Jornal ONG Origem
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Jornal da Associação Ambientalista de Marília - Origem Ano 2 - nº 01 - Marília, maio e junho de 2009. Apenas um vazio a mais “A Célula e a Gota” Mesmo com seus espaços privilegiados, Marília não valoriza sua área verde Crônica de Cid Cândido de Oliveira Página 02 Uma reflexão sobre o atual modo de produção, por Luiz Leme Página 06 Eco-notas Foto: Eduardo Pereira Mussi Informações sobre a Associação Ambientalista de Marília Páginas 04 e 05 Infraestrutura versus meio ambiente, por Ricardo Scaglion Página 08 Na foto, área próxima as nascentes do Córrego Palmital, localizada no bairro Jânio Quadros Por Mariana Roncari A cidade de Marília possui uma das mais belas paisagens de toda a região. Um dos exemplos destes espaços fica na zona norte, mais especificamente no bairro Jânio Quadros, onde está abrigada uma das mais bonitas vistas que o município oferece. A área já despertou inclusive o interesse de uma comissão formada por presidentes eleitos dos Rotary Club de Marília, em 2007. De acordo com o presidente da Origem Luis Eduardo Diaz, que fez parte deste grupo, a idéia era de criar um projeto que representasse um patrimônio para a cidade. “Diversos projetos foram apresentados, entre os quais uma idéia que era bastante comum a todos nós, a de um Parque Urbano que fosse um ponto de observação e de convivência junto à belíssima paisagem dos Itambés, as falésias que circundam a cidade e que dão suporte às longas vistas dos vales e córregos da região. Esta foi a nossa escolha. Doar uma área para a cidade. Desta forma, montamos uma pequena comissão para encontrarmos uma área, pública ou privada, que estivesse disponível ou cuja disponibilidade se tornasse simples, considerando que teríamos a ajuda do poder público e o apoio do empresariado para uma oportunidade única na cidade”. Diaz conta que uma das áreas que mais despertou interesse foi exatamente este espaço no bairro Jânio Quadros, que fica ao longo da Rua Mariápolis. A área, relativamente nova na cidade, com uma ocupação de aproximadamente 15 anos atrás, está marcada por um triângulo vazio de aproximadamente 60.000 m². “Sem finalidade clara no entrelaçamento da malha urbana, o triângulo avança em direção a um vale belíssimo, ladeado por paredões de pedra dos quais em dia de chuva brotam longas e estreitas quedas d’água. O triângulo assim, termina por nos apresentar um cenário ímpar, cujo potencial não foge ao olhar mais atento”, relata o empresário. Contudo, apesar do interesse, a comissão não conseguiu viabilizar o projeto. “Todas as áreas que apareceram apresentaram graves problemas de registros, alguns de obras inconclusas, outras de licitações realizadas e pagas, porém sem obras aparentes. Sem mais nem menos, o tempo foi passando e a pesquisa se esgotou. Nenhuma área atendeu aos nossos requisitos e a idéia foi abandonada”. Continua na página 03. Tatiane Chrispim explica o que é “ser sustentável” Página 07 Óleo vegetal Saiba como descartar o seu óleo de cozinha Página 08 Projeto Município Verde A cidade de Marília está fora da lista de 44 municípios que terão prioridade na obtenção de recursos do governo estadual. Página 07 02 / Marília / maio e junho de 2009 Editorial “La Nature c’est une sphère infinie dont le centre est partout, la circonférence nulle part.” “A Natureza é uma esfera infinita, cujo centro está em todos os lugares, e a circunferência, em nenhum lugar” Blaise Pascal É com grande alegria que retomamos as edições do Origem Notícias, jornal da Associação Ambientalista de Marília, que tem como foco promover uma reflexão e apresentar propostas sobre a situação ambiental do nosso município. Sempre quando falamos em Meio Ambiente estamos nos remetendo a um conceito muito mais amplo, que é o da nossa preservação, da nossa relação com o mundo enfim. Mas se podemos imaginar que o mundo afinal começa no nosso comportamento, então é da nossa cidade que decidimos falar. Não apenas as nossas ações, mas a nossa falta de ação determina qual é o uso que fazemos do espaço urbano, como a cidade é desenhada, como ela evolui no tempo. Quais são as forças e os interesses que enfim desenham a cidade? Qual é o projeto que temos? Esta pergunta nos lembra do desafio que tem sido a construção do Plano Diretor do Município e a conseqüente implantação do Conselho de Habitação e Política Urbana, e a cidade tem respondido a altura. Mais de 30 entidades e associações estão envolvidas na formação do Conselho, que tem como objeto a co-gestão da implantação do Plano Diretor. O Plano Diretor implantado nos possibilitará planejar a cidade que queremos, e é essa é a sua relevância fundamental. Precisamos assim, conquistar no dia a dia a democracia, intensa, que não se apresenta como algo pronto à participação. São as nossas ações que determinam, são os nossos desejos que podem fazer a diferença, que transformam e dão graça aos nossos lares e à nossa cidade. Precisamos assim, de uma cidade talvez mais feminina, que acolha com afeto a belíssima paisagem na qual se insere, que não permaneça de costas à natureza pródiga que a abençoa. Propomos um resgate da cidade, no sentido em que podemos sim, fazer a diferença no nosso mundo, começando pela nossa cidade, e pela qualidade da relação que estabelecemos com o nosso entorno, uma chamada à responsabilidade que temos em desenhar o nosso futuro, para que tenhamos uma cidade a altura do coração dos marilienses. Este jornal não seria possível sem o empenho dos membros da Associação Ambientalista de MaríliaOrigem, entidade que desde 1995 se preocupa em defender o Meio Ambiente e promover a cidadania responsável, com a excelente coordenação de Mariana Roncari. Também gostaria de agradecer a colaboração de Cid Candido de Oliveira, e também do Sérgio Chaves e o Ebbios, da premiada revista Café Espacial, que contribuíram com um toque de leveza necessário para este número. Luis Eduardo Diaz Presidente da Associação Ambientalista de Marília ONG Origem Crônica A célula e a gota! Dedo em riste no nariz do palhaço! Pedras em punho diante do alvo mirado! Que atire a primeira quem nunca... ---- Nossa, quanta pedra! O coitado do miserável que foi desprezado pelo acentuado preconceito social, sim, claro. Existe! Um dos maiores problemas da humanidade é o desprezo de células antes de qualquer chance para que descubram suas potencialidades para o Todo! Vamos a exemplos clássicos de discriminação contemporânea: 1)- Você não faz parte da alta cúpula social; 2) – Você é de que família? 3) – O que acumula de bens, fortunas ou prestígio social? 4) – O que tens a oferecer ao legado de vitrines? 4) Já viajou para fora do País ao menos uma vez na vida? 5) Constituiu família? 6) Teus filhos se tornaram o que? (...) São tantas as questões seletivas que a maioria das células com potencialidade inibida acabam por cair no redemoinho do descaso de uma minoria dominadora, mas tragada vorazmente pela boca do tempo...E o pior é que o tempo é curto demais para se contar vantagens! O Mundo continua girando e o aquecimento global está aí, com o mesmo dedo em riste no nariz do palhaço de carne e ossos passageiros que desprezam a vida de seus semelhantes. O desmatamento da Amazônia, o extermínio de espécies que contri- buem para o equilíbrio ambiental, as termoelétricas, e o que mais? Mas feliz da célula desprezada que fez sua parte em silêncio de gratidão! Com as linhas da vida nas mãos calejadas plantou uma árvore, da árvore vieram os pássaros que jamais o desprezariam e do chão trabalhado em húmus criou minhocas e dali retirava alfaces e couves. Dali plantava e colhia o sorriso verdadeiro de um palhaço antes do picadeiro! Eis a célula vitoriosa para um Mundo Melhor! Cada qual com sua gota de satisfação pessoal, sem medição de fortunas aparentes ou glórias passageiras em colunas sociais! Cid Cândido de Oliveira Ator e escritor Expediente ORIGEM NOTÍCIAS Associação Ambientalista de Marília www.ongorigem.org.br Rua Floriano Peixoto, 55 Tel. (14) 3221-6855 Tiragem - 3.000 exemplares Jornalista Responsável - Mariana Roncari Diagramação - Adriano Patriani Projeto Gráfico - Estúdio Santa Fé Presidente - Luis Eduardo Diaz Colaboradores Antônio Luiz Carvalho Leme, Beatriz Sabia, Cid Cândido de Oliveira, Ebbios, Marcela Holzhausen, Ricardo Cavichioli Scaglion, Tatiane Parizotto Chrispim. Marília / maio e junho de 2009 / 03 Um vazio chamado “Parque Mariápolis” O local pesquisado pela comissão de presidentes rotarianos é, na verdade, o que deveria ser o “Parque Mariápolis”, que teve sua implantação definida pelo Plano Diretor Municipal, em 2006. A Lei 6860, de 18 de novembro de 2008, muda o nome desta área, denominando-o “Parque Palmital”, área medindo 61.181,97 m², que tem como objetivos aumentar o índice de área verde por habitante, criar espaços para atividades culturais, de lazer e esportivas e atender aos anseios da população, de acordo com o definido nas audiências públicas realizadas durante a elaboração do Plano Diretor. Segundo informou o Secretário de Planejamento Urbano, Laerte Rojo Rosseto, o Parque Palmital é um espaço livre identificado dentro do Plano Diretor como um espaço importante para melhorar a qualidade de vida da zona norte. “A idéia foi identificar áreas livres para fazer parte de todas as quatro regiões (norte, sul, leste e oeste), e essa área do Mariápolis, hoje Parque Palmital, foi definida para ser um parque da cidade, em 2006, quando foi feito o Plano, em audiência pública da zona norte. Tem aí a vontade da sociedade civil. Agora o que falta fazer neste parque? Falta sentar com a comunidade e verificar o que eles querem, e aí desenvolver um projeto bastante democrático com a participação da população, mas sempre objetivando a questão ambiental, preocupado com a vegetação e também com os equipamentos de lazer que vamos propor”. “A primeira etapa agora seria o fechamento da área e já tratar áreas de vegetação, definir caminhos internos e liberar áreas de plantio e já começar a criar esse pulmãozinho da zona norte. Precisamos fazer um projeto inteligente, de lazer ativo, com práticas esportivas, e também de fácil manutenção, pois a intenção é dividir essa responsabilidade com a comunidade”, informa Rosseto. Problemas Mas a criação do “Parque Palmital” não é tão simples quanto parece. De acordo com o presidente da associação do bairro Jânio Quadros, Paulo Lúcio dos Santos, cortando o terreno destinado a esta área verde existe um córrego, onde há alguns anos iniciou-se uma canalização. “A obra foi feita por volta do ano 2000, com verba do governo federal, porém atualmente se encontra em situação precária. Não há como viabilizar um parque antes de solucionar a situação do córrego, precisa ter as condições mínimas. Em 2001 enviei uma solicitação à Secretaria de Obras para que acertassem a situação da drenagem do córrego, para cumprir o que estava determinado na placa da obra, que dizia que a drenagem seria feita em 180 dias, mas até hoje não obtive nenhuma resposta”, conta Santos. Av. República, 2635 - Tel: (14) 3444-2277 Email: [email protected] “A implantação do Parque Palmital não será viável até que o córrego receba a atenção e os reparos necessários” O presidente da associação de moradores relata também que o local se encontra abandonado, virando um depósito de animais mortos e lixo, provocando forte odor e desconforto aos moradores. Consultado pela redação, o órgão responsável pela fiscalização ambiental, DEPRN, indicou que consta em registros que o citado córrego se trata de uma galeria de água pluvial. Em visita ao local, a Associação Ambientalista de Marília, junto à sua engenheira agrônoma Tatiane Parizotto Chrispim, constatou um possível escoamento de esgoto nesta região, identificado através da carta topográfica do IBGE como afluente do Córrego Palmital. A engenheira informou que, sem uma análise mais complexa, não há como definir se a atual situação se dá em razão de ligações clandestinas, feitas talvez pela própria população. A Secretária de Obras afirma que até então não há registro de irregularidades no local. Procurado pela redação, o engenheiro responsável pela canalização do córrego, José Vasco, afirmou que, dentro do terreno que define o Parque Palmital, não há registros de problemas. “O que há é o projeto para continuação da obra, para revitalização da área, que vai até a antiga mina do DAEM”, afirma. Depois da análise da situação a Origem se comprometeu a enviar documento à Secretaria de Obras do município para solicitar a recuperação e manutenção da área, mas constata que, diante dos fatos, independente de quem é responsável pela atual situação, enquanto medidas necessárias não forem tomadas não há como viabilizar a implantação de qualquer parque na área. O projeto de realização de um “Parque Palmital” só será possível a partir do momento em que exista o engajamento necessário tanto da sociedade civil como da coordenação do poder público. (MR) Rua XV de Novembro, 2.386 - São Miguel Fones: (14) 3453-5096 / (14) 3453-0517 [email protected] www.marfi-marilia-com.br 04 / Marília / maio e junho de 2009 Informe Publicitário Associação ambientalista de Marília ganha nova sede Foto: TATIANE PARIZOTTO Festa e Compromisso Com sede na cidade de Bauru-SP a Ticomia/Impacto Eventos e Formaturas é caracterizada por ser uma empresa moderna e dinâmica. O que a tornou líder no setor de eventos sociais no interior paulista. Para este ano, assume como meta firmar-se como uma empresa amiga da natureza conquistando novos parceiros, patrocinando e incentivando órgãos que têm como objetivo a preservação do meio ambiente. “Apoiar ONGs e projetos como o jornal Origem, para uma empresa expressiva em seu segmento e com uma carga tão grande de clientes, é uma postura muito importante no mundo atual onde o desenvolvimento sustentável torna-se cada vez mais necessário” – afirma o Dpto. de Comunicação da empresa. Dentre as estratégias e campanhas da meta 2009, estão o uso consciente de papel e a logística “anti-poluição” aplicada nos eventos, reservando-se um número de funcionários para recolher e separar os detritos recicláveis adequadamente. A empresa completa dizendo que o ano de 2009 ainda reserva novidades: “Estamos viabilizando uma feliz parceria com uma grande empresa brasileira de renome internacional que trará novidades ao mercado, oferecendo proteção à natureza e qualidade ao público consumidor. Para a festa Black and Glasses, preparamos uma surpresa neste sentido.” – comenta Fábio Andrade, supervisor de Design e Comunicação da Impacto. O evento, acontece no dia 16 de maio a partir das 23h no Espaço T!, novo salão da empresa que atende o público de Marília e região localizado no km 437 da Rod. Cte. João R. de Barros, sentido Marília-Bauru. Contatos em Marília: Crepaldi, 14 8111-3497 e Berdi, 14 97727663. Assessoria de imprensa: Suelen Corazza de Alice, 14 3312-4140. www. ticomia.com.br A Associação Ambientalista de Marília tem novo endereço desde janeiro Desde janeiro deste ano, a Origem – Associação Ambientalista de Marília, Organização Não Governamental (ONG) fundada em 1995, está instalada em novo endereço. Até dezembro de 2007 a Origem contava apenas com um espaço para receber suas correspondências. As reuniões eram feitas nas casas dos associados, no Bosque Municipal ou mesmo em shopping e em locais de livre acesso. Em janeiro de 2008, com o início do projeto “Novo Óleo”, um projeto de coleta seletiva para óleo de cozinha usado, foi necessário alugar um salão para viabilizar a ação. O salão da coleta era situado à Avenida das Orquídeas, na Vila Jardim. Com o aumento da demanda e ampliação das atividades da Associação Ambientalista, verificou-se a necessidade de um lugar mais espaçoso, que viabilizasse a realização de reuniões e projetos. Para isso, a Origem escolheu um prédio com localização central, mais espaçoso que poderá abrigar cursos ambientais e também profissionalizantes, além da possibilidade de sediar reuniões de trabalho e oficinas. Para conhecer a nova sede da Origem, visite a Rua Floriano Peixoto, 55, (próximo ao Hospital da Mulher). O telefone para contato é o (14) 3221-6855. Café Espacial contribui com o Origem Notícias A charge do jornal Origem Notícias, na página 2, foi uma cortesia da Café Espacial, revista alternativa e independente que abrange várias formas artísticas, como HQs, cinema, literatura, música, fotografias, entre outros. A revista é fruto de um esforço coletivo, onde todos os envolvidos colaboraram de maneira direta e sem visar o lucro, enfatizando apenas a divulgação da cultura. Entre o grupo de artistas e profissionais da área que compõe a publicação estão Lídia Basoli, Laura Gattaz, Fábio Lyra, Laudo Ferreira, DW, Samanta Flôor, Mario Cau, Lese Pierre, entre outros. A revista tem edição do roteirista Sergio Chaves. O colaborador da revista que marca sua presença nesta primeira edição do Origem Notícias como autor da charge é o ilustrador e quadrinhista Ebbios. Além de colaborador da Café, ele também é compositor e escritor. Atualmente trabalha também com modelagem 3D, desenvolvendo a arte do game Futuron. Mora na cidade de São Paulo, capital. Para conhecer mais sobre seu trabalho, acesse o blog www.ebbios.blogspot.com. O e-mail de contato é o [email protected]. O endereço eletrônico da Café Espacial é o cafeespacial.wordpress.com. Abandono da Praça Maria Isabel A Associação Ambientalista de Marília e vizinhos da praça em protesto Durante o processo da abertura da Rua Sergipe, na Praça Maria Isabel, realizado durante o início de 2008, a ONG Origem participou de um projeto de revitalização da praça, que, de acordo com moradores, deixou de ter vida e os deixava inseguros com a falta de iluminação e segurança. O projeto objetivava ampliar o uso do espaço deixando o lugar agradável, com realização de podas regulares nas árvores, novo projeto de iluminação, criação de playground, entre outras melhorias que poderiam atrair a população. Porém, a abertura da Rua Sergipe foi realizada e até hoje a praça não teve sua revitalização feita. A população ainda aguarda, como sempre, pacientemente. Marília / maio e junho de 2009 / Casa Sol cria jardim da nova sede 05 bre a licença para o plantio e paisagismo local. Em seguida você deve se informar sobre quais espécies são mais adequadas para o lugar. Dê preferência às árvores nativas do Brasil. Enquanto a árvore cresce, você sente o orgulho de ser pai de uma árvore brasileira. O meio ambiente agradece. Você também pode se juntar a Associação Ambientalista de Marília no projeto “Plantando Cidadania”, que tem realizado plantios, geralmente aos domingos, no entorno de rodovias. Para se informar a respeito dos próximos locais, entre em contato pelo telefone (14) 3221-6855 ou visite a sede na Rua Floriano Peixoto, 55. Programa Origem faz aniversário Em parceria com a Associação Ambientalista, a Casa Sol Ecologia, extensão da loja Casa Sol, empresa de materiais de construção fundada em 1988 em Marília, implantou no mês de abril o espaço verde da Origem em sua nova sede. O centro de Ecologia da Casa Sol realizou o projeto do jardim e o plantio das mudas. Que tal plantar uma árvore? HIDRÁULICA H.P.M. COMERCIAL LTDA. Tatiane, Ricardo e Luiz Leme apresentando o Programa Origem Equipe de voluntários da Origem se unem ao idealizador do “Plantando Cidadania”, Antônio Carregaro (de pé, à esquerda da foto) Se você acha que a nossa cidade está um pouco triste, com poucas plantas e cheia de tijolos e cimento, saiba que não é difícil fazer sua parte para começar a ter um meio ambiente mais verde até mesmo em seu próprio bairro. Sabe aqueles canteiros que ficam abandonados, sem que ninguém plante nada por muitos anos? Ele pode ser o local ideal para essa ação. Procure obter, junto à prefeitura, informações so- O programa Origem, que vai ao ar no Canal 9 e é uma iniciativa da ONG Origem, completa em junho seu primeiro ano de existência. Apresentado por seus membros voluntários, o gestor ambiental Antônio Luiz Carvalho Leme, a engenheira agrônoma Tatiane Parizotto Chrispim e o médico veterinário Ricardo Cavichioli Scaglion, tem como principal intenção de levar informação sobre questões socioambientais para a população referentes à Marília, o Brasil e o mundo, priorizando a nossa região. “Achamos que a questão ambiental não está desvinculada da questão social, da exclusão, como na causa da falta de esgoto, por exemplo. Por isso costumamos ter como princípios também tratar das questões sociais”, explicou Leme. O programa vai ao ar toda quarta-feira, às 17h, com reprises diários em todas as janelas da programação do Canal 9. Alguns dos programas também se encontram no Youtube. A atração está aberta a idéias de entrevistas e reportagens. Entre em contato com a Origem para que ela possa ir até você, buscar o seu depoimento. Rua: 4 de Abril, 1105 Fone/Fax: 14. 3402.6222 e-mail: [email protected] Av. Castro Alves, 2001 - Marilia- SP Fone: (14) 3422-6033 06 / Marília / maio e junho de 2009 Você já viu Saci Pererê, Cavalo sem Cabeça ou Desenvolvimento Sustentável no atual modo de produção? Devemos começar situando dois conceitos chaves para o entendimento do Desenvolvimento Sustentável (DS) que são os de Crescimento e Desenvolvimento. Na seqüência devemos questionar também o “imaginário consenso” que existe na sociedade sobre esse novo paradigma: o desenvolvimento sustentável. Ao final deixaremos uma questão para discussão: se há ou não possibilidade de haver DS no modo de produção capitalista. Apesar desse artigo ser pessimista quanto à questão do DS, considero esse um tema de sobrevivência da Humanidade ou, pelo menos, para a Humanidade que conhecemos hoje. Devemos ainda ter em mente que o pessimista pode ser um otimista bem informado, portanto, um analista, entre muitos outros, prevendo uma crise civilizatória. Historicamente, no modo de produção capitalista, como também no socialismo real ou capitalismo de Estado, a bandeira central dos planejadores era a do aumento da produção independente dos custos sociais ou ambientais: a ordem era crescer acumulando o capital na mão de poucos para reinvestir e depois (hipoteticamente) dividir o bolo com toda sociedade - no Brasil não foi diferente e, como no restante do mundo capitalista, nunca dividimos o bolo. Com a mobilização da sociedade contra a exclusão social apareceu um novo conceito que foi o de desenvolvimento que tinha a equidade e a distribuição como dois fatores que iriam distinguir os conceitos de crescimento e desenvolvimento. O problema é que, na vida real, fora das universidades e dos escritórios de planejamento (produção teórica), essa equidade pode e vem sendo tratada apenas na retórica, no discurso – ela não é e não pôde ser reproduzida no chão da fábrica, no terreiro dos produtores rurais, na dispensa da dona de casa, na vida concreta e diária da população. Algumas exceções existem como Dinamarca, Suécia, casos que se contam nos dedos da mão. A necessidade de otimização da reprodução do capital não permite essa equidade na distribuição do desenvolvimento; por isso o que temos é crescimento apesar de toda a retórica! Ainda sobre o Desenvolvimento Sustentável é necessário identificar como esse conceito está no discurso da direita e da esquerda, do pobre e do rico, do patrão e do empregado, do ateu e do crente. Todos o defendem, uma mesma referência é usada para sustentar diferentes práticas e discursos. Como pode ser possível pessoas e instituições que estão em campos opostos reivindicarem e defenderem práticas idênticas? Isso só seria possível se o ver- bo fosse o mesmo, mas as práticas e os resultados esperados das ações desses grupos têm resultados absolutamente opostos. Portanto, quando ouvimos alguém falar ou escrever sobre esse conceito (DS) devemos sempre perguntar “qual e como?” A definição de Desenvolvimento Sustentável apareceu nas discussões sobre o desenvolvimento quando, além da exclusão de apenas determinadas classes sociais os analistas começam a identificar uma ameaça ainda maior do que possíveis reações à exclusão: a biodiversidade, os recursos naturais, os serviços ambientais, etc., estão em um processo contínuo de degradação, colocando em risco não só a sobrevivência dos excluídos... mas também de toda a sociedade! O perigo é socializado, alcança todas as classes sociais! A definição mais utilizada nos textos e nos discursos é a da Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD – 1988 onde se lê: “Desenvolvimento sustentável – “aquele que satisfaz às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”. É justamente aí que reside o problema. Existe uma tendência entre as pessoas (e instituições) de chamarem para si essa definição de uma forma acrítica, sem melhor esclarecer o interlocutor/leitor do que isso de fato significa. Para poder esclarecer melhor essa situação vou recorrer a dois personagens hipotéticos em duas situações extremas: um ambientalista e um gestor de capital (um empreendedor) que tem a necessidade de reproduzir seu capital ao menor custo possível para poder sobreviver na concorrência das alocações de recursos. No discurso do nosso personagem ambientalista a frase “sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” tem um significado de preservação, insistindo na necessidade de que as futuras gerações encontrem os recursos naturais na mesma forma, quantidade e qualidade que nós encontramos hoje – ou em melhor qualidade. Já para o gestor do capital que, para maximizar a reprodução do seu investimento, usa os recursos naturais além do seu limite, optará como solução à mesma problemática da sustentabilidade a possibilidade de deixarmos para as futuras gerações tecnologias que possibilitem que eles, no futuro, tenham capacidade de acesso ao recursos naturais (ou substitutivos originados da ciência aplicada) ao mesmo custo de hoje. Agem como se pudéssemos esgotar (ou degradar) nossos recursos naturais desde que as futuras gerações tenham acesso aos mesmos serviços ambientais através da tecnologia deixada pelas gerações passadas. As futuras gerações podem encontrar esgotos como fonte de água desde que possam, a partir das tecnologias deixadas pela atual geração, obter água pelo mesmo custo econômico... a responsabilidade da sobrevivência da humanidade se dá numa equação matemática de adequação de recursos e usos de bens econômicos. Na história passada e recente das políticas de crescimento/desenvolvimento podemos identificar as ações buscando crescimento a qualquer custo, o que nos levou a uma crise sócio-ambiental não só pela degradação ambiental, mas também pelo esgotamento de vários recursos naturais críticos para a sobrevivência da população como as terras produtivas, desertificação, a contaminação do ar, do solo e das águas entre muitos outros. No próximo número falaremos um pouco sobre a análise que Istevám Mészáros faz sobre a teoria do Desenvolvimento sustentável e a categoria de IGUALDADE SUBSTANTIVA, essencial em sua análise. Antônio Luiz Carvalho Leme Tecnologista em Informações Estatísticas e Geográficas - Gestor Ambiental - Membro da ONG Origem Marília / maio e junho de 2009 / Você já ouviu essa palavrinha “Sustentabilidade” ? Mas o que é, afinal, essa tal de sustentabilidade? O termo surgiu na década de 1980 e sugere que atitudes sustentáveis ocorram quando satisfazem plenamente suas necessidades de forma a preservar as condições para que as gerações futuras também o façam. Sempre que nos policiarmos em garantir condições a futuras gerações estaremos agindo de maneira sustentável. Mas aí me pergunto: Como agir para viver de forma sustentável? Sempre digo que é preciso viver ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo. Mas mudar nossos hábitos viciosos não é fácil, por isso precisamos andar um passo de cada vez. Algumas atitudes simples podem trazer grandes benefícios como ir à padaria comprar pão a pé. Assim você faz uma caminhada, economiza combustível e evita a liberação de dióxido de carbono (CO²) minimizando os impactos do efeito-estufa. Outra pequena atitude é usar sacolas ecologicamente corretas quando for aos supermercados. Isso vai minimizar o uso de sacolas plásticas e conseqüentemente diminuir a poluição por elas gerada. Embora a questão da coleta seletiva esteja um pouco batida, é necessário ressaltá-la. Separe seu lixo, pergunte ao catador do seu bairro quais os materiais ele coleta e combine um dia da semana para entregar a ele o material que você separou. Além de reduzir a quantidade de lixo que vai para o aterro sanitário, você também contribui com a geração de renda destes catadores. Não jogue o óleo vegetal usado no ralo da pia da cozinha. Armazene e leve aos diversos postos de coletas da cidade. Com isso você reduz a poluição da água, pois uma única gota do óleo lançada no esgoto contamina 100 litros de água. Se conseguir adotar uma destas medidas por vez, no final será de fato um ser sustentável. Hoje, com o “boom” da filosofia ambiental, as atividades humanas altamente impactantes como a mineração, industrialização, extração vegetal, agricultura em larga escala, fabricação de papel e celulose e todas as outras vêm adotando atitudes sustentáveis que se revelaram economicamente viáveis. Mais informações sobre a sustentabilidade nas atividades humana ficam para a próxima edição. Eng. Agro. Tatiane Parizotto Chrispim Membro da ONG Origem 07 Marília é 217ª colocada em avaliação da Secretaria do Estado de São Paulo Os 44 primeiros municípios do ranking receberam o certificado e têm prioridade na obtenção de recursos junto ao governo estadual Por Mariana Roncari Em 26 de novembro do ano passado, Marília co- “Verde”. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente nheceu a nota de sua avaliação no Projeto Município define Esgoto Tratado, Lixo Mínimo, Recuperação Verde, onde foram avaliados 332 municípios partici- da Mata Ciliar, Arborização Urbana, Educação Ampantes da iniciativa do Governo do Estado, que tem biental, Habitação Sustentável, Uso da Água, Poluicomo objetivo descentralizar a política ambiental ção do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho de Meio das cidades a partir da ampliação do diálogo entre Ambiente como as 10 diretivas do Projeto. Até agora 614 municípios assinaram o documento elas. A cidade de Marília foi a 217ª colocada, com nota e apenas 332 conseguiram cumprir o Plano de 41,78, perdendo para cidades como Garça, que obteve nota 67,90 e conquistou a 73ª posição, e também para cidades de porte semelhante como São José Dos Campos (68º), Sorocaba (118ª) e Ribeirão Preto (166º). A cidade de Santa Fé do Sul, na região noroeste, foi a melhor avaliada, com nota 94,96. Em segundo está Angatuba, no Alto do Parapanema, Santa Fé do Sul, localizada na região dos Grandes Lagos e com cerca de 28 mil habitantes, foi a 1ª colocada no ranking com 94,06, e Ação e foram avaliados. Aqueles que conquistaram em terceiro Gabriel Monteiro, com 92,84. De acordo com o site oficial do projeto, no por- médias acima de 80 – foram somente 44 cidades tal da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, com receberam o certificado e têm prioridade na obtena gestão ambiental compartilhada o Governo tem ção de recursos junto ao governo estadual. os municípios como fortes parceiros, tomando de- Para avaliar o desempenho de cada um foram atribucisões conjuntas, estimulando ações municipais em ídas notas ao cumprimento desses planos ambienprol do meio ambiente e da sociedade e garantindo, tais e à participação das prefeituras em conselhos, assim, o desenvolvimento sustentável. Esta política comitês, seminários e ações. Participar do projeto e descentralizada também visa promover a partici- apresentar bons resultados significa ter prioridade pação da sociedade na gestão ambiental e, dessa na obtenção de recursos do Governo do Estado, forma, conscientizar a população, transformando-a principalmente dos provenientes do Fehidro - Funem atores sociais comprometidos com as questões do Estadual de Recursos Hídricos e do Fecop - Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição. ambientais de suas cidades. O Projeto Ambiental Estratégico Município Verde Os municípios que conquistaram notas superiores foi lançado em 2007, analisando que sem a partici- a 80 receberam o Certificado Município Verde e pação do poder local não é possível cumprir a agen- destes, 16 ainda receberam o Prêmio Franco Monda do estado de São Paulo. As ações dos municípios toro. têm, como contrapartida estadual, a colaboração Em 2009, uma nova avaliação será feita com os municípios que já aderiram e com aqueles que ainda técnica e o treinamento das equipes locais. A adesão ao Projeto se dá a partir da assinatura entregarem seu plano de ação. voluntária de um “Protocolo de Intenções”, onde Mais informações sobre o assunto podem ser obtise estabelece uma parceria com a Secretaria do das pelo endereço Meio Ambiente e são determinadas ações neceshttp://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverde. sárias para que o município seja certificado como 08 / Marília / maio e junho de 2009 O que fazer com o óleo de cozinha? É fácil tomar uma atitude, mesmo que solitária, para preservar o meio ambiente Por Mariana Roncari O óleo vegetal é um grande parceiro no preparo de delícias na cozinha. Mas, depois de preparar o alimento, muitas pessoas despejam o óleo da fritura no ralo da pia, no bueiro da rua ou em outros locais inadequados. Além de causar entupimento dos canos e mau cheiro, o óleo, quando depositado na rede de esgoto aumenta as dificuldades no tratamento da água. E quem joga o óleo no bueiro da rua, para evitar o entupimento da tubulação, não sabe que dessa forma também se dificulta o tratamento de esgoto e, ainda, contribuí-se para a formação de uma camada gordurosa nos tubos, podendo ocasionar, no futuro, uma enchente em sua própria casa. O óleo de cozinha é altamente poluente, principalmente quando está em contato com a água. Dados apontam que com um litro de óleo é possível contaminar um milhão de litros de água. Por estas razões, é necessário ter cuidado na hora de descartá-lo. Caso não seja tratado, o óleo pode impermeabilizar o solo e contribuir com enchentes e alagamentos. Também pode se espalhar na superfície dos rios e das represas, diminuindo a oxigenação e iluminação destes locais, prejudicando a vida neste habitat. Assim como o petróleo causa catástrofes ambientais, quando derramado em grande volume nos rios, nós, dentro de casa, quando depositamos o óleo na rede de esgoto, estamos diminuindo as possibilidades de vida dos animais que vivem nestes lugares. Uma alternativa “ecologicamente menos agressiva” é de guardar o óleo em garrafas ou latas e entregar aos lixeiros no dia da coleta. Em Marília, alguns locais já recolhem essa substância para dar-lhes a destinação correta. Alguns supermercados oferecem 1 litro de óleo novo a cada “x” litros de óleo usado. Você também pode contribuir com o trabalho da Associação Amor de Mãe, que recolhe o óleo para fazer sabão em uma oficina destinada à Melhor Idade. O produto é comercializado em alguns pontos da cidade, inclusive na ONG Origem. Para contribuir com este trabalho, basta levar seu óleo de cozinha até os pontos de coleta na Rua Floriano Peixoto, 55, no Bairro Barbosa (Origem), ou na Rua João Franco Nascimento, 320, Jardim Califórnia (Associação Amor de Mãe). Os telefones para contato são o 3422-5525 e 3221-6855. Faça sabão com o óleo Se você não quer depender da iniciativa de outras pessoas, há uma solução caseira para dar fim ao óleo. O sabão de erva-doce tem como ingrediente principal o óleo de cozinha e é fácil e barato de fazer. Ingredientes: 5 litros de óleo usado e coado 1 copo americano de fubá 500 ml de detergente líquido de coco 1 litro de soda cáustica líquida 1 litro de água fervente essência de erva doce Modo de Preparo: Em um balde, coloque o óleo coado, junte o fubá, o detergente, a soda cáustica e mexa bem. Depois de misturados acrescente a água fervente e a essência de erva doce e continue mexendo por 40 minutos sem parar. Coloque a massa na forma e deixe descansar por dez dias até endurecer. Se for colocar em um recipiente único, corte no formato desejado antes de a barra endurecer completamente. Infraestrutura versus meio ambiente Na atualidade, esta em voga assuntos que abarcam o estilo de vida das pessoas e suas repercussões. Dentre as inúmeras causas que prejudicam a vida do ser humano, podemos mencionar a agitação cotidiana, o ritmo acelerado nas negociações, a velocidade das informações, o desgaste físico e emocional em filas intermináveis, trânsito caótico, péssima qualidade do ar, entre outros fatores precursores de algumas enfermidades, como o estresse, a fadiga, a irritabilidade, a depressão, o sedentarismo, e etc. Todavia, faz-se irremediavelmente necessária a implementação de projetos de infra-estrutura simples, econômicas e acessíveis à maioria da população. Seriam estes projetos a adequação das áreas verdes (praças) através da instalação de playgrounds e equipamentos para a prática de exercícios físicos. Afinal, os mesmos poderiam beneficiar tanto crianças quanto idosos, bem como a instalação de ciclovias em vários setores da cidade, desafogando o tráfego de veículos, além de contribuir decisivamente para estimular as pessoas a substituírem o carro pela bicicleta. No entanto, cabe a Secretaria de Planejamento adequar à estrutura atual das praças, das avenidas, das ruas, no intuito de facilitar a vida dos pedestres e ciclistas, principalmente no sentido bairro-centro, acesso que a maioria das pessoas percorre em direção ao trabalho. Outro benefício seria construir várias calçadas largas, arborizadas e devidamente iluminadas, que servissem como pista de cooper em determinados bairros, contribuindo para que a comunidade tenha condições de caminhar, correr sem ter de se deslocar para outras regiões e consequentemente causar um acúmulo de pessoas desfrutando o mesmo local. Portanto, são medidas cabíveis e integralmente saudáveis, aptas a compensar o cotidiano de uma parcela significativa da população, muitas vezes sem condições de pagar uma academia, clubes, etc., que urge pela implantação desta infra-estrutura indubitavelmente, capaz de amenizar os danos causados a saúde humana devido à saturação do trabalho cotidiano intenso. Dr. Ricardo Cavichioli Scaglion Médico Veterinário Membro da ONG Origem