A IMPORTÂNCIA DA METROLOGIA NO SISTEMA DE GESTÃO DA
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A IMPORTÂNCIA DA METROLOGIA NO SISTEMA DE GESTÃO DA
A IMPORTÂNCIA DA METROLOGIA NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE ESTE MATERIAL É EXCLUSIVO PARA USO EM TREINAMENTOS / CURSOS DA ESTATICA. CÓPIAS SOMENTE COM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR. METROLOGIA “Ciência da medição e suas aplicações.” NOTA: A metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que seja a incerteza de medição e o campo de aplicação. (VIM 2009 – 2.2) CALIBRAÇÃO “Operação que estabelece, numa primeira etapa e sob condições especificadas, uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma relação visando à obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação.” NOTA: Convém não confundir a calibração com o ajuste de um sistema de medição, freqüentemente denominado de maneira imprópria de “autocalibração”, nem com a verificação da calibração. (VIM 2009 – 2.39) CALIBRAÇÃO CURIOSIDADE: VOCÊ SABIA QUE O TERMO “AFERIÇÃO” FOI ABOLIDO DO VOCABULÁRIO METROLÓGICO DESDE A EDIÇÃO ANTERIOR DO VIM (VOCABULÁRIO INTERNACIONAL DE METROLOGIA) EM 1995? Tal medida foi adotada, para evitar a ambigüidade entre a atividade de calibração de um instrumento e a de verificação periódica que é realizada pelos institutos de metrologia legal de cada estado (IPEM ou IMETRO). Anteriormente os institutos usavam o termo “AFERIDO” nas etiquetas afixadas nos instrumentos, o que gerava esta confusão! ASSIM, O TERMO “AFERIÇÃO” ESTÁ AJUSTE Ajuste de um sistema de medição: “Conjunto de operações efetuadas em um sistema de medição, de modo que ele forneça indicações prescritas correspondentes a determinados valores de uma grandeza a ser medida.” NOTA: O ajuste de um sistema de medição não deve ser confundido com calibração, a qual é um pré-requisito para o ajuste. • (VIM 2009 – 3.11) POR QUE CALIBRAR? a) Garantir a confiabilidade dos resultados obtidos; b) Prevenir / evitar reclamações dos clientes; c) Melhorar a qualidade do produto / serviço; d) Atender a legislação metrológica vigente; e) Certificar sua empresa em uma norma de gestão; f) Garantir a segurança de determinados produtos / setores críticos ao consumidor final; AS NORMAS ISO: As normas da ISO sejam elas para sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001:2008), laboratórios de calibração e ensaio (ISO 17025:2005) ou ambiental (ISO 14001:2004), estabelecem em ao menos um de seus capítulos o “Controle de equipamentos de medição e monitoramento.”. Nosso enfoque se dará à partir da ABNT NBR ISO 9001:2008. NBR ISO 9001:2008: 7.6 Controle de equipamento de monitoramento e medição “A organização deve determinar o monitoramento e a medição a serem realizados e o equipamento de monitoramento e medição necessário para fornecer evidências da conformidade do produto com os requisitos determinados.” Todo o processo produtivo deve ser monitorado, desde seu início até o expedição do produto. Assim deve haver um plano de controle conhecido como plano de calibração. NBR ISO 9001:2008: NBR ISO 9001:2008: NBR ISO 9001:2008: • No plano de calibração devem constar no mínimo as seguintes informações: • • • • • • • • • • Nº Metrológico (Identificação do instrumento) Descrição Modelo Nº Série Fabricante Faixa de Indicação (Escala) Menor Divisão (Resolução) Faixa de Uso Critério de Aceitação Última e Próxima Calibração • Nota: Dados adicionais podem constar, como: tolerância do processo, endereço, função, freqüência de calibração, procedimento e outros que julgar necessário.. Nº METROLÓGICO É uma forma empregada para identificação dos instrumentos cadastrados no plano de calibração. Geralmente, criam-se códigos alfanuméricos, para diferenciar também os tipos de instrumentos e utilizam-se números após as letras para agregar uma seqüencia de instrumentos. Ex.: “BL” para balança, “CT” para controlador, “PQ” para paquímetro, “MC” para micrômetro, etc. Assim se tivermos 20 paquímetros a numeração ficará: PQ 001, PQ 002, ..., PQ 019 e PQ 020. O número metrológico não pode ser utilizado mais de uma vez. Ou seja, caso o instrumento esteja danificado, o número morre e deve ser utilizado outro número em seu lugar. Nº METROLÓGICO EXEMPLOS: Nº METROLÓGICO NBR ISO 9001:2008: “A organização deve estabelecer processos para assegurar que o monitoramento e a medição possam ser realizados e sejam executados de maneira consistente com os requisitos de monitoramento e medição.” As medições devem ser efetuadas com equipamentos adequados que atendam o processo e por colaboradores habilitados para tal. NBR ISO 9001:2008: “Quando necessário para assegurar equipamento de medição deve: resultados válidos, o a) ser calibrado ou verificado, ou ambos, antes do uso, contra padrões de medição rastreáveis a padrões de medição internacionais ou nacionais; quando esse padrão não existir, a base usada para calibração ou verificação deve ser registrada, b) ajustado ou reajustado, quando necessário, NBR ISO 9001:2008: c) ter identificação para determinar sua situação da calibração, Ver status da calibração STATUS Identificação da situação de calibração de um equipamento. Nesta geralmente constam: nome da empresa executante, número do certificado, data da última e data da próxima calibração e número metrológico. NBR ISO 9001:2008: d) ser protegido contra ajustes que invalidariam o resultado da medição, e Lacrado em seus pontos de ajuste e) ser protegido contra dano e deterioração durante o manuseio, manutenção e armazenamento. Os colaboradores devem ser treinados para manusear o item. LACRE É a forma empregada para prevenir a adulteração da calibração por pessoas não autorizadas. O lacre pode ser feito com etiqueta autocolante, tinta ou sinete de plástico com arame trançado. NOTA: Uma vez que o lacre foi adulterado / rompido, o instrumento deverá ser recalibrado!!! NBR ISO 9001:2008: “Adicionalmente, a organização deve avaliar e registrar a validade dos resultados de medições anteriores quando constatar que o equipamento não está conforme com os requisitos. A organização deve tomar ação apropriada no equipamento e em qualquer produto afetado.” Se o resultado obtido na calibração estiver fora do critério de aceitação estabelecido no plano abrir um relatório de não conformidade e traçar plano de ação! NBR ISO 9001:2008: NBR ISO 9001:2008: “Quando programa de computador for usado no monitoramento e medição de requisitos especificados, deve ser confirmada a capacidade para atender à aplicação pretendida. Isto deve ser feito antes do uso inicial e reconfirmado, se necessário.” Nota: A confirmação da capacidade do programa de computador para atender à aplicação pretendida incluiria, tipicamente, sua verificação e gestão da configuração para manter sua adequação ao uso. Todo e qualquer software empregado para gerar um resultado seja ele para coleta de dados diretamente no instrumento ou tratamento de dados (inserção manual) deve ser validado antes do uso e/ou sempre que houver uma alteração. RASTREABILIDADE: Propriedade de um resultado de medição pela qual tal resultado pode ser relacionado a uma referência através de uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada uma contribuindo para a incerteza de medição. (Vim 2009, 2.41) Ex.: Nacionais: INMETRO, RBC, RBLE. Internacionais: UKAS, DKD, IAJapan, A2LA, etc. Maiores detalhes ver documento DOQ-CGCRE-007 (INMETRO) RASTREABILIDADE: RASTREABILIDADE: No Brasil, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) é o provedor de rastreabilidades dos padrões do BIPM (Bureal International of Poinds and Measures) e detentor do poder de acreditação de laboratórios da rede nacional de metrologia (RBC) e ensaios (RBLE). Além do organismo nacional de metrologia, cada país possui uma rede nacional de laboratórios acreditados para calibração e ensaio segundo a norma ISO 17025:2005. Os laboratórios que integram estas redes são assim avaliados pelo organismo nacional de metrologia que comprova sua competência técnica para realização das calibrações e/ou ensaios constantes no escopo acreditado. RASTREABILIDADE: RASTREABILIDADE: RASTREABILIDADE: RASTREABILIDADE: Assim, se a calibração de seu instrumento for realizada por uma empresa acreditada (RBC), a mesma não precisa fornecer cópia dos padrões rastreáveis para esta calibração, pois já foram avaliados e aceitos pelo INMETRO! Caso você opte por serviços de uma empresa que não é integrante da RBC, esta deverá fornecer as cópias dos padrões que a mesma utilizou na calibração, e os mesmos devem ter sido calibrados por um laboratório integrante da RBC, pelo INMETRO ou um organismo internacional reconhecido pelo INMETRO. RASTREABILIDADE: RASTREABILIDADE: CERTIFICADO: O certificado de calibração / relatório de medição deve possuir no mínimo as seguintes informações: • • • • • • • • • • • • • • • Um título “Certificado de Calibração” ou “Relatório de Medição”; Local onde a calibração / medição foi realizada; Número do “Certificado de Calibração” ou “Relatório de Medição”; Nome e endereço do cliente; Número da página e número total de páginas; Descrição das características e identificação do instrumento; Procedimento de calibração / medição utilizado; Data de realização da calibração / medição; Padrões utilizados (Com a validade, Nº Certificado e quem executou a calibração); Resultados obtidos antes e após ajuste (quando aplicável); Unidade das medidas; Condições ambientais; Incerteza da medição; A declaração: “Este certificado é valido somente para o instrumento em questão, não sendo aplicado à quaisquer outros, mesmo que similares. A xxxxxxxxxxxx autoriza a reprodução deste certificado, desde que de forma integral e sem alteração do conteúdo original.”; Assinatura do Signatário Autorizado (Responsável Técnico). CERTIFICADO: CERTIFICADO: CERTIFICADO: CERTIFICADO: QUALIFICAÇÃO: O fornecedor de calibração deve ser avaliado por meio dos seguintes requisitos: a) Deve possuir todos os seus padrões calibrados por organismos nacionais ou internacionais reconhecidos (INMETRO, RBC, RBLE, NIST, DKD, UKAS, etc); b) Deve possuir procedimento de calibração de cada item que executa; c) Os técnicos devem ser treinados para execução da atividade; d) Seus padrões devem estar protegidos contra danos, adulteração e manuseio incorreto (Lacre); e) Exigir que o fornecedor fixe lacre salva guarda, identificação e status da calibração em seus instrumentos; f) É recomendável também que o fornecedor tenha no mínimo uma política de tratamento de não conformidades e reclamações. Obs.: Um laboratório acreditado (RBC) possui todas as qualificações acima descritas e tal avaliação é realizada pelo INMETRO. CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO: CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO (C.A.)? O critério de aceitação corresponde aos limites máximo e mínimo na qual a somatória do erro / tendência de um equipamento e sua incerteza de medição estão adequados para uso no processo. O critério de aceitação geralmente equivale a uma relação de 1/3 a 1/10 do valor da tolerância do processo. Assim, C.A. = T.P. 3 ou C.A. = T.P. 10 CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO: EXEMPLOS: 1) Em uma usinagem é utilizado um paquímetro de “0 à 200 mm” para medir o comprimento de uma peça que tem como especificação 115,00 mm +/- 0,05 mm. O paquímetro foi calibrado e determinou-se que sua tendência é de + 0,01 mm e a incerteza de medição é de +/- 0,01 mm. Considerando a margem de tolerância (+/- 0,05 mm), o valor para efeito de distribuição ao critério de aceitação será de 0,10 mm. CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO: Levando em conta a regra de definição do critério de aceitação, podemos ter duas situações distintas, sendo: Situação 1: C.A. = T.P. = 0,10 = +/- 0,033 mm 3 3 Situação 2: C.A. = T.P. = 0,10 = +/- 0,01 mm 10 10 CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO: Considerando que o critério de aceitação é a soma da tendência do instrumento com sua incerteza de medição teremos: C.A. = Td + U C.A. = 0,01 + 0,01 C.A. = 0,02 mm Caso a empresa tenha optado por usar a relação de 1/3 do valor da tolerância, então o resultado da calibração do instrumento será: APROVADO! Isto porque 0,02 mm 0,033 mm Caso contrário, ou seja, a empresa tenha optado por usar a relação de 1/10 do valor da tolerância, então o resultado da calibração do instrumento será: REPROVADO! Isto porque 0,02 mm 0,01 mm CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO: EXEMPLOS: 2) Em uma usina de cimento, a especificação da saca de cimento é de 25,00 kg +/- 1% (+/- 0,25 kg). A balança utilizada foi calibrada e apresentou uma tendência de + 0,10 kg e uma incerteza de +/- 0,03 kg. Considerando a margem de tolerância (+/- 0,25 kg), o valor para efeito de distribuição ao critério de aceitação será de 0,50 kg. CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO: Levando em conta a regra de definição do critério de aceitação, podemos ter duas situações distintas, sendo: Situação 1: C.A. = T.P. = 0,50 = +/- 0,167 kg 3 3 Situação 2: C.A. = T.P. = 0,50 = +/- 0,05 kg 10 10 CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO: Considerando que o critério de aceitação é a soma da tendência do instrumento com sua incerteza de medição teremos: C.A. = Td + U C.A. = 0,10 + 0,03 C.A. = 0,13 kg Caso a empresa tenha optado por usar a relação de 1/3 do valor da tolerância, então o resultado da calibração do instrumento será: APROVADO! Isto porque 0,13 kg 0,167 kg Caso contrário, ou seja, a empresa tenha optado por usar a relação de 1/10 do valor da tolerância, então o resultado da calibração do instrumento será: REPROVADO! Isto porque 0,13 kg 0,05 kg QUANDO CALIBRAR? Antes de colocar em uso novos equipamentos Caso desconfie dos resultados apresentados durante a medição Sempre após a realização de manutenção no equipamento Se detectar mau funcionamento, ter ocorrido quedas, sobrecarga ou mau uso Periodicamente em intervalos pré-definidos visando assegurar a qualidade das medições REFERÊNCIAS: VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM 2008). Disponível em www.inmetro.gov.br SI – Sistema Internacional de Unidades. Oitava Edição. 2007. Disponível em www.inmetro.gov.br ABNT NBR ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos. ABNT NBR ISO 10012:2004 – Sistemas de Gestão da Medição – Requisitos para os processos de medição e equipamento de medição. ABNT NBR ISO / IEC 17025:2005 – Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração. RM 71 – ORIENTAÇÕES PARA OBTENÇÃO DE RASTREABILIDADE EM ENSAIOS E CALIBRAÇÃO. Disponível em: http://www.redemetrologica.com.br/ftp/dados/rec/DOC_56.pdf CONTATOS: E-mail: [email protected] [email protected] Site: www.estatica-metrologia.com.br Fone / Fax: (48) 3465-2802 (48) 9149-7557 OBRIGADO PELA ATENÇÃO! BOA NOITE!