e controles contábeis e fiscais praticados nos últimos cinco anos. 12. A Receita está trabalhando mesmo. Hoje a Receita Federal tem diversos meios (controles) para acompanhar a movimentação financeira das pessoas. Além da DIMOF, temos a DIRPF, DIRPJ, DACON. DCTF, DITR, DIPI, DIRF, RAIS, DIMOB, etc. etc.. Ou seja, são várias fontes de informações. 13. Testes do sistema há já dois anos: Esse sistema HARPIA, já estava em teste há 2 dois anos, e agora está trabalhando pra valer. Com a entrada em vigor da nota fiscal eletrônica e do SPED, que vai começar pra valer em 2009, ai é que a situação vai piorar, ou melhor, melhorar a arrecadação. Todo cuidado é pouco: A partir de agora todos devem ter controle de todos os gastos no ano e verificar se os rendimentos ou outras fontes são suficientes para comprovar os pagamentos, além das demais preocupações, como lançar corretamente as receitas, bens, etc. OBSERVAÇÕES: As Hárpias são seres mitológicos gregos. São três monstros, representados com cabeça de mulher e corpo de ave de rapina. Segundo a tradição antiga, costumavam pousar nas casas de quem estava para morrer e ser levado aos Infernos! Chama muito a atenção que, em grego, hárpias significa LADRAS! São as provedoras de almas para o Inferno! Ladras de almas! Depois do LEÃO, as HÁRPIAS e o TIRANOSSAURO REX! Fonte: Sindcont 10. Penhora on line: Para completar, já foi aprovado um instrumento de penhora on line das contas correntes. Por força do artigo 655-A, incorporado ao CPC pela Lei 11382/2006, poderá requerer ao Bahianest agosto 2010 | 15 16 | Bahianest agosto 2010
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