Camarim 22 - Cooperativa Paulista de Teatro
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Camarim 22 - Cooperativa Paulista de Teatro
n C a o m txn vA — m c o k m t m f~ j~ ]C o a P £ iv (rm í j Cooperativa mF s J*x JCíjm m . k é iM im g W J C o o r a m v A rT F IC a o m K m A F % ? í Cooperativa ffijS G c o tw a m m m Ê M <%& s m - , ~ m honestidade ÊM mm I tra baiho bom atpnriimpntn .ooperação nossas m e t a S sendo Cum p ridas - OFICINAS ÜS DA COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO llf para profissionais e iniciantes Ilu m in aç ão C ênica - Velhas Idéias, N ovos C onceitos - Guilherme Bonfanti e equipe Socorro, preciso c an tar! (e fa la r...) - Tato Ficher e Alessandra Krauss-Zalaf S tre e t D ance - D ança e A titu d e - Eugênio Lima e equipe In tro d u ç ão a S hakespeare - Martin Cezar Feijó 0 corpo do A to r - Renata Mello m até 18 de dezembro de 2001 - GRÁTIS nform ações e inscrições na COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO Praça Roosevelt 82 - Consolação (11) 3 2 5 8 -7 4 5 7 - w w w .co o p e ra tiv a d e te a tro .c o m .b r Camiwrm i^JxJCocmRAnm g rn iè m «mhsb j w ICcopE&mm f*%?3GcQPM*nm f-T ^ C a o m m m f PAULISTA f DETUAmO PAUUSTA LÓ À yJ M TEA TW PAULISTA id ê t íJ DÜTEATRQ i , I ^ 53IC oopsR A im ffdf PAUUsm íi teàj DCTEAmQ ÜS DESTAQUES Entrevista A arte essencial de Cristiane PaoliQuito. Capa Breve panorama sobre o palhaço em São Paulo. j§ 4 ) > 7 Política Cultural Desinformação e esvaziamento participativo. Direitos do cooperado Discussões sobre a legitimidade do 1SS e da contribuição previdenciária (íNSS). 1 f CAMARIM a X \ . Cooperativa nunca foi tão atuante. Estamos viabilizando projetos e questionando as administrações federal, estadual e municipal. Em nossa interferência ativa na realidade, já conseguimos alguma (re)valorização profissional para nossa categoria, com gestões com os grandes tomadores de serviço e instâncias como o INSS, numa política de revitalização de nossos cachês. As relações de trabalho também melhoraram, ainda que longe de um ponto que consideraríamos ideal, mas já visíveis no respeito crescente por parte da opinião pública em relação a tudo o que vem da Cooperativa. E projetos novos que não param: Oficinas de interesse multidisciplinar; convênios, como com a Secretaria de Educação e o SESCOOP; segurança para o cooperado, com planos de saúde, odontológico, farmacêutico e seguro de vida. São vitórias e conquistas. Políticas. Camarim é uma publicação da Cooperativa Paulista de Teatro - Ano IV - Número 22 - Novembro/Dezembro de 2001 Conselho Editorial: Luiz Amorim e Zernesto Pessoa (Editor - Mtb 19.868/SP). Reportagem: André Corrêa e Luciana Azevedo. Articulistas: Martha Macruz de Sá e Mário Bortolotto. Diagramação: Vania Melo/Velame. Fotolito: Spassus. Impressão: Fazio Gráfica. Colaboraram nesta edição: Alvaro Paez Junqueira, Emílio Gama, Hugo Possolo e Verônica Tamaoki.Capa: Roger Avanzi (Picolino II) em foto de divulgação. Tiragem: 5000 exemplares. Distribuição gratuita. Correspondência para a Camarim deverá ser enviada aos cuidados da Redação, incluindo remetente e telefone para contato. Cooperativa Paulista de Teatro - Praça Roosevelt 82 - Consolação - CEP 01303-020 - São Paulo - SP Telefone: (11) 3258.7457 - Fax: (11) 3151.5655 - [email protected] Entrevista / Cristiane Paoli-Quito firte em primeiro lugar As dificuldades de uma agenda lotada de compromissos não foram empecilho para que durante quase duas horas uma apaixonada pelo fazer teatral contasse à Camarim um pouco de sua vida e de sua trajetória. Ela apenas se mostrou constrangida quando tentamos falar sobre os seus inúmeros prêmios, conquistados não somente com o seu trabalho como diretora, mas também como atriz e produtora. No mais, revelou-se uma pessoa extremamente aberta, sim ples e disponível. Foi sobre tudo fascinante perce ber, no auge de seus 41 anos de vida e 23 de carreira, um olhar de criança sapeca. Esse mesmo olhar que revela um amor incondicional pela arte em toda a sua essência. Com vocês, Cristiane Paoli-Quito: Camarim: Conte-nos f um pouco como J começou a sua traje- < tória dentro do teatro, s Quito: Foi com ple tamente por acaso (risos). Eu estudava em uma escola experimental, o Logos. Certo dia, à tarde, soubemos que Antonio Januzelli, o Janô, hoje professor da EAD, daria uma aula extracurricular de teatro. Muitos se inscreveram, mas eu resolvi ir para casa. No ponto de ônibus encontrei uma amiga, que insistiu para que eu fosse à aula com ela. Acabei cedendo. No dia seguinte a menina não apareceu mais e eu continuo firme até hoje. Sempre senti uma enorme afinidade com as artes, uma necessidade de me expressar, mas não sabia como. Quando apareceu o curso de teatro eu im ediatam ente pensei que poderia ser um caminho. Rapidamente as aulas foram integradas às matérias curriculares. Esses foram os meus primeiros passos como atriz. C: E a passagem para a direção, como se deu? Q: Sempre tive a minha escuta aberta; as coisas vão acontecendo e eu, assi milando. Atuei durante 10 anos como atriz, mas me form ei em D ireito. Foi quando comecei a p ro duzir. O meu escritório no centro da cidade me dava a estrutura de produção que eu precisava. As minhas visitas freqüentes à SBAT me fizeram entender uma série de dificuldades, como a dinâmica de formalização de grupos, as burocracias, os contratos. Era o início de um novo mundo. Comecei a ter uma outra visão do teatro, que não era a da atriz nem a da produtora, quando Rodrigo Matheus, meu colega de colégio, estava saindo da ECA. Ele chamou Solange Faria para escrever o texto do seu espetáculo de formatura. No entanto, Solange teve algumas dificuldades com a direção dos atores. Por isso resolveram me chamar. No ano de 85 dirigi Fantasia, um espetáculo de 20 minutos, mostrado no Festival de Teatro Amador do Sesc. Ganhamos todos os prêmios, foi um susto! Comecei então a ter um prazer enorme com aquilo e entendi que eu sabia fazer. Em 86, André Pink (hoje em Londres) me ofereceu um novo texto, Escoriai, que foi a minha primeira direção de fato. Formalizamos um grupo e levamos um tempo enorme investigando uma linguagem. Era um espetáculo muito bonito, na época esteticamente diferente. E, mais uma vez, para surpresa geral, ganhamos diversos prêmios. C: Por que você saiu do Brasil tendo em vista uma carreira tão promissora? Q: Em 88 eu já estava dirigindo, mas ainda existia um resquício da advocacia na minha vida. Na verdade muitos caminhos estavam abertos, o que é maravilhoso por um lado. No entanto, você fica muito solto. Ainda hoje eu trilho vários caminhos, mas pelo menos todos fazem parte do mesmo universo. Quando peguei o avião não sabia exatamente o que eu ia fazer. Parti em busca de mim mesma. Eu precisava saber o que realmente faria falta na minha vida. C: Existem duas fortes vertentes dentro do seu trabalho: a máscara e a improvisação. Como e em que momento elas entraram na sua formação? Q: Em 81 busquei novamente o Janô com a intenção de formarmos um grupo. Ao iniciar o processo, ele me apresentou Beth Lopes (que não é a diretora do sul). Foi ela, uma ex-aluna de Jacques Lecoq, que me introduziu no universo das máscaras. Um pouco antes disso trabalhei com Eduardo Amus o pensamento de Viola Spolin, uma improvisadora americana que tem o jogo teatral como base. Vem daí o início do meu interesse pela improvisação. Além do mais, todo o método do Janô é em cima dos jogos. C: Foi no exterior que o clown apareceu na sua vida? Q: Não, na verdade foi o trabalho de máscaras que me levou ao clown. E ele chegou a pintar duas vezes aqui no Brasil. A primeira foi nesse processo com o Janô e a Beth Lopes; a segunda, quando recebi um convite de um núcleo de alunas da EAD (Tiche Vianna, Débora Serretielo e Soraya Saide) para atuar como atriz em um espetáculo curricular de commedia deli’arte, que seria dirigido pelo italiano Francesco Zigrino. Dias antes da estréia o diretor desistiu, deixando-nos na mão. A febre de apresentar nos fez seguir, apesar da dissidência de algumas atrizes. Tiche e eu reformulamos todo o trabalho. Apresentamos em vários lugares até o dia que Francesco Zigrino voltou e proibiu. Com o final do grupo, eu parti para a Inglaterra. Depois de um ano, um amigo, que estava inscrito no curso do Philippe Gaulier, não pôde ir para a França (nessa época Gaulier ainda morava lá). Resultado: fui em seu lugar. Eu acho que a vida é uma grande escuta. Se ela abre algum espaço e você está disponível, você vai embora. Fiz o curso e quando retomei a Londres percebi que algum a coisa tinha m udado fortemente. Houve uma transformação em mim. C: A sua carreira hoje está em um novo momento. Fale-nos um pouco dele. Q: Desde 96 estou voltada para a dança. Eu acredito na interpretação através da consciência do corpo. Com a reestruturação corporal eu achei novos eixos de manutenção do estar cênico, que pode ser utilizado no desenvolvim ento de qualquer linguagem, seja ela dram ática ou simplesmente criativa. C: Como começou a Cia Nova Dança 4? Q: Eu sempre quis trabalhar a improvisação pura, um sonho acalentado desde a época da commedia delVarte. Eu sabia que isso era possível. Quando conheci a Tica Lemos, uma das sócias do Nova Dança, houve um a enorm e identificação. Resolvemos criar um grupo, a Cia Nova Dança 4, que já tem 6 anos. Foi uma comunhão entre a dança e o teatro. Na verdade eu sempre me interessei pela mistura de linguagens. C: Como é o processo de trabalho de vocês? Q: Na improvisação eu tenho que ter a mente limpa e livre para poder responder aos estímulos. Nosso objetivo é instrumentalizar ao máximo os intérpretes através do conteúdo e do corpo. Por isso o trabalho de pesquisa requer um longo tempo. O aprendizado é o aproveitamento da capacidade de transformação, isto é, tudo pode ser cênico, tanto o erro quanto o acerto. A minha função é dar oportunidade ao pensamento. Resolver como vamos destrinchar determinado tema. Eu penso, a gente treina, a dramaturgia do corpo e da palavra acontece e al nós discutimos. A improvisação é contínua. A apresentação do dia seguinte está acrescida da experiência do dia anterior. Só podemos falar do espetáculo depois que ele acontece. Ele se transforma o tempo todo, é mutante. Esse é um trabalho muito diferenciado e que proporciona um enorme desapego. É realmente dar ao intérprete o seu real valor, o de criador. C: E qual é o seu próximo projeto? Q: Ganhei a Bolsa Vitae para desenvolver um trabalho de improvisação, só que agora inserindo a palavra. Essa investigação, que já dura um ano, chama-se Palavra, a Poética do Movimento. Esse é o meu projeto. Tudo o que eu pego para fazer, enfoco na pesquisa. C: Você sempre trabalhou com grupos. Como eram feitas as produções dos seus espetáculos? Q: Sistemas cooperativados, onde cada um investia de acordo com as suas possibilidades. Essa foi sempre uma tônica porque eu não me lembro de ter recebido apoio para nada. Eu nunca esperei, sempre toquei os meus projetos. No entanto, hoje faço o espetáculo mais barato do mundo: meu cenário é adaptado a cada espaço onde me apresento. Não uso nada externo. Nunca o fato de não ter dinheiro me parou. A minha arte sempre esteve em primeiro lugar. pesquisa e não penso em lucros. Apenas acredito na simplicidade. C: Qual é o seu conselho para quem pretende seguir a carreira? Q: Seja disponível e ético. Quanto menos você viver o sonho e mais o presente, compreendendo a sua essência e a sua relação com o mundo, maiores chances você tem de começar alguma coisa. Não adianta eu sair observando o mundo, sem saber quem sou. Tenho que ter um a consciência de mim mesma e das minhas atitudes frente ao outro, já que teatro é relação. Acredito que quanto mais soubermos entender o presente, mais forte fica a nossa capacidade de prosseguir. C: Você se considera realizada? Q: Quando saí do Brasil eu queria me entender melhor e achava que a arte era o canal. Hoje tenho uma formação dentro do teatro muito rica, e isso é um privilégio. Mas não me sinto fechada a nada. Às vezes me surpreendo comigo mesma, por tudo o que já vivi. Nunca imaginei, por exemplo, que eu pudesse me envolver com a dança. Eu quis isso um dia, mas achei que já era tarde demais para mim. De repente, estou aqui. Apenas sigo o m eu cam inho, hoje um pouco mais amadurecida. ^ C: Você consegue sobreviver do seu trabalho? Q: E muito bem, posso garantir. Sem dúvida alguma o fato de ter me transformado em uma professora ajudou bastante. Hoje em dia, além da EAD, dou aulas também na PUC. Além do mais, tenho a venda dos meus espetáculos, que na sua maioria, tiveram continuidade. Mas eu sempre arrisquei e confesso que nunca tive um prejuízo real. Acho mesmo que sou uma negação dentro do sistema: faço um teatro alternativo, de Í*1 por Luciana Azevedo Vida de Palhaço Respeitável público! Hoje tem marmelada? Tem, sim senhor. E o palhaço, o que é? Para os desprevenidos, um ladrão de mulher. Para outros, um ser mágico, capaz até mesmo de acalentar os corações mais endurecidos. Na verdade, existe uma grande discussão em tomo dessa definição. Os poucos livros que abordam o assunto trazem inform ações contraditórias, erros históricos e, com isso, o material de pesquisa tornou-se escasso. Para Hugo Possolo, ator e diretor do grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões, o palhaço simplesmente representa o erro hu mano. E o riso é a manifestação de alívio quando o homem se entrega totalmente à sua natureza. “Todos os caminhos no circo levam à superação da lei da gravidade, seja a acrobacia ou o malabarismo. O arquétipo do palhaço é o contraponto a tudo isso. Através dos seus medos e tombos, ele mostra o quanto o homem torna-se frágil e ridículo ao querer superar a natureza, já que ele é infinitamente menor do que ela. Essa é a grande lição que o palhaço nos dá”, revela Possolo. A grande maioria dos nossos palhaços é proveniente de famílias com tradições circenses, como é o caso do lendário Arrelia, hoje com pouco mais de 90 anos de idade, do querido Piolim e do famoso Picolino II, que no dia 7 de novembro completou 79 anos. Uma vida longa que se confunde com a história de seus antepassados. Pertencente à sexta geração de circo pelo lado materno, teve sua estréia quando ainda era um recém-nascido. “Crescer no picadeiro é m uito interessante. Todo o nosso treinamento, como piruetas, cambalhotas e palhaçadas, representava uma grande brincadeira, um enorm e divertimento para qualquer criança”, lembra, saudoso. Roger Avanzi, o Picolino II, herdou de seu pai, além do nome de palhaço, a com icidade e um circo, N erino, que esteve ativo durante m eio século ininterruptamente, mesmo depois da m orte de seu fundador, o Picolino I. De sua mãe francesa recebeu o primeiro nome, cuja pronúncia, como faz questão de frisar, é Rogê. Em relação ao futuro mostra-se garbosamente esperançoso: “Quero pelo menos chegar aos 80! Em relação ao circo, esta frase polêmica de que ele está morrendo é muito antiga, desde que o conheço ele tem fases m uito boas e outras péssimas. Apesar de todos os adventos trazidos pela modernidade, como o cinema mudo, o falado e por fim a televisão, que já prejudicou tanto, o circo vai se mantendo. Assim como eu, que hoje em dia já não faço mais shows ou espetáculos em residências, clubes ou buffets. No entanto tive muita sorte porque lembraram de mim e me colocaram em um trabalho junto com o Renato Borghi e a Tônia C arrero”, confessa m arotam ente. Enquanto se recupera de uma fratura no fêmur, Picolino procura um patrocínio para lançar o seu livro de memórias, Circo Nerino , escrito pela aluna e discípula, Verônica Tamaoki. Para quem não nasceu em uma família circense, atualmente quase não existem opções de escolas. Durante muito tempo o próprio Picolino foi professor em uma delas, mas hoje está de férias por tempo indeterminado, como ele mesmo diz, por causa da cirurgia no fêmur. No entanto, cursos de palhaço não são apresentados com regularidade. Gilmar Pedro Querubim, o palhaço Pingolé, 42 anos, natural do Paraná, e ganhador do prêm io de M elhor Palhaço do Ano 2000, concedido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, e atualmente em temporada com o Circo Spacial em São Paulo, conta como começou a sua carreira: “Para mim o palhaço representa a alma do circo e o picadeiro é abençoado! Como Hugo Possolo fsM sm íiV. Pingolé eu era jogador de futebol e bancário foi difícil me acostumar com aquela rotina, totalmente diferente da minha até então. Estou há pouco tempo na área, somente oito anos, mas sei que ser palhaço é um dom, nasce com a pessoa.” Já Fernando Sam paio, que juntam ente com Domingos M ontagner com põe a C om panhia La M ínima, diz que aprendeu a ser palhaço, embora só tenha 10 anos de carreira. “O meu maior mestre foi o Picolino, embora a rua tenha sido uma grande experiência de formação. Não é fácil, acho que só vou ter domínio do que faço depois de 40 anos de profissão ou mais”. Há pouco tempo surgiu uma nova espécie de circo, o chamado circo contemporâneo. Essa nova facção, que tem no Cirque du Soleil seu exemplo maior, tinha como objetivo não trabalhar com animais e palhaços. Aos poucos, porém, essas questões estão sendo revistas. Para Hugo Possolo, essa cisão entre dois tipos de circos é uma burrice, apenas uma questão de rótulos. “O circo no Brasil foi muito prejudicado por causa daquele fato, ocorrido há três anos, do menino que foi morto por um leão. Isso fez com que a mídia se jogasse contra os circos tradicionais e o novo circo se aproveitou dessa onda. Está havendo um achatamento da tradição, um rolo compressor passando por cima dessa profissão Domingos Montagner e Fernando Sampaio O Encontro que celebra o Riso O projeto Riso da Terra, evento que acontece na Paraíba, em João Pessoa, de 18 de novembro a 2 de dezembro, reúne vários profissionais da arte do Riso. Haverá Encontro de Palhaços, Feira de Artes Popular, Fórum do Riso, Oficinas e Feira de Arte. O Encontro de Palhaços, de 25 de novembro a 2 de dezembro, traz nomes consagrados, revelações, artistas brasileiros e estrangeiros. A idéia é apresentar os artistas cômicos tradicionais e as novas tendências da cena internacional. Tem mamulengueiros, autores de cordel, repentistas, Mateus e Catirinas dos Cavalos Marinhos, bois e reisados, palhaços de rua e de circo, músicos, atores, artistas plásticos, bailarinos e mímicos. Mais informações pelo site www.risodaterra.com.br . milenar. Não existe nenhuma ruptura artística. O novo circo tem as características de um circo tradicional, ele se baseia no mesmo aparato físico, corporal. No caso da comédia, existe uma estrutura do arquétipo cômico idêntica. O circo é eclético porque tem um repertório de variedades”, desabafa. Seja qual for a vertente do circo, a estrutura geral do trabalho dos palhaços continua seguindo a imbatível e tradicional receita: os personagens Augusto (ou Excêntrico) e Branco. O Augusto é aquele que sempre erra, não percebe e continua seguindo os seus instintos básicos. Já o Branco também erra, mas não admite as suas falhas e em geral coloca toda a culpa no outro, o pobre Excêntrico. Um exemplo bem conhecido desta dinâmica é a dupla O Gordo (Branco) e o Magro (Excêntrico). Na última década houve uma explosão de interesse em tomo da palavra clown, palhaço em inglês. Um número cada vez maior de pessoas buscava cursos sobre a técnica e realizava espetáculos que desenvolvessem a temática. “Tamanha exploração provocou uma certa banalização, através da exploração exaustiva do assunto. Sem pre busquei, com o m eu trabalho, o deslocamento desse ser para dentro de um universo mais delicado, menos histriônico. Eu queria descobrir uma linguagem que revelasse um ser humano inadequado que pudesse refletir sobre o ser e a sociedade”, declara a diretora Cristiane Paoli-Quito, uma das responsáveis pelo início da ebulição do clown em São Paulo. Já para Fernando Sampaio, uma das grandes diferenças entre palhaço e clown é a fala: “Muitos grupos de clown não trabalham com a palavra, e sim com a pantomima. Dizem que o clown é o palhaço mais interiorizado. Nós, palhaços, som os verborrágicos, o nosso trabalho é exterior, mais excêntrico e exagerado do que os grupos de clown que existem na capital.” Seja lá como for, excêntrico ou delicado, piadista ou fanfarrão, triste ou bucólico, o fato é que o palhaço (para uns), clown (para outros), vem permeando o imaginário de diversas gerações no decorrer da história. Hugo Possolo define bem esse olhar diferenciado: “Estamos vivendo um momento muito conflitante, de guerra. Se você encarar isso do ponto de vista do palhaço, do erro humano, e sem desmerecer a importância dessa situação, você pode mudar um pouco a sua ótica. Assim você vai colaborar para que o ser humano seja mais livre.” Segundo o francês André Riot-Sarcey, um grande nome da arte clown da atualidade, a palavra clown designa o conjunto do palhaço. “O clown traz da terra o espírito metafísico, todo um universo poético e filosófico. Sua formação vem do elemento terra. A sua demência conduz ao céu (morte). Assim o clown vai do nascimento à morte. Ele sai da flor e vem causar pânico e riso na sociedade organizada, anarquizando os rituais sagrados. Tenta sair da terra, se elevar e costurar os espíritos. A tendência no novo circo é o clown ser um artista completo, executar piruetas, gags, claques e também falar, tocar e cantar. Os palhaços são filósofos porque as pessoas não são capazes de olhar o mundo com transparência."^ 10 de dezem bro Difl DO PfilHfíÇO por André Corrêa e Luciana Azevedo 0 Direito de Sofrer Eu quero explicar a vocês o que é ser um palhaço 0 que é ser o que eu sou e fazer isso que eu faço Ser palhaço é saber distribuir alegria e bom-humor E com esforço contentar o público espectador 0 palhaço tem suas noites de vigília, Pois lá na sua barraca modesta ele tem a sua família 0 palhaço, meus amigos, não é nenhum repelente Palhaço não é bicho, palhaço também é gente Muita gente diz: - Palhaço! Mquando quer xingar alguém E esse nome pronunciam com escárnio e desdém E ao ouvir essa palavra outros sentem até pavor Como se o palhaço fosse uma criatura inferior Digo isso em meu nome e em nome de outros palhaços Que muitas vezes trabalham com a alma em pedaços E curtindo as suas dores procuram dar alegria Para esse povo que traz o seu pão de cada dia Mas de uma coisa fiquem certos: Para ser bom palhaço é preciso ter alma forte e também nervos de aço E além de tudo é preciso ter um grande coração Para sentir isso que eu sinto Grande amor à profissão Ser palhaço é saber disfarçar a própria dor É saber sempre esconder que também é sofredor Porque se o palhaço está sofrendo ninguém deve perceber Pois o palhaço nem tem o direito de sofrer Poesia de autoria desconhecida, declamada por Picoiino durante a entrevista à Camarim. Política Cultural fl Assembléia que não houve Conselho Deliberativo? Diretoria Executiva? Conselho Fiscal? Regimento Interno? Poucos cooperados saberiam o que exatam ente significam estas expressões. Pois foi para falar delas que convocamos nossa quarta assembléia (extraordinária) do ano, para o dia 25 de setembro. Na pauta, Reforma Estatutária, com proposta de alterações já redigida por nossos diretores e advogados, presentes à reunião. Apesar de convocada e divulgada am plam ente e com bastante antecedência, seguindo todos os requisitos legais, apenas cerca de 30 cooperados estiveram presentes à assembléia, a maioria porém desinformada em relação ao tema principal da noite. Assim, após os informes iniciais, a discussão fugiu da pauta e tomou-se mais abrangente: quais os caminhos do teatro, onde vamos parar com as atuais políticas de cultura, qual a função da Cooperativa, das entidades de classe, do governo e dos empresários, que tipo de atuação e postura temos tido. Para não impor o cumprimento da pauta devida à pertinência da discussão, a Diretoria, de forma democrática e transparente, propôs a suspensão da pauta da assembléia. E assim a reunião continuou, com o levantamento e a discussão de vários pontos. Ao final, fixou-se uma reunião aberta para discussão mais aprofundada e orientada por nossos advogados sobre o Estatuto e sua reforma, visando m uniciar o cooperado de informações para então, em nova assembléia, votar-se as alterações. Além disso, que se continuasse a discutir representatividade, grupos de trabalho (ressuscitar o Conselho de Grupos, por exemplo) e critérios de atuação (política? O que não é político?). Esta reunião, porém, marcada para o dia 9 de outubro, também não aconteceu: falta de quórum. Ainda na Assembléia foi fixada uma Segunda reunião para a definição de nosso representante junto à comissão de aprovação de espetáculos do projeto a ser criado pela Secretaria de Estado da Educação e das posições por nós defendidas. Marcada para 1° de outubro, esta reunião acon teceu e produziu um documento já entregue à Secretaria, onde constam nossas sugestões para o Edital. A Secretaria comprometeu-se a acatar tais sugestões, mas lamentavelmente ainda não o fez. “Morais” da história: representar-se para falar de representatividade. Preparar-se. Inteirarse. Estudar a lei e os princípios do Cooperativismo. Entender o objetivo da entidade da qual são associados. D iscutir, objetar, propor, mas sobretudo realizar (ou no mínimo ajudar a rea lizar, ou pelo menos não atrapalhar quem realiza). A Cooperativa é de todos e é democrática. Estarem os pois convocando opor tunamente nova assembléia, com a mesma pauta. Cada convocação custa trabalho dos envolvidos e dinheiro de todos; assim, a conclusão óbvia é a de que quanto mais participação, menos trabalho e custos para cada um - cooperativismo vem de cooperação. A adequação estatutária pretendida deverá ampliar nosso alcance, agilizar procedimentos e aum entar nosso poder de negociação, entre outras coisas. Informe-se: nosso Estatuto está à disposição na sede ou no site. Cooperativa Paulista de Teatro 11 Direitos do cooperado COOPERATIVISMO E ISS Alguns contratantes desta Cooperativa entendem que devem reter do valor da fatura emitida o Imposto sobre Serviços (ISS). A Cooperativa Paulista de Teatro é uma cooperativa de produção e de trabalho, notadamente voltada para a área de produção de espetáculos teatrais, por meio de seus Núcleos, que hoje somam trezentos. A Lei que regula as Cooperativas dispõe de que não incidirão tributos sobre o Ato Cooperativo, que é aquele praticado entre a Cooperativa e seus Associados. Exemplificando: quando a Cooperativa produz um espetáculo teatral em seu nome e por meio de um de seus Núcleos, está praticando um Ato Cooperativo. Está propiciando a seus associados o exercício da atividade artística. Por essa razão é que figura nos contratos formalizados com contratantes a Cooperativa e não seus associados. É a Cooperativa quem produz o espetáculo teatral. Assim, não há incidência de ISS. Ademais, os valores recebidos pela Cooperativa, nos termos da Lei, não pertencem à Cooperativa, mas aos cooperados envolvidos. Este argumento, inclusive, baseou decisão do Poder Judiciário para afastar a exigibilidade do tributo. Se a Cooperativa não é a beneficiária dos valores recebidos, até porque não é empresa com fins lucrativos, não pode ser contribuinte de ISS. A matéria está sob apreciação do Poder Judiciário, que certamente levará algum tempo para proferir decisão definitiva. Como alguns contratantes, entre eles a Prefeitura Municipal de São Paulo, insistiram na retenção (5 % do valor bruto da fatura), a Cooperativa impetrou Mandado de Segurança, sendo deferida medida liminar, determinando que não fosse retido o valor de ISS. Para que o Ato Cooperativo seja preservado, você, Cooperado, precisa obrigatoriamente estar inscrito no Município, recolhendo, regularmente, o seu ISS como autônomo, porque a legislação classifica o artista cooperado como profissional autônomo. por Martha Macruz de Sá Homenagem Soffredini A convite da Cooperativa, esteve em São Paulo no dia 29 de setembro o Dr. João Donadon, Coordenador Geral de Legislação e Normas do Ministério da Previdência e Assistência Social, para uma palestra sobre a incidência de contribuição previdenciária sobre serviços prestados por cooperativas, recolhida pelos tomadores destes serviços. Estiveram presentes representantes do SESC, SESI, SESCOOP, SATED, CONSULCOOP, TEC CINE, COOPCINTEL e grupos cooperados. A explanação concluiu que “para os casos em que a Cooperativa é considerada cooperativa de trabalho, a contribuição (15%) deverá incidir somente sobre o cachê do cooperado e não sobre a totalidade do valor da fatura. Desse forma, poderão ser reduzidas da base de cálculo todas as despesas inerentes ao serviço realizado. É recomendável que esta divisão já esteja prevista nos contratos firmados. Se isto não ocorrer, é permitido abater até 50% do valor da fatura a título de despesas, desde que comprovadas (segundo a Ordem de Serviço 209/99, do próprio Ministério)”, explica Álvaro Paez Junqueira, advogado da Cooperativa. Obs.: Cooperativas podem ser de produção ou trabalho. Nossa Cooperativa pode ser classificada em ambos os ramos. De produção, quando um Núcleo realiza um espetáculo ou um evento. De trabalho, quando o artista é contratado para realizar uma atividade personalíssima. Para os casos de produção, o valor da contribuição é ZERO. Morreu Carlos Alberto Soffredini. Embarcou na carrera do divino nas asas de um pássaro do poente e do lado de lá deve ter aportado dizendo, minha nossa! Num dado momento deve ter dito ao anjo da morte: vem buscar-me, que ainda sou teu. Deve ter pedido um cortejo discreto, sem muito luxo, afirmando com a mesma tranqüilidade que lhe era costumeira: mais quero asno que me carregue, que cavalo que me derrube, só! Sem muito luxo. Daqui a alguns anos todos lerão a sua obra e verão que ele sobreviveu a seu tempo. Foi-se embora o homem que sabia de onde vem o verão. Que tão bem conhecia o universo feminino com a mesma desenvoltura com que conhecia o guarani. Sem ter se tomado tão conhecido pelos brasileiros e brasileiras. Os amigos o chamavam carinhosamente de “Sofra”. Sofrida foi a sua luta pela revitalização do teatro brasileiro. Pela busca de uma linguagem. Soffredini vai embora levando o carinho de uma classe teatral que fica um pouco mais pobre sem o seu CoraSão Paulo. por Emilio Gama ator e dramaturgo Serviços Sua carteira de associado dá direito a descontos e promoções nos locais e serviços relacionados a seguir. Se você ainda não tem a sua, entre em contato conosco. Novos convênios continuam sendo firmados. DESCONTOS Aulas e Cursos • Estúdio Nova Dança R. Treze de Maio 240 - 2o andar - Bixiga Te!.: 259.7580/231.3719 • Estúdio Cia. Artesãos do Corpo 20% em workshops de Teatro-Dança R. Martim Francisco 265 - sala 21 - Higienópolis Tel.: 3667.5581- [email protected] • Antonio Carlos Martins Lima / Carlos Zimbher 20% e isenção de taxa de matrícula em aulas de violão e expressão vocal 20% em criação e/ou gravação de trilhas sonoras Tel.: 3722.0082 / 3721.5408 • Tato Ficher - 30% em aulas de canto e piano Tel.: 259.6782 / 3120.3056 • Orson Camargo - 25% em aulas de violão e/ou contrabaixo elétrico Tel.: 258.9159 / 9782.9901- [email protected] Fotografia • Nora Prado Registro de espetáculos e books Tel.: 3341.3216 / 9800.6687 [email protected] Internet • Humannar Soluções Criativas S/C Ltda 15% na confecção e hospedagem de sites Tel.: 4975-9832 www.bigabc.com.br [email protected] Oficina mecânica • Auto Mecânica Cabrera Centro Automotivo -10% a vista R. 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Bonfiglioli Tel.: 3733.2849 / 9193-1682 - [email protected] • Cantina dAmico Piolim - 30% R. Augusta 311 Tel.: 255.4587 / 256.9356 • Mais Sabor Restaurante Self-service - 20% Pça. Roosevelt 274 - Consolação Tel.: 231.5252 • Máfia Siciliana Bar e Cantina 25% nas refeições R. Martins Francisco 261 -S ta . Cecília Tel.: 3663.4058 Sonoplastia • César Obeid Locação de equipamentos de som Tel.: 223.1257 / 9244.5845 V. ODONTOLOGIA Dra. Adriana Pêcego M. Romano Dra. Emília Mioko Yokote Dra. Maria Lúcia Rocha de Morais R. Capote Valente 747 - Pinheiros Tel.: 3081.0484 Dr. Flávio Barreto Paiva - clínica geral/endodontia Dra. Milene Lisboa Merlo - clínica geral Outros: periodontia, prótese, ortodontia e cirurgia Rua Frei Caneca 33 / cj. 62 - Consolação Tel.: 214.4366 / Fax.: 258.9007 - [email protected] Dra. Andréa Cristina Aroni Christofoletti Todas as especialidades Av. Vital Brasil Filho 404 / sobreloja - São Caetano Tel.: 4226.3696 / 4229.5872 Dra. Regina Cudek Av. Angélica 1814 / cj. 805 Tel.: 3662.1285 / 3661.9375 Dr. Edson Y. Assakawa - prótese e estética R. Miguel Rodrigues 237 - Pinheiros Tel.: 3097.0109 / 9777.2639 Instituto Bibancos de Odontologia Dr. Fábio Bibancos - todas as especialidades Rua Maurício Francisco Klabin 401 -V I. Mariana Tel.: 570.5453 / 572.1959 / 573.2288 [email protected] Dr. Eduardo Ruiz Pesse Av. São Gualter 433 - Alto de Pinheiros Tel.: 3022.4800 / 3022. 3549 I FONOAUDIOLOGIA E PSICOLOGIA Dr. José Walter de Freitas - clínico geral Dra. Rosana Marisa de Plato - ortodontista R. Dr. Otacílio Câmara Silveira 151 - Saúde Tel.: 5062.5582 / 5585.3554 DtN • Clínica Multidisciplinar A&B Atendimento fonoaudiológico e preparação vocal R. Machado de Assis 480 - VI. Mariana Tel.: 5575.2152 • Clínica de Psicologia e Fonoaudiologia - 40% André Chacur (Psicologia) e Caroline Sarkovas (Fono) Al. Santos 1343 / cj. 404 - Cerqueira César Tel.: 289.6714/9712.1636/9225.4717 • Dra. Daniela Martins Correira Fonoaudióloga e otorrinolaringologista R. Dr. Otacílio Câmara Silveira 151 - Saúde Tel.: 5062.5582 / 9962.1166 / 5585.3554 ASSESSORIA JURÍDICA í 3as e 5as das 14h às 17h. Os grupos que não e n v ia ra m m a te ria l p a ra o site da C o o p e ra tiv a d e ve m fa z ê -lo p elo e -m ail c a m a rim @ c o o p e ra tiv a d e te a tro .c o m .b r (d e v e rã o constar histórico, re p e rtó rio , dados p a ra c o n ta to e fo to s ). w w w .co o p erativad eteatro .co m .b r )_____________ Visite nosso site! Lá você poderá encontrar informações dos núcleos e seus espetáculos, lista completa de associados, edição virtual da revista Camarim, fórum de discussões, links especiais e outros serviços. r ^ entral@ coop erativadeteatro.com .b r Meio-entrodo Notas No dia 15 de outubro na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, o presidente da casa, Walter Feldman (PSDB), o autor do projeto que institui meia-entrada para professores, José Zico Prado (PT), o u tro s p arlam entares, e o Secretário de Estado da C ultura, M arcos M endonça, receberam representantes das entidades teatrais (Cooperativa, APETESP, SATED e COTAESP). Foi formada uma Comissão para estudar o assunto e emitido um Comunicado que suspende a execução da Lei: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO C O M U NIC AD O Sobre a Lei 10.858, de 31 de agosto de 2001, que "institui a meia-entrada para professores da rede pública estadual de ensino em estabelecimentos que proporcionem lazer e entretenim ento • Ontem, dia 15 de outubro, representantes da classe teatral, o autor do projeto, Dep. José Zico Prado, o Secretário de Estado da Cultura, Marcos Mendonça, parlamentares e o Presidente da Assembléia reuniram-se para debater as possíveis soluções decorrentes da vigência da lei. ■ Foi constituída uma Comissão de representantes da classe dos artistas (Carlos Meceni/Apetesp, Analy Alvarez/Apetesp e Secretaria de Estado da Cultura, Luiz Amorim/Cooperativa, Maria Chiesa/Cotaesp, Nanei Rinaldi/Sated), do Parlamento, da Secretaria de Estado da Educação e da Secretaria da Cultura para discutir a aplicação da lei. Solicitamos a compreensão de todos até que se chegue à solução final. São Paulo, 16 de outubro de 2001. Assinam: Dep. W alter Feldman e Dep. José Zico Prado Cópias desse comunicado estão disponíveis na sede da Cooperativa Paulista de Teatro e Apetesp, para que possam ser afixadas nas bilheterias dos teatros. Ainda sobre esse assunto, em reunião ocorrida no dia 16/10 no Teatro Ruth Escobar, ficou decidida a elaboração de um abaixo assinado declarando a inconstitucionalidade da lei e pedindo a sua revogação. A coleta de assinaturas está sendo feita pela Apetesp, Cooperativa, Sated e Cotaesp. Outros projetos que instituem meia-entrada para diversas categorias e/ou faixas etárias estão em trâm ite na Câmara Municipal, Assembléia Legislativa e Congresso Nacional. A Cooperativa é contra esses projetos e está atenta no sentido de evitar que nosso trabalho seja usado como dividendo político. Convênios com o S€SCOOP/OC€SP • O SESCOOP (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), com o apoio da OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), elaborou um programa de peças teatrais para o cooperativism o paulista, reunindo quatro espetáculos da Cooperativa - Filhos do Brasil (Cia. Casca de Arroz), Tem Francesa no M orro (As Graças), Toda Nudez Será Castigada (Cia. Livre) e Quando as M áquinas Param (Caixa Preta). As apresentações serão em oito cidades do interior, para associados de diversas cooperativas integradas ao sistema e público em geral. • Também em convênio com o SESCOOP, a Cooperativa e a Secretaria M unicipal de Cultura realizaram apresentações dos espetáculos do Projeto Formação de Público no Teatro João Caetano para dirigentes, cooperados e funcionários de cooperativas de todo estado de São Paulo. Notas de público O C Ç £ 0 projeto Formação de Público, desenvolvido em parceria entre a Cooperativa e a Prefeitura de São Paulo, vem propiciando trabalho a dezenas de cooperados e oportu nidade de ver bons espetáculos a m ilhares de espectadores. Durante a semana são realizadas sessões para escolas, e nos fins-de-semana para o público, sempre no Teatro João Caetano. A primeira fase do projeto termina no dia 16 de dezembro. Representantes da Associação Brasileira de A tores Profissionais - Caras do Reclame, acompanhados de sua assessora jurídica, vêm se reunindo, semanalmente, com representantes da associações ABAP (Agências de Propaganda), APRO (Produtoras), ABRAFAMA (Agências de Atores) e ABRAFOTO (Fotógrafos), do SATED (Sindicato dos Artistas e Técnicos) e seus advogados, no I Fórum Brasileiro de Produção Publicitária, para normatizar o trabalho do ator profissional. A pauta inclui desde a conquista de um cachê-teste digno, termo de compromisso justo, em duas vias, até tabela referencial de cachês (piso mínimo) e contrato-padrão sem cláusulas abusivas (de no máximo 6 meses, sem renovação automática e sem as tais "mídias alternativas") e formulado doravante (proposta do Caras) diretamente com as agências de publicidade, com interveniência da produtora. Discute-se, também, seguro de acidentes para atores, horas e diárias extras, funções e custo da agência de atores (que passará a integrar o contrato também como interveniente). Historicamente, nunca uma discussão tão abrangente foi levada a cabo com tamanha seriedade entre os principais segmentos que constituem o mercado de publicidade. O próximo passo será uma campanha de filiação ao Caras do Reclame, com o objetivo de fortalecer a estrutura da Associação e a aum entar a proteção à classe dos atores profissionais. Diretoria Executiva da Associação Caras do Reclame Revista Sala Preta O Departamento de Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (ECA/USP) lança sua revista: Sala Preta. A publicação reúne 29 artigos de alguns dos mais prestigiados nomes da área teatral, em nove seções, com coordenação editorial de Luiz Fernando Ramos e Sílvia Fernandes. Já está disponível nas livrarias Cultura e Da Vila, em São Paulo, e nos departamentos de artes cênicas das principais universidades do país (265 págs., R$15). Departamento de Incêndio por Mário Bortolotto Matou q família e foi ao teatro N, élson Rodrigues não é o meu autor preferido. É o dos meus amigos que defendem com paixão o cara em balcões ensebados de botecos. Uma vez ele afirmou que “toda unanimidade é burra”. Nélson não precisa da nossa paixão e nem do nosso ódio pra continuar existindo e tirando o nosso sossego. Nunca li Nélson. Sempre assisti Nélson e ele sempre me deprimiu. Nélson não perdoa meu catolicismo frouxo. Ele cospe na minha cara e gargalha. Há que se entender o velho obsceno, o desagregador de lares disposto a jogar a última pá de lama na dignificante família brasileira. O que ele quer de mim, afinal? Quer me ver desejando minha irmã? Com tara pela minha mãe? Cara, eu sou normal. A cada remontagem sua, ele ressuscita e vem com tudo tirando o sono de meio mundo. Nasceu em Pernambuco e poucos foram tão cariocas quanto ele, ninguém foi tão tricolor (torcedor do Flum inense) quanto ele. Foi acusado de com unista enquanto achava a Rússia reacionária. Não acreditava nas mulheres. Dizia que não existia m ulher fiel e m orreu confessando-se um romântico extremado e afirmando que o divórcio era uma tragédia. Na minha opinião, há dois grandes méritos em Uncle Nelson. O primeiro é o grande mérito de ter detonado a célula-mater de nossa sociedade: a sagrada família. Nélson foi impiedoso. Aos sete anos de idade, apaixonado por professoras e empregadas escreveu uma redação na escola falando de adultério. Nas suas peças tratou de escancarar todas as taras escondidas nos lares ditos felizes. Adultério, pai tarado, virgindade, incesto e tias, muitas tias. Ninguém teve mais tias que Nélson Rodrigues. Figuras tristes e malamadas capazes das maiores barbaridades. O outro lance de Nélson é que o cara sabia escrever para teatro. Ele sabia que literatura é uma viagem e dramaturgia outra bem diferente. O texto entra lim po na boca dos atores. Ninguém precisa mexer ou entrar numas de naturalizar as falas. As frases vem prontas se coçando pra sair pela boca de alguém e ganhar vida embaixo dos spots. Gostem ou não, o fato é que o homem é um petardo. Devia ser o patrono de uma banda de trash metal autêntica. É um velho sujo, um perigo, um mal social, uma ferida que nunca vai fechar, uma tragédia familiar. Convém manter fora do alcance das crianças f f l Alô Camarim. A revista é interessante mas percebo que às vezes ela fica em generalidades. Já que ela representa um setor específico, por que não ser mais técnica, com um fascículo ou aula sobre determinada questão? Ou então por que não se fazer alguns números especiais que serviriam como apostilas: lei de incentivo, produção, dramaturgia, interpretação, figurino, maquiagem, etc? Por exemplo, no último número, a matéria O Que é Dramaturgia não tinha nada de dramaturgia e nem era um debate. Eu sei que a luta é dura e a existência da revista já é uma vitória. Mas nunca é demais melhorar, né? Saudações teatrais e aquele abraço. Land Leal (Grupo Abaporu) Correspondência para esta seção deve ser enviada para a sede da Cooperativa ou para [email protected] aos cuidados de Audrey. 1 C ooperativa f PAULISTA 1 DE7ZATRQ C co perajw a F fT x ) Cooperativa PAULISTA M i& f PAULISTA I DETEATW ÍÕ ttiJ DE7ZATR0 L J C ooperativa I z r li] Cooperativa 1 PAULISTA P ^ T " i PAUUSTA f D i?m m o k íte J D E JtA iw CcopsMTm. írnxjCoopmATm . PAULISTA M P n PAIMJSTA i DEUATRp L r J lJ DÉTEATRO L 1 C o operativa 1' DETEA PAUUSTA TRp |1 PI II AVISOS ifg g ... lil II A COOPERATIVA PAUUSTA NAO PODE SE RESPONSABILIZAR (assinatura de contratos, envio de documentos, notas, pagamentos, etc.) por Projetos que não estejam cadastrados. Solicitamos a todos os Grupos que cadastrem rapidam ente seus espetáculos na Cooperativa. Isso pode ser feito diretamente na sede ou pelo site, M § *S no item serviços. II Voltamos a solicitar iv ESe ms= 1*8 extremo cuidado no fornecim ento de dados dos tom adores de serviço. Incorreções vêm gerando um alto núm ero de devoluções de faturas. Além disso, em caso de cancelamento de fa tu ra s , é o b rig a tó ria a d e v o lu ç ã o à Cooperativa das duas primeiras vias fornecidas. As d e v o lu ç õ e s , a lém de e n tra v a re m a operacionalização adm inistrativa pela perda de tempo de funcionários e envios equivocados, gerando atrasos em todos os serviços, acarretam altos custos (bancários e gráficos) e entopem o sistema. Ü Cooperado inadimplente: Regularize sua situação junto à Cooperativa. Você poderá ser classificado como inativo, perdendo a totalidade dos direitos de sociedade. C o o p e r a t iv a PAULISTA DETEATRQ n 1 Diretoria: Presidente - Luiz Amorim; Vice-Presidente - Alexandre Roit; Secretário - Neto de Oliveira; Segundo Secretário - Chico Cabrera; Tesoureiro - Beto Andretta; Segundo Tesoureiro - Othoniel Siqueira; Vogal- Débora Dubois. Conselho Fiscal: Flávio Faustinoni, José Geraldo Petean e Luís André Cherubini. Suplentes do Conselho Fiscal: Marco Antônio Braz, Ney Piacentini e Cristiani Zonzini. M No Front: Cerente Administrativo - José Carlos Maia; Gerente Financeira - Maricene GregorutAuxiliar Contábil - Onassess Costa; Secretária - Audrey Luana de Souza; Faturamento - Ricardo Pereira Barroso; Contas a Pagar e Receber - Luana Kavanji e Bruna Benícia; Relações Públicas - Fátima Ribeiro; Webmaster - Raphael Perrucci de Souza; Auxiliares de Escritório - Fábio Augusto de Matos e Marcílio Bueno Elias Diniz; Atendimento - Fábio Fonseca Poleto; Recepcionista Joyce Maria dos Santos; Faxineira - Maria das Montanhas; Contabilidade - Mairro. il Departamento Jurídico: Advogados - Martha Macruz de Sá e Álvaro Paez Junqueira. ^C ooperativa * pauusta DPTEATRQ C o o P B tx rm , PAtMJSm I DFTMmQ 4 1 C ooperativa 1 PAUUSTA f D£TEATRQ ’€CDFm*31¥A PAULISTA D$rwmtQ COOPERATIVA PAUUSTA DFTEAim- COOPEfATTVA C J T y lCCOPtRAirsA PAÍSJS7A PAtMJSm í ICCOPERATm. PAUUSTA i | DeTEArPC kJtéJ Dsnmrm 4 '1 DeTEATRO a -5 * III C o o p e r a t iv a p a u l is t a o e ^t e a t r o . N úcicos A LÍRICO CIA. PAULISTA CIA. DELIRIUM TREMENS DUOMARCEFERRAN NÚCLEO DE ÓPERA-TEATRO DA FASM A PALAVRA EO GESTO C IA D O ABSURDO DUO TEATRAL NÚCLEO DE P. LATINO AMERICANA A PESTE, CIA. URBANA DE TEATRO CIA. DO ACASO DUPLOS SENTIDOS NÚCLEO DE REPERTÓRIO DO TEATROMOVIMENTO A SANTA PALAVRA CIA DO DIVINO ENCENAÇÃO NÚCLEO DO CASTELO ABAGRCO OADOFEUÃO ENGENHO NÚCLEO ELENKO ACORDES CELESTINOS CIA DO LATÃO ENSONHOS TEATRO DANÇA E CIA. NÚCLEO IMPRENSA ACROBÁTICO FRATELLI CIA. DO PÁTIO EQUIPE CARPINTARIA CÊNICA - NÚCLEO PAPADOPOL ANDALUZ-TEATRO DE ANIMAÇÃO CIA DOS CONTRÁRIOS núcleo de desenv. e pesquiza teatral NÚCLEO SÃO PAULO DE TÉCNICOS ARARAMA CIA DOS INSIGTHS ESCOLA LIVRE DE TEATRO NÚCLEO "SE LIGA" DETEATRO ARGOS ARTE MOVIMENTO CIA DOS LOBOS espaçonautas TEATRO EXPERIÊNCIA NÚCLEO 3 D ARLEQUINS CIA. DOS SETE EUGENIOSLÁVIA OA. DE TEATRO nudeodeatores.br ARS Teatro CIA DOS VIAJANTES EUREKA OLHAR IMAGINÁRIO AS MENINAS DO CONTO OADRAMARAMA DE TEATRO EXPRESSO ART OMSTRAB ATELIÊ TEATRO CIA DRAMÁTICA FÁBRICA CÊNICA ÓPERA SECA ATMOSFERA MÁGICA CIA. DRAMÁTICA EM EXERClCIO FÁBRICA CIA DE TEATRO OS CHARLES E CIA. AVES DE ARRIBADO O A ELEVADOR DE TEATRO PANORÂMICO FARÃNDOLATROUPE OSORANDEIROS BALANGANDANÇA CIA CIA. ESTÁVEL FILHOS DE ALMODOVAR OSDETRAPPOLA BALEIAAZUL OAFALBALÁ FIM DOS CONRNS OS DOIS BAMBU DE VEZ OAIUM ITADA FINAAÇÃOCIA.DEARTE 0SEXTRADIVÁR10S BARCA DE DIONISOS CIA. LETRAS EM CENA FIAMA PRODUÇÕES TEATRAIS OS HERMENEUTAS BARRACÃO TEATRO O A LIVRE OS PESSOAS BENDíTATROUPE CIA. LÚDICA FOLIAS D'ARTE FOLIAS DRAMÁTICAS BldCLETAS VOADORAS CIA MARIA BONÍTA FRACTONS PARCERIACOM.BR BOTO VERMELHO QA.M ULUNG O FRATERNAL COMPANHIA DE ARTES E MALAS ARTES PARLAPATÕES, PATIFES E PASPALHÕES BURACO DDRÁCULO CIA. NOVA DANÇA 4 GIOCONDA CRIAÇÃO TEATRAL PATRULHA CANGURU BUSCA CÊNICA TEATRO DE COMPANHIA CIA NOVA DE TEATRO MODERNO GIRA CIA TEATRAL PERSONA CADERNO COR DE ROSA OA. ONÍRICA DA ARTE GIRASONHOS PESSOAL DO FAROESTE CAIXA DE FUXICO OA. OS IMPOSSÍVEIS GRUPO A JACA EST PIAFRAUS CAIXA DE IMAGENS O A PANTURRILHA DE TEATRO GRUPO ABAPORU PIC E NIC CAIXA PRETA O A PATÉTICA GRUPO ÁGORADEATORES PIMENTASATÔNITOS CAUBAN CIA PAULICEA GRUPO ALÉM DO ALÉM PINUS PLOFT CAMBAIO O A PAULISTA DE PANTOMINA GRUPO AS GRAÇAS PROJETO CENAS E LETRAS CANTOS E ATOS CIA. PAULISTA DETEATRO OAPAVANELU GRUPO ASFALTO SELVAGEM GRUPO BARATA ALBINA PROJETO NÚCLEO OCA CAOS CASA DA COMÉDIA CIA. PIC E NIC 2 GRUPO BARRAVENTO RAYLUAR CENAS IN CANTO CIA. POMPA CÔMICA GRUPO CÃO DETEATRO RENATAJESION CENTRO DE ARTES CÊNICAS DO TUCA CIA PRAZENTEIRA DETEATRO GRUPO ORCO BRANCO ROLETA RUSSA CHARLES S. A* CIA. PROPEDÊUTICOS DE TEATRO GRUPO DETEATRO ESTAÇÃO CIÊNCIA SAIAJUSTA CHIQUÍTTTAS CIA PROVISÓRIO -DEFINITIVO GRUPO DETEATRO FILHOS DE PRÓSPEROS SHERAZADE CIA. A CASA D O SOL CIA. PX2 DE TEATRO CIA RASO DA CATARINA GRUPO ESCALA SOBREVENTO CIA. ALÉM TEMPO GRUPO ESTRANGEIRO STÚDIO ARTE VIVA CIA ANDARILHOS CIA. S. JORGE DE VARIEDADES GRUPO FORÇA TAREFA STUUÍFERAS NAVIS CIA. ARTEHUMUS DE TEATRO CIA.SEM-CABEÇA GRUPO GIOCO SUCO DE LÓTUS CIA VIRAMUNDO CIA. SENSAÇÃO GRUPO JÁ SUTIL COMPANHIA DE TEATRO CIA ANJOS VOADORES DE CIRCO-TEATRO O A SOLITÁRIA GRUPO KAUTADETEATRO TEATRAL ALA CIA ARTESÃOS DO CORPO OASTROMBOU GRUPO LÉC O M CRÉ TEATRO 4GAR0UPAS CIA ARTHUR ARNALDO CIA. SÚPLICAS E CELESTES GRUPO MANGARÁ TEATRO A QUATRO-NÚCLEO DO GRUPO TEKTONS CIA ARTICULARTE DE TEATRO OA.TATAUS CIA. TEATRAL ARTE & VIDA GRUPO MANIFESTA DE ARTE CÔMICA TEATRO DOS BENDITOS MALDITOS OAATURARTE GRUPO MOMA TEATRO CARTEL CIA AUTO FALANTE O A TEATRAL ARTEIROS GRUPO O CACHORRO DA CACILDA TEATRO DA TERRA CIA BANDO O A TEATRAL AQUARIUS GRUPO PASÁRGADA TEATRO DE MAMULENGO MESTRE VALDECK OABATAKOTÔ CIA. TEATRAL TEATRARIA PAULISTA- CTTP GRUPO TEATRAL CÊNICOS E CÍNICOS TEATRO DIADOKAI CIA BONECOS URBANOS O A TEATRAL TERRA BRASILEIRA GRUPO TEATRO DE RISCO TEATRO DO DRAGÃO CIA BRASILHRA DE MYSTÉRIOS E NOVIDADES. CIA. TEATRO DE PAPEL GRUPO TEMPO TEATRO DO INCÊNDIO OABURLANT1M CIA. TEATRO NO PIRES GUARDIÕES DO SONHO TEATRO D O MITO CIA CAFÉ POESIA CIA. TEATRO X IMà O A TEATRAL TEATRO DOS QUINTO CIA CARICATURAS CIA. TEIA DE REPERTÓRIO IMAGO TEATRO É NO ATO OA. CASCA DE ARROZ CIA. TRAPOS E LUVAS TEATRO GRAm II CIA. CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS QA.TRIPTALDEQSUS IRMÃOS NICOLAU KAPAF1CUS O A CÊNICA NAU DE ÍCAROS O A TRUKS-TEATRO DE BONECOS O A CIRCENSE VARIETE ETECETERA O A ORCO NAVEGADOR OS SATYROS RAMA-KRYA KMD TEATRO ÍNTIMO OAVANDENR1ZZO DETEATRO LAM am aNina TEATRO PROMÍSCUO CIA. ZAGREU DE TEATRO LA MÍNIMA TEATRO REVERSO O A CLÁSSICA QD ADEM UDA LADRÕES DE METÁFORAS TEATRO SEM NOME OA. COISA ETRECO QNCOINCENA LE P IA TD U JO U R TEATRO VENTO FORTE O A CONATUS ORANDAR UNHAS AÉREAS TEATRO VIAJANTE O A CONCBÇÃO A a O U CIRCO E CIA. LUARNOAR TEATRO VIVO O A CORES VIVAS ORCO MÍNIMO LUXINTENEBRIS THESOUTARYGOATS O A D AG IN A CIRCO NOSOTROS LUZ E RIBALTA TRAGÉDIA POUCA ÉBOCAGE TEATRO POR UM TRIZ OADAM ALUQ UINHA dRCODÉUCO MÃECORAGEM TRAQUEJOSEALENTOS O A DA TRIBO CÍRCULO DOS COMEDIANTES MAMELUCOS DETEATRO CIADAS ARTES CIADAS ARTES DE SHANTÁ CLà DO JABUTI MAMULENGO TRECOSE CACARECOS TREINADORES DA ALEGRIA CLIPSECLOPS MARZIPAN TREINART "IN COMPANY” O A DAS CORES CLY MEGAMINI TR1MITRAC0 TEATRO E COMPANHIA CIA. DE NÓS DUAS COANECIA. METAMORFACES TR10PIRATINY O A DE ROCOCÓZ CONFRARIA DA CRIAÇÃO MOVIMENTOAR TROUPE DE ATMOSFERA NÔMADE O A DE TEATRO BALAGAN CONFRARIA DE PEQUENAS MENTIRAS NA CIA. DO SOL TRUPE INSANA QA. DE TEATRO ERA UMA VEZ CONFRARIA DE TEATRO NIHIL NATT- NÚCLEO DE ARTE DOS TÉCNICOS DE TEATRO TRUPETRUZ OA. DE TEATRO FÁBRICA SÃO PAULO COMPANHIA BRU PALMIERI TEATRO FÍSICO NT2AM TRUPE VERMELHA O A DETEATRO FURUNFUNFUN CONTANDO FLORES NÚCLEO "OS LUZÍADAS" O A DE TEATRO KOLONDRIA COROPOSTA núc leo CIA DE TEATRO MEVtTEVENDO DELÍRIO URBANO NÚCLEO ARTE E CIÊNCIA NO PALCO VILA SÉSAMO OA. DE TEATRO ÓPERA NA MALA DESESPERADA NÚCLEO BARTOLOMEU DE DEPOIMENTOS WLAP CIA. DETEATRO OS VENDEDORES DEMÁSCARAS DIP & CIA. NÚCLEO BENEH MENDES XFTO O A DE TEATRO PANDORGA DRAGÃO 7 NÚCLEO CANHOTO ZIRKUS Ag o r a TRUPITÊ VAGALUM TUM-TUM