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HÉLDER COSTA
O MISTÉRIO DA
CAMIONETA FANTASMA
ISPA – INSTITUTO UNIVERSITÁRIO / 2010
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TÍTULO: O MISTÉRIO DA CAMIONETA FANTASMA
AUTOR: HÉLDER COSTA
© INSTITUTO SUPERIOR DE PSICOLOGIA APLICADA-CRL
RUA JARDIM DO TABACO, 34, 1149-041 LISBOA
1ª EDIÇÃO: NOVEMBRO DE 2010
TIRAGEM: 500 EXEMPLARES
COMPOSIÇÃO: ISPA – INSTITUTO UNIVERSITÁRIO
FOTOGRAFIAS: LUÍS ROCHA E TÂNIA ARAÚJO – MEF
IMPRESSÃO E ACABAMENTO: SERSILITO – EMPRESA GRÁFICA, LDA.
DEPÓSITO LEGAL: 319311/10
ISBN: 978-989-8384-06-5
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A IBÉRIA E A LUTA PELA LIBERDADE
A Península Ibérica teve sempre uma evolução difícil e sofrida.
Portugal e Espanha, irmãos inimigos durante séculos como os irmãos biológicos que se
dilaceram pelas heranças – por vezes, de míseros patacos.
Houve traições, ocupações, casamentos de conveniência, paixões românticas e infelizes,
Inquisições para perseguir inimigos reais ou imaginários e também movimentos
revolucionários descobrindo o Futuro.
A revolução Francesa de 1789 abalou os alicerces das Monarquias Europeias e o
imperialismo Napoleónico invadiu e ocupou o velho continente. Espanha e Portugal
perderam a independência, recuperada mais tarde com duras perdas.
Mas essas invasões acabaram por criar raízes revolucionárias em amplas camadas
intelectuais e na nova burguesia ascendente. Essa a razão de ter havido a República de
Cadiz em 1812 e a Revolução Liberal de 1820 em Portugal.
As Monarquias começaram a abandonar o absolutismo de “ordem Divina” e tornaram-se
Constitucionais.
E daí se evoluiu para a República Portuguesa em 1910 e a República Espanhola em 1931.
Adivinhava-se um futuro próspero e livre para a Ibéria.
Mas as forças do passado – com apoios e silêncios de outros países – regressaram e
acabaram por fazer o mundo andar para trás.
Em Portugal foram as invasões de Paiva Couceiro, o regime de Sidónio Pais, a “Noite
Sangrenta”, o golpe do 28 de Maio e finalmente a Ditadura fascista que só caiu com o
renascer da República no dia 25 de Abril de 1974.
Em Espanha foi o levantamento militar de Franco em 1936 que ensanguentou o povo
Espanhol com uma guerra civil barbara até destruir a República em 1939. Também este
regime só desapareceu em 1975 verificando-se o renascimento da Monarquia, desta vez
Constitucional, como demonstrou o Rei de Espanha opondo-se ao golpe de Estado do
tenente-coronel Tejero em 1981.
Foi este Destino comum, penoso e injusto, que motivou a inclusão de 2 peças de teatro
que abordam essa temática na mesma edição: “O mistério da camioneta fantasma” para
a República Portuguesa e “Viva la vida!” para a Guerra Civil Espanhola.
Hélder Costa
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O MISTÉRIO DA
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O MISTÉRIO DA CAMIONETA FANTASMA
Na manhã do dia 19 de Outubro de 1921 deu-se mais um golpe militar contra um
governo republicano. Demissão do Ministério e nem soou um tiro.
O golpe nascera na Armada e tinha a chefiá-lo um dos heróis do 31 de Janeiro, o Tenente
– Coronel Manuel Maria Coelho. Tratava-se, portanto, de um golpe de esquerda contra
o governo de António Granjo, prestigiado combatente transmontano nas forças
republicanas, que se opusera a Paiva Couceiro. Este governo imprimia medidas impopulares para tentar equilibrar a bancarrota e combater o desemprego e a miséria do pós-guerra.
Entretanto, na parte da tarde e à noite, uma camioneta começou a percorrer a cidade
raptando e assassinando figuras importantes da República: o primeiro-ministro António
Granjo, Machado Santos, o herói da Rotunda, Carlos da Maia, ex-governador de Macau
e chefe da abordagem ao cruzador “D. Carlos”, o Almirante Botelho de Vasconcelos e
Freitas da Silva.
Conduzida por marinheiros essa camioneta de morte provocou um enorme choque
emocional na sociedade que se dispôs a castigar os autores desses assassinatos de lesa-Pátria e lesa-república.
Os autores foram presos e vários oficiais absolvidos, num processo que também se quis
julgador da esquerda republicana.
Parecia que tudo estava resolvido, mas para várias pessoas o processo tinha várias zonas
escuras.
E Berta Maia, a viúva de Carlos da Maia, dispôs-se a investigar quem poderiam ser os
instigadores e autores morais desses crimes. Depois de vários encontros com o marinheiro
que chefiava a carrinha, Abel Olímpio, o Dente de Ouro, este confessou que tudo tinha
sido uma conspiração monárquica destinada a eliminar os autores do 5 de Outubro e que
a táctica seguida era a de “infiltrar e depois empalmar os movimentos revolucionários”.
O que foi feito com sucesso. Perante estes novos dados, que se passou? Nada.
Entretanto, dera-se o golpe do 28 de Maio precursor da Ditadura Salazarista e foi decretado silêncio absoluto sobre os acontecimentos da “Noite Sangrenta”.
Hélder Costa
[email protected]
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Célia Alturas, Sérgio Moura Afonso, Ruben Garcia, Luís Thomar, João d’Avila, Hélder Costa,
Rita Fernandes, Adérito Lopes, Pedro Borges, Sérgio Moras, Vânia Naia
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“O Mistério da Camioneta Fantasma” estreou pelo grupo A BARRACA
no teatro CINEARTE no dia 19 de Outubro de 2005.
A Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República Portuguesa
de 5 de Outubro de 1910 convidou A BARRACA a integrar esse espectáculo
na programação dos vários eventos previstos para 2010 e 2011.
Esta reposição corresponde a esse convite com a seguinte
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Texto, Encenação, Espaço cénico, Luz, Programa – Hélder Costa
Animação gráfica – Pedro Massano
Figurinos – Maria do Céu Guerra
Coreografia – Bruno Cochat
Selecção Musical de Luís Freitas Branco, Frederico de Freitas, Stravinsky – Alexandre Delgado
Adereços e Apoio Técnico – José Carlos Pontes
Luminotecnia – Fernando Belo
Relações Públicas e Produção – Inês Costa
Secretariado – Maria Navarro
Costureira – Inna Siryk
Montagem – Mário Dias
Rita Fernandes – Berta Maia
Célia Alturas – Condessa de Ficalho, Millan Astray, Corista, Marinheiro
Vânia Naia – Condessa de Tarouca, Corista, Marinheiro, Poetisa Fernandinha, Jornalista, Sra Maria
Luis Thomar – Abel Olímpio, o Dente de Ouro
Adérito Lopes – Carlos da Maia, Marinheiro, D. Fonseca, Almada Negreiros
João d’Ávila – Rudolph, Alfredo da Silva, Barbosa Viana
Pedro Borges – Gastão Melo Matos, Marinheiro, Salazar
Rúben Garcia – Raúl Proença, Augusto Gomes, Raul Leal, D. Afonso XIII
Sérgio Moras – Padre Lima, António Ferro, Virgílio Pinhão
Sérgio Moura Afonso – Jaime Cortesão, Carlos Pereira, Corneteiro, Mimoso Ruiz
Camponeses
Marinheiros
Coristas
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PERSONAGENS PRINCIPAIS
Berta Maia
Condessa de Ficalho
Carlos da Maia
Raul Leal
Abel Olímpio, o Dente de Ouro
Fernandinha, poetisa
Padre Lima
Mimoso Ruiz, director de “Imprensa da Manhã”
D. Afonso XIII
Jornalista
D. Fonseca, exilado português
Virgílio Pinhão
Millan Astray
Barbosa Viana
Gastão Melo Matos
Salazar
Alfredo da Silva
Senhora Maria
Carlos Pereira
Camponeses
Augusto Gomes
Marinheiros
Condessa de Tarouca
Coristas
1º ACTO
2º ACTO
01. Berta Maia encontra o Dente de Ouro
13. A Confissão
02. Pesadelo – Prisão de Carlos da Maia
14. Sonhos de amor
03. Julgamento
15. Tertúlia no café “Leão”
04. Ódios e necessidades
16. Últimas ordens
05. Primeira reunião dos conspiradores
17. O golpe em marcha
06. Padre Lima e Dente de Ouro com os marinheiros
07. Memórias de Carlos da Maia
18. A hipocrisia
19. Investigação e vontade política
08. O Dente de Ouro começa a falar
20. A impunidade
09. Pesadelo – Morte de Machado Santos
21.Pesadelo e melancolia
10. D. Afonso XIII com D. Fonseca, exilado português
11. A conspiração com Espanha
12. Carnaval no Teatro Nacional
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22. O silêncio
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Cortina prateada e preta fechada.
Entrada do público.
Música – LIL’ DARLIN’ – Count Basie.
Escuro. Som da camioneta.
No écran, 2 faróis que se aproximam.
1º Slide / Texto e Voz
No dia 19 de Outubro de 1921 abateu-se uma enorme tragédia sobre a vida portuguesa.
Nessa noite um grupo de marinheiros assassinou figuras ímpares da República: António
Granjo, o vencedor das invasões de Paiva Couceiro, Machado Santos, o herói da Rotunda e
Carlos da Maia, comandante do navio D. Carlos.
Os assassinos foram presos e condenados, mas ficaram sempre impunes os autores morais desses
crimes.
A quem interessava a morte dos heróis Republicanos?
E assim se criou...
2º Slide – O mistério da camioneta fantasma
Fim do som da camioneta
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HÉLDER COSTA – Escritor, Dramaturgo, Encenador e Actor
Estudos de Direito em Lisboa e Coimbra.
Licenciatura da Faculdade de Letras / Institut d’Études Théatrales – Sorbonne, Paris.
Director do grupo de teatro A BARRACA (Lisboa, Portugal).
Participou no CITAC (Coimbra), e foi presidente do Cénico de Direito (duas menções honrosas
no Festival Mundial de Teatro Universitário de Nancy – 1966/67).
Fundador do Teatro Operário de Paris (1970).
Assistente de encenação e co-autor com Luís de Lima e Luiz Francisco Rebello do 1º espectáculo
criado a seguir ao 25 de Abril: “Liberdade, Liberdade” (1974).
Encenador no Grupo de Acção Teatral A BARRACA (Prémio Unesco 92), dirigiu vários espectáculos em Espanha, Brasil, Dinamarca e Moçambique.
Dirigiu cursos e participou em congressos, festivais e filmagens em França, Suécia, Alemanha,
Suíça, Holanda, Argentina, Cabo Verde, México, Bolívia, Chile, Inglaterra, Colômbia, Venezuela,
E.U.A., U.R.S.S., Bélgica, Itália, Macau, Cuba, Nicarágua, Uruguai e Azerbeijão.
TEXTOS ORIGINAIS, DRAMATURGIAS, TRADUÇÕES
Mais de 30 peças editadas e montadas em vários grupos de cidades Portuguesas e outros países.
Algumas peças abordam situações e personagens da História e Cultura de Portugal (sem historicismo, e com a preocupação de se tirarem lições úteis para o presente).
Outras peças incidem, de forma absurda e satírica, sobre situações da política internacional
contemporânea e comportamentos individuais e colectivos.
Além dos seus textos dirigiu Gil Vicente, Chiado, Dário Fo, Brecht, Mrozeck, Fassbinder, Ben
Hecht, Woody Allen, Oswaldo Dragun, Lope de Vega, Ettore Scola, Ionesco, Molière, Eça de
Queiroz, Cândido Pazó, Luís de Sttau Monteiro, Augusto Boal, entre outros.
PEÇAS COM MONTAGENS INTERNACIONAIS
O Príncipe de Spandau – teve estreia mundial em Viena de Áustria e foi montado na Dinamarca,
na Bolívia, em Madrid, Paris, Bruxelas, Noruega, Suécia, Roménia, Lisboa, Suiça e Londres. Está
em pré-montagem no Brasil. Em fase de preparação na Grécia, Suiça e em Espanha – Madrid,
Teatro Español.
Zé do Telhado (França, Canadá).
D. João VI (Centro Cultural do Banco do Brasil – RJ, Brasil).
Calamity Jane (Espanha, Dinamarca, México).
Mi Rival (Espanha).
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O Incorruptível (França, Brasil, Espanha – Madrid, Teatro Español e Barcelona). Novas montagens
em preparação no Brasil (Universidade de Bahia, S. Paulo e Rio de Janeiro) onde se prepara
também uma montagem em marionettes. Em fase de montagem na Argentina. Estreia em 2010 no
Th. St. Gervais, Geneve (Suiça) e em Milão (Itália).
Sexo, Nunca Mais! – (Paris, França). Em preparação em S. Paulo, Brasil.
Marilyn, Meu Amor – Preparação em Espanha, Argentina e Brasil.
A Pessimista – Preparação em Buenos Aires.
As Peúgas de Einstein – Sobral, Ceará, Brasil.
TRADUÇÕES / EDIÇÕES
El Principe de Spandau y otras piezas – castellano – Hiru Teatro.
El Incorruptible – castellano – Hiru teatro.
O Príncipe de Spandau – traduzido em castelhano, catalão, francês, dinamarquês, inglês, alemão,
romeno, grego, sueco e norueguês.
Mi Rival – traduzido em castelhano e inglês.
Parabéns a Você – traduzido em castelhano e inglês.
O Incorruptível – traduzido em castelhano e francês.
Fernão, Mentes? – traduzido em Italiano.
D. João VI – traduzido em castelhano.
Calamity Jane – traduzido em castelhano, catalão e dinamarquês.
Sexo, Nunca Mais! – traduzido em Francês e Inglês.
A Estátua de Saddam – traduzido em Inglês.
Rato Mickey – traduzido em Inglês.
Obviamente Demito-o! – traduzido em Francês.
PRÉMIOS
Portugal – Textos e encenação
Teve vários prémios de que se destacam: Grande Prémio de Teatro da RTP (“Damião de Góis”),
Associação de Críticos (“É menino ou menina”), Casa da Imprensa (“Fernão Mentes?”), Associação
25 de Abril, revistas “Sete”, “Mulheres”, “Nova gente” e vários Festivais de Teatro.
Espanha
Festival de STIGES – Barcelona, 1978
(“Zé do Telhado”, melhor espectáculo, e “D. João VI”, melhor texto).
Associação de Actores e Directores da Catalunha (“Dancing”), 1989.
Colômbia
Melhor espectáculo, Festival Internacional de Teatro (“Dancing”), 1990.
México
1º Prémio do 1º Festival Internacional da Ciudad de México (“Dancing”), 1990.
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Venezuela
“Fernão, Mentes?” – Melhor espectáculo, Festival Internacional de Teatro, 1983.
Brasil
Jornal do Brasil (D. João VI e Preto no Branco), 1980.
Revista VEJA (Morte Acidental de um anarquista), 1981
Inglaterra
Festival de Edimburg (O Príncipe de Spandau), 2001.
CINEMA
“Bom povo português” de Rui Simões, “Vidas” de Cunha Telles, “Saudades para D. Genciana” de
Eduardo Geada, onde além de actor foi co-argumentista (Prémio do Instituto Português de
Cinema), “Love Actually” de Richard Curtis e “Absurdistan” de Veit Helmer.
TELEVISÃO
Em televisão foi autor dos textos e dirigiu “Entrevistas Históricas” dos programas “Tal e Qual” de
Joaquim Letria, e “1,2,3” e “Ideias com História” de Carlos Cruz, e participou nas séries televisivas de José Carlos de Oliveira “O Dragão de Fumo” (co-argumentista e actor) e “O Crime”
(co-argumentista e actor), foi protagonista do telefilme “Ici-peut-être” de Gerard Chouchan para a
ORTF (Paris) e actor em “Assunto Reiner” telefilme para Catalunha, Valência e Andaluzia.
PEDAGOGIA
Pertence ao corpo pedagógico da Escuela Internacional de Teatro da América Latina y Caribe.
Ministrou cursos em Tlaxcala (México), Buenos Aires, Teatro San Martin (Argentina), Teatro
Carlos Gomes, Rio de Janeiro (Brasil).
Santiago de Compostela, Cáceres, Mérida, Cadiz, Zaragoza, San Sebastien (Espanha).
Nápoles (Itália), Maputo (Moçambique), etc.
OBRAS DO AUTOR (PUBLICADAS)
O Incorruptível – Ed. Caminho.
Queres Ser Ministro? – Ed. ASA.
Conversas com Gente Famosa – Ed. ISPA-IU.
Ódio no Palácio Real – Ed. Campo das Letras.
O Saudoso Tempo do Fascismo – Ed. Parvoíces
TEXTOS PUBLICADOS / TEATRO
Liberdade, Liberdade (com Luis de Lima e Luiz Francisco Rebello) – Prelo, 1974.
Histórias de Fidalgotes e Alcoviteiras, Pastores e Judeus, Mareantes e Outros Tratantes, Sem Esquecer as
Mulheres e Amantes (dramaturgia sobre textos de Gil Vicente e Ruzante) – Coop. de Acção Cultural
(GAC), 1976.
O Congresso dos Pides e um Inquérito (inseridos na obra colectiva Ao qu’isto chegou!) Estampa, 1977
e em “Dramaturgia de Abril” – SPA, 1999.
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A Camisa Vermelha – Centelha, 1977.
3 Histórias do Dia a Dia (O jogo da bola, A sorte grande, A vaca prometida) – SPA, 1977.
Zé do Telhado – Centelha, 1978.
D. João VI – Centelha, 1979.
Um Homem é um Homem – Damião de Góis – Centelha 1979.
Teatro Operário (estudo teórico e textos colectivos do Teatro Operário de Paris) – Centelha, 1980.
É Menino ou Menina? – Didáctica Editora, 1980.
Preto no Branco (adaptação de Morte acidental de um Anarquista, de Dario Fo) – A Barraca, 1980.
Fernão, Mentes? – A Barraca,1981.
A Viagem – Camões, poeta prático – Centelha, 1982.
Uma Floresta de Enganos – A Barraca, 1991.
O Príncipe de Spandau, Mi Rival, Parabéns a Você – SPA, 1997.
Marylin Meu Amor – Colibri, 1997.
O Mistério da Camioneta Fantasma – Colibri, 2001.
A Farsa (adapt. da obra de Raul Brandão, workshop na Biblioteca Raul Brandão, Guimarães) –
Biblioteca Raul Brandão, 2002.
O Incorruptível (1 actor, 1 actriz) – A Barraca, 2003.
Os Renascentistas – ISPA-IU, 2004.
Bushlândia (Sexo, Nunca Mais!, A Estátua de Saddam, Rato Mickey) – Parvoíces, 2004.
Zé do Telhado – A Barraca, 2004.
4 Comédias em 1 Acto (A Borbulha, Que bom cu que ele tem, A Pessimista, As aventuras do menino
Paulinho) – Parvoíces, 2006.
Obviamente Demito-o! – ISPA-IU, 2008.
D. João VI – ISPA, 2008.
O Professor de Darwin – Gradiva, 2009.
A Balada da Margem Sul – ISPA-IU, 2010.
Viva a República e Abril em Portugal – ISPA-IU, 2010.
O Mistério da Camioneta Fantasma e Viva la Vida! – ISPA-IU, 2010.
TEXTOS NÃO PUBLICADOS / TEATRO
António Aleixo – Este livro que vos deixo, 1977.
Santo Operário, 1982.
Um Dia na Capital do Império (sobre o Chiado), 1983.
Pata de Leão, 1986.
Calamity Jane, 1986.
O Diabinho da Mão Furada, 1987.
O Baile, 1988.
Dancing, 1988.
O Azeite, 1989.
Pimenta, Cravo e Canela, 1990.
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Cartas de Amor, 1991.
Os Bastardos de Salazar, 1994.
O Abrigo, 1995.
Gulliver, 1996.
Queres Ser Ministro?, 1996.
A Barca do Mundo, 1998.
Lampião Encontra Zé do Telhado, 2003.
Encontro de Poetas, 2004.
Foral de Vila Nova de Famalicão – 800 Anos, 2005.
El Incorruptible – Teatro Español, Madrid, 2008.
Raquel e Jacob, 2009.
As Peúgas de Einstein, 2009.
DRAMATURGIAS E TRADUÇÕES DE OUTROS AUTORES
Histórias de Fidalgotes..., sobre textos de Gil Vicente e Ruzante.
Preto no Branco, sobre Morte acidental de um anarquista, de Dario Fo.
É menino ou menina?, sobre Gil Vicente.
Um dia na capital do Império, sobre António Ribeiro Chiado.
Santa Joana dos Matadouros!, de Brecht.
Os Polícias, de Mrozeck.
Margarida do Monte, sobre Marcelino Mesquita.
Liberdade em Bremen, de Fassbinder.
Uma Floresta de Enganos, sobre Gil Vicente.
Play It Again, Sam, de Woody AlIen.
A Cantora Careca, de Ionesco.
Macbett, de Ionesco.
O Rinoceronte, de Ionesco.
1ª Página, de Ben Hecht e Mac Arthur.
O Avarento, de Moliére.
Um Dia Inesquecível, de Ettore Scola.
A Relíquia, de Eça de Queiroz.
A Herança Maldita, de Augusto Boal.
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