cirurgia bariátrica
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cirurgia bariátrica
ÍNDICE 4 ENTREVISTA O pioneirismo do Dr. Thomas Szego 10 TERAPIA OCUPACIONAL Tratamento une as esferas mental, social e física na readequação do paciente CAPA 6 Participantes internacionais são destaque no XVI Congresso 11 1ºCOESAS Encontro Nacional Multidisciplinar em Cirurgia Bariátrica 9 REGIONAL Capítulo Bahia e o legado da cooperativa 14 JURÍDICO Cirurgião possui a obrigação de meio ou resultado? O Boletim SBCBM é uma publicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, entidade filiada à IFSO – International Federation for the Surgery of Obesity. As opiniões emitidas em artigos assinados não são, necessariamente, as mesmas da publicação. Vice-Tesoureiro: Gabriel Sebastião de Vargas (RS) Vice-Presidente Executivo: Marçal Rossi (SP) Projeto Gráfico e diagramação Beto Monteiro [email protected] Rua Maestro Cardim, 560 – 16º andar – cj. 165 CEP: 01323-001 – Bela Vista – São Paulo – SP Telefone (11) 3284-6951 - www.sbcbm.com.br Redação Diego Cordeiro, Italo Genovesi Diretoria Presidente: Almino Ramos (SP) Vice-Presidente: Josemberg Campos (PE) Secretário: Maurício Emmanuel Vieira (RJ) Vice-Secretário: Orlando Faria (DF) Tesoureiro: Heládio F. de Castro Filho (CE) Produção Editorial Target Estratégia em Comunicação Telefone (11) 3063-0477 - www.targetsp.com.br Jornalista Responsável Ronald Nicolau – MTB 23.068 [email protected] 2 • Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica Fotos Divulgação, John Martins e Ítalo Genovesi EDITORIAL UM GRANDE EVENTO S E A P ROX I M A A inda temos lembranças do último Congresso Brasileiro, realizado em Brasília. Afinal, é a última grande oportunidade do ano para reencontrar amigos de todo o país, fazermos atualização científica e trocarmos experiências com os convidados internacionais que sempre contribuem trazendo para o Brasil um panorama da cirurgia bariátrica no mundo. Nesta edição no Rio de Janeiro, teremos dezesseis participantes internacionais, dos mais renomados, com essa missão. Nas próximas páginas o leitor saberá um pouco mais sobre nossos colegas: Alex Escalona, Alfons Pomp, Antonio J. Torres, Blanca Rios, Camilo Boza, Carel Le Roux, Fanny Aldana, François Pattou, Jordi Pujol, Luigi Angrisani, Luis Pedraza, Marcos Berry, Mario Nora, Pablo Omelanczuk, Rodrigo Munhoz e Sofie Ahlin. As inscrições ainda podem ser feitas no nosso site (www.sbcbm.org.br). Nosso congresso, aliás, será imperdível! Passamos da marca dos mil inscritos, além dos mais de 270 trabalhos e vídeos enviados que, sem dúvida, contribuirão muito com a grade científica. Apresentamos também mais uma novidade nesta edição do Boletim SBCBM. Um espaço para os colegas publicarem defesas de teses sobre o universo da cirurgia bariátrica. Como este é mais um espaço para o associado, não deixem de enviar os trabalhos para serem divulgados neste excelente canal de comunicação. Dois lançamentos feitos na última edição ganham continuidade. O primeiro é a seção “Entrevista”, que traz o pioneirismo do Dr. Thomas Szegö na cirurgia laparoscópica, revelando como ela chegou se desenvolveu e cresceu no país. O outro é a página da campanha “Vida Leve”, que aborda as ferramentas da terapia ocupacional na inserção dos pacientes em uma nova dimensão social cotidiana. Ainda nesta edição saiba como o Capítulo Bahia quer unificar a categoria dos cirurgiões para ter mais efetividade na busca de condições ideais de trabalho e remuneração. E confira os destaques do 1º Encontro Nacional Multidisciplinar em Cirurgia Bariátrica, promovido pela Coordenação Executiva de COESAS, além do “Espaço Jurídico” com um artigo que aborda a obrigação de meio ou resultado do cirurgião, após a realização do procedimento bariátrico. grande oportunidade do ano para encontrar amigos de todo o país Para finalizar, queremos ouvir a opinião de vocês sobre nossa identidade visual. Estamos rejuvenescendo nossa logomarca. No Boletim o associado pode conhecer as quatro versões disponíveis e votar diretamente em nosso site na opção que mais gostou ou indicar que não deseja que a marca seja alterada. Participem! Enviem sugestões. Compartilhem conosco suas opiniões. Queremos oferecer sempre as melhores informações aos nossos associados. Boa leitura! Almino Ramos Presidente da SBCBM Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica • 3 ENTREVISTA A EVOLUÇÃO DA CIRURGIA LAPAROSCÓPICA A laparoscopia como ferramenta de diagnóstico surgiu no início do século XX, mais precisamente no ano de 1902. Cerca de 80 anos mais tarde ela começa a ser utilizada com caráter cirúrgico inicialmente apenas em procedimentos ginecológicos. Em 1985 é feita a primeira colecistectomia (retirada da vesícula biliar) por laparoscopia. A partir dessa data um novo conceito cirúrgico, menos invasivo e agressivo começa a ser difundido. Além da aplicação laparoscópica (abdômen) a técnica é utilizada em artroscopias (articulações), toracoscopia (tórax), entre outras. Para entender um pouco mais sobre a evolução da laparoscopia no Brasil o Boletim SBCBM traz nesta edição uma conversa com o Dr. Thomas Szegö, ex-presidente da SBCBM (2009-2010) e responsável pela realização da primeira colecistectomia por vídeolaparoscópica da América do Sul, em 1990. Dr. Thomas Szegö, ex-presidente da SBCBM Boletim SBCBM – A laparoscopia surgiu como um exame diagnóstico. De vez na América do Sul uma colecistectomia por vídeolaparoscópica, que maneira ela passou a ser utilizada em cirurgias? na época já se usava o vídeo. Foi introduzido no Brasil então na área digestiva o conceito da cirurgia minimamente invasiva. Nessa época um Dr. Thomas Szegö – A laparoscopia, que nada mais é que o exame dentro grupo de cirurgiões já fazia cirurgia ginecológica e a artroscopia também do abdômen, começou a ser utilizada como exame diagnóstico desde o já era usada para cirurgia das articulações. começo do século passado. Só nos anos 80 é que ela começou a ser utilizada para procedimentos cirúrgicos, na época, basicamente ginecoló- De 90 em diante acabei me envolvendo muito com a laparoscopia gicos. Em 1985, um cirurgião alemão chamado Erich Mühe, retirou pela por ter sido o primeiro a acompanhar o desenvolvimento e ensino da primeira vez a vesícula de um paciente por laparoscopia, ou seja, sem técnica no Brasil. Esse fato culminou com a minha união ao Dr. Arthur grandes cortes no abdômen. Isso foi um divisor de águas para o início Garrido. Paralelamente eu fazia parte do grupo de cirurgia do estômago, de um novo conceito cirúrgico conhecido como cirurgia não aberta ou duodeno e intestino delgado do Hospital das Clínicas da Faculdade de menos agressiva. Ao invés de cortar, são feitos de cinco a seis pequenos Medicina da Universidade de São Paulo e o Dr. Garrido também fazia furos por onde o procedimento será realizado. parte desse grupo, desenvolvendo e modernizando a cirurgia bariátrica dentro do hospital. É como ela chegou até a cirurgia bariátrica? Em 1997 decidimos juntar nossas experiências num só procedimenT.S. – Em julho de 1990 eu tive a oportunidade de realizar pela primeira 4 • Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica to, eu com a laparoscopia e o Dr. Garrido com a cirurgia bariátrica. O objetivo era agregar à cirurgia bariátrica as mesmas vantagens que A cirurgia laparoscópica pode ser considerada uma boa opção para os vínhamos tendo nas outras áreas com a laparoscopia. cirurgiões? Como foi esse processo? T.S. – Nem é uma questão de opção, acredito que é uma obrigatorie- T.S. – Nessa época ninguém fazia isso no Brasil, então fomos procurar dade. Claro ainda falta muito, o SUS, por exemplo, quase não opera os pioneiros da laparoscopia em cirurgia bariátrica. Havia um grupo no por laparoscopia, no interior também é muito pouco por falta de Hospital Alvarado, em San Diego, na Califórnia, encabeçado pelos cirur- treinamento e autorização de convênios, mas a tendência é universa- giões, Alan Wittgrove e Wesley Clark. Eles publicaram em 1993 um tra- lizar. Não acredito que chegue a 100%, pois a tendência natural é o balho relatando o uso da laparoscopia na realização do bypass gástrico. crescimento da laparoscopia e a reserva da via aberta para pequenos nichos, a retirada de vesícula, por exemplo, ainda é feita pela cirurgia Nós conseguimos ficar alguns dias com eles acompanhando a realização convencional aberta. das cirurgias e tentando absorver o máximo de conhecimento. Quando voltamos desenhamos de que maneira faríamos a cirurgia laparoscópica Mas quem optar pela laparoscopia deve fazer um bom treinamento, no Brasil. Fizemos vários treinamentos em laboratório e depois partimos porque é uma técnica cheia de detalhes. É fundamental ter treinamento para a cirurgia em humanos. Foi um começo muito difícil, pois não para conhecer o assunto obesidade, síndrome metabólica e aprender tinha ninguém para nos ensinar. Acompanhamos diversas operações técnicas para saber fazer alternativas para corrigir problemas caso na Califórnia, mas na hora de fazer é tudo muito diferente. As primei- apareçam. ras cirurgias foram realizadas no Hospital Israelita Albert Einstein em 1998 e eram muito longas, difíceis com muitos procedimentos novos, Porém quem utiliza melhor a técnica aberta deve continuar fazendo. como grampeamentos, que tivemos que aprender a manusear, além das Não é antiquada, nem proibida, muito menos errada. grandes suturas que deviam ser feitas. Foi um começo muito difícil, mas O resultado da operação não depende da técnica. Excetuando a parte necessário para chegarmos ao patamar que estamos hoje. estética e a questão das hérnias o resultado deve ser absolutamente igual. Depois desse importante passo como a cirurgia laparoscópica se difundiu? Só para comparar, nos Estados Unidos eu desconheço quem ainda faz a cirurgia aberta, mesmo os serviços mais conservadores acabaram se T.S. – Entre 1998 e 2000 eu e o Dr. Garrido operamos juntos um bom adaptando porque é uma exigência do mercado. Ninguém quer um numero de casos. Além das cirurgias eu treinava e auxiliava a equipe corte na barriga se pode ter cinco ou seis furinhos. dele. Por volta de 2002, quando sentimos que toda equipe já estava bem treinada, resolvemos finalizar nossa parceria científica. Nesse Como está a questão da laparoscopia no SUS? momento a cirurgia laparoscópica já estava bem difundida entre os cirurgiões. T.S. – A técnica está aprovada para ser feita pelo SUS, mas poucos hospitais fazem, por conta do custo, falta de material entre outros motivos. Quais são os principais benefícios da cirurgia laparoscópica? É uma cirurgia momentaneamente mais cara, o material tem um custo alto que será amortizado com o fato do paciente ter alta mais rápido e T.S. – A recuperação é muito mais rápida, quando o cirurgião está devida- representar um custo social menor. mente treinado ele opera mais rápido por laparoscopia. Em equipes bem treinadas uma cirurgia aberta leva de 1h30 a 2h e a laparoscópica de 1h Após alguns anos já podemos observar uma evolução da laparoscopia? a 1h30. Não é uma diferença significativa, no volume sim, mas é mais o fato da recuperação. As hérnias incisionais, por exemplo, incidem em T.S. – Existe a técnica de um furo só, conhecida como single port (acesso 30% dos operados na técnica aberta. Na laparoscopia é muito menor, único), mas não esta consagrada em termos de vantagens e sua eficiên- não chega a zero mais é um número muito menor, além das hérnias cia é questionada. Ainda é necessário provar que é uma técnica melhor, serem pequenas e muito mais simples, quando aparecem. Além disso, mas como é feito somente um furo maior no umbigo, a incidência de podemos citar que o índice de complicação abdominal e infecciosa é hérnias aumenta, o que não traz muita vantagem. muito menor, a parte estética fica muito mais resguardada, causa menos Outro ponto dessa evolução é a introdução da cirurgia robótica, mas dor, a recuperação pós-operatória é mais rápida e em uma semana o ela tem um custo muito grande e ainda não trouxe nenhuma grande paciente está liberado para trabalhar. Na cirurgia aberta normalmente é vantagem. Porém são técnicas que estão em avaliação e devem ser necessário mais tempo de repouso para a cicatrização do corte. observadas. Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica • 5 CONGRESSO SBCBM XVI Congresso da SBCBM terá número recorde de participantes Profissionais de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México, Portugal, Reino Unido e Suécia serão os protagonistas deste imperdível encontro anual F altando pouco mais de um mês para o início do XVI Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica da SBCBM, está tudo pronto para receber as grandes estrelas do evento: os cirurgiões, profissionais das especialidades associadas e os convidados nacionais e internacionais. Todos empenhados em trocar ideias, experiências e conhecimentos no amplo segmento de cirurgia bariátrica. Passamos da marca de mil inscrições e tudo indica que este Congresso terá um número recorde de participantes. São mais de 270 trabalhos e vídeos enviados que, juntamente com a rica programação científica, fórum de vídeos avançados e cirurgias ao vivo, garantirão o sucesso do evento. Cada momento do congresso vem sendo preparado com riqueza de detalhes para que os participantes possam aproveitar da melhor maneira possível essa grande oportunidade de confraternização e troca de experiências, tanto entre os profissionais que atuam no Brasil, quanto entre os do exterior, que nesta edição representarão, além da América do Sul, a América do Norte e a Europa. Experiência comprovada pela qualidade e volume de cirurgias. Cada continente representado no Congresso tem um país no ranking da cirurgia bariátrica. De acordo com números de 2013, o país que mais realiza cirurgias são os Estados Unidos (140 mil), seguido pelo Brasil (80 mil) e pela França (37 mil). “Os profissionais do exterior que participarão do Congresso têm as mais altas patentes em renomados hospitais, clínicas e universidades de seus países. Alguns coordenam as principais pesqui- 6 • Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica sas científicas realizadas no segmento. São pessoas extremamente gabaritadas para apresentar o cenário atual mundial da cirurgia bariátrica e metabólica”, relata o Dr. Almino Ramos, Presidente da SBCBM. Entre os países representados nesta edição do Congresso estão: Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México, Portugal, Reino Unido e Suécia. O Brasil marcará presença com representantes de praticamente todos os estados. Para os associados que ainda não fizeram a inscrição elas ainda podem ser feitas pelo nosso site (www.sbcbm.org.br). Na página o interessado terá acesso ao formulário digital com as instruções para realizar sua inscrição, as categorias que definem os valores e também a forma de pagamento que for mais conveniente. CONGRESSO SBCBM Alex Escalona, Chile Camilo Boza, Chile Graduado em cirurgia geral e digestiva na Pontifícia Universidade Católica do Chile. Especializado em cirurgia da obesidade e diabetes tipo 2, cirurgia minimamente invasiva de câncer gástrico e tratamento cirúrgico de refluxo gastroesofágico. Graduado em cirurgia geral e digestiva na Pontifícia Universidade Católica do Chile, onde realiza as cirurgias. Especializado em cirurgia da obesidade, cirurgia minimamente invasiva, refluxo gastroesofágico, hérnia da parede abdominal e câncer gastroesofágico. Alfons Pomp, EUA Carel Le Roux, UK Chefe do departamento de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Weill Cornell Medical Center, New York, Estados Unidos. Cirurgião geral, especialista em cirurgia bariátrica minimamente invasiva, intestino anterior e cirurgia de órgãos sólidos. Antonio J. Torres, Espanha Professor de Cirurgia na Universidade Complutense de Madri, Espanha. Chefe do Serviço de Cirurgia Geral, Digestiva e Torácica no Hospital Clínico San Carlos. Ex-Presidente da IFSO biênio 2011-2012. Blanca Rios, México Licenciada em Psicologia Clínica, mestre em Psicologia Clínica e Psicoterapia na Universidade Anáhuac, México. Trabalha no Instituto de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital Ángeles del Pedregal no México D.F. Coordenadora de Equipes multidisciplinares da IFSO. Especializado em medicina metabólica pelo Hospital Hammersmith e PhD pelo Imperial College London. Chefe de Patologia da Universidade de Dublin, que estuda as complicações do Diabetes. Fanny Aldana, Colômbia Nutricionista especializada em cirurgia da obesidade. François Pattou, França Professor de cirurgia da faculdade de medicina da universidade de Lille, França. Chefe do departamento de cirurgia geral e endocrinologia do hospital universitário de Lille. Lidera o grupo de pesquisa INSERM UMR 859 Biotherapies, dedicado ao desenvolvimento de bioterapias para diabetes. Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica • 7 CONGRESSO Jordi Pujol, Espanha Cirurgião especializado no aparelho digestivo e cirurgia da obesidade. Com mais de 25 anos de experiência, o doutor e sua equipe atendem no Hospital de Bellvitge e na Clínica Delfos, onde realizam consultas e cirurgias por laparoscopia. Luigi Angrisani, Itália Mario Nora, Portugal Chefe do centro de cirurgia digestiva e bariátrica do Hospital de Santa Maria e Hospital da Arrábida – Portugal Pablo Omelanczuk, Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Cirurgia Geral Endoscópica. Atual presidente da IFSO. Argentina Chefe do setor de cirurgia bariátrica e cirurgia gastroesofágica no Hospital Italiano de Mendoza, desde abril de 2006. Luis Pedraza, México Rodrigo Munhoz, Chile Cirurgião, mestre em administração hospitalar. Diretor do Instituto de Investigação e Educação em Ciências da Saúde, Cidade do México e arredores Marcos Berry, Chile Especialista em Cirurgia Digestiva, Laparoscópica e Cirurgia de Obesidade. Cirurgião e chefe da Unidade de Cirurgia Bariátrica (Obesidade) da Clinica Las Condes, Santiago, Chile. 8 • Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica Cirurgião investigador do laboratório de pesquisas em cirurgia bariátrica e metabólica da Pontifícia Universidade Católica do Chile. Sofie Ahlin, Suécia Participa da divisão de metabolismo e pesquisa cardiovascular do departamento de medicina molecular e clínica Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, Suécia. Nos últimos anos tem se dedicado a avaliação dos resultados cardiovasculares e metabólicos do Estudo SOS, o maior do mundo em obesidade. DESTAQUE REGIONAL CRIAÇÃO DA COOPERATIVA DOS CIRURGIÕES BARIÁTRICOS DO ESTADO É META DO CAPÍTULO BAHIA Osiris Cerqueira Casais e Silva, Presidente do Capítulo Bahia A atual diretoria do Capítulo Bahia da SBCBM quer deixar um legado para a próxima gestão com a criação da Cooperativa dos Cirurgiões Bariátricos da Bahia. De acordo com o Presidente do Capítulo Dr. Osiris Cerqueira Casais e Silva, o objetivo é unificar ainda mais a categoria dos cirurgiões para que, juntos, possam ter mais efetividade na busca de condições ideais de trabalho e remuneração, o que, consequentemente, privilegiará a população. “Nós todos vivemos uma fase instável na saúde brasileira, com baixa remuneração, falta de reconhecimento e respeito pelo governo federal contrastando com o aumento do número de obesos e cirurgias bariátricas no país. A profissionalização do serviço público do tratamento da obesidade e melhores remunerações figuram entre nossos objetivos”, comenta Dr. Osiris. O estado da Bahia se destaca por registrar um dos três melhores honorários médicos pagos no Brasil. Porém, de acordo com o cirurgião, a classe ainda luta por melhorias na remuneração dos serviços. “A história da cirurgia bariátrica na Bahia facilitou as boas negociações com os planos de saúde. O crescimento gradativo do número de cirurgiões no estado auxiliou na manutenção dessas boas negociações. Contudo, apesar de sermos um dos estados com melhor remuneração, não estamos satisfeitos, pois há 10 anos que não temos reajustes. E medidas estão sendo analisadas para conseguirmos melhorias”, diz. Sobre os honorários médicos, o presidente do capítulo passa uma orientação para os representantes de outros estados que pretendem fazer reivindicação de seus direitos. “É bem verdade que o grande número de cirurgiões bariátricos pode dificultar nas negociações, mas o caminho para alcançar o sucesso no quesito remuneração é a união da classe. Essa é a palavra chave! Acredito que o primeiro passo é se organizar, pensar e agir como um grupo, esquecendo interesses próprios”, aconselha. CAPÍTULO BAHIA Presidente: Osiris Cerqueira Casais e Silva Vice Presidente: Nilson Roberto Ribeiro Oliveira Junior Secretário: Adriano Passos Rios Vice Secretário: Creilson Almeida de Campos Tesoureiro: Marcelo Falcão de Santana Vice Tesoureiro: Leonardo Vinhas Silva Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica • 9 TERAPIA OCUPACIONAL AJUDA PACIENTE BARIÁTRICO A SE ADEQUAR A UMA NOVA REALIDADE Objetivo é compreender a rotina das pessoas para propor atividades que reorganizem o cotidiano, facilitem a adesão ao tratamento cirúrgico da obesidade e insiram os pacientes em uma nova dimensão social cotidiana O terapeuta ocupacional é um facilitador do tratamento cirúrgico da obesidade. Os profissionais da área que atuam em equipes multidisciplinares de cirurgia bariátrica são responsáveis por auxiliar os pacientes a entrarem e se adequarem a uma nova realidade, pautada por atividades e estilo de vida saudável. A L I M E N TAÇÃO, E X E RC Í C I O S E M U I TO M A I S O ser humano é um ser ocupacional: seu tempo é preenchido por atividades diversas, como o trabalho, a prática de exercícios, a alimentação, os estudos e o lazer. No entanto, o estilo de vida moderno faz com que muitas pessoas acabem ocupando suas rotinas com comportamentos que prejudicam a saúde. É aí que o trabalho do terapeuta ocupacional acontece. “Ajudamos o paciente a transformar seus hábitos. A proposta é que ele substitua atitudes nocivas a sua saúde por outras benéficas, atividades sempre pactuadas com a busca do paciente pela reorganização da vida cotidiana”, explica Vanina. “Nós fazemos um link multidisciplinar entre as diversas áreas envolvidas no pré e no pós-operatório da cirurgia bariátrica, promovendo uma reorganização do cotidiano do paciente em tratamento nas esferas mental, social, física e lazer por meio de ocupações saudáveis e alinhadas a sua nova condição clínica”, explica Vanina Barbosa Lopes, terapeuta ocupacional e integrante da COESAS - Comissão de Especialidades Associadas da SBCBM. Quando a adesão do paciente ao tratamento não ocorre, a terapia ocupacional ganha maior destaque porque sua atuação impulsiona e amplifica o trabalho realizado por outras especialidades das COESAS, como a psicologia, educação física, fonoaudiologia, dentre outras profissões. O terapeuta mergulha no cotidiano do paciente para compreender como mudar sua realidade e com isso auxilia a gerar comprometimento com o tratamento. 10 • Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica No pós-cirúrgico as atividades necessitam ser repensadas e graduadas, pois, logo após a operação, o paciente muitas vezes apresenta uma sensação de cansaço e fraqueza devido às restrições nutricionais. Como seu organismo está se adaptando ao novo, o terapeuta, pode auxiliar no desempenho ocupacional por meio das técnicas de conservação de energia, adaptações necessárias para realização das atividades cotidianas. COESAS COESAS PROMOVE EVENTO EM SÃO PAULO PARA DISCUTIR MULTIDISPLICINALIDADE N os dias 18 e 19 de julho a Associação Paulista de Medicina recebeu profissionais da Comissão de Especialidades Associadas – COESAS para o 1º Encontro Nacional Multidisciplinar em Cirurgia Bariátrica. Nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, educadores físicos, dentistas, terapeutas ocupacionais endocrinologistas, enfermeiros e cirurgiões se reuniram para trocar conhecimento e debater maneiras de aprimorar a cirurgia bariátrica. “O objetivo era atualizar conceitos dos diversos especialistas de forma integrada e fomentar a prática baseada em evidencias. As expectativas foram correspondidas. As aulas estavam excelentes e os debates foram enriquecedores”, afirmou Juliana Franzotti, integrante da Coordenação Executiva de COESAS juntamente com Isabel Paegle e Sandra da Silva Maria. Os participantes puderam trocar opiniões nos painéis de discussões que abordaram assuntos como a multidisciplinariedade nas alternativas de tratamento e recidiva da obesidade póscirurgia. A interação seguiu também para as mesas de debates que trataram temas como: “Em sua opinião, o profissional que atua na cirurgia bariátrica e já realizou o procedimento (é operado), interfere na sua atuação? De que forma?” e “Quando o paciente julga desnecessário o atendimento da equipe multidisciplinar no pré-operatório: o que fazer? Como abordar essa situação com o cirurgião?” Ao todo foram mais de 120 profissionais presentes de 12 estados diferentes. O encerramento do 1º Encontro Nacional ficou a cargo da psicóloga Aída Marcondes Franques, ex-presidente (biênio 2007-2008) e uma das fundadoras da Comissão de Especialidades Associadas. Em 2015 o evento deverá ser realizado novamente. Ricardo Ventre, presidente de COESAS, Alessandra Coelho, vice-presidente, e Silvia Faria, vice-presidente executiva, pensam na segunda edição devido ao grande número de interessados em participar do Encontro Nacional de COESAS que não conseguiram se inscrever. “Esta foi uma ótima oportunidade para integrar conhecimento e promover a visão multidisciplinar da Cirurgia Bariátrica que tenha o paciente no centro do tratamento”, afirma Almino Ramos, presidente da SBCBM. Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica • 11 JURÍDICO CIRURGIA BARIÁTRICA: OBRIGAÇÃO DE MEIO OU RESULTADO? A cada ano, cresce o número de pessoas que encaram o desafio de emagrecer reduzindo o tamanho do estômago por meio de cirurgia bariátrica. Na última década, o número de cirurgias deste tipo cresceu mais de 300%. Atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países que mais realizam este tipo de intervenção, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A obrigação de meio é aquela cujo objeto se restringe ao emprego de todos os meios necessários ou possíveis, sem que atinja um resultado final (no caso, a cura do paciente). A obrigação de resultado de um modo geral tem como meta a obtenção de um resultado predeterminado e pactuado com o consumidor/paciente, e seu descumprimento gera responsabilidade civil. É inegável que a cirurgia bariátrica resolve muitos problemas de saúde, como hipertensão, insuficiência cardíaca e diabetes, mas também não pode esconder-se que há muitos pacientes que buscam o procedimento para fins estéticos, pois, é o método mais rápido de se perder peso, embora mais doloroso e complicado, uma vez que a cirurgia não é o fim, mas o início de um processo de emagrecimento e autoconhecimento. Prova disso é que muitos pacientes ganham peso e voltam a serem obesos mesmo após a cirurgia. A cirurgia bariátrica é uma obrigação de meio, o médico cirurgião tem a obrigação de fazer o melhor e aplicar todos os meios diligentes e prudentes para um resultado positivo. Quando este resultado não for satisfatório, o médico cirurgião é isento de responsabilidade uma vez que não há como prever que o procedimento é totalmente seguro e eficaz. Não constitui objeto da obrigação a cura do paciente, mas a prestação de cuidados atentos e conscienciosos, mediante o emprego do tratamento adequado e reconhecido pela comunidade cientifica. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países que mais realizam este tipo de intervenção, ficando atrás apenas dos Estados Unidos Diante deste aspecto o cirurgião possui a obrigação de meio ou resultado quando realiza o procedimento cirúrgico de redução de estomago no paciente? No Brasil, a maioria das obrigações contratuais dos profissionais liberais é considerada de meio, ou seja, o resultado esperado pelo consumidor não é necessariamente alcançado, embora deva ser buscado. 12 • Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica Importante ressaltar que o paciente obeso deve se enquadrar nos requisitos descritos na Resolução n° 1942/2010, regulamentada pelo Ministério da Saúde (MS) e Conselho Federal de Medicina (CFM), para realizar a cirurgia bariátrica. A ausência destes requisitos poderá caracterizar um tratamento puramente estético e obrigará o cirurgião ao resultado positivo, ou seja, emagrecimento. Por fim, a aplicação e utilização do termo de consentimento informado nos procedimentos de redução de estômago, auxiliará o cirurgião a comprovar sua isenção de responsabilidade. Este dever de informar o paciente adequadamente é obrigação do cirurgião, pois é de notório conhecimento que cada paciente possui um organismo diferente, e na hipótese do resultado não ser satisfatório ao tratamento proposto, o médico será isento de sua responsabilidade civil e consequentemente dever de indenizar. Marcos Oliveira Pós-graduando em Direito Médico pela Faculdade de Medicina do ABC e advogado na Gonçalves e Benetti. Departamento Jurídico da SBCBM – [email protected] ACADEMIA Colabore conosco. Envie sua tese para [email protected] e ela será publicada no Boletim SBCBM ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E CÂNCER: ANÁLISE AUTORA: Luciana Teixeira de Siqueira ORIENTADOR: Dr. Álvaro Antônio Bandeira Ferraz COORIENTADORA: Dra. Marcela Silvestre Outtes Wanderley DESCRIÇÃO - Tese apresentada ao Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco, como parte dos requisitos para obtenção do título de doutor em Cirurgia. Conclusões: Foram identificadas proteínas potencialmente carcinogênicas nos pacientes portadores de obesidade; A perda de peso induzida pelas técnicas cirúrgicas DGYR e gastrectomia vertical promoveu a remissão significativa dessas proteínas; A mudança nos níveis de insulina influenciou na ausência de expressão da Apolipoproteína A-1 após a cirurgia; A calicreína 11 não sofreu influência nem do peso e nem da concentração de insulina, permanecendo hiperexpressa no pós-operatório. EFEITOS DA UTILIZAÇÃO DO ANEL DE SILASTIC EM CIRURGIAS DE DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM “Y DE ROUX” PARA TRATAMENTO DAS OBESIDADES GRAUS II E III: ANÁLISE COMPARATIVA AUTOR: Dr. Irineu Rasera Júnior. ORIENTADORA: Prof. Dra. Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry COORIENTADOR: Prof. Dr. Celso Vieira de Souza Leite Tese apresentada à Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Bases Gerais da Cirurgia. DESCRIÇÃO - Atualmente a Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR) é uma das cirurgias bariátricas mais utilizadas no mundo no tratamento das obesidades moderadas e graves. A colocação de anel de silastic para aumentar a restrição neste procedimento ainda é controversa. Método: Estudo prospectivo e randomizado para a colocação do anel em 400 cirurgias, sendo a presença ou ausência do anel não revelada, tanto para pacientes quanto para a equipe multidisciplinar de avaliação, 24 meses após a cirurgia, período correspondente a este estudo. Resultados: Os grupos Sem Anel (SA) e Com Anel (CA) foram comparáveis, com medianas de peso inicial de 125 kg, IMC 47 e idade 36 anos, evoluindo, respectivamente, com medianas de perda do excesso de peso (PEP) de 71% x 75,4% (p=0,002), recuperação de peso 10,5% x 1,1% (p<0,001), vômitos diários ou semanais 7,7% x 24,4% (p<0,001) e avaliações “Excelente” ou “Muito bom” 79% x 80% (p=0,917). A avaliação do BAROS não foi influenciada pela frequência de vômitos, mas foi pelo emagrecimento, com avaliações melhores nos pacientes com PEP>72%. Conclusões: Após dois anos, a colocação de anel nas DGYR resultou em significativa vantagem no emagrecimento e na estabilidade do peso, porém acompanhada de frequência de vômitos três vezes maior. DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM PACIENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE LEVE: ANÁLISE DA EFICÁCIA DA DERIVAÇÃO GÁSTRICA AUTOR: Vladimir Curvêlo Tavares de Sá ORIENTADORES: Dr. Álvaro Antonio Bandeira Ferraz e Dr. Josemberg Marins Campos DESCRIÇÃO - Tese apresentada ao Colegiado do Programa de PósGraduação em Cirurgia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Cirurgia. Conclusões: Os resultados encontrados associados às discussões ocorridas, segundo as condições do trabalho, permitiram concluir, de uma forma geral, com nível significância de 95%, que a DGYR foi uma modalidade terapêutica segura e eficaz para o controle glicêmico nos pacientes diabéticos operados pelo grupo de cirurgia geral do HC-UFPE, em nível ponderal de sobrepeso no curto prazo e de obesidade leve no longo prazo. Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica • 13 ENQUETE Caro associado Gostaríamos de contar novamente com sua contribuição nas melhorias que a SBCBM vem realizando na comunicação com os associados e também com o público externo e imprensa. Vamos mudar nossa identidade visual. Algum tempo já se passou desde a criação da marca e chegou o momento de atualizá-la. Em primeira mão você poderá conferir as quatro opções formatadas com elementos que trazem a marca para um novo momento sem abandonar o padrão visual utilizado anteriormente. Acessando nosso site (http://bit.ly/vota-logo) você pode votar em qualquer uma delas, bem como na opção “manter logo atual”. Contamos com a participação de todos. Atenciosamente, Diretoria SBCBM ? ELEIÇÕES NOVAS DIRETORIAS Concluída as eleições da SBCBM para o biênio 2015-2016, no dia 12 de setembro, a nova Diretoria Nacional e os Capítulos (até o momento 11) serão formados pelos seguintes componentes: DIRETORIA NACIONAL Presidente: Josemberg Marins Campos (PE) Vice-Presidente: Claudio Corá Mottin (RS) Secretário: Marcos Leão Vilas Boas (BA) Segundo Secretário: Antônio Carlos Valezi (PR) Tesoureiro: Alexandre Amado Elias (SP) Segundo Tesoureiro: Mauricio Emmanuel Gonçalves Vieira (RJ) CAPÍTULOS BAHIA Presidente: Dr. Heitor Portella Póvoas Filho Vice-Presidente: Dr. Leonardo Vinhas Silva Secretário: Dr. Osiris Cerqueira Casais e Silva Segundo Secretário: Dr. Marcelo Falcão de Santana Tesoureiro: Dr. João Eduardo Marques Tavares de Menezes Ettinger Segundo Tesoureiro: Dr. Creilson Almeida Campos ESPÍRITO SANTO Presidente: Luiz Antônio Poncio de Andrade Vice-Presidente: José Tarcísio Barroso Zovico Secretário: Gustavo Peixoto Soares Miguel Segundo Secretário: Marco Antônio Novaes Tesoureiro: João Alípio Barcellos Noé Segundo Tesoureiro: Franklin Wilson Novaes GOIÁS Presidente: Leonardo Porto Sebba Vice-Presidente: Luiz Henrique de Sousa Secretário: Rennel Pires de Paiva Segundo Secretário: Adriano Teixeira Canedo Tesoureiro: Eduardo Custodio de Oliveira Gomes Segundo Tesoureiro: Marcos Teodoro de Freitas Segundo Secretário: Dr. Paulo Fernandes Neto Tesoureiro: Dr. Danielson Diembarre Segundo Tesoureiro: Dr. Sérgio Nassif MATO GROSSO DO SUL Presidente: Pedro Cavalcanti de Albuquerque Vice-Presidente: Flavio Kreimer Secretário: João Evangelista Neto Segundo Secretário: Roberto José Costa Lustosa Tesoureiro: Severino Oscar Barreto Coutinho Neto Segundo Tesoureiro: Lindon Johnson Batista de Oliveira Presidente: Dr. James Câmara de Andrade Vice-Presidente: Dr. Wilson de Barros Canteiro Secretário: Dr. Francisco Gomes Rodrigues Segundo Secretário: Dr. Jorge Akira Honda Tesoureiro: Dr. Cesar Giovani Conte Segundo Tesoureiro: Dr. Sami Lofti Junior RIO DE JANEIRO Presidente: Dr. Fabio Viegas Vice-Presidente: Dr. Antônio Claudio Jamel Coelho Secretário: Dr. Gláucio Borges Moraes Segundo Secretário: Dr. José Antônio dos Santos e Fróis de Almeida de Pinna Cabral Tesoureiro: Dr. Sergio Ricardo Dias Guimarães Segundo Tesoureiro: Dr. Guilherme Lemos Cotta Pereira MINAS GERAIS Presidente: Dr. Dyker Santos Paiva Vice-Presidente: Dr. José Luiz Campello de Mello Vianna Secretário: Dr. Marcelo Gomes Girundi Segundo Secretário: Dr. Bernardo Guimarães de Aguiar Tesoureiro: Dr. Roberto Guimarães Cabezas Andrade Segundo Tesoureiro: Dra. Galzuinda Maria Figueiredo Reis PARANÁ Presidente: Dr. Tomaz Massayuki Tanaka Vice-Presidente: Dr. Antônio Carlos Rosa de Sena Secretária: Dra. Solange Cravo Bettini PERNAMBUCO RIO GRANDE DO SUL Presidente: Dr. Fernando Rogério Beylouni Farias Vice-Presidente: Dr. Carlos Frota Dilemburg Secretário: Dr. Carlos Augusto Scussel Madalosso Segundo Secretário: Dr. Jarbas Marinho Branco Cavalheiro Tesoureiro: Dr. Sérgio Ricardo Pioner Segundo Tesoureiro: DR. Rafael Jacques Ramos SANTA CATARINA Presidente: Dr. Felipe José Koleski Vice-Presidente: Dr. Ricardo Baratieri Secretário: Dr. Ricardo Reis do Nascimento Segundo Secretário: Dr. Sergio Batista Tesoureiro: Dr. Joe Waltrick Segundo Tesoureiro: Dr. Ivanor Alba SÃO PAULO Presidente: Roberto Luiz Kaiser Junior Vice-Presidente: Marçal Rossi Secretário: Roberto Rizzi Segundo Secretário: Cesar Antônio Dias Tesoureiro: Alexander Charles Morrell Segundo Tesoureiro: Eduardo Curvello Tolentino ACONTECE FÓRUM METABÓLICO Preocupadas com o crescimento da obesidade e consequentemente com a incidência de doenças associadas, seis entidades de classe resolveram se unir em busca de um objetivo comum que contribua com a saúde e qualidade de vida da população. SBCBM-Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, SBEM-Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, ABESO-Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, SBD-Sociedade Brasileira de Diabetes, CBCColégio Brasileiro de Cirurgiões e CBCDColégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva têm como meta, entre outros assuntos, definir critérios de indicação da cirurgia metabólica principalmente para o tratamento do diabetes tipo 2. “O Fórum é de grande relevância para discussão da introdução da cirurgia metabóli- ca no Brasil. Integrando as diversas disciplinas envolvidas podemos ter um foco mais preciso no combate de doenças como o diabetes tipo 2. Hoje no Brasil, por exemplo, não temos normas para realizar cirurgias bariátricas em pacientes com IMC abaixo de 35, mesmo com altos índices de diabetes não controlados por tratamento clínico. Isso precisa ser solucionado”, explica Dr. Almino Ramos, Presidente da SBCBM e coordenador do Fórum. As inscrições são gratuitas com número limitado de vagas e podem ser feitas no link (http://bit.ly/inscricao-forum). A participação é presencial ou por webcast. 3ª MAIOR DELEGAÇÃO NA IFSO O Congresso Mundial da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders de 2014 realizado na cidade de Montreal, no Canadá teve o Brasil como a terceira maior delegação do evento, atrás apenas de americanos e canadenses. “Isso demonstra o interesse dos cirurgiões e profissionais brasileiros em produzir conhecimento e melhorar constantemente para elevar o nível da cirurgia bariátrica praticado no país”, afirma Dr. Almino Ramos, presidente da SBCBM. O evento deste ano destacou a importância de uma abordagem multidisciplinar para a cirurgia bariátrica e, como de costume, apresentou novas tecnologias, pesquisas e também cirurgias ao vivo. Foram 23 plenárias e seis sessões de vídeo durante os dias de evento. Da esquerda para direita os Doutores: Josemberg Marins Campos, João Caetano Marchesini, Manoel Galvão Neto e Almino Ramos 16 • Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica