AF Nikkor 50mm f/1.8D

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AF Nikkor 50mm f/1.8D
Por Romulo Lubachesky
A clássica lente da fotografia 35 mm na sua versão
mais popular - esta deveria ser a lente de kit,como um dia
já fora. Não admiro lentes fixas apenas pela qualidade
ótica, mas também pela característica excepcional de me
fazer pensar melhor na composição.
É um pouco de preciosismo meu, mas creio que a lente
50 mm deveria ser a lente escola da fotografia. A versão
em questão nesta avaliação é a mais aconselhada, pois é
muito barata, fácil de encontrar e de grande qualidade
ótica - trata-se da AF Nikkor 50 mm f/1.8 D.
Construção
Não podemos esperar de uma lente
tão barata uma qualidade de construção
profissional. O corpo dessa lente é de
plástico, mas é bastante resistente com
detalhes de bom acabamento. O encaixe
da baioneta é de metal e o anel de foco é
emborrachado.
O elemento ótico frontal fica bem
escondido e protegido no interior da
lente, formando quase um pára-sol,
característica da fórmula ótica bastante
simples.
Poucos elementos óticos e corpo de
plástico tornam essa lente muito leve.
Especificações
Distância Focal: 50 mm
Abertura máxima: f/1.8
Ângulo de cobertura: 46o
Construção: 6 lentes montadas em 5
grupos
Distância mínima de foco: aprox. 45
cm.
Reprodução máxima: 1:6.6
Abertura mínima: F/22
Diafragma: 7 Lâminas
Parasol: HR-2 (opcional)
Filtro: Rosca 52 mm
Diâmetro: 6,35 cm x 3,9 cm.
Peso: aprox. 155 gr
Câmera: Nikon D200
Abertura: f1.8
Velocidade: 1/500
ISO: 100
Fonte: www.nikon.com
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Desempenho
O auto foco é bem rápido e com
pouco barulho. A abertura vai de
f1.8 até f22, isso representa um
ganho em profundidade de foco
com relação a 50 mm f1.4 que só
fecha até f16. Para meu uso isso
não faz muita diferença, já que
raramente fecho o diafragma além
de f4, mas para fazer longa
exposição ou para ampliar a
profundidade de foco, ter f22 é
bastante util.
A grande abertura permite
fotografar com pouca luz.
Comparando com a lente mais
básica que acompanha as câmeras
digitais, a AF-S Nikkor 18-55 mm
f3.5 - f5,6 G ED DX, ela ganha
mais de 3 pontos de luz na mesma
distância focal.
Câmera: Nikon D200
Abertura: f2.8
Velocidade: 1/25
ISO: 800
Ótica
A qualidade ótica é muito boa, o
principal atrativo dessa lente. Apesar de
não ter nenhum elemento ótico especial
a fórmula dela é muito bem-sucedida. A
nitidez no centro da imagem é
espetacular. Nas bordas, devido a
aberração esférica, a qualidade cai um
pouco, mais ainda assim se mantém
muito acima da média de uma lente
zoom de kit.
Distorções geométricas só são
observadas em testes mais apurados,
nas fotos é impossível percebê-las.
Câmera: Nikon D200
Abertura: f5.6
Velocidade: 1/60
ISO: 100
10
9
8
7
6
Centro
5
Borda
4
3
Gráfico de qualidade relativa
considerando a abertura do
diafragma no centro e na borda da
lente. Câmera Nikon D700
2
1
0
f1.8
f2.8
f4
f5,6
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f8
f11
f16
f22
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O c o n t ra s t e e m f 1 . 8 é
moderado, também reflexo da
aberração esférica, porém as
cores são bastante agradáveis. Em
f2.8 o efeito da aberração esférica
fica menor e o contraste aumenta
consideravelmente.
Tenho um gosto particular por
fotos de baixo contraste, onde as
cores são naturais e a gradação
dos tons é suave. Veja bem, isso
não significa fotos com aspecto
lavado, onde as imagens parecem
ter uma película esbranquiçada.
Câmera: Nikon D70
Abertura: f1.8
Velocidade: 1/500
ISO: 200
Câmera: Nikon D200
Abertura: f1.8
Velocidade: 1/60
ISO: 100
Conclusão
Essa é uma lente altamente recomendada,
na minha opinião deveria ser uma das opções
para acompanhar câmeras. Compacta, leve,
versátil e de excelente qualidade ótica, é a
objetiva que eu mais indico, principalmente
para quem está montando seu conjunto de
lentes.
A única vantagem que uma lente básica
como a AF-S Nikkor 18-55 mm f3.5 - f5,6 G ED
DX é a versatilidade do zoom, cobrindo várias
distâncias focais. Em todos os outros quesitos,
a AF Nikkor 50 mm f1.8 D é superior, isso deve
ser seriamente considerado na escolha da
primeira lente.
Câmera: Nikon D200
Abertura: f5.6
Velocidade: 1/200
ISO: 100
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Como uma lente de boa
luminosidade, ela pode produzir
grande desfoque se usada em
f1.8, e isso faz dela uma boa opção
para retratos.
Quando aparecem discos nas
áreas desfocadas, estes
normalmente têm bordas nítidas e
iluminação homogênea, isso não
resulta num Bokeh ideal para uma
lente de retrato, mas também não
chega a ser ruim.
Aberrações cromáticas são
mais comuns nas maiores
aberturas, mas normalmente são
discretas e não afetam muito a
imagem.
Ela é bastante resistente a
flare, que aparece apenas nas
maiores aberturas com um
contraluz muito forte, e o ghosting
é praticamente inexistente.